REVISTA DO LÉO 13 - OUTUBRO 2018

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REVISTA DO LEO REVISTA ELETRONICA EDITADA POR

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Prefixo Editorial 917536

SÃO LUIS – MARANHÃO NUMERO 13 – OUTUBRO - 2018 A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.

EXPEDIENTE


REVISTA DO LEO Revista eletrônica EDITOR Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luis – Maranhão (98) 3236-2076

CAPA: Leopoldo Gil Dulcio Vaz conduzindo a Tocha Olímpica em São Luis-MA

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física, Especialista em Metodologia do Ensino, Especialista em Lazer e Recreação, Mestre em Ciência da Informação. Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado; Titular da UEMA (1977/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF-MA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e de Pesquisa e Extensão); Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 14 livros publicados, e mais de 250 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Comissão Comemorativa do Centenário da Faculdade de Direito do Maranhão, OAB-MA, 2018; Recebeu: Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luis (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM; Premio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Premio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; ALL em Revista, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras, vol 1, a vol 4, 12 16 edições. Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.


REVISTA DO LÉO

NÚMEROS PUBLICADOS VOLUME 1 – OUTUBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_1_-_outubro_2017 VOLUME 2 – NOVEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_2_-_novembro_2017 VOLUME 3 – DEZEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_3_-_dezembro_2017 VOLUME 4 – JANEIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_4_-_janeiro_2018 VOLUME 5 – FEVEREIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_5_-_fevereiro_2018h VOLUME 6 - MARÇO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_6_-_mar__o_2018 VOLUME 6.1 – EDIÇÃO ESPECIAL - MARÇO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_ VOLUME 7 – ABRIL DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_7_-_abril_2018 VOLUME 8 - MAIO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8_-_maio__2018 VOLUME 8.1 - EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra VOLUME 9 – JUNHO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_9_-_junho_2018__2_ VOLUME 10 – JULHO DE 2018 – https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_10_-_julho_2018 VOLUME 11 – AGOSTO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_11_-_agosto_2018 VOLUME 12 - SETEMBRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_12_-_setembro_2018


EDITORIAL

A “REVISTA DO LÉO”, eletrônica, é disponibilizada, através da plataforma ISSUU https://issuu.com/home/publisher. É uma revista dedicada às duas áreas de meu interesse, que se configuraram na escolha de minha profissão – a Educação Física, os Esportes e o Lazer, e na minha área de concentração de estudos atual, de resgate da memória; comecei a escrever/pesquisar sobre literatura, em especial a ludovicense, quando editor responsável pela revista da ALL, após ingresso naquela casa de cultura, como membro fundador. Estou resgatando minhas publicações disponibilizadas através do “Blog do Leopoldo Vaz” – que por cerca de 10 anos esteve na plataforma do G1/Globo Esporte/Mirante, recentemente retirado do ar, quando da reestruturação daquela mídia de comunicação; perdeu-se o registro, haja vista que o arquivo foi indisponibilizado. Quase a totalidade do que ali foi publicado apareceu, também, no Centro Esportivo Virtual – CEV -, http://cev.org.br/ , https://www.facebook.com/cevnauta/: e nas Comunidades que administrava e/ou participava, em especial: - Educação Física no Maranhão, http://cev.org.br/comunidade/maranhao, https://www.facebook.com/search/top/?q=cev%20educa%C3%A7%C3%A3o%20f%C3%ADsica%20no %2 0maranh%C3%A3o - História dos Esportes, https://www.facebook.com/search/str/cev+hist%C3%B3ria+da+educa%C3%A7%C3%A3o+f%C3%ADs ica +e+dos+esportes/keywords_search - Atletismo, https://www.facebook.com/groups/cevatletismo/ - Capoeira, https://www.facebook.com/groups/cevcapoeira/ e agora, no Facebook, https://www.facebook.com/groups/cevefma/. Do “Atlas do Esporte no Maranhão” colocarei os capítulos no atual estado-da-arte, e sempre que houver algum fato novo, a sua atualização: http://cev.org.br/biblioteca/atlas-esporte-maranhao/ No campo da Literatura Ludovicense/maranhense, permanece aberta às contribuições, em especial, a construção da “Antologia Ludovicense”. http://all.org.br/all_em_revista.html Esta, a proposta... Está totalmente aberta às contribuições... LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ EDITOR


SUMÁRIO EXPEDIENTE EDITORIAL SUMÁRIO MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E LAZER INDÍCIOS DE CAPOEIRAGEM NO CEARÁ MARCO ESTRELA JOSÉ DE , UM DRIBLADOR MARANHENSE. INTRODUÇÃO DO ESPORTE MODERNO EM MARANHÃO: Novos Apontamentos para sua História – 1907/1910 ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ (ORGANIZADOR/EDITOR)

2 4 5 6 7 41 42 48

ARTIGOS, CRÔNICAS, DISCUSSÕES, OPINIÕES APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DAS ARTES NAVAIS NO MARANHÃO O MUSEU DA VILA VELHA DE VINHAIS

49 52 79 80 83 85 87 89 92 95 96 110

NA(S) ACADEMIA(S) – LITERATURA LUDOVICENSE/MARANHENSE

111

RUGBY ATLAS DO ESPORTE NO CEARÁ - CAPOEIRAGEM LIVRO ÁLBUM DOS MESTRES CAPOEIRA MIZINHO LUIS GENEROSO PEDRO NEGÃO MARINHO CACÁ

ELITISMO DO IHGM GUARNICÊ – UM NOVO MOVIMENTO LITERÁRIO? ESPORTE & LITERATURA - MARANHÃO O PENSAMENTO DO JORGE BENTO DIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL DE QUEM EU GOSTO… CORPO PERFORMATIVO O MILAGRE DO CCDEFPLP 2018 SER PROFESSOR SE FOSSE PARDAL… DA IDEIA DA ‘DEMOCRACIA’

115 182 186 192 193 193 193 194 194 195 195


MEMÓRIA DA EDUCAÇão FÍSICA, ESPORTES E LAZER Artigos, crônicas, publicadas nas diversas mídias – jornais, revistas dedicadas, blogs – pelo Editor, resgatadas... Serão replicadas na ordem em que escritas e divulgadas.


INDÍCIOS DE CAPOEIRAGEM NO CEARÁ LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ1 [...] Os capoeirista cearenses se destacam no cenário mundial da Capoeira, mas muitos de sua gênese, em Terra Alencarina, está obscura. Sabe-se que essa manifestação cultural tem origem incerta, seu primeiro aparecimento em vários pontos do Brasil, sobretudo, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Mais recentemente tem-se apontado para a possibilidade de outros estados estarem envolvidos em sua gênese, ainda não é o caso do Ceará, não há registro nesse sentido, apenas meras conjecturas. In “HISTÓRIA DA CAPOEIRA NO

CEARÁ” disponível capoeira-no-ceara/

em

https://fundacao-axe-dende.webnode.com/historia-da-

Outro dia, pedi para entrar na Roda e desafiei Mestre Pezão, que refugou. Ao anunciar evento de Capoeira em Tianguá, postei uma história da Capoeira no Piauí, e Pezão disse não ter sentido, a publicação. Disse-lhe, então, que era para servir de exemplo, para o resgate da memória da capoeira no Ceará e, quem sabe, a construção do Atlas da Capoeira no Ceará – este o desafio!!! Em resposta, mandou-me uma lista de Mestres, que poderiam constituir o Livro-Álbum dos Mestres Capoeiras do Ceará, a exemplo do que se faz no Maranhão2... Na construção do Atlas do Esporte no Brasil3, o termo Capoeira(gem)4 aparece referenciado; no Atlas do Maranhão5, também. Pois bem, apresento uma primeira contribuição, para ver se surte efeito a provocação. Busco as referencias em jornais da época, disponíveis na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional6, utilizando-me da busca pelo local – no caso: CE; e em todos os periódicos e todas as datas em que foram publicados, utilizando o termo de busca ‘capoeira’; encontrou-se:

1

Nome

Descrição

Páginas

Ocorrências

709506

O Cearense (CE) - 1846 a 1891

24325

84

103950

Gazeta do Norte : Orgão Liberal (CE) - 1880 a 1890

9174

21

229865

Libertador : Orgão da Sociedade Cearense Libertadora (CE) - 1881 a 1890

5378

20

216828

Pedro II (CE) - 1840 a 1889

12594

17

234702

A Ordem : Trabalho e justiça (CE) - 1916 a 1933

3746

11

720763

A Lucta (CE) - 1914 a 1924

2406

11

801399

A Republica : Fusão do Libertador e Estado do Ceara (CE) - 1892 a 1897

5836

10

Professor de Educação Física, Mestre em Ciência da Informação. Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; membro fundador da Academia Ludovicense de Letras 2 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CRONICA DA CAPOEIRAGEM. Disponível em https://issuu.com/leovaz/docs/cronica_da_capoeiragem_-_issuu VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE. Inédito’ 3 O Atlas do Esporte no Brasil é a maior base de dados de acesso gratuito em língua portuguesa, com resumos em inglês, abrangendo a Educação Física, esportes e atividades físicas de saúde, lazer e turismo. Os dados são produzidos como serviço à comunidade, sem remuneração, por autores voluntários, por iniciativa do Conselho Federal de Educação Física e Conselhos Regionais de Educação Física. Disponível em www.atlasesportebrasil.org..br ; http://www.atlasesportebrasil.org.br/index.php ; http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/1.pdf 4 http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/69.pdf 5 http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/181.pdf ; http://cev.org.br/biblioteca/atlas-esporte-maranhao/ 6 http://memoria.bn.br/DocReader/docmulti.aspx?bib=%5Bcache%5D228670.6326852.DocLstX&pesq=capoeira


Nome

Descrição

Páginas

Ocorrências

235334

A Constituição (CE) - 1863 a 1889

6830

6

764450

A Razão : Independente, Politico e Noticioso (CE) 1929 a 1938

11784

6

765198

O Ceará (CE) - 1928

2759

6

168092

A Cidade (CE) - 1899 a 1904

1836

4

144843

Revista Trimensal do Instituto do Ceará (CE) - 1887 a 1900

4030

3

231894

Jornal do Ceará : Politico, Commercial e Noticioso (CE) - 1904 a 1911

3425

3

706752

Imperio do Brasil: Diario do Governo (CE) - 1823 a 1833

4420

3

709450

O Sol: jornal litterario, politico e critico (CE) - 1856 a 1898

742

3

720631

O Jornal (CE) - 1932 a 1935

444

3

714380

Gazeta do Sobral : Orgão Imparcial (CE) - 1881 a 1888

209

2

166693

Patria (CE) - 1910 a 1915

1159

1

166731

Revista da Academia Cearense (CE) - 1896 a 1901

1460

1

180238

A Nota (CE) - 1917 a 1921

2266

1

215473

Maranguapense : Jornal Litterario, Commercial e Noticioso (CE) - 1874 a 1875

184

1

247111

Gazeta Official : A Gazeta Official do Ceara (CE) - 1862 a 1864

737

1

404098

O Commercial : Jornal dos Interesses Commerciaes, Agricolas e Industriaes (CE) - 1845 a 1860

728

1

494712

Ipu em Jornal : Castigat Ridendo Mores (CE) - 1957 a 1962

340

1

701700

O Juiz do Povo (CE) - 1850 a 1851

226

1

721255x

O Rebate : jornal independente (CE) - 1907 a 1913

1140

1

766275

Pyrilampo (CE) - 1874

79

1

770507

A Pilheria : Jornal Critico (CE) - 1897

8

1

770558

O Retirante (CE) - 1877 a 1878

151

1

778451

O Tagarella : jornal livre, critico e noticioso (CE) - 1865

124

1

800015

Mensagem Apresentada á Assembléa Legislativa (CE) 1936 a 1960

1408

1

800040

Diario da Manhã (CE) - 1929

541

1

814741

José de Alencar : Orgão da Sociedade Litteraria José de Alencar (CE) - 1892 a 1893

8

1

815209

O Republicano (CE) - 1895 a 1896

52

1

817295

Almanach Administrativo, Estatistico, Mercantil, Industrial e Literario do Estado do Ceará (CE) - 1896 a 1902

2091

1


ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PRILIMINARES Partindo do entendimento de que a Capoeira é uma prática cultural no sentido mais dinâmico possível do termo, o que é a Capoeira? 7 Como podemos defini-la? Esse entendimento é essencial, para podermos interpretar o surgimento e o entendimento do que se referia ao utilizar o termo, na imprensa, ao longo do tempo, não só no Ceará... Tenho encontrado as mais variadas respostas: capoeira é luta; capoeira é esporte; capoeira é folclore; outros dizem que é um lazer; é uma festa; é vadiação; é brincadeira; é uma atividade educativa de caráter informal. Não me conformo com essas classificações simplistas e reducionistas; compreendi que a Capoeira é tudo isso... Assim, compreender a Capoeira como sendo uma prática cultural representa um salto qualitativo para além das visões essencialistas, que, por vezes, apelam para um mito de origem reivindicando a pureza ou a tradição de certo antigamente da Capoeira. Quero chamar a atenção para o entendimento de que as práticas culturais, como a Capoeira, não estão paradas no tempo e, por isso mesmo, a transformação constante é inevitável. As necessidades e os problemas dos (as) Capoeiras de outrora não são os mesmos de hoje. A cada dia se joga uma Capoeira diferente. A Capoeira de hoje é diferente da Capoeira de ontem e da de amanhã – esse exemplo de constante transformação demonstra suficientemente bem que a cultura está em permanente mudança8. Para Viera (2017) 9: Não podemos perder a perspectiva de que Arte se relaciona com técnica e que muitas modalidades esportivas de lutas são consideradas como "Artes" Marciais. Neste contexto a Federação Internacional de Capoeira é fundadora da União Mundial de "Artes" Marciais (WOMAU) e que a modalidade, enquanto atividade física e esporte é bicampeã mundial de Artes Marciais.

Para Mestre Tuti (2011) 10: A Capoeira é essencialmente dialética e dinâmica; e por ser uma manifestação que se espalhou pelo mundo muito recentemente, recebe milhares de análises em seus diversos aspectos – teórico, técnico, didático, tático, filosófico etc. - e cada uma delas baseada na realidade de cada norteador de um trabalho (entenda-se: Mestre, Professor, Instrutor etc.). Até aqui, vemos a fortaleza da Capoeira: a junção dos diversos pontos de vista que fazem com que ela não seja monopolizada em única verdade; e, sim, descentralizada em diversas faces de uma mesma manifestação. O que não é salutar é a imposição de uma verdade em detrimento de outra, gerando a perda de criatividade e a estabilização dos conhecimentos. Desta forma, é difícil dizer que algo é errado na Capoeira.

Assim, práticas culturais são aquelas atividades que movem um grupo ou comunidade numa determinada direção, previamente definida sob um ponto de vista estético, ideológico, etc.11. A arte apresenta registros documentais e iconográficos desde o século XVIII12.

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VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no Maranhão – afinal, o que é Capoeiragem? In www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=379 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O que é a Capoeira ? In JORNAL DO CAPOEIRA, disponível em www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=675 8 CORTE REAL, Márcio Penna. A Capoeira na perspectiva intercultural: questões para a atuação e formação de educadores(as). 2004 9 VIERA, Sérgio. Correspondencia pessoal via correio eletrônico, destinada a Leopoldo Gil Dulcio Vaz, em 07 de setembro de 2017 10 Mestre Tuti in CHAMADA NA ‘BENGUELA’ -17/11/2011) To: capoeiranaescola@googlegroups.com Sent: Saturday, September 17, 2011 1:04 AM Subject: Chamada na 'Benguela’ 11 COELHO, T. DICIONÁRIO CRÍTICO DE POLÍTICA CULTURAL. São Paulo: Iluminuras, 1999 12 IPHAN, Assessoria de Imprensa do Iphan. A capoeira na história. in REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL, Ed. de Julho de 2008, disponível em http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1871 ARAUJO, Paulo Coelho de; JAQUEIRA, Ana Rosa Fachardo. DO JOGO DAS IMAGENS AS IMAGENS DO JOGO – nuances de interpretação iconográfica sobre a Capoeira. Coimbra - Portugal: Centro de Estudos Biocinéticos, 2008.


O que é ‘capoeira’? Verniculização do tupi-guarani caá-puêra: caá = mato, puêra = que já foi; no Dialeto Caipira de Amadeu de Amaral: Capuêra, s.f. – mato que nasceu em lugar de outro derrubado ou queimado. Data de 1577 primeiro registro do vocábulo “capoeira” na língua portuguesa: Padre Fernão Cardim (SJ), na obra “Do clima e da terra do Brasil”. Conotação: vegetação secundária, roça abandonada (Vieira, 2005) 13. No jornal cearense “Pedro II”, do ano de 1852, edição 1090, aparece como se referindo a uma localidade, Capoeira do Araújo, a mesma que aparece por essa época em vários jornais, quando da construção de uma estrada. Aparece também em diversos folhetins de Camilo Castelo Branco, referindo-se a mato rasteiro, e este abaixo, transcrito da edição de 26 de janeiro de 1872, de um folhetim de José da Silva Mendes Leal, em que explica o termo ‘capoeira’ como sendo mato rasteiro, várzea:

Por Capoeira deve-se entender “individuo(s) ou grupo de indivíduos que promovião acções criminosas que atentavam contra a integridade física e patrimonial dos cidadãos, nos espaços circunscritos dos centros urbanos ou área de entorno“?

conforme a conceitua Araújo (1997) como:

14

ao se perguntar “mas quem são os capoeiras? e por capoeiragem

[...] a acção isolada de indivíduos, ou grupos de indivíduos turbulentos e desordeiros, que praticam ou exercem, publicamente ou não, exercícios de agilidade e destreza corporal, com fins maléficos ou mesmo por divertimento oportunamente realizado? (p. 69); e capoeirista, como sendo: os indivíduos que praticam ou exercem, publicamente ou não, exercícios de agilidade e destreza corporal conhecidas como Capoeira, nas vertentes lúdica, de defesa pessoal e desportiva? (p. 70).

13

VIEIRA, Sérgio Luiz de Souza. Capoeira. in PEREIRA DA COSTA, Lamartine (org.). ATLAS DE ESPORTES NO BRASIL. Rio de Janeiro : Shape, 2005, p. 39-40. 14 ARAUJO, Paulo Coelho de. ABORDAGENS SÓCIO-ANTROPÓLIGAS DA LUTA/JOGO DA CAPOEIRA – de uma actividade guerreira para uma actividade lúdica. (S.L.): PUBLISMAI – Departamento de Publicações do Instituto Superior Maia (Porto), 1997.


Para esse autor, capoeiras era a denominação dada aos negros que viviam no mato e atacavam passageiros (p. 79), em nota registrando Decisão de 27 de julho de 1831, documentada na Coleção de Leis do Brasil no ano de 1876, p. 152-153; “manda que a Junta Policial proponha medidas para a captura e punição dos capoeiras e malfeitores. (ARAÚJO, 1997). Nos jornais cearenses pesquisados, em dado momento surge o termo ‘capoeira de galinhas’ certamente se referindo espécie de cesto feito de varas, onde se guardam capões, galinhas e outras aves, conforme Rego, 1968 15: [...] os escravos que traziam capoeiras de galinhas para vender no mercado, enquanto ele não se abria, divertiam-se jogando capoeira. (Antenor Nascimento, citado por REGO, 1968, citados por MANO LIMA – Dicionário de Capoeira. Brasília: Conhecimento, 2007, p. 79) 16.

ARAUJO, Paulo Coelho de; JAQUEIRA, Ana Rosa Fachardo. DO JOGO DAS IMAGENS AS IMAGENS DO JOGO – nuances de interpretação iconográfica sobre a Capoeira. Coimbra - Portugal: Centro de Estudos Biocinéticos, 2008.

Segundo Coelho (1997, p. 5) 17 o termo capoeira é registrado pela primeira vez com a significação de origem linguística portuguesa (1712), não se visualizando qualquer relação com o léxico tupi-guarani. Em 1757 é encontrada primeira associação da palavra capoeira enquanto gaiola grande, significando prisão para guardar malfeitores. (OLIVEIRA, 1971, citado por ARAÚJO, 1997, p. 5) 18. Encontrei na correspondência do então Governador do Estado do Maranhão e Grão-Pará e o Ministro de D. José I. Marcos Carneiro de Mendonça19 em “A Amazônia na era Pombalina”, carta de Mendonça Furtado20 a seu irmão, o Marques de Pombal, datada de 13 de junho de 1757, dando conta da desordem acontecida no Arraial do Rio Negro, com as tropas mandadas àquelas paragens, quando da demarcação das fronteiras entre as coroas portuguesa e espanhola. Afirma que os dois regimentos que foi servido mandar para guarnição eram compostos daquela vilíssima canalha que se costuma mandar para a Índia e para as outras conquistas,

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LIMA, Mano. DICIONÁRIO DE CAPOEIRA. 3ª. Ed. Ver. E amp. Brasília: Conhecimento, 2007 ARAUJO, Paulo Coelho de; JAQUEIRA, Ana Rosa Fachardo. DO JOGO DAS IMAGENS AS IMAGENS DO JOGO – nuances de interpretação iconográfica sobre a Capoeira. Coimbra - Portugal: Centro de Estudos Biocinéticos, 2008. MARINHO, Inezil Penna. A GINÁSTICA BRASILEIRA. 2 ed. Brasília, Ed. Do Autor, 1982 16 LIMA, Mano. DICIONÁRIO DE CAPOEIRA. 3ª. Ed. Ver. E amp. Brasília: Conhecimento, 2007. 17 ARAÚJO, 1997, obra citada. 18 ARAÚJO, 1997, obra citada, 19 MENDONÇA, Marcos Carneiro de. A AMAZONIA NA ERA POMBALINA. Tomo III. Brasilia: Senado Federal, 2005, volume 49-C. 20 Francisco Xavier de Mendonça Furtado (1700 — 1769) foi um administrador colonial português. Irmão do Marquês de Pombal e de Paulo António de Carvalho e Mendonça. Foi governador geral do Estado do Grão-Pará e Maranhão de 1751 a 1759 e secretário de Estado da Marinha e do Ultramar entre 1760 e 1769. http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Xavier_de_Mendon%C3%A7a_Furtado


por castigo. A maior parte das gentes que para cá era mandada eram ladrões de profissão, assassinos e outros malfeitores semelhantes, que principiavam logo por a terra em perturbação grande: [...] que estava uma capoeira cheia desta gente para mandarem para cá [...] sem embargo de tudo, se introduziram na Trafalha, soltando-se só do regimento de Setúbal, nos. 72 ou 73 soldados, conforme nos diz o Tenente-Coronel Luis José Soares Serrão, suprindo-se aquelas peças com estes malfeitores [...] rogo a V. Exa. queira representar a Sua Majestade que, se for servido mandar algumas reclutas (sic), sejam daqueles mesmos homens que Sua majestade, ordenou já que viesse nestes regimentos, e que as tais capoeiras de malfeitores se distribuam por outras partes e não por este Estado que se está criando [Capitania do Rio Negro] [...] (p. 300). (grifos do texto).

Ou devemos entendê-la, a Capoeira, como: [...] Desporto de Criação Nacional, surgido no Brasil e como tal integrante do patrimônio cultural do povo brasileiro, legado histórico de sua formação e colonização, fruto do encontro das culturas indígena, portuguesa e africana, devendo ser protegida e incentivada” (Regulamento Internacional da Capoeira) 21;

assim como Capoeira, em termos esportivos, refere-se a [...] um jogo de destreza corporal, com uso de pernas, braços e cabeça, praticado em duplas, baseado em ataques, esquivas e insinuações, ao som de cânticos e instrumentos musicais (berimbau, atabaque, agogô e reco-reco). Enfocado em sua origem como dança-luta acabou gerando desdobramentos e possibilidades de emprego como: ginásticas, dança esporte, arte marcial, folclore, recreação e teatro, caracterizando-se, de modo geral, como uma atividade lúdica. (Atlas do Esporte no Brasil, 2005, p. 3940) 22.

“Capoeiragem”, de acordo com o Mestre André Lace: ”uma luta dramática” (in Atlas do Esporte no Brasil, 2005, p. 386-388)23. “Carioca” Uma briga de rua, portanto capoeiragem (no sentido apresentado por Lacé Lopes) – outra denominação que se deu à capoeira, enquanto luta praticada no Maranhão, no século XIX e ainda conhecida por esse nome por alguns praticantes no início do século XX. 24

Para Câmara Cascudo (1972) 25, Capoeira: 21

Aprovados em Assembléia Geral de fundação da Federação Internacional de Capoeira - FICA - ocorrida por ocasião do I Congresso Técnico Internacional de Capoeira, realizado nos dias 03, 04, 05 e 06 de junho de 1999 na Cidade de São Paulo, SP, Brasil, revisados na Assembléia Geral Extraordinária ocorrida na Cidade de Lisboa, Portugal, em 02 de julho de 2001 e pelo II Congresso Técnico Internacional de Capoeira, realizado na Cidade de Vitória, ES, Brasil, nos dias 15, 16 e 17 de novembro de 2001. 22 PEREIRA DA COSTA, Lamartine. ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. Belo Horizonte: SHAPE, 2005, VIEIRA, Sérgio Luis de Sousa - Capoeira - http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/1.pdf; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no/do Maranhão http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/181.pdf LOPES, André Luis Lacé. Capoeiragem -http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/69.pdf também disponível em http://www.confef.org.br/arquivos/atlas/atlas.pdf; http://www.atlasesportebrasil.org.br/escolher_linguagem.php; 23 LOPES, André Luis Lacé. Capoeiragem -http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/69.pdf também disponível em http://www.confef.org.br/arquivos/atlas/atlas.pdf 24 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio Vaz. A CARIOCA. in BOLETIM DO IHGM, no. 31, novembro de 2009, edição eletrônica em CD-R (pré-print). VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no/do Maranhão http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/181.pdf VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no Maranhão – afinal, o que é Capoeiragem? In JORNAL DO CAPOEIRA, disponível em www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=379 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O que é a Capoeira ? In www.jornalexpress.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticias=675 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO. São Luis: SEDEL, 2014, em DC 25 CAMARA CASCUDO, Luis da. DICIONÁRIO DO FOLCLORE BRASILEIRO. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1972.


[...] jogo atlético de origem negra, ou introduzida no Brasil por escravos bantos de Angola, defensivo e ofensivo, espalhado pelo território e tradicional no Recife, cidade de Salvador e Rio de Janeiro, onde são reconhecidos os mestres, famosos pela agilidade e sucessos.

Informa o grande folclorista que, na Bahia, a capoeira luta com adversários, mas possui um aspecto particular e curioso, executando-se amigavelmente, ao som de cantigas e instrumentos de percussão, berimbaus, ganzá, pandeiro, marcando o aceleramento do jogo o ritmo dessa colaboração musical. No Rio de Janeiro e Recife não há, como não há notícia noutros Estados, a capoeira sincronizada, capoeira de Angola e também o batuque-boi. Refere-se, ainda, à rivalidade dos guaiamus e nagôs, seu uso por partidos políticos e o combate a eles pelo chefe de Polícia, Sampaio Ferraz, no Rio de Janeiro, pelos idos de 1890. O vocábulo já era conhecido, e popular, em 1824, no Rio de Janeiro, e aplicado aos desordeiros que empregavam esse jogo de agilidade. (CÂMARA CASCUDO, Dicionário do Folclore) 26. Para a Capoeira, apresentam-se três momentos importantes: finais do século XIX, quando a prática da capoeira é criminalizada; décadas de 30/40, quando ocorre sua liberação; década de 70, quando se torna oficialmente um esporte. CAPOEIRA ANGOLA - a proposta explícita da capoeira Angola é tradicionalista, no sentido de manter, o quanto possível, os “fundamentos” ensinados pelos antigos mestres. Está intimamente ligada a figura de Mestre Pastinha – Vicente Ferreira Pastinha -; aprendeu a capoeira antes da virada do século XIX (nasceu em 1889) com um velho africano. CAPOEIRA REGIONAL - é a partir do final da década de 1920 que Mestre Bimba – Manoel dos Reis Machado – desenvolveu na Bahia a sua famosa capoeira Regional, que, apesar do nome, foi a primeira modalidade de capoeira a ser praticada em todo o Brasil e no exterior. Bimba partiu de uma crítica da capoeira baiana, cujo nível técnico considerava insuficiente, sobretudo se confrontado com outras lutas e artes marciais, que começavam a ser difundidas então no Brasil. CAPOEIRA CONTEMPORÂNEA – o panorama da capoeira no Brasil e no exterior se tornou de tal maneira complexa que é impossível, atualmente, distinguir apenas a capoeira Angola e a Regional, pois surgiram estilos que se pretendem intermediários e que têm sido denominados de “Contemporânea” ou mesmo “Angonal”: - CONTEMPORÂNEA – é a denominação dada por Mestre Camisa a capoeira praticada no Grupo Abadá, com sede no Rio de Janeiro; - ANGONAL – neologismo que representa uma tendência na capoeira atual que funde elementos da Capoeira Angola com a Capoeira regional, criando um estilo intermediário entre essas duas modalidades; é, também, o nome de um grupo, do Rio de Janeiro – Mestre Boca e outros; - ATUAL – denominação que seria usada por Mestre Nô de Salvador, para designar esta terceira via (Vieira e Assunção, 1998) 27. -

Do Atlas do Esporte no Brasil: Origens e Definições A capoeira é hoje um dos esportes nacionais do Brasil, embora sua origem seja controvertida. Há uma tendência dominante entre historiadores e antropólogos de afirmar que a Capoeira surgiu no Brasil, fruto de um processo de aculturação ocorrido entre africanos, indígenas e portugueses. Entretanto, não houve registro de sua presença na África bem como em nenhum outro país onde houve a escravidão africana. Em seu processo histórico surgiram três eixos fundamentais, atualmente denominados de Capoeira Desportiva, Capoeira Regional e Capoeira Angola, os quais se associaram ou se dissociaram ao longo dos tempos, estando hoje amalgamados na prática. Desde o século XVIII sujeita à proibição pública, ao longo do século XIX e até meados do século XX, ela encontrou abrigo em pequenos grupos de praticantes em estados do sudeste e nordeste. Houve distintas manifestações da dança-luta na Bahia, Maranhão, Pará e no Rio de Janeiro, esta última mais utilitária 26 27

CAMARA CASCUDO, Luis da. DICIONÁRIO DO FOLCLORE BRASILEIRO. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1972. VIEIRA, Luiz Renato; ASSUNÇÃO, Mathias Röhring. Mitos, controvérsias e fatos: construindo a história da capoeira. In ESTUDOS AFRO-ASIÁTICOS, 34, dezembro de 1998, p. 82-118


no século XX. Na década de 1970 sua expansão se iniciou em escala nacional e na de 1980, internacional. Embora sejam encontrados diversos significados para o vocábulo “capoeira”, cada qual se referindo a objetos, animais, pessoas ou situações, em termos esportivos, trata-se de um jogo de destreza corporal, com uso de pernas, braços e cabeça, praticado em duplas, baseado em ataques, esquivas e insinuações, ao som de cânticos e instrumentos musicais (berimbau, atabaque, pandeiro, agogô e reco-reco). “Enfocada em suas origens como uma dança-luta, acabou gerando desdobramentos e possibilidades de emprego como: ginástica, dança esporte, arte, arte marcial, folclore, recreação e teatro, caracterizandose, de modo geral, como uma atividade lúdica. (VIEIRA, 2006) 28.

Na pesquisa realizada pelo IPHAN, ela é definida como: [...] um fenômeno urbano surgido provavelmente nas grandes cidades escravistas litorâneas, que foi desenvolvido entre africanos escravizados ligados às atividades “de ganho” da zona portuária ou comercial. A maioria dos capoeiras dessa época trabalhava como carregador e estivador, atividades muito ligadas à região dos portos, e muitos realizavam trabalho braçal. 29

Seguindo a justificativa do IPHAN, a partir de 1890, quando a capoeira foi criminalizada, através do artigo 402 do Código Penal, como atividade proibida (com pena que poderia levar de dois a seis meses de reclusão), a repressão policial abateu-se duramente sobre seus praticantes. Os capoeiristas eram considerados por muitos como “mendigos ou vagabundos”. Outras práticas afro-brasileiras, como o samba e os candomblés, foram igualmente perseguidas. 30. Mais adiante, durante a República Velha, a capoeiragem era uma manifestação de rua, afro descendente, e muitos dos seus praticantes tinham ligações com o candomblé, o samba e os batuques. A iniciação dos capoeiras nessas atividades acontecia provavelmente na própria família, no ambiente de trabalho e também nas festas populares. Ainda sobre o universo das ruas, estudiosos revelam que o cancioneiro da capoeira se enriqueceu dos cantos de trabalho, e que o trabalhador de rua, em momentos lúdicos ou de conflitos, também se utilizava dos golpes e movimentos da capoeira. 31. Consideram que já na década de 1920, com o apoio fundamental de intelectuais modernistas que procuraram reconstituir as bases ideológicas da nacionalidade, as práticas afro-brasileiras começaram a ser discutidas, e passaram a constituir um referencial cultural do país. Ao final dos anos 30 a capoeira foi descriminalizada e passou de um extremo a outro, a ponto de ser defendida por historiadores e estudiosos como esporte nacional, considerada a verdadeira ginástica brasileira. A manifestação já foi apontada como esporte, luta e folguedo, e era praticada por diferentes grupos sociais, principalmente a partir do século XX. 32.. Assim, em 1937: [...] a capoeira começou ser treinada como uma prática esportiva, e não apenas como uma “vadiação” de rua. Neste mesmo ano Mestre Bimba criou o Centro de Cultura Física e Capoeira Regional da Bahia.

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VIEIRA, Sergio Luiz De Souza. Capoeira. In DaCosta, Lamartine (Org.). ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. Rio De Janeiro: CONFEF, 2005, p. 1.44-1.45) DaCOSTA, 2006, , obra citada. p. 1.44-1.45. Disponível em www.atlasesportebrasil.org.br 29 IPHAN, Assessoria de Imprensa do Iphan. A capoeira na história. in REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL, Ed. de Julho de 2008, disponível em http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1871 30 VIEIRA, Sérgio Luiz de Souza. Capoeira. in PEREIRA DA COSTA, Lamartine (org.). ATLAS DE ESPORTES NO BRASIL. Rio de Janeiro: Shape, 2005, p. 39-40. 31 VIEIRA, 2005, obra citada, p. 39-40. 32 VIEIRA, 2005, obra citada, p. 39-40.


“A capoeira regional nasceu como forma de transformar a imagem do capoeira vadio e desordeiro em um desportista saudável e disciplinado. Ele criou estatutos e manuais de técnicas de aprendizagem, descreveu os golpes, toques, cantos, indumentárias especiais, batizados e formaturas. “Em seguida, Mestre Pastinha fundou o Centro Esportivo de Capoeira Angola , em 1941, e assim este estilo passou a ser ensinado através de métodos próprios. “A ideia da capoeira como arte marcial brasileira criou polêmica, pois era defendida por uns e criticada por outros, principalmente pelos angolanos, que afirmavam a ancestralidade africana do jogo. 33.

Na linha do tempo estabelecida pelos estudos do IPHAN, uma grande leva de capoeiristas chegou ao Rio por volta de 1950 oriundos da Bahia [a diáspora da capoeira baiana, no entender de Lacé Lopes]. O mais importante deles foi Mestre Arthur Emídio, que trouxe um estilo de capoeira diferente, de movimentação veloz e marcialmente eficaz, mas que mantinha orquestração musical. Ainda na década de 50 a capoeira passou a ser retratada e divulgada por artistas como Jorge Amado, Carybé e Pierre Verger, entre outros. Nos anos seguintes, entre 60 e 70, ganhou espaço também nas produções artísticas do Cinema Novo, Tropicália e Bossa Nova.34 . Para os estudos do IPHAN, foi a partir de 1970 que a capoeira se expandiu em larga escala pelo Brasil. A Angola deve sua recuperação, em grande parte, à atuação de Mestre Moraes, aluno de Pastinha, a partir de 1980, com a fundação do Grupo Capoeira Angola Pelourinho, que fortaleceu sua prática na Bahia e a disseminou pelo centro-sul do país e no exterior. 35 . Temos que concordar com a Profa. Lurdinha36, quando fala da “Valorização dos grupos folclóricos, dos artesãos e artistas populares cearenses na divulgação turística”: [...] a professora elenca o que ela denomina de “furadas turísticas” e coloca a Capoeira figurando nessa lista, assim como o Carnaval fora de época, o Fortal, os Resorts etc. Afirma que quando se apresenta um grupo de Capoeira, divulga-se a Bahia e não o Ceará. Em verdade, pensa-se a Capoeira como sendo baiana, talvez pela divulgação da Capoeira que se tem hoje ter sido realizada em grande parte por mestres baianos. Porém, como já foi supracitado, o próprio Dossiê realizado pelo IPHAN não a reconhece como prática oriunda da Bahia e o Governo Federal a reconhece como Patrimônio Imaterial do Brasil. Também é verdade que a Capoeira desenvolvida no Ceará é muito jovem. Poucas ou quase nenhuma cantiga de Capoeira faz referência ao Ceará, mesmo já havendo uma produção cearense divulgada fora do Estado. Dizer que a Capoeira, praticada aqui, é da Bahia é um ledo engano, ou melhor, desconhecimento do assunto. Até porque, existem grupos oriundos do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, etc e que trazem inúmeras características desses Estados. Em qualquer bairro da cidade de Fortaleza percebe-se essa manifestação cultural como prática em ambientes fechados ou em praça pública. Essa cultura que é desenvolvida no Estado é bastante conhecida no exterior por ser uma capoeira solta, estilizada e cheia de floreios37. Pois bem, Mestre Pezão, para encerrar essas considerações iniciais sobre que capoeira estamos falando – e não falamos da baiana, por certo, e concordando com a professora citada acima, que cada estado ou região tem a sua história, inclusive da “sua capoeira”, e, concordo com Almeida e Silva (2012) 38, para quem a 33

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio Vaz. A CARIOCA. in BOLETIM DO IHGM, no. 31, novembro de 2009, edição eletrônica em CD-R. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio Vaz. A Guarda Negra. Palestra proferida no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão em agosto de 2009, publicado no BOLETIM DO IHGM, no. 31, novembro de 2009, edição eletrônica em CD-R (pré-print). 34 VIEIRA, 2005, obra ciatada, p. 39-40. 35 VIEIRA, 2005, obra citada, p. 39-40. 36 MACENA, Maria de Lourdes. Valorização dos grupos folclóricos, dos artesãos e artistas populares cearenses na divulgação turística. In I Fórum IOV Ceará de Folclore e Artes Populares. Fortaleza – CE. 2011. 37 In I FÓRUM DE FOLCLORE E ARTES POPULARES NA CIDADE DE FORTALEZA - IOV – Ceará, Internacionale Organisation für Volkskunst/Organização Internacional de Folclore e Artes Populares, 18 e 19 de março de 2011 38 ALMEIDA, Juliana Azevedo de; SILVA, Otávio G. Tavares da. A CONSTRUÇÃO DAS NARRATIVAS IDENTITÁRIAS DA CAPOEIRA. Vitória; UFES. REV. BRAS. CIÊNC. ESPORTE vol.34 no. 2 Porto Alegre Apr./June 2012. e-mail: julazal@yahoo.com.br


história da capoeira é marcada por inúmeros mitos e “semiverdades”, conforme nos esclarece Vieira e Assunção (1998)39. Esses mitos e estórias dão base às tradições que se perpetuam e proporcionam a continuidade de um passado tido como apropriado. Na capoeira, a narrativa oral das suas “estórias” adquiriu uma força legitimadora tão forte que, por muitas vezes, podemos encontrar discursos acadêmicos baseados nelas40. Mestre Gavião, maranhense, já viajou por muitos estados brasileiros à procura de capoeira, e sempre buscou manter suas raízes, só absorvendo o que achava interessante para enriquecer sua capoeira. Certa vez, um mestre em um evento em São Paulo, o viu jogando e perguntou: “Oh Mestre, essa sua capoeira é africana?”. Poderia – ou deveria! – ter respondido: “Não, é Capoeira do Maranhão, de São Luis, ludovicense!!!”. É a “Capoeiragem Tradicional Maranhense”, assim denominada pelos Mestres Capoeiras partícipes do Curso de Capacitação dos Mestres Capoeiras do Maranhão, adeptos da denominada ‘capoeira mista’, após os estudos realizados, passando de ora em diante a assim denominar seu estilo de luta, conforme correspondência pessoal, via Facebook, de Mestre Baé, em 28 de setembro de 2017. Pois bem, Pezão, agora a capoeiragem praticada no Maranhão é a CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE. Temos a “nossa capoeira”, diferente da soteropolitana, baiana, carioca, ou qualquer outra que seja denominada41.

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VIEIRA, Luiz Renato; ASSUNÇÃO, Mathias Röhring. Mitos, controvérsias e fatos: construindo a história da capoeira. In ESTUDOS AFRO-ASIÁTICOS, 34, dezembro de 1998, p. 82-118 40 Vieira e Assunção (1998) apontam esse fato no seu artigo. VIEIRA, Luiz Renato; ASSUNÇÃO, Mathias Röhring. Mitos, controvérsias e fatos: construindo a história da capoeira. In ESTUDOS AFRO-ASIÁTICOS, 34, dezembro de 1998, p. 82-118 41 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; Alunos do Curso Sequencial de Educação Física turma C, da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Capoeiragem No Maranhão. Parte I. In JORNAL DO CAPOEIRA, http://www.jornalexpress.com.br VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no Maranhão - Parte II - Afinal, O Que É Capoeiragem? In JORNAL DO CAPOEIRA, http://www.jornalexpress.com.br VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeiragem no Maranhão - Parte IV - Capoeira Angola. In JORNAL DO CAPOEIRA, http://www.jornalexpress.com.br VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeiragem No Maranhão. Parte V - Capoeira regional". IN In JORNAL DO CAPOEIRA, http://www.jornalexpress.com.br VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeiragem No Maranhão. Parte VI - A Capoeira "CARIOCA". In JORNAL DO CAPOEIRA, http://www.jornalexpress.com.br VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. “QUENTADO A FOGO, TOCADO A MURRO E DANÇADO A COICE": Notas sobre a Punga dos Homens Capoeiragem no Maranhão. In Jornal do Capoeira - Edição 43: 15 a 21 de Agosto de 2005, EDIÇÃO ESPECIAL- CAPOEIRA & NEGRITUDE, disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticia=609 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Notas sobre a Punga dos Homens - Capoeiragem no Maranhão. In JORNAL DO CAPOEIRA, 14/08/2005, disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/notas+sobre+a+punga+dos+homens++capoeiragem+no+maranhao VAZ, Leopoldo Gil Dulcio Qual Capoeira? JORNAL DO CAPOEIRA - http://www.jornalexpress.com.br VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PUNGA DOS HOMENS / TAMBOR-DE-CRIOULO (A) -“PUNGA DOS HOMENS”. In REVISTA “NOVA ATENAS” DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA. Volume 09, Número 02, jun/dez 2006 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A Capoeira nos Congressos de História da Educação Física, Esportes, Lazer e Dança. JORNAL DO CAPOEIRA, Edição 73 - de 14 a 20 de Maio de 2006, disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/ VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. LIVRO-ÁLBUM DOS MESTRES DE CAPOEIRA DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO: MESTRE PATINHO ANTONIO JOSÉ DA CONCEIÇÃO RAMOS. Entrevista concedida a Manoel Maria Pereira, aluno do Curso Seqüencial de Educação Física, da UEMA, em trabalho apresentado à Disciplina História da Educação Física e dos esportes, ministrada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz, 2006. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Conversando com Antônio José da Conceição Ramos, JORNAL DO CAPOEIRA http://www.capoeira.jex.com.br/ Edição 63 - de 05 a 11/Mar de 2006 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Cluster Esportivo de São Luis do Maranhão, 1860 – 1910. In DACOSTA, LAMARTINE (ORG.). ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. Rio de Janeiro: CONFEF, 2006, 2.7. http://cev.org.br/biblioteca/cluster-esportivosao-luis-maranhao-1860-1910/ VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Punga dos Homens e Capoeira no Maranhão. In DaCOSTA, Lamartine PEREIRA. ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. Rio de Janeiro: CONFEF, 2006 disponível em WWW.atlasdoesportebrasil.org.br VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Pungada dos Homens & A Capoeiragem no Maranhão - MESTRE BAMBA, do Maranhão. JORNAL DO CAPOEIRA - http://www.jornalexpress.com.br VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Capoeira no/do Maranhão http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/181.pdf VAZ, Leopoldo Gil Dulcio Vaz. A CARIOCA. in BOLETIM DO IHGM, no. 31, novembro de 2009, edição eletrônica em CD-R (pré-print).


Perguntamos aos

Mestres Capoeira do Maranhão EXISTE UMA CAPOEIRA GENUINAMENTE MARANHENSE? O QUE A CARACTERIZA? EM QUE É DIFERENTE, POR EXEMPLO, DA ANGOLA, REGIONAL, E/OU CONTEMPORÂNEA? Ao que responderam: GRUPO 1. Todos concordam que ‘sim’; se caracteriza pela forma de jogar, de se adaptar e não se define por ‘estilo’; a maior diferença da Capoeira Maranhense para a Angola, Regional, ou Contemporânea é a metodologia de ensino tradicional praticada no Maranhão, com suas influencias da cultura do Maranhão; exemplos: Bumba-meu-boi, Tambor de Crioula, Punga. GRUPO 2. A principal característica era o jogo solto, com floreios e movimentos oscilantes com jogo alto e rasteiro obedecendo ao toque do berimbau. GRUPO 3. Sim; seu jogo executado nos três tempos (embaixo, no meio, e em cima); musicalidade e o seu espírito de jogo GRUPO 4. Existe a Capoeira Maranhense, e tem uma característica própria, pois a mesma é jogada de forma diferenciada, sempre seguindo os toques executados. A Capoeira Maranhense é diferente da Angola, Regional, e Contemporânea porque ela é jogada de forma diferente, não seguindo as tradições da Angola, regional e Contemporânea. GRUPO 5. Sim, Capoeira Ludovicense, praticada na Ilha de São Luís, caracterizada pela ginga e aplicação de golpes e movimentos diferenciados da Capoeira Angola tradicional, da Capoeira Regional, e da Capoeira Contemporânea, por exemplo: não se tinha ritual, nem formação de bateria, eram usados toques da capoeira Angola, são Bento Pequeno de Angola, São Bento Grande de Angola e samba de roda. GRUPO 6. Existe; se diferencia porque é jogada em três tempos (ritmos): Angola, São Bento Pequeno e São Bento Grande; o que a diferencia são as influencias muito fortes da mossa cultura e da nossa região.

MEMÓRIA DA CAPOEIRAGEM NO CEARÁ42 Ao se resgatar a Memória da Capoeira no Ceará, aqui proposta – e espero podermos dar continuidade à ela – podemos afirmar que a capoeira cearense é herdeira da capoeiragem tradicional maranhense? Pois conforme afirmam seus memorialistas e pesquisadores, a cearense é diferente da baiana, embora tenha bebido da mesma fonte, a partir da diáspora dos mestres baianos nos anos 1960, e a procura de mestres de vários estados, já pesquisados, pela capoeira praticada na Bahia, em especial as de Bimba e Pastinha. Para Silva (2013) 43, poucos são os trabalhos científicos que abordam a história da capoeira cearense. Cita três obras elaboradas na contextura do universo acadêmico da cidade de Fortaleza - Barroso (2009) 44, Câmara (2010) 45 e Albuquerque (2012) 46.

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio Vaz. A Guarda Negra. Palestra proferida no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão em agosto de 2009, publicado no BOLETIM DO IHGM, no. 31, novembro de 2009, edição eletrônica em CD-R (pré-print). VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CADA QUÁ, NO SEU CADA QUÁ – A PUNGA DOS HOMENS NO TAMBOR DE CRIOULA VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CHRONICA DA CAPOEIRA(GEM) REVISITANDO A PUNGA: “QUENTADO A FOGO, TOCADO A MURRO E DANÇADO A COICE” VAZ, Leopoldo y VAZ, Delzuite. A Carioca. Actas del III Simposio de Historia do Maranhão Oitocentista. Impressos no Brasil no seculo XIX. Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), São Luís, 2013. Extraído el 15 de marzo de 2015 dehttp://www.outrostempos.uema.br/oitocentista/cd/ARQ/34.pdf VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO. São Luis: SEDEL; IHGM, 2013. Em CD. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Livro-Álbum dos Mestres Capoeiras do Maranhão, ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO. São Luis: SEDEL, 2014, em DC VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CRONICA DA CAPOEIRAGEM. São Luis: edição do autor, 2013; 2015 (2ª Ed. Revista e atualizada), 2015 disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/notas+sobre+a+capoeira+em+sao+luis+do+maranhao ; issuu.com/leovaz/docs/cronica_da_capoeiragem_-_leopoldo_g 42

https://www.youtube.com/watch?v=E0QF4QR-fHQ https://www.youtube.com/watch?v=TaOugpBkeSQ http://tribunadoceara.uol.com.br/blogs/ie-camara/cultura/lancamento-de-livro-que-conta-historia-da-capoeira-ce-nesta-quarta-22/ http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/6035/1/2013-DIS-SCSILVA.pdf


A primeira obra trata-se de uma publicação do Museu Histórico do Ceará, enquanto a segunda e a terceira são textos dissertativos submetidos à avaliação dos programas de pós-graduações strictu-sensu da Universidade Federal do Ceará. Ambas as dissertações destinam a essa temática um capítulo, em que se referem à origem da História da Capoeira no Ceará abordando teorias sobre o início da prática no Estado. Barroso (2009) aponta que a capoeira chegou à década de 1960 ao Ceará, e que essa informação foi proferida por capoeiristas cearenses, assim como capoeiristas baianos teriam mencionaram o mesmo dado durante o encontro Capoeira Viva, realizado na cidade de Salvador em 2007. O autor também informa que a capoeira foi trazida por cearenses recém-formados em Direito e Medicina da Universidade Federal da Bahia. Posteriormente menciona que a Capoeira Angola foi trazida ao estado por um médico nomeado mestre Andrezinho, aluno de mestre Bimba. De imediato, não faz o menor sentido tal informação, já que mestre Bimba é criador e maior símbolo da Luta Regional Baiana, popularmente conhecida como Capoeira Regional. Mestre Bimba foi um crítico ferrenho do estilo angoleiro de jogar capoeira. (de acordo com SILVA, 2013). Silva (2013) fala ainda de evidências das origens do ensino da capoeira no Ceará foram relatadas em Albuquerque (2012), páginas de 37 a 40. Dentre os fatos mais antigos, foi mencionada a participação de José Sisnando Lima, cearense que realizara estudos na Faculdade de Medicina da Bahia, na criação da Capoeira Regional na década de 1930. A passagem de mestre Bimba em Fortaleza para apresentar o espetáculo Uma noite na Bahia no Teatro José de Alencar em 7 de fevereiro de 1955, evento em que foi mostrado também a capoeira regional. E a afirmação de que o primeiro professor de capoeira no estado a formar discípulos que deram continuidade ao ensino dessa prática em território cearense teria sido José Renato de Vasconcelos Carvalho. De acordo com Albuquerque (2012) não existem levantamentos estatísticos acerca da quantidade de grupos de capoeira no Estado do Ceará, fato que comprova uma grande difusão dessa manifestação cultural na atualidade.

Ainda Silva (2013), ao analisar o trabalho de Câmara (2010), que tem como foco de estudo o Grupo de Capoeira Angola do Ceará, traz um esboço da história de vida de Mestre Zé Renato. Dentre as afirmações mencionadas, é possível deduzir primordialmente o estilo angoleiro do jogo desse mestre, além de também ser reafirmada a importância do 55 repasse de conhecimentos e saberes da capoeira na década de 1970. O protagonismo de José Renato no ensino da capoeira mostra-se de grande relevância, contribuindo para a crescente popularização da prática. Nesse trabalho são citados os quatro mestres que Zé Renato formou, porém a história da capoeira na perspectiva desses mestres não foi abordada em nenhum momento. Isso ocorre porque eles não possuem relação direta com o grupo de capoeira estudado, conferindo ineditismo a este texto. A partir desse momento iniciaremos maior aprofundamento sobre o protagonismo no ensino da capoeira cearense. Como já dito, o foco desta pesquisa se restringe aos quatro mestres formados por José Renato de Vasconcelos Carvalho, José Ivan, Jorge Negão, Everaldo Ema e João Baiano. Procuraremos, entretanto, elucidar brevemente o questionamento de alguns capoeiristas mais antigos sobre a hipótese de a capoeira cearense haver se manifestado anteriormente pela orla marítima de Fortaleza.

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SILVA, Sammia Castro.. PROTAGONISTAS NO ENSINO DA CAPOEIRA NO CEARÁ: relações entre lazer, aprendizagem e formação profissional. Dissertação submetida à Coordenação do Programa de PósGraduação em Educação Brasileira, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. Área de concentração: História e Memória da Educação. Orientador: Prof. Pós-Dr. José Gerardo Vasconcelos. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA/ MESTRADO NÚCLEO DE HISTÓRIA E MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO. FORTALEZA (CE) 2013 44 BARROSO, Oswald. Folguedos afro-brasileiros no Ceará: uma aproximação com a capoeira no Ceará. In: HOLANDA, Cristina Rodrigues (org.). Negros no Ceará: história, memória e etnicidade. Fortaleza: Museu do Ceará/ Secult/ Imopec, 2009. 45 CÂMARA, Samara Amaral. Práticas educacionais transmitidas e produzidas na capoeira angola do Ceará: história, saberes e ritual. Dissertação de Mestrado em Educação Brasileira- Núcleo de História e Memória da Educação. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. 46 ALBUQUERQUE, Carlos Vinícius Frota de. Tá na água de beber: Culto aos ancestrais na capoeira. Fortaleza, 2012. Dissertação (Mestrado em Sociologia)- Programa de Pós-Graduação em Sociologia do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará.


Para Ricardo Nascimento (2017)47, utilizando as pesquisas disponíveis sobre as origens da capoeira no Ceará, diz ser possível afirmar que, seu início, ocorreu nos anos 70 com José Renato de Vasconcelos Carvalho, conhecido na capoeira como Mestre Zé Renato, considerado, desse modo, o precursor da capoeira no estado (SILVA, 2013). Esta pesquisa revela ainda que, nos anos setenta, quando teve início o ensino da capoeira no Ceará, destacou-se o Centro Social Urbano Presidente Médici, em Fortaleza, onde ensinava o Mestre Zé Renato, lugar também onde teriam sido iniciados e formados outros quatro importantes mestres: José Ivan de Araújo (Mestre Zé Ivan), João de Freitas (Mestre João Baiano), Everaldo Monteiro de Assis (Mestre Everaldo Ema) e Jorge Luiz Natalense de Sousa (Mestre Jorge Negão). Coube a tais mestres, nas décadas que se seguiram, a tarefa de difusão da prática da capoeira na capital cearense, bem como em outras partes do estado.

A principal referencia, hoje, e recente, da capoeira cearense é Mestre Zé Renato, que ainda na década de 1960 retorna ao Ceará, após haver aprendido capoeira na Bahia, embora já tivesse contato com a mesma, de sua infância, em Fortaleza: Silva (2013) nos trás o seguinte relato: José Renato de Vasconcelos Carvalho, conhecido por mestre Zé Renato protagonista no cenário da capoeira cearense, natural de Crateús-CE é filho primogênito, dentre os sete que Joaquim Severiano Ferreira de Carvalho e Vicência Vasconcelos Carvalho criaram. Conheceu o universo da capoeiragem, aos dez anos de idade. Protagonista no ensino da capoeira no Ceará narra o cenário do primeiro contato que teve com a capoeira na cidade em que nasceu. Por volta de 1960, chegaram a Crateús muitos militares para o 14 Batalhão de Engenharia de Construção. Entre esses, havia Cipolati, sargento gaúcho que havia residido na Bahia por longa temporada, pai de Carlos e Evandro e ex-aluno de um famoso capoeirista, mestre Bimba. Cipolati foi o responsável por iniciar Zé Renato na prática da capoeira. A capoeira fazia parte das atividades em família do sargento Cipolati, pois esse treinava após o regresso do trabalho junto aos filhos. Ao ver a capoeira pela primeira vez, José Renato apaixonou-se e iniciou seus treinos com determinada família. Carvalho Filho (1997) conta que: [...] um militar que chegara a cidade [Fortaleza] vinha da Bahia e trazia consigo a arte da capoeira. O Mestre muito curioso fazia perguntas sobre a cidade do baiano, encantara-se com a ginga e com a habilidade do mesmo. Depois de terminado o primeiro grau, atual ensino fundamental, o Mestre inicia suas viagens pelo mundo da Capoeira, vai para a Bahia e conhece o famoso Mestre Bimba. Mestre Zé Renato terminou o Segundo Grau, atual Ensino Médio, em Ilhéus, onde jogava Angola na praia. Todo final de semana estava em Salvador para jogar na capital. Em 1967, retorna à sua terra natal. Mas com seu espírito inquieto, vai ao Rio de Janeiro, onde treinou com Mestre Leopoldina, grande nome da capoeira carioca. [...]Zé Renato defronta-se com a saída da família Cipolati da cidade, em decorrência de deslocamento militar. Desse modo procura novos companheiros de treino e, apesar da insistência em tentar convencer amigos a treinar, mestre Zé Renato passou a treinar sozinho. [...] aquilo ficou dentro de mim e por outra sorte, que eu digo que foi sorte, eu tinha um tio que também era sargento do exército, sargento Carvalho, passou a servir o exército lá em Crateús e certo tempo foi mandado pra Bahia. Ele tinha um filho, e pedi para ele pedir o meu pai pra eu ir com ele. Porque eu pensei, Bahia! Capoeira né! (CARVALHO, 2012).

Depois de retornar, em 1967, volta a procurar novas referencias, indo para o Rio de Janeiro e, em 1971, está no Maranhão!!! Silva (2013) nos conta, ao dar continuidade a trajetória de José Renato, que é importante ressaltar que nesse período que passou na Bahia adquiriu uma meta na vida, que era partir para o Rio de Janeiro e posteriormente para o Maranhão: De volta a Crateús e à família, porém permanece por quase um ano na terra natal, para logo em seguida partir para o Rio de Janeiro, aos 18 anos de idade, devendo ter ficado nesse Estado por volta de três 47

NASCIMENTO, Ricardo. Políticas e performances: Um estudo de caso sobre o processo de patrimonialização da capoeira do Ceará. IN ACENO, Vol. 4, N. 7, p. 65-82. Jan. a Jul. de 2017. ISSN: 2358-5587. Cultura Popular, Patrimônio e Performance (Dossiê).


anos. No Rio, foi jogar capoeira na Central do Brasil com o famoso mestre Leopoldina. Conhecido por Ceará e pelo jogo diferenciado, Zé Renato dedica–se ao aprendizado da capoeira em solo carioca, adquirindo sempre novos conhecimentos.

Ainda seguindo Silva (2013), pouco tempo depois, ao surgir uma oportunidade de trabalho no Maranhão, na área de topografia, o jovem José Renato ficou tentado atingir mais outra meta na vida que era a de conhecer o “berço de negros”, como ele mesmo diz: As experiências do Maranhão pelos idos de 1970 gravitavam ao redor de práticas de capoeira Angola, Tambor de Crioula e de todas as manifestações de que pôde participar. Amante das artes popularescas, Zé Renato defendeu a ideia de que naquela época os praticantes viam capoeira como arte, apenas isso.

Mestre Sapo é a principal referencia, renovando a capoeiragem maranhense, com uma fusão dos estilos, pois pertencera a um grupo folclórico que se apresentava pelo Nordeste. Ao se estabelecer no Maranhão, encontra uma capoeira jogada na rua – capoeiragem – de há muito existente, pelo menos desde a década de 1820. Ao misturar os estilos baianos, Angola e Regional, conforme o opositor, e mistura-la aos ritmos e balanceios do folclore maranhense, em especial do tambor de crioulo(a), onde acontecia a Punga dos Homens – espécie de capoeira primitiva -, criando um ‘estilo’ próprio, que vai se consolidar com seus discípulos, em especial Patinho. Já em Brasília, para onde se mudara, e após observar a capoeira praticada naquela cidade, declara: [...] ter tomado conhecimento de que o estilo regional estava sendo popularizado e praticado em Fortaleza [...] ele ressalta a importância da união entre o jogo baixo angoleiro e do jogo alto da regional e descreve que a sucessão de movimentos da capoeira se torna, desse modo, um movimento em onda com maiores possibilidades de ataque, defesa e malícia.

Os pesquisadores cearenses, que se dedicam ao resgate da sua memória confirmam que ela, a capoeira, praticada no Ceará é ‘cheia de floreios”... não teria sido influencia de Sapo? A Capoeira cearense é uma prática cultural, onde a luta e o espetáculo se misturam. Fortaleza, cidade praiana, é um cenário ideal para a prática de acrobacias que são aprendidas sem técnicas específicas nas praias aos domingos ou nos campos de futebol da cidade. Os movimentos acrobáticos, ou floreios, como são chamados pelos capoeiristas são utilizados para transformar o jogo em um espetáculo aos olhos de quem o vê. São movimentos de equilíbrio e flexibilidade como saltos, bananeiras e giros onde o capoeirista desafia seus limites corporais mostrando uma imensa capacidade sinestésico-corporal. O capoeirista executa esses movimentos também na intenção de enganar o outro jogador e de se movimentar de um lado para o outro da roda.

É o próprio Zé Renato que inclui a influencia do samba de gafieira, atividade tradicional que acontece de forma autêntica na região da Barra do Ceará desde meados da década de 50 do século XX. Pouca gente vai entender agora, mas um dia quando eu partir é que vão descobrir que o gingado cearense tem um diferencial dos outros, vem da gafieira [...] Mestre Armandinho que é uma pessoa de fora observou que nossa capoeira é diferente... Essa ginga trouxe esse diferencial. (CARVALHO, 2012).

Em 1972, Mestre Zé Renato regressa a Fortaleza, e começa o processo de implantação da capoeira no Estado. Ensinou nas Escolas Oliveira Paiva e Castelo Branco. Apresentou-se na TV, divulgando a cultura afro-brasileira. Teve como primeiro aluno Demóstenes. Devem ser também lembrados por serem cofundadores Jorge Negão, Everaldo, João Baiano, Márcio, Sérgio, Zé Ivan, George, Juarez, Datim, Antônio Luiz.48

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CARVALHO FILHO, José Bento de. Capoeira: a história do Mestre Zé Renato. Literatura de cordel. Fortaleza – CE, 1997.


Nas décadas de 1980/90, em Fortaleza só haviam dois grupos de capoeira, Senzala e Zimbi49. Neste apareciam nomes como Espirro Mirim, Geléia, Jean, Soldado, Lula, Ulisses, figura como Paulão, Canário, Dingo, Gamela, Araminho, Gurgel. José Olímpio Ferreira Neto, em sua dissertação intitulada “A HISTÓRIA DA CAPOEIRA NO CEARÁ NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990 ATRAVÉS DA MEMÓRIA E ORALIDADE” 50 nos trás que o ponto de partida é a participação do cearense Cisnando na constituição da Capoeira Regional de Mestre Bimba: Ele era um jovem que foi estudar Medicina na Bahia, pois na época não havia tal curso no Ceará. Lá conheceu Manoel dos Reis Machado, o famoso Mestre Bimba, criador da Capoeira Regional. No documentário Mestre Bimba: A Capoeira Iluminada de 2007, o Mestre de Capoeira, Doutor Decânio fala sobre Cisnando e o início da Capoeira Regional. Referindo-se a história da Capoeira de Bimba, ele diz: “A história começa para mim, quando Cisnando chega na Bahia. Ele corre aos capoeiristas, só encontrou um que ele respeitou, que era um negão, que era carvoeiro na Liberdade, que era Bimba” (sic).

Cisnando foi um capoeirista que contribuiu para a história da Capoeira, mas infelizmente não desenvolveu trabalho no Ceará e até onde se sabe não formou discípulos.

