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PEQUENA HOMENAGEM À SÃO LUÍS NOS SEUS 402 ANOS DE FUNDAÇÃO E A BANDEIRA TRIBUZI NO SEU 36° ANIVERSÁRIO DE PARTIDA

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FELIX ALBERTO LIMA

FELIX ALBERTO LIMA

FRANCISCO TRIBUZI

FELIZ CIDADE! VIVA TRIBUZI! (VIVA FELIZ NA CIDADE QUE TRIBUZI CANTOU E SE ENCANTOU!)

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8 de setembro

Para meu pai, Bandeira Tribuzi, no 36° aniversário de sua partida e para São Luís – Patrimônio Cultural da Humanidade, na data do seu aniversário - terra da encantaria, Athenas Brasileira, terra dos poetas... dos bumba bois, tambor de criola – dos carnavais (de tua, passarela...) dos Sãos: João, Pedro, Maçal... praias encantadoras (olho d’agua, araçagy, ponta d’areia...) da feira do livro... dos dias ensolarados, das noites de lua cheia... histórias de glorias... lendas e mistérios...

São Luís, cidade louvada em verso e prosa por Tribuzi que, de tanto doar-se e doer-se por ela (na poesia, no jornalismo, como professor, técnico economista) madrugando projetos que visavam um melhor reordenamento do espaço físico/humanista, distribuição de renda mais igualitária (uma educação de abrangência ampla, geral e irrestrita). Porém a voz e o coração de Tribuzi, já cansados, embora os olhos plenos de poesia e amor por esta ilha, resolveram emudecer e, num último suspiro, como prova inconteste do seu infinito amor... resolveu plantar-se nela, para homenageia-la! Assim quando acendemos as velas para festeja-la, o poeta ressurge e brada do infinito: OH MINHA CIDADE DEIXA ME VIVER QUE EU QUERO APRENDER A TUA POESIA...!

Bandeira Tribuzi, pseudônimo de José Tribuzi Pinheiro Gomes, foi um poeta brasileiro. Filho de pai português, até 1946 viveu em Portugal, estudando na Universidade de Coimbra.

Imagem Bandeira Tribuzi

Vista do mar, a cidade, subindo suas ladeiras, parece humilde presépio levantado por mãos puras: nimbada de claridade, ponteia velhos telhados com as torres das igrejas

e altas copas de palmeiras. Seus dois rios, como braços cingem-lhe a doce figura.

Sobre a paz de sua imagem flui a música do tempo, cresce o musgo dos telhados e a umidade das paredes escorre pelos sobrados o amargo sal dos invernos. Tudo é doce e até parece que vemos só o animado contorno de iluminura e não a realidade: vista do mar, a cidade parece humilde presépio levantado por mãos puras e em sua simplicidade esconde glórias passadas, sonha grandezas futuras.

PRÉ-HISTÓRIA Bandeira Tribuzi

Na solidão do chão sem tempo há uma ilha de expectativa, entre dois rios, como braços, suavemente recolhida. Verdes copas e o vento nelas e os cachos das frutas nativas e as alvas coxas de suas praias ao sol do trópico estendidas.

Vizinho o mar com sua espuma, seu horizonte imaculado, com sua raiva e sua ânsia, com seu verde pulmão salgado, misturando sua maresia com o acre cheio do mato.

Vizinho o mar com seu mistério e o além por ser desvendado. o mar de onde, por milênios, tudo que vem é rumor longo, surdo ou cavo, manso ou severo, cantochão grave, som redondo contra pedras, conchas, areias, interminável apelo em som do horizonte que não revela o mistério profundo e abscôndito.

Passeio sobre São Luís Francisco Tribuzi Não consigo ser Mais que esse vício provinciano De andar pelas tardes (Sob o limo dos telhados) Praia Grande Ponta d’Areia Mesmas vitrines De entrar pela noite Madrugar nos bares Ler Poema Sujo Na solidão da Ilha Divagar lugares vários Mas se sentir como um imã Preso a São Luís.

São Luís Francisco Tribuzi

Soletro São Luís é ela quem me passeia por brejos, luares, varandas, limo e lustres, fortes e fontes, muros e mares. Basta-me um barco. As lanternas do cruzeiro do sul para navegar o cortejo deste presépio de luz, ancorado na beira-mar e, o precipício dos becos empurrando poesia pelas ladeiras da História. Soletro São Luís e aprendo a didática de amar a cidade muito além da arquitetura de azulejos portugueses.

