REVISTA DO LEO REVISTA ELETRONICA EDITADA POR
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Prefixo Editorial 917536
SÃO LUIS – MARANHÃO NUMERO 21 – JUNHO – 2019
A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.
EXPEDIENTE REVISTA DO LEO Revista eletrônica EDITOR Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luis – Maranhão (98) 3236-2076
CAPA: Elir de Jesus Gomes, Zezé Cassas e Cláudio Alemão
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física, Especialista em Metodologia do Ensino, Especialista em Lazer e Recreação, Mestre em Ciência da Informação. Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado; Titular da UEMA (1977/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF-MA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e de Pesquisa e Extensão); Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 14 livros publicados, e mais de 250 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Comissão Comemorativa do Centenário da Faculdade de Direito do Maranhão, OAB-MA, 2018; Recebeu: Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luis (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM; Premio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Premio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; ALL em Revista, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras, vol 1, a vol 4, 12 16 edições. Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.
REVISTA DO LÉO NÚMEROS PUBLICADOS
2017 VOLUME 1 – OUTUBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_1_-_outubro_2017 VOLUME 2 – NOVEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_2_-_novembro_2017 VOLUME 3 – DEZEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_3_-_dezembro_2017
2018 VOLUME 4 – JANEIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_4_-_janeiro_2018 VOLUME 5 – FEVEREIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_5_-_fevereiro_2018h VOLUME 6 – MARÇO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_6_-_mar__o_2018 VOLUME 6.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – MARÇO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_ VOLUME 7 – ABRIL DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_7_-_abril_2018 VOLUME 8 – MAIO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8_-_maio__2018 VOLUME 8.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra VOLUME 9 – JUNHO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_9_-_junho_2018__2_ VOLUME 10 – JULHO DE 2018 – https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_10_-_julho_2018 VOLUME 11 – AGOSTO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_11_-_agosto_2018 VOLUME 12 – SETEMBRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_12_-_setembro_2018 VOLUME 13 – OUTUBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_13_-_outubro_2018 VOLUME 14 – NOVEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_l_o_-_numero_14_-_novemb VOLUME 15 – DEZEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revisdta_do_l_o_15_-_dezembro_de_20? VOLUME 15.1 – DEZEMBRO DE 2018 – ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017-2018
https://issuu.com/…/docs/3ndice_da_revista_do_leo_-_2017-201
2019 VOLUME 16 – JANEIRO DE 2019 https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__16_-_janeiro_2019 VOLUME 16.1 – JANEIRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__-_janeiro__20 VOLUME 17 – FEVEREIRO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_17_-_fevereiro__2019 VOLUME 18 – MARÇO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__18_-_mar_o_2019 VOLUME 19 – ABRIL DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__19-_abril_2019 VOLUME 20 – MAIO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__20-_maio_2019 VOLUME 21 – JUNHO DE 2019
EDITORIAL A “REVISTA DO LÉO”, eletrônica, é disponibilizada, através da plataforma ISSUU https://issuu.com/home/publisher. É uma revista dedicada às duas áreas de meu interesse, que se configuraram na escolha de minha profissão – a Educação Física, os Esportes e o Lazer, e na minha área de concentração de estudos atual, de resgate da memória; comecei a escrever/pesquisar sobre literatura, em especial a ludovicense, quando editor responsável pela revista da ALL, após ingresso naquela casa de cultura, como membro fundador. Registrar a Memória dos Esportes, do Lazer e da Educação Física – da lúdica e do movimento – no Maranhão não é tarefa fácil. Seja pela falta de informações disponíveis, seja pela recusa de seus atores em prestar depoimentos que possam vir a ser úteis quando os Historiadores vierem a escrever a História. Por quatro longos meses procurei personagens que viveram os esportes maranhenses nos últimos 40 anos, para falar sobre a SEDEL-MA e poucos se dispuseram a faze-lo... Muitas promessas, mas a grande maioria dos procurados não as cumpriu... Não vou dar os nomes, pois certamente a eles não interessa essas rememorações... Fizeram o quê? Então? Servi-me de entrevistas realizadas 30 e poucos anos passados, mas não consegui atualiza-las – as promessas... – busquei na imprensa, mas nada de importante, digno de registro, a não ser as mesmas cobranças de sempre – eternas – de falta de apoio, falta de iniciativa, uso politico da SEDEL-MA, políticos que não lograram sucesso nas urnas e que por acordos espúrios foram aquilatados com a pasta e fizeram o que mesmo? Nem se deram pelo potencial que a pasta poderia representar às suas carreiras... Um simples cabide de empregos... Mas vamos deixar isso para lá: como já disse alguém, quem viver, verá... Retomemos aos resgates...
. LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ EDITOR
SUMÁRIO EXPEDIENTE EDITORIAL SUMÁRIO
MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E LAZER DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO MARANHÃO MIGUEL HOERHANN LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ; LAÉRCIO ELIAS PEREIRA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA: A HISTÓRIA QUE (AINDA) NÃO FOI CONTADA (através de depoimentos daqueles que a construíram) DEPOIMENTO: LAÉRCIO ELIAS PEREIRA ANTONIO MUSSINO DIAGNÓSTICO NACIONAL DO ESPORTE - A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DO “ESPORTE” E OS SEUS VARIOS MODELOS
ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO FESTIVAL ESPORTIVO DA JUVENTUDE – ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DO MARANHÃO ARTIGOS PUBLICADOS REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA. ARTIGOS, CRÔNICAS, DISCUSSÕES, OPINIÕES LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ MANIFESTAÇÕES DO LÚDICO E DO MOVIMENTO NO MARANHÃO AZIZ JUNIOR SOBRE A CAPOEIRA E A ESCRAVIDÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ
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(Capítulo de livro: Cláudio Vaz, o Alemão – e o legado da geração de 53): i OS PRIMEIROS ESPORTES: O FUTEBOL DE SALÃO – CONTROVÉRSIAS
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LUSOFONIA
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QUE ESPÉCIE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DESEJAMOS? QUE ESPÉCIE DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUER O POVO BRASILEIRO?
