REVISTA DO LÉO 19 - ABRIL 2019 - SEDEL-MA 40 ANOS

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REVISTA DO LEO REVISTA ELETRONICA EDITADA POR

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Prefixo Editorial 917536

SÃO LUIS – MARANHÃO NUMERO 19.1 – ABRIL – 2019

SEDEL – 40 ANOS


A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.

EXPEDIENTE REVISTA DO LEO Revista eletrônica EDITOR Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luis – Maranhão (98) 3236-2076

CAPA: Elir de Jesus Gomes, Zezé Cassas e Cláudio Alemão

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física, Especialista em Metodologia do Ensino, Especialista em Lazer e Recreação, Mestre em Ciência da Informação. Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado; Titular da UEMA (1977/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF-MA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e de Pesquisa e Extensão); Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 14 livros publicados, e mais de 250 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Comissão Comemorativa do Centenário da Faculdade de Direito do Maranhão, OAB-MA, 2018; Recebeu: Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luis (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM; Premio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Premio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; ALL em Revista, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras, vol 1, a vol 4, 12 16 edições. Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.


EDITORIAL

A “REVISTA DO LÉO”, eletrônica, é disponibilizada, através da plataforma ISSUU https://issuu.com/home/publisher. É uma revista dedicada às duas áreas de meu interesse, que se configuraram na escolha de minha profissão – a Educação Física, os Esportes e o Lazer, e na minha área de concentração de estudos atual, de resgate da memória; comecei a escrever/pesquisar sobre literatura, em especial a ludovicense, quando editor responsável pela revista da ALL, após ingresso naquela casa de cultura, como membro fundador. Este número, especial, - em dois volumes, 19.1 e 19.2 - é dedicado aos 40 anos de criação da Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão – SEDEL-MA – em 1979, pelo então Governador nomeado João Castelo Ribeiro Gonçalves, e que teve como seu primeiro Secretário o industrial – e esportista, da famosa Geração de 53 - ELIR DE JESUS GOMES. Foi por essa época, - e por causa dessa criação – que vim para São Luís, partindo de Imperatriz, onde morava... Funcionário concursado do Estado, lotado no então Centro de Ensino de 2º Grau “Graça Aranha”, pedi minha remoção para São Luís; além da oportunidade em participar da criação dessa nova Secretaria, dar continuidade ao meu curso de Direito e à minha mulher, prosseguir os estudos. Viemos... nossas filhas nasceram aqui... e estamos aqui até hoje. Participei da criação desde o Plano de Governo, para onde fui colocado à disposição, após a transferência para a Capital, lotado no Liceu Maranhense que fora... cheguei em janeiro de 1979... e em abril, a criação da pasta... fiz parte do primeiro quadro de funcionários e professores; lotado na Coordenação de Desportos, sob o comando de Gafanhoto, era o responsável pelo planejamento da Coordenação; assim, com Socorro Araújo, na de Lazer, dávamos as diretrizes necessárias, na elaboração de projetos, ouvidos os Coordenadores – Gafanhoto, Fátima Frota e Olímpio Guimarães... Tínhamos acesso direto ao Secretário... sempre estava nos ouvindo, em tudo!!! E havia a equipe de planejamento, constituídas pela Assessoria Técnica, com oito elementos, mas apenas o Laercio Elias Pereira presente – depois, D. Admée -, os demais, alguns sabíamos apenas o nome e mais nada... nunca participaram de nada... Dessa forma, Socorro, eu e Laercio, éramos os responsáveis pela politica a ser implantada, e dar uma filosofia de trabalho, partindo das colocações do então Secretário... os demais membros da equipe, eram os executores... mas isso não significava que não tínhamos que colocar a mão na massa, também, realizando eventos, carregando os pianos... afinal, havia tudo a ser feito... da estrutura anterior, quase nada foi aproveitada, além de alguns espaços físicos... os professores/técnicos esportivos, eram da Secretaria de Educação – ou da Cultura, todos cedidos para a SEDEL-MA, quando, então, a grande maioria foi relotada na mesma... assim se constituiu o quadro de funcionários, que permanece o mesmo, em sua grande maioria, até hoje!!! Algumas baixas, nesse período de 40 anos... o que mudou a forma de pensar o esporte e o lazer... o quadro, altamente técnico, perdeu muito da qualidade que tinha... enfim, a SEDEL-MA virou um cabide de empregos, com pessoas comprometidas com tudo, menos com os esportes e o lazer da população maranhense... uma pena!!! E nesses tempos bicudos, em que o Ministério dos Esportes foi extinto, voltando a ser uma – o que mesmo? – na atual estrutura do MEC, a extinção da SEDEL-MA não faria falta, pois além dos Jogos Escolares e algum patrocínio dirigido aos protegidos de alguma autoridades, nada mais faz... Enfim, 40 anos!!! Temos o que festejar? Este numero é constituído de entrevistas, feitas ao longo de alguns anos, com aqueles que, de alguma forma, tiveram uma participação na sua constituição e funcionamento... e de depoimentos atuais. Valeu a pena? Infelizmente, nem todos os ex-dirigentes responderam ao pedido de depoimento/entrevista, embora, a principio, tenham concordado. Fica para a próxima edição da Revista... LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ EDITOR


REVISTA DO LÉO NÚMEROS PUBLICADOS

2017 VOLUME 1 – OUTUBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_1_-_outubro_2017 VOLUME 2 – NOVEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_2_-_novembro_2017 VOLUME 3 – DEZEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_3_-_dezembro_2017

2018 VOLUME 4 – JANEIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_4_-_janeiro_2018 VOLUME 5 – FEVEREIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_5_-_fevereiro_2018h VOLUME 6 - MARÇO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_6_-_mar__o_2018 VOLUME 6.1 – EDIÇÃO ESPECIAL - MARÇO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_ VOLUME 7 – ABRIL DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_7_-_abril_2018 VOLUME 8 - MAIO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8_-_maio__2018 VOLUME 8.1 - EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra VOLUME 9 – JUNHO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_9_-_junho_2018__2_ VOLUME 10 – JULHO DE 2018 – https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_10_-_julho_2018 VOLUME 11 – AGOSTO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_11_-_agosto_2018 VOLUME 12 - SETEMBRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_12_-_setembro_2018 VOLUME 13 – OUTUBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_13_-_outubro_2018 VOLUME 14 – NOVEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_l_o_-_numero_14_-_novemb VOLUME 15 – DEZEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revisdta_do_l_o_15_-_dezembro_de_20? VOLUME 15.1 – DEZEMBRO DE 2018 – ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017-2018

https://issuu.com/…/docs/indice_da_revista_do_leo_-_2017-201


2019 VOLUME 16 – JANEIRO DE 2019 https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__16_-_janeiro_2019 VOLUME 16.1 – JANEIRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__-_janeiro__20 VOLUME 17 – FEVEREIRO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_17_-_fevereiro__2019 VOLUME 18 – MARÇO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__18_-_mar_o_2019

VOLUME 19.1 . – ABRIL DE 2019 VOLUME 19.2 – ABRIL DE 2019


SUMÁRIO NUMERO 19.1 2 3 5

EXPEDIENTE EDITORIAL SUMÁRIO

MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E LAZER

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SEDEL – 40 ANOS

NATUREZA BASE LEGAL DE CRIAÇÃO FUNÇÃO

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Estrutura Organizacional atual LEI Nº 8.707 DE 16 DE NOVEMBRO DE 2007 - Cria o Conselho Estadual de Esportes e dá outras providências. DECRETO Nº 23.815 DE 20 DE FEVEREIRO DE 2008 - Regulamenta a Lei nº 8.707, de 16/11/ 2007, que criou o Conselho Estadual de Esportes - CONESP. LEI Nº 9.878, DE 18 DE JULHO DE 2013 - Dispõe sobre o Conselho Estadual de Esporte e Lazer do Maranhão e dá outras providências, com base nas diretrizes e orientações da II Conferência Nacional de Esporte e Lazer. SECRETÁRIOS JOSÉ DE OLIVEIRA RAMOS TEREMOS A “MESMA” SEDEL? GINÁSIO CASTELINHO DESABA EM SÃO LUIS JOSÉ DE OLIVEIRA RAMOS O CASTELINHO TREMEU!... E AGORA CAIU! JOSÉ DE OLIVEIRA RAMOS UM MENINO E UMA BOLA COMO TUDO COMEÇOU DESPORTOS & LAZER, 1.1. dez. 1980

19 22

DEPOIMENTOS & ENTREVISTAS

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LEI DE CRIAÇÃO

ELIR JESUS GOMES ELIR JESUS GOMES – ENTREVISTA – Revista Desportos & Lazer, ano I, Número I, dezembro de 1980 DEMONSTRATIVO DE ATIVIDADES – LAZER E ESPORTES 1981 ELIR JESUS GOMES – GESTÃO 1979 – 1982 – PRESTAÇÃO DE CONTAS LOUIS PHILIP MOSES CAMARÃO -ENTREVISTA JOAQUIM HAICKEL - DEPOIMENTO MATEUS ANTONIO SILVA NETO LAÉRCIO ELIAS PEREIRA - DEPOIMENTO LINO CASTELLANI FILHO - ENTREVISTA SIDNEY FORGHIERI ZIMBRES - ENTREVISTA JOSÉ MARANHÃO PENHA - ENTREVISTA CLAÚDIO ANTÔNIO VAZ DOS SANTOS - ENTREVISTA MARCOS ANTÔNIO DA SILVA GONÇALVES - ENTREVISTA EMÍLIO MARIZ - ENTREVISTA RAIMUNDO APRÍGIO MENDES - ENTREVISTA IVONE REIS NUNES = ENTREVISTA JOSÉ GERALDO MENEZES DE MENDONÇA - ENTREVISTA RAIMUNDO NONATO IRINEU MESQUITA - DEPOIMENTO QUERIDO PROFESSOR DIMAS – CAPÍTULO DO LIVRO: SOBRE A SEDEL...

MINHAS MEMÓRIAS/LEMBRAÇAS CONSTRUÇÃO DO COMPLEXO ESPORTIVO E SOCIAL DE SÃO LUIS – MINHAS MEMÓRIAS... SOBRE O CONVÊNIO COM A ALEMANHA – ALGUMAS INFORMAÇÕES/LEMBRANÇAS O QUE ERA O CEDEFEL-MA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL AO TEMPO DA CRIAÇÃO DA SEDEL-MA A PÓS GRADUAÇÃO

27 33 34 37 38 39 42 45 49 51 65 68 69 70 71 76 82 84 85 88 91 94 95 97 98 107 108 112 115 129 135


AS CONSTRUÇÕES DAS PRAÇAS ESPORTIVAS

PROGRAMAS

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CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE REGIÃO NORTE-NORDESTE De 10-09-1980 até 13-09-1980 - Brasil. São Luís -MA Iº CONGRESSO NORTE/NORDESTE DE ESPORTE PARA TODOS De 24-08-1982 até 28-08-1982 - Brasil. São Luis -MA A CRIANÇA NO MARANHÃO De 13-05-1983 até 14-05-1983 - Brasil. São Luis -MA

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REVISTA DESPORTOS & LAZER

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SUMÁRIO NUMERO 19.2 NÚMERO 1 – 1980 – SUMÁRIO / EDITORIAL ETHEL BAUZER DE MEDEIROS – SERVIÇO PÚBLICO DE LAZER: SUA PROMOÇÃO NUM MERCADO DISPUTADISSIMO NÚMERO 3 – ABRIL/JUNHO 1981 – EDITORIAL – SUMÁRIO LAMARTINE PEREIRA DA COSTA “A GRANDE RECEITA DO SUCESSO É TRABALHO, TRABALHO, TRABALHO” NUMERO 4 – SETEMBRO/OUTUBRO 1981 – EDITORIAL - SUMÁRIO RENATO REQUIXA “O CONCEITO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE ENCONTRA NO LAZER UMA ESTRATÉGIA DE GRANDE EFICÁCIA” NUMERO V – NOV-DEZ/ 1981 – EDITORIAL – SUMÁRIO0 RUBEM DINARDI DE ARAUJO A OLIMPIADA DE OSCOU MOSTRARÁ GRANDES REVELAÇÕES BRASILEIRAS NUMERO VI – JAN. FEV. MAR. ABR. 1982 – EDITORIAL - SUMÁRIO VICTOR MATSUDO “ANTES DE ESTUDAR FIBRA MUSCULAR É PRECUSO SABER QUANTO PODE PULAR UM BRASLEIRO DE 10 E 15 ANOS” NÚMERO VIII – DEZEMBRO DE 1982 INEZIL PENA MARIUNHO E A EDUCAÇÃO FÍSICA NUMERO 9 – JAN/FEV/MAR 1983 JOSÉ GUIOMAR MARIZ DE OLIVEIRA, PhD - ENTREVISTA DESPORTOS & LAZER, 3.9, JAN/FEV/MAR 1983 – ENTREVISTA AOS PEDAÇOS

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ALGUMAS BIOGRAFIAS

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ANTÔNIO MARIA ZACHARIAS BEZERRA DE ARAÚJO ARY FAÇANHA DE SÁ CARLOS ALBERTO BARATEIRO DA COSTA - BEBETO CARLOS ALBERTO FERREIRA ALVES CARLOS DE SOUZA VASCONCELOS CARLOS GUTERRES MOREIRA CARLOS ROBERTO TINOCO DA SILVA CLÁUDIO ANTÔNIO VAZ DOS SANTOS, o Cláudio "Alemão" DEMOSTHENES MONTOVANI DENISE MARTINS DE ARAÚJO DOMINGOS FRAGA SALGADO EDIVALDO PEREIRA – BIGUÁ EMÍLIO BILÓ MURAD EMÍLIO FEITOSA MARIZ IVONE REIS NUNES FATIMA ANDRADE JOÃO MIGUEL MOHANA

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192 192 199 199 199 199 201 201 204 204 206


JOAQUIM NAGIB HAICKEL JOSÉ DE RIBAMAR MIRANDA JOSÉ MARANHÃO PENHA JOSÉ PINHEIRO DA SILVA - Pinheiro LAÉRCIO ELIAS PEREIRA LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ LINO CASTELLANI FILHO LOUIS PHILIP MOSES CAMARÃO - PHIL CAMARÃO MANOEL TRAJANO DANTAS NETO MARCOS ANTONIO DA SILVA GONÇALVES MARY SANTOS MATEUS ANTONIO DA SILVA NETO MAURO DE ALENCAR FECURY NÁDIA COSTA NAN SOUSA OLIMPIO DE SOUSA GUIMARÃES RAIMUNDO APRÍGIO MENDES RINALDI LASSALVIA LAULETA MAIA. ROSA MOCHEL MARTINS SIDNEY FORGHIERI ZIMBRES VANILDE MARIA CARVALHO LEÃO VICENTE CALDERONI NETO – VICHÉ ZARTU GIGLIO CAVALCANTE

206 207 207 207 2088 210 210 214 214 214 215 216 216 216 216 217 217 219 219 219 220 220 220 LUSOFONIA 229

MANUEL SÉRGIO VIEIRA E CUNHA. PARA UM DESPORTO NOVO... O PENSAMENTO DE JORGE BENTO PRECISAMOS DE AMIZADE E COMPANHEIRISMO! ELOGIO DA LENTIDÃO IDENTIDADE SOCIOPROFISSIONAL ‘FAKE NEWS’: AMORALIDADE E MALDADE OVELHA NEGRA

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MEMÓRIA DA EDUCAÇão FÍSICA, ESPORTES E LAZER:

SEDEL – 40 ANOS


SEDEL-MA: 40 ANOS Primeiro, um esclarecimento: Todos sabemos – ou deveríamos saber – da evolução da lúdica e do movimento no Maranhão. Uso termo de dois pesquisadores alemães, que estudaram as atividades do movimento entre nossos índios, em especial, os Canelas, da aldeia do Escalvado1. Na década de 1970, aconteceu a grande revolução dos esportes, do lazer e da educação física no/do Maranhão, com a intervenção do Cláudio Alemão2. Naquela ocasião, ‘importou’ professores de educação física, especializados em esportes – das mais variadas modalidades – integrando-os com os pouquíssimos especialistas existentes e em atuação no Maranhão, em especial, e quase exclusivamente, em São Luís. Pois bem eu não fiz parte dessa leva, como muitos pensam. Primeiro, porque não sou daquele grupo de ‘paulistas’3 que para aqui foram trazidos; sou paranaense, e vim por conta de convite do então diretor do Campus Avançado da Universidade Federal do Paraná, Projeto Rondon, localizado na cidade de Imperatriz, o Prof. Mestre Alberto Milléo Filho4. Cheguei em 1976, como participante da equipe 49, para realização de uma Colônia de Férias – a segunda, promovida pelo Projeto Rondon, naquela cidade. Milléo e sua mulher, Sibonei, eram velhos amigos da família, e estavam retornando à Curitiba, findo o período naquela cidade. Convidaram-me para ficar, e dar continuidade ao trabalho que ele iniciara, na área da Educação Física e dos Esportes. Acabei contratado pelo Ministério do Interior, por um ano, para assesso0rar a direção na área da Educação, e em especial, da Educação Física & Esportes. Ainda em 1976, vim a São Luís para um contato com o então CEFER – Coordenação de Educação Física, Esportes e Recreação, da SEDUC, à época comandado pelo Carlos Alberto. Já em Imperatriz, eu fora nomeado Coordenador da área da SEDUC/Imperatriz... Lembrando que o Interventor Municipal era o Cel. PM Carlos Alberto Barateiro da Costa5 – o Cel. Bebeto, do Basquete, e do futebol... Foi por ocasião dos JEMs, e ainda havia um curso de atualização técnica em várias modalidades, sendo ministrado, dentre eles, um de Atletismo. Desse primeiro contato, diversos convênios firmados com o CEFER, para um curso de formação de monitores de educação física, ação do Projeto Rondon, e a realização da OCOI - Olimpiada Colegial de Imperatriz – do ano de 1977, que seria a III OCOI, - e possível participação daquela cidade nos Jogos Escolares Maranhense – JEMs. No final de 1978 – vim pela terceira vez para São Luis, para cursos de atualização, e participação nos JEMs, assumindo a coordenação do atletismo daquele ano, soube da criação da Secretaria de Desportos e Lazer... Portanto, não fiz parte do grupo de ‘paulistas’, vindo a me integrar depois, já em 1979, quando viemos de muda para São Luis. 1 Conforme VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A CORRIDA ENTRE OS ÍNDIOS CANELAS: contribuições à história da educação física maranhense Artigo publicado na COLETÂNEA INDESP - DESPORTO COM IDENTIDADE CULTURAL, Brasília: Ministério Extraordinário dos esportes/Instituto Nacional de Desenvolvimento dos desportos, 1996, p. 106-111 DIECKERT, Jurgen & MEHRINGER, Jakob. A corrida de toras no sistema cultural dos índios brasileiros Canelas (relatório de pesquisa provisório). Zeitgschift Muncher Beltrdzur Vulkerkunde, julho, 1989. DIECKERT, Jurgen & MEHRINGER, Jakob. Cultura do lúdico e do movimento dos índios Canelas. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 11, n. 1, p. 55-57, set. 1989. DIECKERT e MEHRINGER pesquisadores alemães - o primeiro, professor de educação física especialista em lazer, o segundo, etnólogo - procuram esclarecer questões antropológicas e esportivas sobre a origem e o sentido da cultura corporal, do movimento e lúdica e as suas respectivas formas de expressão e etnológicas no contexto intra e intercultural. 2 Trata-se de Cláudio Vaz dos Santos, administrador esportivo, responsável pela reestruturação do esporte escolar no final dos ans 1960, inicio dos anos 1970, no Maranhão. Ver Algumas Biografias 3 PAULISTAS – grupo de profissionais trazidos por Cláudio Vaz dos Santos para incrementar a Educação Física e os Esportes no Maranhão, a partir do ano de 1973; faziam parte os seguintes professores: Laércio Elias Pereira, Edivaldo Pereira Biguá, Vicente Calderoni Neto (Viché), Horácio Coimbra, Domingos Fraga Salgado, Demosthenes Montovani, Nadia Costa, Jorelza Mantovani, Marcos Gonçalves, Sidney Zimbres, Lino Castelani Filho, José Carlos Conti, Zartu Giglio Cavalcante, Paschoal Bernardo. 4 Alberto Milléo Filho, professor de educação física, ex-diretor do Campus Avançado da UFPr em Imperatriz de 1976 a 1976 5 Ver Algumas biografias


Já de malas prontas para vir morar em São Luís, recebemos, Del e eu, a visita de um amigo da família – Canavieira – que trabalha com Antonio Baima Junior na CEMAR, àquela época. Demostrei interesse e ele marcou uma visita ao Plano de Governo, quando viessemos à capital, no mês seguinte – novembro. De fato, aqui chegando, fomos à SEDUC tratar de nossa remoção para São Luís, pois ambos éramos funcionários públicos, concursados, lotados no então CE 2º Grau Graça Aranha, em Imperatriz. Fomos recebidos pela Regina Luna, coordenadora da área... Foi feita a nossa transferência, lotados no Liceu Maranhense, para o período letivo seguinte – 1979. Fomos ao CSU Bequimão, então, onde estava instalado o Plano de Governo e lá, apresentados ao sr. Elir de Jesus Gomes, e à equipe que estava planejando a nova Secretaria de Estado. Eu fizera concurso para a então ETFM, hoje IF-MA, e fora contratado para inicio das atividades em fevereiro. Vim para São Luís sozinho, pois Del ficou em Imperatriz, ainda envolvida em suas atividades, pois a remoção nossa não saíra ao mesmo tempo. Eu viria, e depois ela viria, para acompanhar o marido... Já conhecia o pessoal que estava no planejamento: Laércio6, Sidney7, Gafanhoto8, e conheci a Fátima Frota, e outras pessoas que estavam no Lazer... Integrei-me à equipe... Em abril de 1979, foi assinada a lei criando a então Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão – SEDELMA... Fui, então, requisitado para a SEDEL. Num primeiro momento, pela estrutura que havia anteriormente, DEFER – na SEDUC, todos os professores que atuavam eram ‘técnicos esportivos’, a grande maioria, sem qualquer formação, além da experiência de ter sido jogador de alguma modalidade, nos Jogos Escolares, e na passagem do Cláudio Vaz dos Santos pelo Departamento, criou-se uma estrutura para instrumentalizar os ‘técnicos’ e contrata-los como ‘professores de educação física’. Cursos e mais cursos, nas mais diversas modalidades... O Curso da UFMA ainda não estava formando ninguém; alguns desses ‘técnicos esportivos’ foram alunos daquelas primeiras turmas... Era o que se tinha e com que se contava. Com a criação da SEDEL, esses ‘técnicos’ que atuavam nas escolas, passaram todos para estrutura da SEDEL – menos eu, que não aceitei... A SEDUC ficou sem nenhum professor de educação física... Eram agora os funcionários da Coordenação de Desportos que atuavam nas escolas, como técnicos das escolinhas e das seleções... Assim começou a SEDEL, responsabilizando-se pelas aulas curriculares da educação física de outra Secretaria, e esta sem nenhuma ingerência sobre o planejamento e os professores... O grande evento continuava sendo a realização dos Jogos Escolares, quase só com os estabelecimentos de ensino da Capital. Fiquei na Coordenação de Desportos, responsável pelo planejamento, em contato direto com a Assessoria Técnica do Secretário. Na Coordenação de Lazer, comandada pela Fátima Frota, a Socorro Araújo... Fiquei na SEDEL até 1982... Conflitos com a Coordenação Geral, dr. Olímpio Guimarães 9... Quando retornei para a SEDUC e para a UEMA; logo a seguir sai da SEDUC, assumi 40 horas na ETFM, e em 1989, sai da UEMA, ficando só no então CEFET-MA... Participei da criação da SEDEL, e de sua implementação, de sua estruturação e no estabelecimento de sua filosofia de trabalho. Segundo a Lei, ela tem como objetivo formular, implementar, coordenar, acompanhar, supervisionar, avaliar e controlar políticas públicas, programas, projetos e ações voltados para o desenvolvimento do desporto e do lazer bem como administrar e conservar as praças de esporte, promover, assessorar e defender, sob a ótica educacional e comunitária, formas de produções esportivas, de lazer e recreativas, a partir da realidade local, estimulando a incorporação de hábitos na população, visando à melhoria da qualidade de vida. 6

LAÉRCIO ELIAS PEREIRA, ver Algumas Biografias Sidney Zimbres, ver Algumas Biografias 8 José de Ribamar Miranda, Gafanhoto, ver Algumas Biografias 9 Ver Algumas biografias 7









Estrutura Organizacional A Estrutura Organizacional é composta pelos seguintes níveis: I – Nível de Administração Superior: a) Conselho Estadual de Esporte b) Secretário de Estado II – Nível de Assessoramento Direto ao Secretário de Estado a) Gabinete do Secretário; b) Assessoria de Planejamento e Ações Estratégicas; c) Assessoria Jurídica; III – Nível de Suporte Operacional: a) Unidade Gestora de Atividades Meio: 1- Supervisão de Recursos Humanos 1.1. Serviço de Folha de Pagamento 1.2 Serviço de Direitos e Deveres 2- Supervisão Administrativo Financeira 2.1 Serviço de Material e Patrimônio 2.2 Serviços Gerais e Transportes 2.3 Serviço de Informática 2.4 Serviço de Execução Orçamentária 2.5 Serviço de Controle Contábil-Financeiro b) Comissão Setorial de Licitação IV – Unidade de Atuação Programática: a) Secretaria-Adjunta de Esporte e Lazer: 1. Superintendência de Esporte e Rendimento 1.1. Departamento de Estudos e Pesquisas; 2. Superintendência de Programas Especiais: 2.1. Departamento de Lazer 2.2. Departamento do Idoso 2.3. Departamento da Pessoa com Deficiência 3. Supervisão de Administração e Conservação de Praças Esportivas 3.1. Serviço de Administração de Praças Esportivas 3.2. Serviço de Conservação de Praças Esportivas b) Secretaria Adjunta de Esporte Educacional 1. Departamento de Esporte Educacional c) Secretaria Adjunta de Projetos Especiais 1. Superintendência de Articulação com Municípios e Entidades 1.1. Departamento de Articulação com os Municípios 1.2. Departamento de Articulação com Entidades d) Fundo Estadual de Esportes – FUNESP


SECRETARIA DE ESTADO DE DESPORTOS E LAZER - SEDEL 10 NATUREZA BASE LEGAL DE CRIAÇÃO FUNÇÃO Administração Direta Lei nº 4.012, de 26 de abril de 1958 Órgão Auxiliar do Governador O Sistema Estadual de Desportos e Lazer é organizado em 1979, sendo criada a SECRETARIA DE DESPORTOS E LAZER - SEDEL como órgão central do Sistema, a qual exercerá as funções de planejamento, coordenação, supervisão, normalização, controle e avaliação, por intermédio das Coordenações de Desportos, de Lazer e o Conselho Regional de Desportos – CRD/MA, órgão de assessoramento direto da SEDEL.

ELEMENTOS HISTÓRICOS Em 1981, por meio de lei, é criada na estrutura da SEDEL a Coordenação de Praças de Desportos e Lazer, com as Divisões de Administração de Praças e de Recuperação e Manutenção. Ainda em 1981, o Sistema Estadual de Desportos e Lazer é reorganizado mudando as denominações das Coordenações para Coordenarias e fundindo as Divisões de Atividades Permanentes de Desportos com a Divisão de Atividades Especiais de Desportos e a de Atividades Permanentes de Lazer com a Divisão de Atividades Especiais de Lazer. Em 1991, com a reestruturação do Poder Executivo, fica autorizada a criação de até 05 (cinco) Secretarias Extraordinárias, cabendo à Casa Civil dar-lhes suporte administrativo. No mesmo ano, é criada a SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE DESPORTOS E LAZER. Em 1995, com a Reorganização Administrativa do Estado, a SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE DESPORTOS E LAZER é transformada em SECRETARIA DE ESTADO DE DESPORTOS E LAZER, que passa a fazer parte do grupo das SECRETARIAS PROGRAMÁTICAS, sendo reorganizada nesse mesmo ano, por meio de decreto. COMPETÊNCIAS Compete à SECRETARIA DE ESTADO DE DESPORTOS E LAZER: 1) programar, coordenar, executar, controlar e avaliar as atividades estaduais de desportos e lazer, de conformidade com a política estabelecida e a legislação vigente sobre o assunto; 2) promover a integração entre o Estado e os Municípios, visando o aperfeiçoamento das atividades orientadas para o desenvolvimento dos Desportos e Lazer; 3) promover a implantação dos instrumentos legais, institucionais, programáticos e operacionais para o desenvolvimento das atividades de desportos e lazer do Estado. LEGISLAÇÃO 1968 LEI Nº 2.839, DE 10 DE MAIO DE 1968. Dispõe sobre as Diretrizes Básicas do Processo de Reorganização da Administração do Poder Executivo e dá outras providências. DOE nº 99, de 29/05/1968, página 01 1979 LEI Nº 4.011, DE 26 DE ABRIL DE 1979. Dispõe sobre Reorganização Administrativa Estadual e dá outras providências. DOE nº 81, de 27/04/1979, página 01 LEI Nº 4.012, DE 26 DE ABRIL DE 1979. Organiza o Sistema Estadual de Desportos e Lazer, cria a Secretaria de Desportos e Lazer e dá outras providências. DOE nº 81, de 27/04/1979, página 05 LEI Nº 4.088, DE 05 DE OUTUBRO DE 1979. Cria o Quadro de Pessoal da Secretaria de Desportos e Lazer do Estado do Maranhão e dá outras providências. DOE nº 196, de 11/10/1979, página 01 10

https://www.segep.ma.gov.br/fckeditor/userfiles/perfil_administracao_volume_I.pdf


1980 DECRETO Nº 7.639, DE 29 DE MAIO DE 1980. Aprova o Regimento da Secretaria de Desportos e Lazer. DOE nº 136, de 18/07/1980, página 02 1981 LEI Nº 4.301, DE 23 DE JUNHO DE 1981. Cria na estrutura da Secretaria de Desportos e Lazer a Coordenação de Praças de Desportos e Lazer e dá outras providências. DOE nº 128, de 10/07/1981, página 15 LEI Nº 4.352, DE 31 DE OUTUBRO DE 1981. Altera a Lei n° 4.011, de 26 de abril de 1979, e dá outras providências. DOE nº 214, de 16/11/1981, página 05 188 1982 DECRETO Nº 8.521, DE 18 DE MARÇO DE 1982. Disciplina as atividades do Fundo de Incentivo ao Desenvolvimento do Desportos e Lazer - FDL, criado pela Lei n° 4.391, de 10 de dezembro de 1981, e dá outras providências. DOE nº 58, de 26/03/1982, página 01 1983 DECRETO Nº 9.354, DE 22 DE AGOSTO DE 1983. Aprova o Regimento Interno do Conselho Regional de Desportos do Maranhão. DOE nº 168, de 05/09/1983, página 05 LEI Nº 4.520, DE 25 DE OUTUBRO DE 1983. Autoriza o Poder Executivo a extinguir, criar, reformular, reestruturar, reorganizar, incorporar, fundir e desmembrar órgãos e empresas públicas, sociedades de economia mista estaduais e fundações instituídas pelo poder público estadual. DOE nº 205, de 31/10/1983, página 46 LEI Nº 4.524, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1983. Dá nova redação e acrescenta parágrafos ao artigo 1° da Lei n° 4.520, de 25 de outubro de 1983. DOE nº 214, de 14/11/1983, página 03 1984 LEI DELEGADA Nº 161, DE 04 DE JULHO DE 1984. Dispõe sobre a estrutura, composição e competências do Poder Executivo Estadual e dá outras providências. DOE nº 126, de 04/07/1984, página 15 LEI DELEGADA Nº 178, DE 17 DE JULHO DE 1984. Dispõe sobre a reorganização do Sistema Estadual de Desportos e Lazer e dá outras providências. DOE nº 135, de 17/07/1984, página 11 1985 DECRETO Nº 9.866, DE 07 DE JUNHO DE 1985. Aprova o Regimento da Secretaria de Desportos e Lazer. DOE nº 122, de 01/07/1985, página 02 1990 DECRETO Nº 11.449, DE 23 DE MAIO DE 1990. Aprova o Regimento do Conselho Regional de Desportos do Maranhão. DOE nº 100, de 25/05/1990, página 15 189 1991 LEI Nº 5.090, DE 14 DE MARÇO DE 1991. Dispõe sobre a Reestruturação do Poder Executivo do Estado e dá outras providências. DOE nº 49, de 14/03/1991, página 02 DECRETO Nº 11.794, DE 15DE MARÇO DE 1991. Cria a Secretaria Extraordinária de Desportos e Lazer e o respectivo cargo de Secretário. DOE nº 50, de 15/03/1991, página 02 DECRETO Nº 12.056, DE 10DE SETEMBRO DE 1991. Dispõe sobre a Reforma Administrativa do Estado e dá outras providências. DOE nº 180, de 18/09/1991, página 02 1993 LEI Nº 5.643, DE 08 DE FEVEREIRO DE 1993. Dispõe sobre as Diretrizes e Bases da Administração Estadual e dá outras providências. DOE nº 38, de 25/02/1993, página 03 1995 LEI Nº 6.272, DE 06 DE FEVEREIRO DE 1995. Dispõe sobre a Reorganização Administrativa do Estado e dá outras providências. DOE nº 27, de 07/02/1995, página 09 DECRETO Nº 14.423, DE 07 DE FEVEREIRO DE 1995. Dispõe sobre a reorganização da Secretaria de Estado de Desportos e Lazer e dá outras providências. DOE nº 28, de 08/02/1995, página 06


LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR


LEI ESTADUAL Nº 8.707 DE 16 DE NOVEMBRO DE 2007 Cria o Conselho Estadual de Esportes e dá outras providências. LEI Nº 8.707 DE 16 DE NOVEMBRO DE 2007 Cria o Conselho Estadual de Esportes e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DO MARANHÃO, Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Legislativa do Estado decretou e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I Disposições preliminares Art. 1º Fica criado o Conselho Estadual de Esportes - CONESP, integrado por dez membros-titulares e igual número de suplentes, obedecida a seguinte composição: I - Secretário de Estado do Esporte; II - Secretário de Estado da Educação; III - Secretário de Estado da Fazenda; IV - um representante da Federação Maranhense de Futebol; V - um representante da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção do Maranhão; VI - um representante da Universidade Federal do Maranhão; VII - um representante do Conselho Estadual de Educação; VIII - um representante da imprensa esportiva; IX - um representante do segmento esportivo de pessoas portadoras de necessidades especiais. X - um representante de reconhecido saber e mérito no âmbito do esporte no Maranhão. § 1º Os membros do Conselho serão nomeados pelo Governador do Estado, mediante indicação dos respectivos órgãos, exceto nos casos dos incisos I, II e III, e o período do mandato coincidirá com o mandato do Chefe do Poder Executivo Estadual. § 2º Os membros do Conselho não terão direito a remuneração e seus serviços serão considerados de relevante interesse público. CAPÍTULO II Das competências Art. 2º Ao CONESP compete: I - aplicar os recursos destinados ao Fundo Estadual de Esportes em projetos que visem fomentar, estimular e desenvolver atividades esportivas nos municípios do Estado do Maranhão; II - administrar o Fundo Estadual de Esportes - FUNESP; III - deliberar sobre a destinação dos recursos do FUNESP; IV - definir as contrapartidas, quando couber; V - deliberar sobre a utilização do FUNESP nos casos omissos nesta Lei e na sua regulamentação; VI - selecionar os projetos ou programas esportivos, definir critérios de seleção e de julgamento; VII - elaborar o regimento interno. CAPÍTULO III Disposições finais Art. 3º O CONESP poderá criar comissões específicas para cada grupo de manifestação esportiva, visando o auxílio na elaboração de editais, critérios de seleção e de julgamento de projetos apresentados. Art. 4º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias de sua vigência. Art. 5º As despesas decorrentes da implantação desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário. Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e a execução da presente Lei pertencerem que a cumpram e a façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. O Excelentíssimo Senhor Secretário-Chefe da Casa Civil a faça publicar, imprimir e correr. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO, EM SÃO LUÍS, 16 DE NOVEMBRO DE 2007, 186º DA INDEPENDÊNCIA E 119º DA REPÚBLICA. JACKSON LAGO Governador do Estado do Maranhão ADERSON LAGO Secretário-Chefe da Casa Civil LOURENÇO JOSÉ TAVARES VIEIRA DA SILVA Secretário de Estado da Educação JOSÉ DE JESUS DO ROSÁRIO AZZOLINI Secretário de Estado da Fazenda


DECRETO ESTADUAL Nº 23.815 DE 20 DE FEVEREIRO DE 2008 Regulamenta a Lei nº 8.707, de 16/11/ 2007, que criou o Conselho Estadual de Esportes - CONESP. DECRETO Nº 23.815 DE 20 DE FEVEREIRO DE 2008 Regulamenta a Lei nº 8.707, de 16/11/ 2007, que criou o Conselho Estadual de Esportes - CONESP. O GOVERNADOR DO ESTADO DO MARANHÃO, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pelo inciso III do art. 64 da Constituição do Estado e considerando o disposto no art. 4º da Lei nº 8.707, de 16/11/2007, que criou o Conselho Estadual de Esportes - CONESP, DECRETA: CAPÍTULO I Disposições preliminares Art. 1º O Conselho Estadual de Esportes - CONESP é integrado por dez membros-titulares e igual número de suplentes, obedecida a seguinte composição: I - Secretário de Estado do Esporte; II - Secretário de Estado da Educação; III - Secretário de Estado da Fazenda; IV - um representante da Federação Maranhense de Futebol; V - um representante da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção do Maranhão; VI - um representante da Universidade Federal do Maranhão; VII - um representante do Conselho Estadual de Educação; VIII - um representante da imprensa esportiva; IX - um representante do segmento esportivo de pessoas portadoras de necessidades especiais; X - um representante de reconhecido saber e mérito no âmbito do esporte no Maranhão. § 1º Os membros do Conselho serão nomeados pelo Governador do Estado, mediante indicação dos respectivos órgãos, exceto nos casos dos incisos I, II e III, e o período do mandato coincidirá com o mandato do Chefe do Poder Executivo Estadual. § 2º Os membros do Conselho não terão direito a remuneração e seus serviços serão considerados de relevante interesse público. CAPÍTULO II Das competências Art. 2º Ao CONESP compete: I - aplicar os recursos destinados ao Fundo Estadual de Esportes em projetos que visem fomentar, estimular e desenvolver atividades esportivas nos municípios do Estado do Maranhão; II - administrar o Fundo Estadual de Esportes - FUNESP; III - deliberar sobre a destinação dos recursos do FUNESP; IV - definir as contrapartidas, quando couber; V - deliberar sobre a utilização do FUNESP nos casos omissos na lei que criou o Fundo e neste Decreto; VI - selecionar os projetos ou programas esportivos, definir critérios de seleção e de julgamento; VII - elaborar o regimento interno. CAPÍTULO III Disposições finais Art. 3º O CONESP poderá criar comissões específicas para cada grupo de manifestação esportiva, visando o auxílio na elaboração de editais, critérios de seleção e de julgamento de projetos apresentados. Art. 4º Os casos não previstos neste Decreto serão decididos pelo titular da Secretaria de Estado do Esporte do Estado do Maranhão, a quem caberá a elaboração de normas complementares para a sua execução. Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO, EM SÃO LUÍS, 20 DE FEVEREIRO DE 2008, 187º DA INDEPENDÊNCIA E 120º DA REPÚBLICA. JACKSON LAGO Governador do Estado do Maranhão ADERSON LAGO Secretário-Chefe da Casa Civil LOURENÇO JOSÉ TAVARES VIEIRA DA SILVA Secretário de Estado da Educação JOSÉ DE JESUS DO ROSÁRIO AZZOLINI Secretário de Estado da Fazenda


LEI Nº 9.878, DE 18 DE JULHO DE 2013 Dispõe sobre o Conselho Estadual de Esporte e Lazer do Maranhão e dá outras providências, com base nas diretrizes e orientações da II Conferência Nacional de Esporte e Lazer. LEI Nº 9.878, DE 18 DE JULHO DE 2013 Dispõe sobre o Conselho Estadual de Esporte e Lazer do Maranhão e dá outras providências, com base nas diretrizes e orientações da II Conferência Nacional de Esporte e Lazer. A GOVERNADORA DO ESTADO DO MARANHÃO, Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa do Estado decretou e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DO OBJETO Art. 1º Fica criado o Conselho Estadual de Esporte e Lazer do Maranhão - CONESP. CAPÍTULO II DA NATUREZA E OBJETIVOS Art. 2º O CONESP é órgão colegiado de caráter consultivo, deliberativo, normativo, propositivo, fiscalizador, controlador, orientador, gestor e formulador de políticas públicas de esporte e lazer, composto por representantes dos mais diversos segmentos, que deve integrar o Sistema Nacional de Esporte e Lazer, com maioria de representantes da sociedade civil, a fim de gestar e consolidar a política pública de esporte e de lazer em âmbito estadual, que garanta a prática do esporte educacional, do esporte de participação e do esporte de rendimento como direitos sociais, bem como as diversas dimensões do lazer, valorizando a acessibilidade, a descentralização, a intersetorialidade e a multidisciplinaridade das ações esportivas e de lazer. Parágrafo único. Integrarão, também, a política pública de esporte e lazer, o incentivo aos esportes de inclusão social, esporte e lazer de formação esportiva, esporte e lazer para pessoas portadoras de necessidades especiais, esporte e lazer da terceira idade e capacitação de técnicos esportivos. CAPÍTULO III DAS COMPETÊNCIAS Art. 3º Compete ao CONESP: I - participar da elaboração do Plano Plurianual - PPA, a fim de garantir a destinação orçamentária de verbas, fiscalizando sua utilização para o esporte e lazer; II - definir metas e desafios relacionados à construção de uma política pública de esporte e de lazer, pautada no princípio da inclusão; III - avaliar projetos e programas de esporte e de lazer que compõem as políticas públicas de esporte e lazer; IV - identificar as demandas sociais esportivas e de lazer; V - identificar as demandas sociais da atuação dos agentes do esporte e lazer; VI - acompanhar e monitorar a implementação dos projetos de esporte e lazer no espaço público e privado; VII - monitorar, acompanhar e prestar contas na política de esporte e lazer; VIII - realizar audiências públicas semestralmente; IX - estimular e divulgar as pesquisas sobre projetos e programas sociais do esporte e lazer; X - atender ao princípio da promoção de políticas e ações intersetoriais; XI - realizar pesquisas diagnósticas sobre a viabilização de programas de metas físicas (edificações e equipamentos esportivos); XII - promover a capacitação e qualificação dos profissionais e agentes do sistema, levando em conta as diferenças regionais e culturais; XIII - elaborar e aprovar seu regimento interno, observando as diretrizes da II Conferência Nacional de Esporte e Lazer; XIV - fomentar a formação dos Conselhos Municipais de Esporte e Lazer e as conferências municipais; XV - observar e fiscalizar o cumprimento dos princípios e preceitos das legislações federal e estadual de esporte e lazer; XVI - manifestar-se sobre matéria relacionada às práticas esportivas e de lazer; XVII - fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, materiais e financeiros, destinados à realização de programas e ações de natureza esportiva e de lazer; XVIII - pronunciar-se sobre os projetos legislativos relativos às áreas do esporte e do lazer; XIX - pronunciar-se sobre cooperação e intercâmbio esportivo em nível nacional e internacional; XX - fiscalizar e opinar sobre parceria público-privada que envolva prestação de serviços nas áreas de esporte e lazer; XXI - fiscalizar a aquisição e aplicação de verbas públicas das entidades esportivas, com a devida prestação de contas em prazo real de 90 dias; XXII - deliberar e fiscalizar a utilização de verbas destinadas ao esporte e lazer através da devida prestação de contas; XXIII - definir a política de investimento no desporto, indicando conceitos para o esporte educacional, de participação e rendimento, olímpicos, paraolímpico, não olímpico e não paraolímpico e lazer;


XXIV - aplicar os recursos destinados ao Fundo Estadual de Esportes – FUNESP em projetos que visem fomentar, estimular e desenvolver atividades esportivas nos municípios do Estado do Maranhão; XXV - deliberar sobre a utilização do FUNESP nos casos omissos na sua regulamentação; XXVI - selecionar os projetos ou programas esportivos, definir critérios de seleção e de julgamento. CAPÍTULO IV DA COMPOSIÇÃO Art. 4º O CONESP será integrado por onze membros e igual número de suplentes, nomeados pelo Governador do Estado, obedecida a seguinte composição: I - Secretário de Estado do Esporte e Lazer ou um representante da Secretaria; II - um representante da Secretaria de Estado da Educação; II - um representante da Secretaria de Estado da Segurança Pública; IV - um representante da Secretaria de Estado da Saúde; V - um representante dos Secretários ou Gestores Municipais de Esporte e Lazer; VI - um representante do Conselho Regional de Educação Física; VII - um representante do Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Maranhão; VIII - um representante das Federações Estaduais de Esporte Amador; IX - um representante dos Clubes Profissionais do Estado do Maranhão; X - um representante das entidades de pessoas com deficiência; XI - um representante da imprensa esportiva. § 1º O Presidente do CONESP será escolhido por meio de eleição direta entre seus integrantes, por maioria simples, garantida a alternância entre representantes do governo e da sociedade civil em cada mandato. § 2º A escolha dos membros do CONESP deverá ocorrer por meio de eleição direta ou indicação dos respectivos órgãos, segmentos e setores a que estiverem vinculados, garantindo cota feminina de 20% da representação para posterior nomeação do Governador do Estado, na forma da regulamentação desta Lei. § 3º O representante dos Secretários ou Gestores Municipais de Esporte e Lazer deverá ser indicado pela Federação dos Municípios do Estado do Maranhão - FAMEM. § 4º O mandato do Presidente e dos Conselheiros do CONESP será de dois anos, cabendo reeleição uma única vez. § 5º Para a primeira composição do CONESP será publicado, no prazo de 180 dias, a partir do início da vigência desta Lei, edital de convocação com ampla divulgação na imprensa oficial do Estado. § 6º Os membros do Conselho não terão direito a remuneração e seus serviços serão considerados de relevante interesse público. CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 5º Os recursos materiais, humanos e financeiros necessários à implantação, instalação e pleno funcionamento do CONESP deverão ser garantidos pela Secretaria de Estado do Esporte e Lazer do Maranhão até que haja disponibilidade orçamentária e financeira no Fundo Estadual de Esportes. Art. 6º O CONESP poderá criar comissões específicas para cada grupo de manifestação esportiva, visando ao auxílio na elaboração de editais, critérios de seleção e de julgamento de projetos apresentados. Art. 7º As normas e instruções para implantação e funcionamento do CONESP serão estabelecidas no prazo de um ano em regulamentação específica. Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. Art. 9º Revogam-se a Lei nº 8.707, de 16 de novembro de 2007, e o Decreto nº 23.815, de 20 de fevereiro de 2008. Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e a execução da presente Lei pertencerem que a cumpram e a façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. O Excelentíssimo Senhor Secretário-Chefe da Casa Civil a faça publicar, imprimir e correr. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO, EM SÃO LUÍS, 18 DE JULHO DE 2013, 192º DA INDEPENDÊNCIA E 125º DA REPÚBLICA. ROSEANA SARNEY Governadora do Estado do Maranhão JOÃO GUILHERME DE ABREU Secretário-Chefe da Casa Civil JOAQUIM ELIAS NAGIB PINTO HAICKEL Secretário de Estado do Esporte e Lazer doema 18 de julho de 2013


EMÍLIO BILÓ MURAD – POLITICO SOUSA, NAN - POLITICO CARLOS GUTERRES MOREIRA POLITICO CECILIA MOREIRA – PROFESSORA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, DA UFMA DOMINGOS JORGE PIRES LEAL – POLITICO, EMBORA LIGADO AO FUTEBOL SEBASTIÃO MURAD - POLITICO PHIL CAMARÃO - ESPORTISTA HTTPS://JORNALPEQUENO.COM.BR/2018/03/11/PERFILPHIL-CAMARAO-UM-GRANDE-CAMPEAO-DA-VIDA/ EDSON CALDEIRAS – POLITICO, LIGADO A JOSÉ DE RIBAMSR FIQUENE, VEIO DE IMPERATRIZ PAULO ROBERTO TINOCO SILVA – ESPORTISTA, PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA MARLY ABDALA - POLITICA LUIZ ROBERTO GODINHO GONÇALVES – INDICAÇÃO POLITICA, EMBORA PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA, VINDO DE BRASILIA ALIM MALUF FILHO – INDICAÇÃO POLITICA, EMBORA ESPORTISTA, PERTENCENTE À GERAÇÃO DE 53 JOSÉ ANTONIO RIBEIR NETO - POLITICO MAURO DE ARAUJO BEZERRA – INDICAÇÃO POLITICA, EMBORA JORNALISTA ESPORTIVO, NO INICIO DA CARREIRA, PROCEDENTE DO PIAUÍ ADERSON LAGO - POLITICO WEWERTON ROCHA - POLITICO ROBERTO COSTA - POLITICO FRANCISCO DIAS SOUZA NETO – POLITICO, EMBORA ESPORTISTA (FUTSAL) JOAQUIM NAGIB HAICKEL POLITICO, EMBORA ESPORTISTA MÁRCIO JARDIM - POLITICO HEWERTON PEREIRA - POLITICO ROGÉRIO CAFETEIRA – POLITICO



FUTURO SECRETÁRIO DE ESPORTES E LAZER, MARCIO JARDIM FOI RECEBIDO POR PELO ATUAL SECRETÁRIO JOAQUIM HAICKEL Publicado em 28 de novembro de 2014 por WeZAdmin http://blogdopedrojorge.com.br/2014/11/futuro-secretario-de-esportes-e-lazer/

O secretário de Estado de Esporte e Lazer, no futuro governo de Flavio Dino, Marcio Jardim foi recebido pelo atual titular da pasta Joaquim Haickel, na ultima terça e quarta-feira (25 e 26).

Na visita o futuro secretário, professor Márcio Jardim foi apresentado as atividades desenvolvidas pela Sedel durante gestão de Joaquim Haickel, os andamentos das obras e projetos, assim como o funcionamento da Lei de Incentivo ao Esporte, mecanismo que vem auxiliando o crescimento do esporte no Maranhão nos últimos anos.

Dentre as informações repassadas ao futuro secretário de Esporte e Lazer e a sua equipe, Haickel fez questão de apresentar o projeto de reconstrução do Ginásio Costa Rodrigues que, em breve voltará a ser usado pelos desportistas maranhenses. Além disso, apresentou as obras que estão sendo realizadas pela Sinfra no complexo Esportivo do Outeiro da Cruz e algumas outras que devem ser realizadas pela própria Sedel a partir do ano que vem e que já contam com recursos financeiros garantidos na casa de 9 milhões de reais. “Gostaria de agradecer ao Joaquim que desde o primeiro instante colocou a nossa disposição todos os dados que precisamos para que possamos conhecer os desafios que nos esperam frente à gestão do esporte e do lazer de nosso estado”, comentou Márcio Jardim. Fonte Zeca Soares


MÁRCIO JARDIM CAI DA SEDEL; ANDRÉ FUFUCA EMPLACA SUBSTITUTO

Publicado em 13 de outubro de 2017 por gilbertoleda http://gilbertoleda.com.br/2017/10/13/marcio-jardim-cai-da-sedel-andre-fufuca-emplaca-substituto/ 521

O petista Márcio Jardim não é mais o secretário de Estado do Esporte e Lazer. A exoneração foi confirmada nesta sexta-feira (13). Para o lugar dele foi nomeado Heverton Rodrigues Pereira, indicado pelo deputado federal André Fufuca (PP). A nomeação é forte indicativo de que o PP aderiu ao governo Flávio Dino (PCdoB).


FLÁVIO DINO EMPOSSA HEWERTON PEREIRA COMO SECRETÁRIO DE ESPORTE E LAZER11 17 de outubro de 2017 às 10:13

Posse do novo secretário de Esporte e Lazer. Foto: Nael Reis/Secap O governador Flávio Dino deu posse nesta segunda-feira (16), ao novo secretário de Estado de Esporte e Lazer, Hewerton Carlos Rodrigues Pereira. A solenidade foi realizada no Palácio dos Leões e contou com a presença de familiares do novo secretário, prefeitos e líderes parlamentares. O novo integrante da equipe de governo dará continuidade aos projetos já desenvolvidos, como ampliação dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs) e o apoio ao esporte amador e profissional, como destacou o governador Flávio Dino. “Fizemos uma mudança que visa aprimorar os programas que fizemos em várias áreas, no esporte educacional, no esporte comunitário amador, na relação com os municípios e também no esporte profissional. O secretário vai atuar alinhado nesses eixos, nos ajudando a aplicar os recursos disponíveis e também a captar novos investimentos”, disse o governador.

Flávio Dino e o novo secretário de Esporte e Lazer. Foto: Nael Reis/Secap

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https://www.ma.gov.br/flavio-dino-empossa-hewerton-pereira-como-secretario-de-esporte-e-lazer/


Flávio também falou do papel desempenhado pelo secretário anterior da pasta, Márcio Jardim, ressaltando o sucesso das iniciativas realizadas até então e os novos desafios assumidos. “O secretário Márcio Jardim fez um brilhante trabalho à frente da Secretaria, agora ele tem outras missões no terreno da política.” Para o secretário empossado Hewerton Pereira, bacharel em Ciências Contábeis e com experiência no Legislativo estadual e federal, o cargo é uma oportunidade de atuar numa equipe jovem e comprometida com o bem-estar social. “Hoje eu tenho a oportunidade de trabalhar não só com uma atividade que tem a finalidade de melhorar a vida das pessoas, mas também trabalhar com uma equipe tão qualificada. Por isso, os programas existentes serão mantidos e vamos buscar novas possibilidades como ampliar o apoio do governo ao esporte amador e buscar parcerias com as prefeituras para o interior do estado”, destacou Hewerton.


TEREMOS A “MESMA” SEDEL? JOSÉ DE OLIVEIRA RAMOS OLIVEIRA RAMOS 14 de fevereiro às 13:41

Fiquei confuso. Juro que fiquei confuso, e sem esperanças de dias melhores para o esporte maranhense como um todo – e o esporte não é apenas o futebol. E essa minha desesperança aconteceu hoje pela manhã (14/02/2019), quando escutei entrevista do “novo” secretário de Estado de Esportes do Maranhão, concedida ao companheiro Roberto Fernandes da Silva, na Rádio Mirante. Não sei se já assumiu, embora tenha sido anunciado aparentemente de forma oficial pelo Governador Flávio Dino – não me compete criticar quem vai ser auxiliar do Governador, pois isso é algo (convidar) que diz respeito à ele (Flávio Dino). A impressão que me foi passada através da entrevista, é que a assunção do novo secretário tem muito mais com “projeto pessoal”, do que um desenho de “projeto de Estado”. Imaginei que, qualquer um que viesse assumir essa pasta tida como sem importância alguma – mas de extrema necessidade para encaminhamento e formação cidadã de jovens – recebesse em mãos um relatório da atual situação caótica de quase tudo que ali deveria funcionar, bem como, o estágio de abandono físico dos equipamentos que compõem o patrimônio estadual nessa especialidade. Tipo: Parque Aquático do Castelinho, Ginásio Georgiana Pfluegger e outros tantos que foram construídos foram da capital. E vem mais a responsabilidade de evitar, que o Sítio Rangedor, que passará obrigatoriamente e a fazer parte dos equipamentos de lazer e entretenimento da família maranhense – não seja incluído entre os elementos de valor e importância. Quem viveu anos como Jornalista cobrindo o esporte maranhense em todas as suas modalidades, certamente que conhece as carências e as demandas que existem – e permanecem porque, simplesmente, quem assume a SEDEL não faz absolutamente nada para mudar essa realidade. Há quem assegure que a SEDEL nada mais é que a mais forte aliada da CAEMA – um cabide de empregos. E as carências não estão apenas em São Luís. O Maranhão é grande, e a cada dia aparece uma novidade, trazendo a esperança de que “agora vai” ou “agora vão fazer alguma coisa”. É caso do magnífico espaço aquático denominado “Lagoa do Cassó”, que precisa receber uma infraestrutura que permita, e facilite, o usufruto pelos praticantes de atividades aquáticas sem causar qualquer tipo de tragédia. Claro que o senhor futuro secretário tem ideias. Se não as tivesse, nem vislumbrasse fazer alguma coisa, seria um bobalhão assumindo uma função apenas para satisfazer uma amizade. E isso não parece ser. Fez projeções, colocou possíveis projetos – alguns muitos próximos de sonhos ou sexo dos anjos, mas aproveitou para “se abrir para receber sugestões”. É uma demonstração de humildade, que o distancia de outros que lá estiveram e se achavam os “reis da cocada preta”. PRIMEIRA DICA: Faça um relatório do estágio em que se encontram os equipamentos utilizados na prática esportiva em todo o Estado, inclusive excluindo o Castelão. Há muito mais o que fazer no entorno do estádio, que propriamente no campo de jogo; SEGUNDA DICA: Passe um pente fino no “quadro de funcionários” e verá que a “economia feita” dará para tocar muitas obras. (JOR)


PRIMEIRA DICA: Faça um relatório do estágio em que se encontram os equipamentos utilizados na prática esportiva em todo o Estado, inclusive excluindo o Castelão. Há muito mais o que fazer no entorno do estádio, que propriamente no campo de jogo;




O CASTELINHO TREMEU!..... E AGORA CAIU! JOSÉ DE OLIVEIRA RAMOS OLIVEIRA RAMOS 7 de março às 23:09 Corria o ano de 1988. Eu estava lá, profissionalmente, cobrindo as disputas dos JEBS (Jogos Escolares Brasileiros) que a visão e inteligência do então Governador Epitácio Cafeteira trouxeram para São Luís – era secretário de Esportes o então deputado Carlos Guterres. Gente do ramo. Conscientes – diferentemente dos outros que vieram depois – de que o “Esporte é ferramenta de inclusão social, e o mais simples e barato caminho para impedir que a juventude caminhe para o tráfico e consumo de drogas”, Epitácio Cafeteira e Carlos Guterres se envolveram de corpo e alma, para, não apenas proporcionar o melhor ambiente para receber jovens estudantes e professores da área do Brasil inteiro. Queriam “conquistas”. Queriam “resultados”. E tiveram. Na Natação, modalidade repleta de atletas de alto nível e reconhecimento nacional como Carlos Garcez, Ana Zélia Gomes, Evandro Rodrigues, Letícia Pacheco, Ana Carla Salazar, Catherine Rangel, Nadilson Rodrigues Filho, vieram dezenas de medalhas e troféus, graças à estrutura oferecida para treinamentos e conquistas no Parque Aquático e a sua então maravilhosa piscina olímpica. No Futebol, o título brasileiro da modalidade, recompensa pelo investimento e apoio concedidos para garantir o brilho dos técnicos Sebastião Silva (Baezinho) e Arlindo Azevedo e de jogadores como Didi, Santa Rita, Batuca, Tonho, Everaldo, Izaías, Preto, Walber, Zé Filho e Santana que justificaram a superlotação do estádio Nhozinho Santos, e, anos depois se consagraram, mostrando o brio e a qualidade do futebol maranhense. Pois, naquele inesquecível ano de 1988, com o Maranhão governado pelo paraibano Epitácio Cafeteira Afonso Pereira, nascido a 27 de junho de 1924 em João Pessoa; tendo como secretário de Esportes Carlos Guterres Moreira, o Ginásio Castelinho (que, anos depois receberia o nome da ex-atleta maranhense Georgiana Pflueger), tremeu. Literalmente “tremeu”. Numa manhã ensolarada de domingo, duas finais da modalidade Handebol foram disputadas, com o Castelinho literalmente lotado, sem lugar para mais ninguém, e com todos os espaços do estacionamento ocupados, obrigando que muitos veículos ficassem estacionados na Avenida dos Franceses ou ao lado da então fábrica de refrigerantes que ainda hoje funciona por ali. No primeiro jogo, a decisão da categoria feminina ocorreu entre o Rio de Janeiro e Sergipe, num dos jogos mais disputados e emocionantes que já aconteceram ali naquela praça de práticas esportivas. Após todas as disputas dos tempos normais, com prorrogações, a decisão foi para a cobrança de penalidades. Sergipe, pela excelência do elenco e do trabalho, sagrou-se campeão. No jogo de fundo, um dos mais disputados e cheios de “mumunhas”, que teve inclusive a participação direta do Governador Cafeteira (mostrando a importância que o “paraibano” dava à prática esportiva, reconhecendo-a como elemento vital em qualquer Governo), o selecionado maranhense comandado por Vicente Calderoni (Viché) venceu o excelente selecionado de Alagoas e sagrou-se campeão brasileiro de Handebol. Difícil esquecer a participação de atletas como Quibe, Murilo, Washington, Márvio, Talibe, Jailson e Kleverson, sem esquecer de contar os gêmeos Gustavo e Guilherme. Naquele dia, superlotado, o Castelinho “tremeu”. Mas isso faz tempo, e o sujeito que valorizou tudo aquilo, todos aqueles momentos, sequer era maranhense. Foi Cafeteira, paraibano. Eis que, 31 anos depois de ter tremido com aquela decisão que garantiu o título ao selecionado maranhense de Handebol masculino, o Castelinho, em vez de “tremer”, caiu. E todos os responsáveis são maranhenses. São? Será que são mesmo? (JOR)


UM MENINO E UMA BOLA JOSÉ DE OLIVEIRA RAMOS OLIVEIRA RAMOS 8 de março às 23:14 Naquele lugar estranho, com tanto sol e pouca sombra, às vezes o calor impunha o ócio, como se fosse algo hipnótico. A pouca água que se tinha notícia, naqueles dias, era o suor de quem se expunha ao sol. Mas, com um objetivo, Badiu não dava muita atenção às intempéries – e até conseguia esquecer o calor, por vezes bebendo o próprio suor que lhe corria pelas faces negras, e ao mesmo tempo, pelo sal que o corpo expelia. Como se árvore fosse e estivesse vivendo o processo de fotossíntese. Entre o calor que queimava, o suor salgado que corria pálpebras abaixo e a ausência de uma pequena sombra que fosse, Badiu optava por correr atrás da bola. Era a sua bola. A bola feita por ele – com pedaços de papel e barbantes que recolhera no lixo. Não era a bola que ele queria e sonhava. Mas, era uma bola sim! - “Um dia desses serei um jogador bom, famoso e com dinheiro suficiente para sustentar minha mãe e comprar muitas bolas para as crianças”! Badiu aprimorava seu estilo de jogar, a cada dia. Jogava só. Não tinha adversários além do calor e da falta de sombras. Certo dia resolveu construir os traves, para onde mandaria a bola e faria vários gols. Golaços. Paus velhos, tiras velhas e pedaços de plásticos – o que garantia aquele som inconfundível e uníssono das torcidas, quando acontece um gol do time preferido. Eis que, num fim de manhã, ao chegar ao local do “treino”, Badiu encontrou seus traves destruídos, jogando ao léu todo seu esforço e ansiedade para um dia se tornar um jogador profissional. No lugar do suor que caía pelo rosto, lágrimas tomaram o lugar. No lugar da alegria, o desespero por sentir que estava perdendo a chance de um dia ser alguém. Ali onde Badiu aprendia na solidão, tendo como adversários o calor e a falta de sombra, seria erguido um conjunto residencial. É sempre assim! (JOR)



CLÁUDIO VAZ DOS SANTOS, ELIR JESUS GOMES, MARIA JOSÉ CASSAS GOMES


DEPOIMENTOS & ENTREVISTAS


ELIR DE JESUS GOMES

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1) O então Governador eleito, João Castelo, recebeu do Pe. João Mohana, a sugestão para criar duas secretarias, a de Cultura, até então uma Fundação e a de Desportos e Lazer, que seria a primeira do Brasil, pedido que foi atendido. A ideia da criação foi muito bem aceita, embora causando enorme surpresa a indicação do meu nome para assumir a Secretaria de Desportos e Lazer, tendo em vista nunca ter ocupado nenhum cargo público, mas que foi sugerido pelo Pe. Mohana e aceito pelo futuro Governador. A partir dai, convidei o Sr. Mateus Antônio da Silva Neto para me ajudar na elaboração dos projetos que poderiam ser realizados na área de esportes e lazer. Após esse trabalho inicial, tomei conhecimento da professora Ethel Bauzer Medeiros13, uma das pioneiras da necessidade do lazer aqui no Brasil. Depois de contato telefônico, respondeu-me para mandar sua passagem e que nada cobraria em troca de sua assessoria, tão entusiasmada ficou com a criação da SEDEL. Sua vinda à São Luís foi providencial, tendo aprovado tudo o que já havia sido planejado. Era considerada a maior autoridade em lazer do Brasil, autora do livro "O lazer no planejamento urbano” 14, colaboradora da obra e construção do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

2) O principal critério foi capacidade técnica. Na área de lazer recorri à Dra. Rosa Mochel, cuja competência já havia sido demonstrada através de diversos trabalhos realizados em nossa comunidade. Naquela ocasião, foram indicadas por ela Maria de Fátima Barbosa Frota e Amélia Buzar, tornando-se a primeira, a coordenadora de lazer da Secretaria.

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Depoimento prestado através de Correio Eletrônico em 14 de fevereiro de 2019. http://www.eeffto.ufmg.br/eeffto/DATA/defesas/20150710183009.pdf 14 MEDEIROS, Ethel Bauzer. o lazer no planejamento urbano. Rio de Janeiro. Fundação Getúlio. Vargas. Servo de publicações. 1971. 13


Na área de esportes, escolhi José de Ribamar Miranda para ser o coordenador. Dessa forma, a secretaria ficou dividida em duas coordenadorias, tendo cada coordenador a liberdade de escolher seus auxiliares. Acima dessas coordenadorias, havia um coordenador geral, encarregado de toda a parte administrativafinanceira, ocupada por Olímpio Guimarães e uma assessoria técnica, encarregada do planejamento. 3) Na área de esportes, pudemos contar com a colaboração de professores especialistas em diversas modalidades, como os professores Laércio Elias Pereira, Leopoldo Gil Dulcio Vaz, Manoel Trajano Dantas Neto, Zartu Giglio Cavalcante, Paulão15, Vicente Caldeirone, professor Dimas e muitos outros. Na área de lazer, contamos com uma equipe formada por Amélia Buzar, Admée Duailibe, Dulce Colares Moreira, Ana Lourdes Lobato, Chico Pinheiro, Cosme Junior, Nazaré Jansen, Nazareth Saldanha, Ilva Lícia Saldanha, Fátima Campos e outros. 4) A construção do Complexo Esportivo do Barreto veio atender não somente o esporte profissional, mas, principalmente, o esporte amador, através de moderna pista de atletismo, um ginásio poliesportivo e um parque aquático onde eram treinados atletas através de suas escolinhas. 5) Além do Complexo Esportivo, realizado com apoio e vontade do Governador do Estado, foram feitas reformas em todos os Ginásios da Capital e Caxias, módulos esportivos em vários municípios do interior do Estado, com verba fornecida pelo Ministério de Educação; Projeto Elo, com a LBA no bairro do Maracanã, Jogos Escolares Maranhenses (JEM's), Escolinha de Navegação, Feiras de plantas, comidas típicas e atividades culturais, Festival de bandas escolares e Fanfarra, Campeonato Inter Bairros de futebol, Ruas de lazer, Domingo em família, Exposição de artes na praça Deodoro, Exposição de moedas e carros antigos, Exposição de miniaturas também na praça Deodoro, Serestas na fonte do Ribeirão e Visitas orientadas ao Museu Histórico para deficientes visuais, Edição da revista da SEDEL, dirigida pelo Professor e Jornalista Sebastião Jorge. Em conversa telefônica, dia 14 de fevereiro de 2019, para e3sclarecer alguns pontos, o sr. Elir de Jesus Gomes afirmou:

Sobre a vinda de Ethel Bauzer de Medeiros – foi a convite dele, que ela veio ao Maranhão. Ganhou de Cabral Marques um livro dela, gostou e, através de um parente de d. Zezé, que era amiga da família de Ethel, entrou em contato e falou de seus planos, em especial da área de Lazer. Ficou entusiasmada, e disse que viria ao Maranhão, bastando mandar as passagens. O que aconteceu. Sobre sua escolha: foi sugestão de Padre Mohana. Começou a planejar as ações na área de lazer, que conhecia mais; colocou o que se poderia fazer; Convidou, então Mateus Neto para auxiliar, e foram ao Maracanã conversar com Rocha Mochel, que tinha muita experiência na área, pois trabalhara na Cultura. Foi ela quem indicou Fátima Frota e Amélia Buzar. Mateus Neto teve participação importante, no inicio, ainda no Plano de Governo. Castelo fora indicado Governador e começou o planejamento. Quando aceitou, chamou Mateus Neto, colaborou nessa fase, ajudando a colocar no papel as ideias, que iam surgindo, Sobre esporte, não conhecia ainda pessoas envolvidas que pudesse ajudar. Com a indicação de Miranda para coordenador de esportes, esta área começou a ser montada.. Miranda Gafanhoto foi pedido de Castelo, atendendo à Fernando Sarney, para a área dos esportes. Mais tarde, Castelo já tomado posse, contou com alguns remanescentes da equipe do antigo DEFER/SEDUC, como o Laércio. Sempre delegou, aos técnicos e assessores, as responsabilidades, ouvindo a todos, e tomando as decisões, mantendo muita coisa que já havia, principalmente na área dos esportes, pois confiava na equipe formada; 15

PAULO ROBERTO TINOCO DA SILVA - também daquela segunda geração de ouro do esporte maranhense; dentista, e professor de educação física; técnico de basquetebol, chegou a atuar como assistente técnico da Seleção Brasileira Feminina


sempre foi mais próximo da área do lazer, pois atuava de muito, nessa área, e que lhe era mais familiar, e contava com uma equipe muito boa e competente: Fátima, Amélia, Dulce, Admée, e tantos outros.


