MARANHA Y 15 - MAIO 2024

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MARANHAY

“ÁGUAS REVOLTAS QUE CORREM CONTRA A CORRENTE” REVISTA DE HISTÓRIA(S) DO MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ - EDITOR – Prefixo 917536 2DEMAIODE1900,MANUELFRANPAXECOCHEGAVAASÃOLUÍSDOMARANHÃO NÚMERO 15 – MAIO – 2024 MIGANVILLE – MARANHA-Y

A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor. EXPEDIENTE

MARANHA-Y REVISTA DE HISTÓRIA(S) DO MARANHÃO Revista eletrônica

EDITOR

Leopoldo Gil Dulcio Vaz

Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com

Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais

65070-580 – São Luís – Maranhão (98) 3236-2076

98 9 82067923

Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física (EEFDPR, 1975), Especialista em Metodologia do Ensino (Convênio UFPR/UFMA/FEI, 1978), Especialista em Lazer e Recreação (UFMA, 1986), Mestre em Ciência da Informação (UFMG, 1993). Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado); Titular da FEI (1977/1979); Titular da FESM/UEMA (1979/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF-MA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e Pró-Reitor de Pesquisa e Extensão; Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 16 livros e capítulos de livros publicados, e mais de 430 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Academia Poética Brasileira; Sócio correspondente da UBE-RJ; Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luís (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM (2012); Prêmio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Prêmio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Diploma de Honra ao Mérito, por serviços prestados à Educação Física e Esportes do Maranhão, concedido pelo CREF/21-MA (2020); Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; Editor da IHGM EM REVISTA, desde 2023; Editor da “ALL em Revista”, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras, números 1 a 10; Editor da Revista do Léo, desde 2017, e desta MARANHAY – Revista Lazeirenta, dedicada à(s) História(s) do Maranhão; Editor da Revista Ludovicus, dedicada à literatura ludovicense/maranhense, desde 2024; Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ CHANCELA

UM PAPO

Falo desde Miganville, também conhecida como Uçaguaba (nome indígena), localizada em Maranha-y...

A chamada Ilha de Upaon-Açú, foi dado pelos Tremembés (Tupi-Guarani) e significa "ilha grande". Também foi chamada ilha de São Luís. A denominação indígena foi restabelecida pela constituição do Maranhão: Art. 8º - A cidade de São Luís, na ilha de Upaon-Açu, é a capital do Estado, se localiza entre dois grandes sistemas estuarinos que são as baías de São Marcos do lado esquerdo e de São José do lado direito, na região central do Golfão Maranhense. As duas baías são interligadas na parte sudoeste pelo canais do Estreito dos Mosquitos e estreito dos Coqueiros (que separa a ilha de Upaon-Açu da ilha de Tauá-Mirim).

Na baía de São Marcos, deságua a bacia hidrográfica do rio Mearim e seus afluentes, enquanto que, na baía de São José/Arraial, deságuam as bacias hidrográficas dos rios Itapecuru e Munim. Nessa região, a amplitude das marés pode ultrapassar sete metros. A região apresenta inúmeros igarapés e canais de maré. As águas possuem elevada turbidez devido ao aporte de material particulado do continente e das áreas de manguezais, pela forte atuação das marés, influenciando na coloração do mar, verde-musgo.

Uçá-guaba é o nome indígena de uma das 27 aldeias localizadas na Ilha do Maranhão – a segunda em importância – e significa ‘terra onde se come caranguejos’ – uçá.

Miganville é o nome dado à primeira povoação europeia – francesa – localizada na Ilha Grande. Existindo desde 1594, precede à fundação da França Equinocial, e ao estabelecimento definitivo dos francês na Ilha. Recebeu esse nome de Vila de Migan devido ao seu ‘fundador’: Davi Migan – ou Mingau, dado pelos índios – pois se tratava de um dos tradutores que aqui se estabeleceram, vindo na frota de Jacques Riffault, corsário que comerciava com os indígenas desde o Rio Grande do Norte até a Foz do amazonas.

Na medida em que os portugues vinham ocupando seu território, em direção ao Norte, os franceses recuavam também, estabelecendo várias feitorias. Temos vários pontos onde se estabeleceram, como o Rifoles, Praia dos Frances, Jericoacoara, Camocim, Ipiabapa, e São Luis... Maranha-y, em Tupi, significa “águas revoltas que correm contra a corrente”: Pororoca!!! Que se aportuguesou em Maranhão...

Ah, minha velha São Luís... ops... Miganville

Uçá-guaba, é denominada de ALDEIA DA DOUTRINA, após a expulsão dos franceses e a retomada do domínio da Ilha pelos portugueses. É daqui que a Missão Jesuítica é estabelecida, para a conquista da América do Sul. Lembrando que havia o Tratado de Tordesilhas, que dividia o novo mundo entre portugueses e espanhóis – contestado pelos franceses, ingleses e holandeses, que queriam ver o testamento de Adão... -; é aqui que se constrói a terceira igreja mais antiga do Maranhão: a de São João, primeiro, dos Poções, depois São João Batista do Vinhais. Recebe o nome de Vinhais Nova quando da expulsão dos Jesuitas, em 1755, por Pombal, e criada a Vila, o hoje bairro de Vinhais Velho. A antiga Miganville...

A referência geográfica e, principalmente, religiosa é, sem dúvida, a fixação da atual Igreja de São João Batista. Uma construção simples e protegida patrimonialmente e que, apesar do baixo luxo, carrega uma simplicidade e características únicas, com peças em estilo próprio e com proximidade a um antigo cemitério.

Para entender o começo da atual construção, é preciso voltar no tempo. Em 5 de maio de 1829, conforme cita César Marques em “Dicionário Histórico-Geográfico do Maranhão”, a Câmara local providenciou a reconstrução de uma igreja, para ocupar o lugar da que havia até então, nos primeiros dois séculos de existência do antigo Uçaguaba (que depois passou a ser denominada de Vinhais Velho ou Vila do Vinhais). Segundo Marques, a medida era para recompor a construção que estava com os “sobrados despregados e com faltas”.

Inicialmente, o local era habitado pelos índios tupinambás, onde existia a aldeia de Eussaup ("lugar onde se comem caranguejos"), até ser conquistado pelos franceses em 1612, no processo de formação da França Equinocial.[1]

A aldeia também ficou conhecida como Miganville, em razão de nela residir o francês David Migan, que se tornou uma liderança entre os indígenas e servia de tradutor para a administração francesa.[1] Vinhais Velho – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Em 1615, os portugueses tomaram o controle de São Luís, tendo sido instalada a primeira missão jesuíta do Maranhão, passando a se chamar Uçaguaba e, posteriormente, Aldeia da Doutrina.[1]

Com a expulsão dos padres jesuítas pela Coroa Portuguesa, seus bens foram confiscados e a Aldeia da Doutrina tornou-se a Vila de Vinhais, contando com Câmara e juiz. Sua origem seria a vila portuguesa de Vinhais, localizada no distrito de Bragança.[1]

Em 1835, a Vila do Vinhais foi incorporada ao município de São Luís. [1]

Passou a se chamar Vinhais Velho com o surgimento do Conjunto Habitacional Vinhais (1979) e do Recanto do Vinhais.

Antes disso, de acordo com datação histórica, com a chegada dos franceses ao território ludovicense (em meados de 1612), foi possível – com a fixação da Missão Francesa – construir uma pequena igrejinha erguida apenas com uma grande cruz, no largo que atualmente é visto no bairro e que recebe, anualmente, diversos eventos católicos.

Era o começo do processo de catequização das pequenas comunidades indígenas concentradas às margens do atual conjunto margeado, por exemplo, pela Via Expressa (avenida que liga os bairros Renascença ao Bequimão e adjacências). De acordo com o exemplar intitulado “Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão”, de César Augusto Marques, a construção católica foi feita de palha, “pelas mãos de seus primitivos habitantes”.

Segundo a história oficial, membros da então corte francesa – representada, por exemplo, por De Pizieux e por outros integrantes da cúpula gestora – estiveram na primeira missa no local que marcou o começo da missão católica na cidade. O registro é de 20 de outubro de 1612 e a celebração foi liderada pelo padre francês Arséne de Paris, auxiliado por Claude d´Abbeville.

Depois desta primeira construção, é preciso voltar a citar César Marques e o pedido de uma nova igreja ou igreja reformada. Ela fora reerguida a partir, principalmente, do esforço da gente simples que ali residia e pela devoção ao santo que, de acordo com a tradição religiosa, é considerado um dos mais próximos de Jesus Cristo. Segundo o catolicismo, ele é apontado como autor do batismo do filho de Deus nas águas do Rio Jordão.

A simbiose entre a fé católica e a comunidade vinhaense marcou a construção do bairro durante os séculos XVIII, XIX, XX e ainda pauta os moradores no século XXI. Inclusive a fixação das bases da religião fora essencial para a “tomada” dos índios pelos colonizadores.

De indígenas a particulares

A partir da segunda metade do século XVIII, foram tomadas medidas para estimular a manutenção do povoamento do Vinhais Velho, com a cessão de “terras devolutas” às pessoas que ali residiam. De acordo com “Vinhais Velho: arqueologia, história e memória”, as terras - que até pouco tempo atrás eram ocupadas por indígenas - foram sendo apropriadas por colonos e particulares.

Esses lotes de terra eram referendados pelo então estado português, que as cedia para os cidadãos produzirem gênero de distintas naturezas. Inicia-se, com isso, um processo oficial de expulsão dos índios dessa região, situação que perdurou por todo o século XIX.