FOTO: Bimba y Cisnando -FUENTE: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp020539.pdf

Em 1997, é publicada em Fortaleza, a história do Mestre Zé Renato através de um cordel de autoria de José Bento de Carvalho Filho, vulgo Zelito. O referido autor conta através de versos a história do Mestre Zé Renato, relatada pelo mesmo e confirmada pelos capoeiristas e alunos que conhece tão admirável nome que inicia a caminhada da Capoeira na Terra da Luz: Em vinte e quatro de maio, / De cinqüenta e um nasceu,/ Em Crateús e cresceu / Na arte fazendo ensaio, / Para brilhar como um raio,/ O artista Zé Renato; / Mestre em artesanato/ E também em capoeira,/ Essa luta brasileira/ Feita por negros no mato . (CARVALHO FILHO, 1997, p. 1)

Além do Mestre Zé Renato outro mestre que contribuiu para o início do desenvolvimento da Capoeira cearense foi o Mestre Esquisito. Ele trouxe o estilo Regional ao Estado. Onde tem atualmente o Grupo Terreiro que contou em seu elenco com os saudosos Mestres Soldado e Samurai. Este último deu uma contribuição para o ingresso na Capoeira no meio acadêmico. (CARVALHO FILHO, 1997). A Associação Zumbi do Mestre Everaldo tem entre seus Mestres associados, Lula, Ulisses, Júnior, Jean, Geléia e Wladimir. Este último mora no exterior, divulgando a capoeira do Ceará. O Mestre Lula atua na Prefeitura de Fortaleza ajudando capoeiristas, de qualquer grupo, a desenvolverem projetos na cidade. (CARVALHO FILHO, 1997). 49 50

QUEIROZ, Robério. Mestre Ratto. Disponível em: acessado em 30/05/2011. Disponível em http://www.uece.br/eventos/encontrointernacionalmahis/anais/trabalhos_completos/52-5434-

26082012-231518.pdf


O Mestre Ulisses atua no Centro Social do Bairro Henrique Jorge. Os demais também dão sua contribuição através de aulas e rodas. (CARVALHO FILHO, 1997). Carvalho Filho (1997) não deixa de citar também o Mestre Paulão do Ceará que na década de oitenta divulgou bastante a Capoeira no Estado, indo para o exterior no início dos anos 1990. Ele teve discípulos como os mestres: Ratto, Zebrinha, Ferrim, Picapau, Envergado, dentre outros que formaram seus grupos. E outros como Kim, Cibriba, Marcão, Juruna que continuam a divulgar a Capoeira do estado no Brasil e no Exterior Para Ferreira Neto (?) 51, outro nome que é destaque mundial é o Mestre Espirro Mirim. Ele iniciou na Capoeira em 1979, com o Mestre Everaldo, do Grupo Favela, que mais tarde mudou o nome para Grupo Zumbi. Em uma matéria de uma revista especializada em Capoeira o Mestre Mirim (2001, p. 25) diz o seguinte: “Em 1984, fui formado pelo Mestre Everaldo, porém eu não parei de treinar […] resolvi viajar para o Rio de Janeiro […] onde treinei no grupo Palmares com os Mestres Branco e Gomes”. Lá quiseram colocá-lo para dar aulas, mas ele queria aprender mais, então foi para São Paulo, onde se identificou com o Mestre Suassuna com o qual está até hoje. Em 1988, Espirro Mirim formou-se professor pelo Grupo Cordão de Ouro, ano em que trouxe o grupo para Fortaleza e começou seu trabalho. Em 1991, ele recebeu o título de Mestre, depois de pouco mais de uma década de treino. O Mestre Espirro Mirim inicia sua carreira internacional em 1992 quando vai para São Francisco nos EUA, através do Mestre Caveirinha, para ministrar cursos para os americanos, retornando diversas vezes. Em 1996, foi para Israel também através do Mestre Caveirinha. Realiza seu primeiro encontro internacional em 1999 trazendo diversos nomes da Capoeira mundial como o Mestre Caveirinha e o capoeirista e ator César Carneiro que trabalhou no filme Desafio Mortal, ao lado de Van Damme; e Esporte Sangrento, ao lado de Mark Decassos. Continuando com esse pesquisador, apresenta-nos: Robério de Queiroz, conhecido como Mestre Ratto, fundou o Centro Cultural Água de Beber. O mesmo atua através desse centro cultural composto por vários alunos em diversas frentes da capoeira. Ofereceu um curso de Capacitação e Formação de Profissionais de Capoeira com certificado emitido pela UFC, em 2009 e no mesmo ano a segunda etapa do curso, dessa vez com apoio da Faculdade Católica, Governo Federal e Banco do Nordeste. O Mestre Chitãozinho, por sua vez, fundou o Grupo Negaça Capoeira, publicou quatro livros, oferecendo uma contribuição bibliográfica ao mundo da capoeira e em especial ao estado cearense. Seu primeiro livro foi Capoeira sob uma nova visão, seguido de O ABC da Capoeira, Consciência Capoeirística e A morte de Besouro. Todos produzidos por sua iniciativa pessoal sem grande apoio.

Carlos Magno Rodrigues Rocha (2006)52 afirma que “Diferentemente da Capoeira de rua praticada até hoje em Salvador, a Capoeira de Fortaleza caracteriza-se por ser ensinada e festejada em ambiente fechado, como clubes, academias e residências, e de uma maneira mais pontuada nas praças e nas praias, geralmente motivadas por eventos ou datas comemorativas”. Continuando com Nascimento (2017), este autor traz duas outras hipóteses da introdução da Capoeira: [...] outras narrativas existentes, alimentam a ideia de que, os primórdios da prática da capoeira do Ceará teve início com o retorno de cearenses, formados em Direito e Medicina nas universidades baianas, que teriam aprendido capoeira naquele estado com Mestre Bimba, criador da capoeira Regional baiana (Neto, 2012). De volta ao estado, após o término dos seus respectivos cursos, alguns destes ex-alunos de Bimba, teriam dado aulas e iniciado alguns neófitos na arte da capoeiragem. Uma terceira narrativa, mais remota, argumenta que existiam escravizados ou negros libertos nos munícipios do Ceará que saberiam e utilizavam formatos gestuais da capoeira e que, estas referências estariam presentes em alguns relatos de passagens em livros locais. 51

FERREIRA NETO, José Olímpio. A HISTÓRIA DA CAPOEIRA NO CEARÁ NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990 ATRAVÉS DA MEMÓRIA E ORALIDADE (Direito - UNIFOR) jolimpioneto@hotmail.com História, Memória e Oralidade 52 ROCHA, Carlos Magno Rodrigues. A CAPOEIRA NO CEARÁ. Monografia apresentada ao Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará, para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Sociais. Orientadora: Profa. Dra. Simone Simões Ferreira Soares. Fortaleza – Ce, 2006


Pois bem, Mestre Pezão: essa é a história da capoeira cearense relatada em diversos trabalhos acadêmicos... Mas ela é muito mais antiga!!! O que ocorreu na década de 1960, também ocorreu em diversos estados do Brasil, quando a capoeira baiana – com a diáspora de seus mestres – “invadiu” outras terras, sufocando as capoeiras primitivas, já existentes. Ao se estudar as origens das capoeiras no Brasil, verifica-se esse fenômeno. Mas ela surgiu, quase que no mesmo período, com variações de alguns registros de anos, ou mesmo décadas, em diversos locais, não apenas Rio de Janeiro, Bahia, e Pernambuco. Verificamos que no Ceará aparece, já, na década de 1830, com a prisão de ‘um capoeira’, conforme consta do Diário do Império, edição de 1832, seção correspondente aos acontecimentos no Ceará, certamente referentes às estatísticas do ano anterior:

A primeira referencia com a palavra ‘capoeira’ no Jornal ‘O Cearense” – circulou de 1846 a 1891 - data de 1847; na edição de 04 de janeiro de 1952 de numero 20, refere-se à mato rasteiro, em uma poesia, que não identificamos o autor. As referencias seguintes também tratam de mato rasteiro... São 84 referencias nesse jornal, sendo a primeira, de capoeira como individuo praticante de uma luta, data de 1852 – “O Cearense”, edição de 17 de dezembro, n.588-, aparece nota sobre o alferes João Torres, que teria sofrido ataque de “um capoeira”:


Na edição de 13 de setembro de 1853, refere-se à artigo publicado em outro jornal, “Pedro II” – circulou de 1840 a 1889 - como era normal naquele tempo -, rebatendo notícia veiculada, referindo-se à ‘capoeira’, no seu sentido de denegrir outrem, como facinoroso:

No ano de 1858, edição de 28 de novembro, a nota – editorial – do jornal, defendia-se do sr. João Silveira de Souza, publicada, também, no jornal “Pedro II”, chamando-o de ‘pobre capoeira”:


Em “O SOL”, de 05 de maio de 1859

‘O CEARENSE’, em sua edição de 28 de outubro de 1862, publica carta de um leitor, da cidade de Santa Quitéria, relatando os acontecimentos políticos, refere-se a um cidadão a quem acusa ser ‘capoeira’, pelas injurias que assacava:


Novamente em ‘O Cearense’, na edição de 10 de novembro de 1863, consta:

Já na “GAZETA edição de 18 de o seguinte:

OFFICIAL DO CEARÁ”, novembro de 1863, consta


Em 24 de novembro, em ‘O Cearense”, há uma resposta, com o mesmo título, à nota da “Gazeta Official, de 18 de novembro (acima),

Em “O Tagarella”, em sua edição de março de 1865 traz-nos:

Em “A Constituição” – circulou de ‘863 a 1889, de 23 de outubro de 1865 a referencia também é de malfeitor:

Voltamos a “O Cearense, edição de 12 de janeiro de 1866, em nota ‘de repudio’, contra o que fora publicado em outro jornal, pelo sr. Francisco Manoel Dias, taxando-o de ‘capoeira’


Nesse mesmo ‘O Cearense, edição de 22 de novembro de 1868, noticia de um assassinato em Indaiá:

Na edição de 12 de outubro de 1869, noticiado o assassinato de um capoeira, por sua mulher:

Esse crime continua repercutindo na cidade, sendo que no relatório dos crimes do mês, também aparece, como Maria Mussu tendo assassinado a José Capoeira, no bairro do Livramento, da capital. Na edição de 16


de dezembro de 1869 dá-se mais detalhes, informando-se que José capoeira chegara recentemente do Paraguai:

23 de julho de 1871, publicado o seguinte diálogo, em O Cearense:

E derrubam-se ministros por meio de rasteiras e cabeçadas, conforme a edição de 30 de maio de 1872, d’ O Cearense, sobre boatos publicados em A Reforma:

Em “O Pyrilampo”, de 15 de março de 1874, pedia-se que se ensinasse capoeira a alguns jornalistas:


“O Cearense”, em sua edição de 24 de junho de 1874 publica anúncio de fuga de um escravo, oferecendo-se recompensa; uma das características, era o andar de capoeira:

16 de janeiro de 1876, em O Cearense, em correspondência da cidade de Ipu, Arthedouro Burgos de’Oliveira acusa ao juiz da cidade de o haver agredido, utilizando-se de golpes à moda de capoeira:


A 13 de abril de 1876, também em O Cearense, em todas a pedido, do interior, um juiz, em suas decisões, contrariando interesses políticos, é comparado à ‘um capoeira”:

Desta vez, e não é a primeira, um padre é chamado de ‘capoeira’, dada a sua truculência em tratar de seus paroquianos, também por divergências politicas, conforme o Cearense de 27 de agosto de 1876:


No jornal “A Gazeta do Norte”, do ano de 1880, edição 74, - circulou de 1880 a 1890 -aparece pela primeira vez o termo de busca ‘capoeira’, referindo-se à mato raso. Na edição de 07 de dezembro, n. 149, já se refere a facínoras,

Em “O Libertador” – órgão da Sociedade Cearense Libertadora, com edições de 1881 a 1889, na sua publicação de 17 de março de 1881, em sua sexta edição, ‘capoeira’ significando malfeitor e vagabundo. Temos a identificação de um capoeira, Júlio de Vasconcelos, português, de cor branca, preso por ser vagabundo e capoeira, embora redator de um jornal rival, O Cruzeiro:


Como já apontamos mais acima, no jornal “Pedro II”, do ano de 1852, edição 1090, aparece como referindose a uma localidade, Capoeira do Araújo, a mesma que aparece por essa época em vários jornais, quando da construção de uma estrada. Noticias de crimes associavam o uso de facas à capoeiras, como malfeitores, aparecem em sua edição 84, de 1881:

Em A GAZETA DO NORTE, edição de 28 de abril de 1881, um delegado de policia desafia os presos a jogar capoeira:


O “Pedro !!” em sua edição de 27 de novembro de 1881 trás os instrumentos utilizados na capoeira – o cacete:

N’A GAZETA DO NORTE, edição de 7 de fevereiro de 1882, em resposta, novamente a designação de ‘capoeira’ a indivíduo sem caráter:

Em O Libertador de 12 de abril de 1886, ao noticiar a prisão de um Cearense, como era conhecido José Francisco das Chagas, de 20 anos de idade; é apresentada sua ficha criminal, com várias prisões, por vagabundagem, embriaguez e furto. Algumas dessas prisões, pelo exercício de capoeiragem, ou por capoeira:


1883

O Libertador, na edição de 18 de fevereiro de 1887, caracteriza um capoeira:

O CEARENSE de 20 de julho de 1887 anuncia o recebimento do numero 13 de A Quinzena, e ao apresentar o sumário, um dos temas é ‘Capoeira”:


No “Constituição” de 10 de fevereiro de 1888, mais uma nota policial, envolvendo um capoeira:

O jornal “José de Alencar”, órgão do grêmio literário do mesmo nome, em sua edição de 16 de outubro de 1892, traz-nos umas memórias “do Torres”, escrito por Jubas Coréa; ao descreve-lo:


Em “A República” – fusão de O Libertador e Estado do Ceará, editado de 1892 a 1897, em sua edição de 28 de maio de 1893, refere-se a um tal de “Domingos Capoeira”:

N´A Republica de 10 de março de 1895, outra nota de uma agressão, sendo um dos contendores, um capoeira:


Jornal “O Republicano”, de 28 de dezembro de 1895:

No “Jornal do Ceará, edição de 03 de agosto de 1904, também se refere à mato; na edição de 26 de agosto, noticia de um crime, ocorrido em Acaraú-Mirim:

O REBATE, de 1907 traz:


No jornal “A Nota”, em sua edição de 30 de julho de 1921,

No “O Ceará”, de 30 de março de 1928, com o sentido de mato; na de 04 de abril, refere-se à navalha de um capoeira:

Em “A Razão” – publicado de 1929 a 1938, na edição de 02 de outubro de 1930, refere-se à luta:


Verifica-se que a maioria das referências se tratam de mato rasteiro, ou a ‘capoeira de galinhas, de patos, perus, e mesmo de maracujá.’. Mas há muitas indicações da “capoeira” como confronto, seja físico, através de lutas e/ou ataques à pessoas, seja como tentativa de qualificar as pessoas, na sua maioria, uma autoridade ou seu preposto, denegrindo-o, chamando-o de ‘capoeira’, ou fazendo uso de ‘capoeira’ como forma de se manifestar, e a sua maioria, nesse caso, de xingamentos entre jornalistas e redatores dos diversos jornais... Nada diferente do ocorrido naqueles estados em que já se fez esse resgate da memória... Vamos ouvir, agora, os Mestres...


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JOSÉ DE , UM DRIBLADOR MARANHENSE. MARCO ESTRELA A Década de 1950 na sua segunda metade teve início a chegada da televisão nos lares brasileiros, período que a Seleção Brasileira de Futebol conquistou o seu primeiro título mundial. Nesse momento de nossa história, uma quase lenda caminhava, ou melhor, driblava entre nós. Até para o mundo dos entendidos de futebol o nome José Ribamar de Oliveira não significa nada, porém quando o codinome Canhoteiro é revelado, as coisas mudam completamente de figura. Para o universo da bola, aquele negro de 1,68 metro foi um gênio com ela nos pés. Canhoteiro nasceu aqui pertinho de nós, em Coroatá, aqui mesmo no Maranhão, foi um ponta esquerda extremamente habilidoso, era veloz, e seus dribles costumavam entortar os adversários. Pelé costuma dizer que os seus maiores ídolos no futebol, foram Zizinho e Canhoteiro. Ele foi um daqueles jogadores inexplicáveis, grande especialista na arte de driblar, chegou a ser o melhor driblador do país, mais até do que Garrincha, afirmam os maiores conhecedores de nosso futebol. Foi jogador do São Paulo, esteve inclusive, presente em campo na inauguração do estádio do Morumbi. Foi jogador imprescindível da seleção brasileira e era considerado o melhor do elenco, porém, seu estilo de vida boêmio e uma incurável fobia para entrar em aviões abreviou sua passagem pela seleção canarinho. A maior de todas as ironias de sua vida foi ele ter driblado tantos adversários quanto a suas glórias e sua eternidade para o mundo do futebol. O maior de todos os pontas esquerdas dos gramados brasileiros só recebeu congratulações dignas de sua história posteriormente à sua morte. Foi homenageado por Chico Buarque na música “Futebol” e por seu compatrício Zeca Baleiro na canção de mesmo nome do jogador. O jornalista Renato Pompeu publicou “Canhoteiro o Homem Que Driblou a Gloria”, uma obra que conta a trajetória de vida do mítico jogador dos anos 50. Canhoteiro o mágico dos dribles, foi mais um simples mortal, não chegou a virar mito nem lenda, morreu como um homem simples de carne e osso, após sua história de herói efêmero. Foi tão falível quanto qualquer torcedor da geral. Não lhe foi permitido encarnar um deus dos estádios pelo mundo afora, pois, somente os eleitos pela conjunção das eventualidades serão habilitados a realizarem fabulosos feitos na memória dos enfeitiçados por futebol. Parece que para muitos nunca existiram os dribles, os gols e os feitos do maranhense José Ribamar de Oliveira, o quase imortal, o ante herói, o maior de todos os dribladores, que foi parado pelos zagueiros invisíveis das circunstâncias mundanas.


INTRODUÇÃO DO ESPORTE MODERNO EM MARANHÃO: Novos Apontamentos para sua História – 1907/1910 por LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Professor de Educação Física – CEFET-MA; Mestre em Ciência da Informação A História é um rio, que ao receber águas de seus afluentes vai aumentando de nível. Em determinado momento as águas se dividem. Mais adiante, elas se unem novamente. Em determinados trechos, formam-se os deltas e os meandros. A água corre mais lentamente no centro do rio, mas nas suas margens elas são velozes. (in ALBUQUERQUE e FIGUEIREDO, 2004)53

Desde 1985 venho buscando escrever uma História dos Esportes, do Lazer e da Educação Física no Maranhão54. Naquele ano fui responsável pela disciplina História da Educação Física e dos Desportos, do Curso de Educação Física mantido pela então Escola Técnica Federal do Maranhão – hoje, CEFET-MA. Exasperava-me não ter qualquer informação sobre essa História no Maranhão. Não sabia, até então, que o jornalista Dejard Ramos Martins tinha um livro publicado sobre o assunto55; somente em 1991 o encontrei... A oportunidade surgiu (1996/97) quando do Doutoramento em Ciências Pedagógicas56: poderia escrever sobre essa história, juntando algum material que vinha elaborando de algum tempo – desde 1989, para ser mais exato, pelas “provocações” de dois pesquisadores alemães que vinha estudando a lúdica e o movimento dos índios Kanelas – Jürgen Dieckert e Jakob Mehringer ...57 Em 2002, apresentei uma primeira versão d’A INTRODUÇÃO DO ESPORTE MODERNO EM MARANHÃO, Durante o VIII Congresso Brasileiro de História da Educação Física, Esportes, Lazer e Dança realizado em Ponta Grossa-Paraná. De lá para cá venho me dedicando a novas descobertas, engrossando as águas caudalosas desse rio... Neste início de 2004, voltei-me novamente às buscas junto ao arquivo da Biblioteca Pública “Benedito Leite”, encontrando novas informações sobre essa história que está sendo contada. Passemos ao movimento dos clubes esportivos e de algumas modalidades nesses primeiros anos de implantação do esporte moderno no Maranhão:

53 ALBUQUERQUE, Paulo Kastrup; FIGUEIREDO, Carlos. A HISTÓRIA E SUAS FACES: intentio operis, intentio auctoris & intentio lectoris. Disponível em <http://www.geocities.com/aotil/kastrup.html> Capturado em 10/02/2004, 4 páginas. 54

Ver Bibliografia do Autor em notas no fim do artigo. MARTINS, Dejarde Ramos, ESPORTE: U MERGULHO NO TEMPO. São Luís : SIOGE, 1989 56 Curso oferecido pelo CEFET-MA, em convênio com ISTEPS, de Cuba; depois, com o ICCP de Havana-Cuba, não concluído. 55

57 DIECKERT, Jurgen & MEHRINGER, Jakob. A corrida de toras no sistema cultural dos índios brasileiros Canelas (relatório de pesquisa provisório). ZEITGSCHIFT MUNCHER Beltrdzur Vulkerkunde, julho, 1989. DIECKERT, Jurgen & MEHRINGER, Jakob. Cultura do lúdico e do movimento dos índios Canelas. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Campinas, v. 11, n. 1, p. 55-57, set. 1989.


NO FABRIL ATHLETIC CLUB58 Fundado em outubro de 1907, já a 02 de janeiro de 1908 realiza uma Assembléia Geral, para admissão de novos sócios e inclusão de novas modalidades esportivas59. No dia 12/01 inicia-se a temporada esportiva daquele ano60, com um match de foot-ball entre o Red x Black, as duas equipes internas, em que os associados eram divididos. Além do jogo de futebol houve uma partida de law tennis61, em virtude de desafio havido entre os adeptos do jogo; as disputas seriam entre J.M.A Santos (Nhozinho) 6x 0 J. B. Moraes Rego, no simples; já nas duplas, seria entre Nhozinho Santos/J. C. Guimarães 6x 4 J. Moon/J. B. Moraes Rego 62 Em fevereiro de 1908, sob o título de “Carnaval”63 é anunciada a inauguração da iluminação elétrica na sede desse clube e a realização de um concurso de “atletismo carnavalesco”, assim organizado: -

1 as 3 – raid asmático (?);

-

2 as 3:30 – handicap pedestre

-

3 as 4 – concurso de peso

-

4 as 4;30 – ensacados (corrida de saco ?)

-

5 as 5:30 – match de foot-ball

-

5 as 5:30 – Tug of war (corda – cabo de guerra).

Em abril, sob o título Sport, é anunciada para breve uma disputa de corrida pedestre64, cros country, em que tomarão parte grande número de corredores dos mais resistentes que possui o Club. Em maio, na mesma coluna, dizia-se que a anunciada corrida pedestre ainda era aguardada pelos sócios, confirmada pelo jornal a sua realização na edição de 10 de maio. Nesse mês, é realizada uma corrida, improvisada, devido as fortes chuvas que caíram, impedindo a realização do match de foot-ball programada 65. Finalmente, em junho, é realizada a corrida de cross-country anunciada de a dois meses66.: Participaram: J Mário; J. Moon; Shipton; Anthero; M. Neves; C. Neves, A. Vieira;, J. Bastos; que correram 900 metros em pista desconhecida e com obstáculos. Devido à falta de exercícios preparatórios, alguns concorrentes não concluíram, sentindo-se incomodados, convindo notar que todos haviam almoçado copiosamente, isto num dia em que deveriam fazer exercícios daquela natureza. Venceram J. Mário, seguido muito de perto de J. Moon, chegando em terceiro Anthero e em quarto Shipton. 58

O FAC foi fundado em 27 de outubro de 1907, por Nhozinho Santos, nas dependências da Fábrica Santa Izabel, de propriedade de sua família, e estava localizado no Canto da Fabril, onde hoje se situa a Igreja Universal do Reino de Deus, a TV Cidade e a Procuradoria Geral do Estado. In VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A inauguração do “foot-ball” em Maranhão, LECTURAS: Educacion Fisica y Deportes, Buenos Aires, no. 24, agosto de 2000, disponível em www.efdeportes.com 59 60

61

Pacotilha, 02 de janeiro de 1908 Pacotilha, 07 de janeiro de 1908, Terça-feira, n. 5

Para saber mais, ver VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Tênis no Maranhão. In O IMPARCIAL, São Luís, 17/01/2000, p. 15; e VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Apontamentos para uma história do Tênis no Maranhão. In LECTURAS: Educación Física y Deportes, Buenos Aires, no. 68, janeiro de 2004, disponível em www.efdeportes.com/efd68/tenis.htm 62 Pacotilha, 11 de janeiro de 1908, n. 9; 13 de janeiro de 1909, n. 10; Revista Typográphica, ano II, n. 7, São Luís, 31 de janeiro de 1908, p. 4). 63 64

65 66

Pacotilha”, 21 de fevereiro de 1908 A Pacotilha, São Luís, Quarta-feira, 15 de abril de 1908

Revista Typographica, n. 10, 12 de maio de 1908, p. 22 Pacotilha, de 08 de junho de 1908


Na Segunda semana do mês de junho, a tarde fora toda tomada pela inauguração do clube de foot-ball infantil.67, muito embora em maio tenha havido uma partida envolvendo crianças, de 10 anos de idade, que seria jogada na quadra de tênis, com a duração de 20 minutos, dividido em dois tempos de 10 minutos com cinco de descanso; as inscrições deveriam ser feitas pelos pais68 Como no mês de abril as chuvas vinham caindo torrencialmente, as partidas de futebol estavam suspensas, para evitar danos ao gramado do campo. Para os sócios não ficarem sem atividades, estava-se programando algumas partidas de crocket e law tennis69, assim como uma disputa de atletismo – cross-country, em que deveriam tomar parte grande número de corredores. O FAC promove uma alteração em seus estatutos para incluir, dentre suas atividades, exercícios militares para os sócios. Naquela época, em função do Regulamento da lei de Reorganização do Exército, algumas organizações, com a assistência de oficiais do Exército, poderiam oferecer essas atividades, dispensando-se os jovens de sentar praça.70.Em outubro, é realizado os primeiros exercícios de infantaria, com a realização de marchas e voltas71 Nesse mesmo mês, é apresentado o programa de aniversário do Clube – segundo – com a realização de duas partidas de futebol, entre o FAC x Maranhense e entre duas equipes da Escola de Aprendizes Marinheiros: Riachuelo (Estrela Preta) x Humaitá. Esses eram os nomes dos dois escaleres daquela escola, que se batiam nas regatas realizadas na Beira-Mar. Naquele ano de 1908, um dos mais atuantes sócios – inclusive seu diretor de esportes – Jasper Moon, despedia-se de São Luís. O FAC organiza um festival esportivo em sua homenagem72. Logo a seguir, no mês de dezembro, é eleita a nova diretoria, constituída pelos srs. Manoel Gonçalves Moreira Nina (Presidente); Carlos Peixoto Costa Rodrigues (Vice); José Alves dos Santos (primeiro secretário) e Carlos Alves A Neves (segundo secretário); e tesoureiro, Edmundo José Fernandes. A diretoria de “sports” coube a João Baptista Moraes Rego Júnior. Como suplentes, Alfredo Lima, Wilson Araújo e Aluísio Azevedo.73. Como primeira iniciativa da nova diretoria, foi promovido um match de xadrez nos salões do clube, a ter início no dia 16 de dezembro daquele ano de 1908 – o primeiro que tem lugar neste estado, informa o cronista d’ A Pacotilha74; “há grande animação para o torneio no qual tomarão parte os srs. Drs. João Pedro de Albuquerque, Clodoaldo Freitas, Euvaldo Nina e os srs. Joaquim M. Gomes de Castro, Franklin Costa Ferreira, Alexandre Nina e o tenente Luso Torres. É elaborado o Regulamento do Torneio e indicada a comissão arbitral, e o sorteio dos enxadristas, disputando-se duas partidas por dia: -

João Pedro x João Penaforte

-

Clodoaldo Freitas x Joaquim Castro;

no dia 20: -

Luso Torres x Alexandre Nina

-

Franklin Ferreira x Euvaldo Nina.

-

67 68

69

Avante!” de n. 386, de 15 de junho de 1908, Pacotilha, Segunda-feira, 25 de maio de 1908

Pacotilha, Quarta-feira, 15 de abril de 1908. Para saber mais, ver VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Tênis no Maranhão. In O IMPARCIAL, São Luís, 17/01/2000, p. 15; e VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Apontamentos para uma história do Tênis no Maranhão. In LECTURAS: Educación Física y Deportes, Buenos Aires, no. 68, janeiro de 2004, disponível em www.efdeportes.com/efd68/tenis.htm 70

Pacotilha, 18 de setembro de 1908 Pacotilha, 05 de outubro de 1908 72 Pacotilha, 28 de novembro de 1908 73 Pacotilha, 07 de dezembro de 1908 74 Pacotilha, 15 de dezembro de 1908 71


-

A Comissão Arbitral foi ficou formada por João Pedro Albuquerque, Clodoaldo Freitas e o Tent. Luso Torres. Seriam jogadas 64 partidas entre os cavalheiros citados.75

-

Em 1910, logo no início de janeiro, é inaugurada a pista de Boliche - introduzindo-se mais uma modalidade -, montada na parte fronteira do edifício do Clube76

Na edição d’ A Pacotilha de 1º de maio, Sábado, é anunciada a realização da segunda rodada, do concurso de futebol, entre os jogadores do FAC e do Maranhense77; mesma nota, é anunciado um Torneio de Crockt, a ser disputado logo após o término do Campeonato de Foot-ball. No dia 09 de maio, é realizado o sorteio dos oito (8) grupos que o disputariam 78 1º grupo – H. Aranha e R.N.M. Pereira 2º grupo – J. Mário e F. Aguiar 3º grupo – P. Oliveira e J. Santos 4º grupo – J. M. Santos e C. V. Reade 5º grupo – J. Ribeiro e C. E. Clisold 6º grupo – E. Silva e F. Fernandes 7º grupo – J. Santos Sobrinho e M. Sardinha 8º grupo – C. Rodrigues e M. Nina no primeiro Domingo jogariam 6 x 1; no seguinte, 3 x 8; no terceiro, 5 x 7 e no última rodada, 2 x 4.

NO CLUBE EUTERPE79 Talvez motivados pelas realizações dos jovens do FAC, Pantaleão Santa Cruz informa que “a luzida rapaziada do Euterpe organizam ultimamente a sua secção de sport, o que constitui notável melhoramento, cuja falta se fazia sentir nesta capital”80 Em 1909, é planejado um Torneio de Bilhar junho, com o seguinte resultado83:

81

, iniciado em 25 de maio82, com término dia 04 de

Campeão – Arthur Paraíso Vice-campeão – Adolfo Paraíso Terceiro lugar – João Nunes. No Sábado, 12 de junho, fez-se a entrega dos prêmios aos vencedores, ao mesmo tempo em que é anunciado um Torneio de Gamão84.

75

Pacotilha, 19 de dezembro de 1908 Pacotilha, Sábado, 29 de janeiro de 1910 77 Pacotilha, 1º de maio de 1909, sábado 78 Pacotilha, Segunda-feira, 10 de maio de 1909 76

79

Fundado em 1904, com sede no Palacete que pertenceu ao pai de Benedito Leite; foi sede d’ O Imparcial, e atualmente sofre por uma reforma. In VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A inauguração do “foot-ball” em Maranhão, LECTURAS: Educacion Fisica y Deportes, Buenos Aires, no. 24, agosto de 2000, disponível em www.efdeportes.com 80 81

AVANTE!, São Luís, 07 de junho de 1907, n. 245, Chronica).

Avante, 04 de abril de 1909, n. 432. Pacotilha, 25 de maio de 1909 83 Pacotilha, Sexta-feira, 04 de junho de 1909 84 Pacotilha, Sábado, 12 de junho de 1909 82


Em julho, surge a primeira crise desse clube, que chegou a fechar suas portas, porém reabrindo85. Em 1911, após inúmeras crises, o clube é fechado definitivamente, com seus sócios fundando o Casino Maranhense...

NO MARANHENSE FOOT-BALL CLUB86 O FAC cede suas instalações para que o Maranhense Foot-Ball Club realize seu festival de inauguração no dia 07 de fevereiro de 1909, jogando as duas equipes internas dos Green 3 x 0 Blue.87 A diretoria do novo clube era formada por Almir Saldanha da Silva (presidente); João Torres (vicepresidente).88 Como aconteceu com o FAC, cujos preparativos e “ensaios” de futebol vinham acontecendo desde 1905, também os sócios fundadores do Maranhense de há muito vinham preparando o início de suas atividades, tanto que em abril de 1908 já era anunciada para breve89 sua inauguração. Em 24 de dezembro, os sócios são convocados para uma assembléia, para tratar da inauguração, sendo anunciada a sede do novo clube na Rua de Santo Antonio, 28, local da reunião.90 Em março, é realizada uma partida de futebol entre essa agremiação e o Derby Club, saindo vencedor aquele por três gols91. A partida foi jogada no campo do Maranhense, que – como de costume à época – foi desafiado para uma nova partida.

TIRO MARANHENSE O “Tiro Maranhense” é inaugurado, com 150 sócios, tendo na Presidência Henrique da Costa Alves Nogueira. A inauguração desse “clube” deve-se ao aproveitamento da Lei de Reorganização do Exército, em que era permitido aos jovens a filiação, sob a orientação de um oficial do Exército, para receber orientações sobre marchas e concurso de tiro – exercícios militares. Em contrapartida, aqueles que participassem dos exercícios, estariam dispensados em servir o quartel. Muitos clubes esportivos se aproveitaram da Regulamentação dessa Lei, oferecendo uma secção de Tiro, orientada por um oficial. Como aconteceu com o FAC e o Maranhense.

REGATAS É anunciada a saída de um “boi a cavalo” (sic) do Bazar Sulamericano (Rua do Sol), que percorrerá as ruas da cidade anunciando a grande regata que se realizará no próximo Domingo, assim como a briga de galo, em frente ao mesmo bazar (A Pacotilha, 19 de fevereiro de 1908). O colunista da Chronica, do Avante! deseja aos criadores do novo clube de regatas melhor sorte, desta vez, diante da idéia surgida (06/06/908, n. 385); na edição seguinte(n. 386, de 15 de junho de 1908) é anunciado que o novo clube de regatas é uma realidade, tendo recebido o nome de Tiradentes. Em setembro de 1908, é realizada mais uma regata92, não se informando se promovida pelo Clube Tiradentes, recém-inaugurado... 85

86

Avante, 08 de julho de 1909, n. 437

In VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A inauguração do “foot-ball” em Maranhão, LECTURAS: Educacion Fisica y Deportes, Buenos Aires, no. 24, agosto de 2000, disponível em www.efdeportes.com 87

Pacotilha, 08 de fevereiro de 1909 Avante, 05 de fevereiro de 1909, n. 418 89 Pacotilha, 15 de fevereiro de 1908 90 Pacotilha, 19 de dezembro de 1908 91 Pacotilha, Segunda-feira, 30 de março de 1908 88


CORRIDA A CAVALO93 No dia 16 de fevereiro de 1908 é anunciada uma corrida a cavalo pel’ A Pacotilha. Com início as 5 ½ da tarde, seria realizada na Rua do Sol com partida de frente do palacete 40 pares, até a esquina do Bazar Sulamericano. Participariam seis cavaleiros “muitíssimos amestrados, farão desfilar magníficos cavalos pampas para isso ensaiados pela rua abaixo até o ponto marcado tirando o que primeiro puder a bandeira do posto, que dará o sinal de prêmio. Pede-se aos assistentes que se conservem nos passeios para poderem ver. Após, começará uma grande batalha de confete e rodó”.

92

93

Pacotilha, 14 de setembro de 1908

para saber quando foi implantada as corridas a cavalo em São Luís, ver VAZ, Delzuite Dantas Brito; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Hipodrismo Em Maranhão. In CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES, LAZER E DANÇA, VIII, Ponta Grossa, novembro de 2002, Coletâneas ..., disponível em CD-ROOM.


ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO Replicando os capítulos do Atlas do Esporte do Maranhão, em sua versão atualizada, até o presente momento, e ainda em construção. A partir daqui, as atualizações serão acrescidas em postagens adicionais, e depois incorporadas no texto definitivo, na medida em que novas descobertas se apresentarem.


ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO RUGBY Leopoldo Gil Dulcio Vaz Origens O Rugby surgiu na Inglaterra em 1823, sendo o marco de memória sempre citado, a criação, nesta data, da Rugby School of England. Em 1871, foi organizada, também na Inglaterra a Rugby Union, uma instituição que deu partida à expansão do esporte nos países de língua inglesa, e depois no âmbito internacional. Hoje (2006) há 80 países que apresentam iniciativas de Rugby, cuja característica comum é a manutenção do amadorismo. No Brasil, a modalidade apareceu também na segunda metade do século XIX, naturalmente praticado por ingleses e/ou seus descendentes brasileiros. Em 1950, Tomás Mazzoni escreveu um livro sobre as memórias do futebol em que confirma tal fato, atribuindo uma origem comum a ambos os esportes no país. Segundo o historiador Paulo Várzea, o primeiro clube de esportes que adotou a modalidade no Brasil foi fundado em 1875, por H. L. Wheatley, C. D. Simmons, A. MacMillian, Amaral, Robinson e Cox, recebendo, posteriormente, a denominação de Paissandu Cricket Clube. Neste clube, deficiências do campo para a prática do football contribuíram para a realização dos primeiros exercícios de Rugby. Em 1891 foi criado, também no RJ, o Clube Brasileiro de Futebol Rugby, o primeiro a cultivar efetivamente este esporte no Brasil. Os fundadores foram Alfredo Amaral Fontoura, Virgílio Leite, Oscar Vieira de Castro, Edwin Ral, Sidney Cox, Augusto Amara e Luiz Leonel Moura. Este último era recém chegado da Inglaterra, onde fora educado e aprendera o Rugby. Em 1896, ainda segundo Mazzoni, regressava dos EUA o professor Augusto Shaw, do Mackenzie College, mais um que passou a desenvolver o esporte no país. O próprio futebolista Charles Muller – um dos pioneiros do soccer no Brasil – foi um jogador de Rugby, tendo organizado, em 1895, o primeiro time em São Paulo. Rugby CARLOS JOSÉ BARCELLOS DE OLIVEIRA E FERNANDO LUÍS DE OLIVEIRA. IN DACOSTA, LAMARTINE (ORG.). ATLAS D O ESPORTE NO BRASIL. RIO DE JANEIRO: CONFEF, 2006 10.33. Características técnicas do Rugby / Rugby: basic rules - O Rugby é disputado nos mesmos campos de grama utilizados pelo futebol. Para o seu exercício, a modalidade exige grandes áreas perpendiculares após ambas as linhas de fundo, além de traves, em forma de um grande H. Aproveitando as balizas que existem nos inúmeros campos de futebol em todo o país, para jogar o Rugby instalam-se dois postes, nos mais diversos materiais. Alguns materiais de proteção ao corpo podem ser utilizados pelos jogadores como capacete, ombreiras, boqueiras e caneleiras. O jogo decorre em dois tempos de 40 minutos, além de incluir um terceiro tempo de jogo durante o qual, independentemente do resultado, os jogadores se confraternizam com a troca de presentes, bebidas, música e brincadeiras. As equipes são compostas por 15 jogadores, distribuídos entre as oito primeiras posições avançadas, conhecidas como “forwards” e pelas sete restantes, chamadas de “linha”. Suas características básicas são o uso das mãos e pés e tem sua pontuação da seguinte forma: “Try”: significa apoiar a bola na região atrás da linha de fundo adversária “in-goal”: vale 05 pontos. Conversão: após um “try”, a equipe tem o direito a um chute, em qualquer ponto da reta ortogonal, ao local de contato da bola no “in-goal”, perpendicular à linha de fundo. O chute vale 02 pontos se a bola passar por cima do H. “Drop-Kick”: é um chute de bate pronto. Chutar, após a bola bater no chão, durante o jogo, e se a bola passar por cima do H, vale 03 pontos. “Penalty”: consiste em chute direto, de bola parada, para o H, após a equipe ter sofrido uma infração grave. Neste caso, a equipe pode optar pelo chute, havendo a conversão por cima do H; vale 03 pontos. A dinâmica do jogo está na condução das bolas com as mãos, com os passes obrigatoriamentepara trás, exceto quando chutada ou conduzida com os pés, respeitando-se as leis de impedimento. Neste caso, somente podem participar da jogada, além dos adversários, apenas os jogadores que estavam atrás da linha do chutador, no momento do chute. Somente o jogador que estiver portando a bola fica sujeito a ser derrubado por seu adversário, num lance conhecido com “tackle”, ou seja, o choque direto, restando ao portador a alternativa de se esquivar ou aplicar o “hand–off”, que é o uso de uma das mãos para se defender do golpe. Existem ainda os dois tipos de agrupamentos de, no mínimo 02 jogadores, como procedimentos normais de defesa e conhecidos como “maul” e “ruck” realizados, respectivamente, em pé e no solo, sem que haja a interrupção pelo árbitro. Enquanto existir condições de prosseguimento da partida, não há infração das regras do jogo. A saída de jogo corresponde a um chute que parte do meio do campo em direção à equipe adversária e o jogador fica obrigado a ultrapassar a distância de, no mínimo, 10 metros para frente. Na hipótese do não cumprimento e, a critério do adversário, sujeita-se a uma nova saída, idêntica ou através de um “scrum” no meio do campo, com a posse invertida para o adversário. 10.34 DACOSTA, LAMARTINE (ORG.). ATLAS D O ESPORTE N O BRASIL . RIO DE JANEIRO: CONFEF, 2006


Rugby 7s ou rugby de sete é uma variante do rugby sancionada pela World Rugby jogado com apenas sete jogadores em cada time e em dois tempos de sete minutos cada. Essa variação do esporte é bem popular na Europa, na Oceania e em alguns países da Ásia. Em geral, a variação exige mais destreza dos jogadores, por essa razão eles geralmente são mais leves e rápidos comparados aos do rugby XV. A grande vantagem que o rugby de sete possui é o fato do jogo e das competições serem disputadas em um curto período de tempo, uma competição de rugby de sete dura geralmente 1 ou 2 dias. Em países em que o rugby tem pouca popularidade geralmente usa-se o rugby de sete em jogos de exibição para promover o esporte. Campo do Melrose Rugby Football Club na Escócia, onde nasceu o rugby sevens. O rugby sevens foi criado em 1883 por Ned Haig na cidade Melrose na Escócia como um evento de arrecadação de fundos para o seu clube o Melrose Rugby Football Club que também incluía outras competições associadas ao rugby como corridas com a bola, campeonato de drop kicks, campeonato de dribles, além da Melrose Cup de rugby sevens como campeonato principal onde participaram 8 clubes. O grande sucesso do campeonato fez com que a modalidade se espalhasse por outras cidades. Até hoje a Melrose Cup ainda é disputada anualmente na Escócia como parte do circuito Borders Sevens contando inclusive com a participação de equipes do Japão, do Uruguai e da África do Sul. https://pt.wikipedia.org/wiki/Rugby_sevens RUGBY NO MARANHÃO Fonte: GOMES, Leandro Olívio Carvalho. ASSOCIAÇÃO MARANHÃO RUGBY – a gênese do Rugby no Maranhão. São Luís: EDUFMA, 2015. 2011 – um grupo de cerca de 20 pessoas se reuniu na Praia de São Marcos, próximo à Barraca Paradise para a prática despretensiosa do Rugby; pensada, inicialmente, a formação de uma equipe – Maranhão Rugby Clube - , definindo-se por Associação Maranhão Rugby. - Juan Frota, após ver reportagem sobre esse primeiro jogo, pelo jornalismo esportivo da Mirante/Globo esporte, resolveu conhecer o grupo que praticava Rugby na praia.; Jogava essa modalidade desde os anos 2.000, quando residiu na Austrália, tendo participado, também, de outras equipes no Brasil, passando a ser treinador e capitão do time. - AGOSTO – os treinos passaram a ser realizados no campo da Associação de Moradores do Cohajap e no campo da Associação dos Magistrados do Maranhão - SETEMBRO – realizado jogo amistoso com o time do Piauí Rugby; o primeiro jogo acabou sendo um desafio interestadual, realizado no dia 24 de setembro, no campo da Associação dos Moradores do Cohajap. Partida organizada pelos próprios atletas. Vencida pelo Piauí, pelo placar de 19 x 5. - A Associação Maranhão Rugby retribuiria a visita, jogando em Teresina, sua segunda partida, também vencida pelos piauienses, criando-se uma grande rivalidade entre os estados. - NOVEMBRO, 11 - realizada uma ultima partida amistosa, tendo como adversário da Associação Maranhão Ragby – Bumba Rugby – o Acemira Rugby, de Belém do Pará, realizada a partida no campo da AERCA – Associação Esportiva Recreativa Carajás, vencendo por 62 x 5. 2012 – A Associação Maranhão Rugby se prepara para participar da Liga Nordeste de Rugby FEVEREIRO, 11 – a AMARU – Associação Maranhão Rugby –realiza sua primeira competição oficial, contra o time cearense Centuriões Rugby Clube. O confronto ocorreu no campo do SESI Araçagy, com o resultado de 31 x 0 para a AMARU. Os tries foram marcados por Marcos Bispo, Carlos Marvel, Jhonatan Meir e Joel Félix, e três conversões de Marcelo Cintra. - a segunda aprtidapela Liga Nordeste foi contra a forte equipe do Piauí Rugby, com a primeira vitória dos maranhenses sobre o mPiauí, pelo placar de 13 x 10, jogo realizado no estádio Ananias Silva, em São Luis. - no jogo decisivo, realizado em Teresina, contra o time cearense Sertões Rugby; JULHO, 14 – na final da Liga Nordeste, jogo realizdo em Natal-RN, contra o Alecrim Futebol Clube, perdendo por 45 x 0, após uma estafante viagem de 24 horas, de ônibus.


- a AMARU passou ase concentrar para a temporada de Rugby Sevens, versão que conta com apenas sete (7) atletas em campo, e com dimensões menores. Há que se ressaltar que nessa versão, se disputam váris partidas em um mesmo dia, geralmente 4 a 5 jogod. JULHO, 21 – participação da AMARU em torneio realizado em Teresina, etapa do Circuito Nordeste de Rugby Feminino, quer marca a estreia da equipe feminina da AMARU. Ao mesmo0 tempo, acontece torneio paralelo, Taça Osmar Teixeira de Rugby Sevens, também a primeira partida de Rugby Sevens da equipe masculina SETEMBRO, 7 e 8 – organização da São Luis Sevens, realizada no campo do SESI Araçacy, com a participação de cinco equipes masculinas e três equipes femininas. A AMARU sagrou-se campeã, rerrotando na final a forte equipe do Acenira Rugby, do Pará, por 26 x 12. OUTUBRO - após essa competição, uma série de polemicas, discordâncias e disputas politicas envolveu o Rugby maranhense, levando a uma cisão, surgindo uma segunda equipe, a Associação Atlética Upao-Açu, que formaria parceria com o Sampaio Correa Futebol Clube, formando assim o Sampaio Rugby OUTUBRO, 9 – A AMARU se organiza, e em reunião no Edificio Saint Louis, no São Francisco, aprova seu Estatuto Social, realizando a primeira eleição de diretoria, tendo Fabricio Gomes na presidência e Frederick Brandão como vice. 2013 – JANEIRO – realizados cursos técnicos de arbitragem, organizados pela Confederação Brasileira de Rugby FEVEREIRO, 23 – primeiro embate entre as duas equipes de Rugby maranhense, na fase de grupo da Liga Nordeste, com a AMARU levando vantagem, vencendo o primeiro derby por 22 x 8, em jogo realizdo0 no campo do SESI Araçagy;no jogo de volta, nova vitória pelo placar de 27 x 21. - devido à cisão, ambas equipes ficaram enfraquecidas, perdendo, então, as quatro partidas realizadas contra a equipe do Piauí Rugby - ano de reformulação, busca de novos atletas, possibilitou a participação de três equipes da AMARU no Circuito Interestadual de Rugby Sevens, na etapa nTeresina. OUTUBRO – realizada a etapa maranhense do Circuito de Rugby Sevens, no campo do IPEM, com a segunda edição do São Luis Sevens. 2014 – Na Liga Nordeste 2014, a AMARU perdeu todos os seus jogos MARÇO, 12 – por motivos acadêmicos, o presidente Fabricio Gomes afastou-se da direção, definica uma nova diretoria com Markus Trinta eleito presidente, e Marcos Bispo como vice. MAIO, 3 – realizado um evento internacional de Rugby, com a AMARU enfrentando o Vie Bagaj, time de veteranos da Guiana Francesa, vencedor da partida por 47 x 9 - realizadas as etapas do Circuito Interestadual de Rugby Sevens, com a primeira etapa em Teresina; a segunda, realizada em São Luis


ATLAS DO ESPORTE NO CEARÁ CAPOEIRAGEM LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Origens e Definições A capoeira é hoje um dos esportes nacionais do Brasil, embora sua origem seja controvertida. Há uma tendência dominante entre historiadores e antropólogos de afirmar que a Capoeira surgiu no Brasil, fruto de um processo de aculturação ocorrido entre africanos, indígenas e portugueses. Entretanto, não houve registro de sua presença na África bem como em nenhum outro país onde houve a escravidão africana. Em seu processo histórico surgiram três eixos fundamentais, atualmente denominados de Capoeira Desportiva, Capoeira Regional e Capoeira Angola, os quais se associaram ou se dissociaram ao longo dos tempos, estando hoje amalgamados na prática. Desde o século XVIII sujeita à proibição pública, ao longo do século XIX e até meados do século XX, ela encontrou abrigo em pequenos grupos de praticantes em estados do sudeste e nordeste. Houve distintas manifestações da dança-luta na Bahia, Maranhão, Pará e no Rio de Janeiro, esta última mais utilitária no século XX. Na década de 1970 sua expansão se iniciou em escala nacional e na de 1980, internacional. Embora sejam encontrados diversos significados para o vocábulo “capoeira”, cada qual referindo-se a objetos, animais, pessoas ou situações, em termos esportivos, trata-se de um jogo de destreza corporal, com uso de pernas, braços e cabeça, praticado em duplas, baseado em ataques, esquivas e insinuações, ao som de cânticos e instrumentos musicais (berimbau, atabaque, pandeiro, agogô e reco-reco). Enfocada em suas origens como uma dança-luta, acabou gerando desdobramentos e possibilidades de emprego como: ginástica, dança, esporte, arte, arte marcial, folclore, recreação e teatro, caracterizando-se, de modo geral, como uma atividade lúdica. http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/1.pdf 1832 – a primeira referencia à prisão de um ‘capoeira’, conforme consta do Diário do Império, edição de 1832, seção correspondente aos acontecimentos no Ceará, certamente referentes às estatísticas do ano anterior:


1852 - A primeira referencia com a palavra ‘capoeira’ no Jornal ‘O Cearense”, que circulou de 1846 a 1891 - data de 1847; na edição de 04 de janeiro de 1952 de numero 20, refere-se à mato rasteiro, em uma poesia, que não identificamos o autor. As referencias seguintes também tratam de mato rasteiro... São 84 referencias nesse jornal, sendo a primeira, de capoeira como individuo praticante de uma luta, data de 1852 – “O Cearense”, edição de 17 de dezembro, n.588-, aparece nota sobre o alferes João Torres, que teria sofrido ataque de “um capoeira”:

1853 - Na edição de 13 de setembro de 1853, refere-se à artigo publicado em outro jornal, “Pedro II” – circulou de 1840 a 1889 - como era normal naquele tempo -, rebatendo notícia veiculada, referindo-se à ‘capoeira’, no seu sentido de denegrir outrem, como facinoroso:


1858 - edição de 28 de novembro, a nota – editorial – do jornal O Cearense, defendia-se do sr. João Silveira de Souza, publicada, também, no jornal “Pedro II”, chamando-o de ‘pobre capoeira”:

1859 - Em “O SOL”, de 05 de maio de 1859, acusa-se o Padre Carlos de prática de gestos semelhantes aos de um capoeira durante as missas:


1862 - ‘O CEARENSE’, em sua edição de 28 de outubro, publica carta de um leitor, da cidade de Santa Quitéria, relatando os acontecimentos políticos, refere-se a um cidadão a quem acusa ser ‘capoeira’, pelas injurias que assacava:

1863 - Novamente em ‘O Cearense’, na edição de 10 de novembro de 1863, consta:


- Já na “GAZETA OFFICIAL DO CEARÁ”, edição de 18 de novembro, consta o seguinte:

- Em 24 de novembro, em ‘O Cearense”, há uma resposta, com o mesmo título, à nota da “Gazeta Official, de 18 de novembro (acima),


1865 - Em “O Tagarella”, em sua edição de março traz-nos:

- Em “A Constituição” – circulou de ‘863 a 1889, de 23 de outubro de 1865 a referencia também é de malfeitor:

1866 - Voltamos a “O Cearense, edição de 12 de janeiro, em nota ‘de repudio’, contra o que fora publicado em outro jornal, pelo sr. Francisco Manoel Dias, taxando-o de ‘capoeira’


1868 - Nesse mesmo ‘O Cearense, edição de 22 de novembro, noticia de um assassinato em Indaiá:

1869 - Na edição de 12 de outubro de O Cearense, noticiado o assassinato de um capoeira, por sua mulher:


- Esse crime continua repercutindo na cidade, sendo que no relatório dos crimes do mês, também aparece, como Maria Mussu tendo assassinado a José Capoeira, no bairro do Livramento, da capital. Na edição de 16 de dezembro de 1869 dá-se mais detalhes, informando-se que José Capoeira chegara recentemente do Paraguai:

1871 - 23 de julho, publicado o seguinte diálogo, em O Cearense:

1872 - E derrubam-se ministros por meio de rasteiras e cabeçadas, conforme a edição de 30 de maio d’ O Cearense, sobre boatos publicados em A Reforma:

1874 - Em “O Pyrilampo”, de 15 de março, pedia-se que se ensinasse capoeira a alguns jornalistas:


- “O Cearense”, em sua edição de 24 de junho publica anúncio de fuga de um escravo, oferecendo-se recompensa; uma das características, era o andar de capoeira:

1876 - 16 de janeiro, em O Cearense, em correspondência da cidade de Ipu, Arthedouro Burgos de’Oliveira acusa ao juiz da cidade de o haver agredido, utilizando-se de golpes à moda de capoeira:


- A 13 de abril de 1876, também em O Cearense, em todas a pedido, do interior, um juiz, em suas decisões, contrariando interesses políticos, é comparado à ‘um capoeira”:

- Desta vez, e não é a primeira, um padre é chamado de ‘capoeira’, dada a sua truculência em tratar de seus paroquianos, também por divergências politicas, conforme o Cearense de 27 de agosto de 1876:


1880 - No jornal “A Gazeta do Norte”, do ano de 1880, edição 74, - circulou de 1880 a 1890 -aparece pela primeira vez o termo de busca ‘capoeira’, referindo-se à mato raso. Na edição de 07 de dezembro, n. 149, já se refere a facínoras,

1881 - Em “O Libertador” – órgão da Sociedade Cearense Libertadora, com edições de 1881 a 1889, na sua publicação de 17 de março de 1881, em sua sexta edição, ‘capoeira’ significando malfeitor e vagabundo. Temos a identificação de um capoeira, Júlio de Vasconcelos, português, de cor branca, preso por ser vagabundo e capoeira, embora redator de um jornal rival, O Cruzeiro:


- no jornal “Pedro II”, Noticias de crimes associavam o uso de facas à capoeiras, como malfeitores, aparecem em sua edição 84, de 1881:

- Em A GAZETA DO NORTE, edição de 28 de abril de 1881, um delegado de policia desafia os presos a jogar capoeira:


- O “Pedro !!” em sua edição de 27 de novembro de 1881 trás os instrumentos utilizados na capoeira – o cacete:

1882 - N’A GAZETA DO NORTE, edição de 7 de fevereiro de 1882, em resposta, novamente a designação de ‘capoeira’ a indivíduo sem caráter:


1886 - Em O Libertador de 12 de abril de 1886, ao noticiar a prisão de um Cearense, como era conhecido José Francisco das Chagas, de 20 anos de idade; é apresentada sua ficha criminal, com várias prisões, por vagabundagem, embriaguez e furto. Algumas dessas prisões, pelo exercício de capoeiragem, ou por capoeira:

1883

1887 - O Libertador, na edição de 18 de fevereiro de 1887, caracteriza um capoeira:


- O CEARENSE de 20 de julho de 1887 anuncia o recebimento do numero 13 de A Quinzena, e ao apresentar o sumário, um dos temas é ‘Capoeira”:

1888 - No “Constituição” de 10 de fevereiro de 1888, mais uma nota policial, envolvendo um capoeira:


1892 - O jornal “José de Alencar”, órgão do grêmio literário do mesmo nome, em sua edição de 16 de outubro de 1892, traz-nos umas memórias “do Torres”, escrito por Jubas Coréa; ao descreve-lo:

1893 - Em “A República” – fusão de O Libertador e Estado do Ceará, editado de 1892 a 1897, em sua edição de 28 de maio de 1893, refere-se a um tal de “Domingos Capoeira”:


1895 - N´A Republica de 10 de março de 1895, outra nota de uma agressão, sendo um dos contendores, um capoeira:

- Jornal “O Republicano”, de 28 de dezembro de 1895:

1904 - No “Jornal do Ceará, edição de 03 de agosto de 1904, também se refere à mato; na edição de 26 de agosto, noticia de um crime, ocorrido em Acaraú-Mirim:


1907

-

O

REBATE, traz:

1921 - No jornal “A Nota”, em sua edição de 30 de julho de 1921,


1928 - No “O Ceará”, de 30 de março de 1928, com o sentido de mato; na de 04 de abril, refere-se à navalha de um capoeira:

DÉCADA DE 1930 – Em “A Razão” – publicado de 1929 a 1938, na edição de 02 de outubro de 1930, refere-se à luta:

- Tem-se, como ponte de partida, no Ceará a participação do cearense Cisnando na constituição da Capoeira Regional de Mestre Bimba: Ele era um jovem que foi estudar Medicina na Bahia, pois na época não havia tal curso no Ceará. Lá conheceu Manoel dos Reis Machado, o famoso Mestre Bimba, criador da Capoeira Regional. No documentário Mestre Bimba: A Capoeira Iluminada de 2007, o Mestre de Capoeira, Doutor Decânio fala sobre Cisnando e o início da Capoeira Regional. Referindo-se a história da Capoeira de Bimba, ele diz: “A história começa para mim, quando Cisnando chega na Bahia. Ele corre aos capoeiristas, só encontrou um que ele respeitou, que era um negão, que era carvoeiro na Liberdade, que era Bimba” (sic).Cisnando foi um capoeirista que contribuiu para a história da Capoeira, mas infelizmente não desenvolveu trabalho no Ceará e até onde se sabe não formou discípulos.


FOTO: Bimba y Cisnando -FUENTE: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp020539.pdf

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- José Cisnando Lima nasceu em 9 de Outubro de 1914, no Sítio Santa Rosa, Crato/CE. Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1932, formando-se em 1937. Iniciou suas atividades profissionais em Sta. Bárbara/Ba. Regressou à sua terra natal, em 1943, clinicando em varias cidades do sul do estado até 1950, quando retornou a Sta. Bárbara/BA. Sonhador, empreendedor, apaixonado pela 94

IMAGEM ENVIADA POR Javier Rubiera Cuervo rubierj@gmail.com, via correspondência eletrônica pessoal, em 07/08/2018, publicada na revista O CRUZEIRO de 14 de maio de 1955, O Cruzeiro : Revista (RJ) - 1928 a 1985 – disponível em http://memoria.bn.br/DocReader/DocReaderMobile.aspx?bib=003581&pesq=Capoeira%20ceara


agricultura, trouxe colonos japoneses para incrementar as técnicas agrícolas em sua propriedade e foi pioneiro na irrigação das suas culturas, o que o conduziu à presidência do Sindicato Rural de Feira de Santana/BA. Eleito vereador em Feira de Santana, foi líder do partido situacionista neste município. Nomeado médico da Secretaria de Agricultura, foi requisitado paras a função de legista da Secretaria de Segurança Pública. Exerceu os cargos de Supervisor Estadual da Merenda Escolar e representante federal da Campanha Nacional para a Merenda Escolar. Eleito Presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, assumiu a Prefeitura local durante 4 meses por motivo de saúde do prefeito em exercício. Dois anos depois dedicou-se inteiramente à psiquiatria, fundando duas clínicas particulares para doentes mentais. Ensinou biologia no Colégio Santanópolis, no Instituto Guimarães e no Educandário da Casa São José. Aprendeu Jiu-jitsu com Takeo Yano antes de chegar a Salvador. Com Takamatsu, 5o dan da Shotokan e 2o da Kodokan, praticou e estudou o karatê. Um dos seus colonos japoneses o iniciou em Kendô e Bojitsu. A sua equipe de japoneses, oriunda da TakuDai, incluía Saito Masahiro, 2o dan pela Kodokan e 1o dan pela Shotokan, que ensinou Judô e Karatê no Spartan Gym de Dr. Geraldo Blandy Motta e no Gremio da Escola de Politécnica, com o qual também pratiquei as duas artes marciais. http://capoeiradabahia.portalcapoeira.com/dr-jos-qcisnandoq-lima-a-pedrafundamental-da-regional/ - Continuando com Nascimento (2017), este autor traz duas outras hipóteses da introdução da Capoeira: [...] outras narrativas existentes, alimentam a ideia de que, os primórdios da prática da capoeira do Ceará teve início com o retorno de cearenses, formados em Direito e Medicina nas universidades baianas, que teriam aprendido capoeira naquele estado com Mestre Bimba, criador da capoeira Regional baiana (Neto, 2012). De volta ao estado, após o término dos seus respectivos cursos, alguns destes ex-alunos de Bimba, teriam dado aulas e iniciado alguns neófitos na arte da capoeiragem. DÉCADA DE 1950 – A revista “O Cruzeiro” em sua edição de 14 de maio de 1955 publica artigo sobre o Candomblé na bahia, e apresenta uma foto com o título de “Capoeira no Ceará” http://memoria.bn.br/DocReader/DocReaderMobile.aspx?bib=003581&pesq=Capoeira%20ceara DECADA DE 1960 - José Renato de Vasconcelos Carvalho, conhecido por mestre Zé Renato, natural de Crateús-CE filho primogênito de Joaquim Severiano Ferreira de Carvalho e Vicência Vasconcelos Carvalho. Nasceu em 24 de maio de 1951: Em vinte e quatro de maio, / De cinqüenta e um nasceu,/ Em Crateús e cresceu / Na arte fazendo ensaio, / Para brilhar como um raio,/ O artista Zé Renato; / Mestre em artesanato/ E também em capoeira,/ Essa luta brasileira/ Feita por negros no mato . (CARVALHO FILHO, 1997, p. 1).

1960 - chega a Crateús, lotado no 4 Batalhão de Engenharia de Construção, um sargento de nome Cipolati, gaúcho que havia residido na Bahia por longa temporada, pai de Carlos e Evandro e ex-aluno de um famoso capoeirista, mestre Bimba. Cipolati foi o responsável por iniciar Zé Renato na prática da capoeira. A capoeira fazia parte das atividades em família, treinando após o regresso do trabalho junto aos filhos. Ao ver a capoeira pela primeira vez, José Renato apaixonou-se e iniciou seus treinos. Carvalho Filho (1997) 95 conta que: [...] um militar que chegara a cidade vindo da Bahia, trazia consigo a arte da capoeira. O Mestre muito curioso fazia perguntas sobre a cidade do baiano, encantara-se com a ginga e com a habilidade do mesmo. Depois de terminado o primeiro grau, atual ensino fundamental, vai para a Bahia e conhece o famoso Mestre Bimba. Mestre Zé Renato terminou o Segundo Grau, atual Ensino Médio, em Ilhéus, onde jogava Angola na praia. Todo final de semana estava em Salvador para jogar na capital. Em 1967, retorna à sua terra natal. 1967/68 – parte para o Rio de Janeiro, aos 18 anos de idade, devendo ter ficado nesse Estado por volta de três anos. No Rio, foi jogar capoeira na Central do Brasil com o famoso mestre Leopoldina 96. Conhecido por Ceará e pelo

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CARVALHO FILHO, José Bento de. Capoeira: a história do Mestre Zé Renato. Literatura de cordel. Fortaleza – CE, 1997. Mestre Leopoldina (12/02/1933 – 17/10/2007) Demerval Lopes de Lacerda, Mestre Leopoldina nascido o 12 de fevereiro de 1933 no Rio de Janeiro. Inicio-se na capoeira na decada de 1950, com Joaquim Felix de Souza, Mestre Quinzinho, um temido malandro de favela que já tinha proceso penal por morte, heredeiro das violentas maltas de capoeira que aterrorizaram o Rio de Janeiro no século XIX. Depois que mestre Quinzinho foi asesinado na decada do 50 na Colonia Penal, o Mestre Leopoldina


jogo diferenciado, Zé Renato dedica–se ao aprendizado da capoeira em solo carioca, adquirindo sempre novos conhecimentos.