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MANUEL SÉRGIO
MANUEL SÉRGIO OS INSUBMISSOS: O MOTOR DO PROGRESSO O PENSAMENTO DE JORGE BENTO DA FINALIDADE DA FILOSOFIA
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MEMÓRIA DA EDUCAÇão FÍSICA, ESPORTES E LAZER
MIGUEL HOERHANN MIGUEL HOERHANN nasceu em Oberndorf an der Melk - Niederösterreich. Teve três irmãos: Anton, Ignaz e Leopold. Veio para o Brasil porque foi sempre muito individualista, independente e estranho. E que não se sentia bem no lugar onde nasceu. E que não era fácil na época a vida.
Acervo de Edeli Kubin Sardá.
1884 quando exercia a profissão de Instrutor de Artilharia na Imperial e Real Marinha de Guerra da Áustria que na época formava o grande Império Austro-húngaro (1867 - 1918). Foi o primeiro professor de educação física do Maranhão, e primeiro chefe do Departamento de educação física, criado em 1903
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA: A HISTÓRIA QUE (AINDA) NÃO FOI CONTADA (através de depoimentos daqueles que a construíram) Por LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ leopoldovaz@elo.com.br ; leopoldo@cefet-ma.br Professor de Educação Física do Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão; Mestre em Ciência da Informação LAÉRCIO ELIAS PEREIRA laercio@ucb.br ; laercio@nib.unicamp.br http://www,cev.org.br/grcev/laercio Professor de Educação Física da Universidade Católica de Brasília; Doutor em Educação Física ----------------------de: Laércio para: Leopoldo Brasília, 26 de fevereiro de 2001 Opa, Manoleo, Tem uma historia da escola de EF da USP no ultimo numero da revista paulista que é quase um acinte. O diretor dizendo que a escola foi para a USP porque ele era amigo de um político. Foi uma pauleira danada. O Duílio, presidente do CA da época, tem a historia. Escapei de ser preso em Ibiuna porque fui substituído em cima da hora... acho que tudo isso tem que contar. Precisa sistematizar. Com o perdão da preguiça, acho que a turma de historia é muito verborrágica. Precisava sistematizar mais. Juntar depoimentos. Quem sabe a Maria Izabel voltando a campo não da para fazer isso? Vamos continuar na linha. Abração. Laércio
Em Mon, 26 Feb 2001 10:04:12 -0300 "Leopoldo Gil Dulcio Vaz" Escreveu: ManoPereira Todos sabemos da historia recente da EF no BR - Bananão, se preferir - mas nem todos sabem - e a Fernanda não conseguiu captar isso -, da luta que foi o CBCE, especialmente daquele congresso de Pernambuco ... das lutas, no período do Colégio de Aplicação da USP, das fugas... o pessoal militar conseguiu contar a versão deles - e o Lino não fez um bom trabalho, também contou "a sua versão", precisava abrir um pouco mais, além da "docontra" - talvez alguém mais ligado à política, do período da repressão, do MOBRAL, do Mexa-se, do EPT ... falta alguém para realmente historiar esse período ...Victor ? Fernanda ? Lino ? Silvana ? Amarílio? não sei ... Leopoldo from Maranhão
DEPOIMENTO NO. 1
PROF. DR. LAÉRCIO ELIAS PEREIRA http://www.cev.org.br/grcev/laercio : laercio@nib.unicamp.br laercio@ucb.br
Doutor em Educação Física; Professor da Universidade Católica de Brasília, onde dirige o Laboratório de Informação e Multimídia em EF-LIMEFE; Coordenador do Projeto Centro Esportivo Virtual Unicamp/UCB
RETRATO EM 3 X 4 (em tamanho natural, digo ... pelo próprio) (disponível em http://www.cev.org.br/grcev/laercio) -
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Nascido há mais de meio século em São Caetano do Sul - SP, onde se formou e trabalhou como metalúrgico como quase todo mundo lá; veio para a vida a passeio - e não em viagem de negócios. Cursou Educação Física na USP [Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo - FEF/USP], depois de um vestibular em Sociologia. Passou por várias universidades (São Caetano, Maranhão, Paraíba, Mossoró, Minas Gerais) e foi assessor da SEED-MEC. Atualmente é professor da Universidade Católica de Brasília, onde dirige o Laboratório de Informação e Multimídia em EF-LIMEFE, é pesquisador associado da Escola do Futuro - USP, coordena o Centro Esportivo Virtual no NIB-Unicamp e é Coordenador de Projetos Especiais da ESEF de Muzambinho ESEF. Gostou de ter escrito a "Parábola da Aula Final", ter sido secretário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SEC/MA e presidente do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte - CBCE. Fez doutorado na UNICAMP (a tese foi o CEV) , é membro do Conselho Federal de Educação Física e goleiro de futebol de salão do Antigamente Futebol Clube há 30 anos.
NO TEMPO DA BRILHANTINA Como diria o Jack, vamos por partes ... Você foi metalúrgico, no ABC - (foi colega do Lula ?) - e fez Escola Técnica. Trabalhou como ferramenteiro, onde ? Teve alguma participação, nessa época, no movimento estudantil secundarista? Como veio a se envolver com a educação física/esportes ? é dessa época da ETFSP? ESTUDANTE DA USP NA FEF/USP (período em que esteve lá? ), pertencia ao movimento estudantil?, fez parte do DA, DCE ? Como foi aquele episódio da não-prisão em Ibiuna ? Quem eram os colegas de turma ? Lino já era desta época ? Quais eram as lideranças da Educação Física, em São Paulo, nessa época ? como era a APEF? Qual a participação (ou omissão) nas questões com o regime instalado ? As lideranças na FEF/USP ? como era o relacionamento professor/aluno, e as dificuldades com o regime imposto ?
ESPORTE E EDUCAÇÃO Qual a importância dessa revista, depois editora, para a educação física e os esportes, daquela época ? e a ODEFE?
AUTO-EXÍLIO O que aconteceu na Escola de Aplicação ? Como se deu o "auto-exílio" na França (FHC foi para o Chile...) ? Foi só para assistir as Olimpíadas - e vender Coca-Cola - ou foi em decorrência política de algum patrulhamento ? Quanto tempo permaneceu nas "Oropas", o que fez ? quando retornou e em que condições ?
