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SÃO LUIS É(RA) ASSIM

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HIPISMO

HIPISMO

CERES COSTA FERNANDES

Não há poetas sem musas, ponto. Condição sine qua non para a existência de poemas de amor. Quem fala em Dante, lembra Beatriz; em Petrarca, lembra Laura; em Abelardo, lembra Heloísa; em Gonçalves Dias, lembra Ana Amélia. Apenas para ficarmos entre os mais votados. O exercício literário da adoração à mulher é criação do amor cortês, na Idade Média. Ao sagrar-se cavaleiro, o jovem prometia defender seu Deus, sua honra e sua dama. Por um simples sorriso da “dona”, ele ia às justas ou partia para a guerra, levando como prenda da um lenço, um cinto, um objeto qualquer dado por ela, a defender suas cores até a morte. De origem controvertida, o amor cortês, que partiu da Provença para toda Europa, pode ter nascido da necessidade dos menestréis e jograis agradarem às ricas senhoras do sul da França: únicas em todo o continente a poder herdar bens e dispor deles – uma espécie de feministas da época. Por se postarem os mancebos em adoração às suas damas, alguns historiadores da literatura universal quiseram ver a pretensa origem do preito amoroso no culto a Nossa Senhora. Essa afirmação, defendida pelos românticos, carece de base histórica, pois as manifestações do amor cortês precedem às dos poetas mariológicos, não havendo notícia de adoração à Virgem na primitiva Idade Média. De qualquer forma, desenvolveu-se um grande número de poetas mariológicos, que poetavam paralelamente aos trovadores provençais, fazendo como que um “intercâmbio” de influências: enquanto os trovadores adoravam a mulher, colocando-a como deusa, com um amor prenhe de delicadeza espiritual; os poetas cantores de Maria introduziam tons de erotismo místico em suas composições. O traço distintivo maior destas musas era inacessibilidade. Para ser musa tinha que ser inatingível. As “atingíveis” desciam ladeira abaixo, da categoria de musa para de amante; ou quiçá para a de esposa (esta última categoria, mais rapidamente destituída das prerrogativas poéticas enaltecedoras que a anterior). Petrarca, adepto do neoplatonismo, persegue a perfeição da “ideia” e defende que o amor não necessita da consumação amorosa, pois o amante encerra em si o ser amado, estando assim completo. Vide Camões, seguidor do neoplatonismo (somente na poesia, pois teve movimentada vida amorosa na realidade – que ninguém é de ferro), nos seus sonetos: “Transforma-se o Amador na Coisa Amada” e “Alma Minha Gentil, que te partiste.” O Romantismo, herdeiro do ideário medieval, mormente na lírica amorosa, vai cultuar, do mesmo modo, a mulher idealizada - se bem que menos deusa e mais mulher – mas igualmente proibida. A escola é idealista, execra o cotidiano, o prosaico. Nos seus romances o clímax é a união dos amantes via casamento, após o que, a ação decai e o autor faz só ligeiras referências aos fatos posteriores ao himeneu e remata com o famoso “foram felizes para sempre.” As grandes musas da literatura universal, algumas já referidas, jamais casaram com seus cantores. Se chegaram a casar, tiveram a felicidade de morrer em seguida, escapando, por esta via, da indiferença do amado e do esquecimento da posteridade. A paixão, inspiradora dos grandes poemas, que resiste a sofrimentos, guerras, perseguições e quejandos; não resiste ao cotidiano. Note-se: dizemos paixão, que é um estado patológico do ser humano, compatível com a loucura, difícil de ser vivida às 24 horas do dia; não amor, sentimento menos exaltado, mais duradouro. Diríamos, sem querer fazer “blague”, em boa hora morreram Romeu e Julieta. Já pensaram o que seria do famoso par, após alguns anos de convivência consentida pelas famílias? Capuletos e Montecchios, em santa paz, a cuidar dos netos? Podemos imaginar Julieta, irritada: “Não dá para tirar essa toalha molhada de cima da cama”? E Romeu: “Ah é? E o meu barbeador que você usou de novo”? Sábia D. Lourença que, recusando a mão da filha a um Dom Juan, - gênio poético, sim, - mas volúvel e mulherengo, livrou-a a condição de amélia e deu-lhe a interdição requerida à categoria de musa. Igual sorte não teve a mulher de Gonçalves Dias. Quem, fora os pesquisadores, sabe seu nome?