DÉCADA DE 1970 - Ainda seguindo Silva (2013) 97, pouco tempo depois, ao surgir uma oportunidade de trabalho no Maranhão, na área de topografia, o jovem José Renato ficou tentado atingir mais outra meta na vida que era a de conhecer o “berço de negros”, como ele mesmo diz: As experiências do Maranhão pelos idos de 1970 gravitavam ao redor de práticas de capoeira Angola, Tambor de Crioula e de todas as manifestações de que pôde participar. Amante das artes popularescas, Zé Renato defendeu a ideia de que naquela época os praticantes viam capoeira como arte, apenas isso. 1971 – MESTRE OUSADO - José Maria Cardoso da Costa, em artigo de jornal de 2011, afirma que há 40 anos preserva a arte da capoeira em Fortaleza é o tema do livro “As Asas do Mestre”. O material tem projeto editorial e organização de Luiz Renato Vieira, que também é mestre de capoeira e doutor em sociologia da cultura. Mestre Ousado foi percursor da capoeira em outros países, como a Inglaterra, ainda no início dos anos 1990. Atualmente ele ministra aulas em universidades e escolas públicas de Cingapura, sendo reconhecido pelos Ministérios da Educação, Arte e Esporte. “A capoeira é para muitos jovens asiáticos o primeiro contato real com a cultura brasileira. Embora o futebol brasileiro seja admirado é através da capoeira que muitos aprendem a falar português, ao gingar ao som do berimbau e acabam por construir laços de uma vida toda com o Brasil”, afirma mestre Ousado. O nome do livro foi pensado pelo próprio mestre. “Já dei uma volta ao mundo com a capoeira. Ela nos leva igual ao vento”, completa. http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/fortaleza/livro-sobre-mestreousado-conta-parte-da-historia-da-capoeira-em-fortaleza/ 1972 - Mestre Zé Renato regressa a Fortaleza, e começa o processo de implantação da capoeira no Estado. Ensinou nas Escolas Oliveira Paiva e Castelo Branco. Apresentou-se na TV, divulgando a cultura afrobrasileira. Teve como primeiro aluno Demóstenes. Devem ser também lembrados por serem cofundadores Jorge Negão, Everaldo, João Baiano, Márcio, Sérgio, Zé Ivan, George, Juarez, Datim, Antônio Luiz.981972 (?)- Já em Brasília, para onde se mudara, e após observar a capoeira praticada naquela cidade, declara: [...] ter tomado conhecimento de que o estilo regional estava sendo popularizado e praticado em Fortaleza [...] ele ressalta a importância da união entre o jogo baixo angoleiro e do jogo alto da regional e descreve que a sucessão de movimentos da capoeira se torna, desse modo, um movimento em onda com maiores possibilidades de ataque, defesa e malícia. 1978 – Grupo Zumbi99 foi fundado por Everaldo Monteiro de Assis, mais conhecido como Mestre Ema, o grupo surgiu no bairro Planalto Pici, e hoje tem sua sede instalada no bairro Henrique Jorge, em Fortaleza. Ao longo de sua trajetória, o Zumbi de Capoeira realizou um notável trabalho social com crianças e jovens carentes da periferia, principalmente em comunidades dos bairros Henrique Jorge, Monte Castelo, Padre Andrade, Messejana, João XXIII e Praia do Futuro, além de inserções em outros municípios do estado, como Paraipaba e São Benedito. http://blogs.opovo.com.br/clubedaluta/2018/03/02/coluna-grupo-zumbi-de-capoeiracompleta-40-anos-de-atuacao-no-ceara/ sumio das ruas por medo a represarias por inimigos de Quinzinho. Logo continuou seu treino com o baiano Mestre Artur Emídio que abriu uma academia e influenciou a capoeira Carioca na década 50 e 60 baseado no método sistematizado de Mestre Bimba. Mestre Leopoldina começo a dar aula em 1961 na academia Guanabara, no Rio de Janeiro, e graças à capoeira viajou na Suiza, Italia, Amsterdam, Alemanha e Senegal. O mestre tem muita afinidade com o povo de rua, na chamada lei dos malandros, com a filosofía da malandragem, que é a estrategias de não confronto. Sua visão de mundo e sua relação com a malandragem transparecem em suas histórias e suas músicas. Protagonista do documentario “Mestre Leopoldina, A Fina Flor da Malandragem”, 2005. O documentário narra a vida de Mestre Leopoldina, de vendedor de bala na Central a Mestre de Capoeira reverenciado mundialmente, feito por seu aluno Mestre Nestor Capoeira. Fonte: Documentario Mestre Leopoldina, a fina flor da Malandragem / Site Revista de História. https://jogodavidaweb.wordpress.com/2017/02/12/mestre-leopoldina/ 97 SILVA, Sammia Castro.. PROTAGONISTAS NO ENSINO DA CAPOEIRA NO CEARÁ: relações entre lazer, aprendizagem e formação profissional. Dissertação submetida à Coordenação do Programa de PósGraduação em Educação Brasileira, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. Área de concentração: História e Memória da Educação. Orientador: Prof. Pós-Dr. José Gerardo Vasconcelos. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA/ MESTRADO NÚCLEO DE HISTÓRIA E MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO. FORTALEZA (CE) 2013 98 CARVALHO FILHO, José Bento de. Capoeira: a história do Mestre Zé Renato. Literatura de cordel. Fortaleza – CE, 1997. 99 https://www.socialesporteclube.com.br/historias/associacao-zumbi-capoeira-fortaleza/


- REGINALDO DA SILVEIRA COSTA - Mestre Squisito., chega a Fortaleza-CE, Nasceu em Montes Claros – MG no dia 11 de março de 1953, sendo filho de José Gomes Costa e Iracema de Paula, ambos mineiros, nascidos também em Montes Claros, já falecidos. Seu primeiro contato com a capoeira foi em meados de 1968, no bairro de Bonsucesso, subúrbio do Rio de Janeiro, onde conheceu um capoeirista que estudava na mesma escola em que freqüentava, porém só se firmou na capoeira no ano de 1974, em Brasília-DF, na Academia Tabosa de Capoeira, a mais renomada da época. A academia era freqüentada por muita gente, onde havia os melhores capoeiristas da cidade e local de encontro dos velhos mestres, o que despertou a sua curiosidade. Desde então começou a treinar e pegou sua 1ª graduação (batizado) em seis de dezembro de 1974, tendo como padrinho, Mestre Tonhão.Devido sua timidez, sempre foi uma pessoa discreta em sua passagem pela Academia Tabosa, mas não fugindo de suas responsabilidades como capoeirista. Por volta de 1975 fundou, em parceria com o Mestre Tranqueira (Luiz Lopes Tranqueira, aluno da Academia do Mestre Adilson e que se formou mais tarde como Mestre pelo também finado Mestre Muzenza, oriundo da Senzala do Rio de Janeiro), o Grupo Berimbau de Ouro de Capoeira, onde embora inexperiente, porém cheio de idéias, associou-se com um capoeirista formado e respeitado em todo o Distrito Federal, porém não desvinculando-se do Mestre Tabosa, conciliando sempre as suas funções entre os grupos, no Berimbau de Ouro, como articulador e organizador e na Academia Tabosa, como aluno e discípulo. O trabalho que desenvolvia no Grupo Berimbau de Ouro, era de apoiar o Mestre Tranqueira, dando aulas em sua ausência, fazendo aquecimentos, alongamentos e garantindo a organização do trabalho no SESC da 503 Sul em Brasília (fichas, inscrições, mensalidades, material de divulgação, etc.). Apesar do seu trabalho independente, sempre foi aluno fiel ao Mestre Tabosa, o qual considera o seu Mestre na Capoeira e mais importante figura em sua formação. Em agradecimento, cita em seu livro: “Ao Mestre Tabosa, meu Mestre na Capoeira: eu serei sempre parte da sombra de sua grandeza, aprendendo sua humildade e admirando sua competência de capoeirista, Mestre!” (Costa, Reginaldo da Silveira (Mestre Squisito). Capoeira: o Caminho do Berimbau, 2ª. Edição – Brasília/DF, 2000. p5.). Em 1976 recebeu a corda amarela (formado), e em 1978 recebeu a corda roxa (contra-mestre), no mesmo ano mudou-se para Fortaleza-CE por motivo de serviço, pois foi transferido para lá (trabalhava na Caixa Econômica Federal, onde é funcionário até hoje). 1979 – Mestre Esquisito (Squisito) em novembro cria a Cia. DA CAPOEIRA Terreiro do Brasil, essa criação se deu através de um sonho que teve quando estava saindo de Brasília para ir trabalhar e morar no Ceará. Na preparação para ir embora para o Nordeste, desenhou numa folha de papel uma idéia que teve de um local de chão batido e cobertura de palha, que deu o nome de Associação Terreiro de Capoeira. Era o seu ideal, com o objetivo de poder ensinar o que acreditava, o que sabia, tendo uma academia rústica e simples, compatível com o Nordeste, mas onde pudesse ter capoeira de alto nível, como achava que havia na Academia Tabosa, de Brasília, da qual se sentia um legítimo representante. http://www.capoeira.art.br/site/site/administrator/squisito.htm - MESTRE ESPIRRO MIRIM se inicia na Capoeira: Começou Capoeira no Colégio Julia Jorge em Fortaleza 1979 com o Mestre Everaldo Ema no ”Grupo Capoeira favelas”. Em 1982 o grupo mudou-se para as favelas Centro Social César Cals e o grupo mudou seu nome para o ”Grupo Capoeira Zumbi”, onde recebeu o apelido de Mirim. Em 1981 foi escolhido pela imprensa esportiva o melhor capoeirista daquele ano. Em 1984 ele recebeu o título de professor. Ele foi o primeiro professor, que foi nomeado pelo Mestre Everaldo. Viajou ao Rio de Janeiro, para a casa de seu irmão em Bara Mansa onde treinou por uns tempos no grupo Palmares com o Mestre Branco e Gomes. No mesmo ano recebeu o convite de seu amigo (Didi) para viajar para São Paulo, pois ele o levaria a academia do Mestre Suassuna. La chegando encontrou o que almejava, uma capoeira leve e solta, jogada com destreza e avidez. Em 1985 integra-se ao Grupo Cordão de Ouro como estagiário, onde o Mestre Suassuna lhe apelida de “Espirro”, para não fugir de suas origens une os dois apelidos “Espirro Mirim”. Em 1988, foi formado pelo o Mestre Suassuna professor, no mesmo ano retorna a Fortaleza-Ce, com uma experiencia maior resolvi então dar inicio a um trabalho pelo o grupo aqui no Ceará , Nascia então o grupo Cordão de Ouro Ceará. Em 1991 ele foi nomeado Mestre 1o grau pelo o Mestre Suassuna.Em 1997 ele foi nomeado Mestre 3º grau (azul e branco) e em 2001 Mestre (corda branca). No ano seguinte faz sua primeira viagem para São Francisco (E.U.A.) a convite do Mestre Marcelo Pereira (Caverinha). Em 1995 ele retornou aos Estados Unidos e começou a sua carreira internacional. Ele viajou em 1996 pela primeira vez a Israel. A partir do ano de 1998 inicia sua carreira internacional, ministrando durante 4


meses, curso na academia Cordão de Ouro em Orlando (Florida), nesse período fez apresentações da Disneylândia e a abertura da Miss Brasil (E.U.A.), em Miami. Todo ano viaja para Israel, onde participa do Batizado e troca de cordão do Grupo Cordão de Ouro. Em 1999, para Nova Iorque. Em 2000 e 2001, trabalhou em Israel. Em 2004 ele visitou Inglaterra, em 2005, Espanha, em 2006, Franca, Portugal e Alemanha em 2007 e em 2008 na Hungria e na Escócia. Actualmente reside nos Estados Unidos e realiza um trabalho, na Holanda, Ungria e Israel. http://tribunadoceara.uol.com.br/esportes/sem-categoria/dia-da-capoeira-e-lembrado-por-mestrecearense/ DÉCADAS DE 1980/90 - em Fortaleza só havia dois grupos de capoeira, Senzala e Zimbi. Neste apareciam nomes como Espirro Mirim, Geléia, Jean, Soldado, Lula, Ulisses, figura como Paulão, 100Canário, Dingo, Gamela, Araminho, Gurgel. - A Associação Zumbi do Mestre Everaldo tem entre seus Mestres associados, Lula, Ulisses, Júnior, Jean, Geléia e Wladimir. Este último mora no exterior, divulgando a capoeira do Ceará. O Mestre Lula atua na Prefeitura de Fortaleza ajudando capoeiristas, de qualquer grupo, a desenvolverem projetos na cidade. (CARVALHO FILHO, 1997). - O Mestre Ulisses atua no Centro Social do Bairro Henrique Jorge. Os demais também dão sua contribuição através de aulas e rodas. (CARVALHO FILHO, 1997). - Carvalho Filho (1997) não deixa de citar também o Mestre Paulão do Ceará que na década de oitenta divulgou bastante a Capoeira no Estado, indo para o exterior no início dos anos 1990. Ele teve discípulos como os mestres: Ratto, Zebrinha, Ferrim, Picapau, Envergado, dentre outros que formaram seus grupos. E outros como Kim, Cibriba, Marcão, Juruna que continuam a divulgar a Capoeira do estado no Brasil e no Exterior - José Olímpio Ferreira Neto. “A HISTÓRIA DA CAPOEIRA NO CEARÁ NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990 ATRAVÉS DA MEMÓRIA E ORALIDADE”. http://www.uece.br/eventos/encontrointernacionalmahis/anais/trabalhos_completos/52-5434-26082012231518.pdf

1981 - Integrante do Grupo Capoeira Brasil, o MESTRE KIM pratica capoeira desde 1981. Discípulo do Mestre Paulão, ministra aulas em escolas, clubes, além de participar de eventos nacionais e internacionais dando workshops em vários estados do Brasil e em outros países. Ao longo dos anos participou e realizou workshops na Holanda, França, Alemanha, Polônia, Itália, Suécia, Romênia, Bélgica, Turquia , Suíça, Portugal, Hungria, Venezuela, Colômbia e Argentina. Hoje, seu objetivo é continuar contribuindo para o crescimento do projeto social ACCEV, difundindo os aspectos positivos que a capoeira oferece para a transformação de uma sociedade melhor. https://www.kimcapoeira.com/mestre-kim/sobre-o-mestre/ 1982 – Mestre Esquisito retorna para Brasília, deixando plantada sua semente em todo o Ceará. Nesse tempo em que ficou no Ceará adquiriu respeito, amigos e discípulos que levam sua filosofia de trabalho até hoje. Logo após sua chegada em Brasília recebe a graduação roxo-branco, a última antes da corda de mestre. 1983 - MESTRE RATTO - Eu nasci e me criei em Fortaleza, na beira de praia. Como é tradicional em qualquer beira de praia, é comum ver-se rodas de Capoeira. Meu irmão Ricardo, teve oportunidade de ter um contato com um grupo de rapazes que todo o final de tarde praticava Capoeira, chamada de vadiagem de beira de praia. Logo o Ricardinho passou a fazer parte do grupo, e foi se destacando por sua agilidade e facilidade de girar a cabeça no chão (peão de cabeça). No inicio de 1983, eu já tinha uma certa segurança no jogo e estava mais à vontade numa roda. Na época só existiam dois grupos de 100

https://www.youtube.com/watch?v=hNIMVWBlfv0 Mestre Paulão é um dos fundadores do Grupo Capoeira Brasil junto com Mestre Boneco e Mestre Paulinho Sabiá. Com um trabalho consolidado em Fortaleza, no ano de 1993, Mestre Paulão decide-se mudar para a Holanda e, de lá para cá, vem realizando um belo trabalho para o desenvolvimento da capoeira na Europa. Hoje o Grupo Capoeira Brasil está nos seguintes países europeus: Austrália, Bélgica, França, Espanha, Alemanha, Itália, Hungria, Polônia e Suécia. As aulas são ministradas por graduados, instrutores, professores, formandos e formados, todos sob a supervisão de Mestre Paulão. https://www.magalicapoeira.com/capoeira-brasil/mestre-paulao-ceara


Capoeira em vam capoeiristas dos dois grupos. Eu passei então a conhecer os feras da Capoeira. De um lado, o grupo Zumbi com Espirro Mirim, Geléia, Jean, Soldado, Lula, Ulisses. De outro lado, o grupo Senzala com Paulão, Canário, Dingo, Gamela, Araminho, Gurgel. Fiquei sabendo que existiam outras rodas na cidade, como a do Mestre Geléia na Barra do Ceará. Minha mãe ficava cada vez mais preocupada comigo, por rodar cada vez mais a cidade atrás de Capoeira. Em 1984, eu não conseguia mais esconder a admiração e a vontade de conhecer uma aula do Mestre Paulão, na Escola de Arte Senzala. Eu via nas rodas que o estilo dele era diferente, me chamava à atenção essa Capoeira de muita classe praticada pelo Boneco, Cibriba, Pica Pau, Maroca, Bisquim, Atabaque, Querido e Juruna. As acrobacias me enchiam os olhos. Eu decidi então que tinha que participar dessa escola. Um dia apareceram dois capoeiristas de Brasília no DCE, eles pediram informação sobre o horário e local da aula do mestre Paulão, e eu me ofereci a acompanhá-los. Chegando lá, o Mestre Paulão tinha acabado de terminar a primeira aula, e estavam todos, na época chamado colégio Capital. O Mestre convidou a gente a ficar para a aula seguinte e eu nem consegui acreditar nisso. Mostrei então a minha capacidade e no final da aula pedi informações sobre a mensalidade. Ele me perguntou se estava mesmo a fim de treinar e eu respondi bem rápido que sim. Como ele já tinha feito com outros garotos, ele me prometeu uma calça e uma camisa. Foi o necessário, para que eu saísse dali maravilhado. O treino era diferente, a movimentação mais fascinante e a roda de se arrepiar todo. Fui fazendo amizade com a garotada, me integrando e logo fiz parte da equipe de show do Mestre Paulão. No inicio eu era sempre quem carregava o atabaque, fazia os arames dos berimbaus, etc. Comecei a dar aula quando ainda era corda azul, alguns desses alunos ainda são hoje meus alunos, como Peninha e Marcelo. O local era a Academia Linhas e Curvas e as aulas aconteciam três vezes por semana. Através do Capoeira Brasil e do Mestre Paulão, tive a oportunidade de ter contato cedo com grandes mestres do Brasil e no mundo. No Grande Encontro de Mestres e Professores de Capoeira, realizado no Center Um, recebi a corda verde. Conheci nessa ocasião grandes nomes da Capoeira: Mestre João Grande, Mestre João Pequeno, Mestre Suassuna, Mestre Itapoã, Mestre Mão Branca, Mestre Boneco, Mestre Paulinho. Foi assim que nasceu o meu interesse em rodar o Brasil todo atrás de mais conhecimentos e experiências de Capoeira. Em 1992, recebi a corda Marrom e me tornei Formando. Foi nessa época que o Mestre Paulão decidiu morar na Holanda, Europa. Essa foi uma experiência que marcou muita a minha vida como capoeirista, pois passei a ser um dos organizadores do grupo em Fortaleza, juntamente com Mestre Zebrinha, Marcão, Kim, Envergado, Cibriba, Ferrim, Serê. Foi um grande desafio da parte do Mestre Paulão e foi a porta que abriu para os contatos do grupo na Europa. Para o grupo Capoeira Brasil do Ceará. Logo em seguida iniciaram-se as minhas viagens para fora do Brasil. A minha primeira viagem foi um mês na Alemanha. E depois inúmeras vezes a vários países da Europa como a França, Holanda, Espanha, Bélgica, Alemanha, Inglaterra. Em 2001, me tornei Formado Ratto ao receber a ultima corda do grupo, a corda preta. Esse dia foi um dos dias mais importantes da minha vida, pois foi o reconhecimento de 19 anos de trabalho dedicado à Capoeira. Foi um momento inesquecível, uma grande satisfação de receber essa corda na presença de Mestres ilustres como o Mestre Itapoã, Mestre Paulinho Sabiá, Mestre Boneco e Mestre Tony Vargas. Em 2002, fundei oficialmente o projeto social Água de Beber, com o objetivo de trabalhar a Capoeira nas comunidades carentes de Fortaleza, fazendo um trabalho de resgate das crianças que residem nessas localidades. Os esforços investidos nesse projeto valeram a pena, pois rapidamente nosso trabalho cresceu, difundindo-se em várias áreas de risco social da cidade, culminando, no ano de 2006, com a transformação projeto social Água de Beber em instituição social autônoma com o nome CENTRO CULTURAL CAPOEIRA ÁGUA DE BEBER.” http://capoeira-cecab.eu/cecab-2/mestreratto/?lang=pt-br 1987 - MESTRE PAULÃO CEARA Ik ben paulo Sales Neto en ik ben geboren op 14 januari 1961 in Fortaleza. Ik heb mijn leven van jongs af aan gewijd aan capoeira. Toen ik begon met capoeira wist ik niet dat het mij zo ver zou brengen maar capoeira heeft mij op alle gebieden in het leven een wijzer mens gemaakt. in 1987 hebben Mestre Paulinho Sabiá, Mestre Boneco en ik Grupo Capoeira Brasil opgericht. Om capoeira met een ,voor mij onbekend, nieuw deel van de wereld te delen ben ik in 1993 naar Nederland gekomen. Dit was voor mij een zeer bijzondere ervaring waarbij ik veel heb geleerd over mijzelf maar ook over hoe anders het leven in Nederland is. Dit was heel leuk maar ook vaak zwaar en ik ben daarom erg trots op de groep die ik in Nederland heb opgebouwd. in 2011 heb ik het moeilijke besluit genomen om Nederland achter te laten om bij mijn vrouw en twee kinderen in Hongarije te gaan worden. Ondanks dat ik nu verder weg woon voelt Nederland altijd als thuis en


probeer ik zo vaak mogelijk op en neer te vliegen naar Nederland om de band met onze groep sterk te houden. Ik houd heel erg van het leven en ik probeer altijd een goede vader, man, vriend maar ook een voorbeeld voor alle leerlingen te zijn. Toen ik 14 jaar oud was zag ik een van mijn vrienden op het strand bewegingen doen. Het zag er heel mooi uit en ik heb hem gevraagd wat hij deed. Hij zei: Dit is capoeira. Vanaf deze dag was ik verkocht en ben ik gaan trainen. http://www.capoeirabrasil.nl/mestrepaulao-ceara/ 1997 - é publicada em Fortaleza, a história do Mestre Zé Renato através de um cordel de autoria de José Bento de Carvalho Filho, vulgo Zelito. O referido autor conta através de versos a história do Mestre Zé Renato, relatada pelo mesmo e confirmada pelos capoeiristas e alunos que conhece tão admirável nome que inicia a caminhada da Capoeira na Terra da Luz: - CARVALHO FILHO, José Bento de. Capoeira: a história do Mestre Zé Renato. Literatura de cordel. Fortaleza – CE, 1997. 2006 – Rocha (2006) identifica os seguintes grupos de Capoeira atuando em Fortaleza: Abadá – Mestre Camisa. Capoeira Brasil – Mestre Paulão, Boneco, Sabiá Cordão de Ouro – Mestre Espirro Mirim Zumbi dos Palmares – Mestre Lula Terreiro Capoeira – Mestre Esquisito Muzenza – Mestre Pedro Atitude – Mestre Moraes (vulgo Asa Branca) GCAP – Professor Armandinho Candeias – Mestre Suíno Legião Brasileira de Capoeira – Mestre Zebrinha Raízes da Terra – Mestre Assis Camará – Mestre Chimpanzé Capoeira Mundi – Mestre Dingo 2009 - BARROSO, Oswald. Folguedos afro-brasileiros no Ceará: uma aproximação com a capoeira no Ceará. In: HOLANDA, Cristina Rodrigues (org.). Negros no Ceará: história, memória e etnicidade. Fortaleza: Museu do Ceará/ Secult/ Imopec, 2009. 2010 - CÂMARA, Samara Amaral. Práticas educacionais transmitidas e produzidas na capoeira angola do Ceará: história, saberes e ritual. Dissertação de Mestrado em Educação Brasileira- Núcleo de História e Memória da Educação. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. 2011 - “Valorização dos grupos folclóricos, dos artesãos e artistas populares cearenses na divulgação turística”: 101 [...] a professora elenca o que ela denomina de “furadas turísticas” e coloca a Capoeira figurando nessa lista, assim como o Carnaval fora de época, o Fortal, os Resorts etc. Afirma que quando se apresenta um grupo de Capoeira, divulga-se a Bahia e não o Ceará. Em verdade, pensa-se a Capoeira como sendo baiana, talvez pela divulgação da Capoeira que se tem hoje ter sido realizada em grande parte por mestres baianos. Porém, como já foi supracitado, o próprio Dossiê realizado pelo IPHAN não a reconhece como prática oriunda da Bahia e o Governo Federal a reconhece como Patrimônio Imaterial do Brasil. Também é verdade que a Capoeira desenvolvida no Ceará é muito jovem. Poucas ou quase nenhuma cantiga de Capoeira faz referência ao Ceará, mesmo já havendo uma produção cearense divulgada fora do Estado. Dizer que a Capoeira, praticada aqui, é da Bahia é um ledo engano, ou melhor, desconhecimento do assunto. Até porque, existem grupos oriundos do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, etc e que trazem inúmeras características desses Estados. Em qualquer bairro da cidade de Fortaleza percebe-se essa manifestação cultural como prática em ambientes fechados ou em praça pública. Essa cultura que é desenvolvida no Estado é bastante conhecida no exterior por ser uma capoeira solta, estilizada e cheia de floreios102. 101

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MACENA, Maria de Lourdes. Valorização dos grupos folclóricos, dos artesãos e artistas populares cearenses na divulgação turística. In I Fórum IOV Ceará de Folclore e Artes Populares. Fortaleza – CE. 2011. In I FÓRUM DE FOLCLORE E ARTES POPULARES NA CIDADE DE FORTALEZA - IOV – Ceará, Internacionale Organisation für Volkskunst/Organização Internacional de Folclore e Artes Populares, 18 e 19 de março de 2011 -


- I JOGOS ABERTOS DE CAPOEIRA DO CEARÁ - Sob a organização dos mestres; Lula,Ratto,Maizena e Pano. realizado em Fortaleza encontro inédito de quase todos os grupos de capoeira do Ceará . http://portalacapoeira.blogspot.com/2011/09/i-jogos-abertos-de-capoeira-doceara.html 2012 - ALBUQUERQUE, Carlos Vinícius Frota de. Tá na água de beber: Culto aos ancestrais na capoeira. Fortaleza, 2012. Dissertação (Mestrado em Sociologia)- Programa de Pós-Graduação em Sociologia do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará. 2013 - SILVA, Sammia Castro.. PROTAGONISTAS NO ENSINO DA CAPOEIRA NO CEARÁ: relações entre lazer, aprendizagem e formação profissional. Dissertação submetida à Coordenação do Programa de PósGraduação em Educação Brasileira, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. Área de concentração: História e Memória da Educação. Orientador: Prof. Pós-Dr. José Gerardo Vasconcelos. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA/ MESTRADO NÚCLEO DE HISTÓRIA E MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO. FORTALEZA (CE) 2013 2014 – Lançamento de livro que conta a história da capoeira no CE: “A capoeira no Ceará”, primeira obra com a temática da história da capoeira no Estado, fruto de uma dissertação de mestrado em Educação Brasileira, pela linha de História e Memória da Educação, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Fruto de uma efetiva pesquisa de campo, lançada pela EdiUECE, de autoria da capoeirista Sammia Castro, e têm co-autoria de José Gerardo Vasconcelos, que foi orientador da obra, autor do livro “Bezouro Cordão de Ouro – o capoeira justiceiro”; e Lia Machado Fiúza. http://tribunadoceara.uol.com.br/blogs/ie-camara/cultura/lancamento-de-livro-que-conta-historia-dacapoeira-ce-nesta-quarta-22/ 2017 - NASCIMENTO, Ricardo. Políticas e performances: Um estudo de caso sobre o processo de patrimonialização da capoeira do Ceará. IN ACENO, Vol. 4, N. 7, p. 65-82. Jan. a Jul. de 2017. ISSN: 2358-5587. Cultura Popular, Patrimônio e Performance (Dossiê). 2018 – Publicado Indicios de Capoeiragem no Ceará, no CEV, de autoria de Leopoldo Gil Dulcio Vaz, base deste Atlas da capoeiragem no Ceará. FONTES: https://www.youtube.com/watch?v=E0QF4QR-fHQ https://www.youtube.com/watch?v=TaOugpBkeSQ http://tribunadoceara.uol.com.br/blogs/ie-camara/cultura/lancamento-de-livro-que-conta-historia-da-capoeira-ce-nesta-quarta-22/

http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/6035/1/2013-DIS-SCSILVA.pdf


LIVRO-ÁLBUM

MESTRES CAPOEIRA DO MARANHÃO


Mestre MIZINHO (1982)

ALCEMIR FERREIRA ARAÚJO FILHO 1968 MESTRE ESTILO

DADOS PESSOAIS

GRUPO/NUCLEO

MIZINHO CAPOEIRA CONTEMPORÂNEA ALCEMIR FERREIRA ARAÚJO FILHO São Luis – MA, 21 de setembro de 1968 Filiação ALCEMIR FERREIRA ARAÚJO e AMÉLIA VITÓRIA MARQUES ESCOLARIDADE: ENSINO MÉDIO 1994 formado Contramestre pelo Mestre Evandro. 1999 graduado Mestrando pelo Mestre Evandro 11 de outubro de 2003 formado Mestre pela “FECAEMA” GRUPO: “MARANHÃO ARTE CAPOEIRA”, 15 de março de 2006

MESTRE

EVANDRO


HISTÓRIA DE VIDA Meu primeiro contato com a Capoeira foi em 12 de outubro de 1978, quando fui levado pelo meu primo “Chico” ao Teatro Arthur Azevedo para assistir uma peça de bonecos sobre o dia das crianças. Ao final da peça, com um foco de luz, surge um homem de cabelos lisos e longos, de corpo esbelto e que ao som de um instrumento desconhecido (berimbau), começa a se movimentar seguindo o som do ritmo do tal instrumento tocado. Fiquei pasmo, sem acreditar que uma pessoa pudesse fazer tudo aquilo com o corpo e perguntei para meu primo o que era aquilo e ele me respondeu: - “Se chama Capoeira”. Esse homem se chamava Antônio José da Conceição Ramos, conhecido como “Mestre Patinho”. Quando cheguei em casa, disse à minha mãe que queria treinar, mas ela não concordou e disse para que eu não falasse mais nisso, que era coisa praticada por marginais, e assim fiquei calado e esqueci. Passaram três anos, na ocasião em que eu tinha um professor particular chamado “João Evangelista”, no qual minha mãe continha a maior confiança. E certo dia cheguei para estudar e ele falou para fazermos uma cópia e um ditado pois ele precisaria sair mais cedo. Eu comecei a fazer a cópia e ele pegou um arco, começou a armar esticando um arame, botando depois uma cabaça e no instante que começou a tocar aquele instrumento eu logo reconheci que era o som da apresentação que eu havia assistido no Teatro, e perguntei: “O que é isso? ” Ele respondeu: - “Um berimbau, serve para jogar Capoeira. ” Perguntei: - “ Você treina isso? ” Ele disse: - “Eu treino.”Daí pedi a ele que pedisse à minha mãe para treinar com ele pois ela tinha total confiança nele. E assim João foi e teve quase uma hora de conversa com minha mãe e ela acabou cedendo com uma condição, que ele me levasse e me trouxesse, e assim ele concordou. Meu início na Capoeira foi em 1982, na academia do Mestre Socó, na rua 24 de outubro, no bairro do Monte Castelo, onde treinamos por (07) sete meses. Conheci vários capoeiristas que faziam parte da história da Capoeira Maranhense da época: Rui Pinto, Beleleco, Sabujá, Miguel, Brinco Dourado, Euzamor, Toba, Banana, Cláudio, Dan Clay e Chicão. Neste período conheci Mestre Evandro, o qual posteriormente se tornaria meu Mestre. Saímos do Monte Castelo, já como seu aluno, indo para o Parque do Bom Menino para treinar com ele. Passei (19) dezenove anos com ele, passando por vários lugares. Em 1982 treinamos na Associação de Moradores da Liberdade durante um ano mais ou menos, depois migramos para o Laborarte (Laboratório de Artes), em 1983, até meados do ano de 1986, e nesse mesmo ano fui convocado para disputar o JEB’s (Jogos Escolares Brasileiro). Viajamos para disputar, na cidade de Vitória – ES, tendo como meu técnico o “Luisinho” (aluno do Mestre Sapo). No final de 1986, fomos para o CCN (Centro de Cultura Negra), onde fui campeão de uma Mostra de Capoeira organizada e realizada por esta mesma instituição, enquanto o Mestre Evandro se formou a Mestre com o Mestre Canjiquinha indo à Salvador - BA. No ano de 1987 retomamos nossos treinamentos no CSU do Habitacional Turú, no qual treinamos até o final de 1994, ano em que fui formado a Contramestre pelo Mestre Evandro. Em 1995 passamos a treinar no Estádio Castelão, onde comecei a auxiliar na administração do Grupo Mára-Brasil, em que participava, criado pelo Mestre Evandro, e quando dei início às viagens para eventos no interior do Estado em cidades como: Bacabal, Imperatriz, Cururupu, Pinheiro, São João Batista, Viana, São Mateus, etc. Em seguida, profissionalmente, transpus os limites maranhenses viajando para outros Estados para ministrar cursos e arbitrar campeonatos em Piauí, Pará, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, etc. Em 31 de maio de 1997 participei do “Festival de Cantigas” realizado pelo Laborarte ganhando o 2º Lugar na categoria de chulas, recebendo um brinde de um LP de Capoeira pelo grande Mestre Brasília. No ano de 1999 fui graduado a Mestrando pelo Mestre Evandro. No entanto, no começo do ano 2000 saí do Grupo do Mestre Evandro, o Mára-Brasil, e decididamente com o Contramestre Jota-Jota e Contramestre Manoel, fundamos a ‘Associação Nação Palmares Capoeira, me tornando coordenador-geral, permanecendo neste cargo por 05 (cinco) anos. Neste período obtive minha primeira viagem internacional, com destino a duas cidades: Bordeaux e Lille, na França na Europa. Nesta viagem, foram uma equipe de 04 (quatro) capoeiristas: Contramestre Mizinho, Contramestre Tutuca, Contramestre Manoel e o Monitor Betinho, através da ajuda do Contramestre JotaJota que já se encontrava na França. Ficamos na cidade de Bordeaux por um mês, e depois CM Tutuca, CM


Manoel e Monitor Betinho voltaram para o Brasil enquanto continuei na cidade de Lille, com o CM JotaJota para realizar outro trabalho, onde me mantive por mais um mês. Em 11 de outubro de 2003 fui formado a Mestre pela “FECAEMA” (Federação de Capoeira do Estado do Maranhão) numa solenidade no “Convento das Mercês”. No ano de 2005 recebi da Câmara de Vereadores de São Luís uma comenda pelos bons serviços prestados pela valorização da Capoeira numa cerimônia no interior da Plenária da Câmara de Vereadores juntamente com outros Mestres de Capoeira. Ao sentir a necessidade de pôr em prática meus conhecimentos através de todo o aprendizado que adquiri da Capoeira e sendo capaz de oferecer uma grande contribuição na arte, na cultura, no esporte até mesmo no meio educacional para a formação do caráter de crianças, adolescentes e na profissionalização de adultos, decidi fundar em 15 de março de 2006 o “Centro Cultural Educacional Maranhão Arte de Capoeira”. Hoje o “Maranhão Arte Capoeira” desenvolve um trabalho com uma equipe de 17 (dezessete) professores, 01 (um) Monitor, 06 (seis) alunos formados e 10 (dez) estagiários. De todos, 11 (onze) são da cidade de São Luís e 08 (oito) do município de Icatu - MA. Através da qualificação de Mestre desses profissionais promovo aulas 02 (duas) vezes na semana e capacitações práticas e teóricas uma vez ao ano. Atualmente nosso trabalho abrange 15 (quinze) bairros em São Luís: Maracanã, Nova República, Vila 2000, Quebra-Pote, Fé em Deus, Coroadinho, Alemanha, Cidade Operária, Santa Efigênia, Vila Operária, Vila Luizão, Matinha, Vila Flamengo, Vila Cafeteira e Filipinho; e em 03 (três) municípios maranhenses: Icatu, Santa Quitéria e Cururupu. Fora do Brasil, tenho trabalho com dois alunos na Europa, na cidade de Bordeaux com o Mestre Betinho do Grupo “ATUAL – Capoeira” (Aliança de Treinamento Unificado da Arte Luta Capoeira) e na cidade de Torcoing com o Mestre Mão de Onça do Grupo Nação Palmares de Capoeira, ambos na França. E assim finalizo essa resumida escrita autobiográfica relatando e registrando minha humilde contribuição para o mundo desta maravilhosa arte capoeira durante estes 36 anos desde aluno a profissional renomado, reconhecendo e acreditando no poder que a Capoeira tem em sua essência, através das suas múltiplas qualidades e no serviço que pode oferecer a quem a usufrui e a vivencia. CAPOEIRA É: É o jogo atlético de ataque e defesa, baseado em movimentações de animais,de origem afrobrasileira com grande influência indígena, nascido em senzalas brasileiras por negros africanos como forma de defesa contra seus opressores. Tem início desde a descoberta do Brasil, perpassa o período escravocrata colonial e imperial e segue até os dias de hoje, sendo usada como ferramenta de inclusão social, terapia, lazer, arte e luta. É reconhecida atualmente uma atividade que se confunde até mesmo com o fato histórico do descobrimento do Brasil.


Mestre LUIS GENEROSO (1982?)

LUIS GENEROSO ABREU NETO 1974 MESTRE ESTILO DADOS

MESTRE

LUIS GENEROSO CAPOEIRA ANGOLEIRO LUIS GENEROSO ABREU NETO São Luis, 10 de outubro de 1974 FILHO DE DARIO DA CRUZ MORAES E RAIMUDA GENEROSA DA SILVA ESCOLARIDADE MEDIO COMPLETO CURSO NÍVEL TECNICO DE CAPOEIRA CAIXAS-MA, NO PERIODO DE 11 A 12 DDE FEVEREIRO DO ANO DE 1987 1996 CONCURSO DE CAPOEIRA ANGOLA, COM MESTRE JOÃO PEQUENO GRADUADO CONTRAMESTRE POR MESTRE MIGUEL RECONHECIDO A MESTRE POR MESTRE SOCÓ DUNGA (ALDAMIR MARQUES RIBEIRO) – Caxias-Ma Madeira

GRUPO/NÚCLEO Grupo de Capoeira Jogo de Dentro (1995)


LUIS GENEROSO ABREU NETO, FILHO DE DARIO DA CRUZ MORAES E RAIMUDA GENEROSA DA SILVA NASCIDO EM 1974. AOS OITO ANOS DE IDADE CONHECI A CAPOEIRA QUANDO CONHECI O MESTRE DUNGA (ALDAMIR MARQUES RIBEIRO), E FUI PARTICIPAR DO CURSO NÍVEL TECNICO DE CAPOEIRA NO DEPARTAMENTO DE ESPORTE E RECREAÇÃO DE CAIXAS-MA NO PERIODO DE 11 A 12 DDE FEVEREIRO DO ANO DE 1987 NO TOTAL DE 10 HS DE AULA. ISSO TUDO ACONTECEU QUANDO EU E MINHA MÃE MUDAMOS DE SÃO LUIS PARA A CIDADE DE CAXIASMA, MAS PASSEI POUCO TEMPO EM CAXIAS, E VOLTEI PARA SÃO LUIS E VIM MORAR NO CONJUNTO DO RIO ANIL FOI AI QUE PROCUREI A CAPOEIRAGEM EM SÃO LUIS E ENCONTREI O MESTRE MADEIRA LA NO REVIVER, PASSEANDO NA BEIRAMAR COM SEUS ALUNOS, COM UM BIRIMBAL NA MÃO, FUI ATÉ ELES E PERGUNTEI ONDE FICAVA A SUA ACADEMIA, E O MESTRE MADEIRA DAVA AULA LA NA RUA HUMBERTO DE CAMPO PROXIMO A PRAÇA JOÃO LISBOA. MAS NESSA ÉPOCA SURGIU UM PROJETO NA COMUNIDADE DE ENSINO DE CAPOEIRA, ME MATRICULEI NO CENTRO COMUNITARIO DO RIO ANIL E FUI APRENDER CAPOEIRA, COM O MESTRE MADEIRA, TREINEI MUITO TEMPO COM ELE E FUI CONHECENDO VARIOS MESTRES COM: CURADOR, MESTRE MIGUEL, MESTRE BELELECO, MESTRE GAVIÃO, MESTRE SENZALA, MESTRE PATO, E OUTROS MESTRES, QUANDO PAREI DE TREINAR COM O MESTRE MADEIRA COLOQUEI O PROPRIO GRUPO DE CAPOEIRA QUE SE CHAMAVA JOGO DE DENTRO, FUI GRADUADO A CONTRAMESTRE POR MESTRE MIGUEL, E DEPOIS FUI RECONHECIDO A MESTRE POR MESTRE SOCÓ. ATE HOJE VIVO ENSINANDO A CAPOEIRA PARA MEUS ALUNOS, ME CONSIDERO EM CAPOEIRA ANGOLEIRO POR MEU MESTRE TER ME ENSINADO A CAPOEIRA QUE ELE APRENDEU COM O MESTRE JOAO PEQUENO, DE SAVALVADOR BAHIA . AGRADEÇO MUITO AO MESTRE QUE ME GRADOU O (MESTRE MADEIRA E MESTRE MIGUEL E MESTRE SOCÓ). GRAU DE ESCOLARIDADE MEDIO E FUNDAMENTAL COMPLETO. EM 1996 FIZ UM CONCURSO DE CAPOEIRA ANGOLA COM MESTRE JOÃO PEQUENO CAPOEIRA PARA MIM É: DEFESAE ATAQUE, GINGA NO CORPO E MALANDRAGEM. SÃO LUIS MARANHÃO 09 DE AGOSTO DE 2017


Mestre PEDRO (1983)

PEDRO MARCOS SOARES 1970 MESTRE ESTILO

DADOS PESSOAIS

PEDRO Capoeirista maranhense, capoeira jogada nos três tempos (Angola, São Bento Pequeno de Angola e São Bento Grande Angola) seguindo os ensinamentos dos meus dois mestres, o Pirrita e o Jorge Navalha. Capoeiragem Tradicional Maranhense PEDRO MARCOS SOARES Povoado quilombola Santa Maria em Cedral - MA, (atualmente Porto Rico do Maranhão – MA), em 29 de Junho de 1970 Filiação: Maria Lilásia Soares e José Zacarias Sales. Colégio Marquês de Tamandaré ( Ensino Primário) Centro Educacional do Maranhão – CEMA (Ensino Fundamental II) Centro de Ensino Anjo da Guarda ( Ensino Médio) - Técnico em Contabilidade Consagrado Mestre no dia 18 de Julho de 2015, pelo Mestre Pirrita da Associação Aruandê. vivameudeus@bol.com.br

PIRRITA

MESTRE

Grupo ou nucleo

ASSOCIAÇÃO CULTURAL AFRO-BRASILEIRA RAÍZES C.N.P.J.: 05.354.315/0001-50 - São Luís/MA


Vida na Capoeira: Iniciei a capoeira no ano de 1983 com o Mestre Jair da Associação Marabaiano e o Mestre Bira irmão do Mestre Pezão, no Bairro Anjo da Guarda, treinei também com o falecido Professor Bigú no Bairro São Raimundo do segundo semestre do ano de 1984 ao primeiro trimestre do ano de 1985, no mesmo ano comecei a treinar com o Mestre Jorge Navalha da Associação Filhos de Aruanda, devido a ida do Professor Bigú para a cidade de São Paulo – SP; onde permaneci treinando até o final da década de 80, onde neste período comecei treinar com o Mestre Pirrita da Associação Aruandê, onde permaneci até o ano de 1995, devido ao afastamento do mestre Pirrita, nesse de 1995 a Associação Aruandê foi desativada, e a partir de outubro de 1996 juntamente com o Mestre Nelson fundamos o "Grupo de Capoeira Raízes", no bairro Vila Mauro Fecury II no eixo Itaqui-Bacanga, onde mais tarde em julho de 2002 se tornaria a Associação Cultural Afrobrasileira Raízes no bairro Anjo da Guarda, também no eixo Itaqui-Bacanga, onde permaneço até a presente data, coordenando as atividades da Associação Raízes, sem o mestre Nelson que se afastou para fundar uma outra associação. Na frente da coordenação da Associação Cultural Afro-brasileira Raízes, o Mestre Pedro fui levado à graduação de Aluno Formado (Professor) no ano de 1998 e no ano de 2002 à graduação de Contramestre, pelo mestre Jorge Navalha, juntamente com o mestre Nelson, sendo consagrado a mestre de capoeira no ano de 2015, pelo mestre Pirrita. Ao longo desse período realizei vários atividades voltadas para a capoeira, em parceria com o mestre Nelson e outros mestres de capoeira do eixo Itaqui-Bacanga, dentre elas podemos mencionar o 1º e 2º Venha Ver, mostras de capoeira que homenagearam os mestre Patinho (falecido) e Jorge nos anos de 2002 e 2003 respectivamente, em 2002 criação da Liga de Educadores de Capoeira da Área Itaqui-Bacanga - LECAIB, composta pelos mestres Pedro e Nelson (Raízes), Kaká e Cadico (Amarauê), Juvenal (Jêge-Nagô), Negão (Congo -Aruandê), Jorge (Filhos de Aruanda), pelos contramestres Presuntinho (Marabaiano), Neto e Reginaldo (Amarauê) e Cafezinho( Escorpiões). A LECAIB foi criada devidos os coordenadores de grupos de capoeira da Área Itaui-Bacanga não concordarem com a maneira que se conduziam as Federações de capoeira de nosso estado, pois por muitas vezes as reuniões dessas entidades acabavam em discussões divergentes entres seus afiliados, e não se definia nada em prol da capoeira, sendo quando uma das federação fazia algum evento a outra não participava, e com isso quem perdia era a capoeira, daí resolveu-se criar a liga de educadores, onde nos dois primeiros eventos chegou a reunir mais de 600 participantes, mas caiu no mesmo erro das federações, o ego individual de alguns falou mais alto do que o objetivo que era de fazer uma capoeira forte e unida em nossa capital, principalmente na área aonde ela atuava, vindo a extintor dois anos após a sua fundação. Continuando a nossa participação na realização podemos citar também o 1º e 2° Festival Balneário de Capoeira, realizado na cidade de São José de Ribamar nos anos de 2007 e 2008, o 1° e Festival de Cantigas Inéditas, que prestou homenagem aos mestre Ciba (falecido) e Pirrita, realizados no Parque Botânico da Vale e Teatro Itapicuraíba, ambos no bairro Anjo da Guarda. Quanto ao Estilo de Capoeira que sigo prefiro dizer que não tenho estilo definido, sou capoeirista maranhense, onde adotamos a capoeira jogada nos três tempos (Angola, São Bento Pequeno de Angola e São Bento Grande Angola) seguindo os ensinamentos dos meus dois mestres, o Pirrita e o Jorge Navalha. Atualmente temos apenas um núcleo funcionado no bairro Anjo da Guarda, com ênfase voltada para a educação e inclusão social através principalmente da capoeira, bem como, de outras atividades afrobrasileiras, como a dança do facão, samba de roda, etc. Finalizando gostaria de dizer que a capoeira só me trouxe ganhos, tanto fisicamente, quanto mentalmente, pois fiz muitos amigos, e quem tem amigos, tem tudo nessa vida, por isso sou feliz por ser capoeirista e se a minha felicidade depender da capoeira, então a minha felicidade vai durar por muito tempo, pois enquanto o senhor Deus me der forças não largarei a capoeira. "Dê uma rasteira nas drogas, pratique capoeira" São Luís, 03 de agosto de 2017 Pedro Marcos Soares Mestre de Capoeira O QUE É CAPOEIRA:


Mestre NEGÃO (1983)

JOSÉ TUPINAMBA DAVID BORGES 1966 MESTRE ESTILO

DADOS PESSOAIS

NEGÃO Capoeira angola maranhense jogada em três tempos Capoeiragem Tradicional Maranhense JOSÉ TUPINAMBA DAVID BORGES São Luis-MA, 15 de janeiro de 1966 Filiação: José de Ribamar Costa Borges e Maria do Carmo David Borges Escolaridade: Ensino Médio Completo 2009 - Árbitro de Capoeira - 28 a 30 de Agosto - FECAEMA. 2012 - Árbitro e mesário de Capoeira. 21 de maio de 2012 – 2012 - Reciclagem do curso de arbitro, mesário e instrumentista. 25 e 26 de 05 de 13 - FMC. 2005 - Mestre de Capoeira - Associação de Capoeira Aruandê e Sociedade Cultural de Capoeira Congo-Aruandê do Estado do MA;15 de Janeiro de 2005 - Vicente Braga Brasil (Mestre Pirrita) Diploma de Honra ao Mérito - Câmara Municipal de São Luís; Agosto de 2008. Endereço: Av. José Sarney N° 51 – Vila Nova. Email: mestrenegao2009@hotmi.com Fone: (98) 98780-8200 / Zap: 98285-3067 Pirrita (Vicente Braga Brasil)

MESTRE

GRUPO/NUCLEO

Sociedade Cultural de Capoeira Congo Aruandê do Estado do Maranhão (Grupo de Capoeira Congo-Aruandê). 15 de maio de 1988


Inicio de treinamento: 17 de janeiro de 1983 na associação de capoeira Aruandê do mestre Pirrita. Inicio de ensinamento: 15 de maio do ano de 1988 na escola comunitária Mariana no bairro de Vila Nova São Luis MA. Fundador: Sociedade Cultural de Capoeira Congo Aruandê do Estado do Maranhão (Grupo de Capoeira Congo-Aruandê). 15 de maio de 1988 Cursos: Árbitro de Capoeira. de 28 a 30 de Agosto de 2009. Organização: Federação de Capoeira do Estado do MA. (FECAEMA). Árbitro e mesário de Capoeira. 21 de maio de 2012. Reciclagem do curso de arbitro, mesário e instrumentista. 25 e 26 de 05 de 13. Organização: Federação Maranhense de Capoeira (FMC). Formação Continuada: Organização: SEMED (Programa Mais Educação). Período: Junho a dezembro de 2015. Abril a novembro de 2016. -Seminário: Construindo Caminho Para a Educação Integral em São Luís. Período: 23 de maio de 2016. Experiências profissionais: - Promotor de eventos culturais e esportivos relacionados com a capoeira. - Mestre fundador e coordenador do grupo de capoeira Congo-Aruandê. Período: 1988 aos dias atuais, - Mestre de Capoeira na Associação de Mães de Vila Nova Programa Pete Período: 2001 a 2016. - Mestre de capoeira no Instituto São José do Bom Fim. Período: 2004 aos dias atuais. - Mestre na Escola Carlos SAADS. Programa Mais Educação Período: 2009 a fevereiro de 2017. - Mestre no Centro Educacional Portal do Saber: Julho de 2014 aos dias atuais. - Atuação em todos eventos de competição da FMC. - Atuação como Arbitro Nos JEMS Jogos Escolares Maranhense. Ano. 2011, 2012, 2013, 2014 e 2016 Capoeira pra mim É uma luta de resistência, contra a opressão e discriminação de uma raça, sendo ensinada na roda a historia, instrumentação, cânticos e movimentos físicos que nos proporciona equilíbrio físico mental através do toque do berimbau. Pastinha já dizia capoeira é tudo que a boca come. Então capoeira é vida.


Mestre MARINHO (1983) AMARO ANTÔNIO DOS SANTOS 1968 MESTRE ESTILO DADOS PESSOAIS

MARINHO REGIONAL AMARO ANTÔNIO DOS SANTOS São Miguel dos Milagres, Estado de Alagoas, 22 de Outubro de 1968 filho de Antônio Benedito dos Santos e Amara Flor dos Santos

MESTRE MEDICINA GRUPO/NÚCLEO Associação Cultural Capoeira Raça Amaro Antônio dos Santos, nascido no dia 22 de Outubro de 1968 em São Miguel dos Milagres, Estado de Alagoas, filho de Antônio Benedito dos Santos e Amara Flor dos Santos, e mais três irmãos, solteiro, pai de duas meninas, Marina 18 anos e Agatha de 08 anos, com Andréia onde tive uma relação de 18 anos. Eu Amaro Antônio dos Santos, conhecido no mundo da capoeira como “Mestre Marinho”, chegando a Maceió na capital de Alagoas, com 08 anos de idade no ano de 1976, fui morar no conjunto Santo Eduardo onde lá existe o C.S.U – Centro Social Urbano, com varias atividades esportivas, exemplo: futebol de salão, capoeira, taekwondo, e outros. Eu estudava no grupo Escolar Ladislau Neto, onde eu comecei a minha vida escolar. Na década de 80 meu pai se separou da minha mãe, nós fomos morar na Avenida Maceió, onde a partir daí fui estudar na Escola Benicio Dantas de Barros, ali eu cursei o ensino básico. Já tinha tido contato com outros esportes como ciclismo, futebol e natação. Em 1984 nós nos mudamos de novo de endereço, mais uma vez, desta vez fui morar na Rua Alzira Aguiar, próximo da feirinha de artesanato da Praia da Pajussara, onde futuramente iria acontecer umas das maiores e mais conhecidas rodas de capoeira de Maceió, coordenado pelo meu Mestre Fernando Ventania. Conheci um amigo por nome de Erico que me convidou para vê-lo treinando capoeira. Assim foi o meu primeiro contato com a capoeira. Com o professor Marculino, treinei por três meses aproximadamente na Escola Santa Rosa, treinava com os amigos Erico, Walter, Silvamir, Jarbinha, Marculino hoje chamado de “Mestre Urubu”. Logo depois conheci o Mestre Fernando Ventania, eu morava na Rua Alzira Aguiar e os avós de Fernando morava na mesma rua, e ele ia visitar os avós dele e eu acabei o conhecendo, e fui treinar com ele no Centro Social Urbano. Estão com 15 para 16 eu comecei de verdade praticar a capoeira. Nesta data eu comecei a treinar com os amigos Erico, Durão, Índio, Junior, Graça Barboza, Flávia Furacão e outros. Depois de quase dois anos treinando direto, meus pais já separados então fui morar com minha mãe em Ipioca, um bairro do litoral norte de Maceió. Neste período já com idade para se alistar no Exercito Brasileiro, onde fiquei no 59º Batalhão de Infantaria Motorizado onde servi por 01 ano e 02 meses. Mesmo assim neste período eu treinava capoeira e taekwondo, onde fui campeão local de taekwondo. E durante 04 anos eu fui destaque na capoeira de Alagoas. Neste período existiam grandes rodas de capoeira, na feirinha de artesanato de Pajussara era a melhor de todas, coordenada pelo “Mestre Ventania” e também no C.S.U e no SESC.


Até que em 1989, conheci Eduardo Canuto, fisiculturista que migrou para FULL – CONTATO. Foi campeão Alagoano, Norte Nordeste, Brasileiro, lutou ate fora do Brasil em Las Vegas. Então ele teve a idéia de juntar as melhores de cada modalidade de lutas para treinar. E eu como destaque da capoeira fui convidado a participar. Também como aluno formado já estava dando aulas nos bairros de Maceió, ex: Ipioca, Riacho Doce, Garça Torta. Já pelos anos 90 e 92 aluno formado e com bom conceito e curioso no mundo dos esportes fui para a ginástica aeróbica, que não demorou muito e fui destaque na ginástica em duplas, junto com Rita na qual formávamos uma dupla ginástica aeróbica,e a Rita que era namorada de Ceroca, e dono da academia de ginástica e musculação, por nome de Fishico e Cia. Onde comecei a pratica da musculação e ginástica, passei a me interessar por estas atividades e também. Além da capoeira, essa eu nunca parei de treinar. E nesse meio tempo eu fazia também segurança particular (ex: Mario Leão, dono da usina Utinga Leão e Juca Sampaio ex-prefeito de Palmeira dos Índios um interior de Alagoas No ano de 91, vindo do Rio de Janeiro indo para o Maranhão, sua terra natal. Parou em Maceió e ficou morando durante 1 ano Fernando Coelho de Almeida artista plástico e muito bem conceituado. Um amigo Professor de Educação Física me convidou para das aulas de capoeira para uma turma particular de oito pessoas entre elas o Fernando Almeida, logo depois ele voltou para sua terra, e me convidou para conhecer sua cidade São Luís – MA Finalmente chegando em São Luís/MA no final do ano de 1992. Bem, chegando na casa de Fernando, largamos as malas e fomos na casa de um amigo de infância de Fernando. Que era o saudoso “Mestre Patinho”, quem eu já tinha visto falar por outros amigos que já tinham vindo à São Luís, Ex: “Mestre Claudio” e Professor Queixinho ambos de Maceió. Para mim o “Mestre Patinho”, um grande conhecedor da capoeira do Maranhão, um conhecimento profundo principalmente sobre capoeira angola. E um grande amigo que eu ganhei em São Luís E também tive o prazer de conhecer outros mestres como Evandro, Índio Madeira, Paturi, Betinho Paturi, Gavião, Ribaldo, Tio, Mizinho, Tutuca, Açougueiro, Ciba e o grande Alberto Euzamor. Todos grandes mestres de capoeira, com seus trabalhos, entre eles “Mestre Edy Baiano” vindo da Bahia, neste tempo dava aulas no Club da Alumar no bairro do Olho D’Água. Já com experiência em lutas e academias parti para o trabalho nas academias. Então 1994 comecei a trabalhar na academia CIA DO CORPO na Avenida Grande Oriente Renascença onde trabalhei com ginástica e musculação. Uma empresa que me projetou para o mundo das academias em são Luis. Com muitas matérias no jornal e um bom trabalho realizado. Então em 1996 eu já estava trabalhando na academia Corpo Suor no bairro da Cohama, onde dei aulas de musculação, ginástica e capoeira. No ano de 99 eu chegava voltar para Maceió, quando fui convidado para retornar para São Luís, para trabalhar na GIM Esporte Center academia, onde cheguei a dar aulas de capoeira, musculação, localizada no bairro do Calhau, foi quando nasceu minha primeira filha Marina. Também trabalhei na academia MK3 com capoeira e ginástica, localizada no bairro do São Francisco. Então neste meio tempo também cheguei a fazer algumas lutas de vale tudo, no ano de 95 e 96, com Demônio Loiro, no Estádio Nhozinho Santos e com o lutador Wellington no Campeonato Difusora (Champions Chip). Dando continuidade aos trabalhos de capoeira em 1996, conseguimos realizar o nosso primeiro batizado de capoeira, que foi realizado na Associação da Caixa no bairro do Olho D’Água, com a presença do “Mestre Fernando Ventania”, “Mestre Índio Axé”, e na e poça aluno formado Junior Graça, todos de Maceió. Nessa época o nosso grupo era chamado Salve Axé, até que um dois anos depois o Mestre Medicina criou em Salvador o grupo Raça e todos os grupo que era filiado ao Mestre Medicina foram unificado. Associação Cultural Capoeira Raça Pois bem depois do nosso primeiro evento continuei o meu trabalho pelas as academias e passei assim ao longo deste tempo dando aulas fazendo oficinas e apresentações. Estamos durante este período dando aulas Formando Pessoas e Capoeiras, para a vida com alunos graduados, formados, professores e um contra mestre.


Alunos formados, Terra Samba, Nissim, Simpsom, Sarara. Professores, Notre Dame e Dentinho, contra Mestre Fred, Cachorrão graduado em Historia da Ufma. Desenvolvendo um grande trabalho com a capoeira em Brasília. E 2011 fui agraciado com o reconhecimento do CREF 5 expedido 19-04-2011, pelo Conselho Regional de Educação física, como profissional na área de musculação. Poderia ter escolhido ginástica, também teria como provar através da carteira CLT, cotas e notas de jornais que alias foram muitas. Com o longo tempo de trabalho nas academias com musculação, ginástica e capoeira. Em 2011 finalmente, foi uma honra, um prazer e uma satisfação, quando eu estava em um evento do grupo raça de Maceió e o mestre medicina me falou para que eu fosse naquele ano a um evento dele em Salvador, para que ele mim graduasse lá, e eu pedi para ele que fosse no ano seguinte, aqui em São Luís para que os mestres do Maranhão estivessem na minha formatura. Então em 2012 vieram um São Luís, Medicina. Mestre de China. China mestre de Ventania e Ventania o meu Mestre. Mestre Medicina e China de Salvador e Mestre Ventania de Maceió, vieram a São Luís juntos com os Mestres do Maranhão. Depois de 30 anos da pratica da capoeira e com muita honra o seguimento me consagrou mestre. No dia 8 de Setembro data em que a cidade de São Luís estava fazendo aniversario de 400 anos. Já em 2013 na necessidade de sobrevivência em busca de mais uma profissão fui fazer o curso de corretor de imóveis, curso concluído, trabalhando assim como corretor de imóveis CRECI Nº 4238 Desde de 2013 nós estamos desenvolvendo um trabalho no bairro do Vinhais mais especificamente na Associação do Recanto do Vinhais, com aulas de capoeira todas as noites com os nossos professores onde até esta data fazemos um trabalho direcionado e bem aceito pela comunidade.

Amaro Antonio Dos Santos


Mestre CACÁ (1984)

CLÁUDIO MARCOS GUSMÃO NUNES 1972 MESTRE ESTILO

DADOS PESSOAIS

CACÁ Capoeira Maranhense Capoeiragem Tradicional Maranhense CLÁUDIO MARCOS GUSMÃO NUNES; São LuiS – Ma, 17 de fevereiro de 1972; Pai: Antônio José Nunes; - Mãe: Telma Gusmão Nunes; Cresceu no Bairro do Sá Viana; Curso Técnico – IFMA Superior- UFMA – Licenciatura em Física Especialização – UEMA – Ensino de Física Especialização9 – Faculdade Santa Fé – Gestão e supervisão escolar Mestrando – IFMA – Ciências dos Materiais Profissão: Professor de Física Militar do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (oficial – 1º tenente). 2002 consagrado Contramestre pelo mestre Jorge Navalha 2001, 2 de setembro de 2003 - Curso de Formação de Arbitro e Mesário, organizado pela Federação Maranhense de Capoeira, 2009 Mestre de capoeira, pelo mestre Jorge Navalha.

