REVISTA IHGM, 34, SETEMBRO 2010

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REVISTA Número 34 – setembro de 2010

DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

ISSN 1981-7770

Edição Eletrônica 85º. aniversário


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ISSN 1981 – 7770

REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO NO 34 – SETEMBRO – 2010 EDIÇÃO ELETRÔNICA

Rua de Santa Rita, 230 – Centro Edifício Prof. Antonio Lopes – 2º. Andar CEP – 65015.430 – SÃO LUÍS – MA Fone (0xx98) 3222-8464 Fax (0xx98) 3232-4766 E.mail: ihgm_ma@hotmail.com As idéias e opiniões emitidas em artigos ou notas assinadas são de responsabilidade dos respectivos autores.

Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, v.1, n.1 (ago. 1926) - São Luís: IHGM, SETEMBRO 2010. n. 34. Edição eletrônica ISSN: 1981-7770 1. História – Maranhão – Periódicos 2. Geografia – Maranhão - Periódicos p. CDD: 918.21 CDU: 918.121 + 981.21


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INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO Fundado em 20 de novembro de 1925, registrado no Conselho Nacional de Serviço Social sob no. 80.578/75, de 14 de setembro de 1955 Reconhecido de Utilidade Pública pela Lei Estadual no. 1.256, de 07 de abril de 1926 Reconhecido de Utilidade Pública pela Lei Municipal no. 3.508, de junho de 1996 Cartório Cantuária Azevedo – Registro Civil de Pessoas Jurídicas – reg. no. 180, registro em microfilme no. 31063, São Luís, 23 de agosto de 2007 GESTÃO 2010/2012 CHAPA ANTONIO VIEIRA

Presidente: TELMA BONIFÁCIO DOS SANTOS REINALDO Vice-Presidente: LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ 1º. Secretário: JOÃO FRANCISCO BATALHA 2º. Secretário: RAIMUNDO GOMES MEIRELES 1º. Tesoureiro: WASHINGTON LUIS MACIEL CANTANHEDE 2º. Tesoureiro: DILERCY ARAGÃO ADLER Diretor de Patrimônio: ÁLVARO URUBATAN MELO Diretor de Divulgação: MANOEL SANTOS NETO CONSELHO FISCAL Titulares: JOSÉ RIBAMAR SEGUINS JOSÉ RIBAMAR FERNANDES ILZÉ VIEIRA DE MELO CORDEIRO Suplentes: OSVALDO PEREIRA ROCHA KALIL MOHANA ESTERLINA MELO PEREIRA


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APRESENTAÇÃO Após um longo processo sucessório, o IHGM tem nova Diretoria, com a Profa. Dra. TELMA BONIFÁCIO DOS SANTOS REINALDO ocupando a Presidência. Embora eleito novo Diretor de Divulgação o jornalista MANOEL SANTOS NETO, a responsabilidade de editar a Revista do IHGM continua sob minha responsabilidade. A Diretoria recém-eleita apresentou seu PLANO DE TRABALHO: 1. Rever a situação do quadro societário, aplicando as recomendações da Comissão formada para tal, ainda na administração anterior; 2. Incentivar os sócios ao retorno das atividades inerentes ao IHGM, especialmente a produção de estudos acadêmicos nas áreas da História, Geografia e Ciências afins; 3. Dar mais visibilidade às ações do IHGM junto aos próprios sócios, à sociedade, à mídia e aos entes acadêmicos; 4. Elaborar o Regimento Interno; 5. Completar o quadro de sócios; 6. Buscar soluções para a acessibilidade às instalações do IHGM; 7. Organizar a Biblioteca; 8. Buscar outras fontes de recursos financeiros para sustentação do IHGM; 9. Buscar meios para publicação, em papel, da Revista do IHGM; 10. Criar comissão para as comemorações dos 400 anos de São Luís, em 2012. A Revista continuará a ser disponibilizada em seu formato eletrônico, enquanto se buscam meios para publicação em papel. Chamo atenção aos itens (1) e (2), haja vista que grande parte dos sócios efetivos têm se eximido de suas obrigações estatutárias: a freqüência às reuniões ordinárias, tradicionalmente toda ultima quarta-feira de cada mês; e o pagamento das mensalidades. A esse respeito, já houve no passado tentativa de regularização da situação daqueles inadimplentes, como se pode ver da reprodução do discurso do Confrade José Ribamar de Sousa Reis, pungente apelo à diretoria de então, de estudar a situação e proposição de ações que pudesse vir a resolvê-la. Mesma situação se vive hoje, passados oito anos. Quando a única fonte de renda do IHGM é a mensalidade paga por seus filiados, não se concebe que apenas 22, dos 60 (sessenta) membros, estejam em condições de exercer o voto e ser votado. Acompanhamos pela imprensa local os escritos de inúmeros sócios, que se


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identificam como membros do IHGM, e que não os vemos participando da vida do Instituto. Muito menos comparecendo à Tesouraria para saldar seus débitos. As reuniões da Diretoria continuam sendo realizadas a cada segunda quarta-feira de cada mês. A reunião da Assembléia Geral Ordinária, sempre na ultima quarta-feira de cada mês. Ainda mantemos o Ciclo de Palestras, reiniciado na administração passada, por considerarmos ser missão do IHGM a produção de documentos que resgatem a História, em especial a do Maranhão, além de estudos sobre a Geografia, em especial a do Maranhão, e das Ciências afins. Aguardamos as contribuições dos Sócios Efetivos e dos Correspondentes, não só nas Palestras, mas como artigos para nossa Revista. Já estamos em produção do próximo número, que deverá sair em Dezembro de 2010. Procuraremos manter a periodicidade, de quatro números ao ano, conforme sonhava Antonio Lopes... Colaboram neste número os Sócios ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDO, AYMORÉ DE CASTRO ALVIM, JOSÉ FERNANDES, WASHINGTON LUIZ MACIEL

CANTANHEDE,

TELMA

BONIFACIO

DOS

SANTOS

REINALDO,

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ, RAIMUNDO GOMES MEIRELES, RAIMUNDA NONATA FORTES CARVALHO NETA, OSVALDO PEREIRA ROCHA, JOSÉ RIBAMAR SOUSA DOS REIS. Reproduzimos uma crônica de DINACY MENDONÇA CORRÊA, sobre nosso Sócio JOSÉ FERNANDES, e finalmente, o discurso da Profa. MARIA DE LOURDES LAUANDE LACROIX pronunciado no aniversário do IHGM ano passado.

Leopoldo Gil Dulcio Vaz VICE-PRESIDENTE DO IHGM Editor responsável pela presente edição


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SUMÁRIO Diretoria – Gestão 2008-210

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APRESENTAÇÃO

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Sumário

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Galeria de Fotos

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DISCURSO DE DESPEDIDA ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDO PALAVRA DA PRESIDENTE HOMENAGEM À SAUDOSA SÓCIA ARICÉYA MOREIRA LIMA DA SILVA ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDO A RECONQUISTA DO MARANHÃO MARIA DE LOURDES LAUANDE LACROIX A TERCEIRA IDADE – uma nova era. AYMORÉ DE CASTRO ALVIM DISCURSO DE RECEPÇÃO DO SÓCIO WASHINGTON LUIZ MACIEL CANTANHEDE JOSÉ FERNANDES DISCURSO DE POSSE WASHINGTON LUIZ MACIEL CANTANHEDE POLÍTICA NACIONAL DE FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA TELMA BONIFACIO DOS SANTOS REINALDO PARTIDO ‘CAPOEIRO’ EM SÃO VICENTE DE FERRER – 1868 LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ DA CRÔNICA ARARIENSE AO PORTAL DO INFINITO DINACY MENDONÇA CORRÊA SOCIOECONOMIA E PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS CATADORES DE MOLUSCOS E CRUSTÁCEOS DA RAPOSA-MA RAIMUNDA NONATA FORTES CARVALHO NETA A FRANÇA EQUINOCIAL TELMA BONIFÁCIO DOS SANTOS REINALDO COMMONS – O QUE A IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA TEM COM ISSO? LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ A FARSA DO DIREITO RAIMUNDO GOMES MEIRELES

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IHGM NA MÍDIA Resenha do livro - “EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ZONA COSTEIRA” RAIMUNDA N. FORTES CARVALHO NETA A HISTÓRIA QUE OS EUROPEUS ENCONTRARAM: São Luis Ilha do Maranhão TELMA BONIFACIO DOS SANTOS REINALDO 20 DE AGOSTO: DIA DO MAÇOM OSVALDO PEREIRA ROCHA INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO OSVALDO PEREIRA ROCHA DISCURSO PROFERIDO NO PLENÁRIO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, EM REUNIÃO ORDINÁRIA, DIA 25 DE SETEMBRO DE 2002 JOSÉ RIBAMAR SOUSA DOS REIS SÓCIOS EFETIVOS REVISTA IHGM – EDIÇÕES GESTÃO DA PROF. ENEIDA V. S. O. DE CANEDO INDICE DA REVISTA IHGM – NO. 1, 1926 AO NO. 33, JUNHO DE 2010 ENDEREÇO DAS EDIÇÕES ELETRÔNICAS ANTERIORES http://issuu.com/leovaz/docs/revista_01_-_1926b http://issuu.com/leovaz/docs/revista_29_dez_2008 http://issuu.com/leovaz/docs/ihgm-30 http://issuu.com/leovaz/docs/ihgm_31_novembro_2009 http://issuu.com/leovaz/docs/revista_ihgm__32_-_mar_o_2010 http://issuu.com/leovaz/docs/revista_33_-_junho_2010

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DISCURSO DE DESPEDIDA Excelentíssimas Autoridades Caros Confrades Meus Senhores, Minhas Senhoras O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, associação científica e cultural, sem fins lucrativos, tem por finalidades: “I – Estudar, debater e divulgar questões sobre História, Geografia e Ciências afins, referentes ao Brasil e especialmente ao Maranhão; II – Cooperar com os poderes públicos que visem o engrandecimento cientifico e cultural do Estado, colocando-se à disposição das autoridades para responder às consultas e emitir pareceres sobre assuntos pertinentes às suas finalidades;” Esses dois objetivos retratam a nossa Instituição que na data de 20 de novembro próximo completará 85 anos de sua criação. Seus fundadores foram: Antônio Lopes da Cunha, Padre Arias de Almeida Cruz, José Eduardo de Abranches Moura, Benedito de Barros Vasconcelos, Domingos de Castro Perdigão, José Domingues da Silva , Padre José Ferreira Gomes, José Pedro Ribeiro, Justo Jansen Ferreira, José Ribeiro do Amaral, Wilson da Silva Soares. A eles a nossa homenagem. Hoje estou completando o segundo período na Presidência desta nobre Instituição Foi um desafio, dada as dificuldades que enfrentei, mas sabia que iria enfrentá-las. Realmente não foi fácil, mas foi gratificante poder prestar essa colaboração a serviço das ciências, especialmente da Geografia, objeto do meu exercício profissional especialmente a docência. Eu li e ouvi essa frase muitas vezes, mas foi ela que me impulsionou a decisão de aceitar a Presidência do IHGM – “Os que não lutam contra obstáculos ou não defendem uma causa,não podem ser considerados vitoriosos.” Por ter conseguido, em quatro anos, realizar quase todos os objetivos estabelecidos pelo Estatuto da Instituição, considero-me vitoriosa. Foi restabelecido intenso relacionamento com outros Institutos Históricos e Geográficos do Brasil e do Exterior. Recebemos até um Sócio Correspondente europeu: Dom Carlos de Saxe Couburgo e Bragança, escritor de inúmeros livros e muitos deles sobre seus ascendentes, família Imperial do Brasil. Conseguimos reativar a publicação da Revista, com a publicação dos números 27 e 28, cujo patrocínio nunca foi fácil, pela falta de recursos próprios.


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Autorizada pela Assembléia Geral, a Revista está sendo publicada de forma virtual, já estão circulando os números: 29 a 33, graças ao Sócio Leopoldo Gil Dulcio Vaz. Em todos os meses foram realizadas palestras proferidas pelos Sócios Efetivos, antecedendo as Assembléias, apenas duas não o foram. Durante as Reuniões da Diretoria, foram apresentadas as decisões, antes de submetê-las a Assembléia Geral. A correspondência com outros IHG´s foi constante, só não consegui comunicação com o vizinho Estado do Piauí. Tenho então de agradecer a Deus ter vencido esta grande etapa, em harmonia, apenas algumas divergências na forma de prosseguir. Considero nossa Instituição da mais alta relevância, por ser uma associação cientifico cultural. A ciência, altamente ampla e complexa, o que se escreve tem que ser comprovado através de leis próprias que atestam a veracidade do que é afirmado. Os exemplos que vou dar são da Geografia – ciência da minha formação superior, também altamente ampla e complexa, voltada para a realidade. Na natureza, a maioria dos feitos depende de várias causas diferentemente combinadas. O instante do mundo, ou mesmo de uma pequena parte do mundo, é qualquer coisa estritamente complexa e dependente de um grande número de elementos diferentes. A justeza dessas noções nos surpreende, qualquer que seja a parte da Geografia que consideremos. O modelado do solo resulta do conflito entre energias que as desdobram para o ataque dos agentes meteorológicos e a força de resistência que lhes opõem as rochas, mas este conflito se exerce em um campo que já foi remanejado no decorrer dos tempos e que ainda o é incessantemente, segundo as modificações dos níveis de base e as oscilações do clima. O que se denomina de clima de uma região é uma média na qual contribuem: a temperatura, a umidade, a luminosidade, os ventos, mas a avaliação desses diversos elementos somente daria uma idéia muito incompleta, se não procurássemos saber como eles se combinam, não somente entre eles, mas examinando o relevo, a orientação, as formas do solo, a vegetação e mesmo os cultivos existentes na área. Todas essas características de certo tipo de clima apresentam múltiplas nuances.


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A diversificação dos elementos a considerar é ainda mais numerosa entre os seres vivos, em especial o homem. Isso tudo ocorre nas Instituições do modelo Institutos Históricos e Geográficos, que congrega pessoas de idades, profissões diferentes, formados em lares, escolas e núcleos sociais totalmente diferentes, de opiniões, reações e as programações de horários de vida bem diferentes. Difícil conciliar toda essa diversidade em poucas horas. Um Presidente tem que estar preparado para atuar com todas essas diferenças e divergências decorrentes. Diante dessa reflexão só tenho que apresentar meus agradecimentos a todos os que compuseram a Diretoria e o Conselho Fiscal, pela companhia e o apoio com sugestões e aprovação. Aos Sócios que não fazem parte dessa equipe, mas comparecem e cumpriram suas obrigações estatutárias, votaram nas Assembléias, sou muito grata. Desejo passar o cargo à Comissão designada pela Assembléia Geral Extraordinária, realizada na data de 14 de julho, último, por não ter sido inscrita nenhuma chapa candidata a Eleição. A Comissão composta pelo Sócio Dr. José Ribamar Seguins, decano da nossa Instituição, ex-presidente do IHGM por 22 anos seguidos, ocupará a Presidência. A Dra. Ilzé Vieira de Melo, Graduada em Direito, ex-professora da UFMA, ocupou diversos cargos em diretorias anteriores e por último membro do Conselho Fiscal – será para Secretária da Comissão. Dr. José Ribamar Fernandes, Graduado em Direito e Jornalista, atualmente tendo ocupado o cargo de Diretor de Serviço de Divulgação – ocupará o de Tesoureiro. Todos já prestaram relevantes serviços ao IHGM. Estou orgulhosa de passar essa responsabilidade a eles, na certeza de que o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão continuará a ser zelado e dignificado como sempre o foi. Muito obrigada Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo Presidente


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Passo ao Dr. Seguins a única Chapa inscrita, ontem: Chapa Antônio Vieira, encabeçada pela Sócia Telma Bonifácio dos Santos Reinaldo – para Presidente. Aqui estão as chaves do Prédio do IHGM e os Livros de Atas.


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PALAVRA DA PRESIDENTE Inicio a minha fala parabenizando a Profa. ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDO pelo quadriênio de trabalho, muito bem gerido... A Junta Governativa responsável por esta transição na pessoa dos Dr. JOSE RIBAMAR SEGUINS JOSE RIBAMAR FERNANDES ILZÉ VIEIRA DE MELO CORDEIRO Aos Confrades e Confreiras que aceitaram o nosso convite e estão compondo a CHAPA PE. ANTONIO VIEIRA Aos demais Confrades e Confreiras aqui presentes Senhores convidados Para uma pessoa da origem simples, humilde mesmo, mas rica de esperanças e garra, foi muito importante vir a fazer parte deste grupo seleto de pessoas que aqui se reúnem constantemente, pensam e agem cotidianamente neste Sodalício e mais importante é ser levada através do sufrágio democrático destes confrades e confreiras que me convidaram para democraticamente dividir com os mesmos o destino deste recinto por um biênio, obrigada por me receberam cordialmente há algum tempo atrás e obrigada por hoje estarem novamente me convidando e me acatando para compor a nova diretoria do IHGM. Quero neste momento me congratular com minha família de sangue, com minha família acadêmica da UFMA, meus amigos mais próximos, meus alunos da graduação e da pósgraduação enfim com todos que aqui se encontram para festejarmos este dia. Certamente temos a frente um percurso muito longo e trabalhoso a nossa espera, no entanto é muito bom ser sujeito desse desafio, sou daquelas pessoas que não nasceu para viver no obscurantismo, assim encontrei aqui o lugar iluminado pelo dom da cultura, da ciência e da tecnologia da informação e da comunicação, onde as pessoas que integram este sodalício contribuem com um trabalho especifico para a sociedade maranhense, o culto do conhecimento, contribuindo para o engrandecimento da sociedade maranhense com o academicismo de melhor qualidade.


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Não concordei em fazer parte dessa Diretoria por causa da pompa e circunstância, coisas que não me atraem. O que me atrai é a possibilidade de ser desafiada a trabalhar em um ambiente novo para mim, com pessoas de estirpe seleta e que certamente estão a contribuir com suas experiências para meu cabedal intelectual. Neste momento tenho muitas idéias e uma única certeza: é a de que estou juntamente com todos os senhores assumindo responsabilidades e compromissos com a sociedade maranhense e que nem não sabemos se teremos condições de alcançá-las, embora eu tenha por convicção que é mister fazer alguma coisa, dentre elas:  Aproximar as duas academias, a Universidade Federal do Maranhão, meu instituto de labor e o IHGM, somar suas contribuições e seus estilos de produzir conhecimento. Todas as áreas de conhecimento podem servir de contato, no entanto há algumas áreas que podem servir mais rapidamente, como a da História, que é minha especialidade.  Penso, sobretudo, em uma melhor utilização pelos alunos do Bacharelado de História em usar este ambiente como lócus de pesquisa,  Os da Biblioteconomia para nos ajudar a organizar o acervo do IHGM, que nos propomos nessa gestão torná-lo mais visibilizado pela comunidade acadêmica e mais utilizada.  Penso também na possibilidade de publicações conjuntas.  Penso ainda na melhor utilização do acervo documental do IHGM, que é muito rico, pelos alunos da Educação Básica e das universidades tanto publicas quanto privada para efeito de feitura de trabalhos de pesquisa, monografias, dissertações e teses.  Aqui um acervo documental dorme em berço esplêndido ignorado pelas escolas do ensino fundamental e médio.  O uso desse material para análises escolares e acadêmicas permitirá um diálogo interessante entre estas instituições a partir de diferentes abordagens  Desejo com o apoio de todos buscar mecanismos de melhoria para acessibilidade a esta casa interna e externamente, direito constitucionalmente garantido pela Lei Magna do país.


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 Tenho uma formação acadêmica meio anfíbia e complementar sou Licenciada em História, especialista em Teoria do Conhecimento e Doutora em Ciências da Educação.  Minhas pesquisas se dão, sobretudo, na área da História da África e Formação de Professores, dois segmentos que atualmente tem o direito de ser contemplado com um resgate social, o negro africano escravizado pela contribuição na formação deste País, o professor em construção pela possibilidade de ser um educador e não um mero multiplicador de saberem alheios. Essa divida social incomoda um pouco os defensores das fronteiras disciplinares rígidas. A mim não incomoda, porque não vejo problema em combinar as duas coisas. A história serve para melhor trabalhar o lado humanístico que vai servir para costurar o arcabouço da formação pedagógica. A combinação, se bem usada, pode eventualmente gerar maneiras novas de abordar certos problemas, de interpretar certas evidências e de construir novos valores sociais. Acredito nesta Casa e nessa gestão, juntas podemos dar relevante contribuição a sociedade maranhense e especialmente SANLUIZENSE. Temos alguns focos para por em pratica, entre eles consolidar os contatos com institutos do interior do Estado, no sentido de fazermos parcerias para publicações, eventos e outros atos públicos, dinamizar as ações culturais a nível local buscando também parcerias com órgãos governamentais e privados no sentido de sensibilizá-los para a importância da revitalização deste sodalício, criar uma melhor acessibilidade aos nossos confrades e confreiras que algumas vezes não se fazem mais presentes por falta de condições chegarem até aqui com segurança e comodidade, claro que tudo isso é parte de um sonho, que precisa ser estudado, planejado e colocado em pratica como tantos outros que temos nesse momento utilizam a fala do educador maior do século XX a meu ver - Paulo Reglus Neves Freire inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África parafraseando-o: o sonho que se sonha só é um sonho, mas o sonho que se sonha juntos é realidade. Esta Nova Gestão exige um ambiente de satisfação das necessidades básicas de seus membros, como a sobrevivência, amor, poder, alegria, liberdade e aprendizado, mesmo porque todos têm a consciência de serem seres inacabados. Uma das tarefas mais importantes da prática construtivista é proporcionar as condições em que homens em suas relações uns com os outros ensaiem a experiência profunda de


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assumir-se. Assumir-se como um ser social e hist贸rico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos (Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia, 1997, p.46). Muito obrigada


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HOMENAGEM À SAUDOSA SÓCIA ARICÉYA MOREIRA LIMA DA SILVA ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDO Presidente Aricéya Moreira Lima da Silva nasceu na sede do Município de Buriti Bravo, Maranhão, em 18 de novembro de 1922. Filha de Raimundo Moreira Lima e Hercília da Câmara Raposo Moreira Lima. Casou-se com o jornalista e advogado: José Emanuel da Silva. Recebeu o título de Professora Normalista do Colégio Rosa Castro. O título de Bibliotecária, em curso realizado pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, na época a única Instituição brasileira a conceder esse titulo. Profissional exerceu o cargo e chegou a Diretoria da Biblioteca Pública “Benedito Leite” de São Luís. Na qualidade de Diretora coordenou e organizou a instalação dessa Biblioteca, quando da mudança do antigo prédio (hoje ocupado pela Academia Maranhense de Letras) para o atual prédio situado na Praça do Panteon – 1948. Na vigência do Governo Sebastião Archer da Silva, ainda no exercício de Diretora da Biblioteca Pública “Benedito Leite”, foi encarregada de restaurar um acervo de telas encontradas no porão do Palácio do Governo, já danificadas pela umidade. Aricéya contratou um casal de artistas estrangeiros, naturalmente indicados pelos dirigentes da Biblioteca Nacional, que restaurou as obras e as emoldurou com belas molduras, dignas do valor das obras de arte. Foram elaborados lindos catálogos com a codificação dos quadros, o nome dos autores da obra e dados sobre eles, e um resumo sobre cada tela e, colocados nos salões do palácio sobre um móvel de destaque. Tudo dentro do apuro exigido por um Palácio reconhecido, na época, como um dos mais bonitos e ricos em objetos antigos no Brasil. Foi fundadora, no Maranhão, da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade e já em 1979 era sua Presidente, onde permaneceu até sua aposentadoria. Durante sua gestão a frente da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade, iniciou a implantação de Ginásios gratuitos em diversos municípios do Estado do Maranhão. Hoje multiplicado em dezenas de outros Municípios. Quando os Sócios do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão foram agraciados com a medalha do Mérito Timbira, pelo Governo Luís Rocha, em solenidade realizada no Palácio dos Leões, nós nos recordamos de todos esses fatos.


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Ocupou na nossa Instituição a Cadeira nº. 34, Patroneada por Wilson da Silva Soares. Já Sócia Efetiva organizou com perícia e esmero o acervo documental e bibliográfico do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, quando da instalação do Prédio reconstruído e ocupando o 2º andar do atual Edifício Antônio Lopes. Em diversas Diretorias da Instituição ocupou o cargo de Bibliotecária, até a sua elevação a Categoria de Sócia Honorária, ainda sob a Presidência do Dr. José de Ribamar Seguins. A vida de Ariceya Moreira Lima da Silva foi dedicada a educação de jovens, a divulgação do saber e a preservação de obras importantes e raras. Se compararmos o seu trabalho com os objetivos da nossa Instituição, talvez nenhum outro sócio os tenha cumprido de forma mais perfeita e objetiva. Ela o fez! Essa é a nossa singela homenagem a quem honrou a nossa Instituição de forma tão nobre. Meus sentidos agradecimentos aos familiares dessa grande Sócia e em especial a sua sobrinha Jaqueline que me passaram muitos dos dados que mencionei. Muito obrigada.

Fica facultada a palavra a quem dela desejar prestar alguma homenagem a nossa saudosa sócia.


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A RECONQUISTA DO MARANHÃO MARIA DE LOURDES LAUANDE LACROIX 1 Data de fins do século XV o interesse português pela região norte do Brasil, confundida com o Peru, rico em metais preciosos. Os franceses também freqüentavam o litoral, desde Santa Catarina, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, até o Amazonas, em contato com os nativos através de escambos. Reagindo a esta presença, muitas expedições portuguesas percorreram o litoral com efetivas vitórias no nordeste e impossibilidades, no litoral norte. Em 1531, por ordem de Martim Afonso de Sousa, Diogo Leite chegou até a foz do Gurupi, onde deixou seu nome em um acidente da costa, a Abra de Diogo Leite. Em 1534, por ocasião da constituição das capitanias hereditárias, foram escolhidas pessoas ilustres da sociedade lusitana para donatários de duas capitanias no Maranhão: Fernão Álvares de Andrade, Tesoureiro-Mor do Reino e João de Barros, destacado intelectual e famoso historiador.2 A cuidadosa escolha dos titulares demonstra tratamento diferenciado à região Norte. Esses dois donatários, associados ao Capitão Aires da Cunha, organizaram uma poderosa esquadra com dez grandes navios, 900 homens, 113 cavalos, entre outros equipamentos necessários à instalação da capitania. De difícil manejo pelo tamanho, muitas embarcações soçobraram nas águas bravias do Boqueirão e os sobreviventes aportaram defronte do lugar do naufrágio, em Upaon-Açu, cognominando a ilha de Trindade e “empregaram-se a edificar um lugar e um castelo...” chamado vila de Nazaré.3 As dificuldades locais e o isolamento forçaram aqueles colonos a abandonarem 1

Historiadora, ex-professora na Universidade Federal do Maranhão e da Universidade Estadual do Maranhão. Livros publicados: Educação na Baixada Maranhense: 1828/1889. São Luís: SECMA, 1982; A Fundação Francesa de São Luís e seus mitos. 1ª. Edição, São Luís: UFMA, 2000; 2ª. Edição, Revisada. São Luís: 2002. A Campanha da Produção, São Luís: Associação Comercial do Maranhão, 2004; Jerônimo de Albuquerque Maranhão. Guerra e Fundação no Brasil Colonial. São Luís: UEMA, 2006; A Fundação Francesa de São Luís e seus mitos. Revisada e ampliada. São Luís: UEMA, 2008. 2

Frei Vicente de Salvador afirma que João de Barros ganhou de El-rei 50 léguas de costa, limítrofe com a donataria de Itamaracá, de Pero Lopes de Sousa. A grande esquadra organizada com a ajuda de Ferrnand’Alvares de Andrade e Aires da Cunha vinham colonizar a donataria Potiguá, quando os ventos desviaram as naus, chegando ao Maranhão, onde naufragaram e se recolheram na ilha das Vacas, hoje, de São Luis. Diz o Frei que a donataria do Maranhão foi doada a Luiz de Mello da Silva. SALVADOR, Frei Vicente. História do Brasil. (1627), Livro VI, Cap.I 3 Carta de Luis Sarmiento a Vossa Majestade, de Évora, Portugal: 15 de julho de 1536. Arquivo Geral das Índias. INDIFERENTE, 1092, n. 153. Alguns atribuem a conservação da vila por mais ou menos trinta anos, na Ilha Grande, conforme outros documentos ainda existentes. A Biblioteca Digital Mundial contém cartografias das Biblioteca Nacional de Portugal, da Biblioteca Nacional de França e da Biblioteca Nacional do Brasil e reproduz mapas que dão a entender que os colonos de Nazareth se deslocaram para o continente. O mapa intitulado Brasil, de Jacopo Gastalti, publicado em Veneza, Itália, em 1565; o intitulado Descrição, de Hulsius Levinus, publicado em 1602; o intitulado Uma a mais precisa Imagem do Brasil, de Henricus


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aquela primeira vila fundada em solo da Ilha Grande do Maranhão. É incerto o destino desses portugueses, porém deixaram muitos mestiços, originando a “Nacion de los Índios Peyos, que havita entre los rios Itapecuru y Munin, por ser diferentes de los demas y criar varbas crecidas, y dezia ellos que desienden de gente blanca.”4 São os índios Barbados, ditos descendentes dos perós.5 A preservação da posse e defesa de parte da América portuguesa estava garantida através das cidades de Salvador e do Rio de Janeiro, esta última, depois da vitória lusitana sobre os franceses da França Antártica, na Guanabara. Documentos da época registram ações efetivas do governo dos Filipe com o propósito de penetração e conquista de territórios ameaçados pelos franceses, a exemplo, da Paraíba (1585) e Natal (1599). O litoral entre o Ceará e o Amazonas, continuamente visitado por piratas, preocupou o 1º. Governador-Geral do Brasil, Tomé de Sousa, cuja providência foi mandar uma galé rumo ao Norte e, conforme justificou ao Rei, porque “desejo eu muito saber o que vai por esta terra para ver se posso descobrir alguma boa-ventura para V.A. pois esta terra e o Peru é tudo um.”6 Foram sem sucesso outras tentativas de assenhoreamento do Maranhão como, por exemplo, as de Luis de Melo e Silva em 1554 e 1573; Gabriel Soares de Sousa, por terra, em 1591; Pero Coelho de Sousa auxiliado por Diogo de Campos Moreno e seu sobrinho Martin Soares Moreno, em 1603; e dos jesuítas Francisco Pinto e Luís Figueira, em 1607. Este primeiro ciclo de tentativas de ocupação do Maranhão fracassou, porém a Corte de Madri jamais abdicou do domínio da região. Livre da presença portuguesa, a região tornou-se ideal para o escambo francês e, para mais praticidade e eficácia, foi estabelecida, em 1594, uma feitoria em Upaon-Açu, sob o comando de Charles des Vaux, intermediário entre piratas e nativos. Animados com as riquezas daquela terra promissora de grandes vantagens pecuniárias e políticas, os súditos dos Bourbon vislumbraram a possibilidade de extensão dos domínios franceses por toda a região norte, conveniente também por permitir o controle dos navios espanhóis, carregados de metais preciosos e de volta à sua Corte. Charles des Vaux foi à França mostrar a Henrique IV as vantagens da implantação de uma colônia, a planejada França Equinocial. Hondius, publicado em Amsterdã, em 1630 e o mapa intitulado Nova Imagem do Brasil, de William Blaeu Janszoon, publicado em Amsterdã, Holanda, em 1631, todos estes, dentre outros, assinalam a Cidade de Nazareth na parte continental do Maranhão. 4 Documento original espanhol do Archivo de Índias, Quito 158. 5 Perós foi o nome dado pelos Maranãguara aos portugueses, advindo de um português famoso entre aqueles primeiros, de nome Pero ou Pedro. 6 Carta de Tomé de Sousa a V. Majestade, em 18.07.1551. AUHL.


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Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, François de Razilly e Nicolas de Harley, autorizados por Maria de Médici, formaram uma empresa, organizaram a frota, zarparam de Cancale a 19 de março, chegando ao golfão maranhense a 26 de julho de 1612.7 Fundearam em Upaon-Mirim, enquanto esperavam a confirmação da receptividade nativa. Conforme Abbeville, mandaram “construir uma cruz bonita e alta para plantá-la”, saltaram em procissão, no domingo, 29 de julho, cantaram o Veni Creator e as ladainhas de Nossa Senhora, benzeram a cruz e a Ilha Pequena com toda a solenidade, ocasião em que Rasilly deu o nome de Ilha de Sant’Anne, por haver ali chegado no dia de sua festividade. A 6 de agosto, desembarcaram em Jeviré, Upaon-Açu.8 Os chefes e os mais importantes se acomodaram em palhoças ou preferiram permanecer nos próprios navios e a maioria, em grupos de dez a doze, foi distribuída entre as vinte e sete aldeias da Ilha Grande.9 Os líderes escolheram o mais alto promontório da ilha para adaptar os canhões e deram no nome de Fort Saint-Louis; ao porto natural chamaram de Santa Maria; com a ajuda dos aborígines, os padres ergueram a Capela de São Francisco e a residência, todas com “ramos de palmeira”. No dia 8 de setembro foi celebrada uma Missa em ação de graças pela POSSE da terra, dando início ao trabalho de catequese dos índios pelos capuchinhos. Soldados e respectivos comandantes de diversas expedições saíram rios acima, em busca das minas de metais preciosos, usando também as viagens para um mais estreito contato com tribos do continente. Antes mesmo da chegada da empresa francesa em 1612, a Corte de Madri já ultimava providências para reaver o território muito visitado pelos piratas de Honfleur, Dieppe, Saint Malo, Cancale, etc. Em 1611, por ordem de S. Majestade, o Governador do Estado do Brasil, mandou Diogo de Campos Moreno, como capitão, se estabelecer no Ceará, onde fundou a igreja de Nossa Senhora do Amparo e construiu um forte, maneira de se aproximar, aos poucos, da região. Continuando a política anterior, no mesmo ano, o novo governador, Gaspar de Sousa, nomeou Jerônimo de Albuquerque comandante da jornada da conquista. Na impossibilidade de contar com outros pontos de apoio através da instalação de povoados na rota para o Maranhão, Albuquerque voltou para Pernambuco, encerrando a primeira Jornada, em 1612. A par da movimentação dos gauleses em franco trabalho para a fundação de sua 7

Logo depois da autorização da regente Maria de Medici para a implantação da colônia no Maranhão, as Coroas francesa e espanhola acordaram em casar o jovem Luis XIII com a infanta Ana d’Áustria, estreitando os laços entre a França e a Espanha, o que justifica o pouco interesse real em manter a França Equinocial, fadada a morrer no seu nascedouro. 8 Abbeville, Claude d’. Historia da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão e terras circunsvizinhas, (1614), 4ª, Edição, Tradução de Sérgio Milliet, São Paulo: Livraria Martins Editôra, 1945, p.80. 9 No Capítulo XXXII, Abbeville relacionou as vinte e sete aldeias da Ilha do Maranhão, os nomes de seus principais, porém não deu as devidas localizações. ABBEVILL, op. Cit. p.139 a145.