ENTREVISTA – REVISTA DESPORTOS & LAZER, 1.1, dezembro 1980





















LOUIS PHILIP MOSES CAMARÃO, gravada no dia 28.06.2001 com início às 8:17 na Sede da Cooperativa de Médicos do Maranhão, na rua do CEMA, 33.

L- Nome Completo? Louis Philip Moses Camarão. L- Data de nascimento? 06 de março de 1955. L- Filiação? Felipe Reis Camarão e Jean Moses Camarão L- Você foi atleta de handebol? Sim. L- Você estudou no Batista? a vida inteira. L- É. Tua profissão hoje? Médico. L- Trabalha com o que? Atualmente, com, é como médico perito examinador do trânsito. L- Não se dedicou á medicina esportiva? Não, porque não teve campo aqui em São Luís, e como ainda não tem. L- Você começou a tua vida esportiva no próprio Batista? Sim. L- Em que ano, você entrou no Batista? Desde o jardim de infância, não sei. L- E a educação física no Batista como era? É, como você está dizendo era educação física, quer dizer, antigamente, não sei porque hoje é muito pouco praticado educação física, mas o Colégio Batista sempre primou como forma de desenvolver sempre o corpo e a mente juntos, então nós fazíamos a educação física e tinha mais uma opção lazer que, como o futebol de campo, futebol de poeira, futebol de salão e os cursos iniciado de voleibol, basquete e a grande novidade foi quando o professor Dimas chegou, que ofereceu o handebol, que foi uma luta muito grande, porque ele me vendo jogar em outros esportes, achou que eu seria, seria, teria em grande potencial em jogar handebol e insistia com o professor Emílio, para me tirar do futebol de areia, que a gente adorava ficar jogando, um futebolzinho, para me botar para jogar handebol contra a minha vontade, pediu até que Luís Fernando e os outros colegas me convencessem a jogar e até mesmo para tirar equipe, para completar equipe, melhor dizendo.

L- Você, depois que acabou a tua vida esportiva como atleta para ser técnico e acabou no, digamos o mais alto posto do esporte maranhense, foi secretário de Esporte e Lazer. Como é que foi a tua administração na SEDEL? Quais são os resultados positivos e negativos? A organização do JEM’s na tua administração/ O que diferia daquele JEM’s que você foi atleta? P- É eu fiquei muito feliz de ter sido o primeiro ex-atleta, ex-técnico, campeão maranhense, campeão brasileiro, a alcançar o título máximo que se almeja, quem gosta de esporte quer ser o secretário de Esporte do Estado. L- A administração como foi? P- as dificuldades foram muitas, porque a secretaria era uma secretaria extraordinária de esporte e lazer, ou seja não tinha dotação orçamentaria própria. L- que governo foi isso? P- Governo Lobão, é, então eu dependia muito de recursos, cada projeto gerava o pedido para recursos e os recursos evidentemente tinham outras prioridades, como segurança, educação, saúde e o esporte apesar do governador sempre Ter dado muito apoio, evidentemente não podia Ter prioridade na concepção ampla da administração púbica, mas nós fizemos um JEM’s é, que até hoje, está em modelo e nós modificamos o JEM’s, aquela abertura para os interiores do Maranhão e tanto é que nós construímos quadras, é pistas de atletismo no interior do Maranhão, foi aí que começou a desenvolver muito mais ainda e nós fizemos uma coisa que nunca tinha sido feita e até agora não foi feita, que foi a Copa Bem, que foi o maior evento esportivo de São Luís, envolvendo 400 times de futebol e futebol nos bairros em São Luís, envolvendo mais de 8 Mil atletas, envolvendo 48 bairros da cidade e fruto disso foram diversas modalidades de esportes incentivadas pela SEDEL, apesar da deficiência de recursos e grandes nomes que surgiram a partir dessa geração, na natação, no atletismo, você se lembra no atletismo tinha Riba16, tinha a irmã de Riba (Graça)17, 16

JOSÉ DE RIMAR RIBEIRO – atleta de atletismo, um dos melhores velocistas que o Estado já teve. Um dos principais objetivos do atleta é se tornar campeão. Algo errado nisso? Não. Mas nem sempre ser campeão significa subir no lugar mais alto do pódio. Se tornar um vencedor ultrapassa aquele momento em que se recebe uma medalha de ouro. Ser campeão, neste caso, não é ser o melhor atleta. Não é exibir inúmeros troféus e medalhas. Às vezes, para ser um campeão, basta ser alguém que se preocupe pelo bem do outro, que esteja sempre disposto a ajudar, mesmo que não haja remuneração financeira.


tinha Aurenildes18, eu estou citando atletismo que eu sei que é uma área que você gosta bastante, e então acho que foi uma administração boa, mas eu deixo as pessoas que vivem no esporte para que façam o julgamento. L- Dá para fazer uma comparação dos JEM’s já de você como administrador, dos JEM’s como atleta? Qual a mudança que houve? P- Não, porque é como você por exemplo, não dá para comparar as épocas, porque nos JEM’s, nós jogávamos basicamente com cinco escolas, era Liceu, Batista, Marista, Dom Bosco e Batista e quer dizer outras escolas, mas de esportes menores e hoje não, hoje só na nossa época, só o índice de escola de São Luís eram mais de 80 escolas, então era uma visão muito mais ampla, é a qualidade caí bastante e embora no final sempre sejam as mesmas equipes, mas é uma visão diferente, naquele tempo o Colégio Santa Teresa, na parte do voleibol feminino e até no handebol feminino também, então nos tínhamos aquelas escolas, hoje mesmo com essa escolas praticamente afunilando, hoje você vê o predomínio em diversas modalidades no interior do Estado, você vê agora, hoje eu li no jornal que quem foi campeão do JEM’s em xadrez, foi Imperatriz, quer dizer, naquela época que foi se implantando, você vê o domínio hoje no atletismo é praticamente de Codó, Pedreiras, Caxias e Bacabal, então eu deixo a você que entende de esporte, que gostam de esporte, e mesmo a população que mora no Maranhão, que faça esse julgamento. L- É você já adiantou um pouco, agora eu ia perguntar como é ser pai de dois campeões? P- Três, três, Felipe19 foi campeão norte-nordeste de natação e campeão maranhense, sempre que disputou. Juliana foi vice-campeão brasileira, campeão norte-nordeste, várias vezes e Bruninha20 foi campeão de nordeste, campeão maranhense várias vezes e agora foi campeão lá no Pará, então são três atletas campeões, vitoriosos, inclusive na vida, porque Felipe já tá cursando como eu falei, 2o ano de direito na UFMA, Juliana21 já vai passar para o 2o ano de direito no CEUMA e Bruninha só tira notas máximas e atualmente é campeã maranhense, também.

Talvez, ser campeão é ser como o professor e ex-atleta José Ribamar Soares Ribeiro, o Riba. Por quê? Porque ele se dedica a transformar as vidas de pessoas com deficiência por meio do esporte. Por isso, o agora professor conduzirá a tocha olímpica em São Luís neste domingo (12). Para quem não conhece Riba, o Imirante Esporte trata de apresentá-lo. Aos 49 anos, ele ganhou destaque nas provas de atletismo ainda na adolescência. Conquistou títulos e mais títulos. Mas ser campeão na pista não se compara com o trabalho que o ex-atleta realiza fora dela. José Ribamar Soares Ribeiro é professor da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e trabalha com pessoas com deficiência intelectual. Muitos dos alunos de Riba costumam representar o Maranhão em competições nacionais e internacionais, sempre trazendo bons resultados. http://cev.org.br/comunidade/maranhao/debate/conduzindo-a-tocha-ribinha-professor-transforma-vida-de-alunos-comdeficiencia/ 17 MARIA DAS GRAÇAS RIBEIRO, também velocista. 18 AURENILDES DA SILVA BRASIL, atleta de lançamento do dardo, hoje professora de educação física. Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal do Maranhão (1995), graduação em Fisioterapia pela Faculdade Santa Terezinha - CEST (2004), formação em Acupuntura e Terapias Holísticas (Spiral Tapping, massagem, Sujok e Chikun), mestrado em Educação pela Universidade Católica de Brasília (2011) e Doutorado em andamento na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias em Lisboa. Atualmente é professora da Secretaria de Educação do Maranhão e da Universidade CEUMA. https://www.escavador.com/sobre/7499370/aurenildes-da-silva-brasil 19 FELIPE CAMARÃO, atleta de natação, hoje Secretário de Educação do Maranhão. é professor, secretário de Estado da Educação, membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Natural do Rio de Janeiro, filho de um maranhense e uma carioca, Felipe Costa Camarão chegou criança ao Maranhão, onde cresceu e se estabilizou. Formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), é mestre em Direito pela mesma instituição. Aos 23 anos, iniciou sua carreira profissional dirigindo o Procon/MA, pela primeira vez, em 2005. Foi aprovado, entre outros, nos concursos públicos para escrivão de policia civil, analista judiciário do TJ/MA e para procurador federal, cargo em que foi empossado, em 2007, no município de Imperatriz, onde chefiou o escritório de representação da Advocacia-Geral da União e foi procurador-chefe da Procuradoria Seccional Federal do município. No final de 2008, foi nomeado procurador-chefe da Procuradoria Federal no Maranhão. Em 2011, reassumiu a direção do Procon/MA, cargo que ocupou por mais nove meses, até retornar para a Procuradoria Federal. Exerceu ainda o cargo de procurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS (PFE/INSS) e o de subprocurador-chefe da UFMA. A convite do governador Flávio Dino, no dia 1º de Janeiro de 2015 assumiu a Secretaria de Estado da Gestão e Previdência. Em agosto deste mesmo ano, foi empossado secretário de Estado da Cultura. Contribuiu, também, com a implantação da Secretaria de Governo. É professor de Direito em cursos de pós- graduação e de graduação da UFMA e da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco (UNDB). Atualmente, aos 35 anos, é secretário de Estado da Educação e presidente da Fundação da Memória Republicana. http://www.educacao.ma.gov.br/perfil-da-secretaria/ 20 BRUNA CAMARÃO 21 JULIANA CAMARÃO


L- Você deve Ter sucesso profissional e como administrador e o respeito que a sociedade maranhense tem para com você, pelo seu trabalho que realizou até agora, como começando o destaque no esporte, teus filhos estão seguindo o mesmo caminho, você já falou da importância do esporte na tua vida. O que você acha que tá faltando para essa geração ai, que muita droga, muita farra, muito álcool e agente tá vendo que a educação física que antigamente conseguia, é cumprir esse papel, de tirar esse garoto da rua como atividade sadia, hoje não está fazendo mais isso, o que foi que mudou, Phil? P- O que acontece é porque não há um planejamento é a nível governamental do crescimento populacional, então a, os pais não recebem a devido orientação como controlar a natalidade e nem dos perigos da responsabilidade, melhor dizendo de que é gerar uma criança e botar uma criança no mundo, infelizmente até hoje acontece isso. O governo sozinho não dá conta de resolver todos esses problemas, tem que haver um trabalho de conscientização, o trabalho de educação é fundamental e é barato, basta que haja interesse, mas o interesse tem que surgir dentro da sociedade, as pessoas tem que estarem convencidas, pôr isso que eu falei que é importante ser cristão, essa orientação da Igreja e qualquer ou qualquer outra religião é importante, a partir do momento que você recebe essa orientação, as pessoas ficam revoltadas, as pessoas estão chateadas e com isso agravam ainda seus problemas, aí o que o cidadão faz, procura o caminho das drogas ou do álcool para poder fugir da realidade, a realidade é triste, a realidade é dura mais tem que ser enfrentada não adianta tentar nesses caminhos porque, quando passa os efeitos do álcool e das drogas volta os problemas de novo, então as pessoas tem que tá conscientes disso, é um trabalho de formiguinha que tem que ser feito á nível de todos nós que militamos, não só na área de esporte, mas em todas as áreas profissionais, para que as pessoas se convençam disso, mas é um trabalho duro que está sendo feito e que eu acredito que nessa geração não, mais na próxima geração, já estará muito melhor, pôr causa da massificação da informação e a conscientização da população. L- Valeu a pena, Phil? P- Claro, não só vale a pena como eu não olho para trás com saudosismo, eu estou olhando para frente e ansioso porque tem muita coisa que ainda precisa ser feita. L- mais alguma coisa a acrescentar? P- evidentemente, eu gostaria demais de agradecer a essa oportunidade, é a primeira vez que eu tenho uma conversa a esse nível intelectual, de perguntas inteligentes e não me surpreende, porque eu lhe conheço desde quando você chegou aqui no Maranhão e não é nenhuma surpresa, muito pelo contrário é uma grata satisfação, está conversando com você e expondo essas minhas idéias.


JOAQUIM HAICKEL MINHA VISÃO PESSOAL DA SEDEL Em 2019 a SEDEL, secretaria de esportes e lazer, do Maranhão completará 40 anos. Ela foi fundada em 1979, pelo então governador João Castelo, com quem tive a grande oportunidade de trabalhar como seu oficial de gabinete, uma espécie de estafeta que abre portas, faz sala para as pessoas que estão agendadas para as audiências e se for esperto aproveita para aprender sobre vida e política nesse convívio. Lembro que o primeiro secretário da pasta foi Elir de Jesus Gomes, que na época para mim era apenas o tio Elir, filho do dono da Cola Jesus e pai de um dos meus melhores amigos, o saudoso Roberto Gomes, grande judoca de seu tempo. Essas são minhas lembranças afetivas da SEDEL nos anos de sua criação, pois eu sou atleta do tempo do DEFER, comandado por Claudio Vaz dos Santos, que se cercou de uma plêiade de professores maravilhosos como o mestre de todos nós, o velho professor Dimas! Havia também os paulistas, como Laércio, Marcos, Viché, Leopoldo, além de nossa prata da casa, Gafanha, Paulão, Álvaro22, Carlão, Pinheiro... Mas, a criação de uma secretaria com a função específica de apoiar e difundir o desporto em nossa terra, de forma mais abrangente e sistemática, era uma coisa nova e imensamente louvável. O governo de João Castelo foi muito rico neste tipo de coisa. Ele lançou a base da segunda grande onda de desenvolvimento de nosso estado. A primeira aconteceu em 1966, com Zé Sarney. Tirando o fato de eu ter sido por quatro anos, de 2011 até 2014, o secretário de estado responsável por esta pasta, meu envolvimento com a SEDEL, durante o tempo em que ocupei mandatos eletivos, entre 1983 e 2011, foi de incentivador e colaborador atuante e incansável, por saber da importância do esporte como meio e veículo de socialização das crianças, jovens e adultos e como instrumento capaz de melhorar a vida das pessoas e da sociedade como um todo, em muitos aspectos, como a educação, a saúde, a segurança e a cidadania. Em meu último mandato, concebi, apresentei e fiz aprovar por unanimidade na Assembleia Legislativa do Maranhão, duas leis que acredito serem tão ou mais importante que a lei que criou a SEDEL e a SECMA, porque se aparecer um governador que queira refundir as secretarias de educação, cultura e esporte, as funções da SEDEL e da SECMA irão permanecer imutáveis, mas as Leis de Incentivo ao Esporte e à Cultura, que destinam anualmente um percentual do ICMS do Estado para ações esportivas e culturais, essas, se não forem revogadas, podem sustentar durante muito tempo o esporte e acultura maranhense. A SEDEL passou por fases, boas e não tão boas, dependendo da importância que o governo dava à pasta e o prestígio que o secretário e seu pessoal pudessem ter, junto da comunidade esportiva, empresarial e à população de um modo geral. Se pudesse citar o apogeu da vida dessa secretaria, diria que seus oito primeiros anos foram os melhores, até porque havia tudo por fazer. A SEDEL precisa ser prestigiada e respeitada, mas seus dirigentes têm que fazer por onde merecer esse prestígio e esse respeito. Mais do que a instituição, Secretaria de Esportes, felicito seu corpo de funcionários, que a um tempo deste já deve estar quase todo aposentado, pois se bem me lembro, eles foram nomeados por Castelo e Luís Rocha, e já se vão quarenta anos para uns e 36 anos para outros. Felicito também os desportistas de nossa terra, as escolas que fazem o JEM’s ser grande, as federações esportivas e os atletas, estes são os verdadeiros heróis. A SEDEL deve existir para consubstanciar seus sonhos e seus feitos.

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ALVARO PERDIGÃO, Handebol


MATEUS ANTONIO SILVA NETO Aquela foi uma época muito interessante, havia como que uma onda de desejos por novidades ou de articular o Maranhão às coisas que aconteciam no mundo. O convite do meu amigo Elir Gomes, veio e essa foi uma leitura do Pe. João Mohana, quando ocorria exatamente no mundo e eu lia sobre o tema, as transformações na forma de trabalho. A tecnologia cada vez mais avançada permitia ao trabalhador dispor do que se identificava como "maior tempo livre" e os governos dos países desenvolvidos estavam preocupados em orientar suas populações para áreas de uso daquele tempo, principalmente em face do aumento do tempo de vida das populações. Já ocorria, claramente, o evento da crescente longevidade. Esse foi o desafio que Elir me convocou para partilhar. A parte de Esportes era bem mais fácil de fazer, mas a de Lazer iria demandar mais trabalho incentivo e observação, visto que o lazer deveria ser uma atividade para preencher prazerosamente o "tempo livre" e não avançar na área da Cultura, essa uma nova secretária. Começamos o trabalho de observação, debates e escrita e fomos posteriormente apoiados por dois eventos que vieram a ocorrer. Lembramos da querida amiga Rosa Mochel, com quem minha família passava fins de semana no Maracanã e que vinha de um grande trabalho no município de São Luís. Elir foi ter com a Professora Rosa e de lá, com algumas sugestões, trouxe os nomes de Amélia Buzar e Fátima Frota, que haviam trabalhado com ela e que eram da sua confiança e tinham alguma expertise na área afim. No outro evento o professor José Maria Cabral Marques apresentou a Elir um livro da professora Ethel Bauzer Medeiros, autora do tema e que, convidada, veio gratuitamente até São Luís, para colaborar com o Projeto. Ela aprovou tudo o que tínhamos feito, deu excelentes ideias nos projetos já em elaboração e deixou sua assinatura de competência no trabalho da nova secretária. Naquela época um fato me deixou muito feliz. Um aspecto que tínhamos colocado no projeto chamou a sua atenção e ela vibrou com a nossa lembrança. Dentre as sugestões ao governo estava o fato de que nas praças e logradouros públicos todos os "bancos tivessem encosto" de modo a dar conforto e apoiar corretamente a coluna dos que ali sentassem. Ao passar na história da Secretaria as duas professoras deixaram um ótimo legado, bem como a liderança leve, serena e confiante do seu secretário Elir Jesus Gomes. Embora tenha colaborado na organização da secretaria não fui um dos seus servidores, visto que tinha outra missão a cumprir. Ter sido honrado pelo convite para que, inicialmente, só eu e ele pensássemos a estrutura e as ações da Secretaria de Esporte e Lazer foi uma honra e um prazer que, passados tantos anos, ainda trago comigo.


LAÉRCIO ELIAS PEREIRA

Uma figura central na criação da SEDEL foi o Borges, que eu acho que morreu. Ele fazia os planos de governo e me procurou quando viu um esquema que eu tinha desenhado para o esporte no Maranhão. O Borges dirigiu os trabalhos de análises dos documentos de proposta de governo para a Sedel. Acho que foi o Mateus que escreveu, mas o Borges pilotou a análise ponto a ponto. Eu já tinha ido para Paraíba e voltei pra discutir o plano da SEDEL com ele e o Elir. Bom depoimento (que eu gostaria de ler) é o do Elir. Outra figura central foi a Fátima Frota. Os 40 anos seriam uma ótima oportunidade para relançar no CEV todos os números da Revista Desportos e Lazer. Também o jornalzin Desportos e Lazer. Um grande evento da SEDEL foi um dos maiores Congressos Regionais de Ciências do Esporte de todos os tempos. Era apenas o segundo ano do CBCE. O presidente (primeiro) era o Victor Matsudo. Nesse congresso tivemos cinco presidentes do CBCE: Victor Matsudo, Claudio Gil, Laércio, Celi e Lino. O Sidney e o Claudio Gil têm algumas fotos. O Congresso foi esse: http://cev.org.br/eventos/congresso-brasileiro-ciencias-esporte-regiao-norte-nordeste A SEDEL fez também o de Esporte para Todos http://cev.org.br/eventos/i-congresso-norte-nordeste-esporte-para-todos Acho que devemos citar também a Lenea Gaelzer e a Ethel Bauzer Medeiros Teve uma convergência do começo da SEDEL com o programa de pós-graduação em Educação Física da UFMA com os cursos aqueles: http://cev.org.br/eventos/curso-de-especializacao-em-ciencias-do-esporte http://cev.org.br/eventos/especializacao-recreacao-lazer ..e esse encontro A criança no Maranhão http://cev.org.br/eventos/a-crianca-maranhao


LINO CASTELLANI FILHO, realizada no dia 06 de abril de 2001, inicio às 18:06 horas, hotel Ouro Verde, em Maringá, Paraná.

L – Nome? Lino Castellani Filho L – Data de nascimento? 07de dezembro de 1951 L – Local? São Paulo, capital L – Pais? Lino Castellani, Cecília Marrie Rocha Castellani L – Casado? casado, dois filhos, um de vinte quatro, um de dezenove, do primeiro casamento, inclusive hoje dia seis, o segundo está fazendo aí, seus dezenove anos. L – Onde e quando a Graduação em Educação Física? USP, Escola de Educação Física da USP, terminei em 74; 72 à 74. L – Especialização? curso Técnico de Futebol, naquela época ainda 74, lá pela USP, FEFISA, e fiz um curso de especialização, Políticas, Desenvolvimento Social e Relação Internacional em Cuba em 88. L – Mestrado? na PUC de São Paulo, no programa de Filosofia; História de Educação, de 83 à 88. L – Doutorado? na UNICAMP, concluído esse Doutorado na faculdade de Educação na área de Concentração em Administração Educacional, Política Educacional em 99, foi concluído. SOBRE A SEDEL: L – SEDEL, o que você comenta sobre a criação da SEDEL, você teve alguma participação? Li – Não, não tive participação política na criação da SEDEL, até porque o espaço político o espaço de intervenção política nunca foi um dos partidos que sempre tiveram poder no Maranhão, em São Luis em particular, sempre fiz organicamente às vezes sim, às vezes não, parte de grupos de oposição, aquela política maranhense de Sarney, o sarneismo eu sempre fui oposição, sempre fiz parte do grupo que votava contra aquilo tudo, nem peguei exatamente o momento de organização do PT, que eu saí de lá enquanto o PT se organiza como partido político, vim vivenciar isso já em São Paulo, viver isso em São Paulo mas, acompanho a criação não sou chamado para compor a equipe, o que não foi surpresa para mim porque não havia muita sintonia de pensamento, mas acabo me envolvendo em uma coisa ou outra, por conta da presença do Laércio em algumas atividades por exemplo: eventos acadêmicos em 79, por exemplo nós fizemos o 1° Congresso Regional Norte – Nordeste, o CBCE, com o apoio da SEDEL, aí eu me envolvo na organização desses congressos. L – 79 ou 81? Li – Foi em 79, 81 foi ano impar, ano do Congresso Brasileiro em Londrina, que eu e o Laércio viemos para o congresso também, já naquela época envolvidos nisso não é? E em 79 eu me lembro que foi taxado como evento de comunistas, a SEDEL o secretário era o Jesus, não queria sequer assinar os certificados porque o MEC estava dizendo que aquilo era comunismo, o Laércio teve que fazer o meio de campo que era um papel que ele fazia muito bem. Ele acabou assinando o JUB’S no Maranhão com o Sarney, como o governador endossou o pedido para que os jogos fossem lá. L – O Governador era João Castelo, não é isso? Li - Castelo, nós tivemos o trabalho de cobrar esse apoio. na hora de dar o apoio, todo mundo quis dar. Na hora de efetivar o apoio estavam tirando o corpo fora, aí foi uma relação muito difícil com o Elir, o Arimatéia presidente da FAME e eu da coordenação geral disso tudo porque na verdade o apoio não vinha, e nós fizemos denúncias públicas, exigindo apoio, eles tiveram por pressão que oficializar esse apoio todo e aí criou um clima muito tenso que reforçou até essas visões diferenciadas. Fizemos um encontro EPT lá também, que eu me envolvi. L –É isso que eu ia falar


Li – Esse que foi 81/82 L – O que aconteceu naquele congresso? Primeiro não era para ser um congresso do EPT não é? Era pra ser um congresso sobre lazer mesmo porque a política... Li – Eu acho que foi um pouco isso, a ideia era um encontro de lazer com algumas pessoas que faziam parte do nosso grupo já brasileiro de discussão à partir de uma lógica de política de lazer de ???? de esporte de esquerda onde a Maria Isabel tinha na época um papel importante, ela foi para o congresso em 79 e aí por questões de vinculação com o Governo Federal esse evento se tronou o evento EPT. L – A secretaria de esporte para todos? Li – Tinha a Sub-Secretaria de Esporte para todos como sub-secretaria da secretaria de Educação Física e esportes do MEC, a SEED, tinha SUEP, subsecretária de EPT com a comandante Lamartine Pereira, como coordenador central, o Jorge Takanachi, como dirigido do Lamartine, o Person Cândido Matias de Sousa como outro membro e aí sim na programação que nós caminhamos houve votos, houve censura por parte de Lamartine e da equipe dele, não saberia dizer se foi bem Lamartine foi da SUEPT, aí o nome da Maria Isabel não foi aceito. L – Kátia estava nesse grupo? Li – A Kátia Brandão Cavalcante não foi aceita, e aí nós conseguimos trazer esse pessoal eles não participaram da mesa porque os nomes deles não foram aprovados. Para suas mesas, mas na plenária eles se envolveram no debate, isso criou também todo um espaço de discussão de bronca da gente o que reforçou o estigma que acabou criando em torno de nós, de pessoas de oposição, esquerda porque apenas...? aceitavam aquele tipo de visão de Governo Federal que na área de esportes de Educação Física mas do que nuca tinha dificuldades em perceber que o momento político já não era aquele dos anos 70, não é? Já era um momento de abertura, que para eles é muito difícil de entender. L – A política da SEDEL na época era mais lazer que EPT, quem trabalhava no EPT efetivamente com os eventos etc...etc..., era a UFMA; O Dimas? Li – Isso o Dimas foi agente EPT, sempre teve uma relação. L – Era professor de recreação da Universidade? Li – Isso, isso. L – Dimas me falou que sempre entrava em choque com você em função do EPT, em função do que você fazia com o EPT, você sempre criticava isso. Ficou bem claro durante o Congresso e que você o chamou , você sempre o chamava de ingênuo? Li – Sim. L – Ah você é um ingênuo, você é um ingênuo, Dimas disse: que poxa! Não sei porque o Lino sempre me chamava de ingênuo por causa disso. Dá pra você falar um pouco sobre isso? Li – Eu acho que tem haver com o jeito do Dimas, o Dimas é uma das pessoas que aprendi a respeitá-lo, uma pessoa extremamente boa, coração puro não é? Mas talvez por conta dessa pureza ele explicitava uma ingenuidade das construções das relações que estabelecia, que tinha um sentido político para ele porque a medida que ele não questionava muito as relações construídas colocava tudo sempre à disposição, não importa da onde viesse o convite, ele garantia espaços e intervenção que talvez se ele assumisse um papel com uma postura política mais evidente, mais clara de posição significaria fechar algumas portas, talvez mais portas do que abrir outras e ele sempre quis fazer um trabalho de estar de bem com todo mundo e eu deixava claro que assumi uma posição. Era assumir a oposição, a outras posições e necessariamente a unanimidade não era possível de ser construída a partir dessa lógica, e eu mostrava o quanto o trabalho dele tinha carga de ingenuidade que ele se varia dela oportunisticamente para tirar proveito de estar sempre em lugares de destaque não é? A medida que ele nunca queria fazer uma leitura crítica do significado do EPT, que já nos anos 80 nós fazíamos. Lembra de uma revista Corpo e Movimento, que teve artigo de Kátia, um artigo de Lamartine, um artigo de Apolônio? L – A própria Desportos & Lazer, publicada pela SEDEL?


Li – Pela SEDEL, isso! Então nós fazíamos, já vivíamos uma época de uma postura crítica sobre a realidade de Educação Física e do esporte que ele não acompanhava, ele tinha sempre uma visão romântica do processo e eu sempre naquela época, até por toda talvez aí o processo mesmo de crescimento outra fase menos madura não é? Eu não só fazia a crítica como criava espaços de atrito, de conflito porque não admitia aquela postura extremamente apolítica de neutralidade. Em novo depoimento, via correio eletrônico, do dia 14 de fevereiro de 2019, assim se posiciona: "Minha lembrança sobre o fato é vaga, sinal que das experiências vividas/apreendidas por mim no Maranhão, ela não faz parte das mais significativas. Me recordo que a notícia de sua criação trouxe, de imediato, uma expectativa de que a elevação da ação governamental sobre o Esporte e o Lazer, de Departamento da Secretaria de Educação para o nível de Secretaria específica, significaria ampliação de seu status junto às demais áreas de presença governamental na elaboração e execução de políticas públicas". "O nome indicado para secretariá-la foi como um balde de água fria. Ingenuamente, pensava que a indicação cairia em nome de pessoa com expertise no assunto. A presença do nome do Laércio (Elias Pereira) na equipe - não me recordo em que tempo se deu - me deixou menos chateado". Ele, àquela altura, era a pessoa que mais experiência acumulava na área, e seu modo de agir, conciliador, sinalizava um bom canal de interlocução com ela...". "Meu maior contato com ela foi por ocasião da organização dos 32º Jogos Universitários Brasileiros, cuja coordenação geral coube a mim, por indicação da Federação Acadêmica Maranhense de Esporte, FAME. O relacionamento foi tenso, pois o Governador do Estado foi rápido em manifestar apoio à defesa da realização daqueles Jogos em São Luís, mas à medida que os compromissos assumidos para sua realização se avolumavam e explicitavam a grandeza do empreendimento, foi dando sinais de recuo. Tivemos que tornar público o que estava ocorrendo, o que contrariou - e muito - o Secretário e seu braço direito, o Senhor José Olímpio, a quem conhecia quando de meu trabalho no MAC - 'Maranhão Atlético Clube'. "O entendimento de política esportiva e de lazer, presente à época, era bastante limitado se comparado com os dias atuais. A SEDEL, naquele início de sua presença no cenário governamental maranhense, se não fez feio, também não fez a diferença esperada. Nada mais posso dizer a respeito, pois em 1983 me afastei do Estado para dar início aos meus estudos de Mestrado". "É o que tenho a dizer". Lino Castellani Filho


FONTE: REVISTA DESPORTOS 7 LAZER, ano 1, numero III, abril/junho 1981

FOTO: OLIMPIO GUIMARÃES, LINO CASTELLANI FILHO, ARIMATÉIA VIEGAS E ELIR JESUS GOMES



SIDNEY FORGHIERI ZIMBRES, na residência do entrevistador, à rua Titânia n.º 88, Recanto dos Vinhais, no dia 24 de março de 2001, iniciando às 8:30 horas.

L – Nome? Sidney Forghieri Zimbres L – Data de nascimento? 20 de abril de 1949 L – Local? Agência Paulista, interior de São Paulo L – Pais? Rubens Zimbres e Ivone Forghieri Zimbres. L – Filhos? Três filhos: Eduardo, Roberto e Renata. L – Atividade atual? Universidade Federal do Maranhão desde sua fundação; Disciplinas Didática e Caracterização Profissional; e atualmente teria no semestre passado, Futebol 1 e 2, além disso presto consultoria a Fundação Municipal dos Desportos e Lazer do Município. L – Onde e quando: Graduação? na USP, na Escola de Educação Física do Estado de São Paulo; me formei em [19]74, fiz Especialização, fiz especialização em [19]84, em Didática de Educação Física. L – Aquele curso em Manaus? Em Manaus, junto com o Dimas, Cecília, Moacir e Isidoro, com esse pessoal daqui. L – O Mestrado? em [19]82 mas fiz as disciplinas mas não defendi a tese. L – Você é da mesma turma do Laércio [Elias Pereira]? Não; sou da mesma turma do Lino [Castellani Filho], quando eu entrei na faculdade Laércio já tinha saído a um ou dois anos. L – Conheceu na USP o Lino? Não, conheço o Lino desde a infância, a gente morou junoa em Atibaia desde a época de infância, a partir da 2ª série do ginásio foi quando eu sai do interior de São Paulo e fui para Atibaia, e a gente conviveu junto o tempo todo, até a faculdade, a gente entrou junto, fizemos o ginásio juntos ele fez clássico eu fiz científico, ele prestou para a Educação Física, depois para Direito eu prestei para Educação Física, nós entramos, fizemos faculdade juntos. Viemos para São Luís quase juntos, eu vim um pouquinho antes dele. L – Porque Educação Física? Porque ... até era para nem ser Educação Física; eu sempre fui esportista, sempre joguei ... jogava muito, jogava basquete, voleibol, futebol... meu pai era esportista, trabalhava numa indústria mas era esportista; então havia uma tradição dentro da família em praticar esporte. Com 14 anos, eu participei dos primeiros Jogos Abertos do interior de São Paulo como jogador, jogava... eu joguei dos 14 anos aos 28 quase que profissionalmente; eu joguei em São Paulo, fui da Seleção de Volei da Escola de Educação Física, fui campeão da FUNC, então havia uma tradição no esporte; antes de fazer o vestibular, fiz o cursinho de três meses; a minha idéia era fazer Geologia, fiz o cursinho exclusivo para isso; na última hora, talvez por influência até de amigos ... o Lino... acabei me inscrevendo para Educação Física e não me arrependendo. L – Chegou a trabalhar em São Paulo? Trabalhei, durante o curso enquanto aluno trabalhava dando aulas em escolas, trabalhei no Clube Atlético Paulistano com voleibol e na preparação física de voleibol nas equipes juvenis e adultas femininas; o técnico era o Hélio de Moraes Pinto, técnico de uma seleção brasileira, de uma seleção olímpica; quando sai da faculdade, continuei trabalhando no Paulistano, foi quando eu recebi um convite... eu tinha o interesse de sair de São Paulo, eu não queria ficar em São Paulo, foi quando eu recebi um convite para eu vim da um curso de voleibol aqui em São Luís. L – Então foi esse o contato? Contato com o Maranhão foi com o Marcos [Marco Antônio Gonçalves], que me trouxe, o Marcos não terminou o curso, veio embora... quem trouxe o Marcos foi o Laércio; o Marcos ficou trabalhando aqui, ele me escreveu perguntando se eu não tinha a intenção de vir para cá, ai eu falei, me leva para da um curso para eu ver como é que é. L – Que ano foi isso? Foi em 19... em outubro vim aqui no JEM’s em 1975 eu vim para da um curso de voleibol; dei o curso de voleibol em outubro, ai eu coordenei o voleibol nos Jogos Escolares, e ai eu fiz um contrato de três meses... me lembro bem disso... para ver se ia dar certo, na época quem estava à frente do DEFER era o Carlos Alberto Pinheiro; já havia saído o Cláudio Vaz, o Governador do Estado era o Nunes Freire... SOBRE A SEDEL


S – O Dimas eu tenho assim uma relação... Com o Dimas, muito interessante; logo que eu cheguei aqui, eu tive contato com Dimas; o Dimas era tido como uma pessoa honesta - e até hoje é honesto -, uma pessoa competente, um professor carismático, é um homem carismático, era um pai de família que era um modelo; eu era como um dos seus filho, era pessoa muito querida; era é uma pessoa muito querida, então eu tive um contato com o Dimas desde que eu cheguei aqui, tinha amizade com ele, trabalhava com o voleibol, ele trabalhava com Ginástica Olímpica; dava os curso, nos dávamos muitos cursos pelo interior... eu gosto muito do Dimas ... é muito difícil encontra alguém que não goste do Dimas; eu tive uma passagem com ele muito interessante, foi quando terminou o governo de Nunes Freire e passou para o Governado de João Castelo; esse ano é um fato interessante que a história passa por cima, que poucas pessoas sabem; na época do Governo de João Castelo houve um movimento comandado por algumas pessoas - por Paulo Tinoco, por Carlos, Gafanhoto, aquela turma que tinha raiva do pessoal de fora, dos paulistas que vinham para cá; nós éramos chamados de forasteiros e a ordem era cortar as cabeças dos paulistas, mandar todo mundo embora, e eu, fui praticamente despedido na época - era o DEFER depois passou para CEFID - Coordenação de Educação Física- de um Departamento passou a ser uma Coordenação dentro de uma secretaria... L – Isso foi no finalzinho de 78, começo de 79? S – É, foi quando entrou o governo de João Castelo. L – Eu lembro que era época dos JEM’s, estávamos todos aqui nos jogos de 78 quando foi anunciado o João Castelo como o futuro governador, nomeado para substituir Nunes Freire, em plena época dos JEM’s, quando foi anunciado que João Castelo seria o futuro governador... S – Pois é,... Então nessa época eu fui praticamente demitido da Secretaria de Educação - eu e o Laércio -; lembro-me muito bem que a gente foi lá na época, saiu do Costa Rodrigues e começou o movimento para se criar a SEDEL, havia a intenção de se criar uma Secretaria de Desportos e Lazer, ai que foi interessante nós, eu o Laércio, havíamos sido despedido, eu já tinha programando a minha volta para São Paulo, já tinha ligado para São Paulo, já tinha até conseguido um emprego em São Paulo; a minha mãe tinha entrado em contato em Campinas, já tudo acertado em Campinas quando o governo tomou a iniciativa de criar a Secretaria de Desporto e Lazer e ao mesmo tempo, naquela época houve um convênio entre Brasil e Alemanha e entrou muito dinheiro; havia a perspectiva de fazer convênios, com muito dinheiro, mas quando se pensou em criar a Secretaria então foram dois momentos, quando se pensou criar a Secretária ninguém entendia de nada, como era que se fazia para se criar uma secretaria, e era necessário que tivesse professores em Educação Física formados, para poder tocar aquilo; foi ai que viram que Laércio e eu éramos imprescindíveis, tinham que ter a gente e convidaram, ai fomos recontratados. L – Voltaram atrás? S – Ai foi que eu tive o contato com o pessoal que foi o Elir, que foi convidado para ser secretário, quem criou a SEDEL; eu participei da criação da SEDEL, eu, Laércio e Mateus Neto. L – Eu... S – Você participou? L – Eu cheguei em fevereiro ... S – Mateus Neto, havia mais um Carlos não sei o quê, uma pessoa muito forte na parte de administração; eu não me lembro mais o nome dele... L – Era o... S – Carlos? Morava até aqui no Recanto, na Avenida principal ali embaixo. L – Não era o Jaime? S – Não. L – Primo do Castelo, mora no Renascença? S – Não, ele mora aqui embaixo; ele era uma pessoa muito competente. Era Mateus, Laércio, eu o Dr. Olímpico que pegou... L – Gafanhoto?


S – Não, Gafanhoto entrou depois que foi criada a secretaria. L – Janeiro e fevereiro eu já estava lá. S – Mas quando se criou essa secretaria havia essa perspectiva de trazer muito dinheiro de fora, só que eu acredito que já estava em andamento esse convênio, Brasil, Alemanha ou Maranhão Alemanha. L – Brasil e Alemanha estava no final, você tentou foi Maranhão e Alemanha; é, foi até pessoas daqui fazer curso de lazer; a Fátima Frota não foi... S – Não foi? L – Euclides foi no lugar dela, deu a maior confusão... S - Ah! Foi ? eu pensei que ela tivesse ido... L – Ia eu, e o Laércio primeiro, não deu certo o convênio por interferência de Delfim Neto, depois acabou indo o Euclides. S – Ai foi quando se criou, por que se criou essa estrutura da SEDEL, de secretário, coordenador geral, Divisão de Esporte, de Lazer e a Divisão de Estudos e Pesquisas porque nesse convênio que havia com a Alemanha, fazia parte do convênio que tivesse uma parte do recurso que fosse direcionada para estudos e pesquisa, foi ai que a gente entrou, eu fui ser o primeiro chefe da divisão de estudos e pesquisa da secretaria. L – O convênio Brasil e Alemanha, era da época daquele Mexa-se ... S – Mexa-se... L – Que eles levavam técnicos, principalmente de Atletismo L - Nós estávamos conversando sobre a divida da gratidão que você tem com o Dimas em função da criação da SEDEL... S – Pois então, quando foi criada a SEDEL, esse movimento de mandar embora os paulistas, né, os forasteiros, a única pessoa do Maranhão, o único Maranhense que foi contra esse movimento foi o professor Dimas, que ficou ao lado da gente; ele não aceitava isso, foi inclusive até condenado pelos professores locais aqui na época não era nem professores, pelos técnicos locais, como traidor, então o professor Dimas, eu tenho essa gratidão por ele, na época, ter-nos apoiado. Ai depois a criação da SEDEL, em 81 eu era Técnico da SEDEL, tinha 40 horas na SEDEL, e trabalhava 20hs como professor substituto, colaborador horista na UFMA, dando aula; ai em 81 aconteceu o Concurso, eu fiz o concurso, fui aprovado, na época foi aprovado o Moacir, Demóstenes, eu, Laércio, Paschoal, Isidoro; Ulisses ficou em quinto lugar, mas não entrou; eram cinco vagas, ele ficou em sétimo, por causa do Currículo, embora tenha ficado em segundo lugar na classificação das provas, ele caiu para sexto ou sétimo, para o sétimo lugar por causa do currículo e ai foi quando nós ficamos efetivados como professores da Universidade; foi quando eu pedi demissão da SEDEL e fiquei com dedicação exclusiva na Universidade, a partir do Concurso em 81. L – Qual era o trabalho de vocês no DEFER, na época do Cláudio? S – O Cláudio eu não peguei, quando eu cheguei aqui, já era o Carlos Alberto. O Cláudio tinha acabado de sair, era um trabalho voltado para as escolinhas, tinha muitas escolinhas, tinha uma virtude grande do DEFER da época, que haviam professores formados, dando aula nas escolinhas; o professor Laércio trabalhava com escolinhas, eu trabalhava com escolinha, tinha o Viché - o Vicente -, trabalhava com escolinha de Futebol; Paulo com Basquete; Zartú vem depois, também trabalhava com escolinha... L – Zartú em 78, em 79? S – É, veio depois; o Zartú veio e ai o pessoal que trabalhava com as escolinhas no Costa Rodrigues era um pessoal muito bom, foi por isso que eu acredito que tenha surgido um trabalho de base muito bem feito em decorrência disso; eu me lembro que nas escolinhas e seleções, eu começava o treinamento no Costa Rodrigues cinco da manhã e ia até onze meia noite, trabalhando com o pessoal, a gente ficava o dia todo lá dentro do Costa Rodrigues. L – Porque a Divisão de Estudos e Pesquisas em esporte não funcionou? S – Olha, por um motivo simples: a Educação Física na época, não tinha... nós professores de Educação Física, não tínhamos tradição em pesquisa, isso era uma coisa nova, porque eu não defendi minha tese de mestrado? Porque quando eu entrei no mestrado em 81/82 – as primeiras turmas do mestrado, a primeira


turma entrou em 80, a turma do Laércio, parece que foi em 80/81, eu entrei em 82 -, então as primeiras turmas, nos cinco/seis anos, isso tem até um trabalho, numa revista do CBCE, quase 70; 80% de quem fez o mestrado ninguém defendeu tese, porque não havia tradição de pesquisa dentro da área de Educação Física, o mestrado era novo, professores de fora, de outros países, não havia orientação; nós tínhamos dificuldades para realizar, então não havia tradição em pesquisa, a pesquisa era feita, era muito ligada a questão biológica, menarca da criança, estudos de qualidade física; foi a época da criação dos laboratórios de Fisiologia, então era uma coisa assim, não havia essa tradição de pesquisa, então houve trabalhos de pesquisa na divisão, foram feitos trabalhos de pesquisa, eu fiz um trabalho, foi até publicado naquela revista, você até divulgou, houve um trabalho interessante que não foi levado ao final, porque eu acabei saindo da divisão, ficou para outra pessoa, que ficou na divisão, mas não tocou isso em frente, foi um trabalho, um levantamento dos dados antropométricos, feitos pelo Osmar Rio, da UNB, no Estado de Brasília, ele tinha um trabalho que fazia sobre a caracterização, tipo do atleta em relação ao esporte (o entrevistador interrompe e lembrando sobre o JEM’s e o JEB’s) se pegou a seleção, houve um trabalho enorme todo tabulado todo em cima do, foi feito pelo Osmar Rio, só que não foi levado ao fim, foi quando eu acabei saindo da divisão, ficou esse trabalho, ficaram esses dados na divisão, quem entrou depois na divisão eu acho até que foi até [Tânia ?]. Acho que deve ter sido ela. L – Fez a menarca de atleta S – É, fez a menarca

L – Demóstenes, condicionamento físico S – Condicionamento Físico, é; e não havia tradição como tem hoje, esse é o grande problema da Educação Física, foi esse. L - Os JEM’s... o que mudou, quando era da época do DEFER e quando era época da SEDEL, houve alguma mudança? continua a mesma coisa? S – Os JEM’s mudaram porque o esporte mudou, tudo, hoje a sociedade mudou, então mudou tudo, então era época que se praticava o JEM’s, quando eu cheguei quando eu pratiquei esporte, o esporte era praticado por forma romântica, se praticava esporte por prazer; as crianças que jogavam, os jogadores jogavam, e havia um envolvimento da classe bem grande, mais assentados na classe média, classe média alta, os atletas, as escolas ricas, jogavam por prazer; tinha-se tempo para jogar, o grande passatempo do jovem era o esporte, era uma forma de sair de casa, de ficar fora de casa, de se relacionar com os amigos, era o esporte. Hoje a sociedade mudou, hoje os estímulos são outros, hoje o lazer e outros, os interesses são outros; então se você fizer com isso tudo hoje, o praticante do esporte nos jogos, eu tenho impressão que caiu em termos de nível social, houve uma queda grande, mudou a característica do estudante, que se envolve hoje com o JEM’s; outra questão também é que o esporte hoje passou a ser praticado como uma questão voltado mas como uma questão de trabalho, de emprego, de conseguir uma ascensão social. uma ascensão econômica, conseguir emprego; hoje, quem vai praticar esporte, vai para ganhar dinheiro, ninguém mais pratica por romantismo; então essa é a diferença, entre o atleta de hoje e do atleta daquela época, naquela época tinham seleções que jogavam... então, hoje não, quem vai praticar esporte vai para seguir carreira dentro do esporte. Vai para se profissionalizar dentro do esporte... L – Congresso de Esporte para Todos - aquele primeiro congresso, feito em São Luís ... S – Teve aqui o primeiro Congresso...

L – O que foi que aconteceu? S – Na época do Esporte para Todos, né, estava na moda no Brasil o Esporte para Todos, uma campanha nacional, era o Takahashi né, que era o ... o L – Lamartine... S – Lamartine, Takahashi ... vem lá do fundo do poço esses homens aí, e depois estava começando o movimento do Colégio Brasileiro [de Ciências do Esporte] também, que teve um Congresso do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, logo em seguida; foi na Escola Técnica, e aí esse foi marco histórico aqui para Educação Física. Foi a época que se começou.. a Educação Física começou a ter um... saiu daquela fase de esporte romântico passou já a ter um cunho mais científico, uma preocupação mais com o


aspecto do estudo, da Pesquisa. Vários trabalhos foram apresentados, inclusive, eu apresentei esse meu trabalho num congresso do CBCE, na Escola Técnica, sobre Características Antopométricas do Voleibol. L – 81 ou 83? 81 né? S – Eu tenho esses documentos em casa

L – Eu falo sobre esse congresso da EPT, porque o EPT praticamente, em São Luís pelo menos, antes da SEDEL, ele não desenvolveu, era uma outra filosofia, uma outra política, embora se pegasse o dinheiro do EPT, na coordenação e lazer, mas era uma filosofia ditada, mais por Lino, por Laércio, que faziam uma certa oposição ao EPT, e quando se falou em se fazer um congresso de lazer aqui, não era para ser Esporte para Todos; eu lembro que a SEED, só admitia financiar um congresso de lazer se fosse, com o nome de Esporte para Todos; aí houve aquela confusão, que nós convidamos pessoas que eram contrarias ao movimento EPT, proibiu a vinda, isso eu queria que você falasse! S – Tem dois aspectos aí que talvez tenha influenciado o EPT a não ter ido para a frente aqui, naquela época; nós, o pessoal da Universidade, os professores, éramos chamados de, é um termo até antiquado, até ridículo: da esquerda, tínhamos uma visão diferente... L – Todos usavam barba ... (risos) S – Todos usavam barba, eram comunistas (risos) ... é engraçado falar isso, a gente era comunista, então Laércio, Lino, eu, nós éramos contra o EPT, contra a filosofia do EPT, porque o EPT era isso, Esporte para Todos; só que não era para todos , era para uma classe elitizada, que tinha bicicleta, era a classe burguesa, mas a classe pobre, a classe que não era privilegiada, ficava fora do processo; então o esporte não era para todos, a gente via na época o EPT mais como uma forma desse pessoal de Brasília de ganhar dinheiro; rolava muito dinheiro só que fazendo eventos e passeatas na rua, andando de bicicleta e com uma faixinha do EPT e tal; a gente era bem contra isso aí, esse foi o aspecto de não ter ido. O segundo aspecto é que dentro da SEDEL haviam duas coordenações, é a Coordenação de Esportes e a coordenação de Lazer. A Coordenação de Lazer era coordenada pela Fátima Frota e a de Esporte era pelo Gafanhoto; então havia uma diferença de competência brutal entre a Fátima Frota e a equipe do Gafanhoto. A equipe do lazer era uma equipe muito competente, começando pela Fátima Frota e a equipe dela eram pessoas muito competentes, tanto é que depois, essas pessoas, que trabalharam com ela acabaram fazendo mestrado. Hoje tem a Profª. Socorro [Araújo] no Departamento de Turismo; era um pessoal muito bom; então eles faziam eventos espetaculares, preocupados com essa questão da cultura, de preservação da cultura, era um trabalho científico, um trabalho com embasamento teórico, então esse era o lazer, a gente até trabalhava, até ajudava, ia lá, até porque a gente se envolvia no trabalho da Dona Fátima, Laércio, eu e Lino, porque a gente via lá, a competência estava lá. No desporto, era o Gafanhoto. Gafanhoto era símbolo do que era a incompetência... lembro de uma reunião do Gafanhoto - foi muito engraçada, ele fez uma reunião, reuniu o pessoal todo e disse que ia atacar problemas do esporte do Maranhão de A a Y, quer dizer ficou alguém de fora (risos) o Z não estava. Ai eu levantei o braço e falei assim: Gafanhoto alguém vai ficar de fora desse teu projeto de atacar o esporte, ai ele falou porque? Porque o Z ficou de fora ai do teu alfabeto. Era muito difícil trabalhar ali, tinha muitos entraves, a coisa era voltada para escolinha; ainda se cultua até hoje, eu vejo ainda se preservar aquela coisa que o grande segredo de fazer o esporte é fazer escolinha, isso era aquela coisa do Cláudio Vaz, isso foi uma coisa que na época deu certo, que tinha muito dinheiro, tinha muitas pessoas poderosas, lá, com o tráfico de influência, e deu certo; hoje não é mais isso ai, hoje é totalmente diferente, hoje ainda falam - Ah! Na época do Cláudio Vaz tinha escolinha; só que hoje não é mais a época do Cláudio Vaz, hoje é outra época, tem que fazer um outro trabalho, trabalho de comunidade, departamentos de bairros, com sindicatos, é outra visão do mundo; então foi por isso que o EPT não deu certo aqui, além da questão da competência, que está na frente, há a questão da filosofia do EPT; tinha as pessoas que não podia tocar para frente que eram contra o Esporte Para Todos... L – Congresso Brasileiro de Ciência de Esporte Norte e Nordeste? S – Lembro bastante disso ai; nos trabalhamos aqui na organização, foi na Escola Técnica; ela foi muito bem organizada; os certificados saíram, eu trabalhei na organização - você também trabalhou, não trabalhou? L - Não, eu tinha saído da SEDEL.


S – Tinha saído SEDEL! Foi.. veio o Victor, Victor Matsudo, veio um monte de gente para cá; foi uma festa na cidade, uma festa científica ... foi trabalho... houve aqui aquele Amauri Bassoli, veio muita gente apresentar trabalho; tem trabalho no cás foi um momento rico, muito rico cientificamente muito rico, muito interessante ... pena que tenho havido um corte nesse movimento ai. L – Eu acredito, o início da pesquisa no Maranhão, começa desse contexto.. S - Eu também concordo que foi um marco da pesquisa, que foi a semente que se plantou, mas, depois houve um cortezinho em decorrência do êxito de vários professores que foram embora: o Laércio foi embora; o Lino foi embora; muita gente foi embora e ai voltou, houve uma outra fase mais recente, que depois a gente fala sobre isso... L – Esse Congresso deixou algum resultado aqui para o Maranhão? S – Lógico, sempre deixa; todo evento que você faz sempre fica alguma coisa, deve ter mexido com muita gente, motivou muita gente a fazer Educação Física; houve trabalho científico apresentados, foram divulgados os trabalhos, motivou um clima voltados para isso foi um marco, foi plantado a semente, isso trouxe consequência depois até para reforçar o curso de Educação Física da UFMA, colocou o Maranhão no contexto do Brasil estava muito isolado, que Maranhão existe, criou uma imagem do Maranhão muito positiva fora do Maranhão; me lembro quando eu estava em São Paulo, eu tinha um respeito muito grande pelo Maranhão, bem tudo tinha ideia que aqui no Maranhão tinha um grupo de trabalhos avançados para essa área...


JOSÉ MARANHÃO PENHA, realizada no dia 26 de março de 2001, no Departamento Acadêmico de Ciências da Saúde, Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão, situado à Av. Getúlio Vargas nº 04 Monte Castelo.

L – Nome? José Maranhão Penha L – Data e local de Nascimento?

18/07/1952 – Penalva

L – Maranhão! Profissão? Professor Educação Física Formado pela UFMA L – Você trabalha como Técnico de Handebol? Sim SOBRE A SEDEL L – A criação da SEDEL, beneficiou ou não o esporte Escolar Maranhense? J – Se beneficiou eu não sei, ajudou; foi um ponto de apoio, só que eu acho que a SEDEL tem que organizar, os Jogos de Escolas Pública, deveria organizar os Jogos da Escola Pública, e hoje definir e dar apoio logístico para a realização dos jogos das escolas particulares, até porque eu acho que a principal função da SEDEL não é realizar jogos escolares, já está mais para uma Secretaria de Educação. E a SEDEL cuidava do Desporto a nível de Estado, e dava um suporte logístico para a Secretaria de Educação, para a Divisão de Educação Física, para as escolas particulares, quando elas realizassem os seus jogos. L – O Servido de Educação Física do Estado foi criado em 1943 e foi até a época do Castelo em 79, abril de 79 ele foi extinto, e foi a época, foi criada a SEDEL, eu lembro que todos os professores de Educação Física, nessa época foram relotados para a SEDEL. O Estado ficou sem Educação Física Curricular e a SEDEL, uma Secretaria de Desportos e Lazer, que não é Educação Física Curricular, ficou com todo o profissional e deveria ter assumido, através das famosas escolinhas de esporte, que já vinha desde o tempo do Cláudio Vaz, e o JEM’s, que antes era feito pelo DEFER, voltado mais para as escolas públicas; começa a ter maior participação das escolas particulares, e eu não seu se você sente o mesmo, eu sinto que cada vez mais que os regulamentos eram para beneficiar as Escolas particulares... J – Com certeza

L – E, principalmente a partir de 86, 87, daí que acabou de vez com tudo isso, quando os Coordenadores da SEDEL já não pertenciam às Escolas Públicas, - Emílio, que era Marista, por exemplo assumiu a SEDEL - aí você vê que o regulamento fica francamente favorável às escolas públicas... J – Públicas não, particular. L – Às escolas particulares... J – Então, a transferência de atleta, né, era o aluno terminava a oitava serie num colégio e ia para uma escola pública, esse aluno era proibido de participar pela escola pública. No meu entender, ele terminou uma etapa de ensino, terminou a oitava série. Eu acho que ele deveria jogar em qualquer outro colégio. L – Havia a Lei de Transferência, se o aluno tinha disputado numa no ano anterior não poderia jogar, no ano seguinte por outro estabelecimento. O que prejudicou principalmente a Escola Técnica, o Bacelar Portela, o Gonçalves Dias. J – O Liceu

L – Colégios grandes das Escolas Públicas, do Estado, e que só tinham o segundo grau; aí não conseguiam, a própria Escola Técnica tinha uma quarta série, que não podia porque o regulamento só, embora estivesse com idade, o regulamento dizia, só de primeira a terceira série. E isso então foi uma das causas do afastamento da Escola Pública, o da decadência da Educação Física, e agora parece-me, que a informação que eu tenho, é que foi reatada a divisão de Educação Física, na Secretaria de Educação e só tem três professores de Educação Física, a coordenadora e dois auxiliares; e quem dá essas aulas?


J – Mas existe professor de Educação Física no Estado, e muito. L – Mas estão na SEDEL... J – Não tenho...

L – Emprestados para SEDEL... J – Não tenho essa informação, não tenho informação sobre isso

L – É GEDEL, quando a SEDEL deixa de ser Secretaria e passa a ser uma Secretaria Adjunta de uma outra Gerência, passa a ser uma Gerência de Desportos e Lazer, subordinada a uma Gerência de Recursos Humanos J – No meu entender, só mudou o nome e a função continua sendo a mesma, e eu não conheço a estrutura, não vivencio a GEDEL, talvez tenha mudado em termos de recursos financeiros, independência, mas o objetivo, eu acho que continua sendo o mesmo.


CLAÚDIO ANTÔNIO VAZ DOS SANTOS, REALIZADA NO DEPARTAMENTO ACADEMICO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - DCS -, DO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO MARANHÃO - CEFET-MA, NO DIA 29 DE MARÇO DE 2001, COM INÍCIO AS 09:10 HORAS.

L – Nome ? Cláudio Antônio Vaz dos Santos L – Data e local de nascimento? 24/12/1935 L – Nome dos pais? Antônio Rodrigues da Costa Santos e Maria José Raposo Vaz dos Santos L – Casado? Divorciado 8 filhos L – De onde vem o apelido de Cláudio Alemão? Era aluno do Colégio Marista, 4º ano primário, nesse tempo nós tínhamos primário, ginásio e científico, eu fiz exame de admissão para o Colégio Marista, eu vim do Colégio São Luís Gonzaga, da Zuleide Bogéa, onde fiz o meu primeiro e segundo ano primário. Primeiro, segundo e terceiro ano primário. L – E a volta para a SEDEL, e a volta para o Estado já como SEDEL C – Ai já foi mais um encosto meu a não ser com o Phil Camarão, que eu vim no Gov. Lobão, Phil me nomeou Coordenador de Esporte, mas aí eu ainda tive muita força como Coordenador. Na época de Phil eu mandava mesmo, eu tinha poder de precisão, eu tinha toda autonomia para o trabalho, fizemos ainda um trabalho muito bom em termos de JEMS, era mais coordenar as atividades que a coisa estava feita, porque todos nós dependíamos dos colégios, os colégios era que tinha a força de trabalho, já existia uma dedicação natural, não precisava ninguém cobrar nada deles, era o interesse dos colégios em participar o nível técnico cada vez melhor. O JEMS foi uma competição de nível, mas o meu trabalho foi mais de administrar o que estava feito, eu não formei nada, eu levei uma seleção para Blumenau. Foi muito bem, Natação nós fomos uma equipe muito boa com o Phil Camarão. Eu fui para o JEBS, novamente voltei ao JEBS, através dessa eu comecei a participar do JEBS novamente através do Phil Camarão que foi no Gov. Lobão e bom foi que eu fui. Para eu tive um problema que queriam tirar a coordenação lá do Costa Rodrigues com ciumeira porque eu tinha muito poder como Coordenador, eu era o único coordenador que tinha carro à disposição da coordenação e começou uma ciumeira besta achar que eu estava com muita força, eu ficava no Costa Rodrigues e eu tinha que ir era para a SEDEL lá, eu disse se eu for para lá eu não quero mais trabalhar contigo, foi quando o Paulo Marinho assumiu a prefeitura de Caxias, Prefeito, coincidência, ele disse – Você quer trabalhar comigo na Secretaria? Eu vou. Tu vais transferido para a SEDEL. Eu disse – Para a SEDEL eu não vou, eu quero ficar aqui, mas como tu não quero que eu fique aqui eu vou sair e vou para Caxias, passei dois anos, quase três anos com o Paulo Marinho, foi quando a Marly Abdalla assumiu novamente e me convidou lá, - tu vai ser meu coordenador de esporte, foi quando eu vim, primeiro ano foi excelente nosso trabalho, fizemos um JEBS excelente, no segundo ano me desentendi com o grupo dela, aí começaram a me isolar, a Marly me deu toda força, eu fiz todo JEMS, generalizei todo esse trabalho enorme do JEMS que não era interiorizado, conseguimos fazer um JEMS muito bom, foi quando aí eu me afastei de novo com Marly, foi quando entrou o Gov. de Roseana o segundo governo aí, Luisinho foi ser ?????????, passou a ser secretario, aí foi uma lástima para mim, eu não me dei bem com ele, a maneira que ele trabalhava e de lidar com as pessoas foi que eu me afastei, sai de lá. Hoje eu to com o Manoel Ribeiro sou coordenador parlamentar, eu me afastei da área de esporte depois disso, nesse último governo de Roseana, primeiro eu fui muito ativo com a Marly que era Secretaria e me deu muita força onde eu trabalhei, agora no segundo eu não tive nenhuma posição de , eu fui marginalizado.


MARCOS ANTÔNIO DA SILVA GONÇALVES, realizada no Estádio Nhozinho Santos, 09:35.

L- Nome? Marcos Antônio da Silva Gonçalves. L- Data de nascimento? 10/06/47 L- Filiação? Carlos Gonçalves, Guiomar Martins da Silva Gonçalves. L- Local de nascimento? São Paulo. L- Formação? Estudamos até o último ano de Educação Física.