MESTRE Jorge Navalha (JORGE LUIS LIMA DE SOUSA) Amarauê – Capoeira GRUPO/NUCLEO


HISTÓRIA DE VIDA Estudei o ensino primário na Unidade Escolar José Giorcele Costa (Madre Deus); ginásio na escola Silva Martins - 5ª e 6ª serie (Rua do Passeio - Centro), escola Benedito Leite - 7ª serie (Praça Santo Antônio Centro), Colégio Henrique de La Roque - 8ª serie (Rua do Passeio - Centro); segundo grau na Escola Técnica - atual IFMA (Av. Getúlio Vargas - Monte Castelo); curso superior na Universidade Federal do Maranhão – UFMA; pós – graduação na Universidade Estadual do Maranhão - UEMA (especialização em Ensino de Física), Faculdade Santa Fé – FSF (especialização em Gestão e Supervisão Escolar); mestrado no IFMA (Ciência dos Materiais – incompleto). - Profissão: Professor de Física e militar do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (oficial – 1º tenente). *Iniciei na capoeira em 1984, aos 12 anos de idade, no Colégio Silva Martins, com Valderez (atualmente, sargento da Polícia Militar do Maranhão) e Robson (professor de educação física), treinei até o final de 1985, com participação nos JEM’S – 1984 e 1985; em 1986 treinei por algumas semanas com mestre Patinho (no Laborarte), depois com o mestre Neguinho (no Prodance) e com o mestre Jorge Navalha (no teatro Itapicuraiba). No ano de 1986 treinei, simultaneamente, com o mestre Jorge Navalha e com mestre Erasmo (na época, recruta do exército). Os treinos com Erasmo duraram até o início de 1987, quando o mestre Índio se mudou do Bairro de Fatima para o Sá Viana – como o mestre Índio, que na época era considerado professor (considerado, porque naquele tempo não tinha professores, contramestres e mestres de capoeira no Maranhão – existiam os capoeiristas mais experientes), assumiu os treinamentos de capoeira no Sá Viana. Então treinei com o mestre Índio de 1987 até 2001; fui batizado em 1987 (apelido de batismo – Marreta) e formado professor em 1994– pelo mestre Índio. Em 2001, houve um desentendimento do mestre Índio com Cadico (hoje, mestre Cadico), na oportunidade o mestre Índio afastou Cadico da diretoria do grupo (na época – Associação de Capoeira Filhos de Ogum– hoje, Grupo São Jorge), então, como éramos muito unidos, resolvemos sair do grupo, Cadico, Neto e Eu. Nesse mesmo ano fundamos a Associação Maranhense de Apoio e União Esportiva da Capoeira – AMARAUÊ - CAPOEIRA. No ano de 2002 fui consagrado contramestre e, em 2009 mestre de capoeira, pelo mestre Jorge Navalha. - De 1993 até 2001, dei aulas de capoeira na União de Moradores/Clube de Mães do Sa Viana, juntamente com Cadico (hoje, mestre Cadico), pois o mestre Índio passava muito tempo no Rio de Janeiro. De 2001 a 2006 dei aulas de capoeira na União de Moradores do Angelim Velho/Novo Angelim/novo tempo III Angelim, e em um casarão na Rua da Estrela – centro (onde atualmente funciona a Casa da França no Brasil); de 2007 até os dias atuais dou aulas de capoeira na Madre Deus (Conselho Cultural/Sede do Boi/Choperia Madre Deus) e no Colégio Militar do Corpo de Bombeiros – Vila Palmeira. Cursos/Participações/Trabalhos em prol da capoeira - Em 26 de junho de 1994, sagrei-me campeão do I Torneio de Capoeiristas Imperatrizenses. - Em 7 de setembro de 2002, ajudei a organizar a primeira palestra sobre a Importância do Alongamento/Aquecimento para a Pratica da Capoeira, na programação do I ENCONTRO CULTURAL AMARAUÊ-CAPOEIRA. - Em 2 de setembro de 2003 conclui o Curso de Formação de Arbitro e Mesário, organizado pela Federação Maranhense de Capoeira. - Em 19 de setembro de 2003 participei do JEM’S como arbitro. - Todos os anos, em 8 de setembro, ajudo a organizar, através do Amarauê - Capoeira a “caminha da melhoridade”, na Avenida Principal do Bairro Sá Viana.A caminhada serve para incentivar as pessoas da terceira idade a praticar capoeira e sair da ociosidade. O evento faz parte da programação de aniversário do Amarauê-Capoeira. - Em 2002, juntamente com os capoeiristas Pedro, Nelson, Cadico, Negão, Presentinho, Juvenal, Jorge Navalha, Reginaldo e cafezinho fundamos a LECAIB – liga de educadores de capoeira da área Itaqui – Bacanga, cujo propósito era reativar, divulgar e aproximar a comunidade capoeirista da área Itaqui- Bacanga e de São Luiz. Em junho de 2002 promovemos a I CAPOEIRA VENHA VER – TAÇA MESTRE PATO. Em 2003 promovemos a II CAPOEIRA VENHA VER – TAÇA MESTRE JORGE e em 2004 promovemos III CAPOEIRA VENHA VER – TAÇA UNIÃO.


O que é a capoeira: A capoeira é minha filosofia de vida! / É minha luta, é minha dança, é minha arte, depende do momento! / É meu recarregar de bateria! / É minha dívida eterna! / É o alicerce da minha fortaleza! São Luís – MA, 3 de agosto de 2017 Cláudio Marcos Gusmão Nunes - Mestre Cacá


ARTIGOS, CRÔNICAS, DISCUSSÕES, OPINIÕES Nesta sessão, publicadas as novidades: os novos artigos, a partir deste outubro de 2017, data da fundação da Revista do Léo. Os artigos do Editor, de colaboradores, com espaço aberto aos pesquisadores que desejem fazer uso deste espaço. Não restrito aos esportes, educação física e lazer, mas também à História/Memória do Maranhão.


APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DAS ARTES NAVAIS NO MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ103 Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – Cadeira 40

INTRODUÇÃO Nos dias 09 e 10 de julho de 2008, realizou-se em São Luís do Maranhão a reunião de constituição do Núcleo de Pesquisa Aplicada em Aqüicultura e Pesca Nordeste 4 – Maranhão e Piauí -, dentro do Programa de Política de Formação Humana na área de Pesca Marinha e Continental e Aqüicultura Familiar da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação104. Dentro da programação do evento, constou uma palestra sobre as “Embarcações do Maranhão e o Projeto Estaleiro-Escola” e uma visita ao Centro Vocacional Tecnológico Estaleiro-Escola do Maranhão105. O Estaleiro-Escola foi inaugurado em 15 de dezembro de 2006, está ligado à Universidade Virtual do Estado do Maranhão – UNIVIMA. Situado no Sítio do Tamancão, às margens do Rio Bacanga, em prédio do século XVIII, restaurado através de um cuidadoso trabalho, quando foram descobertas engrenagens de um antigo moinho de beneficiamento de arroz que funcionava no local através do movimento das marés uma tecnologia bastante moderna já para a sua época. Único no Brasil a trabalhar com técnica de construção naval artesanal, o Estaleiro Escola do Maranhão aproveitou todo o conhecimento existente dos Mestres Carpinteiros que estão na ativa hoje no estado e lançou o Curso Técnico de Embarcações Artesanais. Através desse curso, o projeto visa difundir a arte tradicional de construções de barcos para as próximas gerações. O Curso nasceu em virtude das más condições encontradas para o desenvolvimento deste tipo de atividade no Maranhão. Hoje, a produção existente ainda acontece, em sua maior parte, em estaleiros artesanais que não dão condições de trabalho adequadas a estes profissionais. Com o conhecimento técnico, os novos profissionais serão capazes de dominar todas as etapas, desde a construção até a manutenção das embarcações, utilizando conceitos modernos de materiais e segurança. No curso são ministradas disciplinas como: ecologia, materiais e geografia, entre outras específicas da área de construção. O Estaleiro-Escola funciona como uma unidade de ensino profissionalizante, e visa o resgate das técnicas de produção de embarcações tipicamente maranhenses, através da carpintaria naval tradicional. Além da promoção de cursos para a produção naval, o CVT Estaleiro Escola também já oferta cursos na área de Informática, Educação Ambiental, Turismo e Eletrotécnica. O acervo existente, adquirido através de doações dos próprios profissionais ou por meio de seus familiares, possui um importante conjunto de ferramentas utilizadas durante séculos na carpintaria naval do estado. Muitas delas produzidas pelos próprios artesãos, as peças contam com detalhes do desenvolvimento e o envolvimento do povo com a produção de barcos em todas as regiões do Maranhão. Todo este material faz parte das exposições no Museu de Arte Naval Maranhense que funciona dentro do prédio do Sítio Tamancão106. 103

Professor de Educação Física do Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão; Mestre em Ciência da Informação; leopoldovaz@elo.com.br 104

Para saber mais: http://web3.cefetcampos.br/aquicultura/noticias/nordeste-04-e-criado-no-maranhao ANDRES, Luiz Phelipe. Embarcações do Maranhão e o Projeto Estaleiro Escola. In http://web3.cefetcampos.br/aquicultura/eventos/eventos-de-julho/Microsoft%20Photo%20Editor%20%20convite%20pesca.pdf/view 106 http://www.univima.ma.gov.br/ver_secao.php?session_id=127 105


O presente artigo tem por objetivo contribuir para o resgate da história da construção naval artesanal do Maranhão. INDÍCIOS DO ENSINO DAS ARTES NAVAIS NO MARANHÃO O ensino técnico em Maranhão inicia-se com a chegada dos franceses, em 1613107. Dentre os homens para cá vindos, havia artesãos, pois segundo os interrogatórios dos prisioneiros franceses, feitos pelos portugueses após a batalha de Guaxenduba: “... o ferreiro Martin Hartier teria recebido 20 escudos, ou seja, 60 libras, para se equipar; e ao trabalhador Jean Pache teriam sido prometidos 3 vinténs ao dia, ou seja, 4,5 libras ao mês ..." (PIANZOLA, 1992)108. Desde a chegada da expedição à ilha de Sant'Ana, decidira-se que Rassily com a “Régent” voltaria à França, para ir buscar e trazer socorro. Em dezembro de 1612 empreende a viagem de regresso e, em seu relatório e depois de descrever o país e seus habitantes, Rassily enumera aquilo de que a colônia mais precisa: mais padres e mais homens de guerra e artesãos, sendo os mais necessários, “... os ferreiros, fabricantes de machados, de facas, de foices e de armas de fogo, carpinteiros, pedreiros e fabricantes de tijolos, lenhadores e alguns camponeses da França, particularmente os de Dauphiné, além de escravos da Guiné que poderão ser trocados no Cabo Verde por mercadorias." (PIANZOLA, 1992) 109. Ao retornar ao Maranhão em 1614, já sob o comando do Capitão Du Pratz, a "Régent" traz cerca de 300 tripulantes e passageiros, dentre eles, muitos mestres de ofícios - carpinteiros, serralheiros, sapateiros, tecelões, etc.; também dois astrólogos, De Manet e De Faus (MEIRELES, 1982) 110. Mas não eram sós os franceses que exerciam algum tipo de arte. Os índios também haviam aprendido, conforme constata o Padre Yves D'Evreux: "Quanto às artes e aos ofícios, têm uma aptidão inigualável. Conheci um selvagem do Mearim, apelidado de Ferreiro [no original, Ferrador], por causa do ofício que exercia entre eles, que, tendo visto outrora um ferreiro francês trabalhar, sem que este operário tenha se dado ao trabalho de nada lhe mostrar, conhecia tão bem o ritmo para bater seu martelo com os outros numa barra de ferro quente como se tivesse longamente aprendido. No entanto, aprender a música dos martelos na bigorna do ferreiro é coisa que os do ofício sabem que é preciso tempo para aprender. Este mesmo selvagem, estando nessas terras perdidas do Mearim com seus companheiros, sem bigorna, martelo, limas, torno, trabalhava, entretanto muito corretamente, fazendo ferros para flechas, arpões e anzóis de pegar peixes. Apanhava uma grande pedra dura, no lugar da bigorna, e uma outra, de qualidade média, para lhe servir de martelo, depois, fazendo esquentar seu ferro no fogo, dava-lhe a forma que lhe aprazia". (PIANZOLA, 1992, grifos meus) 111. Em seu “Viagem ao Norte do Brasil feita nos anos de 1613 a 1614”, Ives D’Evreux diz ser fácil civilizar os selvagens à maneira dos franceses e ensinar-lhes os ofícios que havia em França. Após descrever

107

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito; VAZ, Loreta Brito. INDÍCIOS DE ENSINO TECNICO/PROFISSIONAL NO MARANHÃO: 1612 – 1916. II JORNADA NACIONAL DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA São Luís - Maranhão, 04 a 06 de dezembro de 2007, in REVISTA “NOVA ATENAS” DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís, Volume 10, Número 02, jul/dez/2007 – Suplemento, (Disponibilizado em Fevereiro de 2008), disponível em www.cefet-ma.br/revista ; 108 PIANZOLA, Maurice. OS PAPAGAIOS AMARELOS: os franceses na conquista do Brasil. São Luís: Secretaria da Cultura do Estado do Maranhão: Alhambra, 1992, p. 4 109 Pianzola, obra citada, p. 172 110

MEIRELES, Mário Martins. FRANÇA EQUINOCIAL. 2 ed. São Luís : Secretaria de Cultura do Maranhão; Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 1982, p.87 111

Pianzola, obra citada, p. 160


as habilidades do Ferrador, índio do Mearim, afirmando que exerciam outros ofícios, além de ferreiro: tanoeiro, carpinteiro, marceneiro, cordoeiro, alfaiate, sapateiro, tecelão, oleiro, ladrilhador e agricultor: “Para todos esses ofícios são aptos e inclinados por natureza. “Para o ferreiro ou de ferrador já referimos um exemplo. “Quanto ao ofício de tecelão, seria a sua especialidade se aprendessem: tecem seus leitos muito bem, trabalham em lã tão perfeitamente como os franceses, embora não empreguem a lançadeira e nem a agulha de ferro, e sim pequenos espinhos.” 112. Quando Alexandre de Moura relaciona os bens que tomou aos franceses, descrito no Auto de posse que se tomou da fortaleza, no dia 04 de novembro de 1615, dentre esses bens constam "duas serralherias aparelhadas" (PIANZOLA, 1992) 113. Das ordens dadas por Alexandre de Moura a Jerônimo de Albuquerque, consta a construção de uma cidade - São Luís - no entorno do Forte de São Felipe: “... deverá restaurar e aumentar a fortaleza segundo as plantas do engenheiro Frias. Fabricará a cal necessária, mandando que os seis pedreiros de que dispõe queimem as conchas de ostras que se encontram em abundância nessas praias. Com os ferreiros e serralheiros que lá se encontram, tomará conta das duas forjas e das ferramentas, foles, tornos, limas e outras coisas. Ocupar-se-á também dos fornos nos quais mandará cozer as telhas para cobrir as casas da cidade e do forte... Dispõe também de carpinteiros que, de logo, consertarão os suportes dos canhões. Mandará concluir a construção do barco que se encontra no estaleiro e mandará tecer as velas de algodão em grande quantidade...” (PIANZOLA, 1992, grifos meus) 114. Os jesuítas possuíam, em frente à aldeia de Mandacaru, a fazenda de São Bonifácio, com quatro engenhos de cana, oito alambiques, casa de fazer farinha com duas rodas de ralar mandioca, oficinas de tecelão, carpintaria, serraria e ferraria, e a casa de canoas, aonde chegaram a construir um bargantim de quarenta e quatro palmos115. Nesta fazenda cultivavam-se cana, café, cacau, mandioca, laranja e pacova. Os jesuítas possuíam, ainda, nas terras de São Marcos, uma olaria, da qual se vendia telhas a 8$000 o milheiro posto em casa. Quem eram os operários? Os índios, aldeados pelos jesuítas? Quem os ensinou os ofícios? Os próprios jesuítas, que tinham operários em suas fileiras? Sabe-se que os "índios públicos" - os aldeados, assim chamados para distingui-los dos índios não aldeados, que viviam em suas aldeias naturais - eram mais procurados para o trabalho, não só nas roças de trigo, mandioca e milho. Transporte do sertão, equipagem de remadores nos rios e na orla marítima, pesca e caça para ração da tropa, criação de gado nas fazendas jesuíticas e particulares, corte e preparo de madeiras, serviços em olarias e teares, alvenaria nos fortins, paliçadas, casas, barracos, abertura e conserva de caminhos, fabrico de barcos, estiva e trabalho nas embarcações, tudo isso e mais alguma coisa cabia em geral aos índios públicos116. Para Alencastro (2000) 117, faz falta um estudo sistemático dessas diversas atividades e, em particular, da construção naval, pois: "... em tempos de piratas, corsários e batalhas marítimas, o trabalho indígena ajudou a recompor as frotas. Ao lado da indústria canoeira havia uma construção naval de porte fornecendo embarcações para o tráfico atlântico de africanos (...)

112

EVREUX, Yves D’. VIAGEM AO NORTE DO BRASIL feita nos anos de 1613 a 1614. São Paulo: Siciliano, 2002, p. 117

113

Pianzola, obra citada, p. 260 Pianzola, obra citada, p. 265 115 MEIRELES, Mário Martins. DEZ ESTUDOS HISTÓRICOS. São Luís: Alumar, 1995. 114

ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O TRATO DOS VIVENTES: formação do Brasil no Atlântico sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000 116 117

Alencastro, obra citada, p. 195-196 Alencastro, obra citada, p. 196-197


“Boa parte do corte, transporte e preparo do madeirame, da carpintaria, cordagem, mastreação e velame produzidos nessas diversas oficinas navais repousavam sobre o trabalho dos índios públicos. Gente escravizada em virtude do quinto régio ou concentrada nos aldeamentos”. Esse trabalho indígena tinha salvaguarda em nova lei, esta de 1655, sobre os indígenas do Estado do Maranhão, quase toda redigida pelo padre Vieira, pois tanto a Mesa de Consciência como os inacianos, então, já reconheciam a legitimidade do uso de índio no serviço régio. RENÔR (1989) 118, ao divulgar alguns documentos raros da história do Maranhão, acerca da “missão secreta do desembargador Gama Pinto ao Maranhão”, feita no ano de 1723, investigando sobre o cativeiro dos índios, apresenta-nos, dentre as testemunhas arroladas para depor diante do Ouvidor Sindicante, identifica alguns oficiais artesãos: “TESTEMUNHA 97- Simão Ferreira, oficial de sapateiro...; “TESTEMUNHA 98 – Manoel Nogueira Selaves, oficial de ourives...; “TESTEMUNHA 100 – Sebastião Souza, oficial de sapateiro...; “TESTEMUNHA 101 – Manoel Ferreira de Carvalho, oficial de ourives...; “TESTEMUNHA 103 - Manoel de Farias Ferreira, oficial de carpinteiro...”. Em 1751, Mendonça Furtado, irmão do Marquês de Pombal, é nomeado Capitão General da Amazônia (Estado do Grão Pará e Maranhão) e, vindo de Lisboa, aportou em São Luís na sua passagem para Belém. Convoca uma Junta das Missões, em 29 de agosto daquele ano, em que fixa o salário dos índios: “Aos vinte e nove dias do mês de agosto de mil e setecentos e cinqüenta e hum anos nesta cidade de São Luís do Maranhão no Palácio da residência do Governo em que se acham o Ilmo. e Exmo. Governador e Capitão General do Estado Francisco Xavier de Mendonça Furtado e o Sr. Governador da Capitania Luís de Vasconcelos Lobo foram convocados os Reverendos Deputados da junta abaixo assinados e na falta do exmo. E Revmo. Bispo assistiu o seu Dr. Provisor e Vigário Geral João Rodrigues Covette, e logo foi lida uma provisão de Sua Majestade expedida pelo sei Conselho Ultramarino de vinte e quatro de maio do presente ano pela qual ordena o mesmo Senhor se arbitre o salário que deverão levar os índios DAQUI POR DIANTE, e se assentou por pluralidade de votos que os índios que se dão de serviço ordinário devem receber DAQUI POR DIANTE em cada um mês quatrocentos réis e os ofícios das canos a saber, Pilotos que venciam até o presente a quatro varas (de pano) que se quitam quatro tostões, e os proeiros, que venciam três varas que se reputam três tostões, devem vencer daqui em diante mais a terça parte; e que se qualquer destes índios adoecer deve ser curado à custa de quem os tiver, mas não vencerão ordenado no tempo da doença, e os oficiais dos ofícios mecânicos se lhes pagará a sessenta réis POR DIA e decomer, e à seco a cem réis, e assim se requereu ao reverendo Padre pio do Carmo se fizesse um livro de matrículas em que se assentassem todos os índios alforriados para o Senhor Governador os mandar repartir por quem mais necessitar. E como assim se assentou fiz este Termo que todos assinam. E eu João Antônio Pinto da Sylva Secretário do Estado por sua majestade o escrevi”.(ASSINAM) “FRANCISCO XAVIER DE MENDONÇA FURTADO / LUÍS DE VASCONCELLOS LOBO / JOÃO RODRIGUES COVETT / FR. IZIDORO DE SANTO ESTEVÃO / MENDES DE AZEVEDO / Fr. ANTÔNIO DE FARIA / IGNÁCIO XAVIER / MANOEL LUÍS PEREIRA DE MELLO”. (JOÃO RENÔR, 1990)119. 118

RENÔR, João. “Missão secreta do desembargador Gama Pinto ao Maranhão – tópicos do relatório sobre o cativeiro dos índios. In “O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 20 de agosto de 1989, Domingo, p. 17. Caderno Alternativo. (Documentos da História do Maranhão – IX). 2ª Parte. 119 RENÔR, João. Mendonça Furtado e os salários dos índios do Maranhão. In “O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 29 de abril de 1990, Domingo, p. 16. Caderno Alternativo. (Documentos raros da História do Maranhão XXXII).


Comenta João Renôr que fica, por esse Termo, esclarecido que o regime de trabalho assalariado entre os índios do Maranhão foi introduzido por Xavier de Mendonça Furtado. O antigo sistema de remuneração não era definido e não havia salário em dinheiro. Pagavam-se os salários dos carpinteiros, dos índios e de todos os tipos de artesãos em peças de pano. A equivalência monetária era com varas de pano de algodão e a unidade “vara” correspondia a um tostão. A partir da ordem de Mendonça Furtado todos passam a receber salários ou por mês ou por dia. Renôr esclarece ainda os vários ofícios exercidos pelos índios– e os respectivos salários: os de serviço ordinários eram os sem qualificação profissional e recebiam a quantia de 400 réis por mês. Os índios especializados eram Pilotos que operavam nos “Ofícios das Canoas” recebiam quatro tostões por mês correspondendo ao velho pagamento de quatro varas de pano; os proeiros passaram a receber a quantia de três tostões por mês, correspondendo ao valor de três varas e uma terça de pano; e os oficiais mecânicos (artesãos) que na época eram chamados por “Oficiais dos Ofícios Mecânicos” eram diaristas na razão de sessenta réis por dia e o “decomer” (a bóia) por conta do patrão. Se o referido Oficial Mecânico quisesse trabalhar “à seco” (sem a bóia do patrão) recebia por dia de serviço a quantia de cem réis. SILVA (2001) 120 nos traz que as primeiras referências documentadas que falam da importação de africanos no século XVI. Em carta, o padre Manoel de Nóbrega pede ao Rei o resgate de alguns escravos da Guiné para “fazer mantimentos, pescar e todos os serviços gerais do colégio da Bahia”. Habitavam a Guiné numerosas etnias, como os Balante, os Jooba (Diola), e os Flup (Felup), povos rizicultores que viviam em comunidades rurais autônomas. Uma outra etnia que habitava essa região, os Bijago, eram hábeis construtores navais; suas embarcações tinham capacidade para transportar de 90 a 120 pessoas. COSTA EDUARDO (1848; 1951, citado por FERRETI, 2001) 121, apresenta São Luís, Codó e Caxias como locais de maior concentração da escravidão negra no Maranhão e que só foram comprados a partir de 1761, duzentos anos depois de outras partes do Brasil o que é contestado por Meireles (1980) 122, pois o Maranhão experimentou quatro a cinco décadas de prosperidade econômica – do final do século XVIII ate á a década de 20 do século XIX. Não se sabe quantos vieram da África e quantos foram comprados na Bahia. Sabe-se que até 1821 o Maranhão recebeu grande número de escravos e que este número continuou crescendo depois da proibição do tráfico (1831), devido à existência de contrabando. Há a confirmação de que o crescimento da concorrência aos artistas tinha raízes sociais no declínio da escravidão, com a habilitação de escravos urbanos e domésticos para os ofícios liberais como os de rendeira, costureira e alfaiates e os de pedreiro, sapateiro e carpinteiro. Os artistas liberais e mecânicos ficaram circundados pelo consórcio da concorrência do mercado de trabalho (CORRÊA, 1986) 123. Segundo MARQUES (1870) 124, já decorridos mais de um século após o descobrimento do Maranhão, o Senado da Câmara, em 18 de abril de 1711 representou ao governador e Capitão-General do Estado dizendo: “... que como só havia quatro oficiais de sapateiros de tenda aberta, três de ferreiros, dois armeiros, cinco alfaiates, cinco carpinteiros, dois pedreiros sendo um já velho, e só um calafate, eram poucos já para as necessidades da terra, e como havia alguns soldados, mestres destes ofícios e peritos, segundo mostravam as suas obras, lhe pedia que mandasse dar baixa aos ditos soldados para trabalharem efetivamente nesta cidade, e não o fazendo seriam de novo chamados à praça". (grifos meus).

120

SILVA, Carmelinda R. Africanos brasileiros: Brasil, século XVI. In SIMPÓSIO INTERNACIONAL PROCESSO CICILIZADOR – História, educação e cultura. COLETÂNEAS..., Assis-SP, UNESP, 12 a 14 de novembro de 2001, p. 229237 121 FERRETI, Mundicarmo. ENCANTARIA DE “BARBA SOEIRA”- Codó, capital da magia negra? São Paulo: Siciliano, 2001, p. 67; 83 122 MEIRELES, Mário Martins. HISTÓRIA DO MARANHÃO. São Luís: Fundação Cultural do Maranhão, 1980, p. 83; 123

124

CORRÊA, Rossini, FORMAÇÃO SOCIAL DO NORDESTE. São Luís: SIOGE, 1986, p. 77

MARQUES, César Augusto. DICIONÁRIO HISTÓRICO-GEOGRÁFICO DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO. Maranhão : Tip. do Fria, 1870. (reedição de 1970), p. 400


O ARSENAL DE MARINHA Através da Carta Régia de 16 de outubro de 1798, o governo português criou o Arsenal de Marinha para dar sustentação às ações mercantis e apoio logístico à Real Armada Portuguesa. Fruto da política de fomento mercantilista do Marquês de Pombal, no final do século XVIII, a capitania do Maranhão atingiu um grande desenvolvimento econômico em razão da produção de algodão e arroz. A prosperidade do Maranhão exigiu a presença de ações do governo do Império Colonial Português para impulsionar e organizar as forças produtivas e fiscalizar os procedimentos comerciais para que os excedentes da produção se direcionassem somente para a Metrópole. Daí, a criação de uma Armada Real, e dos Arsenais de Marinha para dar apoio logístico à mesma (LEANDRO, 2002) 125. O Arsenal de Marinha foi durante mais de quatro décadas um Centro de Profissionalização direcionada ao trabalho marítimo no Maranhão, pois as relações mercantis se desenvolviam pelo mar e pelos rios, estes eram as vias navegáveis que mantinham o elo entre o interior da província e o litoral. O arsenal, além de formar a mão-de-obra para esse trabalho e quadros para a Armada, fazia concertos de navios em suas oficinas, bem como barcos e outros meios de transporte flutuantes. Segundo LEANDRO (2002), o trabalho marítimo absorvia um considerável número de trabalhadores e escravos de forma direta e indireta, todos como características bem distintas, conforme se observa no quadro abaixo. “Mappa demonstrativo dos jornais (diárias) que devem receber os operários das diversas officinas do arsenal da Marinha em classes para cada uma das mesmas officinas, à excepção dos empregados do troco, e das velas que sómente se dividem em quatro classes”: (continua) OFFICINAS Carpinteiros de Machado

Calafate

Ferreiros

Tanoeiros

Correeiros

125

CLASSES ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4

JORNADAS EM RÉIS 1$200 1$000 $800 $640 $480 $240 1$200 1$000 $800 $640 $480 $240 1$000 $800 $640 $480 $400 $320 $800 $640 $480 $400 $320 $240 $800 $640 $480 $400

LEANDRO, Eulálio de Oliveira. A MARINHA E AS CAMADAS POPULARES NO MARANHÃO – 1822-1871. ImperatrizMa: Ética, 2002


ª

Pedreiros

Cavouqueiros

Carpinteiros de obra branca

Polieiros

Fundidores

Funileiros

Pintores

Bandeireiros

Canteiros

Casa das velas e troco

5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4 ª 5 ª 6 ª 1 ª 2 ª 3 ª 4

$320 $240 $960 $800 $640 $480 $320 $240 $600 $560 $480 $400 $320 $240 1$000 $800 $640 $480 $320 $240 $960 $800 $600 $400 $320 $240 1$000 $800 $640 $480 $320 $240 $800 $640 $480 $400 $320 $240 1$000 $800 $640 $480 $320 $240 $800 $640 $480 $400 $320 $240 $800 $640 $480 $400 $320 $240 $560 $480 $400 $320

Fonte: Secretaria de Estado, 17 de setembro de 1828 – Joaquim Francisco Leal, citado por LEANDRO, 2002, p. 120.


Dentre esses trabalhadores havia operários estratégicos para a segurança do Estado: carpinteiros e calafates. Esses trabalhadores, mesmo atuando no setor privado, tinham a obrigação de informar onde estavam exercendo suas funções, pois caso houvesse necessidade, deveriam se apresentar para servir nos navios da Armada. Os carpinteiros e calafates eram os operários que embarcavam nos navios da Armada, e o arsenal formava operários nas diversas categorias profissionais, inclusive criando companhias de operários formadas por índios. Sendo um centro de formação profissional tinha como preparar os gentios ensinando-lhes uma profissão, promissora à época (LEANDRO, 2002). Por ser uma indústria naval estratégica para o império português, o arsenal apresentou dificuldades durante sua implantação na colônia, por não haver quadros de profissionais de alto nível. Por isso não apresentou resultados nos primeiros anos de sua implantação, sendo alvo de severas críticas por não atingir seus propósitos, conforme registra MARQUES (1970) 126, quando da construção de um bargantin, apelidado pela população de “pacamão”. Com a emancipação política do Brasil, a Marinha brasileira herdou os arsenais da Marinha portuguesa, mantendo as mesmas funções, acrescidas de outras responsabilidades, como dar apoio logístico aos navios da Armada estacionados na província do Maranhão e formar, nas suas oficinas, a elite de profissionais da Marinha à vela. LEANDRO (2002) 127 não fala sobre a iniciação profissional de aprendizes menores no Arsenal de Marinha do Maranhão. No entanto, o Decreto no. 2.583, de 30 de abril de 1860, disciplina o ingresso de menores como aprendizes de artífices nos arsenais da Marinha, conforme informa o próprio Leandro. Com a criação da Escola de Máquinas da Marinha, e de acordo com o Decreto no. 252, de 03 de março de 1860, a instituição recebia menores egressos, com formação, das oficinas dos Arsenais: “O aprendiz de artífice abriu novas perspectivas de ascenção profissional e atendeu o mercado de trabalho que se vislumbrava na Segunda metade do século XIX. Os alunos formados pela Escola de Máquina tinham que assumir compromisso com a Marinha por cinco anos. Se não fossem absorvidos pela Marinha de Guerra o seriam pela Marinha Mercante e outros “Nesse período, Marinha e o Exército demonstraram preocupação com os menores. Tanto a Marinha como o Exército davam-lhes assistência. Os arsenais de Marinha eram mais técnicos e davam aos menores mais oportunidades depois de sua formação profissional.”. (LEANDRO, 2002)128. Ressalta Leandro (2002) que o curso de máquinas era oferecido pela Marinha para os menores no momento em que o Brasil era um país meramente produtor de matérias-primas. Isto colocava a Marinha em destaque, como uma instituição moderna do Império que estava transformando os menores abandonados e carentes em profissionais engajados na política de modernização da Marinha e consequentemente no meio social. Eram instados a se engajar na Marinha todo um segmento social marginalizado do processo sócioeconômico: menores abandonados, filhos de pais sem ofício nem ocupação, e pessoas que se encontravam em cadeias públicas. A Marinha precisava desse segmento socialmente marginalizado. Com o fim da Marinha a vela, e com os novos navios de ferro, comprados no exterior (Inglaterra, França e Estados Unidos), inicia-se um processo de modernização da Armada, exigindo homens mais qualificados e instruídos para operarem os novos navios de guerra. Criam-se escolas para formar esse pessoal qualificado, sendo a primeira - fora da Corte -, a Escola de Aprendizes de Marinheiros do Pará, que serviu de referencia para as demais instaladas em outras Províncias. De acordo com o Decreto no. 1.517, de 04 de janeiro de 1855, e seu Regulamento, os menores pobres de 10 a 17 anos, provenientes de famílias pobres e outros que não tinham lar, entregues à caridade pública, podiam ser encaminhados para as Companhias de Aprendizes Marinheiros por um representante legal - juiz de órfãos, tutores ou mesmo os pais. Após a matrícula, tinham assegurado a educação – instrução 126 127 128

Marques, obra citada Leandro, 2002, p. 45 Leandro, obra citada, p. 46


primária, instrução militar e formação profissional –; assistência médica; fardamento; alimentação sadia; moradia; salário (soldo); pecúlio; e os seus pais ou responsáveis legais recebiam uma gratificação de cem mil réis. Os menores estudavam português, matemática, geografia, participavam das cerimônias cívicas e militares da província e tinham como professor um capelão. Depois de concluir sua preparação inicial, os menores seguiam para a Corte para concluir sua formação militar e profissional (náutica) 129. Em 1861, a Marinha cria na Província do Maranhão a Companhia de Aprendizes Marinheiros. Informa MARQUES (1970)130: “Companhia de Aprendizes Marinheiros foi criada pelo Decreto no. 2.725, de 12 de janeiro de 1861, quando Ministro da Marinha o Conselheiro Francisco Xavier Pais Barreto... “Foi comandada pelo 1º Tenente da Armada, José Francisco Pinto, imediatamente subordinada ao Capitão do Porto... “O seu pessoal é de 218 praças, a saber, um comissário, um escrivão, um contramestre, dois guardiões, um mestre de armas, oito marinheiros de classe superior, e duzentos aprendizes, sujeitos às disposições do Regulamento que acompanhou o Decreto no, 2003, de 24 de outubro de 1857... “Compõe-se de duas divisões, a primeira organizada a 23 de abril de 1861, e acha-se aquartelada em um dos edifícios do extinto Arsenal da Marinha da Província, contando, presentemente, com um comandante, um imediato, um comissário, um escrivão, um mestre, dois guardiões, um mestre de armas, um imperial de primeira classe e 89 aprendizes; ao todo, 98 praças... “O seu fim é preparar os jovens que nela são alistados, com aqueles princípios da mortalidade subordinada, disciplina e instrução, que devem possuir os praças do corpo de imperiais marinheiros, de que se compõe a marujada dos nossos vasos de guerra. “Ali aprende-se a ler, escrever, riscar mapas e a doutrina cristã; exercitar-se arte de marinheiros, naquilo que é compatível com a sua formação... “Instruir-se do exercício da infantaria até à Escola de Pelotão, no manejo de armas brancas e no jogo da artilharia naval...”. (MARQUES, 1970; LEANDRO, 2002) Em “O ARTISTA”– jornal principalmente dedicado às artes mecânicas, surgido em maio de 1862, seus editores, a partir de um opúsculo francês, definem: “ARTE – (por sua etymologia significa – virtude, força). Tomada em toda sua extensão, esta palavra que se opõem à sciencia pura é o complexo de processos pelas quais o homem consegue produzir qualquer obra, quer seja com o fim de assegurar sua conservação e seu bem estar físico, quer seja para fazer nascer algum gozo intelectual ou moral; donde a grande divisão das artes em úteis ou mecânicas e em liberais... “As artes mecânicas que reclamam o trabalho manual ou o auxílio de machinas têm por fim ou explorar a natureza, como a agricultura, ou transformarmal-a, o que dá nascimento às artes industriais ou manufatureiras, que se dividem ao infinito segundo os processos que empregam ou as necessidades que tenham a satisfazer. “As artes liberais, frutos da imaginação, ou se dirigem ao espírito, donde as bellas lettras, ou aos sentidos ao mesmo tempo que ao espírito, donde as bellas-artes. Os antigos admitião sete artes liberais: Grammática, Rhetórica, Philosophia, Arithmética, Geometria, Astronomia e Música. “Os processos particulares empregados nas diversas artes são objeto de uma sciencia especial, de origem moderna, a Technologia... “As artes mecânicas acham em França poderoso auxílio em diversas instituições, principalmente nas Escolas de Artes e Officios, no Conservatório das Artes e Offícios, e nas Exposições Industriais. As Escolas de Artes e Offícios, fundadas em 1803 por Chaptal, são destinadas a propagar os conhecimentos relativos ao exercício das artes industriais. Ahí, o

129 130

Leandro, obra citada, p. 48). Marques, obra citada; Leandro, obra citada, p. 50-51


ensino é ao mesmo tempo theórico e práctico. A idade fixada para admissão dos candidatos é de 13 annos pelo menos e de 16 no máximo”.131 CORRÊA (1986)132 em “Mudança Social no Nordeste”, afirma que na sociedade nordestina do final do século XVIII, quando houve intervenção dos artesãos – Revolta dos Alfaiates -, denominados de artistas, que eram os artistas, geralmente profissionais pobres e livres: “... que controlavam os segredos e a habilidade para uma arte, ofício ou atividade onde preponderava o caráter urbano, possuindo, de costume, os meios de serviço, isto é, as ferramentas e congêneres, e trabalhando, quer em trânsito, oferecendo préstimos, quer estabelecidos, recebendo proposta. Em seu “Literatura dos Viajantes”, CALDEIRA (1991) relaciona as indústrias existentes, em 1820:

133

, ao tratar do “Artesanato e Indústria”

Quadro VIII Especializações Máquinas de descaroçar algodão (no interior Teares para algodão (na cidade) Forjas de ferreiro, em toda a província Alambiques para fazer aguardente (no interior) Fornos para telhas e louças de barro (em toda a província) Fornos de cal (na ilha do Maranhão) Serrarias Engenhos de açúcar Máquinas a vapor para descascar arroz, em São Luís

Quantidade 521 230 132 115 27 26 18 7 1

Fonte: Spix e Martius, 1981, II, p. 285 Quanto ao artesanato, Spix e Martius informam existirem: Quadro IX Profissão Pedreiros e canteiros Carpinteiros Alfaiates Entalhadores Carpinteiros navais Ourives Ferreiros (São Luís) Marceneiros Pintores e caiadores Caldeireiros Seleiros Curtidores Tanoeiros (São Luís) Escravos que auxiliam nas indústrias

Número de Trabalhadores Livres Escravos 404 608 138 326 61 96 96 42 80 38 49 11 37 23 30 27 10 5 4 1 4 1 5 2 1 1.800

Fonte: Spix e Martius, 1981, II, p. 285, in Caldeira (1991) (grifos meus)

131 132

133

O ARTISTA, Maranhão, no. 30, Segunda série, 20 de setembro de 1868. Correa, obra citada, p. 45

CALDEIRA, José de Ribamar C. O MARANHÃO NA LITERATURA DOS VIAJANTES DO SÉCULO XIX. São Luís : SIOGE; AML, 1991, p. 44-48


Já Pereira do Lago134, em sua “Estatística histórico-geográfica da Província do Maranhão”, publicada em 1822, relaciona, no mapa de no. 17, sobre a indústria do Maranhão, seus operários e o jornal pago: MAPA DA INDÚSTRIA Em toda a Província Casas nacionais

Lugar

Quant

Cidade do Maranhão

54

NO. 17 Máximo Mínimo Jornal Jornal

Som a

Ditas estrangeiras Comércio e Indústria

Dita Homens que vivem da sua indústria e comércio Em toda Província

- Máquinas de vapor para descascar arroz - Máquina com besta para descascar arroz -Ditas de fazer açúcar -Ditas de moer cana para fazer cachaça -Ditas de mão para descaroçar algodão -Fábricas de curtimento Máquinas, Olarias, -Teares para tecer pano Fornos e Forjas de algodão -Olarias -Fornos de cal -Serrarias -Forjas

Alfaiates Caldeireiros Carpinteiros Carpinteiros Machado Calafates Espingardeiros Ferreiros Funileiros Marceneiros

134

Livres Escravos Livres Escravos Livres Escravos de Livres Escravos Livres Escravos Livres Escravos Livres Escravos Livres Escravos Livres Escravos

4 a

Cidade do Maranhão

29$55 0 1 22

Dita No interior No dito

7 115 521

No Dito Ilha do Maranhão Na cidade e no interior Na dita e no dito Na Ilha do Maranhão Em toda a Província Dita Dita Dita Dita Dita Dita Dita Dita Dita Dita Dita Dita Dita Cidade do Maranhão Dita Dita Dita Em toda a Província Dita

1 230 27 26 18 132

61 96 4 1 86 183 96 42 80 38 5 3 37 23

1:000 Ditos 600 Ditos 800 ditos 1:200 Ditos 800 Ditos 800 ditos 700 ditos

320 Ditos 320 Ditos 320 Ditos 400 Ditos 320 Ditos 400 ditos 320 ditos

2 1 30 27

48 ditos 800 ditos

320 ditos 400 ditos

157 5 269 138 118 8 60 3 57

PEREIRA DO LAGO, Antônio Bernardino. ESTATÍSTICA HISTÓRICO-GEOGRÁFICA DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO. São Paulo: Siciliano, 2001


Pedreiros e Carteiros

Livres Escravos Livres Escravos

Pintores

Livres Escravos

Sapateiros

Livres Escravos

Outros

Seleiros Tanoerios Trabalhadores Serventes Criados e Feitores

Livres Escravos Livres Escravos e Livres Escravos Brancos Pretos Livres

Dita Dita Cidade do Maranhão Dita Em toda a Província Dita Cidade do Maranhão Dita Dita Dita Dita Dita 5 Dita Em toda a Província Em toda a Província

49 11 404 608

640 ditos 800 ditos

400 ditos 320 ditos

10 5

640 ditos

400 ditos

15

92 143

800 ditos

400 ditos

235

4 1 4 6

800 ditos 480 ditos

400 ditos 320 ditos

1800 560 200

240 Variável

160 Variável

60 1.01 2

5 10 1800

760

Fonte: PEREIRA DO LAGO, Antônio Bernardino. Estatística histórico-geográfica da província do Maranhão. São Paulo: Siciliano, 2001, p 120-123 Em 1863, os Redatores d ‘“O Artista” relacionam as “artes praticadas nesta cidade”, dentre outras “Percorrendo o Almanack do sr. B. de Matos vimos que as artes praticadas nesta cidade são as seguintes: “ calafateiro “ calafate “ caldeireiro “ canteiro “ carpina “ carpinteiro “ ferreiro “ funileiro “ serralheiro “ tanoeiro “ torneiro “ fundidor de ferro “ pescador. “Algumas dessas artes são exercidas só por nacionais, outras por nacionais e estrangeiros e outras só por estrangeiros. “Os estrangeiros quer atualmente exercem artes entre nós são: em maior número portuguezes; e em pequenos números, inglezes, francezes, alemães, italianos, e norte-americanos” 135. Informa ainda VIVEIROS (1954) 136 que de nacionalidade alemã apenas um tal Guilherme Scharff anunciava haver instalado uma fábrica de chapéus de seda de todas as qualidades e cores, de formas modernas e preços cômodos. Da colônia francesa, tínhamos aqui residentes, um arquiteto – Jean Baptiste Coland – que oferecia ao “Respeitável público os seus conhecimentos relativos arte” e dizia residir à Rua 135

136

O ARTISTA, ano 1, n. 34 São Luís, Sábado, 24 de janeiro de 1863

VIVEIROS, Jerônimo de. HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO MARANHÃO - 1612 - 1895. São Luís: Associação Comercial do Maranhão, 1954, p. 376-377


Grande, 28, onde morava o Sr. Damazo; e também outro João Batista, este da família Pichon, construtor naval, que podia ser procurado na loja de José Jaufret & Cia, Rua Grande, 15 137. Na antiga Companhia de Navegação Maranhense eram ensinadas as artes mecânicas, tão necessárias à manutenção dos navios, conforme informa Eurico Teles de Macedo, em seu “O Maranhão e suas riquezas”, quando recorda que, em 1906, ainda alcançara a velha companhia: “No entanto, essa velha companhia de navegação, ainda valia como expressão da obra de titãs que a haviam criado para proveito das gerações futuras, e fácil era verificar os resultados práticos do ponto de vista econômico, já alcançados, e também os de ordem educacionalprofissional conseguidos através dela.... “Essa oficina ainda mostrava com eloqüência, nos seus modestos operários e artífices, uma geração disciplinada de especialistas nos trabalhos metalúrgicos os mais delicados, que, ainda por muitos tempo, por várias décadas, pude verificar, serviram o Maranhão do meu tempo... “Serralheiros, torneiros e aplainadores, ferreiros, caldeireiros de ferro e de cobre, fundidores, marceneiros e modeladores, enfim, artífices e mecânicos especializados, maquinistas e motoristas receberam na escola prática de artes e ofícios, que foi a velha oficina da Companhia Maranhense, excelente formação profissional, tanto do ponto de vista técnico como do da disciplina e, por muito tempo, transmitiram às outras gerações os melhores ensinamentos. Com respeito a artífices, o Maranhão sempre se adiantou sobre seus vizinhos do Pará, do Amazonas e do Piauí, pois foi o manancial fornecedor de bons artífices a esses Estados.” 138. Com o título “instrução profissional”, o jornal “O Artista” dá-nos mais notícias dessa escola de aprendizes mecânicos, funcionando na Casa de Fundição da Companhia de Navegação a Vapor do Maranhão: “... o governo criou, a bem dos artistas desta província, duas escolas que ocupam de ensinar geometria e mechanica theorica e praticamente. O Administrador da Casa de Fundição, o sr. Antonio Joaquim Lopez da Silva num Relatório apresentado à Diretoria da Companhia de Navegação a vapor do Maranhão faz ver a necessidade que a mesma Companhia e a província tenham de desenvolver intelectualmente da classe artista, e em virtude dos esforços da Diretoria da Companhia teve lugar a criação dessas aulas. “... o Sr. Antonio Joaquim tem-se esforçado para que os aprendizes da Fundição, os que mais precisam entre nós dessa criação, cursem com assiduidade as aulas ...”. 139 O Sr. Antonio Joaquim, em seu Relatório, fala das dificuldades que vinha enfrentando no funcionamento da escola, em especial a freqüência dos alunos aprendizes às aulas. Alegavam os pais de que seus filhos não tinham roupas para irem para as aulas. O Administrador da Fundição indagava, então, se esses meninos andavam nus pelas ruas, se não tinha roupas para sair, ir à igreja, ou aos passeios... Como alegar as ausências por falta de roupa? E na edição de abril daquele mesmo ano, dita as bases para os novos contratos entre a Fundição e os Aprendizes, para freqüência às aulas – uma espécie de estatuto ou regulamento da escola: “O tempo de aprendizagem varia conforme os offícios a que se dedicarem os aprendizes. O offício que deve seguir o aprendiz é designado pelo Administrador conforme a inteligência do mesmo aprendiz. O tempo para os offícios de carpinteiro e ferreiro será de 5 annos, e para os offícios de modellador, fundidor e machinista de 7 annos, e para caldeireiro a vapor de 6 annos. Os dous primeiros annos para quaisquer dos offícios será sem vencimentos. Este tempo sem vencimento é meramente de experiência para que o administrador possa conhecer melhor a intelligência, comportamento moral, e assiduidade na freqüência das officinas, e só depois d’este tirocínio é que começarão a vencer um pequeno jornal, não excedente de 1$000 rs. na 137

ECHO DO NORTE, n. 9, 1835. MACEDO, Eurico Teles de. O MARANHÃO E SUAS RIQUEZAS. São Paulo: Siciliano, 2001, p. 76 139 O ARTISTA, Maranhão, 15 de março de 1868, n. 3, Segunda série 138


último anno... “Todo aprendiz é obrigado a freqüentar as aulas noturnas de instrucção primária e mechanica aplicada, sob pena de ser demitido se não o fizer. Passados os dous primeiros annos, então será lavrado o contracto contando-se para isso o tempo que servirão sem vencimentos sugeitando-se o pai, mãi, ou tutor do aprendiz, a uma multa de 150$000 se antes de acabar o tempo o aprendiz deixar o estabelecimento por qualquer motivo a não ser doença incurável.. “Não se admitem aprendizes menores de 12 annos e mais de 14 por consideração alguma. Nos dous primeiros annos sem vencimentos o aprendiz será obrigado a fazer todo o serviço da casa que lhe for ordenado.. “Fundação em 23 de abril de 1868 “Antonio Joaquim L. da Silva”. 140(Grifos nossos). Na edição de n. 15, de 07 de junho de 1868, Segunda série, é repetido o mesmo anúncio, a pedido... Em 1838, Vicente Tomaz Pires de Figueiredo Camargo, pela Lei de número 77, de 24 de junho, cria o Liceu Maranhense: "VICENTE TOMÁS PIRES DE FIGUEIREDO DE CAMARGO, Presidente da Província do Maranhão, faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Legislativa Provincial decretou, e eu sancionei a Lei seguinte: "Art. 1o. Formar-se-á um Liceu na Capital da província com a reunião das seguintes cadeiras: "1a - Filosofia Racional e Moral "2a - Retórica e Poética "3a - Geografia e História "4a- Gramática Filosófica da Língua, e análise dos nossos clássicos "5a - Língua Grega "6a - Língua Latina "7a - Língua Francesa "8a - Língua Inglesa "9a - Desenho "10a - Aritmética, 1a. parte de Álgebra, Geometria, e Trigonometria Plana "11a - 2a. Parte de Álgebra, Cálculo, e Mecânica "12a - Navegação, Trigonometria Esférica, e Observações Astronômicas

140

O ARTISTA, Maranhão, n. 9, 26 de abril de 1868


O MUSEU DA VILA VELHA DE VINHAIS LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

A COMISSÃO DAS COMEMORAÇÕES DOS 400 ANOS DA VILA DE VINHAIS VELHO e sua IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA, encaminhou correspondência pleiteando a intervenção do IPHAN junto à área ocupada pela Vila Velha de Vinhais, e sua Igreja de São João Batista, patrimônio estadual tombado. Como já comunicado aquela Instituição através de mensagem eletrônica endereçada ao Sr. Julio Meirelles Steglich, Arqueólogo IPHAN/MA, referente à descoberta de objeto lítico no sítio acima referido, em uma residência pertencente ao Sr. Carlos Jacinto, situada em frente à Igreja de São João Batista: AT. JULIO MEIRELES - MATERIAL ARQUEOLÓGICO Leopoldo Gil Dulcio Vaz Para iphan-ma@iphan.gov.br Julio, Estive em visita ao Vinhais Velho, ontem à tarde. Lá tomei conhecimento, através de um dos moradores - casa de muro branco, em frente à Igreja, não recordo o nome... - de que achara no quintal de sua casa um artefato - uma machadinha de pedra - provavelmente do período pré-colonial. Me preocupa, pois há uma construção de via - Via Expressa -, com passagem prevista pelo local em que o objeto foi encontrado, no mesmo sitio. As máquinas estão, já, aproximadamente 20/30 metros do terreno em que se localiza essa casa, caminhando nos dois sentidos, no de frente e pelos fundos, com a construção de uma ponte que chegará aos fundos. ... Ali, nesse terreno, funciona uma granja, fácil de achar, pois... Pela urgência que o caso requer, sirvo-me desse expediente, correio eletrônico, para solicitar a presença, urgente, de equipe de arqueologia, tendo por base Portaria 230/2002 do próprio IPHAN, que protege sítios arqueológicos... Leopoldo Gil Dulcio Vaz Professor de Educação Física Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão vazleopoldo@hotmail.com 98 3226 2076 98 8119 1322 Rua Titânia, 88 - Recanto Vinhais

O pedido de intervenção é decorrente da movimentação de terra na área ocupada pela Vila Velha de Vinhais – ou Vinhais Velho como também é conhecido aquele hoje bairro de São Luís. Embora as autoridades envolvidas na querela que se formou em torno da construção daquela Via Expressa – ou rodovia estadual, uma MA no entendimento do Governo do Estado – dão conta de que houve estudos para verificar a existência de sítios arqueológicos no traçado da rua, e que nada fora encontrado e, para todos os efeitos, apenas a Igreja de São João Batista e seu entorno é considerado bem tombado pelo Estado.


Achados recentes, de objetos líticos – objeto da comunicação acima -, dão conta de que efetivamente existe um sítio arqueológico a ser explorado, e está localizado no traçado da nova avenida/rodovia... Em decorrência dessas informações desencontradas, fruto de disputas entre grupos políticos, situação e oposição, em que aquela população foi colocada no meio, foi realizada uma Aula Pública141 em defesa do patrimônio histórico daquela Vila.

141

Realizada dia 31 de janeiro de 2012, convocada pela Profa. Dra. Antonia Mota, do Departamento de História da UFMA, convidado o IHGM, designados os sócios efetivos Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Antonio Noberto.


Na ocasião, foram feitas denúncias de agressão ao meio ambiente, aos direitos dos cidadãos, e atentado ao patrimônio histórico.

Miranda (2011) 142 afirma não serem poucos os que confundem meio ambiente com natureza: “[...] concluindo equivocadamente que somente os bens naturais (recursos hídricos, fauna, flora, ar, etc.) integram o conjunto de elementos componentes do meio ambiente”. Afirma esse pesquisador, especialista em direito ambiental, que: “[...] o meio ambiente é a interação do conjunto de todos os elementos naturais, artificiais e culturais que propiciam o desenvolvimento equilibrado da vida em suas variadas formas, constituindo a ambiência na qual se move, desenvolve, atua e se expande a vida humana. Por isso, para os fins de proteção, a noção de meio ambiente é muito ampla, abrangendo todos os bens naturais e culturais de valor juridicamente protegido, desde o solo, as águas, a flora, a fauna, as belezas naturais e artificiais, o ser humano, o patrimônio histórico, artístico, turístico, paisagístico, monumental, arqueológico, espeleológico, paleontológico além das disciplinas urbanísticas contemporâneas”. (grifo meu). À luz desse entendimento, o ordenamento jurídico expresso no Capítulo V, seção IV da Lei 9.605/98 e art. 2º, XII da Lei 10.257/2001, têm-se - ainda seguindo Miranda (2011): a) Meio Ambiente Natural ou Físico – formado pelo subsolo, recursos hídricos, ar, fauna, flora e demais elementos naturais responsáveis pelo equilíbrio dinâmico entre os seres vivos e o meio em que vivem, sendo objeto dos arts. 225, caput, e parágrafo 1º, da CF/88. b) Meio Ambiente do Trabalho – integrado pelo conjunto de bens, instrumentos e mios, de natureza material e imaterial, em face dos quais o ser humano exerce suas atividades laborais, recebendo tutela imediata do art. 200, VIII, da CF/88; 142

MIRANDA, Marcos Paulo de Sousa. Análise dos impactos ao patrimônio cultural no âmbito dos estudos ambientais. In SEMINÁRIO NACIONAL: ARQUEOLOGIA E SOCIEDADE, São Luís, 17 a 19 de agosto de 2011, Coletâneas...


c) Meio Ambiente Artificial - integrado pelo espaço urbano construído pelo homem, na forma de edificações (espaço urbano fechado) e equipamentos tais como praças, parques e ruas (espaço urbano aberto), recebendo tratamento não apenas no art. 225, mas ainda nos arts. 21, XX e 182, todos da CF/88; d) Meio Ambiente Cultural – integrado pelo patrimônio histórico, artístico, arquitetônico, paisagístico, espeleológico, geológico, fossilifero, turístico, científico e pelas sínteses culturais que integram o universo das práticas sociais das relações de intercambio entre o homem e a natureza ao longo do tempo, recebendo proteção dos arts. 215 e 216 da CF/88. Os membros da Comissão dos 400 anos da Igreja de São João Batista da Vila Velha de Vinhais, juntamente com o IHGM já haviam feito proposta de manutenção dos objetos que estavam sendo encontrados na própria comunidade, com a instituição de um museu, através de correspondência datada de 27 de janeiro de 2012: À Senhora Kátia Superintendente do IPHAN Endereço: Rua do Giz, 235 – Centro Telefone: (98) 3231-1388 - e-mail: iphan-ma@iphan.gov.br

CEP:

Santos no 65.010-680

Bogéa Maranhão São Luís-MA

Senhora Superintendente Nós, da COMISSÃO DAS COMEMORAÇÕES DOS 400 ANOS DA VILA DE VINHAIS VELHO e sua IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA, vimos através desta pleitear junto a Vossa Excelência a intervenção desse órgão junto à área ocupada pela Vila Velha de Vinhais, e sua Igreja de São João Batista, patrimônio estadual tombado. Como já comunicado a essa instituição através de mensagem eletrônica endereçada ao Sr. Julio Meirelles Steglich, Arqueólogo IPHAN/MA, referente à descoberta de objeto lítio no sítio acima referido, em uma residência pertencente ao Sr. Carlos, situada em frente à Igreja de São João Batista. Informamos a Vossa Excelência de que essa residência está entre aquelas em processo de desapropriação, por onde deve passar o traçado da Via Expressa, ora em construção; que as escavações e movimento de terras para tal, já se encontra bem próximos do local onde foi encontrado o referido objeto, uma machadinha de pedra. Temos informações, ainda não confirmadas, de encontrados outros objetos, o que esperamos seja confirmado quando da visita de técnicos desse IPHAN, já programada, à área em questão. Desnecessário referir-se à urgência dessas providencias. Mas o que nos move, neste momento, é a informação precisa e técnica, que somente esse IPHAN pode nos oferecer, quanto à idéia de que seja arqueologia, qual o trabalho do IPHAN e, sobretudo, na orientação à população em identificar e quais procedimentos a tomar, quando da descoberta de novos objetos, seja, Educação Patrimonial. Vimos, pois, solicitar de Vossa Excelência sejam designados técnicos do IPHAN para, junto à nossa população da Vila Velha de Vinhais e demais comunidades de seu entorno, especialmente à população estudantil, seja ministrado Curso de Educação Patrimonial, podendo ser através de série de palestras, a diferentes públicos: alunos da rede municipal de ensino, moradores das áreas atingidas pela intervenção estatal, demais moradores da área. Desnecessário falar, também, da urgência dessa intervenção por parte do órgão que dirige. Ao mesmo tempo, identificados os objetos, e declarado – após estudos – sua autenticidade e estabelecido o período em que foi confeccionado e por quem, nos seja permitido permanecer na posse do mesmo, assim como de outros objetos de interesse científico e histórico, através da constituição de um Museu do Vinhais Velho sob a responsabilidade direta do IPHAN. Como é de seu conhecimento, a Vila do Vinhais Velho, como é conhecida hoje, se constitui núcleo residencial de índios e brancos desde tempos imemoriais, e precisa preservar sua memória. Assim como é de seu conhecimento que a população do entorno da Igreja de São João Batista, com a proficiente orientação de Vossa Excelência e seus técnicos, vem mantendo a memória desta comunidade e de seu Patrimônio Histórico vivo, inclusive com a recuperação física da referida Igreja de São João Batista, sem ajuda governamental, seja, recursos financeiros dos poderes públicos.


Pedem, em nome das Comunidades do entorno da Igreja de São João Batista do Vinhais Velho, neste ano de comemoração dos 400 anos. Senhora Superintendente, A História, e nosso Patrimônio, não poderão subsistir sem a interferência institucional do IPHAN e sua, em particular. Pela COMISSÃO DAS COMEMORAÇÕES DOS 400 ANOS DA VILA DE VINHAIS VELHO e sua IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA, LUIZ ROBERTO M. DE ARAUJO FRANCINALDA ARAGÃO LIMA DELZUITE DANTAS BRITO VAZ Pelo INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, e membro da Comissão dos 400 anos do IHGM e da Vila de Vinhais LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Vice-Presidente - Gestão 2010/2012 Morador do Recanto Vinhais A gestão, preservação e socialização do patrimônio cultural brasileiro cabe ao IPHAN (Lei federal 3.924/1961, CF/88, e da legislação ambiental implantada a partir da década de oitenta). Mais recentemente, evidencia-se uma preocupação com a socialização do patrimônio, com o arqueológico ocupando um lugar de destaque no cenário nacional, com adoção de um modelo em que setores nãogovernamentais têm participado de modo ativo, notadamente na área da pesquisa arqueológica e da guarda de acervos (Migliacio, 2011) 143. A Comunidade do Vinhais Velho exultou quando o Dr. Daniel Rincón Caires, da Casa Museu de Alcântara, e funcionário do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM – comunicou à referida Comissão que aquela instituição federal estava oferecendo assistência técnica necessária para fundação de seu Museu. O que foi aceito pela Comissão, pela diretoria do IHGM, e, após consulta, pelos moradores daquela comunidade, presentes em reunião realizada em casa de um dos moradores, no dia 02 de fevereiro de 2012. Como afirma a Diretora do Centro Nacional de Arqueologia (Migliacio, 2011), ainda é preciso aprimorar a parceria criando formas institucionais de compartilhamento das responsabilidades por uma gestão que tenha em vista o interesse social e coletivo. A Vila Velha de Vinhais possui uma história paralela à de São Luís. É um lugar que representa um passado, ainda vivo na memória de seus moradores, resgatado por pesquisadores residentes nos bairros que se instalaram em seu entorno e, trazem uma história anterior ao período colonial, mas até o momento não recebeu atenção dos órgãos responsáveis por essa preservação. Assim, pede-se que a Vila Velha de Vinhais – ou o Vinhais Velho como também é conhecida – seja tombada em todo seu conjunto, estendendo-se o de sua Igreja, ampliando-se o ‘entorno’. Assim como a criação do Museu da Vila Velha de Vinhais, a manutenção dos objetos achados, e por achar. Lançada a idéia da instalação do Museu, começam aparecer pessoas interessadas em doar objetos para compor seu acervo um mapa da Ilha Grande onde é localizada a Aldeia de Uçaguaba, dos Tupinambás, identificada como Miganville, feitoria de Davi Migan, aqui estabelecido desde 1594 - antes de La Ravardiére!!! – e que contava, na ocasião em que este chegou para ‘fundar’ sua Colônia já com mais de 400 europeus, de diversas nacionalidadees: franceses, batavos, flamengos, ingleses, além dos mais de 500 índios da segunda maior aldeia da Ilha Grande. Objeto que pertenceu aos Jesuítas, expulsos do Maranhão lá pelo meado dos 1700. Dentre outros. 143

MIGLIACIO, Maria Clara. O IPHAN e a gestão, preservação e socialização do patrimônio arqueológico brasileiro. In In SEMINÁRIO NACIONAL: ARQUEOLOGIA E SOCIEDADE, São Luís, 17 a 19 de agosto de 2011, Coletâneas...


Com o Programa de Educação Patrimonial, que se espera resposta positiva do IPHAN para sua realização junto às diversas comunidades, espera-se descobrir outros objetos em poder dos moradores, que possam vir a constituir o acervo do novo Museu.


