REVISTA DO LÉO 86 - JUNHO 2023

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REVISTA DO LÉO

NÚMERO 86 – JUNHO – 2023

MIGANVILLE – MARANHA-Y

“águas revoltas que correm contra a corrente”

LAZEIRENTA LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ - EDITOR – Prefixo 917536
REVISTA

A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.

EXPEDIENTE

REVISTA DO LÉO REVISTA LAZEIRENTA Revista eletrônica

EDITOR

Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com

Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luís – Maranhão (98) 3236-2076 98 9 8328 2575

CHANCELA

Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física (EEFDPR, 1975), Especialista em Metodologia do Ensino (Convênio UFPR/UFMA/FEI, 1978), Especialista em Lazer e Recreação (UFMA, 1986), Mestre em Ciência da Informação (UFMG, 1993). Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado); Titular da FEI (1977/1979); Titular da FESM/UEMA (1979/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IFMA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e Pró-Reitor de Pesquisa e Extensão; Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 20 livros e capítulos de livros publicados, e mais de 430 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Academia Poética Brasileira; Sócio correspondente da UBE-RJ; Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luís (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM (2012); Prêmio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Prêmio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Diploma de Honra ao Mérito, por serviços prestados à Educação Física e Esportes do Maranhão, concedido pelo CREF/21-MA (2020); Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; Editor da “ALL em Revista”, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras; Editor da Revista do Léo; Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

UM PAPO

E começam os Jogos...

Vê-se notícias de muitos municípios maranhenses de que os Jogos Escolares, fase municipal, já iniciaram... assim como outras seletivas, como os Paralimpicos, e os JUBs... mas também se observa os pedidos de ajuda, de atletas, para participar de eventos regionais e nacionais, com a realização de rifas, de cotas, enfim...

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Editor

PUNHOBOL/FAUSTBALL/FISTBALL

SUMÁRIO EXPEDIENTE 2 EDITORIAL 3 SUMÁRIO 4
NAVEGANDO COM JORGE BENTO COLUNA DO PRIMO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

NAVEGANDO COM

JORGE OLIMPIO BENTO

"As armas e os barões assinalados / Que da ocidental praia Lusitana / Por mares nunca de antes navegados / Passaram ainda além da Taprobana / Em perigos e guerras esforçados / Mais do que prometia a força humana / E entre gente remota edificaram / Novo Reino, que tanto sublimaram".

A consagração do direito a uma vida digna, realizada no caminho de perseguição da felicidade, implica a presença acrescida do desporto, a renovação das suas múltiplas práticas e do seu sentido.

Sendo a quantidade e qualidade do tempo dedicado ao cultivo do ócio criativo (do qual o desporto é parte) o padrão aferidor do estado de desenvolvimento da civilização e de uma sociedade, podemos afirmar, com base em dados objetivos, que nos encontramos numa era de acentuada regressão civilizacional. Este caminho, que leva ao abismo, tem que ser invertido urgentemente.

Ribeiro Sanches: evocação em tempo de russofobia Nascido a 7 de março de 1699, em Penamacor, no seio de uma família de cristãos-novos, António Nunes Ribeiro Sanches saiu cedo do país e diplomou-se em medicina pela Universidade de Salamanca. Decidiu continuar os estudos vagueando pelas principais universidades europeias, desejoso de aprender o que jamais encontraria dentro das nossas fronteiras.

Um dia recebeu um convite inesperado, vindo da corte dos czares. A oferta era de 600 rublos por mês, para a função de médico do Senado e da cidade de Moscovo. Aceitou e o seu mérito foi tão alto e reconhecido que passou a cuidar também do Corpo Imperial dos Exércitos Russos e, por fim, da família real. Não tardou a ser Conselheiro de Estado, privando de perto com o poder da Grande Mãe Rússia.

“Nasceu para servir o Mundo e não para se servir dele”, assim reza o brasão que Catarina II, Imperatriz da Rússia, lhe atribuiu pelos relevantes serviços prestados. A Imperatriz sabia do que falava; desenganada por vários médicos, só o português conseguiu curá-la de uma doença fatal.