NO MARANHÃO Como entrou em contato com o Maranhão ? em que circunstâncias veio para cá ? quem foi o responsável ? em que ano ? veio em definitivo, pela primeira vez, ou decidiu ficar após conhecer ? que cargo exercia, quando veio para cá, e qual passou a exercer, quando se fixou ? Tendo voltado da Olimpíada com vários cursos de handebol e sendo treinador de HB da General Motors EC e da Seleção Paulista Feminina e prof. de Handebol na Escola Superior de Educação Física de São Caetano, fui convidado a dar cursos pela Brasil pela ODEFE, onde eu já tinha contato através da Revista Esporte e Educação (escrevia o Rumorismo e dava palpites gerais). Houve um circuito de cursos que incluía Maceió, São Luís e Manaus. Era 1973, e eu treinava a seleção paulista feminina que ia para os JEB's [Jogos Escolares Brasileiros]. Acertei com o namorado de uma das minhas atletas (que ia apitar os JEB's) para cuidar de alguns treinos enquanto eu ia dar os cursos. Só manutenção, para o pessoal não ficar sem treinar. Dei o curso em Maceió e, em São Luis, enquanto dava o curso, ajudava a treinar o time de handebol que ia para os JEB's. Deu problema no curso de Manaus e o Cláudio Vaz [Cláudio Vaz dos Santos, à época, coordenador do antigo DEFER-SEC, hoje, GEDEL] pediu que eu ficasse treinando o time o tempo que estaria em Manaus. Depois pediu para que eu acompanhasse a equipe nos JEB's, em Brasília. Eu disse que não podia porque tinha compromisso com a seleção paulista. Quando voltei para São Paulo, o meu substituto tinha conseguido me substituir totalmente. Liguei para o Cláudio Vaz e acertei a ida para Brasília. Conseguimos classificar o time para as quartas de finais mas, no dia que ia começar essa fase o Basquete levou todos para jogar o campeonato em Fortaleza, e ficamos em oitavo. Daí, conversei bastante com o Dimas [Antônio Maria Zacharias Bezerra de Araújo] e Cláudio Vaz [dos Santos] sobre a possibilidade de criar um curso de Educação Física no Maranhão. Em setembro do mesmo ano, fui convidado, junto com o Biguá [Edivaldo Pereira, à época, atleta de Handebol], para apitar os jogos de Handebol dos JEM's. A final foi Maristas e Batista. Duas equipes treinadas pelo Prof. Dimas. Voltei em janeiro de 1974, para morar no Maranhão. Resolvemos, Cláudio e eu, chamar o Prof Domingos Salgado para montar o processo de criação do curso de Educação Física na Federação das Escolas Superiores [do Maranhão - FESM -, hoje, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA], o que aconteceu com o empenho do secretário Magno Bacelar e o Assessor João Carlos, ainda em 1974. Fiquei sem emprego e o Heleno Fonseca de Lima batalhou uma bolsa pelo antigo CND [Conselho Nacional de Desportos]. Fui assessor da Secretaria de Educação e, como estava demorando para andar o curso no Estado, tivemos a iniciativa da Profa Teresinha Rego, do ITA, para montar o curso particular, com os professores que já tínhamos arrastado para o Maranhão. Aqui cabe um estudo mais apurado sobre quem trouxe quem, mas é bom juntar a listagem dos “paulistas”. Biguá, Viché [Vicente Calderoni Neto], Horácio [?], Domingos Fraga Salgado,
Demosthenes [Montovani], Nadia Costa, Jorelza Mantovani, Marcos Gonçalves, Sidney Zimbres, Lino Castellani, José Carlos Conti, Zartu Giglio [Cavalcante], (tem um dessa turma que eu esqueci o nome), o Paschoal Bernardo... Não lembro quem trabalhou no curso do ITA. O Sidney deve ter todos os nomes. Depois teve a entrada e saída da Escola Técnica [Federal do Maranhão - ETFM -, hoje, Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão - CEFET-MA]... Simei Bilio, Rinaldi Maia e Dimas eram da Universidade, depois entrou o Domingos Salgado, que fez o velho trabalho de montagem do curso (tem que perguntar isso para o Dimas). Acho que teve a pressão na inação da Universidade enquanto o FESM e Pituchinha [ITA] já tinham saído na frente em criar o curso de Educação Física. Quando o curso foi criado oficialmente, eu já estava no Mestrado. Fui porque meu filho Fábio ficou doente e esgotamos todos os recursos em São Luis. Boaventura me chamou, passei na seleção e o Lino [Castellani Filho] fez a vaquinha entre os amigos para as passagens. Em São Paulo fui socorrido pelo Victor Matsudo, que providenciou os hospitais e médicos, virando padrinho do Fábio. Com a doença do Fábio no Maranhão tive a solidariedade de muitos amigos. Gafanhoto [José de Ribamar Silva Miranda] foi o sangue que deu certo nas transfusões e foi fundamental para a sobrevivência do Fábio. Qual a sua participação no desenvolvimento da educação física e dos esportes no Maranhão ? quais foram os agentes que trabalharam com você, nesse período ? Fui uma espécie de catalisador, convidado pelo Cláudio Vaz . A principio para o Handebol. Batalhei a vinda de muitos professores com o apoio do Cláudio Vaz (a gente chamava para apitar os JEM's [Jogos Escolares Maranhenses] e, quando o professor chegava, já tinha alguma coisa). Entrei e sai da Escola Técnica [Federal do Maranhão] mais de uma vez, para abrir vagas nesse processo. Na UEMA também. Procurei colocar o Maranhão no Mapa, especialmente com os congressos. Acho que o mais importante, que precisa ser resgatado pelo momento histórico, foi o de Ciências do Esporte [Congresso Norte e Nordeste]. Depois teve o de Esporte para Todos [I Congresso de Esporte para Todos]. Ajudei a fundar a APEFELMA [Associação dos Profissionais de Educação Física, Esportes e Lazer do Maranhão] e forcei, em Brasília, o convênio com a Alemanha, com a ajuda do Manfred Loecken [adido cultural da Embaixada da Alemanha], que não vingou. O que garantiu o apoio - e as refregas que levaram a algum progresso - foi a grande dedicação e o sucesso das equipes de Handebol, com participação decisiva do Viché e Biguá, alem dos “professores” que ajudávamos a treinar: Lister [Carvalho Branco Leão], Álvaro [Perdigão], Mangueirão [?]...