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colônia, a Corte ordenou a ida de Lisboa para Pernambuco do sargento-mor do Estado, Diogo de Campos Moreno. A morosidade nos trâmites burocráticos enfrentados por Moreno para conseguir navios, armas e munições na Metrópole e as dificuldades encontradas em arregimentar homens e conseguir mantimentos na Colônia pelo Capitão-Mor da expedição, Jerônimo de Albuquerque, retardaram a partida da Jornada do Maranhão, para agosto de 1614. Muitas atribulações e carências enfrentadas no itinerário delongaram a chegada ao solo maranhense que, depois de paradas em locais inadequados, aportaram em Guaxenduba, a 26 de outubro de 1614. Cumpriu-se a primeira etapa do processo de reconquista, culminado com a Batalha de Guaxenduba e vitória dos lusitanos, a 19 de novembro do mesmo ano. Pelas datas, percebe-se que o efetivo trabalho dos franceses para o estabelecimento da França Equinocial teve início dos primeiros dias de agosto de 1612 até meado do mês de novembro de 1614, quando ficaram em tempo de espera. Depois de entendimentos entre os reis de França e Espanha e o término do processo de expulsão ultimado pelo General Alexandre de Moura, foi entregue o forte, munições, toda a artilharia “que tiver dentro e fora”, todos os navios, grandes e pequenos “em qualquer modo que estão”, no dia 4 de novembro de 1615.10 Cumprida a ordem da retirada definitiva dos franceses e em obediência à recomendação do Rei, Alexandre de Moura entregou ao Capitão-Mor Jerônimo de Albuquerque Maranhão um Regimento recomendando a reforma do forte de Saint Louis, com novo nome de São Phelippe, “na forma e ordem que pello tratado Capitão Francisco de Frias, engenheiro-mor do Estado do Brasil está dessenhado... singindo todo o dito forte de parede pella parte de fora que começará em baixo e, sete palmos... que convém queimar toda a obra que lhe fiqua junta e assim mais ajuda ter toda a que lhe for necessária, pois na falta de quantidade, e della lhe fiquão feitas outenta pipas ou mais de cal”. O documento previu uma olaria “feita em serviço de Sua Majestade” para cobrir todas as casas do forte e da cidade para evitar incêndio “que estão sugeitas as cazas palhossas, como já fiqua cuberta da mesma olaria a caza da pólvora”.11 O aludido Regimento, de 9 de janeiro de 1616, também se refere aos cuidados dedicados à cidade, batizada pelo Capitão-Mor de São Luís, 10

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“fazendo que fique bem arruada e dito

Apontamentos que o Capitão-Mor Alexandre de Moura fez a que deve dar satisfação ao Senhor Daniel de La Touche Senhor de La Ravardière. AHU C.1 D.8 – Nota 16, anexa ao doc. 8. 11 Regimento que o Capitão-Mor Alexandre de Moura deixa ao Capitão-Mor Jerônimo de Albuquerque por serviço de Sua Majestade para Comando do Governo desta Capitania do Maranhão, de 09.01.1616. AHU ACL-CU-009, Cx.1 Doc.8, anexa 19. 12 Jerônimo de Albuquerque Maranhão entendeu que transportando o nome do forte francês para a cidade seria a maneira de guardar seu feito para a posteridade.


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conforme a traça que lhe fique em poder e para que a seu exemplo o fação todos os moradores; fará hua caza e viverá nella”.13 Esta primeira casa de barro e coberta de telha, modelo para as demais, destinada à residência do Capitão-Mor Jerônimo de Albuquerque Maranhão, foi a futura residência dos governadores, mesmo local do atual Palácio dos Leões. Cumpriu-se a ordem real de reconquista da região e fundação da cidade de São Luís do Maranhão (1616), por total necessidade de preservação da posse e defesa da costa leste-oeste, última parte do território a ser reconquistada pelos lusitanos.

A CIDADE DE SÃO LUÍS Francisco Frias de Mesquita, nomeado Engenheiro-Mor do Brasil em 1603, pela sua atuação anterior no desenvolvimento de técnicas de construção arquitetônica e urbanística, através de projetos como o Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, o forte dos Reis Magos, em Natal, dentre outros trabalhos, participou da expedição comandada por Jerônimo de Albuquerque na reconquista do Maranhão. Como primeira atuação na Jornada, construiu, na parte continental, um forte de faxina, o de Santa Maria, no sítio Guaxenduba. Derrotados os gauleses no único confronto havido, entregaram os fortes do Itapari (31 de julho) e o de Saint Louis (4 de novembro de 1615), este último localizado na parte alta de Upaon-Açu. Os fortes menores foram refeitos e o principal foi edificado como fortaleza. Os portugueses eram muito hábeis e cuidavam com o mesmo esmero as construções militares de grande ou pequeno porte. Os menores foram reparados com “o mesmo cuidado e diligência terá em fazer executar a traça que lhe qua para o forte de S. Francisco e para estas fortificações se fazerem com a diligência e a comodidade que convém...”14 Pela sua posição estratégica, os vitoriosos aproveitaram o mesmo sítio no entorno do antigo forte francês, já terraplanado para exercício da soldadesca, incendiaram palhoças do acampamento gaulês e aumentaram a área aterrada para demarcar o traçado da cidade de São Luis, conforme plano elaborado pelo engenheiro fortificador. O cuidado no planejamento da cidade de São Luís como cidade ideal, ‘abstrata’ denota sua importância e destaque entre as urbes portuguesas do Brasil Colonial. O traçado mais antigo que se conhece, com regularidade semelhante aos esquemas inovados na Índia, atesta 13 14

Regimento citado: AHU-ACL-CU-009, Cx.1, Doc. 8, anexo 19. Regimento que o Capitão-Mor Alexandre de Moura deixa ao Capitão-Mor Jerônimo de Albuquerque por serviço de S. Majestade para o Comando do Governo desta Capitania do Maranhão, 09.01.1616. AHU ACL-CU-009, Cx.1, Doc. 8, anexo 19.


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valor semelhante ao das cidades indianas, o cuidado e a “tendência italianizante dos construtores portugueses”, como escreveu Mario Chicó.15 Reunidos Alexandre de Moura, Jerônimo de Albuquerque Maranhão e Francisco Frias de Mesquita, escolheram o local ideal para a fundação da cidade de São Luís, discutiram a adequação do projeto elaborado pelo técnico, dentro das normas renascentistas, assistiram a marcação das balizas norteadoras das ruas e praças, consoante à traça e determinaram o modelo e material empregado nas casas. Como última recomendação, ordenou que as “cartas de sesmarias de chãos para cazas” fossem feitas conforme “a repartição e arumação do Engenheiro-Mor Francisco de Frias Mesquita... seguindo em tudo a traça que lhe deixo em seu poder feita pello dito Engenheiro-Mor.”16 Tudo isto, executado em curto espaço de tempo, (meados de novembro de 1615 e início de 1616), pela urgência na solidificação da conquista. A energia dispendida nos preparativos para a fundação de uma cidade, instrumento colonizador por excelência, foi característica da maneira de governar dos reis espanhóis. Não é demais lembrar que, entre 1580 e 1640, Portugal e suas colônias estiveram sobre o domínio da Corte de Madri. A Coroa exerceu influência mais direta e controle mais eficaz sobre São Luís. Em 1621, foi elevada à condição de capital do Estado do Maranhão, independente do Estado do Brasil, superintendendo todas as outras congêneres amazônicas. Conforme Paulo Santos, “Belém resultou da extensão natural da conquista até o ponto estratégico da foz do Amazonas – estrada líquida de penetração numa riquíssima região, então infestada de franceses, holandeses e ingleses. E Macapá completou a defesa, estendendo-a até a margem oposta do rio”.17 O Maranhão colonial cresceu em importância e seu desenvolvimento exigiu nova política urbanizadora, necessitando da ampliação dos seus quadros técnicos. Em fins do século XVII, a demanda de profissionais e a impossibilidade de provimento por parte da Metrópole levaram a Coroa a determinar a abertura de aulas militares no Estado, como em outros centros. Conforme Varnhagem, foi determinado ao capitão-geral do Maranhão “hei por

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Mario Chicó observou que a regularidade do traçado, a disposição das muralhas e a planta da cidade de Damão, dentre outras, na Índia foram edificadas à semelhança de várias cidades ideais da Itália. REI FILHO, Nestor Goulart. Op. cit. p.72. 16 Regimento citado. AHU-ACL-CU-009, Cx. 1, Doc. 8, anexo 19. 17 SANTOS, Paulo, op. cit. p.87.


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bem que nesse Estado em que há Engenheiro, haja aula, em que elle possa ensinar a fortificação...” 18 Percebemos a ausência de qualquer registro com referência à idéia de fundação de uma cidade na esplanada ao lado do Fort Saint-Louis, tanto nos livros de Claude d’Abbeville e Yves D’Evreux, quanto nas cartas e relatórios escritos pelos franceses entre 1612 e 1615. Em contrapartida, outros documentos antigos mostram o interesse político na reconquista do Norte, a urgência nas primeiras providências na fundação da cidade de São Luís, sua importância como centro urbano e sua evolução no decorrer do século XVII. A conjunção da idéia da urbe, de sua forma visualizada através da planta do EngenheiroMor do Brasil, da traça balizando ruas e praças no local determinado e a consciência daqueles executores do papel de cidade fronteira, cabeça da região, distinta da maioria das cidades do Brasil pelo seu traçado, pela sua origem por ordem de S. Majestade, selando a reconquista e visando a defesa da cobiçada região pela sua riqueza e extensão equivalente a um terço do território colonial português na América, só nos restou aceitar o entendimento anterior em detrimento ao elaborado no início do século XX. Afirmar que São Luís é uma cidade fundada pelos portugueses não é simplesmente uma interpretação minha, mas de uma gama ampla e variada de autores, cronistas, historiadores e urbanistas. São Luís do Maranhão, segundo Paulo Santos, “fundada em 1616 sobre o reduto francês de La Ravardière, e cujo plano de autoria do engenheiro-mor do Reino, Francisco Frias de Mesquita, era perfeitamente ortogonal”

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seria o exemplo mais expressivo da adoção de

traços de regularidade, talvez o primeiro realizado no Brasil, “mas sem a monótona repetição de quadrículos que se vê nas cidades da colonização hispânica”. 20 O arruamento regular do projeto de Frias não seria muito diferente do mapa da cidade, publicado por Barlaeus em 1647.

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E sua regularidade foi mantida no desenvolvimento da cidade, conforme a planta

publicada por A. Veiga, em 1838.

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VARNHAGEM, Francisco A. de. História Geral do Brasil: antes de sua separação e independência de Portugal, 3ª. Edição integral. São Paulo, Melhoramentos, 5 volumes, 2º. Vol, p. 371/372. In. REIS FILHO, Nestor Goulart.,op. cit. p.75. 19 SANTOS, Paulo, op. cit., p. 48. 20 Id. Ibidem, p. 48. 21 Uma outra planta da cidade foi publicada por Santa Teresa, Istoria delle guerre Del regno Del Brasile, Roma, 1698, com mais pormenor na forma dos caminhos e da representação das casas, que a de Barlaeus não tem. Id. Ibidem., p.133.


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A determinação da Coroa em fundar a cidade e definir a ocupação do terreno está no Regimento de Alexandre de Moura deixado a Jerônimo de Albuquerque, datado de 9 de janeiro de 1616, ordenando “que ele dito capitão-mor faça a dita repartição seguindo em tudo a traça que lhe deixo em seu poder feita pelo doutor engenheiro-mor”.22 Como disse o professor Mário Tavares Chicó, “a verdade é que nas cidades construídas de um jacto é abandonada a tradição e aceita abertamente a cidade ideal”. 23 E São Luís foi fundada “de um jato” para evitar a volta de La Ravardière, aficionado com a idéia da implantação da França Equinocial. Diferente das prioridades gaulesas de estreitar amizade com os nativos por meio da catequese e verificar as riquezas da região através de expedições rios acima, o documento deixado por Alexandre de Moura a Jerônimo de Albuquerque Maranhão demonstra ser a primeira preocupação dos portugueses a de fundar uma cidade no mesmo sítio preparado pelos franceses para a instalação de seu forte. Conforme o documento, São Luís foi pensada a partir de fora, com racionalidade e intervenção do Rei. O núcleo como unidade urbana foi construído conforme a concepção de estruturação portuguesa, com um traçado preliminar formalmente determinado em 1615; a figura do engenheiro-mor do Brasil visualizando o arruamento; a demarcação de ruas retilíneas, quadras iguais e retangulares e praças, conforme o plano; o Capitão-Mor sugerindo o modelo dos prédios cobertos de telha; a organização da olaria e as pipas de cal deixadas para a execução dos trabalhos; a institucionalização de um padrão de relações que iria se desenvolver no decorrer do período colonial; o Senado da Câmara, com seus “homens bons” discutindo e organizando a realidade espacial, no cumprimento daquela instituição enquanto agente urbanizador, todas essas ações dão a autoria da fundação de São Luís aos portugueses. A visão da fundação pelos franceses é uma interpretação posterior, criada e sustentada no século XX por círculos de intelectuais ligados à Academia Maranhense de Letras, que mitificaram a cerimônia de 8 de setembro de 1612, atribuindo-lhe um outro sentido (de ação de graças pela posse da terra e chegada do cristianismo no Maranhão de infiéis para a fundação da cidade de São Luís),conforme tentei demonstrar em livros e artigos escritos nos últimos oito anos.

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Regimento citado. AHU-ACL-CU-009, D.8, Cx. 1, anexo 19. CHICÓ, Mário T. A “cidade ideal” do renascimento e as cidades portuguesas da Índia, p. 324. Separata de Garcia de Orta. Revista da Junta das Missões Geográficas e de Investigação do Ultramar. Número especial, Lisboa, 1956. In: REIS FILHO, op. cit., p. 324.


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Muitos erros e fantasias continuam sendo ditos sobre a fundação de São Luís, como compará-la à do Quebec, onde a colonização francesa deixou raízes profundas na forma arquitetônica, no traçado, no idioma predominante. Os quebecois festejam a resistência e preservação de sua identidade francesa, conservando usos, costumes e o idioma, não o burguês pós 1789, porém o falado pela Corte setecentista; famílias quatrocentonas exibem com orgulho as árvores genealógicas, com seus ancestrais aventureiros na base da formação do Quebec. O trabalho de arqueólogos do Serviço de Parques do Quebec permitiu a reconstituição das várias etapas da construção do Fort Saint-Louis e de outros locais, com tecnologia muito avançada, permitindo descobrir até 6 metros de profundidade abaixo do solo atual, poste, paliçadas, aterros, deslocamentos artificiais de terra, perfeita “radiografia” dos sítios setecentistas. Vestígios dos nativos e de construções em pedra em diversos pontos do Quebec; louças, variados utensílios, armas, peças da construção dos fortes; mapas, documentos, cartas, dentre outras fontes; museus religiosos em conventos, em igrejas e outras instituições de caráter científico, especializados nos mais diversos aspectos da história, da antropologia, da arqueologia foram criados ou ampliados. Equipes de pesquisa das Universidades recuperaram ou republicaram documentos inéditos, tais como o diário de Champelain. Escavações em áreas habitadas por nativos ou pelos primeiros colonizadores resgataram o passado longínquo e foram transformados em verdadeiros museus em céu aberto. Nada hipotético ou por suposição. O quebecois preferiu dar mais ênfase à história, festejando os 400 anos, sobretudo, no plano intelectual, com inúmeros estudos reveladores dos acertos e desacertos havidos no decorrer dos quatro séculos; espetáculos mostrando a evolução política, econômica e cultural da colônia, aos tempos atuais. As festas, sóbrias, simples, limitaram-se a uma Missa solene cantada pelo coro e orquestra do Quebec, algumas bandas e cantores quebecois e franceses e a exibição de fogos de artifício, no dia 5 de julho. O quebecois teve o que mostrar e teve o que festejar. Nossa preocupação é com a formação da identidade maranhense, ora trabalhada como Atenas, fortalecida pela singular origem francesa de São Luís e presentemente identificada como a Jamaica brasileira. Quando o maranhense quer criar uma imagem de si, se projeta na imagem de outro. A permanência dos franceses no Rio de Janeiro foi mais duradoura, assim como suas construções perenes e, no entanto, o carioca não nega a autoria de sua cidade a Estácio de Sá. O Rio de Janeiro é identificado como a Cidade Maravilhosa, pela sua natureza, pelos seus morros, praias e lagoas. O maranhense é ateniense, francês ou jamaicano.


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REFERÊNCIAS Manuscritos Apontamentos que o Capitão-Mor Alexandre de Moura fez a que deve ser satisfação ao Senhor Daniel de La Touche Senhor de La Ravardière. AHU C.1 D-8 – Nota 15 anexa ao doc. 8. Carta de Luís Sarmiento a Vossa Majestade, de Évora, Portugal: 15 de julho de 1536. Arquivo geral das Índias. INDIFERENTE, 1092, n. 153. Carta de Tomé de Sousa a V. Majestade, em 18 de julho de 1551. AUHL. Documento original espanhol do Archivo das Índias, Quito 158. Regimento que o Capitão-Mor Alexandre de Moura deixa ao Capitão-Mor Jerônimo de Albuquerque por serviço de Sua Majestade para Comendo do Governo desta capitania do maranhão. AHU ACL-CU-009, Cx.1, Doc. 8, anexo 19. Impressos ABBEVILLE, Claude d’. História da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. (1614), 4ª. Edição, Tradução de Sérgio Milliet, São Paulo: Livraria Martins Editôra, 1945. CHICÓ, Mário T. A “Cidade ideal”do renascimento e as cidades portuguesas da Índia. Separata de Garcia de Orta. Revista da Junta das Missões geográficas e de Investigação do Ultramar. Número especial. Lisboa, 1956. EVREUX, Yves D’. Viagem ao norte do Brasil feita nos anos de 1613 a 1614. (1615, François Huby), 3ª. Edição, trad. De César Augusto Marques, São Paulo: Editora Siciliano, 2002. REIS FILHO, Nestor Goulart. Contribuição ao estudo da EVOLUÇÃO URBANA DO BRASIL.(1500/1720). São Paulo: Livraria Pioneira Editora e Editora Universidade de São Paulo, 1968. SANTOS, Paulo. Formação das Cidades no Brasil Colonial (1988), 2ª. Edição, Rio de Janeiro: editora UFRJ, 2001, p. 19. VARNHAGEM, Francisco A. de. História geral do Brasil: antes de sua separação e independência de Portugal, 3ª. Edição integral. São {Paulo: melhoramentos, 5 volume, 2º. Vol.


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A TERCEIRA IDADE – uma nova era. AYMORÉ DE CASTRO ALVIM Membro da APLAC, IHGM e AMM Segunda-feira, 15 horas. Uma fina chuva caía naquela tarde de inverno, na cidade de Pinheiro. Na casa de José Alvim e dona Inez, nascia eu, o primogênito. Era 13 de maio de 1940. Não vim porque quis. Eles me chamaram e, como me chamaram! E, quem sabe, com certa insistência e que insistência... Agora, ao completar 70 anos, chego ao limiar desta nova etapa, na minha caminhada ao longo da vida. Vocês não podem imaginar o contentamento que tomou conta de mim. Entrei, realmente, na terceira idade. Aquilo de 60, 65 anos é coisa de estatística de governo. Para mim essa fase começa aos 70. É a fase da plenitude, da maturidade. Você, agora, é considerado uma fonte de sabedoria devido aos conhecimentos e experiências que acumulou ao longo de todo esse tempo. Mas, tudo isso já não serve pra nada. Ninguém o consulta, nem lhe pede uma ponderada opinião. Você está descontextualizado. Tudo está defasado. Além do que, dizem que você tem um forte viés conservador. Mas não se preocupe com isso. Afinal de contas, ao longo desta nova fase da vida, você será o centro das atenções e das preocupações de todos. Todo mundo vai estar preocupado com você. Por exemplo, quando chegar a um banco para verificar o quanto ainda estão depositando daquele seu antigo salário, há sempre alguém para lhe dizer: - Senhor, olhe aí o batente. A porta mais à frente é de vidro. - Ok! Muito obrigado. Ao entrar, você se depara com aquele guarda sempre muito solícito: - Meu senhor, a fila dos idosos é daquele lado. Vocês já ouviram nomezinho mais horrível? – Idoso. Mas, tudo bem. Obrigado, meu amigo. Quando você vai saindo do Banco, eis que, por acaso, vai passando uma “Juliana Paes”. Para manter, então, a liturgia da idade, parodiando o Sarney, você dá aquela espiadela básica, como quem não quer nada, mesmo porque se quiser, vai ser rotulado de velhinho


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assanhado. No entanto, há sempre um cretino espreitando de longe todos os seus movimentos que grita: “Êh! Vovô, tira o olho. Isso faz mal pra ti, dá enfarte”. Como vê, todos se preocupam com você. Ao voltar para casa, há sempre aquelas perguntinhas de preocupação: e a próstata, o que o médico falou. Você foi ao cardiologista para medir a pressão? E sobre o colesterol, o que ele disse? Aí, pra relaxar, você dá aquela sentada na espreguiçadeira. É claro que, de vez em quando, é bom levantar para dar uma voltinha e esticar as pernas para prevenir varizes, artrites e artroses. Mas, alguém, por perto, vai logo dizendo: - Cuidado. Olha a osteoporose. Não vá dar mais trabalho. Mas, fora essas coisinhas, todos respeitam o seu repouso, a não ser as crianças que, de vez em quando, lhe pedem para contar umas historinhas ou brincar de cavalinho. Afinal de contas, alguma utilidade você continua tendo. Agora, se por uma circunstância qualquer, você pretender reconstituir sua vida e procurar alguém mais ou menos da sua idade, como manda o bom senso, que tenha os mesmos referenciais e possa melhor entendê-lo, aparece sempre alguém pra comentar: Ah! Se sozinho já dá trabalho, imagina em dose dupla. Mas, se para evitar comentários desse tipo, você procurar uma pessoa bem mais nova, que lhe possa injetar um pouco de vigor, de esperança e jovialidade, pode se preparar para ouvir: Ih! Coitado, vai se encher de chifre. É um negócio sério. Se, por fim, seu coração magnânimo o levar a distribuir, mesmo que seja só uma parte dos bens que amealhou ao longo desses anos, aí, a grita é geral: endoidou de vez. Interdita. Mas, mesmo assim, apesar desses contratempos que são comuns a todas as fases da vida, eu desejo a todos vocês que ainda não chegaram, aos que como eu estão chegando e aos que nela já estão caminhando, que avancem muito mais na caminhada. Afinal, a beleza da vida e o prazer de vivê-la dependem de cada um de nós. Feliz é aquele que sabe construir a sua felicidade com o que lhe é disponível. .


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DISCURSO DE RECEPÇÃO DO SÓCIO WASHINGTON LUIZ MACIEL CANTANHEDE JOSÉ FERNANDES

Ilma. Senhora Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, educadora Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo; demais confreiras e confrades. Excelentíssimas autoridades presentes e representadas. Senhoras e senhores convidados que abrilhantam esta solenidade. Cumprindo norma regimental e mediante designação, tenho a honra de saudar o ingresso neste sodalício do eminente historiador Washington Luiz Maciel Cantanhede, a esta altura já ocupante da Cadeira que tem como patrono o notável jornalista, sertanista e pesquisador João Parsondas de Carvalho, cadeira que traz o brilho do seu fundador, brilho agora acrescido com a presença alvissareira do intelectual que passa a ocupá-la, cidadão já experiente na realização de empreendimentos de fôlego em outras instituições congêneres. O substancioso discurso que pronunciou de elogio ao seu patrono é um atestado de seu preparo humanístico. Pesquisador diligente, afeito aos rígidos métodos de investigação científica, sabe muito bem o Dr. Washington Cantanhede, e vai demonstrá-lo aqui, que a história, a importante matéria que elegeu para também aplicar a sua inteligência, é a ciência do ser humano, o estudo do homem no seu tempo, estudo das mudanças da sociedade, do seu


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constante reajustamento às novas concepções de vida material, política, religiosa e cultural; ciência do passado e do presente, que nos leva à dinâmica existencial, teológica e metafísica. Sabe o douto ingressante neste Instituto, como nós sabemos a relevância dos vínculos da história com a arte e a filosofia, pois, sem o levantamento conclusivo do que foi produzido com fundamento nas principais ocorrências no tempo, torna-se difícil compreender a nossa atual existência, com suas desigualdades, indiferenças e contradições, necessárias para formar uma análise crítica e tentar transformar este mundo desigual em um mundo mais equânime e isonômico. Embora saibamos que povo sem história é povo sem identidade, não nos apraz constatarmos a indiferença com que certos setores tratam a matéria, cabendo a nós, cientes do valor desse legado, influir energicamente para reverter o equívoco dos que assim procedem. Vale recordar que a história e as ciências sociais estão numa dependência recíproca, progridem paralelamente mediante uma troca de serviços: as ciências sociais fornecem informações e documentos a serem estudados e esses documentos se transformam em instrumentos essenciais para compreender os fenômenos provenientes das relações entre os seres humanos. Na hora presente, os novos historiadores passaram a dar importância predominante a esses fenômenos, antes reservados aos sociólogos e aos jornalistas, tornando a atualidade objeto de pesquisas que exigem novos métodos em parte tomados à ciência social. Assim, podemos afirmar que a história integra, hoje, as ciências sociais e até mesmo as ciências humanas na sua permanente missão de nortear o destino dos povos. Senhoras e senhores, fiz esta rápida digressão sobre o universo conceitual da história, por que, afinal, estamos recebendo, aqui, um confrade que é um historiador de considerável bagagem produtiva, historiador especulativo, consciente do seu papel de destrinchador de fatos que, bem dissecados e bem narrados transformam-se em material científico, que será, por sua vez, objeto de referência para os estudiosos. E foi usando esses métodos modernos de concepção, com observações lúcidas e paciência investigatória que Washington escreveu a história de sua terra – Vitória do Mearim, a antiga Ribeira do Mearim, que, por certo, dificilmente terá, neste século, outro historiador de sua estirpe, pois sua produção historiográfica não divaga na visão sonhadora. É densa, alicerçada no esforço em busca da verdade sobre eventos que envolvem os ambientes eleitos para a análise fria de sua rigorosa crítica seletiva para formular conceitos definitivos.


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Seus livros são de real valia, a partir do bem elaborado Vitória do Mearim dos primórdios à emancipação, seguido de Vitória do Mearim da emancipação à era dos Intendentes e do livro Celso Magalhães, um perfil biográfico, merecendo destaque, ainda, as publicações que organizou, tais como: Correspondência ativa dos Promotores Públicos do Império – 1831-1841, título I; a série Ministério Público do Estado do Maranhão: fontes para a história, em vários volumes, a coleção MP Memória e dos Autos do Processo-Crime da Baronesa do Grajaú – 1876 a 1877, da qual foi autor do texto da introdução e do projeto editorial da luxuosa publicação. O nosso novo imortal escreve constantemente e quase sempre sobre assuntos históricos na Revista da Academia Arariense-Vitoriense de Letras, cuja fundação idealizou e tornou-se duas vezes presidente, e na Revista do Ministério Público Estadual, sempre inserindo colaborações de reconhecido valor. Nascido em Vitória do Mearim em seis de junho de 1963, Washington Cantanhede é filho de Antônio Duarte Cantanhede e Benedita Maciel Cantanhede. Versátil e polivalente, trilhou caminhos na vida pública de sua terra, exercendo o parlamento municipal e a sua presidência, com atuação elogiável, cujo prosseguimento foi obstaculado pelo seu vitorioso ingresso nas lides jurídicas. Promotor de Justiça desde 1993 exerceu a função em vários municípios e, de março de 2000 a agosto de 2008, foi titular da 3ª Promotoria da Comarca de Pedreiras, nela se destacando principalmente na organização e instalação dos Conselhos Tutelares da Criança e do Adolescente de Igarapé Grande, Bernardo do Mearim, Trizidela do Vale, Pedreiras e Lima Campos. Pela relevância dos seus serviços àquela Comarca, Dr. Washington foi agraciado com o honroso título de Cidadão Pedreirense. Antes de transferir-se, por promoção, da Promotoria de Pedreiras para a Promotoria da Infância e da Adolescência de São Luís, onde exerce, com competência, o seu desiderato, este novo membro do IHGM teve a iniciativa de criar, em parceria com o poder público e entidades representativas de Pedreiras, Trizidela do Vale e Lima Campos, o Fórum de Defesa do Rio Mearim, realizando um ciclo de seminários que resultaram na assunção de vários compromissos de ajustamento de conduta, por autoridades e lideranças, a fim de enfrentar os problemas ambientais da região. Implementando medidas definitivas naqueles amplos debates, disso resultou a criação de sistemas municipais de meio ambiente, reconhecidos como modelo pela Secretaria Estadual daquela Pasta. Trata-se, portanto, de um benfeitor,


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completamente coadunado com os propósitos desta instituição, no que diz respeito à preservação de nossas riquezas naturais. Caro Dr. Washington, Vª. Exª. tem como confrades nesta Casa do Saber alguns membros ilustres do Ministério Público; de patronos a sócios efetivos, grandes nomes desse respeitável órgão emolduram o quadro dos seus participantes, a começar por Cândido Mendes de Almeida, patrono da Cadeira nº 19 e Celso Magalhães, patrono da Cadeira nº 25; como sócios efetivos, além dos já falecidos Armandino Teixeira Nunes e Aderson de Carvalho Lago, temos os sócios efetivos, atuais e atuantes, José Ribamar Seguins, Paulo Oliveira, Ilzé Vieira Melo Cordeiro e Elimar Figueiredo de Almeida, figuras eminentes de fiscais da lei que honram a nossa galeria. Está, pois, V. Exª, em nobre e seleta companhia. É de reiterar-se, a propósito, que um dos notáveis patronos deste Instituto já foi biografado por V. Exª. no já citado livro Celso Magalhães, um perfil biográfico, onde consta uma eloqüente referência àquele ilustrado homem público e escritor, transcrita de uma edição do jornal O País, de 10 de junho de 1859, que passo a ler, em deferência à sua pessoa e, por extensão, ao admirável Ministério Público, órgão que engrandece o nosso Estado. Eis o texto: “Era Celso Magalhães um vigoroso talento, um nobilíssimo caráter. Poeta festejado, escritor ameno, adquiriu uma bonita reputação, sendo desde os tempos acadêmicos o seu nome apontado entre os que um dia teriam de ocupar os primeiros lugares nas letras pátrias. Exercendo por muitos anos o cargo de promotor, jamais teve a justiça sacerdote mais devotado. Para o rico, para o pobre, para o desvalido, foi sempre o mesmo, embora levantassem contra si os protestos dos desgostosos, ele cumpriu, impassível, o seu dever, porque compreendia a justiça una, indivisível, sem gradações; e assim, no dia em que desceu daquela cadeira que tão alto levou, passou com a fronte erguida, animado pelo legítimo orgulho de um procedimento imaculado por entre a multidão que, respeitosa, o contemplava”. (O País, 1º de junho/1879). Senhoras e senhores, fiz a leitura dessa transcrição com uma finalidade: para mostrar a todos nós que o perfil do imortal promotor e escritor Celso de Magalhães não difere substancialmente do perfil do promotor e historiador que hoje ingressa nesta instituição. Nobre assistência, ao aqui ser recebido como sócio efetivo, Washington Cantanhede passa a integrar este luminoso organismo que já abrigou nos seus quadros outros seres humanos da mais alta estirpe, detentores do saber maranhense e brasileiro, como o seu fundador, benemérito e patrono maior Antônio Lopes, que ilustra esta Casa com o seu nome,


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e os eternos sócios honorários José Jansen Ferreira, Josué Montelo, Fernando Perdigão, Joaquim Vieira da Luz, Dom José de Medeiros Delgado, Mário Martins Meireles, José Ribeiro de Sá Vale, Eloy Coelho Neto, Cloves Ramos, Olavo Correia Lima, Virgílio Domingues da Silva Filho, Clementino Moura e Odorico Amaral de Matos, apenas como exemplos de alguns dos que já estão na eternidade, cujas memórias reverenciamos neste momento solene em que V. Exª. adentra os pórticos deste templo de cultura e ciência, até hoje, com a graça de Deus, dirigido com competência e abnegação pela culta geógrafa, educadora Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo, secundada pela sua dinâmica VicePresidente Joseth Coutinho, apoiadas por ilustrados membros. Esse é o nosso Instituto, caro recepcionado, e essa é a nossa gente, gente em permanente oferta de luz ao nosso espírito. Nobre confrade Washington, regozijamo-nos ao constatar que as suas aspirações assemelham-se aos nossos anseios, no que diz respeito à consecução das metas propugnadas por esta entidade. Mostrando similaridade de pensamento conosco, V. Exª., num dos seus mais recentes escritos, faz alusão a um famoso conto de Saramago – A Ilha Desconhecida – ressaltando “a força da luta de alguém por um ideal”, e, ainda, “O sonho da união de forças para o resgate da memória histórica objetivando a construção de um legado consistente, a fim de que os pósteros não venham a sofrer as dificuldades que sofremos”. E, dizendo poeticamente que “cada vida merece um canto”, V. Exª. arremata com o mesmo Saramago, afirmando que “fisicamente habitamos um espaço, sentimentalmente, somos habitados por uma memória”. E essa memória, diríamos nós, é a nossa seara, a seara do conhecimento histórico, ciência de sua especialidade. Seja bem-vindo, Dr. Washington Luiz Maciel Cantanhede. Tome conta do seu merecido lugar. Receba a saudação de todos nós deste Instituto e os aplausos dos que vieram testemunhar-lhe o mérito. Esperamos, assim, que V. Exª., correspondendo às nossas expectativas, venha a contribuir, com o seu dinamismo e talento, para o engrandecimento desta instituição que lhe abriu as portas.

Assim seja.