A origem judaica perseguia Ribeiro Sanches; acabou por fixar residência em Paris, onde permaneceu até ao fim da vida, 14 de outubro de 1783. Elaborou na 'cidade da luz' as suas obras mais importantes nas áreas da Educação, Economia, Filosofia, História, Pedagogia e Política, ainda pouco estudadas. Verdadeiro espírito do Iluminismo, viu muito para além do seu tempo. É de uma visão assim que precisamos para nos livrar da trágica russofobia destes dias.

Festejai com moderação!

Não vos esqueçais de que a idade recomenda contenção nos festejos. E as circunstâncias também. O coração foi muito sobrecarregado nas últimas semanas; precisou de ser assistido e ainda está algo abalado. Por isso não abuseis dele. Não ganhastes para o susto. Mas quem ri por último ri melhor. Parabéns , pois!

Da necessidade de sabedoria

A Humanidade não se teria edificado, nem prevalece sem sabedoria. Esta é obra sempre incompleta de poucos, embora seja necessidade de todos. Nenhum indivíduo, por mais conhecimentos que tenha, é capaz de abarcar todas as coisas. Homero formula isto, de modo sublime, no Canto 13 da Ilíada, pela boca do conselheiro Polidamante, que assim falou a Heitor: “É que a um homem dá deus as façanhas guerreiras, / a outro a dança e a outro ainda a lira e o canto; / e no peito de outro coloca Zeus, que vê ao longe, / uma mente excelente, de que muitos homens tiram vantagem: / a muitos ele consegue salvar, coisa que sabe mais que todos.”

Estes dias testemunham o acerto da visão homérica. E não temos Zeus para nos acudir. Precisamos de sábios que salvem a Terra e os seus habitantes. Mas… onde os encontrar? Ainda se cultiva e valoriza a busca da sabedoria? Dizei-me, pela vossa rica saúde e vida sagrada, qual é a instituição que assume, com sentido de missão, afinco e coerência, esse compromisso?! Quero bater-lhe à porta e acordá-la no meio desta noite de breu e de tanta mutreta.

Reconhecimento e pedido Confesso, sem qualquer sofisma, a minha admiração pela genialidade de muitos ensaios dedicados à reparação dos malefícios gerados pelo estressante estilo de vida e regime laboral, visíveis na saúde, nos distúrbios emocionais e no relacionamento das pessoas. Tiro o chapéu aos autores das obras, por via de regra com o título em inglês, quiçá devido à origem anglo-saxónica e norte-americana do atual e global modus vivendi. Estou convicto de que os ensaístas detêm saber e talento de sobra para denunciar as causas da situação, tomar posição inequívoca sobre elas e indicar vias de inovação civilizacional. Se agissem assim, apontassem a urgência de reformar os males, em vez de se limitar à prescrição de remédios para os suportar, o seu merecimento aumentaria e teria direito a lembrança e reconhecimento no futuro. Caso contrário, o vento da moda levará com ele o resultado de inteligências fulgurantes.

Do jogo da educação

Não cesso de beneficiar dos pensadores gregos. Lamento não ter sido familiarizado com eles, na justa medida da ingente necessidade, antes e durante o exercício da função docente. Até Platão, que não se distinguiu sobretudo pela reflexão sobre os assuntos da educação, tocou com precisão no âmago desta: “Não eduques as crianças, nas várias disciplinas, recorrendo à força, mas como se fosse um jogo, para que também possas observar melhor qual a disposição natural de cada uma.”

Obviamente, educar não equivale a uma brincadeira. Todavia, se faltar ludismo aos atos de ensinar e aprender, estes serão tristonhos e enfadonhos, fechados ao entusiasmo o primeiro e à alegria o segundo.

Sê paciente, professor!