SEDEL Você participou da criação da Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão - SEDEL, hoje, GEDEL, Gerência - em 1979. Como foi ? O que aconteceu naquele primeiro Congresso Brasileiro de EPT, no Maranhão ? como foi a briga com o pessoal da SEED, proibindo a vinda da Maria Izabel, e do "pessoal do contra" - que fazia oposição ao programa do MEC ? Até quando ficou no Maranhão? Como foi a sua partida para "as Gerais?" Como foi a aposentadoria do serviço público ? CBCE Vamos falar sobre o CBCE - Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte -. Como foi a sua criação ? qual foi a tua participação ? quem eram as lideranças da Educação Física e dos Esportes, na época ? pode fazer comentário sobre cada um deles ?
O que aconteceu naquele congresso de Pernambuco, quando o pessoal da Educação Física "tomou" a Presidência dos da área médica ? qual era a tua intenção, ao se lançar candidato a Presidente? Qual a reação do Victor Matsudo, do Osmar de Oliveira, as participações da Celi Zulke Taffarel, do Lino Castellani Filho, do Paulo Rubem Santiago. O Manuel Sérgio Vieira e Cunha, teve alguma participação ? Algum comentário sobre o livro da Fernanda Paiva ? MANUEL SÉRGIO Como foi a vinda do Manuel Sérgio para o Brasil ? em que circunstâncias e qual a contribuição para os embates políticos-filosóficos da época ? SEED-MEC Faça uma análise da "coronelização" da SEED-MEC. Por que, depois de tantas críticas, você passa a assessorar o Rutênio Aguiar e o Péricles Cavalcanti ? "se não pode destruí-los, una-se a eles? " era mais fácil o combate "por dentro/de dentro"? Após combater tanto a militarização da educação física e o uso dos esportes pela política da ditadura, como foi a "aliança" com o Manoel José Gomes Tubino - ex-militar -, com o Lamartine Pereira da Costa - ex-militar -? Não faziam parte do que você denominou de "coronelização" da educação física? Quais as principais realizações da SEED, da época, e qual foi a tua participação, nesse processo de democratização? Hoje, nota alguma diferença, daquela época? ENTRE O MESTRADO E O(S) DOUTORADO(S) Conte essa história ... Como estava a educação física, naquela época do Mestrado na USP ... o relacionamento com o Lino, a entrada na Unicamp, de vocês dois ... a volta ao Maranhão, o retorno à São Paulo, para o doutorado na ECA/USP, por que não deu certo ... a retomada dos estudos e, finalmente, o doutoramento, na FEF/Unicamp ... SIBRADID Como foi essa batalha ? desde o Congresso de Medellin, na Colômbia e a implantação do SIBRADID, na UFMG ... CEV Vamos começar do princípio ... a documentação esportiva - o congresso da Colômbia, o Índice da RBEFD, o Índice da Stadium, o projeto do doutorado, com o Frederic Litho como orientador, o I Simpósio de Informática em Educação Física, já na Unicamp, o NIB e o relacionamento com o Sabatinni, o LABJOR e o Tojal e, finalmente, a criação do CEV. Foram quantos anos ? começou em 1980, no Maranhão .. CONFEF A última batalha ...(pelo menos, a do momento...): o Conselho Nacional de Educação Física ... essa briga começou, também, em 1980, no Maranhão - com a fundação da Associação dos Profissionais de Educação Física, Esportes e Lazer do Maranhão - APEFEL-MA -; lembro que você, Lino, eu ... naquela época, partimos para a criação de uma associação de profissionais, ao contrário das associações de professores que já existiam ... a realidade do Maranhão era outra e não mudou quase nada, nesses já mais de 20 anos -. E essa luta, você já tinha anteriormente ... já discuti muitas vezes, pela Internet, esse movimento, inclusive com a participação do Lino e a mudança de pensamento dele, não só em relação à profissão de educação física ... e agora, as discussões estão a toda, no CEV ... é necessário resgatar esse processo histórico, não ficar só nas palavras do Jorge Sthailnber (corrija), e do Lino ...
O "ATLETA" Ainda dá para ser goleiro de futebol de salão - do Antigamente Futebol Clube ? pensei que já tinha mudado para futebol de botão ... mas na mesma posição ... e o "Randevus" ? não existe mais ? A CRISE CONTINUA ? Quem, na tua opinião, tem contribuído pela/para/com a eterna "crise" da educação física brasileira - quem são os atores ? (esta, para homenagear o Lino e o pessoal das esquerdas ...) -------------------------A entrevista abaixo foi extraída da página pessoal de João Batista Freire e está disponível em:
http://www.decorpointeiro.hpg.com.br Entrevistei esta semana (03.03.2001) uma das pessoas mais importantes da história mais recente da Educação Física. Meu amigo e colega de profissão há trinta anos, Laércio Elias Pereira, foi muito gentil quando lhe pedi a entrevista. Aproveitem: P: Quantos anos? R: 52 P: E de Educação Física? R: Desde os meus bons professores de Educação Física do Ginásio e do SENAI, em São Caetano, Santo André e São Paulo (SENAI do Brás). Valderbi Romani foi o primeirão, que deu o exemplo. Miller e Renato no SENAI. P: Fale do tempo em que você foi operário de fábrica. R: Comecei com 13 anos, na General Motors. Parei pro Vestibular. Depois voltei trabalhando à noite na Willys (que virou Ford). Estudava de dia. Sempre como ferramenteiro. P: Por que essa coisa de Educação Física na sua vida? R: Até o vestibular nunca tinha pensado. Tinha passado a vida toda jogando bola e participando de tudo da Educação Física onde estudei. Um dia encontrei uma amiga de uma colega do cursinho pra Sociologia, que estudava Educação Física: Janice. Fiquei surpreso de existir o curso de EF e ser um curso universitário. A inscrição acabava no dia seguinte (na escola que depois, no rolo do movimento estudantil de 68, a gente conseguiu enroscar na USP). Nem fui conferir o resultado do vestibular de sociologia. P: E o Maranhão, como surgiu a idéia de ir para lá? R: Minha geração saiu de mochila por aí. Levantei peso na Olimpíada de Munique (trabalhando como carregador no caminhão da Coca-Cola). Nessa viagem fiz muitos cursos e contatos com o pessoal do Handebol. Como voltei desempregado fui vender livros de EF para a Editora Esporte e Educação, onde eu fazia o Rumorismo (Revista Esporte e Educação). A Editora começou com cursos e eu saí dando cursos de Handebol e enrosquei no Maranhão. Fui pra ficar dois anos e estou até hoje meio intermitente por lá. P: Sobrou coisa boa para o Maranhão da sua passagem por lá? E também do Lino e os outros? R: No Handebol, com certeza. Na Educação Física, parece que não conseguimos muito.
