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ROBERTOFRANKLIN
NOITES DE VERÃO.
Declina o sol tranquilo, no horizonte, Espargindo pela relva Tons verdes brilhantes, Nos campos da minha terra. Em revoadas, Pássaros buscam, nas copas, Seu aconchego. Plangentes sons Do campanário partem Prenunciando o cotidiano enredo Do fim de mais um dia. Ave Maria! Aos poucos, Os multicores raios do sol poente Vão ficando cada vez mais tênues. Um negro manto, no horizonte oposto, Vai se desdobrando sob o teto do céu. Ao longe, pálida e tímida, Emerge a lua, exuberante e linda, Diluindo na sua branca luz A escuridão. Pontos cintilantes, Quais diminutas pedras de brilhante, Vão pulverizando os céus. Uma doce aragem começa a soprar Lá das bandas da Faveira. Jacus, japiaçocas E as marrequinhas ligeiras Buscam seus ninhos. A noite avança... As rodas de conversas arrefecem. Apaga-se a luz dos candeeiros. Nas alcovas, um doce aconchego Faz chamar o sono. Pinheiro adormece...
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