Como queres que os alunos aprendam rapidamente e à primeira explicação tudo quanto ensinas e expões?! Por acaso a natureza foi feita apenas num instante ou único dia; não demorou vários dias a criar? E como acontece a evolução da civilização e da sociedade, e a tua formação? Não é este um processo contínuo e inconcluso? Gostese ou não, insistir e repetir são verbos e atos inerentes ao empreendimento da educação. Ambicionas mais rapidez na aprendizagem? Então presta contínua atenção: ela tem muito a ver com o padrão que serve de imitação.

Regresso da Inquisição

Se olharmos bem ao nosso redor, não será difícil ver que Torquemada continua por aí, renascido e multiplicado em muitos mandantes e paus-mandados, nos jornais e canais de televisão, nos chefes das instituições, na democracia fingida e na justiça apodrecida, na perseguição ao pensamento e à palavra desviante do sensocomum, nas ditaduras e tiranias económicas e financeiras, nos senhores do negócio das armas e da guerra, nas manipulações políticas, nos extremismos e neofascismos, nos biltres e pregadores do estado mínimo e do mercado máximo. Igualmente deambula por aí o gado acuado e submisso. Os medrosos e seguidores de energúmenos, psicopatas e trafulhas escolhem a escravidão, renunciam à dignidade e liberdade, enforcam-se na cegueira da alienação consentida. Este é um tempo crepuscular, desgraçado, efémero e niilista, sem projeto para o amanhã e submerso pelas trevas.

‘Valores europeus’?!

Nestes dias só se ouve falar de ‘valores europeus’. Há até uma gritaria de juramentos de fidelidade e defesa dos mesmos. Em nome disso faz-se a apologia da guerra e esconde-se o número dos mortos. Confesso a minha ignorância e perplexidade. Conheço unicamente ‘valores universais’, decorrentes de princípios humanistas e civilizacionais. Estes não são audíveis na ruidosa feira de hipocrisia, de mentira e xenofobia em cena. E são atropelados a toda a hora nos terreiros e instâncias da democracia. Não me sai da memória a imagem do menino Aylan Kurdi (lembram-se?), afogado e deitado de borco na areia de uma praia do Mar Egeu, em 2 de setembro de 2015. Então os ditos 'valores europeus' tropeçaram no corpo inerte e não se manifestaram. Emudeceram naquela altura e é sempre assim, simplesmente porque eles não existem; são uma escabrosa falácia.

A natureza e nós

A natureza extrínseca não é alheia à nossa configuração, existência e essência. Imprime a maneira de ser, de imaginar, pensar, admirar e sentir. O ambiente, em que moramos, conforma-nos ao padrão da interação.

Se nos fosse dado nascer e crescer na superfície lunar, desértica de mares e rios, de aves, peixes e da restante fauna, de plantas e flores, de campos cultivados, de matizes e cores, teríamos outra forma e sensibilidade, outra cara e expressividade. Seríamos mirrados de graça no corpo, áridos de emoções no coração e na alma, secos de delicadeza e de ternura nas palavras e mãos, de doçura nos lábios e beijos, de brilho, maravilhamento e lágrimas nos olhos.

Logo, se não cuidarmos de melhorar e preservar o planeta, vai desaparecer o património sensível que perfaz a humanidade. Só temos este lar para ser ‘quem’ e ‘como’ somos!

Testemunho

Já andei muito chão. Não logrei captar a grandeza do universo, mas pressenti a luz das estrelas que povoam a Via Láctea. Se fosse poeta e tivesse olhos no coração e fulgor no verbo, teria visto e dito as coisas mais belas do mundo. E igualmente as mais doridas; é nelas que nascem as lágrimas, as fontes e os rios do mar da existência triste e escusada. Esta devia e podia ser um extenso e faceiro campo de cultivo e colheita de cerejas, figos e pêssegos, mesmo no inverno.