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Todos sabemos o nome de Ana Amélia, a inspiradora do imorredouro “Ainda uma Vez - Adeus” e outros tantos poemas que embalam nossas emoções. Musa á altura de Beatriz e Madona Laura. Emocionamo-nos com o amor que não foi consumado jamais; chama que não se apagou. E, se “o poeta é um fingidor?” Ainda sim, não importa o real, e sim a sua versão: a que ficou nos poemas. Ana Amélia vive no imaginário amoroso dos ludovicenses. Deixemo-la nessa invejável posição.

JOAQUIM HAICKEL

Fui instado a me posicionar sobre a polêmica do momento em nossa cidade. A implantação de uma réplica da estátua da Liberdade que a empresa Havan pretende erguer na área de estacionamento de sua loja, na avenida Daniel de La Touche, no bairro do Cohaserma. A princípio, não tive certeza qual seria a palavra, se cafona ou brega, eu deveria usar para expressar o que pensava, do ponto de vista estético, da escolha da Estátua da Liberdade como ícone de uma loja. Na dúvida, usei as duas. É cafona e é brega. Mas, cafona e brega parecem ser características assumidas descaradamente pela loja e por seu proprietário, fato que se não agrada a pessoas de gosto refinado como eu, certamente deve agradar os milhares de clientes que lotam suas lojas em outros lugares do país, fazendo com que ela seja uma empresa de sucesso econômico e financeiro. Mas, não deixa de ser cafona e brega. Do ponto de vista midiático, o uso de um ícone, ampla e mundialmente conhecido como a Estátua da Liberdade, por si só, não garantiria nenhuma alavancagem ao negócio. Já a marola criada pelos incautos patrulhadores do alheio, aqui de nossa província, essa sim, irá alavancar um tsunami de visibilidade àquele empreendimento, que em seu pátio terá uma estátua gigantesca, cafona e brega. Querer impedir que alguém faça alguma coisa que não tenha restrição legal para sua realização, sob qualquer pretexto ou desculpa, é uma forma absurda e inaceitável de violência contra o estado democrático de direito. Esse fato não é nem cafona nem brega, é criminoso, atentatório aos direitos comuns a todas as pessoas, físicas e jurídicas de nosso país. Querer impor o nosso conceito estético, cultural, político, filosófico, social, intelectual, qualquer que seja ele, a outras pessoas, é uma violência comparável àquelas mais absurdas e inaceitáveis, com as quais temos convivido bastante recentemente, como a não aceitação e a violência contra outras raças, outros gêneros e outras religiões. Como gato escaldado tem medo de água fria, e sentindo um certo aroma politiquesco no ar, procurei formular minha opinião sobre esse fato, de forma muito clara e direta, não me deixando contaminar por nenhum PRÉ CONCEITO. Veja, esteticamente aquele bigodinho usado por Hitler era ridículo, cafona e brega, mas o bigodinho até poderia ser aceito. O que não poderia e não pode ser aceito de forma alguma, são as atrocidades cometidas pelo Cabo de Munique! Fiz perguntas básicas sobre o caso, como por exemplo: A empresa tem direito de construir uma cópia da Estátua da Liberdade? A legislação municipal permite que tal construção, com as especificidades estabelecidas, seja realizada naquele local? Há algum impedimento referente a dispositivos legais, municipais, estaduais ou federais, que possam impedir tal construção? O interessado tem a posse do imóvel onde tal obra pretende ser realizada? As taxas e impostos referentes ao imóvel e a obra estão pagas? Todas as respostas às minhas indagações foram no sentido de que não há nenhum impedimento legal, não há nenhuma ilegalidade na realização da referida obra. Os únicos motivos que sobraram para alavancar a tentativa de impedir a tal estátua de ser erguida, eram mais ralos e fracos que refresco de lima. 1) Uma descarada xenofobia, com relevo em pelo menos dois de seus aspectos, o identitário e o cultural. Quem deseja que a estátua não seja erguida, diz que “esse sujeito vem de fora pra dizer o que fazer em nossa terra” e que “se fosse a estátua de um ícone nosso, de nossa cultura, algo como um Cazumbá, ou quem sabe uma estátua em homenagem a Maria Firmina dos Reis, ainda ia!...” 2) Uma inconfessável ojeriza ao proprietário da empresa, Luciano Hang, mais conhecido como o “Véio da Havan”, uma figura realmente esquisita, um direitista empedernido, um militante bolsonarista, um chato mesmo. Cafona e brega.