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DISCURSO DE POSSE WASHINGTON LUIZ MACIEL CANTANHEDE

Exma. Sra. Professora Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo, Digníssima presidenta do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, Confrades e confreiras, Senhoras e Senhores,

“Achar-me reunido convosco, no recinto em que venerandos anciãos praticam o culto da Ciência, é, para mim, motivo do mais justo júbilo. Mas a consciência do meu nenhum mérito me perturba e embaraça. Fitando luzeiros, meu espírito fraco sofre vacilações e eu não tenho para ampararme senão a confiança de vossa generosa indulgência.” As palavras que acabei de proferir, conquanto traduzam o que sinto e devo dizer no início deste discurso, não são de minha autoria. Foram proferidas há 109 anos, no dia 24 de dezembro de 1901, diante da diretoria e de convidados da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, por um homem com idade inferior em apenas um ou dois anos à que tenho hoje. Então contando 45 ou 46 anos, João Parsondas de Carvalho iniciava daquela forma sua segunda conferência sobre a realidade geográfica de vasta área do norte do Brasil, “desde o extremo norte, do Tartarugal ao Gurupi, e deste ao Rio das Balsas, em Goiás”, resultante de observações e reflexões feitas ao longo de suas excursões por aquelas “regiões riquíssimas, senão desconhecidas, mal definidas nos mapas”. A primeira conferência fora feita em 28 de


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novembro. Vinha Parsondas recomendado pelo “Grêmio Paraense” para apresentar seu estudo aos ilustres sócios da Sociedade de Geografia: Visconde de Barbacena, Barão de Loreto, Barão Homem de Mello, Conselheiro Alencar Araripe, Senador Lauro Sodré e outros. Sairia dali com o título de sócio correspondente do Sodalício e a promessa, logo cumprida, de publicação do texto da conferência. Para que se tenha noção da importância daquele momento histórico do País, na mesma reunião foi comunicado que a diretoria da Sociedade de Geografia felicitara Alberto Santos Dumont por seu triunfo na navegação aérea e na conquista do ar (e ele ainda nem alçara vôo com o 14Bis!). Cronista da história e da geografia dos altos sertões, o legítimo sertanejo Parsondas de Carvalho figura como primeiro ocupante da Cadeira 12 deste IHGM, patroneada pelo pioneiro memorista dos sertões maranhenses, o major português Francisco de Paula Ribeiro, que os percorreu nas duas primeiras décadas do Século XIX. Também patrono da Cadeira 58 da Casa, que permanecia vaga, Parsondas de Carvalho recebe hoje, pela primeira vez, o devido elogio nessa condição, louvor que profiro um tanto apreensivo, embora muito honrado com a oportunidade oferecida pelos distintos ocupantes deste silogeu ao eleger-me seu confrade. O receio parece fundado – afinal, que faço eu, autêntico filho dos campos alagados da Baixada Maranhense, pesquisador da história da gente do Baixo Mearim, patroneado por um dos mais refinados sertanejos do sul do Maranhão, provavelmente o maior sertanista daquelas paragens desde Paula Ribeiro? É admissível isso? Após a apreensão, a compreensão e a serenidade: o Maranhão é um só em suas díspares vastidões. Não fosse assim e nos planos do principal fundador, organizador e secretário-perpétuo do IHGM, o maranhense Antonio Lopes da Cunha, historiador filho de Viana, cidade da Baixada, figurariam como membros desta casa de cultura apenas os maranhenses do norte do Estado. Ao contrário, o primeiro número da revista do Instituto, Geographia e História, de 1926, registra entre seus sócios efetivos o nome da sertaneja Carlota Carvalho, tida como autora de O Sertão, o que, apesar de ser contestado adiante, revela a consideração pela cultura do sul do Maranhão que nutria aquele sobrinho do grande poeta, folclorista, jornalista e promotor público Celso Tertuliano da Cunha Magalhães, e irmão do geógrafo, arqueólogo e antropólogo que estudou todo o Maranhão, Raimundo Lopes da Cunha, ambos também vianenses. Registra também aquela primeira edição do periódico da Entidade o pesar pelo falecimento do irmão de Carlota Carvalho, o ora


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homenageado Parsondas de Carvalho, ali retratado por Antonio Lopes como valoroso intelectual do sertão maranhense. Ademais, o sertão maranhense é um sertão à parte, como bem observou na obra A Balaiada seu autor Astolfo Serra, outro ilustre filho da Baixada Maranhense, tendo vindo ao mundo em Matinha e nascido para a vida política quando sacerdote na sertaneja cidade de Mirador: “No chão ressequido dos caminhos poentos, ou nas ladeiras ásperas de caminhos de pedras, que faíscam à luz, ou chispam nos cascos das montarias, nas chapadas ásperas e monótonas, ou nos baixões cavados há séculos, a natureza sertaneja revela-se surpreendente, através dessa mistura esquisita de zonas, que se confundem, que se interpenetram e constituem o tabuleiro geográfico de duas regiões que se abraçam, no mais complexo dos fenômenos geogênicos. É sempre a mesma luta, na mais impressionante das evidências de que a mesopotâmia maranhense é a terra de transição entre o Nordeste e a Amazônia. “(...) se nos campos da Baixada, as terras em formação, os terrenos sedimentários, os aterrados e o rosário de lagos, com a sua flora e fauna, não oferecem dúvidas de que aquelas terras são irmãs das terras marajoaras, em pleno Sertão, lá onde os ventos ásperos sacodem a paisagem monótona das caatingas e retorcem as folhas da macambira agressiva, também existe um mostruário amazônico, com algumas espécies que se associam para que não se possa negar essa transição.” Além de sermos, essencialmente, maranhenses, habitantes desta terra de transição entre dois brasis, a figura de Parsondas de Carvalho me chamava a atenção desde pouco tempo depois da 2ª edição do livro O Sertão, de autoria atribuída a Carlota Carvalho e republicado pela Editora Ética, de Imperatriz no ano 2000, sob organização dos historiadores João Renor e Adalberto Franklin. Em 2001, o jornalista Jurivê Macedo, que faleceu há poucos meses, anunciava em sua coluna do jornal O Estado do Maranhão de 19 de junho que um vespeiro fora apedrejado: o escritor Sálvio Dino lançaria em breve um livro com a demonstração de que aquela obra não fora escrita por Carlota Carvalho, mas por seu irmão, exatamente Parsondas, afirmação, aliás, que viria sendo feita, dispersamente, desde a época do seu lançamento, em 1924, com a explicação de que o verdadeiro autor cedera à irmã, por amor, a autoria do livro, uma vez que manteriam, então, um relacionamento incestuoso. Tendo feito os primeiros contatos com a obra O Sertão em 1998, da qual colhi subsídios para o meu livro Vitória do Mearim da emancipação à era dos intendentes, de


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1999, e lido a 2ª edição, do ano 2000, fiquei no aguardo da obra de Sálvio Dino. Esta foi publicada somente em 2007, sob o título Parsondas de Carvalho: um novo olhar sobre o Sertão. A leitura do livro, com cujos argumentos concordei, e sobre os quais discorrerei daqui a pouco, tornou-me um admirador do velho sertanista que viveu por setenta anos, entre 1855-1856 e 1926. Por isso, quando o confrade da Academia Arariense-Vitoriense de Letras José de Ribamar Fernandes me comunicou que pretendia indicar meu nome para admissão neste sodalício, a fim de ocupar a cadeira patroneada por Parsondas de Carvalho, não hesitei em autorizar a indicação, a qual, apresentada e aprovada em 26 de novembro de 2008, faz-me agora, de direito, seu ocupante, cumprindo a disposição estatutária que determina ao sócio o elogio do respectivo patrono no ato de sua posse. Mercê do trabalho de Sálvio Dino e de outras contribuições, esparsas, é possível fazer hoje um razoável apanhado biográfico do nosso homenageado, como exponho a seguir. João Parsondas de Carvalho nasceu em 1855 ou 1856 na cidade sertaneja de Riachão, filho de Miguel Olímpio de Carvalho, conforme consta no auto de qualificação procedida no âmbito do processo-crime a que respondeu por desacato a autoridade na Comarca de Imperatriz, pois declarou ter 55 anos de idade naquela ocasião, 30 de maio de 1911. O nome de sua mãe não consta em nenhuma das fontes disponíveis. Era irmão de Carlota Carvalho e Emídio Olímpio de Carvalho. Descendia de portugueses, franceses e índios: uma bisavó, Paula de La Rochambeau, “francesa inteligentíssima, possuidora de cultura intelectual, imaginação fantasiosa e sonhadora de virtudes e utopias”; um bisavô, José Marques de Carvalho, “português ignorante, mas dotado de boa índole, trabalhador e econômico”; e uma bisavó, Messias, “autóctone nervosa e quase intolerável” – como assinalado em O Sertão. Seu avô paterno, José Joaquim de Carvalho, baiano radicado desde 1822-1823 no sertão maranhense, onde chegou a possuir uma fazenda no Porto da Chapada, atual Município de Grajaú, fora um homem instruído, preocupado com a educação dos filhos e das crianças e jovens das cercanias, tendo instalado escola onde ensinava a ler e escrever, além de rudimentos de gramática, latim e matemática. José Joaquim foi um daqueles homens do contingente baiano que, no dizer do próprio Parsondas em sua conferência de 24 de dezembro de 1901 perante a Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, lentamente, “avançava para noroeste, chegava às cabeceiras do Itapecuru, fundava as vilas de Pastos Bons e Riachão, estendia-se ao longo do Farinha, transpunha o Tocantins e do mesmo modo povoava o território que é hoje a Comarca da Boa Vista”, população agrícola que


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“ambicionava somente a posse dos campos para a criação dos gados e a fertilidade da terra para suas roças”, de tal forma que assim se povoou a parte meridional do Maranhão, gerando o processo diferentes designações para os habitantes da parte central e do litoral: os do sertão, chamados de baianos pelos do norte; estes, chamados de quiribas por aqueles. Quanto ao pai de Parsondas, Miguel Olímpio, não teria sido diferente do próprio pai, José Joaquim de Carvalho, pois participara da famosa “roda de amigos”, espécie de círculo literário criado em Grajaú sob liderança do juiz de paz liberal Militão Bandeira Barros, alinhado aos “bem-te-vis” e “balaios” que sacudiram o Maranhão na grande revolta popular de 1838 a 1841 e que passou à história com o nome de Balaiada. O Programa Memória Institucional do Ministério Público do Estado do Maranhão, do qual participo desde o início, em 2002, e que hoje coordeno, descobriu que Miguel Olímpio foi advogado provisionado e delegado de polícia, além de promotor público interino da Comarca da Chapada em 1861, conforme consta da coleção dos ofícios dos promotores públicos para o presidente da Província do Maranhão no Século XIX, que o referido programa está transcrevendo e publicando sob o título de Correspondência Ativa dos Promotores Públicos do Império. Colheu-se notícia também, no mesmo acervo, de que antes, em 1850, já teria sido nomeado pelo juiz de direito Policarpo Lopes de Leão para aquele cargo na mesma comarca, em lugar de Manoel Félix Xavier Macambira, que, preterido, não assimilou tranquilamente a derrota e, por isso, chegou a qualificá-lo, pessimamente, em um ofício ao Presidente da Província, como trapaceiro e amigo do alheio, citando uma de suas vítimas – Francisco d’Araújo Costa, que, quando já famoso como chefe político sertanejo, receberia o epíteto sarcástico de “Cristo de Grajaú”. Sobre fatos da vida de Parsondas no Século XIX, a história registrou, oficialmente, alguns testemunhos: o nascimento em Riachão, em meados da centúria, declarado por ele mesmo nos autos do processo-crime já citado; um encontro com o ex-presidente da Província do Goiás, Joaquim de Almeida Leite Moraes (avô de Mário de Andrade, autor de Macunaíma), em 1881, quando ele era residente, comerciante de castanhas e chefe político em Boa Vista de Goiás (atual Tocantinópolis, no Estado do Tocantins) e, exímio navegador, descendo o Rio Tocantins em uma de suas constantes viagens a Belém, atravessou, juntamente com o ex-governante, a temível Cachoeira do Inferno, hoje tragada pela Represa de Tucuruí (encontro registrado por aquele homem público nos seus Apontamentos de Viagem); as saudações que fez ao promotor público da Comarca da Chapada, João Dunshee


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de Abranches, em 1888, remetendo-lhe, de Pastos Bons, cartas em estilo primoroso, regozijando-se com a presença deste em solo sertanejo, como testemunha de que aqueles rincões “não eram antros de facínoras, como viviam a malsiná-los, mas centros de idéias avançadas e dos mais puros sentimentos cívicos”, o que registraria depois o ilustrado polígrafo em A Esfinge de Grajaú, qualificando Parsondas como “mestiço de apurada cultura”; a sua atuação, em 1893, como redator do Correio Paraense, jornal de importância de Belém, quando ganhou fama como socialista, pois escreveu editoriais inflamados condenando o cerco da polícia do Pará ao jornal Tribuna Operária, que teve a tipografia apreendida e os jornalistas e muitos operários presos, e recusou-se energicamente a atender aos pedidos do governo local para que silenciasse a respeito; a sua viagem pelo Zutíua, rio do oeste do Maranhão, em 1899, com destino à capital e levando também gado vacum e cavalar para Cajapió, como ele próprio registra em seus escritos; e, finalmente, em 1900, nos sertões de Carolina, angariando fundos para a heróica viagem a cavalo que acabaria fazendo logo depois ao Rio de Janeiro, a fim de “obter da opinião pública a condenação dos crimes que ensangüentaram o sertão”, como também deixou registrado na sua obra sobre a chamada “Guerra do Leda”. O início do Século XX foi para Parsondas de Carvalho, portanto, o momento de sua apresentação ao Brasil. Dunshee de Abranches, escrevendo A Esfinge de Grajaú em 1940, registra que ainda conservava as cartas que, em 1901, os antigos e famosos chefes do Grajaú, de Boa Vista, lhe enviaram, numa das quais Leão Leda recomendava-lhe o “escritor Parsondas de Carvalho, que vinha ao Rio disposto a editar a sua obra monumental sobre as tragédias políticas dos altos sertões maranhenses”, acrescentando que ele “possuía o dom de pintar as cenas ao vivo; e o cerco e a capitulação das forças federais, realizadas pelo caudilho liberal que jamais Araújo Costa pudera massacrar, assumiam pela sua pena as proporções de uma epopéia”. A viagem do nosso homenageado à capital da República, a cavalo, “para denunciar o clima de terror político em que vivia mergulhado o povo do sul maranhense”, ficou, segundo Sálvio Dino, na memória do sertanejo e ainda hoje é comentado, transmitido como foi de geração a geração, a ponto de ter ele ouvido várias vezes coisas como: “O Parsondas era tão macho e corajoso que amarrou o cabresto de seu cavalo na porta dos jornais cariocas que noticiaram as desgraças da nossa gente”. Bem o disse Astolfo Serra, em A Balaiada, que o homem do sertão é capaz de varar o mundo em uma montaria – “Não há distâncias que o faça recuar. Não se apressa, porque sabe que chegará um dia. Isso é o quanto basta”.


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Colho da obra sobre Parsondas, escrita pelo ilustre homem de letras do sertão de hoje, Sálvio Dino, estas assertivas terminantes sobre aquela fantástica aventura líteropolíticocidadã: “Indo à Capital Federal pelos chapadões de dentro, no começo do século passado, Parsondas de Carvalho dá um sentido mais forte à jornada eqüestre. Escreve, sim, com as patas de seu cavalo, uma bela página cívica, rica de emoção, estuante de vida, e, por que não dizer, mais sentida, pois nascia do fundo de sua alma sertaneja, inteiramente voltada para os sertões oprimidos, colocados à margem da civilização. A sua carreira de escritor ganha novo ritmo. Às portas da entrada do Século XX entra para a história, embora a história oficial não lhe dê atenção. Tem-se, sim, de analisar o comportamento do homem-escritor a serviço de uma causa popular. Ele se torna o intelectual orgânico da população humilhada, a partir da situação concreta – massacre coletivo –, refletindo sobre ela sua ação efetiva, dinâmica, visando libertar os irmãos sertanejos da tensão social resultante do mandonismo sanguinário das oligarquias locais, chefiadas pelo todo-poderoso senador Benedito Leite.” Mas o que foi nosso Parsondas denunciar? O flagelo do sertanejo maranhense, abandonado à própria sorte em meio à carnificina e às misérias de todo tipo geradas pelas facções políticas em guerra desde 1899, um dos lados acobertado e apoiado pelo mandonismo de Benedito Leite, que exsurge da revelação dos fatos como um vilão, muito diferente do estadista impoluto que biografias louvaminheiras pintaram, cuja estátua imponente, entronizada na praça que leva seu nome, no centro de São Luís, tenta representar no imaginário coletivo até hoje. Tratava-se da chamada “Guerra do Leda”, nome pelo qual ficaram conhecidos os confrontos iniciados entre a facção do oposicionista Leão Leda, juntamente com os irmãos Moreira, de um lado, e a facção do situacionista Jeferson Nunes, de outro, depois continuados por insistência das tropas legalistas estaduais, que praticou “desmandos, violências, arbitrariedades e vinditas”, no dizer de Mário Meireles em sua História do Maranhão. No Rio de Janeiro, enquanto articula a publicação de seus escritos, faz, em 28 de novembro e 24 de dezembro de 2001, as duas conferências diante da Sociedade de Geografia, referidas no início deste discurso. Os títulos das duas conferências, publicadas no tomo XVI da Revista da Sociedade (ano de 1903) – A Amazônia: do Tartarugal ao Gurupi e A Amazônia: do Gurupi ao Balsas – não fazem jus ao extenso conteúdo dos estudos, pois não somente da região por aqueles delimitada tratam estes. As passagens a seguir citadas,


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pinçadas da parte sobre a baixada e o centro-norte maranhenses, foram, para mim, de leitura emocionante: “Durante as inundações, os campos são um mar semeado de ilhas – os tesos; no verão, savanas”; “É tão ligeira a ação das cheias que, para a figurar, só teria a hiperbólica imagem desta expressão: os espaços anoitecem vazios e amanhecem cheios”; “No verão, quando está muito seco, são belos aqueles campos do baixo Pindaré e Mearim”; “Esta imensa mata constituiu e ainda constitui dificuldade quase insuperável à freqüência de relações, contato, ligação da população do planalto com a da parte marítima. (...) Esta dificuldade natural deu causa a não ser a mesma a história do povoamento da parte marítima e a da central”. E, em conclusão, adverte para o grande problema que somente com a marcha para o oeste e a ocupação da Amazônia começaria a ser resolvido, fazendo, finalmente, a pergunta que apenas a partir do governo de Juscelino Kubitschek, já no início da segunda metade do século, seria respondida: “O desconhecimento dos grandes espaços contidos na imensa extensão do território que ainda hoje não pude descrever e do que neles há, é a prova de uma falta de coesão nacional. (...) Sentireis a dureza dessa verdade e compreendereis melhor o interesse da ligação interna, problema de cuja solução depende a nossa grandeza. Em três séculos, trezentos longos anos, os romanos, se encontrando todos os dias, perguntavam uns aos outros pela ruína de Cartago. Nós, em cujas veias dizem que correm ainda algumas gotas de sangue Greco-latino, devemos, com aquela insistência, perguntar quando faremos a obra da nossa unificação.” Logo no início de 1902, o Jornal do Brasil estava publicando o já aguardado libelo de Parsondas de Carvalho contra as sangreiras praticadas no sertão maranhense, temido pelos políticos nelas implicados, libelo materializado em uma série de artigos sob o título geral de O Grajaú: últimos acontecimentos do Estado do Maranhão no Século XIX. No Maranhão, de 20 de janeiro de 1902 a 2 de fevereiro de 1903, o jornal A Pacotilha, de São Luís, também publicava a série, contendo de início esta advertência parsondiana: “Sem um exame do passado, ninguém compreenderá bem o enredo daquele drama sangrento, cuja representação cobriu de ossos humanos o vasto sertão do Maranhão.


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É para fazê-lo que convido o leitor a acompanhar-me à velha Vila da Chapada, onde reconstituindo a antiga sociedade, lha apresentarei. Impulsionado pelas paixões de seu tempo, vê-la-á movimentar-se, ou penetrando no Dédalo de seus mistérios, devassará seus segredos.” Nessa série de artigos, reunidos por Sálvio Dino sob o título de A Guerra do Leda e publicados no seu livro Parsondas de Carvalho: um novo olhar sobre o Sertão, o ilustre sertanista do passado apresenta sua obra mais importante, dentre aquelas que lhe são oficialmente reconhecidas. Ao pintar um retrato do sertão e particularmente de Grajaú, consegue, em resumo, traduzir o miserável estado de coisas reinante, o qual denunciava: “Antes de apresentar o quadro dantesco, lúgubre, onde os estertores da agonia dos que morrem e os gritos de dor dos que são sangrados se confundem com o choro das crianças e as súplicas das mulheres, onde Nicolau, o desertor, se deleita nas violências contra meninas de nove anos, o soldado da polícia corta, para não correr de outra vez, o jarrete das donzelas que tentaram fugir à lúbrica orgia, e Raimundo Ema, o juiz, caça com cães os esconderijos dos que se asilam nos matos, vou conduzir o leitor ao sertão onde todas estas cenas se passaram alumiadas pelo rubro clarão do incêndio das casas.” “Das cidades e vilas do Maranhão é, talvez, o Grajaú a em que mais acentuadamente se fez sentir a decadência moral característica geral do Maranhão, nestes últimos tempos. Pouco importa que materialmente se lhe possa assinalar algum progresso. Este nada pode influir nos costumes sociais. Tempo houve em que se dava nas escolas no interior uma instrução primária completa por professores que, além do que eram obrigados, gratuitamente ensinavam a alunos mais aproveitáveis matérias de curso secundário, como história, geografia e francês. (...) Nesse tempo havia gosto pela leitura, e o Grajaú possuía uma sociedade culta, civilizada, incapaz de consentir os horrores que Nicolau vai praticar. Militão, Manuel Mariano e outros amavam os livros, tinham-nos em grande quantidade e deles tiravam assuntos para uma conversação erudita. (...) Na atualidade, os diretores do espírito público no Grajaú não possuem, não querem, não têm livros; a conversação não tira assunto senão das intrigas locais e o ensino tem por professores pessoas às quais o partidarismo remunera os seus serviços políticos com o cargo para o qual não possuem a mínima habilitação. E a sociedade desceu, caiu, na altura das teorias de Pedro Mecena. Um meio assim degradado só pode produzir Raimundo Ema.”


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Citado um certo Nicolau, logo diremos de quem se trata. Quanto a Pedro Mecena, era um comandante de tropa que confiscava os bens dos inimigos e os punha à disposição de quem quisesse; Raimundo Ema é até hoje citado como o feroz parceiro de carnificina de Nicolau. O saudoso padre Clodomir Brandt e Silva, na série de estudos que publicou sobre famílias do Baixo Mearim, intitulada Famílias Ararienses, esclarece no opúsculo sobre a família Rodrigues Chaves quem foi o tal Nicolau citado por Parsondas: Nicolau Antonio Fernandes Pereira Brito, ou Nicolau Brito, também conhecido como Nicolau Brabo, era bisneto de Nicolau Antonio Rodrigues Chaves, o fundador do clã Rodrigues Chaves mearinense (em cuja árvore genealógica também me encontro); era soldado desertor da força militar do Estado e praticou as piores atrocidades na Guerra do Leda, “chegando ao cúmulo de atirar crianças para o ar e, com triste e brutal sadismo, apará-las na ponta do facão”. Ao retrato moral de Nicolau Brito acrescenta Parsondas também um retrato físico, de forma que ficamos sabendo tratar-se de um desertor motivado por suborno, cuja perversidade “tem sido aproveitada em porção de assassinatos, rodeados de circunstâncias infames como a traição ou notáveis por crueldades pouco vulgares”; e mais, agora com matizes um tanto humorísticos, embora destacando o esquisito ou extravagante detectado no facínora: “Nicolau é alvo, desbotado ou, mais verdadeiramente, um alvo amarelento como a cor da cera branca, estatura mediana, magro, cabelos corredios, dentes finos, olhos amarelados. Tem uma comprida verruga dentro do nariz, cuja ponta fica de fora. A presença desse corpo dentro da venta produz, quando respira, um silvo parecido com o da cascavel. Não é feio, é sinistro.” Conclui Parsondas sua magnífica e prolongada série de artigos com estas palavras: “Só a força tem ditado leis. 7 de abril de 1831 e 15 de novembro de 1889 foram exclusivamente obra sua. Obra da força, os governos estaduais não podem cogitar senão nos meios de dominar pela força, e o governo central, fiel à sua origem, está bem no seu papel de surdo aos clamores do povo. Por sua parte, este, assim educado, não pode pensar em um regime melhor. A fazer só temos de registrar os fatos do presente para admiração das gerações futuras. É o que fiz.” Consta que, sem demora, determinações superiores puseram fim às carnificinas no sertão maranhense...


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Em 1905, nosso homenageado passou a residir em Imperatriz, onde se fez advogado provisionado. Ali, em 1911, enfrentou o processo-crime por desacato a que citamos anteriormente, motivado por desentendimentos entre ele, o juiz municipal e o promotor público acerca de um processo de inventário. Segundo a tradição oral, o promotor teria taxado nosso causídico de “reles amansador de égua braba”, desconhecedor do Direito, mas ele retrucou, qualificando o membro do Ministério Público de mentiroso e fraudador, altercação que, por pouco, não evoluiu para vias de fato. Daí ao processo e à condenação foi um passo. Parsondas foi condenado a cumprir 5 meses e 15 dias de prisão celular, não executada porque ele obteve um habeas-corpus do Superior Tribunal de Justiça do Maranhão. Em 1919, a tipografia de A Pacotilha deu a lume duas conferências do grande sertanista, intituladas A Sílvio Romero e Democracia. A primeira fora proferida no Centro Republicano Português quando de sua recepção como sócio honorário da entidade, logo depois do final da I Guerra Mundial, abordando o tema da guerra e a beleza dos sertões; a segunda, no Centro Artístico e Operário de São Luís, quando homenageado pelos seus ideais pacifistas e socialistas, desde 1893, quando do episódio envolvendo o jornal Tribuna Operária, do Pará. Nesta ocasião, preconizou a democracia social: “um máximo de individualismo sabendo fazer concessões ao interesse geral da coletividade”, precedido, como condição sine qua non, da “igualdade social” e da “igualdade de capacidade para discernir”, isto é, da instrução geral, do preparo intelectual de todos. Essas conferências são apenas duas das várias que proferiu e o tornaram reconhecido nos meios intelectuais maranhenses, cujos textos se acham perdidos até hoje. Ainda em 1919, pleiteou ao Governador do Estado e à Assembléia Legislativa a publicação, em livro, de suas obras históricas sobre o sertão, como registra o historiador Mílson Coutinho em O Poder Legislativo no Maranhão: 1830-1930, do que também dá fé o Diário Oficial do Estado, em sua edição de 6 de março. A Pacotilha, pouco depois, em 28 de abril, noticiava, segundo pesquisa de Sálvio Dino: “Seguindo hoje para o Rio de Janeiro, veio trazer-nos as suas despedidas o nosso confrade e ilustre historiador conterrâneo Parsondas de Carvalho, a quem se deseja os votos de uma boa viagem”. Daí em diante o nome de Parsondas de Carvalho não aparece mais associado a nenhuma publicação conhecida. Todavia, em 1924, foi publicada no Rio de


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Janeiro a magnífica obra O Sertão: subsídios para a história e a geografia do Brasil, de autoria atribuída à irmã dele, Carlota Carvalho, em cuja terceira parte, intitulada “Do Maranhão ao Rio de Janeiro: notas de viagem”, lê-se: “Ao cair da tarde de 28 de abril de 1919 embarquei no paquete ‘Acre’ com destino ao Rio de Janeiro. O vapor viajou de noite e eu não pude dizer ‘adeus’ à formosa Javiré porque dormia em meu camarote, o de número 20. De manhã cedo, apressada pelo desejo de ver mais uma vez a ‘terra em que ninguém conhece o frio e as árvores são sempre verdes’, levantei-me, saí do camarote, subi a escada que conduz ao convés e fui debruçar-me na amurada de estibordo. (...) Senti perder a esperança de tornar a ver os campos em que assentam serras altaneiras e deslizam rios e interroguei a mim mesmo: o que há no mundo tão bom e belo como o território entre o Parnaíba e o Araguaia?” Opa! A autora embarcou em São Luís para o Rio de Janeiro em 28 de abril de 1919?! Mas não foi seu irmão Parsondas quem viajou com aquele destino e naquela data, como registrara A Pacotilha?! Ela se levantou apressada na manhã seguinte mas interrogou a si mesmo sobre o que há de bom e belo no mundo?! Como pôde D. Carlota referir-se a si mesma, a um só tempo, como mulher (apressada) e homem (si mesmo)?! Na verdade, diletos confrades e confreiras, e ilustre auditório, essa contradição é apenas um dos vestígios encontrados ao longo de O Sertão, deixados conscientemente ou por descuido, a atestar que essa obra foi escrita não por Carlota Carvalho, mas por nosso homenageado. Sálvio Dino aponta outros indícios da publicação alônima: - no capítulo XXII, Seção IV, da Segunda Parte (“Tartarugal: uma excursão dos professores de Bailique”), lê-se que a suposta autora, que teria sido nomeada professora em 1887, pelo Governo do Pará, para o Distrito de Bailique, na Comarca de Macapá, nomeação que dividiu com o irmão Emídio Olímpio de Carvalho, teria feito com este uma excursão aos campos do Tartarugal, rio que banha o Amapá, e à região dos lagos; e diz que, em determinado momento, quis beber da água de um riachinho, “certo de estar mais fria que a do pote”, como se fosse, portanto, um homem; - a suposta autora diz, na obra, ter contemplado o Canal do Inferno, a pavorosa Itaboca, sendo certo, porém, que o irmão, sim, o contemplara, quando residente em Boa Vista do Goiás e viajando para Belém, fato registrado por Joaquim de Almeida Leite Moraes,


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ex-presidente da Província de Goiás, sabendo-se, ainda, que era proibida a presença de mulheres nas embarcações em viagens perigosas; - a obra foi publicada graças à intervenção de intelectuais estranhos ao Maranhão, como fica claro logo na parte introdutória, em palavras da suposta autora, mas os principais intelectuais maranhenses radicados no Rio de Janeiro à época – Coelho Neto, Viriato Correia, Humberto de Campos e Dunshee de Abranches –, além dos ilustrados senadores Cunha Machado e Costa Rodrigues, não foram procurados para colaborar, quando é certo que poderiam ajudar, o que sugere ter o verdadeiro autor sentido vergonha de procurá-los, haja vista a evidente falta de talento da suposta autora, além da situação de mancebia incestuosa em que viviam na capital federal; e - é perfeita a simbiose entre O Sertão e as conferências A Amazônia: do Tartarugal ao Gurupi; e do Gurupi ao Balsas, e O Grajaú: últimos acontecimentos do Estado do Maranhão no Século XIX, estas oficialmente de autoria de Parsondas; e - em todo o corpo textual de O Sertão não há uma só referência a Parsondas de Carvalho, irmão da suposta autora, mas somente ao outro irmão, Emídio (omissão que se compreende quando se pensa na provável escrita do texto por ele mesmo – acrescento eu). Há, porém, mais vestígios, ilustrados confreiras e confrades, e nobre auditório, os quais, de minha parte, aponto agora: - o relato da excursão ao Tartarugal contém a descrição de cenas cuja participação feminina seria inconcebível para uma viagem de lazer nos anos 1880: viagem a cavalo, com guias e camaradas armados, em meio a quantidade de muriçocas “espantosa, insuportável, medonha”, dormindo em tendas, abrigando-se sob a copa de árvores, ali pernoitando ou à margem de riachos, sujeitando-se ao ataque de onças etc.; - tendo corrido o risco de ser atacada por uma onça em determinada paragem, durante a excursão, a suposta autora diz: “fomos em grupo, homens armados, ao lugar em que o caso tinha acontecido”, passagem, portanto, onde se revela, até de forma cômica, que ela, além de corajosa, seria um homem armado à procura de uma onça nos confins da Amazônia!...;


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- quando relata o ocorrido em sua primeira manhã a bordo do vapor que a conduzia ao Rio de Janeiro em 1919, a suposta autora diz que, após a nostalgia de que fora acometida: “Chamou-nos a campainha para a mesa do café. Descemos a escada.” – o que sugere que o escritor da obra não embarcara só; estariam, portanto, os dois irmãos, Parsondas e Carlota, a caminho da capital federal; e - a semelhança na descrição da Geografia e na interpretação da História é muito grande entre o conteúdo de O Sertão, atribuído a Carlota Carvalho, e as obras sabidamente de seu irmão Parsondas. Em que pese a cabal demonstração, evidente desde sua publicação, de que O Sertão não foi escrito por Carlota Carvalho, até hoje alguns resistem à aceitação dessa verdade, o que, afinal, é compreensível, porquanto o próprio autor, por motivos concretamente ignorados, renunciou a essa condição e morreu, em 26 de julho de 1926, sem ter, ao que se saiba, dado sinais de arrependimento. Morreu no lugar denominado Regalo, hoje no interior do Município de Montes Altos, então de Imperatriz, retornando de uma viagem a negócios na região, acometido de impaludismo. O Sertão, obra de fôlego, resultado final de longos anos de observações e reflexões pelo Maranhão adentro e pelo Brasil afora, diz mais do que sugere o título. Tal como A Amazônia: do Tartarugal ao Gurupi; e do Gurupi ao Balsas, traça um panorama, na verdade, das regiões em que Parsondas de Carvalho cavalgou, nas quais singrou e palmilhou – no caso do Maranhão, do sertão à Capital, passando pela Baixada Maranhense, da qual ele destaca as cidades de Arari e Vitória do Mearim, terra esta onde nasceu o pai da nossa presidenta do IHGM, professora Eneida Vieira Silva Ostria de Canedo, o virtuoso desembargador Luiz Cortez Vieira da Silva, e também minha terra, para cuja beleza o sertanista teceu elogios, ele que tantas vezes a viu do leito do Rio Mearim. Não. Carlota Carvalho não é a autora de O Sertão. Sálvio Dino recolheu, ao longo de anos, relatos perenizados pela memória oral no sertão, e até depoimentos de pessoas que a conheceram e conheceram seu irmão Parsondas, todos reconhecendo a bisonhice daquela e a invulgar inteligência deste, fazendeiro, comerciante e político, poeta repentista e boêmio, transmutado em autodidata refinadíssimo, geógrafo e historiador, jornalista e advogado,


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conferencista e poliglota, e ainda filósofo e contista, pois autor de duas obras cujos inéditos nunca foram localizadas – Estudos Filosóficos e Fatos e Contos. Conta-se que, viajor despreocupado com a aparência, Parsondas certa vez pernoitou no rancho de um sertanejo, onde já havia chegado um casal de naturalistas estrangeiros. Os forasteiros teriam zombado dele, vendo-o em trapos, chapéu de couro encimando a triste figura, barbudo, calado, qual um vaqueiro, solitário no seu canto. Ignorando-o, o casal, altas horas da noite, sem preocupar-se com o suposto ignaro, caiu na tentação da carne dentro da rede de dormir, sem poupar-se de carícias, gemidos e murmúrios picantes no idioma de sua pátria. No dia seguinte, no “quebra-jejum de carne de capivara, beiju e cuscuz”, todos acercam-se da mesa e é quando o comensal maltrapilho cumprimenta o casal estrangeiro na língua deles, puxando conversa em bom francês e deixando-o completamente envergonhado, não somente pela zombaria feita, mas também pela certeza de que a conversa apimentada da noite anterior, no calor do acasalamento, fora toda entendida por aquele andarilho... Estranha que o idealizador-mor do IHGM, seu secretário perpétuo Antonio Lopes, ao fazer o necrológio de Parsondas de Carvalho, publicado na Revista Número 1 do Sodalício, em 1926, embora reconhecendo-lhe os muitos méritos, sócio correspondente da Academia Maranhense de Letras que era – razão de ter a Casa cerrado as portas, em sinal de pesar, ao receber a notícia do falecimento –, não lhe tenha atribuído a autoria da obra-síntese de sua vida, pois chega a dizer que “telegrafou à Sra. Carlota Carvalho, a autora do ‘Sertão’, irmã do morto”. Na mesma publicação, registra o nome de Carlota como sócia efetiva do IHGM, não incluindo seu irmão como membro da entidade. Em 1946, comemorando, em discurso, a maioridade do Instituto, que atingira 21 anos de existência, sustenta que, ausente de São Luís quando de sua fundação, em 1925, Carlota Carvalho, entre outros, apoiou calorosamente a idéia, por isso, juntamente com esses, era considerada sócia fundadora. O genial vianense não morreria, entretanto, sem se dar conta do equívoco em que incorrera: ao fazer a atualização dos verbetes do Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão, obra de César Marques que veio a lume em 1870 e que ele, Antonio Lopes, sonhou reeditar ainda no final dos anos 1940, não cita Carlota Carvalho nenhuma vez, citando, em compensação, Parsondas de Carvalho por uma dúzia de vezes, e sempre como autor de O Sertão, o que revela a reedição atualizada, finalmente publicada em 2008,