L- Você, pegou uma fase de JEM's em que o Dimas já foi não estava trabalhando diretamente no DEFER, a fase dele foi no Cláudio Vaz, mas você ainda pegou o Dimas trabalhando em alguma coisa, depois quando você acabou com o DEFER, você criou a SEDEL, você já estava fora, você tinha retornado a São Paulo, ndo pela África e pelo que você percebeu a chegada de vocês aqui. Que papel efetivamente teve o Dimas nesse reinicio do esporte no Maranhão, na implantação tanto do Festival da Juventude, como depois a sua transformação em jogos escolares? M- O Dimas, sem dúvida nenhuma quando nós chegamos aqui, era uma referencia. O Dimas ainda estava no DEFER na época que eu vim, só que trabalhando com ginástica olímpica, já. Já não tinha mais, digamos assim uma abrangência maior no setor, né e talvez isso tenha até é feito com que o Dimas se desgostasse de algumas coisas, né ele sempre teve importância no esporte maranhense e quando nós chegamos aqui, o Dimas estava, vamos dizer assim, um pouco que restrito somente á Ginástica Olímpica e isso, a gente percebia claramente que não o satisfazia, ele tinha como tem até hoje, tanto é verdade que nós o convidamos para fazer parte da Federação das Escolas, né e tinha condições de se doar mais, de ter uma abrangência maior e por causa de seus conhecimentos e sua capacidade e foi o que, eu particularmente sempre conversei com o Laércio, sempre conversei com o Carlos Alberto para que a gente aproveitasse da melhor forma possível, o Dimas e quando eu tinha oportunidades, por exemplo na chefia que me cabia, na ligação do Maranhão e JEB's ou outras competições, eu sempre procurei ter o Dimas do meu lado, próximo até para conselhos, até para equilíbrio, o Dimas sempre foi muito equilibrado, para equilíbrio das nossas decisões, é a gente, isso é, era uma característica minha, sempre reunia os professores e mais particularmente o Dimas, para gente efetivamente tomar decisões bem próximas da realidade do Estado, por ele ser um maranhense, tinha muito mais condições de nos dar subsídios para que agente pudesse errar menos, vamos dizer assim. L- sempre você falou de uma restrição por parte profissionais da área. Dimas, sempre enfatizou que ele, desde o principio foi favorável. Apoiou Cláudio Vaz em tudo que fez, incentivou e sempre brigou para que houvesse um entrosamento maior entre paulistas e os locais, vamos dizer assim. É efetivamente a aceitação desse pessoal estrangeiro, como eles colocavam aqui, é deve-se em parte pelo trabalho do Dimas ou pelo trabalho que vocês começaram a apresentar? É qual foi efetivamente a participação do Dimas na vinda de vocês? M- O Dimas, conforme eu acabei de dizer, ele sempre foi uma pessoa equilibrada, ele ficou vamos dizer assim, entre dois fogos, porque ele era uma referência, os outros professores que tinham resistência a vinda de pessoas. Veja bem, vamos deixar bem claro, o pessoas não tinha resistência ao trabalho, todos sabiam que precisava ser feito o trabalho, mas tinham resistência aos elementos que estavam chegando, mesmo porque, a verdade tem que ser dita, houve passagem de alguns outros elementos, anteriores á nossa vinda que deixaram uma má impressão no trabalho realizado aqui, né, então esses elementos, essas pessoas que passaram anteriormente a essa equipe, é vamos dizer assim, prejudicaram os que vieram depois por conta da falta de compromisso, com a causa, com a falta de compromisso com o projeto, porque na verdade vieram para ganhar dinheiro, quando perceberam que não iam ganhar tanto quanto imaginavam, então se ausentaram deixando o trabalho feito sempre pela metade, sem ser realizado e o que é pior, alguns até ficando né, negligentemente, quer dizer, ao invés de trabalhar, ao invés de se dedicar a aquilo que vieram fazer, deixaram a coisa correr solta, sem muita preocupação em fortalecer todo esse trabalho, então tivemos essas resistência até por conta disso também, então voltando ao assunto, o Dimas ficou entre o pessoal da terra que vamos dizer assim, não aceitava a vinda de tantos paulistas no caso ou de outros Estados, para tomarem a frente de uma coisa que eles deveriam estar, mas na verdade quem veio e agente sempre conversou muito claro isso com todos, que veio, veio para trabalhar, o dinheiro ficou em segundo plano, a família ficou em segundo plano, tudo realmente ficou em segundo plano, foi até verdade que depois de estarmos aqui, a um bom tempo é que as pessoas foram ,trazendo suas namoradas, suas esposas para cá,


depois de um bom tempo, que já estavam mais ou menos engatilhadas. Então o Dimas foi importante para ambos os lados, tanto para aqueles que estavam chegando, que foi digamos assim, um elemento que não embandeirou uma causa contrária e o mesmo tempo foi muito bom para os recém profissionais da educação física, aqui do Maranhão, porque foi lhes dando uma noção mais equilibrada do que é que agente veio fazer aqui e que eles tivessem a paciência necessária para poder assimilar o que a gente trazia e futuramente, é vamos dizer assim, tomar conta, como aconteceu depois, né! L- Ah! Pituchinha? O curso de educação física do ITA, você chegou a participar da sua formulação? M- Eu cheguei a participar junto com o Laércio, do, do vamos dizer assim, das ideias, da formulação dele, sem no entanto estar á frente como professor, pelo contrário eu fui até um dos vestibulandos e lembro com carinho, né, na época fui o primeiro aluno da turma que se formou, que entrou no Pituchinha e até por conta do trabalho que a gente vinha fazendo, desenvolvendo e que era muito, né, também não cursei na época, preferindo trabalhar, porque realmente era muita coisa para se fazer. L- Marcos, eu lembro que em 1976,você, Sidney e Lino, foram a Imperatriz. O JEM's ainda não estavam voltados para o interior, havia um trabalho começado pela Universidade Federal do Paraná e vocês foram colaborar na organização e arbitragem da 3a OCOI, que eram as Olimpíadas Colegiais, antes dos Jogos Escolares de Imperatriz. Hoje, quando você vê por exemplo, Codó, Bacabal, Santa Rita, de uma época e Caxias, a própria Imperatriz, vieram hoje para São Luís participando inclusive, nessa categoria implantada agora, que foi a categoria infantil e dando banho nessas escolas da Capital, inclusive escolas com tradição que durante anos, dominaram os jogos escolares, não dá uma certa satisfação de trabalho realizado? M- muita, muita satisfação. Muita porque a gente percebe que comparativamente, né, as escolas do interior cresceram muito mais do que as escolas da Capital, né. O nível que nós vemos no interior, está próximo ao da Capital, ou seja, quer dizer, a Capital parou e as equipes do Interior cresceram e a gente precisa fazer com que isso melhore, tanto na capital, quanto no interior, manter essa evolução das equipes interioranas e crescer novamente nas escolas da capital, porque hoje nós temos muito, infinitamente, muito mais condições do que na época de 75, 74, sei lá nessa época que a gente esta se referenciando, da nossa vinda profissional. Nós não tínhamos profissionais em todas as escolas as escolas, nós não tínhamos, é vamos dizer, as condições financeiras que as escolas, pelo menos uma boa maioria tem hoje, então eu não sei porque o esporte deu essa arrefecia, esse declínio, até nas escolas da capital. Você vê o handebol que poderia ter continuado num patamar muito bom, hoje me dia já não vê isso, o voleibol, muito embora agente sabe que potencial existe, então temos que partir para um trabalho de avaliação, de analise e buscar como nós fizemos aquela época, as alternativas para voltar a termos esportes competitivos e bem praticados aqui e São Luís. L- Já são 25 anos, nessa fase da vinda desses paulistas para cá e incrementação nessa pratica do esporte, profissionalizar um pouco mais o esporte, principalmente o esporte escolar maranhense, não houve, como não havia na época, como hoje ainda, o esporte em clube, o Maranhão se faz esporte na escola e cada vez mais em escolas particulares e cada vez manos em escolas públicas. Há, aqueles jovens atletas que vocês formaram, que estourando a idade de JEM's, sem dedicaram aos esportes que ainda está trabalhando, quer dizer, você nota que não esta havendo uma renovação e aquela segunda geração que surgiu é essa geração, hoje que não tem encontrado espaço por ter cursado Educação Física, a grande maioria é que hoje está no interior fazendo trabalho, o que é preciso para mudar esse estado de coisa? M- A primeira, o que eu acho é o seguinte. A primeira atitude que a gente tem que cobrar, vamos dizer assim é lá de cima, não no sentido de que o Governo Federal tem que oportunizar, oportunizar aos Estados, que eles procurem objetivos maiores, quer dizer, o garoto quando começa, ele tem os objetivos regionais, depois ele cresce precisa ter objetivos a nível nacional e depois também a nível internacional, porque ninguém faz as coisas por nada, a gente precisa ter objetivos, então hoje em dia, o JEB's já não é a mesma realidade, então os objetivos dos Estados, já são diferentes daquela época, naquela época o garoto tinha estimulo de participar da seleção da escola, depois da seleção do Estado e depois ir para os JEB's, se destacar a nível nacional e internacional. Hoje a coisa está secionada, esta, então o primeiro passo e´ fazer com que haja uma competição a nível nacional e estimule toda essa criançada e estimule os professores, porque se não tiver objetivo não adianta nada, fica difícil o trabalho, nós estamos falando do trabalho de nível bom, de nível alto, então é a pirâmide, você massifica aqui em baixo, para chegar lá em cima, no topo da pirâmide, então, eu acho a primeira, no meu modo de entender, a primeira grande atitude, né, seria essa, ter algo lá no pico da pirâmide que estimulasse todos os atletas. L- O que significa a criação da Federação Maranhense de Esportes Escolares?


M- Significa, você! Vamos dizer assim, tomar conta da disputa de alto nível entre escolas, essa é a minha concepção, então o Estado no meu modo de entender, não tinha mais que se preocupar em realizar JEM's, ou melhor do jeito que ele esta sendo formatado, acho que o Estado tinha que esta preocupado com as escolas públicas, com as escolas de menor capacidade e deixar que as escolas que se capitalizaram, vamos dizer assim e podem fazer o esporte em um nível melhor, até porque se capitalizaram, deixe que eles, que elas se organizassem em torno de um organismo que agora foi criando que é a Federação Maranhense de Esportes Escolares, essa no meu modo de entender é a função imediata dessa federação.


EMÍLIO MARIZ, na sua residência a rua Zoe Cerveira bairro Alemanha. Dia 29 de Agosto de 2001, às 2h e 52min da tarde.

L – Nome, professor? Emílio Feitosa Mariz! L – Data de nascimento? 9/11/1928 L – E..(pausa) qual é a sua formação ? Eu tenho o curso de Matemática, é... antes de ter na faculdade estadual o curso de ciências exatas, nos fizemos CADES (viu!), muitos professores se qualificaram por intermédio dum programa mantido pelo Ministério da Educação, em que durante três anos, a gente fazia em períodos de recesso escolar cursos com um grupo de professores que vinham do sul e automaticamente fazíamos as provas chamadas de exames de suficiência e adquiríamos um registro de professor. Então eu tenho um registro de matemático por esse curso de CADES e tenho também o Curso de Educação Física ministrado pelo Ministério da Educação, em vários períodos, aqui em São Luís, também tenho uma autorização como Professor de Educação Física. L – Como se deu o seu envolvimento como a Educação Física ? Olha, eu estudei em Garanhuns (Pernambuco) onde passei um período na vida militar e fiz cursos de cabo e de sargento e me aprofundei bastante na matéria de educação física, especialmente aquela educação física militar chamada de calistenica e isso me deu possibilidade de uma autorização para começar a trabalhar em educação física, o que fiz no Batista e no Liceu e aprimorei muito trabalhando com grandes professores da época e com isso cheguei a coordenador e posteriormente diretor de esportes do colégio Batista onde convivi com grandes professores além de Dimas, Rubens Goulart, D. Helena e outros grandes mestres da época. L – O senhor é natural de São Luis mesmo ? Não!.. Sou de Colinas - Maranhão, Colinas é a cidade que tinha o nome de Picos (não é) e em determinada fase do governo de Getúlio Vargas não podendo ter duas cidades com o mesmo nome, já havia Picos no Piauí fomos obrigado a mudar o nome de Picos para Colinas, se bem que hoje temos Colinas de Goiás, mas sempre há uma especificação. L – Quando o senhor veio para São Luís ? Eu estou aqui desde 1950. L – (confusão) Você falou que era militar? Era do exercito? Ou do ...??? Exercito, (o locutor mesmo respondeu)! Eu passei apenas período, foi logo um período após a guerra em que as nomeações eram escassas e nós fizemos cursos mais não permanecemos, não seguimos a carreira militar apenas era estudante aproveitei e fiz esses dois cursos que me trouxeram grande proveito na minha profissão tanto como professor de matemática como professor de educação física. L – O senhor deu baixa como sargento ? Não, dei baixa como cabo! (o locutor interrompe “como Cabo!”), não, fiz o curso de sargento mais dei baixa como cabo, o meu certificado é consta como apenas como cabo. L – Em 1950, o senhor veio trabalhar em que, em São Luis ? Eu vim fazer o antigo cientifico no Liceu Maranhense (né) mais desde essa época comecei a trabalhar como professor, estudava pela manhã e trabalhava a noite é num curso preparatório para exame de admissão, que existia no Liceu inicialmente ensinando matemática. L – Então em 50, o senhor já trabalhava como professor, e no Liceu Maranhense ? E – É, iniciei em 50, fazia o meu antigo cientifico e automaticamente é... Ensinava à noite. L – Foi uma carreira completa de professor até diretor do Liceu ? É eu fui, em 62, eu me legalizei como professor e fui nomeado e estive ali 30 anos como professor fui nomeado no governo de Castelo vicediretor, trabalhei como vice-diretor 5 anos, e 3 anos como diretor do Liceu. SOBRE A SEDEL E – Olha, a verdade é que eu não me afastei do esporte do Batista, né, acontece o seguinte, o... o esporte do Batista é... girava entorno de uma meia dúzia de pessoas, Rubem criou as... a modalidade esportiva, o Dimas chegou e ampliou o leque, e todo esse pessoal, enquanto esteve lá, o Batista dava todo apoio à direção, foram saindo Rubem, por falecimento, Dimas foi para a Universidade, e nós tivemos de conviver com esse pessoal, Vicente, Biguá, essa geração nova, então a minha influencia ai já não era mais de um prof. Auxiliar, mas de um coordenador, aproveitava os conhecimentos deles, vendia as... novidades, o único grande titulo que eu me orgulhe bastante é quando eu estive na direção, quando eu estive na direção, já o Batista tinha passado uns anos fora do JEM’s por a... denominação não concordar com, com uma é... Penalidade que ele teve no JEM’s caso, político, eu vou lhe explicar é mais ou menos como nós fazíamos. É... Eu inscrevia


digamos 70 alunos para a natação, cento e tantos para o atletismo inscrevia só dizendo que ele era, estava inscrito na modalidade isso eles foram restringindo agente podia competir em todas as modalidades depois passou para três, para duas então depois chegou a ponto do atleta só poder competir em uma, então o que eu fazia como diretor de esportes inscrevia todo aqueles alunos e o técnico pegava a... A ficha de provas escrevia por modalidade, a ficha de provas e ele pe... Colocava o aluno de acordo com a... A competição o aluno que estaria fora, isso no tempo do... Desse que foi deputado federal? L – Nan Sousa! E – Nan Sousa, então o irmão dele achou que o Batista estava irregular... L – Euclides Sousa! E–É L – Que nunca foi prof. de educação física! E – Então ele achou que estava, o Batista estava irregular porque é não tinha inscrito aluna na prova né. Então nós mostramos os primeiros regulamentos, e “não mais olha o que vale aqui é o regulamento é... geral da... Naquele tempo da CBD que tinha é...Englobava todas as federações então tinha um departamento em que havia um regulamento próprio de cada modalidade então... (silencio por um instante) eles???? O Batista da competição nós saímos uma tristeza para os alunos, os pais se revoltaram, muitas mães saíram cotizando, arranjando dinheiro em firmas para, agente entrar na justiça, mais geralmente é uma entidade religiosa e a repercussão não seria aceitável e... Nós tivemos sorte, quando eu assumi Dr. Olimpio que é meu primo... L – Olímpio Guimarães? E – Olímpio Guimarães, então no interior todo mundo é parente, ele era da família Reis minha mãe também era Reis então, ele... Emílio que isso vamos inscrever o Batista e eu inscrevi, o Batista de novo para não causar desagrado ele implantou um... Uma final de campeões então deu o titulo para os quatros finalistas, mais agora que eu tenho que foi o ano em que o colégio ganhou a taça “disciplina” não é. Que depois na administração do Phil ele passou a... Mudou o nome da taça para taça Emílio Mariz mais a primeira eu levei para o Batista, então foi a grande alegria que eu tive do JEM’s e... E se secretários, todos tivemos boas relações, imagine que eu convivi com Geografia e... Geografia era tão amigo que uma vez quando determinaram que o time que pegasse um WO por modalidade ia eliminada, nós faltamos um jogo por questão de boletins, mas ele nós avisou "olha rapaz vocês tem até meia noite para entrarem com uma justificativa” até hoje eu... Me lembro era cheio de...De trapaceada mais é... Convivemos com ele, muito bem. L – Quando o senhor se aposentou do Batista? E – Olha eu aposentei em março de... 2000, eu quando me aposentei do Liceu quando completei 30 anos, e’... Simulei uma saída do Batista apenas para, é... Fugir daquela ameaça do Collor de é... Se apropriar do fundo de garantia então eu simulei uma saída e voltei e trabalhai mais 10. E, não é... Fácil agente trabalhar tanto tempo no... Numa organização como o Batista porque foi fundada por uma Missão Estrangeira mais depois foi repassada para o que eles chamam de Convenção Maranhense que é o grupo de igrejas então o diretor é um executivo, tem uma junta administrativa e essa junta convida um diretor e o diretor convida seus auxiliares. Então é preciso agente ter muito jogo de cintura para contornar é conservar o colégio com um certo conceito e não tomar partido de, de questões religiosas que isso é muito comum em todas as???? Então eu uma pessoa sempre isento disso não fazia questão, nas a gente cansa viu e... Trabalhei com Figueiredo 25 anos ele pediu para sair.... L – Prof. Figueiredo que foi diretor do Batista? E - Foi, diretor do Batista, veio um diretor que era maranhense Iraçu Câmara, que é irmão do Itaque Câmara um rapaz muito em evidencia ai nessa faixa de CEMA da CAEMA, foi auto funcionário, então com isso eu trabalhei já como vice diretor, trabalhei um ano e seis meses, ele foi demitido e eu tive de assumir como vice diretor, passei 11mese interinamente e trabalhei nove meses com Profa, Jovelina, Jovelina coordenadora é de jornalismo da universidade era diretora da radio da universidade uma ex-aluna muito em evidencia, com cursos pela América do sul, então trabalhamos juntos ai mudou a, a forma administrativa do Batista passou a ser um diretor geral, um diretor administrativo, um diretor pedagógico então de vice diretor eu passei a ser, é diretor administrativo, ai deixei de trabalhar é com esporte diretamente só indiretamente, mas também deixei


de trabalhar em disciplina, a pasta de administrativa é muito complexa e realmente foi a pior fase para a escola particular, essa fase do Governo Collor, controle de, de anuidade, passou para Itamar Franco, está certo, passou para Itamar Franco inicio de Fernando Henrique que a única coisa que ele consegui é... Controlar foi o salário, do funcionalismo publico e a mensalidade escolar só o resto ele não teve força.


RAIMUNDO APRÍGIO MENDES, realizada no dia 31/08/2001 com inicio às 15horas e 5 minutos no Ginásio de Esportes Rubem Goulart situado no bairro do João Paulo.

L – Nome? Raimundo Aprígio Mendes L – Data de Nascimento? 06/09/56 L – Local? São Luís – Ma L – Você trabalha como prof. de ginástica olímpica? Bem, eu vivo na área de educação física, mas na verdade, eu sou formado em Química Industrial, né, me formei em 1992 na Universidade Federal do Maranhão, mais tenho uma larga experiência não só como atleta, mas também como técnico; fiz vários cursos técnicos na área de Ginástica Olímpica, tanto a nível estadual como também fora de nosso Estado, tenho curso ate Internacional de Técnicas de Ginástica Olímpica, realizado no Flamengo em 1996. L – Você começou atuar como atleta ... É, eu comecei a minha vida como atleta na década de 1978. L – Você começou na Capoeira? Sim! Eu trinava Capoeira já uns dois anos antes, né, eu participava, eu fazia parte, melhor, né, eu fazia parte do grupo do Mestre Sapo, do falecido Mestre Sapo, que funcionava, que funcionava no Ginásio Costa Rodrigues; nos trinávamos sempre no período da tardezinha, tipo assim 17:30 e ... ia até 20:30 horas. em 76 Aí, o professor Dimas apareceu em 19 ... no final de 1977, é, à procura de pessoas que né, que tivessem uma boa habilidade para a pratica da Ginástica Olímpica então...Nessa época, tinha 14 anos. Então, ele buscou muitos alunos, muitos alunos é... de Ginástica Olímpica dessa época vieram da Capoeira, né, e ele preferiu assim porque os alunos da Capoeira já sabiam fazer alguns saltos que a Ginástica exige, e já tinham uma assim, digamos assim, um bom trabalho de preparação física, principalmente na parte de resistência orgânica e flexibilidade. A minha carreira como atleta ... logo no primeiro ano, eu tive que participar, eu participei dos Jogos Estudantis Brasileiros, realizado em São Paulo, é foi mais a titulo de ganhar experiência, né, nós não tínhamos nem um aparelho oficial de Ginástica Olímpica; tudo era braçal, tudo era feito aqui mesmo, e a gente não tinha nem noção, só para você ter uma idéia, eu tive que saltar num cavalo que eu fui conhecer chegando no Estado de São Paulo, no ginásio onde foi realizada a competição. O meu envolvimento com o trabalho de Ginástica Olímpica já no, veio acontecer no final de 1978, é, o prof. Dimas querendo difundir mais essa modalidade, principalmente em nossa cidade ele... começou a formar assim, digamos, instrutores, né, e eu fiz parte desse grupo; e meu trabalho se iniciou numa escolinha no SESC, localizado na praça Deodoro, né, e até hoje continua no prédio do SESC, e de lá eu fiz um trabalho mais ou menos uns três anos, vários... e esse trabalho, ele tinha como finalidade, não só atender, ser um trabalho solidário, de atender à comunidade, mas também um trabalho que se voltava para as competições, principalmente os Jogos Escolares Brasileiros. o Juvenal, ele .. é de ... ele começou primeiro do que eu, né, o Juvenal, eu comecei no inicio de 78, 7...final de 77; Juvenal já veio assim de 75, né, 1975 já era Juvenal, José de Arimateia, que hoje é também professor de educação física, e... tinha também o Josué, que é também formado em educação física, e o próprio filho do Dimas que se chama Maurício... Foi até professor de basquete, né, administrou varias vezes seleções do colégio Batista, e se não me falha a memória, hoje reside no estado do Rio de Janeiro, e é engenheiro civil. o Molusco já veio de uma época... já o Molusco, ele começou a ginástica dele, nós já estávamos aqui no ginásio Rubem Goulart, o Molusco começou a ginástica tipo assim 1900... e 80 83,84 por ai. Molusco já foi, Molusco ele começou com o prof. Juvenal, e depois nós conseguimos assim, digamos, um certo beneficio escolar para ele, pela própria habilidade, pela própria competência que ele tinha de se desenvolver nessa modalidade, e nós levamos para o Batista, conseguimos uma bolsa integral, ai ele passou fazer, ele passou a fazer parte do meu trabalho, porque eu já estava trabalhando no colégio Batista e continuo até hoje trabalhando com ginástica olímpica. L – Como começou a federação de ginástica? R – A federação de ginástica ela já veio acontecer com digamos a federação de ginástica ela nasceu é assim que a antiga secretaria de desporto e lazer SEDEL se... Surgiu né, foi fundada... L – Em 1979?


R – É... Em (confusão), a secretaria surgiu em 1979, e a federação ela já veio surgir em 1981, até pela necessidade da... Do próprio trabalho da SEDEL em poder ajudar as federações, as modalidades seria necessário que todas elas tivesse um órgão ou uma entidade representativa ou uma entidade jurídica no caso as federações. E a SEDEL nessa época que você deve se lembrar bem, que você fez parte da fundação SEDEL e você conhece bem... A estrutura dessa época e pra que as modalidades assim tivessem um recurso até para facilitar a prestação de contas deste órgão ao governo do estado seria necessário que tivesse também federações, ou seja, entidades jurídicas que também pudessem prestações de contas para a SEDEL. Então as federação surgiu e foi fundada com os clubes né de futebol um pouco enrolado depois tivemos que re-fundar essas... É a federação por questão de estatuto errado e ela foi fundada eu to... Ai eu tive que re-fundar essa federação em 1988 e hoje nós estamos filiados à confederação brasileira de ginástica , só que nós não participamos de competição pelo auto investimento, que cada competição exige né como se sabe a ginástica olímpica é um esporte, muito caro e até mesmo pra nós participarmos de competições seria necessário um recuso financeiro muito elevado que esta acima de nossas condições, mas de vez enquanto nós participando com um não em equipe mais ao menos nos individuais nós temos participado dos eventos da confederação brasileira de ginástica o ultimo evento que nós participamos foi 1999. Participamos do torneio internacional de ginástica olímpica com quatro atletas e conseguimos uma boa colocações, os meninos chegaram aqui cheio de medalhas inclusive nós temos até um troféu que prova nossa participação, uma boa participação. L – Quem foi o primeiro presidente da federação? R – O primeiro presidente da federação foi o prof.Dimas, foi op prof. Dimas presidente da federação o vice... L- quem era o vice presidente? R – O vice presidente era o prof. Juvenal. L – O diretor técnico? R – O diretor técnico neta época (risos) era o prof. Raimundão, no caso a passou que está falando né. E assim que acabou o mandato do prof. Dimas, assumiu a federação o prof. Juvenal tirando dois mandados, depois do prof. Juvenal eu tive um mandato na federação e me afastei da federação. Aí teve outros presidentes , só pra você ter uma idéia o Cabralzinho que agente conhece como uma das pessoas que inspirou ... L – filho do Cabral Marques? R –É do Cabral Marques que inspirou os jogos de verão né, na praia de São Marques, Caolho por ali, ele foi presidente também de federação de ginástica. E a prof.Valdeci também da Universidade Federal de Maranhão já ocupou não o cargo de presidente... L - ... Os caras da federação? R – Bem a prof. Valdeci... L – Você sabe o nome completo dela? R – É Valdeci... Vieira das Dores Vale, é profa. de educação física da Universidade Federal do Maranhão e a modalidade em que ela se destaca é a ginástica rítmica desportiva. E ela já ocupou vários cargos... é já ocupou por três o cargo de vice-presidente da federação é atualmente a vice-presidente da federação maranhense de ginástica, e o prof. Raimundo Aprígio Mendes é o presidente da federação de ginástica, até 2005. L – Até 2005?* R – Até maio de 2005! L – (confusão) A reeleição foi recente? R – A reeleição foi recente ela aconteceu exatamente em 2001,em maio de 2001. L – Prof. Dimas? o que você tem a falar do prof. Dimas? R – (silêncio) O prof. Dimas, como no... no passado eu considero ele assim como um amigo, e até por dizer como... Um pai... por varias vezes, foi uma pessoa que esteve tão próximo do prof. Raimundão, e muito


próximo também digamos assim uma pessoa que faz parte da família da ginástica olímpica maranhense, ele tem um ... Ele além de ter um carinho muito grande pelos praticantes de ginástica do estado do Maranhão, todos os ginastas quando ele surge no ginásio, todos os ginastas é adoram a sua presença, elogiam o seu trabalho, e tem um carinho enorme com ele, e todos os ginastas admiram bastante a sua carreira, a sua profissão, e o seu vigor, e o seu desempenho durante e porque não dizer agora também apesar de na estar mais atuando como prof. de educação física mais todos os ginastas, todas as pessoas que passaram e que estão aqui no ginásio Rubem Goulart, reconhecem , tem um bom reconhecimento do seu trabalho e muito carinho pelo seu desempenho não só como prof., mas também como amigo, uma pessoa bastante sensível aos problemas dos outros e tentar resolver todas as situações difíceis principalmente na área de esporte.


IVONE REIS NUNES, realizado no CEFET– MA na sala do DCS no dia 24/09/01 com inicio as 10hrs.(lado A)

L – Nome completo? Ivone Reis Nunes! L – Data de nascimento? 19/01/41 Casada! Sr. José Ribamar Dutra Nunes! Cinco, cinco filhos homens. L – A Sra. Foi Profa. de educação física da antiga Escola Técnica hoje aposentada trabalhando em Barreirinhas. Como é que foi o seu envolvimento com educação física, como começou o seu envolvimento com educação física? É... após o curso normal, né, no Rosa Castro - eu estudava no Rosa Castro - e surgiu de imediato à conclusão do meu curso de segundo grau, antigo... naquele tempo era curso normal. Então eu fui convidada pele Profa. Zuíla Cruz, não é, para fazer um curso que ia acontecer em São Luis; pela primeira vez se falava em handebol em São Luis. Ai eu fui convidada a fazer esse curso, eu fiz esse curso logo depois desse eu fiz um curso de recreação aonde nos tivemos assim um leque muito grande de disciplinas onde então nos fomos ver, ai então que nós fomos ver o que era anatomia, fisiologia aquela historia toda da educação física e logo depois naquela época nos tínhamos aqui é a antiga... Nós não tínhamos uma delegacia do MEC nós tínhamos uma inspeção do MEC e quem chefiava era o Dr. Carlos Vasconcelos, e Dr. Carlos Vasconcelos pediu a D. Zuíla para que indicasse algumas pessoas para participar de um curso, e eu fui uma dessas pessoas a partir daí eu fui convidada pelo Dr. Carlos Vasconcelos com o aval de D. Zuíla para ir até a Belém fazer um curso pela Inspeção; nessa época eu fui, lá eu adquiri o meu certificado, o meu registro para lecionar em São Luis... No estado do Maranhão. E assim começou desencadeou então esse processo e eu comecei a trabalhar no Estado; logo depois eu fui convidada a trabalhar no Município e daí eu comecei a ter as oportunidades de curso de reciclagem, de aperfeiçoamento; eu fui acumulando, acumulando esses conhecimentos e cheguei no CEFET. Bom, esse curso de educação física é aquele a que o MEC chamava de curso de suficiência, que formava professores em caráter emergencial para trabalharem em educação física nos estados? Suficiência exatamente, que formava professores para trabalhar a nível estadual, emergencial no governo do estado. Exatamente – Profa. Odinéia Tromps Falcão né, Profa. é aquelas duas que andavam sempre juntas como era o nome dela... Então, foi Profa. Odinéia, Profa. Helenina, Profa. Clotilde, Profa. Berenice, e Eu. Fomos as pessoas do Maranhão que fomos para São Luis...Belém para fazer esse curso. A Sra. Participou daquele curso dado pelo professor Leitão preparatório para o CEMA? Não, quando eu cheguei no CEMA apesar de ter sido no período da... Da fundação, mas ocorreu o seguinte a educação física só foi montada depois do grupo ta. E através da Profa. Claudete Ribeiro eu fui indicada para participar do grupo e a Profa... A irmã Éster Salomão que era coordenadora não é dessa área é fez uma entrevista comigo e eu engajei a partir daí, ai foi que eu cheguei no CEMA eu não fiz aquele treinamento que o grupo maior fez porque o pessoal de educação física não sei porque foi quase que esquecido né. L – E foi feito concurso em que foi Dimas, Vanilde, Major Batista os primeiros aprovados. É os primeiros aprovados, é, mas eu já estava lá! Eu fui quem organizou um pouco esse trabalho. Já pertencia ao CEMA! L – Como foi esse inicio de educação física no CEMA? O CEMA era uma televisão educativa? Televisão educativa! Tele aulas, era circuito fechado né, era tudo ali concentrado ali realmente na Av. Kennedy naquele prédio e então depois que foi estudado que iria para a tele sala era os três orientadores de aprendizagem um para português-inglês, outro para matemática-ciências, o outro para a parta de estudos sociais então eram três orientadores de aprendizagem. Ai onde esta a educação física? Não é, ai foi que a educação física chegou se fez presente e ai o Prof. Dimas exatamente junto com o Profa. Vanilde começaram também a fazer os trabalhos, as aulas eram produzidas... Eram dadas aulas normais Presenciais! No Parque do Bom Menino, começou no Parque do Bom Menino, ai eles tinham aulas na televisão, eles produziram aulas... depois foram produzidas programas de educação física foram produzidos programas para televisão; ai executavam os exercícios todos na televisão; os alunos acompanhavam; a gente via tudo, depois a gente ia para praia do parque do Bom Menino, nos tínhamos aulas na televisão a Profa. Vanilde era artista e o Prof. Dimas (risos). Quem produzia esses programas? Dimas e Vanilde! Os dois faziam toda a parte de produção? Toda parte de produção e depois... Apresentações levavam crianças treinavam essas crianças levavam executavam direitinho e tal, era um sucesso.


JOSÉ GERALDO MENEZES DE MENDONÇA, realizada no dia 09/10/01com inicia às 9h e 40min, entrevista realizada no Centro Federal de Educação Tecnológica no Departamento Acadêmico de Ciências da Saúde.

L – Nome? José Geraldo Menezes de Mendonça! L – Você nasceu aqui mesmo, em São Luis? São Luis, 12 de Janeiro de 1943! L – Qual é a tua formação, Geraldo? Graduação, bacharel em Matemática, e a pós-graduação é Engenharia de Sistema na UFRJ, e Educação Tecnológica, no Centro Federal de Educação Tecnológica de Belo Horizonte - CEFET-MG. L – Como é que você se envolveu com educação física? Bom, a minha vida profissional, começou no Colégio Maristas trabalhando como professor de Matemática, e pelo fato de eu ser jovem demais e gostar muito de esportes, eu assumi um cargo de Coordenador de Esportes do Colégio Maristas. Isto foi em 1966 ... 1966; então eu fiz um Curso de Educação Física, que era coordenado pelo Dr. Carlos Vasconcelos... aquele Exame de Suficiência; fiz os exames e ganhei a autorização para lecionar educação física, e por coincidência, fui colega de turma do professor Dimas, que também era professor do Colégio Marista como eu, era o coordenador eu era o chefe dele no Colégio Marista. colega de turma, nesse curso de educação física dado pelo Major Leitão 69 Nesse curso de educação física, Major Leitão, mais teve também é... Teve também uma equipe que veio do Rio de Janeiro, três professores para ensinar Basquete - que era o prof. Rui -, Atletismo - José Teles da Conceição - e Handebol - um professor de nome Wilson. Isto foi na época do governo de Nunes Freire. Já em 70 e o coordenador de esportes que antigamente eles chamavam... Foi uma coordenação que antecedeu a SEDEL... DEFER! era o Cláudio Vaz dos Santos – Bom, a época de Cláudio Vaz era Pedro Neiva de Santana... Pedro Neiva de Santana, exatamente. 70 e... 69, 70, 71, 72, 73 ? Nunes Freire entra em 74 vai até 79 quando Castelo entra. funcionava... É foi de Pedro Neiva de Santana para Nunes Freire, funcionava num prédio do Caminho da Boiada a coordenação e havia umas secções, uns departamentos que funcionavam no Ginásio Costa Rodrigues que estava já em funcionamento. L – Bom o... Como era a educação física nesse período inicial em 66 já havia educação física no Marista? Educação física no Marista ela teve inicio eu acredito na época em que eu era aluno do colégio Marista... Década de 40? Não, foi em 59 eu fui aluno do Colégio Marista... Mas em 43 quando... Aquele Coronel engraçado, não lembro o nome dele -, é... Ele disse que, quando foi fazer o Curso de Educação Física no Rio de Janeiro, quando - na Escola de Educação Física do Exército -, quando ele voltou, foi contratado pelo Marista; depois teve o Nego Júlio, o Major Júlio... Eu fui aluno dele, olha havia esse Coronel - qual é o nome dele -, que... trabalha lá no IPEM Que era parente dum ex-aluno meu, de nome Abibe - Abibe morava aqui perto do canto da Fabril - ele então, ele organizou uma demonstração de educação física no Estádio Municipal Nhozinho Santos... Exatamente, que foi um espetáculo essa apresentação cujo objetivo era motivar... Eurípedes Bezerra ... É, não, era um outro, do Exército - Eurípedes Bezerra, o Coronel Júlio eram também professores ... O Nego Júlio, depois chegou Furtado. Eram também professores do Colégio Marista, e havia um Coronel do Exército, que foi quem organizou essa apresentação. E Dimas disse que colaborou; Dimas fez todo o trabalho e ele levou o crédito ... Não, não, então foi o segundo evento, porque no segundo evento eu já não estava mais no Marista como aluno, eu já tinha saído, eu já era aluno da Escola Técnica, eu sai do Marista e vim para cá... Eu sai do seminário, fui para o Colégio Marista; lá no Colégio Marista eu trabalhei com essa equipe de educação física como aluno, era Eurípedes Bezerra, o Cel. Júlio, e havia um Coronel do Exército que depois foi embora, está reformado, ele mora em São Luis hoje, ele é maranhense, foi a equipe que trabalhava no Colégio Marista conosco, quando eu voltei... era uma educação física voltada para aquela parte de ginástica calistenica, como eles chamavam né. Nós fazíamos mais era exercícios de... Corrida, saltos, era vamos dizer assim flexões, agilidade houve ate um episódio nessa época que aconteceu no Colégio Marista o Cel Eurípedes Bezerra mandou os alunos subirem em uma arvore e pular, e um dos alunos quando pulou quebrou a perna era o ex-deputado Ricardo Murad. Aí isto gerou uma polemica muito seria no Colégio Marista por causa do aspecto do tipo da educação física, então era uma educação física assim é... Subir uns canos, numa armação de madeira que havia, e era a educação assim um poucochinho puxado para o lado militar.


L – Tá... E depois em 66, você foi coordenador de esporte de 66 ate que ano? eu fui coordenador de esporte de 66 ate 72 quando sai do Marista e fui coordenar o esporte na Escola de Engenharia do Maranhão. quando eu assumi a coordenação ela ainda seguia o modelo antigo está, então quê que aconteceu nós começamos a montar uma equipe de trabalho voltada para a pratica desportiva. Então nós começamos a montar as escolinhas, as escolinhas das diversas modalidades e para cada escolinha nós buscamos um prof. experiente na área. L – Esta montagem já para pratica desportiva era em função dos jogos que eram promovidos pelos??? E depôs pelo Carlos Vasconcelos? Sim! Exatamente, exato ela já tinha o objetivo de preparar os alunos para a disputa até porque nós estávamos fazendo do esporte um Marketing promocional do Colégio está certo, fazer com que o Colégio sai-se das quatro paredes e marca-se presença na sociedade, era o objetivo maior era esse. O Colégio Marista passou por uma fase de dificuldades financeiras o numero de alunos reduzidos, a inadimplência grande, então nós fizemos do esporte um veiculo de fazer crescer a matricula do Colégio, fazer com que o Colégio marcasse presença na sociedade e aí houve realmente uma mudança muito grande dentro do Colégio Marista a partir daí. a equipe de professores que agente organizou nós tínhamos o prof. eu coordenava e dava futebol de salão, fui inclusive o 1º campeão de futebol de salão masculino e o 1º campeão de handebol feminino né, eu... Coordenava os esportes e tomava conta do futebol de salão e do handebol feminino, o handebol masculino era o prof. Dimas...


RAIMUNDO NONATO IRINEU MESQUITA

EU OS JEMs e A SEDEL Quando da criação da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer, pelo saudoso Governador João Castelo, o ato foi recebido como a grande esperança do esporte maranhense, e durante muito tempo cumpriu este papel, o de dar esperança de dias melhores. Foi quando foram fundadas a maioria das Federações especializadas. Ao primeiro secretario da SEDEL, o industrial Elir de Jesus Gomes, devemos os melhores momentos vividos pelo desporto maranhense, onde esperanças foram levantadas e grandes obras e eventos foram realizados. E hoje a cada um que assume a SEDEL, os desportistas da terra reacendem estas esperanças e dão com os burros n’água, pois Infelizmente, nada de novo acontece. Continuamos a mercê da falta de um planejamento visando à criação de políticas publicas consistentes que atendam e façam crescer os vários seguimentos do desporto maranhense, o que torna a SEDEL um órgão convalescente e moribundo, que serve apenas de barganha política ao governador de plantão, embora conte com um bom quadro de funcionários, mas que infelizmente nem aproveitados são por aqueles que assumem a direção da casa. Exemplo disso são os Jogos Escolares Maranhenses, único evento, consistente, realizado pela pasta e que, também, não tem recebido o devido valor, pelos últimos dirigentes que ocuparam a pasta, pois do pouco que fazem em prol do mesmo descobre-se depois que atendiam mesmo era a anseios pessoais. Mas nem tudo foi ruim! Embora o sonho não tenha se transformado no todo, pelo menos não se transformou em um pesadelo. Ao longo destes 40 anos de JEMs não podemos negar que a semente plantada ao longo de décadas, com a realização esporádica, de competições envolvendo escolas, ela, a semente não tenha germinado, sim! Germinou e como cresceu! Graças aos cuidados recebidos dos seus cuidadores, que dentre os principais podemos citar, Mary Santos, Carlos Vasconcelos, Rubem Goulart, Dimas e Claudio Vaz, este último, tido como o criador dos JEMs, teve dois grandes esteios, o Prof. Jeronimo e Gov. à época, Dr. Pedro Neiva, que deram sustentação à idéia e daí pra frente, em 79 com a criação da SEDEL, que assumiu pra si a responsabilidade sobre os jogos Escolares e graças ao apoio “dos paulistas” os que já estavam e os que chegaram depois e ao engajamento dos Ex atletas, capitaneados por Gafanhoto – O Jose de Ribamar S. Miranda, que assumiu a Coordenação de Desportos da recém criada Secretaria e arregimentou, para a missão, um grupo de ex atletas e abnegados pelo esporte, a coisa andou e andou bem. Eu, pessoalmente entro na competição no ano de 71, festival estudantil, pela equipe de futebol do CEMA, comandada pelo Prof. Rinald Maia. Logo no ano seguinte fui picado pela mosca do atletismo, causo que abracei e até hoje vivo. Em 72, já no atletismo, e ainda pelo CEMA, no parque do bom menino, fui convidado pelo Prof Haroldo para treinar e tentar uma vaga para os JEBs, que neste ano seriam realizados em Maceio-AL, não consegui mas continuei treinado e até que em 73 chego à ETFMa. e passo a treinar sob a orientação do Prof. Manoel Furtado, integrando a seleção de atletismo da mesma, e ai após alguns anos chego a SEDEL, convidado por Gafanhoto para me juntar à equipe, isto em 1979, daí pra frente abraço mais uma causa, o desporto escolar, ao qual venho me dedicando ao longo destes 40 anos de serviços prestados ao estado através da SEDEL. Nestes anos todos, tenho certeza, ajudei em muito a manter acesa esta chama que sustenta o desporto maranhense, os JEMs, pois sem esta competição escolar, que muitos valores revelou para o maranhão, o nosso desporto, ainda, estaria engatinhando, pois uma competição que no seu inicio contava com algumas escolas da capital e arrebanhava um punhado de jovens que se degladiavam em mais de uma modalidade, hoje atinge o universo de 106 municipios, sim! 106 municipios que realizam seus jogos municipais com o intuito de participar das etapas Regionais e Estaduais dos JEMs, daquele punhado de jovens, hoje nos temos pra mais de 30 mil jovens, que dos seus municipios tentam estar entre aqueles 3.500 que estarão disputando as etapas estaduais, nas categorias infantil e infanto, nos naipes masculino e feminino em 21 modalidades. E nisto se transformou aquela semente plantada La nos idos de 60, JEMs, a competição esportiva mais importante do desporto maranhense. Raimundo Nonato Irineu Mesquita Um vivente do esporte maranhense


“QUERIDO PROFESSOR DIMAS” – CAPÍTULO DO LIVRO23: SOBRE A SEDEL: 1979 - A CRIAÇÃO DA SEDEL "Eu considero que foi um cabide de empregos, em termos, era uma secretaria que deu emprego para muito político que não tinha se elegido, os assessores todos, com raríssimas exceções eram ... então independente disso, que era um desastre, por exemplo; quem trabalhava era meia dúzia de professores de Educação Física - inclusive eu -, ganhando uma miséria, e os cargos de Assessoria todos com os deputados, entrou muita gente só para ganhar dinheiro e o que produzia não era ... [Era voltado só para o JEM's] , e não fez muita coisa além do que eles faziam antes, só com o Departamento... Olhando por este prisma foi, porque transformou um Departamento em uma Secretaria, houve um .... incremento; eu só acho que o grande erro foi não colocarem os homens certos nos lugares certos; foi uma secretaria política, de propaganda do Estado, na época; e para acolher políticos e reivindicação de prefeitos do interior, que vinham aqui atrás de bolas, de redes essas coisas; então era uma Secretaria muito mais políticas do que de Educação Física24 e Esportes, essa é a minha maneira... "... teve as boas coisas, não se pode negar, divulgou bastante os Jogos Escolares, mas para o volume de dinheiro gasto numa Secretaria, como uma Secretaria, eu acho que com a metade do dinheiro que se gastava naquela Secretaria, se fosse utilizado mesmo da forma anterior, com bons professores, com bons coordenadores, pessoas com mentalidades educativas, o resultado, em se tratando de Educação Física e esportes, seria muito mais produtivo, muito mais lucro, muito mais resultado... "... eu uma vez até me tornei antipático na SEDEL porque, numa grande reunião de políticos, eu me posicionei contra isso, eu estava achando que aquilo ali era uma Secretaria de propaganda política e estava atendendo muito mais à necessidade política do Estado do que a necessidade real da Educação Física; eu fiz esse posicionamento e fui muito mal olhado pelas pessoas da época... parece que já no segundo Secretario, eu acho que na época de Nan Sousa, porque apesar do Elir [Jesus Gomes] não ser um desportista, mas ele pelo 23

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins. QUERIDO PROFESSOR DIMAS – (antonio maria zacharias vezerra de Araújo) e a educação física maranhense: uma biografia (autorizada). São Luis: EPP, 2014, p. 281-300-305 24 "... quando se criou a Secretaria de Desportos e Lazer, eles pegaram todo o corpo de professores de Educação Física da Secretaria de Educação e transferiram todos para a SEDEL - só eu que não quis, estava a disposição -, aliás, primeiro, todo professor foi à disposição, quando foi criada a Secretaria, e o quadro de funcionários da Secretaria, então eles foram relotados da Secretaria de Educação para a Secretaria de Desportos e Lazer - eu acho que fui o único que não aceitei essa relotação, eu continuei professor de Educação Física da Secretaria de Educação, ligado à coordenação de ensino de segundo grau, mas a disposição da Secretaria de Esporte e Lazer -, todos os outros professores foram relotados para a SEDEL e foi a época que eles acabaram com o Departamento de Educação Física da Secretaria de Educação porque ? não se queria mais Educação Física, se queria só prática esportiva; quer dizer, além da tentativa da criação da escolinhas de esporte, no âmbito da SEDEL, os professores de esportes, de Educação Física da SEDEL, deveriam dar práticas esportivas nas escolas do Estado; eu acredito que o que acabou com a Educação Física, efetivamente, no Estado já era prática, quer dizer não tinha a maioria dos professores; eu lembro que quando eu cheguei no Maranhão, em 76, se você pegasse os dedos de uma mão você não contava dez professores com o curso superior de Educação Física , o resto todos eram ex--atletas, eram professores leigos que tinham já uma convivência, mas de qualquer maneira já faziam um trabalho, acredito que faziam um trabalho muito melhor do que muita gente formada faz hoje, e de repente houve esta ruptura: a partir de hoje não existe mais Educação Física - tanto é que acabou com esse quadro do Departamento de Educação Física do Estado e passou todo mundo para a SEDEL; agora só vai se fazer esportes com uma Coordenação do Esportes, e Recreação e Lazer com uma Coordenação de Lazer; e os professores ficavam divididos, - não, eu trabalho com Handebol, trabalho com Basquete, trabalho com Volei ... Então eu fico na Coordenação de Esportes, - a não, eu só sei trabalhar com Educação Física... Então você fica na Coordenação de Lazer; digamos, a criação da SEDEL, assim, o pioneirismo do Estado do Maranhão em criar uma Secretaria específica de esporte e lazer, por um lado foi benéfico, foi uma coisa que chamou atenção... “. (VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. In DIMAS, entrevistas


menos era uma pessoa de boa índole, e a gente se entendia melhor com ele, eu acho que o primeiro Secretario foi o melhor de todos, o Elir... depois foi caindo cada vez mais, cada vez caindo mais... "...eu me lembro uma coisa que me deixou revoltado, na época do Nan Sousa; existia uma Coordenação de Lazer, na época em que a Fátima Frota foi a primeira coordenadora - foi a melhor de todas -, então houve um curso na Alemanha para professores de Recreação, quem deveria ir? Alguém do setor ou que fosse a própria coordenadora, que fosse eu; o Nan Sousa simplesmente mandou o irmão dele, que só entendia de futebol de salão25. O Euclides foi para Alemanha, voltou de lá, nunca abriu a boca para dizer o quê que ele fez o quê que ele viu, o quê que ele disse, foi só ganhar diárias sei lá, mordomias, estadias, mais isso foi revoltante, mais todo mundo ficou calado, ninguém disse nada, ninguém falou nada, então uma Secretaria política, foi revoltante isso. (DIMAS, Entrevistas). Sidney também se manifesta sobre a SEDEL, e fala da dívida de gratidão que tem para com Dimas, quando essa secretaria foi criada: "... eu tive uma passagem com ele muito interessante, foi quando terminou o governo de Nunes Freire e passou para o Governado de João Castelo; esse ano é um fato interessante que a história passa por cima, que poucas pessoas sabem; na época do Governo de João Castelo houve um movimento comandado por algumas pessoas - por Paulo Tinoco, por Carlos, Gafanhoto, aquela turma que tinha raiva do pessoal de fora, dos paulistas, que vinham para cá; nós éramos chamados de forasteiros e a ordem era cortar as cabeças dos paulistas, mandar todo mundo embora, e eu, fui praticamente despedido na época - era o DEFER depois passou para CEFID - Coordenação de Educação Física - de um Departamento passou a ser uma Coordenação dentro de uma secretaria... "[finalzinho de 78, começo de 79] quando entrou o governo de João Castelo ... então nessa época eu fui praticamente demitido da Secretaria de Educação - eu e o Laércio; me lembro muito bem que a gente foi lá na época, saiu do Costa Rodrigues e começou o movimento para se criar a SEDEL, havia a intenção de se criar uma Secretaria de Desportos e Lazer, ai que foi interessante nós, eu o Laércio, havíamos sido despedidos, eu já tinha programando a minha volta para São Paulo, já tinha ligado para São Paulo, já tinha até conseguido um emprego em São Paulo; a minha mãe tinha entrado em contato em Campinas, já tudo acertado em Campinas, quando o governo tomou a iniciativa de criar a Secretaria de Desporto e Lazer e ao mesmo tempo, naquela época houve um convênio entre 25

Um pouco antes dessa época, estiveram aqui dois Alemães - um, foi técnico da seleção alemã de atletismo - Ulrick Jonath -; o outro, um técnico do Ministério dos Esportes Alemão, que estava prestando serviços em um convênio na Colômbia - Heinz Güber Heinz -; a proposta era se fazer um complexo financiado pelo Governo alemão - a proposta era levar para o Parque Independência que só funcionava na época da EXPOEMA -, e transformar aquilo num complexo educacional esportivo, nas proximidades da Cidade Operária que ia ser entregue à população; havia uma população de quase 75 mil pessoas; e deveriam vir para cá, como tinha um convênio com a Alemanha , dois técnicos alemães e enquanto se montava, deveria elaborar o projeto na Alemanha e as pessoas que deveriam ir seriam o Laércio e eu; passar um ano na Alemanha, montando todo o projeto, enquanto isso viria recurso para a estrutura física; o projeto foi elaborado, o Sr. Delfim Neto - Ministro da fazenda - não aprovou porque ele achava que seria ingerência de um governo estrangeiro em problemas sociais, porque o projeto inclusive era um projeto piloto que, se desse certo em São Luís, seria financiado mais dois para o Brasil e cerca de 10 projetos seriam implantado na África; então os quatro primeiros técnicos do projeto piloto depois teriam esta obrigação, principalmente os brasileiros, irem para África implantar, treinar esse pessoal da África para fazer isso, implantar esse 10 projetos na África; não foi adiante, enquanto se levou quase um ano discutindo isso, até que o Governo brasileiro disse que não, que não aceitaria ingerência. Logo em seguida veio o PALM, também outro famosíssimo, principalmente na área de, na época do Esporte para Todos - Jürgen Palm , veio para refazer o projeto, reapresentar o projeto, mais dessa vez já dissociado da parte de esporte, de Educação Esportiva, voltado só para Lazer; surgiu esse projeto, e um treinamento para implantação desse projeto; deveria ir um técnico para a Alemanha receber um treinamento; Fátima já tinha providenciado até passaporte, já estava estudando Alemão com o professor Ramiro Azevedo, para se familiarizar um pouco, ela já tinha conhecimento, um bom conhecimento de inglês, sabia francês, quer dizer não ia ter problema, e de repente para a surpresa de todo mundo, "seu" Euclides - que mal sabe falar o português -, é quem vai fazer esse treinamento para a implantação desse projeto; lógico que não podia dar certo. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. In DIMAS, entrevistas


Brasil e Alemanha e entrou muito dinheiro; havia a perspectiva de fazer convênios, com muito dinheiro, mas quando se pensou em criar a Secretaria então foram dois momentos, quando se pensou criar a Secretária ninguém entendia de nada, como era que se fazia para se criar uma secretaria, e era necessário que tivesse professores em Educação Física formados, para poder tocar aquilo; foi ai que viram que Laércio e eu éramos imprescindíveis, tinham que ter a gente e convidaram, ai fomos recontratados. "Ai foi que eu tive o contato com o pessoal que foi o Elir [Jesus Gomes], que foi convidado para ser secretário, quem criou a SEDEL; eu participei da criação da SEDEL, eu, Laércio e Mateus Neto... havia mais um Carlos não sei o quê, uma pessoa muito forte na parte de administração; eu não me lembro mais o nome dele...ele era uma pessoa muito competente. Era Mateus, Laércio, eu o Dr. Olímpico [Guimarães] que pegou...Gafanhoto entrou depois que foi criada a secretaria "Mas quando se criou essa secretaria havia essa perspectiva de trazer muito dinheiro de fora, só que eu acredito que já estava em andamento esse convênio, Brasil, Alemanha ou Maranhão Alemanha. Ai foi quando se criou, por que se criou essa estrutura da SEDEL, de secretário, coordenador geral, Divisão de Esporte, de Lazer e a Divisão de Estudos e Pesquisas porque nesse convênio que havia com a Alemanha, fazia parte do convênio que tivesse uma parte do recurso que fosse direcionada para estudos e pesquisa, foi ai que a gente entrou, eu fui ser o primeiro chefe da divisão de estudos e pesquisa da secretaria. "... quando foi criada a SEDEL, esse movimento de mandar embora os paulistas, os forasteiros, a única pessoa do Maranhão, o único Maranhense que foi contra esse movimento foi o professor Dimas, que ficou ao lado da gente; ele não aceitava isso, foi inclusive até condenado pelos professores locais - aqui na época não eram nem professores, pelos técnicos locais -, como traidor; então o professor Dimas, eu tenho essa gratidão por ele, na época, ternos apoiado." (ZIMBRES, Sidney. Entrevistas). Lino relembra como foram aqueles primeiros Jogos Escolares, quando participava da organização dos mesmos: "Com relação aos JEM’s eu não participei dos primeiros JEM’s, não, Jogos Escolares Maranhenses; eu não estava no Maranhão ainda; acho que os primeiros JEM’s foram em 73, 74, 75, e eu cheguei em 76 lá. E aí quem estava diretamente envolvido no DEFER era o Laércio, que era assessor do Carlos, e nos Jogos ele me convidava para participar da Comissão Organizadora dos Jogos; então eu era contratado para essas questões esportivas, que foi uma área que eu sempre me envolvi. Foi um trabalho que desenvolvi no Ribeirão Preto, em organizações esportivas, no Botafogo, e de alguma forma me levou para o Maranhão, então eu me envolvi nos JEM’s. Cláudio Vaz no DEFER já não peguei; ai todos os JEM’s, praticamente de 76 até minha saída, em 82, eu fiz parte da organização com tarefas organizativas, foi aí que eu te conheci, te chamando de Imperatriz, para cuidar - Diretor Técnico da modalidade de Atletismo - e aí foi experiência rica (...) Eu era chamado para uma determinada tarefa organizativa e aí já estava o Marcos, o Laércio á frente disso, nós fizemos um trio de trabalho que deu muito bem, muito bem porque eu sempre tive um sentido de organização muito forte, o Laércio foi desorganizado por natureza, mas tinha uma pessoa que no grupo tinha idéias interessantes e nós, eu e o Marcos, tínhamos uma característica executiva muito forte; então era um trio que funcionava muito bem, fiz muito isso e na organização do JUM’s os Jogos Universitários Maranhenses, também de 78 e 79, o Marcos me ajudava, o Laércio se envolvia; então foi um trabalho de equipe principalmente nós três. O Sidney entrava, mas ele era assim, ele cuidava do Voleibol nos jogos, tanto nos JEM’s quanto nos JUB’s, comissão técnica.


[Ginástica Olímpica] entrava o Dimas, entrava o Juvenal. Rítmica e Desportiva com Vanilde, com a Cecília, não é; o Handebol entrava o Pinheirinho, entrava aquela turma dele lá do Laércio. O Biguá, e eu e o Laércio, mas o Biguá nos JEM’s estava mais em função do Colégio Batista, o Viché estava envolvido com algum colégio, então ele não estava na organização, ele participava como técnico de equipe de colégio; a visão macro da organização dos jogos sempre partiu do Laércio, Marcos e eu, então eu aprendi muito, aprendi naquela possibilidade de fazer, aprender fazendo, aprendendo com os próprios erros. Foi uma escola para mim. (CASTELLANI FILHO, Lino. Entrevista). Cláudio Alemão, após criar o DEFER, vai para Brasília, trabalhar com Mauro Fecury na Surcap, administrando o setor de Esportes da Capital Federal e não participa da criação da SEDEL. Quando retorna, anos mais tarde, passa a trabalhar na FUMESP, fundação criada pelo mesmo Mauro Fecury, quando também retorna ao Maranhão, prefeito nomeado de São Luis. Cláudio, na administração Phil Camarão passa a assessorá-lo na SEDEL: "... no Governo Lobão, Phil me nomeou Coordenador de Esporte, mas aí eu ainda tive muita força como Coordenador. Na época de Phil eu mandava mesmo, eu tinha poder dedecisão, eu tinha toda autonomia para o trabalho, fizemos ainda um trabalho muito bom em termos de JEM's, era mais coordenar as atividades que a coisa estava feita, porque todos nós dependíamos dos colégios, os colégios eram que tinham a força de trabalho; já existia uma dedicação natural, não precisava ninguém cobrar nada deles, era o interesse dos colégios em participar, o nível técnico cada vez melhor. Os JEM's foram uma competição de nível, mas o meu trabalho foi mais de administrar o que estava feito; eu não formei nada, eu levei uma seleção para Blumenau. Foi muito bem, Natação... nós fomos uma equipe muito boa com o Phil Camarão. Eu fui para o JEB's, novamente voltei ao JEB's, através dessa eu comecei a participar do JEB's novamente, através do Phil Camarão, que foi no Governo Lobão e bom foi que eu fui. Eu tive um problema, que queriam tirar a coordenação lá do Costa Rodrigues, com ciumeira porque eu tinha muito poder como Coordenador, eu era o único coordenador que tinha carro à disposição da coordenação e começou uma ciumeira besta achar que eu estava com muita força, eu ficava no Costa Rodrigues e eu tinha que ir era para a SEDEL lá, eu disse se eu for para lá eu não quero mais trabalhar contigo, foi quando o Paulo Marinho assumiu a prefeitura de Caxias, Prefeito, coincidência, ele disse – Você quer trabalhar comigo na Secretaria? Eu vou. Tu vais transferido para a SEDEL. Eu disse – Para a SEDEL eu não vou, eu quero ficar aqui, mas como tu não quer que eu fique aqui, eu vou sair e vou para Caxias; passei dois anos, quase três anos com o Paulo Marinho, Quando a Marly Abdalla assumiu novamente e me convidou - tu vai ser meu coordenador de esporte, foi quando eu vim, primeiro ano foi excelente, fizemos um JEB's excelente; no segundo ano me desentendi com o grupo dela, aí começaram a me isolar, a Marly me deu toda força, eu fiz todo JEM's, generalizei todo esse trabalho enorme do JEM's que não era interiorizado, conseguimos fazer um JEM's muito bom, foi quando aí eu me afastei de novo com Marly. Foi quando entrou o Governo de Roseana, o segundo governo aí, Luisinho foi ser assessor, passou a ser secretario, aí foi uma lástima para mim, eu não me dei bem com ele, a maneira que ele trabalhava e de lidar com as pessoas foi que eu me afastei, sai de lá. Hoje eu estou com o Manoel Ribeiro, sou coordenador parlamentar; eu me afastei da área de esporte depois disso, nesse último governo de Roseana, primeiro eu fui muito ativo com a Marly que era Secretaria e me deu muita força onde eu trabalhei, agora no segundo eu não tive nenhuma posição de... Eu fui marginalizado." (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista) Phil Camarão fala das dificuldades em administrar a SEDEL, quando foi secretário daquela secretaria:


"... eu fiquei muito feliz de ter sido o primeiro ex-atleta, ex-técnico, campeão maranhense, campeão brasileiro, a alcançar o título máximo que se almeja, quem gosta de esporte quer ser o secretário de Esporte do Estado... As dificuldades foram muitas, porque a secretaria era uma secretaria extraordinária de esporte e lazer, ou seja, não tinha dotação orçamentária própria. [No] Governo Lobão ... eu dependia muito de recursos, cada projeto gerava o pedido para recursos e os recursos evidentemente tinham outras prioridades, como segurança, educação, saúde e o esporte apesar do Governador sempre ter dado muito apoio, evidentemente não podia ter prioridade na concepção ampla da administração púbica. Mas nós fizemos um JEM’s... que até hoje está como modelo e nós modificamos o JEM’s, aquela abertura para os interiores do Maranhão e tanto é que nós construímos quadras, pistas de atletismo no interior do Maranhão, foi aí que começou a desenvolver muito mais ainda e nós fizemos uma coisa que nunca tinha sido feita e até agora não foi feita, que foi a Copa Bem, que foi o maior evento esportivo de São Luís, envolvendo 400 times de futebol e futebol nos bairros em São Luís, envolvendo mais de 8 mil atletas, envolvendo 48 bairros da cidade e fruto disso foram diversas modalidades de esportes incentivadas pela SEDEL, apesar da deficiência de recursos e grandes nomes que surgiram a partir dessa geração, na natação, no atletismo, você se lembra no atletismo tinha Riba [José Ribamar Ribeiro, chegou a estar entre os três melhores atletas ranquados nos 100 metros rasos, hoje, professor de Atletismo], tinha a irmã de Riba (Maria da Graça Ribeiro, também velocista], tinha Aurenildes [ da Silva Brasil, lançadora de dardo, hoje, professora de educação física], eu estou citando atletismo que eu sei que é uma área que você gosta bastante; e então acho que foi uma administração boa, mas eu deixo as pessoas que vivem no esporte para que façam o julgamento ... Por exemplo, não dá para comparar as épocas, porque nos JEM’s, nós jogávamos basicamente com cinco escolas, era Liceu, Batista, Marista, Dom Bosco e Batista e quer dizer outras escolas, mas de esportes menores e hoje não, hoje só na nossa época, só o índice de escola de São Luís eram mais de 80 escolas, então era uma visão muito mais ampla, e a qualidade cai bastante e embora no final sempre sejam as mesmas equipes, mas é uma visão diferente, naquele tempo o Colégio Santa Teresa, na parte do voleibol feminino e até no handebol feminino também, então nós tínhamos aquelas escolas, hoje mesmo com essa escolas praticamente afunilando, hoje você vê o predomínio em diversas modalidades no interior do Estado, você vê agora, hoje eu li no jornal que quem foi campeão do JEM’s em xadrez, foi Imperatriz, quer dizer, naquela época que foi se implantando, você vê o domínio hoje no atletismo é praticamente de Codó, Pedreiras, Caxias e Bacabal, então eu deixo a você que entende de esporte, que gostam de esporte, e mesmo a população que mora no Maranhão, que faça esse julgamento." (Phil Camarão. Entrevistas) Implantação do EPT “... o EPT, eu como sempre fui um homem de boa fé..., uma vez o Lino me chamou de ingênuo, mas na minha maneira de ver eu não me considero tão ingênuo, eu me considero um homem de boa fé, de acreditar nas coisas, então eu olhava o EPT com bons olhos, e achava que eram uma forma de levar esportes para todos, embora eu soubesse que os meus colegas mesmo da Universidade achavam que era balela, era só para... manipular as massas, para... o termo é esse, para desviar a atenção e de amordaçar as pessoas; então eu não olhava dessa forma então pode ser que por isso o Lino uma vez tenha me chamado de ingênuo." (DIMAS, Entrevistas). Lino se manifesta sobre essas "broncas" com o Dimas, sobre o EPT:


“... o Dimas foi agente EPT, sempre teve uma relação (...). Eu acho que tem haver com o jeito do Dimas, o Dimas é uma das pessoas que aprendi a respeitá-lo, uma pessoa extremamente boa, coração puro não é? Mas talvez por conta dessa pureza ele explicitasse uma ingenuidade das construções das relações que estabelecia que tivesse um sentido político para ele, porque à medida que ele não questionava muito as relações construídas, colocava tudo sempre à disposição, não importa da onde viesse o convite, ele garantia espaços e intervenção que talvez se ele assumisse um papel com uma postura política mais evidente, mais clara de posição, significaria fechar algumas portas, talvez mais portas do que abrir outras e ele sempre quis fazer um trabalho de estar de bem com todo mundo e eu deixava claro que assumi uma posição. Era assumir a oposição, a outras posições e necessariamente a unanimidade não era possível de ser construída a partir dessa lógica, e eu mostrava o quanto o trabalho dele tinha carga de ingenuidade, que ele se varia dela oportunisticamente para tirar proveito, de estar sempre em lugares de destaque, não é? À medida que ele nunca queria fazer uma leitura crítica do significado do EPT, que já nos anos 80 nós fazíamos. Lembra de uma revista Corpo e Movimento, que teve artigo de Kátia26, um artigo de Lamartine27, um artigo de Apolônio28? [A própria Desportos & Lazer, publicada pela SEDEL]29. Então nós fazíamos, já vivíamos uma época de uma postura crítica sobre a realidade da Educação Física e do esporte, que ele não acompanhava; ele tinha sempre uma visão romântica do processo, e eu sempre, naquela época, até por toda talvez aí o processo mesmo de crescimento, uma outra fase menos madura, não é? Eu não só fazia a crítica como criava espaços de atrito, de conflito porque não admitia aquela postura extremamente apolítica de neutralidade. [Completamente diferente da Silvana30] que sempre teve uma postura! (...) É o que eu aprendi, mas respeito no Dimas. Talvez seja até isso, quer dizer, nunca a postura dele impediu, ele nunca colocou dificuldades para que as filhas tivessem posturas políticas totalmente antagônicas às que ele tinha; ele sempre respeitou isso, e nunca desmereceu, ele nunca destratou, ele nunca... Enfim! respeitou as filhas dele, e isso fez com que eu aprendesse a respeitar o Dimas, a respeitar a me relacionar com diferenças, mesmo sabendo que você tem uma postura diferente, significava, lá na frente, construir intervenções diferentes, que trariam resultados diferentes à configuração das políticas; eu me identifico muito mais com a Silvana, politicamente falando, do que com o próprio Dimas, em termos de trabalho em nossa área. "(...) nas acusações que fazia dessa ingenuidade, dessa neutralidade política impossível eu sempre dizia: - Dimas no momento em que você assume essa neutralidade e ela não existe, você está assumindo uma postura política, e sua posição política sempre se deu ao lado de quem está no poder, sempre se vinculou aos donos do poder, aos governantes de plantão. 26

Refere-se à Profa. Dra. Kátia Brandão Cavalcante, hoje professora da UFRN e uma das maiores referencias brasileiras do Lazer. Refere-se ao Prof. Dr. Lamartine Pereira da Costa, professor da UGF e da UFRJ; por muitos asnos, coordenador do EPT no âmbito do MEC; uma das maiores autoridades mundiais do modelo Esporte para Todos. Referencia mundial, também, em estudos olímpicos. Criador doAtlas do Esporte no Brasil www.atlasesportebrasil.org.br 28 Refere-se a Apolônio Abadio do Carmo 29 Havia um confronto - talvez por causa de Lino e Laércio, que influenciavam muito a Fátima -, em função do EPT; a SEDEL tinha uma linha de programação e o EPT era completamente diferente, era alguma coisa que vinha do Governo Militar e eles eram radicalmente contra; na realidade, o EPT funcionava, mas só não no Maranhão; aqui, só a Universidade que trabalhava um pouco nessa linha, com o Dimas. Quando foi realizado o I Congresso Brasileiro do EPT, aqui no Maranhão, houve uma série de problemas: a SEDEL tentou trazer algumas pessoas que combatiam o EPT - era coisa típica de Laércio e de Lino, de ver sempre os contrários -, então havia o pessoal que era favorável ao EPT e se convidaram algumas pessoas que eram contra o EPT; então como quem pagava isso era o MEC, através do movimento esporte para todos, já era uma Secretaria, já tinha saído do Mobral - o Mobral já estava extinto -, eles vetaram a participação desse pessoal porque eles não queriam ninguém falando contra. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. In DIMAS, entrevistas 30 Refere-se à Silvana Araújo de Sousa, professora de educação física da UFMA, que assumiu a cadeira de Recreação, quando Dimas se aposentou. Filha de Dimas. 27


"E eu não aceitava esse tipo de postura, como continuo não aceitando...". (CASTELLANI FILHO, Lino. Entrevista). Sidney esclarece essa postura dos "paulistas" em relação ao EPT e à SEDEL: "Na época do Esporte para Todos, estava na moda no Brasil o Esporte para Todos, uma campanha nacional, era o Takahashi [George],era o ... Lamartine [Pereira da Costa], ... vem lá do fundo do poço esses homens aí, e depois estava começando o movimento do Colégio Brasileiro [de Ciências do Esporte] também, que teve um Congresso do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, logo em seguida; foi na Escola Técnica, e aí esse foi marco histórico aqui para Educação Física31. Foi a época que se começou.. a Educação Física começou a ter um... saiu daquela fase de esporte romântico, passou já a ter um cunho mais científico, uma preocupação mais com o aspecto do estudo, da Pesquisa. Vários trabalhos foram apresentados, inclusive, eu apresentei esse meu trabalho num congresso do CBCE, na Escola Técnica, sobre Características Antropométricas do Voleibol. "[Sobre o EPT] Tem dois aspectos aí que talvez tenha influenciado o EPT a não ter ido para frente aqui, naquela época; nós, o pessoal da Universidade, os professores, éramos chamados de, é um termo até antiquado, até ridículo: da esquerda, tínhamos uma visão diferente... Todos [os paulistas] usavam barba, eram comunistas (risos)... é engraçado falar isso, a gente era comunista, então Laércio, Lino, eu, nós éramos contra o EPT, contra a filosofia do EPT, porque o EPT era isso, Esporte para Todos; só que não era para todos, era para uma classe elitizada, que tinha bicicleta, era a classe burguesa, mas a classe pobre, a classe que não era privilegiada, ficava fora do processo; então o esporte não era para todos. A gente via na época o EPT mais como uma forma desse pessoal de Brasília de ganhar dinheiro; rolava muito dinheiro, só que fazendo eventos e passeatas na rua, andando de bicicleta e com uma faixinha do EPT e tal; a gente era bem contra isso aí, esse foi o aspecto de não ter ido... " O segundo aspecto é que dentro da SEDEL haviam duas coordenações, a Coordenação de Desportos e a Coordenação de Lazer. A Coordenação de Lazer era coordenada pela Fátima Frota e a de Desportos era pelo Gafanhoto32; então havia uma diferença de competência brutal entre a Fátima Frota e a equipe do Gafanhoto. A equipe do lazer era uma equipe muito competente, começando pela Fátima Frota e a equipe dela eram pessoas muito competentes, tanto é que depois, essas pessoas, que trabalharam com ela acabaram fazendo mestrado. Hoje tem a Profª. Socorro [Araújo] no Departamento de Turismo; era um pessoal muito bom; então eles faziam eventos espetaculares, preocupados com essa questão da cultura, de preservação da cultura, era um trabalho científico, um trabalho com embasamento teórico, então esse era o lazer, a gente até trabalhava, até ajudava, ia lá, até porque a gente se envolvia no trabalho da Dona Fátima, Laércio, eu e Lino, porque a gente via lá, a competência estava lá. No desporto, era o Gafanhoto. Gafanhoto era símbolo do que era a incompetência... lembro de uma reunião do Gafanhoto - foi muito engraçada, ele fez uma reunião, reuniu o pessoal todo e disse que ia atacar problemas do esporte do Maranhão de A a Y, quer dizer ficou alguém de fora (risos) o Z não estava. Ai eu levantei o braço e falei assim: - Gafanhoto alguém vai ficar de fora desse teu projeto de atacar o esporte; ai ele falou - porque? - Porque o Z ficou de fora ai do teu alfabeto... 31

Refere-se ao Congresso Regional Norte e Nordeste do Colégio Brasileiros de Ciências do Esporte, o primeiro, realizado em São Luis do Maranhão, em 1980, e que se co9nstituiu em um marco para a Educação Física regional. 32 Refere-se a José de Ribamar Silva Miranda, ex-jogador de basquetebol, uma das referencias do esporte maranhense daquela época. Quando a SEDEL foi criada, assumiu a Coordenação de Desportos.