Foi nesse período que começou o desenvolvimento pleno da região, com o estímulo das atividades econômicas e boom com a presença da Companhia de Comércio Grão-Pará e Maranhão e com o investimento do estado em algumas obras. A Vila do Vinhais passou a ser centro de produção e distribuição de gêneros alimentícios. Nesta área, foram construídas olarias e unidades de abastecimento de cereais com agregação e aproveitamento da mão de obra dos indígenas que lá habitavam.

De acordo com pesquisadores, a relação entre colonizadores e indígenas no Vinhais, assim como em outras regiões do então território recentemente descoberto e brasileiro, era de desprezo. Ao mesmo tempo, a região passou a ser, a cada ano, mais referência no polo comercial do então território maranhense.

Esta condição favorável à economia atraiu mais moradores. Dados da época apontam que a Vila do Vinhais (ou Vinhais Velho), até o fim da segunda metade do século XVIII, contava com 630 pessoas. Neste período, São Luís continha aproximadamente 13 mil moradores. Ainda no Vinhais, na primeira década do século XIX, a então Vila do Vinhais possuía quase “mil pessoas”.

Arqueologicamente, a presença europeia no Vinhais Velho foi materializada por diversos vestígios produzidos na Europa e trazidos com eles. A existência da Igreja de São João Batista do Vinhais representa um marco da presença portuguesa no território. Foi uma consolidação do domínio colonial. De acordo com Antônio Bernardino Pereira Lago, em Itinerário da Província do Maranhão - publicada pela primeira vez na primeira metade do século XIX - a Província do Maranhão registra, à época, 12 vilas e 19 aldeias. Sobre o vinhais, o então oficial da Coroa Portuguesa revelou que “a Vila do Vinhais tem câmara e juiz ordinário do civil, crime e órfãos”.

No local, foi construída a Igreja de São João Batista, a mais antiga da ilha, em 1622, construída em taipa e telha de barro. Outros estudiosos, no entanto, acreditam que foi fundada no ano de 1612, quando índios e padres capuchinhos franceses teriam erguido uma capela. Em 1698, foi reedificada em pedra e cal. [1]

A igreja desabou no século XIX e foi reconstruída entre 1829 e 1838. Passou novamente por reformas em 1854, reconstruída em 1875 (após novamente arruinada, dando sua configuração arquitetônica atual) e restaurada em 1985 [1]

Continua abrigando a paróquia do Vinhais Velho, sendo um centro religioso do bairro, com festividades acontecendo no seu Largo. Também abriga um memorial histórico (Memorial do Vinhais Velho), com objetos encontrados em escavações no sítio arqueológico e documentos antigos

Em 2011, o governo estadual anunciou a construção da Via Expressa (MA-207 ou Avenida Joãosinho Trinta), com 10 quilômetros, ligando o bairro do Jaracaty ao Ipase, em comemoração aos 400 anos da cidade.[3]

Um trecho da obra passaria pelo bairro, com a construção de uma ponte, e levaria a desapropriações de casas e à mudança nos hábitos de vida da comunidade, que seria dividida ao meio pela via. Também foi criticada pela destruição da vegetação do Sítio Santa Eulália. O fato resultou na mobilização dos habitantes do Vinhais Velho e de diversos movimentos sociais para preservação do patrimônio histórico e cultural, levando a disputas judiciais e à suspensão das obras. Também foram realizados protestos, ocorrendo intervenção das forças policiais.[1]

Nesse período, o IPHAN realizou um processo de coletas de objetos, tendo sido encontrados: machadinhos, pontas de lanças, vasos em cerâmicas, dentre outros, num total de 715 objetos. Além disso, foram encontrados três sambaquis, com datação possível de até 9 mil anos. Parte dessas peças encontram-se na Sala de Memória do Vinhais Velho (Memorial do Vinhais Velho), um anexo construído na Igreja de São João Batista, inaugurada em 2014. No mesmo ano, também foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Maranhão.[1]

Apesar das disputas judiciais, foi dada continuidade à obra, havendo uma inauguração parcial da via em 2012 (conforme data inicial de previsão) e outra em 2014, embora continuasse a sofrer com críticas com relação à infraestrutura.[4]

Por que Vinhais? Vinhais (Portugal) – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

A tradição portuguesa de nomear as vilas e cidades no Novo Mundo – Brasil – vem desde o inicio da colonização. No Brasil – e no Maranhão – não foi diferente. Quando do estabelecimento do Estado Colonial do Maranhão – sim, o Maranhão foi um Estado ((Pais) separado do Brasil!!! Por um longo período, desde a retomada pelos portugues, estabelecido em 1619/21, até a anexação pelo Império Brasileiro, em 1823... De onde herdamos o nome? Da Vila de Vinhais, uma vila raiana portuguesa localizada na subregião das Terras de Trás-os-Montes, pertencendo à região do Norte e ao distrito de Bragança.

Vamos Passear, do Bairro Recanto dos Vinhais até o Araçagy, São Luís do Maranhão, Grandes Avenidas. - YouTube

É sede do Município de Vinhais que tem uma área total de 694,76 km2[1], 7.768 habitantes[2] em 2021 e uma densidade populacional de 11 habitantes por km2, subdividido em 26 freguesias[3]. O município de Vinhais é limitado a norte e oeste pelas regiões espanholas de Castela e Leão e Galiza respectivamente, a leste pelo município de Bragança, a sul por Macedo de Cavaleiros, a sudoeste Mirandela e a oeste por Valpaços e Chaves

História - A ocupação humana deste território data de tempos ancestrais, tal como se pode verificar pelos inúmeros vestígios arqueológicos que se podem encontrar nesta região: inscrições rupestres, edificações de tipo dolménico e fortificações castrejas. Esta antiguidade é reiterada pelo Abade de Miragaia:

O chão desta vila e desta paróquia foi ocupado desde tempos remotíssimos, como se infere da lenda ou história da igreja de S. Facundo, que a tradição diz ter sido fundada no tempo dos Godos. (...) Também por aqui se demoraram os Romanos, pois ao norte da vila, no monte da Vidueira, se encontraram em 1872 muitas moedas romanas bem conservadas (...).

Perto de Vinhais foi encontrada uma lápide com a seguinte inscrição: JOVI / O.M. / LOVIIS / IAIIX / VOTO / LAP (Lovesia dedicou por voto e com generoso ânimo ao grande Júpiter).

Em meados do século XIII surgiu, pela primeira vez, a referência a Vinhais, num documento de doação ao mosteiro leonês de São Martinho da Castanheira: in villa que vocitant Villar de Ossus in territorio Vinales. Nesta época, Vinhais não era um topónimo, mas sim um coronómio, visto que designava uma região, um território e não um lugar determinado.

Pensa-se que a primeira povoação de Vinhais foi construída num outeiro, próximo da margem direita do rio Tuela, mais a norte do sítio actual, ou no monte da Vidueira, ou, ainda, no monte Ciradela ou Ciradelha, na Serra da Coroa. Estas suposições justificam-se pelo aparecimento de moedas romanas, vestígios de edificações da antiga cidade romana de Veniatia e da estrada militar romana que ligava Braga a Astorga (Asturica Augusti).

Vinhais foi, primitivamente, um castro de povoamento galaico, transformado pelos romanos em castro galaico-romano, com a sua fortaleza (ópido). Certamente, os suevos ou os visigodos cercaram a localidade de muralhas e, com a expulsão dos muçulmanos, Vinhais ficou arrasada, tendo sido repovoada na época da dominação dos reis de Castela e Leão (D. Sancho II e D. Afonso VI). Este repovoamento foi continuado pelos primeiros reis portugueses, nomeadamente com D. Afonso Henriques, D. Sancho I (O Povoador), D. Afonso II e D. Sancho II.

Vinhais recebeu foral de D. Afonso III, no dia 20 de Maio de 1253, o qual foi outorgado pelo monarca D. Manuel I, em 4 de Maio de 1512.

No contexto da Crise de 1383 1385 em Portugal, quando João I de Castela invadiu Portugal em 1384, o castelo de Vinhais foi um dos muitos que hastearam a bandeira castelhana, recusando, assim, obediência ao Mestre de Avis, futuro João I de Portugal

No século XVII, Vinhais sofreu bastante com a Guerra da Restauração, devido à sua localização geográfica, tal como conta Pinho Leal, na célebre obra Portugal Antigo e Moderno:

Em 1666, achando-se em Lisboa o III conde de S. João da Pesqueira (futuro 1º Marquês de Távora, criado por D. Pedro II Regente, de 7 de Janeiro de 1670), governador de Entre Douro e Távora (...). entretanto, o general galego D. BALTAZAR PANTOJA, pôs a ferro e fogo a província de Trás-os-Montes. Em 1 de Julho 1666 entrou por Montalegre, no dia 13 de Julho caíu sobre Chaves, no dia 14 de Julho os lugares de Faiões e Santo Estêvão, defendidos pelo sargento-mór ANTÓNIO DE AZEVEDO DA ROCHA, cometendo barbaridades. Recolhendo-se D. BALTAZAR PANTOJA a Monterey, praça galega ao Norte de Verim, e passados poucos dias volveu sobre Portugal, entrando por Monforte, veio pôr cerco a Vinhais, cercando com o seu exército o castelo, que era defendido pelo governador ESTÊVÃO DE MARIS, com os habitantes da vila e mais 50 auxiliares