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primorosamente feita sob a direção, e também com valiosas contribuições, de Jomar Moraes. O certo é que, hoje, nas publicações do IHGM, Carlota Carvalho não figura como exocupante ou patrona de nenhuma cadeira deste silogeu. Parsondas, ao contrário, figura como o primeiro ocupante da Cadeira 12 – o que indica tenha sido ele, sim, posteriormente, considerado um dos fundadores da Casa, ausente de São Luís na ocasião, mas apoiador da iniciativa; e é o patrono da Cadeira 58, na qual hoje tomo posse, razão de ser deste elogio ao dito sertanista. As iniciativas para retificação do grande equívoco histórico-literário continuaram. Em 1955, publicado o Panorama da Literatura Maranhense, de Mário Meireles, via-se que este grande historiador, além de apontar Parsondas de Carvalho como o fundador da Cadeira 12 deste Instituto, registrara que “muitos lhe atribuem a autoria de ‘O Sertão’, publicado sob a responsabilidade de sua irmã Carlota Carvalho”; em 1979, o historiador sertanejo Eloy Coelho Netto, que então abrilhantava este sodalício como sócio, publicou sua História do Sul do Maranhão, na qual atribui a Parsondas co-autoria com a irmã na obra O Sertão; e em 2007, finalmente, ganhou publicidade a obra preparada ao longo de anos por Sálvio Dino, categoricamente elucidativa sobre a matéria. O tema desperta, todavia, polêmicas apaixonantes: conta-se ainda, de um lado, também contestando a autoria de Carlota Carvalho, Luiz Gomez Palacín (historiador de Goiás), Amaral Raposo (jornalista grajauense) e Raimundo Viana Guará (memorialista); do outro, afirmando-a, o historiador João Renôr Ferreira de Carvalho e o jornalista e cronista Waldir Braga, ocupante da cadeira patroneada por ela na Academia Imperatrizense de Letras. Mas, há 15 anos, Augusto de Oliveira Milhomem registrou em suas memórias Abrindo Caminhos, a experiência decepcionante que tivera em criança, no início dos anos 1930, juntamente com os irmãos, como alunos da professora Carlota Carvalho, contratada pelo seu pai para lecionar aos pequenos da Fazenda Campo Alegre, no interior do atual Município de Montes Altos: advertida de que o utensílio empregado para molhar as plantas é regador, e não regrador, como pronunciava a ilustre “escritora”, esta teria bradado – “Regrador, sim, porque serve para molhar as plantas ... com regra...”; o recibo passado por ela, ao final do contrato, precisou ser-lhe devolvido pelo contratante várias vezes para correção de erros graves na grafia numérica e literal, até que alguém a ajudasse a desincumbir-se da tarefa. Essa exigência, aparentemente excessiva, parece que o contratante


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a fazia já enraivecido com a situação, como todos os adultos no local, pois alguém já teria dito à lente, algum tempo antes, quando esta informara sobre o bom desempenho de um dos alunos em Português – “Muito me admiro, Professora, pois acho que a Senhora, a mestra, ainda não está preparada em Português!”. Essa notícia sobre Carlota Carvalho, ainda viva no início dos anos 1930, é a última que se tem dela. Não se sabe quando, como e onde morreu, da mesma forma que talvez nunca se saiba por que cargas d’água, sem lhe ter sido dada a autoria de nenhum outro escrito durante toda a vida, passou à história justamente como autora da maior obra já publicada sobre o sertão maranhense. As considerações e notícias sobre a verdadeira autoria de O Sertão não foram suficientes, entretanto, para evitar que a professora e crítica literária Nelly Novaes Coelho fizesse constar de seu Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras, publicado em 2002, que Carlota Carvalho era uma mulher culta e poliglota... A obra publicada de João Parsondas de Carvalho não é vasta nem poderia ser porque, segundo Sálvio Dino, seu espírito irrequieto de andarilho não lhe permitiu fixar-se para produzir mais. Antonio Lopes asseverou, definitivo, no necrológio já citado: “Foi um dos mais infatigáveis sertanistas do Norte. Viveu sonhando com estradas de ferro para o sertão, navegação para os rios sertanejos e outros melhoramentos para aquelas regiões. De tempos em tempos, deixava os rincões natais e corria ao Amazonas, ao Rio, a S. Paulo, mas voltava sempre, e pelos caminhos mais árduos e imprevistos, às vezes, preso às miragens do seu entusiasmo pela terra de seu berço. Reproduziu no seu viver a existência ambulante dos tropeiros, boiadeiros, e canoeiros do sertão. A sua vida, pelo constante peregrinar, pela incessante oscilação da sua atividade da pecuária para a lavoura, desta para o comércio, para as indústrias extrativas do hinterland, para a imprensa e a política no interior do Maranhão ou nos grandes centros do país, para as empresas de construção ferroviária e outras com que sonhou, é um episódio do nomadismo histórico de uma raça.” Parsondas de Carvalho é patrono da Cadeira 2 da Academia Imperatrizense de Letras, ocupada por Sálvio Dino, e dá nome a vias e prédios públicos: no Maranhão, em Carolina, Grajaú, Imperatriz, João Lisboa, Montes Altos, Porto Franco, Riachão, Sítio Novo e Primeira Cruz; no Tocantins, em Tocantinópolis; e no Pará, em Marabá.


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Chegando ao final desta oração, diletos confrades e confreiras, senhoras e senhores, quero destacar a importância deste evento para mim, principalmente porque se dá em uma data que, por força estatutária, é festiva para o IHGM: 28 de julho, dia da Adesão do Maranhão à Independência do Brasil, ocorrida em 1823, efeméride que, infelizmente, não tem merecido dos poderes públicos a devida consideração, a ponto de, por ato administrativo, anteciparem ou adiarem o feriado instituído legal e sucessivamente desde 1835, anulando a importância da data de comemoração cívica. Agradeço a gentil lembrança do meu confrade José Fernandes ao indicar meu nome para integrar esta casa de ciência e cultura, assim como a deferência de seus pares, agora também meus confrades e confreiras, ao aprovar a indicação que fez de mim, nos 85 anos de existência desta Casa de Antonio Lopes, o quinto filho do Baixo Mearim a ter seu nome associado à Instituição, precedido de José Silvestre Fernandes, de Luiz Cortez Vieira da Silva, do próprio José Fernandes e de João Francisco Batalha; e que também me tornou mais um membro do Ministério Público do Estado do Maranhão a ter seu nome inscrito nos quadros do IHGM, precedido das nobilíssimas inscrições, por exemplo, de Cândido Mendes de Almeida, Celso Magalhães (este, o patrono do Parquet maranhense), de Amandino Teixeira Nunes, Aderson de Carvalho Lago, José de Ribamar Seguins, Ilzé Vieira de Melo Cordeiro, Paulo Oliveira e Elimar Figueiredo de Almeida Silva. Concluindo mesmo, peço licença para um devaneio – imagem que construí enquanto preparava este discurso e que espero fique na mente de todos como um retrato fiel que, há tanto tempo esmaecido, a imaginação ainda hoje pode reconstituir. Recuo no tempo a quase um século, a uma centúria, a mais de cem anos atrás, e vejo, ao cair da tarde ou a horas mortas, o mameluco mal vestido e fisicamente descuidado, andarilho com aparência de vaqueiro errante, segurando pelas rédeas o cavalo, fustigado pelo peso de malas cheias de livros e manuscritos, pedindo abrigo na casa do primeiro sertanejo que encontra, o qual, concedido, se transforma em mais oportunidade para ensinar e para aprender. Eis a figura rematada do imortal – intelectual e sertanejo – João Parsondas de Carvalho. Muito obrigado.


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POLÍTICA NACIONAL DE FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Telma Bonifacio dos Santos Reinaldo

No Brasil desde os anos 1980 tem se desenvolvido uma serie de mudanças paradigmáticas no campo educacional com vistas a compreensão dos problemas detectados a partir de mecanismos de aferição da situação educacional no pais no que tange as formas de ensinar e aprender. Para tanto o governo federal através do seu órgão competente – o Ministério de Educação e Cultura (MEC), e suas instancias executoras elaboraram e aprovaram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9394/96, O Plano Nacional de Educação para uma década (1997/2007), os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s (1999), e as Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN’s,(2000) objetivando orientar e acompanhar as políticas educacionais nos estados e municípios brasileiros, que necessariamente tiveram autonomia suficiente para elaborarem suas Propostas Curriculares Estaduais e Municipais a luz das orientações advindas do MEC. O momento histórico vivido pela educação brasileira pode não ser ainda o ideal para uma sociedade que se diz democrática, no entanto é mister perceber que desde nossas origens jesuíticas passando pela visão positivista de educação no final do período imperial e inicio do republicano é a que melhor nos foi delegada para avançarmos na perspectiva de uma sociedade verdadeiramente democrática, como nos aponta Nelson Rodrigues: Uma tragédia assim não se improvisa: é obra de séculos! (Nelson Rodrigues) Tal reflexão exige que nos ancoremos na analise do que seja esse conjunto documental que entendemos seja o referencial para a compreensão da educação no país e por decorrência a formação de professores para atuarem na Educação Básica. Dessa forma nos esforçamos não só para detectar os mecanismos em que se alojam os continuísmos, mesmo com uma roupagem reformista, mas que tem mutilado nossa autonomia institucional e profissional, mostrando-nos que precisamos transcender o circuito da denuncia para nos alocarmos na analise e criticidade da legislação que dá suporte a educação nacional. Assim em meio a estas expectativas percebemos o quanto precisamos nos ater no entendimento da legislação educacional brasileira para alcançarmos a legitimação social.


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Claro que a construção desses documentos foi fruto da interlocução dos legisladores e das associações sindicais que representam trabalhadores e profissionais da educação, no entanto numa sociedade percentualmente não escolarizada isto é pouco para alimentar a idéia de participação coletiva e popular no que tange a participação nas audiências publicas puxadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Tais audiências não permitiram que se instalasse de fato um debate entre conselheiros e entidades representadas levando a mais uma vez legitimar a escola e os professores como meros campos de aplicação de tais dispositivos ou expectadores do processo, segundo Linhares (2001) esse documentos são sedutores num esforço de envolver professores e alunos com promessas de autonomia, qualificação profissional e ascensão social e financeira, verdadeiras armadilhas vinculadas a democratização da escola. Com a aprovação da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o dia 20/12/96 assinala um momento de transição significativo para a educação brasileira. Nessa data, completados 35 anos, revogou-se a 1ª LDB com as alterações havidas no período, entrando em vigor nossa 2ª LDB. O Chefe do Poder Executivo sancionou a Lei 9.394/96, denominando-a “Lei Darcy Ribeiro” e, com este ato, dividiu, formalmente, a conhecida história da Nova LDB: num primeiro momento, caracterizado por amplos debates entre as partes (Câmara Federal, Governo, partidos políticos, associações educacionais, educadores, empresários etc.) e outro, atrelado à orientação da política educacional governamental e assumido pelo professor homenageado. Na disputa entre o coletivo e o individual, entre a esfera pública e a esfera privada, entre os representantes da população e os representantes do governo, está vencendo a política neoliberal24 dominante não só na dimensão global, mas também com pretensões de chegar a conduzir o trabalho pedagógico na sala de aula na busca da qualidade (total), no sentido de formar cidadãos eficientes, competitivos, líderes, produtivos, rentáveis, numa máquina, quando pública, racionalizada. Este cidadão – anuncia-se – terá empregabilidade e, igualmente, será um consumidor consciente. A lei foi produzida, existe. Enquanto lei resta-nos identificar, compreender e avaliar a intencionalidade de suas propostas, para a adoção das posturas pertinentes. No entanto, não podemos desconsiderar o teor destes textos legais e sua importância na construção identitaria do professor, na medida em que este é o responsável

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Política Neoliberal: reestruturação do Estado na direção de um Estado mínimo, mediante privatização, desregulamentação, flexibilização, terceirização e globalização da economia. Seriam da responsabilidade do Estado – a menor possível – a saúde, a educação, a distribuição da justiça e segurança, por exemplo.


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pela sua implementação na sala de aula “locus” da relação ensino-aprendizagem. Entendemos que as condições estruturais da nossa formação pedagógica deixa a desejar no que tange a compreensão das Diretrizes Curriculares Nacionais, nucleadas por noções como as de competências e reflexividade, as quais ainda não estão devidamente incorporadas em nosso imaginário coletivo para que sejam tratadas como artefatos de aprendizagem. Na ausência da compreensão de teor da lei nos negamos a uma leitura atenta e criteriosa da mesma, delegando esse percurso aos legisladores desse labirinto legal, que de acordo com Saviani (1990), “em alguns aspectos provoca conseqüências positivas; em outros, conseqüências negativas”. Para analisar a legislação sobre a formação de professores e o processo político com o qual esta se relaciona, precisamos circunscrever fronteiras que delimitam a produção dos mesmos, assim tomamos como referencial a LDB 9394/96 e as seguintes resoluções e pareceres do CNE/CP e decretos: 1 A Resolução do CNE nº2/97 – que trata sobre Programas Especiais de Formação Pedagógica de docentes para as disciplinas do currículo do ensino fundamental, do ensino médio e da educação profissional em nível médio. 2 A Resolução do CNE nº1/02 – institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores d Educação Básica, em nível superior, em cursos de licenciatura, de graduação plena. 3 A Resolução do CNE nº2/02 – que institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. 4O Parecer do CNE/CP nº 9/01 – define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, em cursos de licenciatura, de graduação plena 5O Parecer do CNE/CP nº 27/01 – que dá nova redação ao item 3.6 do Parecer do CNE/CP nº 9/01 que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, em cursos de licenciatura, de graduação plena 6O Parecer do CNE/CP nº 28/01 - que estabelece a duração e a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica em nível superior em cursos de Licenciatura de graduação plena, As Resoluções do CNE/CP nº 1/02 e nº2/02, ambas referentes as diretrizes para a formação de professores para a educação básica em nível superior (licenciaturas), expressam elementos importantes da concepção oficial de formação de professores


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Formar professores na universidade implica um projeto específico e partilhado por todos os docentes da licenciatura (não apenas os pedagogos). Implica envolver escolas, professores e a sociedade nesse processo de formação. Precisamos reconhecer que professores são intelectuais, profissionais sujeitos de seu próprio trabalho, protagonistas da prática pedagógica, portanto competentes para analisarem a realidade e recriarem alternativas de ação político-pedagógica. Mas é decisivo que eles disponham dos fundamentos para essa reflexão, que eles se apropriem das análises e interpretações construídas pelos investigadores sobre o universo social e a escola brasileira. É central que essa reflexão implique o compromisso desse professor com a transformação da sociedade injusta de que ele e seus alunos fazem parte, construindo mecanismos para se contrapor a essa escola excludente e autoritária. Mecanismos que precisam incluir também a quebra do isolamento e alheamento profissional dos professores e dos docentes universitários e sua partilha consciente com a construção de uma prática pedagógica democrática e comprometida com o conhecimento historicamente acumulado e valorizado pela humanidade. Ao tentar analisar as difíceis questões com que temos nos defrontado e problematizá-las gostaria de provocar uma reflexão no sentido de que talvez tenhamos sido ou estejamos sendo enganados. Talvez não passem de meras ciladas! Ciladas são meios ardilosos, são estratégias astutas para iludir. Nesse sentido, indiscutivelmente a melhor forma de evitar armadilhas é descobrir porque elas existem. Só assim podemos buscar instrumentos para enfrentá-las ou desarmá-las. Não tenho dúvidas em afirmar que o melhor mecanismo para desarmar essas ciladas é a defesa da profissionalização dos professores, mediante a construção de cursos de licenciatura que igualmente valorizem o domínio de conhecimento e a formação didáticopedagógica dos professores, sob pena de perpetuarmos demandas de formação continuada para preencher lacunas de uma formação inicial insuficiente e precárizada em todas as áreas de conhecimento. Na disciplina Pratica de Ensino, que lecionamos nossos alunos ao serem questionados sobre as novas abordagens do ensino para a formação de professores mais críticos e reflexivos assim nos responderam: ‘temos hoje mudanças substanciais nas nossas práticas quando somos motivados a ler a legislação oficial, analisá-las e fazermos o contraponto com a realidade social: “ ... vejo uma mudança não muito grande;” ...sinto que mudei na forma de encarar o papel do professor, só não consigo ainda compreender as


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aulas com as novidades que estou tendo oportunidades de aprender;” “. ... “Hoje “reflito mais sobre o que estou fazendo, por isto tenho certeza que a minha prática vai mudar;” “ .... “Tenho assistido aulas mais interessantes de algumas matérias, como História, mas das outras disciplinas não sei dizer como estão;” “... o curso vem me possibilitando conhecer melhor os textos legais, mas, na minha prática, eu continuo ainda com várias dúvidas.” Segundo FREIRE (1996, 144) o discurso ideológico da globalização procura disfarçar que ela vem robustecendo a riqueza de uns poucos e verticalizando a pobreza e a miséria de milhões. O sistema capitalista alcança no neoliberalismo globalizante o máximo de eficácia de sua malvadez intrínseca. Para a ANFOPE25 ( 1998 ), a atual política educacional orienta-se por princípios mais gerais da proposta neoliberal do atual governo federal, dentre as quais apresentamos os seguintes: - Adoção de um novo conceito de público, desvinculado de estatal e gratuito,com transferência da responsabilidade para a sociedade civil, através de parcerias com empresários e “comunidade”, para financiamento e gestão da educação; - Adoção de medidas de combate à repetência, no ensino fundamental, com programas questionáveis como os de “aceleração de aprendizagem” ou “aprendizagem automática”; - Programas de difusão da leitura, através de avaliação e da tradicional distribuição de livros didáticos, baseados nos Parâmetros Curriculares Nacionais; - Controle de qualidade das escolas e universidades, através da avaliação – SAEB e “provão”, sempre na ideologia empresarial do controle da qualidade pelo controle do produto; - Reformas dos conteúdos curriculares com a adoção dos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs visando à avaliação dos resultados, e não do processo educativo; - Mudanças nas formas de gestão e financiamento da educação, através de mecanismos de descentralização controlada pelo poder público em nível federal, estadual e municipal; 25

Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação conforme Documentos de 1992, 1994,1996. Ao longo desses anos o movimento tem denunciado estas políticas e vê, hoje, muitas de suas previsões,infelizmente, serem confirmadas.


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- Ênfase na formação de professores com a popularização de cursos rápidos para docentes, as Licenciaturas Breves, que trazem de volta o grave perigo do aligeiramento da formação docente em cursos de caráter pós-secundário ou pós-médio.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica é calculado com base nos dados de aprovação, reprovação e abandono nas redes de ensino de estados e municípios e nas escolas, medidos pelo Censo Escolar do MEC. Ele leva em consideração, também, o desempenho dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e na Prova Brasil, exames aplicados em todo o país pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O índice tem, entre outras funções, o objetivo de servir como referência para a destinação de recursos federais na área de Educação. A primeira edição do Ideb foi divulgada em 2006. Com base no Ideb, foi possível estipular metas de melhoria na qualidade do sistema de

ensino.

FONTE:http://revistaescola.abril.com.br/online/reportagem/repsemanal_282734.shtml

Ilustração 1 RESULTADO DO IDEB DIMINUI AS DESIGUALDADES REGIONAIS Publicado na Folha de S.Paulo Fruto dessa realidade é que o governo federal acena com o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica Formação Inicial – PARFOR, objetivando criar mecanismos de minimizar o fracasso escolar na educação básica, resultante de anos de abandono a uma problemática que certamente contribuirá para um futuro mais promissor ou mais indigno da sociedade brasileira.


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Se os dados do Censo de 2000 mostram que 47,3% dos professores do ensino fundamental têm nível superior, 52,7 % ainda precisam atingir esse patamar de formação certamente que o as instituição formadoras têm desenvolvido estratégias distintas no enfrentamento da questão, fazendo estudos e balanços paralelamente ao desenvolvimento dos programas para em momentos como esse, propor novas metodologias para dar continuidade aos programas de formação de professores .

Daí a relevância dos Programa de Qualificação de Docentes criado e mantidos pelo Governo Federal com objetivo de construir alternativas, apresentar propostas de formação e profissionalização de professores, para que tenham acesso não apenas ao diploma, mas ao domínio do conhecimento científico e prático da realidade em seu entorno, numa perspectiva crítica, criativa, participativa e digna. Para tanto cabe aos profissionais da educação reconhecer a importância de conhecer, analisar e tornar publica as criticas as políticas de formação de professores representada pela legislação que a legitima e buscar nos atores sociais desse segmento suas posturas a respeito de tal fenômeno. Para finalizar nos apropriamos do pensamento freiriano quando aponta para a confirmação da premissa de que a mudança profissional só ocorre a partir da mudança pessoal o que nos permite afirmar que para formar um profissional crítico, competente, reflexivo, em busca da qualidade do ensino, nada mais certo e lógico do que o professor perceber-se como a peça importante desse processo, reconhecendo sua responsabilidade nesta tarefa de reflexão para tanto algumas premissas precisam ser destacadas: que seus salários sejam dignos, que as condições de trabalhos sejam humanizadas, que os alunos sejam respeitados na sua diversidade, enfim que todos sejam tratados como brasileiros e portanto com direitos de oportunidades iguais. REFERÊNCIAS BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 1/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de abril de 2002a. Seção 1, p. 31. Republicada por ter saído com incorreção do original no D.O.U. de 4 de março de 2002. Seção 1, p. 8. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 2/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 4 de março de 2002b. Seção 1, p. 9.BRASIL. Lei nº 9394, de 20/12/1996.


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Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, ano CXXXIV, n.248, 23 dez.1996. p. 27833-27841. BRASIL. Parecer 09, de 08 de maio de 2001. Diretrizes curriculares para a formação inicial de professores da educação básica em cursos de nível superior. Disponível em<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/009.pdf>. Acesso em: 13 set. 2005. CARVALHO, L. M. C.; DIAS-DA-SILVA, M.H.G.F. PENTEADO,M.; TANURI, L. M.; LEITE, Y.F. e NARDI R. Pensando a licenciatura na UNESP. Nuances: estudos sobre educação, Presidente Prudente, ano 9, n.9/10, p. 211-232, 2003a. CARVALHO, L. M; CAVALARI, R. M. F.; CAMPOS, M. J. O. Educação ambiental e materiais impressos: o processo educativo e as práticas Pedagógicas. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 26., 2003, Poços de Caldas. Anais eletrônicos... Poços de Caldas, 2003b. v. 1, p. 1-18. Disponível em:< www.anped.org.br>. Acesso em: 23/02/2005. TEATINI, João Carlos (Diretor de Educação Básica Presencial DEB/CAPES) Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente – Maranhão - São Luiz - 02/08/2010 FULLAN, M.; HARGREAVES, A. A escola como organização aprendente. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000. FREIRE, Paulo.Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. KUENZER, A. Z. As políticas de formação: a construção da identidade do professor sobrante. Educação e Sociedade, Campinas, ano 20, n. 68,p. 163-183, 1999. LOURENCETTI, G. C. Mudanças sociais e reformas educacionais: repercussões no trabalho docente. 2004. 161f. Tese (Doutorado em Educação Escolar)-Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista,Araraquara, 2004. LUDKE, M. Avaliação institucional: formação de docentes para o ensino fundamental e médio (as licenciaturas). Cadernos CRUB, Brasília, v.1, n. 4, p. 05-96, 1994. MARIN, A. J. et al. Desenvolvimento profissional docente e transformações na escola. Pró-posições, Campinas, v. 11, n. 1, p. 14-25, 2000. MEC pode usar ensino à distância por falta de docentes. O Estado de São Paulo, São Paulo, 8 nov. 2004. Disponível em: <www.estadao.com.br/educando/noticias/2004/nov/08/156.htm.>. Acesso em: 23 fev. 2005. MENEZES, L. C. Formar professores: tarefa da universidade. In:CATANI, D. B. et al. Universidade, escola e formação de professores. São Paulo: Brasiliense, 1986. MORAES, M. C. M. Recuo da teoria. In: MORAES, M.C. M. (Org.) Iluminismo às avessas: produção de conhecimento e políticas de formação docente. Rio de Janeiro: DP & A, 2003.


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PARTIDO ‘CAPOEIRO’ EM SÃO VICENTE DE FERRER – 1868

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Cadeira 40, patroneada por Dunshee de Abranches Javier Rubiera Cuervo, presidente da “Agrupación Española de Capoeira Deportiva”

e,

também,

da

Federação

Internacional

de

Capoeira

(FICA

www.capoeira-fica.org), é um dos mais profícuos e respeitáveis pesquisadores da atualidade. Os surpreendentes resultados de suas pesquisas capoeirísticas já estão inspirando e fundamentando um número crescente de estudos que, por causa dele, começam a ser feitos aqui no Brasil. Estou incluído nesse grupo. Tanto assim que, constantemente, ele, em Astúrias, eu, no Maranhão, através do correio eletrônico, trocamos informações e debatemos, desassombrada e respeitosamente, alguns mitos desse cada vez mais fascinante fenômeno sócio-cultural e esportivo chamado Capoeira. No ano passsado, 2009, Javier convidou-me (quase um desafio) para escrever uma série de artigos sobre a ancestralidade da Capoeira. O que passei a fazer, modestamente, com o propósito de mostrar a riqueza e o grande potencial dessa garimpagem histórica. Ao receber, recentemente, preciosa descoberta de Javier, garimpada nos “Annaes do Parlamento Brasileiro" (ver a seguir) percebi logo a importância de disponibilizar para os capoeiras pesquisadores o texto em questão. Entendendo que seria recomendável, além da transcrição, tecer alguns comentários a respeito, o que tratei de fazê-lo em parceria com o autor da proeza, Senhor Javier Rubiera Cuervo. É o que vem a seguir: O TEXTO “ANNAES DO PARLAMENTO BRASILEIRO” da Câmara dos Deputados, primeiro anno da décima-quarta legislatura, sessão de 1869, Tomo 3, Rio de Janeiro, Typografia Imperial e Constitucional de J. Villeneuve & Co., 1869, p. 293-


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29526, referente à Sessão de 24 de julho de 1869, em que o Sr. Gomes de Castro27 esclarece os acontecimentos ocorridos no ano anterior, durante as eleições de Setembro, em resposta a pronunciamento – sessão de junho -, proferidas no Senado por representantes do Ceará e Piauí, referentes a acontecimentos nas províncias do Piauí e do Maranhão.

26

http://books.google.com/books?id=WyBXAAAAMAAJ&pg=PA293&dq=capoeiro&hl=es&ei=l0A4TLa1D4m6 jAfo3MWBBA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=8&ved=0CEkQ6AEwBzgy#v=onepage&q=capoeir o&f=false 27

Augusto Olímpio Gomes de Castro – nascido em 07/11/1836, em Alcântara - MA, era filho do Capitão Januário Daniel Gomes de Castro e Ana Francisca Alves de Castro; Falecimento: 31/1/1909. Histórico Acadêmico: fez o Secundário no Liceu do Maranhão; Direito - Faculdade de Direito; Cargos Públicos: Praticante da Tesouraria da Fazenda; Provedor da Casa da Misericórdia; Ministro da Marinha; Promotor Público (Alcântara); Exerceu as seguintes Profissões: Advogado; Magistrado; Jornalista. Mandatos: Deputado Provincial por dois mandatos: 1862 a 1863; 1876 a 1877; Deputado Geral por sete mandatos: 1867 a 1868; 1869 a 1872; 1872 a 1875; 1877 a 1877; 1882 a 1884; 1885 a 1885; 1886 a 1889; Presidente de Província - 1868 a 1869; 1870 a 1872; 1873 a 1875; Senador: 1894 a 1903; 1903 a 1909; Vice-governador - 1890 a 1890


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O Senador Pompeo referia-se a crimes horrendos acontecidos, afirmando não ser exclusividade de seu Estado, e que o mesmo, segundo noticias do Jornal do Comercio, acontecia também em outras Províncias, citando os acontecimentos do Maranhão e que a polícia não agia, estando a soldo das autoridades: “O fato acontecido em São Vicente de Ferrer 28 é realmente grave, foi uma batalha campal travada entre os diversos grupos que dividem a população daquela freguezia, acontecimento que todos lamentam. Não pretendo, Sr. Presidente, loucura culpa exclusivamente a este ou aquello grupo. No meu conceito o crime teve por origem a rudeza, a falta de cultura de seus autores, em um momento de exaltação política, em que a reflexão é impossível, em que os bons sentimentos se calam no homem ignorante e mal educado. Conheço quasi todos os individuos que figurm neste fato, e peço licença a Câmara para expôr-lhe em poucas palavraa o estado politico daquela freguezia. “Tres são os partidos que alí existem e pleiteram as eleicões de Setembro, o partido conservador 29, o liberal 30 e um terceiro, conhecido pela denominacão de capoeiro, 28

São Vicente de Ferrer é um município brasileiro do estado do Maranhão. Localiza-se a 280 quilômetros de São Luís, fica na região conhecida como Baixada Ocidental Maranhense. Foi freguesia pela Provisão Régia de 7 de setembro de 1805, e daí elevada a categoria de vila pela Lei Provincial no. 432, de 27 de agosto de 1856, e depois extinta pela Lei no. 625, de 27 de setembro de 1861, e, posteriormente restabelecida pela Lei Provincial no. 678, de 1º. De junho de 1864. Pela lei Provincial de 31 de maio de 1860 foi dividido em dois distritos, compreendendo o primeiro todo o território que pertencia ao terceiro distrito de São Bento dos Perizes, o qual era a cabeça deste novo distrito, e o segundo, toda a parte que pertencia à cidade de Viana, tendo por cabeça o lugar chamado Jabutituba. (CARDOSO, Manoel Frazão. O MARANHÃO POR DENTRO. São Luis: Lithograf, 2001, p. 528-530). 29 O Partido Conservador foi um partido político brasileiro do Período Imperial, surgido por volta de 1836 e extinto com a Proclamação da República, em 1889. Foi evolução direta do Partido Restaurador, reunindo os antigos caramurus com a ala dissidente dos liberais moderados. Também se denominavam regressistas, em contraposição aos progressistas partidários do padre Feijó. O partido abarcava grandes proprietários rurais, ricos comerciantes e os altos funcionários do governo. A força política dos conservadores concentrava-se nas províncias do Nordeste. Entre suas realizações temos o restabelecimento do Conselho de Estado, a reforma do Código de Processo, e a Abolição da Escravatura (desde a supressão do tráfico de negros, sob a gestão de Eusébio de Queiroz, a Lei do Ventre Livre, de 1871, a Lei dos Sexagenários - preparada pelos liberais mas promulgada por um gabinete conservador - e finalmente a Lei Áurea, do conservador João Alfredo). O Partido Liberal diferia do Partido Conservador quanto ao método ou ao modo de lidar com a realidade social. Os conservadores apostavam num poder central forte, enquanto os liberais defendiam a autonomia das províncias e valorizavam a representação nacional (deputados eleitos). Embora a diferença de posição entre conservadores e liberais não fosse grande nem irreconciliável, ambos adotavam processos absolutamente iguais, usando da máquina administrativa de acordo com suas necessidades eleitoralistas. Em 1862, um grupo de eminentes membros do Partido Conservador - Nabuco, Sinimbu, Saraiva, Paranaguá e Zacarias - formariam a "Liga Progressista", que a partir de 1868 se uniria ao Partido Liberal, gerando insatisfações dentro deste partido. Em 1870 os liberais "exaltados" do Partido Liberal lançaram o Partido Republicano. http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Conservador_(Brasil_Imp%C3%A9rio). 30 O Partido Liberal foi um partido político brasileiro do Período Imperial, surgido por volta de 1837 e extinto com a Proclamação da República, em 1889. Sua ideologia propunha a defesa dos interesses dos senhores rurais e das camadas médias urbanas sem compromissos diretos com a escravidão. Com base de apoio nas províncias do Centro-sul do país, pode ser considerado como um partido à esquerda de seu grande rival, o Partido Conservador, que tinha como bandeira a manutenção da dominação política das elites escravocratas rurais. Já em fins de 1860, o Partido Liberal deu lugar ao Partido Progressista, cujo fundador principal foi Joaquim Nabuco. O Partido Progressista, porém, logo teve nova cisão, mantendo-se nele os liberais moderados, ao passo que os liberais radicais uniram-se aos republicanos e um pequeno grupo mais conservador fundou o novo Partido Liberal, em 1870.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Liberal_(Brasil_Imp%C3%A9rio).


