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De JOÃO BATISTA DO LAGO

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Mhario Lincoln

Mhario Lincoln

Ó tu minha imanência, princípio, meio e fim; passado, presente e futuro, aquele que jamais me abandona, me saúdas com a plena existência. Ó tu meu campo de guerra, que me crostas e estratificas, que me potencializas em rocha, que me sensualizas o amor da dor, por que me queres matar a terra? Ó tu maestro dos meus pensamentos, que me crias complexo, intenso, belo... deus pleno de toda minha estética, forma material que me consagras, ética pura de todos meus argumentos. Ó tu que me existes em pleno ato, que me cunhas novas expressões, que me arrastas à buracos negros, que me unes a toda natureza, revelas-me no instinto meu imediato. Ó tu espelho da minha aparência, que auscultas o meu desconhecido, ouvindo dele os gritos da libertação, quantas as cadeias que me prendem impedindo toda minha resistência? Ó tu meu sarcófago bem-aventurado, que me guardas como hóstia sagrada, que me ofertas ao outro anódico elemento, que me subjazes na cova transcendente, sou eu mesmo o teu deus desnaturado.

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