Ocorre que nenhuma dessas alegações é motivo bastante e suficiente para que se impeça alguém de construir em uma área sob seu controle, uma estátua. Com tanta coisa importante pra esse pessoal se preocupar, vai se preocupar com uma bobagem dessas!... Tolos...

EVANDRO JÚNIOR para alternativo

ANTÔNIO NOBERTO – HISTORIADOR E POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL Um olho nas estradas e outro nos encantos do Maranhão

Ele se destaca em diferentes áreas, mas todas elas convergem para um mesmo objetivo: cuidar e valorizar a terra que o acolheu, para que ela sirva de exemplo para o Brasil Um policial rodoviário federal cearense apaixonado pela única capital brasileira fundada por franceses, compromissado com o trabalho, engajado em tudo o que faz e que não consegue ficar parado. Mas não são apenas essas as qualidades de Antônio José Noberto da Silva, natural de Pentecoste (CE). Ele está no órgão há 27 anos, mas também se sobressai em outras áreas de atuação, com ativa participação em atividades literárias e no campo do turismo. Turismólogo e Historiador que mais parece uma enciclopédia, pois é um profundo conhecedor da história do Maranhão, ele é mentor de projetos inéditos e segue lutando para que o povo maranhense valorize a sua história, a fim de que o estado, definitivamente, seja reconhecido como deve, nacional e internacionalmente. Antônio Noberto tem atribuições que ultrapassam a sua função como policial rodoviário federal. Ele é assessor de imprensa do órgão, mantendo um relacionamento bastante elogiado com os veículos de comunicação locais. Além disso, é presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários do Maranhão. Dinâmico

e polivalente, ainda encontra tempo para outros projetos: além de assessor parlamentar, integra o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, a Academia Ludovicense de Letras, a Academia Vargengrandense de Letras e Artes e a Luminescence Academie Française. É, ainda, segundo vice-presidente da Cruz Vermelha em São Luís. Durante a pandemia do novo coronavírus, ele seguiu firme e forte cumprindo a sua função social. “Trabalhar na PRF durante a pandemia foi, de certa maneira, uma satisfação, pelo fato de podermos ajudar as pessoas em um momento difícil, estendendo as mãos aos caminhoneiros nas estradas, aos condutores de veículos pequenos, aos motociclistas, fosse entregando cestas básicas ou doando sangue. Realmente, não paramos, pois nossa ajuda era fundamental. Agora, planejamos outra ação, que vai se chamar ‘Estrada Solidária’, onde continuaremos a ajudar os condutores que trafegam pelas estradas maranhenses”, conta. Sempre cheio de ideias, Antônio Noberto, que já possui o título de "Cidadão de São Luís", é o idealizador e proprietário do acervo da Exposição Museu da França Equinocial, escolhido como o melhor evento cultural da programação alusiva aos 400 anos da capital maranhense, celebrados em 2012. Se não bastasse, ele é, também, o idealizador do “Cemitour”, um passeio insólito e guiado pelos longos corredores do Cemitério do Gavião, na Madre Deus, um dos mais antigos e tradicionais de São Luís. “Durante o passeio, contamos a história de personalidades maranhenses e ressaltamos a riqueza cultural dos séculos passados. Nossa intenção é dar continuidade a esse projeto após a pandemia. Aliás, muitos maranhenses importantes foram sepultados no Cemitério do Gavião durante a pandemia e nós já estamos prospectando essa retomada da iniciativa para mostrarmos à sociedade o valor dessas personalidades. O projeto inclui, ainda, a capacitação de guias de turismo”, explica o historiador, que também criou o passeio turístico “Seguindo os Papagaios Amarelos”, que ressalta os primórdios da colonização francesa no Maranhão. O cearense que desembarcou no Maranhão em 1978, coleciona algumas condecorações. Além de Doutor Honoris Causa em História, título a ele concedido pela Federação Brasileira das Academias de Letras e Artes do Brasil, ele é Embaixador da Paz pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos. Comunicativo e de fácil acesso, ele está sempre trabalhando e realizando. Nas horas vagas, gosta de jogar futebol e está envolvido, também, com o Centro Social da Polícia Rodoviária Federal, ao lado de outros diretores. “Nós vamos oferecer natação e futebol para crianças, pois é muito importante incentivar as novas gerações sobre a importância do esporte para a vida. Nós temos um compromisso com a nossa gente e o nosso estado. Buscamos, incansavelmente, projetos que possam valorizar, também, a cultura maranhense, principalmente os valores históricos, para que o Maranhão, ao ser destacado a partir desses e de outros elementos, possa caminhar rumo ao progresso, com mais emprego e renda para a população”, finaliza.