Este acontecimento ficou eternizado numa inscrição que, ainda hoje, se pode ver na parede de uma casa que o defensor de Vinhais (Estêvão de Maris) fez:

ESTÊVÃO DE MARIS, GOVERNADOR DES / TA VILA DE VINHAIS, Fº DE Rº DE MORAIS DE TIO / ZELO, MANDOV FAZER ESTAS CASAS / NA E. DE MDCCVI (?) QUANDO PANTOXA / G L DO EXÉRCITO DE GALIZA COM O / MAIOR Q. SE VIO NESTA PROVÍNCIA / E LHE DEFENDEO A MURALHA CÕ / A GENTE NOBRE DA VILA E POV / QVA MAIS DE GRÃ E CÕ PERDER MVTÃ / LEVANTOU O SITIO E QUEIMOU AS / CASAS QUE FICAVÃO FORA DA MVRALHA

Numa relação estreita com a história e arqueologia da vila de Vinhais e de grande parte do município, a memória coletiva preservou, ao longo das gerações, um valioso património lendário, alvo de divulgação e estudo pelo escritor e etnógrafo Alexandre Parafita. Boa parte desse património é apresentada nas obras O Maravilhoso Popular (2000)[4] e A Mitologia dos Mouros (2006).[5]

Economia - O município de Vinhais é o maior produtor nacional de castanha, com uma produção média anual de 15 mil toneladas que movimentam 25 milhões de euros.[6]

IBACAZINHO,

HISTÓRIAEPERSONAGENS

Na próxima segunda-feira, 29 de abril, participarei do projeto Diálogos Baixadeiros, com uma palestra para alunos do curso de História da UFMA sobre o Ibacazinho, povoado que se formou na esteira da catequese jesuítica em Viana. A coordenação do projeto é do professor Manoel Martins, natural de São João Batista.

A saga dos padres jesuítas no Maranhão tem como vértice o Padre Antônio Vieira, que chegou em São Luís por volta de 1653, atraído pelos relatos da existência de aldeias de índios e minas de pedras preciosas nas bacias dos rios Pindaré e Turiaçu.

A primeira missão jesuítica, organizada por Vieira, estabeleceu-se no lugar onde mais tarde seria erguida a Vila de Monção, às margens do Rio Pindaré.

Monção foi o núcleo difusor das missões, que tinham dois objetivos: o primeiro, religioso (a conversão de nativos em cristãos novos) e o segundo, e talvez o de maior interesse dos inacianos, de ordem mercantil, voltado para o cultivo comercial da terra e a extração de ouro.

Navegando pelo rio Pindaré, chegaram ao Maracu, um de seus afluentes, e ali fundaram a Missão de Conceição do Maracu, que deu origem à cidade de Viana, cuja pedra fundamental é o povoado de Ibacazinho, onde os jesuítas implantaram uma fazenda agrícola e se dedicaram à produção agropecuária.

O Ibacazinho possui assim um papel de relevo na história de Viana. Em minha palestra contarei um pouco das origens do lugar e dos muitos personagens imortalizados em meus livros, a exemplo de Linda e Sebastião Xoxota, do romance A Saga de Amaralinda, e de Solano Silva, o velho Sol, protagonista de A menina e o Sol poente, também romance, com lançamento previsto para setembro, em São Luís. O debate do dia 29 é dirigido aos alunos de História, porém, aberto ao público.

HOJE É ANIVERSÁRIO DE MORROS!!!

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A contar do ano de 1750, quando se construíram as primeiras casas, no limiar de sua povoação, Morros teria 274 anos de existência. No entanto, tomando como marco a data de sua emancipação, no dia 28 de Abril de 1898, 60 anos após a eclosão da Balaiada e 10 anos após a abolição da escravatura, Morros completa ,hoje,126 anos de fundação. Parabéns, Morros!

Recordação

O tempo passou!

Transcorridos quase 10 anos de Morros livre - emancipada que foi dos domínios de Icatu, na majestosa data de 28 de Abril de 1898, por força da lei 210, nos termos do artigo 78 da Constituição do Estado pelo então vice- governador Dr Sebastião José de Magalhães - morreu, vítima de assassinato planejado, Manuel Pires Ferreira, o fundador da cidade, no dia 23 de março de 1908, as 5:30 da manhã, depois de muitas dores e agonias, alvejado que foi no dia anterior, as 19:30 horas, por um assassino em tocaia, cilada pronta pelo malfeitor, no momento que fechava a última porta de sua loja comercial, no silêncio noturno imperante quando as corujas já entoavam seus cantos.

Foi assim que começou a história de Morros!

Depois da gloriosa luta que fez triunfar o nascimento da cidade, uma tragédia sangrenta sucedeu o grande feito! Que horror!

A glória da vitória conquistada, relembrada em todos os cantos, exaltava seu bravo lutador da façanha alcançada, marco forte, esplendor de um novo tempo para a terra morruense, terra de muitos morros, terra do Munin, terra do rio Una e terra da Fonte dos Amores!

No lastro brilhoso, lúmen destacado do seu povo e do seu galhardo, entre brios e festejos, cintilava a chama apoteótica do triunfo libertário!

Hoje, após mais de um século passado, o que restou do marco original da cidade a não ser uma história apagada?

Fora a data natalícia, o que se sabe? O que se faz? O que se homenageia?

Afinal, a história está esquecida? E Aquela brava luta? Uma vida ceifada, assassinada e com terra manchada pelo sangue derramado do seu autor já não tem mais sentido? Não merece ser recitada, celebrada, cantada e representada?

Uma cidade sem memória é amnésia de um povo!Diga, diga espelho meu, quem sou eu? Que cidade sou?

Como me identifico se não me lembro mais de minha origem?!

Que pena!

No aniversário da terra de Morros, apenas vagas lembranças e pobres festejos! Então, que alarde é esse?! O que se faz é pouco, muito pouco, pouco mesmo! Apenas rápidos vivas e lampejos! É só isso que nossa terra merece? Só esses rasos louvores?!

Quando veremos a cidade em festa, repleta de encantos festivos? Quando será ?

Será mesmo que estamos construindo um futuro promissor?

O futuro não existe, o que existe é o presente. Se no presente os representantes políticos não realizam o que a cidade clama e precisa, o futuro, tempo que ainda virá, tempo que não temos domínio, muito mais incerto será.

Até quando?

189 ANOS DA COMARCA DE VIANA

A Comarca de Viana é uma das mais antigas do Estado do Maranhão foi criada pela Lei Provincial número7de29deabrilde1835,citadatambémcomoCartadeLei,quecrioutambémascomarcasde Alcântara,Guimarães,Itapecuru,SãoBernardo,CaxiasePastosBons.

NaépocaaComarcadeVianaeraconstituídapordoistermos,umdostermoseranasedequepossuia osdistritosdePazedeVitoria doMearim. Comopassardosanosforamacrescidosoutros termose desde1893váriosmagistradosdesempenharamocargodeJuizdeDireitodentreelesoVianenseDr. Manoel Lopes da Cunha que foi o 15º Governador do Maranhão, no período republicano, foi desembargador epai dos intelectuaisAntônioLopes eRaimundoLopes. Alguns dosemitentes juízes que passaram pela Comarca de Viana chegaram a ser desembargadores e prestaram inestimáveis serviçosaopoderjudiciáriodoMaranhão.

Os cartórios de Viana tanto o do primeiro ofício, bem como o do segundo ofício, existem desde o períododoImpério.OmestredecampoJoséNunesSoeirofoioprimeirotabeliãodaViladeViana.

O primeiro casamento civil realizado na cidade de Viana ocorreu em 26 de julho de 1989, ou seja, poucos meses antes da Proclamação da República tinha como noivos o Senhor Helvécio Vespasiano MartinseasenhoraJoanaPrimoPinheiro,serviramdetestemunhaMarcelinoJoséTrancosoquetinha muita prática de farmácia e Maria José da Piedade Rodrigues. O citado casamento foi realizado pelo JuizdaPazDomingosAcácioRodriguesquetambémfoivereadoreleitonaprimeiraeleiçãomunicipal deVianaocorridaem20defevereirode1892,trêsanosapósaProclamaçãodaRepública.

OscartóriosdeVianaguardampartedahistóriadacidadeemseusarquivos,nocartóriodosegundo ofício estão arquivadas as sentenças de escravos na insurreição corrida em 1867, como também as várias sentenças de sofrimento de açoutes ocorridas em 1868, além de auto-crimes de execução e cumprimentodesentençadoescravoMartiniano,porcrimedeinsurreiçãoem1868.

O Cartório do primeiro ofício teve como escrivão Padre Luís Mariano de Barros, que foi eleito vereadornaprimeiraeleiçãomunicipaldeVianaefoioprimeiropresidentedaCâmaraMunicipalde Viana. Anos depois o cartório foi transferido para o seu filho Antônio Estefânio de Barros, depoisde alguns anos assumiu o cartório o senhor conhecido Duduzinho Campelo, mais tarde ficou com Reginaldo Campelo Moreno como escrevente juramentado e Raimunda da Conceição Gomes Barros (Dadica)comotitular.