DO BILHETE-POSTAL À “DISCUSSÃOZITA”: FRAN PAXECO E PAULINO DE OLIVEIRA

ANTÓNIO CUNHA BENTO

Há uns anos apareceu à venda num alfarrabista de Lisboa um bilhete-postal escrito por Francisco Pacheco e dirigido a Paulino d’Oliveira. Expedido de Lisboa a 5 de Dezembro de 1894 foi recebido em Setúbal no dia seguinte. Como se pode verificar pelos carimbos dos Correios e Telegraphos – estavam longe os tempos que ditariam a necessidade de criação do chamado correio azul com vista a conseguir-se, na melhor das hipóteses, a mesma rapidez de entrega – note-se que o endereço do destinatário era simplesmente: “Exmo. Sr. Paulino d’Oliveira / Setúbal”. Estávamos longe, também, da introdução do código postal que era “meio caminho andado”.

Nos dias de hoje, mesmo com o correio azul, o postal não levaria só um dia, nem sequer seria entregue ao destinatário, por falta de completo endereço!

A mensagem que o referido bilhete-postal contém é muito curta: “Meu am. o O meu parabém pela nova iniciativa que promete, se for severa. – O Almada Negreiros vai colleccionar as poesias do Costa Alegre. Pediu a um meu colega se lhe arranjava a Estreia e a Semana Set.e, onde vêm poesias dele. O meu caro arranja-me isso? Desde já lhe agradece o seu F co Pacheco”

Comecemos, então, a analisar a peça em presença, um bilhete-postal, de 10 réis, cor sépia, com a efígie de D. Carlos, de uma série emitida pelos Correios entre 1892 e 1895: - O destinatário é o setubalense Francisco Paulino de Oliveira (Setúbal, 1864 – São Paulo, 1914) que, no campo literário, usou o anagrama Anúplio de Oliveira. Foi jornalista, poeta e, mais tarde, cônsul de Portugal em São Paulo; - O remetente é Manuel Francisco Pacheco (Setúbal, 1874 – Lisboa, 1952), que, em 1897, passou a usar o nome Manuel Fran Paxeco, posteriormente oficializado com a publicação em Diário do Governo de 25 de Novembro de 1905. Também setubalense, foi jornalista, escritor, professor e cônsul de Portugal em São Luís do Maranhão, Belém do Pará, Cardiff e Liverpool;

- A nova iniciativa, que promete, se for severa é uma referência a O Mez – Chronica da vida setubalense, que Paulino de Oliveira havia fundado em Novembro daquele ano, terminando em Janeiro do ano seguinte e do qual só sairiam três números; - Almada Negreiros é António Lobo de Almada Negreiros (Aljustrel, 1868 – Paris, 1939), jornalista, escritor e poeta, pai de José de Almada Negreiros (S. Tomé e Príncipe, 1893 – Lisboa, 1970). Radicouse em Paris e lá faleceu. Após a sua ida para França só se terá voltado a encontrar-se com o filho uma única vez; - Costa Alegre é Caetano da Costa Alegre (São Tomé, 1864 – Alcobaça, 1890), poeta santomense –

“criador da negritude em poesia”, segundo um seu conterrâneo –, estudante de Medicina em Lisboa e que havia sido colega de Paulino de Oliveira na Escola Académica de Lisboa falecido precocemente, vítima de tuberculose. Paulino de Oliveira dedicar-lhe-ia dois dos melhores e mais artísticos sonetos, segundo Fran Paxeco:

I

Alegre, Alegre triste… o seu sorriso Que nos lábios constante lhe pairava, Lampejo que era pálido e indeciso Às vezes – que amargôr ele destilava!

Sentir com que a si mesmo disfarçava… Perdão mandado a custo para o riso De mofa, eterno, que custar julgava E lhe partia todo o paraíso…

Quando, o sorrir gelado pela morte, Mas descansando da hediondez da Sorte, Vim de deixar-te à porta do jazigo,

Descia a noute, fúnebre, de rastros, Semeando estrela, como, tu, Amigo Negro infeliz que irradiavas astros.

II

Esses alvares que, troçando o preto, Como a negar-lhe o seu quinhão na Vida, O julgam réprobo, alma esquecida, O julgam enjeitado para o afecto,

Quem lhes dera possuir a delicada E fina flor ideal do sentimento Como possuía o teu vivaz talento, Alma de artista morto na alvorada!