Exigência de honestidade

Há nuvens anunciadoras do arrastamento da Europa para uma tragédia. Será demasiado pedir aos dirigentes da União Europeia e de cada país-membro esclarecimentos sérios acerca da situação na Ucrânia? Conseguem ser honestos e dizer a verdade aos cidadãos? Quais são as perspetivas de resolução da guerra? Querem envolver-nos nela ainda mais? Quantos anos vai durar e quantas vidas já custou e vai custar? Que futuro é desenhado para a Europa e os seus povos, incluindo o russo? Está-se a combater para quê e em nome do quê? Não continuem a tentar tapar o sol com a peneira e a pôr o bem de um lado e o mal todo do outro; é assim que se constrói o inferno.

Os media também deviam reforçar a exigência de honestidade. Mas… talvez não saibam o significado e as implicações deste termo e conceito. Habituaram-se à manipulação e mentira; e o hábito faz o monge.

Aprendizagem crucial

O decurso da vida ensinou-me que as falhas mais graves surgem no capítulo do Ser e do Estar. Os maiores feitos também. Seria bom tirar as devidas ilações desta constatação, enquanto o tempo o consente. Temos que o aproveitar e não o desperdiçar, porquanto não nos livramos do que nos perturba e apouca, atirando-o pela janela ou empurrando-o pelas escadas abaixo. A subtração do mal, tal como o acréscimo do bem, só é possível pouco a pouco, degrau a degrau, grão a grão, passo a passo; e jamais ficará concluída.

Profissional de experiências diferentes e com vivência profunda nas áreas de Gestão de Pessoas e Educação. Movido a desafios e resultados tenho trabalhado em empresas que me ofereceram as condições para que a motivação me levasse a superar limites. Durante período de 7 anos trabalhei como consultor de empresas onde adquiri vivência em ramos diferentes de negócio, do comércio ao industrial. Em 2003 comecei a trabalhar como professor universitário vindo a exercer cargos de gestão como diretor de faculdade, pró-reitor de ensino presencial e reitor do Grupo Uniasselvi. Atualmente o desafio está no cargo que ocupo como Secretário de Educação de Indaial. Também executei trabalho em Cuba, onde atuei na implantação da área de Gestão de Pessoas na fábrica Brascuba Cigarrillos, subsidiária da Souza Cruz.

Vini Jr, além de ser um jogador de futebol excepcional, mostra-se a cada dia um homem consciente e participativo das realidades do país e do mundo. além do episódio recente sobre racismo, em que mostrou toda sua maturidade (apesar dos 22 anos), hoje, tomei conhecimento de ação sua que enobrece o ser humano. Vini Jr tem, em São Gonçalo - RJ, sua terra natal, uma ONG que atende 900 crianças em horários complementares aos escolares. As ementas escolares são traduzidas para a linguagem futebolística, as crianças tem acesso aos mais modernos equipamentos de comunicação e a equipes de professores especializados. Ah! O ambiente também simula um vestiário de clube de futebol. Enquanto isto, o menino Neymar, deixou de comparecer ao almoço de comemoração da conquista do título francês do Paris San Germain para ir a Mônaco acompanhar a corrida de Fórmula1. Será que não tem ninguém da equipe que o assessora para alertá-lo que não basta ser um jogador excepcional mas, tem que ter atitude mesmo na hora da saída. Infelimente parece que o jovem não vai amadurecer nunca.

Mesmo nas monarquias mais autoritárias tinha uma pessoa que falava, sempre de forma irônica, ao rei. Era a figura do Bobo da Corte!

Ele tinha autoridade para falar ao rei, chamá-lo à razão e, de forma descontraída, fazê-lo pensar sobre o que foi dito. Nem os nobres mais nobres tinham a liberdade do Bobo da Corte.

COLUNA DO PRIMO
Por Prof. Ozinil Martins de Souza Escola Superior de Cerveja e Malte e Faculdade Épica Brusque, Santa Catarina, Brasil

Ao assistir a entrevista do Senador Marcos Duval, na Jovem Pan, me surpreendi com a forma como a entrevista foi interrompida. De forma intempestiva o apresentador do Morning Show agradeceu o senador e dispensou-o. Parece que veio ordem de cima (judiciário) para que fosse, imediatamente, retirado do ar. Acho que em breve o presidente precisará de um Bobo da Corte!