NA(S) ACADEMIA(S) – LITERATURA LUDOVICENSE/ MARANHENSE ESTA SESSÃO É DESTINADA AOS ARTIGOS SOBRE LITERATURA LUDOVICENSE/MARANHENSE, E O REGISTRO DE SUA MEMÓRIA


ELITISMO NO IHGM LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Sócio efetivo Cadeira 40

Ao ingressar no IHGM fui apresentado como Professor de Educação Física, atuando em escola de rede pública federal. Portanto, não pertenço à Universidade... Minha formação básica é a Licenciatura em Educação Física e Esportes144. Quando de minha apresentação pelo confrade Padre Dr. Raimundo Meireles, foi lido meu currículo145, e lá consta “Mestrado em Ciência da Informação” 146, com área de concentração em “Informação em Ciência e Tecnologia” 147; assim, sou um cientista da informação. Minha tese versou sobre a “produção do conhecimento na área tecnológica”, afinal, sou professor em uma escola de formação profissional – o Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão – CEFET-MA -, a antiga Escola Técnica. Quando digo que sou Mestre em Ciência da Informação, as pessoas logo pensam que trabalho com Informática; não, trabalho com ‘informação’148... Minha passagem pela UFMG deve-se, à época, estar interessado em como se processa a disseminação da informação na área das ciências do esporte. Vinha desenvolvendo pesquisas em documentação esportiva149. Cheguei a apresentar alguns trabalhos na área150, dentre eles “Produtividade e elitismo na Educação Física brasileira”, utilizando-nos das leis de Lotka, Bradford e o princípio de elitismo de Sola-Price151. O objetivo deste estudo é de se verificar quais são os colaboradores mais produtivos da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Para tal se utilizará da Lei de Lotka, na sua formulação original152. PRODUTIVIDADE DE AUTORES

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Licenciatura em Educação Física pela Escola de Educação Física e Desportos do Paraná, turma de 1975. http://lattes.cnpq.br/2105898668356649 146 “a ciência da informação é um campo dedicado às questões científicas e à prática profissional voltadas para os problemas de efetiva comunicação do conhecimento e de seus registros entre os seres humanos, no contexto social, institucional ou individual do uso e das necessidades de informação”. (Saracevic, 1996, p.47, citado por LIMA, Gercina Ângela Borém. Interfaces entre a ciência da informação e a ciência cognitiva. Ci. Inf., Brasília, v. 32, n. 1, p. 77-87, jan./abr. 2003 147 Mestrado em Ciência da Informação, pela Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal de Minas Gerais, 1993; título da Dissertação: “Produção do conhecimento nos Centros Federais de Educação Tecnológica”; orientadora: Janeth Krammer. 148 Informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema (pessoa, animal ou máquina) que a recebe. 149 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. Organização da Informação em Ciências do Esporte – a experiência do CEDEFEL-MA com revistas especializadas. ANAIS do XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, São Caetano do Sul (SP), 08 a 11 de outubro de 1992, p. 105 150 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais. ANAIS da 45ª. REUNIÃO ANIAL DA SBPC, Recife (PE), 11 a 16 de julho de 1993, p. 54; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais. ANAIS do VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Belém (PA), o6 a 10 de setembro de 1993, p. 136. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias; SANTOS, Luis Henrique. Produtividade e elitismo na Educação Física Brasileira (1993), in Produção do conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro. ANAIS do III JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFMA, São Luis, 05 a 08 de dezembro de 1995, p. 14-21. 151 Lei do Elitismo utiliza-se de citações e destina-se a estimar o tamanho da elite de determinada população de autores. A Lei do Elitismo enuncia que toda população de tamanho N tem uma elite efetiva tamanho √ N (PRICE, 1965). Price, em “Little Science, Big Science, observou que, para as ciências em geral, o número de autores decresce mais rapidamente que o inverso do 3 quadrado, mais aproximadamente à Lei do Inverso do Cubo 1/n . (PRICE, Derek J. De Solla. Networks of scientific papers. Science, [s.l.], v. 149, n.3683, p. 56-64, July 1965. citado por GUEDES, Vania L. S.; BORSCHIVER, Suzana. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica. 152 LOTKA, A. J. The frequency of distribuition of scientific productivity. Journal of the Washington Academy of Sciences, v. 16, n.12, p. 317-323, 1926; 145


A Lei de Lotka, ou Lei do Quadrado Inverso153, aponta para a medição da produtividade de autores, mediante um modelo de distribuição tamanho-freqüência dos diversos autores em um conjunto de documentos. Já a Lei de Bradford, ou Lei de Dispersão154, permite, mediante a medição da produtividade das revistas, estabelecer o núcleo e as áreas de dispersão sobre um determinado assunto em um mesmo conjunto de revistas. Pergunta-se, então, de que maneira é possível fazer este diagnóstico? Uma das possibilidades consiste na utilização de métodos que permitam medir a produtividade dos pesquisadores, grupos ou instituições de pesquisa. Para tanto, torna-se fundamental o uso de técnicas específicas de avaliação que podem ser quantitativas ou qualitativas, ou mesmo uma combinação entre ambas. Para Vanti (2002) 155, a avaliação da produtividade científica deve ser um dos elementos principais para o estabelecimento e acompanhamento de uma política nacional de ensino e pesquisa, uma vez que permite um diagnóstico das reais potencialidades de determinados grupos e/ou instituições, existindo diversas formas de medição, voltadas para avaliar a ciência e os fluxos da informação156, dentre estas a bibliometria, a cienciometria, a informetria e a webometria. O termo “bibliometria” foi cunhado por Pritchard em 1969. A medição da ciência tem seu início com Paul Otlet, em 1934 e podemos nos referir ainda aos trabalhos de Hulme (1922) e Cole e Eales (1917). Outro grande pesquisador da área foi Ranganathan (1948) 157. Pode-se definir a bibliometria como: “[...] o estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação registrada. A bibliometria desenvolve padrões e modelos matemáticos para medir esses processos, usando seus resultados para elaborar previsões e apoiar tomadas de decisões”. Já a “cienciometria” surgiu na antiga URSS e Europa Oriental e foi empregado especialmente na Hungria. Originalmente, referia-se à aplicação de métodos quantitativos para o estudo da história da ciência e do progresso tecnológico. As primeiras definições consideravam a cienciometria como “a medição do processo informático”, onde o termo “informático” significava “a disciplina do conhecimento que estuda a estrutura e as propriedades da informação científica e as leis do processo de comunicação”. Este termo alcançou notoriedade com o início da publicação, em 1977, da revista Scientometrics, editada originalmente na Hungria e atualmente na Holanda. (VANTI, 2002). “Cienciometria é o estudo dos aspectos quantitativos daciência enquanto uma disciplina ou atividade econômica.A cienciometria é um segmento da sociologia da ciência, sendo aplicada

153

A Lei de Lotka, relacionada à produtividade de autores e fundamentada na premissa básica de que “alguns pesquisadores publicam muito e muitos publicam pouco” (VOOS, 1974), enuncia que “a relação entre o número de autores e o número de 2 artigos publicados por esses, em qualquer área científica, segue a Lei do Inverso do Quadrado 1/n . Isto é, em um dado período de tempo, analisando um número n de artigos, o número de cientistas que escrevem dois artigos seria igual a ¼ do número de cientistas que escreveram um. O número de cientistas que escreveram três artigos seria igual a 1/9 do número de cientistas que escreveram um, e assim sucessivamente. LOTKA, A. J. The frequency of distribuition of scientific productivity. Journal of the Washington Academy of Sciences, v. 16, n.12, p. 317-323, 1926, citado por GUEDES, Vania L. S.; BORSCHIVER, Suzana. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica. 154 A Lei de Bradford, relacionada à dispersão da literatura periódica científica, enuncia que “se periódicos científicos forem ordenados em ordem decrescente de produtividade de artigos sobre determinado assunto, poderão ser divididos em um núcleo de periódicos mais particularmente dedicados ao assunto e em vários grupos ou zonas, contendo o mesmo número de artigos 2 que o núcleo. O número de periódicos (n), no núcleo e zonas subseqüentes, variará na proporção 1:n:n [...]” (in BRADFORD, S. C. Sources of information on specific subjects. Egineering, [s.l.], v.137, p. 85-86, 1934. (BROOKES, 1969, citado por GUEDES, Vania L. S.; BORSCHIVER, Suzana. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica. 155 VANTI, Nadia Aurora Peres. Da bibliometria à webometria: uma exploração conceitual dos mecanismos utilizados para medir o registro da informação e a difusão do conhecimento. IN Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 2, p. 152-162, maio/ago. 2002, p. 152-162 156 “A palavra avaliar vem do latim valere. Esta apresenta, entre outras acepções, a de ser merecedor ou digno de alguma coisa. A avaliação, dentro de um determinado ramo do conhecimento, permite dignificar o saber quando métodos confiáveis e sistemáticos são utilizados para mostrar à sociedade como tal saber vem-se desenvolvendo e de que forma tem contribuído para resolver os problemas que se apresentam dentro de sua área de abrangência.” (VANTI, 2002, p. 152, op. Cit.) 157 FONSECA, E. N. Bibliografia estatística e bibliometria: uma reivindicação de prioridades. Ciência da Informação, Brasília, v. 2, n.1, p. 5-7, 1973; FONSECA, E. N. (Org.). Bibliometria: teoria e prática. São Paulo : EDUSP, 1986; RAVICHANDRA RAO, I. K. Métodos quantitativos em biblioteconomia e ciência da informação. Brasília : ABDF, 1986..


no desenvolvimento de políticas científicas. Envolve estudos quantitativos das atividades científicas, incluindo a publicação e, portanto, sobrepondo-se à bibliometria”. O termo informetria foi proposto pela primeira vez por Otto Nacke, 1979. Este termo foi adotado imediatamente pelo mesmo VINITI, na antiga URSS, instituição que impulsionou a criação de um comitê com este nome na Federação Internacional de Documentação: o FID/IM – Comitte on Informetry. Sua aceitação definitiva data de 1989, quando o Encontro Internacional de Bibliometria passou a se chamar Conferência Internacional de Bibliometria, Cienciometria e Informetria. Alguns autores apresentam tais termos como sinônimos, porém outros consideram que a informetria compreende um campo mais amplo que a cienciometria e que englobaria, também, a bibliometria. (VANTI, 2002). “Informetria é o estudo dos aspectos quantitativos da informação em qualquer formato, e não apenas registros catalográficos ou bibliografias, referente a qualquer grupo social, e não apenas aos cientistas. A informetria pode incorporar, utilizar e ampliar os muitos estudos de avaliação da informação que estão fora dos limites da bibliometria e cienciometria”. Esse termo designa uma extensão recente das análises bibliométricas tradicional ao abarcar o estudo das modalidades de produção da informação e de comunicação em comunidades não acadêmicas. A informetria se distinguiria claramente da cienciometria e da bibliometria no que diz respeito ao universo de objetos e sujeitos que estuda, não se limitando apenas à informação registrada, dado que pode analisar também os processos de comunicação informal, inclusive falada, e dedicar-se a pesquisar os usos e necessidades de informação dos grupos sociais desfavorecidos, e não só das elites intelectuais. “... a informetria é um subcampo emergente da ciência da informação, baseada na combinação de técnicas avançadas de recuperação da informação com estudos quantitativos dos fluxos da informação” e encontra sua utilidade na administração de coleções em bibliotecas, no desenvolvimento de políticas científicas e pode ajudar na tomada de decisões em relação ao desenho e manutenção de sistemas de recuperação de informação. (VANTI, 2002) A webometrics ou webometria consiste na aplicação de métodos informétricos à World Wide Web. Além do termo webometrics, também se encontra na literatura a expressão cybermetrics, que corresponde ao nome da revista apresentada oficialmente durante a VI Conferência Internacional de Cienciometria e Informetria, em Jerusalém, no ano de 1997. (VANTI, 2002) Em termos genéricos, estas são algumas possibilidades de aplicação dessas técnicas: 

identificar as tendências e o crescimento do conhecimento em uma área;

identificar as revistas do núcleo de uma disciplina;

mensurar a cobertura das revistas secundárias;

identificar os usuários de uma disciplina;

prever as tendências de publicação;

estudar a dispersão e a obsolescência da literatura científica;

prever a produtividade de autores individuais, organizações e países;

medir o grau e padrões de colaboração entre autores;

analisar os processos de citação e co-citação;

determinar o desempenho dos sistemas de recuperação da informação;

avaliar os aspectos estatísticos da linguagem, das palavras e das frases;

avaliar a circulação e uso de documentos em um centro de documentação;

medir o crescimento de determinadas áreas e o surgimento de novos temas.

ELITISMO - “POUCOS COM MUITO E MUITO COM POUCOS” . O padrão de distribuição das leis e princípios bibliométricos segue a máxima conhecida como “Efeito Mateus na Ciência”, que diz: “aos que mais têm será dado em abundância e, aos que menos têm até o que têm lhes será tirado” 158 . Trata-se de uma abordagem ao efeito Mateus mediante a análise de processos psicossociais, que afetam o sistema 158

MERTON, R. K. The Mathew effect in science. Science, [s. l.], v. 159, n. 3810, p. 58, Jan. 1968, citado por GUEDES, Vania L. S.;


de avaliação e distribuição de recompensas científicas. Por exemplo: cientistas altamente produtivos, de universidades mais conceituadas, obtêm freqüentemente mais reconhecimento que cientistas igualmente produtivos, de outras universidades. Para se verificar quais são os colaboradores mais produtivos da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão se utilizará da Lei de Lotka, na sua formula original159, sem as variações apresentadas por ALVARADO (2003) 160. No geral, os autores concordam que, para uma correta aplicação do modelo de Lotka, devem-se seguir as seguintes recomendações161: a) Selecionar um campo específico de produção científica. Quanto mais específico o campo, melhor o resultado; b) Selecionar uma bibliografia existente ou elaborar uma bibliografia sobre o campo específico cuja cobertura seja exaustiva. Quanto mais extensa e exaustiva melhor. Sugere-se que a cobertura dessa bibliografia seja maior ou igual a dez anos; c) Contar a produtividade de cada autor, considerando-se também os co-autores. Isso significa que se deve adotar o método da contagem completa; d) Ordenar os dados coletados em uma tabela de freqüências para facilitar a visualização dos mesmos; e) Selecionar o modelo estatístico mais adequadamente sugerido pelos dados tabulados; f)

Calcular os valores esperados ou teóricos, seguindo as especificações do modelo estatístico escolhido;

g) Estabelecer as hipóteses a serem testadas e a região de rejeição dessas hipóteses no nível de significância de a = 0.05; h) Testar a qualidade do ajuste dos dados, usando-se o teste do quiquadrado ou Kolmogorov-Smirnov.

O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO E SUA REVISTA O hoje Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM – foi fundado em dezembro de 1925, por Antonio Lopes da Cunha162: “Em 1925, tomei a iniciativa de reunir alguns homens de boa vontade na livraria de Wilson Soares, expondo-lhes a minha idéia de se comemorar o centenário do nascimento de D. Pedro II com a inauguração, nesta capital, de um Instituto de História e Geografia. Os que prestaram apoio à idéia foram: Justo Jansen, Ribeiro do Amaral, José Domingues, Barros e Vasconcelos, Domingos Perdigão, José Pedro Ribeiro, José Abranches de Moura, Arias Cruz, Wilson Soares e José Ferreira Gomes. Mais tarde incorporou-se a esse grupo João Braulino de BORSCHIVER, Suzana. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica; 159 LOTKA, A. J. The frequency of distribuition of scientific productivity. Journal of the Washington Academy of Sciences, v. 16, n.12, p. 317-323, 1926; 160 ALVARADO, Rubén Urbizagástegui. A Llei de Lotka: o modelo Lagrangiano de Poisson aplicado à produtividade de autores. IN Perspect. cienc. inf., Belo Horizonte, v. 8, n. 2, p. 188-207, jul./dez. 2003; 161 CAFÉ, Lígia; BRÄSCHER, Marisa. ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO E BIBLIOMETRIA. Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf., Florianópolis, n. esp., 1º sem. 2008 ALVARADO, Rubén Urbizagástegui. A Lei de Lotka: o modelo Lagrangiano de Poisson aplicado à produtividade de autores. IN Perspect. cienc. inf., Belo Horizonte, v. 8, n. 2, p. 188-207, jul./dez. 2003; VANTI, Nadia Aurora Peres. Da bibliometria à webometria: uma exploração conceitual dos mecanismos utilizados para medir o registro da informação e a difusão do conhecimento. IN Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 2, p. 152-162, maio/ago. 2002, p. 152-162 MOSTAFA, Solange Puntel. Citações epistemológicas no campo da educomunicação. Comunicação & Educação, São Paulo, (24): 15 a 28, maio/ago. 2002. WORMELL , Irene. Informetria: explorando bases de dados como instrumentos de análise. Ci. Inf., Brasília, v. 27, n. 2, p. 210-216, maio/ago. 1998 TESTA James, A base de dados ISI e seu processo de seleção de revistas. Ci. Inf., Brasília, v. 27, n. 2, p. 233-235, maio/ago. 1998 162 Antônio Lopes da Cunha nasceu na cidade de Viana – Maranhão -, em dia 25 de maio de 1889 e faleceu em São Luís a 29 de novembro de 1950. Filho do desembargador (e futuro governador do Estado) Manuel Lopes da Cunha e D. Maria de Jesus Sousa Lopes da Cunha. Foi o fundador e secretário perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.


Carvalho. Ausentes de S. Luís apoiaram calorosamente a idéia Raimundo Lopes, Fran Pacheco, Carlota Carvalho e Antonio Dias, que também foram considerados sócios fundadores do Instituto. (p. 110) “A 20 de novembro realizou-se a sessão inicial, sendo apresentado, discutido e votado os estatutos e eleita a diretoria, cujo presidente foi Justo Jansen. José Ribeiro do Amaral foi eleito presidente da assembléia geral. (p. 111)163. Denominava-se “Instituto de História e Geografia do Maranhão” 164, e tinha como objetivos: (a)

O estudo e difusão do conhecimento da história, da geografia, da etnografia, etnologia; e arqueologia, especialmente do Maranhão;

(b)

O incremento à comemoração dos vultos e fatos notáveis de seu passado; e

(c)

A conservação de seus monumentos 165: Em seu Artigo IV166 constava: “para a publicação dos seus actos sociaes, das investigações que realizar e dos trabalhos de seus sócios sobre assumptos que se relacionarem às siciencias (sic) de que se deverá ocupar, assim como de contribuições de igual gênero enviadas por investigadores competentes, o Instituto manterá uma Revista bimensal ou trimestral.” (p. 62).

Assim, em agosto de 1926 surgia a “HISTÓRIA E GEOGRAFIA - Revista trimestral do Instituto de História e Geographia do Maranhão”, anno I - 1926 – num. 1, julho a setembro, com 97 páginas, contendo ilustrações, e impressa na Typ. Teixeira - São Luiz 167. Era seu Diretor Antonio Lopes (da Cunha). Contou, naquele primeiro número com as seguintes colaborações: 

Antonio Lopes – Marília e Dirceu (p. 9-14); O Diccionário Histórico e Geographico do Maranhão (p. 41-46); e Armorial Maranhense (p. 47-53);

B. Vasconcelos – O Maranhão fabuloso (17-20)-;

J. de Abranches Moura – A Ilha de S. Luiz (p. 21-27); e

Ribeiro do Amaral – Nobiliarchia Maranhense (p. 38-41).

Da redação, os “editoriais” “O primeiro número” (p. 5-6), e “Maranhão-Piauhy” (p. 7-8); além de Notas Várias (p. 65-88), estas contando com diversos colaboradores. Ainda são publicadas as seguintes colaborações: de Wilson Soares, as paginas 31-38 publica-se o artigo “Subsídios a bibliographia maranhense”; da página 55 a 59, consta a relação de sócios 168; e da pagina 61 a 64 o Regimento Interno (estatuto) do “Instituto de História e 163

LOPES DA CUNHA, Antônio. Instituto histórico. In ESTUDOS DIVERSOS. São Luís: SIOGE, 1973. Art. II do Regimento Interno, publicado na Revista do Instituto de História e Geografia do Maranhão, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61; 165 Art. I do Regimento Interno, publicado na Revista do Instituto de História e Geografia do Maranhão, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61; 166 Do Regimento Interno, publicado na Revista do Instituto de História e Geografia do Maranhão, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61-64. 167 HISTÓRIA E GEOGRAFIA- Revista trimestral do Instituto de História e Geographia do Maranhão, São Luís, ano I, n. 1, julho/setembro, 1926 168 Diretoria 1926-1927: - Dr. Justo Jansen Ferreira – presidente; Dr. José Domingues da Silva – vice-presidente; Dr. Antonio Lopes da Cunha – secretário-geral; Wilson da Silva Soares – tesoureiro; ainda foram criadas as seguintes Comissões: de Geografia – José Domingues, Abranches de Moura, Justo Jansen; de História: Ribeiro do Amaral, B. Vasconcelos, Ferreira Gomes; de Bibliografia: Domingos Perdigão, Arias Cruz, José Pedro. Quadro Social – Sócios efetivos Fundadores – Antonio Lopes (da Cunha); Arias Cruz (Padre); Abranches Moura (José Eduardo de); Barros de Vasconcelos (Desembargador Benedito de); Domingos de Castro Perdigão; José Domingues (da Silva); José Ferreira Gomes (Padre); José Pedro Ribeiro; Justo Jansen Ferreira; Ribeiro do Amaral (José); Wilson (da Silva) Soares. Sócios Efetivos: Antonio (Lopes) Dias; Carlota Carvalho; Fran Pacheco (Manoel Francisco Pacheco); Raymundo Lopes (da Cunha); Virgilio Domingues (da Silva); Domingos Américo de Carvalho. 164


Geographia do Maranhão”. A partir da pagina 89, um Apêndice com o artigo “As tribus do Rio Javary”, de João Braulino de Carvalho. O segundo número da Revista – “GEOGRAFIA E HISTÓRIA – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão”, aparece 22 anos após, em Novembro de 1948 169. Conforme seu Diretor Antonio Lopes na apresentação (p. 3), a Revista do IHGM não circulou desde pouco antes de 1930: “Não poucos reveses saltearam o Instituto na vigência do regime político instaurado em fins daquele ano 170. Uma administração do município de S. Luis retirou o parco auxílio com que eram custeadas as despesas com a revista (...). Vinte e dois anos depois de ter vivido muito e muito desajudado do Maranhão, e apesar de hostilidades e indiferenças, o Instituto sente que ainda são oportunas aquelas palavras. 171”. Como se nota das palavras do Secretário Perpétuo do IHGM, o subsídio para publicação da revista foi retirada durante o período do Estado-Novo172. Colaboram com artigos: ALMEIDA, R.; CARVALHO, B. de; DINO, N.; FERNANDES, H. C.; FERNANDES, J. S.; FIALHO, O.; LEMERCIER, J. M.; LOPES DA CUNHA, A; LUZ, J. V. da; SOARES, O.; TEIXEIRA, L.; e VASCONCELOS, B.; além das notas da Redação. Três anos se passam, após a redemocratização, até os problemas havidos durante aquele período sanarem-se e sair novo número da Revista – o ano 2, número 1... Às páginas 146-154 há um relatório das atividades do Instituto no período dos 22 anos de ausência da Revista. Consta a relação da diretoria eleita para o biênio de 15 de julho de 1948 a 15 de julho de 1949: Presidente: João Braulino de Carvalho; Vice-Presidente: Henrique Costa Fernandes; Secretário Geral e Perpétuo: Antonio Lopes da Cunha; Segundo Secretario: Rubem Ribeiro de Almeida; Tesoureiro: Fernando Eugênio dos Reis Perdigão.

Sócios Correspondentes: Amazonas – João Braulino de Carvalho Filho (maranhense); Piauí: Abdias Nascimento; Ceará: Barão de Studart; Rio de Janeiro: J. Capistrano de Abreu; Rocha Pombo; Viveiros de Castro (Maranhense); Rodolpho Garcia; Tasso Fragoso (maranhense); Dunshee de Abranches (maranhense); Mas Fleuiss; Nogueira da Silva (maranhense); Alcides Bezerra; S. Paulo: Paulo Prado; Santa Catarina: Miranda Carvalho; Estados Unidos: Oliveira Lima; Portugal: J. Lúcio de Azevedo. Não foram preenchidos 13 vagas de sócio e de 13 de correspondentes. Com o se observa, foram criadas 30 cadeiras de sócios efetivos e 30 de correspondentes. Após a nominação de cada sócio efetivo, há uma pequena biografia de cada um com sua produção científico-literária. Dos sócios correspondentes, a indicação do estado onde residem e indicação daqueles que são maranhenses. (in HISTÓRIA E GEOGRAFIA- Revista trimestral do Instituto de História e Geographia do Maranhão, São Luís, ano I, n. 1, julho/setembro, 1926, p. 55 a 59; Ver. Geo. E Hist., ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148) 169 GEOGRAFIA E HISTÓRIA – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luís, ano 2, n. 1, novembro, 1948 170 Revolução de Trinta, movimento armado que, a 24 de outubro de 1930 depôs o Presidente Washington Luiz Pereira de Sousa (1926/1930). No Maranhão, de acordo com MEIRELES (1980), se efetivara com antecedência de uma quinzena (8/10). Tomou parte na Junta Provisória (24/10 a 09/11/1930), o General Tasso Fragoso – maranhense. O Poder é entregue a Getúlio Vargas, que nomeia interventores para os estados, sendo que para o Maranhão são designados: o Major Luso Torres (15 a 17/11/1930); José Maria dos Reis Perdigão (27/11/1930 a 09/01/19310), Padre Astolfo de Barros Serra (09/01 a 18/08/1931); Capitão Lourival Serôa da Mota (08/09/1931 a 10/02/1933), Antonio Martins de Almeida (29/06/1933 a 22/07/1935). Com a reconstitucionalização de 1934/35, assume o Governo do Estado o Dr. Achiles Farias Lisboa; para Prefeito de São Luis foi indicado Manuel Vieira Azevedo (1935/1936); Paulo Martins de Sousa Ramos (15/08/1936 a 24/11/1937). Em 1937, Getulio Vargas instala novo período intervencional, com o chamado Estado-Novo, permanecendo como Interventor Paulo Ramos até 1945. (in MEIRELES, M. História do Maranhão. 2 ed. São Luís: Fundação Cultural do Maranhão, 1980, p. 356380.) Na sessão de 20 de julho de 1939 é feita uma exposição dos fatos que abalaram a vida do Instituto e o destituíram da sede, em conseqüência da revolução de 1930; voto de protesto contra os atos praticados contra o Instituto, inclusive a retirada dos auxílios que recebia e a desorganização de seu Museu. 171 As palavras a que se refere seu diretor são do artigo que abriu o primeiro número: “Compreenderão os maranhenses dos trabalhos desta associação, que ela viverá? Talvez. E, se o compreenderem, não lhe negarão, por certo, o seu apoio”. (Rev. IHGM, ano 1, n. 1, julho/setembro, 1926, p. 5). 172 Note-se que havia entre os membros da Junta Provisória (24/10 a 09/11/1930) instalada um membro do próprio Instituto: o General Tasso Fragoso, sócio correspondente, residente então no Rio de Janeiro à época da fundação do Instituto


Consta, ainda, a relação dos ocupantes das diretorias anteriores, sendo: PERÍODO 20/11/1925 20/07/1929 20/07/1931

FUNÇÃO

OCUPANTE

Presidente

Justo Jansen Ferreira

Vice-Presidente

José Domingos da Silva

Presidente:

José Domingos da Silva

Vice-Presidente:

Henrique Costa Fernandes

Presidente:

João Braulino de Carvalho

Extrai-se súmula das atas da Assembléia Geral do Instituto173, contidas no Livro I, onde:

173

1ª. sessão foi realizada em 20 de novembro de 1925, que foi a de fundação, aprovação dos estatutos, e eleição da primeira Diretoria;

2ª. sessão realizou-se em 09 de fevereiro de 1926, tratando-se das providencias para o recebimento e instalação da Coleção Artística Gonçalves Dias, prometida ao Instituto pelo presidente Magalhães de Almeida. Em nota de pé-de-página consta que a coleção não foi recebida por falta de espaço na sede social;

3ª. sessão – 11 de março de 1926, tomou-se ciência de que Antonio Lopes, quando do exercício do cargo de prefeito municipal de São Luis, apresentou ao legislativo proposta sancionada depois, de uma subvenção ao Instituto; resolve-se permitir o funcionamento da Escola de Belas Artes no prédio (alugado) do Instituto; e ainda institui-se uma contribuição mensal dos sócios para os cofres da sociedade;

4ª. sessão – 04 de junho de 1926, Domingos Perdigão solicita dispensa de suas funções de secretario da Assembléia Geral, passando esta a ser ocupada, então pelo secretário geral; marcadas as eleições para o período de 28/06/1926 a 28/06/1927; reeleitos os presidentes da Assembléia Geral e diretoria, o secretário geral e o tesoureiro, assim como as comissões. Aceitos como sócios efetivos: Virgílio Domingues da Silva, Domingos Américo de Carvalho, e Parsondas de Carvalho. Sócios correspondentes: Oliveira Lima e Francisco Guimarães;

5ª. sessão – 29 de julho de 1926 – posse da nova diretoria eleita;

6ª. sessão – 04 de dezembro de 1926 - trata-se da publicação da Revista, incumbindo-se a Antonio Lopes sua organização e direção, com plenos poderes. Proposto e eleitos sócios efetivos os correspondentes Raimundo Lopes, Antonio Dias e Fran Pacheco;

7ª. sessão – 15 de maio de 1927 – eleições de presidente da assembléia geral, diretoria e comissões. Eleitos sócios correspondentes Bernardino de Sousa e Costa Filho;

8ª. sessão – 29 de junho de 1927 – posse da diretoria eleita;

9ª. sessão – 29 de julho de 1927 – discussão, votação e aprovação do projeto de reforma do Estatuto; prorrogação do mandato da diretoria, do presidente da assembléia geral e comissões até 19 de julho de 1929;

10ª. sessão – 31 de julho de 1927 – eleitos sócios efetivos Clarindo Santiago e Costas Fernandes;

11ª. sessão - 04 de agosto de 1927 – renuncia do presidente da assembléia geral e eleição de Domingos Américo; concedido a Antonio Lopes o título de secretário perpétuo;

12ª. sessão – 20 de julho de 1929 – eleições para presidente da assembléia geral, diretoria, e comissões; posse dos eleitos;

13ª. sessão – 20 de julho de 1931 - eleições para presidente da assembléia geral, diretoria; posse dos eleitos;

14ª. sessão – 20 de julho de 1933 - eleições para presidente da assembléia geral, diretoria, e comissões; posse dos eleitos;

15ª. sessão – 20 de julho de 1939 – exposição dos fatos que abalaram a vida do instituto e o destituíram da sede, em conseqüência da revolução de 1930; voto de protesto contra os atos praticados contra o Instituto,

SUMULAS DAS ATAS DA ASSEMBLÉIA GERAL DO INSTITUTO CONTIDAS NO LIVRO I. Geografia e História – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano 11, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154.


inclusive a retirada dos auxílios que recebia e a desorganização de seu Museu; eleições e posse da diretoria e presidente da assembléia geral; 

16ª. sessão – 20 de julho de 1941 – eleição e posse da diretoria e presidente da assembléia geral;

17ª. sessão – 15 de agosto de 1941 – aprovado o quadro de trinta cadeiras, com seus patronos, para os sócios fundadores e efetivos do Instituto, cujo número não poderá ser aumentado.

A partir de 1948, são realizadas as sessões magnas em que os sócios eleitos fazem o elogio do Patrono de sua cadeira. Assim, em 28 de setembro daquele ano monsenhor José Maria Lemercier e Joaquim Vieira da Luz fazem o elogio dos seus patronos – Claude d´Abeville e Yves d’Évreux; discursou Leopoldino Lisboa saudando os empossados. Em 1º. de novembro, nova sessão magna, em homenagem a memória de Gonçalves Dias, na Semana Gonçalvina, sobe a presidência do governador do Estado, coronel Sebastião Archer da Silva, e orador oficial do Instituto, Rubem Almeida. Também discursaram o escritor maranhense Franklin de Oliveira e o folclorista Néri Camelo. Naquele ano de 1948, completou-se o quadro de sócios efetivos, sendo eleitos novos sócios correspondentes. Apresentou-se o quadro dos sócios fundadores e efetivos (anexo 1). Novo número da “Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, só em 1951, em seu ano XXVIII, n. 3, de agosto, sendo seu diretor Rubem Almeida174. Colaboram com a revista: CARVALHO, B. de; PINTO, F.; DINO, N.; REIS, L. G. dos; VIVEIROS, J. de; CORREIA LIMA, O. A Revista apresenta novo formato, dividida em sessões: uma primeira parte com as contribuições dos colaboradores, transcrições de documentos, bibliografia maranhense, sendo que esta subdividida nos registros propriamente, de autores maranhenses, registro bibliográfico refere-se aos documentos recebidos, noticiário, e anúncio histórico; ao final, apresenta-se o sumário da revista. Não houve editorial... Uma nova diretoria passa a responder pelo Instituto, eleita para o período de 1951 a 1953: Presidente:

João Braulino de Carvalho

Vice-Presidente

Leopoldino Lisboa

Secretário Geral

Jerônimo de Viveiros

Tesoureiro

José de Mata Roma

Bibliotecário

Odilon Soares

Diretor de Museu

Oswaldo Soares

Diretor do Serviço de Divulgação

Rubem Almeida

Assembléia Geral – Presidente

Nicolao Dino

Secretário Geral

Olavo Correia Lima

Publicam-se às páginas 145-154 os novos Estatutos Sociais, aprovados em 22 de abril de 1951, permanecendo em seu Art. VII “editar uma publicação periódica, em cujas páginas sejam insertos os trabalhos apresentados às reuniões e registradas as atividades do Instituto”. No Art. X, “reeditar ou promover a reedição de obras de autores maranhenses antigos, publicar as ainda inéditas, ou empenhar-se pela sua publicação”. Estimula-se a elaboração de monografias e estudos sobre assuntos previamente escolhidos e postos em concurso, com a criação de premio (Art. IX). Essas ações a cargo do “Diretor do Serviço de Divulgação” (Art. 6º.): “Art. 26 – compete ao Diretor do Serviço de Divulgação superintender as publicações, reunir os artigos para a “Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão”, fazer a propaganda, enviar à imprensa resenha das ocorrências das sessões, e atender a todos os assuntos que se relacionam com a imprensa”. 174

REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luís, ano 28, n.3, agosto de 1951.


Em seu Art. II o número de sócios efetivos é aumentado para 50 (cinqüenta); os correspondentes, honorários e beneméritos, em número ilimitado. Embora conste que a relação dos sócios estaria anexa aos Estatutos e “não possa ser alterada” seja em sua ordem das cadeiras e a sua distribuição pelos ocupantes falecidos e atuais, esta não é publicada na Revista (Art. 31, # primeiro). Em junho de 1952, vimos aparecer nova edição da Revista175, de número 4. Colaboraram: REIS, L. G. dos; CORREIA LIMA, O.; VIVEIROS, J. de; VIEIRA FILHO, D.; DINO, N.; MEIRELES, M. M.; BASTIDE, R.; VIANA, F.; FERREIRA, A.; FIALHO, O.; BARBOSA, T.; DINIZ, E. F.; RODRIGUES, N.; MIRANDA, L.; ABREU, S. F.; FREYRE, G.; COSTA, C. R. A Revista 5 com data de dezembro de 1952176 aparece, na realidade, em 1953, conforme se vê na sua primeira página. Ruben Almeida é seu diretor e conta com os seguintes colaboradores: VIVEIROS, J. de; VIEIRA FILHO, D.;CORREIA LIMA, O.; DOMINGUES, V.; RÊGO COSTA; HIMUENDAJU, C.; WAGLEY, C. A Revista de número 6 tem a data de dezembro de 1956177, tendo como diretor Olímpio Machado. Assinam seus artigos: CARVALHO, J. B. de; VIVEIROS, J. de; DOMINGUES FILHO, V.; CORREIA LIMA, O.; DINO, N.; XEVEZ, S. M.; OLIMPIO FILHO; BARBOSA, T.; SALLES CUNHA, E.; FERREIRA, A.; Em 1984, no mês de dezembro, aparece o numero 07 da Revista178. Após 22 anos de ausência! “O Instituto Histórico Geográfico do Maranhão realiza, hoje, importante reunião para promover o lançamento do numero sete de sua Revista oficial, que a partir desta data voltará a circular trimestralmente, com regularidade. “Convém assinalar nesta oportunidade que a cerca de vinte e dois anos achava-se suspensa a circulação de tão importante órgão da cultura maranhense por absoluta falta de cursos materiais.” (Nascimento, 1985)179. CORREIA (1984) também saúda o reaparecimento, manifestando sua satisfação ao retorno da publicação, “... suspenso que estava há mais de duas décadas, pela ausência do suporte material indispensável para a sua aparição regular, agora, entretanto, conquistado, ensejando o compromisso de que ressurgirá com periodicidade trimestral, passando rapidamente quer a resgatar, quer a prolongar, a sua presença na cultura maranhense”.180. O então Presidente, José de Ribamar Seguins, lembra, em seu editorial que o último número que veio a publico, 6 (seis), fora em 1961. Ressalta a ajuda dada pelo SIOGE, na edição do ‘numero da sorte, o sete’ 181. A Diretoria do IHGM, gestão 1984-1986 estava assim constituída: Presidente

José Ribamar Seguins

Vice-Presidente

João Freire de Medeiros

1º. Secretário

Joseth Coutinho Martins de Freitas

2º. Secretário

Eloy Coelho Netto

1º. Tesoureiro

Pedro Rátis de Santana

2º. Tesoureiro

Ilzé Vieira de Mello Cordeiro

Bibliotecária

Ariceya Moreira Lima Silva

Diretor do Serviço de Divulgação

Raimundo Nonato Travassos Furtado

É apresentado o “Plano Editorial do IHGM” 182: 175

REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luís, ano IV, n. 4, junho de 1952. Rev. IHGM, São Luís, ano IV, n. 05, dezembro de 1952 177 Rev. IHGM, São Luís, anoVII, no. 06, dezembro de 1956 178 Rev. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 179 NASCIMENTO, Jorge. Ausência restituída. In Rev. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, nota de orelha do livro. 180 CORREIA, Rossini. In Rev. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, nota de orelha do livro. 181 SEGUINS, José de Ribamar. Nossa Revista. In Rev. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, p. 3. 176


“I – O PLANO EDITORIAL DO IHGM é destinado, exclusivamente para os seus associados, no sentido de: a)

Defender e velar o patrimônio histórico e cultural do Maranhão;

b) Estimular o estudo e cooperar na publicação prioritariamente, de questões sobre História, Geografia e Ciências afins referentes ao Brasil e, especialmente, ao Maranhão; c) Cooperar com os Poderes Públicos nas medidas que visem ao engrandecimento científico e cultural do Maranhão. II – O PLANO EDITORIAL usará o seu órgão especial – a REVISTA – para as publicações trimestrais de trabalhos previamente selecionados. III – Os Associados poderão usar o PLANO EDITORIAL nas publicações de outros gêneros como romances, peças teatrais, ensaios, críticas, versos, novelas, crônicas, contos e monografias, quando os referidos assuntos forem previamente escolhidos em concursos e promoções realizadas pelo IHGM. IV – Será estabelecido premio anunciado com antecipação, além de medalha de ‘honra ao mérito, apoio e cobertura da solenidade de lançamentos da obra. V - As inscrições serão feitas de 1o. a 15 do primeiro mês década trimestre, com apresentação de original inédito, titulo da obra d o nome do autor. VI – A Diretoria do IHGM designará anualmente por portaria três (3) membros de seu quadro de sócios efetivos com três (3) suplentes para comporem a Comissão de Leitura, sendo o julgamento por votação com parecer escrito considerado irrevogável. Os suplentes serão, automaticamente, convocados pela ordem, quando houver impedimento de quaisquer dos membros efetivos da mencionada Comissão. VII – Os casos omissos serão decididos de comum acordo pela Diretoria do IHGM e pela Comissão de Leitura e, em ultima Instancia pela Assembléia Geral do IHGM. São Luís, 05 de outubro de 1984 JOSÉ RIBAMAR SEGUINS Presidente do IHGM.” Colaboraram com artigos: SEGUINS, J. R.; FURTADO TRAVASSOS; GUIMARÃES, R. C.; ELIAS FILHO, J.; CRUZ, O.;COELHO NETTO, E.; FREITAS, J. C. M. de; SOARES, L. A. N. G.; REIS, J. R.; COSTA, B. E. Março de 1985, surge o numero 8 da Revista183; a parceria com o Governo do Estado, através do SIOGE permite cumprir a periodicidade de edição. NASCIMENTO (1985), na apresentação, fala do êxito alcançado pela revista 7184. Foram os seguintes os colaboradores: NASCIMENTO, J.; CUNHA, C.; ; SEGUINS, J. M.; VASCONCELOS, A.; SEGUINS, J. R.; CORREIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L.; COSTA, J. P. da; VIANA, O. P.; FREITAS, J. C. M. de; COELHO NETTO, E. Em junho de 1985 surge o numero 09185.José Ribamar Seguins é o Presidente e Travassos Furtado o Diretor de Divulgação. Em orelha do livro, a Equipe de Pesquisa e Jornalismo do SIOGE – responsável por essa edição e pela apresentação da Revista – lembra que em 1925 era fundada, no Maranhão, uma casa de Cultura e que em seus primeiros anos procurou-se organizá-la e dar forma à mesma, necessitando, para isso, de um instrumento capaz de deixar gravada a sua invejosa trajetória; assim, em 1926 é lançado o primeiro número de sua revista. Infelizmente, relatam os pesquisadores, “por motivos vários, esta Revista não conseguiu percorrer o seu caminho sem interdições, e, por isso, passou uns bons tempos estagnada...”. As duas ultimas edições – numero 8 e 9, esta - foram bancadas pelo Governo do Estado. É quase que uma edição ‘comemorativa’ da posse de seu diretor, Francisco Camelo, no IHGM... Colaboram com artigos: TRAVASSOS FURTADO; CAMELO, F.; ROCHA, L.; SEGUINS, J. R.; CORREIA LIMA, O.; VASCONCELOS, A.; RAPOSO, J. B.; MOURA, C. de S.; MEDEIROS, J. F.; VIANA, O. P.

182

SEGUINS, José de Ribamar. Plano Editorial do IHGM. In Rev. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, p. 83-84 Rev. IHGM, São Luís, Ano LIX, n. 8, março 1985 184 NASCIMENTO, Jorge. Apresentação. In Rev. IHGM, São Luís, Ano LIX, n. 8, março 1985, p. 3-4 185 Rev. IHGM, São Luis, ano LIX, n. 9, junho de 1985 183


O número 10 aparece em outubro de 1985 186; Ribamar Seguins responde pela presidência do IHGM, e Travassos Furtado é o seu Diretor de Divulgação (editor). Colaboraram: SEGUINS, J. R.; TRAVASSOS FURTADO; MELO, M. de O.; ELIAS FILHO, J.; SOARES, L. A. N. G.; FREITAS, J. C. de; SANTANA, P. R. de; GUIMARÃES, R. C.; COSTA, B. E.; VIANA, O. P.; CARDOSO, C.; CORREIA LIMA, O.; MILHOMEM, W.; CARVALHO, R. da S. Março de 1986, número 11187. Autores: CORREIA LIMA; CORREIA LIMA, O.; e AROSO, O. C. L.; JORGE, S.; MEDEIROS, J. F.; FREITAS, J. C. M. de; VIANA, O. P.; ELIAS FILHO, J.; MAGALHÃES, M. dos R. B. C.; SANTANA, P. R. de; TRAVASSOS FURTADO Há uma Revista sem identificação de data, número, ou qualquer referencia; alguns artigos publicados estão datados do ano de 1986(?) 188, e alguns outros homenageiam Humberto de Campos no centenário de seu nascimento. Provavelmente se trate do número 12, ano LX. Os seguintes sócios contribuíram para sua feitura: COELHO NETTO, E.; VIEIRA, J. A. M.; ELIASFILHO, J.; CORREIA LIMA, O.;CUNHA, C.; SOUSA, D.; SANTANA, P. R. de; TRAVASSOS FURTADO; MAGALHÃES, M. dos R. B. C.; SOARES, L. A. N. G.; MEDEIROS, J. F.; JORGE, S.; VIANA, O. P.; FREITAS, J. C. de. Em 1987, no mês de dezembro, aparece o número 13 da Revista do IHGM189. Logo nas primeiras páginas, Noticiário – agradecimento ao Presidente do SIOGE Mauro Bezerra por propiciar a edição do presente número, após um ano de espera, de decisão/autorização para se publicar a revista; mudanças na direção do SIOGE, e nas diretrizes do Governo. O número 14 só vem aparecer em 1991, no mês de março190. Mais uma vez paralisada sua publicação por falta de recursos e mais uma vez acudida pelos Poderes Públicos – Governo do Estado, na pessoa de seu Governador João Alberto de Sousa, e do SIOGE. Artigos de: FREITAS, J. C. M. de; CORREIA LIMA, O.; MOURA, C.; SOUSA, D. de; VIANA, O. P.; SILVA, A. R. da; COUTINHO, M.; CARVALHO, A. S. de; COELHO NETTO, E.; PEREIRA, J. da C. M.; SEGUINS, J. R. A Revista 15 é editada em janeiro de 1992191, também patrocinada pelo Governo do Estado do Maranhão, através da Secretaria de Estado da Cultura. A Comissão da Revista estava formada por José Ribamar Seguins – Presidente do IHGM -, e Orlandex Pereira Viana, Diretor do Serviço de Divulgação do IHGM. A diretoria estava composta, além desses dois sócios efetivos, por João Freire Medeiros (Vice-Presidente); Joseth Coutinho Martins de Freitas (1º. Secretário); Eloy Coelho Netto (2º. Secretário); José Ribamar Fernandes (1º. Tesoureiro); Ilzé Vieira de Melo Cordeiro (2º. Tesoureiro); Aricéya Moreira Lima (Bibliotecária). Seus editores, ao fazerem os “agradecimentos especiais” falam do atraso de seu aparecimento, e a esperança de que o Governo do Estado continue a bancar a edição através do SIOGE; dizem que a revista deveria ser trimestral, conforme rezam os Estatutos Sociais, art. VIII e X, ao tratar do título e das finalidades: “editar revista periódica, em cujas páginas sejam insertos os trabalhos deste Instituto; promover a edição e reedição de obras de autores maranhenses, preferentemente as antigas e inéditas”. A Revista 16 aparece em 1993192; é informada que a mesma deveria ser trimestral, mas que por força maior, passa a ser anual (a de numero 15 foi composta em janeiro de 1992, e esta, em abril de 1993), só possível a publicação pela vontade inabalável do diretor do SIOGE. A diretoria do período de 1992 a 1994 estava assim constituída:

186

José Ribamar Seguins

Presidente

Ronald da Silva Carvalho

Vice-Presidente

Joseth Coutinho Martins de Freitas

1º. Secretário

Sebastião Barreto Brito

2º. Secretário

Hédel Jorge Azar

1º. Tesoureiro

José da Costa Mendes Pereira

2º. Tesoureiro

Aricéya Moreira Lima

Bibliotecária

Orlandex Pereira Viana

Diretor do Serviço de Divulgação

Revista do IHGM, São Luís, ano LIX, no. 9, outubro de 1985. Revista do IHGM, São Luís, ano LX, no. 11, março de 1986 188 Revista do IHGM, São Luis, (ano LX, n. 12, 1986) 189 Revista do IHGM, São Luís, ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 190 Revista do Inst. Hist. E Geog. do Maranhão, São Luís, ano LXII, n. 14, março de 1991 191 Rev. do Inst. Hist. e Geog. do Maranhão, São Luis, a. LXII, n. 15 jan. 1982 192 Revista do Inst. Hist. E Geog. do Maranhão, São Luís, ano LXIII, n. 16, 1993 187


Colaboraram com artigos, notas: COELHO NETTO, E.; ZAJCIW, D.; BOGÉA, L.; FREITAS, J. C. M. de; PEREIRA, J. da C. M.; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; SOARES, L. A. N. G.; RAMOS, C. P.; CORREIA LIMA, O.; CARVALHO, A. S. de; MOURA, C.; FERNANDES, J.; VIANA, O. P.; LIMA COELHO, C. A.; GASPAR, C. T. P.; BRITO, S. B. de; ROCHA, S. P. Revista 17, de 1996193. Impressa as expensas do próprio IHGM, sem ajuda dos poderes públicos, conforme é informado. A comissão foi formada por Hédel Jorge Ázar então presidente do IHGM, Ronald da Silva Carvalho (vicepresidente) e Carlos Alberto Lima Coelho, Diretor do Serviço de Divulgação. Os outros membros da Diretoria, da gestão 1994-1996 foram: Antonio Rufino Filho (1º. Secretário); Joseth Coutinho Martins de Freitas (2º. Secretário); Sebastião Barreto de Brito (1º. Tesoureiro); José da Costa Mendes Pereira (2º. Tesoureiro); Aricéya Moreira Lima da Silva (Bibliotecária). Lima Coelho na apresentação informa que após dois anos a revista volta a circular, depois de mais de 700 dias de tentativas junto aos poderes públicos, para conseguir Oe recursos, sem sucesso. As promessas de ajuda não foram cumpridas e ainda, retidas todo o material da revista no SIOGE por aproximadamente um ano. A presente edição só foi possível de publicação devido aos esforços do Presidente e demais membros da Diretoria. Foram os seguintes os colaboradores: COELHO NETO, E.; MARANHÃO, H.; COUTINHO, M.; SANTOS, H. de J.; CARVALHO,R. da S.; FERNANDES, J.; CORREIA LIMA,O.; VIANA, O. P.; SOARES, L. A. N. G.; FREITAS, J. C. M. de; MOURA, C.; CARVALHO, A. S. de; FEITOSA, A. C.; OLIVEIRA, E. M. de; OLIVEIRA, E. M. de; SANTOS, M. L. F. O número 18194 surge em 1997, uma vez mais com recursos próprios, graças ao empenho “dos homens e mulheres que fazem o IHGM”. A luta anunciada é a da reforma do prédio da Rua da Paz, onde por algum tempo esteve instalado o Instituto. Os colaboradores: DOMINGOS, G. A.; COELHO NETTO, E.; OLIVEIRA, E. M. de; FREITAS, J. C. M. de; SOUSA, E. de; LIMA, C. de; BUESCU, A. I.; FERNANDES, J.; LIMA COELHO, C. A.; FERREIRA, M.; CARVALHO, A. S. de. Ainda em 1997 aparece à revista 19195 (duas no ano), mais uma vez o Instituto assume os custos de impressão. Artigos assinados por: COUTINHO, M.; BUZAR, B.; OLIVEIRA, E. M. de; CARVALHO, A. S. de; CARVALHO, R. da S.; COELHO NETTO, E.; MOHANA, K.; FREITAS, J. C. M. de; GASPAR, C.; SOARES, L. A. N. G.; FERNANDES, J.; MOURA, C.; ROCHA, S. P. A Revista 20 aparece em 1998196, a quarta da gestão de Hedel Jorge Azar, e contou com a colaboração de FERREIRA, M. da C.; CARVALHO, A. S. de; FERNANDES, J. de R.; OLIVEIRA, E. M. de; CHAGAS, J.; MEIRELES, M. M.; BRITO, S. B. de; CARVALHO, A. S. de; HOLANDA, L. T. C.; HORTENCIA, L.; ALVES, L. N.; SOARES, L. A. N. G.; MOURA, C.; FREITAS, J. C. M. de; MOHANA, K. Ainda em 1998, saiu o número 21197, contando com as seguintes colaborações: SARNEY, J.; ROCHA, S. P.; BRITO, S. B. de; FREITAS, J. C. M..; SOUSA, E. de; FERNANDES, J.; LIMA COELHO, C. A.; REIS, J. R. S. dos LIMA, C. de; COELHO NETTO, E.; SOARES, L. A. N. G.; ELIAS FILHO, J.; MAGALHÃES, M. dos R. B.; SÁ VALE FILHO; CARVALHO, A. S. de; FERREIRA, M. da C.; CARVALHO, R. da S.; VIANA, O. P.; LIMA, C. de; FEITOSA, R.; OLIVEIRA, E. M. de. O número 22 sai em 1999198, com a edição bancada pelo Governo do Estado, tendo com o colaboradores: CARVALHO, R. da S.; FERREIRA, M. da C.; SOARES, O.; SOARES, L. A. N. G.; CARVALHO, R. da S.; OLIVEIRA, E. M. de; CARVALHO, A. S. de; ROCHA, O. P. Em 2000, ainda tendo como presidente do IHGM o Sr. Hedel Azar, sai o numero 23199, edita com recursos próprios. Diz, uma vez mais, esse dirigente, que “poucas vezes nos foi possível merecer a atenção das autoridades constituídas para a publicação desta importante fonte de informação”. Informa, ainda, que está concluído seu segundo mandato consecutivo, e teria que deixar o cargo dando oportunidade a outros membros de conduzir o Instituto. “Os recursos para a manutenção do IHGM são oriundos apenas das contribuições dos sócios, portanto, ineficientes para alçarmos vôos mais altos”. Os presentes 128inqüen contou com as seguintes colaboradores: SOARES, L. A. N. G.; BRITO, S. B. de; OLIVEIRA, E. M. de; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; ROCHA, O. P.; FREITAS, J. C. de; BUZAR,

193

Revista do Inst. Hist. E Geog. do Maranhão, São Luís, ano LXIv, n. 17, 1996 Rev. Do IHGM, São Luís, no. 18, 1997 195 Rev. Do IHGM, São Luís, no. 19, 1997 196 Rev. Do IHGM, São Luís, no. 20, 1998 197 Rev. Do IHGM, São Luís, no. 21, 1998 198 Rev. Do IHGM, São Luís, no. 22, 1999 199 Rev. Do IHGM, São Luís, no. 23, 2000 194


B.; CARVALHO, R. da S.; SOUSA, E. Muitos dos artigos são republicações de artigos aparecidos em jornais da capital. Em 2000, foi eleita nova Diretoria, para o período de 2000/2002: Presidente:

Edomir Martins de Oliveira

Vice-Presidente:

Osvaldo Rocha Pereira

1º. Secretário

Joseth Coutinho Martins de Freitas

2º. Secretário

José Fernandes

1º. Tesoureiro

Salomão Rocha Pereira

2º. Tesoureiro

Hédel Jorge Azar

Bibliotecário

Eneida Ostria de Canedo

Diretor de Assuntos de Divulgação

Kalil Mohana

200

E em 2001, saiu o número 24 da Revista , em novo formato, em comemoração ao primeiro ano de mandato, tendo como colaboradores: OLIVEIRA, E. M. de; LINCOLN, M.; SOARES, L. A. N. G.; FREITAS, J. C. M. de; CORDEIRO, I.; ALMEIDA E SILVA, E. F. de; ROCHA, O. P.; LIMA NETO, B. M.; PEREIRA, M. E. M.; ROCHA, S. P. da; BURITY, E.; CAÑEDO, E. O.; BRITO, S. B. de; MARQUES, J. P.; RÊGO, T. A Revista 25201 não tem data de publicação! Na “Palavra do Presidente” este manifesta sua alegria em entregar mais um numero, o de numero 25, e lembra que, ao tomar posse em julho de 2000, fez circular a revista 23, que a administração anterior não tivera tempo de divulgar, por atraso na entrega da mesma pela gráfica; a de numero 24 saiu em edição comemorativa ao primeiro ano de administração, edição em policromia, porém muito cara para os cofres do Instituto; a atual, volta ao formato normal, estilo tradicional das publicações, e fruto do esforço e colaboração efetiva dos membros do IHGM: LEITE, J. M. S.; BRITO, S.; OLIVEIRA, E. M. de; ROCHA, O. P.; SOARES, L. A. N. G.; RUFINO FILHO, A.; FREITAS, J. C. M. de; ROCHA, S. P.; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; SALGADO FILHO, N.; SEGUINS, J. R.; SILVA, E. F. de A. Em 2002, é publicada a de numero 26202. O que nos faz supor que o número anterior seja ainda do ano de 2001(?), haja vista que nas “Palavra do Presidente” este afirma que, já estando findo o mandato da diretoria eleita para o período de 2000/2002, em julho próximo o passariam à nova diretoria, enfim vencidas as dificuldades e conseguido os recursos para mais uma publicação. Publicaram-se artigos dos seguintes colaboradores: RUFINO FILHO, A.; OLIVEIRA, E. M. de; ARAÚJO, R. T. de; FREITAS, J. C. M. de; SOUSA, F. E. de; ROCHA, O. P.; OLIVEIRA, E. M. de; SOUSA, P. F. da S.; SOARES, L. A. N. G.; OLIVEIRA, E. M. de; SOUSA, F. E. de; OLIVEIRA, E. M. de; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; SALGUEIRO, M. C.; LEITE, J. M. S.; BURITY, E. de A.; VIEIRA DA Silva, R. E. de C.; FERREIRA, M. da C.; VIEIRA, A. G.; SALGADO FILHO, N.; BRITO, S. B. de; SARDINHA, C. G. V.; SARDINHA, A. H. L.; ROCHA, S. P. Temos mais uma lacuna; a revista 27203 aparece apenas em 2007, na administração da Profa. Eneida Vieira da Silva Ostria de Cañedo. Novamente socorreu o Instituto o Governo do Estado. Compõem a Revista 17 contribuições: CAÑEDO, E. V. da S. O. de; FREITAS, J. C. M. de; ROCHA, O. P.; MOHANA, K.; PEREIRA, M. E. M.; OLIVEIRA, E. M. de; RAMOS, A. V.; VIEIRA DA SILVA, R. E. de C.; LEITE, J. M. S.; SARAIVA, J. C. V.; ADLER, D. A.; PEREIRA, M. E. M.; REGO, T. de J. A. Nesses nos, o IHGM foi presidido por:

200

1925/1929

Justo Jansen Ferreira

1929/1933

José Ribeiro do Amaral

1933/1937

Parsondas de Carvalho (?)

1937/1943

Elizabeto Barbosa de Carvalho

1943/1945

Leopoldino Lisboa

1945/1947

Astolfo Serra

Rev. Do IHGM, São Luís, no. 24, São Luís, setembro de 2001 Rev. do IHGM, no. 25, São Luís, (s.d) 202 Rev. do IHGM, no. 26, São Luís, 2002 203 R. IHGM, São Luís, n. 27, jul. 2007 201


1947/1953

João Braulino de Carvalho

1953/1957

Jerônimo de Viveiros

1957/1961

Domingos Vieira Filho

1961/1967

Luiz de Moraes Rego

1967/1972

Ruben Ribeiro de Almeida

1972/1994

José Ribamar Seguins

1994/2000

Hedel Jorge Ázar

2000/2002

Edomir Martins de Oliveira

2006/2008

Eneida Vieira da Silva Ostria de Cañedo

ELITISMO NO IHGM O campo selecionado foi História, Geografia, e Ciências afins, conforme expresso nos Estatutos do IHGM, com a produção acadêmica dos sócios efetivos, colaboradores e direção do Instituto divulgado através de sua Revista, editada com esse fim (bibliografia selecionada). A recomendação é de a “... cobertura seja exaustiva. Quanto mais extensa e exaustiva melhor.” No que se refere ao tempo de publicação – “Sugere-se que a cobertura dessa bibliografia seja maior ou igual a dez anos” – a primeira revista aparecem em1926. Embora desde sua criação a periodicidade devesse ser de quatro números anuais (trimestral), desde o início a Diretoria do Instituto não conseguiu cumpri-la, por falta de recursos, conforme se observa dos Editoriais. Publicada algumas vezes com a ajuda dos Poderes Públicos, outras, com recursos próprios. Daí ao longo desses mais de 80 anos deu-se conhecimento de apenas 27 edições. Outra recomendação – a de contar a produtividade de cada autor, considerando-se também os co-autores -, significa que se deve adotar o método da contagem completa; o que foi cumprido, exceto nas notas administrativas, que aparecem como sendo “Da Redação” – seus editores, ora o Presidente, ora o Secretário, ora o Diretor de Serviço de Divulgação -, não se considerando os ocupantes dos respectivos cargos das diversas diretorias. Os dados coletados estão ordenados em duas tabelas de freqüência, possibilitando a visualização dos mesmos. Em Anexos, se apresentam os artigos publicados, ordenados por número/ano de publicação da Revista. Nesses 83 anos (1925/2008) da existência do IHGM, foram editadas 27 (vinte e sete) revistas. Pelos Estatutos – considerando que deveria ser trimestral -, deveriam ter sido publicadas mais de três centenas, isto porque em alguns anos, foi posto que a edição devesse ser, pelo menos, anual.

TABELA 1 – EDIÇÕES DAS REVISTAS DO IHGM EDIÇÃO

NÚMERO DE ARTIGOS

NÚMERO DE AUTORES

No. 01, 1926

20

7

No. 02, 1948

23

13

No. 03, 1951

20

7

No. 04, 1952

28

18

No. 05, 1952

16

8

No. 06, 1956

28

16

No. 07, 1984

22

12

No. 08, 1984

25

13

No. 09, 1984

23

11

No. 10, 1985

22

17

No. 11, 1986

11

12

No. 12, 1986

23

15

No. 13, 1987

20

14

No. 14, 1991

15

13

No. 15, 1992

16

11

No. 16, 1993

28

18


No. 17, 1996

26

17

No. 18, 1997

15

12

No. 19, 1997

16

14

No. 20, 1998

17

16

No. 21, 1998

25

21

No. 22, 1999

14

8

No. 23, 2000

18

9

No. 24, 2001

19

14

No. 25, (s.d)

16

13

Mo. 26, 2002

27

20

No. 27, 2007

18

12

TOTAIS

551

361

Em algumas revistas, alguns dos colaboradores aparecem com mais de uma contribuição. Foi considerado o autor com sua(s) contribuição, para o estabelecimento do número de artigos x número de autores. Quando o artigo é assinado por dois colaboradores, foram contados ambos: TABELA 2- DISTRIBUIÇÃO DAS FREQÜÊNCIAS OBSERVADAS DOS ARTIGOS PRODUZIDOS POR AUTOR No. DE AUTORES

No. DE CONTRIBUIÇÕES POR AUTOR

No. DE ARTIGOS

% DE AUTORES

% DE ARTIGOS

x 1 1

Y

xy

%y

% xy

144 26

144 26

1

20

20

2 1

18 16

36 16

1

15

15

2 1

13 11

26 11

1

10

10

1

9

9

3 1 2 5 6 10 20 76 135

8 7 6 5 4 3 2 1

24 7 12 25 24 30 40 76 551

Os números das Tabelas 1 não são os mesmos da Tabela 2 devido ao expurgo de alguns artigos e autores, haja vista que em alguns artigos aparecem dois autores; em outros, como nas notas dos editores – 144 NO TOAL -, aparecem vários colaboradores; ao se relacionarem as revistas, muitos autores aparecem em várias delas; ao se relacionarem os autores (Tab.2), aparecem apenas os artigos relacionados a esses autores, sem a repetição dos nomes, como ocorre na Tab.1.


A maior quantidade de contribuições foi atribuída aos Editores (Da Redação), que tratam de atos da presidência, notas administrativas, legislação, normas, estratos de atas e reuniões, além de alguns informes, como eleição, posse, discursos e notas de falecimento de sócios, além de se apresentarem alguns estudos de caráter histórico e/ou geográfico. No sprimeiros números, percebe-se que a maioria dessas notas é de autoria do Secretário Perpétuo do Instituto, Antonio Lopes – em alguns, ao final, aparece suas iniciais (AL), mas ao mesmo tempo aparecem outras notas “assinadas” por inicial de outros colaboradores, não sendo possível identificá-los; por isso, optou-se em dar a autoria dessas notas aos editores da Revista:

ARTIGOS, NOTAS, ATOS DE AUTORIA DOS EDITORES DA REVISTA O primeiro número

05-06

Maranhão-Piauhy

07-08

Notas Várias: Parsondas de Carvalho (A.L.); O Curso de Estudos maranhenses; Um explorador maranhense (A.L.); O oiro do Alto Pindaré (Jeronymo de Viveiros); Documentos históricos; Um achado archeologico;

Ano I, n. 1, julho-setembro 1926

65-88

A questão da Tutoya; As collecções do Instituto; Material bibliographico (A.L.; W.S.); Francisco Guimarães. EDITORIAL

03-04

Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

147-154

Notas Finais – A eterna questão; As obras de Raimundo Lopes; DA REDAÇÃO

O Dicionário de César Marques; Trabalhos históricos e geográficos; Proteção a natureza e aos monumentos;

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

155-160

Bibliografia; PRESIDENCIA – ATOS

Inéditos do Instituto; Páginas esquecidas; O Museu do Instituto Relação de cartas geográficas do Maranhão

03-10

Os mortos do Instituto: - Antonio Lopes da Cunha – 29.11.50; - Candido Pereira de Sousa Bispo – 15.07.50; - Joseph Marie Lemercier – 09.12.48; - Wilson da Silva Soares – 09.12.49; - Alfredo Bena – 11.05.50; - Liberalino Pinto de Almeida – 05.02.51; - Aquiles de Faria Lisboa – 12.04.51; - Adalberto Accioli Sobral – 24.05.51;

137-140 Ano 28, n. 3, agosto de 1951

Novos Membros do Instituto; Registros bibliográficos Congressos Científicos

141-144

Estatutos

145-154

Anuncio histórico

155-156

Sumario Concessões para a exploração e lavra de minerais

157 Ano IV, n. 4,

98-99


Bibliografia maranhense –

junho de 1952

- Ribeiro do Amaral;

117-120

- Raimundo Lopes; - Clarindo Santiago Registro bibliográfico

121-126

Noticiário – O Museu do Instituto; Congressos e encontros;

127-131

Novos sócios; História do Comércio do Maranhão Anúncio histórico

132-136

Sumário

137

Bibliografia Maranhense: - Justo Jansen Ferreira; - Domingos de Castro Perdigão; - Parsondas de Carvalho; - Sousa Bispo Registro bibliográfico (publicações recebidas)

133-137 Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

Noticiário – Brigadeiro Hugo da Cunha Machado;

140 145-146

Novos sócios: Fernando Viana, Cesário Veras SUMÁRIO

147

Nossa Homenagem

03-05

Quadro social do Instituto

110-114

Novos sócios do Instituto

115-117

Noticiário – Honra ao Mérito; 133in. Benedito Barros e Vasconcelos;

121-138

Reforma da sede do Instituto; Ponte Antonio Muniz Barreiros Bibliografias:

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

- História do Comércio do Maranhão – Jerônimo de Viveiros

139-140

- Panorama da literatura maranhense – Mário Meireles

141-142

- Alma – Ribamar Pereira

143

- 133inqüenta133a médico-social do filho sadio do lázaro – Olavo Correia Lima

143

- Espiritismo e mediunismo no Maranhão – Waldomiro Reis

143 Diretoria do IHGM

05-20

Nossos sócios fundadores, o grande benemérito

21-22

Nossos sócios honorários Calendário social Datas memoráveis para o IHGM Nossos sócios efetivos e seus patronos

25 Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

Nossos sócios correspondentes

91-93 95 97-103 105-107

Plano editorial do IHGM.