No Cartório do segundo ofício o escrivão era Carlos Nunes Paz, depois o tabelionato ficou com a família Gonçalves Rodrigues desde o ano 1857. Inicialmente com o Senhor Egídio José Gonçalves, depoispassouatitularidadeparaogenrodele,oportuguêsUlissesLeopoldinoRodrigues,nessaépoca osdoiscartóriospassaramaserocupadospelotabeliãoUlissesLeopoldinoRodrigues,tendoemvista afusãodeumcartórioaooutro.ApósofalecimentodeUlissesLeopoldinoem03defevereirode1927, os cartórios voltaram a ser divididos, o do segundo Ofício ficou com o filho de Ulisses Leopoldino, Senhor Egídio Gonçalves Rodrigues, depois passou a ser ocupado por Ozias Mendonça (genro de Egídio),apósaaposentadoriadeEgídioem1928,OziasMendonça,queerairmãodaminhaavóOlivia Mendonça,assumiuocartóriodosegundoofíciocomotabeliãoepermaneceudurante42anosatésua aposentadoriaem1970,depoisocartórioficoucomoSenhorAntônioRodriguesSoeiroconhecidoem Viana como Antônio de Rocha, com sua aposentadoria o cartório foi transferido para o tabelião Francisco de Assis Mendonça, meu pai, que já estava como escrevente juramentado desde 1968 e já trabalhava no cartório, assumindo como titular em 1973, e era sobrinho de Ozias Mendonça, com o falecimento do meu Pai, em 1999, assumiu o cartório do segundo ofício minha mãe Maria da AssunpçãoLimaViegas,quepermaneceucomoescrivãaté2010,quandoocorreuasuaaposentadoria. Apartirdoano2010,assumiuocartórioRaimundadaConceiçãoGomesBarros(Dadica)eatualmente temcomotitularSandersonMartinsFerreira.

Atualmente a cidade possui o Fórum Desembaragdor Manoel Lopes da Cunha na avenida Luis de Almeida Couto e o Fórum Eleitoral Ministro Astolfo de Barros Serra na Rua Antônio Lopes. Uma homenagem a dois ilustres vianenses que desempenharam com altivez e sabedoria o espírito de justiça.

(*)

Textoabertoacontribuiçõesdosleitores

(*)ÁureoMendonçaépesquisadorescritoremembrofundadordoIHGVocupantedacadeiranúmero 8.

PRIMEIRAS PINTURAS DE PAISAGENS

Nos últimos dias o Site Agenda Maranhão está publicando as pinturas de paisagens de São Luís produzidas por o italiano Joseph Righini, que esteve em São Luís, no século XIX.

A imagem Vista de São Luís do Maranhão, o artista criou a partir de uma visão que teve quando estava na área do São Francisco, provavelmente na área atual Asilo de Mendicidade.

Righini

O pintor, desenhista e fotógrafo Joseph Righini nasceu em Turim, em 1820, e morreu em Belém do Pará, 1884.

Chegou ao Brasil em 1856, passou por Recife, São Luís e Belém.

Vista de São Luís do Maranhão foi publicada em 1863. Mas Righini morou no Maranhão entre 1856 e 1857.

A obra faz parte do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Há poucas informações sobre Joseph Righini. O escritor maranhense Luiz Melo é um dos mais dedicados pesquisadores da vida do artista.

Ele veio para o Brasil como cenógrafo da companhia de ópera de José Maria Ramonda.

A companhia foi bem recepcionada em São Luís com a apresentação da tragédia lírica Gemma di Vergy.

O trabalho de Righini na peça foi enaltecido no Jornal Publicador Maranhense, de 26 de abril de 1856: “Resta-nos falar da decoração scenica, obra do Sr. Righini, que, sendo toda primorosa, muito melhor effeito teria produzido se o theatro estivesse mais bem iluminado”.

Em São Luís, trabalhou como fotógrafo para o francês Joseph Dumas em um ateliê na Rua da Paz.

Giuseppe Leone Righini, também referido como Joseph Léon Righini, (Turim, c. 1820 Belém do Pará, 1884) foi um pintor, desenhista, gravador, fotógrafo, cenógrafo e professor italiano radicado no Brasil [1] O pintor chegou ao Brasil em 1856, desembarcando em Recife. Após sua passagem pela cidade pernambucana, Righini também esteve em São Luís do Maranhão, mas se fixou de fato no Belém do Pará.[2]

Por muitos motivos, Righini é considerado um destaque entre todos os viajantes tardios e artistas estrangeiros que estiveram ativos no Brasil no século XIX. O italiano foi um dos primeiros a registrar as paisagens do Norte do país e o primeiro a registrar a selva amazônica a partir da observação in loco. Righini foi único

SÃO LUIS MEMÓRIA.

artista viajante de origem italiana cuja contribuição é sinalizada como importante. Além disso, é considerado o maior talento da última leva de artistas que retratam as paisagens brasileiras, por volta de 1860.[1] O artista registrou paisagens de diversos locais importantes e monumentos das cidades por onde passou.[3]

Biografia

As informações disponíveis sobre o artista são obscuras e os poucos dados encontrados sobre sua vida são conflitantes. Filho do pintor Pietro Righini e irmão do gravador Camillo Righini, Giuseppe Leone Righini, mais referido como Joseph Léon Righini (ou apenas J. L. Righini), nasceu no ano de 1820 em Turim, cidade italiana da região do Piemonte [4]

Estudou na Academia de Belas Artes de Turim[1] e, em 1856 chega ao Brasil, em Recife, como cenógrafo da companhia de ópera de José Maria Ramonda. A companhia fora muito bem recepcionada em São Luís do Maranhão, onde sua primeira apresentação, a tragédia lírica Gemma di Vergy, recebe muitos elogios. O trabalho de Righini na peça também é enaltecido no Jornal Publicador Maranhense, no dia 26 de abril de 1856: "Resta-nos falar da decoração scenica, obra do Sr. Righini, que, sendo toda primorosa, muito melhor effeito teria produzido se o theatro estivesse mais bem iluminado".[5]

Assim como os artistas da peça, o cenógrafo também foi muito elogiado durante a estadia da companhia na cidade. O autor dos textos do Publicador Maranhense - conhecido como Justus - inclusive propôs ao governo provinciano, numa publicação do dia 31 de julho de 1856, que fosse instalada uma escola de pintura cenográfica com aulas ministradas por Righini: "As decorações do theatro de S. Luiz, que já hão sido patentes ao público desta capital provão que o Sr. Righini é não já um mestre consumado, senão que um habilíssimo artista, e tão digno de nossa estima, como de uma mui importante e proveitoza aquisição; parecendo-me que o ensejo é mais azado para dar o governo um impulso ao progresso material e intellectual da província que tão sabiamente lhe foi confiada; lance mão desse insigne artista e estabeleça uma escola de pintura d'este gênero, onde a nossa mocidade (...) aprenda uma arte tão necessária. Só assim teremos entre nós hábeis scenographos. É que o Sr. Righini por qualquer eventualidade pode retirar-se desta província, e mesmo do império".[5]

Righini, durante os anos de 1856 e 1857, quando viveu no Maranhão, também prestou serviços fotográficos, junto com o francês Joseph Dumas, seu tutor. Os dois tinham uma sociedade que, na época, estava localizada na Rua da Paz. Quando Dumas parte para os Estados Unidos e deixa seus equipamentos com o italiano, ele se torna o único fotógrafo residente em São Luís daquela época.[6][7]

A nova técnica importada por Righini e Dumas consistia em tirar fotos em cristatofia.[7] Nesse período do século XIX era comum a prática de pintores profissionais exercerem a profissão de fotógrafos como atividade financeira complementar e, por isso, eram denominados pintores-fotógrafos. Eles pintavam paisagens e fotografavam retratos.[6]

Ainda em 1856, apesar de bem sucedido como cenógrafo, desentendimentos com Ramonda, o empresário da companhia, fazem com que Righini resolva deixá-la. Na época, morando na capital maranhense, o italiano opta por se mudar para Belém. Apesar de ficar por pouco tempo em São Luís, durante sua estadia, o artista deixou diversas obras da cidade sob uma perspectiva externa - panorâmicas ou apenas à distância, sendo as vistas da água para a cidade.[8][9]

Em 1867, Johann Karl Wiegandt (1851-1918) - alemão tipógrafo e gravador dono de uma empresa de litografia no Pará, também referido como Conrad Wiegandt - publica um álbum de doze gravuras do Belém do Pará, a série de litografias Panorama do Pará em Doze Vistas Desenhadas. Atualmente as obras pertencem à Biblioteca Guita e José Mindlin e foram cedidas também ao Centro de Memória da Amazônia (CMA).[1][10]

Em 1868, já morando em Belém, Righini anunciava, no Jornal do Pará, dar aulas de ensino particular de desenho e pintura, além de oferecer também seus serviços em trabalhos decorativos. A publicidade feita pelo artista, em meio a comunicados dos mais diferentes assuntos, possivelmente tenha dado algum resultado. No entanto, a sobrevivência econômica do artista esteve baseada, principalmente, nas encomendas de pintura decorativa de interiores que recebia.[2]

Consta que na década de 1880, Righini embarcou para os Estados Unidos, mas retornou ao Brasil, dado que faleceu em 1884, em Belém. Apesar de sua importância artística conquistada atualmente, seu nome não está presente nos dicionários nacionais. Há uma curta menção, com a grafia Riguini, no Dicionário Histórico, Geográfico e Etnográfico do Brasil.[4]

Obra

Righini se destaca especialmente no que diz respeito ao que tomou como especialidade no Norte do Brasil: as artes da Amazônia oitocentista. Em suas obras, o que mais ganha relevância são as cenas da paisagem em contraste com o cenário urbano das cidades nortenhas da segunda metade do século XIX. Fica evidente a transformação que está ocorrendo, por conta da derrubada da mata virgem naquele período, em registros como

os do italiano, nos quais fica em evidência a oposição entre a presença humana e a natureza intocada: "Se tratava de pinturas em que a explosão da natureza ganharia profunda dimensão".[1][11]