O corpo é nada, o coração é tudo… O teu corpo era o escrínio de veludo De uma joia celeste, gema rara,

Preto gentil, meu malogrado poeta… Sabei, oh brancos d’alma hedionda e preta, Que há pretos d’alma niveamente clara!...

- O colega de Fran Paxeco é Artur Ernesto de Santa Cruz Magalhães (Lisboa, 1864 – Lisboa, 1928), jornalista, escritor e poeta, fundador do Museu Rafael Bordalo Pinheiro em Lisboa; - A Estreia é o periódico A Estreia - quinzenário literário e noticioso, jornal fundado por Paulino de

Oliveira, que se publicou entre 25 de Abril e 26 de Setembro de 1886; - Semana St.e é a Semana Setubalense – folha independente, política, litteraria e noticiosa que sucedeu a A Estreia, publicou-se de Outubro de 1886 a Outubro do ano seguinte.

Manuel Fran Paxeco Francisco Paulino de Oliveira

Apresentados os personagens e as referências, passemos às “estórias”:

Como se viu, o pedido formulado no postal era no sentido de obter exemplares dos jornais A Estreia e Semana Setubalense, onde tinham sido publicados poemas de Costa Alegre, falecido poucos anos antes, a fim de que Almada Negreiros (pai) os publicasse. No entanto, a poesia de Costa Alegre só veio a ser compilada e publicada, por Cruz Magalhães, com o título “Versos”, em 1916.

O assunto, depois de satisfeito o requerido, teria ficado encerrado se o remetente e o destinatário não fossem dois jornalistas locais, um de 30 e outro de 20 anos, polemistas por natureza. Assim não aconteceu, como se verá.

Quis o acaso que, decorrido algum tempo, no mesmo alfarrabista, fosse encontrado um lote de jornais e revistas que tinham feito parte do mesmo espólio, pertença de um descendente de Paulino de Oliveira. Desse lote fazia parte o conjunto, caso raro, dos três números publicados de O Mez – chronica da vida setubalense - Redactor único e único responsável para todos os efeitos: Paulino de Oliveira.

O primeiro número, logo a abrir, prometia (em tom de ameaça): Uma vez por mês – assim fica explicado o singelíssimo título –entreteremos esta «causerie» com o público... que nos ler. Uma vez só todos os meses, simplesmente porque o tempo que ocupamos em trabalhos d’outra ordem nos não concede sobejidão maior. Todavia será uma falácia nada apoucada de tamanho e... de má-língua.

As ferroadas não demoraram em O Elmano – jornal fundado por Manuel Francisco Pacheco, em 1890, que, na primeira série, não passaria do primeiro número, reaparecendo três anos depois, tendo como Redactor Principal Manuel de Padilha (Setúbal 1871 – Lisboa, 1922) e onde colaborava regularmente Manuel Francisco Pacheco, que assinava indistintamente como Francisco Pacheco, F. P. e Flamino.

As hostilidades foram abertas logo no primeiro número de O Mez que, entre outros mimos, no artigo intitulado «Comentários novos a asneiras velhas», Paulino de Oliveira se referia a um artigo de Manuel de Padilha, publicado em O Elmano de 27 de Setembro de 1894, sobre Manuel Maria Portela, em que este era chamado de poeta parnasiano. Terminava assim o autor do artigo:

Temos, dizendo isto, apenas em mira não deixar passar, em julgado, semelhante barbaridade literária, que só tem explicação na ignorância charra de quem o deitou a público.

Manuel de Padilha ripostou em O Elmano de 24 de Janeiro de 1895:

De ouvir apregoar bravatas estamos nós fartos. De aturar charlatães que pretendam vender-nos gato por lebre, drogas nocivas por elixires de longa vida, estamos já cansados. A crítica quando bem orientada é uma necessidade. Fora disso não passa dum reles pedantismo, que é necessário escorraçar, que de modo algum se pode admitir. Criticar nunca poderá ser o largar rédeas à má-língua... em meia dúzia de sandices, despeitos e rancores mal contidos.