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completamente local, grupo volante, sem bandeira definida, que ora se aproxima de um ora de outro, segundo lhe aconselha o interese do momento. “Devo confessar que o chefe desto grupo é um cidadão pacifico; homem rude, mas de boa indole e estimado no lugar. Sempre o tive no melhor conceito. Entretanto, está averiguado, está fóra de duvida, que na véspera da eleição, a 6 de Setembro, este homem entrou na vila de S. Vicente acompanhado de seus sectarios, armados de cacetes, terçados e armas de fogo, e assinalaram-se por atos de inaudida violencia. “Achava-se urna pequena força de guardas nacionais ao lado da igreja para impedir que ela fosse tomada de véspera, como se propalava que era o plano. Esta força era de guardas nacionais, e não de policia, como se tem dito na imprensa, mas comandada por um oficial de policía, o alferes Gonçalves Ribeiro, segundo creio, parente proximo do Sr. senador Nunes Gonçalves31. Apenas entrado na vila, o grupo capoeiro investe contra a força, e toma de assalto a igreja, resultando da luta alguns ferimentos. Era o prologo da tragedia que mais tarde se devia representar. A agresâo, como se ve, não partiu da autoridade, não partiu dos conservadores, pelo contrario, foram eles as vitimas. “Não aventuro este juizo sem prova: tenho-a nas indagaçôes a que procedeu o Dr chefe de policia interino; e para não fastigar a atenção da casa lereí apenas um trecho do interrogatorio feito a Marcolino Antonio da Silva, pertencente ao grupo capoeiro, e outro do Dr. Manoel Alves da Costa Ferreira, chefe do grupo liberal, e que como tal não pode ser suspeito ao nobre senador pelo Ceará. “lnterrogado pelo Dr. chefe de policía, responde Marcolino Antonio da Silva: Que, chegando o partido capoeiro, capitaneado pelo tenente-coronel Lourenço Justiniano da Fonseca, no dia 6 ás 6 horaa da tarde pouco mais ou menos, dirigiuse a frente da igreja, onde se achava postado o grupo vermelho ; fez um barulho e os vermelhos correram depois do emprego de cacete, etc. > “A confissão não podia ser mais completanem mais franca.A agressão não partiu dos conservadores; eles correram, cederam o campo aos seus adversários. Isto quanto à primeira parte da trama. Quanto à segunda, quando houve mortes e ferimentos graves, a camara vai ouvir, o depoimento do chefe liberal, o Dr. Manoel Alves da Costa Ferreira, parente, creio que sobrinho, do finado Barão de Pindaré32, nome grato ao partido liberal. Diz ele, que saindo da casa do vigário, ouvou um movimento de confusão,e dali a pouco estrondos de tiros, partindo da 31 Antônio Marcelino Nunes Gonçalves, o Visconde de São Luis do Maranhão, (Itapecuru Mirim, 6 de abril de 1823 — 31 de maio de 1899) foi um juiz, promotor e político brasileiro. Filho do comendador Joaquim José Gonçalves e Isabel Marcelina Nunes Belfort. Visconde com grandeza por decreto de 13 de junho de 1888; comendador das imperiais Ordens de Cristo e da Rosa. Foi presidente das províncias do Rio Grande do Norte, de 18 de junho de 1858 a 4 de outubro de 1859, do Ceará, de ? de ? a 9 de abril de 1861, e de Pernambuco, de ? de 1861 a 20 de março de 1862. Foi deputado à Assembléia Geral pelo Maranhão na 12ª legislatura (1864-1866), bacharel em direito; senador pela província do Maranhão (1865), conselheiro de estado em 1889 e desembargador aposentado. 32 Antônio Pedro da Costa Ferreira, primeiro e único barão de Pindaré, (Alcântara, 26 de dezembro de 1778 — 18 de julho de 1860) foi um advogado e político brasileiro. Foi deputado provincial, presidente de província e senador do Império do Brasil de 1837 a 1860. Nasceu em Alcântara, a 26 de dezembro de 1778, filho do Tenente-Coronel Ascenço José da Costa ferreira e Maria Teresa Ribeiro da Costa Ferreira. Primeiras letras em São Luis, seguindo para Portugal, cursando o Seminário de Coimbra, Colégio das Artes, onde cursou Humanidades, formando-se em Cânones em 2 de junho de 1803. Em 1804 está de volta à Alcântara. Faleceu em 18 de julho de 1860


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casa de D. Izabel Pinto,onde costuma se alojar o partido capoeiro, e das janelas da igreja;e foi contado a ele respondente por Agostinho José da Costa que da sacristia era de onde o fogo era mais vivo “[...]Vê a camara que a policia de S. Vicente de Ferrer portou-se bem[...] é injusta a a acusação[...] de quatro mortes e onze ferimentos. “E não pode sofrer a menor censura o presidente do Maranhão que então era o Sr. Leitão da Cunha (...)”(grifos nossos)

Passa a relatar os acontecimentos de Guimarães. Não há envolvimento de ‘capoeiros’... Percebe-se, do episódio que a formação de um ‘partido capoeiro’ – “grupo volante, sem bandeira definida, que ora se aproxima de um ora de outro, segundo lhe aconselha o interese do momento” – lembra a formação de uma “malta”, grupo de capoeiras do Rio de Janeiro que tiveram seu auge na segunda metade do século XIX. Para SOARES (2005)

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, nas décadas seguintes a capoeira alcançou novo

patamar na luta política, participando das rusgas eleitorais que dividiam liberais e conservadores. Essa presença político-partidária foi fruto do prestígio conquistado pelos capoeiras durante a Guerra do Paraguai. Voltando ao Brasil, foram convocados pelas elites políticas para participar das truculentas demandas eleitorais da época. No vizinho Pará, SALLES (2005)

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informa que nas rusgas políticas que

dividiam partidários de Antonio Lemos e Lauro Sodré, nos alvores do século, capoeiras tiveram papel privilegiado: “a capoeiragem só desapareceu de Belém quando atenuaram as lutas partidárias e, com a expulsão de Antonio Lemos liquidou-se a oligarquia que durante muitos anos dirigiu os destinos políticos do Pará; quando os bois, finalmente, foram proibidos de circular pela cidade [...]

A partir da década de 50 do século XIX se ampliam os espaços das diversas maltas para atividade secundária e terciária, e com ele a ‘viração’, com a formação 33

SOARES, Carlos Eugênio Líbano. Capeira no Pará: Resistência escrava e cultura popular (1849-1890). In COELHO, Mauro Cezar; GOMES, Flávio dos Santos; QUEIROZ, Jonas Marçal; MARIN, Rosa E. Acevedo; PRADO, Geraldo (Org). MEANDROS DA HISTÓRIA: trabalho e poder no Pará e Maranhão, séculos XVIII e XIX. Belém: UNAMAZ, 2005, p. 144-160. 34 SALLES, Vicente. A DEFESA PESSOAL DO NEGRO: A CAPOEIRA NO PARÁ. Micro-edição do autor, 1964, citado por SOARES, 2005, op. Cit.


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de um de um mercado onde se ofereciam e compravam ‘experiências’, assim como já ocorria com o jogo da força de trabalho. Essas experiências adquiridas no cotidiano da viração e da vadiagem ganharam um valor de troca. Assim, as habilidades da capoeiragem passaram a ser compradas pelo jogo político partidário 35

. A capoeira a serviço de liberais e conservadores foi um eficiente instrumento

de pressão no processo eleitoral

36

. Por vezes os poderes se misturavam como

vemos neste comentário de cronista da Revista Ilustrada, 1878, n.º 124: "Acabaramse as eleições, e a esta hora jazem a um canto o sabre do urbano e o cacete do capoeira, os dois reguladores da soberania nacional." 8. Devemos lembrar que em 1868 houve uma grande crise política, com a queda do gabinete liberal de 3 de agosto, comandado por Zacarias de Góis e Vasconcelos, e com a conseqüente ascensão dos conservadores. D. Pedro II sacrificou definitivamente a credibilidade do regime político que, árdua e tenazmente, havia sido construído ao longo de todo o seu reinado por duas gerações de estadistas brilhantes. Naquele momento, com aquela substituição do gabinete, começa a crescer a onda que vai derrubar a instituição monárquica.37 Voltando ao episódio, há que se destacar a identificação de um capoeiro: Marcolino Antonio da Silva, capitaneado pelo tenente-coronel Lourenço Justiniano da Fonseca...

35 CAVALCANTI, Gil (Mestre Gil Velho). As Maltas de capoeira carioca. PROJETO MEMORIAL DA CAPOEIRA PERNAMBUCANA, do Programa Capoeira Viva do Ministério da Cultura, 2008. on line http://www.memocapoeirapernambucana.com.br/untitled5.html 36 DIAS, Luiz Sérgio. QUEM TEM MEDO DA CAPOEIRA? 1890-1904. Dissertação de Mestrado; Rio de Janeiro; UFRJ; 1993 37 MENCK, José Theodoro Mascarenhas. A Crise Política de 1868 e a Gênese do Manifesto Republicano de 1870. in CADERNOS ASLEGIS, maio/agosto, 2009


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DA CRÔNICA ARARIENSE AO PORTAL DO INFINITO38 DINACY MENDONÇA CORRÊA

A poesia em prosa e verso de José Fernandes: “advogado por profissão e escritor por devoção”, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, das Academias Arariense-Vitoriense e Maranhense Maçônica de Letras

Da “Crônica arariense” (l987) ao “Portal do infinito” (1994), a número/simbologia aponta para o sagrado, o mítico, o mágico (sob os fundamentos Jack Trisidder, em “O grande livro dos símbolos”. RJ: Ediouro, 2003, p. 316, referimo-nos ao número sete, que intervala as duas datas)... e num arcano que remete à ordem cósmica, espiritual e à conclusão de um ciclo natural, no “aconchego dessas sendas” (Fernandes. O Caminho. “Portal do Infinito”, p. 33) em que se “aprende a humildade [...] na reconstrução do Templo Humano” (Id. Ibid.). Esses dois títulos (sem contar “O Rio”) são tudo o que se nos foi possível reunir, oportunamente, em termos de expressão bibliográfica desse arariense bafejado pelas musas, num sopro inspirador, que já se faz anunciar nos verdes anos de sua juventude. Entretanto, à parte a consistente e permanente atividade jornalística, os “Poemas do início” (1963), seguindo-se os “Caminhos da alma” (1970), as “Eclosões” (1980 – coautoria), a “Crônica arariense” (l987), os ensaios “O educador Silvestre Fernandes” (1989) e “A representação paritária na Justiça do Trabalho” (1993), passando pelo “Portal do infinito” (1994), culminando com “O rio” (2004/05), dão a medida do escritor polígrafo, o poeta telúrico, “que sente Arari em todos os poros” (como bem o diz José de Ribamar Bastos In: Fernandes, José. “A Crônica Arariense”. Arari-Ma.: Fundação Cultural de Arari, 1987, “Apresentação”), “ecumênico, por certo, e esotérico outras vezes, como se à procura de um logos, o princípio da razão, segundo Platão, mediador entre o mundo sensível e o inteligível” (para citar Lopes Bogéa. In: Fernandes, op. cit., orelha da obra). E é de se notar, redimensionando o percurso, partindo dos “Poemas do início”, cruzando o “Portal” (31 anos), para desaguar n “O Rio “(2004/05), na plena fluidez de um estro que se abre para o infinito, o marco cronológico – 42 anos – perfazendo dois grandes ciclos, onde o sete, o 38

Publicado em O ESTADO DO MARANHÃO, São Luis, 25 de julho de 2010, domingo. Caderno Alternativo, p. 4


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“número mágico da perfeição”, triangulariza-se, duplamente, ocultando/revelando, nas incógnitas desse teorema, toda uma gama de sentidos (traduzíveis e/ou intraduzíveis), como o desejo sincero do Caminho, a busca da Verdade, a Sabedoria aspirada... A Crônica, o Portal... Mas, “afinal, é o poeta ou o cronista que nos faz vibrar mais fortemente as emoções?... Ou seria a sua crônica uma espécie particular de poesia, onde a prosa não se opõe ao verso, mas a este se une no milagre da criação artística?” O questionamento reflexivo, proposto por Abdelaziz Aboud Santos (In: Fernandes, op. cit., orelha da obra), não poderia suscitar senão uma resposta afirmativa... Sim, evidentemente, sem dúvida: José Fernandes é, em prosa e verso, um Poeta. E, como tal, devota-se a sua Crônica – manifestação de um amor crônico (expressão que se nos vem por empréstimo do poeta maranhense Zema Ribeiro, precisamente do título da sua Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico) pela inefável Arari. Assim, na temática da terra natal, perspectivada sob os mais variados ângulos (histórico, geográfico, folclórico, social, político, educativo), a Crônica, no seu paisagismo literário (exaltação poética da natureza local), na fixação de quadros e tipos característicos da região, no legado histórico que circunscreve às gerações futuras, no registro das efemérides da cidade (consagradas estas pela tradição) e nos edificantes perfis biográficos que retraça, é relicário das mais pujantes impressões da vida arariense. Vejamo-la, a partir destes fragmentos a entremostrarem o exímio pintor de instantâneos locais, na poetização do crepúsculo matino a emoldurar a beleza tranquila do Mearim...

Já se ouviu o cantar dos galos. Agora são os pássaros que saúdam a alvorada. As águas mansas, repousadas no leito do rio, fazem o seu curso lentamente, em contraste às antigas pororocas da maré enchente. O sol desponta, cor de abóbora, deitando o seu manto translúcido de luz, desorvalhando as folhas e acariciando as plantações. A vida humana manifesta-se na cidade que começa a despertar (O solitário da ponte – Crônica arariense, p.15). [...] Surge um pescador. Ouve-se-lhe o ronco do remo impulsionando a canoa em direção ao Nema. Boa pescaria, irmão! Passa um homem a cavalo com destino a Itaquipetuba, ao Pedro da Silva – o famoso Pedrinho Curador. Leva uma roupa da filha doente. A roupa será defumada e Pedrinho lhe falará sobre a enfermidade; se a doente já estiver sem vida ele dirá; caso contrário, receitará uma de suas garrafadas de ervas ou recomendará droga farmacêutica. É a cura à distância, incognoscível, que só a fé explica. [...] Oito horas da manhã e eu continuo na ponte, ainda sem saber o que fazer, oniricamente distante. Finalmente, tomo uma resolução. Vou em casa, visto um calção, peço emprestado ao Dodó canoa e remo e solto-me no rio, neste Mearim que me recebe há tantos anos, tal qual ao pescador que vi ao amanhecer.


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[...]. Porque não é um dia comum [...] não irei furtar criviri e caju na Tresidela; chupar cana ou comer melado no engenho de Leó; colher tamarindo no Peri-Mirim e na Sapucaia; pescar no batelão afundado no igarapé próximo à Cotonnière ou colher capadinho nas locas com o cofo amarrado à cintura. A pelada [...]está cancelada assim como a briga ajustada com Zé Mutuca. [...] Ainda há pouco, às cinco horas, fui acordado pelo som da característica musical da Voz de Arari, com o seu maravilhoso Concerto nº. 11 de Tchaikovski [...], levando a minha alma ao infinito. Mais tarde, haverá missa [...]. O Manuel Abas vai apregoar o leilão [...]: “Ajudem Bom Jesus, minha gente!” [...] Tudo porque hoje é um dia diferente. Dia de Bom Jesus dos Aflitos. (Um dia diferente – Id. pp.79/80).

O rio, a canoa, o pescador, o Nema... Um homem a cavalo, o Pedrinho da Silva, o Dodó (sapateiro)... O teso (os campos ressecados e rachados do verão nordestino), o Lago da Morte, a revoada... O criviri, a Tresidela, o Engenho de Leó... O Peri-Mirim, a Sapucaia, o tamarindo... O batelão, a pesca do capadinho, a Cotonière... O 14 de Setembro, o Concerto nº. 11, a Voz de Arari... A festa de Bom-Jesus, o largo em quermesse, o pregão de Manuel Abas... É nessa tônica, por excelência arariense, que o cronista/poeta, ou simplesmente o proeta vai recuperando, imprimindo, eternizando, na sua arte, as mais caras lembranças da sua terra natal. E nesse fluir memorialístico, a Crônica se faz retrospectiva histórico-literária da Arari dos anos 60/70/80... Um passado recente que nos toca ainda bem de perto o coração. Que doce é rever, por exemplo, na paisagem evocativa, a professora Raimunda Ramos (ainda estará viva?), “rica, na sua santa pobreza”, atravessando a ponte do Nema (outrora de madeira, hoje de concreto), para ir à missa!... O Biné Morais, na Rua da Beira (já praticamente extinta ou pelo menos desfigurada nuns trechos e transfigurada noutros), “funcionário da Prefeitura, feições nipônicas, introvertido e amigo”, na “sua conversa de homem culto, versado em leis, literatura, administração pública, história e línguas vivas e mortas”, a falar “dos seus escritos, do seu livro Equívocos da História do Mundo [...], jamais concluído, porque Deus levara aquele autor pobre e esquecido para uma dimensão menos estreita”... O Jorge de Oliveira, “enfermeiro dedicado, grande papo, observador, crítico mordaz e apaixonado [...], sempre às voltas com leituras proibidas, quando não estava mitigando sofrimentos alheios”...

Raimundo Fernandes, o Caiçara, também intelectual

erudito, amante dos livros, admirável autor de cartas... Pe. Brandt, “o pároco-escritor”... E “do patrimônio das ruas”... Libânia, “débil mental, [...] velha e maltrapilha, andarilha contumaz [...], à mercê da vida, dormindo debaixo das árvores, apavorando [...] a meninada irreverente, que ficava à distância para evitar pau e pedra [...]”; Maria Bolota, “figura nossa, de família”,


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assim como Baúna, “alto, magro, recurvado, rosto fino, cabeça pequena, obediente e tratável, desde que não o provocassem”; Margarida Estrela do Mar, “a última das rameiras dos velhos tempos”; Baé, “o pacato Baé, surdo-mudo e retardado [...], companheiro de folguedos infantis, mão-de-obra barata e disponível [...], sempre a rir, idiossincraticamente, com a mão na boca, em antecipada vibração pela iminente conquista de uma grana”... E tantos, tantos outros, digamos, dos mais socialmente equilibrados, nessa galeria de tipos humanos... como Pio, o macumbeiro; Máximo Chaves, repentista, rabequeiro e cantor (na intimidade do lar), poeta cego, na terceira idade, lembrando o aedo grego, Homero; Peri Gomes Feio, mendigo itinerante por várias cidades, “percorrendo as ruas de Arari, [...] mutilado sob o peso do terrível mal de Hansen”, autor de Cortina Azul, “indiscutivelmente um dos maiores poetas de sua geração”, a terminar os dias, proscrito e esquecido, no antigo lazareto do Goiabal, nos fundos do Cemitério do Gavião, em São Luís; Manuel Abas, “o fabricante de sonhos”, o maestro José Martins, o sonhador José Soares, na sua “colheita de outono”, o mestre educador Silvestre Fernandes... E, da “época dos coronéis”, Pedro Gonçalves (de Vitória do Mearim, fundador de Pio XII); Antonio Garcia (que governou Arari por quase trinta anos); Cipriano dos Santos e Teodoro Batalha,“ambos de grande influência na vida política e administrativa da época”. E que dizer dos “tempos da navegação fluvial”, que o cronista também resgata, ressaltando o dinamismo portuário de outrora, mapeando todo um périplo costeiro, trafegado por lanchas motorizadas e barcos à vela, indo de São Luís às cidades ribeirinhas do Mearim, Grajaú, Pindaré, Corda, Ipixuna?... Tempo em que “não tínhamos estradas de rodagem [...]”. De forma que, a Crônica arariense é patrimônio inestimável, leitura indispensável no contexto da cultura que retrata. O Portal do Infinito, por sua vez, numa conotação místico-filosófica, denotando o poeta de coração sensível e alma transcendente é, em sua quase totalidade, um meta-poemaprece, como de inspiração bíblica, a soar, também, como adoração, contrição e louvor ao “Arquiteto Supremo”, o Divino, revelado na contemplação do Belo, o Sublime, o Indizível, traduzindo-se em mensagens de Fé, Esperança e na clave de um Amor Universal “que abre todas as portas”. A propósito, ainda Lopes Bogéa, nas considerações que faz sobre o livro, observa que esse poeta arariense, “sem constrangimento de ser considerado anagógico, faz questão de enaltecer em sua poesia o Cristo em que crê, o Deus que glorifica. E traça diretrizes para o amanhã. Opõe-se à opressão da mente atormentada, alerta sobre os impulsos inferiores, redime-se dos tempos em que era ‘presa fácil de um caudal de incongruências’,


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manda bilhete a uma amiga morta e se revê criança nas festas do padroeiro de sua terra e nos tempos de passarinhagem irresponsável; louva todos os poetas e perfaz o caminho de sua iniciação [...]”. É o resumo conteudístico da obra em referência, donde o excerto:

Senhor [...]// Vós que fostes/ e sereis sempre/ a liberdade dos mortais,/ o forte escudo dos humildes,/ em quem reconheço o Único/ dominador soberano e admirável,/ cuja voz faz abater/ os fundamentos dos vales,/ inclinando os céus e resplendendo/ nos trigais e nos vinhedos./ Para ser lembrado por Vós,/ fora necessário que a Vossa Grandeza/ se estendesse até mim;/ que me distinguísseis entre as miríades;/ que me désseis a honra especial/ do Vosso olhar e da Vossa compaixão,/ e me encontrásseis baixinho,/ entre as aves do céu,/ sobre os peixes do mar,/ entre as ovelhas da terra.// Transfigurai, [...] esta minha estesia/ no altar de Vossa Onipotência,/ para que nele me ajoelhe em recolhimento/ e receba a opulência de Vossa Graça// Fazei que eu reconheça de protetor,/ na vida e na eternidade,/ somente a Vossa infinita majestade// [...] // Com o Vosso auxílio – bem sei – não terei nunca superior na terra;/ os desafetos retrocederão,/ os medíocres desfalecerão,/ os opressores fracassarão,// Bem aventurado o homem/ que pôs a sua esperança/ na Vossa obra infalível!” (Exórdio – Portal do infinito, pp. 13 a 16).

Como se pôde ver, no coloquialismo da linguagem, no vínculo afetivo que o eu-lírico estabelece com a alteridade, faz-se reconhecível, dentre outras (ancestrais), a voz excelsa de Davi, pontuando a arquitextualidade (segundo as postulações de Gerard Genette – Palimpsestes, la litterature au second degré. Paris: Editions du Seuil, 1982 – que define o fenômeno como tout ce qui le met – le texte – en relation, manifeste ou secrète, avec d’autre textes) e

transtextualidade (transcendência textual do texto), que caracteriza uma obra

releitora do que podemos considerar o arquitexto sapiencial ou literatura da sapiência – produzida no passado de Israel

(e aqui fundamentamo-nos em Herald Bloom. Onde

encontrar a Sabedoria? Trad. de José Roberto O’chea. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005), provavelmente sob influxos de precursores egípcios e sumérios, legada aos hebreus (nas modalidades prudente e cética, nos Provérbios, no Livro de Jó e no Eclesiastes) e incorporada aos cânones da ortodoxia oriental e do catolicismo romano, bem como a Sabedoria de Ben Sirach e a Sabedoria de Salomão –

promovendo, assim, o diálogo transliterário

passado/presente. Outras vozes interagem, remanescentes, nesse metadiscurso, seja em termos de alusões, citações ou releituras, como as de: Antero de Quental (Cristo I e II), Manuel Bandeira (Outros ares), Moisés, Homero, J. Cristo, Garcia Lorca, Gabriela Mistral, Pablo Neruda, Drummond, Rogaciano, João Cabral, Bandeira Tribuzzi, José Chagas, Nascimento de Moraes Filho, Ferreira Gular... convocados na Louvação final. Enfim, o Portal do infinito deixa transparente a vocação do poeta José Fernandes para o culto (através da leitura e consequente produção textual) do gênero dito Sapiencial, a exemplo de Rabindranath Tagore, Omar Kayyam, Juan de la Cruz, o maranhense Emílio


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Ayoub... Fiquemos com os sonetos Cristo I e II (que lembram, pela temática, Antero de Quental em A um crucifixo):

Esquálido e sangrento sobre a cruz,/ em mármore lavrada, eu te contemplo,/ todos os dias, Cristo, neste templo,/ tão esmo e solitário, tão sem luz...// O teu sublime exemplo, bom Jesus/, eternamente me será lembrado/ nesta cena em que tu foste imolado/ e diante de mim se reproduz.// Submetido à ira terreal,/ sem vestes, em chagas o teu corpo todo,/ cumpriste assim tua missão carnal.// Excelso nazareno, quanta dor/ te custou à matéria e quanto engodo/ tem o mundo outorgado ao teu amor! (p. 17). [...] Infinidades de anos são passados/ desde o dia fatal em que tombaste/ pregado à tosca cruz que carregaste,/ Cristo – perdoa todos os pecados!// Muitos e muitos anos são contados,/ aqui na terra berço onde deixaste/ o sangue teu, e da qual ressuscitaste,/ meu Cristo - esteio dos desamparados!// Com a enormidade de anos transcorridos/ de tua morte e promessas de voltar,/ nova prole de Judas presumidos// surgiu e, para logo, aos seres ímpios/ suas normas ditou: trair, lesar,/ e adotar como certos os maus princípios (p.18).


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SOCIOECONOMIA E PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS CATADORES DE MOLUSCOS E CRUSTÁCEOS DA RAPOSA-MA RAIMUNDA NONATA FORTES CARVALHO NETA39 Cadeira no 27 Email: raimundafortes@yahoo.com.br INTRODUÇÃO Os estuários são ambientes altamente produtivos quando comparados a outros ambientes aquáticos. De acordo com Camargo e Isaac (2003) os estuários tropicais (manguezais) são áreas tampão entre o mar e os rios, onde a fauna e a flora apresentam diversas adaptações à alta variabilidade diária e sazonal das condições ambientais e de estresse fisiológico. Esses ambientes provêem uma série de benefícios ecológicos e socioeconômicos, sendo que as populações humanas que vivem na zona costeira apresentam uma dependência tradicional dos manguezais para sua subsistência. No Estado do Maranhão a pesca artesanal sempre apresentou grande importância, visto que somente no litoral norte foi estimado em 65.000 o número de pescadores artesanais na década de 1980, fato que levou os pesquisadores a estimarem em cerca de 450.000 pessoas diretamente dependentes da pesca em função do tamanho médio da família, configurando assim uma atividade produtiva de imensa importância social (MARTINS, 1989). Os chamados “pescadores artesanais” são pessoas que praticam a pesca com simplicidade de tecnologia e baixo custo de produção, produzindo com grupos de trabalho formados por referenciais de parentesco ou de “compadrio”, sem vínculo empregatício entre a tripulação e os mestres das embarcações e cuja produção volta-se para o mercado, mas também para o consumo doméstico (MALDONADO, 1986). Esses pescadores artesanais que exploram os ecossistemas estuarinos apresentam um conhecimento empírico importante para o manejo dos recursos aquáticos. A importância do conhecimento produzido e transmitido oralmente pelos pescadores artesanais e seu papel nos programas de manejo pesqueiro tem recebido atenção especial dos pesquisadores de varias regiões do mundo. Esse conhecimento e as práticas associadas

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Bióloga, Coordenadora do Curso de Especialização em Educação Ambiental / Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Laboratório de Pesca, Biodiversidade e Dinâmica Populacional de Peixes - Departamento de Química e Biologia – UEMA.


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orientam e sustentam o funcionamento de sistemas de manejo comunitário e está na base das decisões e estratégias de pesca dos pescadores artesanais. Nesse sentido, as percepções das comunidades pesqueiras são empíricas e práticas, combinando informações sobre o comportamento dos organismos aquáticos, taxonomia e classificação de espécies e habitats, assegurando capturas regulares, e muitas vezes, a sustentabilidade das atividades pesqueiras. Em áreas urbanizadas, porém, muito desse conhecimento tradicional pode ser perder. Isso é especialmente válido para catadores de moluscos e crustáceos que são considerados grupos economicamente marginais e pouco reconhecidos entre outros pescadores artesanais (NISHIDA, 2000). Conhecer a socioeconomia desses grupos de catadores é importante para definir o contexto em que se dá a atividade da catação de moluscos e crustáceos, possibilitando uma articulação entre a dimensão social e a perspectiva ecológica dos problemas ambientais (NORDI, 1992). Nesse sentido, nosso objetivo no presente trabalho foi caracterizar o perfil socioeconômico e a percepção ambiental dos catadores de moluscos e crustáceos do município da Raposa-MA. METODOLOGIA Área de estudo Raposa é um município maranhense localizado na microrregião da Aglomeração Urbana de São Luís, Mesorregião do Norte Maranhense. Com uma população em torno de 25.837 habitantes (IBGE, 2009) e 64 km², o município Raposa limita-se com o Oceano Atlântico ao Norte; a Leste, Sul e Oeste com o município de Paço do Lumiar (Fig. 1).


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Figura 1 – Mapa de localização do município de Raposa-MA.

A base da economia local da Raposa é a pesca artesanal. Outra fonte de economia que chama a atenção dos visitantes mais atentos é o trabalho artesanal com “tecidos e rendas” feito pelas mulheres dos pescadores, conhecidas localmente como rendeiras. De acordo com Coelho et al. (2010) a atividade de catação de moluscos e crustáceos é realizada nos manguezais do município raposense, os quais são constituídos, principalmente, por uma estrutura vegetal caracterizada pelas espécies de mangue vermelho (Rhizophora mangle), mangue branco (Laguncularia racemosa) e mangue siriba (Avicennia schaueriana). Procedimentos A pesquisa foi realizada a partir de acompanhamento de desembarques, visitas de campo e entrevistas com as famílias de catadores de moluscos e crustáceos da Raposa-MA. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas na forma de questionários, contendo questões assim distribuídas: 1) aspectos e caracterização da comunidade (faixa etária, escolaridade, composição familiar, tipos de associações a que pertencem os coletores); 2) Coleta e manipulação de moluscos e crustáceos (dias, locais, espécies-alvo, espécies mais capturadas, melhor época do ano, técnicas de melhoramento das espécies antes da comercialização, locais de venda, destino da produção, tempo de captura); 3) Educação Ambiental (percepção ambiental sobre problemas diversos oriundos das atividades antrópicas).

RESULTADOS E DISCUSSÃO Caracterização socioeconômica dos pescadores Os pescadores entrevistados encontram-se, em sua maioria, na faixa etária superior a 40 anos (80%) e os demais (20%) estão na faixa etária compreendida entre 30 e 40 anos, sendo em geral parentes próximos. A venda de moluscos e crustáceos, em sua maioria (83%) é a única fonte de renda; apenas 17% não têm nessa atividade sua única fonte de renda, realizando atividades de agricultura associadas à pesca. De acordo com Maldonado (1986) os grupos de trabalho dos pescadores artesanais formam-se dentro da unidade familiar ou por relações de “compadrio”, visando mecanismos afetivos e sociais de minimização do risco e conflito. Tais mecanismos estão diretamente relacionados ao fato da garantia de uma melhor


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produtividade, minimizando os conflitos de hierarquia no trabalho, a partir do momento em que os pescadores utilizam relações de parentesco como princípio ordenador das equipes de trabalho. Quanto à escolaridade, a maioria das famílias de pescadores entrevistadas é analfabeta (Fig. 2). Esses dados coincidem com o encontrado para a maioria das comunidades pesqueiras do estado do Maranhão. De acordo com Carvalho-Neta e Castro (2006) os pescadores da comunidade de Coqueiro em São Luís-MA em sua maioria são analfabetos (60%) e os demais estudaram apenas até a 4ª. série do ensino fundamental.

20%

0% 0% 0%

80%

ensino fundamental menor

ensino fundamental maior

ensino médio

ensino superior

analfabeto

Figura 2 – Percentual relacionado à escolaridade dos pescadores entrevistados.

O tamanho das famílias dos pescadores entrevistados varia de 5 a 8 pessoas. Todos eles residem em moradias próprias. Todavia, visitas in locu mostraram que as casas foram construídas em áreas inapropriadas (áreas marginais aos rios estuarinos e manguezais) e as famílias não detém a posse legal da terra. De um modo geral a renda é constituída por menos de um salário mínimo (Fig. 3), oriundo da atividade de catação de moluscos e crustáceos. Esse dado coincide com vários trabalhos de socioeconomia de comunidades pesqueiras realizados no Maranhão (ALMEIDA et al., 2003).


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20%

20%

60%

menos de um salario mínimo

um salario mínimo

superior a um salario mínimo

Figura 3 – Percentual relacionado à renda dos pescadores entrevistados.

Todos os entrevistados (100%) não estão vinculados a nenhuma cooperativa. De um modo geral (83%) não recebem apoio do setor público e privado e 17% recebe bolsa família (concedida pela Governo Federal) de três filhos. Esses dados são semelhantes aos encontrados por Santos e Carvalho-Neta (2004) para o município de São Luis, onde em todas as comunidades pesquisadas, a grande maioria dos pescadores não possuía “a carteira de pesca”, documento que comprova a profissão. Tal fato, segundo as autoras, pode ser devido a uma serie de fatores, como por exemplo, falta de condições financeiras para a aquisição de carteira de pesca ou mesmo pouca importância dada a esse aspecto de organização da categoria. Essa situação pode estar relacionada também ao descrédito de algumas formas de associação junto aos pescadores por mostrarem-se contrárias aos seus interesses como comenta Maldonado (1986): as cooperativas tendem principalmente a se formar quando os pescadores se sentem usados e explorados por intermediários, o que os faz se unir para conseguir preços mais justos e comercialização mais direta e sistemática para seu produto. Também ocorre a formação de cooperativas sempre que a empresa começa a investir na pesca. Em conseqüência, o controle delas é feito por elementos não-pescadores, reproduzindo o sistema de clientelismo antes propiciado pelas relações entre pescadores e intermediários. Nesses casos, as cooperativas têm-se mostrado avessas aos interesses e as expectativas dos seus membros e, por isso, fracassam.


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Atividade pesqueira, comercialização do pescado e percepção ambiental A maioria dos pescadores exerce a atividade pesqueira com moluscos e crustáceos há mais de 10 anos (83%), enquanto que os demais (17%) exercem essa atividade há pouco tempo. Segundo eles não existe saneamento básico no local de trabalho. A maioria dos pescadores (83%) já sofreu algum tipo de acidente no trabalho, como por exemplo, corte nos pés por conchas, acidentes com cobras e peixes venenosos (siribóia). O local de trabalho dos pescadores entrevistados é a ilha de Mangue Seco, os manguezais do bairro do Combique e Iguaíba, sendo que não utilizam embarcação para a realização de suas atividades. Os principais tipos de organismos capturados são moluscos (67%) e crustáceos (33%), sendo ostra, sururu e caranguejo, as principais espécies capturadas (Fig. 4). Esses recursos pesqueiros são explorados em várias partes do Maranhão (ALMEIDA et al., 2003) e em outras partes do Brasil, como o mostra o estudo realizado por Nishida et al. (2008) na Paraíba do Norte, onde as principais espécies exploradas pelas comunidades tradicionais são a ostra do mangue (Cassostrea rhizophorae), o sururu (Mytella guyanensis), o marisco (Anomalocardia brasiliana) e a unha de velho (Tagelus plebeius).

0%

19%

25%

25% 25% 6%

Camarão

Caranguejo

Siri

Ostra

Sururu

Outros

Figura 4 – Percentual relacionado às principais espécies capturadas pelos pescadores.

O tempo gasto pelos catadores para a captura de moluscos e crustáceos é superior a 5 horas (Fig. 5) Quanto à dificuldade mais freqüente no trabalho de pesca, o principal item enfocado foi a venda do produto (Fig. 6).


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83

0%

20%

60%

20%

1-2 horas

2-3 horas

3-5 horas

acima de 5 horas

Figura 5 – Percentual de respostas relacionadas ao tempo de trabalho dos entrevistados.

Tal dificuldade também é relatada por pescadores de outras comunidades pesqueiras do litoral maranhense. De acordo com Carvalho-Neta e Castro (2006), os pescadores da Ilha dos Caranguejos, também enfrentam dificuldades para vender sua produção de pescado, a qual é vendida “de casa em casa no próprio bairro”, mas também é comercializada em “feiras do bairro de Fátima, João Paulo, Cohab e no mercado central (Centro)” por intermediários e por preços muito baixos.