A contemplação da paisagem é uma das características mais marcantes nas obras do pintor. No quadro Casas de índios na floresta Mata-Mata no Moju, Pará isso fica evidente ao se observar a abundância de espécies de plantas retratadas, apesar de o interesse científico não ser a única motivação do artista durante a produção dessas composições: "São principalmente as qualidades plásticas, os contrastes de cor e as formas inusitadas desse tipo de vegetação que interessam ao artista, com o devido cuidado em registrar os hábitos e a relação que os homens estabelecem com o espaço". Muitos críticos ainda frisam a facilidade técnica com que Righini compunha as obras, articulando, em seus registros, as áreas de luz e sombra.[1]

A partir dessa personalidade artística, o italiano fazia muitas composições de cunho fortemente cenográfico, misturando realidade e fantasia, que, num cenário do Romantismo, representava uma nova concepção e representação da natureza, na qual a paisagem ganha um novo papel e passa a assumir um caráter reflexivo: "Neste exercício reflexivo se observa uma relação direta entre o observador do quadro e a paisagem representada, introduzindo uma maior dramaticidade no quadro e maior identificação do observador com o evento registrado".[1]

Essa forma de registrar à distância, nesse movimento reflexivo, tem relação também com a forma como o artista estrangeiro se sentia, inicialmente, em relação ao objeto de registro: "Righini está localizado num ponto e a cidade está distante, perfeitamente, meticulosamente desenhada, mas ele não pertence a ela, mantém uma distância".[9] Nesse momento, o italiano apresenta-se como observador frente ao movimento da natureza e, com propósitos científicos, busca retratar exatamente o que é visto, numa tentativa de remontar na tela a paisagem local, cujo cenário é constituído por árvores e construções.[1]

Legado ao Norte do país

Durante a passagem de Righini por São Luís do Maranhão, seu olhar estrangeiro deixou como legado diversas obras de vistas da cidade. Ao mesmo tempo que se interessava em registrar a natureza e o pitoresco, não deixava de inserir nas pinturas os espaços urbanos que estavam sendo criados naquele momento da história.[8] O artista passa então a fazer parte, contribuindo com seu testemunho visual, de uma discussão política histórica a respeito do processo de colonização e ocupação da região amazônica no século XIX, em especial ao uso de suas florestas - cujo debate ainda hoje está em pauta.[1]

Os registros do italiano, sob uma perspectiva menos artística e mais política, representam um grande registro da construção histórica do país - em especial da região Norte. Nas obras de Righini é possível observar a ilustração de alguns processos descritos verbalmente na História do Brasil. Um deles é o projeto político, na época, de transformar a região amazônica do país num objeto publicitário, cujo intuito era atrair mais imigrantes: "Há, neste sentido, uma retomada do discurso de terra da promissão que, além de tudo, é cheia de belezas naturais e de riquezas da flora e fauna".[1]

As obras de Righini se apresenta exatamente nesse ponto histórico onde um próspero futuro, com infinitas possibilidade, era projetado para as nações americanas. No entanto, nesse mesmo quadro, apresentavam-se outras questões, nas quais as características naturais das "novas terras" eram vistas como espaços selvagens a serem domados pois representavam desafios e limitações a essas tais ilimitadas projeções: "Trata-se de um momento em que a natureza analisada como grandiosa, intocada e enigmática do território americano, parecia prever a emergência de nações marcadas pela necessidade de promover ações, que não apenas permitissem promover o povoamento desses espaços, mas que assegurassem o desenvolvimento de técnicas que permitissem a exploração dos recursos naturais e o consequente domínio do espaço considerado eminentemente natural".[1]

Reylton Rosa

·

PERSONAGENS DA

FEIRA DA PRAIA GRANDE

Sou fascinado pela Feira da Praia Grande, é o meu refugio, é o meu lugar favorito, bebo a minha cerveja na maior paz ouvindo o meu reggae. Se pudesse, eu moraria no Centro só para poder frequentar mais a Feira da Praia Grande. Meu maior sonho é um dia fazer uma exposição sobre a memória de um dos lugares mais fascinantes da minha vida. Eu gosto do movimento da feira, gosto das pessoas, adoro os sons e adoro os feirantes. Rapaz, quando entro na Feirinha, a tristeza vai embora, esqueço um pouco de mim e até sociável demais eu fico. A Feira Praia Grande desperta o meu lado mais doce.

Essa série de 3 fotografias mostram o senhor que se chamava Bigode, ele era um personagem da Feira da Praia Grande, era do Rio Grande do Sul, morreu em 1998. A primeira foto, eu tirei da coleção do colecionador Antônio Guimarães de Oliveira; a segunda foto é da década de 1980, foto feito pelo Mobi, o Bigode é o homem sem camisa com o chapéu; a terceira foto foi feita pela Jansy Mello em sua viagem feita para São Luís, também na década de 1980.

Entre essas três fotos, a mais bonita é a foto que a Jansy Mello fez, ela retrata o Bigode fazendo o cofo na maior tranquilidade e serenidade.

NONATO REIS

O PORTO DO PADRE: ENCANTO E MISTÉRIO

Imortalizado no romance "A Saga de Amaralinda", por servir de cenário para o amor de Linda e Eugênio, o Porto do Padre ficava num ponto de recuo do rio Maracu, de frente para uma croa, onde o rio se dividia em dois braços, formando uma espécie de bifurcação.

Pela direita afunilava à semelhança de um canal estreito, que secava no verão e servia de estrada para carro de boi. Por ali chegava-se à Mutuca,

- canal aberto pelo braço escravo - a 100 braças da Fazenda Bacazinho ou Fazenda da Santa. Pela esquerda o rio seguia um traçado sinuoso até atingir as Colheireiras, na direção de Matinha, cidade a 21 quilômetros de Viana, para desaguar no Lago do Aquiri.

O Porto do Padre recebera essa denominação na época da missão jesuítica de Conceição do Maracu, na penúltima década do século XVIII, embrião que deu origem à cidade de Viana.

Ali os jesuítas, com o auxílio das tribos indígenas que habitavam o local, ergueram a Fazenda São Bonifácio do Maracu, dedicada à criação de gado bovino e plantação de cana de açúcar, para fins de extração do açúcar, à época principal produto de exportação da Colônia.

Na verdade os jesuítas chegaram ali, não apenas movidos pelo dever missionário da Ordem de Jesus, mas principalmente incitados pelos boatos da existência, nas bacias dos rios Pindaré e Turiaçu , de minas de pedras preciosas.

Assim, foi a corrida pelo ouro que deflagrou a odisseia de padres das mais diversas ordens religiosas no norte do Brasil, e não propriamente o compromisso de transformar ímpios em cristãos.

O porto foi o escoadouro natural das riquezas produzidas na Fazenda São Bonifácio do Maracu, de onde as embarcações partiam abarrotadas de açúcar, mel, farinha e carnes, depois de deixarem ali as especiarias trazidas da capital, São Luís, originárias da Europa.

Era um lugar belíssimo, e a lâmina dágua, de tão tranquila, dava a impressão de uma superfície sólida, porém estranho, que parecia concentrar algo sobrenatural.

Da estrutura física do porto, construído sobre um teso, nada mais resta. Até pouco tempo atrás o lugar achava-se recoberto por uma vegetação rala e permeada por grandes árvores, como mangueiras e barrigudeiras.

Eu fazia de tudo para desviar a rota dali. Nas poucas vezes em que cruzei o porto, me senti como que ejectado para outra dimensão, inenarrável.

Os moradores mais antigos contavam histórias de arrepiar os cabelos, ocorridas ali. Como a de um pescador que, após lançar as redes no rio, numa noite escura feito breu, foi surpreendido com dois peixes gigantes que se debatiam presos às malhas do apetrecho. Imaginando tratar-se de dois surubins, correu para apanhar os peixes, mas o que viu o deixou perplexo, abobalhado.

Dois homens, um padre e um índio nus se atracavam numa luta renhida. O índio agarrado ao padre por trás mordia-o feito uma fera e dele arrancava lascas de carne do pescoço e das costas, para o desespero do religioso, que tentava escapar do martírio usando uma linguagem messiânica. “Não mata o padre, que é redentor, corpo e sangue de Deus”.

Para sempre o pescador perdeu os sentidos e o juízo. Morreu acorrentado dentro de casa, uivando e se mordendo.

Houve também o caso de Biné, um músico que chegara ali atraído pelo amor de uma moradora do lugar, que conhecera em Guimarães. Com ela casou e fixou moradia na beira do rio, próxima ao Porto do Padre. No inverno Biné gostava de pescar bagrinho na Mutuca, aproveitando as noites sem lua. Um dia os bagrinhos sumiram das águas. Já tentara diversos pesqueiros e nada. Nenhum peixe para contar estória.

Já desanimado, decidiu ir embora, mas ao passar em frente à croa avistou uma boca de mato, aberta como que por encanto, pois não se lembrava de tê-la notado antes, e resolveu fazer uma última tentativa. “Quem sabe aquele pesqueiro seria a redenção da noite”, pensou consigo.

Acomodou a canoa no labirinto entre as árvores, colocou a isca no anzol e começou o ritual para atrair os peixes (tocar levemente a isca na superfície da água, num ruído agudo e intermitente).