Intensificou-se a troca de acusações e, no nº 3 de O Mez, página 101, diz Paulino de Oliveira em novo texto ainda intitulado «Comentários novos a asneiras velhas»:

Pacheco (Manuel Francisco) sempre foi homem de alvitres audazes. Uma vez, na girandola do seu estilo estapafúrdio, opinou que a terra da sua natalidade era demasiadamente dotada de largos e praças. Pacheco, por antonomásia o Pachequinho [talvez porque Paulino tivesse 30 anos e Pacheco 20], que sempre foi uma boa praça, acusava nessa guerra desalmada contra os higiénicos largos a estreiteza do seu encéfalo…

Francisco Pacheco, em O Elmano, de 28 de Março de 1895, retribui assim:

O abuso, seja do que for, é sempre prejudicial. Exemplifiquemos: - se o Anúplio abusar da manjedoura arrisca-se a uma indigestão; se abusar do tinto expõese a uma bebedeira. E estas, repetindo-se, promovem incómodos gástricos, de que, supomos, o furioso ainda não padece…

Perguntar-se-á, mas o que tem esta polémica – Teófilo Braga designou as polémicas de «balas frias» – a ver com o bilhete-postal?

Tem, como se verá na página 107 do nº 3 de O Mez, de Janeiro de 1895, só distribuído em Março, onde Paulino de Oliveira transcreve, parcialmente, o postal em análise:

Pacheco (Manuel Francisco) escrevia-nos em 5 de Dezembro, de Lisboa: «O meu parabém pela nova iniciativa, que promete, se for severa».

Terminava, assim, esta troca de acusações e agressões verbais, bem ao gosto da época porquanto, não só Manuel Francisco Pacheco partira para o exílio político no Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro a 8 de Maio de 1895, e O Mez findara a publicação em Março desse ano. Não fora isso e, certamente, teria prosseguido a “contenda”. Anos mais tarde, já Manuel Francisco Pacheco tinha alterado o nome para Manuel Fran Paxeco e era Cônsul de Portugal em São Luís do Maranhão. Na sua obra Setúbal e as suas celebridades, Setúbal, 1930, a páginas 291 e 292, refere-se a este incidente nos seguintes termos:

O Mês – crónica da vida setubalense – irrompe em novembro - 1894. Estamparam-se mais dois folículos – em dezembro-1894 e janeiro-1895. Num deles chasqueou [Paulino de Oliveira] dum nosso artiguinho, inserto no Elmano. Ocupávamo-nos do excesso de largos irregulares, em Setúbal. Ocasionou uma discussãozita. Padeceu por nós o Padilha, que ficou sem as lunetas, ou seja cego, pois era desmesuradamente míope. E nunca mais trocámos palavra. Isto não obstou a que lhe [refere-se a Paulino de Oliveira] admirássemos, através de tudo, os primores da inteligência e o desapego de vaidades pueris, ainda que se orgulhasse dos seus inquestionáveis méritos. Revimo-lo num camarote do teatro Luísa Todi, em 4 de fevereiro de 1899, quando agradecíamos, publicamente à extraordinária Lucinda Simões, a honra de haver ido lá, para dar um espetáculo de preito a Garrett, o grande prógono português do Romantismo. Celebrava-se-lhe o centenário da nascença. Paulino, que participara das homenagens centenárias de 1905 a Bocage, também se manifestou naquela oportunidade… Sentimos uma sensação de espanto, ao ouvir da Exma. Sr.ª D. Ana de Castro Osório, em Janeiro de 1914, na embaixada de Portugal no Brasil, a triste notícia de que se encontrava tuberculoso o seu marido, que era cônsul em S. Paulo. Conhecêramo-lo tão nutrido, tão cheio de saúde! E maior se tornou o nosso espanto, acrescido por uma sincera mágoa, ao saber que falecera, semanas depois - em 13 de março.

Fran Paxeco, quando do seu encontro com Ana de Castro Osório, prestava serviço na Embaixada de Portugal por ter sido requisitado pelo, então, Embaixador Bernardino Machado e, mais tarde, Presidente da República. Um simples bilhete-postal, formulando um simples pedido, permite, passados mais de 120 anos, reviver uma discussãozita entre dois ilustres setubalenses, jornalistas, diplomatas, republicanos, forçados ao exílio, passando ambos, injustamente, pelo cárcere e ambos de personalidade muito vincada.

Notas: 1 – Nas transcrições optou-se pela alteração da ortografia, para facilidade de leitura, excepto nos títulos. 2 - Não é seguido o novo Acordo Ortográfico.