25%

0%

0%

50%

0% 25%

Venda

Guardar o produto

Captura do produto

Limpeza do produto

Preparar o produto para a venda

Outro

Figura 6 – Percentual de respostas relacionadas aos problemas enfrentados no trabalho com a pesca.

Quanto à segurança pessoal destes pescadores, poucos utilizam luvas e sapatos, ocorrendo riscos como queimaduras provocadas por água-viva, o aparecimento de determinadas doenças como fungos, bactérias, alem das obtidas pelo consumo dos produtos (moluscos e crustáceos) como alergias, sendo esta também provocada pelo capim. De acordo com os entrevistados, não há meios de tratamento para os sintomas apresentados e nem informações de como as pessoas devem proceder para evitar os problemas de alergias


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relacionados com o consumo de moluscos (ostras, sururu, mariscos) e crustáceos (camarão, caranguejo). Segundo os entrevistados nunca houve fiscalização pela vigilância sanitária durante a venda dos moluscos e crustáceos capturados na região. A armazenagem dos produtos é feito em isopor com gelo (100%) e a venda ocorre nas feiras livres e nas praias durante todo o ano. O tempo de espera da pesca até a venda é em média de dois ou mais dias. As espécies mais vendidas são os crustáceos, especialmente camarão. Quando não é vendido, o produto é consumido pela família do pescador. A média de preço do quilo de camarão na comunidade é de R$ 5,00 (cinco reais) e o preço da dúzia de ostra é de R$ 3,00 (três reais). Cerca de 60% não considera justo o preço do pescado, mas todos os entrevistados não sabem como melhorar o preço do produto. De acordo com Almeida et al. (2003) o fato dos pescadores não conhecerem formas de melhorarem seus produtos, aponta para a necessidade de programas educativos. Concordamos com os autores e acrescentamos que, somente ações de educação ambiental voltadas para melhorias da qualidade de vida das comunidades pesqueiras, permitirão autonomia a esses atores sociais. A educação ambiental tornou-se uma ferramenta para um ambiente costeiro sustentável, orientando o homem a conscientizar-se de que é preciso educar para preservar e com isso contribuir para a mudança de atitudes e para a adoção de práticas ambientalmente corretas (CASCINO, 2000). Segundo os entrevistados houve uma diminuição de produção do pescado na área de pesca ou captura. Isso devido algumas modificações (impactos ambientais) nos locais de pescas, tais como o corte de mangue, construções de casas nas margens dos manguezais, assoreamento e presença de lixo. Percepção Ambiental tem sido definida por Trigueiro (2003) como uma tomada de consciência do ambiente pelo homem, ou seja, perceber o ambiente que se está localizado, aprendendo a proteger e cuidar dele da melhor forma possível. Por meio das percepções é possível verificar que o espaço não é simplesmente um elemento exterior a nós mesmos, mas uma dimensão da nossa interação com ele. Por meio de nossa vivência sensório-motora e interações sociais, nós temos a possibilidade de construir avaliações, impressões e significados sobre uma determinada realidade (GASPARETTO, 2004). Os catadores de moluscos e crustáceos entrevistados, mostraram que têm consciência dos principais impactos ambientais que afetam a sua atividade econômica. Todavia, na avaliação geral do contexto em


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que se enquadra a sua ação esses catadores não reconhecem ainda a importância dos processos educativos que podem melhorar o ambiente e a sua qualidade de vida. Grande parte dos pescadores nunca ouviu falar em Educação Ambiental, mas mostram o interesse em conhecer mais sobre o manejo e a comercialização de moluscos e/ou crustáceos, através da participação em minicursos sobre técnicas de melhoramento de captura e coleta de produtos com direito ao recebimento de certificados. Diversas são as formas de se estudar a percepção ambiental, mas as mais significativas são aquelas que buscam não apenas o entendimento do que o indivíduo percebe, mas tentam identificar formas de promover a sensibilização, bem como aprofundar o sistema de percepção e compreensão do ambiente. É nesse contexto que se insere a Educação Ambiental, importante ferramenta para subsidiar o debate ecológico e expandir o número de pessoas envolvidas na prática da conservação e conscientização ambiental, enfocando a importância da participação das comunidades tradicionais para entender que, em última instância, o respeito ao frágil equilíbrio dos ambientes em que estão inseridas resultará em benefício próprio. CONSIDERAÇÕES FINAIS O quadro socioeconômico levantado mostrou uma situação de pobreza e abandono das famílias dos catadores de moluscos e crustáceos da região, sendo as casas rústicas, pequenas, abrigando grande número de pessoas com pouca escolaridade. A falta de saneamento básico e coleta regular de lixo na comunidade são fatores que comprometem a atividade pesqueira da catação e a qualidade de vida da população local. Pode-se concluir, portanto, que se houvesse a implantação de financiamento de equipes beneficiando os pescadores na região, melhoraria a qualidade do pescado comercializado e possivelmente aumentaria as perspectivas econômicas para a pesca na região. Sondagens realizadas junto aos comerciantes a respeito da introdução de melhorias no processo de beneficiamento de pescado, mostram que se isso ocorresse, haveria um melhor direcionamento da produção, agregando maiores valores aos produtos e oferecendo ao mercado produtos viáveis do ponto de vista econômico e ambiental. Esses dados indicam a necessidade urgente de implementação de ações de educação ambiental formal e não-formal que facilitem a socialização de informações sobre melhoramento de produtos pesqueiros acessíveis ao nível escolar das famílias de catadores,


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associados ao compromisso político voltado para melhorias da qualidade de vida das comunidades pesqueiras maranhenses.

REFERÊNCIAS ALMEIDA, Z. da S., A.C.L. de CASTRO, A. C. AZ, D. RIBEIRO, N. BARBOSA & T. RAMOS. Diagnóstico da Pesca Artesanal no Litoral do Estado do Maranhão, Brasil. Relatório Técnico (UEMA/UFMA), São Luis MA, 2003. 60 p. CAMARGO, M.; ISAAC, V.J. Ictiofauna estuarina. In: Fernandes, M.E.B. (org.). Os manguezais da costa norte brasileira. São Luís: Fundação Rio Bacanga, 2003. 142 p. MALDONADO, S. C. Pescadores do mar. São Paulo: Ática, 1986. 77p. (Série princípios) MARTINS, P. R. Campesinato e pesca artesanal. In: III ENCONTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E O MAR, 3., 1989, São Paulo. Coletânea de trabalhos apresentados... São Paulo: Programa de Pesquisa e Conservação de áreas únidas no Brasil/ IOUSP/ F. FORD/ UICN, 1989. p. 49-61. NISHIDA, A. K.; MOURA, A. C. A.; SOARES, D. M. B.; SILVA JR, E. G.; LEITE, R. L.; ALVES, R. R. N. Catadores de caranguejo do litoral paraibano: diagnóstico socioeconômico e ambiental, subsídios para elaboração de um projeto piloto. Cadernos da Oficina Social, v. 2., p. 132-144, 2000. NORDI, N. Os catadores de caranguejo uçá (Ucides cordatus) da região de Várzea Nova (PB): uma abordagem ecológica e social. 1992. 107 f. Tese (Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP, 1992.


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A FRANÇA EQUINOCIAL Telma Bonifácio dos Santos Reinaldo

A inexistência de uma ocupação efetiva ao norte da mais cobiçada colônia portuguesa (Brasil) acarretou para a Metrópole grandes problemas no que diz respeito à conservação do domínio na área, devido principalmente as expedições de piratas e corsários estrangeiros que ao aqui chegarem, realizava alianças e comercio com os nativos através de trocas possibilitando a exploração do pau-brasil, madeira abundante na região e bastante procurada na Europa. Entre os povos que disputavam a região, além dos portugueses e espanhóis (unidos em função da União Ibérica: 1540-1680), estavam os holandeses, ingleses e principalmente franceses que, no século XVII, atravessavam uma das mais profundas crises socioeconômica em virtude das lutas pelo poder entre católicos e protestantes, resultante do desenvolvimento do movimento reformista, além da necessidade de consolidação do regime absolutista. O Império colonial francês no Novo Mundo também incluía a Nova França ("Nouvelle France") na América do Norte, particularmente no que é hoje a província do Québec, no Canadá, e a França Antártica ("France Antarctique"), na atual cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. As nações ibéricas consideravam que esses assentamentos violavam não apenas a bula papal de 1493, como o Tratado de Tordesilhas (1494), documentos que dividiam o globo igualmente entre ambas, excluindo as demais nações dessa partilha. Todas estas circunstancias levaram os franceses a empreender em 1612 a tentativa de ocupação do território brasileiro que trouxe como conseqüência a fundação de uma colônia que passaria ser conhecida como França Equinocial. O estabelecimento da chamada França Equinocial iniciou-se em Março de 1612, quando uma expedição francesa partiu do porto de Cancale, na Bretanha, sob o comando de Daniel de La Touche, Senhor de la Ravardière. Este nobre, que em 1604 havia explorado as costas da Guiana com o navegador Jean Mocquet, havia tido os seus planos de colonização do Novo Mundo adiados devido à morte de Henrique IV de França em 1610. Agora, com cerca


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de quinhentos colonos a bordo de três navios - "Régente", "Charlote" e "Saint-Anne" -, dirigia-se à costa norte do atual estado brasileiro do Maranhão.Para facilitar a defesa, os colonos estabeleceram-se numa ilha, onde fundaram um povoado denominado de "Saint Louis" (atual São Luís), em homenagem ao soberano, Luís XIII de França (1610-1643). No dia 8 de Setembro de 1612, frades capuchinhos rezaram a primeira missa, tendo os colonos iniciado a construção do "Fort Saint Louis". Logo que aqui chegaram, os franceses buscaram um contato amigável com os nativos da ilha os quais já haviam anteriormente se defrontado com os portugueses e por isso tinham uma visão preconceituosa a respeito dos mesmos, no entanto apesar da simpatia entre ambos a França Equinocial foi efêmera, devido a reação da metrópole portuguesa sob o comando de Jerônimo de Albuquerque, culminando com expulsão dos invasores na Batalha de Guaxenduba, marcando o fim daquilo que seria a ultima tentativa de colonização francesa em terras coloniais portuguesas. A colonização portuguesa no Maranhão iniciou-se após a expulsão dos franceses em 1615, adotando o sistema que tinha por objetivo implantar a política mercantilista que beneficiasse a Metrópole, assim a primeira preocupação foi a de resguardar a área de seu império colonial frente a cobiça das demais potencias estrangeiras. Assim para proteger a região dos constantes ataques estrangeiros Felipe II da Espanha e de Portugal fundou o Estado Colonial do Maranhão e Grão-Pará, com a capital em São Luis, embora abrangendo uma área que se estendia do Ceara ao Amazonas. Em 1621 é enviado a São Luis o primeiro governador geral do estado, Francisco Coelho de Carvalhoa, dministrador colonial português, oitavo governador da capitania da Paraíba. Governou Maranhão e Pará. Era filho de Feliciano Coelho de Carvalho, comendador de Seia, Governador de São Tomé e Governador da Paraíba, casado com D. Maria Monteiro. O estudo de sua administração nos permite descobrir como a administração financeira do Estado do Brasil se processava, praticamente sem gastos pelo Reino, pois, segundo informa Angelo Carrara, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora: Quanto ao valor para o sustento dos soldados da conquista do Pará em 1616 – 261 soldados no Maranhão, e 210 soldados no Pará num total de 16:840$920, uma advertência: não há elementos que


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garantam que estes recursos foram integral e efetivamente despendidos, já que a folha de 1616 – a de 1617 constitui uma cópia melhor elaborada - constituem muito mais um quadro do orçamento geral da despesa de todo o Estado.

Além disto, são as únicas ao longo de todo o século XVII a trazerem informações sobre despesas com a conquista do Pará e do Maranhão. De despesas com a conquista do Maranhão só se voltou a falar com a ordem régia de 10 de novembro de 1623, que mandou que pela Provedoria da Fazenda Real de Pernambuco se fizesse o provimento das conquistas do Maranhão e Pará, com os sobejos do rendimento do Estado do Brasil, e que o governador nomeado do novo Estado do Maranhão e Grão Pará, Francisco Coelho de Carvalho, levasse daquela capitania para o Maranhão os necessários provimentos de gente, armas, munições e o mais que fosse preciso. Prossegue Carrara: Segundo frei Vicente do Salvador, o montante a ser dado ao Maranhão era de 20.000 cruzados (8:000$000), a metade do valor supostamente despendido em 1615-1616. Nessa arrecadação o governador Francisco Coelho de Carvalho demorou-se dois anos em Pernambuco, partindo para o seu destino a 13 de julho de 1626. Deviam também correr pela Provedoria de Pernambuco os pagamentos do Ceará. Este fato permite apresentar um outro argumento: o de que os tributos que se lançaram para cobrir as despesas com o Maranhão não foram propriamente administrados pela Real Fazenda, mas fundamentalmente pelas câmaras de Pernambuco. Esta situação foi mantida até o momento em que o Conselho Ultramarino resolveu, em consulta de 25 de maio de 1630, que as despesas do Maranhão e Grão Pará passassem a ser feitas diretamente por Lisboa, em vista do estado da capitania, então ocupada pelos invasores holandeses. Nessa epoca São Luis e Belem já possuiam suas Camaras Municipais e tinham suas populações aumentadas em virtude da vinda de familias açoreanas, uma economia com base na plantação de cana-de-açucar experiencia já desenvolvida em Açores, complementada pela criação de gado. No entanto a rentabilidade da região era irrisoria para financiar sua propria defesa, ameaçada pela cobiça de outros estrangeiros, notadamente os holandeses antigos inimigos da Espanha e que objetivavam se estabelecerem no Brasil. Com a expulsão dos franceses, os portugueses ocuparam a região, tendo a frente o capitão-mor Jerônimo de Albuquerque, esse período de colonização portuguesa viu-se


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interrompido em 1641 quando da chegada de uma frota holandesa comandada pelo Almirante Linchthardt a São Luis, mais precisamente na Praia do Desterro, iniciando-se ali um novo período de dominação estrangeira, agora sob os auspícios da Holanda que mediu esforços na tentativa de se estabelecer na região REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ABBEVILLE, Claude d'. Historie de la mission des pères capucins en l'isle de Maragnan et terres circonvoisines. Paris, 1614. GAFFAREL, Paul Louis Jacques. Histoire du Bresil français au seizième siècle. Paris: Maison Neuve, 1878. BARBOSA DE GODÓIS, Antônio Batista. História do Maranhão para uso dos alunos da Escola Normal. 2. ed. São Luís: AML/EDUEMA, 2008. BERREDO, Bernardo Pereira de. Anais Históricos do Estado do Maranhão. 4. ed. São Luis: ALUMAR, 1988. CALVINO, Ítalo. As cidades invisíveis. Tradução de Diogo Mainardi. 13. reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. GAIOSO, Raimundo José de Sousa. Compêndio histórico-político dos princípios da lavoura do Maranhão. Rio de Janeiro: Editora Livros do Mundo Inteiro, 1970. LIMA, Carlos de. História do Maranhão a colônia. 2. ed. revista e ampliada. São Luis: Instituto Geia, 2006. LOPES, Raimundo. Uma região tropical. Rio de Janeiro: Cia. Editora Fon-Fon e Seleta, 1970. MARQUES, César Augusto. Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão. Rio de Janeiro: Cia. Editora Fon-Fon, 1970. MEIRELLES, Mário Martins. Símbolos: nacionais do Brasil e estaduais do Maranhão. Rio de Janeiro: Companhia Editora Americana, 1972. _______. História da Arquidiocese de São Luis do Maranhão. São Luis: Universidade do Maranhão/SIOGE, 1977. PAXECO, Fran. O Maranhão: subsídios históricos e corográficos. 3. ed. São Luis: AML/EDUEMA, 2008. PIANZOLA, Maurice. Os papagaios amarelos: os franceses na conquista do Brasil. Tradução de Rosa Freire d’Aguiar. São Luis: Secretaria da Cultura do Estado do Maranhão/ALHAMBRA, 1992. REINALDO, Telma Bonifácio dos Santos; SANTOS, Conceição de Maria; SOUZA, Domingos da Conceição. Apontamentos sobre São Luis. São Luis: LITHOGRAF, 1993. SILVA, Luis Antônio Vieira da. História da Independência da província do Maranhão: 1822/1828. Rio de Janeiro: Companhia Editora Americana, 1972.


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COMMONS – O QUE A IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA TEM COM ISSO? LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – Cadeira 40, patroneada por Dunshee de Abranches Dois artigos me chamaram atenção, em revista desta semana que passou. Um cientista político, Fernando Figueira, da UFMG, conduziu uma pesquisa do Instituto Vox Populi que mediu a percepção sobre a corrupção no Brasil. O brasileiro associa a corrupção à política, principalmente nas câmaras legislativas, das três instancias. Está-se criminalizando a política e os políticos! Sabe-se que essa, a corrupção, se estende a todas as esferas da vida do brasileiro. Somos corruptos por natureza. Aceitamos o famoso 'jeitinho brasileiro' em tudo. Impera a 'Lei de Gérson", em que devemos e gostamos de levar vantagem em tudo. Onde há Governo, há corrupção. E sempre que há corrupção, existem dois agentes: o corruptor e o corrompido! A outra matéria refere-se aos ganhadores do Premio Nobel de Economia deste ano, em que se ressalta o laurel a uma mulher - a primeira a ganhar um Nobel de Economia... Explicam ambos, como as pessoas se organizam - tanto para salvar o meio ambiente como para formar empresas. Os estudos de Elinor Ostrom chama-me a atenção, pois se refere à participação da comunidade - cidadãos comuns - na preservação do patrimônio comum. A questão que deu origem ao trabalho de 40 anos dessa cientista política: como preservar o patrimônio que pertence a uma sociedade ou grupo e garantir que ele continue beneficiando a todos, sem se esgotar? Marcos Coronato, autor da matéria, refere-se que bens desse tipo são chamados de 'cestas de recursos comuns' ou simplesmente “commons". A dificuldade de protegê-los é evidente em áreas desmatadas e praças públicas vandalizadas. O uso irresponsável de parte de alguns acaba com benefício que iria para todos. A solução final é propor a privatização ou o controle governamental. Elinor mostrou que há um terceiro caminho, independente. Em alguns casos, os grupos de indivíduos interessados no patrimônio comum conseguem se organizar melhor para protegê-lo.


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Foi o que aconteceu com a Igrejinha do Vinhais. Tombada como patrimônio histórico pelo Decreto estadual 9.652, de 06 de setembro de 1984 (Inscrição 28, do Livro de Tombos, fl. 6), estava em ruínas, quando a comunidade residente em seu entorno resolveu tomar uma providência: recuperá-la... Física e enquanto instituição de apoio espiritual. Como se observa na imagem abaixo, foto tirada em 1973, que consta do livro “Arquitetura luso-brasileira no Maranhão”, de Olavo Pereira da Silva Filho, segunda edição, 1998 - Projeto Documenta Maranhão 97, convenio MinC, Maranhão, UNESCO, p. 158. Observa-se seu abandono e já sem o telhado...

No livro “Monumentos Históricos do Maranhão”, São Luis: SIOGE, 1979, p. 144 consta a Igrejinha – com o telhado – conforme foto tirada por Murilo Santos e Andrés Felipe, naquele ano. Conforme informou o próprio cineasta Murilo, quando da feitura do Documentário:


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No livro “Arquitetura e arte religiosa no Maranhão”, de Kátia Santos Bogea, Emanuela Sousa Ribeiro e Stella Regina Soares de Brito, São Luis IPHAN, 2008 já consta a gravura da Igreja recuperada, pg. 143:


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O que quero dizer é que desde 1985 – um ano após o tombamento pela Secretaria de Cultura como Patrimônio Histórico estadual – a igrejinha estava em ruínas! Desde então um grupo de moradores de seu entorno – Vila Velha de Vinhais e Recanto de Vinhais – uniram-se para recuperá-la. Sem interferências dos poderes públicos! Diga-se a bem da verdade. O que chama a atenção, é que em 1995 – dez anos após o início das intervenções, sempre sobre consulta ao IPHAN – registrou-se que foram destinados – e gastos! – R$ 8.000,00 na recuperação da Igreja. O que não é, nem nunca foi verdade! A população – que contribui participando dos festejos, assinado livros de ouro e destinando doações, cobrou dos poderes constituídos – Estado e Federal – uma explicação, via Cúria Metropolitana, que tem responsabilidade pela igreja. Nesses 14 anos, ficamos sem respostas. No lançamento do livro das Sras. Kátia Bogéa, Emanuela e Stella de Brito o ex-pároco de Vinhais, Padre Dr. Raimundo Meireles cobrou publicamente das autoras a inserção dessa informação errônea – portanto falsa – em sua obra; p. 145 – 1995 – restaurada pela Secretaria de Cultura do Estado, através do Departamento de Patrimônio Histórico e Paisagístico. Repetem o que está no documento de 1995, inclusive a foto, de que o Governo do Maranhão fez o restauro daquele templo. Abaixo, as feições atuais da Igreja de São João Batista de Vinhais, após a intervenção da comunidade, nesses últimos 24 anos – desde 1985, quando foi constituída a “Comissão (Informal) de recuperação da Igrejinha de Vinhais”. Continuamos a trabalhar...


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Quando das comemorações dos 397 anos da primeira missa rezada naquela localidade, perguntaram-me qual a participação dos poderes públicos naquela preservação. Disse que não só não houve – as fotos provam o descaso... – como não é desejável... E nem necessária. Bastava que não atrapalhassem... Pois bem, a maior autoridade no Estado, ligado à preservação do patrimônio histórico, recebeu comissão para convidar, a autoridade – aos festejos e assistir o Documentário “A Igreja de São João Batista e a Vila Velha de Vinhais”, mandado fazer pela própria comunidade, contratado o cineasta Murilo Santos para tal. Preservar o patrimônio – memória – da Igreja e da Vila, e de seus moradores... Sabe o que disse a autoridade? Que não viria! Porque ‘aquele padre’ (referia-se ao Padre Meireles, Chanceler da Cúria Metropolitana) ousara apontar erro em seu livro recém-lançado... Pois é, há um terceiro caminho! A dos cidadãos comuns que não agem como vândalos...


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A FARSA DO DIREITO PE. PROF. DR. RAIMUNDO GOMES MEIRELES40 O Grande artista plástico Kokoschaka certo dia pintou a face de Karl Kraus (1874 – 1936) e este, ao receber a tela, o declarou: “sem dúvidas, é possível que aqueles que me conhecem, não me reconhecerão. Mas me reconhecerão, certamente, aqueles que não me conhecem”. Assim se apresenta o direito. Os que dizem conhecê-lo, são os que por ventura, mais se distanciam da suposta verdade a ele atribuída. Os romanos estavam certos quando afirmavam: o Direito não se define. Ulpiano é do parecer que qualquer tentativa de definição do direito é algo muito perigoso. Entendemos que o Direito não é lei, norma, comportamento, instituição, mas uma arte. A arte de persecução da justiça. Pois o artista do fenômeno jurídico deve possuir habilidades suficientes para saber trabalhar com a lei, as normas, a jurisprudência, o comportamento etc. Hans Kelsen disse que o “Direito é norma”. Por outro lado, Santi Romano afirma “direito é instituição”. A tensão entre norma e instituição talvez possa nos ajudar a compreender o Direito. Na medida em que o conhecemos como arte da negação de uma suposta verdade, ou ainda, estratégia em busca de uma justiça irreal, quem sabe um dia poderemos identificar o ideal da justiça inexistente. Oxalá, com isso se possa identificar elementos para fundamentar a velha crença no ideal do justo, da justiça. Numa sociedade capitalista, sem sombra de dúvida, vivemos o Direito que formaliza um discurso, o qual se torna mediação ideológica entre o Estado e a sociedade civil. A ideologia, por outro lado, procura construir a noção do fenômeno jurídico que nega a verdade a qual supostamente acreditamos ser real. Assim, ele aparece no campo da ideologia como aquilo que ele próprio não o é. Apresenta-se todo coerente, sistemático, pleno e objetivo. Pura ilusão! Essa forma negativa de se apresentar, esse gesto de não ser, de negar aquilo que aparenta ser o que é, surge ao nosso imaginário como fundamental e se faz

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Canonista e Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.


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necessário para que o direito seja uma forma de controlar as relações dos indivíduos e a sociedade, onde se legitima as relações sociais essencialmente desiguais. No momento em que se oculta a realidade do direito ele se exterioriza como algo mais aparente. Outra ilusão! O Direito se apresenta como técnica, método, pura arte. Por isso mesmo, o estudo de tal fenômeno requer vocação para quem o estuda. Sem vocação não se conquista a arte do aprendizado do Direito. Ademais, lamentavelmente, os operadores do Direito na sua maioria, ao ensinar a arte dos juristas nas faculdades, na sua maestria, não se preocupam com a essência do fenômeno jurídico. Pois, é de se evidenciar que o Direito não se enquadra na lógica do “ser”, mas próprio na indução do “dever ser”. É o Estado, ideologicamente, submetendo a regras iguais, pessoas economicamente desiguais. Agindo assim, reafirma as desigualdades reais. Desta feita, acredita Alaôr Caffé, um dos nomes mais significativos na contemporaneidade da jusfilosofia Nacional. Para se estudar e alargar o conhecimento do Direito, estendendo-se à sua essência, obrigatoriamente não se faz pela única via do aprendizado formal universitário. A exemplo de vários mendicantes do direito que conhecemos nas ruas de Roma, pessoas que não freqüentaram faculdades, mas motivadas pela vocação elaboram petições, com argumentações fascinantes que poucos advogados são capazes de construírem. São os práticos, os “homens de estrada”, os verdadeiros construtores e reconstrutores de idéias, a quem Roma nunca os desprezou pelo seu caráter de sagacidade, esperteza e capacidade em desmascarar as ideologias dos foros Romanos. Somente à causa que nos pode convencer a entender essas pessoas vocacionadas ao estudo do direito, é a existência de uma vocação. Acreditam que o direito esteja nas pessoas e não fora delas. E ao mesmo tempo em que ele se apresenta como arte, desdobra-se em uma vocação. Quem conseguir viver sua vocação, lutando contra todos e quaisquer tipos de falsos valores aos quais se apresentam a nós, ideologicamente mascarados, saberão discernir o ideal do compromisso da vocação, da instrumentalização do saber dos indivíduos. Daí, se acreditar que seria no mínimo satisfatório que os operadores do Direito entre nós brasileiros, ensinassem aos jovens estudantes de direito não o estudo dos códigos, das


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normas postas, mas o Direito que na verdade é: a essência dos enunciados, a exteriorização do rito da vida, não em detrimento da morte do outro, mas viver em plenitude consigo e com os outros, gloriar-se das conquistas e da exteriorização do Direito dos outros. Pena que a aparência das precisões formais, a plena racionalidade em si e, por si, como se ela estivesse grudada ao real, para se poder dominá-lo, pelas operações práticas e intelectuais, como um suposto que se pudesse manipular pela e simplesmente vontade humana, não se apresentam como na verdade o são, mas mascaradas pela ideologia do poder do capital. A existência do justum, como diziam os romanos, é a prova de que a humanidade precisa evoluir. Basta enfatizar dois princípios primordiais: tolerância e conscientização. Há quem espera, entre nós mortais, o advento da utopia; de uma sociedade sem Direito, mas isto não passa de mera ilusão. Constantemente temos a sensação de que o Direito é vingativo. Imaginemos: se com ele as coisas já estão ruins, sem ele, não ficaria pior ainda? Permaneçamos convictos, quando ele deixar de existir, é porque a humanidade não só cresceu em descobertas tecnológicas ou científicas, mas desceu ao grau zero de sua origem, à sua mais perfeita evolução. Enfim, entende-se que Direito não é aquilo o que ensinamos e nem pensamos o que seja em nossas faculdades. Ele é uma arte, uma vocação, tendo-se sempre presente consigo a virtus da vigilância, que por outro lado, e por isso mesmo, uma farsa, quando carregado de ideologia.


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Resenha do livro

“EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ZONA COSTEIRA” RAIMUNDA N. FORTES CARVALHO NETA (ORGANIZADORA) Apesar de seu reconhecido papel histórico e estratégico e de suas reconhecidas biodiversidade e complexidade ecológica, a zona costeira brasileira continua a nos desafiar com inúmeros questionamentos científicos e educativos. Buscar respostas para tais questionamentos, sob múltiplos olhares, torna-se fundamental para um manejo responsável. Desse modo, a organizadora e os autores desta coletânea buscaram uma postura crítica que pudesse inserir, na esfera das discussões e do planejamento da zona costeira, uma preocupação social adequada à dimensão ambiental. O livro “Educação Ambiental na Zona Costeira” - organizado pela profa. Dra. Raimunda Nonata Fortes Carvalho Neta e publicado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE) do Rio de Janeiro -, apresenta as contribuições de vários profissionais às discussões na área de Educação Ambiental Marinha. O livro foi escrito por pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental em Unidades de Conservação do Maranhão (GPEAMA), docentes e discentes do Curso de Especialização em Educação Ambiental da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). A coletânea de trabalhos está dividida em onze capítulos:  Educação ambiental na zona costeira: desafios e perspectivas – autora: Raimunda N. Fortes Carvalho Neta;  Educação Ambiental: uma ferramenta utilizada na avaliação ambiental do manguezal e praia do Araçagy, Ilha de São Luís, Maranhão (Brasil) – autores: Janaína Gomes Dantas, Hilberto Silva Cutrim, Lauro Guimarães Castro, Emanoelle Lyra Jardim, Siliane Lima Coelho;  Diagnóstico sócioambiental em dois ecossistemas da zona costeira maranhense, São Luís-MA – autores: Eliane Braga Ribeiro, Terezinha Ribeiro Ferreira, Flávia Roberta de Melo Dias, Levi Ribeiro Sampaio;  Impactos ambientais diagnosticados nos ecossistemas costeiros maranhenses, com ênfase na praia e manguezal do Araçagy, São Luís-MA (Brasil) – autores: Maria Antonia Mendes, Djalma dos Santos Pinheiro Junior, Ana Carolina Fiquene Lima da Silva, Avanne Costa Dominici, Rejania Maria Torres Carvalho;


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 Uma proposição de educação cidadã na praia do Araçagy-Maranhão - autores: Klenya Rosa Rocha Braga, Viviane Diniz Máximo, Aracélia Moreira Leite;  Aspectos naturais e antrópicos da praia do Araçagy: a educação ambiental como meio de promover a cidadania da população pesqueira - autores: Carlos Alberto Alves Bezerra Júnior, Claudiane Pinheiro Santos, Flaviane Bessa Lorêdo, Jair Aldo Monteiro Cardoso;  Degradação ambiental da zona costeira de São Luís-Maranhão: um estudo de caso da praia do Araçagy – autores: Luciana da Silva Bastos, Lorena Santos Gonçalves, Thais Eline Ribeiro Almeida, Hadryan Lima Rodrigues, Janaíne Lira Vieira, Janete Andrade Fonseca, Conceição de Maria Pacheco Pinto;  Monitoramento de caranguejos do gênero Uca (chama-marés) no manguezal do Araçagy, São Luís, Maranhão, Brasil – autores: Vanda Maria Paixão, Raimunda N. Fortes Carvalho Neta, Eliane Braga Ribeiro, Ticianne de S. de Oliveira Mota Andrade, Ana Carolina Fiquene Lima da Silva;  Estabilidade ecológica de Uca rapax (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) em manguezais do Maranhão e a necessidade de educação ambiental nas unidades de conservação – autores: Ticianne de S. de Oliveira Mota Andrade, Vanda Maria Paixão, Eliane Braga Ribeiro, Ana Carolina Fiquene Lima da Silva, Raimunda N. Fortes Carvalho Neta;  Estrutura populacional de Uca maracoani (Crustacea, Decapoda, Ocypodidae) no manguezal do Araçagy, Maranhão – autores: Ana Carolina Fiquene Lima da Silva, Terciano Alvite, Eliane Braga Ribeiro, Ticianne de S. de Oliveira Mota Andrade, Vanda Maria Paixão, Adriand Sousa, Raimunda N. Fortes Carvaho Neta;  Pesca artesanal na comunidade de Timbuba, Ilha de São Luís-Maranhão – autores: Arkley Marques Bandeira, Gláucia Barbosa e Silva, Márcio Rodrigo da Silva Pereira. Na publicação os autores pretendem apresentar um ponto de partida para ações educativas e de manejo na zona costeira maranhense, refletindo sobre os problemas ambientais de origem antrópica e apontando as lacunas de conhecimento. Os autores afirmam, na apresentação da obra, que esperam que essa coletânea sirva ao conhecimento e à sensibilização sobre a importância e os problemas ambientais da zona costeira.


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Livro “Educação Ambiental na Zona Costeira”, publicado pela editora Câmara Brasileira de Jovens Escritores (Rio de Janeiro) e organizado por Raimunda Fortes.


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A HISTÓRIA QUE OS EUROPEUS ENCONTRARAM: São Luis Ilha do Maranhão41 TELMA BONIFÁCIO DOS SANTOS REINALDO A própria natureza histórica de São Luis lhe dá uma característica peculiar. Fundada a oito de setembro de 1612, por Daniel de La Touche Senhor de La Ravardiere, tornou-se a única cidade brasileira fundada originalmente por franceses. Sua situação geográfica lhe permite o privilegio de possuir belas praias e um clima subtropical agradável. São Luis apresenta uma herança cultural que a torna uma cidade histórica tombada pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade com fatos e vultos marcantes e inesquecíveis tais como a mulher Ana Jansen que quebrou os paradigmas sociais de sua época, os contos e comentários humorísticos de Aluisio de Azevedo, o heroísmo de Bequimão, a poesia de Gonçalves Dias, num passado distante, pleno de misticismo e glória. Mas lembramos também daqueles que com suas obras e artes escreveram a historia mais recente como Ferreira Gullar, Bandeira Tribuzi, Pe. João Mohana, Josué Montello, e João do Vale, é a arte escrita em contos e versos, musica e poesia. Para além dessa produção podemos admirar o nosso belo artesanato de palhas, rendas, cerâmicas, madeira e couro, assim São Luis Ilha do Maranhão é uma cidade berço de grandes artistas, renomados e anônimos, poetas e poetisas, famosa pelos seus casarões, moradas e meio-moradas de azulejos coloridos e brilhantes com sacadas de ferro e beirais de cantaria. Toda essa beleza pode ser ainda admirada quando flanamos pelas ruas enladeiradas com seus sobradões coloniais, becos estreitos e tortuosos, terra de poetas, pescadores, rendeiras e artistas que com palavras mil não conseguimos expressar, pois somente quem vive aqui sabe o que está ganhando. Até os finais do século XVI, foram praticamente inúteis as tentativas de estabelecer um núcleo de povoamento nas terras em que hoje está situado o município de São Luis, ilha do Maranhão. As primeiras tentativas foram feitas por Aires da Cunha, Fernão Álvares de Andrade e João de Barros, os quais partindo de Lisboa em 1535 tentaram chegar a costa ocidental maranhense, sendo barrados pelas águas do Boqueirão, junto ilha do Medo.