P: Durante a ditadura o inimigo comum da chamada "vanguarda" da EF era a ditadura. Quando ela acabou essa "vanguarda" se dividiu e continuou tendo inimigos entre si. E aí veio aquela briga toda. Você acha que foi só isso ou tem outras explicações? R: Durante a ditadura, como você sabe, tinha o maniqueísmo. A favor do governo ou comunista. A gente aceitava ficar do lado dos comunistas. Até quem não usava barba topava. Com o fim da ditadura apareceram as diferenças, que a gente sempre soube que havia, mas não prestávamos muita atenção porque havia a união contra o inimigo comum. Nesse período avançávamos para a pós-graduação e a vida acadêmica. Um dos requisitos do sucesso na vida é a visibilidade, uma característica muito perigosa, porque fica muito perto da vaidade. Penso que a nossa turma não soube lidar direito com isso. P: E agora, as coisas andam mais calmas? Qual vai ser a nova briga? R: A briga é a sobrevivência da EF. Por egoísmo luto para que os meus netos não tenham que dizer: "Educação Física...parece que era um negócio em que o meu avô trabalhava..." Acho que o Conselho deu uma sobrevida pra EF. P: O CBCE tem cumprido bem seu papel? R: O CBCE virou um aparelho da Educação Física. Ele foi criado - e você está entre os fundadores - como multidisciplinar, nos moldes da SBPC. O pessoal antigo se afastou aborrecido e as turmas das diretorias têm até mudado os nomes. Não escrevem mais Ciências do Esporte. Escrevem EF/Ciências do Esporte. Se vingar essa tradição - e eu acho que não - no futuro, quando a direção for da fisioterapia o aparelho vai chamar fisioterapia/Ciências do Esporte. Tenho uma esperança com a onda da volta dos clássicos, como o Dermeval Saviani vem pregando ao falar do Anísio Teixeira. P: E o Confef, não pode se perder num corporativismo exagerado? R: O CONFEF não surgiu do nada. Temos uma profissão que oficialmente exige o diploma de curso superior há 60 anos. Estamos atrasados. A maioria dos conselhos foi criada a partir de associações atuantes. As APEFs estavam no chão. Daí toda essa confusão e conflito de interesses do começo. Fora isso, alguns acharam que outras bandeiras como o ensino público gratuito estavam muito pesadas e resolveram assumir como "docontra" o Conselho. É uma atitude esperta que dá visibilidade e conta com a adesão dos que querem economizar a anuidade. Mas, acho que o Conselho foi a conquista. Já temos 25 mil inscritos. Temos que trabalhar muito para fazer as coisas que ficaram no caminho desses 60 anos. Certamente qualidade e ética estão nesse caminho. P: Complete com qualquer coisa que você queira acrescentar. R: Pra mim, a melhor coisa que a Educação Física me deu foi a qualidade dos muitos amigos. São meu maior patrimônio. Você é um deles. Bebemoremos!
Bibliografia do "Véio" - ALGUMAS SUGESTÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ATRAVÉS DE PROCESSOS LÚDICOS. São Paulo: Edições Pesquisa, 1970. - ENDEREÇAMENTO E TIPOS DE ARREMATES UTILIZADOS DURANTE OS JOGOS DE HANDEBOL DOS III JEBS. São Caetano do Sul: Escola Superior de Educação Física, 1973 - Handebol na Olimpíada de Munique. In "REVISTA ESPORTE E EDUCAÇÃO", vol. 27, Mar/73 - HANDEBOL. São Paulo: Editora Esporte e Educação, 1973. - PLANEJAMENTO DE ENSINO EM HANDEBOL. São Paulo: Ed. Esporte e Educação, 1975. Coleção Educação Física Escolar. - 500 EXERCÍCIOS EM HANDEBOL. São Luís: Secretaria de Educação do Maranhão, 1975; - 500 EXERCÍCIOS EM HANDEBOL . Campinas: FEF/UNICAMP, 1986. - ÍNDICE DA REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Brasília: SEED-MEC, 1983 - ÍNDICE DA REVISTA STADIUM. São Luís: SEDEL, 1985 (Co-Autor) (em microfichas) - CARTA DE BELO HORIZONTE. Belo Horizonte: Federação das APEFs, 1984. (Co-autor, como Membro da Comissão de Redação do Manifesto Brasileiro de Educação Física, oficializado como "Carta de Belo Horizonte") Traduções: - Listello, Auguste. Educação pelas atividades físicas, esportivas e de lazer. São Paulo: EPU/EDUSP, 1979. - Wick, Werner. Marcação Individual em Handebol. Esporte e Educação, 29, p. 20-22, 1973. - Prefácio do Livro: Informática y Deporte, de Tulio Guterman, Barcelona: INDE -Publicaciones, 1998.
DIAGNÓSTICO NACIONAL DO ESPORTE A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DO “ESPORTE” E OS SEUS VARIOS MODELOS ANTONIO MUSSINO antonio.mussino@gmail.com Dipartimento di Scienze Statistiche - Sapienza, Università di Roma
Os estudos sobre esporte z No fim dos anos setenta e no princípio dos anos oitenta, em muitos países europeus, nos encontramos os primeiros estudos sobre o comportamento da população face ao esporte (procura). z Os estudos investigavão sobre: y os praticantes e as características de prática esportiva; y o perfil social dos desportistas; y as razões da pratica e da não pratica; y as modalidades praticadas e pretendidas; y os potenciais praticantes e a procura não satisfeita; y e assim de seguida. As políticas esportivas z O surgimento deste tipo de estudos ficou a dever-se á necessidade de avaliação das necessidades de oferta esportiva por forma a rentabilizarem-se os recursos e racionalizarem-se as escolhas em matéria de política esportiva. z European Sport for All Charter Um perfil historico – 1
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Mesmo em Brazil os estudos principiavam na aquela altura: y Diagnostico da Educação fisica e desportos no Brasil (Da Costa, 1971) y Inventario da infraestrutura desportiva brasileira (IBGE, 2000) y Atlas do Esporte do Brasil (Da Costa, 2005) y Perfil dos municipios brasileiros (IBGE, 2006) y Pesquisa do esporte (IBGE, 2006) y Dossier Esporte (IPSOS MARPLAN, 2006)
O modelo europeu z Este interesse a nível da UE parte da defesa do tradicional modelo de esporte europeu, que se baseia sobre três pilares institucionais: z
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1) Muitas áreas de atividades competitivas ou não, gerenciadas e/ou regulamentadas por instituições especializadas de natureza pública ou semi pública, como Federações esportivas e Comites olimpicos. 2) Um papel importante das redes de associações sem fins lucrativos, baseadas sobre o trabalho voluntario. 3) O sustento público para prática atravéz de contribuições estadais diretas ou indiretas.