CERES COSTA FERNANDES

Magro, longas barbas brancas, figura onipresente nas minhas tardes do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, casa de cultura onde trabalhamos juntos por cinco anos. Chegava, após caminhar por caminhos de seu palmilhar diário, desde a Rua da Alegria à Praia Grande, por ladeiras, calçadas estreitas e ruas esburacadas, sob o sol ardente, amenizado por um chapéu panamá, a proteger-lhe a cabeça quase desprovida de cabelos, saudando e sendo saudado pelos populares. Logo à chegada ao Centro, vinha à minha sala, vizinha à sua, batia suavemente à porta, entrava, sentava, tirava o chapéu, tomava um copo d’água, reclamava do calor, e se punha a conversar. Leitor constante de poetas assinalados enriquecia meu saber, falando-me de novos e valorosos vates. Assim era o nosso cavaquear. Uma troca desigual e fascinante para mim. Nesses anos de cotidiana convivência, apreendi a verdadeira alma do homem Nauro. A alma poética já me havia sido apresentada nos seus numerosos livros: alma dilacerada e inquieta, acompanhando-se apenas da constância da morte e do apocalipse no seu percurso solitário, abismada na introspecção angustiada do ser. O caos que parece dominar essa alma desde o seu recôndito não se percebe na rigorosa construção verbal de seus versos, seja ela expressa em sonetos, sextetos ou versos livres. As idiossincrasias do poeta não se mostravam na alma do homem. Nauro encantava e surpreendia. Os funcionários do “Odylo” tinham como que uma veneração por aquele homem tão importante para a nossa literatura, tão louvado e ao mesmo tempo tão terno, educado, simples, humilde até. Emocionava-se com coisas desimportantes, triviais, como se merecimento não tivesse, agradecia comovido a pequena sala, que dividia com Dona Helena Aroso, sua velha mesa, seu desatualizado computador e até o café com leite e bolachas das 14 h, providenciado por ela. Ali, atendia amigos de todas as classes sociais, aconselhava poetas jovens e escrevia poemas. Eu reconhecia o valor de sua presença e dizia aos colegas: futuramente aqui haverá uma placa com os dizeres: nesta sala, o poeta Nauro Machado escreveu grande número de seus poemas. Ainda espero que façam isto. É bom poder dizer: meu amigo Nauro Machado. Porque, confrange-me confessar, nem sempre foi assim. Durante um alargado período, nos jogávamos farpas – Arlete no meio, Santa Arlete, querendo apaziguar. Era a bebida a falar e agir por ele. Mais de uma vez me disse: Jamais compus um só verso quando bêbado, a desmistificar a bebida como fator de inspiração. Sempre o admirei como poeta, mas embirrava com o seu comportamento e suas provocações. Já éramos amigos sem ter consciência disso. .No ambiente do “Odylo Costa,filho”, no período sob a minha direção, ele lançou livros, participou de debates literários, foi louvado por Ivan Junqueira, na abertura da Feira de Livros de São Luís e nomeamos, festivamente, uma galeria com seu nome afixado em placa. O XVI Café Literário de 24 de abril de 2012, dedicado a ele, foi o de maior plateia. 300 pessoas lotavam o salão e o mezanino, para saber de Nauro, homenagear Nauro e ouvir o professor, poeta e crítico literário paraibano, Hildeberto Barbosa Filho proferir a palestra “Nauro Machado: o Poeta do Ser e da Linguagem”. Hildeberto, na palestra que proferiu no Café, frisou que Nauro ”não era um poeta egocêntrico já que sua obra não implica em um ‘eu biográfico’, pois, ao contrário, aborda a dor de todos, no plano filosófico e no social”. Deteve-se nos aspectos de sua “singularíssima linguagem, por meio dos quais ecoa uma visão de mundo em comum, coesa, cerrada e coerente, dividida entre o laceramento e a esperança.” Acompanhado de Arlete, Frederico e de suas amadas netas, entre aplausos, ele, também, lançou o livro Província o pó dos pósteros. Foi uma noite feliz.