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Publicado em JORNAL PEQUENO, de 15 de agosto de 2010


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Em 1554, o rei de Portugal, D. João III, doou a Capitania do Maranhão a Luis de Melo e Silva que tentou mais uma vez a difícil tarefa de chegar as costas maranhense, tendo naufragado junto a Coroa Grande, esses insucessos desanimaram por algum tempo os lusitanos e abriram a possibilidade de outros povos tentaram chegar as terras maranhense, entre eles os franceses na pessoa de Jacques Riffault que em 1554 fracassou na sua tentativa, tento voltado a França, embora tenha deixado por aqui alguns de seus tripulantes, entre eles segundo o cronista Claude D”Abbeville estava Charles de Vaux que posteriormente expôs ao rei de França as belezas da região. Esta informação incentivou o rei da França a autorizar a Daniel de La Touche a organização de uma armada para comprovar a veracidade das informações, a morte do monarca adiou este empreendimento que só se concretizou em 1611, no reinado de Luis XIII. Daniel de La Touche, o Barão de Rassily e o Barão de Sancy, embarcaram para a Iha Grande e aqui chegando conquistaram a amizade dos nativos procurando organizar a defesa da região caso os portugueses tentassem expulsa-los. O local escolhido para o estabelecimento do forte foi onde mais tarde veio a chamar-se Largo do Palácio e que atualmente é a Avenida Pedro II, onde se encontra o Palácio dos Leões, residência oficial do governo estadual. A fortaleza recebeu o nome de São Luis em homenagem ao rei de França e o ancoradouro chamou-se de Santa Maria em homenagem a rainha–mãe Maria de Médicis, regente do rei-menino. A oito de setembro de 1612, foi implantada a cruz na ilha do Maranhão procedendo-se em seguida a benção da terra e a tomada de posse em nome do rei da França, ato este denominado pelos historiadores como o “Auto de Fundação da cidade de São Luis, ilha do Maranhão”. Estas informações estão disponíveis nas obras de Mario Meireles, Vasco Mariz e Lucien Provençal autores que se dedicaram e dedicam ainda a estudar as origens da encantadora ilha do Maranhão.


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20 DE AGOSTO: DIA DO MAÇOM42 OSVALDO PEREIRA ROCHA43 Cadeira nº 8, patroneada por João Felipe Bettendorf rocha.osvaldo@uol.com.br O mês de agosto registra o dia 11 como consagrado ao Advogado, ao Estudante e ao Magistrado. Para os Maçons brasileiros especificamente, o seu dia é 20 de agosto e especialmente para os que constituem o Grande Oriente Autônomo do Maranhão - GOAM, o dia 25/08 é de singular importância, visto que foi ele fundado nessa data, em 1973; que foi precedido pelas fundações de duas lojas que lhe deram sustentação, isto é, Defensores da Ordem e Guardiã da Independência, fundadas no dia 23/081973, sendo este articulista um dos fundadores da segunda. Registra a História do Brasil que “D. Pedro foi iniciado Aprendiz-Maçom em 03/08/1822, adotando o pseudônimo de Guatimozim. Na sessão seguinte, 06/08, foi ele elevado a Mestre e, durante sua viagem a São Paulo, foi escolhido Grão-Mestre, em detrimento de José Bonifácio. Em seguida, ocorreu a memorável sessão datada de 20 de agosto, onde se reuniu “todo o Povo Maçônico”, ainda sob a presidência de Gonçalves Ledo. Nessa reunião ficou demonstrada a urgente necessidade de nossa Independência, sob a “realeza Constitucional do Príncipe Defensor Perpétuo” e que “posta a votos foi unanimemente aprovada pela Assembléia, com geral aplauso e entusiasmo, conforme consta em ata”. (Transcrito de Oliveira Lima – O Movimento da Independência – pág. 234).

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Publicado em JORNAL PEQUENO, 15 de agosto de 2010

Grão-Mestre do GOAM.


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Com isto, temos colocada, em termos gerais, a data de 20 de agosto para a famosa reunião, que deu origem, em nosso País, ao “Dia do Maçom”. Alguns autores acham que esta data seria errada, pois o dia real seria Nove de setembro. Mas isto para nós, maçons, não tem importância, o que realmente importa é que o fato efetivamente ocorreu, ou seja, a reunião geral do “Povo Maçônico”, que ensejou a criação do Dia Nacional do Maçom. No dia 20 de agosto de 2010 o GOAM estará comemorando o Dia do Maçom e o aniversário de assinatura do Tratado de União e Amizade da Maçonaria Unida do Maranhão, com nada menos do que (7) sete exaltações a Mestres Maçons; no dia 22/08/2010 será realizada a 8ª Grande Ação Social da Maçonaria Maranhense, este ano, conforme rodízio estabelecido, sob a coordenação do GOAM e, para festejar as datas de 23 e 25 de agosto, haverá uma comemoração especial conjunta das referidas Lojas “Defensores da Ordem” e “Guardiã da Independência”, com o GOAM.


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INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO44 OSVALDO PEREIRA ROCHA Cadeira nº 8, patroneada por João Felipe Bettendorf rocha.osvaldo@uol.com.br) O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM foi idealizado por Antonio Lopes da Cunha, conhecido como Professor Antonio Lopes; fundado em 20 de novembro de 1925 e instado oficialmente em dezembro do mesmo ano, em sede provisória (hoje com sede própria na Rua Santa Rita, 230), tendo por finalidade o estudo e a difusão do conhecimento da História, da Geografia, da Etnografia e da Arqueologia do Maranhão; contudo, seu primeiro nome foi Instituto de História e Geografia do Maranhão. A referida fundação teve lugar na Biblioteca do jornalista Wilson Soares, situada na Avenida Magalhães de Almeida nº 8, centro de São Luís, capital do Estado do Maranhão, presentes uma plêiade de intelectuais maranhenses, arautos da cultura daquela época, ou seja, José Roberto do Amaral; Justo Jansen Ferreira; José Domingos da Silva; Benedito de Barros e Vasconcelos; José Pedro Pinto; José Abranches de Moura; Wilson Soares; Domingos de Castro Perdigão e Arias Cunha, assinantes da respectiva ata de fundação. Ausentes na data da mencionada fundação, logo aderiram ao empreendimento José Braulino de Carvalho; Raimundo Lopes; Fran Pacheco, Antonio Dias e Carlota de Carvalho. Seu primeiro presidente foi o professor José Roberto do Amaral que presidia, também, a Academia Maranhense de Letras. O Dr. Antonio Lopes foi, por muitos anos, o Secretário Geral do sodalício, além de sua mola mestra. Já a sua revista, denominada “Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão” foi criada no mês de agosto de 1926. E o seu primeiro editorial informou os passos iniciais do referido sodalício e que circula de forma restrita até a presente data e sem uma periodicidade regular, isto é, sem que se possa dizer que ela seja mensal, trimestral, semestral ou anual; todavia com um conteúdo muito bom, com capa de primeira qualidade e papel especial, graças às colaborações dos sócios do IHGM. Recentemente o IHGM passou a contar com uma revista virtual, com circulação trimestral, tendo à sua frente o confrade Leopoldo Vaz e que vem agradando a todos os sócios e a todas as sócias.

44 Publicado no JORNAL PEQUENO, São Luis, 25 de julho de 2010, Opinião, p. 4


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Os atuais mandatos da diretoria, presidida pela confreira Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo; e do conselho fiscal, terminam no dia 28 de julho de 2010 e, por falta de chapa registrada, a Assembléia Geral Extraordinária de 14/07/2010, escolheu uma Junta Administrativa composta pelo decano da casa, confrade José de Ribamar Seguins, pela confreira Ilzé Cordeiro e pelo confrade José Ribamar Fernandes, como presidente, secretária e tesoureiro, respectivamente. A mencionada Junta tem por objetivo gerir os destinos do IHGM, por até noventa dias, e nesse prazo apresentar chapa completa para compor a Diretoria e o Conselho Fiscal, com mandato de dois anos.


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DISCURSO PROFERIDO NO PLENÁRIO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, EM REUNIÃO ORDINÁRIA, PELO MEMBRO EFETIVO JOSÉ RIBAMAR SOUSA DOS REIS, OCUPANTE DA CADEIRA Nº. 56, PATRONEADA POR JERÔNIMO JOSÉ DE VIVEIROS. DIA 25 DE SETEMBRO DE 2002 45 Estimado Presidente deste Sodalício Dr. Nyvaldo Guimarães Macieira Ilustres Confrades e Confeiras. Aqui estamos com o pensamento ainda refletindo intensamente as bênçãos do nosso Glorioso São José de Ribamar, padrinho, protetor e Padroeiro do Maranhão e dos maranhenses, que recentemente, conforme o calendário lunar recebeu as suas oferendas e homenagens anuais no período de 13 a 23 deste. Assim, retornamos ao convívio dos senhores e senhoras, parceiros na lide de registrar a história e alavancar a cultura maranhense. Desde que aqui chegamos, pelo consentimento unânime dos membros desta Casa de Cultura, sonho e realização de Antônio Lopes, que se imortalizou pelo seu trabalho em prol da Cultura do Estado do Maranhão, desejo nas proporcionalidades devidas de todos nós que lidamos com o enriquecimento da aculturação espiritual, pois a materialização muito pouca é cultuada nos Sodalícios semelhantes ao nosso. Para melhor adentrarmos nesta primeira parte deste nosso pronunciamento, permitamnos, Senhor Presidente, Confrades e Confreiras, buscarmos inspiração nas afirmações poéticas de Pablo Neruda: “A poesia é sempre um ato de paz. / O poeta nasce da paz / como o pão nasce da farinha!” Entendemos que não tão-somente a poesia brota das sextilhas, das quadras metrificadas, mas também de cônicas, artigos, narrativas, ensaios, dissertações históricas, etc. Seguimos a nossa poética na defesa das nossas coisas e nossa gente, com a nossa já tradicional Trincheira da Maranhensidade, desdobrada nos projetos: Perfil Psicossocial dos Municípios Maranhenses; Série Memória da Cidade; Ensaios sobre O Folclore Maranhense; 45

Observação: Este discurso foi elaborado em virtude de um forte movimento dentre os confrades e confreiras, com a finalidade de eliminar um considerável número de sócios efetivos do IHGM. O mais interessante é que os possíveis cortados formavam um grupo maior dos que poderiam restar.


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Crônicas e Artigos publicados na imprensa local, principalmente, semanalmente, no Jornal Pequeno, no encarte JP-Turismo, às sextas-feiras na nossa Coluna Trincheira da Maranhensidade. Aproveitamos e trouxemos para a Biblioteca deste Instituto as nossas últimas publicações com referência aos projetos acima mencionados. Em toda a nossa atividade literária temos a maior honra de pertencermos a tão conceituada Casa de Cultura, que sempre nos deu incentivo para continuarmos a nossa produção que a história com certeza nos dará uma resposta positiva em período não muito distante, pois presentemente, os indícios já nos confortam quando o mercado exige novas edições de nossos livros, a exemplo de Folclore Maranhense já na sua 4ª. Edição; Sertão de Minha Terra na sua 2ª. Edição; Bumbameu-boi: O Maior Espetáculo Popular do Maranhão na sua 4ª. Edição; São José de Ribamar: A Cidade, o Santo e sua Gente; somados aos inventários iniciais da nossa Série Memória da Cidade, que já se encontram no prelo para outras edições. Foi uma decisão unicamente nossa nos dedicarmos diuturnamente à pesquisa das nossas coisas e nossa gente, tentando cobrir um enorme buraco negro na história do nosso Estado, consciente estamos cada vez mais de que a imensidão do que desejamos não será possível efetuarmos sozinho. Porém é de gigantesca satisfação para um historiador ainda em vida, sentir que suas obras estão sendo de grande utilidade na formação de gerações futuras de seus conterrâneos e mui principalmente para a informação daqueles que aqui chegam sedentos de conhecimentos dos cantos e encantos deste torrão. Só o que nos deixa perplexo é que algumas reações advindas exatamente de pessoas que lidam na área cultural maranhense sejam ao invés de incentivo, ao contrário, espelham uma faceta de “dor de cotovelo”, uma necessidade de obstruir seja lá como for, aquilo que talvez pensassem em realizar, porém não tiveram criatividade e muito principalmente competência, o que não se impõem, se adquire através de constantes estudos e pesquisas e uma extremada vontade/dedicação que muito bem define a frase: “o homem passa, mas a obra fica!” Não podemos, na altura dos acontecimentos, parar ou até mesmo retroagir; o nosso destino nos alavanca para frente, já bem mais maduro e consciente de que mesmo nos esforçando cada vez mais para um trabalho mais profícuo e duradouro, através do método cientifico, muitos espinhos nos esperam nas nossas ainda extensas veredas que temos que percorrer em prol da Maranhensidade. Não buscamos condecorações, cargos e/ou funções, nem tampouco aplausos, mas demandamos a conscientização de que vivemos um novo tempo, num século em que Os Saberes são prioridades máximas. Para tanto é necessário que saibamos distinguir a vaidade


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pessoal da valorização tamanha da Instituição que representamos e o porquê de a representarmos. Senhor Presidente, Confrades e Confeiras é hora de União, de Paz, jamais de Guerra! Todo mundo sente as conseqüências dos conflitos internacionais oriundos das disputas comerciais, onde o petróleo e a conscientização sanguinária de grupos extremistas agitam a globalização em busca da destruição e o esquecimento do diálogo, a maior arma que o homem ainda possui, a qual proporciona a paz sem morte e sem derramamento de sangue. Seria para nós constrangedores que aplicássemos a Lei Seca do Paredão, como se fosse um exemplo de como devam as instituições semelhantes seguir. Bom recordar que o nosso produto é o conhecimento, que os nossos exemplos serão, quer queiram ou não, registrados exatamente na nossa lide a história, pois não acreditamos da existência entre nós de alguém estranho no ninho, alheio ao passado, presente e as previsões do futuro. Assim, não poderemos formar homens-bomba, e tentar a implosão do quadro de sócios desta Casa Cultural, o que não resolverá qualquer situação da nossa Instituição e sim servirá para formação de dissidências e muito maior será o resultado negativo quando se formar um pelotão de N escritores, historiadores, homens de letras e das artes, já de reconhecida pública e notória competência, inclusive, aceitos tais características para compor uma elite, de mais afortunados da sorte, quando aqui foram admitidos. Sabemos que é difícil administrar conflitos, principalmente num grupo social em as formações intelectuais são heterogêneas, mas que devem convergir em primeiríssimo lugar ao engrandecimento cada vez mais da Instituição. Somos deveras conscientes de que dentre vós, existem alguns confrades que se dependesse deles, não estaríamos aqui. Assim, como temos confrades que se dependesse de nós não teriam sido aqui aceitos. Entretanto, a maioria decidiu e, na nossa dedução, os interesses do Instituto são superiores a nossa pequenez individual. Gostaríamos que cada um dos Senhores Confrades e Senhoras Confeiras. Meditasse no quanto pesaria uma exclusão de qualquer um de nós do IHGM, por falta de pagamento, somado a presença nas reuniões ordinárias mensais. Será que a simples presença física nas reuniões satisfaz as prerrogativas desta Casa de Cultura? Os trabalhos sobre a História do Maranhão, as lutas e a lide diuturnos nada contam dec representatividade? Não é a presença positiva da Instituição na sociedade maranhense e brasileira através de nossas obras? Fica, portanto, o nosso posicionamento, baseado no que tentamos sintetizar. Mas poderá ter alguém com o pensamento mais radical e argumentar: “Mas temos os nossos Estatutos e que


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devem ser seguidos”. Bom, que isto seja levantado, pois quantas e quantas vezes foram desprezadas ou aplicadas tais argumentações?”“. Ficar torcendo pela eliminação de confrades ou confreiras, no nosso entendimento, é idéia que não comporta em um grupo que, queiramos ou não, tem a conceituação da sociedade de uma elite da Cultura Maranhense, seria com certeza por em cheque a validade dos gloriosos 77 anos de existência do IHGM, fundado no dia 20 de novembro de 1925. A Casa de Antônio Lopes não se dobra tão facilmente, pois os exemplos que temos até aqui, são glórias e nunca de derrocadas. Que fiquem os propositores da implosão da Casa conscientes de que tal gesto não é aplicável pelos testemunhos dos mais ilustres dos nossos confrades na sua grande maioria já no Oriente Eterno, mas as gerações que passaram e passam aqui de Ribeiro do Amaral, nosso primeiro Presidente a Nyvaldo Macieira, nosso atual Presidente, que sempre demandaram a liberdade, a fraternidade através da Paz e da Concórdia, utilizando o diálogo para aproximação dos homens e conseqüentemente dos povos. Sousândrade serve como nominador deste momento no seu verso: “Dobrai os joelhos, beijai esta terra / De nobre passado, sabei ter-lhes amor!” Senhor Presidente, Senhores Confrade e Senhoras Confreiras gostaríamos de novamente buscar fôlego na poesia, desta vez enfocando parte de um dos nossos poemas, titulado Julgamento: [...] Aquele que julgar seu semelhante, / antes que se julgue. / Não merece confiança na sua sentença. / Pois não possui nenhum referencial de si próprio. Em nome da Paz e do fortalecimento do IHGM, queremos neste momento nos colocar à disposição da Diretoria para somarmos ativamente, e em primeiríssimo lugar gostaríamos de sugerir que fosse efetuado um seminário interno para avaliarmos todos os pontos positivos e negativos da nossa Instituição para que possamos viabilizar uma programação para curto e médio prazo, bem como, buscar alternativas atuais que se apresentam no novo Mercado Cultural vigente ao nível da Globalização; Brasil e Maranhão. Nunca esqueceremos o dia 29 de abril de 1981, de que já passaram 21 anos e meses, quando tivemos a honra de ser aqui mesmo, neste augusto salão, recebido pelo eminente confrade Milson Coutinho, que logo no intróito de seu discurso, assim se expressou: “Corre, de boca em boca, a velha máxima popular: diz com quem andas e eu te direi quem é... Desçam-se aos porões das bibliotecas, vejam-se ali homens amarfanhados velhos


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compêndios, jornais do velho século, consulta daqui examina dali e o modesto funcionário, decerto, testificará; é um literato. Diz, assim, com quem andas e eu direi quem és!” Assim a sociedade maranhense sedenta espera pela nossa maior resposta – Os Registros da História -, contendo o passado, o presente e as projeções para o futuro de um Maranhão menos pobre e mais digno de seus cidadãos. Muito Obrigado! Cabe, rogarmos a São José de Ribamar que nos cumpra de bênçãos e paz em busca de IHGM mais dinâmico e dentro dos preceitos dos Saberes do III milênio.


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SÓCIOS EFETIVOS DO IHGM c 01

PATRONO E OCUPANTES CLAUDE D’ABBVILLE 1 - José Maria Lemercier 2 - Jerônimo José de Viveiros 3 - Ladislau Papp

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YVES D’EVREUX 1 Raimundo Lopes da Cunha 2 Thomas Moses 3 Joaquim Vieira da Luz

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DIOGO DE CAMPOS MORENO 1 Benedito Barros e Vasconcelos 2 Robson Campos Martins

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SIMÃO ESTÁCIO DA SILVEIRA 1 Raimundo Clarindo Santiago 2 Alfredo Bena 3 Clodoaldo Cardoso 05 LUÍS FIGUEIRA José Ferreira Gomes

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Pe. ANTONIO VIEIRA 1 Arias de Almeida Cruz 2 Josué de Sousa Montelo

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JOÃO DE SOUSA FERREIRA 1 Renato Nascimento Silva 2 José Maria Ramos Martins – Sócio Honorário 08 JOÃO FELIPE BETTENDORF 1 Henrique Costa Fernandes 2 José Ribeiro do Amaral 3 Bernardo Coelho de Almeida 09

BERNADINO PEREIRA DE BERREDO E CASTRO 1 Ruben Ribeiro de Almeida 2 Rosa Mochel Martins 10 JOSÉ DE MORAES 1 Adalberto Acioli Sobral 11 SEBASTIÃO GOMES DA SILVA BELFORT 1 Antonio Lopes Ribeiro Dias 2 Candido Pereira de Sousa Bispo 3 Almir Moraes Correia 4 Sebastião Barreto de Brito

SÓCIO EFETIVO ATUAL DILERCY ARAGÃO ADLER. Av. Litorânea n 09 Ed. Roma Garden – Apt. 301 - Calhau Cep: Telefones: (98) 3246 – 2018 Cel: 9113 – 1560 8161 – 2361 ou 8826 dilercy@hotmail.com JOSEMAR BEZERRA RAPOSO Rua Cel. Eurípides Bezerra nº 333 – Turú Cep: 650.66-260 Telefone: 3082-3200 - Cel. 8136-2707 E-mail: RAIMUNDO CARDOSO NOGUEIRA Ed. Enseada – Ponta D’Areia Aptº 602 Cep:65175650 Telefone: 3235 –1684/ 81343031 CARLOS ALBERTO SANTOS RAMOS Rua dos Narcisos, Qd – 11 casa 13 – Renascença II Cep: 65065-600 Telefones: 3227 – 2877 Cel: 9621 - 9314 RAIMUNDO NONATO SERRA CAMPOS R- Netuno, nº 01 QD- 16 Edif. Bela Vista, Aptº 1103 – Bairro Renascença II – cep: 65075-025 Telefones: 3227-2837 /8115-6610 TELMA BONIFÁCIO DOS SANTOS REINALDO Rua dos Professores, Qd – 14 nº 10, conj. Cohafuma Cep:65.078 Telefones: 3246 – 2218 / 3217 – 8332 Cel: 8148 – 8141 telma.bonifacio@yahoo.com.br JOAQUIM VILANOVA ASSUNÇÃO NETO R. Jamundá, Q-H Nº 8 Pq.Amazonas Cep: 65030780 Telefone: 32284201 /99714832 OSVALDO PEREIRA ROCHA Rua Portinari Q 08 Casa 07 Maranhão Novo Cep: 65.061-390 Telefones: 3236-2387 / 9971-1443 rocha.osvaldo@uol.com.br ANTÔNIO RAFAEL DA SILVA R. Salvador Oliveira, C-10 QD-I Sítio Leal Cep: 65040780 Telefone: 3243-1195

MANOEL DOS SANTOS NETO R-Senador Pompeu, 20 Vila Isabel Cep: 65.080.190 Telefone 32284201 /9971-4832 e-mail: masantosneto@gmail.com


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FRANCISCO DE PAULA RIBEIRO 1 João Persondas de Carvalho 2 Liberalino Pinto Miranda 3 Cesário Veras 4 Eloy Coelho Neto RAIMUNDO DE SOUSA GAYOSO 1 José Pedro Ribeiro 2 Oswaldo da Silva Soares 3 Tácito da Silveira Caldas 4 Aluízio Ribeiro da Silva ANTONIO BERNADINO PEREIRA DE LAGO 1 Manoel Fran Pacheco 2 Aderson de Carvalho Lago 3 Mario Lincoln dos Santos JOÃO ANTONIO GARCIA DE ABRANCHES 1 Eduardo Abranches de Moura 2 Astolfo Serra 3 Ronald da Silva Carvalho FRANCISCO DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES 1 Virgílio Domingues da Silva 2 Felipe Conduru Pacheco 3 Miguel Arcângelo Bernandes Filho CUSTÓDIO ALVES SERRÃO 1 Aquiles F. Lisboa 2 Fernando Viana 3 Raimundo Carvalho Guimarães 4 Ernane José de Araujo JOÃO FRANCISCO LISBOA 1 Wilson da Silva Soares 2 Olavo Correia Lima 3 Lourival Borda Santos 4 Manoel de Jesus Lopes CANDIDO MENDES DE ALMEIDA 1 Justo Jansen Ferreira 2 Leopoldino do Rego Lisboa 3 Virgílio Domingues da Silva Filho 4 Clóvis P. Ramos ANTONIO GONÇALVES DIAS 1 João Braulino de Carvalho 2 João Lima Sobrinho

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ANTONIO HENRIQUES LEAL 1 Luso Torres

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CÉSAR AUGUSTO MARQUES 1 Domingos de Castro Perdigão 2 Fernando Eugênio dos Reis Perdigão 3 Raimundo Nonato Travassos Furtado

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NATALINO SALGADO FILHO Rua dos Angelins, Qda 10 nº 30 São Francisco Cep: 65.076-030 Telefone: Res: 3227-4072 / 3235-5888 Hospital–3219-1002 / 3231-3938 / 3222-5508 GILBERTO MATOS AROUCHA Endereço: R-S Q-06 C-21 Cohatrac I Telefone: 3238-4870/91537712 E-MAIL: gmaroucha@bol.com.br MARCELO DO ESPÍRITO SANTO R-Ipanema, Q-R nº 02 – Sítio Campinas – São Francisco Cep: 65001-970 Telefones:8807-7710/9961-6253/3235-2008 – 3231-4045 – Secret. do Estado JOSÉ MARCIO SOARES LEITE Rua do Farol, nº 10 , Edifício Flor do Vale Aptº 1302 – Ponta do Farol de São Marcos Telefone: 3235-0279 ou 99911416 / 99833443 CEP: 65077-450

PAULO OLIVEIRA Rua 03 Qda G Casa 12 Cohabiano II – Cohatrac Cep: 65075-500 Telefone: 3265-1053 BENTO MOREIRA LIMA Rua 08 Qda 02 Casa 07 - Ponta D’Areia CEP:65075-500 Telefone: 3235-4662 CÉLIO GITAHY VAZ SARDINHA Rua das Paparaúbas Qda 73 Casa 29 São Francisco Cep: 65076-000 Telefone: 3227-2751 /3227- 0697 / 3362-113 ELIMAR FIGUEREDO DE ALMEIDA SILVA Rua dos Magistrados Nº 18 Olho D’Água Cep: 65065-240 Telefone: 3248-0382 JOSÉ RIBAMAR SEGUINS Av. Odilo Costa Filho nº 15 – Parque Universitário Cep: 65500000 Telefone: 3225-4349 CARLOS ORLANDO RODRIGUES DE LIMA Endereço: Rua Santo Inácio Nº 345 Olho D’Água Telefone: 3226-4531


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LUIS ANTÔNIO VIEIRA DA SILVA 1 Domingos Américo de Carvalho 2 Nicolau Dino de Castro e Costa 3 Merval de Oliveira Melo

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ANTONIO ENES DE SOUSA 1 José Domingues da Silva 2 José Silvestre Fernande 3 Dr. Salomão Fiquene 25 CELSO TERTULIANO DA CUNHA MAGALHÃES 1 Antonio Lopes de Cunha 2 Odilon da Silva Soares 26

LUIS FELIPE GONZAGA DE CAMPOS 1 Alcino Cruz Guimarães 2 José Joaquim G. Ramos

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RAIMUNDO LOPES DA CUNHA 1 Tasso de Moraes Rêgo Serra

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RAIMUNDO NINA RODRIGUES 1 João Bacelar Portela 2 Celso Aires Anchieta 3 Benedito Clementino de Siqueira Moura 29 JOSÉ RIBEIRO DO AMARAL 1 Arnaldo de Jesus Ferreira 2 Luís Carlos Cunha

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JOÃO FRANCISCO BATALHA R- dos Jambos, Q-65 – C-3 Renascença I Cep: 65075-210 Telefone: 3227-3793/ 32271434 – 9972-3369 batalha@elo.com.br LUCY MARY SEGUINS SOTÃO Alameda 03 Bl-B Aptº 102 –Cond. Atlântico – Maranhão Novo AYMORÉ CASTRO ALVIM Av. Sambaquis, Q-14 Nº 06 – Calhau Cep: 65071-390 Telefones: 3231-3644 /22272654 (R) aymore@elo.com.br ANTÔNIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA R-Congonhas, nº 5 Resid. Vinhais III – Recanto dos Vinhais Cep: 65.070.680 Telefones: 3236-1463 /9993-3265 RAIMUNDA NONATA FORTES CARVALHO NETA Telefone: 8144-2573 raimundafortes@yahoo.com.br RITA MARIA NOGUEIRA

ANTONIO RUFINO FILHO Rua dos Pinheiros Qda 15 Casa 13 São Francisco CEP: 65076-250 Telefone: 3227-1285 Rafaelrufino00@hotmail.com ILZÉ VIEIRA DE MELO CORDEIRO Rua 08 Qda 14 Casa 06 Planalto Vinhais CEP: 65070-000 Telefone: 3236-0349 Ilzeveira@elo.com.br FRANCISCA ÉSTER DE SÁ MARQUES Rua São Vicente de Paula, nº 88 – João Paulo Telefones: 324373597359/8111-1812

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JUSTO JANSEN FERREIRA 1 Olímpio Ribeiro Fialho

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ANTONIO LOPES DA CUNHA 1 José Sarney (Sócio Honorário)

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AQUILES DE FARIAS LISBOA 1 José Ribeiro de Sá Vale 2 Waldemar da Silva Carvalho

JOÃO MENDONÇA CORDEIRO Av. Matos Carvalho Nº 55 Olho D’Água Cep: 65.065-270 Telefone: 3226-0735/ 9971-6834

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CRISTOVÃO LISBOA Orlandex Pereira Viana

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WILSON DA SILVA SOARES 1 Elizabeto Barbosa de Carvalho 2 Fernando Barbosa de Carvalho 3 Ariceya Moreira Lima da Silva

TEREZINHA DE JESUS ALMEIDA SILVA RÊGO Av. Sambaquis Qda 09 nº 33 Calhau CEP: 65071-390 Telefone: 3235-0130 / 3217-8524 ( Herdário Campus ) / 9973-1278 PAULA FRASSINETTI DA SILVA SOUSA Av. dos Holandeses, Nº 01 Aptº 1502 Ed. Tom Jobim Calhau CEP: 65071-380 São Luís – Ma Telefone: 3227-5015 / 9971-6688


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DOMINGOS DE CASTRO PERDIGÃO 1 Thucydides Barbosa 2 Antenor Mourão Bogéa 3 Benedito Bogéa Buzar ASTOLFO DE BARROS SERRA 1 João Freire de Medeiros 2 Herberth de Jesus Santos JOSÉ CONSTANTINO GOMES DE CASTRO 1 Maria de Conceição Ferreira ANTONIO BATISTA BARBOSA DE GODÓIS Waldemar de Sousa Santos

FRANCISCO GAUDÊNCIO SABBAS DA COSTA 1 Luís Alfredo Neto Guterres Soares JOÃO DUNSHES DE ABRANCHES MOURA 1 José Ribamar Ferreira 2 Pedro Rátis de Santana 3 Carlos Thadeu Pinheiro Gaspar

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JOSÉ DOMINGUES DA SILVA Cássio Reis Costa

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ANTÔNIO DO RÊGO Sebastião Moacir Xérex

43 TASSO FRAGOSO 1 Jéferson Moreira 2 Amandino Teixeira Nunes

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CÂNDIDO JOSÉ MARTINS DE OLIVEIRA

CLEONES CUNHA

DIOMAR MOTA

CARLOS ALBERTO LIMA COÊLHO Rua Arveira Nº05 Habitacional Coheb CEP: 65043-650 Telefones: 3223-4000 / 3212-0106 Cel. 99713777 lima.coelho@ig.com.br FRANCISCO PERES SOARES

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ R- Titânia, 88 – Recanto dos Vinhais Cep: 65070.580 Telefone: 3236-2076 /88214397 E-mail: vazleopoldo@hotmail.com RAUL EDUARDO DE CANEDO VIEIRA DA SILVA Rua Parintins Qda B Nº 04 – Parque Amazonas Telefone: 3222-6660 NYWALDO GUIMARÃES MACIEIRA Rua Miragem do Sol Nº 27 Residencial Broadway Aptº 1002 Bela Vista – Renascença II Telefone: 3235-4643 JOSÉ CLOVES VERDE SARAIVA R- dos Sabiás, qd- 13-A N° 14 Aptº 403 – Renascença II Cep: 65.075-360 Telefones: 3227-0392

44 TEMISTOCLES DA SILVA MACIEL ARANHA Luis Cortez Vieira da Silva 45 MANOEL NOGUEIRA DA SILVA 1 José Manoel Nogueira Vinhais 2 Dagmar Desterro e Silva

ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDO Rua Parintins Qda B nº 04 Parque Amazonas Telefone: 3222-6660

46 FRANCISCO DA PAULA E SILVA Luiz de Moraes Rêgo

MARIA ESTERLINA MELO PEREIRA Av. Newton Bello Nº240 – Monte Castelo Telefones: 3232-8218 / 3222-8143 Cel: 96112426 KALIL MOHANA Rua Afonso Pena Nº 119 – Centro Cep: 65100-030 Telefone: 3231-3822

47 JOAQUIM DE MARIA SERRA SOBRINHO 1 Domingos Vieira Filho 2 Domingos Chateaubriand de Sousa 48

FRANCISCO SOTERO DOS REIS 1 José de Mata Roma

JOSÉ PINHEIRO MARQUES Rua das Palmeiras Qda A – nº 03 Jdª Renascença Telefones: 3227-1836 / 9976-2560 Cel: 99719888


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49 JOÃO DA MATA DE MORAES 1 José de Ribamar Fernandes

50 ANTONIO PEREIRA 1 Benedito Ewerton 51 RUBEN RIBEIRO DE ALMEIDA 1 Edomir Martins de Oliveira

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JOSÉ DE RIBAMAR FERNANDES Av. São Marcos Nº 02 Ponta do Farol CEP: 65077-000 Telefone: 3227-2101 netofernandes@bol.com CLAUBER PEREIRA LIMA clauberlima@gmail.com EDOMIR MARTINS DE OLIVEIRA Av. do Vale Q 21 Lote 11 – Edif. Florença Aptº 501 – Renascença II CEP: 65075-660 Telefones: 3235-4117 / 3235-1417 Cel: 8871-2512

52 JOAQUIM GOMES DE SOUSA 1 José Moreira 2 Desdédit Carneiro Leite Filho 53 JOSÉ NASCIMENTO DE MORAES 1 Manoel de Oliveira Gomes 54 FELIPE CONDURÚ PACHECO 1 Kleber Moreira de Sousa 55 JOSÉ RIBEIRO DE SÁ VALE 1 Joseth Coutinho Martins de Freitas

56 JERÔNIMO JOSÉ DE VIVEIROS 1 José Ribamar Sousa dos Reis

57 JOSÉ EDUARDO DE ABRANCHES MOURA 1 José Adirson de Vasconcelos 2 Augusto Silva de Carvalho 58 JOÃO PARSONDAS DE CARVALHO 59 OLÍMPIO RIBEIRO FIALHO 1 José da Costa Mendes Pereira

