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EDMILSON SANCHES
EDMILSON SANCHES
Parece até caso pensado: grandes datas sobre grandes maranhenses continuam não merecendo a atenção maciça e massiva de autoridades de nosso Estado. A partir do talento e até da coragem de filhos seus do passado, o Maranhão legou ao Brasil um grande número de ações e contribuições que modificaram (para melhor) nosso país e concorreu para fortalecer a identidade do povo brasileiro. Já escrevi e publiquei um texto sobre alguns nomes pioneiros que contribuíram enormemente com a brasilidade ("POR QUE O MARANHÃO ABANDONA SEU MAIOR PATRIMÔNIO"). Quem desejar este texto, solicite-o e será enviado por e-mail ou como anexo na caixa de mensagens privadas do solicitante. Hoje, 02 de setembro de 2021, completam-se exatos 155 anos do nascimento de um dos maiores intelectuais maranhenses: Dunshee de Abranches. Quando dos seus 150 anos, escrevi o texto a seguir. Mas nada sensibiliza quem não tem sensibilidade. Nascido em 02 de setembro de 1867, João Dunshee de Abranches Moura foi escritor, advogado, promotor público, jornalista, poeta, músico (tocava violino), sociólogo, político (deputado estadual e federal), professor de Ciências Físicas e Naturais, Anatomia e Fisiologia Comparadas, de Direito Público Americano e professor honorário da Universidade de Heidelberg (Alemanha). Aos 4 anos, Dunshee de Abranches já sabia ler e escrever; aos 6, fazia traduções do Francês. Aprendeu também Inglês, Espanhol, Alemão, Latim... Como jornalista, foi presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e em sua gestão foi implantada a carteira de jornalista. O escritor maranhense Joaquim Vieira da Luz, de Matões, escreveu uma das mais completas biografias sobre seu conterrâneo: o livro "Dunshee de Abranches e Outras Figuras", de mais de 400 páginas, impresso nas oficinas do "Jornal do Brasil" (Rio de Janeiro - RJ), em 1954. A obra traz diversas fotos e outras imagens relacionadas a Dunshee de Abranches e às demais "figuras" (Aluízio Azevedo, Raimundo Lopes, Antônio Lobo, Correia de Araújo e Raimundo Correia). Tenho em minha biblioteca particular diversos livros de Dunshee de Abranches, entre os quais: ---- "Como se Faziam Presidentes" (386 páginas; Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1973); ---- "A Ilusão Brasileira" (dedicado ao também maranhense Urbano Santos, à época vice-presidente da República; 384 páginas; Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1917); ---- "A Esfinge do Grajaú - Memórias" (266 páginas; Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, 1959); ---- "Actas e Actos do Governo Provisório" (2ª edição; 402 páginas; Rio de Janeiro: edição do autor, 1930). ---- "Rio Branco e a Política Exterior do Brasil (1902-1912)" (1º e 2º volumes; 254 + 224 páginas; Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, 1945). No Maranhão, Dunshee de Abranches é patrono da Cadeira nº 40 da Academia Maranhense de Letras, da Cadeira nº 40 do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), da Cadeira nº 19 da Academia Ludovicense de Letras e da Cadeira nº 20 da Academia Imperatrizense de Letras (AIL), esta que tem como ocupante o professor e escritor Ribamar Silva, que sucedeu a Adalberto Franklin, fundador da Cadeira. Também, como me informou Leopoldo Gil Dulcio Vaz, Dunshee de Abranches é o patrono da Federação Esportiva de Levantamento de Peso do Estado do Maranhão, fundada em 1º/09/2017. Leopoldo Gil, professor, pesquisador e escritor, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM) e da Academia Ludovicense de Letras, de São Luís, registra que Dunshee de Abranches "foi o primeiro a praticar o levantamento de peso -- halterofilismo -- no Maranhão", daí a homenagem com o patronato da novel federação esportiva. Dunshee de Abranches faleceu aos 73 anos em Petrópolis (RJ), em 11 de março de 1941.
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