FRAN PAXECO E A CRÍTICA AO LIVRO “FUNDAÇÃO DO MARANHÃO”

EUGES LIMA*

“(...) Fran Paxeco, que tanto se interessa por tudo quanto diz respeito ao Maranhão, e que tão profundamente conhece os nossos homens e as nossas coisas.” José Ribeiro do Amaral (1914)

Muito já se falou e se escreveu sobre o questionamento da fundação francesa de São Luís, principalmente nos últimos quase vinte anos. Então, quando pensávamos que não havia mais novidades sobre o tema e que quase tudo já tinha sido dito, pesquisado e publicado, em uma de nossas pesquisas em jornais antigos, eis, que, por acaso, encontrei, há um pouco mais de um ano, uma surpreendente resenha sobre o livro “Fundação do Maranhão”, escrito pelo professor José Ribeiro do Amaral por ocasião das comemorações do tricentenário da “fundação francesa” de São Luís em 1912. Este trabalho é considerado o livro-chave que introduziu essa nova versão de fundação da cidade, pois, até então, a versão corrente, clássica da historiografia maranhense era que a cidade de São Luís tinha sido fundada pelos portugueses, após a expulsão dos franceses, em 1616.

Pois bem, pasmem-se! Encontrei no Jornal “A Pacotilha,” de 20 de novembro de 1912, ou seja, contemporânea à publicação do livro de Ribeiro do Amaral, uma resenha com o título “Uma boa memória”, escrita por ninguém menos que o intelectual português, Consul de Portugal no Maranhão e um dos fundadores da Academia Maranhense de Letras (AML), Fran Paxeco, que nessa ocasião, era jornalista desse diário. Essa resenha crítica, que apesar do aparente título elogioso, na verdade, traz implícita e, em alguns momentos, explícita, certo tom de ironia nos argumentos de seu autor acerca das teses de fundação francesa de São Luís, levantadas por Ribeiro do Amaral. A novidade do texto consiste, de um lado, que a nova versão da fundação de São Luís, de origem francesa, engendrada e encampada por Ribeiro do Amaral, não foi unânime entre os historiadores e intelectuais contemporâneos e encontrou forte resistência na visão de Fran Paxeco, seu colega de geração literária e da fundação da AML, em 1908. Por outro lado, representa também um dado novo nesse debate, pois, até aqui, as críticas e contestações contra essa visão da fundação francesa de São Luís que os historiadores tinham conhecimento, eram referentes a várias décadas posteriores à publicação do livro “Fundação do Maranhão,” e, mais recentemente, a partir dos anos 2000, com o livro da historiadora Lacroix. Portanto, até agora, não se tinha conhecimento de uma crítica contemporânea ao surgimento dessa nova interpretação, ou seja, no seu nascedouro. Vejamos quais foram os principais argumentos utilizados por Fran Paxeco para rechaçar o livro “Fundação do Maranhão” e sua tese de uma São Luís de origem “absolutamente francesa.” Primeiro, o autor, usa de uma aparentemente cautela para desconstruir as teses de Ribeiro do Amaral, tentando alternar falsos elogios com críticas para dar um tom equilibrado, buscando fazer uma média, afinal, a reputação e notoriedade do douto saber do professor e historiador José Ribeiro do Amaral eram algo patente, talvez, não quisesse gerar um melindre mais sério; porém, acho que não teve sucesso nesse intento, com isso, acabou construindo um texto bastante irônico quanto às fragilidades e contradições dos argumentos de Amaral acerca da fundação francesa da cidade de São Luís. Prevaleceu mais sua inteligência e capacidade de descaracterizar o trabalho do professor Ribeiro do Amaral como um trabalho de história, daí o tom aparentemente elogioso, mas, no fundo, irônico, de “Uma boa memória”, pois, seria memória e não história. Fran Paxeco inicia seu texto, dizendo que é “um sugestivo estudo, especialmente com o fim de comemorar o tricentenário do estabelecimento dos franceses no Maranhão”, tentando ressaltar, a distinção entre o estabelecimento dos franceses na Ilha de São Luís com a fundação da cidade de São Luís. Já no segundo parágrafo, ressalta “que as publicações rememorativas se revelam, no geral, inferiores ao fato que pretendem festejar, por via do afogadilho com que se elaboram”, sugerindo, assim, o autor que o livro resenhado teria sido feito às pressas, que seria uma publicação de efemérides, de comemoração e como tais, eram sempre inferiores