Você sabe o que é Bônus Demográfico e como poderá afetar seu futuro?

Você já ouviu algum político falar em bônus demográfico?

A cada dez anos o IBGE faz o censo da população e a partir deste realiza projeções do que poderá acontecer. Quando jovem, a expressão que mais ouvia era que o Brasil era o país do futuro, pois tinha uma população jovem e um potencial de crescimento imenso. Hoje, os números identificam uma situação bem diversa da que foi desenhada em tempos idos. As projeções do IBGE, aqui analisadas, foram baseadas no censo de 2010 e que deverão ser confirmadas com maior clareza após a conclusão do censo de 2022. As análises realizadas mostram para 2050 o seguinte quadro: população total estabilizada em, aproximadamente, 220 milhões de habitantes e com um contingente de idosos (acima de 60 anos) ao redor de 49 milhões. Sim, em 2050, seremos um país envelhecido, com a idade média da população em 46 anos.

Atualmente vive-se no Brasil o período que é conhecido como Bônus Demográfico, onde a maioria da sua população encontra-se em idade de trabalho, portanto, entre 16 e 60 anos. Este período, segundo o IBGE, deve terminar em 2034. Este é o período em que o país deve fazer sua poupança para ter condições de garantir o que virá posteriormente, pois este período só acontece uma vez na vida dos países. Leia-se poupança como reservar o necessário para garantir à população condição aceitável de vida, aproveitando este momento para qualificar sua população e realizando obras de infraestrutura que demandem grandes investimentos.

Se formos buscar na atualidade um exemplo de como isto pode ser feito com sucesso basta olharmos para o Japão. As pessoas vivem, em média, 84 anos e, mais de 70 mil japoneses ultrapassaram a casa dos 100 anos; sua taxa de natalidade está em queda (em 2022 – 1,1 filhos por mulher) e não garante sequer a reposição da população ao nível atual. Em algumas de suas localidades as casas desabitadas estão sendo vendidas ao equivalenteaR$ 5,00 eháum bônus deR$ 30.000,00paraaquelesquedesejam adquiri-las.Tudopara garantir a ocupação de espaços por japoneses e descendentes. O Bônus Demográfico japonês ficou no passado, mas o trabalhorealizadogaranteaseushabitantesumpaíscominfraestruturamoderna,desenvolvimentodeindústria de alta tecnologia, educação de qualidade inquestionável, um dos países mais tecnológicos do mundo onde a robotização é um fato real e um sistema primoroso de atendimento aos idosos, principalmente porque muitos vivem sós. O respeito aos idosos no Japão é exemplar e, os que vivem sós, são monitorados a distância para acompanhamento de suas atividades físicas e médicas.

Enquanto isto, em certopaís aosul doEquador,em plenoBônus DemográficoquandoseviveoaugedoBônus (2022), em que para cada 10 habitantes deveriam existir 4 inativos, o país carrega 10 milhões de desempregados, mais de 50 milhões em atividades informais e assiste a uma luta fraticida entre esquerda e direita e entre beneficiários do sistema (leia-se políticos et caterva) contra o povo. A previsão de déficit financeiro, segundo alguns analistas econômicos, em 4 anos e pelo que permitirá o novo arcabouço fiscal, chegará a 1 trilhão de reais; esta dívida será paga pelas próximas gerações.

Se o futuro é planejado e construído a partir da realidade presente o que nos espera não é positivo e temo que o preço às futuras gerações será pesadíssimo. Você já ouviu algum político falar em bônus demográfico?

ACONTECENDO

Atletamaranhenserepresentandooutroestado,paracontinuarnoesporte @marcioarouche2012

VELOCISTA TIMONENSE

BRILHA E GANHA 5 MEDALHAS NO NORTE/NORDESTE DE ATLETISMO. 3 DELAS DE OURO

A atleta timonense Grabriela Fontinele Lima brilhou no Troféu Norte - Nordeste Loterias Caixa de Atletismo - Adulto, evento da CBAT(Confederação Brasileira de Atletismo) que aconteceu em Recife- PE neste último final de semana (03, 04/06).