Notou porém algo estranho no atrito da isca com a água. Como se a isca presa ao anzol, ao invés de tocar a água, batesse na lama. Várias vezes acendeu a lamparina e observou em volta, sem nada encontrar.

Agoniado e impaciente com aquele ritual, enfiou a mão na água no escuro com raiva. Agarrou uma coisa parecida com cabelos e a puxou para a superfície. Deu de cara com a cabeça de um índio que emergia da lama em meio a borbulhas de lama. Foi encontrado no dia seguinte no matagal, rezando “Ora pro nobis”.

JAZIGO DO CORONEL CAMPELO (*)

A história nos surpreende e tem muitas coincidências, tudo começou quando o primo Pedro Castro que também é pesquisador adentrou no Cemitério São Sebastião na cidade de Viana e se deparou com um jazigo com a Lápide do Coronel

Raimundo Marcelino Campelo.

Raimundo Marcelino Campelo "o Mundico Campelo" exerceu forte liderança na cidade de Viana, foi o mais hábil chefe político da cidade, o grupo que comandava conquistou sucessivas vitórias eleitorais, elegeu diversos prefeitos, o Coronel Campelo liderava o Partido Conservador que ficou conhecido em Viana como "Partido Roxo" ou "Pau Roxo". Raimundo Marcelino Campelo era casado com Olivia Rosa Garcia Campelo, o casal teve 5 filhos: Faraildes Campelo Silva que foi homenageada com seu nome em uma escola em Viana na administração Walber Duailibe; Lourival Campelo; Josafá Campelo; Raimundo Campelo; José Ribamar Campelo e Florimar Campelo.

Coronel Campelo residiu em Viana na Rua Antônio Lopes conhecida como Rua Grande na casa que pertence a família de Baco e que na época da minha infância era residência de Claudiner.

O Coronel Campelo morre em Viana em 10 de outubro de 1945 com 71 anos de idade e foi homenageado pelo prefeito Walber Duailibe colocando seu nome na Escola Raimundo Marcelino Campelo, escola que ficou conhecida como "Complexo".

Quando Walber Duailibe ex-prefeito e ex-deputado estadual governou o município de Viana mandou reformar o jazigo de Raimundo Marcelino Campelo para receber os restos mortais de seu filho o vianense General Florimar Campelo, que seria transladado para Viana, e por motivos que não sabemos não houve o translado do corpo de Florimar Campelo que foi General de Divisão do Exército Nacional e exerceu o Comando da Décima Região Militar com sede em Fortaleza CE.

Quando do falecimento do ex prefeito e ex-deputado estadual Walber Duailibe o mesmo foi sepultado no túmulo que reformou quando era prefeito e que está sepultado Raimundo Marcelino Campelo e sua esposa.

(*) Áureo Mendonça é pesquisador, escritor e membro fundador do IHGV ocupante da cadeira número 8.

CASA GRANDE DA FAZENDA SANTA MARIA DE GUERRA, A 20KM DA SEDE DE GUIMARÃES MARANHÃO.

A Fazenda Santa Maria pertencia ao Dr. Agostinho Moreira Guerra Júnior no apogeu econômico da produção de cana de açúcar na região, na década de 1860. O engenho de açúcar da fazenda era movido a animais.

AS

CAPITANIAS DE

CABO

DO

NORTE, MARANHÃO E

PARÁ...

O RIO PARNAÍBA É A DIVISA DO MARANHÃO,14 DE JUNHO DE 1637

: “(...) que ficassem reservadas para minha Coroa as duas capitanias do Maranhão e Pará demarcando-se a do Maranhão com suas ilhas desde o Rio Paraosu [atual Parnaíba] até a ponta de Tapuitapera [atual Alcântara], em que se entende há de costa cincoenta legoas (...)”.

NOTA: Por esta carta régia de 1637, Dom Filippe III de Portugal e Espanha, doou a Bento Maciel Parente a capitania de Cabo do Norte (atual Amapá), ocasião em que separa para o patrimônio da coroa, as capitanias do Maranhão e Pará, demarcando a fronteira da capitania do Maranhão a partir do rio Paraosu (Parnaíba). Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, ano de 1637, (PT-TT-CHR-P-1), Chancelaria de Dom Filipe III, Livro nº 34, fls. 02.

JOÃO BOSCO GASPAR

MEDALHA DE MÉRITO LEGISLATIVO "OZIMO

DE CARVALHO"

A Câmara Municipal de Viana, terá a mais importante comenda daquela augusta casa: a Medalha de Mérito Legislativo Ozimo de Carvalho, que será entregue a cidadãos que contribuem para uma cidade melhor.

A indicação do Projeto de Lei datado de 06 de maio de 2024 partiu do vereador Nélio Barros Júnior.

Ozimo de Carvalho foi um dos pioneiros na obra humanitária atendendo as pessoas na área da saúde. Fundou a Pharmácia Brazil a primeira farmácia de Viana. Foi Farmacêutico, Jornalista, Pesquisador, Escritor, Político, Presidente da Associação Comercial e Membro da Guarda Nacional. Quando vereador presidiu a Câmara Municipal de Viana e foi Prefeito municipal por dois mandatos. Escreveu a obra "Retrato de um Munícipio" (1957). Um dos maiores vianenses de todos os tempos.

(*) Áureo Mendonça é pesquisador, escritor e membro fundador do IHGV ocupante da cadeira número 8.

O mais belo casarão colonial de Viana que se encontra preservado. (*) Imóvel situado na Rua Antônio Lopes, 635, rua também conhecida como a Rua Grande, que é a principal e mais importante rua da cidade histórica de Viana. Na residência quando eu era menino morava Ananias Gomes de Castro e sua esposa dona Francisca que chamávamos dona Chiquinha, era filha de dona Rosa Aquino que era irmã da minha avó Olivia Mendonça. Ananias Gomes de Castro que era comerciante, foi vereador e depois foi vice prefeito de Viana na gestão Acrisio Mendonça. Acrisio era sobrinho do meu avô Áureo Mendonça, imóvel que conheci e frequentei bastante na época da minha infância. É uma das mais belas casa colonial da cidade dos lagos, onde foram realizados antigos bailes de carnaval numa época onde não existiam os clubes na cidade, com a animação da orquestra "São Benedito" de Ozias Mendonça.

Essa casa pertenceu ao senhor Joaquim Inácio Serra, pai do Padre, Professor, Escritor e Ministro do TST vianense Astolfo Serra. Joaquim Inácio Serra nasceu na então Vila da Mata, e foi, juntamente com Cândida Gomes, os primeiros professores da Vila da Mata, atual cidade de Matinha, e foram homenageados com seus nomes em escolas naquela cidade.

Depois o imóvel passou a ser de propriedade da família Aquino, do Senhor Amâncio de Aquino, compositor italiano e autor da letra do Hino de Viana, que era funcionário dos Correios e Telégrafos onde exercia a função de radiotelegrafista. Também funcionou neste imóvel a sede dos Correios e Telégrafos, Amâncio de Aquino era pai de Newton de Aquino artista plástico que idealizou o Escudo ou Brasão da cidade de Viana, sob encomenda do então presidente da Câmara Municipal de Viana Ozimo de Carvalho, durante a gestão do Prefeito Luís de Almeida Couto.

Em 1951 na época em que era comerciante e vereador Ananias Castro passou a ser proprietário do imóvel. Na gestão do Prefeito Chico Gomes, o imóvel foi alugado ao município onde funcionou a Casa de Cultura de Viana.

Depois os herdeiros de Ananias Castro venderam o imóvel ao Dr. César Lindoso, filho do saudoso comerciante Arnaldo Lindoso, que é o atual proprietário do imóvel e recentemente restaurou a casa mantendo as características arquitetônicas coloniais, parabéns ao atual proprietário por preservar a memória e a história desse imóvel que faz parte da história da cidade de Viana.

Fotos: Geraldo Costa.

(*) Áureo Mendonça é pesquisador escritor e membro fundador do IHGV ocupante da cadeira número 8.

DOCUMENTO CENTENÁRIO: O relatório da administração do Prefeito Municipal de Cururupu – MA. Achilles Lisboa.

PEDRO HENRIQUE MIRANDA FONSECA

Logo ao assumir a Prefeitura Municipal de Cururupu em janeiro de 1925, Achilles Lisboa convocou uma reunião com a Câmara de Vereadores e nela expôs os serviços urgentes que deveria encetar:

- Reformar a Secretaria da Prefeitura para atender as necessidades do Serviço Público.

- Reorganizar a Instrução Pública que, no seu entender, era deficiente, ou melhor, não passava de um mito.

- Modificar algumas disposições do Código de Posturas.

- Organizar o serviço da lavoura intensiva, alterando as disposições aos foreiros das terras municipais. Encarece a importância deste item para o aumento da produção e ganhos econômicos.

- Rever a questão dos contribuintes em atraso, perdoando-lhes as multas e renegociando os seus débitos.

Três meses depois ele presta contas dos seus atos:

- Declara a importância que estava no Caixa da Prefeitura.

- Instrução Pública – Criação do Instituto Cururupuense e sua Biblioteca, inaugurado em 15 de março de 1925. (FONSECA, Pedro Henrique Miranda – O Instituto Cururupuense, obra dileta de Achilles Lisboa. In: RECORTES: Colaborações para a imprensa, Rio de Janeiro, Ibis Libris, 2023, páginas 113 – 122). Destaca a importância desta criação que tentava suprir a carência de homens empreendedores que o Instituto intentava formar. A educação era a base para o desenvolvimento do município e, no entanto, esta se encontrava em estado lastimável de abandono, exemplificado na existência de professores incapazes de escrever um requerimento ou uma carta. Situação parecida com a encontrada por Graciliano Ramos, cinco anos após, em Palmeiras dos Índios – AL, onde, segundo o escritor “As aspirantes a professoras revelaram, com admirável unanimidade, uma lastimosa ignorância.” (RAMOS, Graciliano – O prefeito escritor: dois retratos de uma administração, Rio de Janeiro, Editora Record, 2024, página 48.)