60 JOSÉ DE RIBAMAR CARVALHO 1 Francisco Alves Camelo

SALOMÃO PEREIRA ROCHA Rua dos Timbós – Casa 29 QD- 102 – Renascença I Cep:65.075-410 Telefones: 9112-3782 ÁLVARO URUBATAN MELO R-Andorinhas, nº 03 QD- 11 Renascença- Ponta do Farol Telefones: 3235-1881 /9606-0960 JOSETH COUTINHO MARTINS DE FREITAS Rua de Santaninha, nº627 – Centro CEP: 65010-580 Telefones: 3232-0261 / 99723620 josethecmf@hotmail.com JOSÉ RIBAMAR SOUSA DOS REIS Rua Santa Rita nº578 Centro Cep: 65015-430 Telefones: 3222-6048 / 3226- 4916 ou 91311631

WASHINGTON LUIS MACIEL CANTANHEDE

ELIZABETH PEREIRA RODRIGUES R- dos Abacateiros, 33 Ed. Leonardo da Vinci, Apt. 400 – S.Francisco Telefones: 3227-7071/ 3235-2161 /Dom Bosco: 3216-7000 /8121-79953 RAIMUNDO GOMES MEIRELES Igreja Santo Antônio – Praça Antônio Lobo, nº 4 – Centro Telefones: 3231-2775/ 88049424 seleriem.mei@uol.com.br


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REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO EDIÇÕES PUBLICADAS NA ADMINISTRAÇÃO DE CAÑEDO, E. V. da S. O. de No. 27, julho de 2007 CAÑEDO, E. V. da S. O. de Discurso de Posse – Diretoria eleita para o biênio 2006/2008 – dia 28 de julho de 2006 No. 27, julho de 2007 11-13 FREITAS, J. C. M. de Adesão do Maranhão à Independência, 20 ou 28? No. 27, julho de 2007 15-17 CAÑEDO, E. V. da S. O. de Pó r que criar Institutos Históricos e Geográficos? No. 27, julho de 2007 18-26 FREITAS, J. C. M. de Homenagem à cidade de São Luís No. 27, julho de 2007 27-29 ROCHA, O. P. IHGM tem primeira mulher Presidente No. 27, julho de 2007 30-32 MOHANA, K. A História e a Geografia no contexto contemporâneo No. 27, julho de 2007 33-36 FREITAS, J. C. M. de Datas comemorativas do mês de novembro No. 27, julho de 2007 37-41 PEREIRA, M. E. M. A Inconfidência mineira no contexto do Brasil Colônia: antecedentes, razões preponderantes de sua ocorrência e significado de sua repercussão No. 27, julho de 2007 42-52 OLIVEIRA, E. M. de Homenagem póstuma ao inesquecível Sebastião Barreto de Brito No. 27, julho de 2007 5355 RAMOS, A. V. Eu mesmo em resumo No. 27, julho de 2007 56-64 VIEIRA DA SILVA, R. E. de C. Homenagem ao Patrono da cadeira no. 41 – Engenheiro José Domingues da Silva No. 27, julho de 2007 65-72 LEITE, J. M. S. Discurso proferido pelo Dr. José Márcio Soares Leite por ocasião do lançamento do livro sobre a biografia do seu pai, Prof. Orlando José da Silveira Leite, dia 23/03/2007 No. 27, julho de 2007 73-77 SARAIVA, J. C. V. Elogio ao patrono da cadeira no. 43 do IHGM No. 27, julho de 2007 78-87 ADLER, D. A. Os valores morais no âmbito da escola capitalista No. 27, julho de 2007 88-99 PEREIRA, M. E. M. O Maranhão e a Independência: resistência e adesão No. 27, julho de 2007 100-107 LEITE, J. M. S. Paradigma da UFMA No. 27, julho de 2007 108-110 REGO, T. de J. A. A importância da flora medicinal da pré-amazônia Maranhense na fitoterapia No. 27, julho de 2007 111-127 DA REDAÇÃO Estatutos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão No. 27, julho de 2007 129-139 No. 28, 2008 CAÑEDO, E. V. da S. O. de – Apresentação no. 28, 2008, SALGADO, Natalino. Discurso do reitor Natalino Salgado no IHGM, na solenidade comemorativa aos 200 anos da vida da família Real para o Brasil No. 28, 2008 11-16 CAÑEDO, E. V. da S. O. de. Homenagem ao Instituto Histórico e Geográfico Fo Maranhão No. 28, 2008 17-20 CORRÊA, Carlos Humberto P. A Ilha de Santa Catarina no contexto da política externa do período joanino No. 28, 2008 21-44 MARQUES, Francisca Ester. Imigração açoriana no Maranhão e a fundação de São Luis – presença açoriana no Norte e Nordeste No. 28, 2008 45-60 CAÑEDO, E. V. da S. O. de. A Corte portuguesa no Brasil, reflexos da administração joanina No. 28, 2008 61-70 FREITAS, Joseth Coutinho de. Os 200 anos da abertura dos portos do Brasil No. 28, 2008 61-80 LIMA, Clauber Pereira. A presença da família real portuguesa no Brasil e sua repercussão no Maranhão do Século XIX No. 28, 2008 80-90 ALVIM, Aymoré de Castro. D. João e a Escola de Medicina do Maranhão No. 28, 2008 90-94 LEITE, José Márcio Soares; LEITE, Maria de Fátima Gonzalez. Judicialização da Saúde. No. 28, 2008 95-98 OLIVEIRA, Edomir Martins de. O evangelismo no Brasil desde 1859 até esta data e, particularmente no Maranhão No. 28, 2008 98-108 MELO, Álvaro Urubatan. Pedro I – bicentenário de nascimento No. 28, 2008 109-118 ADLER, Dilercy Aragão. Brasil-Portugal, nações-irmãs: origens, intercruzamentos e separação. No. 28, 2008 119-146 REINALDO, Telma Bonifácio dos Santos. A corte portuguesa no Brasil (1808-1821) No. 28, 2008 147-178 ROCHA, Osvaldo Pereira. Compreensão e paz mundial. Sem compreensão não há paz No. 28, 2008 179-184 ROCHA, Osvaldo Pereira. Algumas dúvidas jurídicas de 2007 No. 28, 2008 189-194 BURITY, Elvandro Azevedo. Antonio Gonçalves Dias (o patrono da cadeira 15 da Academia Brasileira de Letras) No. 28, 2008 193-196


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No. 29, 2008 – Edição Eletrônica Expediente , REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, P. 3 Diretoria 2008/2010 5, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio – APRESENTAÇÃO. REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 7 SUMÁRIO REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 8 INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO – ANAIS DO I CONGRESSO BRASILEIRO DE INSTITUTOS CANEDO, Eneida Vieira Da Silva Ostria De. HISTÓRICOS E GEOGRÁFICOS -, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 11 CANEDO, Eneida Vieira Da Silva Ostria De DISCURSO DE RECEPÇÃO À SÓCIA DILERCY ARAGÃO ADLER.. REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 17 ADLER, Dilercy Aragão DISCURSO DE POSSE -, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 23 CANEDO, Eneida Vieira Da Silva Ostria De DISCURSO DE RECEPÇÃO À SÓCIA ELIZABETH PEREIRA RODRIGUES. REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p; 37 RODRIGUES, Elizabeth Pereira DISCURSO DE POSSE -, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 43 SEGUINS, José Ribamar HOMENAGEM AO DR. SALOMÃO FIQUENE – JUSTA HOMENAGEM QUE PRESTA O IHGM (Instituto Histórico Geográfico do Maranhão) ao seu ilustre confrade, extensiva aos seus familiares. , REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 53 CANEDO, Eneida Vieira Da Silva Ostria De. DISCURSO DE RECEPÇÃO À SÓCIA THELMA BONIFÁCIO DOS SANTOS REINALDO. REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 55 REINALDO, Thelma Bonifácio Dos Santos DISCURSO DE POSSE -, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 61 LEITE, José Marcio Soares DISCURSO DE SAUDAÇÃO AO SÓCIO AYMORÉ DE CASTRO ALVIM -, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p; 85 ALVIM, Aymoré De Castro DISCURSO DE POSSE, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 91 FREITAS, Joseth Coutinho Martins De DISCURSO DE RECEPÇÃO AO SÓCIO RAIMUNDO GOMES MEIRELES. REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 97 MEIRELES, Raimundo Gomes DISCURSO DE POSSE -, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 101 FREITAS, Joseth Coutinho Martins De DISCURSO DE RECEPÇÃO AO SÓCIO JOSÉ MARCELO DO ESPÍRITO, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p 117 FREITAS, Joseth Coutinho Martins De DISCURSO DE RECEPÇÃO AO SÓCIO EFETIVO CARLOS ALBERTO DOS SANTOS RAMOS REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 123 RAMOS, Carlos Alberto Santos DISCURSO DE POSSE -, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 127 FREITAS, Joseth Coutinho Martins De. DISCURSO DE RECEPÇÃO A SÓCIA RAIMUNDA FORTES DE CARVALHO NETA -. REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 129 LIMA, Clauber Pereira. DISCURSO DE POSSE. REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 133 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio . HOMENAGEM AO PATRONO DA CADEIRA Nº 40. REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 157 FERNANDES, José de Ribamar. DISCURSO DE RECEPÇÃO DO SÓCIO JOÃO FRANCISCO BATALHA. REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 169 BATALHA, João FranciscoDISCURSO DE POSSE. REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 173 CANEDO, Eneida Vieira Da Silva Ostria De. DISCURSO DE APRESENTAÇÃO DO SÓCIO GILBERTO MATOS AROUCHA. REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 179 AROUCHA, Gilberto Matos. DISCURSO DE POSSE, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 183 CANEDO, Eneida Vieira Da Silva Ostria De DISCURSO DE APRESENTAÇÃO DO SÓCIO MANOEL DOS SANTOS, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 193 SANTOS NETO, Manoel dos. DISCURSO DE POSSE -, REVISTA DO IHGM – No. 29 – 2008 – Edição Eletrônica, p. 197


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No. 30, 2009 – Edição Eletrônica FERNANDES, José de Ribamar. APRESENTAÇÃO N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 3 CAÑEDO, E. V. da S. O. de. PALAVRA DA PRESIDENTE. N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 6 MARANHÃO CARDOSO, Waldir. NOVO CENÁRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO. N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 8 APRESENTAÇÃO 3 CAÑEDO, E. V. da S. O. de. O ESTADO DO MARANHÃO: FÍSICO E HUMANO. N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 9-15 FREITAS, Joseth Coutinho M. de. CENTENÁRIO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO MARANHÃO. N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 16 CARVALHO NETA, Raimunda Fortes. HISTORIA DA ARTE MARANHENSE NA PRIMEIRA DECADA DO SÉCULO XXI N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 17-24 RODRIGUES, Elizabeth Pereira. A EDUCAÇÃO NO MARANHÃO. N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 25-32 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. TSUJI, Tito. O SETOR PESQUEIRO NO MARANHÃO. N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 33- 50 RAMOS, Carlos Alberto Santos. SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA MARITIMA MARANHENSE: (O PODER MARITIMO NO MARANHÃO NA ATUALIDADE) N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 51-54 REINALDO, Telma Bonifácio dos S. A INSERÇÃO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA (MARANHENSE) N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 55-72 MELO, Álvaro Urubatã. O MUNICÍPIO DE SÃO BENTO E O CENTENÁRIO DO EX. GOVERNADOR NEWTON DE BARROS BELLO. N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 73- 74 ADLER, Dilercy Aragão. A PRODUÇÃO ACADÊMICA DO CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO DA UFMA NA PRIMEIRA DECÁDA DO SÉCULO XXI N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 75-83 ALVIM, Aymoré de Castro. CÉLULAS-TRONCO E A MEDICINA DO SÉCULO XXI N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 84-85 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 86-107 PEREIRA, Clauber. MEIRELES, Raimundo Nonato. OS ESCRITOS DE DOM PAULO PONTE: UMA RELEITURA A PARTIR DA ÚLTIMA DÉCADA N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 108-116 ROCHA, Osvaldo pereira ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDENCIA N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 118 MELO, Álvaro Urubatã. ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDENCIA N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 119122 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ELITISMO NO IHGM. N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 123- 185 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ÍNDICE DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO N. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica 186-205 No. 31, 2009 – Edição Eletrônica VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. APRESENTAÇÃO N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 6 - 7 CAÑEDO, E. V. da S. O. de. Palavra da presidente N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 9 LEITE, José Márcio Soares. DISCURSO DE SAUDAÇÃO AO DR. CÂNDIDO JOSÉ DE MARTINS OLIVEIRA EM SUA POSSE NA CADEIRA Nº 35 DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 10-15 OLIVEIRA, Cândido José Martins De. DISCURSO DE POSSE NA CADEIRA Nº 35 FUNDADA POR DOMINGOS DE CASTRO PERDIGÃO N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 16-19 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A GUARDA NEGRA N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 20-33 CAÑEDO, E. V. da S. O. de. O CONTINENTE SUL-AMERICANO - A Evidente Integração De Países N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 34-43 ADLER, Dilercy Aragão A POÉTICA NO DISCURSO DO DOMINADOR: A Permanência Dos Franceses No Maranhão Na Narrativa De D’Abbeville N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 44-53 Eletrônica 16-19 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A ”CARIOCA”. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 54-75 REINALDO, Telma Bonifacio Dos Santos. HISTÓRIA E MEMÓRIA DE BACABAL: Do Século XIX Ao Século XX. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 76-82 CARVALHO-NETA, Raimunda Nonata Fortes. CONHECIMENTO TRADICIONAL E APROPRIAÇÃO DOS RECURSOS ESTUARINOS NA BAIA DE SÃO MARCOS – MARANHÃO. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 83-91


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REIS, Jose Ribamar Sousa Dos. DA CASA DAS TULHAS A FEIRA DA PRAIA GRANDE: A NECESSIDADE DE CONHECER PARA PRESERVAR! N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 92- 94 NOTICIAS DA MÍDIA SOBRE O IHGM - ANTÔNIO LOPES - Instituto Histórico E Geográfico Do Maranhão (IHGM) Vive Fase De Desafios E De Revitalização. IN O GUESA ERRANTE. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 95-103 IN MEMORIAM - Cônego Benedito Ewerton Costa N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 104-105 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI - Do BLOG De LEOPOLDO VAZ N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 106-109 REIS, Jose Ribamar Sousa Dos. HOJE É DIA DO LIVRO FOLCLORE MARANHENSE N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 110-111 ROCHA, Osvaldo Pereira. DISCURSO DO SOBERANO GRÃO-MESTRE OSVALDO PEREIRA ROCHA QUANDO DAS COMEMORAÇÕES DO 36º ANIVERSÁRIO DO GOAM. MARANHENSE N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 112-113 ROCHA, Osvaldo Pereira. DIA DO MAÇOM E TRATADO DE UNIÃO N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 114115 MEIRELES, RAIMUNDO GOMES. A ARTE E A EXPERIÊNCIA RELIGIOSA NO MARANHÃO. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 116-118 ROCHA, Osvaldo Pereira. IHGM E ROTARY TÊM 80 ANOS EM DOBRO. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 119- 120 HENRIQUE, Luis. AS “INJUSTIÇAS DA NATUREZA” (Discurso Do Governador Luiz Henrique Na Cerimônia De Inauguração Do Centreventos Ministro Renato Archer. Florianópolis, Parctec Alfa, Fapesc, 11 De Setembro De 2.009.) Governador LUIZ HENRIQUE . N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 121-122 REINALDO, Telma Bonifacio Dos Santos. A ARTE NA ANTIGUIDADE: O CASO DO EGITO. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 123-127 ADLER, Dilercy Aragão. A ARTE E A POESIA ENQUANTO CAMPO DE CONHECIMENTO: À Guisa De Reflexões. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 128-137 LEITE, José Márcio Soares. CENTRO ACADÊMICO. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 138-139 LEITE, José Márcio Soares. O ATO MÉDICO E A JUSTIÇA. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 140-142 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. VAZ , Delzuite Dantas Brito. A VILA VELHA DO VINHAES E A IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 142-156 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O COLÉGIO MÁXIMO DO MARANHÃO. Do Blog Do LEOPOLDO VAZ N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 157-160 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. NOVA ATLÂNTIDA. Do Blog Do LEOPOLDO VAZ N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 161-163 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. AS CAVALHADAS E O MARANHÃO. Do Blog Do LEOPOLDO VAZ N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 164-166 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CAVALHADAS (TAMBÉM) EM SÃO BENTO Informa Vavá Melo… Do Blog Do LEOPOLDO VAZ N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 167-171 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. AINDA SOBRE A VILA VELHA DO VINHAIS. Do Blog Do LEOPOLDO VAZ N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 172-174 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. DOCUMENTÁRIO - IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA 397 ANOS. Do Blog Do LEOPOLDO VAZ VAZ N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 175-177 REIS, Jose Ribamar Sousa Dos. INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO: A CASA DE ANTÔNIO LOPES. 84 ANOS DE HISTÓRIA FAZENDO HISTÓRIA N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 178-180 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O “SPORTMAN” ANTONIO LOPES DA CUNHA – Fundador Do IHGM. Do Blog Do LEOPOLDO VAZ N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 181-185 ROCHA, Osvaldo Pereira. 84 º ANIVERSÁRIO DO IHGM. N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 186-187 No. 32, março de 2010 – Edição Eletrônica Diretoria – Gestão 2008-210. REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 3 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio APRESENTAÇÃO. REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 4 Sumário; REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 6 GALERIA DE FOTOS. REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 9 CANEDO, Eneida Vieira Da Silva Ostria De PALAVRA DA PRESIDENTE -. REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 11 CANEDO, Eneida Vieira Da Silva Ostria De SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AOS 84 ANOS DE FUNDAÇÃO DO IHGM. REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 14


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ROCHA, Osvaldo Pereira 84º ANIVERSÁRIO DO IHGM.. REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 16 CANEDO, Eneida Vieira Da Silva Ostria De II SESSÃO SOLENE COMEMORATIVA AOS 84 ANOS DE FUNDAÇÃO DO IHGM REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 18 CANEDO, Eneida Vieira Da Silva Ostria De DOM PEDRO II REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 19 SOUSA, Paulo Melo NO RASTRO DO TAMBOR DE MINA DA CASA DE NAGÔ REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 22 MELO, Álvaro Urubatan DISCURSO DE POSSE DE ÁLVARO URUBATAN MELO NA PRESIDÊNCIA DA FEDERAÇÃO DAS ACADEMIAS DE LETRAS DO MARANHÃO – FALMA REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 24 ADLER, Dilercy Aragão A ABORDAGEM ATIVA SOBRE A MODIFICABILIDADE COGNITIVA ESTRUTURAL (MCE) COMO FUNDAMENTO FILOSÓFICO DA EXPERIÊNCIA DE APRENDIZAGEM MEDIATIZADA (EAM) REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 28 ADLER, Dilercy Aragão MOMENTO POÉTICO REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 37 SANTOS NETO, Manoel dos REMINISCÊNCIAS DE SEBASTIÃO BARRETO DE BRITO REVISTA IHGM 32 MARÇO 2010, p. 42 ALVIM, Aymoré de castro CELSO MAGALHÃES – UM PRECURSOR DOS DIREITOS HUMANOS. REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 44 CARVALHO NETA , Raimunda Nonata Fortes EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ZONA COSTEIRA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 47 ROCHA, Osvaldo Pereira 21 DE ABRIL – TIRADENTES REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 54 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio, VAZ, Delzuite Dantas brito; VAZ, Loreta brito. INDÍCIOS DE ENSINO TECNICO/PROFISSIONAL NO MARANHÃO: 1612 – 1916. REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 56 REINALDO, Telma Bonifácio Dos Santos O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO: SUA ORIGEM E SUAS MOTIVAÇÕES E SEUS REFLEXOS NO MARANHÃO REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 70 LEITE, José Márcio Soares O SUS AMERICANO! REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 83 LEITE, José Márcio Soares A POPULAÇÃO ENVELHECE, E AGORA? REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 86 LEITE, José Márcio Soares A HORA E A VEZ...! REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 88 REIS, José De Ribamar Sousa Dos MÃE TOMÁZIA: MAIS UM PRESENTE PARA NOSSA CODÓ REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 90 REIS, José De Ribamar Sousa Dos FALTA DE RESPEITO AOS RESTOS MORTAIS DE MARIA FIRMINA DOS REIS REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 92 SANTOS NETO, Manoel dos JORNALISTA EXIBE DOCUMENTÁRIO SOBRE SÃO LUÍS NO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 95 ROCHA, Osvaldo Pereira POSSE DO NOVO CAPITÃO DOS PORTOS DO MARANHÃO REVISTA IHGM 32 MARÇO 2010, p. 97 ROCHA, Osvaldo Pereira MENTIRAS DE PELÉ REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 98 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio LONDRES / S. LUÍS REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 100 UM 15 DE NOVEMBRO QUASE ESQUECIDO EDOMIR MARTINS DE OLIVEIRA REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 102 LINCOLN, Mhario O ANIVERSÁRIO DE OSVALDO ROCHA REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 104 MELO, Álvaro Urubatan BLOG DA ACADEMIA SAMBENTUENSE DE LETRAS REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 107 O "SPORTMAN" ANTONIO LOPES DA CUNHA, de LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ – in RECORD: Revista de História do Esporte REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 110 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio LANÇAMENTO DE LIVRO - RODA DE RUA: MEMÓRIA DA CAPOEIRA DO MARANHÃO DA DÉCADA DE 70 DO SÉCULO XX, de ROBERTO AUGUSTO PEREIRA – crítica REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 111 LANÇAMENTO DE LIVRO - ENSAIOS NO TEMPO: MEMORIA(S) DO ESPORTE, LAZER, E EDUCAÇÃO FÍSICA NO MARANHÃO - VOLUME I, de LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 117 LANÇAMENTO DE LIVRO - HISTÓRIAS DA MINHA VIDA – depoimento de SALOMÃO PEREIRA ROCHA a sua filha DÉBORA REGINA DE MELO ROCHA COSTA REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 118 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. REVISTA DO IHGM - AUTORES COLABORDORES DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO – ORDEM ALFABÉTICA – 1926/2009 REVISTA IHGM 32 MARÇO 2010, p. 119 QUADRO DE SÓCIOS REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 217 BIBLIOTECA REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 221


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Cadeira 1 - DILERCY ARAGÃO ADLER REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 136 Cadeira 4 – CARLOS ALBERTO SANTOS RAMOS REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 145 Cadeira 7 - TELMA BONIFÁCIO DOS SANTOS REINALDO REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 147 Cadeira 8 - OSVALDO PEREIRA ROCHA REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 166 Cadeira 11 – MANOEL DOS SANTOS NETO REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 171 Cadeira 14 - JOSÉ MARCELO DO ESPÍRITO SANTO REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 172 Cadeira 15 - JOSÉ MÁRCIO SOARES LEITE REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 175 Cadeira 25 - AYMORÉ DE CASTRO ALVIM REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 176 Cadeira 27 - RAIMUNDA NONATA CARVALHO NETA REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 178 Cadeira 38 – CARLOS ALBERTO LIMA COELHO REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 189 Cadeira 40 – LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 191 Cadeira 53 – SALOMÃO PEREIRA ROCHA REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 207 Cadeira 54 - ÁLVARO URUBATAN MELO REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 209 Cadeira 56 - JOSÉ RIBAMAR SOUSA DOS REIS REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 211 Cadeira 59 - ELIZABETH PEREIRA RODRIGUES REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 213 Cadeira 60 - RAIMUNDO GOMES MEIRELES REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 215 No. 33, JUNHO de 2010 – Edição Eletrônica REGULAMENTO PARA ELEIÇÃO DA DIRETORIA E DO CONSELHO FISCAL DO IHGM PARA O BIÊNIO 2008/2010. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 9 PALAVRA DA PRESIDENTE: RELATÓRIO REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 12 Ciclo de Palestras comemorativas aos 85 anos do IHGM VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. RUBIERA CUERVO, E. Javier. CHRÔNICA DA CAPOEIRA(GEM) – “UMA RAIZ DA CAPOEIRA É A RINGA-MORINGUE MALGACHE?” REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 22 MELO, Álvaro Urubatan. ARCEBISPO DOM LUÍS – O SÃO-BENTUENSE LUZ E GLÓRIA DE SEU TEMPO. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 55 ARTIGOS INÉDITOS ADLER, Dilercy Aragão. A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE FORMAÇÃO DO EDUCADOR. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 73 ALVIM, Aymoré de Castro. E DEUS CRIOU A MULHER! REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 86 ROCHA, Osvaldo Pereira. SÃO JOÃO, PADROEIRO DA MAÇONARIA. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 88 ADLER, Dilercy Aragão. A FORMAÇÃO DO EDUCADOR NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 89 IHGM NA MÍDIA LAGO, João Batista do. A POÉTICA NO DISCURSO DO DOMINADOR... – de Dilercy Adler. Comentário. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 96 REINALDO, Telma Bonifácio dos Santos. SER PROFESSOR: UMA PROFISSÃO EM CONSTRUÇÃO. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 97 ADLER, Dilercy Aragão. OS BIG-BROTHERS DE CADA DIA NAS SOCIEDADES CAPITALISTAS. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 102 COELHO, Carlos Alberto Lima. O RADIO, A GRANDE PAIXÃO. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 104 REIS, José Ribamar Sousa dos. TRINCHEIRA DA MARANHENSIDADE: DISCURSO DE JOSÉ RIBAMAR SOUSA DOS REIS AO RECEBER O TÍTULO DE CIDADÃO RAPOENSE. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 113 REIS, José Ribamar Sousa dos. AS NOSSAS FESTAS JUNINAS & O MERCADO DA GLOBALIZAÇÃO CULTURAL! REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 115 REINALDO, Telma Bonifácio dos Santos. PADRE ARIAS CRUZ: SUA VIDA NO MARANHÃO. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 117 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. OS HOLANDESES E OS PALMARES. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 120 MHARIO LINCOLN. O QUE MEU PRIMO MARCONI CALDAS REPRESENTOU PRA MIM. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 123 LAGO, João Batista do. SOBRE A POÉTICA DE MARCONI CALDAS. REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 127


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SANTOS, Rafael Aguiar dos. NO RASTRO DE CLIO: UMA ANALISE CRÍTICA DA PRODUÇÃO HISTORIOGRAFICA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO (RESUMO – PESQUISA EM ANDAMENTO). REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 131 PERFIL DOS SÓCIOS EFETIVOS REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 132 Cadeira nº 23 - JOÃO FRANCISCO BATALHA REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 133 Cadeira no. 50 - CLAUBER PEREIRA LIMA REVISTA IHGM 33 – MARÇO 2010, P 134


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AUTORES COLABORDORES DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO O primeiro número Maranhão-Piauhy DA REDAÇÃO

Notas Várias: Parsondas de Carvalho (A.L.); O Curso de Estudos maranhenses; Um explorador maranhense (A.L.); O oiro do Alto Pindaré (Jeronymo de Viveiros); Documentos históricos; Um achado archeologico; A questão da Tutoya; As collecções do Instituto; Material bibliographico (A.L.; W.S.); Francisco Guimarães.

05-06 Ano I, n. 1, julhosetemb ro 1926

EDITORIAL

Notas Finais – A eterna questão; As obras de Raimundo Lopes; O Dicionário de César Marques; Trabalhos históricos e geográficos; Proteção a natureza e aos monumentos; Bibliografia; Inéditos do Instituto; Páginas esquecidas; O Museu do Instituto

65-88

03-04

Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão DA REDAÇÃO

07-08

147Ano 2, n. 1, novem bro de 1948

15 4 15516 0

Relação de cartas geográficas do Maranhão

03-10

Os mortos do Instituto (Antonio Lopes da Cunha – 29.11.50; Candido Pereira de Sousa Bispo – 15.07.50; Joseph Marie Lemercier – 09.12.48; Wilson da Silva Soares – 09.12.49; Alfredo Bena – 11.05.50; Liberalino Pinto de Almeida – 05.02.51; Aquiles de Faria Lisboa – 12.04.51; Adalberto Accioli Sobral – 24.05.51); Novos Membros do Instituto;

13714 0

Registros bibliográficos Congressos Científicos DA REDAÇÃO Estatutos

Ano 28, n. 3, agosto de 1951

14114 4 14515 4

Anuncio histórico

15515 6

Sumario

157

Concessões para a exploração e lavra de minerais

98-99

Bibliografia maranhense – Ribeiro do Amaral; Raimundo Lopes; Clarindo Santiago

117-

Registro bibliográfico DA REDAÇÃO

Noticiário – O Museu do Instituto; Congressos e encontros;

12 0 Ano IV, n. 4, junho de 1952

12112 6 12713 1

Novos sócios; História do Comércio do Maranhão Anúncio histórico

13213 6

Sumário

137 133-

Bibliografia Maranhense: Justo Jansen Ferreira; Domingos de Castro Perdigão; Parsondas de Carvalho; Sousa Bispo DA REDAÇÃO

Registro bibliográfico (publicações recebidas) Noticiário – Brigadeiro Hugo da Cunha Machado; Novos sócios: Fernando Viana, Cesário Veras

Ano IV, n. 5, dezem bro de 1952

SUMÁRIO Diretoria do IHGM Nossos sócios fundadores, o grande benemérito Nossos sócios honorários DA REDAÇÃO

Calendário social

13 7 140 14514 6 147

Ano LIX, n. 07, dezem bro de 1984

05-20 21-22 25 91-93

Datas memoráveis para o IHGM

95

Nossos sócios efetivos e seus patronos

97-103

Nossos sócios correspondentes 10510


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7 PRESIDENCIA ATOS

Plano editorial do IHGM.

83-84

Homenagem a Bequimão

85-86

Ato Normativo especial

87-89

A bandeira do Maranhão

13

O Hino maranhense

14-15

José Adirson de Vasconcelos de Santana de Araújo (biografia)

16

O Instituto Histórico rejubila-se com a eleição de Sarney

29-30

Governador Luiz Rocha no Salão Nobre do IHGM Rosa Mochel Martins (necrologia) DA REDAÇÃO

Olavo Correia Lima (biografia) Carlos Cunha (biografia)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

60 66 75-82

A fala do imortal – (Carvalho Guimarães)

83-84

IHGM agracia SIOGE e equipe

85-86

A Coluna Prestes é tema de livro Carlos Cardoso (biografia) Sociais

87-88 Ano LIX, n. 09, outubro de 1985

Memoria fotográfica da visita de João José de Mota Albuquerque e Mauro Mota Cronologia de Halley DA REDAÇÃO

IHGM hom enageia Governador Luiz Rocha Notas Diversas – A cidade de Coelho Neto na história do Maranhão; Hom enagem ao Governador Luiz Rocha; Brasil república; Dr. José de Ribamar Seguins; Uma poetisa serviço do IHGM; Calendário social do IHGM; Endereços atualizados dos sócios efetivos Noticiário Lançamento de livros IHGM faz lançamento de livro Notas e notícias DA REDAÇÃO

03-10 22 59 98 99

Ano LX, n. 11, março de 1986

Requerimento – concessão de sócio benemérito ao Governador do Estado Luiz Rocha

DA REDAÇÃO

37

Wilson da Silva Soares – sócio fundador (tradicional família Soares rcebe justas homenagens do IHGM)

Festa de intelectuais na Praça do Panteon

DA REDAÇÃO

35-36

Orlandex Pereira Viana (biografia)

Francisco Alves Camelo eleito para o IHGM

DA REDAÇÃO

31-32

03-04

19-20 ano LX, n. 12, 1986 ?

20-21 10010 6

Ano LXI, n. 13, dezem bro de 1987 Ano LXII, n. 14, março de 1991

03 05 75-76

11-12

Notas e Notícias

09-12

In Mem oriam do saudoso Domingos Chateaubriand de Sousa

13-16

Endereços dos sócios efetivos do IHGM

13714 2

Quadro dos Patronos, primeiros ocupantes e ocupantes atuais do IHGM DA REDAÇÃO Notas e Notícias

143Ano LXIII, n. 16, 1993

15 3 09-12

In Mem oriam do saudoso Domingos Chateaubriand de Sousa

13-16

Endereços dos sócios efetivos do IHGM

13714 2

Quadro dos Patronos, primeiros ocupantes e ocupantes atuais do IHGM

14315 3


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Apresentação Resenhas DA REDAÇÃO

IHGM comemora 70 anos Fotos das comemorações dos 70 anos

05 Ano LXIV, n. 17, 1996

Quadro dos sócios efetivos e respectivos endereços e calendário social do IHGM

11-12 16-18 26-35 15116 0

Lançamentos do Instituto Histórico DA REDAÇÃO

DA REDAÇÃO

Instituto histórico e Geográfico do Maranhão –sócios efetivos

Eventos de março

19-25 No. 18, 1997

105-

No. 19, 1997

86-87

IHGM – sócios efetivos DA REDAÇÃO

“Ação e Trabalho” eleita por aclamação

95-100 No. 21, 1998

Maranhão tem destaque no Encontro dos Institutos no Rio DA REDAÇÃO

Nota – republicações de artigos do numero 1 Regimento do Instituto de História e Geografia do Maranhão

11 1

05-07 42-43

No. 22, 1999

Lançamento e posse movimentam o IHGM

50 51-54 100 150-

DA REDAÇÃO

Dados históricos do IHGM

No. 25, (s.d.)

DA REDAÇÃO

Estatutos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 27, julho de 2007

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO – ANAIS DO I CONGRESSO BRASILEIRO DE INSTITUTOS

IN MEMORIAM - Cônego Benedito Ewerton Costa N. 31, novembro 2009 ed. Eletrônica 104-105

15 4 12913 9

No. 29, 2008 – Edição Eletrôni ca N. 31, novem bro 2009

10410 5

QUADRO DE SÓCIOS REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 217 BIBLIOTECA REVISTA IHGM 32 - MARÇO 2010, p. 221 Cadeira 1 - DILERCY ARAGÃO ADLER Cadeira 4 – CARLOS ALBERTO SANTOS RAMOS Cadeira 7 - TELMA BONIFÁCIO DOS SANTOS REINALDO Cadeira 8 - OSVALDO PEREIRA ROCHA Cadeira 11 – MANOEL DOS SANTOS NETO Cadeira 14 - JOSÉ MARCELO DO ESPÍRITO Cadeira 15 - JOSÉ MÁRCIO SOARES LEITE Cadeira 25 - AYMORÉ DE CASTRO ALVIM Cadeira 27 - RAIMUNDA NONATA CARVALHO NETA Cadeira 38 – CARLOS ALBERTO LIMA COELHO Cadeira 40 – LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Cadeira 53 – SALOMÃO PEREIRA ROCHA Cadeira 54 - ÁLVARO URUBATAN MELO Cadeira 56 - JOSÉ RIBAMAR SOUSA DOS REIS Cadeira 59 - ELIZABETH PEREIRA RODRIGUES Cadeira 60 - RAIMUNDO GOMES MEIRELES

NO. 32 MARÇ O 2010

. 217 211


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