A velocista Gaby Fontenele obteve 05 conquistas de pódio, sendo: 1º lugar nos 400 metros rasos, 1º lugar nos 200 metros rasos, 1º lugar no revezamento 4x100 metros, 2º lugar nos 100 metros rasos, e 3º lugar no revezamento 4x400m.

Os timonenses parabenizam Gabriela Fontenele Lima pelo seu feito memorável, ao passo que ficam na torcida pelo seu êxito nas proximas competições que podem lhe levar a disputa internacional na China.

Flavio Gustavo da Silva Barbosa

34335

DATA DE NASCIMENTO

26/12/1992

TREINADOR

JUDSON JOSÉ DE LIMA CLUBE

CT - MARANHÃO

Franciele da Silva Cerqueira

REGISTRO

58261

DATA DE NASCIMENTO

08/05/2000

TREINADOR

SEBASTIÃO DOS SANTOS CLUBE

CT - MARANHÃO

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Licenciado em Educação Física; Mestre em Ciência da Informação Centro Esportivo Virtual Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

Academia Ludovicense de Letras

Academia Poética Brasileira

O punhobol é um esporte coletivo, semelhante ao voleibol, por ser seu precursor; é tido como de origem germânica, jogado ao ar livre em um campo de grama de 50mx20m, com uma rede de 10cm colocada a 2m de altura; também pode ser jogado em uma quadra de salão que mede 40m x 20m. Esse esporte tem cinco jogadores de cada lado e os sets são jogados até um time completar 11 pontos. A bola pode picar no chão antes do jogador tocar nela. Só pode bater em um dos braços e a mão deve estar fechada. Em alemão, Faust significa punho e Ball significa bola. Em inglês, leva o nome de Fistball.

O Punhobol (Faustball ou Fistball) é um dos esportes mais antigos que conhecemos. É da mesma fonte de onde surgiu o tênis. Encontrou-se relatos de até 2000 anos atrás sobre jogos semelhantes ao punhobol. Ao que tudo indica,suaorigem estáem jogos com bolasdesenvolvidos pelos romanos eabsorvidos pelaVelhaGrécia. Segundo Becq de Fourquieres, os romanos descobriram a bola grande (Follis) e que em épocas distantes, precisamente 300 anos A.C., vivia um pugilista chamado Dichter Plautus que, para seu preparo físico, batia numa bola oval com seus punhos. Alguns manuscritos de Büttcher indicam que o jogo foi introduzido em Sparta, dividindo-se dois grupos de participantes por uma mureta de pedra. Linhas feitas com pedras demarcavam o final do campo, de modo que, nas defesas e rebatidas em que a bola tocava fora destas marcas, o jogo tinha o seu final. Outras informações indicavam a bola oca, confeccionada com uma espécie de couro e forrada com penas ou fazenda leve.

A bola está presente na arte dos romanos e dos gregos. Possuíam uma especial, feita em couro (Alaun) e bexiga de animal que era cheia com ar. Esta bola era rebatida no antebraço (Lusus Cubitalis) com o punho fechado. Existia uma espécie de luva de couro de sapato que protegia o braço dos jogadores. Esta bola era muito leve e usada tanto por jovens como por adultos, isto há 100 anos a.C

Já em 242 d.C. manuscritos mostravam tres homens com bolas de punhobol, desenvolvendo músculos e tórax para terem maior força nos saques. Em documentos encontrados no ano de 240 DC, há uma citação do imperador romano Gordianus III (Marcvs Antonivs Gordianvs Sempronianvs).

Na idade média, segundo Zeiten Scanios, a bola já era muito grande, envolta com bandagem e muito pesada, mas sempre rebatida no antebraço. Por isso houve um aperfeiçoamento da luva de couro de sapato para o “Bracialle do Italiano”, isto no ano de 1672.