- Novo cercado do Matadouro - A cidade constituía-se, nas suas palavras, “num verdadeiro campo de criar.” Não só as vacas com as suas crias, mas verdadeiras manadas que pastavam e perambulavam pelas ruas e praças, derrubando cercas e invadindo quintais. Para sanar esse problema aumentou a área do Matadouro para nele se recolher as vacas de crias, mediante um pagamento mensal pelos proprietários.

- Serviço da Ponte da Beira do Campo – Preparou o aterro da ponte, usando a mão de obra de presidiários.

- Proibição da saída de gado vacum – Diversos compradores de fora do município vinham adquirir gado aqui, influenciando o preço da carne. Resolveu então tributar a saída do gado do município de forma que inviabilizasse esta ocorrência.

- Exigência do pagamento dos impostos nas Agências Regionais - Em vez de realizarem o pagamento na Agência Municipal em São Luís, o que era prejudicial para o município. -

- Revisão do lançamento para cobrança dos estabelecimentos comerciais – Por portaria determinou que a cobrança passasse a ser feita de acordo com a lei orçamentária.

- Abertura de créditos – Esgotadas algumas verbas e sendo outras insuficientes para atender as necessidades resolveu abrir novos créditos.

- Homenagem à memória de Ruy Barbosa – Com a morte deste político em 1° de março de 1923, resolveu mandar imprimir 800 exemplares de uma brochura de 28 páginas contendo os discursos proferidos em Cururupu, bem como as notícias dos jornais relativas a essas manifestações. Esta publicação foi oferecida à viúva e dedicada a Bahia em nome do Município. A única despesa que coube a prefeitura foi a da remessa dos exemplares pelos Correios, uma vez que a impressão foi feita gratuitamente na Imprensa Oficial do Estado.

UM

- Convite para os prefeitos dos municípios vizinhos de Turiaçu, Carutapera, Guimarães, Pinheiro e Santa Helena para discutiram os problemas comuns e defenderem os seus interesses.

- Necessidades de novos mercados para os produtos cururupuenses – Deixar de depender de um único mercado (no caso São Luís) e melhoria desses produtos com uma classificação da farinha, arroz, algodão e um preparo higiênico do peixe e do camarão para conquistar e consolidar novos mercados.

- Pela memória de Dona Herculana Firmina Vieira de Souza – Reconhece a dívida de honra que a cidade tem para com essa mestra que aqui exerceu o magistério desde 1855 até a sua morte em 1903. Segundo ele, a professora foi responsável pela excelência da civilização que Cururupu apresentou na segunda metade do século XIX. Nas suas palavras “Professora, ao seu tempo, de incomparável valor e dedicação, tudo lhe foi devido ao magistério do que o Cururupu então possuía de cultura mental.” E confessa ser fruto da dedicação dessa mestra: “Eu mesmo, ..., pertenci à última fornada dos discípulos que a veneranda didata iniciou no trato das letras; e o pouco que consegui acumular e hoje vos aplico nos serviços, devi-o, na verdade, a essa iniciação.” Esta homenagem, na impossibilidade de localizar a sua sepultura para nela colocar uma lápide, foi materializada numa placa dando o nome de Herculana à rua na qual morou, que, durante muito tempo, foi o único logradouro identificado dessa forma, pois predominava a tradição oral. Aqui cabe um adendo: a trajetória da mestra açoriana foi objeto de estudo em tese de doutorado da Professora Jeane Melo, que assim se transformou em uma eminente cururupóloga, além do mérito de ter criado a palavra.

- Isolamento dos doentes com mal de Hansen – Era na época o único meio de combate à doença. O seu tratamento eficaz só foi possível com a descoberta da sulfona em 1941.

- Questão florestal – Já havia nessa época falta de madeiras para construções, decorrente da devastação imoderada das matas nativas e da irracionalidade da lavoura com a derrubada e queima de áreas de florestas transformando-as, depois da primeira colheita, em capoeiras inutilizáveis. Para combater esse problema propôs duas medidas: transformar em reserva florestal as matas que restavam e o replantio de árvores, de preferência as de crescimento precoce. Para tanto seria criado um viveiro com as mudas que seriam fornecidas aos lavradores. O terreno destinado a isso era o situado entre o Matadouro e a Fonte da Chiquinha, que ficaria a cargo de um funcionário que seria responsável pelas colheitas das sementes nas matas e pelos cuidados com a sua germinação e cultivo. Recomendou também evitar as queimadas dos roçados.

- Reforma da lavoura – Introdução do arado a cargo de Liberalino Pinto de Miranda. Além do fornecimento do arado e das sementes, a Prefeitura também emprestaria os bois necessários para o seu manejo e assistência técnica para o plantio. Para estimular isentou de foros por três anos aqueles que aderissem e ao mesmo tempo duplicou para aqueles que não aderissem. Estimulou também, com a diminuição dos foros, aqueles que plantassem café, cacau, pimenta do reino e árvores frutíferas.

- Questão sanitária – Criticou o Código então vigente que em sua elaboração não levou em consideração a mentalidade e as circunstâncias econômico-sociais do povo. Não o achando exequível resolveu abandoná-lo e fazer um acordo com o Serviço de Saneamento Rural no sentido de combater as endemias reinantes e a elaboração de um outro Código Sanitário, que fosse possível cumprir.

- Questão urbana - Enquanto as ruas não fossem devidamente calçadas, com escoamento das águas pluviais, de modo a não causarem erosão, propôs a terraplanagem delas com plantação de grama para fixação fazendo o papel temporário dos paralelepípedos.

- Males sociais – Representados pelo analfabetismo, o alcoolismo, o uso da maconha e a vadiagem. Estes três últimos seriam combatidos com as Colônias Agrícolas, enquanto o primeiro seria enfrentado com a criação do Instituto Cururupuense.

Como conclusão fez um verdadeiro desabafo sobre a política, que muito dificultava a realização dos seus propósitos: “... politicagem execranda, que nos desgoverna e infelicita, mentindo despudoradamente à essência do regime republicano, que deveria assentar na soberania popular e aí estão entretanto a contrariala, porque esses magnatas da democracia pervertida, abusando do poder que lhes é dado em nome do povo, ao mesmo povo ameaça com uma candidatura, que lhe é visceralmente adversa à simpatia.” Tal politicalha estorvou a realização de seus objetivos e a continuidade administrativa a longo prazo. Segundo ele o obstáculo à prática da democracia estava “... nessa caterva dos políticos profissionais, que perderam de todo

a consciência no parasitismo da República, a causa principal da falência do regime, porque só esses espoliadores do organismo nacional lhe devem responder pela anemia profunda em que se acha, pobre, sobrecarregado de dívidas, em descrédito, anarquizado.”

Este desabafo, de impressionante e infeliz atualidade, demonstra, entretanto, um homem probo e de grande espírito público que administrou o município de Cururupu em 1925 e os problemas por ele enfrentados –saúde, educação, agricultura, infraestrutura, drogas, economia, abastecimento, questão florestal e ambiental – continuam a desafiar as administrações públicas nos três níveis de governo.

JEANFONTENELE...CAPITÃODACOMPANHIADEORDENANÇASDEBRANCOSDEVILAVIÇOZA, CAPITANIADOCEARÁ-ANODE1784.

"Registro de nomeação de Alferes da Companhia do Capitão João Fontaneilles, da Ordenança de BrancodeVillaViçoza,passadaàAntônioLeiteTaboza".Data16defevereirode1784.Fonte:APCLivrode1783-1789.fls.14.PorJoãoBoscoGaspar.

Vouaproveitaragenerosidadedoscomentários,eaimportânciadessetrabalhodedivulgaçãodo MauroBetti,praesticaraconversadeescovarahistória.

1.NaépocadolançamentodaPós-GraduaçãodaEF,edaediçãodarevistaEsporteeEducação(jácitados aqui)tivemosumbommovimento(deresistência?)nasuniversidadese,especialmente,dassociedades científicas.2.OdiretordaECA-USP,JoséMarquesdeMelo,quemaistardefariapartedocorpodocentedo cursodeespecializaçãoemJornalismoEsportivodoLABJOR-Unicampondenasceramaslistasde discussão(depoiscomunidades)doCEV:https://cev.org.br/.../especializacao-em-jornalismo.../ estavacriandoaIntercomhttps://portalintercom.org.br/

3.SobaliderançadoVictorMatsudo,noSimpósiode1977,comaparticipaçãodaMariadeFatimaDuarte (hojevice-presidentadaONG-CEV),PauloChagasGomeseClaudioGilSoares,arremesseiapedra fundamentaldoCBCEnadireçãodoPresidentedaFederaçãodeMedicinaDesportiva,conformeoVictor contounafestados30anosdoCBCE(videozinhode12minutos):https://cev.org.br/biblio.../cbce-30anos-a-criacao-do-cbce/

4.OspresidentesdasAPEFs,reunidosemBrasíliaem1983,começaramalutapela regulamentação/valorizaçãodaprofissãocomecriaçãodoquesedecidiunareuniãoqueseriaConselho(e nãoOrdem).PorprudêncianaatanãociteiAPEFs.Sóasuniversidadesdosparticipantes.Fuicomo presidentedaAPEFEL-MA,masestounaatacomo UFMA.https://www.confef.org.br/confefv2/conteudo/558

TenhoumafotocommaiscabeloecomaparticipaçãodoconselhoeditoriadaRevistaEsportee Educação.1977.OestudnateMauroBettieradoCARuyBarbosa.https://cev.org.br/.../entrevista-umaconversa-com-faria...