"Era muito difícil trabalhar ali, tinha muitos entraves, a coisa era voltada para escolinha; ainda se cultua até hoje, eu vejo ainda se preservar aquela coisa que o grande segredo de fazer o esporte é fazer escolinha, isso era aquela coisa do Cláudio Vaz, isso foi uma coisa que na época deu certo, que tinha muito dinheiro, tinha muitas pessoas poderosas, lá, com o tráfico de influência, e deu certo; hoje não é mais isso ai, hoje é totalmente diferente, hoje ainda falam - Ah! Na época do Cláudio Vaz tinha escolinha; só que hoje não é mais a época do Cláudio Vaz, hoje é outra época, tem que fazer outro trabalho, trabalho de comunidade, departamentos de bairros, com sindicatos, é outra visão do mundo; então foi por isso que o EPT não deu certo aqui, além da questão da competência, que está na frente, há a questão da filosofia do EPT; tinham as pessoas que não podiam tocar para frente que eram contra o Esporte Para Todos...". (ZIMBRES, Sidney. Entrevistas). Lino também dá seu depoimento sobre essas políticas existentes no Maranhão, com relação ao EPT e ao Lazer: “... não tive participação política na criação da SEDEL, até porque o espaço político, o espaço de intervenção política, nunca foi um dos partidos que sempre tiveram poder no Maranhão, em São Luis em particular, sempre fiz organicamente às vezes sim, às vezes não, parte de grupos de oposição, aquela política maranhense de Sarney, o sarneysmo, eu sempre fui oposição, sempre fiz parte do grupo que votava contra aquilo tudo, nem peguei exatamente o momento de organização do PT, que eu saí de lá enquanto o PT se organiza como partido político, vim vivenciar isso já em São Paulo, viver isso em São Paulo. Mas acompanhei a criação, não fui chamado para compor a equipe; o que não foi surpresa para mim, porque não havia muita sintonia de pensamento; mas acabo me envolvendo em uma coisa ou outra, por conta da presença do Laércio em algumas atividades, por exemplo: eventos acadêmicos em 79; por exemplo, nós fizemos o 1° Congresso Regional Norte – Nordeste, o CBCE, com o apoio da SEDEL, aí eu me envolvo na organização desses congressos. Foi em 7933; 81 foi ano impar, ano do Congresso Brasileiro, em Londrina; que eu e o Laércio viemos para o congresso também, já naquela época envolvidos nisso, não é? E em 79, eu me lembro, que foi taxado como evento de comunistas, a SEDEL o secretário era o [Elir] Jesus [Gomes], não queria sequer assinar os certificados, porque o MEC estava dizendo que aquilo era comunismo; o Laércio teve que fazer o meio de campo, que era um papel que ele fazia muito bem. Ele acabou assinando o JUB’s no Maranhão, com o Sarney, como o governador endossou o pedido para que os jogos fossem lá. - Castelo -, nós tivemos o trabalho de cobrar esse apoio; na hora de dar o apoio, todo mundo quis dar. Na hora de efetivar o apoio, estavam tirando o corpo fora; aí foi uma relação muito difícil com o Elir34; o Arimatéia35, presidente da FAME e eu da coordenação geral, disso tudo porque na verdade, o apoio não vinha, e nós fizemos denúncias públicas, exigindo apoio; eles tiveram por pressão que oficializar esse apoio todo, e aí criou um clima muito tenso que reforçou até essas visões diferenciadas. Fizemos um encontro de EPT, lá também, que eu me envolvi. Eu acho que foi um pouco isso, a idéia era um encontro de lazer com algumas pessoas que faziam parte do nosso grupo já, brasileiro, de discussão a partir de uma lógica de política de lazer, de política de esporte, de esquerda, onde a Maria Isabel tinha, na época, um papel importante; ela foi para o congresso em 79, e aí por questões de vinculação com o Governo Federal esse evento se tornou o evento do EPT. Tinha a Sub-Secretaria de Esporte para Todos, como sub-secretaria da Secretaria de Educação Física e Esportes do MEC - a SEED -; tinha SUEPT, subsecretária de EPT, com a comandante Lamartine Pereira [da Costa] como coordenador central; o George Takahachi 33

O Congresso aconteceu em 1980. Elir Jesus Gomes, industrial, compadre do Governador João Castelo. Primeiro secretário da SEDEL. 35 Refere-se a José de Arimatéia Viégas, líder estudantil, presidente da FAME na ocasião. Depois tornou-se político, elegendo-se vereador. 34


como dirigido do Lamartine; o Person Cândido Matias de Sousa como outro membro; e aí sim, na programação que nós encaminhamos, houve votos, houve censura por parte de Lamartine e da equipe dele, não saberia dizer se foi bem Lamartine, se foi da SUEPT; aí o nome da Maria Isabel não foi aceito. A Kátia Brandão Cavalcante não foi aceita, e aí nós conseguimos trazer esse pessoal, eles não participaram da mesa porque os nomes deles não foram aprovados, para suas mesas; mas na plenária, eles se envolveram no debate, isso criou também todo um espaço de discussão, de bronca da gente, o que reforçou o estigma que acabou criando em torno de nós, de pessoas de oposição, esquerda; porque apenas não aceitavam aquele tipo de visão de Governo Federal, que na área de esportes, de Educação Física, mas do que nunca tinha dificuldades em perceber que o momento político já não era aquele dos anos 70, não é? Já era um momento de abertura, que para eles é muito difícil de entender. (CASTELLANI FILHO, Lino. Entrevista). Já Dimas, ao contrário da maioria dos professores da UFMA, tinha outra postura, com relação ao EPT, haja vista que ele era o professor da disciplina Recreação no Curso de Educação Física da universidade: "... eu olhava com bons olhos, e participei de várias cursos de EPT e eu constatava que a intenção era boa se não funcionou, uma coisa é você programar e outra coisa é você executar e avaliar, então foi bem programado, a proposta era boa, agora pode não ter alcançado o que se .... a mesma coisa eu me lembro de uma outra participação minha que foi excelentemente preparado um treinamento para professores através da televisão, como era mesmo o nome, era na linha de esporte para esporte para todos, mas esse treinamento era dado pelos meios de comunicação, por rádio e todos as pessoas no interior faziam, então vinha um material didático excelente, todas as modalidades, isso foi na época de SEDEL, o coordenador veio aqui, o George Takahashi, então esse projeto foi muito bem elaborado, o material didático de primeira, mas não funcionou na prática, porque então vamos dizer, aqui no Maranhão, essa programação era para sair na Rádio Timbiras, naqueles determinados horários e as pessoas em Codó, em Caxias assistiam aquela programação toda, faziam prova, prestava e recebiam certificado e tudo, mas não funcionou no interior, as pessoas não ouviam, a transmissão não era boa, não teve alcance, isso tudo para voltar no EPT, então eu acredito que a proposta foi boa, mas acho que o alcance não foi ... o próprio George Takahashi veio uma vez aqui dar um curso de Administração Esportiva... parece que era até na Escola Técnica e todo o pessoal da SEDEL era obrigado a fazer... " (DIMAS, Entrevista).


MEMÓRIAS


SOBRE A CONSTRUÇÃO DO COMPLEXO ESPORTIVO E SOCIAL DE SÃO LUIS – MINHAS MEMÓRIAS...


Não lembro a data, mas foi ainda em meados de 1979, fui chamado à sala do dr. Elir de Jesus Gomes, então Secretário de Estado de Desportos e Lazer do Maranhão. “Venha comigo”. E descemos as escadas e fomos até à Avenida Beira Mar, naquela rua por detrás do Casino Maranhense, onde havia uma placa: Construtora SEEBLA. Fomos recebidos por um engenheiro mineiro, não lembro o nome. Lá, conduzidos á uma sala foinos apresentada uma maquete de um estádio de futebol: o futuro Castelão. Um problema: onde construí-lo? O engenheiro mineiro explicou-nos a construção, os custos – apenas da terraplenagem, 2,3 milhões – de dólares! E depois levantar a estrutura... o dinheiro para o inicio das obras, já estava disponível... a maquete, do que seria o futuro estádio, elaborada: mas onde? Essa foi a minha missão – encontrar uma área para a sua construção!!! Numa outra reunião, desta vez com o então deputado estadual Nan Sousa, falou-se de um espaço, pertencente ao Governo do Estado, mas que havia sido cedido à Prefeitura Municipal, em comodato, para construção de um novo estádio de futebol. Localizava-se no Barreto, na área compreendida entre a fábrica da Coca-Cola e o DETRAN; uma parte já havia sido ocupada pela APAE-MA... Nova reunião, desta vez no Gabinete do Prefeito, na ocasião, Mauro Fecury (março 79 a março 80), e logo depois, Roberto Macieira (março 80 a março 83). Conversamos com Mauro e este disse da intenção de utilizar a área em outro projeto. Foi uma corrida, então, para que se anulasse o comodato à Prefeitura Municipal, com importante atuação do deputado Nan Sousa, que a conseguiu. Lembro-me que na sala da Assessoria foi colado um imenso mapa de São Luís, onde localizamos todas as áreas livres disponíveis, que pudessem comportar o novo estádio. Visitamos várias, a maioria onde já havia um campo de futebol, ligado à alguma associação de moradores ou equipe de futebol de bairro, todos na periferia, distantes do centro da cidade... mas nenhuma apresentava as condições necessárias, seja em tamanho exigido (área disponível), seja de propriedade do terreno... Foi quando dr. Olimpio falou da área do Barreto, que seria pública. Viu-se, então o contrato entre o Estado e a Prefeitura, já com mais de dez anos de assinado, com o prazo de utilização de 10 anos para a construção, e que esse prazo já havia passado, e nada fora construído no local, excedo a cessão para a sede da APAE-MA, também irregular, pois não era esse o destino. Por detrás, outra construção, da COHAB, Companhia Habitacional, também irregular... Por isso, alegou-se o “desvio de função”, e a anulação do contrato de comodato... A meu pedido, um grupo de alunos de minha equipe de Atletismo, fez um primeiro levantamento da área, com um esboço de levantamento altimétrico – lembro que o hoje Prof. Parga, do IF-MA, um dos meus alunos de atletismo e aluno do curso de Agrimensura, reuniu um grupo de colegas e fez o levantamento, a meu pedido, acompanhado por um dos professores... a área comportava o estádio de futebol, e muito mais!!! Mas era muito irregular, cheio de altos e baixos. Em nova reunião na SEEBLA, mostrei o levantamento da área, e sugeriu aproveitar a encosta do morro, com cortes em degrau, para as arquibancadas, tal como se fazia nesse tipo de obra, no Paraná; falei do que fora construído, em tempo recorde, para os Jogos Abertos do paraná, realizados na cidade de Paranavaí, onde os ginásios e campos de esportes utilizaram as encostas como base e se fizeram os cortes. Foi feita uma visita e, logo depois, apresentada uma solução, da forma como havia sugerido. E que com esse aproveitamento e utilização da encosta, 2/3 da área das arquibancadas poderiam ser assim construídas, ao invés de se desbastar o morro, e depois levantar as ‘paredes’, a estrutura, em concreto. Nova maquete foi elaborada, após outro levantamento altimétrico, desta fez feito por profissionais, para se saber e exata dimensão e como se fariam os cortes. Uma solução fora encontrada!!! E assim foi feito! Detalhe: com o aproveitamento do morro, e sem a necessidade de terraplenagem, com grande movimentação de terras, a dinheiro disponível era mais que suficiente, havendo grande sobra! Pensou-se, então, em outras áreas para a prática do esporte. Viu-se que se poderia ter um ginásio poliesportivo, uma piscina olímpica... só com as sobras!!! Mais, o estádio não seria, nesta fase, fechado, isto é, só se construiria as arquibancadas do lado da encosta, ‘fechando-se’ o mesmo depois. Mas não aconteceu assim... Havendo o dinheiro disponível, a área já retornando ao patrimônio do Estado, o projeto aprovado, deu-se inicio à sua construção... Fiz parte da equipe, como fiscal da obra, naquilo que se referia ás especificações técnicas das áreas de jogo. Lembro que havia sido publicado um livro de construção esportiva, Premio MEC, e o Laércio Pereira havia conseguido com um alemão, consultor da embaixada em Brasília, um manual de construções, em espanhol, do qual me fizera presente. Foi esse material que copiei e entreguei ao engenheiro responsável para a elaboração dos projetos, com as especificações técnicas das áreas de jogo, as


dimensões necessárias, e as especificações técnicas, para vestiários e outras instalações. Ia, com o dr. Olimpio ´pelo menos uma vez por semana inspecionar as construções... Então surgiu uma conversa de construção de um local para a prática de kart – kartódromo – que seria construído no estacionamento do Estádio. Fui contra, pois se configurava um esporte de elite, que um grupo de ‘filhinhos de papai’ estava pressionando sua construção, para sua diversão. Fiz ver, ao Secretário, que mais importante e necessário, seria a construção de uma Pista de Atletismo oficial, que não tínhamos no Estado – exceto a da UFMA, de terra, e a de Imperatriz, no 50º BIS, de terra... a do então 24 BC – hoje, BIL – irregular, e a da ETFM de treinamento, ambas sem as dimensões oficiais...

Com os argumentos do Laércio, o Secretário compreendeu o alcance social de uma pista de atletismo, em contraposição com um kartódromo, e concordou. Teríamos a nossa Pista!!! Foi o que ocorreu!!! O projeto da piscina, junto com a plataforma de saltos ornamentais – nunca usada, a não ser na inaugurarão!!! – foi-nos fornecida pelo DEFER-DF, na ocasião lá estava o Cláudio Alemão e o Ary Façanha de Sá, no MEC/DED. O projeto da pista de atletismo, foi-nos fornecido pela própria CBAt, com a intervenção do Hélio Babo e do prof. Oswaldo Gonçalves – que veio ver pessoalmente a área, e acompanhou a sua construção desde o inicio, com a mesma planta do estádio de Atletismo de Roma, a mais técnica até então no mundo. As três ultimas raias, as de fora, dada a sua curva e inclinação, da forma como foi construída, equivalia à correr os 400 metros em linha reta, tal a qualidade da planta e as especificações seguidas rigorosamente pela construtora do Lourival parente, do Piauí. O piso, com as indicações do prof. Oswaldo, foi feito do que havia de melhor, no Brasil, àquela época – rubertan, com a espessura de 12 mm... as outras que haviam sido construídas variavam de 7 a 9 mm... Feita em placas, que possibilitavam a sua manutenção... era o que havia de mais moderno no Brasil à época!!! As áreas de salto em altura – duas – em forma circular, que possibilitava a sua adequação à posição do sol; as pistas de saltos, distancia e triplo e com vara, também duas... os círculos para peso e disco e o do martelo, o corredor de lançamento de dardo... tudo, tudo, altamente técnico... Show. Lembro que algumas vezes, lá pelas 11 da noite, o dr.Elir ligava lá para casa: “o Governador quer visitar a obra. Passo por ai dentro de meia hora...” e lá estava o carro me apanhando e nos levando para o Castelão, ou para o Ginásio, para ficar à disposição, para qualquer explicação... eram horas observando os trabalhos, que se fazia diuturnamente... 24 horas por dia, para entregar dentro do prazo... e Castelo ia visitar a obra quase todos os dias, pela madrugada, meia-noite, uma da manhã... e lá ficava, observando...


Quando da construção do campo de futebol, a proposta era da construção da pista de atletismo ao seu redor. Argumentei de que, se se fizesse, ela não seria utilizada, pois haveria necessidade de, nas provas de arremessos e lançamentos, os implementos caírem dentro do campo de jogo, e isso não seria aceitável, pois deixaria buracos, em especial quando do lançamento do martelo. Mas mesmo assim, foi construída, com quatro raias, e sem os locais de para os saltos e arremessos/lançamentos. Daí que concordaram com a construção da pista fora do estádio. A única vez que entrei no estádio de Futebol, após sua conclusão, foi na abertura dos JEMs, quando lá foi feita. Nunca mais entrei lá... nem para ver o jogo inaugural, entre as seleções do Brasil e Portugal.


SOBRE O CONVÊNIO COM A ALEMANHA – ALGUMAS INFORMAÇÕES/LEMBRANÇAS Embora alguns entrevistados falem do Convênio entre o Maranhão e a Alemanha, que não chegou a se concretizar, tenho a declarar que é fruto de um trabalho do Laércio Elias Pereira. Era 1980, e iria acontecer na Colômbia um encontro sobre documentação em educação física, esportes e lazer. Dentro do Convenio Colômbia-Alemanha. O Laércio soube desse encontro e foi representando a SEDEL-MA e o CEDEFEL-MA – Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Desportos e Lazer do Maranhão – entre fictício que criáramos, pois só existia, mesmo em nossas mentes, fruto de uma tomada de decisões – 10 pontos – que acordáramos, numa manhã de domingo, na casa do Laércio, na Rua São Geraldo. O CEDEFEL-MA se constitui a base do CEV – Centro Esportivo Virtual. Pois bem, Laércio foi para a Colombia36, e lá se juntou à várias pessoas do Brasil, que também tratavam da área de documentação e difusão do esporte... Apresentou a SEDEL, com suas Coordenações de Estudos e Pesquisas, do Desporto e do Lazer, e o CEDEFEL-MA... acertou que o segundo congresso seria realizado em São Luis-Ma37, em 1981... o que não ocorreu, como não foi dada sequencia aos mesmos... Lá, teve contato com Manfred Locken, da Embaixada Alemã38 – também presente – para a área dos esportes. Das conversas e a possibilidade de o segundo acontecer no brasil, e em São luis, alguns acertos deveriam ser feitos, dentre ele, a formalização de um convenio, entre a Alemanha e o Estado do Maranhão.. Recebemos a vista de dois técnicos alemães: Ulrich Jonathas e Heiz Guberheiz; O Prof. Jonathas fora o técnico principal de Atletismo da Alemanha, tendo participado de diversas Olimpíadas, nessa condição, e passara uma temporada na Argentina, ajudando na constituição de alguns cursos de educação física; Heinz era o representante do Governo Alemão junto à Colômbia, no convenio entre aqueles países. Passaram alguns dias, conversando conosco, sendo que Laércio e eu ramos os ‘anfitriões’, encarregados de elaborar a minuta do convenio. O que foi feito... Tivemos sérias dificuldades, principalmente por parte do Ministério da Fazenda – Delfin Neto, à época, pois havia a possibilidade de entrada de dinheiro, pois o convenio seria financiado por uma empresa alemã, no caso, a Mercedes Benz, havendo sérias restrições. Àquela época, todo e qualquer aporte do Exterior deveria entrar primeiro para o Tesouro nacional, ser convertido na moeda brasileira, e depois, haver a sua dotação no Ministério próprio – no caso, seria o de Educação e Cultura – MEC – para depois ser locado no destino – no caso, repasse para o Governo do Maranhão. O que demandava muito tempo, pois teria que haver aprovação do Congresso Nacional, para modificação no Orçamento da União. Não podia ser diretamente ao Estado... Havia a previsão da ida de dois técnicos para a Alemanha, para receber um treinamento – no caso, seriamos eu e Laércio, pois estávamos elaborando o Projeto. Permanencia por um ano, lá, para finalizar o Projeto, junto com os alemães e a financiadora... Acabei saindo da SEDEL, por essa época, mas continuei prestando assessoria, a pedido do sr. Elir. Logico que não poderia ir, pois deixara a SEDEL e voltara para a Educação... e o Laércio, estava vinculado, ainda, à UFMA. Acabou terminando o Governo Castelo, e Biló Murad assumiu a SEDEL-MA; nesse período, não participei de nada, pois meu compromisso era com o dr. 36

I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 37 “DECLARACION DE MEDELLIN...”, em seu Acuerdo 2, decide-se pela realização dos próximo eventos: 1981 II conferencia en SAN Luis, Maranhão, Brasil; 1982 III Conferencia em BUENOS AIRES, Argentina; 1983 IV Conferencia en CARACAS, Venezuela. (p. 255 (in. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 38 38 A “Declaração de Medellín sobre a informação e documentação desportiva na América Latina foi assinada, pelo Brasil: por Laércio Elias Pereira (SEDEL-MA) e Manfred Loecken (SEED/MEC) -. adido cultural da Alemanha que prestava consultoria à ––CEDIME (Porto Alegre); Maria Licia Bastos Marques, Bibliotecária-chefe da EEF-UGMG); e de outros países: Espanha – INEF; Paulo Medina – Centro de Documentação e Informação do ISEFL (Portugal?); Juan Angel Maañon Argentina; Jesus Diaz Zurita – Venezuela; Eduardo Garraez – México; Alberto Pereja Castro – Centro de documentação e informação desportiva do Instituto de Ciências do Esporte – Colômbia.


Elir, mesmo porque não fui chamado. Depois, assumiu o Nan Sousa, e o irmão dele, Euclides, foi para a Alemanha, depois da Fátima Frota, do Lazer... parou ai... Em nota de pé-de-página, no livro sobre o Prof. Dimas39 (2014, p. 481), assim me manifesto: Um pouco antes dessa época, estiveram aqui dois Alemães - um, foi técnico da seleção alemã de atletismo - Ulrick Jonath -; o outro, um técnico do Ministério dos Esportes Alemão, que estava prestando serviços em um convênio na Colômbia - Heinz Güber Heinz -; a proposta era se fazer um complexo financiado pelo Governo alemão - a proposta era levar para o Parque Independência que só funcionava na época da EXPOEMA -, e transformar aquilo num complexo educacional esportivo, nas proximidades da Cidade Operária que ia ser entregue à população; havia uma população de quase 75 mil pessoas; e deveriam vir para cá, como tinha um convênio com a Alemanha , dois técnicos alemães e enquanto se montava, deveria elaborar o projeto na Alemanha e as pessoas que deveriam ir seriam o Laércio e eu; passar um ano na Alemanha, montando todo o projeto, enquanto isso viria recurso para a estrutura física; o projeto foi elaborado, o Sr. Delfim Neto - Ministro da fazenda - não aprovou porque ele achava que seria ingerência de um governo estrangeiro em problemas sociais, porque o projeto inclusive era um projeto piloto que, se desse certo em São Luís, seria financiado mais dois para o Brasil e cerca de 10 projetos seriam implantado na África; então os quatro primeiros técnicos do projeto piloto depois teriam esta obrigação, principalmente os brasileiros, irem para África implantar, treinar esse pessoal da África para fazer isso, implantar esse 10 projetos na África; não foi adiante, enquanto se levou quase um ano discutindo isso, até que o Governo brasileiro disse que não, que não aceitaria ingerência. Logo em seguida veio o PALM, também outro famosíssimo, principalmente na área de, na época do Esporte para Todos - Jürgen Palm , veio para refazer o projeto, reapresentar o projeto, mais dessa vez já dissociado da parte de esporte, de Educação Esportiva, voltado só para Lazer; surgiu esse projeto, e um treinamento para implantação desse projeto; deveria ir um técnico para a Alemanha receber um treinamento; Fátima já tinha providenciado até passaporte, já estava estudando Alemão com o professor Ramiro Azevedo, para se familiarizar um pouco, ela já tinha conhecimento, um bom conhecimento de inglês, sabia francês, quer dizer não ia ter problema, e de repente para a surpresa de todo mundo, "seu" Euclides - que mal sabe falar o português -, é quem vai fazer esse treinamento para a implantação desse projeto; lógico que não podia dar certo. (VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. 2014, In DIMAS, entrevistas, p. 481)

39

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins. QUERIDO PROFESSOR DIMAS – (antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a educação física maranhense: uma biografia (autorizada). São Luís: EPP, 2014, p. 281-300-305


REVISTA DESPORTO & LAZER ANO II, NUMERO I – NOV/DEZ 1981


O QUE ERA O CEDEFEL-MA40 Ainda em 1979, quando Laércio e eu planejávamos o que fazer na SEDEL, em uma reunião na casa dele, e ouvindo Som Brasil – com o Rolando Boldrin, e ao fundo Chitãozinho e Xororó e Pena Branca e Xavantinho, criamos um Decálogo, do que seria nossa atuação naquela recém-criada Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão... Não sei onde esta esse documento, mas foi por ele que baseamos nosso trabalho desde essa época; e um deles estava a criação de um sistema (ferramenta) para disseminação de informação – dai o CEDEFEL… O artigo que falei que foi um dos primeiros a tratar do assunto, não com um tesauro, mas com um vocabulário controlado – lembrei do termo! – que estávamos construindo, a partir do estudo da Stella Vercesi publicada na revista Paulista de Educação Física vol.3, n. 4, jun 198941. Lembrando: Em 1979 foi criada a Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão – SEDEL – a primeira do Brasil, com um Departamento de Estudos e Pesquisas; Laércio era assessor especial; eu estava na Coordenação de Esportes, depois passei a assessorar o assessor… Sai em 1981 – voltei para a Secretaria de Educação, mas continuei prestando ‘consultoria’ – isto é, trabalhando sem receber… Logo em 1980 a I Conferencia Latino-americana de Informação e Documentação Esportiva – a segunda seria em São Luís, em 1981… O Laércio foi um dos representantes do Brasil – fez uma exposição sobre o CBCE e sobre o CEDEFEL-MA – ai que ele passou a existir… Foi ‘inventado’ para esse encontro, na Colômbia42 O problema seguinte – a SEDEL-MA, e o CEDEFEL-MA, junto com a UFMA, UEMA, e CEFET-MA = hoje IF-MA - seriam os responsáveis pela organização do evento – seja, Laércio e eu… Mas… Não tínhamos pesquisas… Passamos a incentivar alguns professores a produzirem alguma coisa para apresentar no ano seguinte… Foi o inicio da pesquisa em Educação Física e Esportes no Maranhão43… Para atacar o problema da dispersão da Informação em Ciências do Esporte foi desencadeado um trabalho de indexação de artigos de revistas no início da década de 80 que serviu de base para a implantação de um Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Esportes e Lazer - CEDEFEL. As ações do CEDEFEL estavam voltadas para um processo de criação de um modelo de "Centro Referencial" informação sobre a informação - com o objetivo de recuperar e organizar as informações básicas em Educação Física, Esportes e Lazer e efetivar a comunicação entre especialistas (VAZ, PEREIRA, 1992) 44. Criamos – Laércio e eu – um Centro de Estudos45 que funcionou em uma pasta de papelão que tínhamos, e era itinerante – funcionava onde estávamos – em minha casa, na casa dele, na SEDEL, na ETFM, na UFMA, na UEMA. Locais onde trabalhávamos – era um “centro virtual”, pois só existia em nossa mente – dai considerar como a base do CEV46. Laércio jamais abandonou a ideia e a aprofundou… Mas fizemos acontecer… 40

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. 30 ANOS DO I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES (19 a 2011-1987 - Brasil. Campinas – SP) – 27/11/2017 /CONSTRUÇÃO DE UM TESAURUS EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES. Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Escola Técnica Federal do Maranhão 41 SILVA, Maria Stella Vercesi. Adaptação da Classificação Decimal de Dewey para Educação Física. REVISTA PAULISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 3 (4): 43-49, jun. 1989. 42 I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 43 “DECLARACION DE MEDELLIN...”, em seu Acuerdo 2, decide-se pela realização dos próximo eventos: 1981 II conferencia en SAN Luis, Maranhão, Brasil; 1982 III Conferencia em BUENOS AIRES, Argentina; 1983 IV Conferencia en CARACAS, Venezuela. (p. 255 (in. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS.. 44 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. PEREIRA, Laércio Elias. ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DO ESPORTE: A EXPERIÊNCIA DO CEDEFEL-MA. Tema livre apresentado no XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CI ÊNCIAS DO ESPORTE, São Caetano do Sul, outubro de 1992 45 VAZ, PEREIRA, 1992, citado 46 PEREIRA, Laércio Elias. CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL: Um Recurso de Informação em Educação Física e Esportes na Internet. Tese apresentada a Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas como requisito para a obtenção do titulo de Doutor em Educação Física, área de Educação Motora, por Laércio Elias Pereira, Orientador Prof. Dr. Joao Batista


A ideia surgiu da necessidade. Laércio foi para um congresso internacional de documentação esportiva acontecido na Colômbia – Medelín47; por conta disso, o 2º viria para o Brasil – Maranhão… Nunca aconteceu… Como não sei se aconteceram os demais conforme programado…48. Mas o Heiz Guiberhienz do Convenio Colômbia-Alemanha (veio, junto com o Ulrich Jonathan – técnico da seleção olímpica de atletismo da Alemanha; viveu alguns anos da Argentina…) …chegaram a vir ao Maranhão para tratar desse assunto e vendo o trabalho de ‘organização da informação’ que fazíamos, propôs outros convênios… (1980)49. O CEDEFEL-MA – Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Esportes e Lazer do Maranhão, integrado pelas UFMA e SEDEL (Laércio) e ETFM e UEMA (eu) teve uma importante e vasta produção científica… cinco trabalhos apresentados naquele I Encontro de Pesquisadores50; depois, dois trabalhos na SBPC, e mais dois trabalhos apresentados nos encontros do CELAFICS, além de alguns CONBRACEs… tudo virtual, de dentro daquela pastinha51...

Andreotti Gomes Tojal, Campinas, 1998. Disponível em http://cev.org.br/biblioteca/centro-esportivo-virtual-umrecursoinformacao-educacao-fisica-esportes-internet/ 47 ). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 48 “DECLARACION DE MEDELLIN...”, em seu Acuerdo 2, decide-se pela realização dos próximo eventos: 1981 II conferencia en SAN Luis, Maranhão, Brasil; 1982 III Conferencia em BUENOS AIRES, Argentina; 1983 IV Conferencia en CARACAS, Venezuela. (p. 255 (in. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 49 Dos acordos – 1981 – II Conferencia en São Luis –Maranhão – Brasil!!!! I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO DESPORTIVA NA AMERICA LATINA; Literatura Desportiva latino-americana; Declaração de Medellín. EDUCACIO FISICA Y DEPORTE – n.2, ano 2, maio 1980 – Órgão oficial do Instituto de Ciências do Desporto – Universidade de Antioquia – Convenio Colombia-Alemanha; 50 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio & PEREIRA, Laércio Elias. Coleta de bibliografia para processamento por computador. ENCONTRO DE PESQUISADORES DA UEMA, I, São Luís, 1986. ANAIS... São Luís, 1986. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio & PEREIRA, Laércio Elias & Outros. Indexação: em busca da construção de um thesaurus em Ciências do Esporte. ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, I, São Luís, 1990. ANAIS... São Luís, 1990. PEREIRA, Laércio Elias; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio, e Outros. Organização da Informação em Ciências do Esporte veiculada em periódicos de língua portuguesa. ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, I, São Luís, 1990. ANAIS...São Luís: UFMA, 1990. PEREIRA, Laércio Elias; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; REIS, Lúcia; ANDRADE FILHO, Santiago Sinésio; PEREIRA NETO, Francisco Dias. Organização da informação em ciências do esporte veiculada em periódicos de língua portuguesa. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, 1., 1990, São Luís. Anais… São Luís: EDUFMA, 1990. v.1, p. 49. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias; REIS, Lúcia. Indexação: em busca da construção de um tesauro em ciências do esporte. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, 1., 1990, São Luís. Anais… São Luís: EDUFMA, 1990. v.1, p. 50. 51 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. PEREIRA, Laércio Elias. ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DO ESPORTE: A EXPERIÊNCIA DO CEDEFEL-MA. Tema livre apresentado no XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CI ÊNCIAS DO ESPORTE, São Caetano do Sul, outubro de 1992 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Memórias da Documentação Esportiva No/do Brasil. In CEV/BIBLIOTECONOMIA E CIENCIA DA INFORMAÇÃO EM EF & ESPORTES; 06/05/2016, disponível em http://cev.org.br/comunidade/biblioteca/debate/arquivo/tema/tesauro VAZ, L. G. D. ; ANDRADE FILHO, S. S. ; FERREIRA NETO, F. D. Implantação da Informática no CEFET-MA. Seminario De Informatização Da UEMA, I, 1991. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Da 45ª Reunião Anual Da SBPC, Recife, 11 a 16 de julho de 1993, Vol. 1 p. 394, A.11 Motricidade Humana e Esportes, 6- A. 11 (Resumo). VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Belém – Pará, 06 a 10 de setembro de 1993, Universidade Federal do Pará, p. 136 (Resumo) VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Produção do conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro. JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFMA, III, São Luis, 05 a 08 de dezembro de 1995. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Produção do conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro in REVISTA MOVIMENTO HUMANO 7 SOCIEDADE, n. 5, ano II, Edição Especial. ANAIS…, p. 14-21 PEREIRA, L. E. ; VAZ, L. G. D. . Centro Esportivo Virtual – CEV. In: Lamartine Pereira da Costa. (Org.). ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. 1 ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005, v. 1, p. 769-770. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CONSTRUÇÃO DE UM TESAURUS EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES. IN I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES De 19 a 20-11-1987 - Brasil. Campinas - SP


Começamos a elaborar a indexação de periódicos especializados – o primeiro saiu da minha coleção da Revista Brasileira de Educação Física, editado pela SEED/MEC e feito pelo Laércio, publicado pelo MEC/SEED; depois comecei a adquirir a coleção da Stadium, um ano por mês, e a indexar – fizemos 23 anos da revista… (PEREIRA, 1983) 52. Por fim, junto com o pessoal da ETFM (VAZ, ANDRADE FILHO, FERREIRA NETO, 1991) 53, criamos um banco de dados, utilizando (dinossauro) DBase, depois o DBase III, e utilizando Clipper e DBase III Plus; o LTI da EB-UFMG – Luizinho – ajudou muito na fase final, com os programas e as ferramentas computacionais (VAZ, PEREIRA; LOUREIRO, 1993) 54; lembro que a Escola de Engenharia da UFMG tinha acesso, já, à Internet; fizemos nossos endereços e começamos a utilizá-la; depois já era possível o acesso através do LTI-EB e por fim, da EEF/SIBRADID55… Chegamos a ter 5.013 artigos indexados, de 13 revistas dedicadas em português/Brasil… ( VAZ, PEREIRA, 1993, a, b)56.

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PEREIRA, Laércio Elias. INDICE DA REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS. Brasília : SEED/MEC, 1983 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Stadium. São Luis: SEDEL, 1984 (Edição em microficha). A “Stadium”, da Argentina, cujo índice foi publicado no formato de microficha, e distribuído através de um ‘clube de microficha’ inventado pelo Prof. Laércio Elias Pereira e distribuída a edição por todo o Brasil, aos “assinantes”; VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Corpo & Movimento. São Luis: UEMA, 1987 (inedito); VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Desportos & Lazer. São Luis: UEMA, 1987 (inédito); VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Comunidade Esportiva. São Luis: UEMA, 1987 (inédita); VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Índice da Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Revista Brasileira De Ciencias Do Esporte 10 (1): 33-45, set. 1988. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Handebol – Bibliografia básica. Encontro De Treinadores De Handebol, I, Campinas, 1988. ANAIS..., Campinas, 1988. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Kinesis. Santa Maria: UFSM, 1990. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Natação – Bibliografia Básica. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 1 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Natação – Bibliografia. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 2 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Psicologia aplicada ao esporte. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 3 Seguiram-se as indexações dos seguintes periódicos: ‘Arquivos’ da Escola Nacional de Educação Física (1992); ‘Boletim da FIEP’ (1992); ‘Artus’ (1992); ‘Homo Sportivus’ (1992); ‘Motrivivencia’ (1993), e o vol 4 dos “Cadernos Viva Água”, sobre Natação para Crianças, com a produção de Stephen Langersdorff (1994). 53 VAZ, L. G. D. ; ANDRADE FILHO, S. S. ; FERREIRA NETO, F. D. Implantação da Informática no CEFET-MA. SEMINARIO DE INFORMATIZAÇÃO DA UEMA, I, 1991. 54 VAZ, L. G. D. ; PEREIRA, L. E. ; LOUREIRO, Luis Henrique. Protocolo De Indexação De Periódicos Dedicados A Educaçao Fisica, Esportes E Lazer Em Lingua Portuguesa. 1993. Software sem registro de patente. 55 SIBRADID - O Sistema Brasileiro de Documentação e Informação Desportiva - SIBRADID é uma rede de informações cuja unidade central, está sediada na Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG. A parceria com Instituições de ensino superior e de pesquisa (denominados Centros Cooperantes) é realizada através da assinatura de convênios de cooperação técnica. O objetivo da unidade central é prestar serviços e fornecer produtos de informação em Ciências do Esporte, Educação Física e áreas afins à comunidade e aos demais setores da sociedade, promovendo e disseminando o uso das informações contidas nas bases de dados do Sistema, possibilitando a prestação de serviços de acesso a documentos através da Comutação Bibliográfica (Biblioteca da EEFFTO). O principal serviço do Sistema é disponibilizar, através da Internet, a seguinte base de dados: SIBRA - Base de Dados Bibliográficos Nacional – que contém referências bibliográficas da produção científica nacional (monografias, artigos de periódicos, capítulos de livros, anais de congressos, dissertações e teses). https://www.bu.ufmg.br/bu/index.php/base-de-dados/sibradid Oficialmente o SIBRADID teve as suas atividades encerradas no dia 5 de dezembro de 2011, conforme ata da congregação da EEFFTO. PEREIRA, Laércio Elias. O Sibradid Encerrou Suas Atividades em Dezembro de 2011. CEV/ Biblioteconomia e Ciência da Informação em EF & Esportes, 04/05/2014, http://cev.org.br/comunidade/biblioteca/debate/o-sibradidencerrou-suasatividades-dezembro-2011/ 56 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Da 45ª REUNIÃO ANUAL DA SBPC, Recife, 11 a 16 de julho de 1993, Vol. 1 p. 394, A.11 Motricidade Humana e Esportes, 6- A. 11 (Resumo). VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Belém – Pará, 06 a 10 de setembro de 1993, Universidade Federal do Pará, p. 136 (Resumo)


O principal problema era o resgate da informação; dai termos desenvolvido empiricamente, um tesauro 57 – somente eu dominava, pois era o responsável pela catilografia(gração) (hoje, seria digitação); começamos com aquelas fichinhas de referência bibliográfica, que se aprende nos cursos de iniciação a pesquisa, depois passamos a utilizar um COBRA 286 – o máximo da tecnologia da época; e poderia haver consulta on line via MANDIC – quem lembra? era pré-internet, só depois (final de 92) havia acesso via internet…. Para os primeiros trabalhos de indexação foi criada uma “ficha de Coleta de Bibliografia” a partir do modelo e das sugestões oferecidas pela Sra. Ofélia Sepúlveda, documentalista do BIREME58. Os artigos eram indexados59 com ate cinco palavras-chave, que poderiam ser recuperadas, remetendo ao artigo; e por autores: – CORRIDAS – VELOCIDADE – TREINAMENTO – TECNICA – numa ordem hierárquica, da mais ampla para a mais especifica – recuperável por qualquer uma das – FUNDAMENTOS – PASSES – PASSE DE PEITO – TREINAMENTO – METODOLOGIA DE ENSINO – JOGOS PRE-DESPORTIVOS – JOGOS COM BOLA – MINI-HANDEBOL Desde o início o trabalho sofreu a dificuldade da inexistência de um tesauro 60 que servisse de repertório para obtenção de palavras-chave essenciais à indexação. Construiu-se um glossário a partir da listagem acumulada em 20 anos de experiência da Escola de Educação Física da USP pela documentalista Maria Stella Vercesi da Silva61, que recebeu modificações por parte dos dois autores, já que a “Terminologia aplicada à Educação Física ”62 de Tubino (1985)63, que se mostrou insuficiente. 57

BARRETO, Aldo. UM TESAURO CONSTRUIDO COM PALAVRAS. In VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CEV/BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO EM EF & ESPORTES; 13/09/2010, disponível em http://cev.org.br/comunidade/biblioteca/debate/um tesouro-construido-palavras/ O Thesaurus de Roget teve grande sucesso de público nos países de língua inglesa e foi também traduzido para diversas línguas. A palavra thesaurus etimologicamente significa tesouro tendo sido usado durante muitos séculos para designar um léxico, ou um tesouro de palavras. Esta palavra popularizou-se a partir da publicação do Thesaurus of English Words and Phrases, de Peter Mark Roget, em Londres, 1852. O subtítulo de seu dicionário expressa bem o objetivo: classsified and arranged so as to facilitate the expression of ideas and to assist in literary composition (Roget, 1925) O sentido actual da palavra remete a um catálogo classificado de palavras, reunindo-as pela ordem alfabética, de acordo com as “ideias que exprimem: conceitos abstractos, espaço, matéria, intelecto, vontade e afeição. O Thesaurus de Roget expressa bem o que o autor pretendia com sua obra: classificar e ordenar para facilitar a expressão de ideias e auxiliar na narrativa. A questão é colocada da seguinte forma:um catálogo de palavras mostrando significados análogos vai sugerir, por associação, outras imagens de pensamento. Na adaptação da obra de Roget para o francês o seu título ficou Dictionnaire idéologique: recueil des mots, des phrases, des idiotismes et des proverbes de la langue française classés selon l’ordre des idées. Assim nos países de língua latina os thesaurus e dicionários analógicos são também conhecidos como dicionários ideológicos no sentido de aumentação de ‘ideias’. O Thesaurus de Roget é um peça importante na história da informação e sua técnicas e pode ser visto ou baixado integralmente no site: Roget’s Thesaurus of English Words and Phrases. http://www.gutenberg.org/files/10681/10681-h-body- pos.htm 58 BIREME – Centro Latino americano e do Caribe de Infortmação em Ciências da Saúde, é um Centro Especializado da Organização Pan Americana de Saúde - OPAS, estabelecido no Brasil desde 1967, em colaboração com Ministério de Saúde, Ministério da Educação, Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e Universidade Federal de São Paulo. In http://www.bireme.br/local/Site/bireme/homepage.htm) 59 A indexação é a operação que consiste em descrever e caracterizar um documento com o auxilio de representações dos conceitos contidos nesses documentos, isto é, em transcrever para linguagem documental os conceitos depois de terem sido extraídos dos documentos por meio de uma análise dos mesmos. A indexação permite uma pesquisa eficaz das informações contidas no acervo documental (in http://joaquim_ribeiro.web.simplesnet.pt/Arquivo/pdf/class_index_pdf.pdf) . 60 O tesauro tem sido considerado como uma linguagem de indexação. Isto é verdade, quando ele está em uso num serviço de recuperação de informação, e destinado ao uso para o qual é desenvolvido, com regras para sua utilização. (in GOMES, Hagar Espanha; CAMPOS, Maria Luiza de Almeida. Tesauro e normalização terminológica: o termo como base para intercâmbio de informações. DATAGRAMAZERO - Revista de Ciência da Informação - v.5 n.6 dez/04, disponível em http://www.dgzero.org/dez04/Art_02.htm) 61 SILVA, Maria Stella Vercesi. Adaptação da Classificação Decimal de Dewey para Educação Física. Revista Paulista De Educação Física, 3 (4): 43-49, jun. 1989 62 Terminologia, em sentido amplo, refere-se simplesmente ao uso e estudo de termos, ou seja, especificar as palavras simples e compostas que são geralmente usadas em contextos específicos. Terminologia também se refere a uma disciplina mais formal que estuda sistematicamente a rotulação e a designação de conceitos particulares a um ou vários assuntos ou campos de atividade humana, por meio de pesquisa e análise dos termos em contexto, com a finalidade de documentar e promover seu uso correto. Este estudo pode ser limitado a uma língua ou pode cobrir mais de uma língua ao mesmo tempo


Silva (1989), em seu estudo, refere-se a trabalho anterior também desenvolvido na USP, com a extensão da classe 796 da CDD, já insuficiente para atender a uma biblioteca específica. Essa extensão foi apresentada por Irene Meneses Dória, durante o I Congresso Paulista de Educação Física, realizado no ano de 194064, aplicada na Biblioteca do Departamento de Educação Física e Esportes. Durante 15 anos essa extensão atendeu às necessidades de classificação de livros da Biblioteca da EEF/USP: “Há algum tempo, com o acumulo de novos documentos ficou patente o desdobramento de itens que estavam defasados na área de Educação Física e Recreação. Este fato levou-me a idealizar uma nova ampliação, em colaboração com Olga S. Martucci65, que atendesse à demanda atual. Essa ampliação das classes 790 e 796 é divulgada com o intuito de auxiliar os bibliotecários que atuam na área de Educação Física e Esportes (p. 43) “[...] O Índice de Assuntos, inicialmente foi adotado o ‘Sears listo f subject headings’ (Frick, 59 e Westby, 72)66 que foi idealizado para auxiliar as bibliotecárias e unificar os assuntos nas Bibliotecas, mas a convivência na área fez sentir a necessidade de inúmeras adaptações para atender o interesse do usuário. Criou-se um Thesaurus, vocabulário específico de uma área do conhecimento, apropriado para Educação Física e Esportes, que poderá ser solicitado à Biblioteca da Escola de Educação Física da Universidade, pelos interessados”. (p. 45). (grifos nossos). Iniciou-se então um cotejamento67, primeiro com o tesauro da EEFUSP, e, depois com o “Thesaurus em Ciências do Esporte” da UNESCO, o da IASI68, e outros69, dos quais tomaram conhecimento a partir daquela participação do Prof. Dr. Laércio Elias Pereira na “I Conferencia sobre Documentacion e Informacion Deportiva em Latinoamerica”. Lá, se discutiram problemas relacionados com a “Terminologia deportiva” 70, e foi apresentado um “Informe sobre La X reunión internacional de la comisión ‘Thesaurus’ de la I.A.S.I. - 11 a 17 de nov., 79. Macolin (Suiza)71: “El Thesaurus del deporte em lengua alemana – proyecto de investigacion a cargo de W. Kneyer – BISP (Colônia); “Control por computadora del Thesaurus

(terminologia multilíngüe, bilíngüe, trilíngüe etc.). (in BARROS, L. A. Curso Básico De Terminologia. 2002. KRIEGER, Maria da Graça; FINATTO, Maria José B. Introdução À Terminologia. São Paulo: Contexto, 2004). 63 TUBINO, Manoel José Gomes. Terminologia Aplicada Á Educação Física. São Paulo: IBRASA, 1985. 64 DORIA, Irene Meneses. Sugestões para uma classificação decimal de educação física e esporte. In Congresso Paulista De Educação Física, 1, São Paulo, 1940. ANAIS. São Paulo, 1942, p. 243-6. 65 Bibliotecário Supervisor de Seção do SSD da EEFUSP 66 FRICK, B. M. Sears List F Subject Headings. 8. ed. New York, H. W. Wilson, 1959; WESTBY, B. M. Sears List F Subject Headings. 10a. ed. New York, H. W. Wilson, 1972, citados por SILVA, 1989. 67 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Organização da Informação em Ciências do Esporte - a experiência do CEDEFEL-MA. In: Encontro De Bibliotecários Do Estado Do Maranhão, 8, 1991, São Luis - MA. Anais - APBEM. São Luís: CRB-13, 1991. V. 1; VAZ, L. G. D. ; PEREIRA, L. E.; LOUREIRO, Luis Henrique. Protocolo De Indexação De Periódicos Dedicados A Educação Física, Esportes E Lazer Em Língua Portuguesa. 1993. (Software sem registro de patente). 68 INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR SPORTS INFORMATION. World Index Of Sportperiodicals. Holanda: IASI, 1984. 69 BUNDSINSTITUT FÜR SPORTWISSENCHAFT KLN. Literatur der Sportwissenchaft. Sportdokumentation 1/78. COMITE DE INFORMACION Y DOCUMENTACION DEPORTIVA DE LATINO AMERICA. Declaracion de Medellín sobre información y documentación deportiva en Latinoamérica. Educación Física Y Deporte 2 (2): 39-43, maio de 1980. GARCIA ZAPATA, Francisco; MAIER, Jorge; MEDINA, Baltazar; SONNESCHEIN, Werner.. Bibliografia Deportiva: Artículos De Revistas. Medellín: Universidad de Antioquia, 1979. Serie Bibliografia 2; SONNESCHEIN, Werner. Literatura deportiva em latinoam,erica. Educacion Física Y Deporte 2 (2): 29-37, maio 1980. BRASIL, Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução Ao Sistema Minisis. Belo Horizonte: EEF/UFMG, 1989 (Mimeo). GASPAR, Anaiza Caminha. Biblioteca. Curso De Atualização Em Documentação E Ciência Da Informação. São Luis: UFMA; Brasília: Associação dos Arquivistas Brasileiros, 1989 (Mimeo). GOMES, Hagar Espanha (Coord.). Manual De Elaboração De Tesauros Monolíngües. Brasília: Programa nacional de Bibliotecas de Instituições de Ensino Superior, 1990. 70 SCHWARZ, Erika. Terminologia deportiva. Características y problemas en el área de habla española. in. MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 81-93. 71 SCHWARZ, Erika; ROMERO, Daniel. Informe sobre La X reunión internacional de La comisión ‘Thesaurus’ de La I.A.S.I. - 11 A 17 DE NOV., 79. Macolin (Suiza). In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 97-100


Basico y de Facetas terminadas em IBM-Viena”; e “Solicitud de financiacion del proyecto ‘Thesaurus multilíngüe’ por El CIEPS-UNESCO” (p. 97-98). Ainda, daquele informe, foi apresentado o programa de trabalho para o biênio 1980-1981 (item 2) dos aspectos e resultados mais importantes da 10ª Reunião da Comissão “Thesaurus”: elaboração e aprovação da estrutura básica (Thesaurus Básico) do Thesaurus e suas partes e facetas, as normas para confecção das distintas facetas (já em fase de conclusão); e o inicio de uma segunda fase, cujos aspectos fundamentais seriam terminar o Tesauro do esporte em língua alemã; e traduzir o Tesauro alemão a outros idiomas. O Item (3) referia-se ao “Tesauro do esporte em língua alemã, projeto de pesquisa a cargo de Kneyer, em colaboração com o Instituto Federal de Ciências do Esporte/Colônia”; e o item (4) “Generacion y control em computadora del Thesaurus Básico, a ser desenvolvido pela IBM-Viena sob a direção de Lang”. Ouvia-se falar, no âmbito das Ciências do Esporte no Brasil, de “Thesaurus”. Estava lançada a semente... Assim, descobrimos depois, poderia vir a ser um tesauro – cheguei a apresentar um trabalho na UFMG sobre isso…; tomamos conhecimento da IASI; depois, do trabalho de uma bibliotecária da USP, o que levou o Laércio para a UFMG – estava-se implantado o SIBRADID -; e depois, eu, para o Curso de Mestrado em Ciência da Informação…(VAZ, 2009, a, b)72. Ainda tenho esse material, em disquete de 8! (quem lembra?) e depois em cinco de 3 1/2! O máximo da tecnologia – caros…; perdi o arquivo, junto com um com-puta-dor que tinha – um 286! Perdi na mudança de tecnologia, para um 386!!! E nunca mais vi quando fui para um 486… Mas ainda guardo os artigos em casa, brigando com o mofo e as traças e cupins… Tenho alguns dos índices em papel… Depois, vi trabalho semelhante sendo apresentado pelo Victor Melo (1998, a, b)73 Estava-se reinventando a roda… Quem manda trabalhar na periferia? (Maranhão…) Agora, quase 38 anos depois – começamos em 1979!!! Voltamos a ouvir falar em tesauro em educação física…

Sobre a Conferencia de Medellin – foi de 4 a 7 de fevereiro de 1980. Lá foram representados vários centros: Espanha – INEF; Paulo Medina – Centro de Documentação e Informação do ISEFL (1971/72) (Portugal?); Juan Angel Maañon – a informação e documentação esportiva na Argentina; Jesus Diaz Zurita – idem, Venezuela; Eduardo Garraez – idem, México; Alberto Pereja Castro – Centro de documentação e informação desportiva do Instituto de Ciências do Esporte – Colômbia Do/pelo Brasil: Laércio Elias Pereira – O CBCE – inicia em 1968: olimpíada escolar Tijucurru Clube – São Caetano; 1972 I Simpósio de esporte escolar; CELAFISCS; 1977 Congresso Brasileiro de Medicina Desportiva; os professores de educação física não poderiam se filiar à Federação Brasileira de Medicina Desportiva – surge

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VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. DEPOIMENTO. In CEV/BIBLIOTECONOMIA E CIENCIA DA INFORMAÇÃO EM EF & ESPORTES. 03/08/2009, DISPONÍVEL EM HTTP://CEV.ORG.BR/COMUNIDADE/BIBLIOTECA/DEBATE/DEPOIMENTO-1/ VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. PIONEIRISMO. In CEV/BIBLIOTECONOMIA E CIENCIA DA INFORMAÇÃO EM EF & ESPORTES. 03/08/2009, DISPONÍVEL EM HTTP://CEV.ORG.BR/COMUNIDADE/BIBLIOTECA/DEBATE/PIONEIRISMO/ 73 GENOVEZ, PATRICIA DE FALCO, MELO, VICTOR ANDRADE DE. Bibliografía brasileña sobre Historia de la Educación Física y del Deporte. LECTURAS: EDUCACION FÍSICA Y DEPORTES, Buenos Aires, ano 2, n.10, 1998 PAIVA, Fernanda Simone Lopes de; GOELLNER, Silvana Vilodre; MELO, Vitor Andrade de. Revista Brasileira de Ciência do Esporte – Bibliografia e perfil. RBCE, número especial, 20 anos CBCE, setembro 1998. PAIVA, Fernanda Simone Lopes de; GOELLNER, Silvana Vilodre; MELO, Vitor Andrade de. Revista Brasileira de Ciência do Esporte – Bibliografia e perfil. LECTURAS: EDUCACION FÍSICA Y DEPORTES, Buenos Aires, Año 3. Nº 11. Buenos Aires, Octubre 1998, http://www.efdeportes.com/


a idéia do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte – VI Simpósio de esporte escolar 1978 e criado o CBCE74 – Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Desportos e Recreação do Maranhão – CEDEFEL75 – Documentação e Informação do esporte no Brasil –CEDIME (Porto Alegre) – Inicia em 1974 – CEDIME – Centro de Documentação e Informação em medicina desportiva – Porto Alegre – DeRose, Henrique76 – Situação atual da documentação em ciências do desporto no Brasil77: (Bibliotecaria-chefe da EEF-UGMG) – ate cinco anos atrás, produção, coleta, organização e difusão da informação bibliográfica em ciência do desporto era desconhecida (1975) – Documentação para ciência do desporto – um problema brasileiro; – artigo Suplemento Apoio do Boletim Informativo da Escola de Educação Física da UFMG (ano 1, n. 3)78. Ha uma Declaração de Medellín79 sobre a informação e documentação desportiva na América Latina. Assinam-na, pelo Brasil: Laércio Elias Pereira (SEDEL-MA) e Manfred Loecken (SEED/MEC) -. adido cultural da Alemanha que prestava consultoria à SEED/MEC na época

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PEREIRA, Laércio Elias. O Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... P. 191-193. PEREIRA, Laércio Elias. Centro de estúdios y documentacion em Educacion Física, Deportes y Recreacion de Maranhão. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 197-198. SINDERMANN, Renate V. H. Documentacion e Informacion Del Deporte em El Brasil. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 169-173 BASTOS M., Maria Licia; LOECKEN, Manfred. Situação atual da documentação em ciência do desporto no Brasil. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 177-182 BASTOS M., Maria Licia. Documentação para ciência do desporto – um problema brasileiro. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 185-187; MARQUES, Maria Lícia Bastos. Situação atual da informação desportiva na America Latina. Revista Brasileira De Ciências Do Esporte, 11(2): 123, jan. 1990. “DECLARACION DE MEDELLIN...”, (in. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS...