devido à rapidez como eram elaboradas, sem tempo para pesquisa séria. Arremata, dizendo que “a musa das idades mortas repudia” esse tipo de trabalho. A musa à qual se refere é a “história”. Continua, dizendo, “bem certo é que a história se não inventa.” Aqui, Fran Paxeco, na sua resenha demolidora, insinua que José Ribeiro do Amaral estaria inventando uma história acerca das origens da cidade de São Luís, que se trata de uma invenção, argumento surpreendente atual para quem discute o problema hoje, a partir de uma perspectiva de invenção de uma tradição ou da história como invenção, embora ele afirme que a história não é invenção. Afirma também “que o critério julgador dos acontecimentos idos não se improvisa,” sugerindo novamente a ideia de que o olhar do professor Amaral sobre o passado remoto das origens da cidade foi feito a partir de improvisos, sem muito critério histórico. No seu rosário de argumentos de desconstrução da nova versão de origem francesa, imprimida pelo autor de “Fundação do Maranhão”, Fran Paxeco, destaca que “exuberância documental, de por si, sem uma pontinha de síntese e uns dedinhos de filosofia, resulta redundante,” isto é, os documentos por si só, sem a devida análise e interpretação, não representam muita coisa, os documentos não falam por si só. Mais uma vez, o autor da resenha demonstra uma visão bem inovadora da história para aquele momento, bastante contemporânea. No terceiro parágrafo, o autor, diverge novamente da visão de Ribeiro do Amaral, que considera a cerimônia realizada no 8 de setembro de 1612 como “verdadeiro auto de fundação da cidade de São Luís”, inventando, assim, uma tradição para a cidade, dia, mês e ano do seu aniversário. Para Fran Paxeco, tal cerimônia representou, na verdade, “o ato de posse da ilha de São Luís, pelos companheiros de La Rarvardiere”, conforme, inclusive, está expresso no livro “História da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão...” de Claude d’Abbeville [1614]. Não um auto de fundação, como queria Ribeiro do Amaral. Segundo Paxeco, essa visão de Amaral de apologia à ocupação francesa, “despertou hossanas incontáveis qual delas mais interessantes. Houve quem entendesse que, se Maria de Médicis se desinteressasse da miraculosa ideia, o Maranhão seria ainda um espesso matagal. E o que buzinaram sobre a cultura francesa, transmitida aos íncoles!?” Conclui o autor, dizendo: “riríamos de tudo isso, se o caso no não entristecesse. Quem acredita que, dentro de tal prazo, se transformem sociedades, catequizem incultos?” A ocupação francesa no Maranhão durou apenas pouco mais de três anos, portanto, foi muito fugaz, sem tempo para construir algo sólido no Maranhão. Nesse sentido, afirma Fran Paxeco: “longe de nós o intuito de negar que os audazes incursores se apoderassem, primeiro do que outrem, desta bela ilha, construindo fortes e cabanas [...] Mas isto, à face da ciência histórica, implica em simples episódio cronológico [...] E, como a posse que se arrogaram, contra a fé dos tratados [...], se demostrassem de todo em toda efêmera, sem deixar vestígios de peso”. Fran Paxeco surpreende-se com o fato de o trabalho do professor Amaral não se respaldar na historiografia anterior sobre o tema da ocupação francesa no Maranhão. Considera que o livro não apresenta argumentos que invalidem as conclusões de um dos grandes historiadores, não só maranhense como brasileiro: “João Lisboa, o maior dos historiadores brasileiros, e que detidamente aludiu aos velejadores de Cancale e S. Maló, contesta-lhe com fortes motivos. E não vemos argumentos que lhe anulem as indestrutíveis conclusões.” Mais adiante, fazendo referência aos renomados historiadores mundiais e tentando ressaltar a não utilização por parte de Amaral das obras de João Lisboa, no tocante a ocupação francesa, o autor, faz o seguinte questionamento: “por que se relegam à poeira das estantes dos estudiosos os livros de João Lisboa. Por fim, segundo Fran Paxeco, ao “livro do sr. Amaral [...] falta um [...] certo rigor metódico que inspira os trabalhos do gênero.” Interessante observar como essa resenha crítica, tão aguda, inteligente e atual, escrita em 1912 acerca do livro de José Ribeiro do Amaral, que tanto influenciou a historiografia maranhense nos últimos 107 anos sobre essa temática, passou despercebida durante todo esse tempo e que nos revela muito sobre a genialidade de um Fran Paxeco, atento, perspicaz, com uma visão historiográfica requintada para desconstruir no seu nascedouro a heterodoxa tese de Ribeiro do Amaral de uma São Luís fundada por franceses. Que percepção ou coragem teve Fran Paxeco, entre tantos, para ser o único a observar e contestar a mudança de versão sobre a fundação da cidade que estava sendo operada aí, nesse momento, antecipando-se o autor de “Uma boa memória”, portanto, muitas décadas às críticas e analises atualmente feita pela historiografia.