ComomaisdeumapessoameperguntousobreaRevistaEsporteEducação,ondesaiuaentrevistado Alfredo Faria Jr., aqui vai:1. O mestrado em EF da USP foi o primeirão do Brasil. A novidade (ou conquista)meanimouaretomararevistanãogovernamentalmaisimportantedaEFdaépocacom umexemplarapostandonacriaçãodomestrado.ChameiamoçadadoCentroAcadêmico(Mauro Betti,MarcosGanzeli,MarcosVersani,eSérgioSpósito)eoVictorMatsudo,quejáeramédicoedirigia o CELAFISCS (estamos comemorando 50 anos em 2014!). 2. Na pressa usamos o esboço de capa propostopelairrmãdeumdoseditores(oMauroBettidevelembrarquemfoi)3.Pesoupraediçãoa informaçãoprivilegiadaqueeutinhacomorepresentantediscentenacomissãodePG.4.Aaposta,tal qual a de hoje em dia no PROEF, era que a Pós-Graduação deveria dar uma turbinada na EF. Deu.https://cev.org.br/biblioteca/esporte-educacao-1977-n44/

RUINAS DO SOBRADO AMARELO NA CIDADE DE VIANA (*)

SobradoColonialdoséculoXIX,símbolodahistóriadaeconomianacidadehistóricadeViana,marcouuma épocaemqueomunicípiodeVianaeraomaisricoemaisimportantedaBaixadaMaranhense,acidade ostentavaotítulode“RainhadaBaixada”.Osobradodeazulejosamarelos,localizadopróximoaoportoda cidade,ondefloresciaocentrocomercialdacidade,nosobradofuncionouaantigafábricaSantaMaria,na RuaCônegoHemetério,quejasechamouRuaJoãoPessoaeatualmenteéaRuaCaiodeSouzaPerna,no centroHistóricodeViana, EssemonumentohistóricoearquitetônicodeViana,queseencontraemruinassedeteriorandocomo tempoequeaindapodeserrestaurado.Umapartedafachadajádesmoronoupoisafachadaoriginal possuíam8arcosdasportasnopavimentotérreoe8arcosnopavimentosuperior,atualmentesóexistem 6arcosemambosospavimentos.

Fotos:JacksonCruz. (*)ÁureoMendonçaepesquisador,escritoremembrofundadordoIHGVocupantedacadeiranúmero8 quetemcomoPatronoSálvioMendonça.

MANUEL ASSUNÇÃO DA COSTA GOULART

Cururupu/MA - histórias, cultura e curiosidades

Hoje, gostaria de compartilhar uma mensagem especial que preparei para homenagear o centenário do meu pai, Manuel Assunção da Costa Goulart, que nasceu em 29 de maio de 1924 em Turiaçu, Maranhão, filho de Aurélia Marques Goulart e Manoel da Costa Goulart. Eu havia planejado gravar um vídeo cantar algumas músicas que me trazem lembranças dele, especialmente "Felicidade" de Caetano Veloso e "La Paloma" de Cascatinha e Ana. No entanto, estou extremamente rouca e não consigo falar direito, então deixarei a gravação para outra oportunidade. Por ora, gostaria de fazer um relato sobre meu pai, que sempre chamava Cururupu de sua "grande saudade".Meu pai, Manoel Goulart, nasceu em uma família humilde com cinco irmãos, três mulheres e dois homens, todos já falecidos. Ele foi morar em Cururupu em busca de trabalho, onde foi vencido por um câncer nos ossos, falecendo no dia 30 de outubro de 2002, aos 78 anos. Ele não viu seu maior sonho realizado: a publicação do livro sobre a história de Cururupu, mas com certeza cumpriu seu dever.Não quero falar muito sobre meu pai porque ainda dói. Minha irmã, Rafisa, leu um relato feito pela professora Jorlidalva, que eu a considero como uma irmã. Ela descreveu meu pai como um homem inteligente, saudosista, poeta, brincalhão e dançarino. Ele sempre falava da viagem mais importante da sua vida: a caminhada com seu pai até a escola no primeiro dia de aula, quando sua professora, Dona Nini, o recebeu.Meu pai fez minha avó perdoar meu avô, Manoel, que abandonou a família. Embora ele tivesse muitos defeitos e frustrações, como todo ser humano, ele também tinha muitas qualidades. Era um homem iluminado, considerado por seus amigos como um "oásis perdido no deserto".Ele deixou um legado valioso para seus filhos: "Procurem se cuidar para não ter o mesmo fim que eu tive. O mundo é difícil, mas sigam o caminho certo. Respeito é bonito e fortalece a amizade. Família é tudo e a maior riqueza que temos. A maior esponja do mundo é o tempo, porém exite manchas não se apagam."Aos sete anos, eu descobri que meu nome era Aurelina, mas ele me chamava carinhosamente de Paquita. Papai escrevia poesias e sonetos, ele fazia referência a está pessoa chamada Paquita que a escrever em 1952, e me deu caderno de poesia dele em vida. Um dos seus escritos mais emocionantes, e a poesia "Herói Sem Medalhas", foi lido no dia do seu falecimento pela minha irmã Rafisa. Para quem gosta e acredita nada pude pude publicar por ser um assalariado te vi Cururupu no passado te vejo no presente, mas hoje já é tudo diferente meu tempo está acabando e quando está for lida por certo terá acabado o pouco de vida que me resta só aumenta o sofrimento o que me parece ser um eterno tormento da vida esperei muito tive pouco aos que me zombaram paciência. Aos que me ajudaram eminência dois amigos aos bons (eles sabem quem são ), obrigado. Não sinto tanta dor aqui eu cravo (a homenagem) levarei saudade e assim cumpro a minha sorte, mas, dizei mas dizei a todos a minha sina não querem morte o que foi me negado em vida. Virei não tenho remorsos, pois sei que meu pai me amou com todos os seus defeitos. Amo minha família do fundo do meu coração e sinto muita falta dele. A única pessoa que conheceu a história de Cururupu, e se perderá com. Que era um homem de mente brilhante além de dominar qualquer assunto, conhecia a história mundial se explicava se estivesse vivido. Assim era meu pa! Eu sinto revolta por certos políticos de Cururupu que enrolam meu pai. Gostaria de pedir a gentileza quem quiser publicar esta homenagem ao centenário do meu pai nos grupos de Cururupu e no Facebook. Desde já, muito obrigada.

Esporte Clube Viana (*)

O Esporte Clube Viana, clube de futebol, da cidade de Viana, no estado do Maranhão na baixada ocidental maranhense, suas cores são o azul-celeste, o azul marinho e o branco, conhecido como o Leão da Baixada, tem como mascote o Leão, foi fundado em 15 de julho de 1995, por um grupo de moradoras da cidade, seus jogos são disputados como mandante no Estádio municipal Djalma Campos, que na época da sua construção pelo prefeito Daniel Gomes foi chamado estádio Daniel Gomes, Teve como Presidente o saudoso José Carlos Pereira Costa o Zé Carlos de Zezico.

Os prefeitos Daniel Gomes, Dr. Messias e Rilva Luís investiram no esporte na cidade de Viana.

O grupo de vianenses que fundaram o Esporte Clube Viana queriam um time para torcer, daí a ideia de fundar o Esporte Clube Viana. Em 1998 disputou o Campeonato Brasileiro da Série C, fazendo boa campanha na primeira fase (foi segundo colocado no grupo B, um ponto atrás do Moto Club), caindo apenas nos pênaltis para o Potiguar (5 a 4 para o clube potiguar) depois de ter empatado os 2 jogos por 1 a 1, ficando em 26º lugar na classificação. Repetiu o desempenho em 2003, liderando sua chave e eliminando o tradicional Sampaio Corrêa na segunda fase, antes de ser eliminado pelo Imperatriz e terminar no 17º lugar na classificação.

Em nível estadual, disputou 9 edições do Campeonato Maranhense (1998 a 2004, 2010 e 2012) e 4 da Segunda Divisão (foi Vice-campeão em 2011).

(*) Áureo Mendonça é pesquisador, escritor e membro fundador do IHGV ocupante da cadeira número 8 que tem como Patrono Sálvio Mendonça.

Texto aberto a contribuições dos leitores e se tiverem mais fotos podem colocar que fico grato.

Fotos: jornal o renascer vianense e Jackson silva veloso

BAC

Mais um avanço para a construção do atlas do futebol vianense.

Lebram desse grande time de futebol de Viana da década de 1980. O BAC - Barrerinha Atlético Clube, do treinador Arnaldo Serra. Quem ficava na linha de frente do time era o saudoso Professor Zé Raimundo e o professor Arnaldo Serra.

No detalhe das fotos se vê o Estádio (campo) da Conceição cercado de bambu e forrado com palhas.

Alguém pode ajudar a escalar os times?

Foto: Zequinha de Neném Cutrim e Jerfson Andrade Frazao

ATLÉTICO CLUBE
- BARRERINHA

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