FONTE: REVISTA DESPORTOS 7 LAZER, ano 1, numero III, abril/junho 1981


FONTE: REVISTA DESPORTOS 7 LAZER, ano 1, numero III, abril/junho 1981


O CEDEFEL foi o organizador do CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DOS ESPORTES – REGIÃO NORTE/NORDESTE80, que ocorreu em 1980:

Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte Região NorteNordeste De 10-09-1980 até 13-09-1980 Brasil. São Luís -MA

Programa

Organização: Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Esportes e Lazer - CEDEFEL Colaboração: SEDEL, UFMA, ETFM, FMTVE, SEED-MEC APRESENTAÇÃO

Ao conquistar uma linha prioritária para a Educação Física, Esportes e Lazer para a Região Nordeste, os profissionais das Ciências das Atividades Físicas desencadearam um processo de valorização do seu trabalho junto ao Ministério de Educação. Foi dado o primeiro passo para que os educadores que utilizam a atividade física e conhecem a região comecem a participar efetivamente das ações que lhes dizem respeito. O Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte - Norte/Nordeste, do qual apresentamos aqui os resumos dos trabalhos, é um encontro de pessoas que, utilizando o esporte como meio, acreditam poder contribuir para a valorização do homem dentro de um contexto educacional em que educador e educando estejam cada vez menos em conflito e sempre com os pés e espíritos fincados na realidade. COMISSÃO ORGANIZADORA CONGRESSO N/NE 80 COMISSÃO DE HONRA GOVERNADOR DO ESTADO DO MARANHÃO João Castelo Ribeiro Gonçalves REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO José Maria Cabral Marques PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DO MARANHÃO Francisco Sousa Bastos Freitas SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS DO MEC Péricles Cavalcanti SECRETÁRIO DE DESPORTOS E LAZER DO MARANHÃO Elir Jesus Gomes SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO MARANHÃO Antonio Carlos Beckman DIRETOR DA ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DO MARANHÃO Ronald da Silva Carvalho PRESIDENTE DO COLÉGIO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE Victor Matsudo 80

http://cev.org.br/eventos/congresso-brasileiro-ciencias-esporte-regiao-norte-nordeste


COMISSÃO ORGANIZADORA Laércio Elias Pereira Lino Castellani Filho Nádia Eclélila Costa Pereira SECRETARIA GERAL Sandra Regina Moreno Castellani COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA COORDENADOR José Alberto Campos SUB COORDENAÇÃO DE FINANÇAS José Ribamar Baldez Goiabeira COMISSÃO DE RECEPÇÃO E CERIMONIAL Maria de Fátima Campos Costa Maria Nazareth Cardoso Saldanha Maria do Socorro Araújo PROMOÇÃO E DIVULGAÇÃO Isidoro Cruz Neto Jorelza Mantovani Pascoal Bernardo Neto PROGRAMAÇÃO SÓCIO-CULTURAL Maria de Fátima Barbosa Frota Dulce Maria Colares Moreira de Souza Terezinha de Jesus Barros da Silva Maria de Nazaré Jansen Cursos Paralelos COORDENADORA Nádia Eclélia Costa Pereira SECRETARIA GERAL John Herbertt Araújo Teixeira José Alberto Campos Maria de Fátima Moreira Lima Maria Irene Araujo Morais CURSO: Sociologia dos Esportes PROFESSORAS: Maria Izabel de Sousa Lopes e Maria Helena Basile SUPERVISOR DA SEED/MEC: Jorge Rodrigues Muniz COORDENADOR: Laércio Elias Pereira SECRETÁRIO: José Alberto Campos CURSO: Recreação e Lazer PROFESSOR: Mauricio Roberto da Silva COORDENADORES: Manoel Trajano Dantas Neto e Ricardo Moisés SECRETÁRIA: Sheila Maria Meira Martins CURSO: Planejamento em Educação Física e Esportes PROFESSORAS: Glauce Ruiz e Ilma Castro Alencastro Veiga COORDENADORA: Ivone Reis Nunes SECRETÁRIIO: Luis Antonio Seba Salomão CURSO: Fisiologia do Esporte PROFESSOR: Claudio Gil Soares Araujo COORDENADORA: Nádia Eclélia Costa Pereira SECRETÁRIA: Maria de Fátima Moreira Lima CURSO: Crescimento e Atividade Física PROFESSOR: Victor Matsudo SUPERVISOR DA SEED/MEC: Jorge Rodrigues Muniz SECRETÁRIO: José Alberto Campos COORDENADOR DO CONGRESSO Lino Castellani Filho SECRETÁRIA Creuza de Moraes Pacheco Sandra Regina Moreno Castellani COMISSÃO CIENTÍFICA Sidney Forghieri Zimbres


CORREIO CIENTÍFICO Concceição Silvane Rodrigues Sá AUDIOVISUAL Arindo de Jesus Azevedo Joaquim Henrique Cortez PUBLICAÇÃO Cristóvam de Lima Araújo HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO Demosthenes Mantovani TRANSPORTE Benedito Ubaldo Araujo Morais MECANOGRAFIA Josemar Pinto Pereira

Programa 10.9.80 - Quarta-feira 18:30 - Reunião do CBCE 20:00 - Apresentação Folclórica na Fonte do Ribeirão com comidas e bebidas típicas, Bumba-Meu-Boi da Liberdade, Tambor de Criola de Mirina e Tambor de Mina de Jorge Babalaô

11.9.80 - Quinta-Feira 9 às 14 horas - Inscrição e Distribuição de material 16:00 - Abertura Oficial do Congresso 17:00 - Mesa Redonda: O Esporte e as Regiões em Desenvolvimento. Coordenador: José Carlos Sabóia Secretaria: Nádia Eclelia Costa Pereira Relatores: Maria izabel de Souza Lopes Sanclair de Oliveira Lemos Victor Keihan Rodrigues Matsudo 20:00 - Programação social D12.9.80 - Sexta-Feira 14:00 - Painel sobre o Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte 15:00 - Temas Livres - Coordenador Sidney F. Zimbres 15:00 - O problema do auxilio ao desenvolvimento pelo esporte Manfred Loecken (coordenador do Convênio Brasil-Alemanha de Intercâmbio Esportivo 15:20 - Educar para assumir e criar ou para aceitar e repetir. TAFFAREL, C.N.Z. CAVALCANTI, I; MELO, M.T; SENA, S.M.A; BARBOSA, T.L; MAIA, V.;CAVALCANTI, R.A; ALMEIDA, R.S.; SILVA, R.V.S, UCFR(sic) 15:40 - "A Educação Física e o Desporto na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência". LOPES, M.I.S. Núcleo de Estudos em Educação Física e Desporto de São Paulo - SP 16:00 - Pesquisa em andamento. "Ascenção social do negro através do desporto". CRUZ NETO, I. UFMA


16:20 - "Análise dos aspectos de envolvimento política/desportos face aos XXII Jogos Olímpicos". CASTELLANI FILHO, L. UFMA 16:40 - "Prevenção e compensação de debilidades em crianças de 6 a 12 anos através da ginástica escolar". TAFFAREL, C.N.Z (Universidade Catolica Federal de PErnambuco. 20:00 - Mesa-Redonda Opções em esportes e lazer para regiões em desenvolvimento Coordenador: Victor K. R. Matsudo Secretário: Lino Castellani Filho Relatores: Maria Izabel de Souza Lopes Waldir Pagan Peres Person Cândido Mathias da Silva João Bosco Araujo Teixeira 13.9.80 - Sábado 13:00 - Correio científico 14:00 Temas livres Coordenador: Laércio Elias Pereira 14:00 - Assistencia e levantamento médico-biometrico dos escolares de 1º e 2º graus da rede oficial do estado da Bahia". OLIVEIRA, G.N; SANTOS, O.S. e outrod. Seção de pesquisas/DEF 14:20 - Prescrição do trabalho aeróbico levando em consideração somente a distância percorrida no teste. MANTOVANI, D. (UFMA) 14:40 "Volibol infanto-juvenil do Maranhao: características das qualidades físicas, dados antropométricos e aspectos gerais" ZIMBRES, S.F. - Divisão de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão 15:00 - "Pliometria: variação no tipo de impacto mecânico ssalto vertical em universitários de ambos os sexos" Laboratório de Biomecânica da Universidade Federal de Vioçosa - MG 15:20 -Valores de dobras cutâneas em escolares de 7 a 10 anos. MATSUDO, V.K.R; SESSA, M. Laboratório de Aptidão Física de São Caetrano do Sul - SP 15:40 - Interiorização - fundamento para o ensino-aprendizagem esportivo. ESCOBAR, M.O; BUCKHAT, R. Agua Viva Center - Centro Especializado de Natação - Pernambuco 16:30 - Mesa Redonda - Iniciativas institucionais em Educação Física, Esportes e Lazer no Brasil. Coordenador: Antonio José Borges Secretário: Sidney F. Zimbres Relatores: José Pinto Lapa Victor K.R. Matsudo Eliana de Melo Caran Cecy Marlene de Melo 20:30 - Coquetel de Encerramento. INICIO DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E LAZER NO MARANHÃO: "Ascenção social do negro através do desporto". Pesquisa em andamento - CRUZ NETO, I. UFMA "Análise dos aspectos de envolvimento política/desportos face aos XXII Jogos Olímpicos". CASTELLANI FILHO, L. UFMA


Prescrição do trabalho aeróbico levando em consideração somente a distância percorrida no teste. MANTOVANI, D. (UFMA) "Volibol infanto-juvenil do Maranhao: características das qualidades físicas, dados antropométricos e aspectos gerais" ZIMBRES, S.F. - Divisão de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão


A FORMAÇÃO PROFISSIONAL AO TEMPO DA CRIAÇÃO DA SEDEL-MA

A grande dificuldade quando da instalação da SEDEL-MA foi o quadro técnico; poucos professores de educação física com formação superior, alguns dos que aqui atuavam vinham do tempo do Cláudio Vaz, quando ‘importou’ vários de São Paulo, outros, maranhenses, formados ainda na década de 1940, com os convênios com a Escola Nacional de Educação Física, outros, remanescentes das escolas militares, posque que serviram ao Exército e fizeram os cursos de monitoria, equiparados, depois, com a licenciatura; outros, provenientes de cursos emergenciais, aqueles que vinham sendo ministrados pelo DED/MEC, para corrigir algumas falhas, em especial nas regiões que tinham poucos profissionais, ou não havia escola de formação superior. Caso do Maranhão. Na sequencia dos acontecimentos, Elir de Jesus Gomes, então presidindo o CRD81, firmou convenio com a então ETFM – hoje, IF-MA -, para qualificação do seu quadro técnico, tendo em vista a construção de módulos esportivos no interior do Estado: seriam 40 módulos!!! Ainda na década de 1970, ao tempo do Cláudio Vaz, se tentou a criação de uma escola de educação física, na então FESM, hoje UEMA:

O Curso de Educação Física da FESM Em 1974, pela Lei no. 3.489, de 10 de abril82, o Governo do Estado cria a Escola Superior de Educação Física do Estado do Maranhão, com o objetivo (art. 1º) de formar professores e técnicos de Educação Física e Desportos, bem como desenvolver estudos e pesquisas relacionados com a sua área específica de atuação. O curso foi criando com toda a estrutura, com coordenação, área, dotação orçamentária... Mas não foi implantado, porque na mesma época, a Universidade Federal estava implantando o dela e, parece que houve um acordo em que o Estado abriria mão então de abrir o seu curso, para dar oportunidade para que a Universidade Federal abrisse o dela. Sobre esse assunto, Dimas afirma não ter conhecimento: A esse respeito, Laércio Elias Pereira esclarece: "... conversei bastante com o Dimas e Cláudio Vaz sobre a possibilidade de criar um curso de Educação Física no Maranhão. Em setembro do mesmo ano, fui convidado, junto com o Biguá, para apitar os jogos de Handebol dos JEM's. "Voltei em janeiro de 1974, para morar no Maranhão. Resolvemos Cláudio e eu, chamar o Prof. Domingos Salgado para montar o processo de criação do curso de Educação Física na

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O Decreto-Lei nº 3.199, de 14 de abril de 1941 foi um decreto-lei baixado pelo então presidente Getúlio Vargas que estabeleceu as bases de organização dos desportos em todo o Brasil. Foi através deste, por exemplo, que foi criado Conselho Nacional de Desportos. Apesar disso, este decreto-lei tornou-se notório, porém, por limitar as modalidades esportivas . liberadas para as mulheres, dificultando, assim, a prática do desporto feminino no Brasil Este decreto-lei vigorou até 1979 O Conselho Nacional de Desportos - CND foi um órgão administrativo extinto do Brasil em 1993, voltado para os esportes criado pelo Decreto-Lei n. 3.199/41. A Lei 6251/1975 firmava o CND como a última instância no esporte brasileiro. As federações não tinham autonomia para dar a última palavra em questões jurídicas sem o aval do CND. O órgão foi responsável pela regulação e regulamentação de todos os esportes e suas respectivas federações e confederações no Brasil. Após sua extinção nenhum órgão assumiu suas funções. https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Nacional_de_Desportos . 82 Lei no. 3.489, de 10 de abril de 1974. Cria a Escola Superior de Educação Física do Estado do Maranhão e dá outras providências. DIÁRIO OFICIAL, São Luís, Sexta-feira, 10 de maio de 1974, ano LXVII, no. 88, p. 1


Federação das Escolas Superiores [FESM, hoje UEMA], o que aconteceu com o empenho do secretário Magno Bacelar e o Assessor João Carlos, ainda em 19i83. "Fiquei sem emprego e o Heleno Fonseca de Lima batalhou uma bolsa pelo antigo CND. Fui assessor da Secretaria de Educação e, como estava demorando para andar o curso no Estado, tivemos a iniciativa da Profa. Terezinha Rego, do ITA, para montar o curso particular, com os professores que já tínhamos arrastado para o Maranhão. "Simei Bilhio, Rinaldi Maia e Dimas eram da Universidade, depois entrou o Domingos Salgado, que fez o velho trabalho de montagem do curso [da UFMA]. Acho que teve a pressão na inação da Universidade enquanto a FESM e o Pituchinha já tinham saído na frente em criar o curso de Educação Física. "Quando o curso foi criado oficialmente, eu já estava no mestrado." (PEREIRA, Laércio Elias, entrevista). Mais ou menos nesse início - década de 70 -, quando a UFMA ainda estava passando por esses problemas de implantação da parte esportiva, aqui havia um colégio chamado Pituchinha - na parte de 1ª a 4ª série - e ITA - na 5ª a 8ª e segundo grau -, dirigido pela Profa. Terezinha Rego; depois, quando passou para a administração do prof. Márcio, passou a chamar-se MENG e hoje, de propriedade do Deputado Federal Mauro Fecury - um dos partícipes daquela famosa geração de 53 -, chama-se Objetivo, base do UniCEUMA No Ita, foi criado um Curso de Educação Física de licenciatura curta: "esse curso até eles tentaram fazer também mais não foi a frente, já foi quando os paulistas já estavam aqui, em 75,76 por aí, o Sidney seria coordenador, mas era desse aqui, não era o outro [o da FESM] ... esse também não foi para a frente, que também não acho que tivesse condições" (DIMAS, Entrevista). Recorremos ao Prof. Sidney para esclarecer a fundação desse curso de Educação Física do Ita, da professora Terezinha Rêgo: “... nesse tempo, em 77, como a UFMA não queria, não tinha intenção de fazer o curso, o Laércio teve amizade com a professora Terezinha Rego, do ITA, Pituchinha, depois MENG, Objetivo... eu também tomei muita amizade com ela logo que eu cheguei aqui, fui muito bem recebido por ela, lembro da primeira vez que eu fui jantar na casa dela, ela recebia o pessoal de fora... O Laércio convenceu a Terezinha em criar um curso de Educação Física... então ai nós criamos o curso de Educação Física no ITA - Instituto Tecnológico de Aprendizagem -, era Pituchinha, ela mudou a razão social para ITA, ficou a parte do primário com Pituchinha e o 2º grau acho, que essa parte ficou como Instituto Tecnológico de Aprendizagem... Vou contar uma história engraçada, dizem que ela usou o ITA porque é um Santo que tem ai em Ribamar, um famoso Pai de Santo ou um Santo ... Eu também pensei que fosse o ITA de São José dos Campos, mas não tinha nada a ver, era mais ligado à questão religiosa, ela era adepta a um Santo ai em Ribamar, o tal ITA, foi por isso que ela colocou ITA... pai de Santo, eu não entendo dessas coisas ai, um santo como tem orixá sei lá o que tem o ITA ... Tinha um [Pai de] Santo em Ribamar que era ITA, que ela era fã desses [Pai de] santo por isso que ela colocou... Bom, ai nós criamos o curso, quem criou o curso do MENG foi Laércio, Sidney e Lino, nós três sentamos e montamos o currículo do curso, lógico, como a gente fez basicamente em cima do currículo do curso da USP na época ninguém tinha noção de currículo, ninguém tinha lido nenhum livro sequer sobre currículo a coisa foi feita de forma bem empírica; então montamos 83

Laércio, quando foi embora, ele entregou uma cópia dessa Lei ao Entrevistador - Diário Oficial, com a Lei de criação - mas nunca colocado em prática. Nessa época se falava na UEMA da necessidade de se criar um curso de Educação Física; e o Laércio informou que não precisa porque o curso já estava criado - e entregou uma cópia dessa Lei -, sendo levada a cópia para o Reitor na época, e eles ficaram de tomar uma providência. Foi quando se ouviu essa história de pessoas que estavam ainda na UEMA, na época, FESM, de que o curso realmente havia sido criado, mas não tinha sido implantado porque havia um acordo de não se criar o curso no Estado - e que aquele acordo ainda estava valendo - e eles não iam conseguir autorização para mais um Curso de Educação Física, este no âmbito da Universidade Estadual.


um curso que era feito em dois níveis; um nível era para formar um curso de curta duração, no primeiro modulo; e no segundo módulo, o aluno continuava, era curso superior; O curso chegou a ser aprovado no Conselho Estadual de Educação e estava em tramitação para ser aprovado no Conselho Federal de Educação; funcionou, acho que uns dois anos, não me lembro direito exatamente se 2 ou 3 anos, nesse período quase fez o curso aqui do ITA ... Deve ter sido nesse período... Foi 77, eu acho que foram um ano e meio e dois anos; "Os professores nessa época eram: o Domingos Fraga Salgado dava Organização Esportiva; tinha eu, que dava Voleibol, dava Ginástica, como Ginástica tinha 1, 2 e 3; a professora Cecília dava Educação Física Infantil e Ginástica Rítmica, Demóstenes dava Judô e teve uma época que deu Recreação; o Lino dava Recreação, depois foi embora, dava aula de Recreação, dava mais uma outra aula; tinha uma professora, era uma negra ... Dilmar ... dava Estrutura e Funcionamento, professora da UFMA; tinha uma aluna de Medicina, que dava Anatomia; mais ou menos o corpo era esse... Lopes era Atletismo; e a turma era essa...". (ZIMBRES, Sidney. Entrevista). Cláudio Vaz lembra porque se aventou em criar um curso de educação física: "Nós íamos fazer uma Escola de Educação Física particular, já tinha toda a documentação, o professor Salgado deu para mim. Como eu sentia a necessidade de ter professores formados, e os que eu trazia eram poucos em relação a necessidade que nós tínhamos, nós achamos um início para formar a Escola de Educação Física particular. Nós começarmos a trabalhar e deve ter sido isso que chegou lá, nós tínhamos um interesse de fazer uma Escola de Educação Física aqui, eu não posso dizer assim com certeza. Domingos Fraga Salgado, foi quem eu trouxe para criar e Escola de Educação Física, com o Magno Bacelar. Ele que obteve toda documentação, foi quando a UFMA criou, aí parou. Salgado e Laércio participavam ativamente nesse projeto. Eu sei que nós chegamos, avançamos, não foi concretizado, eu sei nós avançamos nesse ponto, o Salgado veio para cá fazer isso, eu trouxe ele para cá. No tempo eu tinha muita liberdade de pagar ... Magno quando queria o serviço, pagava do próprio bolso, não tinha o Wellington e ele me dava um cheque, hoje ele é um homem de porte limitado, na época ele era o mandão, então ele me apoiou demais. Quando o Magno assumiu eu fiquei muito forte na Secretaria." (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista). Dimas refere-se, também, ao curso da Escola Técnica, para formação de técnicos de nível médio, para aproveitar o pessoal antigo para trabalhar. (DIMAS, entrevistas). Dimas refere-se a um convênio entre o CND e a SEDEL, para formação de Técnicos Esportivos, que iriam atuar em 40 Centros Esportivos que iriam ser construídos no interior do Maranhão. Pelo convênio, a ETFM formaria esse pessoal. Quando a Escola conseguiu formar a primeira turma, os prefeitos já haviam pegado parte do dinheiro, mas não construíram os núcleos, as quadras; as pessoas que foram indicadas ou eram sobrinhos, ou filhos, ou parentes do prefeito, quando não indicaram pessoas, ex-atletas aqui de São Luís, e nenhum quis voltar para o interior. Foram absorvidas pela própria SEDEL, pelo Município - onde a maioria já trabalhava -; apenas um voltou para o interior, só um; e dos 40 núcleos, parece que foi liberado verba para quatro ou cinco, mas que não foi construído. O Projeto dos Parques Esportivos do CND Aqui, o Dimas e entrevistador discutem sobre esses equipamentos construídos no interior do Estado, alguns dos quais Dimas participou da inauguração: "mas aí está faltando uma melhor informação sua, os núcleos, a área física foram construídas alguns, eu inclusive nessa época trabalhava na SEDEL, fui na inauguração do de D. Pedro, do de Chapadinha, mas só que os prefeitos além de ficarem com a verba, construíram, mas não deu funcionabilidade, porque o MEC dava dinheiro para construir..."


O entrevistador esclarece a questão, informando que os recursos eram do antigo CND, não eram do MEC; esse dinheiro que a que Dimas se refere - da construção desses núcleos - já era recurso do MEC, de outra verba, também em convênio com a SEDEL; por exemplo, o "Barjonas Lobão", em Imperatriz - que é um núcleo de esportes - foi construído com recursos do MEC, em 1979/80; mas não com esse do CND - é bem anterior. Havia dois órgãos, o CND - com o projeto desses núcleos esportivos - que o Pelé, depois tentou fazer -, e havia o do MEC, que era para a construção de complexos esportivos. Ao que parece, foram construídos cerca de 15 complexos esportivos com dinheiro do MEC; em Imperatriz tem um, porque o entrevistador foi quem fez o projeto de Imperatriz, ainda na intervenção de Antônio Baima, quando trabalhava naquela cidade. Mas os recursos do CND - já na administração do Sr. Elir Jesus Gomes, na SEDEL - o dinheiro chegou a ser liberada a primeira parte, para a implantação de curso de Educação Física e uma parte seria depois, na metade do curso, seria liberado recurso para a construção física; sabe-se que eram 40 prefeituras que estavam sendo beneficiadas, e que dessas 40 prefeituras, salvo engano, só 20 tinham indicado pessoas para fazer o curso aqui; então eram os primeiros vinte, desses primeiros vinte, sabe-se que não foi liberada toda a verba. O Curso de Formação de Professores de Educação Física da ETFM "... eu estou falando é que a Escola Técnica teve um curso a nível médio para professor de Educação Física, esse que todos esses técnicos daqui de São Luís fizeram..." (DIMAS, entrevistas). Novamente, cabe aqui novo esclarecimento, pois afinal, está-se contando a História da Educação Física e dos Esportes em Maranhão: o primeiro curso de Educação Física da ETFM teve a duração de oito meses, com tempo integral - oito horas de aula por dia -, e era um convênio SEDEL/CND com a interveniência da Secretaria de Educação do Município - São Luís também receberia recursos do CND. Então nós - Lino, que depois passou a coordenar esse curso; Laércio, como o elemento de ligação da SEDEL, responsável pelo projeto; e eu, pela Escola Técnica, o Guaracy Martins Figueiredo, que na época era professor da Escola e da Universidade, como o Lino e o Laércio - montamos uma primeira turma com 40 vagas, sendo 20 vagas por conta do CND e 20 por conta da SEDEL; então eram 20 pessoas indicadas pela SEDEL e 20 pessoas indicadas por essas prefeituras do interior - que na realidade quem indicou foi a SEDEL -, então essa primeira turma com esses 40 alunos, foi montada dessa forma. Quando chegou à metade do curso, o CND viu que não daria certo, que não iria para frente - os prefeitos estavam recebendo o dinheiro e não estavam construindo -, então ele cortou, por falta de prestação de contas e denunciou o convênio com a SEDEL; aí a SEDEL assumiu completamente o curso, e depois absorveu todo esse pessoal, a exceção de um, que era o filho de um prefeito do interior. Aí foi criada a segunda turma, já direto em convênio com a SEDEL, com a Secretaria de Educação e com a Secretaria de Educação do Município; foram criadas duas turmas, uma pela manhã e uma a noite; já foram 80 alunos na segunda turma, voltada para a formação de técnicos esportivos e técnicos de recreação da SEDEL e de professores para as secretarias de educação; a terceira turma - só que a SEDEL nunca repassou o dinheiro para a Escola, então a Escola acabou assumindo e dando o curso -, a terceira turma, a SEDEL já estava de fora, não interessava mais, e a SEEDUC já tinha recriado o seu Departamento de Educação Física - a Silvana Farias era a coordenadora -, e se fez um novo convênio, com a SEDUC, e ficou de dar alguns professores, todo o material esportivo, e a ETFM com alguns professores e as instalações - também nunca repassou -, pagaria pelo curso, nunca repassou um tostão para o curso -, e a Escola teve que assumir também isso, teve prejuízo financeiro, pois prestou o serviço e não recebeu pelo mesmo. Lino Castellani fala da implantação desse curso: “... aí eu fui para Escola Técnica e me torno professor de segundo grau Na Escola Técnica. Aí dentro da Escola Técnica, desenvolvemos o projeto de criação do curso de Formação de Magistério em Educação Física em nível de segundo grau, eu fui o primeiro coordenador do


curso. Elaborei o projeto junto com os colegas que estavam presentes naquela ocasião, e outros que foram para lá depois, inclusive você ; aí fiquei na coordenação; mas entro na Escola Técnica em 77, 78; eu me afasto para sair para o mestrado e você assume a coordenação. Ah! Tá, o Manoel Trajano, mas aí eu já estava na Universidade do Maranhão eu saí do Maranhão Atlético Clube, eu tive um outro trabalho de futebol no Tupã. No Tupã eu fui técnico.". (CASTELLANI FILHO, Lino. Entrevista). Assim, tivemos um curso na Universidade, que na época estava passando por dificuldades, pela falta de professores qualificados, pela falta de alunos; uma tentativa na UEMA, que não deu certo; o curso ITA, o curso de nível médio da Escola Técnica. Foi feito um estudo - em 1982, para justificar o convênio entre ETFM/SEEDUC - em que, só na Secretaria de Educação havia necessidade de 980 professores de Educação Física; a UFMA naquela época não estava formando nenhum professor por ano. Só o curso - em 84, 85, 86 da Escola Técnica - e o pessoal que estava vindo de fora, teve muito maranhense que foi para Belém, como o Oswaldo Telles de Sousa Netto, genro de Dimas; Na volta desse pessoal a Educação Física - a partir da criação dos Jogos Escolares Maranhenses, com mais de dois, três mil alunos participando nos anos de 75, 76, já tinha se consolidado completamente -, a Educação Física morre, praticamente... Era só pratica esportiva, uma distorção em que observa, até hoje, de as escolas cobrarem pelas aulas do que chamam de escolinhas de esporte, e praticamente aqueles esportes que se faziam nos clubes, em algumas escolas, morrem, tudo estava voltado para os JEM's e, em conseqüência, para os JEB's.

FONTE: DESPORTOS & LAZER 3.9, FEV/MAR 1983


A PÓS-GRADUAÇÃO Ainda em 1982, deu-se inicio a um programa de qualificação dos professores de educação física, aqueles já graduados, pois houvera a implantação do Curso de Educação Física no âmbito da UFMA. A maioria dos pioneiros eram aqueles ‘paulistas’ que vieram na fase de renovação do quadro de pessoal, provocado por Cláudio Vaz, o Alemão, e que foram aproveitados, de uma forma ou outra, quando da implantação da SEDEL-MA. Por já terem vínculo com a UFMA, a maioria com jornada de 40 horas, pouco puderam colaborar com a SEDEL-MA, a não ser em projetos especiais, ou algum evento, de interesse mútuo. As ações, então, eram realizadas, sempre, com o apoio ou mesmo o patrocínio da SEDEL-, com a justificativa de preparar uma massa crítica, para sua implementação, além de qualificar o quadro de pessoal atuante no Estado. Um primeiro curso de especialização – sem relacionamento com esse programa, mas necessário - foi realizado, com a participação de alguns professores, na cidade de Manaus: "Agora, o primeiro curso para docente, que nosso Departamento fez, foi em Manaus; esse curso foi dado para toda a Região, do Centro-Sul e Norte-Nordeste; foi feito um no sul, e outro no norte; então fomos daqui eu, Moacir [Moraes da Silva, professor de Atletismo], Isidoro [Cruz Neto, professor de Voleibol], Cecília [Moreira, coordenadora do Curso de Educação Física, professora de Ginástica], Rinaldi Maia [professor de Futebol] ... nós fomos os primeiros que fizemos o curso a nível de Especialização, em Didática da Educação Física; esse curso nós fizemos em dois módulos, então fomos nós os primeiros, deve ter sido em 82, 83 - depois eu posso te dar esta data. Depois disso é que os outros começaram a fazer, começaram a sair para fazer mestrado, que você já falou, que a maioria deles só ia [Laércio Elias Pereira, em 82 fazer mestrado em Educação Física; em 83, foi Lino Castellani Filho, que levou 6 anos para terminar o mestrado na PUC] ... se ele não foi, não apresentou monografia, nem Demóstenes [Mantovani], mas a partir daí os que têm ido tem cumprido...". (DIMAS, entrevistas). Sidney se lembra das condições em que foram para Manaus, fazer a especialização, e a convivência com os colegas, especialmente Rinaldi Maia, à época, chefe do departamento: "... quando nós fizemos esse curso de especialização em Manaus, nós ficamos juntos, nós alugamos um apartamento, o pessoal do Maranhão alugou um apartamento com exceção da Cecília e o Dimas que ficaram morando no... a Cecília ficou num Hotel, e o Dimas no apartamento de um amigo; eu, Isidoro, Moacir mais um pessoal de Goiás, ficamos num apartamento juntos, durante algum tempo, o professor Rinaldi Maia, foi quando o conheci bastante, a gente conviveu durante dois meses morando juntos, uma pessoa muito integra, uma pessoa muito séria, talvez o infarto dele tenha sido por causa disso, por que ele era uma pessoa muito integra, e não aceitava uma série de coisas. É professor de futebol, foi a experiência que eu tive dele, sempre jogava Basquete na Escola, Eu já peguei o Rinaldi já com uma idade bastante já, na época eu tinha 28, ele já devia ter uns 55, 60 anos, não me lembro." (ZIMBRES, Sidney. Entrevistas). Depois disso, nos anos de 1982/85 e 1984/86, foram realizados dois cursos de especialização: o primeiro, em Ciências do Esporte, com grande procura, professores dee renome nacional e internacional, e que n entanto, não foi concluido: duas das disciplinas não foram ministradas, não se complementando a carga horária e, anos depois, ainda não se tinham professores para orientar as monografias. Principalmente do primeiro. Esse curso contou com alguns professores do Maranhão: Laércio (que estava no Mestrado, já; deixara a coordenação com sidney para o Mestrado), Sinclair Lemos, Orlando Medeiros:


Curso de Especialização em Ciências do Esporte De 22-12-1982 até 15-03-1985 Brasil. São Luis -MA

Programa Coordenadores: Laércio Elias Pereira e Sidney Forghieri Zimbres Disciplinas Avaliação em Educação Física e Esportes 10.12 a 22.12.1982 Biomeânica 10.12 a 22.12.1982 Caracterização Profissional Filosófica da Educação Física e dos Desportos 10.12 a 22.12.1982 EPB - PPPG Fisiologia Desportiva 10.12 a 22.12.1982 Fisiologia do Esforço 10.12 a 22.12.1982 Informação e Documentação em Educação Física e Esporte 14.01 a 21.01.1983 Intercorrências de Saúde em EF e Esporte 10.12 a 14.12.1983 Metodologia da Pesquisa 14.01 a 21.01.1983 Metodologia do Ensino Superior PPPG Medicina Física 20.02 a28.02.1985 Nutrição e Atividade Física 03.02 a 14.02.1985 Organização em Administração em EF e Esporte 20.05 a 30.06.1984 Organização Médico Desportiva 10.12 a14.12.1983 Psicologia Desportiva 13.06 a 18.06 de 1983 Saúde Escolar 04.03 a 15.03.85 Treinamento Desportivo 01.06 a 30.06.83 Professores Fredric Michel Litto Glacilda Telles de Menezes Stewin João Batista Freire da Silva José Guilmar Mariz de Oliveira José Luis Fraccaroli Laércio Elias Pereira Luciene Marques Lima Orlando Lopes Medeiros Raimundo Antonio da Silva Rubens Rodrigues Ruy Jornada Krebs Sanclair de Oliveira Lemos Vilmar Baldissera Estudantes Antonio Carlos Nascimento Pereira Carlos Eduardo Tinoco Silva Cesar Roberto Cruz Maia David Moisés Ladeira Denise Martins Araujo Francisco das Chagas F. Nunes Henrique Augusto Machado Veloso Joaquim Rodrigues A Neto Nunes José Carlos do Amaral José Maranhão Penha José de Ribamar Simões Neto Julio Cesar Saraiva Liana Maria O. Rodrigues Manoel Trajano Dantas neto Maria Aparecida de Oliveira Dantas Maria de Fátima Andrade Calderoni Maria José Pereira Coutinho Raimundo Francisco Rabelo Reinaldo Conceição da Cruz Ruben Teixeira Goulart Filho Silvana Cardoso Ramos Cintra Tania Maria Araujo da Silva Vespasiano Abreu da Hora Vicentr Calderoni Filho Viviane Martins Araújo Zartu Giglio Cavalcante


O outro curso, Lazer e Recreação, seguiu o mesmo critério – o de dotar o Estado de especialistas na área, já que o anterior fora na área dos esportes. Mesmos problemas, começando com a coordenação do Laércio, depois passando para o Sidney. Trinta e cinco inscritos, e apenas um completou, com a apresentação da monografia: eu!!!

Especialização em Recreação e Lazer De 18-12-1984 até 07-02-1986 Brasil. São Luis -MA

Programa Recreação, lazer e Esporte não-formal - Kátia Brandão Cavalcante 27/1 a3/2/86 Metodologia do Ensino Superior - Leoisa Correa Lobão 15/4 a 7/5/85 Informações Básicas em Receração e lazer - Lusimar Silva Ferreira 8/5 a 10/6/85 Especialização - Maria da Conceição Brenha Raposo 18/3 a 10/4/85 Lazer e Cultura Popular - Maria do Socorro Araújo 5 a 21/8/85 e 7/10 a 4/11/85 Esportes para Todos - Kátia Brandão Cavalcante 27//1 a 7/2/86 Recreação - Lenea Gaelzer 10 a 17/2/84 Metodologia da pesquisa - Kátia Brandão Cavalcante 21/7 a 7/2/86 Estudo de Problemas Brasileiros - Claudete de Jesus Ribeiro 11 a 22/11/85

Como se observa, a maioria dos professores já eram do Maranhão: Leoisa Lobão, Lusimar Ferreira, Conceição Raposo, Socorro Araújo, Claudete Ribeiro; de for a, apenas Kátia Brandão cavalcante e Lenea Gaelzer… Concluida a carga horária, não havia professor para orientar, seja porque não tinham mestrado – da Educação Física apenas Laércio – mestrado em 1978 e voltando em 1980. se defendendo da banca de mestrado no último minuto do prazo, em 198484, quando aproveitou para começar o doutorado da ECA USP (que virou o DR da FEF Unicamp. -; Lino – também fora; Sidney – fazendo o Mestrado, que não chegou a concluir. Mesmo assim, foi meu orientador… Ligados à área, apenas Socorro Araújo, que fizera seu mestrado defendendo dissertação na área da cultura popular, sobre o bumba-meu-boi, e à época era da SEDEL, ligada à Coordenação de Lazer; logo após o reotnro, foi para a UFMA… Ambos os cursos foram planejados ainda ao tempo da administração de Elir Jesus Gomes…

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https://bs.cev.org.br/biblioteca/show/4012263/


AS CONSTRUÇÕES DAS PRAÇAS ESPORTIVAS Laércio pede que comente os projetos/propostas de construção de espaços para a prática de esportes e de lazer, em especial o projeto do Parque do Bom Menino85. Considerávamos que os locais para a prática de atividades de lazer eram, em quase sua totalidade, construídos sob a perspectiva de atividade física de lazer e seguem as exigências do esporte de competição e elaborados a partir somente dos conhecimentos de arquitetos e engenheiros, que tornam esses ambientes monofuncionais e não oferecidos para a maioria da população. Pois bem, a Eliana Caran, então no DED/MEC liga informando que havia uma verba disponível, dentro do programa de ‘Parque Esporte para Todos’. São Paulo recusara o valor disponibilizado para aquele estado, alegando ser insuficiente; daí que haveria um valor – creio que meio milhão do dinheiro da época – que poderia ser usado por outro estado: o Maranhão não quer? Problema – o prazo encerraria dali a dois dias e havia a necessidade de apresentar um projeto, incluindo a contrapartida, que seria a área em que seria implantado o tal Parque. Tínhamos, de imediato, o Parque do Bom Menino, da Prefeitura Municipal, que àquela época era chamado de ‘parque de fazer menino’, utilizado por ... bem, fazer menino, e usuários de drogas, marginais, que se escondiam em suas ‘matas’, de difícil acesso... em pleno centro da cidade. Sem qualquer manutenção!!! O dr. Elir, tonando conhecimento da oferta, determinou, imediatamente, a elaboração do projeto. Sugerimos, então, o Parque e lá fomos conversar com o Prefeito. Concordando, pois haveria recuperação da área, com uma utilização compartilhada com a SEDEL-MA, passamos a elaborar o projeto de aplicação, sem as plantas arquitetônicas. Baixamos os projetos disponíveis86, elaboramos um croqui da área, com a pista de corridas/caminhadas e a distribuição dos equipamentos, todos feitos de madeira, medindo o percurso com uma trena de 50 metros... Lá fui eu, para Brasília, com esses esboços e propostas, com papel timbrado do Estrado e da Prefeitura, alguns assinados em branco, pelo governador e o prefeito, pois não sabíamos das exigências... A Eliana ajudou na montagem do mesmo, com declarações do prefeito, de cessão da área para a sua implantação, tudo escrito lá... e entregamos o projeto, sem o projeto arquitetônico, que seria remetido depois... o que foi feito, por uma arquiteta chamada Judith, morada duas quadras acima da minha, no Recanto Vinhais... Como disse, na elaboração do projeto consideramos, na justificativa, os critérios do movimento denominado “Esporte para Todos". Segundo PEREIRA DA COSTA (1981) "Esporte para Todos - EPT - é apenas um nome entre vários que convergem para pontos de identificação comum - esporte de massa; desporto de lazer; esporte recreativo; esporte comunitário; lazer esportivo; iniciação esportiva; educação física permanente...".87 . O Parque "Esporte para Todos": iniciado na Alemanha, o "Programa Trimm Dich" corresponde ao projeto " Esporte para Todos", e desenvolve programas com corridas, passeios a pé, de bicicleta. Foi desenvolvido também um programa denominado "TRIMM PARK" para aproveitamento de áreas disponíveis em todos os 85

Consideramos, eu e Laércio, que o uso dos espaços abertos urbanos é essencial para o desenvolvimento de atividades comunitárias de caráter recreativo, pois além de permitir o uso social desses espaços por uma parcela da população, permite a urbanização e manutenção de áreas consideradas como problemas para as administrações públicas. GODBEY, Geoffrey. Espaço Aberto Urbano - perspectivas norte-americanas. in ENCONTRO INTERNACIONAL DE PESQUISADORES DE LAZER, I, Bertioga-SP, 1986. Anotações de conferência . GUIMARÃES, Hélio .O Lazer. Comunidade Esportiva, n.8, p.8-10, 1980. 86 BRASIL, Ministério da Educação. Parque " Esporte para todos". Brasília MEC/USP, 1979. 87 PEREIRA DA COSTA, Lamartine (ed). Teoria e prática do esporte comunitário e de massa. Rio de Janeiro : Palestra, 1981.


centros urbanos. O "Trimm Park" é constituído de: 1 percursos de 1.000 a 3.000 metros, aproveitando a topografia do terreno; 2 um total de 1.000 a 3000 metros quadrados para um grupo de aparelhos naturais feitos de troncos de árvores, cordas, argolas e construções simples; 3 áreas definidas para grandes jogos e descanso; 4 pequenas construções rústicas para proteção contra chuva, lanchonete, vestiários, sanitários e fiscalização do Parque. Constituído de um conjunto de áreas, equipamentos e instalações que proporcionam aproveitamento total de áreas verdes disponíveis com objetivos de: lazer, esporte, ginástica e saúde. Constitui-se em um percurso de 1 a 3 quilômetros, acompanhado de estações (pequenas áreas livres para exercícios com e sem aparelhos); áreas para utilização de construções de apoio; vestiários, chuveiros, sanitários, salão de jogos recreativos, lanchonete, que deverão ser feitas de material rústico; áreas de grandes jogos: de acordo com o tamanho da área disponível e o número de frequentadores, serão demarcadas áreas para realização de jogos que dispensem o uso de quadras oficiais; áreas para desenvolvimento de costumes regionais; áreas para "playground" e estacionamento. Todos sabem, conhecem e usam, o Parque do Bom Menino, depois da intervenção da SEDEL-MA... Quanto às Quadras e Praças Esportivas que foram construídas – lembro as da Alemanha, do Recanto Vinhais, do Renascença, do Colégio Sá Valle, no Anil. Tomamos por base projeto implantado pelo arquiteto Jaime LERNER em Curitiba-Pr, e estendido a outras cidades, como Florianópolis-SC88, e que consiste na construção de equipamentos esportivos e de recreação em praças e quadras, com atividades voltadas para a comunidade. Os programas de Praças e Quadras de Esporte têm como objetivos: 1. oportunizar a iniciação esportiva e a recreação orientada para as mais variadas faixas etárias; 2. orientar a prática esportiva e recreacional ao ar livre, principalmente às crianças, de maneira a darem valor e a preservarem áreas verdes, parques, quadras e praças; 3. criar oportunidade de melhoria de saúde do povo, no que se refere à prática de atividades físicas de lazer. Funcionando nos períodos de 8 a 12 horas e das 14 as 18 horas para as populações infantil e juvenil e das 18 as 22 horas para a adulta, a programação proporciona o funcionamento de Escolinhas de Esportes (atletismo, basquete, futebol suíço, ginástica olímpica, handebol, volibol); Recreação (jogos e brincadeiras); Criatividade (desenho, pintura, colagem); Torneios inter e intra praças e quadras (visando a integração dos participantes) e outras atividades. Todas as atividades são orientadas por professores de Educação Física, mantidos pela Prefeitura Municipal, que organizam as turmas, respeitando as faixas etárias e desenvolvendo atividades de acordo com as mesmas. Outro conceito que usávamos, era o do ‘quintal comunitário’, que consiste na ocupação social de terrenos baldios, iniciativa pioneira da Prefeitura Municipal de Sorocaba-SP, projeto idealizado pelo Prof. Dr. Antônio Carlos BRAMANTE89 se constitui em uma ação conjunta entre o poder público municipal – no nosso caso, estadual em conjunto e/ou parceria com a Prefeitura - e a comunidade, na ocupação social de terrenos baldios existentes numa comunidade densamente povoada e com falta de equipamentos urbanos de lazer., tem como objetivo: 1. oferecer à população equipamentos de baixo custo e alta eficácia de utilização comunitária; 2. minorar os problemas decorrentes da existência de terrenos baldios em áreas povoadas; 3. oferecer uma opção social de utilização de terrenos baldios a seus proprietários, quando o terreno não tem destinação imediata ou mediata; 4. oferecer uma opção de urbanização. Todos esses equipamentos foram construídos com recursos do DED/MEC, com aqueles telefonemas da Eliana ao Laércio, perguntando se o Maranhão não estaria interessado, pois sobrara algum recurso que não estava sendo usado. E lá íamos nós, para a ‘prancheta... Lembro que sempre tínhamos algum esboço pronto,

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REIS, Sérgio Roberto dos. Praças e quadras de esporte para todos em Florianópolis-SC. Comunidade Esportiva, n. 14, p. 9 BORGES, Maria Izolina. Quintal Comunitário. Comunidade Esportiva,


com a justificativa, dentro dos vários programas então existente, elaborada com dados sociais das áreas em que já identificáramos com os espaços disponíveis... Lembram daquele mapa da cidade que ocupava uma parede inteira da sala da Assessoria? O dr. Olímpio Guimarães valia-se de seus contatos no DER-MA, para elaboração dos orçamentos, dentro do recurso disponibilizado, e da elaboração dos projetos arquitetônicos – já tínhamos os esboços, daquele livro de construção esportiva e do manual da Alemanha, e o desenhista, em uma hora, elaborava o croqui e um engenheiro assinava... saiamos dali com um orçamento, pronto para remeter à Eliana. Liberado o recurso, íamos à SETOP conversar com o dr. João Rodolpho e com o engenheiro Leopoldo de Moraes Rego, que providenciava, imediatamente, a tomada de preços e o contrato de construção das quadras. Pro-forma, apenas, pois a administração dessas obras era do dr.Olimpio, com um mestre de obras de sua confiança, o sr. Raimundo Bochudo, que em uma semana construía uma quadra. Depois, Gafanhoto e sua equipe passava o final de semana marcando as áreas de jogo... como se fez, também, no Castelinho... os professores das diversas modalidades eram convocados, comprava-se fita crepe, pincel e tintas, barbante, giz, e se fazia a marcação das quadras... Por isso, o dinheiro dava... pronta a quadra, marcada, se fazia a inauguração, com as duas coordenações, Desportos e Lazer, colocando professores e recreadores à disposição da comunidade, geralmente em convenio com a Associação de Moradores, para a realização de atividades... a responsabilidade de uso e manutenção desses equipamentos, ficava por conta da Associação de Moradores, planejados em conjunto. Claro que havia um critério para determinação dos locais de construção: no Recanto Vinhais – a quadra funciona até hoje!!! – local onde eu morava, o Emilio, do Judô, o Sidney, a Judith (a arquiteta...), e eramos membros da diretoria da AMOREV – associação de moradores... No Renascença, mesma coisa: o Aluísio Pearlmuter, chefe da Assessoria, morava em frente à praça, e era membro da Associação de Moradores, junto com o Jaime Quadros, também ligado à SEDEL-MA. O do Colégio Sá Valle, por exemplo, foi construído em um terreno contíguo à escola, e comportava uma quadra coberta, e outros equipamentos. O que foi feito, pois embora pertencente à Prefeitura, escola municipal, tínhamos algumas escolinhas sob a responsabilidade da SEDEL... Lembrando que tínhamos o mapa com as áreas disponíveis, e que poderiam ser utilizadas, com os contatos das associações de moradores – geralmente um funcionário da própria SEDEL-MA, em sua diretoria, e as declarações do Prefeito de que a área estaria disponível para a construção... Essas quadras, exceto a da Alemanha, construída na área da Coliseu – depois, sede da guarda municipal, e hoje abandonada -, funcionam até hoje, com a gestão das associações de moradores...




Iº Congresso Norte/Nordeste de Esporte para Todos  

De 24-08-1982 até 28-08-1982 Brasil. São Luis -MA perfil trabalhos

Programa 25/AGOSTO - QUARTA-FEIRA 0900 h. - Inscrição e Entrega de Material 14:00 h. - Reunião da Rede EPT 18.-00 h. - Solenidade de Abertura 25/AG0ST0 - QUARTA-FEIRA 18:30 h. MESA REDONDA: Evolução Histórica do EPT Coordenador: Laércio Elias Pereira Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão Palestrantes: Inezil Penna Marinho Universidade Federal do Rio de Janeiro Person Cândido M. da Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro Dante Silvestre Júnior Serviço Social do Comércio - S.P. Lenea Gaelzer Universidade Federal do Rio Grande do Sul 26/AGOSTO - QUINTA-FEIRA 15.O0h. MESA REDONDA: Dimensão Social do EPT Coordenador: Lino Castellani Filho Universidade Federal do Maranhão Palestrantes: Dante Silvestre Júnior Serviço Social do Comércio - S.P. Lenea Gaelzer Universidade Federal do Rio Grande do Sul Person Cândido M, da Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro João Bosco Araújo Teixeira Secretaria de Educação e Cultura - Natal • RN 26/AGOSTO - QUINTA-FEIRA - 18.00h. Coordenador: Leopoldo Gil Duleio Vaz Universidade Estadual do Maranhão Secretário : José Faustino da Silva Filho TEMAS LIVRES: 18.O0 h. - Montagem de Publicidade do EPT no Maranhão Edivaldo Pereira da Silva - REDE EPT/MA 18:20 h. - Grupos de Lazer Maria de Lourdes Matos da Silva - SEDEL/MA. 18.40 h. - Desenvolvimento Cultural Francisco Manuel Baia da Silva - MOBRAL/MA. 19.00 h. - Artes Plásticas como Opção de Lazer José João S. Lobato - Sec. de Cultura/MA. 19:20 h. - Eventos de EPT no Maranhão Maria de Fátima Costa Martins - SEDEL/MA. 19.40 h. - Meios de Divulgação do EPT Edivaldo Pereira da Silva - REDE EPT/MA 20:OO h. - O Emprego do Cinema como Lazer Cultural João Ubaldo Serra de Moraes - SEDEL/MA 20:20 h. - Projeto Procópio Ferreira Cosme da Silva Jr. - SEDEL - SEC. CULTURAL/MA. 20.40 h. - Jornada de Trabalho x Tempo Livre: um Dilema para a


existência do Lazer Maria Izabel de Souza Lopes - PUC/SP 27/AGOSTO - SEXTA-FEIRA 09:00 h. - Evento de EPT "Manhã Alegre" Parque Bom Menino Coordenador: Maurício Roberto da Silva Universidade Federal de Sergipe 27/AGOSTO - SEXTA-FEIRA Coordenador: Leopoldo Gil Dulcio Vaz Universidade Estadual do Maranhão Secretário : José Faustino da Silva Filho TEMAS LIVRES:15.00 h. - EPT no Amapá Raimundo Nonato da S. Sousa - DEFER/AP 15:20 h. - 0 Lazer através da Escola e a Educação através do Lazer*-Valter Soares - DEFlD/PI 15:40 h. - Jogos Comunitários no Amapá Raimundo AIdo Siqueira - DEFER/AP 16.00 h. - O IPEM e o Desenvolvimento do Esporte e Lazer Francisco Carlos Sena Silva - IPEM/MA. 16:20 h. - Experiências na área de Pesquisa para o Lazer Maria Angela de Faria J. Leite - SEDEL/MA 16.-40 h. - A Recreação no Curso de E. F. na UFMA António Maria Zacharias B. Araújo - UFMA 17.00 h. - O Universitário e o Desporto na UFMA Lino Castellani Filho - UFMA 17:20 h. - Da Cultura no Turismo ao Turismo na Cultura Maria Izabel de 5. Lopes - PUC/SP 27/AGOSTO - SEXTA-FEIRA - 20:00 h. MESA REDONDA: Experiências em EPT Coordenador: Dulce Maria Collares Moreira de Sousa Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão Palestrantes: Roberto Gesta de Melo Superintendência de Desportos do Amazonas Maria de Fátima Barbosa Frota Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão Nilton Agra de V. Galvão Fundação de Desenvolvimento de Esporte de Pernambuco Maurício Roberto da Silva Universidade Federal de Sergipe 28/AGOSTO - SÁBADO - 09:00 h. MESA REDONDA: O EPT em face da Política Nacional de Educação Física e Desportos Coordenador: Lino Castellani Filho Universidade Federal do Maranhão Palestrantes: Orlando FerradoIIi Filho Secretaria de Educação Física e Desportos do MEC - DF João Bosto Araújo Teixeira Secretaria de Educação e Cultura - Natal - RN. Nilton Agra V. Galvão Fundação de Desenvolvimento do Esporte de Pernambuco Roberto Gesta de Melo Superintendência de Desportos do Amazonas 28/AGOSTO - SÁBADO 12.00 h. - ENCERRAMENTO 20.00 h. - Jantar de Confraternização, com apresentação de compositores maranhenses.


A Criança no Maranhão De 13-05-1983 até 14-05-1983 Brasil. São Luis -MA

Programa 13/5/1983 19:00 Criança e Escola no Maranhão Maria da Paz Porto Macedo - SEDUC-MA 19:30 A importância da Recreação Lenea Gaelzer 20:00 Criança, um caso de polícia José Ribamar Heluy 20:30 O Projeto Menino de Rua Miltes Santa Cruz - Unicef-RJ Dia 14/5/1983 19:00 A criança como vítima dos remédios Maria de Fátima Lobato Tavares - Comitê de Drogas da Sociedade Brasileira de Pediatria 19:30 O escotismo e o problema do menor Ivo Anselmo Holn - UFMA 20:30 Programa de Ações Integradas em Saúde Materno Infantil e Nutrição Maria José Medeiros UNICEF/UFMA


DESPORTOS & LAZER







































DESPORTOS & LAZER, 3.9, JAN/FEV/MAR 1983 – ENTREVISTA AOS PEDAÇOS


ALGUMAS BIOGRAFIAS


ANTÔNIO MARIA ZACHARIAS BEZERRA DE ARAÚJO (Esportista; Educador) Dimas - Professor Dimas - a origem de seu apelido -seu nome de família é "Tonho", que vem de Antônio [Antônio Maria Zacharias]; no Exercito, seu nome de guerra era "Zacharias"; quando retornou ao Maranhão, em 1954, passou a morar com o irmão. Seu irmão tinha uma loja - Casa Dimas -, e as pessoas ao perguntarem quem era, recebiam a resposta de que era o irmão do Dimas; então passaram a chamá-lo de Antônio Dimas. Começando a trabalhar com Educação Física, do dia para a noite passaram a chamalo de Professor Dimas. 1928 - nasceu em 30 de julho na cidade de Mirador; Filho legítimo de Fernando de Araújo Costa e Eloína Bezerra de Araújo, maranhenses.) Os estudos e os primeiros contatos com os esportes e a educação física: Seu pai era fazendeiro, pequeno proprietário - criador de gado, plantava cana, mantinha um pequeno engenho, para o fabrico de rapadura. Sua infância, passada na fazenda localizada num lugar chamado Mumbuca, ficava 12 léguas a cavalo da cidade, pois não havia estradas. Na fazenda, tinha contato com cavalo, com boi, ajudando muito ao pai no serviço da roça, nos afazeres com o engenho de cana, com o fabrico da rapadura, com caça e as brincadeiras de crianças de fazenda. 1939 - Para estudar, tinha que ir para a casa de tios, na cidade. Os pais continuaram lá, na Fazenda Mumbuca. Aos 11 anos, em 1939, sua tia Delcina o trouxe para Mirador, para estudar. Daí mudaram para Coroatá; depois, Timbiras e Coelho Neto, onde permaneceram até 1942. 1942 - Seu primeiro contato com o esporte foi em Coroatá; seu tio era o Prefeito. Fez amizades e teve sua primeira experiência em jogar futebol. 1944 - Quando estava no quarto ano, veio para São Luís, submeter-se ao exame de admissão – era 1944 - no Colégio Ateneu Teixeira Mendes; não conseguindo passar, que sua base era muito pequena; então fez para o Colégio de São Luiz. Estudou um ano no Colégio São Luís, depois conseguindo transferência para o Liceu Maranhense, lá permanecendo até 47. Também estudou no Colégio Maranhense, dos Irmãos Maristas. - Terminou o ginásio no Rio de Janeiro, no Colégio Frederico Ribeiro. - No Liceu começou a sua vida esportiva, participando do time de futebol, e tendo como professor de Educação Física, José Rosa. Esse professor foi quem despertou no jovem Tonho o gosto pela Educação Física. Participava até de demonstração de Educação Física; foi quando começou a se desenvolver - pegar corpo -; as aulas eram de Ginástica Geral e Calistenia; no Liceu, só futebol e ginástica de um modo geral, muitos exercícios acrobáticos, salto, mas sem as característica de ginástica - o nome era esse, ginástica acrobática. - É no Exército que continua a sua vocação esportiva, embora não tivesse experiência nenhuma antes; passou a se envolver mais com os esportes -, participava nas aulas de preparação física, com destaque; jogava futebol, bola militar, mas não chegou a ser destaque nenhum. - Antes de estudar no Liceu Maranhense, Dimas estudou no Marista e teve um primo distante, Eurípedes Bezerra, como professor de educação física Nas aulas de educação fisica, utilizava-se o método francês, a modalidade de ensino era: os exercícios preparatórios e propriamente ditos, constituía-se evoluções de marchas e depois os exercícios de saltar, trepar, levantar, e despertar, correr, atacar e defender e volta a calma, exercícios progressivos sem solução de continuidade. Era o mesmo método trazido pela Colônia Francesa, pela Missão Francesa em 1922, para o Brasil. 1948 - O SARGENTO ZACHARIAS - Tonho já estava com 19 anos de idade, e serviu o Exército, no 24º Batalhão de Caçadores, unidade do Exército Brasileiro em São Luís. Deixa de ser "Tonho" e passa a ser "Zacharias", seu nome de guerra no Exército. Durante seu tempo de quartel, fez exame de admissão para a Escola de Sargentos. Já havia dado baixa, quando chegou a convocação: havia sido aprovado. Segundo Dimas, naquela época, não tinha faculdade, não tinha nada, as opções dos maranhenses ou era ir para o comércio, ou trabalhar nas Forças Armadas. Ele foi para as Forças Armadas, mas não para a Escola de Oficiais, pois não tinha mais idade, nem tinha estudo - ainda não terminara o ginásio - cursara até a terceira série, no Liceu. Naquele ano de quartel, não estudou, perdendo mais um ano. A salvação foi a Escola de Sargentos; e de 200 candidatos, foram selecionados apenas 12. Em fevereiro de 49, pega um navio - da linha ITA - e viaja 12 dias e 12 noites, para o Rio de Janeiro. Dimas encontrou um conterrâneo, maranhense de Guimarães, no Rio de Janeiro: Ary Façanha de Sá, que já morara com ele na pensão da Rua Afonso Pena, quando ambos chegaram a São Luís para cursar o ginásio. Quando Dimas foi para o Rio de Janeiro, Ary já era estrela. A vida do jovem militar era muito diferente da do jovem


estudante, por essa razão tinham pouco contato. Por ser militar, Dimas não tinha vida esportiva civil; só no Exército disputava campeonatos das Forças Armadas, chegando a participar de alguns jogos de Basquetebol em um time do bairro de Realengo. Dimas faz uma carreira brilhante no Exército, como Sargento. Pertenceu ao Batalhão de Guarda Presidencial, onde começou a se destacar em tudo, não só nos esportes, mas na carreira, tendo subido muito rapidamente em prestígio com seus comandantes. Depois foi para a Polícia do Exército, onde passou a treinar sistematicamente, então melhorando não só nos 400 m, passando a correr também 1.500m e a partir daí a sua vida esportiva foi cada vez mais se ampliando. Seu destaque mesmo foi no Atletismo e nas demonstrações de Educação Física. A PE dava demonstrações constante de ginástica Calistenica e ginástica acrobática. Dimas destacava-se na Pista de Aplicações Militares, era como uma atividade de preparação física, pois levara já alguma experiência daqui: corridas, e jogos de volei e basquete. No 24 BC, especializou-se em Tiro ao Alvo - fuzil -. Já no Rio de Janeiro, disputou o Campeonato das Forças Armadas, de tiro rápido de pistola - segundo lugar de todas as Forças Armadas, com uma pistola do dia a dia, de fazer patrulha. O Pentatlo foi uma conseqüência dos seus pré-requisitos, pois quando terminou o curso de Educação Física, e voltou para a PE, a equipe já estava treinando, se preparando para este Pentatlo, e um dos sargentos caiu do cavalo, se machucou e teve que ser substituído, já estava próximo das provas; precisavam de uma pessoa para substituir aquele sargento que adoeceu. Como tinha vindo do curso de Educação Física, lá teve natação, esgrima, já tinha experiência de corrida e de tiro, faltava hipismo - cavalo -; sua experiência com cavalos vinha do sertão, correndo atrás de vaca; ainda teve a oportunidade de fazer uns dois crosscountry, a cavalo, só para se adaptar, que nunca tinha montado num cavalão daquele - salto obstáculo, em altura e distância, são dois mil metros de cross-country -, então descia ladeira, subia ladeira, saltava; esgrima e natação, só havia feito no curso; não era nem nadador, nem lutador de esgrima, não era preparado para competir, mas mesmo assim o jogaram na fogueira... Saiu-se bem na prova de equitação caiu uma vez só, porque o cavalo refugou em cima do obstáculo -, 1954 - Dimas deu baixa no começo de 54, e retorna a São Luís, já como civil - Oficial do Exercito da reserva, mas sem nenhum direito a remuneração. Tendo conseguido registrar seu diploma no MEC, por intermédio de um advogado, chegando a São Luís seu meu primeiro emprego foi exatamente no Ateneu, como professor de Educação Física. Sua pretensão era voltar àquela origem de fazendeiro, de criador, pois antes de retornar ao Maranhão fez - como pretendia, com o meu irmão, explorar agropecuária, cursos de Agricultura, nas férias. Foi o primeiro maranhense que fez o Curso de Inseminação Artificial para Bovinos, na Fazenda Experimental do Governo, em Barão de Gil Paraná, em Vassouras; mas nunca utilizou. O negócio com o irmão não teve muito êxito; tentaram botar uma granja, uma vacaria, mas essa experiência não foi muito feliz. Paralelamente, passou a trabalhar como professor de Educação Física, no Ateneu, na Academia de Comércio. Naquela época, a Educação Física se dava às 05:00 horas da manhã, com muita dificuldade, sem muita perspectiva; as atividades eram só calistenia e um joguinho, uma coisa, e a motivação era um pouco pequena, porque não tinha quadra, não tinha nada; as aulas eram dadas no campo do Moto, Campo do Santa Izabel. Atuava também como Professor de Natação, no Jaguarema foi o primeiro professor de natação do Jaguarema, em 55 ou 56. Lá foi a primeira escola de natação. Nessa época também começou a dar aula em duas piscinas que existiam aqui na época, da família Domingos, na Rua Grande; e a outra piscina era do senhor Almir Moraes Corrêa, perto da Igreja de São Vicente de Ferrer, que existe ate hoje a casa dele, no lado da Igreja. Nessa mesma época, jogava Basquetebol pelo Moto Clube, no Campo do Santa Isabel. Em 54, foi seleção maranhense, indo disputar o Brasileiro em Recife – Dimas, Rubem Goulart; Antônio Bento; Vieirão, Major Vieira; Bebeto, também da Policia; Willame Najas... Jogava voleibol menos, mas jogava ... não se lembrando de alguém que se destacasse, por exemplo, assim como tinha seis, sete clubes de basquetebol, não tinha de voleibol. O voleibol veio se destacar já mais para a frente, no Cassino Maranhense; Dimas lembra de algumas pessoas, que estavam sempre jogando - Murilo Gago, Rubem Goulart, Braga que jogava, Alemão, Mauro... Passagem pelo Futebol - nessa época, era professor de dois colégios, do Jaguarema e jogava Basquetebol no Moto; e teve uma passagem pelo futebol também: foi Técnico da Seleção Maranhense de Futebol, mas só para dar o nome, não se lembrando se era um Campeonato Brasileiro, se era um campeonato regional; lembra que foram ao Pará e perderam Embora o Coronel Eurípedes afirma ser ele o introdutor do Futebol de Salão em São Luís, e que Dimas continuou o seu trabalho, quando retornou do Rio de Janeiro, Cláudio Vaz, o Alemão, esclarece que, quem deu o início do Futebol de Salão, foi João Rosa - um desportista que comandou a liga, era presidente da Liga.


1955/1956 - tinha um Basquete muito bom, Rubem Goulart, Ronald Carvalho, Fabiano, Cláudio Alemão, aquele pessoal do Oito de Maio, dos Milionários mas só adulto, a nível de colégio mesmo, não tinha nada, porque esses adultos já tinham terminado o Colégio e continuaram em faculdade, em clubes, em quartéis; muitos serviram o Exército - eram as experiências vindas de fora, não era como hoje que os esportes do Maranhão vem tudo do colégio -, naquela época não, está o inverso hoje. 1957 - Após essa primeira passagem pela Educação Física e nos esportes, antes de ir para o Pindaré. Dimas casa-se e seu sogro, um alto comerciante da época entendeu de montar uma Usina muito grande no Pindaré, naquela época, o celeiro da produção de arroz no Maranhão; era mato ainda, estava sendo descoberto. Dimas vai para construir a Usina, a maior Usina daquela época, Usina Uirapurú, com uma produção de arroz muito grande. Esporte e Lazer em Pindaré - Quando foi para o Pindaré, levou na minha bagagem uma rede, uma bola de voleibol e uma vaca de leite. Criou um time de voleibol, de futebol de salão, um clube social, futebol de campo Além de se dedicar aos esportes, Dimas dava aulas nos colégios primários da cidade, "... mas tudo isso altruisticamente, sem fins lucrativos; organizou parada de 7 de setembro, desfile de colégios, mas isso só pela boa profissão, pelo bom desenvolvimento..."Quiseram me fazer Prefeito" - Quando José Sarney estava fazendo a campanha para Governador do Maranhão, esteve na casa de Dimas, levado pelo seu sogro, José Espicho, que era conhecido dele. Nessa ocasião, convidou Dimas para ser prefeito de Pindaré Mirim e o apoiando ele para ser governador. Nessa época, Sarney estava tentando derrubar o Vitorinismo e Newton Bello. O último canto da Uirapurú: a falência da usina - O sogro de Dimas que um audacioso comerciante, contando muitas vezes com a sorte. Investiu demais no Pindaré Mirim; montando três Usinas, uma de arroz, uma de algodão e uma de madeira. Nessa época para a comercialização, tinha que ter muito capital de giro para ser manter, e contavam com os bancos. Essa ajuda, devido as circunstâncias políticas da época, faltou. Veio a quebra... 1969 - Dimas, com seis filhos e sem mais nenhum patrimônio, larga o Pindaré e vem embora, devendo três bancos. Tinha ainda algum gado, que trouxe. Vende uma parte, paga alguns débitos, mas não deu para pagar tudo. Leva três anos para pagar o que ficou devendo, usando para isso o salário de professor de Educação Física: passou três anos trabalhando no CEMA, sem receber um tostão pois o meu dinheiro ia direto da tesouraria do CEMA para o Banco do Estado do Maranhão, num contrato que eu fez para pagar as contas... Quando voltou do Pindaré, em 69, no começo do ano, foi procurar emprego, indo trabalhar no Colégio Batista Daniel de La Touche e no Colégio Maranhense, dos Irmãos Marista, e fez um curso para ir para o CEMA. No CEMA, fez uma carreira como a do Exército, tendo passado por todas as funçõescomeçou dando aulas de Educação Física, em cima da piçarra; depois foi para o Parque do Bom Menino; depois passou a dar aulas pela televisão; depois, programador; e curriculista. Quando saiu do CEMA, já tinha passado por todas as funções... Primeiras notícias sobre o Handebol... Dimas é considerado o introdutor do Handebol no Maranhão. Teve contato com o esporte em um curso, ministrado pelo Major Leitão; nessa época, ele falou sobre Handebol, mas nem chegou a dar aulas de Handebol. Veio realmente ver Handebol mesmo nos JEB's, mesma época em que teve contato com a Ginástica Olímpica. 1969/1970 - Os Professores de Educação Física ... Segundo Dimas, em 1970, atuam como professor de Educação Física, em São Luís: no Batista: Rubem Goulart tinha morrido, e Dimas assume seu cargo; no Marista: Eurípedes, Nego Júlio e Furtado; no Ateneu não tinha mais ninguém; mas haviam outros professores, trabalhando nessa época: Odinéia; Clarice; Maria José; Ildenê Menezes, Dinorah; Clarice Lemos; Celeste Pacheco; Graça Helluy, Luiz Aranha; Rui Guterres; Batista; Cavagnac... ... e as aulas - Em 1969, ao voltar do Pindaré, Dimas já encontra o setor de educação física organizado, Mary Santos, no Departamento de Educação Física do Estado, e havia um outro no Município; já se cumpria a obrigatoriedade da lei, com as três horas semanais, mínimo de 45 minutos, dentro da legislação vigente. Dimas foi dar aulas no Batista - onde o professor Rubem Goulart que dava aula, era recém falecido. As aulas no Colégio Batista, encontrou-as muito rudimentar, só mesmo na base da ginástica, futebol de salão e um voleibolzinho. O Currículo já era voltado para o esporte, agora se existia alguma deficiência deveria ser de instalações dos colégios e talvez dos próprios profissionais de Educação Física. A chegada de Dimas no Marista modificou substancialmente a concepção que se tinha da educação Física, pois pela experiência, ele passou a funcionar como conselheiro dos demais professores - ex-atletas -, que trabalhavam empiricamente, de improviso, e o Dimas chegou, com os conselhos que deu, esses professores passaram a dar um cunho mais de profissionalismo na educação


física; muitos fizeram o curso de Suficiência. Dimas começa a ter influencia junto à instituição organizadora dos esportes, na época era o DEFER. Os esportes: Quando Dimas retornou a São Luís, vindo do Pindaré, encontrou os esportes de competição muito fraco, devagar, só Futebol e Futebol de Salão, mas de Colégio era só isso, tanto que houve um jogo de Basquetebol, entre Batista e São Luís, na época de Rubem Goulart, que terminou de 1x0, uma cesta de lance livre, isso é uma história do folclore dos esportes, o Basquetebol do Maranhão, a nível de Colégio, era esse nível aí... 1971 - A Introdução do Handebol - Tanto que quando começou a trabalhar com os esportes nos colégios, para dar uma aula de Handebol, era uma luta muito grande, quando chegava na quadra, já estava ocupada com futebol de salão, então, para tirar esses alunos para dar uma aula de iniciação de Handebol, era uma guerra, era preciso moral. Em 1969, Mary Santos convidou Dimas para auxiliá-la junto à Coordenação de Educação Física do Estado; em 1970, teve os II JEB's, em Curitiba, e o Maranhão não tive condições de participar. - Os III Jogos Estudantis Brasileiros, em Belo Horizonte - Em 1971, estavam acontecendo os III JEB's, em Belo Horizonte; Dimas toma a iniciativa de ir a para Belo Horizonte, por sua conta, para assistir os III JEB's, para poder trazer alguma experiência. Saber o que eram os JEB's. Chegando em Belo Horizonte com pouco dinheiro no bolso, foi para o Comitê Central e procurou por Ary Façanha de Sá, e relatou a situação - sua e do Maranhão - que passara dez anos fora, voltando a trabalhar com Educação Física, e a professora Mary Santos vivia o desafiando para trazer a equipe e estava desatualizado; que fora a Belo Horizonte para ganhar experiência, ver e se atualizar; Ary o recebeu muito bem, não só com maranhense, mas como a necessidade do Maranhão entrar no esquema; deu-lhe uma credencial de delegado do Maranhão, colocou em Hotel, e acesso a tudo, passando a assistir tudo; foi quando voltou a ter contato com a Ginástica Olímpica e com o Handebol... Voltou a São Luís apaixonado pelos dois esportes e com material de Handebol, dado pelo Ary; as primeiras bolas de Handebol que chegaram no Maranhão foram essas e foram com elas que começou a trabalhar no Colégio Batista, no Colégio Marista e no CEMA. Dentro de pouco tempo, o Handebol tornou-se um esporte muito bem aceito nos três colégios que trabalhava. Nessa época Cláudio Vaz que tinha assumido o lugar de Mary Santos. Quando retornou, informou-o do que eram os JEB's, que tinha trazido aquele material e que já estava começando a trabalhar. Nesse mesmo ato teve FEJ [Festival Esportivo da Juventude] que naquela época era festival, e foi quando Handebol entrou pela primeira vez. o Governador era Pedro Neiva de Santana, com quem o Cláudio Vaz tinha tudo; Haroldo Tavares era o Prefeito; e Jaime Santana, filho de Pedro Neiva, era o Secretário de Finanças; e foi daí que o Maranhão foi para o JEB's pela primeira vez, de avião fretado, com muito dinheiro exatamente por isso. Naquele primeiro Festival o Handebol entrou pela primeira vez, foram quatro equipes, três minha (Batista, Marista e CEMA) e Liceu, que naquela época tinha uma turma também de rapazes que faziam tudo, jogavam futebol, futebol de salão, volei, basquetebol e que inclusive se meteram para jogar Handebol também; então eram os quatro times, que disputou a primeira vez e a final, o ultimo jogo para sair o campeão foi entre Batista e Marista, meus dois times. Dimas, em parceria com o Cláudio Vaz, foi o grande mestre do Festival da Juventude, que virou JEM's em 1973. A "importação" de professores, técnicos e atletas - Cláudio Vaz começou a trazer técnicos e atletas de fora, para continuar o trabalho iniciado por Dimas. O primeiro a chegar, foi Laércio Elias Pereira, depois, Marcão, Biguá, Vitché.... Com a chegada de Laércio, Dimas passa o Handebol para ele e passa a me dedicar mais à Ginástica Olímpica; com Natação, principalmente em aulas particulares, em piscinas particulares e à outras coisas. Dimas e Laércio procuravam entre os melhores alunos, os preparavam, e os deixam nos diversos estabelecimentos de ensino, para atuarem como técnicos, formando toda uma geração de atletas-professores. A influência de Dimas em toda uma geração de jovens atletas foi tamanha, que até hoje, trinta anos após, estes pequenos ginastas de outrora tornaram-se os responsáveis pelo esporte no Maranhão, e continuam honrando a posição de destaque ocupado pela Ginástica Olímpica maranhense no Brasil: A EDUCAÇÃO FÍSICA NA UFMA - Quando a prática de Educação Física se tornou obrigatória no terceiro grau, nossa Universidade teve necessidade de implantação do curso. O reitor solicitou do MEC que mandasse uma pessoa para fazer a implantação, e foi indicada uma maranhense e como já eram conhecidos, ela convocou Dimas para ajudar na implantação. Eu entrei na Universidade logo na implantação das práticas de Educação Física


O Professor de Recreação - uma filosofia de/para a vida... A última disciplina que Dimas lecionou na Universidade foi Recreação, na qual se dediquei muito nos últimos anos. Para Dimas, na Recreação o aluno tem oportunidade de vivenciar tudo - percepção, iniciativa, todas as diferentes percepções espaço temporal, manual - e o aluno descobre o seu gosto, o seu jeito, a maneira dele se desempenhar sua coordenação motora, então ele vai descobrindo tudo nas aulas de recreação e dali para entrar no esporte já é um passo, que ele vai vivenciar todas as formas de habilidade motora e percepções; a recreação é uma atividade que trabalha perfeitamente as três áreas, motora, cognitiva e afetiva " Fui professor de Educação Física, olhando sempre a Educação em primeiro lugar ..." - Dimas sempre trabalhou, em Educação Física, olhando o homem em seu global, preparando o homem para ser um grande cidadão, um grande profissional e com as sua saúde e aptidões atléticas para ocupar bem as suas horas livres, as suas horas de lazer, e aqueles que quiserem ser transformado num grande campeão, ganhar medalha e troféu também. Essa foi a forma como foi professor de Educação Física, olhando sempre a Educação em primeiro lugar e o desenvolvimento global do homem. Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS). ARY FAÇANHA DE SÁ – Atletismo, dirigente esportivo 1928 - Nasceu em 1º de abril, no município de Guimarães, Em São Luís, cursou o ginasial no Colégio de São Luiz, do prof. Luiz Rego - criador dos Jogos Inter-colegias -, por onde disputava as provas de 100 e 200 metros, além do salto em distância; consegue a espantosa marca de 5,00 metros. 1949 - foi para o Rio de Janeiro estudar - levado pelo irmão, ingressa no Fluminense Futebol Clube, como atleta. 1950 - ingressou na Escola Nacional de Educação Física. 1952 - recordista sul-americano de salto em distância, com 7,57 m, o que lhe valeu a convocação para a Olimpíada de Helsinque, tendo conquistado o 4º lugar no salto em distância. 1955, bateu o recorde pan-americano, com a marca de 7,84 metros, a quarta marca do mundo. - atleta da Seleção Brasileira de Atletismo - e do Fluminense, do Rio de Janeiro; - recordista sul-americano do salto em distância, participou de duas Olimpíadas, de 1952 e 1956. - Professor de Educação Física, formado pela Escola Nacional, foi o introdutor do Interval-training no Brasil, assim como um dos idealizadores dos Jogos Escolares Brasileiros. Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS).