O modelo norte americano O modelo europeu se contrapõe a aquele norte americano, fundado sobre uma rígida separação entre profissionalismo comercial e redes espontâneas de voluntariado não sustentadas pela intervenção pública Some “political” remarks z The EU has not involved itself with sport movement to any great degree. z
The world of sport has always been seen as an autonomous field in which the EU should not exert its direct influence.
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Only the economic aspects have been subject to the rules of the EU Treaty (e.g. the Bosman ruling).
A natureza do desporto z Porque, nessa altura, nos precisamos destas diferentes informações? z
Porque o desporte mudou a sua natureza!
O desporto pós - moderno z Esporte moderno, baseado em organizações, seleções, competições, filiações, medidas, pontuações e outros. z Esporte pós - moderno y esporte business, cujo modelo são aqueles do mercado, e aos quais precisaram se curvar as imutaveis regras desportivas. y milhões de atividades, individuais e coletivas, cada uma das quais tem como referimento diferentes modelos, que se combinam com a procura de uma nova relação com o próprio corpo e com o ambiente: é o esporte para todos.
A “piramide” do esporte moderno
A “piramide do esporte pós-moderno
Heinemann and Puig’s analysis on the transformation of sport development models in advanced societies, that identifies four ideal models of contemporary sports: The first model (the competitive one) is the modern version of traditional sports, consisting in rules, organizations, shared values and targets to be reached; The second model (the expressive) is undoubtedly in contrast with the first one; It is the model of freedom, diversification and innovation: sports open a door to get out of everyday life;
The third model (the instrumental one) has the body as a constant reference, displayed within and outside gyms: forms often remains the only means to seek one’s identity;
finally, the fourth model (the spectacular one) has very old origins but today it is indissolubly linked to the market. The sports dimension keeps on having strict and severe rules and spectacular sports are legitimated by the possibilities of remuneration and the development opportunities it offers cities or countries, as well as by its capacity of reinvigorating subdued national pride No activity can be definitely included in one of the above-mentioned models, since this depends on the participation pattern which, in fact, has an individual nature. New challenges z This complexity represents a new challenge for statisticians, when they try to measure and to compare levels and typologies of participation in old and new sports activities. Monitoring Participation in Sports z Some basic principles were established by UNESCO in the ‘80 (Framework for Cultural Statistics - FCS) and improvements have been worked out within the European Union (Leadership Group for Cultural Statistics - LEG) z
The LEG group for Cultural Statistics decided not to deal with sport in the first steps, but appreciated a co-ordinated action in sport.
What is the “Compass” action in sport? z It seeks the Coordinated Monitoring of Participation in Sports. z It makes accessible shared statistical criteria and comparable data z It was promoted in 1996 by the Italian Olympic Committee, by UK Sport and Sport England and several key-contacts, who were managing surveys in European countries. The project’s goals z The main goal of the project was to examine existing systems for the collection and analysis of sports participation data in European countries. z COMPASS aimed to promote harmonisation of these statistics by persuading countries to adopt some aspects of a common methodology in the collection of survey data. z So greater comparability of data from different countries would become possible. z
And note that this does not mean that we intend to construct a European sports system, by standardizing activities, behaviors, approaches and attitudes vis-à-vis sports.
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In fact, the process of understanding of this phenomenon aims at characterizing each country with its own peculiar features, through the definition of a common reference scheme, in order to come to know and protect them Moreover, within this common reference scheme, it will be possible to interpret and better understand the existing differences as well as the possible future trends.
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A experiência do COMPASS z COMPASS strategy started with the debate in the Sports Statistics Committee of the International Statistical Institute (ISI). z In three Meetings (Florence 1993, Beijing 1995 and Istanbul 1997) experts from various countries agreed to work to improve the quality of national sports statistics and to develop a suitable methodology to enhance international comparisons. z The Sports Research Officers Network (SRONET) of the Council of Europe proposed to investigate the availability of sports participation survey data in Europe, and to attempt to make cross-national comparisons where appropriate (1995). z The COMPASS group was recognised as a working group of International Association for Sports Information (IASI ). z The first COMPASS report was published in 1999 and provided comparative data on sports participation for seven European countries (Finland, Ireland, Italy, the Netherlands, Spain, Sweden and the United Kingdom). z Since third Meeting in Rome (2002) reports were proposed on COMPASS web site and concerned more countries. z The main results were presented in ISI in Sidney (2005). z COMPASS stopped its activities as we had no budget for going on in organising the connection among the pilot countries. z The web site was closed. z Some experts from COMPASS funded a new initiative: a group called METERS (Meeting for European Sport Participation and Sport Culture Research). z METERS has the objective to improve: z the understanding of sports participation differences, z the quality of sports participation data and z the possibility of exchange knowledge. The project COMPASS was different from the studies referred to in the previous presentation, in that the objectives of the project were broader than simply to make cross-national comparisons of sports participation in various countries In addition, COMPASS aimed to promote harmonisation of sports participation statistics by persuading countries to adopt some aspects of a common methodology in the collection of surveys data z
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“....as instituições que realizam pesquisas são chamadas para organizar e adotar orientações que se apresentam harmônicas entre os países envolvidos, a fim de melhorar a qualidade e a comparabilidade dos dados, permitindo, assim, um melhor planejamento estratégico e uma construção de uma politica melhor para esporte.”(pag.74) So, within the framework of the COMPASS project, z the sports systems, z the methodologies utilised in surveys on participation in sports and z the results obtained in various european countries were compared. Since, according to a well-known sociological theory, culture stems from comparison, COMPASS can be considered as a very important step towards the creation of a European sport culture. A crucial point is that
The data we are concerned with, in COMPASS, are those collected in national sports participation surveys, which use questionnaires to collect information on a range of specified sporting activities, over a specified period of time.