Também na Idade Média no ano de 1555, Antonio Scanios no seu “Trattato di Gioco Della Palla”, ou “Gioco de Pallone” (Punhobol), dizia que esta bola era maior que todas as outras dos demais jogos, tinha 36 cm de diâmetroepesavaum Quilograma.Tinhatriplaenvolturadecouro,enchida com arfortementeporumabomba e que, durante um jogo, precisava ser cheia por diversas vezes. Diante disso eram necessárias sempre diversas bolas.Háhistóriassobrebatidasdeaté100metros ,quaseinacreditáveis!Umesforçomuitograndeeraexigido do músculo do braço e de outras partes do corpo. O Bracialle era um instrumento com visíveis pontinhas em forma de trapézio em que se encaixava o braço direito segurando-se firmemente numa haste para suportar o peso de aproximadamente dois quilogramas e que tornava o Punhobol um jogo prolongado, cansativo e que exigia muita preparação devido também ao tamanho do campo, 90m X 20m, dividido ao meio por uma linha.

Antonio Scaino de Saló publica as primeiras regras do popular esporte italiano o “Trattato del Giuco con la Palla di Messer” (in Vinegia, organizado por Gabriel Giolito de’ Ferrari et fratelli, MCLV). O poeta alemão

Johann Wolfgang von Goethe escreveu no ano de 1786 em seu livro ” Viagens pela Itália” o seguinte: “quatro cavalheiros de Verona batiam na bola com o punho contra quatro Vicentinos, praticavam este jogo entre eles durante todo o ano duas horas antes de anoitecer.”

PUNHOBOL/FAUSTBALL/FISTBALL

O auge dos jogos italiano foi, segundo Giacomo Leopardi, no final do século XVIII e começo do século XIX, onde em Milano e em Turim no ano de 1894, este moderno jogo de Punhobol foi assistido por um enorme público.

Também em outros países o Punhobol foi jogado no final do século passado; na França praticava-se o “Ballon a la Ligne “, daí os jogos chegaram ao Punhobol atual. Da Itália o jogo rumou para a Inglaterra, com toda a semelhança dos relatos italianos, até o começo do século XIX eventualmente o jogo foi praticado na Alemanha. Existiam muitos comentários deste jogo, mas nunca foram elaborados regulamentos. Só no final do século XIX G. H. Weber deu vida nova ao Punhobol, sendo por isto denominado de Pai do Punhobol Alemão, impondo nos fins do ano de 1800 um rígido regulamento que foi imediatamente assumido por todas as equipes que praticavam este esporte.

No dia 30 de junho de 1895 em Maddenburg as regras foram comentadas, retificadas e publicadas no Jornal Ginástica e Jogos Juvenis, sendo oficializadas e apresentadas para o povo nos Jogos Juvenis da Alemanha em 1898. Após a guerra, o Punhobol entrou nos clubes ginásticos alemães que logo organizaram campeonatos anuais, aprimorando sempre mais a técnica, a garra e a força aplicadas no esporte. Da Alemanha o Punhobol evoluiu para a Áustria em 1933, posteriormente para Suíça, Tchecoslováquia, Polônia e ainda na Holanda. Em 1796, professor e educador alemão Johann Christoph Friedrich Guts Muths (1759-1839) escreveu em seu livro de esportes sobre este jogo. Com o atravessar dos anos, a prática do Punhobol foi sendo lapidada e foi regulamenta na Alemanha apenas em 1800. Desta data em diante, o esporte foi difundido em países como a Áustria, Suíça, Tchecoslováquia, Polônia e Holanda. No Brasil, o Punhobol foi introduzido pelos imigrantes alemães no começo do século XX que praticavam principalmente em seus clubes, apenas em caráter recreativo. Os três estados do sul do Brasil são praticantes deste esporte assim como diversos outros países, entre eles Alemanha, Suíça, Áustria, Itália, Índia, EUA, Chile, Argentina, Colômbia.