LUÍS ALVES DE LIMA E SILVA, O DUQUE DE CAXIAS, E SUA VISITA À CIDADE HISTÓRICA DE VIANA MARANHÃO.

ÁUREO VIEGAS MENDONÇA

A Balaiada teve início em 13 de dezembro de 1838 na época na província do Maranhão, a mesma chamada ainda de Guerra dos Bem-te-vis. A revolta, que só foi debelada em 1841, surgiu como um levante social por melhores condições de vida e contou com a participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos. O governador da província do Maranhão, não aceitando as condições dos revoltosos solicitou auxílio ao Rio de Janeiro, nesse período era a capital do Brasil 1840, o então coronel Luís Alves de Lima e Silva, futuro Barão de Caxias foi nomeado como novo presidente da província. O jornalista vianense Estêvão Rafael de Carvalho, fundou o jornal o Bem-Ti-Vi em 1838, para Astolfo Serra não há dúvidas quanto a relação do bem-ti-vi com a eclosão da Balaiada e as fontes consultadas consideram Estêvão Rafael de Carvalho como responsável intelectual da Balaiada. O jornal o Bem-ti-vi encerrou sua circulação ao explodir a Revolta e Estêvão Rafael de Carvalho, se refugiou em Viana sua cidade natal. Segundo citações de gerações do antepassados, manuscritos, historiadores e livros publicados e o vídeo citado na fonte, a informação sobre a vinda do então Barão de Caxias a cidade histórica de Viana na província do Maranhão, a quarta cidade mais antiga do Maranhão, de que o Barão de Caxias, futuro Duque de Caxias, Luís Alves de Lima e Silva, pacificador da Balaiada teria dançado um baile suntuoso que lhe foi oferecido pelos vianenses nos tempos do Império no século XIX no sobrado histórico localizado no cruzamento das ruas Antonio Lopes e Cônego Hemetério, que foi demolido em 1987 pela gestão da época, onde viveu e trabalhou o intelectual vianense Ozimo de Carvalho, farmacêutico, jornalista, escritor e político e com relevantes serviços prestados à população de Viana, que recentemente foi reconstruído pela AVL. Segundo as fontes consultadas parece meio equivocada, e ainda segundo relatos de moradores da época a seus descendentes costumavam relatar que o Barão de Caxias havia se hospedado no citado sobrado histórico, prédio que ficou na história de Viana por ter hospedado o famoso pacificador da Balaiada e que o baile em sua homenagem onde dançou aos vianenses aconteceu em um dos salões da sede da Prefeitura Municipal de Viana, casarão colonial localizado na antiga Praça 08 de julho atual Praça Ozimo de Carvalho em Viana Maranhão, onde funciona a sede do poder executivo municipal, prédio histórico de azulejos originais portugueses que foram completamente descaracterizados e trocados por azulejos similares pelo mesmo gestor que mandou demolir o sobrado histórico acima citado, ambos patrimônio histórico e arquitetônico da nossa cidade. O Duque de Caxias esteve presente sim na cidade histórica de Viana - Maranhão, tanto o antigo sobrado como o prédio da prefeitura municipal por estes fatos possuem valor histórico, um por ter hospedado e o outro onde aconteceu o baile. Fonte da pesquisa: Furtado, Raimundo Nonato Travassos, Minha Vida Minha Luta, Belo Horizonte (MG) Editora São Vicente, 1977.; www.multirio.rj.gov.br; Jornal O Renascer Vianense, edições número 05 e 08; Vídeo YouTube Clóvis Martins Coelho

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