83-84

Homenagem a Bequimão

85-86

Ato Normativo especial

87-89

A bandeira do Maranhão O Hino maranhense José Adirson de Vasconcelos de Santana de Araújo (biografia)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

13 14-15 16


O Instituto Histórico rejubila-se com a eleição de Sarney

29-30

Governador Luiz Rocha no Salão Nobre do IHGM

31-32

Rosa Mochel Martins (necrologia)

35-36

Olavo Correia Lima (biografia)

37

Carlos Cunha (biografia)

60

Orlandex Pereira Viana (biografia)

66

Wilson da Silva Soares – sócio fundador (tradicional família Soares recebe justas homenagens do IHGM)

75-82

A fala do imortal – (Carvalho Guimarães)

83-84

IHGM agracia SIOGE e equipe

85-86

Francisco Alves Camelo eleito para o IHGM

87-88

Convicção de idealismo

03-04

Festa da cultura na posse de Francisco Camelo a presença do Governador

05-10

Invertida a ordem dos trabalhos “A REVOLTA DE BEQUIMÃO” Outro evento importante Apresentações e congratulações pela posse de Francisco Camelo

17 Ano LIX, n. 9, junho de 1985

24-26 27 28-32

MOMATRO de mãos dadas com o IHGM prestam homenagem a Corrêa de Araújo

104

IHGM – Balanço financeiro geral 1984

105

Novos sócios do IHGM; Sócios falecidos; Sociais

106-107

Festa de intelectuais na Praça do Panteon A Coluna Prestes é tema de livro Carlos Cardoso (biografia) Sociais

03-10 Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

134inqüen fotográfica da visita de João José de Mota Albuquerque e Mauro Mota Cronologia de Halley

22 59 98 99

Ano LX, n. 11, março de 1986

03-04

Requerimento – concessão de sócio benemérito ao Governador do Estado Luiz Rocha

19-20

IHGM homenageia Governador Luiz Rocha

20-21

Notas Diversas - A cidade de Coelho Neto na história do Maranhão; - Homenagem ao Governador Luiz Rocha; - Brasil república;

ano LX, n. 12, 1986 ? 100-106

- Dr. José de Ribamar Seguins; - Uma poetisa serviço do IHGM; Calendário social do IHGM; Endereços atualizados dos sócios efetivos Noticiário Lançamento de livros IHGM faz lançamento de livro Notas e notícias

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 Ano LXII, n. 14, março de 1991

Agradecimentos especiais Notas e Notícias Lembrando Dr. João Freire de Medeiros

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

03 05 75-76 11-12 6 09-11 13


IHGM – Regimento Interno

100-104

Notas e Notícias

09-12

In Memoriam do saudoso Domingos Chateaubriand de Sousa

13-16

Endereços dos sócios efetivos do IHGM Quadro dos Patronos, primeiros ocupantes e ocupantes atuais do IHGM Notas e Notícias

137-142 Ano LXIII, n. 16, 1993

In Memoriam do saudoso Domingos Chateaubriand de Sousa

143-153 09-12 13-16

Endereços dos sócios efetivos do IHGM

137-142

Quadro dos Patronos, primeiros ocupantes e ocupantes atuais do IHGM

143-153

Apresentação

05

Resenhas IHGM comemora 70 anos Fotos das comemorações dos 70 anos

11-12 Ano LXIV, n. 17, 1996

Quadro dos sócios efetivos e respectivos endereços e calendário social do IHGM Lançamentos do Instituto Histórico Instituto histórico e Geográfico do Maranhão –sócios efetivos Eventos de março IHGM – sócios efetivos “Ação e Trabalho” eleita por aclamação Maranhão tem destaque no Encontro dos Institutos no Rio

No. 18, 1997 No. 19, 1997 No. 21, 1998

Estatutos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

19-25 105-111 86-87 95-100 05-07 42-43 50

No. 22, 1999

Lançamento e posse movimentam o IHGM Dados históricos do IHGM

26-35 151-160

Nota – republicações de artigos do numero 1 Regimento do Instituto de História e Geografia do Maranhão

16-18

51-54 100

No. 25, (s.d.) No. 27, julho de 2007

150-154 129-139

Dentre aqueles mais produtivos – que constituem a elite – temos aqueles que produziram acima de 11,61 artigos: 1. Um autor com 26 artigos – FREITAS, J. C. M. de; 2. Um autor com 20 artigos – SOARES, L. A. N. G.; 3. Dois autores com 18 artigos – CORREIA LIMA, O.; e OLIVEIRA, E. M. de; 4. Um autor com 16 artigos – ROCHA, O. P.; 5. Um autor com 15 artigos - CARVALHO, A. S. de 6. Dois autores com 13 artigos – COELHO NETTO, E.; e SEGUIS, J. R.; Esses Autores – incluindo-se os artigos dos Editores – produziram 60,23% dos artigos publicados. Temos, ainda, como produtivos um bloco intermediário, com um autor com 11 artigos – MOURA, C.; um autor com 10 artigos – VIANA, O.P.; um autor com nove artigos – CARVALHO, R. da S.; tres autores com oito artigos – BRITO, S. B.; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; TRAVASSOS FURTADO; e um autor com sete artigos – ROCHA, S. P.; dois autores com seis artigos - FERNANDES, J.; e FERREIRA, M. de C. Esse grupo produziu 13,24% dos artigos publicados. Com cinco artigos: COUTINHO, M.;CUNHA, C.; ELIAS FILHO, J.; LOPES DA CUNHA, A.; VIVEIROS, J. de. Enquanto com quatro artigos aparecem: DINO, N.; LEITE, J. M. S.; PEREIRA, J. da C. M.; SANTOS, M. L. F.; SILVA, A. R. da; VIEIRA FILHO, D.; e três artigos com parecem: BARBOSA, T.; GUIMARÃES, R. C.; LIMA COELHO, C. A.; LIMA, C. de; MAGALHÃES, M. dos R. B. C.; MEDEIROS, J. F.; MOHANA, K.; PEREIRA, M. E. M.; SANTANA, P. R. de; SOUSA, E.; e com duas colaborações:


AROSO, O. C. L. ; BURITY, E. de A.; BUZAR, B.; CARVALHO, B. de; CARVALHO, J. B. de; COSTA, B. E.; FERREIRA, A.; FIALHO, O.; GASPAR, C. T. P.; JORGE, S.; MEIRELES, M. M.; REGO, T. de J. A.; REIS, L. G. dos; RUFINO FILHO, A; SALGADO FILHO, N.; SOARES, O.; SOUSA, F. E. de; VASCONCELOS, A.; VASCONCELOS, B.; VIEIRA da SILVA, R. E. de C. Os demais contribuíram com um artigo cada. A identificação dos autores foi dificultada tendo em vista que nem sempre o nome foi grafado corretamente. Muitas das vezes, abreviado, aparecendo o primeiro e ultimo nome apenas; como muitos sócios e colaboradores têm nomes parecidos, isso dificulta saber quem é quem, constando, assim, as grafias que aparecem e, muitas das vezes, podem se referir a mesma pessoa. Assim como, quando foi possível identificar esses nomes como sendo da mesma pessoa, foi considerado o mais completo. Da mesma forma – o que pode causar algum problema nessa identificação optou-se pela grafia de Sobrenome em caixa alta, e os demais apenas a letra, em maiúsculo. Nos Quadros Anexo – 1. ARTIGOS PUBLICADOS – 1926/2008 apresentam-se toda a produção dos sócios e colaboradores do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão que apareceram nas revistas publicadas. Nos quadros seguintes recupera-se o 2. QUADRO DOS SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS – 1948; e 3. SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948, que aparecem nos dois primeiros números da Revista do IHGM. Tivemos 30 (trinta) Patronos, com 42 (quarenta e dois) sócio-efetivos, ocupantes dessas primeiras cadeiras, e 40 (quarenta) sócios correspondentes, dos quais quatro foram tornados efetivos e 18 (dezoito) haviam morrido entre as indicações no período de 1925/27 e 1948, de acordo com as informações constantes nas duas primeiras edições da Revista de História e Geografia. A partir desses quadros, e com a publicação de novos números, construiu-se os quadros 4. QUADRO DOS SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS – 1948/ 2001, 5. SÓCIOS HONORÁRIOS (2001), e 6. SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948/2001. Nesse período, 1948/2001, o número de patronos passou para 50 (cinqüenta) e depois para os atuais 60 (sessenta), enquanto que os ocupantes, desde 1925, foram 165 ocupantes – ou 179, já que em algumas cadeiras consta que houve um primeiro ocupante, mas este não foi identificado, constando, assim o nome do segundo ocupante em diante. Na primeira fase do Instituto, até 1948, tivemos 112 ocupantes para as 30 cadeiras ate então existentes. Foram concedidos títulos de sócio honorário a 32 pessoas, das quais 16 antes estavam no quadro de sócio-efetivo. Quatro pessoas receberam o título de Presidentes de Honra ou Honorário - Roseana Sarney Murad; João Braulino de Carvalho (1953); José Sarney; e José Ribamar Seguins; duas ex-presidentes do IHGM. Quanto aos correspondentes, até 2001 havia 158, sendo admitidos no período de 1925 a 1948, 40; de 1948 a 2001, 118, sendo três de cidades do interior do Maranhão (Pinheiro, Caxias, e Carolina). 14 do exterior (França: 3; Inglaterra: 1; Estados Unidos: 3; Portugal: 7); do Brasil, aparecem 11 sem identificação do Estado, e temos do Rio de Janeiro – 30 sócios correspondentes; Ceará e Pernambuco: 11 cada; Brasília: 8; Pará e Paraná – 5 cada; Bahia – 4; Amazonas, Piauí, e São Paulo - 3; Mato Grosso e Sergipe: 2; e com um sócio correspondente, aparecem o Amapá, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, e Rio Grande do Sul. No Quadro 7 lista-se os autores em ordem alfabética identificando-se seus artigos e contribuições.


ANEXOS 1. ARTIGOS PUBLICADOS – 1926/2008 2. QUADRO DOS SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS – 1948 3. SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948 4. QUADRO DOS SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS – 1948 – 2001 5. SÓCIOS HONORÁRIOS (2001) 6. SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948- 2001 7. AUTORES COLABORDORES DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO – ordem alfabética


ARTIGOS PUBLICADOS – 1926/2008 AUTOR

TITULO

REVISTA

PAGINA

No. 1, 1926, julho-setembro O primeiro número

05-06

Maranhão-Piauhy

07-08

Notas Várias: Parsondas de Carvalho (A.L.); O Curso de Estudos maranhenses; Um explorador maranhense (A.L.); DA REDAÇÃO

O oiro do Alto Pindaré (Jeronymo de Viveiros); Documentos históricos;

Ano I, n. 1, julhosetembro 1926

65-88

Um achado archeologico; A questão da Tutoya; As collecções do Instituto; Material bibliographico (A.L.; W.S.); Francisco Guimarães. ABRANCHES MOURA, J.

DE

A Ilha de S. Luiz

Ano I, n. 1, julhosetembro 1926

21-27

CARVALHO, J. B. de

As tribus do Rio Javary

Ano I, n. 1, julhosetembro 1926

89-96

LOPES DA CUNHA, A.

Marília e Dirceu

Ano I, n. 1, julhosetembro 1926

09-14

LOPES DA CUNHA, A.

O Diccionário Histórico e Geographico do Maranhão

Ano I, n. 1, julhosetembro 1926

41-46

LOPES DA CUNHA, A..

Armorial Maranhense

Ano I, n. 1, julhosetembro 1926

47-53

RIBEIRO DO AMARAL,

Nobiliarchia Maranhense

Ano I, n. 1, julhosetembro 1926

38-41

SOARES, W.

Subsídios a bibliographia maranhense

Ano I, n. 1, julhosetembro 1926

31-38

VASCONCELOS, B.

O Maranhão fabuloso

Ano I, n. 1, julhosetembro 1926

17-20

No. 2, 1948, novembro EDITORIAL

03-04

Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

147-154

Notas Finais – A eterna questão; As obras de Raimundo Lopes; DA REDAÇÃO

O Dicionário de César Marques; Trabalhos históricos e geográficos;

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

Proteção a natureza e aos monumentos;

155-160

Bibliografia; Inéditos do Instituto; Páginas esquecidas; O Museu do Instituto ALMEIDA, R.

Gaspar de Sousa no Maranhão

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

05-11

CARVALHO, B. de

Os índios da região dos formadores do Rio Branco

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

61-67

DINO, N.

O Forte do Itapecurú

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

77-87


FERNANDES, H. C.

Quando se uniu o Maranhão ao Brasil?

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

69-75

FERNANDES, J. S.

O assoreamento da Costa Leste maranhense

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

99-106

FIALHO, O.

A Bacia do Rio Flores

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

127-139

LEMERCIER, J. M.

Apontamentos históricos – sobre a criação, administração, melhoramentos materiais da Sé, Catedral do Maranhão

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

13-22

LOPES DA CUNHA, A.

A História de S. Luís – questões e dúvidas

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

33-50

LOPES DA CUNHA, A.

Uma grande data

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

141-146

LUZ, J. V. da

Duas grandes figuras (discurso de posse na cadeira de Yves d´Evreux, a qual Raimundo Lopes inaugurou no IHGM

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

51-60

SOARES, O.

Numismática maranhense

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

89-98

TEIXEIRA, L.

O dono do Sancy e a França Equinocial

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

107-117

VASC ONCELOS, B.

S. Luís, a antiga (evocação)

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

119-126

Relação de cartas geográficas do Maranhão

Ano 28, n. 3, agosto de 1951

03-10

No. 3, 1951, agosto

Os mortos do Instituto (Antonio Lopes da Cunha – 29.11.50; Candido Pereira de Sousa Bispo – 15.07.50; Joseph Marie Lemercier – 09.12.48; Wilson da Silva Soares – 09.12.49; Alfredo Bena – 11.05.50; DA REDAÇÃO

Liberalino Pinto de Almeida – 05.02.51; Aquiles de Faria Lisboa – 12.04.51; Adalberto Accioli Sobral – 24.05.51);

137-140 Ano 28, n. 3, agosto de 1951

Novos Membros do Instituto; Registros bibliográficos Congressos Científicos

141-144

Estatutos

145-154

Anuncio histórico

155-156

Sumario

157

CARVALHO, B. de

Estudo sobre os Poianauas

Ano 28, n. 3, agosto de 1951

11-26

PINTO, F.

Tapuytapera

Ano 28, n. 3, agosto de 1951

27-30

DINO, N.

Forças militares cearenses nos campos do Maranhão

Ano 28, n. 3, agosto de 1951

31-43

REIS, L. G. dos

Alto Parnaíba

Ano 28, n. 3, agosto de 1951

45-77

VIVEIROS, J. de

O jornal “O País” em face da guerra da Tríplice-Aliança

Ano 28, n. 3, agosto de 1951

79-87

CORREIA LIMA, O.

História da Assistência à Infância do Maranhão

Ano 28, n. 3, agosto de 1951

89-136

Concessões para a exploração e lavra de minerais

Ano IV, n. 4, junho de 1952

98-99

No. 4, 1952, junho DA REDAÇÃO


Bibliografia maranhense – Ribeiro do Amaral; Raimundo Lopes;

Ano IV, n. 4, junho de 1952

117-120

Clarindo Santiago Registro bibliográfico

Ano IV, n. 4, junho de 1952

121-126

Noticiário – O Museu do Instituto; Congressos e encontros; Novos sócios;

Ano IV, n. 4, junho de 1952

127-131

História do Comércio do Maranhão Anúncio histórico

Ano IV, n. 4, junho de 1952

132-136

Sumário

Ano IV, n. 4, junho de 1952

137

REIS, L. G. dos

O sitio Filipinho

Ano IV, n. 4, junho de 1952

03-05

CORREIA LIMA, O.

Temperatura efectiva de São Luíz

Ano IV, n. 4, junho de 1952

07-12

VIVEIROS, J. de

Uma luta política do Segundo Reinado

Ano IV, n. 4, junho de 1952

13-39

VIEIRA FILHO, D.

Superstições ligadas ao parto e à vida infantil

Ano IV, n. 4, junho de 1952

41-46

DINO, N.

O primeiro dos três discursos celebre de Vieira da Silva

Ano IV, n. 4, junho de 1952

47-51

MEIRELES, M. M.

General Cesário Mariano de Albuquerque Cavalcanti

Ano IV, n. 4, junho de 1952

54-56

BASTIDE, R.

O negro no Norte do Brasil

Ano IV, n. 4, junho de 1952

57-61

VIANA, F.

O caráter de Bequimão

Ano IV, n. 4, junho de 1952

63-66

FERREIRA, A.

Notícia sobre Frei Cristóvão de Lisboa

Ano IV, n. 4, junho de 1952

67-75

FIALHO, O.

Elementos para a classificação geológica do litoral maranhense

Ano IV, n. 4, junho de 1952

77-78

BARBOSA, T.

Uma calamidade que deve ser evitada

Ano IV, n. 4, junho de 1952

79-80

DINIZ, E. F.

Abastecimento e expansão demográfica

Ano IV, n. 4, junho de 1952

83-87

RODRIGUES, N.

O sociólogo em G. Dias

Ano IV, n. 4, junho de 1952

87-90

VIEIRA FILHO, D.

O culto vudou: identificações em São Luís e no Haiti

Ano IV, n. 4, junho de 1952

90-92

MIRANDA, L.

As ilhas do Maranhão

Ano IV, n. 4, junho de 1952

92-94

ABREU, S. F.

O Estado do Maranhão

Ano IV, n. 4, junho de 1952

94-97

FREYRE, G.

Sobrados de São Luís

Ano IV, n. 4, junho de 1952

97-98

COSTA, C. R.

Papéis vários do Conselho Ultramarino

Ano IV, n. 4, junho de 1952

101-114

No. 5, 1952, dezembro DA REDAÇÃO

Bibliografia Maranhense: Justo Jansen Ferreira;

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

133-137


Domingos de Castro Perdigão; Parsondas de Carvalho; Sousa Bispo Registro bibliográfico (publicações recebidas) Noticiário – Brigadeiro Hugo da Cunha Machado; Novos sócios: Fernando Viana, Cesário Veras SUMÁRIO

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

140

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

145-146

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

147

VIVEIROS, J. de

A família Morais Rêgo

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

03-24

VIEIRA FILHO, D.

Estudos Geográficos do Maranhão

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

25-47

CORREIA LIMA, O.

Idéias médicas de Gaioso

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

49-68

DOMINGUES, V.

O Turiaçu

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

69-118

RÊGO COSTA

A morte de Luís Domingues

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

121-122

VIEIRA FILHO, D.

Antonio Lopes

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

122-125

HIMUENDAJU, C.

The Guaja

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

125-126

WAGLEY, C.

Algumas lendas indígenas

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

126-130

DA REDAÇÃO

Nossa Homenagem

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

03-05

DA REDAÇÃO

Quadro social do Instituto

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

110-114

DA REDAÇAO

Novos sócios do Instituto

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

115-117

DA REDAÇÃO

Noticiário – Honra ao Mérito;

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

121-138

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

139-140

No. 6, dezembro de 1956

141in. Benedito Barros e Vasconcelos; Reforma da sede do Instituto; Ponte Antonio Muniz Barreiros DA REDAÇÃO

Bibliografias: História do Comércio do Maranhão – Jerônimo de Viveiros Panorama da literatura maranhense – Mário Meireles

141-142 143

Alma – Ribamar Pereira

143

141inqüenta141a médico-social do filho sadio do lázaro – Olavo Correia Lima

143

Espiritismo e mediunismo no Maranhão – Waldomiro Reis CARVALHO, J. B. de

Nota sobre a arqueologia da Ilha de São Luís

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

07-08

VIVEIROS, J. de

A eleição do 1º. Tenente Tasso Fragoso para deputado à constituinte de 92 e a sua renúncia

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

09-15

DOMINGUES FILHO, V.

Três lendas relacionadas com o Maranhão

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

17-20

CORREIA LIMA, O.

Doença e morte do Conde D’Escragnolle

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

21-30

DINO, N.

Bacharéis, Mestres de escolares

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

31-32


XEVEZ, S. M.

Luís Felipe Gonzaga de Campos

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

33-45

OLIMPIO FILHO

A Casa de Pedra

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

47-51

BARBOSA, T.

As boiadas sertanejas

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

53-61

SALLES CUNHA, E.

Aderson Ferro – o dentista iluminado do Norte

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

63-74

FERREIRA, A.

A volta de Luis Magalhães a Lisboa

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

75-79

BARBOSA, T.

Genealogia – dados genealógicos

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

81-90

CORREIA LIMA, O.

Famílias Maranhenses

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

91-96

VIVEIROS, J. de

Coronel Joaquim Silvério dos Reis Montenegro

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

97-101

CORREIA LIMA, O.

Biografia inédita do Visconde d Parnaíba

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

103-110

Diretoria do IHGM

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

05-20

Nossos sócios fundadores, o grande benemérito

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

21-22

Nossos sócios honorários

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

25

Calendário social

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

91-93

Datas memoráveis para o IHGM

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

95

Nossos sócios efetivos e seus patronos

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

97-103

Nossos sócios correspondentes

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

105-107

Plano editorial do IHGM.

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

83-84

Homenagem a Bequimão

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

85-86

Ato Normativo especial

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

87-89

SEGUINS, J.R.

Nossa revista

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

03

FURTADO TRAVASSOS

Francisco Alves Camêlo no instituto Histórico

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

23-24

GUIMARÃES, R. C.

Frei Custódio Alves Pureza Serrão

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

26-35

ELIAS FILHO, J.

História do Maranhão (Cap. 9) – descobrimento do Maranhão

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

36-39

CRUZ, O.

Barra do Corda, uma rapsódia de amor

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

40-45

COELHO NETTO, E.

O Ameríndio – o índio da colonização e no povoamento do Maranhão- micro-etnias atuais do Maranhão

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

46-56

FREITAS, J. C. M. de

Discurso de Posse

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

57-61

SOARES, L. A. N. G.

Escola: “adote uma empresa”

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

63-65

No. 7, 1984, dezembro

DA REDAÇÃO

PRESIDENCIA – ATOS


REIS, J. R.

Rumo secular do caboclo maranhense

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

67-71

COSTA, B. E.

O geógrafo e historiador Cônego Benedito Ewerton Costa fala sobre o seu Patrono – o Padre Antonio Vieira

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

73-78

SANTOS, W.

Aspectos históricos e geográficos da cidade de Imperatriz

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

79-82

SEGUINS, J. R.

Plano editorial do IHGM.

Ano LIX, n. dezembro de 1984

07,

83-84

A bandeira do Maranhão

Ano LIX, n. 08, março de 1985

13

O Hino maranhense

Ano LIX, n. 08, março de 1985

14-15

José Adirson de Vasconcelos de Santana de Araújo (biografia)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

16

O Instituto Histórico rejubila-se com a eleição de Sarney

Ano LIX, n. 08, março de 1985

29-30

Governador Luiz Rocha no Salão Nobre do IHGM

Ano LIX, n. 08, março de 1985

31-32

Rosa Mochel Martins (necrologia)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

35-36

Olavo Correia Lima (biografia)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

37

Carlos Cunha (biografia)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

60

Orlandex Pereira Viana (biografia)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

66

Wilson da Silva Soares – sócio fundador (tradicional família Soares rcebe justas homenagens do IHGM)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

75-82

A fala do imortal – (Carvalho Guimarães)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

83-84

IHGM agracia SIOGE e equipe

Ano LIX, n. 08, março de 1985

85-86

Francisco Alves Camelo eleito para o IHGM

Ano LIX, n. 08, março de 1985

87-88

NASCIMENTO, J.

Dinamização e otimismo

Ano LIX, n. 08, março de 1985

03-04

CUNHA, C.

De Carlos Cunha (mensagem)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

05

CORREIA LIMA, O.

De Olavo Correia Lima (mensagem)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

07

SEGUINS, J. M.

IHGM = 60 anos

Ano LIX, n. 08, março de 1985

09-12

VASCONCELOS, A.

Cinqüenta anos sem Humberto de Campos

Ano LIX, n. 08, março de 1985

17-28

SEGUINS, J. R.

Sebastião Archer da Silva – o grande benemérito

Ano LIX, n. 08, março de 1985

33-34

Ameríndios maranhenses

Ano LIX, n. 08, março de 1985

38-54

COSTA, J. P. da

Um reencontro feliz

Ano LIX, n. 08, março de 1985

55-59

CUNHA, C.

Viriato Corrêa, o eterno

Ano LIX, n. 08, março de 1985

61-65

VIANA, O. P.

Os primórdios do Brasil

Ano LIX, n. 08, março de 1985

67-74

No. 8, 1984, março

DA REDAÇÃO

CORREIA LIMA, AROSO, O. C. L.

O.;


FREITAS, J. C. M. de

A bandeira brasileira

Ano LIX, n. 08, março de 1985

89-94

COELHO NETTO, E.

Candido Mendes de Almeida

Ano LIX, n. 08, março de 1985

95-101

DA REDAÇÃO

Convicção de idealismo

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

03-04

DA REDAÇÃO

Festa da cultura na posse de Francisco Camelo a presença do Governador

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

05-10

DA REDAÇÃO

Invertida a ordem dos trabalhos

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

17

DA REDAÇÃO *

“A REVOLTA DE BEQUIMÃO”

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

24-26

DA REDAÇÃO

Outro evento importante

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

27

DA REDAÇÃO

Apresentações e congratulações pela posse de Francisco Camelo

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

28-32

DA REDAÇÃO

MOMATRO de mãos dadas com o IHGM prestam homenagem a Corrêa de Araújo

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

104

DA REDAÇÃO

IHGM – Balanço financeiro geral 1984

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

105

DA REDAÇÃO

Novos sócios do IHGM; Sócios falecidos; Sociais

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

106-107

TRAVASSOS FURTADO

Amor pela História

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

Contracapa

TRAVASSOS FURTADO

Discurso de Travassos Furtado

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

11-13

CAMELO, F.

Francisco Camelo faz o elogio do seu patrono

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

14-16

ROCHA, L.

A fala do Governador

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

18-19

SEGUINS, J. R.

Poemas de estrelas

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

21-22

CORREIA LIMA, O.

Homo Sapiens stearensis – Antropologia Maranhense

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

33-43

SEGUINS, J. R.

Convocação geral

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

45-47

TRAVASSOS FURTADO

A volta do cometa de Halley

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

48-52

VASCONCELOS, A.

Manoel Beckman e seus historiadores

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

53-59

RAPOSO, J. B.

Elogio ao Patrono cadeira 2

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

60-69

MOURA, C. de S.

Discurso de Posse cadeira 28

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

71-83

MEDEIROS, J. F.

O Ministro Astolfo Serra é o Patrono do Fórum Trabalhista de São Luis

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

84-86

SEGUINS, J. R.

Bases do concurso para a confecção do Medalhão e da Indumentária que serão usadas nas sessões solenes e festivais do IHGM pelos sócios efetivos e honorários

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

87

SEGUINS, J. R.

Ato normativo n. 01/85

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

88-89

VIANA, O. P.

A carta de Caminha

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

90-102

No. 9, 1985, junho

* não foi registrado o orador que fez a apresentação do livro de Milson Coutinho, atribuindo-se ao redator


No. 10, 1985, outubro Festa de intelectuais na Praça do Panteon

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

03-10

A Coluna Prestes é tema de livro

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

22

Carlos Cardoso (biografia)

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

59

Sociais

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

98

Memória fotográfica da visita de João José de Mota Albuquerque e Mauro Mota

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

99

SEGUINS, J. R.

A lendária e histórica cidade de São José de Ribamar

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

11-15

SEGUINS, J. R.

Certo dia escrevi e dediquei

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

16

FURTADO TRAVASSOS

Juventude como fator de desenvolvimento

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

17

MELO, M. de O.

Discurso de posse do Confrade

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

18-21

ELIAS FILHO, J.

Bequimão e o Santo Ofício

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

23-27

SEGUINS, J. R.

Carta ao Governador Luiz Rocha

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

28-29

SOARES, L. A. N. G.

Um SOS ao Pró-memória

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

30-34

FREITAS, J. C. de

Roquete Pinto e a educação brasileira

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

35-41

SANTANA, P. R. de

Geopolítica maranhense

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

42-44

GUIMARÃES, R. C.

Joaquim Vieira da Luz

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

45-47

COSTA, B. E.

Sesquicentenário da Paróquia de Codó

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

48-55

VIANA, O. P.

Explicações sucintas do desenho do Medalhão (crachá) para ser usado nas sessões solenes e festivas, pelos membros efetivos do IHGM

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

56-57

CARDOSO, C.

Sousândrade

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

60-61

CORREIA LIMA, O.

Província espeleológica do Maranhão

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

62-70

GUIMARÃES, R. C.

O cometa de Halley

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

71-72

MILHOMEM, W.

Brasília sob o ângulo histórico

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

73-75

CARVALHO, R. da S.

Conselho Estadual de Educação do Maranhão – Memória

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

76-97

DA REDAÇÃO

Cronologia de Halley

Ano LX, n. 11, março de 1986

03-04

CORREIA LIMA

Geo-História do Maranhão, de Eloy Coelho Neto

Ano LX, n. 11, março de 1986

05-06

Cultura rupestre maranhense – arqueologia, antropologia

Ano LX, n. 11, março de 1986

07-12

O jornalismo polemico de Odorico Mendes e Garcia de Abranches

Ano LX, n. 11, março de 1986

13-22

DA REDAÇÃO

No. 11, 1986, Ano LX

CORRIA LIMA, AROSO, O. C. L. JORGE, S.

O.;


MEDEIROS, J. F.

A cultura e o turismo

Ano LX, n. 11, março de 1986

23-24

FREITAS, J. C. M. de

O bicentenário de Simón Bolívar e a influencia de seu pensamento na educação das Américas

Ano LX, n. 11, março de 1986

25-34

VIANA, O. P.

A posição do Brasil em relação as demais nações

Ano LX, n. 11, março de 1986

35-40

ELIAS FILHO, J.;

Biografias resumidas de maranhenses ilustres

Ano LX, n. 11, março de 1986

41-45

SANTANA, P. R. de

Tiradentes e as conjunturas sócio-politicas do seu tempo

Ano LX, n. 11, março de 1986

45-51

TRAVASSOS FURTADO

Halley, mensageiro d novas esperanças para o Brasil

Ano LX, n. 11, março de 1986

52-61

ano LX, n. 12, 1986 ?

19-20

MAGALHÃES, M. dos R. B. C.

No. 12, 1986(?) - ano LX Requerimento – concessão de sócio benemérito Governador do Estado Luiz Rocha

DA REDAÇÃO

ao

IHGM homenageia Governador Luiz Rocha

ano LX, n. 12, 1986 ?

20-21

Notas Diversas – A cidade de Coelho Neto na história do Maranhão;

ano LX, n. 12, 1986 ?

100-106

Homenagem ao Governador Luiz Rocha; Brasil república; Dr. José de Ribamar Seguins; Uma poetisa serviço do IHGM; Calendário social do IHGM; Endereços atualizados dos sócios efetivos

COELHO NETTO, E.

Humberto de Campos – primeiro centenário de nascimento

ano LX, n. 12, 1986 ?

03-11

VIEIRA, J. A. M.

Humberto de Campos

ano LX, n. 12, 1986 ?

11-15

ELIASFILHO, J.

Humberto de Campos

ano LX, n. 12, 1986 ?

15-18

CORREIA LIMA, O.

Parque Nacional de Guaxenduba

ano LX, n. 12, 1986 ?

21-36

CUNHA, C.

IHGM homenageia Bandeira Tribuzi

ano LX, n. 12, 1986 ?

37-39

SOUSA, D.

Panaquatira

ano LX, n. 12, 1986 ?

39-40

SANTANA, P. R. de

Breves noções de Sociologia Rural

ano LX, n. 12, 1986 ?

40-45

TRAVASSOS FURTADO

A ciência sempre vence

ano LX, n. 12, 1986 ?

46-51

MAGALHÃES, M. dos R. B. C.

Discurso de Posse

ano LX, n. 12, 1986 ?

51-55

SOARES, L. A. N. G.

Neto Guterres – o médico dos pobres

ano LX, n. 12, 1986 ?

55-60

MEDIROS, J. F.

Rubem Almeida, o poeta

ano LX, n. 12, 1986 ?

60-62

JORGE, S.

O “Farol Maranhense”

ano LX, n. 12, 1986 ?

63-78

VIANA, O. P.

A existência histórica de Antonio Lobo

ano LX, n. 12, 1986 ?

78-98

FREITAS, J. C. de

Centenário de Máximo Martins Ferreira

ano LX, n. 12, 1986 ?

98-100

Noticiário

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

03

Lançamento de livros

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

05

IHGM faz lançamento de livro

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

75-76

SEGUINS, J. R.

O Monte Castelo

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

07-10

FURTADO TRAVASSOS

O Palácio dos Leões e sua história

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

11-16

SOARES, L. A. N. G.

Saudação a Wanda Cristina em sua posse

Ano

13,

17-19

No. 13, 1987, ano LXI

DA REDAÇÃO

LXI,

n.


dezembro de 1987 SILVA, A. R. da

Discurso de Posse

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

20-31

SILVA, A. R. da

Homenagem a Antonio Ribeiro da Silva, Ribeirinho

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

32-34

CARVALHO, R. da S.

Luiz de Moraes Rego – precioso troféu da educação maranhense

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

35-42

CUNHA, C.

Saudação a Aluizio Ribeiro da Silva

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

43-44

MOURA, C.

A Coluna Prestes e a custódia de Oeiras

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

45-46

FREITAS, J. C. M. de

O centenário de Vila-Lobos

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

47-48

SOUZA, J. H. de

Heróis do passado deram suas vidas pelas liberdades democráticas

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

49-55

CANEDO, E. V. da S. O. de

Discurso de Posse

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

56-66

SOARES, L. A. N. G.

Saudação a Odorico Carmelito Amaral de Matos

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

67-70

AMARAL DE MATOS, O. C.

Discurso de agradecimento

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

71-74

CUNHA, C.

O mestre Ribeirinho

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

77-78

COELHO NETTO, E.

Antropologia e Sociologia

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

79-81

CORRÊA LIMA, O.

No país dos Timbiras

Ano LXI, n. dezembro de 1987

13,

82-91

No. 14, 1991, ano LXII, março DA REDAÇÃO

Notas e notícias

Ano LXII, n. 14, março de 1991

11-12

FREITAS, J.C. M. de

Antonio Lopes, o intelectual

Ano LXII, n. 14, março de 1991

13-21

CORREIA LIMA, O.

Mário Simões e a arqueologia maranhense

Ano LXII, n. 14, março de 1991

23-31

MOURA, C.

São Luis dos bons tempos do bonde

Ano LXII, n. 14, março de 1991

33-35

SOUSA, D. de

Harpia

Ano LXII, n. 14, março de 1991

37-38

MOURA, C.

D. Delgado, pioneiro do ensino médico no Maranhão

Ano LXII, n. 14, março de 1991

39-41

VIANA, O. P.

Pedro da Silva Nava: médico,escritor, poeta,pintor e desenhista

Ano LXII, n. 14, março de 1991

43-52

SILVA, A. R. da

Um livro valioso

Ano LXII, n. 14, março de 1991

53-55

SILVA, A. R. da

Discurso

Ano LXII, n. 14, março de 1991

57-60

COUTINHO, M.

Discurso

Ano LXII, n. 14, março de 1991

61-66

CARVALHO, A. S. de

Discurso de posse

Ano LXII, n. 14, março de 1991

67-68

COELHO NETTO, E.

Discurso

Ano LXII, n. 14, março de 1991

69-72

PEREIRA, J. da C. M.

Discurso de Posse

Ano LXII, n. 14, março de 1991

73-84


SEGUINS, J. R.

Correspondência sobre Maria Firmina dos Reis

Ano LXII, n. 14, março de 1991

85-92

DA REDAÇÃO

Agradecimentos especiais

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

6

DA REDAÇÃO

Notas e Notícias

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

09-11

DA REDAÇÃO

Lembrando Dr. João Freire de Medeiros

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

13

DA REDAÇÃO

IHGM – Regimento Interno

CORREIA LIMA, O.

Filogênese freudiana

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

15-32

SOARES, L. A. N. G.

Subsídios para a História de Alcântara

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

33-44

CARVALHO, A. S. de

Jupuaçu – maioral da Ilha

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

45-47

FREITAS, J. C. M. de

A “Quinta da Vitória” de Sousândrade

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

48-52

MOURA, C.

Como são diferentes os tempos!

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

53-55

FERREIRA, M. da C.

A formação do professor de português: ontem e hoje

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

56-64

VIANA, O. P.

Vida e obras de Antonio Gonçalves Dias

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

65-75

FREITAS, J. C. M. de

O Centenário de um Mestre

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

76-80

BRITO, S. B. de

Discurso de Posse cadeira 11

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

81-84

PEREIRA, J. da C. M.

Discurso sobre a adesão do Maranhão à Independência

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

85-90

PEREIRA, J. da C. M.

Discurso de elogio ao Patrono da cadeira n. 59

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

91-96

COUTINHO, M.

Discurso

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

97-99

DA REDAÇÃO

Notas e Notícias

Ano LXIII, n. 16, 1993

09-12

DA REDAÇÃO

In Memoriam do saudoso Domingos Chateaubriand de Sousa

Ano LXIII, n. 16, 1993

13-16

DA REDAÇÃO

Endereços dos sócios efetivos do IHGM

Ano LXIII, n. 16, 1993

137-142

DA REDAÇÃO

Quadro dos Patronos, primeiros ocupantes e ocupantes atuais do IHGM

Ano LXIII, n. 16, 1993

143-153

COELHO NETTO, E.

Domingos Sousa

Ano LXIII, n. 16, 1993

16-17

ZAJCIW, D.

Novos longicórneos neotópicos, X (Col. Cerambycidadae)

Ano LXIII, n. 16, 1993

18- 22

BOGÉA, L.

Mestre Dudu

Ano LXIII, n. 16, 1993

22-24

FREITAS, J. C. M. de

Os 380 anos de São Luís

Ano LXIII, n. 16, 1993

27-29

FREITAS, J. C. M. de

Santos Dumont, o heróis brasileiro

Ano LXIII, n. 16, 1993

30-35

FREITAS, J. C. M. de

Saudação ao Mestre Josué Montello

Ano LXIII, n. 16, 1993

36-37

PEREIRA, J. da C. M.

A Batalha de Guaxenduba

Ano LXIII, n. 16, 1993

38-41

CAÑEDO, E. V. da S. O. de

V Centenário de descoberta da América

Ano LXIII, n. 16, 1993

42-51

SOARES, L. A. N. G.

Teixeira Mendes: o apóstolo do Positivismo

Ano LXIII, n. 16, 1993

52-59

RAMOS, C. P.

Jupi-Açú – o Principal da Ilha – amigo dos Franceses

Ano LXIII, n. 16, 1993

60-67

COELHO NETTO, E.

Sinopse da história do catolicismo no Maranhão

Ano LXIII, n. 16, 1993

68-76

No. 15, 1992, janeiro

No. 16, 1993


CORREIA LIMA, O.

Duas controvérsias científicas:

Ano LXIII, n. 16, 1993

77-88

(1) Origem da religião; (2) Mito capital da história maranhense CARVALHO, A. S. de

O Velho Bacanga

Ano LXIII, n. 16, 1993

89-90

CARVALHO, A. S. de

Alta madrugada (cenário e palco – rio Bacanga – setembro de 1947)

Ano LXIII, n. 16, 1993

91-92

MOURA, C.

Uma idéia infeliz

Ano LXIII, n. 16, 1993

93-94

FERNANDES, J.

A escalada de Wolney

Ano LXIII, n. 16, 1993

95-96

VIANA, O. P.

A arte de falar bem

Ano LXIII, n. 16, 1993

97-103

LIMA COELHO, C. A.

Sobre o tumulo da comédia

Ano LXIII, n. 16, 1993

104-107

GASPAR, C. T. P.

Discurso de posse e elogio ao patrono da cadeira no. 40 – João Dunshee de Abranches Moura

Ano LXIII, n. 16, 1993

111-124

BRITO, S. B. de

Discurso de elogio ao patrono da cadeira no. 11 – Sebastião Gomes da Silva Belfort

Ano LXIII, n. 16, 1993

125-129

ROCHA, S. P.

Discurso de Posse (cadeira 53, José do Nascimento Moraes)

Ano LXIII, n. 16, 1993

130-134

DA REDAÇÃO

Apresentação

Ano LXIV, n. 17, 1996

05

DA REDAÇÃO

Resenhas

Ano LXIV, n. 17, 1996

11-12

DA REDAÇÃO

IHGM comemora 70 anos

Ano LXIV, n. 17, 1996

16-18

DA REDAÇÃO

Fotos das comemorações dos 70 anos

Ano LXIV, n. 17, 1996

26-35

DA REDAÇÃO

Quadro dos sócios efetivos e respectivos endereços e calendário social do IHGM

Ano LXIV, n. 17, 1996

151-160

COELHO NETO, E.

Crônica para o Instituto setentão

Ano LXIV, n. 17, 1996

13-15

MARANHÃO, H.

Oração do IHGM nos seus 70 anos

Ano LXIV, n. 17, 1996

19-21

COUTINHO, M.

Discurso sobre a trajetória histórica do IHGM

Ano LXIV, n. 17, 1996

21-25

SANTOS, H. de J.

Homenagem ao confrade Aderson de Carvalho Lago

Ano LXIV, n. 17, 1996

39-40

CARVALHO,R. da S.

Palestra pronunciada na Loja Maçônica Renascença,em São Luís, e reproduzida a pedido

Ano LXIV, n. 17, 1996

41-49

FERNANDES, J.

Considerações sobre o Rio Mearim

Ano LXIV, n. 17, 1996

50-55

CORREIA LIMA,O.

Mons. Dr. Mourão

Ano LXIV, n. 17, 1996

56-82

VIANA, O. P.

A importância do folclore e seus principais aspectos no Maranhão

Ano LXIV, n. 17, 1996

83-92

SOARES, L. A. N. G.

São Luís do Maranhão: a cachopa de além-mar

Ano LXIV, n. 17, 1996

93-95

SOARES, L. A. N. G.

A presença da iniciativa privada no desenvolvimento maranhense

Ano LXIV, n. 17, 1996

96-102

FREITAS, J. C. M. de

Vital de Oliveira, o hidrógrafo

Ano LXIV, n. 17, 1996

103-104

MOURA, C.

Uma lei desumana

Ano LXIV, n. 17, 1996

105-106

MOURA, C.

Revendo os sobrados da João Lisboa e recordando amigos

Ano LXIV, n. 17, 1996

107-109

MOURA, C.

Esboço histórico da Assistência Obstétrica em São Luis

Ano LXIV, n. 17, 1996

110-113

CARVALHO, A. S. de

Literatura imunda

Ano LXIV, n. 17, 1996

114-115

FEITOSA, A. C.

Controvérsias na denominação da Ilha do Maranhão

Ano LXIV, n. 17, 1996

116-129

OLIVEIRA, E. M. de

Uma reflexão sobre o cheque pré-datado

Ano LXIV, n. 17, 1996

130-131

CARVALHO, R. da S.

Recordando a adesão do Maranhão à Independência

Ano LXIV, n. 17, 1996

137-140

COUTINHO, M.

Discurso do Dr. Milson Coutinho na posse do jornalista Herbert Santos

Ano LXIV, n. 17, 1996

141-143

OLIVEIRA, E. M. de

Discurso de Edomir Martins de Oliveira saudando o ingresso de Mário Lincoln Feliz Santos no IHGM

Ano LXIV, n. 17, 1996

144-146

SANTOS, M. L. F.

Discurso de Mario Lincoln ao ocupar a cadeira no. 14

Ano LXIV, n. 17, 1996

147-149

DA REDAÇÃO

Lançamentos do Instituto Histórico

No. 18, 1997

19-25

DA REDAÇÃO

Instituto histórico e Geográfico do Maranhão –sócios efetivos

No. 18, 1997

105-111

No. 17, 1996

No. 18, 1997


DOMINGOS, G. A.

20º. Congresso Brasileiro de Radiodifusão – a micro empresa e a geração d empregos

No. 18, 1997

07-18

COELHO NETTO, E.

Saudação de Posse do escritor e historiador Carlos Orlando Rodrigues de Lima no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (solenidade realizada em 27/03/96)

No. 18, 1997

26-29

OLIVEIRA, E. M. de

Discurso pronunciado no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão por Edomir Martins de Oliveira, membro do IHGM, cadeira no. 51, aos 29/01/97 as 17:30 hs

No. 18, 1997

30-33

FREITAS, J. C. M. de

Homenagem a João de Barros

No. 18, 1997

34-37

SOUSA, E. de

O filho ilustre de São Bernardo

No. 18, 1997

38-41

LIMA, C. de

Discurso de Posse do historiador Carlos de liam no IHGM, cadeira no. 22

No. 18, 1997

42-70

BUESCU, A. I.

João de Barros: humanismo, mercancia e celebração imperial

No. 18, 1997

71-91

FERNANDES, J.

A Praia Grande e o livro de Jamil Jorge

No. 18, 1997

92-93

LIMA COELHO, C. A.

“O último ato”

No. 18, 1997

94-98

FERREIRA, M.

Aboio do Vaqueiro

No. 18, 1997

99-100

CARVALHO, A. S. de

O Bacanga – a vida no sítio

No. 18, 1997

1001102

CARVALHO, A. S.de

A doceira

No. 18, 1997

103-104

DA REDAÇÃO

Eventos de março

No. 19, 1997

86-87

DA REDAÇÃO

IHGM – sócios efetivos

No. 19, 1997

95-100

COUTINHO, M.

Discurso do sócio Milson Coutinho na Academia Maranhense de Letras por ocasião das homenagens a Josué Montello pelos seus 80 anos

No. 19, 1997

07-10

BUZAR, B.

Antenor Bogéa: o ultimo constituinte de 1946

No. 19, 1997

11-19

OLIVEIRA, E. M. de

Edomir Martins de Oliveira – cadeira no. 51doIHGM – São Luís (MA), 24.09.97

No. 19, 1997

20-25

CARVALHO, A. S. de

O Bacanga –festa no sítio

No. 19, 1997

26-28

CARVALHO, A. S. de

Éramos felizes...

No. 19, 1997

29-31

CARVALHO, R. da S.

Caxias, consolidador da unidade nacional

No. 19, 1997

32-39

COELHO NETTO, E.

O Padre Antonio Vieira e o Maranhão

No. 19, 1997

40-49

MOHANA, K.

Discurso de posse do Professor Kalil Mohana - IHGM

No. 19, 1997

50-61

FREITAS, J. C. M. de

28 de Julho, uma data histórica

No. 19, 1997

62-68

GASPAR, C.

Canudos: 5d outubro d 1897

No. 19, 1997

69-72

SOARES, L. A. N. G.

Netto Guterres –o médico dos pobres

No. 19, 1997

73-81

FERNANDES, J.

O bom mensageiro

No. 19, 1997

82-83

MOURA, C.

Faleceu o confrade Olavo Correia Lima

No. 19, 1997

84-85

ROCHA, S. P.

Mulher: desafios de sempre

No. 19, 1997

87-94

FERREIRA, M. da C.

Lições de vida aprendidas no sertão maranhense (um olhar para a história sócio-cultural da região)

No. 20, 1998

07-12

CARVALHO, A. S. de

A vida do caixeiro-viajante

No. 20, 1998

13-15

FERNANDES, J. de R.

Setenta e dois anos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 20, 1998

16-24

OLIVEIRA, E. M. de

O Presbiterianismo no Maranhão

No. 20, 1998

25-27

CHAGAS, J.

Um livreiro, um homem, um a memória

No. 20, 1998

28-30

MEIRELES, M. M.

Os primeiros médicos do Brasil e do Maranhão

No. 20, 1998

31-38

BRITO, S. B. de

A morte do Jornalista Othelino

No. 20, 1998

39-41

CARVALHO, A. S. de

Sai um pingado!

No. 20, 1998

42-43

HOLANDA, L. T. C.

São Luís – a imortal

No. 20, 1998

44-45

No. 19, 1997

No. 20, 1998


HORTENCIA, L.

São Luís

No. 20, 1998

46

ALVES, L. N.

Delmiro Gouveia – uma estrela na Pedra

No. 20, 1998

47-84

SOARES, L. A. N. G.

Apontamentos para a história da Justiça Federal no Maranhão – 1891-1997

No. 20, 1998

85-94

FERNANDES, J.

O Padre Brandt e sua obra redentora

No. 20, 1998

95-101

MOURA, C.

Dois importantes livros médicos

No. 20, 1998

102

MOURA, C.

Fazer o bem sem olhar para quem

No. 20, 1998

103-104

FREITAS, J. C. M. de

São Luís, patrimônio da humanidade

No. 20, 1998

105-108

MOHANA, K.

Discurso de lançamento do livro Viajando e Educando

No. 20, 1998

109-111

DA REDAÇÃO

“Ação e Trabalho” eleita por aclamação

No. 21, 1998

05-07

DA REDAÇÃO

Maranhão tem destaque no Encontro dos Institutos no Rio

No. 21, 1998

42-43

SARNEY, J.

O futuro, o passado

No. 21, 1998

08-09

ROCHA, S. P.

Figuras do Parque do Bom Menino

No. 21, 1998

10-15

BRITO, S. B. de

A história do Natal

No. 21, 1998

16-19

FREITAS, J. C. M..

O bicentenário de D. Pedro I

No. 21, 1998

20-30

SOUSA, E. de

Bernardo de Almeida e seu tempo

No. 21, 1998

31-35

FERNANDES, J.

O Centro Cultural Nascimento Moraes

No. 21, 1998

36-41

LIMA COELHO, C. A.

Discurso do sócio Carlos Alberto Lima Coelho por ocasião do lançamento do livro Raposa: seu presente, sua gente, seu futuro, no IHGM

No. 21, 1998

44-47

REIS, J. R. S. dos

Discurso de Jose de Ribamar Sousa dos Reis, por ocasião do lançamento do livro de sua autoria “Raposa: presente, sua gente, seu futuro’, no IHGM em 27.5.1998

No. 21, 1998

48-52

LIMA, C. de

A queimação do Judas

No. 21, 1998

53-66

COELHO NETTO, E.

A Independência e a adesão do Maranhão

No. 21, 1998

67-73

SOARES, L. A. N. G.

Resgate histórico

No. 21, 1998

74-76

ELIAS FILHO, J.;

A independência do Brasil no Nordeste

No. 21, 1998

77-84

SÁ VALE FILHO

Duas fontes de luz

No. 21, 1998

85

CARVALHO, A. S. de

O amanhecer da saudade

No. 21, 1998

86

FERREIRA, M. da C.

José Constantino Gomes de Castro – patrono da cadeira no. 37 do IHGM

No. 21, 1998

87-91

CARVALHO, R. da S.

O Rotary e a ética profissional

No. 21, 1998

92-100

COELHO NETTO, e.

Raymundo Carvalho Guimarães – longevidade dos justos

No. 21, 1998

101-102

CARVALHO, A. S. de

São Luis – 70 anos atrás

No. 21, 1998

103-105

VIANA, O. P.

Ana Amélia, a musa de G. Dias, sua genealogia e seus descendentes

No. 21, 1998

106-108

COELHO NETTO, E.

Primeira revista do IHGM

No. 21, 1998

109-110

LIMA, C. de

Sobre os 500 anos do descobrimento do Brasil

No. 21, 1998

111-116

FEITOSA, R.

Criança de Rua: quem lucra com esta triste realidade?

No. 21, 1998

117-120

OLIVEIRA, E. M. de

Um breve estudo acerca da família

No. 21, 1998

121-124

DA REDAÇÃO

Nota – republicações de artigos do numero 1

No. 22, 1999

50

DA REDAÇÃO

Regimento do Instituto de História e Geografia do Maranhão

No. 22, 1999

51-54

DA REDAÇÃO

Lançamento e posse movimentam o IHGM

No. 22, 1999

100

CARVALHO, R. da S.

Responsabilidade e ética na administração pública

No. 22, 1999

07-26

FERREIRA, M. da C.

Um fato significante para a formação da cidadania

No. 22, 1999

27-29

FERREIRA, M. da C.

A professora primária: seu valor e papel no processo de comunicação e desenvolvimento do interior maranhense

No. 22, 1999

30-38

No. 21, 1998

MAGALHÃES, M. dos R. B.

No. 22, 1999


SOARES, O.

Mumismática maranhense

No. 22, 1999

39-50

SOARES, L. A. N. G.

O prefeito da fonte (in memoriam de José Moreira)

No. 22, 1999

55-57

CARVALHO, R. da S.

Palestra do Gov.89/90 do D-4490, Ronald da Silva Carvalho, feita na reunião festiva de 21.05.99, comemorativa do 68º. Aniversário da fundação do Rotary Club de São Luís, ocorrida em 20.05.31

No. 22, 1999

58-65

SOARES, L. A. N. G.

Apontamentos para a história da Justiça Federal no Maranhão – 1891-1997

No. 22, 1999

66-84

OLIVEIRA, E. M. de

Festas juninas no Maranhão

No. 22, 1999

85-97

CARVALHO, A. S. de

O carnaval na minha infância

No. 22, 1999

98-99

ROCHA, O. P.

Pronunciamento de Osvaldo Pereira Rocha, por ocasião de sua posse como membro efetivo do IHGM, ocupante da cadeira no. 8, patroneado pelo Padre Jesuíta e escritos João Felipe Bettendorf

No. 22, 1999

101-110

CARVALHO, A. S. de

O amanhecer da saudade

No. 22, 1999

111-112

SOARES, L. A. N. G.

Advertência necessária

No. 23, 2000

07-08

SOARES, L. A. N. G.

A destruição do patrimônio histórico

No. 23, 2000

09-12

BRITO, S. B. de

Brasil 500 anos – carnaval e o rebanhão do ano dois mil

No. 23, 2000

13-14

OLIVEIRA, E. M. de

Brasil: 500 anos

No. 23, 2000

15-27

CAÑEDO, E. V. da S. O. de

500 anos de europeização da Terra do Pau-Brasil

No. 23, 2000

28-43

ROCHA, O. P.

Fuzileiros e Técnicos Navais

No. 23, 2000

44-46

OLIVEIRA, E. M. de

O uso do c aderninho de crédito ontem e hoje

No. 23, 2000

47-51

FREITAS, J. C. de

Os 74 anos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 23, 2000

52-55

OLIVEIRA, E. M. de

IHGM-25/08/99 – Discurso de Edomir Martins de Oliveira ocupante da cadeira 51, saudando Osvaldo Pereira da Rocha por ocasião da sua posse no Instituto

No. 23, 2000

56-61

ROCHA, O. P.

Boa viagem

No. 23, 2000

62-64

ROCHA, O. P.

Dia do Marinheiro

No. 23, 2000

65-68

ROCHA, O. P.

A cidade de Pedreiras

No. 23, 2000

69-72

ROCHA, O. P.

Administradores de Pedreiras

No. 23, 2000

73-75

BUZAR, B.

Um século de Carlos Macieira

No. 23, 2000

76-86

ROCHA, O. P.

Algo da história dos 500 anos

No. 23, 2000

88-91

FREITAS, J. C. de

Sesquicentenário de Rui Barbosa

No. 23, 2000

92-96

CARVALHO, R. da S.

Curso de Cidadania e liberdade para Jovens do Programa Premio Rotário de Liderança Juvenil (Palestra pronunciada a 23.07.96 pelo Governador 89/90 do Distrito 4490, Ronald da Silva Carvalho)

No. 23, 2000

97-108

SOUSA, E.

A Jerusalém de Taipa e o poder constituído

No. 23, 2000

109-114

OLIVEIRA, E. M. de

Editorial

LINCOLN, M.

Entrevista com Edomir Martins de Oliveira

SOARES, L. A. N. G.

Tiradentes: “nas Minas Gerais daqueles tempos não houve inconfidência e sim uma conjuração, mais teórica do que prática”

No. 24, setembro de 2001 No. 24, setembro de 2001 No. 24, setembro de 2001

FREITAS, J. C. M. de

Sob as bênçãos do Divino Espírito Santo

CORDEIRO, I. ALMEIDA E SILVA, E. F. de

No. 23, 2000

No. 24, setembro de 2001 01 03 04-09

09-10

A bela saudação da confreira Ilzé Cordeiro a Dra. Elimar Almeida Silva

No. 24, setembro de 2001 No. 24, setembro de 2001

Discurso de posse da Dra. Elimar Figueiredo de Almeida e Silva na Cadeira 20, do IHGM

No. 24, setembro de 2001

15-21

11-14


ROCHA, O. P.

Saudação a Bento Moreira Lima na posse da cadeira 18

LIMA NETO, B. M.

Discurso de posse de Bento Moreira Lima Neto no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

ROCHA, O. P. da

Festas Juninas

PEREIRA, M. E. M.

O reconhecimento da Independência do Maranhão

ROCHA, S. P. da

Discurso do Dr. Salomão Rocha saudando a Profa. Teresinha Rêgo por sua posse no IHGM

BURITY, E.

Cruzador Bahia – 56 anos de seu afundamento

CAÑEDO, E. O.

Homenagem às mães

BRITO, S. B. de

A história da violência no mundo

OLIVEIRA, E. M. de

Discurso de Edomir Martins de Oliveira, presidente do IHGM, saudando Dr. José Ribamar Seguins, pelo lançamento de seu livro “Terra a Vista – Brasil 500 anos”.

LINCOLN, M.

No. 24, setembro de 2001 No. 24, setembro de 2001

21-23

No. 24, setembro de 2001 No. 24, setembro de 2001 No. 24, setembro de 2001

29

24-28

30-34 34-35

No. 24, setembro de 2001 No. 24, setembro de 2001 No. 24, setembro de 2001 No. 24, setembro de 2001

35-36

Mhário Lincoln recebe Pinheiro Marques no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 24, setembro de 2001

44-46

MARQUES, J. P.

Discurso de posse do Engenheiro Civil José Pinheiro Marques na cadeira 45, do IHGM

No. 24, setembro de 2001

47-49

RÊGO, T.

Discurso de posse da professora Teresinha Rêgo no IHGM

49-50

LINCOLN, M.

Posfácil

No. 24, setembro de 2001 No. 24, setembro de 2001

37-39 39-40 41-43

51

No. 25, (s.d.) LEITE, J. M. S.

Discurso de posse do dr. José Márcio Soares Leite, na cadeira no. 15, como sócio efetivo do IHGM

No. 25, (s.d.)

04-34

BRITO, S.

Discurso do sócio efetivo do IHGM, Prof. Sebastião Brito, na inauguração da “Sala Prof. Ronald Carvalho”, em 05/09/01, na sede do IHGM – Ronald Carvalho – uma personalidade marcante do século XX

No. 25, (s.d.)

35-40

OLIVEIRA, E. M. de

Navegar é preciso...

No. 25, (s.d.)

41-42

ROCHA, O. P.

O soldado brasileiro

No. 25, (s.d.)

43-54

ROCHA, O. P.

Soberania Nacional

No. 25, (s.d.)

54-62

SOARES, L. A. N. G.

Pequenas contribuições ao estudo da Sinopse histórica do IHGM – 1925-2001

No. 25, (s.d.)

63-88

SOARES, L. A. N. G.

A destruição do Patrimônio Histórico II

No. 25, (s.d.)

88-92

RUFINO FILHO, Antonio

Um patrimônio cultural da humanidade

No. 25, (s.d.)

93-94

FREITAS, J. C. M. de

Dia da Imprensa

No. 25, (s.d.)

95-100

ROCHA, S. P.

Palestra do sócio Salomão Rocha, cadeira no. 53, alusiva ao Reinício das Atividades Acadêmicas no IHGM em 2001 e ao Dia Internacional da Mulher

No. 25, (s.d.)

101-111

CAÑEDO, E. V. da S. O. de

O Dia do Geógrafo (29.05.2001)

No. 25, (s.d.)

112-114

SALGADO FILHO, N.

UTI – desmistificando medos, garantindo a vida

No. 25, (s.d.)

115-117

ROCHA, S. P.

Outubro – mês do médico (in memoriam)

No. 25, (s.d.)

118-121

SEGUINS, J. R.

Brasil independente

No. 25, (s.d.)

122-143

SILVA, E. F. de A.

Discurso da sócia Elimar Figueiredo de Almeida Silva, cadeira 20, saudando o empossado José Márcio Leite

No. 25, (s.d.)

144-149

DA REDAÇÃO

Dados históricos do IHGM

No. 25, (s.d.)

150-154

RUFINO FILHO, A

Dia das Crianças

No. 26, 2002

05-09

OLIVEIRA, E. M. de

Discurso de Edomir Martins de Oliveira, cadeira 51,

No. 26, 2002

10-13

No. 26, 2002


apresentando o novo livro de Carlos Alberto Lima Coelho: “São Luis dos Amores aos tambores” ARAÚJO, R. T. de

Discurso de Posse de Raimundo Teixeira de Araújo, como sócio efetivo do IHGM, na cadeira no. 26

No. 26, 2002

14-16

FREITAS, J. C. M. de

Discurso da confreira Joseth Coutinho Martins de Araújo, cadeira no. 55, saudando o Prof. Raimundo Teixeira de Araujo, empossando na cadeira no. 26 do IHGM

No. 26, 2002

17-21

SOUSA, F. E. de

Elogio do sócio Francisco Eudes de Sousa, cadeira no. 13, ao saudoso Presidente do IHGM , Hedel Jorge Ázar

No. 26, 2002

22-23

ROCHA, O. P.

A data magna do IHGM

No. 26, 2002

24-26

ROCHA, O. P.

Feliz Aniversário, São Luis

No. 26, 2002

27-28

ROCHA, O. P.

O Exército na Amazônia

No. 26, 2002

29-30

OLIVEIRA, E. M. de

Discurso de Edomir Martins de Oliveira – cadeira no. 51, saudando a Paula Frassinetti da Silva Sousa, pelo seu ingresso no IHGM, na cadeira no. 34, em 07.12.2001

No. 26, 2002

31-35

SOUSA, P. F. da S.

Discurso de Posse da Profa. Paula Frassinetti da Silva Sousa, como sócia efetiva do IHGM, na cadeira no. 34

No. 26, 2002

36-48

SOARES, L. A. N. G.