O punhobol encontrou maior repercussão na Alemanha. Ali se joga de forma organizada desde 1893 e é parte do movimento ginástico alemão que teve seu início com o movimento dos trabalhadores em 1848. O primeiro campeonato alemão masculino se realizou no ano de1913 e o feminino em 1921 dentro da “Gymnaestrada Alemã”.

A referência mais antiga do punhobol no Brasil é de 1911 com a criação do Departamento de Futebol pela Sociedade de Ginástica Porto Alegre – Sogipa, clube do Rio Grande do Sul.

Regras do Punhobol - Disciplina - Educação Física (seed.pr.gov.br)

O punhobol ainda é pouco conhecido no Brasil, apesar do esporte estar entre um dos mais vencedores do país. São dezenas de conquistas internacionais, incluindo todas as categorias e gêneros. Os Campeonatos SulAmericanos, de seleções nacionais, são disputados desde 1961. A Argentina venceu em 1961 e 1983, os demais títulos, todos, foram conquistados pelo Brasil, inclusive na categoria juvenil (desde 1984), feminina adulto (desde 1987) e feminina juvenil (desde 1988). Apesar das conquistas, o esporte não tem muito apoio político e econômico em terras brasileiras.

As equipes do Clube Duque de Caxias – Curitiba/Pr - são colecionadores de títulos nacionais e internacionais. Em 2018, o esporte completou 100 anos do primeiro registro de sua prática no Clube. Campos de punhobol | Clube Duque (clubeduquedecaxias.com.br)

Ano 1931\Edição 02391 (1) O Dia (PR) - 1923 a 1961

Ano 1931\Edição 02407 (1)

Ano 1931\Edição 02394 (1)

1933\Edição 02858 (1)
02998 (1)
Ano
Ano 1933\Edição
Ano 1934\Edição 00549 (1) Correio do Paraná : Orgão do Partido Liberal Paranaense (PR) - 1932 a 1965

Ano 1949\Edição 16847 (1) Diario da Tarde (PR) - 1899 a 1983

Ano 1953\Edição 19086 (1)

Ano 1954\Edição 19125 (1)

Ano 1954\Edição 19130 (1)

Ano 1956\Edição B02277 (1) Paraná Esportivo (PR) - 1952 a 1963

Ano 1956\Edição B02318 (1)

Ano 1956\Edição B02324 (1)

Ano 1956\Edição 02385 (1)

Ano 1957\Edição 02573 (1)

Ano 1957\Edição 02748 (1)

Ano 1957\Edição 02754 (1)
Ano 1957\Edição 02759 (1)
Ano 1958\Edição 02874 (1)
Ano 1958\Edição 02994 (1) Ano 1959\Edição 03202 (2)
Ano 1965\Edição 20444B (1) Ano 1965\Edição 20451 (1)
Ano 1966\Edição 20656 (1) Ano 1967\Edição 21155 (1)

Ano 1967\Edição 20982 (1) Diario da Tarde (PR) - 1899 a 1983

Ano 1971\Edição 21513 (1)

Ano 1972\Edição 21790 (1)

Ano 1972\Edição 21839 (1) Ano 1972\Edição 21840 (1)
Ano 1973\Edição 21893 (1) Ano 1973\Edição 21896 (1) Ano 1973\Edição 21922B (1)
Ano 1973\Edição 21922C (1) Ano 1973\Edição 22013 (1)
Ano 1973\Edição 22029 (1)
Ano 1974\Edição 22347 (1)
Ano 1980\Edição 23435 (1)
Ano 1980\Edição 00852 (1) Correio de Notícias (PR) - 1980 a 1989
1981\Edição 23698 (1)
1981\Edição
Ano
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Ano 1992\Edição (1) Correio de Notícias : A serviço do Paraná (PR) - 1990 a 1992
Ano 1992\Edição 00134 (1)
1958
FUTEBOL DE SALÃO/FUTSAL
Ano 1959\Edição 00468 (1) - DEZEMBRO
Ano 1961\Edição 03022 (1)

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