CARLOS ALBERTO BARATEIRO DA COSTA – BEBETO, CEL. BEBETO – Basquetebol, Futebol 1934 - Nascido em 25 de novembro, começou com o futebol, aos 14 anos de idade (1948), a contragosto de seu pai, "seu" Silvestre, no campo do Matadouro (Bairro da Liberdade); depois passou a treinar no campo do Santa Izabel, pelo MAC. Atuava, também, pelo Colégio Ateneu, onde estudava, e à noite dedicava-se ao Basquetebol, tendo começado, nesse esporte, no Nacional, passando para o Vera Cruz e, depois, Moto Clube de São Luís, chegando à seleção maranhense. 1952 - No futebol, tornou-se profissional aos 18 anos de idade ao entrar para o Exército. Foi para o Rio, fazer cursos, e lá não aceitou jogar pelo Fluminense, pois era flamenguista doente. Ao voltar para o Maranhão, passa a jogar pelo Moto Clube. 1960 - deixa o Exército e ingressa na Polícia Militar e deixa o futebol profissional. Em sua carreira militar, exerceu várias funções, 1975 - Interventor de Imperatriz, cidade onde desenvolveu os esportes, sendo um dos responsáveis pela implantação da educação física nas escolas municipais e um dos criadores da Olimpíada Colegial de Imperatriz, hoje, Jogos Escolares de Imperatriz. Fonte: BIGUÁ, Tânia; BIGUÁ, Edivaldo Pereira. ONDE ANDA VOCÊ ? BEBETO: do basquete ao futebol. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, Segunda-feira, 13 de outubro de 1977, p. 4. Esporte.


CARLOS ALBERTO FERREIRA ALVES – militar, Voleibol 1928 – ano de seu nascimento 1945 - jogava Basquetebol pelo Liceu Maranhense. Conhecido, nos meios esportivos do Maranhão, como Tenente Alves, por toda uma geração de esportistas, de Basquetebol, de Voleibol, e de alunos de vários cursos de Educação Física que ministrou. 1946 - jogava pelo Moto Clube de São Luís. - Cursou a Escola preparatória de Cadetes, em Fortaleza, por onde jogava Basquetebol e Futebol de Salão; foi para a Academia Militar das Agulhas Negras e lá também se destacou no Basquetebol. 1953 - estava de volta ao Rio de Janeiro, como 2º Tenente; 1955 - retorna à São Luís, formando ao lado de Rubem Goulart, Rinaldi Maia, Carlos Vasconcelos e Ronald Carvalho um dos melhores times de Basquetebol do Maranhão - foi um dos fundadores da Federação Maranhense - foi presidente da Federação Maranhense de Desportos - FMD -; 1968 - administrador do Ginásio Costa Rodrigues, a convite do Secretário de Educação, Cabral Marques; o então Major Alves deva aulas de Basquetebol, Handebol, Voleibol, ao lado de Dimas, Rinaldi Maia e Vanilde Leão. - Foi Diretor de Esportes do SESC até 1972, ano em que foi técnico de Voleibol - masculino e feminino - e Basquetebol - masculino - da seleção que participou dos JEB's de Maceió - na primeira participação do Maranhão. Fonte: BIGUÁ, Tânia; BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você ? Alves - atleta e técnico. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 17 de novembro de 1997, Segunda-feira, p. 4. Caderno de Esportes.

CARLOS DE SOUZA VASCONCELOS - médico - médico do 24º Batalhão de Caçadores, foi nomeado pelo Governador Eugênio Barros para substituir a Eduardo Viana Pereira na Prefeitura de São Luís. A decisão surpreendeu a cidade, pois Carlos Vasconcelos não tinha nenhuma vinculação partidária e dirigia o Departamento Regional do SESI. Em 23 de agosto de 1955, demitiu-se, por ter-se desentendido com o governador, que queria que demitisse alguns funcionários da prefeitura. Década de 1950 - delegado do MEC no Maranhão, médico da então Escola Técnica Federal do Maranhão,onde criou o serviço de biometria, criou os Jogos Intercolegiais Fonte: BUZAR, Benedito. Prefeitos de São Luís no século XX. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 1 º de outubro de 2000, p. 10. Caderno Especial. - José Geraldo Mendonça comenta que o Ginásio Costa Rodrigues deveria ter o nome de Carlos Vasconcelos, pois era um grande batalhador, era um guerreiro, lutava para conseguir dinheiro, lutava para conseguir os espaços para realização dos jogos e cometemos uma injustiça muito grande, porque o ginásio Costa Rodrigues foi iniciado pelo Dr. Carlos Vasconcelos. Pedindo dinheiro daqui da escola. Primeiro ele fez uma quadra coberta, e ai ele foi levando, tirando um pedaço ali era o fundo do Liceu Maranhense ele conseguiu, construiu a quadra, depois ele cobriu a quadra, e aí foi que no governo de Pedro Neiva, sei lá qual foi, terminaram o Ginásio e deram o nome ao Costa Rodrigues quando poderia ser ginásio Carlos Vasconcelos. Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS). CARLOS GUTERRES MOREIRA POLITICO – (São Luís, 10 de novembro de 1938) é um servidor público e político brasileiro. Filiado ao PMDB, foi deputado estadual do Maranhão por quatro mandatos.eçou a carreira política em 1974, sendo reeleito em 1978, 1982 e 1986. Candidatou-se a prefeito de São Luís em 1985, 1988 e 1992 e a deputado estadual em 1990, 1994 e 1998, sem lograr êxito. Sua última eleição foi em 2016, quando candidatou-se a vereador


de São José de Ribamar pelo PMDB e obteve https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Guterres_Moreira

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êxito.

CARLOS ROBERTO TINOCO DA SILVA, irmão de Paulão, também formado em educação física, exerce a função de técnico de basquete; é professor do CEFET-MA CLÁUDIO ANTÔNIO VAZ DOS SANTOS, o Cláudio "Alemão" - esportista Nasceu em São Luís, no dia 24 de dezembro de 1935. Foi atleta de Basquetebol, Voleibol, Futebol de Campo e de Salão, Atletismo e Natação. Pertenceu àquela famosa "Geração de 53", do esporte maranhense, atuante nas décadas de 50 e 60. Faziam parte desse grupo: José Reinaldo Tavares (atual Governador do Estado), Alim Maluf (Secretário de Esportes e Lazer); Mauro de Alencar Fecury (exprefeito de São Luis, deputado federal, hoje, suplente de Senador); Raul Guterres; Janjão Vaz dos Santos, Cel. PM Bebeto Barateiro de Costa; Por iniciativa de Mauro Fecury, esses atletas ainda hoje se reúnem, no mês de dezembro, para os Jogos dos Amigos, para relembrar o passado de atletas, disputando várias modalidades, junto com os “jovens” das gerações que o precederam. Cláudio Alemão – recebeu esse apelido quando estudava no Colégio Marista, 4º ano primário; começou os estudos no Jardim de Infância Antônio Lobo ao lado da Igreja do Santo Antônio, onde sua mãe era professora; estudou até 04, até 06 anos de idade no Colégio Antônio Lobo; quando foi transferido para o Colégio São Luís Gonzaga, da Professora Zuleide Bogéa, na Rua do Sol; de lá se transferiu para o Colégio Marista, pois morava na Montanha Russa, e o Marista, nesse tempo, era no Palácio do Bispo, na avenida Dom Pedro II; e foi fazer exame de admissão para o 4º primário, e exame de admissão no Colégio Marista. Ao chegar no Marista, era um praticante de futebol e de espiribol, é um esporte que hoje parou, mas nós tínhamos no espiribol do Marista, e no futebol de campo; o irmão Manuel era considerado o diretor de esportes do Colégio Marista, me olhavam e me chamavam de Alemão (nessa época loiro maranhense eram poucos) e começou o Manoel - Cláudio: - Alemão, Alemão, Alemão, e eu fiquei Alemão até hoje, e sinto orgulho, o que marcou muito a minha formação, tanto Cláudio Alemão, que depois, devido ao Fontenelle, eu passei a ser o Cláudio Vaz (o Alemão), quando entrei na área de esporte, como dirigente; fez o 4º ano primário, o exame de admissão e até a 4º série ginasial no Colégio Marista. Tanto no Colégio Maranhense, como o Colégio Cearense, eu estudei nos dois Maristas, até 52 em 53; no Marista começou em 44 e foi até 52; - Educação Física nos Maristas - não tive Educação Física no Marista, a não ser práticas de esportes, comandada sempre pelos irmãos Maristas. Nós não tínhamos professor de Educação Física, nem leigo; nós tínhamos apenas os irmãos Maristas, que nos colocavam para praticar esporte, era: o futebol de campo e o espiribol; o Basquete, o volei não existiam também; nossa prática maior era o futebol de campo, onde é hoje o Vila Rica, ali era o nosso campinho de futebol, pagávamos 500 réis para o Colégio Marista para participar; depois do almoço arregaçávamos as calças antes de começar as aulas, nós praticávamos esporte de 12:30 até às 13:30h. Nós saíamos suados, eu me lembro desse detalhe; Nós tivemos uma quadra, onde eu pratiquei basquete, foi no "8 de Maio", atrás do Cassino Maranhense; hoje... ali era um matagal, o 8 de Maio, comandado por Rubem Goulart, era o time dos “ erres”..., Rubem, Ronald, Raul Guterres ... Ronald Carvalho, nosso amigo inesquecível... Rubem Goulart, que foi o líder; praticava o Paulinho Carvalho, Zeca Carvalho, e foi onde eu comecei a praticar vôlei e basquete. Essa quadra era do 8 de Maio, atrás do fundo do Casino Maranhense hoje. Eu era garoto e esse Alemão já velho, aí também eu era pegador de bola dele quando faltava os primeiros praticantes de futebol de salão do Maranhão. Eu jogava com bola de volei, faltava goleiro, eles me improvisavam para goleiro. A bola caia no campinho ao lado, eles diziam: - Alemão; eu olhava para o lado e ia buscar. Eu era o garoto de fazer tudo o que eles praticavam, eu era o mascote deles lá. 1945 –Boxe - Eu ainda era garoto, esse tempo foi em 1945; Lupercino [Almeida] era um lutador de boxe do Maranhão e eu era, sempre fui entusiasmo pela prática do esporte; eu tive a felicidade, na época, de ser a primeira pessoa a aprender a técnica do boxe aprender a bater: ponta de queixo, coração, fígado, baço, estômago, supercílio, aquilo tudo ele me ensinou os movimentos; eu aprendi uma técnica que nessa época ninguém tinha a briga aqui era de cabeça naquele tempo a briga era um negócio saudável quando se decidia alguma rivalidade era uma coisa saudável, amanhã estava tudo bem, era uma briga sem nenhuma maldade e o que aconteceu Lupecínio me ensinou a bater, eu transformei essa técnica futuramente numa


defesa que eu fui ter e foi como é que vai... Olha o atleta aí e foi aí que veio quando nós fizemos a academia do Oton Mondego foi o primeiro professor da escolinha que nós tínhamos de boxe no Maranhão (1972/73) - Professor Oton Mondego, que depois foi assassinado por Hiluy, (José de Ribamar Hiluy, Juiz de Direito), que teve um problema com ele; antes, teve a Academia do Joe Henrique, foi um dos bons professores de boxe que teve aqui no Maranhão; ele foi o primeiro a montar uma academia de boxe particular, acho que ele foi aluno do Oton, acho que foi o Oton o primeiro professor nosso em 1971, 72, lá no Costa Rodrigues, tínhamos toda modalidade, funcionava as escolinhas todas, funcionava judô, Karatê, que foi o primeiro a introduzir uma escolinha aqui foi o professor Ribamar e ele está até hoje aí ... 1952 - foi transferido para o Colégio São Luís, do professor Luís Rego; o esporte era muito incetivado no São Luís, formando gerações de atletas; começou a praticar atletismo; era corredor de 100, 200 metros; o atletismo era praticado numa pista improvisada no Santa Isabel - corridas, lançamento de peso, lançamento de dardo e lançamento de disco; os atletas dessa época foram influenciados por uma filme - o Homem de Ferro, com Burt Lancaster, que fazia tudo quanto era esporte; praticavam atletismo sem nenhuma orientação, apenas com intuição - Natação - a primeira piscina que teve no Maranhão, nós não nadávamos por competição, nós nadávamos por recreação, foi na casa de Domingos Mendes, na rua Grande onde é hoje o Colégio do Manga, eu não sei se a piscina ainda existe lá; nós fazíamos natação recreativa, não tinha natação competitiva, a primeira natação que veio já foi da piscina do Jaguarema, foi o primeiro aparelho de piscina do Maranhão Clube, nós já tivemos competições dirigidas já com professores e orientando 1953 - O Milionários - nós fomos participar de volei e basquetebol sábado à tarde no Colégio São Luís e na quadre coberta que tinha no Liceu jogava o Milionário, o Colégio São Luiz, jogava 08 de Maio; nós jogávamos na quadra do Colégio São Luiz, não sei se ainda existe a quadra lá. assim que nós jogávamos à tarde e jogávamos o Campeonato Maranhense de Basquete já no Santa Isabel, que era a única quadra iluminada que tinha em São Luís; o Estádio de Santa Isabel, que hoje é a Igreja Universal, ficava ali no fundo , essa quadra antigo campo do Fabril Atlético Clube, fábrica Santa Isabel, que, em 1905 o Nhozinho fundou o clube esportivo, o futebol, o atletismo, tênis, cricket, ckoct; foi onde nós praticamos em grupo, nós nos unimos a ele, era os Milionários e era um contracenso; não tínhamos um tostão, mas como tinha aquele time os Milionários, e nós tivemos a idéia de fazer nossa equipagem, nós saímos da Praia Grande, pedindo dinheiro no comércio da Praia Grande. Na rua Portugal, a gente chegava e vendia os nossos ingressos, mandava fazer ingresso de jogo, quando dinheiro arrecadava, mandava fazer nossa equipagem de jogo. Hoje a gente comemora todo ano no 2º sábado de dezembro, a gente se une, a gente joga, pratica 1956 - Futebol de salão - foi a Liga Maranhense de Futebol de Salão, comandada por Zé Rosa. Foi o grande incentivador do futebol de salão do Maranhão. Falecidos, todos os dois falecidos. Zé Rosa que morava na rua dos Afogados e a sede era na casa dele, então ali que começou o futebol de salão; [não se trata do Zé Rosa, professor de Educação Física que foi professor na Escola também] – o que se refere era um desportista que comandou a liga, era presidente da liga e foi onde nós começamos a praticar futebol de salão, foi na quadra do Casino Maranhense (a quadra descoberta lá tinham duas quadras, depois fizeram a outra do lado da casa do Pedro Neiva, essa quadra era ao lado da quadra de tênis dos Ingleses que praticavam Tênis e ao lado fizeram futebol de salão, isso em 1956 em diante o futebol de salão veio a surgir. - futebol americano – jogava tanto no Colégio como no quartel; tinha o capitão Nélio, tenente Nélio que era o nosso orientador, veio da Escola de Ed. Física do Exército, trouxe muitos conhecimentos; o nosso conhecimento de esportes foi através desse trabalho no N.P.O. R ( Núcleo Preparatório dos Oficiais da Reserva). 1959 - Fuga para o Rio de Janeiro - Eu era nesse tempo, Fiscal do Estado, tinha sido nomeado fiscal do estado que eu ainda não trabalhava na área de esporte. Era um praticante, parei, continuei jogando e tal mas só nas federações eu jogava volei e basquete, mais o volei não tinha, nem federação, só o basquete que era federado e eu tive paralelo ao meu trabalho. Sempre fui uma pessoa que tinha outra atividade, eu tinha um restaurante onde e hoje a Caixa Econômica, lado direito tem a caixa econômica esquerdo na João Lisboa, Serra Negra, rua Nazaré, na esquina da rua de Nazaré, tinha um prédio de azulejo grande, ali era o Hotel Serra Negra do Moreira Lima, eu tinha em baixo um restaurante de nome; eu trabalhava na secretaria até 6h, e 06:30/ 07:30h, ia para meu restaurante; e me apareceu um cara, um tal de Sabonete


dentro do meu depósito roubado, eu peguei os caras e trouxeram o cara tranquilão do tamanho de um guarda – roupa, o cara do tamanho desse armário aí, o cara sossegou; senta aqui se não eu chamo a polícia, pode chamar. Chamei dois guardas da polícia civil, era uns guardas com um cacetetizinho de borracha: esse cara estava aqui no meu depósito roubando, aí ele disse esses dois ai que vão me levar certo não vão me levar não, Quando acabou ele se virou para mim e disse: Loiro filho da puta, eu vou te cair de porrada agora. Rapaz, aí eu parti para esse cara, eu parti para cima dele, o cara era assassino, já tinha mandado outro para o inferno, foi o maior problema, eu só sei que no final eu consegui com os meus conhecimentos dar-lhe uma porrada, ali na frente e joguei ele no chão, quando eu joguei ele no chão, todos caíram de ponta pé nesse cara, o cara quase desmaiava, nisso nós pensamos que ele tivesse morto, esse bicho deu uma levantada e saiu correndo, atravessou a rua e foi embora. A polícia foi pegar ele lá na frente, aí o levou e guardou, esse cara ficou me jurando: vou te matar, vou te matar; eu andava preocupado, eu estava querendo ir para o Rio, fui embora, pois minha saída foi por causa dessa briga. Esse cara me deu uma dentada, até hoje eu tenho uma marca aqui. Foi por causa dessa briga que eu fui embora, eu tinha apartamento, tinha tudo no Rio, fiquei trabalhando no escritório do Estado do Maranhão no Rio, durante 03 anos aí depois eu voltei para lá. 1962 - foi que eu voltei, foi que eu fui ser, trabalhar na Secretaria da Fazenda; ai fui auxiliar de fiscal, fiscal de venda. Aí no governo de Newton Bello, fui ser tesoureiro do IPEM, aí comecei a ter vários cargos públicos, 1968 - fez vestibular para Economia; foi o primeiro vestibular unificado que teve no Maranhão, para Economia, foi, nesse tempo estava ainda na rua Afonso Pena em frente ao jornal pequeno, era a Academia de Comércio. - Judô - Ah! Eu e o judô. Eu fui, modéstia à parte, foi o esporte individual que eu mais me destaquei, eu disputei dois campeonatos maranhenses e nós tivemos aqui um grupo de judô muito técnico; nós fomos aluno do Major Vicente, mas antes do Major Vicente, tinha o Paulo Leite, já tinha o judô no Maranhão; Já tinha o judô maranhense um ano, dois anos, antes de começarmos a nossa Samurai era atrás do Costa Rodrigues, onde é o Líbano, aquele clube lá que hoje é Colégio. Então o Paulo Leite já praticava judô em 68; depois veio o Major Vicente, do Exército, era Professor de Educação Física, da Escola de Educação Física do Exército, e praticante de Judô, faixa preta, criou a Academia Samurai, onde nós fomos alunos e conhecidos, assim, mais no momento eu, Marco Vieira da Silva, Fabiano Vieira da Silva, Juca Chaves, Paulo Miranda, que eu perdi dois campeonatos para ele, fui vice – campeão duas vezes naquele tempo; judô só era defensivo, não valia pontos ofensivos, só valia a defesa, você sempre contra atacava mas não valia o ataque, só valia a defesa. Então nós fomos praticantes e realmente criamos um judô de elite aqui no Maranhão. Nesses 03 anos de trabalho, 68 até 70; Major Vicente foi transferido para o Rio de Janeiro; ai nós procuramos trazer um professor no nível dele, quando Jorge Saito estava disponível, foi campeão das Forças Armadas, por sinal um elemento técnico de primeiro nível, de primeira linha. Major Vicente, que eu já vi para poder transmitir e assinar. Que nos esportes individuais a pessoa muitas vezes não é o campeão mas é o melhor mestre para transmitir, para ensinar, então nós aprendemos muito a técnica, a filosofia do judô; nós tínhamos um judô clássico, elevado, seguíamos aquelas mensagens, tudo o que dizia, o que vinha do judô nós tínhamos esse trabalho e isso não foi só comigo, foi com todo o grupo, era vestido, preparado para enfrentar esse judô clássico, acadêmico, milenar que nós conseguimos absorver, hoje eu acho que o judô virou uma competição de briga, acabou o nível de uso das técnicas, o nível do respeito, desde o Kimono abotoado, amarrado fechado; hoje a pessoa solta a pessoa faz um judô de luta livre. 1970 - Jaime Santana, que eu me esqueci de citar da nossa geração, era um dos nossos praticantes de esporte, tanto volei como o basquete, futebol de campo, futebol de salão, nós jogávamos tudo é que toda essa geração jogava tudo, ninguém jogava futebol de praia, futebol de salão, futebol de campo, Jaguarema então era o nosso celeiro. Foi o grande Jaguarema na época, então o que a gente praticava de esporte era direto, Jaime Santana, nós tivemos um problema em 1970, Zé Reinaldo também atleta, Zé Reinaldo governador, Jaime Santana nós tivemos nas Casas Brasileiras. Então Jaime Santana em 1970, o pai dele ainda não era governador, nós precisávamos da quadra do Costa Rodrigues para treinar nossa seleção de basquete, para em 1970 irmos para Porto Alegre, mais precisamente Santa Cruz do Sul e nós precisamos do Ginásio, o técnico era o Chico Cunha, “ Cearense”, era mineiro trabalhava mais no Ceará; e veio trabalhar com a gente aqui na época do governo Sarney; nós fomos pedir; não podia ceder o Ginásio para nós treinarmos, nossa seleção porque estava tendo jogral, aí depois do jogral não podia


porque ia ter um reunião, não vou declinar o nome da pessoa que dirigia, não interessa, só interessa o fato, não podia porque tinha que fazer silêncio, porque ia ter uma reunião e o Ginásio não podia ser ocupado para treino porque ia ter uma reunião na sala de reunião e o barulho ia prejudicar; então nós ficamos do lado de fora do Costa Rodrigues sem poder treinar... Mas isso vai acabar, Alemão, te prepara que isso vai acabar quando em 1970, Neiva Santana assumiu o governo, Jaime me chama - olha, tu vai ser Coordenador de Esporte da Prefeitura; Haroldo Tavares, nós começamos primeiro na Prefeitura, foi nosso primeiro passo, foi na Coordenação de Esportes, Haroldo Tavares Prefeito de São Luís; O Carlos Vasconcelos era da Coordenação de Educação Física, aí foi criada a Coordenação de Esporte, na área estudantil, trabalhava só com esporte escolar; Por sinal era o mesmo problema, era muito limitado, ele o esporte escolar no Maranhão, fomos funcionar onde é o parque do Bom Menino, tem um açougue, ali em baixo, ali que era a coordenação, alugamos de Antônio o prédio e fomos fazer a explanação, primeira medida eu fiz uma equipe muito boa, foi Geografia, Fernando Sousa, Jaime Sampaio e Fernando Sousa, Jornalista Diretor Técnico, bom foi minha diretoria ai eu convoquei os professores, fiz o levantamento de quem é que podia ser útil, quem é que eu tenho para trabalhar porque eu tinha o direito de formar escolinhas, que não tínhamos nada nesse sentido de formação de atleta. Então veio o Dimas, veio o Major Alves, professoras as duas, professoras Maria José e Tarcinho, Odinéia, Clarice Lemos, Maria José, Ildenê Menezes, Dinorah e Celeste Pacheco, Graça Helluy, voleibol, viajou comigo para o primeiro JEBS em 72, ela foi a técnica, nós já fomos para os JEBS em Maceió 1971 - foi que nós fizemos a escolinha com esse trabalho e criamos o primeiro FEJ - foi a Coordenação de Esporte da Prefeitura de São Luís. - Primeiro FEJ (Festival Esportivo da Juventude) - a Mary Santos fazia jogos Intercolegiais do interior ela nunca fez uns jogos na capital, ela fazia jogos Intercolegiais, em que eu fui árbitro, Roseana jogava, Carlos Vasconcelos era do MEC, tinha uma rivalidade com ela e fazia os jogos dele, ele fazia o dela, eram jogos isolados. Tinham dois jogos, o do Carlos Vasconcelos, e tinha os Jogos Intermunicipais, que era voltado para o interior, com a Mary Santos. A Mary Santos era do Estado, da Secretaria de Educação e Cultura, onde tinha uma Secretaria de Esporte, Secretaria de Educação Física do Estado, era serviço de Ed. Física do Estado. A Mary estava no Estado, a Ildenê, no Município. A Ildenê era Secretaria de Educação e a Mary era de Ed. Física. Foi ai que eu entrei, fui dirigir pela primeira vez. - isso foi em 71, nós entramos no Governo, se não me engano, foi em março ou por aí em setembro, nós tivemos o primeiro FEJ (Festival Esportivo da Juventude)- Semana da Pátria -, onde o Colégio São Luiz foi o primeiro campeão do FEJ, onde eu trabalhei; aí foi que o Dimas começou, trabalhamos juntos, nós acumulávamos, nós éramos árbitros, técnicos. Tudo nós fazíamos tanto o Dimas quanto o Laércio (do São Paulo) já me ajudou, nessa época; foi o primeiro que veio para cá; o pessoal criou muito problema comigo porque eu estava enchendo de paulista, muito fácil de explicar: não tinha professor de Ed. Física no Maranhão e eu queria fazer um trabalho de nível, eu tinha de pensar primeira coisa que tinha de ter, era o professor tanto para quem quisesse transferir conhecimento, então eu não tinha nada acadêmico, nada elevado nessa área aqui, só tinha professor superado, dois que já não trabalhavam mais, Braga que era professor daqui e não sei se era formado, Zé Rosa, Rinaldi Maia. - 71, eu estava só na Coordenação de Esporte na Prefeitura e nós fizemos o primeiro FEJ; aí teve o segundo FEJ, foi quando o Jaime criou o Departamento de Ed. Física e Desportos, Pedro Neiva me nomeou no lugar da Mary Santos. Já foi no governo de Pedro Neiva com Haroldo Tavares que agora é que tu vais entender, eu entrei primeiro na Prefeitura, que Haroldo Tavares era cunhado de Pedro Neiva, irmão da mulher de Pedro Neiva que é a mãe de Jaime Santana, então para que eu pudesse assumir o Estado, nesse tempo podia acumular, então criaram o Departamento de Ed. Física e Deporto do Estado. Nesse tempo na Secretaria de Cultura o nível do Departamento era mais acima de serviço, então para que eu fosse para o Estado, foi criado o Departamento de Desporto do Estado, para que eu pudesse assumir, acabar o serviço, então era novo o cargo e aí que eu fui para o Estado, eu acumulei Coordenador de Esporte da Prefeitura e Diretor do Departamento de Ed. Física e Desporto do Estado, ligado a Secretaria de Educação, do professor Luis Rego - era o Secretario na época, professor Luís Rego primeiro Secretario que eu trabalhei, depois eu trabalhei com o Magno Bacelar que foi o Secretario; depois com o Pedro Rocha Dantas Neto que também foi secretario. 1972 - fui nomeado Diretor do Departamento, onde foi que ficou o Departamento. Lá no Costa Rodrigues ai eu transferir a Coordenação, acumulei no Costa Rodrigues eu levei tudo para lá ficou a coordenação. Eu


era Coordenador, Diretor do Departamento de Ed. Física do Estado e Presidente do C.R.D; quem era diretor era Presidente do C.R.D automático não tinha vínculo político nisso, era uma tradição de desporto ligado ao C.N.D (Conselho Nacional de Desporto) onde era o Brigadeiro Jerônimo Bastos, ai foi que eu fiz a minha equipe, aí foi que o Dimas entra com a parte principal quando nós estávamos para fazer o segundo FEJ em 72, seria em setembro, Dimas foi a Belo Horizonte; ai Dimas trouxe toda a informação, e o Maranhão podia participar do JEB's em 72; ele trouxe em 71, ele foi no JEB's em julho e trouxe.... ( todos falam ao mesmo tempo e não há um entendimento) Dimas me trouxe, eu organizei a primeira equipe com o Dimas, era do Handebol, primeira equipe que nós viajamos para o JEB's; Ginástica Olímpica e Handebol, o Dimas, Coronel Alves, basquete; voleibol, Graça Hiluy; Coronel Alves antes era Major, foi isso para dar coletivo que eu levei foram 52 pessoas que eu levei, não levamos atletismo, natação, não levamos nada; aí eu já tinha uma parte ativa comigo, porque eu precisava do Dimas, não só como técnico, mas também como conselheiro, porque como eu te falei eu não sou formado, eu sempre procurava olhar uma pessoa que tivesse um conhecimento acadêmico para poder me orientar, é uma de nossas iniciativas foi justamente essa de criar esse jogos escolares, foi o primeiro e o segundo e depois nós o transformaremos em JEM's, - os Globen Trotters, uma festa é o maior evento intencional que já houve no Maranhão de Esporte, eu trouxe justamente com o Zé Alberto Moraes Rego, presidente da Associação Maranhense de Basquete, nós conseguimos junto a Confederação Brasileira de Basquete, Almirante Mera, nós fizemos os Globen Trotters dentro do Nhozinho Santos, construímos uma quadra de 20 x40m, iluminamos, subimos 1 metro do nível do campo o jogo. Foi no governo de Pedro Neiva, os Globen Trotters jogaram no Maranhão, foi o maior evento internacional de esporte que já teve no Maranhão. 1973 - o primeiro JEM's foi em 73, sempre tenho essa dúvida; o pessoal não guarda isso mais, o primeiro FEJ foi em 71 o segundo FEJ em 72 e o primeiro JEM's em 73; Nós participamos do JEB's e a sigla pesava, mas por bem achamos melhor mudar para JEM's - Jogos Estudantis Maranhenses - nós já tínhamos passado o primeiro e o segundo FEJ com sucesso, com a mudança, com a formação das escolas a conscientização que e a primeira coisa a nascer numa escola era a força a Ed. Física através dos esportes, foi a maneira que nós encontramos de valorizar o professor de Ed. Física ele que era praticamente um esquecido dentro da área educacional, achava – se que era desnecessária a Ed. Física onde não se praticava nem a ed. Física, nem os esportes, nós criamos esses jogos para provocar nos colégios essa necessidade de se formar atletas, assim como também transmitir Ed. Física e valorizar o professor, porque nós não tínhamos campo de trabalho para eles e passou a ter esse foi o ponto marcante do nosso trabalho. - JEB's em 73 - nós conseguimos formar uma equipe de professores excelente aqui, em um ano o Maranhão evoluiu demais em todas as modalidades, Jacaré que era o professor de natação, professor de Teles que hoje tem Escola, o menino que ia casar com a filha de Ronald. Como é o nome dele? Zé Lauro; todos eles são meus atletas, o menino Teles, Osvaldo, Phil Camarão, David Camarão que faleceu. - então nós formamos uma equipe, uma delegação de 225 atletas e com dirigentes davam 250 pessoas, nós fomos para Brasília, nessa época nós tínhamos total apoio do governo estadual e federal, 250 atletas de Boing fretado, nós não saímos daqui de avião de linha, nós fomos de dois boing de ida, dois boing de volta fretado para Brasília em 1973, em julho. Dimas era professor de ginástica olímpica na minha equipe, Ginástica Olímpica Masculino e feminino e Ginástica Rítmica que foi a mulher dele; Técnico de Basquete também, tu soube disso, nós fomos a Niterói, nessa época que nós fomos a Niterói já isso, como uma pequena Federação, nós fomos participar de um Campeonato Brasileiro, Dimas foi técnico de Basquete também, era muito versátil, era Basquete, Handebol, Ginástica Olímpica, ele foi tudo, o Dimas ele era árbitro também comigo. Nos jogos sempre o nível da arbitragem era muito fraco, então esse grupo de trabalho foi que nós fomos para Brasília, já com uma equipe que nós conseguimos fazer uma boa apresentação muito boa do Maranhão. – Laércio veio dar um curso pela ODEFE, de handebol, daqui ele deveria ir para Manaus e ai, teve um problema em Manaus, o curso não teve, ai ficou aqui ajudando o Dimas aqui com o Handebol, ai você queria que ele acompanhasse no JEB's ele disse que não podia, porque ele era técnico do São Paulo, só que com a vinda dele para dar esse curso aqui, o garoto que ele deixou tomando conta, tomou conta tão bem que ficou como técnico e ele ficou desempregado; eu consegui emprego para ele com o brigadeiro Jerônimo Bastos e ele veio para cá como professor, pago pela C.N.D ( Conselho Nacional de Desportos);


Elias foi contratado, ele era meu professor contratado pelo Conselho nacional de Desporto, de onde ele vinha todo mês, o dinheiro vinha religiosamente para conta dele, pago pela C.N.D, eu conseguir colocar como meu professor e pago pelo C.N.D, eu era do C.R.D e consegui junto ao C.N.D professor pago; então o Laércio foi isso, depois de Dimas, Dimas foi o introdutor agora e a grandiosidade do handebol no Maranhão, deve–se tudo ao Laércio, nível técnico, campeão brasileiro duas vezes, masculino e feminino, Laércio foi um monstro, veio o Biguá, veio o Horácio como ajudante dele, assistente Horácio, Biguá 1974 - Nós íamos fazer uma escola de Educação Física particular, já tinha toda a documentação, o professor Salgado deu para mim; Como eu sentia a necessidade de ter professores formados e o que eu trazia eram poucos em relação a necessidade que nós tínhamos, nós achamos um início para formar a escola de Ed. Física particular; Magno Bacelar como Secretario de Educação; Nós começarmos a trabalhar e deve ter sido isso que chegou lá, nós tínhamos um interesse de fazer uma Escola de Educação Física aqui, eu não posso dizer assim com certeza; Domingos Fraga Salgado, foi que eu trouxe para criar e Escola de Educação Física, com o Magno Bacelar; em seguida foi feita a licenciatura do ITA e depois vem a Simei que veio implantar a prática de Ed. Física na UFMA e daí que se cria o curso de Educação Física, e isso é uma coisa que eu queria pergunta para você, quando o Laércio foi embora ele me deixou toda a documentação desse Curso de Educação Física a ser criado na FESM... – Aí veio o Laércio, veio Búzio para o Basquete, então eu fiz um curso de reciclagem aqui; A minha arbitragem do JEB's veio toda de Belém, toda aquela equipe veio para cá e de Recife; O Expedito, para a natação; O Iran Junqueira, handebol de Brasília; desde a participação de pessoas de fora os árbitros ficavam esperando a hora de ser convidado, era hospedagem, dinheiro na hora, eu não sei como eu conseguia, eu não tinha um tostão no meu orçamento. No meu departamento não tinha um tostão; Aí o Jaime telefonava para o Duailibe que era diretor do D.E.R, e disse: o Alemão tá com um problema, aí ele tá precisando de 300 agasalhos: manda ele vir falar comigo; comprava pelo D.E.R ( Dep. de Estradas e Rodagens), não tinha nada a ver com o Dep. de Ed. Física porque tínhamos a facilidades de amizades, o Jaime era Sec. Da Fazenda, então o que Jaime falava era uma ordem, Zé Carlos Alemão tá precisando de 30 bolas, Zé Reinaldo o Ginásio tem de reformar, o Zé Reinaldo Secretário de ação e Obras, uma semana o estádio ia reformar, o que eu precisasse eu não tinha dinheiro em espécie, mas eu tinha todo o apoio logístico, tudo o que eu queria eles me davam; vamos viajar, passagem aérea, o Maranhão passou 4 anos viajando por esse Brasil inteiro, não tinha um campeonato brasileiro que o Maranhão não praticasse. Por que? Material à vontade, técnicos à vontade, uma constância de trabalhos, o Costa Rodrigues não tinha porta fechada, começava 4 horas, 4, 5 horas da manhã, ia até meia – noite ou uma hora e continuava de novo e era uma hora e continuava de novo e era numa dedicação dos professores, teve um lance gozadíssimo, eu tinha uma equipe na coordenação, eu trabalhava na coordenação e no departamento de Ed. Física. O Bordalo que era o Secretario resolveu resumir nossa folha nesse tempo era 100 mil reais passou para 50. Eu reuni meu pessoal todinho e nesse tempo não tinha esse negócio de leis trabalhistas, vocês são meus professores eu não quero perder nenhum, reduziram o meu custeio de 100 mil para 50, eu não quero perder nenhum de vocês eu não sei se vocês vão aceitar mas a única maneira que eu posso fazer eu quero todos vocês aqui, eu vou reduzir 50% o salário de todo mundo aqui, não saiu nenhum, ficou todo mundo ganhando a metade do salário. Gafanhoto vai te contar essa história e ele morre de rir. É que na equipe houve uma irmandade, todos tinham o prazer e brigar para você pegar uma hora no Cota Rodrigues, era uma guerra, todo mundo querendo trabalhar. Foi assim uma motivação maior que fez esse trabalho aparecer, eu tive uma equipe muito boa, meu professor era meus árbitros, meu professor era meus conselheiros, então tinham um trabalho coletivo e todo mundo querendo essa grandeza de educação física no desporto e surgiu os colégios, se empolgaram, o colégio que não tivesse participação no JEMS, não tinha aluno, a vibração dos colégios que aguardavam o ano todinho se preparando então foi aí que surgiu. 1976/1979 – vai para Brasília, trabalhar no DEFER, a convite de Mauro Fecury, que dirigia a NovaCap, à disposição do Governo do Distrito Federal - eu fiquei no DEFER com cargo de assessor e assumi na U.D.E, Associação Desportiva e complexo esportivo, era Diretor Administrativo no Ginásio Nilson Nelson, na época da revolução, como acabou a revolução, arrancaram o nome dele, botaram Nilson Neves, fui diretor do autódromo, esse Luis Estevão Senador, era assim comigo ele era já tão rico nessa época que 76,77 ele chegava com uma Ferrari e que ninguém tinha carro importado no Brasil, ele chegava com a Ferrari 12 cilindros, encostava na frente do boxe para se preparar, para correr de Maverick, para ver o homem era dinheiro, ele tinha uma Ferrari 12 cilindros, eu fiquei muito amigo dele,


Carlos Pace, que faleceu correu lá, Nelson Piquet, não saia do meu gabinete lá no autódromo que ele corria lá, ele é de Brasília. Então eu tinha uma moto 500, e ele tinha uma 350, ela roda autódromo, aí a gente batia um papo, eu tinha uma convivência grande em Brasília, dentro da área de corrida de carro, porque era o diretor do autódromo, e eles precisavam de mim para liberar o autódromo então tinham que pagar, então eu liberava para eles poderem treinar, então eu trabalhei nesse complexo, quando a seleção do Maranhão já foi em 76, já foi para o JEBS, eu já era administrador do complexo, eles ficaram em colégios públicos, eles ficaram hospedados com eles sempre não ficavam em Hotel, então eu botei um carro a disposição deles da delegação. 1980 - retorna para São Luís, para trabalhar na Fundação Municipal de Esportes, quando Mauro Fecury assumiu a Prefeitura pela segunda vez; ai nós criamos FUMESP, eu tive dois professores excelentes, nós fizemos um trabalho só de futebol de campo, aí eu me tornei professor, me reciclei, jogadores, jogadores como Marcos e Lino, os dois professores meus que eu trabalhei lá - Marco Antônio Gonçalves (Marcão) e Lino Castellani Filho; na FUMESF foi ali daquela sede onde é hoje a FUNC, ali que era a FUMESE, o Lino e o Marcos faziam um trabalho só com o futebol de campo, nós criamos quase 100 equipes de futebol de campo nos bairros eu tinha uma caminhonete a disposição deles, nós tivemos 15 frentes de trabalho de escolinhas em vez do atleta na área dele nos campos dele, foi um trabalho excelente, nós formamos atletas, saiu tanto atleta nessa época, dessa geração nesses dois anos. Foi quando João Castelo colocou o Mauro para fora, era prefeito nomeado, derribou com a gente, caiu, saiu levando todo mundo, nós tivemos um trabalho excelente no futebol de campo onde formamos, ex – jogadores, reciclamos esse professores fizeram curso intensivo, Lino e o Marcão que eram professores dessa geração aqui no Maranhão. Foi chamada por eles nessa época. - Volta para a SEDEL - Ai já foi mais um encosto meu a não ser com o Phil Camarão, que eu vim no Gov. Lobão, Phil me nomeou Coordenador de Esporte, mas aí eu ainda tive muita força como Coordenador. Na época de Phil eu mandava mesmo, eu tinha poder de precisão, eu tinha toda autonomia para o trabalho, fizemos ainda um trabalho muito bom em termos de JEMS, era mais coordenar as atividades que a coisa estava feita, porque todos nós dependíamos dos colégios, os colégios eram que tinha a força de trabalho, já existia uma dedicação natural, não precisava ninguém cobrar nada deles, era o interesse dos colégios em participar o nível técnico cada vez melhor. O JEMS foi uma competição de nível, mas o meu trabalho foi mais de administrar o que estava feito, eu não formei nada, eu levei uma seleção para Blumenau. Foi muito bem, Natação, nós fomos uma equipe muito boa com o Phil Camarão. Eu fui para o JEBS, novamente voltei ao JEBS, através dessa eu comecei a participar do JEBS novamente através do Phil Camarão que foi no Gov. Lobão e bom foi que eu fui. Para eu tive um problema que queriam tirar a coordenação lá do Costa Rodrigues com ciumeira porque eu tinha muito poder como Coordenador, eu era o único coordenador que tinha carro à disposição da coordenação e começou uma ciumeira besta achar que eu estava com muita força, eu ficava no Costa Rodrigues e eu tinha que ir era para a SEDEL lá, eu disse se eu for para lá eu não quero mais trabalhar contigo, Em Caxias - foi quando o Paulo Marinho assumiu a prefeitura de Caxias, Prefeito, coincidência , ele disse – Você quer trabalhar comigo na Secretaria? Eu vou. Tu vais transferido para a SEDEL. Eu disse – Para a SEDEL eu não vou, eu quero ficar aqui, mas como tu não quero que eu fique aqui eu vou sair e vou para Caxias, passei dois anos, quase três anos com o Paulo Marinho, De volta à SEDEL - foi quando a Marly Abdalla assumiu novamente e me convidou lá, - tu vai ser meu coordenador de esporte, foi quando eu vim, primeiro ano foi excelente nosso trabalho, fizemos um JEBS excelente, no segundo ano me desentendi com o grupo dela, aí começaram a me isolar, a Marly me deu toda força, eu fiz todo JEMS, generalizei todo esse trabalho enorme do JEMS que não era interiorizado, conseguimos fazer um JEMS muito bom, foi quando aí eu me afastei de novo com Marly Novamente na SEDEL - foi quando entrou o Governo de Roseana, o segundo governo aí, Luisinho foi ser secretario, aí foi uma lástima para mim, eu não me dei bem com ele, a maneira que ele trabalhava e de lidar com as pessoas foi que eu me afastei, sai de lá. Hoje eu to com o Manoel Ribeiro sou coordenador parlamentar, eu me afastei da área de esporte depois disso, nesse último governo de Roseana, primeiro eu fui muito ativo com a Marly que era Secretaria e me deu muita força onde eu trabalhei, agora no segundo eu não tive nenhuma posição de ... fui marginalizado. Ainda na SEDEL – No Governo José Reinaldo, foi subsecretario de esportes e lazer, na administração Alim Maluf


Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS).

DEMOSTHENES MONTOVANI – professor de educação física - foi professor de judô, da UFMA; atualmente esta aposentado DENISE MARTINS DE ARAÚJO – professora de natação Professora de Educação Física, graduada pela UFMA; Sócia-propretária e Diretora Pedagógica da Escola de Natação Viva Água; uma das maiores especialistas brasileiras em natação para bebês; filha de Dimas. DOMINGOS FRAGA SALGADO – professor de educação física foi um professor de Educação Física da UFMA; trabalhou no MEC, na África. Seu genro, Enzo Ferraz, médico ortopedista, atua em Medicina Esportiva, no Maranhão EDIVALDO PEREIRA – BIGUÁ – Handebol, jornalista 1955 - nasceu em 25 de setembro de 1955, em Caruaru – Pernambuco; Com seis meses foi para São Paulo, onde foi criado. O apelido Biguá vem de São Caetano do Sul, quando tinha mais ou menos 8, 9 anos de idade, quando começou a se envolver com esporte - Basquetebol; um professor de basquete - João Francisco Brás -, que foi da seleção brasileira de basquete quem deu o apelido, pois nessa época Biguá usava o cabelo tipo os Beatles e perguntou se tinha algum parentesco com índio, um biguazinho; daí já pegou o apelido de Biguá. Sua mãe disse ser neta de índia e o pai, descende de portugueses; no treino seguinte confirmou ao professor que tinha essa ligação e ele disse na frente de todo mundo que Biguá, na língua Tupi, era Pequeno Índio. Biguá sempre foi arrimo de família e por ser de família muito pobre – de retirantes vindos do interior de Pernambuco para capital de São Paulo - desde os 7 anos de idade trabalha; engraxate num ponto perto de uma padaria em São Caetano, ganhava para as matinês, e ajudava a mãe. Engraxando sapato de uma pessoa, esta começou a falar de esporte, perguntando se eu não praticava; eu jogava muito bem futebol, era uma coisa assim de sangue pois os meus tios jogavam, e o levavam para assistir aos jogos deles; gostava de jogar futebol... a pessoa disse que lá no Lauro Gomes de Almeida que é um ginásio, hoje Rubens Feijão, no Complexo Esportivo da Cidade de São Caetano -, estavam abrindo uma série de escolinhas, foi se inscrever na escolinha de basquete. A primeira técnica que eu teve foi a Norminha - o maior nome do basquetebol feminino; passou a ser o chodozinho do time de basquete feminino lá em São Caetano – jogavam Norminha, Marlene, Delci, Elzinha, e a Simonne, 1963/1969 - viveu basquete dos 8 até os 14 anos, sendo convocado pela Seleção Brasileira Pré- Mirim (até 12 anos de idade); 1966 - foi o primeiro camarada do interior a ser convocado para uma seleção paulista de basquetebol; com 11 anos de idade estava na fase pré-mirim, quando eu voltei da seleção tinha faixas e mais faixas na cidade parabenizando Biguá. Já era Biguá... 1967/1972 - Paralelo ao basquete, continuou jogando futebol em São Caetano; seus primeiros passos com o futebol foi no General Motors ... calhou do Corinthians ir fazer uma apresentação em São Caetano, contra o então SAAD - hoje é o São Caetano Esporte Clube -, na preliminar jogaram, para decisão do campeonato dente de leite, General Motors e Cerâmica São Caetano; vitória do General, com dois gols de Biguá; um olheiro do Corinthians, chamado capitão Pardinam, convidou-o imediatamente para ir para o Corinthians, foi para o Corinthians, e o treinador na época era o Luisinho; ficou no clube dos 12 anos até deu completar os 17 anos; foi nessa época que conheceu Laércio Elias Pereira; a Nádia, a mulher dele, dava aula no Colégio em que estudava; outro professor foi Moacir Moraes da Silva, no Instituto Educacional onde estudava. Coincidentemente os dois grandes nomes do esporte que saíram desse colégio, foi Biguá e Hortência, do basquete - uns 2 anos a menos e era fã de carteirinha de Biguá, nessa época fazia atletismo, depois optou pelo basquetebol... o primeiro esporte dela foi o atletismo, depois fez handebol, com o Laércio como técnico ...


- Biguá era uma estrela naquela época; foi quando Laércio estava montando a equipe do General Motors de Futebol, e deram o seu nome para ele – Marcão disse-lhe que tinha um baixinho que desarruma no meio batendo bola, aí ele chamou-o para ir. Em menos de um ano de treinamento na General Motors, foi convocado para a seleção Paulista de Futebol; Biguá sempre tive muita garra e determinação, era muito atento, esperto; para se ter uma idéia, sua mão até hoje não pega uma bola de handebol; jogava com ela solta, fazia passes inacredit[ávies – inclusive, tem uma foto em que começou a criar alternativas de arremesso, pois não tinha altura para arremessar, não tinha potência no arremesso e “matava” os adversários em colocadas; inventou o arremesso por trás, indo na projeção dos três primeiros e no terceiro passo, virava; havia criado um estilo ... - Biguá envolveu-se no esporte muito cedo; na mesma época que conheceu Laércio, conheceu também o médico Vítor Matsudo; Vítor estava no Colégio Brasileiro Ciências de Esporte e ele tem uma participação fundamental em sua vida, porque seus pais nunca puderam estar muito tempo próximo ao filho; seu pai trabalhava num caminhão de lixo de sua cidade, e sua mãe, analfabeta, era de ficar em casa; seus tios que levaram os meus pais para lá, um deles foi vereador por 16 anos, e dizia assim: "Toma cuidado com esse menino, esse menino vai tender para a malandragem". 1970 - Nessa época, com 15/16 anos, para ganhar dinheiro, sem ser empregado começou a ir para a FAAP com um amigo; esse amigo faltava demais às aulas e ele ficava num desespero para pegar cópia, para pegar não sei o quê, que perder aula não dá. Teve uma idéia para ganhar algum dinheiro: pede para os professores o material e transforma em apostila e a gente vende semanalmente todas as aulas da semana; mantiveram um convênio com a direção da FAAP, no Centro Acadêmico da FAAP, e fez um acordo financeiro, que os Centros ganhariam e eles também, só que a responsabilidade era deles ... o amigo entrou com dois mimeógrafos, começou a pegar material dos professores, transformava isso em apostila e toda Segunda-feira, soltava todas as aulas da semana anterior, com isso ganhando muito dinheiro; para se Ter uma idéia mudou todos os móveis de sua casa; primeiro, que morava num cortiço, literalmente um cortiço, era um quarto-cozinha, um banheiro fora de casa com tudo; conseguiu convencer o pai a alugar uma casa, bem melhor, na mesma rua; alugou essa casa, sendo o responsável para pagar o alugou essa casa, já uma casa decente, uma casa com um mínimo de conforto, banheiro interno, quarto, cozinha... nesse serviço, consegui mobiliar a casa inteira, inteira Em São Luís – Seu espirito sempre foi de aventura, queria conhecer, viajar Aí aparece o Laércio e disse: "Quer ir para o Maranhão no trem? - Vai Ter os jogos, primeiros JEM’s e eu preciso levar uns caras para apitar, ai tu vai apitando handebol? depois de amanhã nós teremos que estar lá. Biguá nunca tinha andado de avião ... foi que eu chegei em casa, disse para a mãe que ia passar 15 dias no Maranhão. Seu pai teve que dar autorização, pois era menor de idade. Estava com 17 anos ... Ao descerem, a primeira pessoa com que manteve contato foi J. Alves, jornalista esportivo, lá estava com um fusquinha da Difusora, fazendo reportagem, já dando em primeira mão, que nós tinham chegado. Veio para arbitrar o JEM’s em setembro; no último dia de JEM’s tomou-se conhecimento que iria ter o primeiro Campeonato Brasileiro de Juvenil de Handebol em Niterói no final de novembro, em Niterói; em julho no JEB's em Brasília, a Seleção Paulista foi campeão Brasileira e o Maranhão foi 18o com todos os gatos que você possa imaginar, com os Rubinhos da vida (Rubem Teixeira Goulart Filho), Gafanhoto (José de Ribamar Silva Miranda), Paulão (Paulo Roberto Tinoco da Silva), Carlos (Carlos Roberto Tinoco da Silva, irmão de Paulo) e Hermílio (Nina), todos os gatos que você possa imaginar, nós conseguimos 18 o lugar. Foi até São Paulo, e trouxe dois companheiros da equipe da GM - o Turco e Dugo. Convidou Viché (Vicente Calderoni, nessa época jogava no Juvêncio; aí nós fomos para o Brasileiro. Laércio como técnico. Foram 3º lugar do Brasil, daí que começou a força do handebol no Maranhão. O time titular, era, Chicão era o goleiro, Biguá era o armador, Tião, Zeca Nina, o Phil, Roberto Carlos. - aproximação com Phil Camarão - Laércio levou o Phil para passar um tempo em São Paulo e Phil se relacionou muito bem com Biguá, que o levava para o colégio para treinar, então já tinham uma amizade formada desde São Paulo; mas aqui chegando, ele era o rei, tanto é que ele entrava por último nos jogos, tinha uma musiquinha em cima daquele Phil Maravilha, ele era o grande, a torcida cantava, ele era um dos caras mais ricos da cidade; ele sempre foi uma pessoa muito bonita, era um partidão, e era um destaque no esporte, em tudo que ele fazia, não era só no handebol não, ele era muito bom no basquete, Ai começaram a criar um clima, quem é melhor, Biguá ou Phil? E eu não queria essa competição, nunca quis essa competição, nunca quis. Foi-se criando essa expectativa, foi se criando e Laércio então fez aqui uma olimpíada; ele pegou a seleção de handebol e colocou dois caras para ser cabeça de cada equipe e


nivelou as equipes e nesse time ficou Biguá e Tião e acabaram formando o Tupan, juntando os meninos das escolinhas e outras meninos formando o time e assim cada qual formou o seu. Teve o Jogo “Biguá contra Phil”, finalmente Biguá contra Phil ia acontecer e um aué na cidade, imprensa. - Foi um dos atletas trazidos para jogar Handebol pelo Maranhão; trabalhou como técnico, como professor de educação física, jogador de futebol de salão, de voleibol; jornalista ... casado com Tânia, atleta de voleibol, hoje, professora de Educação Física e Jornalista, - Hoje, dedica-se a Federação de Voleibol, do qual é presidente. Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS). EMÍLIO BILÓ MURAD – politico (Codó, 2 de março de 1926 – São Luís, 17 de novembro de 2009) é um empresário e político brasileiro que foi deputado federal pelo Maranhão.Filho de Ananias Murad e Amélia Azar Murad. Começou sua carreira profissional nas empresas Ananias Murad e Companhia e Cerâmica Ananias, todas sediadas em Codó, cidade onde foi presidente da Associação Comercial e da Companhia Telefônica, cargos que lhe deram visibilidade para ser eleito vereador pelo PSD em 1950, 1954 e 1958. Após ingressar no PSP elegeu-se deputado estadual em 1962 e com a adoção do bipartidarismo pelo Regime Militar de 1964 foi eleito deputado federal via ARENA em 1966. Findo o seu mandato parlamentar foi nomeado presidente da Companhia de Habitação do Maranhão pelo governador Pedro Santana. Presidente da Loteria do Estado do Maranhão nos governos João Castelo e Ivar Saldanha. fundou a Aeronorte Transportes Aéreos Ltda.e no meio desportivo foi presidente da Federação Maranhense de Futebol secretário de Esportes e Lazer e presidente do Conselho Regional de Desportos no governo Luís Rocha. https://pt.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlio_Murad EMÍLIO FEITOSA MARIZ - educador 1928 – nasce em 09 de setembro, em Picos, hoje Colinas. Década de 1940 - eu estudei em Garanhuns (Pernambuco) onde passei um período na vida militar e fiz cursos de cabo e de sargento e me aprofundei bastante na matéria de educação física, especialmente aquela educação física militar chamada de calistenica; eu passei apenas período, foi logo um período após a guerra em que as nomeações eram escassas e nós fizemos cursos mais não permanecemos, não seguimos a carreira militar apenas era estudante aproveitei e fiz esses dois cursos que me trouxeram grande proveito na minha profissão tanto como professor de matemática como professor de educação física. - professor de Matemática - antes de ter na faculdade estadual o curso de ciências exatas, nos fizemos CADES, muitos professores se qualificaram por intermédio dum programa mantido pelo Ministério da Educação, em que durante três anos, a gente fazia em períodos de recesso escolar cursos com um grupo de professores que vinham do sul e automaticamente fazíamos as provas chamadas de exames de suficiência e adquiríamos um registro de professor. Então eu tenho um registro de matemático por esse curso de CADES e tenho também o Curso de Educação Física ministrado pelo Ministério da Educação, em vários períodos, aqui em São Luís, também tenho uma autorização como Professor de Educação Física. DÉCADA DE 1950 - Eu vim fazer o antigo cientifico no Liceu Maranhense, mais desde essa época comecei a trabalhar como professor, estudava pela manhã e trabalhava a noite num curso preparatório para exame de admissão, que existia no Liceu, inicialmente ensinando matemática. 1957 – fundação do Colégio Batista Daniel de LaTouche, uma das forças do esporte maranhense DÉCADA DE 60 -1961 – início da Educação Física no Batista, com o Professor Rubem Goulart – foi o professor fundador - o colégio, apesar de ter iniciado em 1957, só em 61 ele passou a ter um ginásio; então Rubens Goulart foi o professor... Fundador do departamento de educação física, depois ele trabalhou até a sua morte; depois veio o Dimas que trabalhou todo esse período. - Nós começamos a educação física baseado na portaria 501, antes da 1º Lei de diretrizes e bases, então era um trabalho bem programado com exame de condições do aluno ingressar na educação no principio do ano, exame biométrico bem rigoroso e terminava com um exame de suficiência atestando que ele


cumpriu aquele período do ensino e automaticamente tinha condições de passar de serie. A educação física baseada na portaria 501 ela reprovava separadamente o aluno, havia muito rigor para com o percentual de faltas e foi muito antes do período de recuperação, o aluno tinha de ou era dispensado pelo medico encarregado e credenciado pelo ministério de educação fazer os exames ou então ele tinha de cumprir a carga horária com a programação. Então era aquela época divertida da educação física, de pular corda, de trabalhar com o bastão, onde havia uma grande ênfase na modalidade Atletismo - que é a minha preferência, sempre foi -, então nós trabalhávamos nesse sentido, o aluno tinha, tinha de ser um bom corredor, um bom saltador e geralmente nós, que passávamos pela caserna, tínhamos ligação com as preparações de educação física nos cursos - nós chamamos a educação física de calistenica; já com a chegada do Dimas ao colégio Batista, - Jogos Interescolares do Dr. Carlos Vasconcelos – Olha, o Dr. Vasconcelos também foi muito amigo do Batista, dra. Laura, foram os dois médicos que iniciaram os exames médicos biométricos, foi por intermédio dele que eu fiz o curso de educação física por correspondência ... credenciado por ele, alias solicitado por ele veio esse curo para que professores que trabalhavam como auxiliares faziam, então era uma verdadeira festa. - jogos promovidos pela professora Mary Santos - Grande ênfase, ela foi muito voltada para o esporte naquele tempo não era secretaria de educação, era departamento de ensino e tinha o departamento de educação física, e era um trabalho especifico que ela fazia e... Naquele tempo tínhamos times memoráveis como Colégio São Luís, Escola Normal, Liceu Maranhense, é... O colégio do João Paulo...Nosso vizinho do Batista , o Vicente de Paula, então era uma disputa muito grande, em basquete nós tínhamos Ateneu, Colégio São Luís, Escola Técnica, Marista e Batista, nunca ultrapassava esse grupo, só depois de iniciado os JEM’s é que automaticamente as modalidades se expandiram... 1962 - eu me legalizei como professor do Liceu Maranhense , fui nomeado e estive ali 30 anos como professor; 1963 – assume a secretaria geral do Colégio Batista e ali eu fui (diretor, é ), professor de matemática, educação física, fui secretario, fui coordenador de disciplina fui também diretor de disciplina, coordenador de esportes, diretor de esportes, vice-diretor e passei 11 anos respondendo pela direção do colégio em ... 80, 89. 1969 – Ingresso do Dimas no Colégio Batista - Chegando aqui no Maranhão - eu já o conhecia da primeira vez que ele havia passado por aqui (1951/1954)... Conhecia a família da esposa dele e automaticamente fizemos o convite, e ele ingressou quase que simultaneamente no Batista e no Marista; a grande qualidade do mestre Dimas é que ele trabalhava num colégio municipal, num Colégio federal como o CEMA e também trabalhava em dois colégios particulares, um católico e um evangélico, mais tinha uma postura tão importante no trato e na conduta de ele foi muito querido e ainda hoje é no Batista não só ele, mas toda a família; a data em que o Dimas ingressou no Batista - no dia 22 de março de 1969, e ele esteve conosco até 30 de abril de 1976, nos deixando de livre e espontânea vontade, justamente para, não tinha mais condições de horário uma vez que tinha assumido responsabilidade com dedicação exclusiva na Universidade. Nos deixou, mas deixou o departamento de educação física organizado e aparelhado, por intermédio dele trouxemos todos os aparelhos para ginástica moderna; a esposa dele a professora Graça, foi professora de Educação Artística por muito tempo também, e os filhos todos tanto estudaram como dois deles trabalharam no Batista: o Maurício foi técnico campeão de Basquetebol, e a outra filha, professora de natação, a Denise. - Dimas se adaptou muito bem no trabalho, especialmente por uma coisa bem concreta: o educador, o professor de educação, de educação física, era autoridade em pessoa era o professor que gritava com aluno, que tinha toda aquela postura militar, então não era a matéria preferida de qualquer aluno que ingressasse no ginásio; então o Dimas se adaptou, por ser um rapaz muito educado; ... quando o Dimas implantou o voleibol e a ginástica olímpica, ele trabalhava no Batista, no Marista, no Luis Viana, e no CEMA, foram os quatro baluartes da... do...jogos do JEM’s na sua totalidade então todo ano surgiam modalidades novas e...anexamos o futebol hoje é uma beleza e ainda é uma beleza a festa da juventude que é o JEM’s apesar de... deter se tornado... uma... uma iniciativa política com a vinda de colégios do interior para... a disputa isto não deixou de tirar o brilho não é e, diga-se de passagem, o colégio Batista apesar de ter se localizado num bairro projetado do João Paulo que ainda hoje não mudou é o mesmo trajeto a mesma dificuldade de estacionamento a mesma proliferação da...da sujeira da feira, mas se notabilizou alem do bom ensino mantido por entidade estrangeira que investiu no ensino para atingir a


classe media alta então o esporte foi o grande cartão de visita do colégio, e ainda hoje mantém um bom padrão especialmente o trabalho de base eu tive oportunidade na saída do Dr. Gameiro (Argemiro Gameiro) e no ingresso do prof. Ronald (da Silva Carvalho) na direção da Escola Técnica, eu tive o prazer de trabalhar um ano letivo ali juntamente com Valterlino (da Silva, professor de Matemática do Batista e da escola Técnica) ajudando na coordenação da disciplina e... Sempre tive boa relação com a Escola Técnica 1972 - tivemos a oportunidade de presenciar, especialmente no Batista, o lançamento de duas modalidades, foi ele quem trouxe o Handebol e a Ginástica Olímpica para o Maranhão; então trabalhando com um colégio que recebia ajuda em dólares, convivendo com americanos que gostavam de esportes, então nos davam toda condição de iniciar um trabalho novo construir plintos. Aparelho para educação física -... dando todas as condições; nós iniciamos essas duas modalidades alem disso demos ênfase à parte de Atletismo ... geralmente o aluno que fazia educação física ele podia não preferir nenhuma modalidade mais fazia parte das equipes de atletismo, então. proporcionalmente ao numero de alunos que o colégio tinha, era um fenômeno inscrever e competir com tantos atletas em todas as modalidades. 1974 -nomeado no governo de Castelo vice-diretor do Liceu Maranhense, função que exerceu por cinco anos 1976 - nós fomos Diretor de Esportes do Batistae vários professores trabalharam conosco ... no auge do esporte maranhense, no famoso período de inicio de inicio dos JEM's ... Nessa época, além da Escola Técnica - sempre foi um concorrente forte - nós tínhamos Marista, Batista, o Dom Bosco era apenas forte no voleibol o Liceu Maranhense o próprio Ateneu, e Meng. Diga-se de passagem, que os primeiros JEM’s terminou empatado entre o Batista e o Marista - foi a época também que o campeonato paulista houve empate entre a Ponte Preta e outro time, que não me lembro agora - então adotamos o mesmo critério de considerar dois campeões e daí para essa época nos sempre tivemos fazendo um trabalho todo voltado ao JEM’s; foi a época da implantação da educação física voltada parta o esporte; não basta lhe dizer que o Batista iniciou esse período com 480 alunos, mas sempre dávamos uma média de 200 alunos inscritos em esportes; quer dizer, toda a nossa educação física era voltada para esportes; havia ai, como ainda hoje há, um dos poucos colégios que trabalham tem um bom trabalho de base o Batista iniciava o aluno logo nas primeira series do ginásio a praticar o esporte, havíamos um trabalho bem conscencioso e professores dedicados, que iam observando o biótipo do aluno e automaticamente encaminhando para a modalidade que achava que ele podia desenvolver melhor . 1979 –nomeado Diretor do Liceu Maranhense, cargo que exerceu por três anos 1990 - Olha eu aposentei em março, eu quando me aposentei do Liceu quando completei 30 anos, simulei uma saída do Batista apenas para fugir daquela ameaça do Collor de se apropriar do fundo de garantia; então eu simulei uma saída e voltei e trabalhai mais 10. 2000 – aposentadoria do Batista - Fácil agente trabalhar tanto tempo numa organização como o Batista, porque foi fundada por uma Missão Estrangeira, mas depois foi repassada para o que eles chamam de Convenção Maranhense, que é o grupo de igrejas; então o diretor é um executivo, tem uma junta administrativa e essa junta convida um diretor e o diretor convida seus auxiliares. Então é preciso a gente ter muito jogo de cintura para contornar, conservar o colégio com um certo conceito e não tomar partido de questões religiosas, que isso é muito comum Trabalhei com Figueiredo 25 anos até ele pedir para sair.... olha eu nunca sai do Batista Os dois outros coordenadores foram indicações minha, 2001 - agora eu estou esperando a iniciar o período de JEM’s, ai disse olha eu... Aqui esta uma credencial é... Reservada para o senhor, eu nunca deixei o Batista viu eu sai de lá, mas fiquei como consultor voluntário, de qualquer forma foram 38 anos de... De serviço, a gente criou uma amizade muito grande. Eu quase que já tenho a terceira geração não é, porque convivia com professores os filhos ficavam lá , e agora já tem filho do filhos é... A maior parta dos alunos é filho de professores é me considero como avô e eu sempre to lá, todo dia eu vou deixar um neto e... Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS). presidente do Sampaio Corrêa


FATIMA ANDRADE – Handebol 1958 - Nasceu em São Luís em 20 de abril. Estudante do Colégio Batista – em uma época em que só era permitido às meninas fazer apenas educação física, sem praticar esportes, mesmo assim jogava Basquetebol. 1971 – é Apresentada ao Handebol, pelo coordenador de esportes do colégio, Professor Emílio Mariz, foi da primeira geração de meninas a praticar não só esportes, mas o handebol, que estava sendo introduzido nas escolas de São Luís naquele ano. Muito parecido com o Basquete, em que se jogava com as mãos só que o objetivo era fazer o gol. Então o Prof. Dimas passou a treinar as equipes do Batista – e do Marista visando a participação nos FEJ – Festival Esportivo da Juventude - . O Batista foi o melhor, e aquele primeiro Festival serviu de espelho para a 1972 - primeira convocação do Handebol feminino para os Jogos Escolares Brasileiros – JEB’s -, que seriam disputados em Maceió-AL; faziam parte da equipe, Teresa, Venina (gol) Ana Lilia Figueiredo, Viviana Martins (filha de Dimas, o professor), Rosa Amélia, Auridete, Janny Eidi. Nem sabem em que lugar ficaram. 1973 - lá estavam de novo, tanto no FEJ como no JEB’s. Não deixou de praticar o Basquete, tanto pelo Batista como pela Seleção Maranhense, que disputou o Campeonato Brasileiro de Juvenis, em Caxias de Sul – RS. 1974 - Vicente Calderoni – Viché – passa a treinar a equipe de Handebol feminino do Batista e impõem às atletas a opção de praticar somente um esporte. Fátima, além do Basquete e Handebol, fazia parte da equipe de Atletismo, e naquele primeiro FEJ participou das provas de velocidade. Viché descobre em Fátima muitas qualidades – tantas que até casa com ela, mais tarde -, passando-a de ponta para armadora. E naquele ano, durante os JEB’s, disputados em Campinas- SP o time tinha outra feição 1975 – disputa os JEB´s, em Brasília. Nesse mesmo ano, foi campeã do Norte e Nordeste, vencendo a forte equipe do Amazonas na final, por um gol de diferença. 1976 - o Handebol feminino maranhense estava entre as melhores equipes do país. Fátima, concluindo o segundo grau, limita sua participação apenas aos Jogos Universitários – passa para o curso de Medicina, na UFMA – e os campeonatos Brasileiros. - Foi penta-campeã dos Jogos Escolares, de 71 (FEJ) a 75 (JEM’s). Fonte: BIGUÁ, Edivaldo Pereira; BIGUÁ, Tânia. Onde anda Você ? Fátima, a capitã do handebol. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 1º de novembro de 1999, Segunda-feira, p. 4. Esportes. IVONE REIS NUNES 1941 – nascimento em 19 de janeiro, em Barreirinhas; casada com José Ribamar Dutra Nunes; Foi Professora de Educação Física da antiga Escola Técnica, hoje aposentada e trabalhando em Barreirinhas. 1970 - envolvimento com a educação física - após o curso normal no Rosa Castro eu fui convidada pele Profa. Zuíla Cruz para fazer um curso que ia acontecer em São Luis; pela primeira vez se falava em handebol em São Luis. Ai eu fui convidada a fazer esse curso; logo depois desse, eu fiz um curso de recreação aonde nós tivemos um leque muito grande de disciplinas, nós fomos ver o que era anatomia, fisiologia aquela historia toda da educação física e logo depois naquela época nos tínhamos aqui é a antiga... Nós não tínhamos uma delegacia do MEC nós tínhamos uma inspeção do MEC e quem chefiava era o Dr. Carlos Vasconcelos, e Dr. Carlos Vasconcelos pediu a D. Zuíla para que indicasse algumas pessoas para participar de um curso, e eu fui uma dessas pessoas a partir daí eu fui convidada pelo Dr. Carlos Vasconcelos com o aval de D. Zuíla para ir até a Belém fazer um curso pela Inspeção; nessa época eu fui, lá eu adquiri o meu certificado, o meu registro para lecionar em São Luis, no Estado do Maranhão. E assim começou, desencadeou, então, esse processo, e eu comecei a trabalhar no Estado; logo depois, eu fui convidada a trabalhar no Município e daí eu comecei a ter as oportunidades de curso de reciclagem, de aperfeiçoamento; eu fui acumulando, acumulando esses conhecimentos e cheguei no CEFET. - Curso de Suficiência, que formava professores para trabalhar a nível estadual, emergencial no Governo do Estado; depois, fiz pedagogia, depois, eu fiz pós-graduação em Planejamento Educacional pela Universidade Federal.