Três nomes ilustres que engrandecem o Maranhão

No. 26, 2002

49-60

OLIVEIRA, E. M. de

Relatório da Presidência do IHGM, sobre as atividades do Instituto durante o ano de 2001

No. 26, 2002

61-66

SOUSA, F. E. de

O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão na trajetória de um pensamento histórico

No. 26, 2002

67-71

OLIVEIRA, E. M. de

Palestra proferida por Edomir Martins de Oliveira, sobre o IHGM, no Roraty Club São Luís-Praia Grande em 07/03/2002

No. 26, 2002

72-77

CAÑEDO, E. V. da S. O. de

O Curso de Geografia da Universidade Federal do Maranhão

No. 26, 2002

78-88

FREITAS, J. C. M. de

Centenário de Juscelino Kubitschek

No. 26, 2002

89-92

SALGUEIRO, M. C.

Convento e Igreja de Santo Antonio

No. 26, 2002

93-98

LEITE, J. M. S.

Paradigmas da doença

No. 26, 2002

99-100

BURITY, E. de A.

Maria Celeste: 48 ano s de seu naufrágio

No. 26, 2002

101

VIEIRA DA Silva, R. E. de C.

Biografia de um Presidente

No. 26, 2002

102-105

FERREIRA, M. da C.

Eternamente obrigada!

No. 26, 2002

106

VIEIRA, A. G.

A navegação e o controle de navios pelo Estado do Porto na atualidade

No. 26, 2002

107-117

SALGADO FILHO, N.

Hospital-Geral “Dr. Tarquínio Lopes Filho” – um passado de glórias, um futuro de esperanças

No. 26, 2002

118-121

BRITO, S. B. de

A história da UEMA e sua importância para o Maranhão

No. 26, 2002

122-125

ROCHA, O. P.

Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 26, 2002

126-128

SARDINHA, C. G. V.; SARDINHA, A. H. L.

Moral e ética no trabalho, na política e no exercício profissional

No. 26, 2002

129-140

ROCHA, S. P.

Jardins de São Luís

No. 26, 2002

141-142

CAÑEDO, E. V. da S. O. de

Discurso de Posse – Diretoria eleita para o biênio 2006/2008 – dia 28 de julho de 2006

No. 27, julho de 2007

11-13

FREITAS, J. C. M. de

Adesão do Maranhão à Independência, 20 ou 28?

No. 27, julho de 2007

15-17

CAÑEDO, E. V. da S. O. de

Pó r que criar Institutos Históricos e Geográficos?

No. 27, julho de 2007

18-26

FREITAS, J. C. M. de

Homenagem à cidade de São Luís

No. 27, julho de 2007

27-29

ROCHA, O. P.

IHGM tem primeira mulher Presidente

No. 27, julho de 2007

30-32

MOHANA, K.

A História e a Geografia no contexto contemporâneo

No. 27, julho de 2007

33-36

FREITAS, J. C. M. de

Datas comemorativas do mês de novembro

No. 27, julho de 2007

37-41

No. 27, julho de 2007


PEREIRA, M. E. M.

A Inconfidência mineira no contexto do Brasil Colônia: antecedentes, razões preponderantes de sua ocorrência e significado de sua repercussão

No. 27, julho de 2007

42-52

OLIVEIRA, E. M. de

Homenagem póstuma ao inesquecível Sebastião Barreto de Brito

No. 27, julho de 2007

53-55

RAMOS, A. V.

Eu mesmo em resumo

No. 27, julho de 2007

56-64

VIEIRA DA SILVA, R. E. de C.

Homenagem ao Patrono da cadeira no. 41 – Engenheiro José Domingues da Silva

No. 27, julho de 2007

65-72

LEITE, J. M. S.

Discurso proferido pelo Dr. José Márcio Soares Leite por ocasião do lançamento do livro sobre a biografia do seu pai, Prof. Orlando José da Silveira Leite, dia 23/03/2007

No. 27, julho de 2007

73-77

SARAIVA, J. C. V.

Elogio ao patrono da cadeira no. 43 do IHGM

No. 27, julho de 2007

78-87

ADLER, D. A.

Os valores morais no âmbito da escola capitalista

No. 27, julho de 2007

88-99

PEREIRA, M. E. M.

O Maranhão e a Independência: resistência e adesão

No. 27, julho de 2007

100-107

LEITE, J. M. S.

Paradigma da UFMA

No. 27, julho de 2007

108-110

REGO, T. de J. A.

A importância da flora medicinal Maranhense na fitoterapia

No. 27, julho de 2007

111-127

DA REDAÇÃO

Estatutos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 27, julho de 2007

129-139

da pré-amazônia


QUADRO DOS SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS - 1948 NO.

PATRONO DAS CADEIRAS

TITULARES

1

Claude d’Ábeville

1. José Maria Lemercier

2

Yves d’Évreux

1. Raimundo Lopes da Cunha 2. Joaquim Vieira da Luz

CATEGORIA DATA DE INVESTIDURA Efetivo – 15.10.1946 Correspondente (20.11.25); Efetivo 04.12.1926 Efetivo 03.09.1948

3

Diogo de Campos Moreno

1. Benedito Barros Vasconcelos

Fundador

4

Simão Estácio da Silveira

1. Raimundo Clarindo Santiago

Efetivo 20.07.1926

2. Alfredo Bena

Efetivo 28.11.1948

5

Luís Figueira

1. José Ferreira Gomes

Fundador

6

Antônio Vieira

1. Arias de Almeida Cruz

Fundador

7

João de Sousa Ferreira

1. Renato Nascimento Silva

8

João Felipe de Betendorf

1. José Ribeiro do Amaral

Efetivo 12.11.1946 Fundador

2. Henrique Costa Fernandes

Efetivo 31.07.1927

9

Antônio Pereira de Berredo

1. Ruben Ribeiro de Almeida

Efetivo 05.05.1943

10

José de Moraes

1. Adalberto Aciole de Sobral

Efetivo 26.09.1948

11

Sebastião Gomes da Silva Belfort

1. Antonio Lopes Ribeiro Dias

Correspondente (20.11.25); Efetivo 28.11.1948

12 13

Francisco de Paula Ribeiro Raimundo José de Sousa Gaioso

2. Candido Pereira de Sousa Bispo

Efetivo 02.09.1948

1. João Persondas de Carvalho

Efetivo 04.06.1926

2. Liberalino Pinto de Miranda

Efetivo 28.11.1948

1. José Pedro Ribeiro 2. Osvaldo da Silva Soares

14

Antonio Bernardino Pereira do Lago

1. Manuel Fran Pacheco

15

João Antonio Garcia de Abranches

1. José Abranches de Moura

16

Francisco de N. S. dos Prazeres

Fundador Efetivo 03.09.1948 Correspondente (20.11.25); efetivo 04.12.1926 Fundador

2. Astolfo Barros Serra

Efetivo 28.11.1948

1. Virgilio Domingos da Silva

Efetivo 20.07.1926

2. Felipe Conbdurú Pacheco

Correspondente (20.11.25); efetivo 12.09.1948

17

Custódio Alves Serrão

1. Aquiles de Faria Lisboa

Efetivo 08.05.1943

18

João Francisco Lisboa

1. Wilson da Silva Soares

Fundador

19

Candido Mendes de Almeida

1. Justo Jansen Ferreira 2. Leopoldino Rego Lisboa

20

Antonio Gonçalves Dias

1. João Braulino de Carvalho

21

Antonio Henriques Leal

1. José Luso Torres

22

Cesar Augusto Marques

1. Domingos de Castro Perdigão

23 24

Luis Antonio Vieira da Silva Antonio Enes de Sousa

Fundador Efetivo 15.10.1946 Correspondente (20.07.26); efetivo 04.12.1926 Efetivo 08.06.1948 Fundador

2. Fernando Eugenio dos Reis Perdigão

Efetivo 15.10.1946

1. Domingos Américo de Carvalho

Efetivo 29.07.1926

2. Nicolau Dino de Castro e Costa

Efetivo 21.11.1948

1. José Domingues da Silva

Fundador

2. José Silvestre Fernandes

Efetivo 28.11.1948

25

Celso Cunha Magalhães

1. Antonio Lopes da Cunha

Fundador

26

Luis Felipe Gonzaga de Campos

1. Alcindo Cras Guimarães

Efetivo 05.12.1948

27

Raimundo Lopes da Cunha

1. Tasso de Morais Rego Serra

Efetivo 20.10.1947

28

Raimundo Nina Rodrigues

1. José Bavelar Portela

Efetivo 15.10.1946

29

José Ribeiro do Amaral

1. Arnaldo de Jesus Ferreira

Efetivo 28.11.1948

30

Justo Jansen Ferreira

1. Olimpio Ribeiro Fialho

Efetivo 12.09.1948

Fonte: Geografia e História – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154.


SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948 Barão de Studart

Ceará

Capistrano de Abreu

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 20.11.1925

J. Lúcio de Azevedo

Portugal

Falecido

Eleito 20.11.1925

Max Fleuiss

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 20.11.1925

Viveiros de Castro

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 20.11.1925

Paulo Prado

São Paulo

Falecido

Eleito 20.11.1925

Abdias Neves

Piauí

Falecido

Eleito 20.11.1925

Nogueira da Silva

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 20.11.1925

Raimundo Lopes

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 20.11.1925

Depois, efetivo

Falecido

Eleito 20.11.1925

Depois, efetivo

Antonio Dias

Falecido

Eleito 20.11.1925

Mario Melo

Eleito 20.11.1925

Viriato Correa

Eleito 20.11.1925

Rodolfo Garcia

Rio de Janeiro

Eleito 20.11.1925

Miranda Carvalho

Santa Catarina

Eleito 20.11.1925

Rocha Pombo

Rio de Janeiro

Dunshee de Abranches

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 09.05.1926

Alcides Bezerra

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 09.05.1926

Tasso Fragoso

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 09.05.1926

Oliveira Lima

Estados Unidos

Falecido

Eleito 20.07.1926

Falecido

Eleito 20.07.1926

Francisco Guimarães Braulino de Carvalho

Falecido

Amazonas

(Augusto Olimpio, o segundo)

Eleito 09.05.1926

Eleito 20.07.1926

Bernardino de Sousa

Falecido

Eleito 14.05.1927

Costa Filho

Falecido

Eleito 14.05.1927

Charles Wagley

Eleito 15.09.1947

Felipe Condurú

Eleito 15.09.1947

Jerônimo de Viveiros

Eleito 15.09.1947

Joaquim Ribeiro

Eleito 15.09.1947

Heloisa Torres

Eleito 15.09.1947

Virgilio Correia Filho

Eleito 15.09.1947

Rondon

Eleito 15.09.1947

Carlos Studart Filho

Eleito 15.09.1947

Arthut Colares Moreira

Eleito 20.10.1947

Edmundo Coqueiro

Eleito 20.10.1947

João Wilson da Costa

Eleito 20.10.1947

Lucia Miguel Pereira

Eleito 05.12.1948

Tomás Pompeu Sobrinho

Eleito 05.12.1948

Pedro Calmon

Eleito 05.12.1948

Eurico de Macedo

Eleito 05.12.1948

Luis Viana Filho

Eleito 05.12.1948

Raul de Azevedo

Eleito 05.12.1948

Depois, efetivo

Depois, efetivo

Fonte: Geografia e História – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154.


QUADRO DOS SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS – 1948 – 2001

NO. 1

PATRONO DAS CADEIRAS Claude dÁbeville

CATEGORIA

TITULARES

DATA DE INVESTIDURA

José Maria Lemercier

OBSERVAÇÕES

Efetivo – 15.10.1946

Jerônimo José de Viveiros

(1956)

Ladislau Papp Laura Rosa dos Reis 2

Yves dÉvreux

(ocupante atual – 1993-2001)

Raimundo Lopes da Cunha

Correspondente (20.11.25); Efetivo 04.12.1926

Thomas Moses

Eleito em 1953 - 1956

Joaquim Vieira da Luz

Efetivo 03.09.1948

Josemar Bezerra Raposo

(ocupante atual – 1993-2001) 3

Diogo de Campos Moreno

Benedito Vasconcelos

Barros

e

Robson Campos Martins Raimundo Cardoso Nogueira 4

Simão Estácio da Silveira

Fundador - (1956) (ocupante atual – 1993-2001)

Raimundo Clarindo Santiago

Efetivo 20.07.1926

Alfredo Bena

Efetivo 28.11.1948

Clodoaldo Cardoso

(1956)

Wilson Pires Ferro Maria dos Remédios Buna Costa Magalhães 5

Luís Figueira

José Ferreira Gomes Joaquim Elias Filho

6

7

Antônio Vieira

Arias de Almeida Cruz

João de Sousa Ferreira

9

João Felipe de Betendorf

Bernardino Berredo

Pereira

de

Fundador – (1956)

Milson de Sousa Coutinho

(ocupante atual – 1993-2001)

Renato Nascimento Silva

Efetivo 12.11.1946 – (1956)

José Ribeiro do Amaral

(ocupante atual – 1993-2001) Fundador

Henrique Costa Fernandes

Efetivo 31.07.1927 – (1956)

Bernardo Coelho Almeida

(ocupante atual – 1993-1996)

Osvaldo Pereira Rocha

(Ocupante atual – 2001)

Ruben Ribeiro de Almeida

Efetivo 05.05.1943 - 1956

Rosa Mochel Martins Antonio José Ferreira

José de Moraes

(ocupante atual – 1993-2001) Transforma em Sócio Honorário

Sebastião Barros Jorge

10

Fundador – (1956)

Josué de Sousa Montello

José Maria Ramos Martins 8

(ocupante atual - 1993-2001)

de Araújo

Adalberto Aciole de Sobral

(ocupante atual – 1993-1997) (a tomar posse – 2001) Efetivo 26.09.1948 - 1956

Edson Garcia Ferreira Ivan Celso Furtado da Costa (Ivan Sarney) José Jorge Siqueira 11

Sebastião Gomes da Silva Belfort

Antonio Lopes Ribeiro Dias Candido Pereira de Sousa Bispo Mário Martins Meireles

(ocupante atual – 1993-1997)Transformado em Honorário (a tomar posse – 2001) Correspondente (20.11.25); Efetivo 28.11.1948 Efetivo 02.09.1948 Transformado em Honorário

Almir Moraes Correia Sebastião Barreto de Brito 12

Francisco de Paula Ribeiro

João Persondas de Carvalho

(ocupante atual – 1993-2001) Efetivo 04.06.1926

Faleceu em 10/05/1955


Liberalino Pinto de Miranda Cesario Veras

(1956)

Eloy Coelho Netto

(ocupante atual – 1993-1997)Transformado em Honorário

VAGA (2001) 13

Raimundo José de Sousa Gaioso

Efetivo 28.11.1948

José Pedro Ribeiro

Fundador

Osvaldo da Silva Soares

Efetivo 03.09.1948 - 1956

Tácito da Silveira Caldas

Transformado em Honorário

Aluízio Ribeiro da Silva

(ocupante atual – 1993-1997)Transformado em Honorário

Francisco Eudes de Sousa

(a tomar posse – 2001) 14

Antonio Bernardino Pereira do Lago

Manuel Fran Pacheco Mário Lincoln Santos

15

João Antonio Garcia de Abranches

Correspondente (20.11.25); efetivo 04.12.1926 - 1956

Aderson de Carvalho Lago Feliz

dos

(ocupante atual – 1996-2001)

José Eduardo Abranches de Moura Astolfo Barros Serra José Márcio Soares Leite

Francisco de N. S. dos Prazeres

Virgilio Domingos da Silva Felipe Condurú Pacheco Miguel Arcangelo Bernardes Filho

17

Custódio Alves Serrão

Fundador Efetivo 28.11.1948 - 1956 (ocupante atual – 1993-1997)

Ronald da Silva Carvalho 16

(ocupante atual – 1993)

(ocupante atual – 2001) Efetivo 20.07.1926 Correspondente (20.11.25); efetivo 12.09.1948/56 (ocupante atual – 1993-2001)

Aquiles de Faria Lisboa

Efetivo 08.05.1943

Fernando Ribamar Viana

(1956)

Raymundo Guimarães

Carvalho

Ernane José de Araújo

Transformado em Honorário (ocupante atual – 1993) (ocupante atual – 1996-2001)

Paulo Oliveira 18

João Francisco Lisboa

Wilson da Silva Soares Olavo Correia Lima

Fundador (1956) - Transformado em Honorário

Lourival Borba Santos Manoel de Jesus Lopes Bento Moreira Lima Neto 19

Candido Almeida

Mendes

de

Justo Jansen Ferreira Leopoldino Rego Lisboa Virgilio Domingues da Silva Filho

(ocupante atual – 1993-1997) (ocupante atual – 2001) Fundador Efetivo 15.10.1946 - 1956 Transformado em Honorário (ocupante atual – 1993-2001)

Clovis Pereira Ramos 20

Antonio Gonçalves Dias

João Braulino de Carvalho João Lima Sobrinho Elimar Figueiredo de Almeida e Silva

21

Antonio Henriques Leal

José Luso Torres José Ribamar Seguins

22

Cesar Augusto Marques

Correspondente (20.07.26); efetivo 04.12.1926 - 1956 (ocupante atual – 1993-1996) (ocupante atual – 2001) Efetivo 08.06.1948 - 1956 (ocupante atual – 1993-2001)

Domingos de Castro Perdigão

Fundador

Fernando Eugenio dos Reis Perdigão

Efetivo 15.10.1946 – 1956 Transformado em Honorário

Raimundo Nonato Travassos Furtado

(ocupante atual – 1997 – 2001)

Carlos Orlando Rodrigues de


Lima 23

Luis Antonio Vieira da Silva

Domingos Carvalho

Américo

de

Efetivo 21.11.1948 - 1956

Nicolau Dino de Castro e Costa Merval de Oliveira Melo Francisco Soares 24

Antonio Enes de Sousa

Efetivo 29.07.1926 (ocupante atual – 1993) (a tomar posse – 2001)

de Assis Peres

José Domingues da Silva

Fundador

José Silvestre Fernandes

Efetivo 28.11.1948 - 1956

Salomão Fiquene 25

Celso Cunha Magalhães

Lucy Mary Seguins Sotão

(ocupante atual – 1993-2001)

Antonio Lopes da Cunha

Fundador

Odilon da Silva Soares José Nascimento Filho

1956 Moraes

(ocupante atual – 1993-2001)

Antonio Cordeiro Feitosa 26

27

Luis Felipe Gonzaga de Campos

Raimundo Lopes da Cunha

Alcindo Cruz Guimarães José Joaquim Ramos

Raimundo Nina Rodrigues

Efetivo 05.12.1948 - 1956

Guimarães

(ocupante atual – 1993-1997)Transformado em Honorário

Raimundo Teixeira de Araújo

(a tomar posse – 2001)

Tasso de Morais Rego Serra

Efetivo 20.10.1947 - 1956

Carlos Alberto Cardoso 28

Renunciou em 1980

da

Mota

José Bacelar Portela

(ocupante atual – 1993-2001) Efetivo 15.10.1946 - 1956

Celso Aires Anchieta Benedito Clementino Siqueira Moura 29

José Ribeiro do Amaral

de

(ocupante atual – 1993-1997)Transformado em Honorário

Celso Ayres Anchieta Filho

(a tomar posse (2001)

Arnaldo de Jesus Ferreira

Efetivo 28.11.1948 - 1956

Luis Carlos Cunha Wanda Cristina Cunha

(2001)

Antonio Rufino Filho 30

Justo Jansen Ferreira

(ocupante atual – 1993-2001)

Olimpio Ribeiro Fialho

Efetivo 12.09.1948 - 1956

Ilzé Vieira de Melo Cordeiro 31

Antonio Lopes da Cunha

(*) José Sarney Costa

32

Aquiles de Farias Lisboa

(ocupante atual – 1993-2001) 1956 - ocupante atual – 1993-2001)

José Ribeiro de Sá Vale

(1956)

Waldemar da Silva Carvalho João Mendonça Cordeiro

(ocupante atual – 1993-1997)Transformado em Honorário (a tomar posse – 2001)

33

Custódio Lisboa

(*) Orladex Pereira Viana

(ocupante atual – 1993-1996)

Teresinha de Jesus Almeida Silva Rego 34

Wilson da Silva Soares

(ocupante atual - 2001)

Elisabeto Carvalho

Barbosa

de

(1956)

Fernando Carvalho

Barbosa

de

(ocupante atual – 1993-1997)Transformado em Honorário

Ariceya Moreira Lima da Silva Paula Frassinetti da Silva Sousa

(a tomar posse – 2001)


35

36 37

Domingos Perdigão

de

Castro

Astolfo Serra

Tucídides Barbosa Antenor Mourão Bogéa

Transformado em Honorário

Benedito Bogéa Buzar

(ocupante atual – 1993-2001)

João Freire de Medeiros

José Constantino Gomes de Castro

Herbert de Jesus Santos

(ocupante atual – 1993-2001)

Virgilio Domingo s Filho

1956

Maria da Conceição Ferreira Daniel Martins

38

(1956)

Antonio Batista Barbosa de Godois

Pereira

Fontes

Maria José Freitas

(ocupante atual – 1993-1997)Transformado em Honorário (a tomar posse) (1956)

Waldemar de Sousa Santos

(ocupante atual – 1993-2001)

Carlos Alberto Lima Coelho 39

40

Francisco Galdencio Sabbas da Costa

(*)

João Dunshee Abranches Moura

José de Ribamar dos Pereira

de

Luis Alfredo Neto Guterres Soares

Eleito 1956

Pedro Rátis de Santana Carlos Gaspar

41

(ocupante atual – 1993-2001)

José Domingos da Silva

Thadeu

Pinheiro

(ocupante atual – 1993-2001)

Cassio Reis Costa

(1956)

Hedel Jorge Azar

(ocupante atual – 1993-1997)

VAGA (2001) 42

Antonio Rego

Sebastião Moacyr Xerez Nyvaldo Guimarães Macieira

43

Augusto Tasso Fragoso

Jeferson Moreira José Pinheiro Marques

Temístocles Aranha

Luiz Cortez Vieira da Silva Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo

45

Manoel Nogueira da Silva

José Manoel Vinhais

(ocupante atual – 1993-2001) (1956)

Amandino Teixeira Nunes

44

(1956)

Nogueira

Dagmar Desterro e Silva

(ocupante atual – 1993-1997) (ocupante atual – 2001) (1956) (ocupante atual – 1993-2001) (1956) Transformada em Honorário (ocupante atual – 1993-1997)

Wanda Cristina da Cunha e Silva 46

Francisco de Paula e Silva

Luiz de Moraes Rego Maria Esterlina Mello Pereira

47

Joaquim Sobrinho

Maria

Serra

Domingos Vieira Filho Domingos Chateaubrind de Sousa

1956 - Transformado em Honorário (ocupante atual – 1993-2001) (1956) (ocupante atual – 1993-2001)

Kalil Mohana 48

Francisco Sotero dos Reis

José da Mata Roma Francisco Marialva Mont’Alverne Frota

49 50

João da Mata de Moraes Rego

(*)

Antonio Pereira

(*)

José de Ribamar Fernandes

Pinheiro Marques consta cadeira 43 e 45 em 2001

(1956) (ocupante atual – 1993-2001)

(ocupante atual – 1993-2001)

Benedito Everton Costa

(ocupante atual – 1993)

Alberto José Tavares Vieira da Silva

(a tomar posse – 2001)

Wanda consta como ocupante cadeira 29 em 2001


51

Rubem Ribeiro de Almeida

(*) Edomir Martins de Oliveira

52

Joaquim Gomes de Sousa

(*) José Moreira

(ocupante atual – 1993-1997)

Deusdedith Carneiro Leite Filho 53 54

José Nascimento Morais

(ocupante atual – 1993-2001)

(ocupante atual – 2001)

Manoel de Oliveira Moraes Salomão Pereira Rocha

(ocupante atual – 1993-2001)

Kleber Moreira Sousa

(ocupante atual – 1993-1997)Transformado em Honorário

Felipe Conduru Pacheco Ananias Alves Martins

(ocupante atual – 2001) 55

José Ribeiro de Sá Vale

(*) Joseth Coutinho Martins de Freitas

56

Jeronimo José de Viveiros

(*) José Ribamar Sousa Reis

57

José Eduardo Abranches Moura

José Adirson de Vasconcelos VAGA (2001)

João Parsondas Carvalho

de

Olimpio Ribeiro Fialho

José James Ribeiro Callado

José de Ribamar Carvalho

(ocupante atual – 1993-1997) (a tomar posse – 2001)

(*) José da Pereira

60

(ocupante atual – 1993-1997)Transformado em Honorário

(*) Luis Phelipe de Carvalho Castro Andrés

59

(ocupante atual – 1993-2001)

(*) Augusto Silva de Carvalho

58

(ocupante atual – 1993-2001)

Costa

Mendes

(ocupante atual – 1993-2001)

(*) Francisco Alves Camêlo

(ocupante atual – 1993-2001)

Fonte: Geografia e História – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano LIX, n. 7, dezembro de 1984, p. 97103;


SÓCIOS HONORÁRIOS (2001) Presidenta de Honra

Roseana Sarney Murad

Presidente honorário

João Braulino de Carvalho (1953)

Presidentes Honorários

José Sarney José Ribamar Seguins

Adalberto Acioli de Sobral Afonso Arinos de Melo Franco Afonso de Escragnolle Taunay

IHGSP – eleito 20/08/1953

Aluízio Ribeiro da Silva

Ex-ocupante cadeira 13

Arycéia Moreira Lima da Silva

Ex-ocupante cadeira 34

Augusto Silva de Carvalho

Ex-ocupante cadeira 57

Benedito Clementino da Siqueira Moura

Ex-ocupante cadeira 28

Eloy Coelho Netto

Ex-ocupante cadeira 12

Fernando Eugenio dos Reis Perdigão

Ex-ocupante cadeira 22

Ivan Celso Furtado da Costa

Ex-ocupante cadeira 10

Jéferson Rodrigues Moreira João da Mota e Albuquerque Joaquim Vieira da Luz José Carlos de Macedo Soares

IHGB – 20/08/1956

José de Medeiros Delgado José Honório Rodrigues José Jansen Ferreira José Joaquim Guimarães Ramos

Ex-ocupante cadeira 26

José Manoel Nogueira Vinhais José Pereira Costa

Lisboa – Portugal

Josué Montello Kleber Moreira de Sousa

Ex-ocupante cadeira 37

Luis de Moraes Rego

Ex-ocupante cadeira 46

Luis Estevão de Oliveira

IHGPE - eleito em 11/11/1953

Luiz da Camara Cascudo Maria da Conceição Ferreira

Ex-ocupante cadeira 37

Mário Martins Meireles

Ex-ocupante cadeira 11

Mauro Mota Odorico Carmelito Amaral de Matos

Eleito

Olavo Correia Lima

Ex-ocupante cadeira 18

Pedro Calmon Moniz Bittencourt Tácito da Silveira Caldas

Ex-ocupante cadeira 13

Tarso de Morais Rego Serra Virgílio Domingues da Silva Filho

Ex-ocupante cadeira 19

Waldemar da Silva Carvalho

Ex-ocupante cadeira 32

SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948- 2001 Abdias Neves

Piauí

Falecido

Eleito 20.11.1925

1925

Alcides Bezerra

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 09.05.1926

1926


Antonio Dias

Falecido

Eleito 20.11.1925

Arthur Colares Moreira

Falecido

Eleito 20.10.1947

1947

Ceará

Falecido

Eleito 20.11.1925

1925

Falecido

Eleito 14.05.1927

1927

Boanerges Ribeiro

São Paulo

Falecido

Braulino de Carvalho

Amazonas

Falecido

Eleito 20.07.1926

Capistrano de Abreu

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 20.11.1925

1925

Falecido

Eleito 14.05.1927

1927

Eleito 09.05.1926

Barão de Studart Bernardino de Sousa

Costa Filho

Depois, efetivo

1925

1984/2001 Depois, efetivo

1926

Dunshee de Abranches

Rio de Janeiro

Falecido

E. D’Almeida Vitor

Brasilia

Falecido

1984/2001

1926

Edelvira Marques de M. Barros

Imperatriz

Falecida

1984/2001

Felipe Condurú

Falecido

Eleito 15.09.1947

Francisco Guimarães

Falecido

Eleito 20.07.1926

1926

Falecido

Eleito 20.11.1925

1925

Falecido

Eleito 15.09.1947

1947

J. Lúcio de Azevedo

Portugal

Jerônimo de Viveiros José de Arimateia Tito Filho

Piaui

Luis Viana Filho

Depois, efetivo

Falecido

1947

1984/2001

Falecido

Eleito 05.12.1948

1948

Max Fleuiss

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 20.11.1925

1925

Nogueira da Silva

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 20.11.1925

1925

Olimpio Martins Cruz

Brasilia

Falecido

Oliveira Lima

Estados Unidos

Falecido

Eleito 20.07.1926

1926

Paulo Prado

São Paulo

Falecido

Eleito 20.11.1925

1925

Falecido

Eleito 05.12.1948

1948

Pedro Calmon

1984/2001

Raimundo Lopes

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 20.11.1925

Rocha Pombo

Rio de Janeiro

Falecido

Eleito 09.05.1926

1926

Falecido

Eleito 15.09.1947

1947

Falecido

Eleito 09.05.1926

1948

Rondon Tasso Fragoso

Rio de Janeiro

Tito Wilson Soares

Brasilia

Viriato Correa

Depois, efetivo

Falecido Falecido

Vitor Gonçalves de Melo

Caxias

Falecido

Viveiros de Castro

Rio de Janeiro

Falecido

Wolney Milhomem

São Paulo

Falecido

1925

1984/2001 Eleito 20.11.1925

1925 1984/2001

Eleito 20.11.1925

(Augusto Olimpio, o segundo)

1925 1984/2001

Carlos Studart Filho

Eleito 15.09.1947

1947

Charles Wagley

Eleito 15.09.1947

1947

Edmundo Coqueiro

Eleito 20.10.1947

1947

Eurico de Macedo

Eleito 05.12.1948

1948

Heloisa Torres

Eleito 15.09.1947

1947

João Wilson da Costa

Eleito 20.10.1947

1947

Joaquim Ribeiro

Eleito 15.09.1947

1947

Lucia Miguel Pereira

Eleito 05.12.1948

1948

Mario Melo

Eleito 20.11.1925

1925

Santa Catarina

Eleito 20.11.1925

1925

Eleito 05.12.1948

1948

Rio de Janeiro

Eleito 20.11.1925

1925

Tomás Pompeu Sobrinho

Eleito 05.12.1948

1948

Virgilio Correia Filho

Eleito 15.09.1947

1947

Miranda Carvalho Raul de Azevedo Rodolfo Garcia

Francisco José de Castro Gomes

Pinheiro

1984/2001

José Ferreira de Castro

Caxias-MA

1984/2001

Rui Alcides de Carvalho

Carolina- MA

1984


Artibaldo Micalli

França

1984/2001

Jean Yves Merrian

França

1984/2001

Odila Soares Micalli

França

1984/2001

Charles Ralph Boxer

Londres

Bruce Shatiwin

Nova Iorque

Eleito 11/11/1954

1956 1984/2001

Eugel Sluiter

Estados Unidos

Eleito 26/08/1854

1956

RobertC. Smith

Estados Unidos

Eleito 26/08/1954

1956

Alberto Iriia

Portugal

Eleito 26/08/1954

1956

Elmo Elton

Lisboa

Francisco d´Assis de Oliveira Martins

Portugal

Eleito 26/08/1954

1984/2001 1956

Francisco Leite de Farias

Portugal

Eleito 26/08/1954

1956

Izau Santos

Lisboa

Manoel Lopes de Almeida

Portugal

Eleito 11/11/1954

1984/2001 1956

Virginia Rau

Portugal

Eleita 11/09/1954

1956

Antonio de Oliveira

1984/2001

Enesita Nascimento de Matos

1984/2001

Fred Willians

1984/2001

Horácio de Almeida

1984/2001

Joaquim Canuto M. deAlmeida

1984/2001

José Denizard Macedo de Alcantara

1984/2001

José Luis Bittencourt

1984/2001

José Mindlin

1984/2001

Lélia Pereira da Silva Nunes

2001

Manoel Paulo Nunes

1984/2001

Marilia Santos de Franca Veloso

1984/2001

Tarcisio Meireles Padilha

2001

Venancio Willeke

1984/2001

Idelfonso Pinheiro

AM - Manaus

1984/2001

Roberio dos Santos Pereira Braga

AM - Manaus

1984/2001

Samuel Bechimol

AM - Manaus

1984/2001

Alves Cardoso

Amapá

Eleito 09/09/1954

1956

Leopoldo Campo s Monteiro

BA – Ilhéus

Eleito 09/09/1954

1956

Afonso Rui

Bahia

Eleito 11/09/1954

1956

Estácio de Lima

Bahia

Eleito 14/09/1955

1956

Manoel Barbosa

Bahia

Eleito 26/08/1954

1956

Clovis Moraes

Brasilia

1984/2001

Edson Lobão

Brasilia

1984/2001

Elieser Beserra

Brasilia

1984/2001

Francisco de Borja B. de Magalhães Jr

Brasilia

1984/2001

José de Ribamar Faria Machado

Brasilia

1984/2001

Pedro Guimarães Pinto

Brasilia

1984/2001

Pedro Guimarães Pinto

Brasilia

1984/2001

José Helder de Sousa

Brasília

1984/2001

Francisco Osmundo Pontes

CE - Fortaleza

1984/2001

Guarino Alves

CE - Fortaleza

1984/2001

José Sérgio dos Reis Junior

CE - Fortaleza

1984/2001

Manoel Albano Amora

CE - Fortaleza

1984/2001

Mozart Soriano Aderaldo

CE - Fortaleza

1984/2001

Zaqueu de Almeida Braga

CE - Fortaleza

1984/2001


José Tupinambá da Frota

CE - Sobral

Eleito 28/04/1955

Carlos Studart Filho

Ceará

Eleito 04/08/1955

Dolor Barreira

Ceará

Eleito 04/08/1955

1956

Raimundo Girão

Ceará

Eleito 09/09/1954

1956

Rene Gouveia de Miranda

Ceará

Levy Rocha

Espírito Santo

José Jaime Ferreira de Vasconcelos

Mato Grosso

Luiz Philippe Pereira Leite

MT - Cuiabá

João Rodrigues da Cunha

MG - Uberaba

Martins de Oliveira

Minas Gerais

Clara Pandolfo

PA - Belem

1956 Já consta como eleito em 1947

1956

1984/2001 1984/2001 Eleito 18/08/1955

1956 1984/2001 1984/2001

Eleito 11/11/1954

1956 1984/2001

Jarbas Passarinho

PA - Belem

1984/2001

Vera Pandolfo Ribeiro

PA - Belem

1984/2001

José da Silveira

Pará

Eleito 28/04/1955

1956

Paulo Eleutério Senior

Pará

Eleito 26/08/1954

1956

Carlos Stellfeld

Paraná

Eleito 09/09/1954

1956

Oswaldo Pitollo

Paraná

Davi Carneiro

PR - Curitiba

Mario Marcondes de Albuquerque

PR - Curitiba

Waldir Jansen de Melo

PR - Curitiba

Lauro Raposo

PE - Goiana

Clovis Lacerda

PE - Iguarussu

Eleito 11/11/1954

1956

Raimundo Diniz Barreto

PE – Olinda

Eleito 11/11/1954

1956

Mauro Mota

PE - Recife

Eleito 26/08/1954 Falecido

1956 1984/2001 1984/2001 1984/2001

Eleito 11/11/1954

1956

1984/2001

Armando Samico

Pernambuco

Eleito 30/08/53

1956

Jordão Emerenciano

Pernambuco

Eleito 09/09/1954

1956

José Aragão Bezerra Cavalcanti

Pernambuco

Eleito 26/08/1954

1956

José Eduardo Brito Iguarassu

Pernambuco

Eleito 26/08/1954

1956

Leduar de Assis Rocha

Pernambuco

Eleito 07/06/1953

1956

Mario Coelho Pinto

Pernambuco

Eleito 11/11/1954

1956

Mario Melo

Pernambuco

Eleito 11/11/1954

1956

Dominicio Magalhães de Melo

Piaui

Eleito 04/07/1956

1956

Roberto Wall Barbosa de Carvalho

Piaui

Eleito 03/02/1955

1956

Francisco Melo Magalhães

Piauí

Eleito 04/07/1956

1956

Acyr Dias de Carvalho Rocha

Rio de Janeiro

Alberto Ribeiro Lamego

Rio de Janeiro

Antonio Justa

Rio de Janeiro

1984/2001 Eleito -31/05/1953

1956 1984/2001

Antonio Martins Araujo

Rio de Janeiro

1984/2001

Avertano Cruz

Rio de Janeiro

1984/2001

Chateuabriand Bandeira de Melo

Rio de Janeiro

Clotilde Carvalho

Rio de Janeiro

Eustaquio Duarte

Rio de Janeiro

Eleito 16/03/1955

1956 1984/2001

Eleito 26/08/1954

1956

Francisco Meireles Padilha

Rio de Janeiro

Helio Gomes

Rio de Janeiro

Eleito 14/09/1955

1956

1984

Helio Viana

Rio de Janeiro

Eleito 09/09/1954

1956

Jacy Montenegro Magalhães

Rio de Janeiro

1984/2001

José Coelho de Sousa Neto

Rio de Janeiro

1984/2001

José Honório Rodrigues

Rio de Janeiro

Eleito 11/11/1954

1956

José Martins de M. Guimarães

Rio de Janeiro

(?)/2001

Leanes de Sousa Caminha

Rio de Janeiro

1984/2001

Manoel Caetano B. de Melo

Rio de Janeiro

Manoel Diegues Junior

Rio de Janeiro

Paulo Afonso Machado de Carvalho

Rio de Janeiro

(?)/2001 Eleito 09/09/1954

1956 1984/2001


Paulo José Pardal

Rio de Janeiro

1984/2001

Paulo Mercadante

Rio de Janeiro

1984/2001

Raimundo Nonato Cardoso

Rio de Janeiro

1984/2001

Rita Violeta Gamerman

Rio de Janeiro

Rogelio Santiago

Rio de Janeiro

1984/2001 Eleito 25/03/1955

1956

Rui Barbosa Moreira Lima

Rio de Janeiro

Sales Cunha

Rio de Janeiro

Eleito 12/07/1955

1956

1984/2001

Salvador de Maya

Rio de Janeiro

Eleito 29/08/1956

1956

Viriato Correa

Rio de Janeiro

Eleito 04/09/1956

Artur Cesar Ferreira Reis

RJ - Humaitá

Pedro Gastão de Orleans e Bragança

RJ - Petropolis

Verissimo de Melo

RN

Dante de Laytano

RS – P. Alegre

Eleito 26/08/1954

1956

Carneiro Giffoni

São Paulo

Eleito 04/08/1955

1956

Flaminio Favero

São Paulo

Eleito 04/08/1955

1956

José Bueno de Azevedo Filho

São Paulo

Enocic Santiago

Sergipe

Eleito 11/11/1954

1956

Marcos Ferreira

Sergipe

Eleito 28/04/1955

1956

1956 1984/2001

Eleito 16/03/1955

1956 1984/2001

1984/2001

Fonte: Geografia e História – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano LIX, n. 7, dezembro de 1984, p. 105-107


AUTORES COLABORDORES DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO ABRANCHES DE MOURA, J.

A Ilha de S. Luiz

Ano I, n. 1, julho-setembro 1926

21-27

O Estado do Maranhão

Ano IV, n. 4, junho de 1952

94-97

ADLER, D. A.

Os valores morais no âmbito da escola capitalista

No. 27, julho de 2007

88-99

ALMEIDA E SILVA, E. F. de

Discurso de posse da Dra. Elimar Figueiredo de Almeida e Silva na Cadeira 20, do IHGM

No. 24, setembro de 2001

15-21

Gaspar de Sousa no Maranhão

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

05-11

Delmiro Gouveia – uma estrela na Pedra

No. 20, 1998

47-84

Discurso de agradecimento

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

71-74

Discurso de Posse de Raimundo Teixeira de Araújo, como sócio efetivo do IHGM, na cadeira no. 26

No. 26, 2002

14-16

Ameríndios maranhenses

Ano LIX, n. 08, março de 1985 Ano LX, n. 11, março de 1986

38-54

Uma calamidade que deve ser evitada

Ano IV, n. 4, junho de 1952

79-80

As boiadas sertanejas

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

53-61

Genealogia – dados genealógicos

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

81-90

O negro no Norte do Brasil

Ano IV, n. 4, junho de 1952

57-61

ABREU, S. F.

ALMEIDA, R. ALVES, L. N. AMARAL DE MATOS, O. C. ARAÚJO, R. T. de

AROSO, O. C. L.

BARBOSA, T.

BASTIDE, R.

Cultura ruprestre antropologia

maranhense

arqueologia,

07-12

BOGÉA, L.

Mestre Dudu

Ano LXIII, n. 16, 1993

22-24

No. 25, (s.d.)

35-40

BRITO, S.

Discurso do sócio efetivo do IHGM, Prof. Sebastião Brito, na inauguração da “Sala Prof. Ronald Carvalho”, em 05/09/01, na sede do IHGM – Ronald Carvalho – uma personalidade marcante do século XX A história da UEMA e sua importância para o Maranhão

No. 26, 2002

122-125

Discurso de Posse cadeira 11

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

Discurso de elogio ao patrono da cadeira no. 11 – Sebastião Gomes da Silva Belfort

Ano LXIII, n. 16, 1993

A morte do Jornalista Othelino

No. 20, 1998

39-41

A história do Natal

No. 21, 1998

16-19

Brasil 500 anos – carnaval e o rebanhão do ano dois mil

No. 23, 2000

13-14

A história da violência no mundo

No. 24, setembro de 2001

39-40

João de Barros: humanismo, mercancia e celebração imperial

No. 18, 1997

71-91

Cruzador Bahia – 56 anos de seu afundamento

No. 24, setembro de 2001

35-36

Maria Celeste: 48 ano s de seu naufrágio

No. 26, 2002

101

Antenor Bogéa: o ultimo constituinte de 1946

No. 19, 1997

11-19

Um século de Carlos Macieira

No. 23, 2000

76-86

Francisco Camelo faz o elogio do seu patrono

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

14-16

Discurso de Posse

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

56-66

Homenagem às mães

No. 24, setembro de 2001

37-39

BRITO, S. B. de

BUESCU, A. I. BURITY, E. de A. BUZAR, B. CAMELO, F. CANEDO, E. V. da S. O. de

81-84 125-129


CARDOSO, C.

CARVALHO, A. S. de

CARVALHO, B. de

V Centenário de descoberta da América

Ano LXIII, n. 16, 1993

42-51

500 anos de europeização da Terra do Pau-Brasil

No. 23, 2000

28-43

O Dia do Geógrafo (29.05.2001)

No. 25, (s.d.)

112-114

O Curso de Geografia da Universidade Federal do Maranhão

No. 26, 2002

78-88

Discurso de Posse – Diretoria eleita para o biênio 2006/2008 – dia 28 de julho de 2006

No. 27, julho de 2007

11-13

Pó r que criar Institutos Históricos e Geográficos?

No. 27, julho de 2007

18-26

Sousândrade

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

60-61

Discurso de posse

Ano LXII, n. 14, março de 1991

67-68

Jupiaçu – maioral da Ilha

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

45-47

O Velho Bacanga

Ano LXIII, n. 16, 1993

89-90

Alta madrugada (cenário e palco – rio Bacanga – setembro de 1947)

Ano LXIII, n. 16, 1993

91-92

Literatura imunda

Ano LXIV, n. 17, 1996

114-115

O Bacanga – a vida no sítio

No. 18, 1997

1001-102

O Bacanga –festa no sítio

No. 19, 1997

26-28

Éramos felizes...

No. 19, 1997

29-31

A vida do caixeiro-viajante

No. 20, 1998

13-15

Sai um pingado!

No. 20, 1998

42-43

O amanhecer da saudade

No. 21, 1998

86

São Luis – 70 anos atrás

No. 21, 1998

103-105

O carnaval na minha infância

No. 22, 1999

98-99

O amanhecer da saudade

No. 22, 1999

111-112

A doceira

No. 18, 1997

103-104

Os índios da região dos formadores do Rio Branco

Ano 2, n. 1, novembro de 1948 Ano 28, n. 3, agosto de 1951 Ano I, n. 1, julho-setembro 1926 Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

61-67

Luiz de Moraes Rego – precioso troféu da educação maranhense

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

35-42

Palestra pronunciada na Loja Maçônica Renascença,em São Luís, e reproduzida a pedido

Ano LXIV, n. 17, 1996

41-49

Recordando a adesão do Maranhão à Independência

Ano LXIV, n. 17, 1996

137-140

Caxias, consolidador da unidade nacional

No. 19, 1997

32-39

O Rotary e a ética profissional

No. 21, 1998

92-100

Responsabilidade e ética na administração pública

No. 22, 1999

07-26

Palestra do Gov.89/90 do D-4490, Ronald da Silva Carvalho, feita na reunião festiva de 21.05.99, comemorativa do 68º. Aniversário da fundação do Rotary Club de São Luís, ocorrida em 20.05.31

No. 22, 1999

58-65

Curso de Cidadania e liberdade para Jovens do Programa Premio Rotário de Liderança Juvenil (Palestra pronunciada a 23.07.96 pelo Governador 89/90 do Distrito 4490, Ronald da Silva Carvalho)

No. 23, 2000

97-108

Estudo sobre os Poianauas As tribus do Rio Javary

CARVALHO, J. B. de

Nota sobre a arqueologia da Ilha de São Luís Conselho Estadual de Educação do Maranhão - Memória

CARVALHO, R. da S.

11-26 89-96 07-08 76-97


CHAGAS, J.

COELHO NETTO, E.

CORDEIRO, I.

Um livreiro, um homem, um a memória

No. 20, 1998

28-30

O Ameríndio – o índio da colonização e no povoamento do Maranhão- micro-etnias atuais do Maranhão

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

46-56

Candido Mendes de Almeida

Ano LIX, n. 08, março de 1985

95-101

Humberto de Campos – primeiro centenário de nascimento

ano LX, n. 12, 1986 ?

03-11

Antropologia e Sociologia

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

79-81

Discurso

Ano LXII, n. 14, março de 1991

69-72

Domingos Sousa

Ano LXIII, n. 16, 1993

16-17

Sinopse da história do catolicismo no Maranhão

Ano LXIII, n. 16, 1993

68-76

Crônica para o Instituto setentão

Ano LXIV, n. 17, 1996

13-15

Saudação de Posse do escritor e historiador Carlos Orlando Rodrigues de Lima no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (solenidade realizada em 27/03/96)

No. 18, 1997

26-29

O Padre Antonio Vieira e o Maranhão

No. 19, 1997

40-49

A Independência e a adesão do Maranhão

No. 21, 1998

67-73

Raymundo Carvalho Guimarães – longevidade dos justos

No. 21, 1998

101-102

Primeira revista do IHGM

No. 21, 1998

109-110

A bela saudação da confreira Ilzé Cordeiro a Dra. Elimar Almeida Silva

No. 24, setembro de 2001

11-14

No país dos Timbiras

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 Ano 28, n. 3, agosto de 1951 Ano IV, n. 4, junho de 1952 Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 Ano LIX, n. 08, março de 1985 Ano LIX, n. 9, junho de 1985 Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 Ano LX, n. 11, março de 1986 ano LX, n. 12, 1986 ?

82-91

História da Assistência à Infância do Maranhão Temperatura efectiva de São Luíz Idéias médicas de Gaioso Doença e morte do Conde D’Escragnolle Famílias Maranhenses Biografia inédita do Visconde d Parnaíba De Olavo Correia Lima (mensagem) Homo Sapiens stearensis – Antropologia Maranhense CORREIA LIMA, O.

Província espeleológica do Maranhão Geo-História do Maranhão, de Eloy Coelho Neto Parque Nacional de Guaxenduba Mário Simões e a arqueologia maranhense Filogênese freudiana Duas controvérsias científicas: (1) Origem da religião; (2) Mito capital da história maranhense Ameríndios maranhenses Mons. Dr. Mourão Cultura rupestre antropologia

maranhense

arqueologia,

89-136 07-12 49-68 21-30 91-96 103-110 07 33-43 62-70 05-06 21-36

Ano LXII, n. 14, março de 1991 Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 Ano LXIII, n. 16, 1993

23-31

Ano LIX, n. 08, março de 1985 Ano LXIV, n. 17, 1996

38-54

Ano LX, n. 11, março de 1986

07-12

15-32 77-88

56-82


COSTA, B. E.

COSTA, C. R. COSTA, J. P. da

COUTINHO, M.

CRUZ, O.

CUNHA, C.

DINIZ, E. F.

DINO, N.

DOMINGOS, G. A. DOMINGUES FILHO, V. DOMINGUES, V.

ELIAS FILHO, J.

FEITOSA, A. C.

O geógrafo e historiador Cônego Benedito Ewerton Costa fala sobre o seu Patrono – o Padre Antonio Vieira

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

73-78

Sesquicentenário da Paróquia de Codó

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 Ano IV, n. 4, junho de 1952

48-55

Papéis vários do Conselho Ultramarino

101-114

Um reencontro feliz

Ano LIX, n. 08, março de 1985

55-59

Discurso

Ano LXII, n. 14, março de 1991

61-66

Discurso

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

97-99

Discurso sobre a trajetória histórica do IHGM

Ano LXIV, n. 17, 1996

21-25

Discurso do Dr. Milson Coutinho na posse do jornalista Herbert Santos

Ano LXIV, n. 17, 1996

141-143

Discurso do sócio Milson Coutinho na Academia Maranhense de Letras por ocasião das homenagens a Josué Montello pelos seus 80 anos

No. 19, 1997

07-10

Barra do Corda, uma rapsódia de amor

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

40-45

De Carlos Cunha (mensagem)

Ano LIX, n. 08, março de 1985

05

Viriato Corrêa, o eterno

Ano LIX, n. 08, março de 1985

61-65

IHGM homenageia Bandeira Tribuzi

ano LX, n. 12, 1986 ?

37-39

Saudação a Aluizio Ribeiro da Silva

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

43-44

O mestre Ribeirinho

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

77-78

Abastecimento e expansão demográfica

Ano IV, n. 4, junho de 1952

83-87

O Forte do Itapecurú

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

77-87

Forças militares cearenses nos campos do Maranhão

Ano 28, n. 3, agosto de 1951

31-43

O primeiro dos três discursos celebres de Vieira da Silva

Ano IV, n. 4, junho de 1952

47-51

Bacharéis, Mestres de escolares

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

31-32

20º. Congresso Brasileiro de Radiodifusão – a micro empresa e a geração d empregos

No. 18, 1997

07-18

Três lendas relacionadas com o Maranhão

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

17-20

O Turiaçu

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

69-118

História do Maranhão (Cap. 9) – descobrimento do Maranhão

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

36-39

Bequimão e o Santo Ofício

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

23-27

Humberto de Campos

ano LX, n. 12, 1986 ?

15-18

Biografias resumidas de maranhenses ilustres

Ano LX, n. 11, março de 1986

41-45

A independência do Brasil no Nordeste

No. 21, 1998

77-84

Controvérsias na denominação da Ilha do Maranhão

Ano LXIV, n. 17, 1996

116-129


FEITOSA, R. FERNANDES, H. C.

FERNANDES, J.

FERNANDES, J. de R. FERNANDES, J. S.

FERREIRA, A. FERREIRA, M.

FERREIRA, M. da C.

FIALHO, O.

FREITAS, J. C. M. de

Criança de Rua: quem lucra com esta triste realidade?

No. 21, 1998

Quando se uniu o Maranhão ao Brasil?

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

69-75

A escalada de Wolney

Ano LXIII, n. 16, 1993

95-96

Considerações sobre o Rio Mearim

Ano LXIV, n. 17, 1996

50-55

A Praia Grande e o livro de Jamil Jorge

No. 18, 1997

92-93

O bom mensageiro

No. 19, 1997

82-83

O Padre Brandt e sua obra redentora

No. 20, 1998

95-101

O Centro Cultural Nascimento Moraes

No. 21, 1998

36-41

Setenta e dois anos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 20, 1998

16-24

O assoreamento da Costa Leste maranhense

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

99-106

Notícia sobre Frei Cristóvão de Lisboa

Ano IV, n. 4, junho de 1952 Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 No. 18, 1997

67-75

A volta de Luis Magalhães a Lisboa Aboio do Vaqueiro

117-120

75-79 99-100

A formação do professor de português: ontem e hoje

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

56-64

Lições de vida aprendidas no sertão maranhense (um olhar para a história sócio-cultural da região)

No. 20, 1998

07-12

José Constantino Gomes de Castro – patrono da cadeira no. 37 do IHGM

No. 21, 1998

87-91

Um fato significante para a formação da cidadania

No. 22, 1999

27-29

A professora primária: seu valor e papel no processo de comunicação e desenvolvimento do interior maranhense

No. 22, 1999

30-38

Eternamente obrigada!

No. 26, 2002

106

A Bacia do Rio Flores

Ano 2, n. 1, novembro de 1948 Ano IV, n. 4, junho de 1952

Elementos para a classificação geológica do litoral maranhense

127-139 77-78

Discurso de Posse

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

57-61

A bandeira brasileira

Ano LIX, n. 08, março de 1985

89-94

O bicentenário de Simon Bolívar e a influencia de seu pensamento na educação das Américas

Ano LX, n. 11, março de 1986

25-34

Roquete Pinto e a educação brasileira

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

35-41

Centenário de Máximo Martins Ferreira

ano LX, n. 12, 1986 ?

98-100

O centenário de Vila-Lobos

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

47-48

Antonio Lopes, o intelectual

Ano LXII, n. 14, março de 1991

13-21

A “Quinta da Vitória” de Sousândrade

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

48-52

O Centenário de um Mestre

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

76-80

Os 380 anos de São Luís

Ano LXIII, n. 16, 1993

27-29

Santos Dumont, o heróis brasileiro

Ano LXIII, n. 16, 1993

30-35

Saudação ao Mestre Josué Montello

Ano LXIII, n. 16, 1993

36-37

Vital de Oliveira, o hidrógrafo

Ano LXIV, n. 17, 1996

Homenagem a João de Barros

No. 18, 1997

103-104 34-37


28 de Julho, uma data histórica

No. 19, 1997

62-68

São Luís, patrimônio da humanidade

No. 20, 1998

105-108

O bicentenário de D. Pedro I

No. 21, 1998

20-30

Sob as bênçãos do Divino Espírito Santo

No. 24, setembro de 2001

09-10

Dia da Imprensa

No. 25, (s.d.)

95-100

Os 74 anos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 23, 2000

52-55

Sesquicentenário de Rui Barbosa

No. 23, 2000

92-96

Discurso da confreira Joseth Coutinho Martins de Araújo, cadeira no. 55, saudando o Prof. Raimundo Teixeira de Araujo, empossando na cadeira no. 26 do IHGM

No. 26, 2002

17-21

Centenário de Juscelino Kubitschek

No. 26, 2002

89-92

Adesão do Maranhão à Independência, 20 ou 28?

No. 27, julho de 2007

15-17

Homenagem à cidade de São Luís

No. 27, julho de 2007

27-29

Datas comemorativas do mês de novembro

No. 27, julho de 2007

37-41

Sobrados de São Luís

Ano IV, n. 4, junho de 1952

97-98

Canudos: 5d outubro d 1897

No. 19, 1997

69-72

Discurso de posse e elogio ao patrono da cadeira no. 40 – João Dunshee de Abranches Moura

Ano LXIII, n. 16, 1993

Frei Custódio Alves Pureza Serrão

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

26-35

Joaquim Vieira da Luz

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

45-47

O cometa de Halley

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

71-72

The Guaja

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

125-126

HOLANDA, L. T. C.

São Luís – a imortal

No. 20, 1998

44-45

HORTENCIA, L.

São Luís

No. 20, 1998

46

O jornalismo polemico de Odorico Mendes e Garcia de Abranches

Ano LX, n. 11, março de 1986

13-22

JORGE, S.

O “Farol Maranhense”

ano LX, n. 12, 1986 ?

63-78

Discurso de posse do dr. José Márcio Soares Leite, na cadeira no. 15, como sócio efetivo do IHGM

No. 25, (s.d.)

04-34

Paradigmas da doença

No. 26, 2002

99-100

Discurso proferido pelo Dr. José Márcio Soares Leite por ocasião do lançamento do livro sobre a biografia do seu pai, Prof. Orlando José da Silveira Leite, dia 23/03/2007

No. 27, julho de 2007

73-77

Paradigma da UFMA

No. 27, julho de 2007

108-110

Apontamentos históricos – sobre a criação, administração, melhoramentos materiais da Sé, Catedral do Maranhão

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

Sobre o tumulo da comédia

Ano LXIII, n. 16, 1993

“O último ato”

No. 18, 1997

94-98

Discurso do sócio Carlos Alberto Lima Coelho por ocasião do lançamento do livro Raposa: seu presente, sua gente, seu futuro, no IHGM

No. 21, 1998

44-47

Discurso de posse de Bento Moreira Lima Neto no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 24, setembro de 2001

24-28

Discurso de Posse do historiador Carlos de liam no IHGM, cadeira no. 22

No. 18, 1997

42-70

A queimação do Judas

No. 21, 1998

53-66

FREYRE, G. GASPAR, C. T. P.

GUIMARÃES, R. C.

HIMUENDAJU, C.

LEITE, J. M. S.

LEMERCIER, J. M.

LIMA COELHO, C. A.

LIMA NETO, B. M. LIMA, C. de

111-124

13-22

104-107


Sobre os 500 anos do descobrimento do Brasil

No. 21, 1998

Marília e Dirceu

Ano I, n. 1, julho-setembro 1926

09-14

O Diccionário Histórico e Geographico do Maranhão

Ano I, n. 1, julho-setembro 1926

41-46

A História de S. Luís – questões e dúvidas

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

33-50

Uma grande data

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

141-146

Armorial Maranhense

Ano I, n. 1, julho-setembro 1926

47-53

Duas grandes figuras (discurso de posse na cadeira de Yves d´Evreux, a qual Raimundo Lopes inaugurou no IHGM

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

51-60

A independência do Brasil no Nordeste

No. 21, 1998

77-84

Discurso de Posse

ano LX, n. 12, 1986 ?

51-55

Biografias resumidas de maranhenses ilustres

Ano LX, n. 11, março de 1986

41-45

MARANHÃO, H.

Oração do IHGM nos seus 70 anos

Ano LXIV, n. 17, 1996

19-21

MARQUES, J. P.

Discurso de posse do Engenheiro Civil José Pinheiro Marques na cadeira 45, do IHGM

No. 24, setembro de 2001

47-49

O Ministro Astolfo Serra é o Patrono do Fórum Trabalhista de São Luis

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

84-86

A cultura e o turismo

Ano LX, n. 11, março de 1986

23-24

Rubem Almeida, o poeta

ano LX, n. 12, 1986 ?

60-62

General Cesário Mariano de Albuquerque Cavalcanti

Ano IV, n. 4, junho de 1952 No. 20, 1998

54-56

Discurso de posse do Confrade

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

18-21

Brasília sob o ângulo histórico

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

73-75

As ilhas do Maranhão

Ano IV, n. 4, junho de 1952

92-94

Discurso de posse do Professor Kalil Mohana - IHGM

No. 19, 1997

50-61

Discurso de lançamento do livro Viajando e Educando

No. 20, 1998

109-111

A História e a Geografia no contexto contemporâneo

No. 27, julho de 2007

33-36

A Coluna Prestes e a custódia de Oeiras

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

45-46

São Luis dos bons tempos do bonde

Ano LXII, n. 14, março de 1991

33-35

D. Delgado, pioneiro do ensino médico no Maranhão

Ano LXII, n. 14, março de 1991

39-41

Como são diferentes os tempos!

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

53-55

Uma idéia infeliz

Ano LXIII, n. 16, 1993

93-94

Uma lei desumana

Ano LXIV, n. 17, 1996

105-106

Revendo os sobrados da João Lisboa e recordando amigos

Ano LXIV, n. 17, 1996

107-109

Esboço histórico da Assistência Obstétrica em São Luis

Ano LXIV, n. 17, 1996

110-113

Faleceu o confrade Olavo Correia Lima

No. 19, 1997

84-85

Dois importantes livros médicos

No. 20, 1998

102

LOPES DA CUNHA, A.

LUZ, J. V. da

MAGALHÃES, M. dos R. B.

MEDEIROS, J. F.

MEIRELES, M. M. MELO, M. de O. MILHOMEM, W. MIRANDA, L.

MOHANA, K.

MOURA, C.

Os primeiros médicos do Brasil e do Maranhão

111-116

31-38


MOURA, C. de S. NASCIMENTO, J. OLIMPIO FILHO

OLIVEIRA, E. M. de

PEREIRA, J. da C. M.

PINTO, F.

Fazer o bem sem olhar para quem

No. 20, 1998

103-104

Discurso de Posse cadeira 28

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

71-83

Dinamização e otimismo

Ano LIX, n. 08, março de 1985

03-04

A Casa de Pedra

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

47-51

Uma reflexão sobre o cheque pré-datado

Ano LXIV, n. 17, 1996

130-131

Discurso de Edomir Martins de Oliveira saudando o ingresso de Mário Lincoln Feliz Santos no IHGM

Ano LXIV, n. 17, 1996

144-146

Discurso pronunciado no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão por Edomir Martins de Oliveira, membro do IHGM, cadeira no. 51, aos 29/01/97 as 17:30 hs

No. 18, 1997

30-33

Edomir Martins de Oliveira – cadeira no. 51doIHGM – São Luís (MA), 24.09.97

No. 19, 1997

20-25

O Presbiterianismo no Maranhão

No. 20, 1998

25-27

Um breve estudo acerca da família

No. 21, 1998

121-124

Festas juninas no Maranhão

No. 22, 1999

85-97

Brasil: 500 anos

No. 23, 2000

15-27

O uso do c aderninho de crédito ontem e hoje

No. 23, 2000

47-51

IHGM-25/08/99 – Discurso de Edomir Martins de Oliveira ocupante da cadeira 51, saudando Osvaldo Pereira da Rocha por ocasião da sua posse no Instituto

No. 23, 2000

56-61

Editorial

No. 24, setembro de 2001

01

Discurso de Edomir Martins de Oliveira, presidente do IHGM, saudando Dr. José Ribamar Seguins, pelo lançamento de seu livro “Terra a Vista – Brasil 500 anos”.

No. 24, setembro de 2001

41-43

Navegar é preciso...

No. 25, (s.d.)

41-42

Discurso de Edomir Martins de Oliveira, cadeira 51, apresentando o novo livro de Carlos Alberto Lima Coelho: “São Luis dos Amores aos tambores”

No. 26, 2002

10-13

Discurso de Edomir Martins de Oliveira – cadeira no. 51, saudando a Paula Frassinetti da Silva Sousa, pelo seu ingresso no IHGM, na cadeira no. 34, em 07.12.2001

No. 26, 2002

31-35

Relatório da Presidência do IHGM, sobre as atividades do Instituto durante o ano de 2001

No. 26, 2002

61-66

Palestra proferida por Edomir Martins de Oliveira, sobre o IHGM, no Roraty Club São Luís-Praia Grande em 07/03/2002

No. 26, 2002

72-77

Homenagem póstuma ao inesquecível Sebastião Barreto de Brito

No. 27, julho de 2007

53-55

Discurso de Posse

Ano LXII, n. 14, março de 1991

73-84

Discurso sobre a adesão do Maranhão à Independência

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

85-90

Discurso de elogio ao Patrono da cadeira n. 59

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

91-96

A Batalha de Guaxenduba

Ano LXIII, n. 16, 1993

38-41

O reconhecimento da Independência do Maranhão

No. 24, setembro de 2001

30-34

A Inconfidência mineira no contexto do Brasil Colônia: antecedentes, razões preponderantes de sua ocorrência e significado de sua repercussão

No. 27, julho de 2007

42-52

O Maranhão e a Independência: resistência e adesão

No. 27, julho de 2007

100-107

Tapuytapera

Ano 28, n. 3, agosto de

27-30


1951 RAMOS, A. V.

Eu mesmo em resumo

No. 27, julho de 2007

56-64

RAMOS, C. P.