VOLUME 65 – SETEMBRO DE 2021

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VOLUME 1 – OUTUBRO DE 2017 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_1_-_outubro_2017 VOLUME 2 – NOVEMBRO DE 2017 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_2_-_novembro_2017 VOLUME 3 – DEZEMBRO DE 2017 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_3_-_dezembro_2017 VOLUME 4 – JANEIRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_4_-_janeiro_2018 VOLUME 5 – FEVEREIRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_5_-_fevereiro_2018h VOLUME 6 – MARÇO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_6_-_mar__o_2018 VOLUME 6.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – MARÇO 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_ VOLUME 7 – ABRIL DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_7_-_abril_2018 VOLUME 8 – MAIO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8_-_maio__2018 VOLUME 8.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra VOLUME 9 – JUNHO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_9_-_junho_2018__2_ VOLUME 10 – JULHO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_10_-_julho_2018 VOLUME 11 – AGOSTO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_11_-_agosto_2018 VOLUME 12 – SETEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_12_-_setembro_2018 VOLUME 13 – OUTUBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_13_-_outubro_2018 VOLUME 14 – NOVEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_l_o_-_numero_14_-_novemb VOLUME 15 – DEZEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revisdta_do_l_o_15_-_dezembro_de_20? VOLUME 15.1 – DEZEMBRO DE 2018 – ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017-2018 https://issuu.com/…/docs/101ndice_da_revista_do_leo_-_2017-201 VOLUME 16 – JANEIRO DE 2019 https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__16_-_janeiro_2019 VOLUME 16.1 – JANEIRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__-_janeiro__20 VOLUME 17 – FEVEREIRO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_17_-_fevereiro__2019 VOLUME 18 – MARÇO DE 2019

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VOLUME 19 – ABRIL DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__19_abril_2019 VOLUME 20 – MAIO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__20-_maio_2019 VOLUME 20.1 - MAIO 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO E A QUESTÃO DO ACRE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__20.1_-_maio_2019__ VOLUME 21 – JUNHO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__21-_junho_2019 VOLUME 22 – JULHO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__22-_julho_2019 VOLUME 22.1 – JULHO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__22-_julho_2019_-_ed VOLUME 23 – AGOSTO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__23-_agosto_2019 VOLUME 23.1 – AGOSTO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: AINDA SOBRE A CAPOEIRAGEM MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__23.1-_agosto_2019_VOLUME 24 – SETEMBRO DE 2019 – LAERCIO ELIAS PEREIRA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec VOLUME 24.1 – SETEMBRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: IGNÁCIO XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec VOLUME 25 –OUTUBRO DE 2019 –https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__25_-_outubro__2019 VOLUME 26 –NOVEMBRO DE 2019 –https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__26_-_novembro__2019

VOLUME 27 – DEZEMBRO DE 2019 –https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__27_-_dezembro___2019 VOLUME 27.1 – DEZEMBRO DE 2019 – suplemento – OS OCUPANTES DA CADEIRA 40 DO IHGM https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__27.1_-_dezembro___2019 VOLUME 30 – edição 6.1, de março de 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_ VOLUME 31 – edição 8.1, de maio de 2018 EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra VOLUME 32 – edição 15.1, de dezembro de 2018 ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017-2018 https://issuu.com/…/docs/102ndice_da_revista_do_leo_-_2017-201 VOLUME 33 – edição 16.1, de janeiro de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__-_janeiro__20 VOLUME 34 - edição 20.1, de maio de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO E A QUESTÃO DO ACRE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__20.1_-_maio_2019__ VOLUME 35 – edição 22.1, de julho de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__22-_julho_2019_-_ed VOLUME 36 – edição 23.1, de agoto de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: AINDA SOBRE A CAPOEIRAGEM MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__23.1-_agosto_2019_VOLUME 37 – edição 24.1, de setembrp de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: I. XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec

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