1972 - quando eu cheguei no CEMA apesar de ter sido no período da fundação, mas ocorreu o seguinte a educação física só foi montada depois do grupo, através da Profa. Claudete Ribeiro eu fui indicada para participar do grupo e a Profa... A irmã Éster Salomão que era coordenadora não é dessa área, fez uma entrevista comigo e eu engajei a partir daí, ai foi que eu cheguei no CEMA eu não fiz aquele treinamento que o grupo maior fez porque o pessoal de educação física não sei porque foi quase que esquecido. E foi feito concurso em que foi Dimas, Vanilde, Major Batista os primeiros aprovados; os primeiros aprovados, mas eu já estava lá! Eu fui quem organizou um pouco esse trabalho. - inicio de educação física no CEMA - O CEMA era uma televisão educativa - Tele aulas, era circuito fechado, era tudo ali concentrado ali realmente na Av. Kennedy naquele prédio e então depois que foi estudado que iria para a tele sala era os três orientadores de aprendizagem um para português-inglês, outro para matemática-ciências, o outro para a parta de estudos sociais então eram três orientadores de aprendizagem. Ai onde esta a educação física? ai foi que a educação física chegou se fez presente e ai o Prof. Dimas exatamente junto com o Profa. Vanilde começaram também a fazer os trabalhos, as aulas eram produzidas...Aulas normais, Presenciais, No Parque do Bom Menino, começou no Parque do Bom Menino, ai eles tinham aulas na televisão, eles produziram aulas... depois foram produzidas programas de educação física para televisão; ai executavam os exercícios todos na televisão; os alunos acompanhavam; a gente via tudo, depois a gente ia para praia, parque do Bom Menino, nos tínhamos aulas na televisão; a Profa. Vanilde era artista e o Prof. Dimas. Os produtores desses programas eram Dimas e Vanilde; Os dois faziam toda a produção e depois a apresentações; levavam crianças, treinavam essas crianças, levavam, executavam direitinho e tal, era um sucesso; nessa época eram trinta e duas salas; No auge da televisão educativa chegou a comportar 45 mil estudantes; houve um momento em que era circuito fechado, logo depois, dado o sucesso e já outros interesses começaram a surgir outros postos, ai foi na Cohab, um no Anjo da Guarda, um no Bairro de Fátima e um outro na Camboa; Ai ela começou então a expansão só que esse trabalho de ginástica, de educação física, continuava a terminar da mesma forma ai o quadro de professores aumentou; Essas quadras... Essas escolas já tinham espaço físico para ser executada a educação física, então a educação física acontecia lá. E aí foi interessante porque desse desenrolar quando surgiram os jogos estudantis maranhense, aí vem a historia dos nossos atletas das nossas revelações, nós tivemos grandes revelações como Tião, do handebol; e nós tivemos assim um trabalho belíssimo feito por principalmente no handebol, no atletismo, no atletismo por prof. Macário, handebol prof. Maranhão é na ginástica olímpica Profa. Vanilde. É e ai nós fomos com outras modalidades e o nosso grande sucesso foi, sempre foi bem, bem transparente no atletismo e no handebol essas duas marcaram muito. - Como eram as aulas de educação física - eram o seguinte, nós tínhamos a coordenação eu que controlava o trabalho, nós tínhamos sistematicamente as nossas reuniões, nessas reuniões a gente discutia o que iam ser trabalhado, nós tínhamos o nosso plano de ação para a educação física e ele se desencadeava todo a partir desse plano. Quanto ao conteúdo:Eram de ginástica mesmo, tínhamos realmente os professores. na verdade nosso corpo docente, da equipe de professores de educação física, nos tínhamos aqueles mais voltados para o esporte e aqueles mais voltados para educação física. Então fazia um plano a partir da educação física, o olho clínico dos nossos técnicos iam já pegando os nossos alunos e montando as suas equipes de trabalho, então nos tínhamos equipe de trabalho da COHAB e dos vários postos de tele-salas que nos tínhamos, os professores executavam e tinha no caso professores só para parte de educação física propriamente dito que eu acredito esses professores muitos deles ainda estão por ai trabalho, no antigo CEMA hoje eu não sei mais nem o que é, passou para Fundação Roquete Pinto passou não sei para que eu não sei bem; mais ainda temos alguns deles alguns já se aposentaram e outros continuam na ativa. 1977 - Escola Técnica - a Escola Técnica abria as portas para o sexo feminino que até então era restrito só ao masculino; existia o internato depois terminou o internato e continuava só sexo masculino, ai chegou o momento de abrir as portas para o sexo feminino e o corpo docente da educação física era todo masculino, todo mundo era, só tinha professores; então Eldir fez esse convite, ai eu vim logo que eu cheguei a professora Vanilde chegou, então a gente foi começando, e daí a gente foi para trabalhar um pouco com a menina, ver um pouco da questão da educação física, mais a parte rítmica, é esse lado com tendência à dança e tal e a gente chegou aqui e começamos um trabalho a partir disso que a Escola foi na verdade abriu as portas para o sexo feminino. Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS).


JOÃO MIGUEL MOHANA (Bacabal, 15 de junho de 1925 — São Luís, 12 de agosto de 1995) Foi padre, médico e escritor brasileiro. Seus pais, Miguel e Anice Mohana, eram imigrantes libaneses. João Mohana viveu nas cidades de Coroatá, Bacabal e Viana até o final de sua adolescência, quando decidiu trasladar-se para São Luís a fim de iniciar seus estudos secundários. No final da década de 1940, foi estudar Medicina na Universidade Federal da Bahia. Em 1952 lançou seu primeiro livro, o romance O outro caminho, pelo qual recebeu o prêmio Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras. Apesar de ter sido obrigado a seguir medicina, sua grande vocação era o sacerdócio e, em 1955, após a morte de seu pai, entrou para o Seminário de Viamão, no Rio Grande do Sul, tornando-se padre em 1960. Em 1970, foi eleito membro da Academia Maranhense de Letras, ocupando a cadeira n° 3. O padre João Mohana escreveu dezenas de livros, romances e peças teatrais, a maioria editados pelas editoras Loyola, Agir e Paulinas, tendo alguns de seus trabalhos publicados em inglês e espanhol. JOAQUIM NAGIB HAICKEL 1959 nasceu em São Luís do Maranhão, a 13 de dezembro; filho de Nagib Haickel e Clarice Pinto Haickel, sempre foi um menino fascinado pelo esporte e pelas artes. Década de 60 Na infância acompanhava o pai Nagibão, como era conhecido, aos jogos de futebol no estádio Santa Isabel que pertencia a Fabrica de tecido de mesmo nome, que era na prática a dona do Moto Clube de São Luís, time do qual seu pai viria ser presidente quando Joaquim tinha entre 10 e 12 anos. Ainda miúdo acompanhava o pai e o tio, o grego Samuel Gobel, casado com sua tia, Maria Lúcia, aos jogos de futebol de salão. Nagibão e Gobel eram entusiastas da modalidade e se envolveram em épocas distintas com o Drible, o Saturno e o Cometas. Quando criança jogava de tudo: dama, dominó, botão, totó, peteca, empinava papagaio... Década de 1970 na adolescência tentou descobrir a qual esporte mais se adaptaria. Tentou o futebol de salão e o futebol de campo e logo viu que não dava para o traçado com os pés. Tentou o handebol e o judô e achou esportes um tanto violentos. Tentou o Xadrez e o achou pouco movimentado. No voleibol se saiu melhor e até hoje ainda arrisca levantar umas bolinhas, mas seu esporte mesmo seria o basquete, paixão que tomou conta de seus dias dos 14 aos 18 anos. 1975 começa a praticar o basquete primeiramente no Colégio Batista e depois no Dom Bosco para onde se transferiu na intenção de ajudar a criar ali, juntamente com Charles, Murilo, Eduardo, Quinza, Calixto, Gilberto entre outros a semente da escola que seria 15 vezes campeã dos JEM’s. 1976 Joaquim Haickel funda o “Carib´s” que contava com a participação de atletas dos colégios Batista, Marista, Escola Técnica, Zoé Cerveira e depois Dom Bosco, tendo sido a base da seleção maranhense entre 76 e 78. A equipe tinha até quadra própria, localizada na Av. João Pessoa 266 - fundos, local onde o irmão de Joaquim tinha um galinheiro que mais tarde foi transformado em praça esportiva. Faziam parte desse grupo além do próprio Joaquim, Charles Ayoub, Espirro, Gersão, Filomeno Nina, Airton Araujo, Pablo Lima, Murilo Sousa, Nego Reis, Eduardo Macieira. Seu treinador era o professor Gafanhoto. Década de 1980 Mesmo envolvido com a política, não abandonou o Esporte. Criou juntamente com Fernando Sarney a associação Desportiva Mirante, tendo como apoio as suas emissoras de rádio e televisão de mesmo nome. Em meados dos anos 80 a Mirante manteve hegemonia total no voleibol, tanto masculino quanto feminino, no handebol feminino e o basquete feminino sendo campeão por cinco vezes consecutivas nessas modalidades. Já no gênero masculino tanto do handebol quanto do basket, bem como no futsal masculino, apenas disputava. Seu maior sucesso nessa época foi ter sido terceiro lugar no campeonato brasileiro de basquete feminino, com um time dirigido pelo professor Paulo Tinoco, numa fase onde as rainhas eram Paula e Hortência. - Ainda na Mirante, participou de uma tentativa de apoiar o Tupan, time da primeira divisão do futebol maranhense. O projeto durou dois anos, mas não teve sucesso. 1983 depois que parou com o Basquete se dedicou a política, se elegendo deputado pela primeira vez, quando tinha 23 anos de idade.


Década de 1990 Nessa época ele passou a praticar de forma mais dedicada o Tênis, modalidade que negligenciará desde que optou pelo basquete. No tênis viria se destacar como um dos maiores duplistas do Maranhão, tendo sido campeão de muitos torneios, com diversos parceiros. - No tênis chegou a ser presidente da Federação Maranhense e vice-presidente da Confederação Brasileira da modalidade. Foi um dos responsáveis pelos dois torneios de tênis internacionais que aconteceram em São Luís no inicio dos anos 90. 2009 é convidado para assumir a Secretaria de Esporte e Lazer do Maranhão mas não aceitou, pois queria terminar seu mandato como deputado e acompanhar a aprovação da lei de incentivo citada anteriormente. - é o autor da lei de incentivo a cultura e ao esporte que reserva 0,4% do valor do ICMS do Estado para cada uma desses setores. Essa é a lei mais importante no sentido de garantir o financiamento da cultura e do esporte maranhense. 2011 Encera sua carreira eleitoral em 2011, 28 anos depois de ter começado. É nomeado Secretário de Estado de Esporte e Lazer Atualmente - nunca se distanciou do esporte e mais recentemente tem se dedicado ao tiro esportivo, onde não passa de um atirador esforçado. É escritor e cineasta, membro das Academias Maranhense e imperatrizense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. JOSÉ DE RIBAMAR MIRANDA - foi atleta de Basquetebol da Escola Técnica Federal do Maranhão, sagrando-se campeão brasileiro; foi Coordenador de Desportos da SEDEL, na administração Elir Gomes; graduado em Economia, exerce a função de assessor parlamentar do deputado Manoel Ribeiro, JOSÉ MARANHÃO PENHA 1952 - Nasceu em Penalva – povoado do Jacaré – em 18 de julho. 1969 - Maranhão entrou para a ETFM em 1969, vindo do Instituto São José, de Penalva; entrou como aluno do Ginásio e depois prosseguiu com o curso técnico de Saneamento – foram sete anos de estudos – e esportes – no CEFET-MA. - Depois prosseguiu sua carreira de atleta na Universidade Federal do Maranhão, onde cursou Educação Física – formou-se na Segunda turma; 1972 – inicia-se no Handebol, nas aulas de Educação Física com o professor Juarez Alves de Souza, Aldemir Carvalho Mesquita e professor Jeremias (era capitão da Polícia); Aulas normais de Educação Física, tinha as aulas e tinha as peladinhas de Basquete, Futebol.. 1976 -terminou o curso Técnico em Saneamento, na então ETFM e em seguida foi contratado como Professor de Handebol; no ano anterior, já vinha atuando como professor, com o afastamento do professor Laércio; era atleta, bastante dedicado, aí Laércio o indicou para assumir (1975); aluno, saia de sala de aula, com os meus colegas e ia dar treino para eles. - Para Maranhão, o introdutor do Handebol no Maranhão foi o Prof. Luiz Gonzaga Braga, professor da então ETFM – hoje, CEFET-MA -; seus professores – Juarez e depois Aldemir aprenderam com o Braga; Aldemir era aluno do Liceu Maranhense, por onde jogava Futebol de Salão; e era funcionário da biblioteca da ETFM e ajudava na área de esportes. Além de Maranhão, participavam dos jogos de handebol nessa época Albino, Zeca Nina, irmão de Ermilío Nina, Gafanhoto - José Ribamar Silva Miranda – Paulo (Paulão), Pinga, Sete; Maranhão era reserva nesse time ... mas não praticava só o Handebol, praticava atletismo, especializado no Decatlo, sendo suas provas fortes os arremessos – disco e dardo, modalidades em que participou dos JEBEM; nos FEJ só fez atletismo. Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS).


JOSÉ PINHEIRO DA SILVA - Pinheiro – Handebol 1956 – nascimento no vilarejo de São José dos Aterrados, município de Santa Inês, em 09 de novembro, filho de Raimundo Rodrigues da Silva e Florinda Pinheiro da Silva; 1968 – transfere-se para São Luís,para continuar os estudos, na quarta série da Escola Sotero dos Reis; por possuir um gênio forte, teve problemas de relacionamento com os parentes, em cujas casas morava, acabando em um pensionato; 1971 – passa a estudar no CEMA – Centro Educacional Maranhense -, até a 8ª. Série; foi no CEMA que descobriu o esporte 1972 – o Maranhão disputa os JEB´s de Maceió (sic); incia-se na prática da modalidade; 1974 – inicia a carreira de técnico, como assistente do Prof. Jamil Gedeon; Jamil fora seu técnico, quando jogava como atleta; depois o promoveu a assistente; atuou nos colégios Cardoso Amorim e São Vicente de Paula; 1976 – passa a técnico; deixando a função de assistente; disputa pela primeira vez um titulo estadual,nos JEMs; - passa a estudar no colégio Cipe; onde conclui o segundo grau; a partir daí, dedica-se apenas a carreira de treinador; - desse ano, até 1985, passou pelas escolas Cardoso Amorim, São Vicente de Paula, Conceição de Maria, Cipe, e Anglo; conquista vários títulos, forma uma grande quantidade de bons atletas 1986 – passa a atuar pelo colégio Bom Bosco, como técnico; 1987 – assume a coordenação de esporte do Dom Bosco; 1986/88 – treinador da seleção maranhense de handebol, conquistando os 3º. E 5º. Lugares nos JEBs 2001 – ingressa na UEMA, curso de Letras; 2002 – funda o Pinheiro Handebol Clube LAÉRCIO ELIAS PEREIRA 1948 - nascido em 11 de outubro, em São Caetano do Sul-SP, filho de André Elias Netto e Maria José Elias, desquitado. Pesquisador Associado do Núcleo de Pesquisas de Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas em Educação - Escola do Futuro - USP; . Núcleo de Informática Biomédica - NIB UNICAMP; Núcleo de Estudos Avançados em Jornalismo - LABJOR - UNICAMP; Editor de Educação Física e Esportes - Editora Autores Associados - Campinas; Coordenador do Projeto Centro Esportivo Virtual Unicamp/UCB. 1964 – termina o curso de Ajustador Mecânico - SENAI Santo André‚ 1966 – termina o curso de Ferramenteiro - SENAI São Paulo; S 1967 – termina o segundo Grau: Curso Técnico Industrial de Desenho de Máquinas e Eletrotécnica; Escola Técnica São Francisco de Bórgia - São Paulo; 1970 - Ensino Superior - Licenciatura em Educação Física (Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo 1971 - Especialização em Técnico Desportivo em Handebol (Escola de Educação Física de Santos - SP ; 1972 - Alta Especialización e Balonmano (Handebol - INEF - Madrid Espanha; Handebol Escolar (FIEP CREPS Toulouse - França; Stage Maurice Baquet - pesquisa e renovação ped. em EF e Esportes (FSGT Sete França); 1973 - Tendo voltado da Olimpíada com vários cursos de handebol e sendo treinador de HB da General Motors EC e da Seleção Paulista Feminina e prof. de Handebol na Escola Superior de Educação Física de São Caetano, fui convidado a dar cursos pela Brasil pela ODEFE, onde eu já tinha contato através da Revista Esporte e Educação (escrevia o Rumorismo e dava palpites gerais). Houve um circuito de cursos


que incluía Maceió, São Luís e Manaus. Era 1973 e eu treinava a seleção paulista feminina que ia para os Jebs. Acertei com o namorado de uma das minhas atletas (que ia apitar os Jebs) para cuidar de alguns treinos enquanto eu ia dar os cursos. So manutenção, para o pessoal não ficar sem treinar. Dei o curso em Maceió e, em São Luis, enquanto dava o curso, ajudava a treinar o time de handebol que ia para os JEBs. Deu problema no curso de Manaus e o Cláudio Vaz pediu que eu ficasse treinando o time o tempo que estaria em Manaus. Depois pediu para que eu acompanhasse a equipe nos JEBs, em Brasília. Eu disse que não podia porque tinha compromisso com a seleção paulista. Quando voltei para São Paulo, o meu substituto tinha conseguido me substituir totalmente. Liguei para o Cláudio Vaz e acertei a ida para Brasília. Conseguimos classificar o time para as quartas de finais mas no dia que ia começar essa fase o basquete levou todos para jogar o campeonato em Fortaleza, e ficamos em oitavo. Conversei bastante com o Dimas e Cláudio Vaz sobre a possibilidade de criar um curso de Educação Física no Maranhão. Em setembro do mesmo ano, fui convidado, junto com o Biguá, para apitar os jogos de Handebol dos JEMs. A final foi Maristas e Batista. Duas equipes treinadas pelo Prof. Dimas. 1974 - Voltei em janeiro de 1974, para morar no Maranhão. Resolvemos, Cláudio e eu, chamar o Prof Domingos Salgado para montar o processo de criação do curso de Educação Física na Federação das Escolas Superiores [do Maranhão - FESM -, hoje, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA], o que aconteceu com o empenho do secretário Magno Bacelar e o Assessor João Carlos, ainda em 1974. Fiquei sem emprego e o Heleno Fonseca de Lima batalhou uma bolsa pelo antigo CND. Fui assessor da Secretaria de Educação e, como estava demorando para andar o curso no Estado, tivemos a iniciativa da Profa Teresinha Rego, do ITA, para montar o curso particular, com os professores que já tínhamos arrastado para o Maranhão. Aqui cabe um estudo mais apurado sobre quem trouxe quem, mas é bom juntar a listagem dos “paulistas”. Biguá, Viché, Horácio, Domingos Fraga Salgado, Demosthenes, Nadia Costa, Jorelza Mantovani, Marcos Gonçalves, Sidney Zimbres, Lino Castelani, José Carlos Conti, Zartu Giglio, (tem um dessa turma que eu esqueci o nome), o Paschoal Bernardo... Não lembro quem trabalhou no curso do ITA. O Sidney deve ter todos os nomes. Depois teve a entrada e saída da Escola Técnica [Federal do Maranhão - ETFM -, hoje, Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão - CEFET-MA]... mas essa não é a historia do Dimas... Simei Bilio, Rinaldi Maia e Dimas eram da Universidade, depois entrou o Domingos Salgado, que fez o velho trabalho de montagem do curso (tem que perguntar isso para o Dimas). Acho que teve a pressão na inação da Universidade enquanto o FESM e Pituchinha já tinham saído na frente em criar o curso de Educação Física. os professores de educação física que atuavam à época Quando cheguei a Simei estava de saída, ou tinha acabado de sair. Rinaldi Maia era assessor da Secretaria de Educação e treinador famoso de Futebol. O Dimas era o mestre das Escolas e do Esporte Escolar. Felicidade Capela tinha o curso de Normalista Especializada no Rio. Rinaldi tinha se formado no Rio, com uma ótima geração de treinadores de Futebol, como os Moreira. Soube pelos professores – e depois pelo Rubinho [Rubem Teixeira Goulart Filho ]– que o Rubens Goulart tinha tido um papel importante, inclusive foi quem fez o primeiro contato com o Listello (deve ter feito um dos cursos de Santos). Teve também uma turma do DED, com o Ari Façanha e um pessoal do Rio. Bom recuperar também o curso de Medicina Esportiva... José [Pinto] Rizzo Pinto esteve ... Tem que puxar isso com o Cláudio Vaz e Dimas. 1977/1984 - Mestrado em Educação Física (Escola de EF da USP - "Mulher e Esporte: um estudo de Socialização de atletas Universitárias rias brasileiras" 1985 - Doutoramento em Ciências da Comunicação (Escola de Comunicações e Artes da USP - "Fluxo de informação em Ciências do Esporte no Brasil" - inconcluso; 1995/1998 - Doutoramento em Educação Física (Faculdade de Educação Física da Unicamp - "Centro Esportivo Virtual: um recurso de informação em Educação Física e Esportes na Internet" 1995 - 30/4/98); Qualificação 19 de dez./ de 1997 Defesa: 5/6/1998;; . - participação no desenvolvimento da educação física e dos esportes no Maranhão


Fui uma espécie de catalisador, convidado pelo Cláudio Vaz. A principio para o Handebol. Batalhei a vinda de muitos professores com o apoio do Cláudio Vaz (a gente chamava para apitar os JEMs e, quando o professor chegava, já tinha alguma coisa. Entrei e sai da Escola Técnica mais de uma vez para abrir vagas nesse processo. Na UEMA também. Procurei colocar o Maranhão no Mapa, especialmente com os congressos. Acho que o mais importante, que precisa ser resgatado pelo momento histórico, foi o de Ciências do Esporte. Depois teve o de Esporte para Todos. Ajudei a fundar a APEFELMA e forcei, m Brasília, o convênio com a Alemanha, com a ajuda do Manfred Loecken, que não vingou. O que garantiu o apoio - e as refregas que levaram a algum progresso - foi a grande dedicação e o sucesso das equipes de Handebol, com participação decisiva do Viche e Biguá, alem dos “professores” que ajudávamos a treinar: Lister [Carvalho Branco Leão], Álvaro [Perdigão], Mangueirão... (o Viche pode dar essa lista; ele carregava o piano nesse departamento - Jogos Escolares, O Dimas, de novo em parceria com o Cláudio Vaz, foi o grande mestre do Festival da Juventude, que virou JEMs em 1973. As equipes de Handebol treinadas pelo Dimas já tinham tido sucesso nos dois primeiros JEBs. Com a chegada de mais paulista, especialmente o Marcão, os JEMs tomaram novo impulso. Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS).

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ – Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física, Especialista em Metodologia do Ensino, Especialista em Lazer e Recreação, Mestre em Ciência da Informação. Professor de Educação Física do IFMA (1979/2008, aposentado; Titular da UEMA (1977/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF-MA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e de Pesquisa e Extensão); Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 14 livros publicados, e mais de 250 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Comissão Comemorativa do Centenário da Faculdade de Direito do Maranhão, OABMA, 2018; Recebeu: Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luis (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM; Premio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Premio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; ALL em Revista, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras, vol 1, a vol 4, 12 16 edições. Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma. LINO CASTELLANI FILHO 1951 - Nascido em São Paulo, em 07 de dezembro, filho de Lino Castellani e de Cecília Marrie Rocha Castellani. 1972/1974 - Graduação em Educação Física pela USP, Escola de Educação Física da USP, terminei em 74; com especialização em curso Técnico de Futebol, naquela época ainda 74, lá pela USP, FEFISA, 1975 - Fundação do Curso da UFMA - diria que o movimento de criação, a construção das instâncias, organizadoras, construtoras do material do processo necessário para a criação junto as instâncias Federais do curso, o envolvimento foi o Laércio, que era a pessoa mais antiga e com mais influência. O Sidney fazia parte desse grupo, eu fazia parte de outro grupo eu não saberia dizer quem se envolveu mais, quem se envolveu menos. Naquela época o que mais ficou na minha memória foi o sentimento de trabalho colegiado, trabalho coletivo, trabalho em equipe, resistência por parte de Dimas e de Cecília, nunca explicitada, não é porque aquele receio dos paulistas ocuparem o espaço dos maranhenses, muito comum, numa postura muito regionalista. E a gente apontando aquilo ali como seria bom para o desenvolvimento da Educação Física para o Maranhão, para a própria São Luis e para o interior, e que aquele medo não


tinha sentido, mas eu diria que foi o esforço dessas pessoas aí, não saberia dimensionar ou quantificar, mais ou menos o esforço. O Salgado já estava na Universidade com a prática desportiva, antes da nossa chegada, mas ele foi um personagem muito controvertido e polêmico, ele não se envolveu nesse processo de criação desse curso, não saberia dizer exatamente quais os motivos, não senti ele atrapalhando, certamente ele não ajudou, eu não saberia dizer se ele atrapalhou. Eu não me lembro, não tenho notícias de presença dele impedindo, dificultando o trabalho. Mas, logo depois ele saiu do País e se afasta da Universidade, e ele criou, deixou uma imagem ruim para a Educação Física por algumas coisas que ele desenvolveu lá dentro que nós tivemos que devagarzinho, construindo outra imagem e tal. Isso que dificultou um pouco mais ainda a assimilação de outros paulistas, mas eu também não saberia dizer até que ponto isso influenciou muito eu sei que o trabalho foi feito, eu me tornei docente do curso só praticamente na época de eu sair da Universidade para o mestrado e tudo mais, 1976 - Contato com o Maranhão - Foi através do Sidney Zimbres, que tinha ido para o Maranhão antes de mim na época eu estava, eu estava trabalhando em Ribeirão Preto, no Botafogo de Ribeirão Preto, e eles estavam montando equipe de trabalho no Maranhão. Ele fez alusão ao Maranhão, e me convidou para conhecer o Maranhão, e foi por ele então que eu fui no primeiro momento, Lá montaram um esquema de visita todo ele sedutor, e eu fui totalmente seduzido pelo Maranhão. Foi no começo de 76. Eu cheguei no Maranhão, eles fizeram um, me colocaram algumas possibilidades de trabalho, nesse jogo de sedução, em janeiro de 76, eu voltei, desvinculei os compromissos que eu tinha em Ribeirão Preto e fui para lá, definitivo em Fevereiro, Março de 76, e os meus primeiros trabalhos no Maranhão foram no MAC, Maranhão Atlético Clube, como Preparador Físico, Eu dava aula no CEMA, Centro Educacional do Maranhão, em primeiro e segundo grau, e logo naquele mesmo ano eu me envolvi na construção de um projeto para Educação Física, na Educação Superior, na... hoje UEMA, naquela época FESM; tinha o setor de prática esportiva, pro conta da implementação daquele decreto, daquela lei 6251 de 75 que já apontava, para a regulamentação de 77 que veio, que veio depois, e falava da parte esportiva obrigatória, E eu o Zartú que trabalhamos em torno do projeto. O Zartú era o coordenador na época, e eu tive essa associação. 1976 - Com relação aos JEM’S eu não participei dos primeiros JEM’S, não, Jogos Escolares Maranhenses, eu não estava no Maranhão ainda acho que os primeiros JEM’S foram em 73, 74, 75, e eu cheguei em 76 lá. E aí quem estava diretamente envolvido no DEFER, era o Laércio que era assessor do Carlos, e nos jogos ele me convidava para participar da comissão organizadora dos jogos, então eu era contratado para essas questões esportivas que foi uma área que eu sempre me envolvi. Foi um trabalho que desenvolvi no Ribeirão Preto em organizações esportivas no Botafogo e de alguma forma me levou para o Maranhão então eu me envolvi no JEM’S. Praticamente de 76 até minha saída em 82 eu fiz parte da organização com tarefas organizativas; eu era chamado para uma determinada tarefa organizativa e aí já estavam o Marcos, o Laércio á frente disso nós fizemos um trio de trabalho que deu muito bem, muito bem porque eu sempre tive um sentido de organização muito forte, o Laércio foi desorganizado por natureza mas tinha uma pessoa que no grupo tinha idéias interessantes e nós, eu e o Marcos - tínhamos uma característica executiva muito forte então era um trio que funcionava muito bem, fiz muito isso e na organização do JUM’S os Jogos Universitários Maranhenses também de 78 e 79 o Marcos me ajudava o Laércio se envolvia então foi um trabalho de equipe principalmente nós três. O Sidney entrava mas ele cuidava do Voleibol nos jogos, tanto nos JEM’S, quanto nos JUB’S. comissão técnica. 1977 - desenvolvi na Universidade um projeto de desporto universitário, me envolvi no refortalecimento da Federação Acadêmica, tinha o projeto de criação das atléticas, criei as atléticas para os centros, estudos básicos, saúde, ciências humanas, aquela coisa toda. 1978 - Fui chefe de delegação universitária maranhense; 1978 - para Curitiba, em 79 para João Pessoa, em 80 para Florianópolis , e fui o coordenador geral dos XXX Jogos Universitários Maranhenses e foi minha última ação articulada nesse setor de desporto universitário. 1978 - Eu entrei na Universidade Federal do Maranhão em 78, não era administrativo não, era um cargo técnico era Técnico em Assuntos Educacionais, ligado a um projeto de desenvolvimento do esporte universitário vinculado a Pró-Reitoria de extensão em assuntos Estudantis, vinculado ao DAC Departamento de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de extensão - mas estava ligado ao DAE Departamento de assuntos Estudantis - e depois fui para o outro departamento de interiorização, que me levou a desenvolver, projetos coletivos de políticas públicas, pelo interior do Maranhão, nesse meio


tempo eu já fiz parte, mesmo como técnico e Educação Física em assuntos educacionais do primeiro corpo docente da criação do curso de Educação Física da UFMA; Já assumi de cara a responsabilidade por duas disciplinas, lembro que uma delas era organização esportiva, a outra eu não sei, não lembro qual era, e todo processo de criação do curso lá eu me envolvi desde o primeiro momento, com o grupo; mesmo em eu formalmente na função de técnico mas, Eu, Mary, Sidney, Laércio, desenvolvemos a criação do Curso Educação Física do ITA, depois virou MENG Futebol no SESC - Trabalhando na verdade não com o Futebol, eu administrava, gerenciava toda a parte esportiva, então existia uma demanda muito grande para quadra, uma única quadra e eu criei um mecanismo de ocupação daquela quadra no sentido de racionalizar o uso; utilizar o uso, mas fiquei pouco tempo porque aí eu tive alguns atritos com administração, por conta de falta de material, falta de trabalho e aí eu fui para Escola Técnica e me torno professor de segundo grau na Escola Técnica. ETFM CURSO DE Educação Física - Aí dentro da Escola Técnica, desenvolvemos o projeto de criação do curso de Formação de Magistério em Educação Física em nível de segundo grau, eu fui o primeiro coordenador do curso. Elaborei o projeto junto com os colegas que estavam presentes naquela ocasião e outros que foram para lá depois, inclusive você também não é, aí fiquei na coordenação. 1979 - SEDEL - não tive participação política na criação da SEDEL, até porque o espaço político o espaço de intervenção política nunca foi um dos partidos que sempre tiveram poder no Maranhão, em São Luis em particular, sempre fiz organicamente às vezes sim, às vezes não, parte de grupos de oposição, aquela política maranhense de Sarney, o sarneismo eu sempre fui oposição, sempre fiz parte do grupo que votava contra aquilo tudo, nem peguei exatamente o momento de organização do EPT, que eu saí de lá enquanto o EPT se organiza como partido político, vim vivenciar isso já em São Paulo, viver isso em São Paulo mas, acompanho a criação não sou chamado para compor a equipe, o que não foi surpresa para mim porque não havia muita sintonia de pensamento, mas acabo me envolvendo em uma coisa ou outra, por conta da presença do Laércio em algumas atividades por exemplo: eventos acadêmicos em 79, por exemplo nós fizemos o 1° Congresso Regional Norte – Nordeste, o CBCE, com o apoio da SEDEL, aí eu me envolvo na organização desses congressos. Foi em 79, 81 foi ano impar, ano do Congresso Brasileiro em Londrina, que eu e o Laércio viemos para o congresso também, já naquela época envolvidos nisso. E em 79 eu me lembro que foi taxado como evento de comunistas, a SEDEL o secretário era o Jesus, não queria sequer assinar os certificados porque o MEC estava dizendo que aquilo era comunismo, o Laércio teve que fazer o meio de campo que era um papel que ele fazia muito bem. Ele acabou assinando o JUB’S no Maranhão com o Sarney, como o governador endossou o pedido para que os jogos fossem lá. O Governador era João Castelo, nós tivemos o trabalho de cobrar esse apoio. na hora de dar o apoio, todo mundo quis dar. Na hora de efetivar o apoio estavam tirando o corpo fora, aí foi uma relação muito difícil com o Elias, o Arimatéia presidente da FAME e eu da coordenação geral disso tudo porque na verdade o apoio não vinha, e nós fizemos denúncias públicas, exigindo apoio, eles tiveram por pressão que oficializar esse apoio todo e aí criou um clima muito tenso que reforçou até essas visões diferenciadas. Fizemos um encontro EPT lá também, que eu me envolvi. - Congresso do EPT – Eu acho que foi um pouco isso, a idéia era um encontro de lazer com algumas pessoas que faziam parte do nosso grupo já brasileiro de discussão à partir de uma lógica de política de lazer de ???? de esporte de esquerda onde a Maria Isabel tinha na época um papel importante, ela foi para o congresso em 79 e aí por questões de vinculação com o Governo Federal esse evento se tornou o evento EPT. Tinha a Sub-Secretaria de Esporte para todos como sub-secretaria da secretaria de Educação Física e esportes do MEC, a SEED, tinha SUEP, subsecretária de EPT com a comandante Lamartine Pereira, como coordenador central, o Jorge Takanachi, como dirigido do Lamartine, o Person Cândido Matias de Sousa como outro membro e aí sim na programação que nós caminhamos houve votos, houve censura por parte de Lamartine e da equipe dele, não saberia dizer se foi bem Lamartine foi da SUEPT, aí o nome da Maria Isabel não foi aceito. A Kátia Brandão Cavalcante não foi aceita, e aí nós conseguimos trazer esse pessoal eles não participaram da mesa porque os nomes deles não foram aprovados. Para suas mesas , mas na plenária eles se envolveram no debate, isso criou também todo um espaço de discussão de bronca da gente o que reforçou o estigma que acabou criando em torno de nós, de pessoas de oposição, esquerda porque apenas...? aceitavam aquele tipo de visão de Governo Federal que na área de esportes de Educação Física mas do que nuca tinha dificuldades em perceber que o momento político já não era aquele dos anos 70, não é? Já era um momento de abertura, que para eles é muito difícil de entender. Então nós fazíamos, já vivíamos uma época de uma postura crítica sobre a realidade de Educação Física e


do esporte que ele não acompanhava, ele tinha sempre uma visão romântica do processo e eu sempre naquela época, até por toda talvez aí o processo mesmo de crescimento uma outra fase menos madura não é? Eu não só fazia a crítica como criava espaços de atrito, de conflito porque não admitia aquela postura extremamente apolítica de neutralidade. - No Tupã - era uma perspectiva de um clube universitário, os dirigentes tinham toda uma formação universitária, tinham uma visão de profissionalização, no trabalho de não tratar o futebol, pelo o coração ou pelo fígado, mas dá um sentido de um trabalho de gestão, mas profissional, mas no sentido que hoje é prestado a profissionalização, éramos todos militantes, usávamos nossos tempos disponíveis para fazer isso. O tupã, durante uma época foi referência de uma organização esportiva do Maranhão, um clube pequeno que do nada constrói uma sede lá no São Francisco.Li – Isso, não é promovendo festas, bailes de carnavais, que repercutiram e o futebol começa a ganhar espaço. Clube pequeno que começa a ocupar espaço entre os principais times de Futebol , SAMPAIO, o MAC e o MOTO, nós passamos a ser a quarta força. E era uma força, chegou no ano seguinte que ele foi fundado, chegou a ser Campeão Maranhense, por várias vezes então foi uma força muito grande na época de formação do Futebol Maranhense. Na profissionalização do Futebol no Maranhão, nos anos 80, final dos anos 70, anos 80 o que mais chamava atenção no TUPÃ era a relação que ele tinha com a comunidade Madre de Deus, onde ele funcionava a sede, onde tinha aí então tinha um vínculo muito forte com a comunidade, o envolvimento da comunidade para que o clube existisse e funcionasse era uma coisa bonita e eu me envolvi nisso também. - FUMESP - Fundação Municipal de Esporte; eu fui assessor do Cláudio Vaz, com o Marcão, e aí sim nossas ações de construção política, o Cláudio Vaz estava muito preocupado com isso dava liberdade para a gente, demarcavam muito nosso campo de intervenção para a sua SEDEL mostrando uma outra visão do esporte, de lazer por aí a fora, e nós tínhamos uma capacidade de trabalho com menor grupo às vezes demonstrando mais capacidade de trabalho do que com a SEDEL e evidentemente aí tinha sempre um campo de disputa. 1981 - APEFELMA - nós desenvolvemos a criação, na ocasião à Associação dos Profissionais em Educação Física e Lazer do Maranhão, criamos estatuto, regimento aquela coisa toda. Ela surge de a gente tentar dar uma organização ao setor que começava a se organizar e a trazer para dentro toda aquela discussão do exercício profissional, da formação profissional acadêmica, da intervenção no campo, a questão do mercado de trabalho, começa a pintar a disputa do profissional e do leigo. O curso da Escola Técnica tendo uma outra formatação de atender o interior, através de convênios com as prefeituras do interior, de mandar alunos para o curso, o da UFMA, voltado mais para atender a Capital e mesmo assim não houve demanda, a PEFELMA surge nesse contexto, no contexto de reorganização política na Sociedade Brasileira e de reorganização de setores na sociedade, dentre eles os profissionais, mas na verdade era; eu não me envolvi na vida dela, porque tem sido conveniente que eu me afaste do Maranhão para os meus estudos e a minha volta se dá, por um semestre em 86, onde então eu consigo o desligamento da Universidade para sentar e assumir. 1983 - eu me afastei para o mestrado, eu legitimei minha presença na Universidade a ponto do Reitor colocar obstáculos na minha saída para o mestrado na condição de Técnico não era docente, e eu saí com todo respaldo do Cabral na época, pelo trabalho desenvolvido nesse setor, os jogos foram um sucesso, conseguimos recursos federais para fazer o restaurante que até hoje está lá, Universitário. Recurso para construir o complexo do Castelão, também veio por conta dos jogos universitários. Lá , o Ginásio, a pista, a piscina, isso em 82, e foi uma experiência esportiva muito valiosa naquela época. 1983 a 1988 - Mestrado PUC de São Paulo, no programa de Filosofia; História de Educação, de 83 à 88, 1988 - curso de especialização, Políticas, Desenvolvimento Social e Relação Internacional em Cuba - Doutorado na UNICAMP, na faculdade de Educação na área de Concentração em Administração Educacional, Política Educacional. - doutor em educação física, hoje é professor da FEF/UNICAMP; sua tese de mestrado, em Educação PUC-SP - sobre a história da educação física, tornou-se um marco de referência para os estudos da educação física no Brasil. Lino era técnico em assuntos educacionais na UFMA, ligado ao Departamento de Assuntos Culturais, e dava aulas no curso de Educação Física. Quando saiu para o Mestrado, após a volta, foi impedido de dar aulas, o que ocasionou sua saída da UFMA, sendo contratado pela Unicamp.


Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS).

LOUIS PHILIP MOSES CAMARÃO - PHIL CAMARÃO 1955 - Nascido em São Luís, em 06 de março, filho de Felipe Reis Camarão e Jean Moses Camarão. Médico perito examinador do trânsito. Começou sua vida esportiva no Colégio Batista, desde o jardim de infância, e é daquela geração de ouro do esporte maranhense, sendo considerado um dos maiores jogadores de handebol do Maranhão, chegando a campeão brasileiro. Foi Secretário de Desportos e Lazer; diretor do Instituto de Previdência do Estado do Maranhão, onde incentivou o esporte entre os funcionários públicos estaduais, criando os Jogos dos Funcionários Públicos. Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS). MANOEL TRAJANO DANTAS NETO foi professor da Escola Técnica e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e foi presidente da Federação de Atletismo do Maranhão. Pernambucano de Jaboatão, Trajano viveu em São Paulo, antes de radicar-se em São Luís. Ele foi, também, superintendente do Centro de Alto Nível (Cetan), em Manaus. Atualmente, Manoel Trajano era responsável por ministrar boa parte dos cursos de arbitragem promovidos pela Confederação Brasileira de Atletismo. https://imirante.com/oestadoma/noticias/2015/11/29/morre-aos-68-anos-o-professor-manoel-trajanodantas-neto/ MARCOS ANTONIO DA SILVA GONÇALVES 1947 – nasceu em São Paulo, capital, em 10 de junho, filho de Carlos Gonçalves e Guiomar Martins da Silva Gonçalves; 1969 – ingressa no curso de Educação Física, na USP, estudando até o último, não concluindo; entrou depois de Laércio e antes de Lino e de Sidney, que foram seus calouros. - sempre pratiquei esporte, muito esporte, principalmente futebol e fui induzindo e recomendado pelo professor. O curso foi recomendado né, pelo professor Milton Balerine, estudou comigo em colégio interno de Lorena, interior de São Paulo e que fazia educação física, então ele nos aconselhou pelo gosto que eu tinha pelo esporte, pela administração do esporte já na época e ele nos recomendou fazer e acabamos entrando na educação física em 1969 mais ou menos. 1975 - já cansado de São Paulo e tendo trabalhado com Laércio do SESI de São Caetano e Santo André a mesma equipe que fazia os esportes do SESI, eu decidi sair de São Paulo, quando de uma, de um JEB's que a gente apitou em Brasília acho que handebol em Brasília e o Laércio estando por aqui em São Luís nos convidaram para visitar, eu como já tinha intenção de sair de São Paulo não agüentava mais aquela cidade danada, acabei vindo visitar São Luís e em duas semanas como diz outro, fechei a conta e vim embora; como eu me encontrei com o Laércio, que já estava aqui no Maranhão em Brasília com a delegação do Maranhão. Ele nos fez esse convite para vir para conhecer São Luís; foi à época de julho eu vim inclusive na época eu vim com Júlio, Júlio do Gás Julinho, não sei se tu já fizeste algum detalhe sobre o Júlio também, foi a primeira vez que nós viemos para cá, viemos de ônibus de Brasília para São Luís e aqui vós ficamos duas semanas passeando e quando eu voltei para São Paulo, já voltei com alguma coisa acertado, na época com Carlos Alberto Pinheiro Barros; então, eu não me vi para apitar o JEM's, vim já para trabalhar no antigo Departamento de Educação Física (DEFER, de São Luís- Maranhão) juntamente com o diretor na época o Carlos Alberto Pinheiro de Barros; Cláudio Vaz tinha saído para entrada de Carlos Alberto Pinheiro Barros e o governo de Nunes Freire e o Carlos Alberto encontrei a assessoria, vamos dizer assim de trazer elementos que foi tendo a incumbência, vamos dizer assim, de trazer elementos que pudessem reforçar toda a equipe de trabalho e o trabalho em si; quem estava aqui efetivamente era o Laércio, era Viché, Biguá, Horácio, o Júlio veio, mas volta, não


veio, não ficou junto comigo, ele veio para passear junto comigo, mas voltou porque ele ainda era estudante em São Paulo, voltou para concluir o curso, também nunca concluiu, igual a Biné, seria bom detalhar isso ma minha biografia, porque já diz que eu não sou formado, mas eu concluo, conclui não, fui ate o ultimo ano da escola e por ter vindo praça, eu optei por não concluir porque o trabalho aqui é muito mais importante. Então eram somente elementos que estavam aqui, depois é que, através de Laércio, e de vir é que nós fomos trazendo todo esse pessoal, que foi Zartú, que foi Levy, que foi Júlio, que foi José Carlos Fontes, Sidney, toda a equipe se formou aqui, Demóstenes já estava. Demóstenes estava chegando na mesma época que eu. Domingos Fraga, já estava aqui também. Só que não no Departamento de Educação Física do Estado. Aquele período eu que foi vice-campeão brasileiro, que só perdia para São Paulo, porque São Paulo dificilmente se ganha, então o Maranhão, foi vice-campeão e ninguém, quando a gente comenta isso em outros lugares, ninguém acredita, acha que isso é um sonho e o basquete feminino surgiu, o voleibol cresceu demais, todos os esportes de uma forma geral, atletismo também, ofereceu vários atletas á nível nacional, então todos os esportes cresceram de uma forma conjunta, não foi um trabalho direcionado para uma modalidade, ou para dizermos assim, enfatizar algo que a gente gostava, foi realmente é multiplicado. Eu lembro que na época não se trabalhou muito o futsal , infelizmente agora não esta nesse mesmo nível que estava na época. Na verdade, a proposta que me fizeram para vim ao Maranhão, não tinha direcionamento nenhum. O que Laércio me propôs na oportunidade era que viesse para São Luís do MA, onde já conheciam meu perfil, já conheciam o meu trabalho da época que nós estivemos juntos no SESI, conforme eu já disse, SESI São Caetano e Santo André e lá ele era coordenador do SESI São Caetano e eu do Santo André, nós já nos conhecíamos e ele sabia que ele podia contar comigo em qualquer frente de trabalho. Então, é como eu administrativa essa parte esportiva em Santo André e ele acreditava que eu pudesse me assenhorear dessa função aqui em São Luís do Maranhão, ele me convidou, mas lembro bem que a gente deixou claro que a gente teria que fazer um pouco de tudo, como nós acabamos fazendo realmente e assim os outros também, assim os outros foram convidados por mim, Sidney, Zartú, Lino, eles não vieram direcionados, é para algum emprego, vamos dizer assim, para algum setor, eles vieram e aqui nós fomos procurando como encaixa-los em algum lugar, então apareceu como por exemplo, o Lino, apareceu alguma coisa no Maranhão, ele foi lá como preparador físico, recém-formado, como preparador físico do MAC, mas também trabalho em outros setores, na parte administrativa do JEM's, que a gente passava noites e noites, hoje a gente vê aí, todos os avanços que houve, no JEM's até o boletim é feito a nível de computador, Tc e tal. Na época a gente fazia era com mimeógrafo a álcool e dormindo debaixo da mesa, para poder o boletim ficar pronto no dia seguinte, então o Lino, nos ajudou em todos os sentidos, o Sidney também veio, a principio ficou conosco no Costa Rodrigues, com a escolinha de futebol e assim fomos todos, vindo sem um direcionamento efetivo. A gente veio para trabalhar, aonde, não sabia, onde tivesse lugar a gente ia se colocando e auxiliando e dinamizando de todas as formas, o esporte no Maranhão. 1976 - Marcos, Sidney e Lino, foram a Imperatriz. O JEM's ainda não estavam voltados para o interior, havia um trabalho começado pela Universidade Federal do Paraná e foram colaborar na organização e arbitragem da 3a OCOI, que eram as Olimpíadas Colegiais, antes dos Jogos Escolares de Imperatriz. 1970 - Após um período em São Luís - cerca de cinco anos -, retornou para São Paulo, andou pela África, e atualmente, mora em São Luís, onde é vice-presidente e secretário da Federação de Desportos Escolares, recém-fundada. 2004 – Técnico vice-campeão brasileiro de Beach-Soccer Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS). MARY SANTOS 1943 - graduada pela Escola Nacional de Educação Física, hoje, EEF/UFRJ, da então Universidade do Brasil, hoje, UFRJ Já falecida. Conforme consta em EDUCAÇÃO (CRÔNICAS), de sua autoria, "... Lecionou várias disciplinas, em diversos colégios do Estado. Foi Deputada Estadual. Diretora do Serviço de Educação Física, Recreação e Esportes do Estado, hoje SEDEL, durante o Governo José Sarney. Foi brilhante organizadora, durante 4 anos consecutivos, dos desfiles escolares e dos jogos Inter-colegias, atualmente, Jogos Estudantis Maranhenses, É jornalista filiada à ABI e ao Sindicato dos Jornalistas profissionais de São Luís, tendo sido


agraciada com diversas comendas estaduais e municipais. Representante do Maranhão, junto ao 6º Congresso Nacional de Educação...". (SANTOS, Mary. EDUCAÇÃO (CRÔNICAS). 2 ed. São Luís : Grafite, 1988. p. 8). MATEUS ANTONIO DA SILVA NETO – Nascido em Cururupu, veio para São Luís aos 7 anos de idade. É casado com Assunção Mendonça, tem três filhos e seis netos. Graduado em direito pela Universidade Federal do Maranhão (Ufma), é procurador federal, mestre em Educação pela Ufma e doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Coimbra. Possui três livros publicados e a sua tese, “A universidade na aventura do conhecimento científico”, está em fase de publicação. Foi secretario adjunto de Desenvolvimento Social, presidente do Fórum de Direitos Humanos, coordenador do Projeto Rondon, assessor da Secretaria de Planejamento da Presidência da República e chefe do Escritório do Programa Grande Carajás. Possui Doutorado em Ciências da Educação pela Universidade de Coimbra (2006) e Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (1997). Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual do Maranhão. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Currículos Específicos para Níveis e Tipos de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: universidade, concepções de universidade, fenomenologia existencial, mundo vivido e natureza. https://www.uema.br/2012/09/professor-da-uema-recebe-o-ttulo-de-cidado-de-so-lus/ https://www.escavador.com/sobre/2653319/mateus-antonio-da-silva-neto

MAURO DE ALENCAR FECURY Nascido no Acre e criado em São Luís, é engenheiro civil; pertence à geração de 53 - exerceu a presidência da Novacap, em Brasília 1979 a 1980 - assumiu a Prefeitura de São Luís a 23 de março por nomeação do governador João Castelo e aprovado pela Assembleia Legislativa. Renunciou em 25 de março de 1980. Foi em sua administração que ocorreu a greve estudantil pela meia-passagem, em setembro de 1979, que transformou a vida de São Luís em um pandemônio. 1983 - Em 22 de março, assumiu pela segunda vez o cargo de prefeito, agora nomeado pelo governador Luiz Rocha; era deputado estadual; foi em sua segunda administração que inaugurou as "maurotonas", visitas aos diversos bairros nos fins de semana, acompanhado de todo o secretariado, para fiscalizar as obras que realizava. Deputado Estadual, Deputado Federal por várias legislaturas, dedica-se ao ensino, como presidente do UniCEUMA. Realiza, anualmente, os Jogos dos Amigos, em que reúne aquela "geração de 53". Fonte: BUZAR, Benedito. Prefeitos de São Luís no século XX. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 1 º de outubro de 2000, p. 15. Caderno Especial) NÁDIA COSTA - foi professora da UFMA, mulher do Laércio Elias Pereira (hoje, estão separados); atualmente, mora na França, onde se dedica a criar cabras e a fabricar queijos, e trabalha com Biodança NAN SOUSA - POLITICO - *dep. fed. MA 1990, 1991-1998 e 1999. Eleutério Nan Sousa nasceu em São Vicente Férrer (MA) no dia 31 de dezembro de 1945, filho de Geraldo Sousa e de Maria do Rosário Sousa. Iniciou seus estudos universitários em 1971, quando ingressou na Faculdade de Economia da Universidade Federal do Maranhão, em São Luís, pela qual se formou em 1975. Nesse mesmo ano, ingressou na política filiando-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar vigente no país desde abril de 1964, em cuja legenda foi eleito vereador na capital maranhense no pleito de novembro de 1976. Assumindo sua cadeira na Câmara Municipal em fevereiro de 1977, foi eleito vice-presidente da casa e tornou-se presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, funções que exerceu até 1979. Em novembro de 1978 elegeu-se deputado estadual. Renunciando ao mandato de vereador em janeiro de 1979, assumiu sua cadeira na Assembléia Legislativa do Maranhão em fevereiro seguinte e tornou-se quarto-secretário da mesa diretora.


Com a extinção do bipartidarismo em novembro e a conseqüente reformulação partidária, no ano seguinte filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), legenda que sucedeu a Arena no apoio ao governo. Em 1982, foi eleito presidente do Legislativo maranhense. Reelegeu-se deputado estadual nas eleições de novembro, na nova legenda. Tomou posse em fevereiro de 1983 e assumiu a presidência da Assembléia. Com a ascensão de Luís Rocha (1983-1987), em março seguinte, ao governo do estado, licenciou-se do mandato para assumir a Secretaria de Desporto e Lazer do Maranhão. Em 1985, filiou-se ao Partido da Frente Liberal (PFL), agremiação formada a partir de uma dissidência do PDS, a Frente Liberal, integrante da Aliança Democrática que apoiou a candidatura de Tancredo Neves à presidência da República no Colégio Eleitoral em janeiro desse ano. Em maio de 1986 deixou o cargo de secretário, desincompatibilizando-se da função para concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados e participar dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte. No pleito de novembro, obteve apenas uma suplência. Permaneceu no Legislativo estadual até o fim de janeiro de 1987, quando se encerraram o seu mandato e a legislatura. Nesse ano, tornou-se membro do Conselho Científico e Tecnológico do Maranhão. Com a ascensão de Epitácio Cafeteira (1987-1990) ao governo do Maranhão em março desse ano, Nan Sousa foi nomeado secretário de Trabalho e Desenvolvimento Urbano. Em 1989, foi um dos fundadores e diretor da organização não-governamental Instituto do Homem. http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/eleuterio-nan-sousa OLIMPIO DE SOUSA GUIMARÃES 1931 – nascido em Colinas, a 26 de abril 1943 – muda-se para São Luís, aos 12 anos, vindo a morar com o tio, Raimundo Pires Chaves, ex-jogador e dirigente do MAC; conviveu com Chaveta, Luiz Magno, Portela Passos, José Tinoco Pereira, dissidentes do FAC – Futebol Atlético Clube – que foram para o MAC em 1943. 1955 – forma-se em Direito pela UFMA - desde os 12 anos envolvido com o MAC, passa a dirigente esportivo, ajudando na construção da sede do clube – Parque Valério Monteiro, na Cohama - 1973/74 – assume a presidência da FMD – Federação Maranhense de Desportos, eclética – - 1975/76 – reeleito para a FMD, renunciando ao mandato, para nunca mais voltar - 1979 – está na equipe formada pelo industrial Elis de Jesus Gomes, no Governo João Castelo, para criar a primeira Secretaria de Desportos e Lazer do Brasil; passa a integrar o CRD, permanecendo em ambos até 1986

RAIMUNDO APRÍGIO MENDES 1956 - nasce no dia 06 de setembro, em São Luís. 1967/68 – eu fazia o Ginásio, o antigo ginásio, eu era aluno do, do CEMA, colégio de um porte grande, estadual, nesta época. Eu tive o prazer de ser aluno de Educação Física, do prof. Dimas, eu fiz aula com ele no Parque do Bom Menino, era lá que nós desenvolvíamos as atividades de educação física, quando ele era prof. do CEMA. E lá eu vim a me interessar um pouco, eu vim enxergar o que era esporte, o que era um trabalho de atividade de educação física até porque eu tinha conhecimento só teórico ou então só pela palavra das pessoas. E lá nós praticávamos tudo, nós praticávamos handebol, praticávamos basquete, ele chegou até se interessar a levar uma das turmas para fazer natação; ai viu eu jogando capoeira, me convidou para fazer ginástica olímpica, então eu fiquei nos dois, mas depois eu me interessei mais pela ginástica, até porque teve uma coisa assim, digamos assim, eu aprendi a gostar mais da ginástica olímpica. 1974/79 - não havia disputa de Ginástica Olímpica nos JEM´s, ela tinha um núcleo bem pequeno não era divulgado nas escolas, só a partir de 79 que ela veio chegar nas escolas e a primeira escola que abraçou a ginástica olímpica foi o colégio Batista, por influência do Dimas até por ele era prof. de educação física do Colégio Batista, e ele implantou a Ginástica Olímpica no Colégio Batista e com o meu trabalho e o trabalho dos outros instrutores nós começamos é ter alunos de outras escolas; nós tínhamos uma Escolinha e com isso nós tínhamos vários alunos pertencentes às diversas escolas de São Luís, tínhamos Liceu, Humberto Ferreira, o La Roque, o Centro Caixeiral, o CEMA, o SESI, o antigo Pituxinha, o Rosa Castro, o Santa Tereza, e o colégio Batista; então nós começamos pensar numa competição, ou melhor,


implantar é a ginástica olímpica nos jogos escolares maranhense. Essa competição ela foi mais a nível individual, só após de dois anos é que começamos a fazer mesmo competição não só no individual mais também em equipes; os professores nesses colégios, Por exemplo, no Batista estava o Dimas, depois o Juvenal e Raimundão; No Santa Tereza - se chamava Japonês, era Inácio Bispo Dos Santos; No La Roque, eu treinava o La Roque por de traz dos bastidores; No Pituxinha que é o Meng, Objetivo Hoje era o Juvenal; antiga Escola Técnica, que eu trabalhei CEFETE e CEMA quem trabalhava principalmente na parte da ginástica era profa. Vanilde Leão; No SESC –eu tinha uma escolinha. Lá nós tínhamos alunos de varias escolas, até porque a escolinha nessa época era uma escolinha grátis, a função principal dela mesmo era divulgar a modalidade ter praticantes de ginástica olímpica; No Rosa Castro, como era defronte do SESC a maioria dos alunos treinavam na escolinha do SESC; porque o nosso objetivo era fazer a competição então nós éramos técnicos de vários alunos, mas nós não tínhamos assim digamos apadrinhamento com nenhum nós preparávamos todos com igualdade e o melhor vencia a competição. 1976 - treinava Capoeira no grupo do Mestre Sapo, que funcionava no Ginásio Costa Rodrigues; período da tardezinha, tipo assim 17:30 e ... ia até 20:30 horas. 1977 - o professor Dimas apareceu no final de 1977, à procura de pessoas que tivessem uma boa habilidade para a pratica da Ginástica Olímpica; Nessa época, tinha 14 anos; Então muitos alunos de Ginástica Olímpica dessa época vieram da Capoeira, ele preferiu assim porque os alunos da Capoeira já sabiam fazer alguns saltos que a Ginástica exige, e já tinham um bom trabalho de preparação física, principalmente na parte de resistência orgânica e flexibilidade. 1978 – começou como atleta de Ginástica Olímpica – A minha carreira como atleta ... logo no primeiro ano, eu participei dos Jogos Estudantis Brasileiros, realizado em São Paulo, foi mais a titulo de ganhar experiência, nós não tínhamos nem um aparelho oficial de Ginástica Olímpica; tudo era braçal, tudo era feito aqui mesmo, e a gente não tinha nem noção, só para você ter uma idéia, eu tive que saltar num cavalo que eu fui conhecer chegando no Estado de São Paulo, no ginásio onde foi realizada a competição. - instrutor – O meu envolvimento com o trabalho de Ginástica Olímpica veio acontecer no final de 1978, o prof. Dimas querendo difundir mais essa modalidade, principalmente em nossa cidade começou a formar instrutores; eu fiz parte desse grupo; e meu trabalho se iniciou numa escolinha no SESC, localizado na Praça Deodoro, e até hoje continua no prédio do SESC, e de lá eu fiz um trabalho mais ou menos uns três anos, esse trabalho, ele tinha como finalidade, não só atender, ser um trabalho solidário, de atender à comunidade, mas também um trabalho que se voltava para as competições, principalmente os Jogos Escolares Brasileiros. - quem eram os outros atletas que se tornaram instrutores naquela época – o Juvenal, começou primeiro do que eu, já veio de 75; José de Arimateia, que hoje é professor de educação física, o Josué, que é também formado em educação física, e o próprio filho do Dimas que se chama Maurício... – Molusco - ele começou a ginástica no Ginásio Rubem Goulart, 80 83,84 por ai; ele começou com o prof. Juvenal, e depois conseguimos um certo beneficio escolar para ele, pela própria habilidade, pela própria competência que ele tinha de se desenvolver nessa modalidade, e nós levamos para o Batista, conseguimos uma bolsa integral, ai ele passou fazer, ele passou a fazer parte do meu trabalho, porque eu já estava trabalhando no colégio Batista e continuo até hoje trabalhando com ginástica olímpica. - o material - teu pai tinha uma carpintaria, ele faleceu deixou esse material todo com você, e quando havia uma necessidade, por exemplo, de consertar algum equipamento, ou mesmo de fabricar o equipamento, você que era o responsável por isso, por que você já tinha essa habilidade em carpintaria também - eu acompanhei o meu pai em varias situações de trabalho e com isso eu ganhei um pouco de experiência nessa área então; na ginástica olímpica nós tínhamos muita dificuldade em ter aparelhos, então a gente fez uma montagem de aparelhos, usando a estrutura de madeiras, e nós fabricamos aqui umas argolas, fabricamos umas paralelas, principalmente masculina, principalmente do sexo masculino, a alem disso quando qualquer material quebrava, e sendo de madeira, eu consertava, nós comprávamos materiais, fazíamos substituição, pequenos reparos, e assim a gente levou a ginástica mais ou menos por vários anos. só tivemos a uma primeira uma aparelhagem oficial de ginástica olímpica, mais ou menos por volta de 1980, 81, 82 por ai. 1979 - o Dimas levou uma equipe de ginástica, e essa equipe se apresentou muito bem; nós conseguimos uma ótima colocação, daí porque o Governo Federal, achando que o Maranhão poderia ser um pólo de ginástica olímpica, resolveu investir na ginástica olímpica, no caso ai, construindo essa praça esportiva que a gente tem aqui na Av. Kennedy, especificamente para a área de ginástica olímpica.


1980 - a ginástica passou a fazer parte dos JEM´s 1981 - A federação de ginástica nasceu que a antiga secretaria de desporto e lazer SEDEL foi fundada até pela necessidade da... Do próprio trabalho da SEDEL em poder ajudar as federações, as modalidades seria necessário que todas elas tivesse um órgão ou uma entidade representativa ou uma entidade jurídica no caso as federações. E a SEDEL nessa época que você deve se lembrar bem, que você fez parte da fundação SEDEL e você conhece bem... A estrutura dessa época era para que as modalidades tivessem um recurso até para facilitar a prestação de contas deste órgão ao Governo do Estado seria necessário que tivesse também federações, ou seja, entidades jurídicas que também pudessem prestações de contas para a SEDEL. Então as federações surgiram e foi fundada com os clubes de futebol um pouco enrolado depois tivemos que re-fundar essas... É a federação por questão de estatuto errado e ela foi fundada - O primeiro presidente da federação foi o prof.Dimas, O vice presidente era o prof. Juvenal, O diretor técnico neta época era o prof. Raimundão 1985/1988- assim que acabou o mandato do prof. Dimas, assumiu a federação o prof. Juvenal tirando dois mandados, 1988 - depois do prof. Juvenal eu tive um mandato na federação e me afastei da federação; eu tive que refundar essa federação em 1988 e hoje nós estamos filiados à Confederação Brasileira de Ginástica , só que nós não participamos de competição pelo auto investimento, que cada competição exige, como se sabe a ginástica olímpica é um esporte muito caro e até mesmo pra nós participarmos de competições seria necessário um recuso financeiro muito elevado que esta acima de nossas condições, mas de vez enquanto nós participando com um, não em equipe, mas ao menos nos individuais nós temos participado dos eventos da confederação brasileira de ginástica o ultimo evento que nós participamos foi 1999.. - Aí teve outros presidentes , só pra você ter uma idéia o Cabralzinho foi presidente também de federação de ginástica. - E a prof.Valdeci também da Universidade Federal de Maranhão já ocupou não o cargo de presidente – Valdeci Vieira das Dores Vale, profa. de educação física da Universidade Federal do Maranhão e a modalidade em que ela se destaca é a ginástica rítmica desportiva - já ocupou vários cargos, já ocupou por três o cargo de vice-presidente da federação, é atualmente a vice-presidente da federação maranhense de ginástica 1992 – forma-se em Química Industrial na Universidade Federal do Maranhão 1996 – realiza Curso Internacional de Técnicas de Ginástica Olímpica, realizado no Flamengo 1997 – realização da 1. "Copa Dimas" de Ginástica olímpica - a família ginástica maranhense considera o Professor Dimas o pai da Ginástica Olímpica maranhense, porque ele quem introduziu a Ginástica em nosso estado, tanto ao nível de competição, como ao nível de recreação e etc... 1999 - Torneio Internacional de Ginástica Olímpica – participação do Maranhão com quatro atletas e conseguimos uma boa colocações, os meninos chegaram aqui cheio de medalhas inclusive nós temos até um troféu que prova nossa participação, uma boa participação. 2001 - o prof. Raimundo Aprígio Mendes é o presidente da federação de ginástica, até 2005. Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS).