Jupi-Açú – o Principal da Ilha – amigo dos Franceses

Ano LXIII, n. 16, 1993

60-67

Elogio ao Patrono cadeira 2

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

60-69

A morte de Luís Domingues

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

121-122

Discurso de posse da professora Teresinha Rêgo no IHGM

No. 24, setembro de 2001

49-50

A importância da flora medicinal Maranhense na fitoterapia

No. 27, julho de 2007

RAPOSO, J. B. RÊGO COSTA

REGO, T. de J. A.

REIS, J. R. REIS, J. R. S. dos

REIS, L. G. dos

RIBEIRO DO AMARAL, ROCHA, L.

ROCHA, O. P.

ROCHA, S. P.

da pré-amazônia

111-127

Rumo secular do caboclo maranhense

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

67-71

Discurso de Jose de Ribamar Sousa dos Reis, por ocasião do lançamento do livro de sua autoria “Raposa: presente, sua gente, seu futuro’, no IHGM em 27.5.1998

No. 21, 1998

48-52

Alto Parnaíba

Ano 28, n. 3, agosto de 1951 Ano IV, n. 4, junho de 1952 Ano I, n. 1, julho-setembro 1926

45-77

A fala do Governador

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

18-19

Pronunciamento de Osvaldo Pereira Rocha, por ocasião de sua posse como membro efetivo do IHGM, ocupante da cadeira no. 8, patroneado pelo Padre Jesuíta e escritos João Felipe Bettendorf

No. 22, 1999

101-110

Fuzileiros e Técnicos Navais

No. 23, 2000

44-46

Boa viagem

No. 23, 2000

62-64

Dia do Marinheiro

No. 23, 2000

65-68

A cidade de Pedreiras

No. 23, 2000

69-72

Administradores de Pedreiras

No. 23, 2000

73-75

Algo da história dos 500 anos

No. 23, 2000

88-91

Saudação a Bento Moreira Lima na posse da cadeira 18

No. 24, setembro de 2001

21-23

O soldado brasileiro

No. 25, (s.d.)

43-54

Soberania Nacional

No. 25, (s.d.)

54-62

A data magna do IHGM

No. 26, 2002

24-26

Feliz Aniversário, São Luis

No. 26, 2002

27-28

O Exército na Amazônia

No. 26, 2002

29-30

Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 26, 2002

126-128

IHGM tem primeira mulher Presidente

No. 27, julho de 2007

Festas Juninas

No. 24, setembro de 2001

Discurso de Posse (cadeira 53, José do Nascimento Moraes)

Ano LXIII, n. 16, 1993

Mulher: desafios de sempre

No. 19, 1997

87-94

Figuras do Parque do Bom Menino

No. 21, 1998

10-15

Palestra do sócio Salomão Rocha, cadeira no. 53, alusiva ao Reinício das Atividades Acadêmicas no IHGM em 2001 e ao Dia Internacional da Mulher

No. 25, (s.d.)

101-111

Outubro – mês do médico (in memoriam)

No. 25, (s.d.)

118-121

Jardins de São Luís

No. 26, 2002

141-142

Discurso do Dr. Salomão Rocha saudando a Profa.

No. 24, setembro de 2001

O sitio Filipinho Nobiliarchia Maranhense

03-05 38-41

30-32 29 130-134

34-35


Teresinha Rêgo por sua posse no IHGM RODRIGUES, N. RUFINO FILHO, A SÁ VALE FILHO

O sociólogo em G. Dias

Ano IV, n. 4, junho de 1952

87-90

Dia das Crianças

No. 26, 2002

05-09

Um patrimônio cultural da humanidade

No. 25, (s.d.)

93-94

Duas fontes de luz

No. 21, 1998

85

UTI – desmistificando medos, garantindo a vida

No. 25, (s.d.)

115-117

SALGADO FILHO, N.

Hospital-Geral “Dr. Tarquínio Lopes Filho” – um passado de glórias, um futuro de esperanças

No. 26, 2002

118-121

SALGUEIRO, M. C.

Convento e Igreja de Santo Antonio

No. 26, 2002

93-98

Aderson Ferro – o dentista iluminado do Norte

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

63-74

Geopolítica maranhense

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

42-44

Tiradentes e as conjunturas sócio-políticas do seu tempo

Ano LX, n. 11, março de 1986

45-51

Breves noções de Sociologia Rural

ano LX, n. 12, 1986 ?

40-45

Homenagem ao confrade Aderson de Carvalho Lago

Ano LXIV, n. 17, 1996

39-40

Entrevista com Edomir Martins de Oliveira

No. 24, setembro de 2001

03

Mhário Lincoln recebe Pinheiro Marques no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 24, setembro de 2001

44-46

Posfácil

No. 24, setembro de 2001

51

Discurso de Mario Lincoln ao ocupar a cadeira no. 14

Ano LXIV, n. 17, 1996

Aspectos históricos e geográficos da cidade de Imperatriz

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

79-82

Elogio ao patrono da cadeira no. 43 do IHGM

No. 27, julho de 2007

78-87

Moral e ética no trabalho, na política e no exercício profissional

No. 26, 2002

129-140

O futuro, o passado

No. 21, 1998

08-09

IHGM = 60 anos

Ano LIX, n. 08, março de 1985

09-12

Plano editorial do IHGM.

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

83-84

Nossa revista

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

03

Sebastião Archer da Silva – o grande benemérito

Ano LIX, n. 08, março de 1985

33-34

Poemas de estrelas

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

21-22

Convocação geral

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

45-47

Bases do concurso para a confecção do Medalhão e da Indumentária que serão usadas nas sessões solenes e festivais do IHGM pelos sócios efetivos e honorários

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

87

Ato normativo n. 01/85

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

88-89

A lendária e histórica cidade de São José de Ribamar

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

11-15

Certo dia escrevi e dediquei

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

16

Carta ao Governador Luiz Rocha

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

28-29

O Monte Castelo

Ano LXI, n. 13, dezembro

07-10

SALLES CUNHA, E.

SANTANA, P. R. de

SANTOS, H. de J.

SANTOS, M. L. F.

SANTOS, W. SARAIVA, J. C. V. SARDINHA, C. G. SARDINHA, A. H. L. SARNEY, J. SEGUINS, J. M.

SEGUINS, J. R.

V.;

147-149


de 1987

SILVA, A. R. da

SILVA, E. F. de A.

SOARES, L. A. N. G.

SOARES, O. SOARES, W. SOUSA, D. SOUSA, D. de

Correspondência sobre Maria Firmina dos Reis

Ano LXII, n. 14, março de 1991

85-92

Brasil independente

No. 25, (s.d.)

Discurso de Posse

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

20-31

Homenagem a Antonio Ribeiro da Silva, Ribeirinho

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

32-34

Um livro valioso

Ano LXII, n. 14, março de 1991

53-55

Discurso

Ano LXII, n. 14, março de 1991

57-60

Discurso da sócia Elimar Figueiredo de Almeida Silva, cadeira 20, saudando o empossado José Márcio Leite

No. 25, (s.d.)

Escola: “adote uma empresa”

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

63-65

Um SOS ao Pró-memória

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

30-34

Neto Guterres – o médico dos pobres

ano LX, n. 12, 1986 ?

55-60

Saudação a Wanda Cristina em sua posse

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

17-19

Saudação a Odorico Carmelito Amaral de Matos

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

67-70

Subsídios para a História de Alcântara

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

33-44

122-143

144-149

Teixeira Mendes: o apóstolo do Positivismo

Ano LXIII, n. 16, 1993

52-59

São Luís do Maranhão: a cachopa de além-mar

Ano LXIV, n. 17, 1996

93-95

A presença da iniciativa privada no desenvolvimento maranhense

Ano LXIV, n. 17, 1996

96-102

Netto Guterres –o médico dos pobres

No. 19, 1997

73-81

Apontamentos para a história da Justiça Federal no Maranhão – 1891-1997

No. 20, 1998

85-94

Resgate histórico

No. 21, 1998

74-76

O prefeito da fonte (in memoriam de José Moreira)

No. 22, 1999

55-57

Apontamentos para a história da Justiça Federal no Maranhão – 1891-1997

No. 22, 1999

66-84

Advertência necessária

No. 23, 2000

07-08

A destruição do patrimônio histórico

No. 23, 2000

09-12

Tiradentes: “nas Minas Gerais daqueles tempos não houve inconfidência e sim uma conjuração, mais teórica do que prática”

No. 24, setembro de 2001

04-09

Pequenas contribuições ao estudo da Sinopse histórica do IHGM – 1925-2001

No. 25, (s.d.)

63-88

A destruição do Patrimônio Histórico II

No. 25, (s.d.)

88-92

Três nomes ilustres que engrandecem o Maranhão

No. 26, 2002

49-60

Numismática maranhense

Ano 2, n. 1, novembro de 1948 No. 22, 1999

89-98

Subsídios a bibliographia maranhense

Ano I, n. 1, julho-setembro 1926

31-38

Panaquatira

ano LX, n. 12, 1986 ?

39-40

Harpia

Ano LXII, n. 14, março de 1991

37-38

Mumismática maranhense

39-50


SOUSA, E.

A Jerusalém de Taipa e o poder constituído

No. 23, 2000

109-114

O filho ilustre de São Bernardo

No. 18, 1997

38-41

Bernardo de Almeida e seu tempo

No. 21, 1998

31-35

Elogio do sócio Francisco Eudes de Sousa, cadeira no. 13, ao saudoso Presidente do IHGM , Hedel Jorge Ázar

No. 26, 2002

22-23

O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão na trajetória de um pensamento histórico

No. 26, 2002

67-71

SOUSA, P. F. da S.

Discurso de Posse da Profa. Paula Frassinetti da Silva Sousa, como sócia efetiva do IHGM, na cadeira no. 34

No. 26, 2002

36-48

SOUZA, J. H. de

Heróis do passado deram suas vidas pelas liberdades democráticas

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

49-55

O dono do Sancy e a França Equinocial

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

107-117

Francisco Alves Camêlo no instituto Histórico

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

23-24

O Palácio dos Leões e sua história

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

11-16

Amor pela História

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

Contracapa

Discurso de Travassos Furtado

Ano LIX, 1985

n. 9, junho de

11-13

A volta do cometa de Halley

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

48-52

Juventude como fator de desenvolvimento

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

17

Halley, mensageiro d novas esperanças para o Brasil

Ano LX, n. 11, março de 1986

52-61

A ciência sempre vence

ano LX, n. 12, 1986 ?

46-51

179inqüenta anos sem Humberto de Campos

Ano LIX, n. 08, março de 1985

17-28

Manoel Beckman e seus historiadores

Ano LIX, 1985

53-59

S. Luís, a antiga (evocação)

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

119-126

O Maranhão fabuloso

Ano I, n. 1, julho-setembro 1926

17-20

O caráter de Bequimão

Ano IV, n. 4, junho de 1952

63-66

Os primórdios do Brasil

Ano LIX, n. 08, março de 1985

67-74

A carta de Caminha

Ano LIX, n. 9, junho de 1985

90-102

Explicações sucintas do desenho do Medalhão (crachá) para ser usado nas sessões solenes e festivas, pelos membros efetivos do IHGM

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985

56-57

A posição do Brasil em relação as demais nações

Ano LX, n. 11, março de 1986

35-40

A existência histórica de Antonio Lobo

ano LX, n. 12, 1986 ?

78-98

Pedro da Silva Nava: médico, escritor, poeta, pintor e desenhista

Ano LXII, n. 14, março de 1991

43-52

Vida e obras de Antonio Gonçalves Dias

Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992

65-75

A arte de falar bem

Ano LXIII, n. 16, 1993

97-103

A importância do folclore e seus principais aspectos no

Ano LXIV, n. 17, 1996

83-92

SOUSA, E. de

SOUSA, F. E. de

TEIXEIRA, L.

TRAVASSOS FURTADO

VASCONCELOS, A.

VASCONCELOS, B.

VIANA, F.

VIANA, O. P.

n. 9, junho de


Maranhão Ana Amélia, a musa de G. Dias, sua genealogia e seus descendentes

No. 21, 1998

106-108

Biografia de um Presidente

No. 26, 2002

102-105

Homenagem ao Patrono da cadeira no. 41 – Engenheiro José Domingues da Silva

No. 27, julho de 2007

65-72

Superstições ligadas ao parto e à vida infantil

Ano IV, n. 4, junho de 1952

41-46

O culto vudou: identificações em São Luís e no Haiti

Ano IV, n. 4, junho de 1952

90-92

Estudos Geográficos do Maranhão

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

25-47

Antonio Lopes

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

122-125

VIEIRA, A. G.

A navegação e o controle de navios pelo Estado do Porto na atualidade

No. 26, 2002

107-117

VIEIRA, J. A. M.

Humberto de Campos

ano LX, n. 12, 1986 ?

11-15

O jornal “O País” em face da guerra da Tríplice-Aliança

Ano 28, n. 3, agosto de 1951

79-87

Uma luta política do Segundo Reinado

Ano IV, n. 4, junho de 1952

13-39

A família Morais Rêgo

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

03-24

A eleição do 1º. Tenente Tasso Fragoso para deputado à constituinte de 92 e a sua renúncia

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

09-15

Coronel Joaquim Silvério dos Reis Montenegro

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

97-101

Algumas lendas indígenas

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

126-130

Luís Felipe Gonzaga de Campos

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

33-45

Novos longicórneos neotópicos, X (Col. Cerambycidadae)

Ano LXIII, n. 16, 1993

18- 22

VIEIRA da SILVA, R. E. de C.

VIEIRA FILHO, D.

VIVEIROS, J. de

WAGLEY, C. XEVEZ, S. M. ZAJCIW, D.


GUARNICÊ – UM NOVO MOVIMENTO LITERÁRIO? LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Ludovicense de Letras Instituto Histórico e geográfico do Maranhão Realizada a III Semana Ludovicense de Literatura, dentro das comemorações do V Aniversário de Fundação da Academia Ludovicense de Letras, e após as discussões que se motivaram em torno de duas mesasredondas sobre a literatura ludovicense da atualidade, considerada aquela que passa a acontecer no final dos anos 60, inicio dos anos 70 – do século passado! – até o presente, fica a pergunta: vivemos um novo movimento literário? Os 41 anos do lançamento da antologia “Hora do Guarnicê” caracteriza esse momento? Francisco Tribuzi204 informa que ainda estão aqui, “respirando, recitando poesia, pelos caminhos tortuosos de nossas ladeiras, pelo mirantes mirabolantes dos nossos casarões”. Menos Valdelino, já no andar de cima, eternizado pelo seu brilhante trabalho em prol da cultura popular... Informa-nos esse Tribuzi, filho d´aquele outro – que Guanicê, no vocabulário dos brincantes do bumba-meu-boi do Maranhão, é algo tão significativo, que simplesmente o boi não brincaria se lhe faltasse guarnição: A hora do guarnicê é, portanto, o momento preparatório para a saída do boi. É a fase do chamamento, da convocação geral, em que os participantes do folguedo se encaminham para o terreiro, em suas indumentarias multicoloridas, e vão aquecer os tambores na fogueira acesa, testar a ressonância das matracas, conferir, uns aos outros, o conteúdo melódico e poético das toadas.

Os anos 70/80, aqui (no Maranhão) - convencionados Geração Luís Augusto Cassas - [...] abrem-se com o poeta Jorge Nascimento (1931), continuando com Arlete Nogueira (1936), Eloy Coelho Neto (1924), Cunha Santos Filho (1952), João Alexandre Júnior (1948), Chagas Val (1943), Francisco Tribuzi (1953), Alex Brasil (1954), Adailton Medeiros (1938)... Este último, tendo participação confirmada na vanguarda Práxis, no eixo Rio/São Paulo, sob a liderança de Mário Chamie. (Corrêa, 2010) 205. Inicia-se, quem sabe, entre 1969 e 1970, no Liceu Maranhense – não podia ser outro o lugar... – com o denominado “Movimento “Antroponáutica”, estreando na “Antologias do Movimento Antroponáutico” (1972)206; o ultimo vocábulo de um poema de Bandeira Tribuzi (ASSIS BRASIL, 1994)207. Dinacy Corrêa (2010) 208 diz ser integrado por autores que, mesmo sem terem feito lançamento, comparecem na antologia do citado movimento: Luís Augusto Cassas (1953), Chagas Val (1948), Valdelino Cécio (1952), Raimundo Fontenele (1948), Viriato Gaspar (1952). Tanto Dinacy quando Assis Brasil, afirmam que este movimento iria se completar, em 1975, com a Antologia “A Hora do Guarnicê” 209, – reunindo os poetas da coletânea anterior, acrescida de nomes novos, como João Alexandre Júnior e Rossini Corrêa – que se revela, com livro próprio, na década de 80.

204

TRIBUZI, Francisco - 41 ANOS DO LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA HORA DE GUARNICÊ...IN FACEBOOK CORRÊA, Dinacy Mendonça. UMA ODISSÉIA NO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS. Revista Garrafa 22, setembrodezembro 2010, disponível em http://www.letras.ufrj.br/ciencialit/garrafa/garrafa22/dinacycorrea_umaodisseiano.pdf 206 ANTOLOGIA POÉTICA DO MOVIMENTO ANTROPONÁUTICA. São Luis: Departamento de Cultura do Maranhão/Secretaria de Educação e Cultura, s.d. 207 BRASIL, Assis. A POESIA MARANHENSE NO SÉCULO XX - antologia. Rio de Janeiro: IMAGO; São Luis: SIOGE, 1994. 208 CORRÊA, 2010, obra citada 209 BORGES, Celso; HAICKEL, Joaquim. (organizadores). ANTOLOGIA GUARNICÊ, ano I. São Luis: Guarnicê, 1984. Publicadas no Suplemento e na revista Guarnicê de agosto de 83 a julho de 84. HAICKEL, Joaquim; BORGES, Celso. GUARNICÊ ESPECIAL, ano II. Ano 1, no. 8, agosto 1984. São Luis: Guarnicê, 1984. LIMA, Felix Alberto e Outros. ALMANAQUE GUARNICÊ 20 anos, 1983-2003. São Luis: Clara: Guiarnicê, 2008 205


A literatura disponível lista os vários componentes desses diversos movimentos. Em contato com alguns deles, afirmam que não fizeram parte, como exemplo, Paulo Melo – Poeme-se apenas- e Lenita Estrela – diz que era do movimento Guarnicê, apenas -, assim como Dilercy Adler, afirmam não terem pertencido ao “Antroponáutica”, assim como Rossini Corrêa (2014) 210, que afirma não ter participado, a rigor, de movimentos literários formais em São Luís do Maranhão. Justifica, com o conceber da ideia de movimento literário como obra aberta, difusa e recortada pela convivência. Porém diz que si, sim, participou, posto que sempre foi agregador e transformou a casa dos meus pais em um posto necessário de convívio literário de toda uma geração – a casa da Candido Ribeiro Como diz que a casa de seus pais não fora a única, pois a casa de Maria e Bandeira Tribuzzi, em função do poeta Francisco Tribuzzi, sem dúvida, era o complemento necessário da nossa: Na casa de meus pais, Henrique Corrêa, Couto Corrêa Filho e eu, na altura, recebíamos o próprio Francisco Tribuzzi, Vagalume, Josias Sobrinho, Graça Lima, Joyla Morais, Glória Corrêa, Edmilson Costa, César Teixeira, Trajano Duailibe, Expedito Moraes, Ribamar Corrêa, Cyro Falcão, Antônio Moysés, Johão Wbaldo e muito mais gente do que se pode, em um esforço instantâneo, inventariar. Ambas ficavam na Rua Cândido Ribeiro, a nossa antes e a Francisco Tribuzzi, depois da Fábrica Santa Amélia.

Quando se reuniram na antologia poética “Hora de Guarnicê”, somaram-se pelo menos esses dois “blocos”, por meio das pontes de contato estabelecidas pela amizade de Valdelino Cécio, o poeta e estudioso da cultura popular, que viria a frequentar o espaço público da convivência diária, nas noites intermináveis da Praça Gonçalves Dias, nas quais salvariam a humanidade e transformariam a vida do mundo. Corrêa (2014b) 211 confirma o surgimento de um ‘novo’ movimento literário, pois [...] no sentido orgânico, cartorário e formalista, existiram, mas foram poucos, os movimentos. Refere-se que seu inicio se encontra no Mojore e no Renascimento Cultural Clube, de que participou o saudoso João Alexandre Viegas Costas Júnior, com os jornais Página da Juventude, A Letrinha e O Balaio, de organicidade, talvez, até maior do que a existente no chamado Movimento Antroponáutica: Entretanto, no sentido aberto, plástico e dinâmico, aqueles reunidos na minha casa, na casa de Francisco Tribuzi e nas noites da Praça Gonçalves Dias, constituíram, sim, um movimento, cujo estatuto estava antes na convivência, no estímulo recíproco e na construção de caminhos, do que na letra fria dos programas.

Os nomes são aqueles já declinados, e outros mais, cujo campo de fuga os conduziu para distante dos arraiais literários. Não se pode deixar de mencionar novamente aqueles que a memória melhor reencontrou: Francisco Tribuzzi, Couto Corrêa Filho, Vagalume, Josias Sobrinho, Graça Lima, Joyla Morais, Glória Corrêa, Edmilson Costa, Henrique Corrêa, César Teixeira, Trajano Duailibe, Expedito Moraes, Ribamar Corrêa, Cyro Falcão, Antônio Moysés, Johão Wbaldo e muito mais gente do que se pode, em um esforço instantâneo, inventariar. Deste cadinho de gente surgiram nomes como os de Francisco Tribuzzi, Couto Corrêa Filho, César Teixeira, Josias Sobrinho, Cyro Falcão, Edmilson Costa, Ribamar Corrêa e outros mais, cujas pegadas deixaram marca na areia, na poesia, na música, na pintura, no jornalismo e nas ciências humanas.

210 211

CORRÊA, Rossini. DEPOIMENTO, prestado via correio eletrônico ao Autor, em 05 de março de 2014. CORRÊA, Rossini. CORRESPONDENCIA ELETRONICA, destinada a Leopoldo Gil Dulcio Vaz, em 20 de maio de 2014.


Percebe-se que surgiram vários espaços, a partir dos anos 70, e por que surgiram tantos movimentos tentando revitalizar a literatura/poesia de São Luís, com efetiva participação. A nossa efetiva participação era simplesmente total. Estávamos congraçados e arrebanhados, como sugeria Bandeira Tribuzzi – ‘mantenham-se arrebanhados’ – e assim permanecemos até que cada um passasse a escrever de maneira singular o seu destino intelectual [...]a agitação literária renovadora passava por todos nós e por todos aqueles que se fundiram e confundiram conosco, como Valdelino Cécio e Alberico Carneiro. Estávamos de ‘a’ a ‘z’, do boi da Madre Deus ao jornal A Ilha; da resistência democrática à poesia de mimeógrafo; dos debates intermináveis à vontade de fazer a diferença, dialogando com gente pulsante como Nascimento Moraes Filho e Bandeira Tribuzzi, que qualificou aquele como o ‘século setentão’.

Não houve uma compreensão do surgimento de movimento literário que iria se consolidar 30-40 e poucos anos depois, pois os acontecimentos reais que alimentaram vocações e permitiram que a fidelidade à causa da cultura sobrevivesse no cenário da história do Maranhão. Registre-se, finalmente, que nos nossos encontros havia a busca da sintonia intelectual e política com a contemporaneidade do mundo. Sonhávamos em ser militantes cívicos e estéticos, debaixo dos anos de chumbo da ditadura militar, com a qual eu convivi desde os oito anos, com a prisão do meu tio Wilson do Couto Corrêa e na adolescência, quando um livro mimeografado de poemas de Edmilson Costa despertou o 'interesse literário' da Polícia Federal do Maranhão. E aí Cassas desponta em 1981, com República dos Beco. E atinge uma dimensão nacional, promovendo a esse nível os poetas de sua geração, ao lado dos quais se destacam Roberto Kenard e Laura Amélia Damous. Para Corrêa (2010), os mais novos, na trajetória evolutiva da poesia maranhense, transitam entre ““... um neorromantismo de Deve ser acrescentada nessa fase o grupo do Guarnicê?, “nascidos” em 1982, tendo como participes Joaquim Haickel junto com Celso Borges, e coadjuvados por Roberto Kenard, Ivan Sarney, Ronaldo Braga, e Nagibinho, que produziam e apresentavam o programa “Em tempo de Guarnicê”, levado ao ar pela Rádio Mirante FM; programa que falava de literatura, arte, cultura e tocava música maranhense, se servindo do meio de comunicação de sua época, para discutir a cultura maranhense (VAZ, 2011)212; chegaram A poeta e romancista Arlete Nogueira da Cruz, aponta, em seu Nomes e Nuvens (Unigraf, 2003), outra geração que se firma entre os anos 1970 e 1980, e que está na plenitude de sua produção, madura. Rica de nomes e de direcionamentos, mas todos respirando os novos confrontos impostos por circunstâncias e transformações radicais que vão do local e do nacional ao global: expansão e descentramento da cidade, derrocada e morte do militarismo, liberdade de pensamento, noção de uma “aldeia global”, tecnologização crescente, aumento da violência urbana e aparecimento da massa abandonada nas ruas. Luís Augusto Cassas, Cunha Santos, Raimundo Fontenele, Viriato Gaspar, Chagas Val, Rossini Correa, Alex Brasil, Roberto Kenard, Laura Amélia Damous, Lenita Estrela de Sá, Joe Rosa, Celso Borges, Fernando Abreu, Paulo Melo Sousa, Lúcia Santos, Eduardo Júlio, Ronaldo Costa Fernandes, Couto Correa Filho, Eudes de Sousa, Sônia Almeida, Dilercy Adler, César Willian, são alguns dos nomes cujo conjunto fazem uma poética não passível de redução: ora “marginal” e underground, concretista, neo ou semiconcretista, ora lírico-sentimental, ora metalinguística; poundiana; hierática; epigramática; hierofânica.. (In GUERRA ERRANTE, 2012).213. 212

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. DISCURSO DE RECEPÇÃO A JOAQUIM ELIAS NAGIB PINTO HAICKEL, Cadeira 47. Proferido em 13 de Setembro de 2011. Revista do IHGM, no. 38, setembro de 2011 – Edição Eletrônica, p 47, disponível em http://issuu.com/leovaz/docs/revista_ihgm_38_-_setembro_2011 213 http://www.guesaerrante.com.br/2012/9/27/poesia-nos-400---os-cabos-de-guerra-da-poesia-da-sao-luis-contemporanea-4400.htm


Sobre o Guarnicê, buscamos tanto em Haickel (2014) 214: Antologia Guarnicê é uma coisa, Revista Guarnicê é outra... a primeira é do final dos 70 e a segunda foi de 83 até 86; a primeira foi um evento e a segunda foi algo mais permanente, Para Corrêa (2014) 215, a explicação necessária sobre esse “movimento”: Hora de Guarnicê tem dois blocos e duas autonomias: o bloco do Movimento Antroponáutica (Luis Augusto Cassas, Raimundo Fontinelle, Viriato Gaspar, Chagas Val e Valdelino Cécio); o bloco das Casas da Cândido Ribeiro (Francisco Tribuzzi, Henrique Corrêa, Cyro Falcão, Antônio Moysés, Edmilson Costa, Johão Wbaldo e Eu) e as autonomias de João Alexandre Júnior e Cunha Santos Filho, os quais trilharam caminhos distintos dos nossos, e tinham organicidade vinculada às páginas literárias do Jornal Pequeno. Depois de Hora de Guarnicê misturamos as águas mais uma vez, quando lançamos a microantologia Sem Pé nem Cabeça, reunindo Cyro Falcão, César Nascimento, Henrique Corrêa, Raimundo Fontinelle, com capa de César Nascimento, o que significa a ponte de Raimundo Fontinelle do Movimento Antroponáutica e o diálogo poético-musical de César Nascimento com o grupo da Cândido Ribeiro (Henrique Corrêa, Cyro Falcão e Eu).

Já o programa Em tempo de Guarnicê, nas ondas da rádio Mirante FM, que estreia em setembro de 1981, dá origem ao Suplemento de O Estado do Maranhão; comando do economista Ronaldo Braga. A Revista Guarnicê, publicada entre os anos de 1983 e 1985, chegou a 45 números: 20 suplementos e 25 revistas, incluindo a devezenquandal, seu ultimo numero216. E teve em seu núcleo não mais que cinco pessoas – Joaquim Haickel, Celso Borges, Roberto Kenard, Paulo Coelho e Érico Junqueira Ayres, e divulgou o trabalho de mais de 40 artistas de São Luis e outros tantos do Rio Grande do Norte, Piauí e Brasília. “Qualquer semelhança com um movimento morto é mera coincidência”, alertavam já na primeira edição do Suplemento Guarnicê, evitando comparações com os integrantes da antologia Hora do Guarnicê (Poesia nova do Maranhão), lançada em São Luis em 1975 pela Fundação Cultural do Maranhão (LIMA, 2003) 217. Hora do Guarnicê foi um livro, uma antologia da jovem poesia da primeira metade da década de 70 no Maranhão, tendo congregado, num ponto de convergência, integrantes do Movimento Antroponautica: Em maio de 1972, ano em que se comemora o cinquentenário da Semana de Arte Moderna, cinco jovens empenhados e emprenhados na/de poesia criam um movimento com o nome de Antroponautica e lançam de saída uma antologia. O mais novo deles é Luis Augusto Cassas, com 19 anos. Os outros são Valdelino Cécio e Viriato Gaspar ambos com 20 anos; Raimundo Fontenele, 24; e Chagas Val, 28. A Antologia do Movimento Antroponautico trás na capa uma ilustração de Cesar Teixeira.

1984 surge a Antologia Guarnicê, para comemorar o primeiro ano do Suplemento/Revista. Reúne 25 poetas e 60 poemas. De Antonio Carlos Alvim a Wanda Cristina; de Cesar Teixeira a Wagner Alhadef; Francisco Tribuzi a Paulo Melo Souza. Recebe capa e ilustrações de Erico Junqueira Ayres e a seleção dos poemas fica a cargo de Celso Borges e Joaquim Haickel.

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HAICKEL, Joaquim. Em Correspondência pessoal a Vaz, Leopoldo, em 11/03/2014: “Antologia Guarnicê é uma coisa, Revista Guarnicê é outra... a primeira é de do final dos 70 e a segunda foi de 83 até 86; a primeira foi um evento e a segunda foi algo mais permanente”. 215 CORRÊA, Rossini. DEPOIMENTO, prestado via correio eletrônico ao Autor, em 05 de março de 2014. 216 BORGES, Celso. AMOR & RIGOR. In LIMA, Félix Alberto. ALMANAQUE GUARNICÊ – 20 ANOS 1883-2003, São Luis, Clara; Guarnicê, 2003. 217 LIMA, Félix Alberto. ALMANAQUE GUARNICÊ – 20 ANOS 1883-2003, São Luis, Clara; Guarnicê, 2003.


Nauro Machado, no Caderno Alternativo, publica uma critica implacável à Antologia Guarnicê, que segundo ele, os poemas ali editados representavam “um simples ódio contra o sistema ou a vida”, com a média beirando a “entronização de um compromisso que se pretendendo político consegue apenas baratear a Arte como um produto também cultural”. Recomenda que os poetas se submetam à orientação de alguém experimentado. Não tarda a resposta, dada por Celso e Joaquim... No ano seguinte, a Antologia Erótica Guarnicê. No dizer de Roberto Kenard, o Guarnicê nunca chegou a ser um movimento. Era tão somente uma publicação.


ESPORTE & LITERATURA - MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Mestre em Ciência da Informação – CEFET-MA DELZUITE DANTAS BRITO VAZ Especialista em Metodologia do Ensino - CEM “Liceu Maranhense" Resumo Através do resgate e do registro de manifestações culturais esportivas na literatura maranhense, procura-se reconstruir a história do esporte, do lazer e da educação física, propõe-se reunir textos literários da cultura brasileira, com o objetivo de reconstituir a trajetória do esporte em nosso país, com a construção de uma antologia brasileira de textos esportivos. Palavras-chave: Educação Física. Esportes. Literatura. Abstract Through the rescue and the registration of sportive cultural manifestations in Maranhão literature, one tries to reconstruct the history of sport, leisure and physical education, is proposed to gather in our country, with the construction of a brazilian anthology of sport texts. Key-words: Physical Education. Sports. Literature. Introdução: O esporte, como tema literário, aparece pela primeira vez com Píndaro, embriagado pelos feitos atléticos dos campeões olímpicos. Depois dele, muitos outros: Virgílio, Horácio, Tíbulo, Propércio, em Roma; Dante e Petrarca, na Idade Média; Rebelais, Cervantes, Camões, Francisco de Quevedo, Jeronimo Mercurialis, Rousseau, na Idade Moderna (Vieira e Cunha & Feio, s.d). Justificam a feitura de uma antologia de textos esportivos afirmando que o desporto, ao contrário do sensocomum que se tem dessa manifestação, não se resume a "uma atividade meramente corporal que, no setor da ciência, se confunde com a Medicina, no campo da convivência, com a expressão apaixonada da agressividade natural e manifestando o mais redondo desconhecimento pelo mundo da cultura" (p. 7). Afirmam ser o desporto uma pujante afirmação de cultura; uma síntese original de criação artística e de contemplação estética; uma meio de educação e de comunicação de excepcional valia; e um "fenômeno social capaz de concorrer à Paz, à Saúde, à Tolerância, à Liberdade, à Dignidade Humana" (p. 8). Também na Literatura Brasileira é significativa a presença de escritores a evidenciarem uma simpatia pela prática esportiva. O objetivo deste estudo é o de, articulando-se o trabalho de investigação e o trabalho de resgate, recuperar e organizar fontes literárias e documentais, procurando reagrupá-las, tornando-as pertinentes, para constituírem um conjunto através do qual a memória coletiva passe a ser valorizada, instituindo-se em patrimônio cultural (Favero, 1994). A Atenas brasileira Na literatura dos viajantes, ABBEVILLE (1975:236) foi quem primeiro registrou, no Maranhão, as atividades dos primitivos habitantes da terra. Para esse autor é por não terem ambições materiais que os índios da Ilha do Maranhão têm na dança o primeiro e principal exercício; além da dança, têm como exercício a caça e a pesca. Já SPIX e MARTIUS afirmam serem os Jês hábeis nadadores, havendo o registro de serem também grandes corredores: "... timbiras de canela fina (corumecrãs)... famosos pela velocidade na corrida, esses índios enrolavam suas pernas com fios de algodão que acreditavam afinar-lhes as pernas e proporcionar-lhes leveza para correr ..." (citados por Caldeira, 1991:77-78). A literatura maranhense tem início com o surgimento da imprensa. Ramos (1986), escrevendo sobre o seu aparecimento no Maranhão registra no período colonial, que "... jornalista era o magnífico João Tavares com


sua 'Informação das recreações do Rio Munin do Maranhão'...". No período imperial registra-se o aparecimento de inúmeros jornais políticos e literários, coletâneas de poesia e de peças teatrais, sendo publicados entre 1821 e 1860, 183 jornais (Ramos, 1986, 1992), a grande maioria de caráter político. Em 1860, contando com uma população de 35 mil pessoas, São Luís tinha matriculado em suas escolas primárias 2 mil rapazes e 400 moças e no secundário, 180. Esses poucos números mostram que era muito reduzido o número de pessoas que acediam à leitura. O ensino primário havia se desenvolvido desde a independência. Em 1838 é inaugurado o "Liceu Maranhense", dirigido pelo famoso gramático Francisco Sotero dos Reis. O Liceu passou a substituir os preceptores dos filhos da burguesia comercial e da oligarquia rural (Mérian, 1988). No entender de Dunshee de Abranches, a fundação desse colégio, logo seguido do colégio das Abranches, do Colégio do Dr. Perdigão e de tantos outros, contribuiu para com o progresso da educação mental da juventude, levando o Maranhão tornar-se, de fato e de direito, a Atenas brasileira. Alguns autores maranhenses Vaz e Vaz (2000) apresentaram uma proposta e algumas contribuições para a “construção de uma antologia de textos esportivos da cultura brasileira” durante o VII Congresso Brasileiro de História da Educação Física, Esportes, Lazer e Dança, realizado em Gramado. Abordaram a contribuição de dois autores maranhenses: João DUNSHEE DE ABRANCHES Moura e ALUÍSIO Tancredo Gonçalves DE AZEVEDO. Agora, trazem outros autores maranhenses que trataram do esporte em sua obra: Henrique Maximiano COELHO NETTO - nasceu em Caxias, Maranhão no dia 20 de fevereiro de 1864 faleceu no Rio de Janeiro no dia 28 de novembro de 1934. Foi para o Rio de Janeiro com dois anos de idade; estudou Medicina e Direito mas não concluiu nenhum dos cursos. Em 1885 relacionou-se com José do Patrocínio, que o introduziu na relação da Gazeta da Tarde; nesse jornal deu início à sua Lista Abolicionista e Republicana. Em 1891, foi publicada sua primeira obra "Rapsódias", um livro de contos. Dedicou-se a literatura com entusiasmo, publicando obras atrás de obras. Escreveu algumas peças teatrais, mais de cem livros e cerca de 650 contos. Foi também um orador de grandes recursos; em 1909 foi catedrático da mesma matéria. Foi deputado na Legislatura de 1909 a 1911; esteve em Buenos Aires como Ministro Plenipotenciário, em Missão Especial. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Em 1928, foi consagrado como "Príncipe dos Prosadores Brasileiros". De sua extensa obra literária, destacam-se: "A Capital Federal", "Fruto Proibido", "O Rei Fantasma", "Contos Pátrios", "O Paraíso", "Mano", "As Estações", "Sertão", "Mistério do Natal", "Fogo Fátuo" e "A Cidade Maravilhosa". Também poeta, escreveu um soneto que se tornaria famoso: "Ser Mãe"; Coelho Neto é o exemplo de fidelidade e dedicação às letras. Em várias de suas crônicas, tratou dos esportes; na revista “O Bazar”, em 1922, escreveu sobre a capoeira, em uma crônica intitulada “O NOSSO JOGO”: “... Concordamos in limini com o que diz o articulista, valho-me da oportunidade que me abre tal escrito para tornar a um assunto sobre o qual já me manifestei e que também já teve por ele a pena diamantina de Luiz Murat. “A capoeiragem devia ser ensinada em todos os colégios, quartéis e navios, não só porque é excelente ginástica, na qual se desenvolve, harmoniosamente, todo o corpo e ainda se apuram os sentidos, como também porque constitui um meio de defesa pessoal superior a todos quantos são preconizados pelo estrangeiro e que nós, por tal motivo apenas, não nos envergonhamos de praticar. (negrito do Editor) “Todos os povos orgulham-se dos seus esportes nacionais, procurando, cada qual dar primazia ao que cultiva. O francês tem a savate, tem o inglês o boxe; o português desafia valentes com o sarilho do varapau; o espanhol maneja com orgulho a navalha catalã, também usada pelo "fadista" português; o japonês julga-se invencível com o seu jiu-jitsu e não falo de outros esportes clássicos em que se treinam, indistintamente, todos os povos, como a luta, o pugilato a mão livre, a funda e os jogos d`armas. Nós, que possuímos os segredos de um dos exercícios mais ágeis e elegantes, vexamo-nos de o exibir e, o que mais é, deixamo-nos esmurraçar em ringues por machacazes balordos que, com uma quebra de corpo e um passe baixo, de um "ciscador" dos nossos, iriam mais longe das cordas do que foi Dempsey à repulsa do punho de Firpo.


“O que matou a capoeiragem entre nós foi...a navalha. Essa arma, entretanto, sutil e covarde, raramente aparecia na mão de um chefe de malta, de um verdadeiro capoeira, que se teria por desonrado se, para derrotar um adversário, se houvesse de servir do ferro. “Os grandes condutores de malta " guaymús e nagôs, orgulhavam-se dos seus golpes rápidos e decisivos e eram eles, na gíria do tempo: a cocada, que desmandibulava o camarada ou, quando atirada ao estomago, o deixava em síncope, estabelecido no meio da rua, de boca aberta e olhos em alvo; o grampeamento, lanço de mão aos olhos, com o indicador e o anular em forquilha, que fazia o mano ver estrelas; o cotovelo em ariete ao peito ou ao flanco; a joelhada; o rabo de raia, risco com que Cyriaco derrotou em dois tempos, deixando-o sem sentidos, ao famoso campeão japonês de jiu-jitsu; e eram as rasteiras, desde a de arranque, ou tesoura, até a baixa, ou bahiana; as caneladas, e os pontapés em que alguns eram tão ágeis que chegavam com o bico quadrado das botinas ao queixo do antagonista; e, ainda, as bolachas, desde o tapa-olho, que fulminava, até a de beiço arriba, que esborcinava a boca ao puaia. E os ademanes de engano, os refugos de corpo, as negaças, os saltos de banda, à maneira felina, toda uma ginástica em que o atleta parecia elástico, fugindo ao contrário como a evitá-lo para, a súbitas, cair-lhe em cima, desarmando-o fazendo-o mergulhar num "banho de fumaça". “Era tal a valentia desses homens que, se fechava o tempo, como então se dizia, e no tumulto alguém bradava um nome conhecido como:Boca-queimada, Manduca da Praia, Trinca-espinha ou Trindade, a debandada começava por parte da polícia e viam-se urbanos e permanentes valendo-se das pernas para não entregarem o chanfalho e os queixos aos famanazes que andavam com eles sempre de candeias às avessas "Dessa geração celebérrima fizeram parte vultos eminentes na política, no professorado, no exército, na marinha como " Duque Estrada Teixeira, cabeça cutuba tanto na tribuna da oposição como no mastigante de algum paróla que se atrevesse a enfrentá-lo à beira da urna: capitão Ataliba Nogueira; os tenentes Lapa e Leite Ribeiro, dois barras; Antonico Sampaio, então aspirante da marinha e por que não citar também Juca Paranhos, que engrandeceu o título de Rio Branco na grande obra patriótica realizada no Itamaraty, que, na mocidade, foi bonzão e disso se orgulhava nas palestras íntimas em que era tão pitoresco. “A tais heróis sucederam outros: Augusto Mello, o cabeça de ferro; Zé Caetano, Braga Doutor, Caixeirinho, Ali Babá e, sobre todos o mais valente, Plácido de Abreu, poeta comediógrafo e jornalista, amigo de Lopes Trovão, companheiro de Pardal Mallet e Bilac no O COMBATE, que morreu, com heroicidade de amouco, fuzilado no túnel de Copacabana, e só não dispersou a treda escolta, apesar de enfraquecido, como se achava , com os longos tratos na prisão, porque recebeu a descarga pelas costas quando caminhava na treva, fiado na palavra de um oficial de nome romano. “Caindo de encontro às arestas da parede áspera ainda soergue-se, rilhando os dentes, para despedir-se com uma vilta dos que o haviam covardemente atraiçoado. Eram assim os capoeiras de então. “Como os leões são sempre acompanhados de chacais, nas maltas de tais valentes imiscuíam-se assassinos cujo prazer sanguinário consistia em experimentar sardinhas em barrigas do próximo, deventrando-as. “O capoeira digno não usava navalha: timbrava em mostrar as mãos limpas quando saia de um turumbamba. “Generoso, se trambolhava o adversário, esperava que ele se levantasse para continuar a luta porque: "Não batia em homem deitado"; outros diziam com mais desprezo: "em defunto". “Nos terríveis recontros de guaiamus e nagôs, se os chefes decidiam que uma questão fosse resolvida em combate singular, enquanto os dois representantes da cores vermelha e branca se batiam as duas maltas conservam-se à distância e, fosse qual fosse o resultado do duelo, de ambos os lados rompiam aclamações ao triunfador.


“Dado, porém, que, em tais momentos, estrilassem apitos e surgissem policiais, as duas maltas confraternizavam solidárias na defesa da classe e era uma vez a Força Pública, que deixava em campo, além do prestigio, bonés em banda e chanfalhos à ufa. “O capoeira que se prezava tinha oficio ou emprego, vestia com apuro e. se defendia uma causa, como aconteceu com do abolicionismo, não o fazia como mercenário. “O capanga, em geral, era um perrengue, nem carrapeta, ao menos , porque os carrapetas, que formavam a linha avançada, com função de escoteiros, eram rapazolas de coragem e destreza provadas e sempre da confiança dos chefes. “Nos morros do Vintém e do Néco reuniam-se, às vezes, conselhos nos quais eram severamente julgados crimes e culpas imputados a algum dos das farandulas. Ladrões confessos eram logo excluídos e assassinos que não justificassem com a legitima defesa o crime de que fossem denunciados eram expulsos e às vezes, até, entregues a policias pelos seus próprios chefes. “Havia disciplina em tais pandilhas. “Quanto às provas de superioridade da capoeiragem sobre os demais esportes de agilidade e força são tantas que seria prolixa a enumeração. “Além dos feitos dos contemporâneos de Boca queimada e Manduca da Praia, heróis do período áureo do nosso desestimado esporte, citarei, entre outros, a derrota de famosos jogador de pau, guapo rapagão minhoto, que Augusto Mello duas vezes atirou de catrambias no pomar da sua chacarinha em Vila Isabel onde, depois da luta e dos abraços de cordialidade, foi servida vasta feijoada. Outro: a tunda infligida um grupo de marinheiros franceses de uma corveta Pallas, por Zé Caetano e dois cabras destorcidos. A maruja não esteve com muita delonga e, vendo que a coisa não lhe cheirava bem em terra, atirou-se ao mar salvando-se, a nado, da agilidade dos três turunas, que a não deixavam tomar pé. “A última demonstração da superioridade da capoeiragem sobre um dos mais celebrados jogos de destreza deu-nos o negro Cyriaco no antigo Pavilhão Paschoal Segreto fazendo afocinhar, com toda a sua ciência, o jactancioso japonês, campeão do jiu-jitsu. “Em 1910, Germano Haslocjer, Luiz Murat e quem escreve estas linhas pensaram em mandar um projeto a Mesa da Câmara dos Deputados tornando obrigatório o ensino da capoeiragem nos institutos oficias e nos quartéis. Desistiram, porém, da idéia porque houve quem a achasse ridícula, simplesmente, por tal jogo era...brasileiro. “Viesse-nos ele com rótulo estrangeiro e tê-lo-íamos aqui, impando importância em todos os clubes esportivos, ensinado por mestres de fama mundial que, talvez, não valessem um dos nossos pés rapados de outrora que, em dois tempos, mandariam um Firpo ou um Dempsey ver vovó, com alguns dentes a menos algumas bossas de mais. “Enfim...Vamos aprender a dar murros " é esporte elegante, porque a gente o pratica de luvas, rende dólares e chama-se Box, nome inglês. Capoeira é coisa de galinha, que o digam os que dele saem com galos empoleirados no alto da sinagoga. “É pena que não haja um brasileiro patriota que leva a capoeiragem a Paris, batisando-a, com outro nome, nas águas do Sena, como fez o Duque com o Maxixe. “Estou certo de que, se o nosso patriotismo lograsse tal vitória até as senhoras haviam de querer fazer letras, E que linda seriam as escritas! Mas, se tal acontecesse, sei lá ! muitas cabeçadas dariam os homens ao verem o jogo gracioso das mulheres". Domingos VIEIRA FILHO em seu “Breve História das ruas e praças de São Luís” traça a história da Rua dos Apicuns, e dá-nos notícias de ser local freqüentado por "bandos de escravos em algazarra infernal que perturbava o sossego público", os quais, ao abrigo dos arvoredos, reproduziam certos folguedos típicos de sua terra natural: "A esse respeito em 1855 (sic) um morador das imediações do Apicum da Quinta reclamava pelas colunas do 'Eco do Norte" contra a folgança dos negros que, dizia, 'ali fazem certas


brincadeiras ao costume de suas nações, concorrendo igualmente para semelhante fim todos pretos que podem escapar ao serviço doméstico de seus senhores, de maneira tal que com este entretenimento faltam ao seu dever... ' (ed. de 6 de junho de 1835, S. Luís." O famoso Canto-Pequeno, situado na rua Afonso Pena, esquina com José Augusto Correia, era local preferido dos negros de canga ou de ganho em dias de semana, com suas rodilhas caprichosamente feitas, falastrões e ruidosos. VIEIRA FILHO (1971) afirma que ali alguns domingos antes do carnaval costumavam um magote de pretos se reunir em atordoada medonha, a ponto de, em 1863, um assinante do "Publicador Maranhense" reclamar a atenção das autoridades para esse fato. JOSUÉ MONTELLO em seu romance “Os Degraus do Paraíso”, em que trata da vida social e dos costumes de São Luiz do Maranhão, na passagem do século XIX para o século XX, conforme relato de Mestre Eli Pimenta: “... encontrei uma passagem interessante que fala da Capoeira naquela cidade e naquela época. O autor fala da inauguração da iluminação pública de São Luiz com lampiões de gás, ocorrida em 1863, e comenta as modificações na vida da cidade com a ruas mais claras durante a noite: "Ninguém mais se queixou de ter caído numa vala por falta de luz. Nem recebeu o golpe de um capoeira na escuridão. Os antigos archotes, com que os caminhantes noturnos iluminavam seus passos arriscados, não mais luziram no abandono das ruas." Eli Pimenta (Capoeira em São Luiz do Maranhão. In JORNAL DO CAPOEIRA, acessado em 26 de abril de 2005, disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/) comenta que essa alusão à Capoeira encontrada em Os degraus do Paraíso nos passa a idéia de que capoeiristas perambulavam pelas ruas de São Luiz na primeira metade do século XIX, e não deixa de ser uma pista promissora de pesquisa para aqueles que querem descobrir a origem da Capoeira no Brasil. DEJARD Ramos MARTINS aceita a capoeira como o primeiro “esporte” praticado em Maranhão tendo encontrado referência à sua prática com cunho competitivo por volta de 1877. Considera que tenha sido praticada antes, trazida pelos escravos bandu-angoleses. Fugitivos, os negros a utilizavam como meio de defesa, exercitando-se na prática da capoeira para apurarem a forma física, ganhando agilidade. "JOGO DA CAPOEIRA "Tem sido visto, por noites sucessivas, um grupo que, no canto escuro da rua das Hortas sair para o largo da cadeia, se entretém em experiências de força, quem melhor dá cabeçada, e de mais fortes músculos, acompanhando sua inocente brincadeira de vozarios e bonitos nomes que o tornam recomendável à ação dos encarregados do cumprimento da disposição legal, que proíbe o incômodo dos moradores e transeuntes". (MARTINS, 1989, p. 179) NASCIMENTO DE MORAES em uma crônica que retrata os costumes e ambientes de São Luís em fins do século XIX e início do XX, publicada em 1915, utiliza o termo capoeiragem: “A polícia é mal vista por lá, a cabroiera dos outros também não é bem recebida e, assim, quando menos se espera, por causa de uma raparigota qualquer, que se faceira e requebra com indivíduo estranho ali, o rolo fecha, a capoeiragem se desenfreia e quem puder que se salve”. (2000, p. 95); em outro trecho da obra de Nascimento de Moraes, em que é mostrada com riqueza de detalhes uma briga, identificada como sendo a capoeira: “Ninguém melhor do que ele vibrava a cabeça, passava a rasteira. Armado de um ‘lenço’ roliço e pesado, espalhava-se com destreza irresistível, como se as suas juntas fossem molas de aço. Força não tinha, mas sabia fugir-se numa escorregadela dos pulsos rijos que avidamente o tentassem segurar no rolo. Torcia-se e retorcia-se, pulava, avançava num salto, recuava ligeiro noutro, dava de braço e pés para a direita e para a esquerda, aparando no ‘lenço’ as pauladas da cabroiera, que o tinha à conta dos curados por feiticeiros de todos os males. Atribuíam-lhe outros, a superioridade na luta, a certos sinais simbólicos feitos em ambos os braços, sinais que Aranha, muito de indústria, escondia ao exame dos curiosos, o que lhe aumentava o valor”.


Conclusão A literatura ajuda-nos a compreender melhor o mundo que nos cerca, quando descreve a sociedade em que a história se passa. Pode ser usada como fonte de pesquisa, ao se identificar, na narrativa, as manifestações de caráter esportivo, recreativo e de lazer. Buscou-se em alguns autores maranhenses trechos em que se referem à cultura corporal no Maranhão, com o objetivo de reconstituir a trajetória do esporte em nosso país, com a construção de uma antologia brasileira de textos esportivos. Referências bibliográficas ABBEVILLE, Claude d'. HISTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte : Itatiaia; São Paulo : EDUSP, 1975. CALDEIRA, José de Ribamar C. O MARANHÃO NA LITERATURA DOS VIAJANTES DO SÉCULO XIX. São Luís : AML/SIOGE, 1991. COELHO NETTO, Henrique Maximiano. O nosso jogo. In O BAZAR, 1922, disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/ ECCHO DO NORTE – jornal fundado em 02 de julho de 1834, e dirigido por João Francisco Lisboa, um dos líderes do Partido Liberal. Impresso na Typographia de Abranches & Lisboa, em oitavo, forma de livro, com 12 páginas cada número. Sobreviveu até 1836. FÁVERO, Maria de Lourdes Albuquerque, O espaço PROEDES : memória, pesquisa, documentação. IN GOLDFABER, José Luiz (org.). ANAIS DO IV SEMINÁRIO NACIONAL DE HISTÓRIA DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA. Belo Horizonte : FAPEMIG; São Paulo : Anna Blaume : Nova Stella, 1994. p. 100103. MARTINS, Dejard Ramos. ESPORTE: UM MERGULHO NO TEMPO. São Luís : SIOGE, 1989 MÉRIAN, Jean Yves. ALUÍSIO AZEVEDO VIDA E OBRA (1857-1913) - O VERDADEIRO BRASIL DO SÉCULO XIX. Rio de Janeiro : Espaço e Tempo : Banco Sudameris Brasil; Brasília : INL, 1988. RAMOS, Clóvis. OS PRIMEIROS JORNAIS DO MARANHÃO. São Luís : SIOGE, 1986. MONTELO, Josué. OS DEGRAUS DO PARAÍSO. Rio de Janeiro : Martins Fontes, 1965 NASCIMENTO DE MORAES. Vencidos e Degenerados. 4 ed.São Luís : Cento Cultural nascimento de Moraes, 2000 PIMENTA, Eli. Capoeira em São Luiz do Maranhão. In JORNAL DO CAPOEIRA, acessado em 26 de abril de 2005, disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/). RAMOS, Clóvis. OPINIÃO PÚBLICA MARANHENSE: JORNAIS ANTIGOS DO MARANHÃO (1831 a 1861). São Luís : SIOGE, 1992 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio Vaz; VAZ, Delzuite Dantas Brito. Construção de uma antologia de textos desportivos da cultura brasileira: proposta e contribuições. In CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES, LAZER E DANÇA, VII, Gramado/RS, 29 de maio a 1º. De junho de 2000. Anais e Resumos..., p. 603-608 VIEIRA E CUNHA, Manuel Sérgio; FEIO, Noronha. HOMO LUDICUS - ANTOLOGIA DE TEXTOS DESPORTIVOS DA CULTURA PORTUGUESA. vol. 1 e 2. Lisboa : Compendium, (s.d.).


O PENSAMENTO DO JORGE BENTO Esta é uma Revista aberta às contribuições... Tomo a liberdade – devidamente autorizado – de replicar aqui o Pensamento do Jorge Bento... O conheci, pessoalmente, em 1992, numa palestra na UFMG. O nosso GuruGeek Laércio o trouxe para falar sobre Lazer... eu estava fazendo meu Mestrado em Ciência da Informação; minha ultima especialização fora em Lazer e Recreação, daí meu interesse, ainda maior, pois se tratava de Jorge Bento!!! Já o conheci, de alguns escritos e livros. Creio que - não sei quem é o maior, mas vamos colocalos na mesma posição, de fora de concurso, pois – se Jorge, Manuel Sérgio ou Silvino Santi os maiores e melhores filósofos da nossa tão combalida Educação Física – prefiro a tradição da denominação, mas aceito a Motricidade Humana e as Ciências dos Esportes... Jorge falou sobre Gilberto Freire... uma palestra em que até hohe recordo algumas das bombásticas expressões usadas, em especial na comparação entre os nossos povos – que ele considera um só, e adota a cidadania luso-brasileira, pois... O português é aquele pçovo trágico, que venera o Cristo crucificado, dolorido, sofrido, sentindo-se abandonado, mas mesmo assim, disposto a todos os sacrifícios, como decorrência de sua sorte e vivência, dai vestirem-se as mulheres sempre de preto, com lenço à cabeça, andar curvado, como se carregassem todos os pecados do mundo, um peso insuportável... já o brasileiro, venera o Cristo menino, a criança brincalhona, e por isso, um povo alegre, vivaz, colorido... isso na interpretação de um artigo escrito por Gilberto Freire, em 193... (2, 9u 9?) e publicado em inglês, numa palestra na Inglaterra, inédito em português, ou no Brasil... gostaria de te-lo reproduzido nestas páginas... Desde então o acompanho mais de perto, trocando correspondência, agora em tempos de redes sociais, e palavras quase diárias. Semprer replico e comportilho suas colocações, em especial quando se referem à Educação e à Educação Física/Motricidade Humana... Aproveitem!!!!


DIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL Saúdo todos os que laboram nessa vasta área de ocupações e ofícios. São ‘profissionais’ da razão de viver, multiplicadores da alegria, de sonhos, ilusões, esperanças e ideais, da admiração e encantamento com a existência, do alimento da felicidade. Porque, disse o poeta Fernando, “viver não é preciso”. A vida encolhese nas fórmulas e utilidades. Somente se expande em tudo o que é belo e inútil, canta, joga, brinca, salta, voa, faz golos nas balizas do medo e arrebata para as alturas, onde os pássaros sentem a ascensão e leveza, e respiram o oxigénio da liberdade. Que a ternura seja o brilho dos vossos olhos, a destreza das vossas mãos, a luz dos vossos caminhos! Não vos canseis de semear sorrisos no rosto das crianças e de cuidar dos idosos como quem toca na haste de uma flor. Saravá!

DE QUEM EU GOSTO… Não há um dia em que não pense neles e nelas. Percorro o Facebook à procura das suas postagens. Porquê? Porque são gente da minha afeição. E para confirmar a justeza das minhas expectativas: agora são eles e elas quem dá lições. Os textos, da sua autoria, transbordam de sensibilidade, precisamente da matéria-prima com que se edifica um professor. Nos últimos dias, tenho visto as mensagens, dando conta da nova escola onde foram colocados. Despedemse da que os acolheu, no ano escolar transato, com incontida emoção. Leio as palavras e os sentimentos; e converto-me num cão de lágrimas. O meu rosto ilumina-se, a alma inebria-se dentro do corpo, e a boca abrese numa exclamação: Ah, eu sabia! Mas… sabia o quê? Sabia que eles e elas iam encher as escolas com sonhos e fome de transcendência. Por onde passam, deixam rasto, admiração e saudade. Imploro aos céus que esta tão dolorosa transumância não seja madrasta para quem persiste em manter vivas a generosidade e a esperança.

CORPO PERFORMATIVO Somos o corpo. As suas realizações e virtualidades, forças e debilidades. Ele é o ator da nossa presença no mundo. Ah, o cérebro também pertence ao corpo, tanto como as mãos e os pés, os olhos e a boca, o coração e os pulmões! Se não cuidarmos dele, se não o cultivarmos, descuramos o nosso Ser. A proficiência estética do corpo perfaz a nossa existência. As nossas capacidades, habilidades e performances (no canto, nas danças, na escrita, na escultura, na pintura, na ciência, na cirurgia, no desporto, etc.) são todas corporais e são atos totais. Salve, meu corpo, minha estrutura de viver e de cumprir os ritos do existir! - assim definiu Carlos Drummond de Andrade a ‘missão do corpo’.


Jorge Bento

O MILAGRE DO CCDEFPLP 2018 Mesmo antes de se ter iniciado, o congresso é um feito enorme. Tanto pela grandeza da organização, como por ter sobrepujado atitudes deploráveis. Em finais de janeiro não tinha organizador! Não adianta continuar a tapar o sol com a peneira ou fazer a figura do bonzinho e do ‘politicamente correto’. Há criaturas que, por ‘razões’ de ostracização e perseguição pessoal, moveram céus e terra para impedir a realização do evento. Percebem agora o que valem. O pior é o dano institucional que causaram. Ora isto exige responsabilização e não tem remissão: prejudicaram irremediavelmente a instituição que liderou o movimento lusófono nesta área; e cresceu por conta dele! Deitaram fora esse valioso património e não têm outro para o substituir. É tão fácil destruir!

SER PROFESSOR Os professores são uma elite extraordinariamente rica. Não de dinheiro, coisa que se gasta; mas de princípios, sentimentos e valores supratemporais e universais, coisa de que tanto se precisa. Têm o privilégio de renovar a vida em cada dia, semeando perguntas, metas e horizontes. Não possuem resposta para tudo; porém não receiam falar e dar testemunho, em nome da Cidade e da Humanidade. E também são guerrilheiros inconformados e perigosos. Porque distribuem generosa e indiscriminadamente a arma das ideias. Ensinam a pensar e a celebrar a ética, numa era que deprecia o pensamento e esmaga a moralidade. Deste jeito, inseminam convulsões e ruturas, ocasionam mudanças e revoluções. Sem perder a ternura. Ser professor exige cara lavada, boca e mãos purificadas. E olhos inebriados de claridade e sinceridade. A toda a hora tocam em flores, e recebem a visita da estética e da verdade. Serão tanto mais autênticos, quanto mais difundirem sonhos e ideais estranhos a um tempo que deixou de sonhar e idealizar, submisso ao calcular.


SE FOSSE PARDAL… Se não soubesse que o absoluto e infinito é a medida do Ser Humano. Se ignorasse que o lema olímpico é mandamento da vida. Se gostasse do relativo e me bastasse o insignificante. Se me alimentasse com ninharias e embebedasse com pequenezas. Talvez fosse um pardal feliz. Contentado com migalhas. Mas não. Nasci na serra. Não sonho com baixios. Nem me seduzem os beirais. O céu, de dia e de noite, com sol, lua e estrelas a brilhar, é excelso e magnificente. DA IDEIA DA ‘DEMOCRACIA’ As ideias surgem e têm destinos vários. Umas evaporam-se, mal acabam de nascer. Outras são como os sapatos, gastam-se em poucos anos. E há as que vieram para ficar. Estas conhecem, ao longo dos tempos, formas evolutivas; é o caso da ‘democracia’. A ‘democracia’ é uma ideia ‘política’, criada pelos gregos, de organização do exercício do poder (‘kratein’) na cidade (‘polis’) e comunidade (‘demos’). A versão atual incorpora os ideais humanistas e iluministas da Modernidade. Os ventos da revolução francesa forçaram a monarquia absolutista a tornar-se liberal, a abrir mão de privilégios que eram exclusivos dos príncipes e cortesãos e passaram a ser direitos dos cidadãos, consignados em ‘constituições’. De então para cá a ideia tem prosseguido a senda da sua configuração, inspirada em distintos credos. Para trás ficou a dita ‘democracia socialista’, uma expressão aberrante da generosa visão de Hegel e Marx. O mesmo aconteceu à ‘social-democracia’. Esta renovou os princípios do capitalismo com a proposta do Estado Social; porém, pouco a pouco, foi capturada pelo dogma neoliberal. Hoje a ‘democracia’ enfrenta grave ameaça, como ideia e como realidade. O capitalismo corrompeu os valores fundadores e tornou-se selvático. E o liberalismo é desvirtuado para legitimar a ganância dos oligarcas; condena a maioria da população à exploração e irrelevância, sabota a equidade e liberdade. A panaceia liberal e o mantra global faliram. As pessoas não percebem tudo, mas sentem-se deixadas de parte Famílias partidárias, lobbies e instituições internacionais são cúmplices no resvalo para o abismo. Quererá isto dizer que a ‘democracia’ tem os dias contados? De modo algum! Significa apenas que o figurino hodierno está apodrecido. A ideia fará o seu caminho, buscando uma nova concretização. Imperfeita, mas perfectível, continuará viva, enquanto for a semente da possibilidade de vinda de um futuro que não seja a mesmidade do presente.


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