RINALDI LASSALVIA LAULETA MAIA. 1914 - nascido em São Luís do Maranhão no dia 05 de fevereiro, filho de Vicente de Deus Saraiva Maia e de Júlia Lauleta Maia. - Iniciou sua carreira esportiva como crack de futebol no América - clube formado por garotos do 2º ano do ginásio, e que praticava o "futebol com os pés descalços". 1939 - o jovem atleta já era jogador do Liceu Maranhense, sagrando-se bi-campeão estudantil invicto, nos anos de 1941 e 1942. 1941 - Rinaldi começa a praticar o Basquetebol, tendo ao lado Gontran Brenha e Eurípedes Chaves e outros, defendendo as cores do Vera Cruz. Nessa época, não havia campeonatos de bola-ao-cesto,


contudo, era público e notório que o Vera Cruz era o campeão da cidade. O grêmio do saudoso Gontran apenas tinha como adversário perigoso o quadro do "Oito de Maio". Nas disputas de Volei levava sempre a pior, porém, vencia todos os encontros de bola-ao-cesto. O Vera Cruz era um campeão autêntico. 1942.- O melhor ano do esporte para Rinaldi foi nessa temporada: o jovem atleta conquistou nada menos de três títulos sugestivos: campeão invicto de futebol pelo Sampaio Corrêa; campeão invicto de futebol, pelo Liceu Maranhense; e campeão de basquetebol, pelo Vera Cruz. 1943 - , coberto de louros, Rinaldi embarcou para o Rio de Janeiro, a fim de cursar a Escola Nacional de Educação Física. 1945 – de volta a São Luís, passou a praticar apenas a bola-ao-cesto. 1946 - Rinaldi figurava na equipe de basquetebol do Moto, sagrando-se campeão do "Torneio Moto Clube". Quando da visita do "five" rubro-negro a Belém, Rinaldi teve oportunidade de brilhar na capital guajarina e colaborou naquela magnífica campanha dos motenses. 1947 - Rinaldi tomou outra decisão. Deixou o Moto Clube e tratou de reorganizar o Vera Cruz, seu antigo clube. O seu sonho foi realizado, uma vez que o Vera reapareceu - figurava na liderança do campeonato de basquetebol da cidade. E Rinaldi era figura destacada no grêmio cruzmaltense. Atuava na guarda, onde se destacava, juntamente com o professor Luiz Braga, outra grande figura do basquete maranhense. Cabe ressaltar que o Vera Cruz foi campeão naquele ano. Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS).

ROSA MOCHEL MARTINS (1919–1985), professora normalista, bacharel em Geografia e História, engenheira agrônoma, tornando-se a primeira mulher maranhense a ter esta formação. Lecionou Geografia Geral e do Brasil em vários colégios do ensino médio e Geografia Econômica no curso de Economia da UFMA. Sua preocupação com a educação de crianças e jovens levou-a a produzir obras didáticas para a terceira série do ensino fundamental até a educação superior. Nos intervalos das atividades docentes e agronômicas, ela retratava o cotidiano por meio da literatura, escrevendo e publicando poesias e poemas. Criou a Casa de Alice, um horto com grande variedade de plantas, aberto à visitação pública, em seu sítio no distrito do Maracanã, localizado em São Luís (SEGUINS, 2003), com a finalidade de preservação da natureza, por meio de espécies condenadas ao desaparecimento pelo desmatamento desordenado em nosso meio. https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/EL/article/viewFile/110/120 SIDNEY FORGHIERI ZIMBRES 1949 - Nascido em Agência Paulista, interior de São Paulo, em 20 de abril, filho de Rubens Zimbres e Ivone Forghieri Zimbres. Professor da Universidade Federal do Maranhão desde a fundação do curso de Educação Física, além de prestar consultoria a Fundação Municipal dos Desportos e Lazer do Município. 1974 - Graduação - USP, na Escola de Educação Física do Estado de São Paulo; Porque Educação Física - até era para nem ser Educação Física; eu sempre fui esportista, sempre joguei ... jogava muito, jogava basquete, voleibol, futebol... meu pai era esportista, trabalhava numa indústria mas era esportista; então havia uma tradição dentro da família em praticar esporte. Com 14 anos, eu participei dos primeiros Jogos Abertos do interior de São Paulo como jogador, jogava... eu joguei dos 14 anos aos 28 quase que profissionalmente; eu joguei em São Paulo, fui da Seleção de Volei da Escola de Educação Física, fui campeão da FUNC, então havia uma tradição no esporte; antes de fazer o vestibular, fiz o cursinho de três meses; a minha idéia era fazer Geologia, fiz o cursinho exclusivo para isso; na última hora, talvez por influência até de amigos ... o Lino... acabei me inscrevendo para Educação Física e não me arrependendo. Trabalho em São Paulo - Trabalhei, durante o curso enquanto aluno trabalhava dando aulas em escolas, trabalhei no Clube Atlético Paulistano com voleibol e na preparação física de voleibol nas equipes


juvenis e adultas femininas; o técnico era o Hélio de Moraes Pinto, técnico de uma seleção brasileira, de uma seleção olímpica; quando sai da faculdade, continuei trabalhando no Paulistano, foi quando eu recebi um convite... eu tinha o interesse de sair de São Paulo, eu não queria ficar em São Paulo, foi quando eu recebi um convite para eu vim da um curso de voleibol aqui em São Luís. - conheço o Lino desde a infância, a gente morou junto em Atibaia desde a época de infância, a partir da 2ª série do ginásio foi quando eu sai do interior de São Paulo e fui para Atibaia, e a gente conviveu junto o tempo todo, até a faculdade, a gente entrou junto, fizemos o ginásio juntos ele fez clássico eu fiz científico, ele prestou para a Educação Física, depois para Direito eu prestei para Educação Física, nós entramos, fizemos faculdade juntos. Viemos para São Luís quase juntos, eu vim um pouquinho antes dele. 1975/1977 - Contato com o Maranhão - foi com o Marcos [Marco Antônio Gonçalves], que me trouxe, o Marcos não terminou o curso, veio embora... quem trouxe o Marcos foi o Laércio; o Marcos ficou trabalhando aqui, ele me escreveu perguntando se eu não tinha a intenção de vir para cá, ai eu falei, me leva para da um curso para eu ver como é que é. Em outubro vim aqui no JEM’s em 1975, eu vim para da um curso de voleibol; dei o curso de voleibol em outubro, ai eu coordenei o voleibol nos Jogos Escolares, e ai eu fiz um contrato de três meses... me lembro bem disso... para ver se ia dar certo, na época quem estava à frente do DEFER era o Carlos Alberto Pinheiro; já havia saído o Cláudio Vaz, o Governador do Estado era o Nunes Freire... ai foi quando ele implantou, fez aquela reformulação do Serviço Público, criando [a função de] Técnico de Nível Superior - TNS -; foi que eu recebi o convite e eu fui contratado pela Secretaria de Educação em [19]76, entrei como TNS, técnico em nível superior, nível 3. Organização dos Jogos Escolares -Em 1975 já era JEM’s - Jogos Escolares Maranhense -, eu peguei essa fase do JEM’s, a fase áurea do JEM’s, era muito bonito, tem que levar em consideração o contexto... São Luís era uma cidade bem diferente do que é hoje, uma cidade menor, pequena; não era tão grande como é hoje, devia ter bem menos habitante do que tem hoje, talvez até metade do que tem hoje só vendo; então, havia um envolvimento muito grande da sociedade nos jogos, da classe estudantil, principalmente das escolas públicas; era uma festa, era muito bonito, no Costa Rodrigues, no SESC... eram jogos muito bonitos e havia também, por traz disso, um apoio muito forte do poder público nos jogos, havia muito dinheiro, trazia-se árbitros de fora, haviam árbitros de outros estados; o voleibol trazia pessoal do Pará, Belém, vinha árbitro de São Paulo, vinha árbitro do Brasil todo para fazer arbitragem, porque aqui não tinha árbitro; vinham de avião, ficavam em hotéis, nos melhores hotéis de São Luís, havia muito recurso, muito dinheiro para trabalhar. Dimas fala que em função do Cláudio Vaz ser da mesma geração de Jaime Tavares, Haroldo Tavares, daquele pessoal que um era Secretário da Fazenda, outro era Chefe de Gabinete do Governo, outro era Prefeito... então havia um relacionamento muito grande ele conseguia através dessas amizades feitas na infância, todos desportistas todos praticavam esportes, então havia um interesse muito grande nessa época ... os JEM’s teve esse sucesso porque essas pessoas e que tinham um grande tráfico de influência política, foram pessoas que tinham sido atletas e jogaram com o Rinaldi Maia, com o Dimas, eram pessoas que depois passaram a ser chefes de Secretarias, pessoas fortes então por isso talvez tenha sido isso que o esporte tenha tido esse apoio tão grande nessa época. - O ingresso na UFMA - quando eu cheguei aqui eu trabalhava no Estado, meu contrato de Técnico Superior, eu dava aula nas escolinhas de voleibol no Costa Rodrigues; lá tinha várias escolinhas, eu trabalhava de cinco da manhã até onze e meia da noite, todos os dias dando aula, além das escolinhas eu treinava as seleções de voleibol, eu trabalhava com o feminino e o Gil trabalhava com o masculino, tanto infantil como juvenil. Francisco Gilmário Pinheiro o nome dele, ele era atleta jogava no adulto mas já estava começando a parar, já estava se envolvendo como técnico infantil, juvenil, adulto e tudo mais; aí foi na época não havia curso de Educação Física na UFMA, mas não havia também interesse da UFMA em criar o curso, quem estava na Universidade era o Domingos Fraga Salgado, a professora Cecília, o Rinaldi Maia, e o Laércio que foi o último a se contratar... O Dimas e o Laércio, davam aula de Prática Esportiva na época não havia nenhum Núcleo de Esportes aqui, então eles davam no [Clube Recreativo] Jaguarema, eles davam aulas em alguns locais, o Núcleo foi construído logo depois; quando foi construído o Núcleo quem foi ser o Diretor foi Domingos Fraga Salgado, que era o mais antigo lá dentro, tinha mais tráfico de influência, que tinha mais amizade com os Pró-Reitores e com o Reitor. Domingos era assessor, ele não deve ter passado no concurso, acho que ele ainda foi contratado como assessor como foi também o Demóstenes [Mantovani] foi contratado como assessor; o Paschoal [Bernardo] foi contratado como assessor; fizeram o concurso, Demóstenes e o Paschoal, depois de [19]81 junto comigo,


que a gente fez o concurso, mas eles eram assessores, ligados à Reitoria e colocados à disposição do Núcleo de Esportes; bom, ai como não havia interesse da Universidade em criar o curso, havia até um certo boicote... ai eu faço uma denúncia, até meio grave aqui: havia um boicote de Domingos Fraga Salgado em criar o curso dentro da UFMA, ele não queria nem trabalhar na Prática Esportiva dentro da UFMA, me lembro quando a gente começou a dar aula de Prática Esportiva, foi ai que eu entrei na UFMA, entrei como professor colaborador, na época foi colaborador, depois substituto, entrei em [19]77 para dar aula, eu não me lembro bem, se foi como colaborador ou substituto; eu entrei no melhor, como substituto na vaga do próprio Domingos Salgado, ele se afastou na época eu não me lembro para que... [Ele foi dar um curso da África...] Eu acho que foi isso, ele foi dar um curso lá, e eu entrei na vaga dele como substituto para trabalhar Prática Esportiva, mas eu lembro que quando eu fui dar aula de Prática Esportiva, ele ainda era Diretor do Núcleo, eu e Isidoro, e houve muita dificuldade para dar aula, porque a gente dava aula à noite da Prática Esportiva lá e houve uma dificuldade muito grande, porque ele dava ordem aos guardas para não acender as luzes, fechava a porta da sala de material esportivo, então a gente teve um certo atrito com o Domingos; tivemos até uma reunião com o Reitor da época, que era o José Maria Ramos Martins; nós fizemos até uma reunião com ele, com os professores da época, o Dimas, a Cecília, mas em 77, eu fui para lá, para dar aula como substituto, dar aula de Prática Esportiva, nesse tempo em 77 como a UFMA não queria, não tinha intenção de fazer o curso, o Laércio teve amizade com a professora Terezinha Rego, do ITA, Pituchinha, O Laércio convenceu a Terezinha em criar um curso de Educação Física... eu participei da criação... ai que foi interessante, então era Laércio, eu e Lino; Lino já tinha vindo para cá, o Marcos me trouxe, eu trouxe o Lino, depois eu trouxe o Zartú, ai o Marcos ainda trouxe o Júlio, que veio antes do Zé Pipa... que trabalhou no futebol, no Sampaio Correia, era repórter da TV Bandeirantes... esporte... Curso de Educação Física do ITA - então ai nos criamos o curso de Educação Física no ITA -Instituto Tecnológico de Aprendizagem - , era Pituchinha, ela mudou a razão social para ITA, ficou a parte do primário com Pituchinha e o 2º grau acho, que essa parte ficou como Instituto Tecnológico de Aprendizagem; tinha um pai de santo em Ribamar que era ITA, que ela era fã desse santo por isso que ela colocou... bom, ai nós criamos o curso, quem criou o curso do MENG foi Laércio, Sidney e Lino, nós três sentamos e montamos o currículo do curso, lógico, como a gente fez basicamente em cima do currículo do curso da USP na época ninguém tinha noção de currículo, ninguém tinha lido nenhum livro sequer sobre currículo a coisa foi feita de forma bem empírica; então montamos um curso que era feito em dois níveis; um nível era para formar um curso de curta duração, no primeiro modulo; e no segundo módulo, o aluno continuava, era curso superior; o curso chegou a ser aprovado no Conselho Estadual de Educação e estava em tramitação para ser aprovado no Conselho Federal de Educação; funcionou, acho que uns dois anos, não me lembro direito exatamente se 2 ou 3 anos, nesse período quase fez o curso aqui do ITA; deve ter sido nesse período... foi 77, eu acho que foram um ano e meio e 2 anos a UFMA se sentiu provocada e iniciou um processo de criação do curso; ai que vem a história do curso, a formação quem fez o curso? Como é que começou? Eu tenho a impressão, eu fui do curso do ITA, eu trabalhei, eu fui coordenador do curso do ITA, eu dava aula e era coordenador e fui contratado como coordenador, então eu tinha uma relação muito íntima com Terezinha, de trabalho; a gente trabalhava muito junto, conversamos muito e eu tenho a impressão que a Terezinha estava torcendo para que se criasse um curso da UFMA ela sentiu que não era vantagem; o interesse dela mesma que o curso da UFMA fosse criado, porque ela já estava com interesse de vender ou passar o ITA. Os professores nessa época eram: o Domingos Fraga Salgado dava Organização Esportiva; tinha eu, que dava Voleibol, dava Ginástica, como ginástica tinha 1, 2 e 3 a professora Cecília dava Educação Física Infantil e Ginástica Rítmica, Demóstenes dava Judô e teve uma época que deu Recreação; o Lino dava Recreação, depois foi embora, dava aula de Recreação, dava mais uma outra aula; tinha uma professora, era uma negra ... Dilmar ... dava Estrutura e Funcionamento, professora da UFMA; tinha uma aluna de Medicina, que dava Anatomia; mais ou menos o corpo era esse... Lopes era Atletismo; e a turma era essa, foi quando eu estava dando aula de Prática Esportiva na UFMA teve uma pessoa que foi fundamental para a criação do curso de Educação Física na UFMA, essa coisa que passou assim, a história apaga... Curso de Educação Física da UFMA - Houve um envolvimento do Laércio; eu conversando lá no Centro, nós éramos lotados em Educação Física, nessa época a Educação Física era lotada no Departamento de Saúde Pública; o diretor do Centro, que ficava lá no CCS, em frente ao ITA, lá atrás da Igreja da Praça Gonçalves Dias, era um prediozinho que ficava ali atrás da Igreja, funcionava o Departamento de Saúde


Pública, junto com o Departamento de Saúde Pública CCS, Centro de Ciências da Saúde; o Diretor do CCS era o Carlos Borges, o Dr. Carlos Borges, médico, que tinha um grande poder político dentro da Universidade, era muito bem conceituado naquela época, e a companheira dele era Glória Leitão, que eram um enfermeira, tinha um cargo até de chefia como diretora, muito forte; e Glória Leitão, talvez por questões pessoais, que encabeçou a criação do curso de Educação Física... se não teria esse... ela, se não fosse política dela, não teria sido criado o curso, e ela foi assessorada por duas pessoas para montar o currículo: por mim e pelo Lino; e nessa época, o Lino não era professor da UFMA; ele técnico da UFMA; o Lino ele entrou não como professor, o Lino trabalhava com futebol no MAC; ai se criou o Tupã, se tentou criar o Tupã, um modelo de Clube Esportivo, que o Mário Cella, foi trabalhar como Presidente; o clube foi criado com pessoas com competência, formadas e chegaram até a ter uma participação expressiva no Campeonato Maranhense, com sede lá no São Francisco, no bairro do São Francisco e tal. E com essa amizade do Lino com o Mário Cella, Mário Cella era chefe da PRECSAE, então Mário Cella levou o Lino para trabalhar na PRECSAE com Educação Física para trabalhar nesse Setor ai, DAC, o Lino dava aula, chegou a dar aula no curso não como professor - nunca deu aula como professor ligado ao Departamento ou ao Centro -, ele deu aula como... ele vinha pelo DAC, ele deu aula de Organização Esportiva no curso; então a criação do curso se deve pela... pela Glória pelo Lino e por mim, então nós trabalhamos o currículo todinho; o Dimas, a Cecília e o Rinaldi - Rinaldi nem aparecia, era um professor meio tímido, meio calado, que trabalhava com o futebol fora da Universidade. então ele não teve participação nenhuma... Era professor da UEMA, era técnico do Ferroviário, as vezes pegava o Sampaio, o Moto e então, ele não tinha nenhuma afinidade com isso, ele não gostava disso; o Dimas também, não tinha nenhuma afinidade com currículo, não tinha nenhuma experiência; a Cecília também ficava ali, ela não tinha nenhum conhecimento sobre o assunto, então foi eu... até gostaria de ressaltar, o curso da UFMA só saiu, só foi a frente, porque teve um padrinho muito forte que foi a Glória Leitão, que era esposa, a companheira, do Dr. Carlos Borges, que era um chefão dentro da Universidade; e ai começou o processo, o curso foi fundado em 1978, começou a primeira turma... isso eu me lembro bem, que a gente fez o currículo mínimo, que era ainda aquela resolução 69/69 do currículo mínimo; o curso era curso de licenciatura em Educação Física e Técnicas Esportivas; a Legislação só cabia para isso, então a pessoa fazia o curso e no final um esporte e se especializava entre aspas porque não seria especialização como hoje, em futebol, basquete; essa foi a origem do curso de Educação Física...


Criação da SEDEL - havia a intenção de se criar uma Secretaria de Desportos e Lazer, ai que foi interessante nós, eu o Laércio, havíamos sido despedido, eu já tinha programando a minha volta para São Paulo, já tinha ligado para São Paulo, já tinha até conseguido um emprego em São Paulo; a minha mãe tinha entrado em contato em Campinas, já tudo acertado em Campinas quando o governo tomou a iniciativa de criar a Secretaria de Desporto e Lazer e ao mesmo tempo, naquela época houve um convênio entre Brasil e Alemanha e entrou muito dinheiro; havia a perspectiva de fazer convênios, com muito dinheiro, mas quando se pensou em criar a Secretaria então foram dois momentos, quando se pensou criar a Secretária ninguém entendia de nada, como era que se fazia para se criar uma secretaria, e era necessário que tivesse professores em Educação Física formados, para poder tocar aquilo; foi ai que viram que Laércio e eu éramos imprescindíveis, tinham que ter a gente e convidaram, ai fomos recontratados. Ai foi que eu tive o contato com o pessoal que foi o Elir, que foi convidado para ser secretário, quem criou a SEDEL; eu participei da criação da SEDEL, eu, Laércio e Mateus Neto. Ai foi quando se criou, por que se criou essa estrutura da SEDEL, de secretário, coordenador geral, Divisão de Esporte, de Lazer e a Divisão de Estudos e Pesquisas porque nesse convênio que havia com a Alemanha, fazia parte do convênio que tivesse uma parte do recurso que fosse direcionada para estudos e pesquisa, foi ai que a gente entrou, eu fui ser o primeiro chefe da divisão de estudos e pesquisa da secretaria; depois a criação da SEDEL, em 81 eu era Técnico da SEDEL, tinha 40 horas na SEDEL, e trabalhava 20hs como professor substituto, colaborador horista na UFMA, dando aula; ai em 81 aconteceu o Concurso, eu fiz o concurso, fui aprovado, na época foi aprovado o Moacir, Demóstenes, eu, Laércio, Paschoal, Isidoro; Ulisses ficou em quinto lugar mas não entrou; eram cinco vagas, ele ficou em sétimo, por causa do Currículo, embora tenha ficado em segundo lugar na classificação das provas, ele caiu para sexto ou sétimo, para o sétimo lugar por causa do currículo e ai foi quando nós ficamos efetivados como professores da Universidade; foi quando eu pedi demissão da SEDEL e fiquei com dedicação exclusiva na Universidade, a partir do Concurso em 81. Divisão de Estudos e Pesquisas em esporte – nós, professores de Educação Física, não tínhamos tradição em pesquisa, isso era uma coisa nova, porque eu não defendi minha tese de mestrado? Porque quando eu entrei no mestrado em 81/82 – as primeiras turmas do mestrado, a primeira turma entrou em 80, a turma do Laércio, parece que foi em 80/81, eu entrei em 82 -, então as primeiras turmas, nos cinco/seis anos, isso tem até um trabalho, numa revista do CBCE, quase 70; 80% de quem fez o mestrado ninguém defendeu tese, porque não havia tradição de pesquisa dentro da área de Educação Física; o mestrado era novo, professores de fora, de outros países, não havia orientação; nós tínhamos dificuldades para realizar, então não havia tradição em pesquisa, a pesquisa era feita, era muito ligada a questão biológica, menarca da criança, estudos de qualidade física; foi a época da criação dos laboratórios de Fisiologia, então era uma coisa assim, não havia essa tradição de pesquisa, então houve trabalhos de pesquisa na divisão, foram feitos trabalhos de pesquisa, eu fiz um trabalho, foi até publicado naquela revista, você até divulgou, houve um trabalho interessante que não foi levado ao final, porque eu acabei saindo da divisão, ficou para outra pessoa, que ficou na divisão, mas não tocou isso em frente, foi um trabalho, um levantamento dos dados antropométricos, feitos pelo Osmar Rio, da UNB, de Brasília, ele tinha um trabalho que fazia sobre a caracterização, tipo do atleta em relação ao esporte; se pegou a seleção, houve um trabalho enorme todo tabulado todo em cima do, foi feito pelo Osmar Rio, só que não foi levado ao fim, foi quando eu acabei saindo da divisão, ficou esse trabalho, ficaram esses dados na divisão, quem entrou depois na divisão eu acho até que foi até [Tânia ?]. fez a de menarca; Demóstenes, condicionamento físico... Congresso de Esporte para Todos - primeiro congresso, feito em São Luís ... Na época do Esporte para Todos, estava na moda no Brasil o Esporte para Todos, uma campanha nacional, era Lamartine, Takahashi ... vem lá do fundo do poço esses homens aí, e depois estava começando o movimento do Colégio Brasileiro [de Ciências do Esporte] também, que teve um Congresso do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, logo em seguida; foi na Escola Técnica, e aí esse foi marco histórico aqui para Educação Física. Foi a época que se começou.. a Educação Física começou a ter um... saiu daquela fase de esporte romântico passou já a ter um cunho mais científico, uma preocupação mais com o aspecto do estudo, da Pesquisa. Vários trabalhos foram apresentados, inclusive, eu apresentei esse meu trabalho num congresso do CBCE, na Escola Técnica, sobre Características Antopométricas do Voleibol. Tem dois aspectos aí que talvez tenha influenciado o EPT a não ter ido para a frente aqui, naquela época; nós, o pessoal da Universidade, os professores, éramos chamados de, é um termo até antiquado, até


ridículo: da esquerda, tínhamos uma visão diferente... Todos usavam barba, eram comunistas... é engraçado falar isso, a gente era comunista, então Laércio, Lino, eu, nós éramos contra o EPT, contra a filosofia do EPT, porque o EPT era isso, Esporte para Todos; só que não era para todos , era para uma classe elitizada, que tinha bicicleta, era a classe burguesa, mas a classe pobre, a classe que não era privilegiada, ficava fora do processo; então o esporte não era para todos, a gente via na época o EPT mais como uma forma desse pessoal de Brasília de ganhar dinheiro; rolava muito dinheiro só que fazendo eventos e passeatas na rua, andando de bicicleta e com uma faixinha do EPT e tal; a gente era bem contra isso aí, esse foi o aspecto de não ter ido. O segundo aspecto é que dentro da SEDEL havia duas coordenações, é a Coordenação de Esportes e a coordenação de Lazer. A Coordenação de Lazer era coordenada pela Fátima Frota e a de Esporte era pelo Gafanhoto; então havia uma diferença de competência brutal entre a Fátima Frota e a equipe do Gafanhoto. A equipe do lazer era uma equipe muito competente, começando pela Fátima Frota e a equipe dela eram pessoas muito competentes, tanto é que depois, essas pessoas, que trabalharam com ela acabaram fazendo mestrado. Hoje tem a Profª. Socorro [Araújo] no Departamento de Turismo; era um pessoal muito bom; então eles faziam eventos espetaculares, preocupados com essa questão da cultura, de preservação da cultura, era um trabalho científico, um trabalho com embasamento teórico, então esse era o lazer, a gente até trabalhava, até ajudava, ia lá, até porque a gente se envolvia no trabalho da Dona Fátima, Laércio, eu e Lino, porque a gente via lá, a competência estava lá. No desporto, era o Gafanhoto. Gafanhoto era símbolo do que era a incompetência... lembro de uma reunião do Gafanhoto - foi muito engraçada, ele fez uma reunião, reuniu o pessoal todo e disse que ia atacar problemas do esporte do Maranhão de A a Y, quer dizer ficou alguém de fora (risos) o Z não estava. Ai eu levantei o braço e falei assim: Gafanhoto alguém vai ficar de fora desse teu projeto de atacar o esporte, ai ele falou porque? Porque o Z ficou de fora ai do teu alfabeto. Era muito difícil trabalhar ali, tinha muitos entraves, a coisa era voltada para escolinha; ainda se cultua até hoje, eu vejo ainda se preservar aquela coisa que o grande segredo de fazer o esporte é fazer escolinha, isso era aquela coisa do Cláudio Vaz, isso foi uma coisa que na época deu certo, que tinha muito dinheiro, tinha muitas pessoas poderosas, lá, com o tráfico de influência, e deu certo; hoje não é mais isso ai, hoje é totalmente diferente, hoje ainda falam - Ah! Na época do Cláudio Vaz tinha escolinha; só que hoje não é mais a época do Cláudio Vaz, hoje é outra época, tem que fazer um outro trabalho, trabalho de comunidade, departamentos de bairros, com sindicatos, é outra visão do mundo; então foi por isso que o EPT não deu certo aqui, além da questão da competência, que está na frente, há a questão da filosofia do EPT; tinha as pessoas que não podia tocar para frente que eram contra o Esporte Para Todos... Congresso Brasileiro de Ciência de Esporte Norte e Nordeste - trabalhamos aqui na organização, foi na Escola Técnica; ela foi muito bem organizada; os certificados saíram, eu trabalhei na organização. Veio o Victor, Victor Matsudo, veio um monte de gente para cá; foi uma festa na cidade, uma festa científica ... foi trabalho... houve aqui aquele Amauri Bassoli, veio muita gente apresentar trabalho; foi um momento rico, muito rico cientificamente muito rico, muito interessante ... pena que tenho havido um corte nesse movimento ai. Foi um marco da pesquisa, que foi a semente que se plantou, mas, depois houve um cortezinho em decorrência do êxito de vários professores que foram embora: o Laércio foi embora; o Lino foi embora; muita gente foi embora. Esse Congresso deixou resultado, todo evento que você faz sempre fica alguma coisa, deve ter mexido com muita gente, motivou muita gente a fazer Educação Física; houve trabalho científico apresentados, foram divulgados os trabalhos, motivou um clima voltados para isso foi um marco, foi plantado a semente, isso trouxe conseqüência depois até para reforçar o curso de Educação Física da UFMA, colocou o Maranhão no contexto do Brasil estava muito isolado, que Maranhão existe, criou uma imagem do Maranhão muito positiva fora do Maranhão; me lembro quando eu estava em São Paulo, eu tinha um respeito muito grande pelo Maranhão, bem tudo tinha idéia que aqui no Maranhão tinha um grupo de trabalhos avançados para essa área... 1981 - APEFELMA - começou em 81 houve um movimento para se criar ... estava o Laércio ... E ai nós fizemos, foi feita a primeira reunião - isso consta tudo nos livros de ata ...A primeira comissão de instalação foi feita em 81 com esses nomes aqui: foi o Laércio, Cecília, Paulo, que ainda era aluno, Lino, Rubens Goulart, acadêmico, a Viviane Araújo Teles, ... então essa comissão de instalação, ela foi responsável pela primeira eleição, da primeira diretoria que era de 84 / 86, que foi presidente eleito Osvaldo Teles, que ficou só 6 meses, não aparecia, abandonou, a gente botou ele para fora; vicepresidente Vicente Calderoni; 1º Secretário, Sidney - eu -, Viviane e tal ai em 85, como ele ficou só 6 meses, entrou o Vicente que ficou como Presidente, ficou até em 86; e eu, fiquei como vice-presidente ai


entraram mais essas pessoas; ai tem as outras chapas ai até 86 /88, 89 e 91, esta ai o presidente Leopoldo e agora tem essa atual nessa ai que o Canhoto como presidente, o vice-presidente. Eu sou o primeiro secretário, e o vice-presidente é o Veloso [Henrique Veloso]; nós nos reunimos agora, sábado retrasado, para iniciar um processo de criação da delegacia Regional aqui, dá uma luta para você fazer isso do Conselho... as regionais, nós estamos ligados à Fortaleza, que é uma região, então nós temos que criar aqui uma delegacia, é o único estado, acho que um dos únicos estados que ainda não tem nada, não tem nenhuma estrutura a gente já fez três reuniões, nós marcamos reuniões, inclusive dessas três reuniões foram publicadas em jornal, divulgada nos locais onde existe a maior freqüência de professores, Costa Rodrigues, Escola Técnica e tal 1984 - Especialização em Didática de Educação Física. 1982 – Mestrado, sem apresentação da dissertação Simpósio de Educação Física da UFMA - o Primeiro SIMPEFE foi quando eu fui Coordenador do Curso; eu era Coordenador do Curso e Vicente Calderoni era o Chefe de Departamento, nós fizemos o Primeiro SIMPEFE foi quando eu trouxe para cá, a infeliz idéia, apoiado por uma outra pessoa, trouxe o Francisco Mauri da Silva (...) Lino, Paulo Rubens; o SIMPEFE foi todo filmado, eu tenho fita guardado em casa, foi todo documentado, foi todo filmado por uma pessoa, as palestras foram filmadas. A contribuição e de forma direto e indireto, e você quando traz pessoas para falar quando se debate com Medina com o Lino, tudo gera daqui, como o Paulo Rubens, então você traz experiência você interfere nos alunos, interfere nos próprios professores do departamento; sempre existe essa absorção de conhecimentos a troca de conhecimento, que as pessoas mudam. FUMDEL - Fundação Municipal de Desportos e Lazer, Eu acho necessário que o Município tenha uma fundação para trabalhar o desporto e o lazer no município, ela foi criada, já está com quatro anos, cinco anos, acho que no governo do prefeito que foi reeleito, ela fez um trabalho, um pitoco de um trabalho, isso não é do conhecimento de comunidade, infelizmente; porque as pessoas da assessoria da FUMDEL que deveria está divulgando isso não fizeram. A coordenação de desportos e lazer da FUMDEL optou por fazer um trabalho em comunidades com os departamentos, então havia uma opção, ou trabalhava no esporte com as federações, quer dizer, reproduzia o que o estado faz ou se trabalhava um segmento, que é totalmente, arejado, um segmento do processo que está lá, dentro do bairro então a gente optou pelo segmento, que tá lá, que nunca foi trabalhado, são os bairros, então fizemos um levantamento, em que privilegiou, as comunidades os bairros de periferia. O que aparece é isso o futebol, na imprensa, saí uma notinha no jornal, a gente entrou em contato nos departamentos autônomos de futebol, por isso que fica essa imagem do Futebol, esses departamentos autônomos, nós fizemos um levantamento e encontramos cinqüenta e quatro departamentos autônomos, cada bairro, tem um departamento autônomo, desse departamento tem uma estrutura tem um campo de futebol, praticamente e futebol vive em função do futebol, pouquíssimos departamentos, raros são aqueles que trabalham com futebol, mas a nossa idéia é começar com futebol, porque existe o futebol lá com escolinhas, quer dizer dá apoio a estrutura, isso foi feito em vários departamentos como reforma do Campo os departamentos que não tinham campo a prefeitura fez um campo de futebol, arrumou um local, para tomar banho, um vestiário, deu material esportivo, foram feitos vários torneios, campeonatos com eles, ligado ao futebol, mas não é só futebol teve escolinhas de Voleibol, o departamento do São Francisco, teve escolinha de Futebol de Salão, de Voleibol, teve escolinha de Handebol, o problema é que os recursos da Fundação são pouquíssimos, não é uma fundação que o prefeito, olha assim como; a prefeitura já tem conseqüência, então ela não é uma fundação, que o prefeito injeta então ela com poucos recursos, é a gente fez um trabalho, além desse trabalho fizemos outros eventos, trabalhamos numa prova, numa atividade de Iatismo, a prefeitura em convênio com o Iate Clube, de bicicleta, teve evento de bicicleta Pós Graduação na UFMA - foram dois os cursos, inclusive eu participei da coordenação dos dois, um foi sobre Ciências dos Esportes, começou com Laércio., depois eu continuei, para terminar o outro foi Lazer e Recreação, que começou com Dimas, eu acabei terminando a coordenação. O que aconteceu? Aquilo foi, na época que foram feitos os cursos, pouquíssimos, acho que dois alunos que terminaram com a monografia um foi você. Ciência do Esporte ninguém terminou; por quê? Porque não tinha quem orientasse, não havia tradição aqui dentro da Universidade, não tinha ninguém, com mestrado, não tinha ninguém com Doutorado, então essa foi a dificuldade, falta de orientação e tradição dentro da Pesquisa, agora uma coisa, interessante, porque que não tem mais curso de especialização? É uma pergunta que eu


fico até um pouco revoltado. Com tantos mestres, porque quando a gente adotou essa política, até a criação do Prata da Casa né, foi na UFMA, a idéia era a seguinte o grande problema aqui na Educação Física, é que nós não temos mestres e doutores suficientes, então é preciso criar essa elite, para que possa desenvolver a Educação Física, aí se criou o Prata da Casa para fazer isso, não só com a Educação Física, mas em outras áreas, o Prata da Casa, é um projeto da Universidade Federal do Maranhão, que pega os ex-alunos brilhantes da Universidade, e os coloca em várias universidades para fazer mestrado. É aí saíram vários professores daqui que foram fazer mestrado; Paulo fez Mestrado e Doutorado, a Silvana Moura, a Silvana filha do Dimas fez o mestrado aqui, na Educação, hoje, temos, o departamento tem vários mestres o Zartú, tá fazendo Doutorado, só que o Departamento nunca mais fez um Curso de Especialização, Eu pensei que hoje com esse Corpo Docente, o departamento, teria obrigação de Ter no mínimo dois cursos de especialização permanente, um na área de esporte, outro na área escolar, deveria Ter além desses dois cursos e permanentes, deveria Ter uma revista, deveria Ter pelo menos um congresso ou Simpósio Estadual, e o departamento não faz absolutamente nada disso, é uma pergunta que a gente deve fazer a essas pessoas, porque essas pessoas, hoje estão à frente desses departamentos, como o Paulo foi chefe do departamento, porque, que o departamento não faz isso? 1997 - Reestruturação no Departamento de Educação da SEDUC - implantação do PCN e proposta pedagógica - O guia nasceu da seguinte forma, aos três, quatro anos atrás, em 97 mas para ser exato, eu fiz um projeto de pesquisa para elaborar um a proposta curricular, para Educação Física. Porquê, que eu fiz esse projeto de Pesquisa? Quando eu ia dá os cursos, no interior do estado, eu sentia que as pessoas que faziam curso comigo, nos interiores, de várias cidades, não tinham nenhum documento, nada em se apoiar, para poder trabalhar com a Educação Física, professor de Matemática, História e Geografia, todos eles tem, um livro, tem um guia tá lá o livro de Matemática para 5ª série, para 6ª, para 7ª, é essas pessoas, esses profissionais, que atuaram no interior principalmente com Educação Física, eles não tinham nenhum documento para poder trabalhar, então em cima desse problema, eu tive essa preocupação em fazer um projeto para elaborar o Guia, mas aí me surgiu uma outra preocupação, Eu faria a elaboração desse Guia, dessa proposta de currículo, mas se fosse feito só por mim, ia morrer lá na Universidade, como sempre acontece com as pesquisas lá na universidade, infelizmente uma boa parte delas acontece isso, engaveta e morre, aí eu tive a idéia de fazer esse trabalho em convênio, com a Secretaria de Educação, que o estado também participasse disso, era uma forma, depois de o estado expandir esse guia, para todo o Estado, para todos os municípios, aí eu fui falar com o Secretário de Educação, e ele topou, e me pediu, que eu fosse conversar com o pessoal da divisão de Educação Física, a sorte também na época quem era Chefe da Divisão era e Marisete, que era a minha esposa, é ai agente montou uma equipe para fazer, junto a UFMA e Secretária de Educação para fazer o guia, elaborar o guia, aí nos convidamos fez parte da equipe: Eu, Marisete, o pessoal da divisão, Marileide, o Alfredo, nós convidamos pessoas que fossem representativas do segmento, escola o Carlos Alberto Martins, que dá aula na escola do CAIC, Convidamos a Silvana da Escola Técnica a Silva Mariusque, compareceu uma única só vez, depois nunca mais apareceu, agente tirou ela da equipe; o Carlos Augusto Scanseti Fernandes que era da Escola Pública, também, só apareceu uma ou duas, depois foi embora não apareceu mais e convidamos um Doutor em currículo, que é o professor José Erasmo Campelo, da Universidade Federal do Maranhão, que tinha doutorado em currículo é ai nos começamos um trabalho fizemos em trabalho todinho e que terminou com o guia com a proposta, curricular para Educação Física, grande problema hoje do guia, é que falta estender esse guia, falta levar, eles foram tiradas, na primeira edição saíram duas mil cópias já foram distribuídas pelo interior todo, mandado para as escolas, mas o que está faltando e isso que também falta para os PCN’S, falta ir lá no interior e dá o curso para o professor, é isso que tá faltando, já cobrei isso muito da divisão é a divisão não tem como, eles são três pessoas na divisão que é a Marisete, a Marileide e o Alfredo e eles não tem como fazer isso aí, talvez se ele tivesse que fazer Convênio com a universidade, com a Escola Técnica para poder sair e implantar isso aí dando cursos para o interior do Estado todinho para implantar, efetivamente o guia. Existe um problema seríssimo da Educação Física no interior do Estado, eu percebi, que isso é um problema grave, que a divisão de Educação Física do estado deveria já ter ciência disso, o problema todo é falta de pessoal, existe uma preocupação do Governo Estadual também em incentivar a Educação Física porque é um gasto. A política não é para privilegiar ou para incentivar a Educação Física, Eu dei um curso agora em janeiro para GEDEL, o esporte solidário, a gente sabe que o esporte solidário voltou agora para o Maranhão e voltou para ser implantado em cinqüenta e dois municípios, ou 55 do Estado e quatro núcleos, aqui na capital, então não estava nem previsto um curso de treinamento. Eu alertei a GEDEL, fui pego assim, de surpresa, para que pelo menos


desse um curso, para esse pessoal que fosse trabalhar, aí ela fez um curso, nós trabalhamos em quatro, dois professores, para dar a parte teórica e dois para a parte prática, a parte teórica foi dada por mim e pelo Alex, está como professor substituto lá da UFMA, e a parte prática foi dada pelo Carlos Alberto Martins Filho e pelo Euvaldo, esses trezentos, já eram trezentos professores do interior, desses trezentos professores que vieram, mais os da capital, principalmente do interior, noventa e nove por cento não é formado em Educação Física, agora o que é mais grave, todos eles, nunca participaram de curso nenhum, então quando teve um curso a três anos atrás, lá na Alemanha, do esporte solidário na época da Marli Abdala, Eu dei o curso lá, então eu esperava, que pelo menos uma boa parte daquele pessoal, fosse atuar agora então isso significa o quê? Que existe uma rotatividade enorme, a pessoa que trabalha hoje no interior em Educação Física no esporte solidário o ano que vem não é mais ele, é outro.Mudou o prefeito, muda tudo, isso significa jogar dinheiro fora, quer dizer, está se investindo numa pessoa, que não tem compromisso que não tem competência, que não tem, interesse, e tá jogando dinheiro fora. Fonte: VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a Educação Física maranhense – uma biografia (autorizada). São Luís : (s.e.), 2003. (Inédito) – (in ENTREVISTAS).

VANILDE MARIA CARVALHO LEÃO professora de Educação Física, equiparada - fez curso de suficiência pelo MEC; foi professora da então Escola Técnica Federal do Maranhão - hoje, CEFET-MA -; trabalhou por muitos anos com Ginástica Olímpica e Ginástica Rítmica Desportiva; hoje, trabalha na Gerência de Ciência e Tecnologia. VICENTE CALDERONI NETO – VICHÉ Outro atleta trazido à época para jogar pelo Maranhão. Trabalhou como técnico de Handebol e professor de educação física. Formou-se em Educação Física pela UFMA. Casado com Fátima Calderoni, sua exatleta, hoje, médica, uma das lendas do handebol feminino do Maranhão. ZARTU GIGLIO CAVALCANTE Licenciado em Educação Física, pela Universidade de São Paulo (1976) e Bacharel em Psicologia, pela Universidade CEUMA (2013). Especialista em Psicologia do Esporte, pela Faculdades Metropolitanas Unidas FMU (2001). Mestrado em Psicologia da Educação, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP (1995). Doutorado em Psicologia Social, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP (2002). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal do Maranhão/UFMA. Experiência profissional nas seguintes áreas: 1) Preparação de equipes de Voleibol, na condição de técnico, de seleções estaduais, universitárias e escolares do Maranhão -1978 a 1990); 2) Psicologia do Esporte: 2.1- docência em graduação: 2.1.1- Psicologia da Educação aplicada à Educação Física (Licenciatura/UFMA); 2.1.2- Psicologia aplicada à atividade física e esportes (Bacharelado/UFMA); 2.1.3) Dimensões psicológicas da atividade física e esportes (PARFOR/UFMA); 2.2- Em cursos de Lato-sensu: 2.2.1- Psicologia esportiva (Universidade CEUMA); 2.2.2- Psicologia aplicada à Nutrição (LABORO); 2.2.3- Psicologia da Educação em EaD (UEMA); 3) Extensão universitária: Coordenador de projeto de extensão (UFMA, 2002-2018); 4) Gestão: 4.1- Chefe de departamento de Educação Física da Universidade Estadual do Maranhão (1978/1979-UEMA); 4.2) Chefe de departamento de Educação Física (1995/1997 e 2007/2009 - UFMA); 4.3) Diretor do departamento de Extensão (200407-UFMA); Pró-Reitor interino de Extensão (curtos períodos entre 2004 e 2007 - UFMA); 5) Organização de eventos científicos: 5.1 Comissão organizadora dos Congressos de Ensino, Pesquisa e Extensão - CONEPEX/UFMA (2005 e 2007); 5.2 Comissão organizadora do XX Encontro Nordestino de ACP (Barreirinhas/MA, 2018); 6) Editoração: 6.1Editor executivo da Revista Psicologia Política (2001 - Sociedade Brasileira de Psicologia Política); 6.2- Membro do Conselho editorial de revista científica da Fundação Sousandrade (2016/2018) https://www.escavador.com/sobre/557275/zartu-giglio-cavalcanti


Lusofonia ESPAÇO DESTINADO A DIVULGAR O QUE SE PASSA NO MUNDO LUSÓFONO, - EM ESPECIAL O PENSAMENTO DO MESTRE JORGE OLIMPIO BENTO – E OUTROS PENSADORES DE LÍNGUA PORTUGUESA, EM ESPECIAL DE OUTROS PAÍSES QUE ADOTAM A LÍNGUA COMUM.


PARA UM DESPORTO NOVO... POR: MANUEL SÉRGIO VIEIRA E CUNHA. Blog do CEV - 2019 http://cev.org.br/biblioteca/para-um-desportonovo/?fbclid=IwAR2XYcMmezhqjC4LeYgPRFQtEUNS6_Awq6I_HCwqoz_dWXNYXSjWlIMRRkE

No meu pensar, os adeptos dos clubes, os apaixonados do futebol olham para o discurso, simultaneamente científico e filosófico, como um discurso que desconhece a realidade, como um discurso perfeitamente dispensável, na análise de uma competição desportiva, nomeadamente de um jogo de futebol. Estou certo que assim o pensam também os tecnocratas de obediência vária; os logorreicos que falam, falam, falam e… não dizem nada; os próprios treinadores que mais tendem a salientar os efeitos de superfície do que a sondar o fenómeno desportivo na sua profundidade humana, já que não há jogos, há pessoas que jogam. É verdade: por entre a torrencialidade balofa de palavras, acerca dos jogos das principais equipas; por entre a dopagem e as fraudes fiscais em que parece submergir-se o futebol mundial – esconde-se o braço secular de alguns políticos e os interesses económico-financeiros e doutros poderes estabelecidos (como a faturação dos direitos televisivos) afinal o que mais parece contar para as federações internacionais das mais conhecidas modalidades desportivas. Faltam outros valores, outros conceitos, que estimulem as pessoas a uma outra prática desportiva que recuse o específico e os objetivos (um exemplo, entre muitos) daquele Novo Plano de Superliga Europeia, que (se for verdade o que a Imprensa refere) limita a inclusão de clubes apenas a cinco países: Inglaterra, Espanha, Itália, França e Alemanha. Os clubes fundadores, segundo uma hierarquia criada não sei por quem, são o Real Madrid, o Barcelona, o Manchester United, o Manchester City, o Chelsea, o Arsenal, o Liverpool, o Paris Saint-Germain, a Juventus, o AC Milan e o Bayern de Munique. Há depois, como convidados, o Atlético de Madrid, o Olympique de Marselha, o Inter de Milão, o Roma e o Borussia de Dortmund. “Ainda de acordo com o documento analisado pelo Expresso, o atual plano para criar essa Superliga Europeia passa por constituir uma empresa em Espanha, formada pelos clubes fundadores, que serão assim os seus donos. Não há qualquer referência à UEFA, a organização que representa todas as federações nacionais europeias e que organiza a Liga Europa e a Liga dos Campeões. Na futura empresa da Superliga, o Real Madrid tem a maior posição com 18,77% do capital social, logo seguido pelo Barcelona com 17,61%, pelo Manchester United com 12,58% e o Bayern com 8.29%” (Expresso, 2018/11/3). E, porque economicamente os nossos “grandes clubes” se encontram fragilizados; porque todos parecem imóveis, sem movimento, diante de um “beco” e procuram aflitos uma “saída” – a nascitura Superliga Europeia não é para eles. Relembro, aqui, o Dr. Medina Carreira, para quem “a economia portuguesa é o primeiro, o mais grave e o mais difícil de todos os nossos problemas atuais”. E, no mercado globalizado de hoje, sem economia sólida, os clubes vivem mais de guerras, de conflitos, de violência, de um caldo de cultura de simulacro e de simulação, de muitos meteoritos fabricados pelos media - do que de futebol, futebol autêntico. Resta-nos, a nós, estudiosos e aprendizes do desporto, uma intervenção cultural de plenitude e novidade, ou seja, restanos uma séria reflexão, que nos convide a uma prática, que se transforme em contestação do dado, do habitual, do costumeiro; que nos ensine, pela motricidade humana, quero eu dizer: pelo desporto, pela dança, pela ergonomia, pela reabilitação, a exprimir o mistério de um ser que transcende e se transcende. Por outras palavras: que, para inovar, tem de saber inovar-se. Para tanto, não basta um saber científico, quantitativo, neutro e objetivante. Fui, durante 28 anos (de 1964 a 1992) dirigente do C.F.”Os Belenenses”; lecionei (e muito aprendi) no INEF, no ISEF, na FMH e na FEF/UNICAMP (Brasil) – e cheguei à conclusão que, para compreender o desporto, é preciso compreender-se antes as pessoas que o praticam (que não são unicamente os jogadores, como se sabe). Por isso, no nosso tempo, se bem penso, um desporto novo deve apresentar as características seguintes: 1. Primazia do elemento antropológico sobre modelos e estruturas onde o economicismo neoliberal e o fisiologismo cartesiano e positivista imperam. Segundo Peter F. Drucker, no livro Sociedade PósCapitalista, que eu cito com alguma frequência, na sua tradução portuguesa:; “De facto, o


conhecimento é hoje o único recurso com significado. Os tradicionais factores de produção (…) não desapareceram, mas tornaram-se secundários. Podem obter-se, e obtêm-se facilmente, desde que exista conhecimento. E conhecimento, com este novo significado, quer dizer conhecimento como utilidade pública, como um meio para obter resultados sociais e económicos. Estes desenvolvimentos (…) são as respostas a uma mudança irreversível: o conhecimento está a ser aplicado ao conhecimento.. Esta é a terceira, e talvez a última fase da sua transformação. Fornecer conhecimento para descobrir como o conhecimento existente pode ser aplicado de modo mais adequado para produzir resultados é o que significa a gestão” (p. 55). No entanto, para mim, não me parece conveniente criticar um paradigma, sem um outro paradigma. Por isso, para o estudo do desporto, eu proponho uma nova ciência social e humana, a Ciência da Motricidade Humana, onde cabem, evidentemente, as bases biológicas da motricidade humana. Um ponto ainda a salientar: tudo o que é histórico é, inevitavelmente, transitório. A força motora do progresso não reside em saberes que não sabem desconstruir-se. No entanto, na História, algo permanece, para além de qualquer desconstrução – o ser humano! Com um destino a cumprir: a criação de um mundo mais fraterno e justo e solidário e amplamente livre. Quero eu dizer: um mundo, com aqueles valores, assumidos e vividos, sem os quais impossível se torna viver humanamente. 2. Primazia do elemento utópico sobre o factual e o tradicional: o elemento determinante do desporto, em Portugal, não pode ser o passado, que o taxamos, até 5 de Outubro de 1910 e durante o Estado Novo, particularmente reacionário, pobre e analfabeto. Cada sociedade determina um certo número de atributos que configuram o que os cidadãos devem ser física, intelectual, moral e politicamente. O corpo, em Portugal, foi politicamente produzido e de acordo com os interesses da classe dominante. Foi considerado matéria tão-só e instrumento da Razão. O dualismo antropológico refletia o dualismo senhor-servo. Hoje, na “sociedade do espetáculo”, mais do que uma prática físico-motora, as atividades corporais limitam-se a fazer de cada pessoa um espectador em potência de um espetáculo mundialmente teledifundido. Esta pandemia desportiva está de tal modo presente, na vida de cada um de nós, que já muitos a exigem como necessidade primeira, ao lado do movimento, do beber, comer e dormir – pandemia com a sua linguagem própria de classificações, de recordes, de medidas, de competições e duma iconomania de incomparável carga afetiva, com novos deuses e novas guerras, riscadas de feridas por cicatrizar. O desporto é assim apresentado (jamais tematizado e problematizado e produzindo pensamento) como um culto do rendimento, da “performance” física (fazedora de bestas esplêndidas) e completamente neutral, em relação a ideologias ou políticas. No entanto é neste desporto, que adormece as pessoas à recusa da sociedade injusta, que também se descobrem grandes negociatas, corrupção de toda a ordem e alienação de impossível neutralidade. Não esqueço quando, após o Mundial de Futebol de 1998, Zinedine Zidane foi eleito “o francês preferido por todos os franceses”, chegando a gritar muito rosto amarrotado pelo sofrimento:; “Zidane a presidente!”. Martin Rees, membro da Academia dos Lordes e um cientista de informação exaustiva e de excecional destreza de raciocínio, já afirmou: “Não existe um Plano B, ou melhor, um Planeta B. Temos de viver neste planeta e salvar este planeta”. Ora, este planeta só pode salvar-se, com uma Cultura diferente, para mim com as características fundamentais do franciscanismo (e que, julgo, o Papa Francisco ter abraçado): o fim de todos os dualismos, incluindo aqui também o dualismo antropológico cartesiano e a dicotomia contemplaçãoação; colaboração fraterna, com os pobres, os marginalizados e a natureza (neste passo, ocorre-me o Deus sive Natura, de Espinosa); uma cultura científica e crítica, mas com a consciência que “a razão é clamorosamente insuficiente para interpretar a vida” (José Tolentino Mendonça); uma cultura visando um humanismo integral, ou o homem integral que transcende e se transcende numa íntima articulação com o desejo, o inconformismo, a justiça, a liberdade e, por último, a fé (“Tudo que sobe converge”, disse-o Teilhard de Chardin). Não foi por falta de ciência que aconteceu Auschwitz. Aliás, a ciência, sem outros valores, já foi cúmplice da mais torpe barbárie. 3. Primazia do elemento crítico sobre o tradicional e dogmático. Quero eu dizer: um desporto novo tem futuro se integrar, na sua definição e na sua prática, o trabalho de reconstrução da própria ideia de desporto, como revolução cultural. Para Eduardo Lourenço, a cultura somos nós próprios, “a cultura é a consciência que nós temos, cada um de nós tem, do mundo que o rodeia, é a maneira como (digamos) guardamos dele sinais que podem ser transmitidos de seguida a outras gerações. E cultura é nós mesmos como sujeitos, como expressão da vida consciente de si próprio, que é o Homem (in


AA.VV., Portugal, o Futuro é possível?, 2016, p.17). Daqui se infere que uma cultura meramente livresca, elitista, majestática torna-se de flagrante inoportunidade, dado que a importância do conhecimento não reside, unicamente, em teorizar a realidade mas em transformá-la, com honestidade e competência e tendo em conta o “bem comum”. 4. Primazia do social sobre o individual, pois que a marginalização social de largas porções da população, acrescida de defeitos estruturais, que transcendem os indivíduos, conduz, quase sempre, a uma nítida marginalização, principalmente no âmbito da iniciação desportiva. Fazem-me o favor de ser meus Amigos dois hermeneutas de excecional elucidação e refontalização da cultura portuguesa: José Eduardo Franco e Miguel Real. De um deles, o Miguel Real, em livro que é uma síntese magnífica (talvez incomparável) da Cultura Portuguesa, Traços Fundamentais da Cultura Portuguesa (Planeta, Lisboa, 2017) encontrei um texto de flagrante oportunidade, referindo-se ao livro de Guilherme d’Oliveira Martins, Portugal. Identidade e Diferença (2007), onde colhi o seguinte: “Segundo Guilherme d’Oliveira Martins, Portugal, reafirmando a sua complexa identidade cultural passada, mas recusando simultaneamente “o triunfalismo e o miserabilismo” (p. 20), tem hoje, nos princípios do século XXI, integrado na Europa, a grande oportunidade de superação dos seus traumas históricos, normalizando-se, racionalizando as estruturas sociais e estatais, unindo “pensamento e acção” (p. 19), integrando ambos num projeto completo e multidimensional, sumamente caracterizado pela abertura ao outro” (p. 177). E, acrescento eu: porque abertura ao outro, privilegiando as ciências sociais e humanas sobre as chamadas “ciências exatas”; e, no desporto, não dando único lugar de relevo ao campeão, ao atleta mediático, à unidimensionalidade em que descambam, com maior ou menor efervescência, os media, esquecendo, demasiadas vezes, o lazer desportivo e o desporto-educação e os princípios da ética desportiva. Uma pessoa que luta pela excelência física, intelectual e moral, ou seja, que a mediocridade não satisfaz, é sempre digna de louvor e de aplauso. É evidente que ressaltam falsos absolutos do hodierno desporto de elites e que os media amplificam, designadamente o mais despudorado individualismo, o mais vazio vedetismo. Ora, não há modalidade desportiva que não lembre o seguinte: o desporto é uma “escola de vida”, na medida em que ensina, sem cessar, que preciso dos outros (principalmente dos colegas, mas também dos adversários) para atingir os objetivos que me propus alcançar. O desporto, uma escola de vida, porque uma escola de solidariedade. Não esquecer ainda que o todo pode ser mais do que a soma das partes… Boaventura de Sousa Santos e António Sousa Ribeiro, em sintonia com Hans Robert Jauss e Reinnart Koselleck (cfr.Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, Outubro de 2002) defendem a “antropologização do saber”. E escreve António Sousa Ribeiro: “O problema, naturalmente, é como levar a cabo esse desiderato na era da informação, em que, aparentemente, a dimensão antropológica está condenada a diluir-se por inteiro na rede global” (p. 203). São muitos os valores que o desporto oferece a quem o faz e o compreende: o espírito lúdico, a competição fraterna, a disciplina, a coragem, a humildade, a cooperação, a jovialidade, a promoção da igualdade e da justiça. E outros valores mais poderia lembrar. A laicização da ética e a secularização do sagrado, no entanto, roubaram aos valores a essência teológica e, com o desprezo da teologia, nasceu a era do “pós-dever”, da “pós-moral”, onde mais se procura uma felicidade centrada nos sentidos, no consumo, no espetáculo, do que nos mandamentos de Jesus que reconhecem em Deus o sentido último do Ser Humano, da Vida, da Sociedade e da História. A ética republicana e kantiana, professando o culto das virtudes laicas, ao dispensar o elemento religioso e ao apresentar um evidente teor racionalista, perdeu o imperativo ilimitado dos deveres e o caráter sagrado dos valores. Daí, as palavras de Jesus Cristo: “O Reino de Deus não vem de tal forma que a gente possa contar com ele. Nem poderá dizer-se: ele está aqui ou ali, porque afinal o Reino de Deus está dentro de vós”. Com isto, Ele não diz que o Reino de Deus é puramente espiritual, mas que se fundamenta nos nossos mais profundos anseios. Por isso pode proclamar, ao sol de uma grande alegria: “Eis que faço novas todas as coisas”. O Homem é o único ser da natureza que não nasce unicamente programado, para ser natureza. Ele é cultura sobre o mais e portanto mais do que instinto e matéria e natureza, sem negar o instinto, a matéria e a natureza. E, como cultura, ele é espírito, como constitutivo inalienável da natureza e da existência humanas. Mas o mal, como o bem, surgem também humanos e tão misteriosos um como o outro. No Homem, há Deus e há Diabo. E daí a dificuldade tremenda de a ética, totalmente Razão, encontrar forças e fundamento na luta contra os tempos de astúcia, suborno e calculismo em que vivemos. Relembro a voz de D. Helder Câmara,


Bispo do Recife, donde emergia uma rouquidão própria da velhice (e que encontro também na minha velhice) mas, nele, uma rouquidão que parecia feita de melancolia e ternura: “Quando dou de comer a um pobre chamam-me santo. Mas quando me pergunto por que os pobres não têm comida chamam-me comunista”. É com Homens, como D. Helder Câmara, como o Papa Francisco, como Nelson Mandela, como Martin Luther King, que pode vislumbrar-se que o Homem é mais do que estrita humanidade e portanto é religioso, antes de ser o crente de uma determinada religião, ou de uma qualquer metafísica que se aproxime do sentimento religioso. Muitos dos jogadores e dos atletas, imediatamente antes das competições em que participam, assim o dão a entender. Na época da “retirada da religião”(Marcel Gauchet) o desporto protagoniza, carregadas de desejos e promessas, práticas religiosas, ou narrativas metafísicas configurando um qualquer hiperurâneo platónico. Seja como for, o jogo é um ato espontâneo e voluntário e, como se estuda, elemento fundamental do desporto. Ora, no meu modesto entender, é mesmo a condição lúdica que faz do desporto uma prática humanista. Uma competição, sem ludismo, expurga, sem dificuldade, qualquer ideia de desporto. Embora não esqueça o aviso de Jacques Derrida, no seu Du droit à la philosophie: “il n’y a pas de hors-philosophie” (p. 515). O que há de novo e valioso, tanto no desporto, como no espetáculo desportivo, não são os problemas táticos, mas aprender a dar mais do que a receber. Como o José María Cagigal dizia aos amigos: “O egoísta jamais compreenderá o desporto”.


O PENSAMENTO DO JORGE BENTO Esta é uma Revista aberta às contribuições... Tomo a liberdade – devidamente autorizado – de replicar aqui o Pensamento do Jorge Bento... O conheci, pessoalmente, em 1992, numa palestra na UFMG. O nosso GuruGeek Laércio o trouxe para falar sobre Lazer... eu estava fazendo meu Mestrado em Ciência da Informação; minha ultima especialização fora em Lazer e Recreação, daí meu interesse, ainda maior, pois se tratava de Jorge Bento!!! Já o conheci, de alguns escritos e livros. Creio que - não sei quem é o maior, mas vamos colocalos na mesma posição, de fora de concurso, pois – se Jorge, Manuel Sérgio ou Silvino Santi os maiores e melhores filósofos da nossa tão combalida Educação Física – prefiro a tradição da denominação, mas aceito a Motricidade Humana e as Ciências dos Esportes... Jorge falou sobre Gilberto Freire... uma palestra em que até hohe recordo algumas das bombásticas expressões usadas, em especial na comparação entre os nossos povos – que ele considera um só, e adota a cidadania luso-brasileira, pois... O português é aquele pçovo trágico, que venera o Cristo crucificado, dolorido, sofrido, sentindo-se abandonado, mas mesmo assim, disposto a todos os sacrifícios, como decorrência de sua sorte e vivência, dai vestirem-se as mulheres sempre de preto, com lenço à cabeça, andar curvado, como se carregassem todos os pecados do mundo, um peso insuportável... já o brasileiro, venera o Cristo menino, a criança brincalhona, e por isso, um povo alegre, vivaz, colorido... isso na interpretação de um artigo escrito por Gilberto Freire, em 193... (2, 9u 9?) e publicado em inglês, numa palestra na Inglaterra, inédito em português, ou no Brasil... gostaria de te-lo reproduzido nestas páginas... Desde então o acompanho mais de perto, trocando correspondência, agora em tempos de redes sociais, e palavras quase diárias. Semprer replico e comportilho suas colocações, em especial quando se referem à Educação e à Educação Física/Motricidade Humana... Aproveitem!!!!


PRECISAMOS DE AMIZADE E COMPANHEIRISMO! Mais do que nunca, esta necessidade ecoa hoje como grito incessantemente repetido. Amizade e companheirismo são uma escolta indispensável para enfrentar a turbulência dos ventos da contemporaneidade líquida. Em todo o lado. Nos locais de trabalho, infestados de ferocidade competitiva e insinceridade mútua. Nos caminhos carentes de sinalização suficiente para uma vida decente; e para o sucesso tão prometido e, afinal, tão arredio e fugidio. Nas provações a que são sujeitos corpos e almas, desafiados a demonstrar competência e resiliência perante ameaças e perigos, sem possuir manual de instruções. Nas agressões da ingratidão e traição, surgidas de onde menos se espera. Nos estilos de vida, impossíveis de acompanhar, que nos deixam para trás e atiram para fora da circulação, com fria naturalidade e cega indiferença. A existência é sufocante sem mãos amigas, confiáveis, desinteressadas e leais, gratuita e prontamente estendidas. Mesmo que não as solicitemos, necessitamos delas; quantas mais tocarem em nós, melhor nos sentimos e sorrimos. ELOGIO DA LENTIDÃO

‘Viver’ é a única coisa que fazemos enquanto estamos neste mundo. Não fazemos mais nada, nem nos é dada uma segunda oportunidade para ‘viver’. Importa, pois, interrogar a modalidade de realização dessa ação. Aonde nos leva a vida acelerada, da hiperagitação e hiperexcitação, da competitividade e dos rankings de alienação da escola e educação? Nunca temos tempo para a empatia e as atenções devidas aos outros, familiares, amigos, colegas, vizinhos. E, por mais que estuguemos o passo, chegamos sempre atrasados ao essencial. Paremos um pouco. Usufruamos o tempo na demora da contemplação, da admiração e compreensão do que está para além da asfixiante urgência das nossas tarefas. Percamo-nos na lentidão, para encontrar o rumo da salvação. Foi usando um burro, animal lento, que São José levou Nossa Senhora e o Menino Jesus para o Egipto; todos se salvaram. IDENTIDADE SOCIOPROFISSIONAL É muito prestigiante ser cientista reconhecido. Ser Professor não confere prestígio, mas enche a alma e dá sentido a uma vida, se a função for assumida com entrega e paixão. Há na Universidade personalidades admiráveis, que cultivam as duas coisas de maneira indissociável. Também há gente equivocada: para ser ‘cientista’ vira as costas àquilo que lhe garante o sustento; ‘dar aulas’ não lhe diz nada. Hoje como ontem, chamo a atenção para a necessidade de renovação da identidade do campo socioprofissional da Educação Física e Desporto. Nas Faculdades o caminho está inclinado para as disciplinas biológicas e afins; paradoxalmente, estreita-se a noção da saúde e do corpo. A abordagem das atividades desportivo-lúdico-corporais, à luz das grandezas da educação e cultura, diminui a olhos vistos. Ademais, alguns docentes têm vergonha de pertencer à área; outros são incapazes de a transcender, de fazer pontes transdisciplinares. Sem identidade renovada, a ilha fica isolada.

EDUCAÇÃO FÍSICA: EXPRESSÃO INDUTORA DE DICOTOMIA Herdamos dos gregos (a partir de Platão), não do judaísmo, a visão dicotómica: de um lado o corpo e o orgânico, do outro a mente e o espírito. A dicotomia não tolhe a reflexão filosófica. O transcendente ilumina o transcendido e este dá azo àquele. Todavia afeta a noção e a valorização sociocultural dos ofícios. É o caso do Professor de Educação Física.


Não há volta a dar: a expressão ‘Educação Física’ encerra em si mesma a dicotomia. Faz parte do acervo pedagógico e do imaginário social. Talvez não adiante mudá-la. Porém é epistemologicamente insustentável, tal como a expressão ‘atividade física’. Nenhuma atividade tem apenas dimensão física; nenhuma recebe o nome dos meios da execução, mas dos fins que persegue. Na exercitação corporal, a componente física é a menor; a substância é essencialmente anímica, volitiva, ética e estética. O que é o ‘Professor de Educação Física’? Qual a sua função? A resposta alonga-se na tentativa de ultrapassar o âmbito limitador da designação. O mesmo não sucede quanto ao Professor de Português ou Matemática, etc., cuja denominação provém da matéria que leva à cena do ensino e aprendizagem. No exercício de responsabilidades académicas e institucionais procurei contribuir para a superação da tradição dicotómica. A alteração do nome da Faculdade e das áreas disciplinares serviu esse intuito. É satisfatório o resultado? Salva-se a intenção. ‘FAKE NEWS’: AMORALIDADE E MALDADE Estamos imersos no pântano da manipulação mediática. Jornais, televisões e agências de notícias servemnos falsidades com foros de verdades. Não bastava isso; entraram em cena as ‘fake news’ para dificultar a distinção do verdadeiro e do falso. As ‘fake news’ têm um poder arrasador. Destroem a nossa confiança nas instituições e nos outros. E também nos destroem a nós. Quando as divulgamos, sem pôr em causa a sua origem e autenticidade, tornamo-nos cúmplices das mentiras e dos agravos que elas veiculam. Convinha, pois, que fossem esclarecidas. A tarefa raia a impossibilidade, tamanha é a quantidade delas, todos os dias postas em circulação. Algumas são de tal gravidade que, à falta de aclaramento, exigem o questionamento do seu fundamento. Sob pena de aderirmos à maldade e cairmos na amoralidade. Ambas estão em crescendo.

OVELHA NEGRA Tens medo de ser uma criatura desassombrada? Compreendo-te perfeitamente. Ter e assumir opinião própria não é para todos. Poucos se atrevem a tamanho cometimento. Muitos são amantes do fingimento; pior para eles: julgando-se espertos e ganhadores, engrossam a lista dos perdedores. A visão de Mark Twain (1835-1910) é apurada: “Toda a vez que nos encontrarmos do lado da maioria, é hora de parar e refletir.” E a de Albert Einstein (1879-1955) não o é menos: “O sujeito que acompanha a multidão não vai além da multidão; o sujeito que anda sozinho provavelmente chegará a lugares onde ninguém esteve antes.” Entendeste o recado? Não seguir o rebanho do senso-comum, pensar e agir de maneira distinta, isso não tem nada de ruim; é ganho. Vale muito a raridade da ovelha negra.


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