Other strategy to collect data z The possibility to conduct primary researches in many countries with the same questionnaire and the same statistical strategy is too difficult to be accepted in each country and, maybe, too expensive. Rodgers’ experience in 1977-78 shows the evidence of such assertion. z Recently, in Europe, was performed a common Eurobarometer survey in the 27 countries of the European Union. z Eurobarometers surveys are an useful tool to measure raw trends of participation, with neither the possibility to discriminate its levels, nor to individuate its determinants and help to analyse its key drivers. z In each European countries the sample of interviewed people is between 500 and 1.000 units, so too small to estimate levels of participation in particular subgroups of population
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In each country there are official administrative data (e.g. membership figures of sports organisation) that are useful to explain the trends. These data have significant limitations: y not all members of sports club are active sport participants; y they include double counts; y they are related to sport participation mainly in a competitive context.
COMPASS key aspects the conceptual and operational definition of sport, to be adopted as a common reference; the application of the model (quantity, quality and organization) to the various surveys; the statistical and methodological problems that arise; the identification of a “minimum package” of national tables, which are necessary for the comparative data processing z
Data relating to participation in sports cannot be comparable if we do not establish a common understanding of such notion.
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A common definition shall provide the basis for international comparisons and it shall necessarily have a pragmatic nature
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A walk in a wood, a game of chess, a five-a-side match, an Olympic final of long jump and the climbing of Mount Everest with no limits, no rules nor antagonists are today considered as sports.
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An they are, since in the last years, sports have undergone a diversification process with stems from the demand for participation, from the broadening of the supply market, from social policies aiming at improving the quality of life. For instance, we will keep on defining as swimming, both the Olympic discipline, with its rules, records and clubs, and the relaxing and invigorating swim in a swimming pool or in the sea on holidays. Some activities, created without any rules in the street or in the beach, shall eventually be formalised by being organised and rendered official. Some others, which have always been internationally recognised, shall lose legal members and acquire a spontaneous participation, without rules and regulations. As we could see, in the various European surveys, the notion of sports is often linked to the broader concept of physical-motor activity and, therefore, of exercise aiming at improving physical fitness and mental well being. It is essentially “movement” that includes or excludes any activity from the definition (which in this case is instrumental to the survey’s goals) of participation in sports. However, the range of activities included in surveys varies remarkably according to the countries being considered
Rodgers’ definition (1977) z The evolution of sports models makes it impossible to stick to the traditional characterization of a sport activity. z In 1977, Rodgers considered such problems and identified four essential elements for the definition of a sport activity: y it has to imply a physical activity; y it has to be practiced for recreational purposes; y it should envisage the agonistic and competitive aspects; y it should have an institutional-like organizational structure. The definition of sports which COMPASS adopted is the one proposed by the European Sports Charter of the Council of Europe, which is the reference point for most countries, and that is truly broader Sport” means all forms of physical activity which, through casual or organised participation, aim at expressing or improving physical fitness and mental well-being, forming social relationships or obtaining results in competition at all levels.
Quantitative level Qualitative level Organisation level 1a - no sports2a - no sports3a - no sports activity activity activity 1b – occasional2b – no competitive3b – no membership sports activity sports activity 1c – regular seasonal2c – occasional3c – non competitive sports activity participation inmembership competitive activities 1d - regular yearly2d – participation in3d – membership sports activity local competitions and participation in official competitions
1e - intense sports2e – participation in3e – membership activity élite competitions and participation in élite competitions Levels of participation
Quantity Frequency in a year 1 Competitive, organised,>=120 times intensive 2- Intensive >=120 times
Quality Organization CompetitionMembership Yes
Yes
Yes Not Not 3- Regular, competitive>=60 & <=120 Yes and/or organised Yes Not 4- Regular, recreational >=60 & <120 Not
Not Yes Not Yes
5- Irregular
>=12 & <60
--
--
6- Occasional 7- Non participation
>=1 & <12 Never
-No
-No
Not Yes Not
ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO
FESTIVAL ESPORTIVO DA JUVENTUDE 1972 ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DO MARANHÃO
ARTIGOS PUBLICADOS REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA. Revista eletrônica do DCS/CEFET-MA, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO MARANHÃO: Esboço Histórico. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, vol. 1, no. 1, jul./dez., 1998, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ESPORTE, LAZER E EDUCAÇÃO FÍSICA COMO OBJETO DE ESTUDO DA HISTÓRIA. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, vol. 1, no. 1, jul./dez., 1998, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, vol. 1, no. 1, jul./dez., 1998, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO MARANHÃO - considerações de ordem metodológica. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, vol. 2, no. 1, jan./jun.; 1999, disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, vol. 2, no. 1, jan./jun.; 1999, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, vol. 2, no. 1, jan./jun.; 1999, disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; RAMOS e SILVA, João Augusto; MORENO FILHO, Domerval; PEREIRA, Silvana Maria Ribeiro. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO MARANHÃO: ANÁLISE DE CONTEXTO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, vol. 2, no. 1, jan./jun.; 1999, disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 02, Número 02, jul/dez/1999, disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; e OUTROS. PROPOSTA PEDAGÓGICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O CEFET-MA. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 02, Número 02, jul/dez/1999, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. TRABALHO, TEMPO LIVRE E LAZER. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 02, Número 02, jul/dez/1999, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATIVIDADES FÍSICAS FEMININA NO MARANHÃO IMPERIAL (1823-1889). In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 03, Número 01 jan/jun/2000, disponível em www.cefet-ma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 03, Número 01 - jan/jun/2000, disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. INAUGURAÇÃO DO "FOOT BALL" EM MARANHÃO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 03, Número 01 - jan/jun/2000, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. O "SPORTMAN" ALUÍSIO AZEVEDO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 03, Número 01 jan/jun/2000, disponível em www.cefet-ma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO MARANHÃO: Um Esboço Histórico para Alunos e Professores do CEFET-MA. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 03, Número 02, jul/dez/2000, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. EDITORIAL. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 03, Número 02, jul/dez/2000, , disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CARTA ABERTA AO MESTRE JOMAR MORAES: SOBRE "VIEIRA, NOVELOS E NOVELAS". In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 04, Número 01, jan/jun/2001, disponível em www.cefetma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 04, Número 01, jan/jun/2001, disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. SÃO LUÍS, PORTUGUESA COM CERTEZA. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 04, Número 01, jan/jun/2001, disponível em www.cefet-ma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A CORRIDA ENTRE OS ÍNDIOS CANELAS: contribuições à história da educação física maranhense. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 04, Número 02, jul/dez/2001 (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTIVA. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 04, Número 02, jul/dez/2001 (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: Bilhar. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 05, Número 01, jan/jun/2002, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: Capoeira. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 05, Número 01, jan/jun/2002, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. HISTÓRIA DO ESPORTE NO MARANHÃO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 05, Número 01, jan/jun/2002, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 05, Número 01, jan/jun/2002, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: Tênis. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 05, Número 02, jan/jun/2002, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L - EM DEFESA DO CEFET-MA. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 05, Número 02, jul/dez/2002, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. HIPODRISMO EM MARANHÃO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 05, Número 02, jul/dez/2002, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. VISITAÇÃO A SÃO LUÍS DO MARANHÃO - ROTEIRO HISTÓRICOTURÍSTICO PARA OS ALUNOS DE ATLETISMO DO CEFET-MA/DCS. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 05, Número 02, jul/dez/2002, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L - VOCÊ É UM DELES??? In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 06, Número 01, jan/jun/2003, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. OS ESCOLARES E OS JOGOS/ESPORTES EM MARANHÃO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 06, Número 01, jan/jun/2003, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PENHA, José Maranhão; ARAÚJO, Carlos Alberto. PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA & ESPORTES ESCOLARES PARA O MUNICÍPIO DE BARREIRINHAS (Maranhão – Brasil). In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 06, Número 01, jan/jun/2003, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: Ciclismo. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 06, Número 01, jan/jun/2003, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A FAMÍLIA LaROCQUE, DO MARANHÃO: QUESTÃO DE PESQUISA. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 06, Número 01, jan/jun/2003, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: OUTRAS MODALIDADES ESPORTIVAS: CRICKT, CROCKT,
TIRO AO ALVO, TÊNIS DE MESA. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 06, Número 02, jul/dez/2003, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: Esgrima. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECN OLÓGICA, São Luís-MA, Volume 06, Número 02, jul/dez/2003, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: OUTRAS MODALIDADES ESPORTIVAS: CRICKT, GINÁSTICA OLÍMPICA. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 06, Número 02, jul/dez/2003, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 06, Número 02, jul/dez/2003, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: OUTRAS MODALIDADES ESPORTIVAS: BASQUETEBOL. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 07, Número 01, jun/jun/2004, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: OUTRAS MODALIDADES ESPORTIVAS: AS EQUIPES E OS GRANDES “CRAQUES” DO PASSADO – AINDA OS JOGOS ESCOLARES... In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 07, Número 01, jun/jun/2004, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: OUTRAS MODALIDADES ESPORTIVAS: FUTSAL. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 07, Número 01, jun/jun/2004, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: OUTRAS MODALIDADES ESPORTIVAS: HANDEBOL. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 07, Número 01, jun/jun/2004, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito A INTRODUÇÃO DO ESPORTE (MODERNO) EM MARANHÃO: OUTRAS MODALIDADES ESPORTIVAS: VOLEIBOL In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 07, Número 01, jun/jun/2004, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 07, Número 01, jun/jun/2004, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; DaCOSTA, Lamartine Pereira; PEREIRA, Laércio Elias. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO - DEFINIÇÕES. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 07, Número 02, jul/dez/2004, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO - APRESENTAÇÃO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 07, Número 02, jul/dez/2004, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista PEREIRA, Laércio Elias; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 07, Número 02, jul/dez/2004, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CLUSTER ESPORTIVO DE SÃO LUIS DO MARANHÃO (1860 – 1910). In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 07, Número 02, jul/dez/2004, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L . In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 07, Número 02, jul/dez/2004, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; e OUTROS. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO – CIDADES: BACABAL. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 08, Número 012, jan/jun/2005, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; e OUTROS. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO – CIDADES: DOM PEDRO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 08, Número 012, jan/jun/2005, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; e OUTROS. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO – CIDADES: GUIMARÃES. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 08, Número 012, jan/jun/2005, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 08, Número 012, jan/jun/2005, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. USO SOCIAL DOS ESPAÇOS ABERTOS URBANOS. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 08, Número 012, jan/jun/2005, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; e OUTROS. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO – CIDADES: LAGO DO JUNCO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 08, Número 02, jul/dez, 2005, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; e OUTROS. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO – CIDADES: VITORINO FREIRE. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 08, Número 02, jul/dez, 2005, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 08, Número 02, jul/dez, 2005, (Disponibilizado em dezembro de 2006), disponível em www.cefet-ma.br/revista
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VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 09, Número 02, jun/dez2006, disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. OS HOLANDESES E OS PALMARES: Nassau atacou os Palmares! In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 09, Número 02, jun/dez, 2006, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A CAPOEIRA NO/DO MARANHÃO: ALGUMAS QUESTÕES PARA REFLEXÃO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 10, Número 01, jan/jun/2007, disponível em www.cefet-ma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO – CIDADES: IMPERATRIZ. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 10, Número 01, jan/jun/2007, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 10, Número 01, jan/jun/2007, disponível em www.cefetma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. POLITICAS PÚBLICAS. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 10, Número 01, jan/jun/2007, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO – ATLETISMO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 10, Número 02, jul/dez/2007 (Disponibilizado em Fevereiro de 2008), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; SILVA, Carlos Roberto Tinoco; SILVA, Paulo Roberto Tinovo; CRUZ, Reinaldo Conceição. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO: BASQUETEBOL. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 10, Número 02, jul/dez/2007 (Disponibilizado em Fevereiro de 2008), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO – TRADIÇÕES: CAPOEIRA/CAPOEIRAGEM NO MARANHÃO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 10, Número 02, jul/dez/2007 (Disponibilizado em Fevereiro de 2008), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PENHA, José Maranhão. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO: HANDEBOL. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 10, Número 02, jul/dez/2007 (Disponibilizado em Fevereiro de 2008), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. E D I T O R I A L. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 10, Número 02, jul/dez/2007 (Disponibilizado em Fevereiro de 2008), disponível em www.cefet-ma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito; VAZ, Loreta Brito. INDÍCIOS DE ENSINO TECNICO/PROFISSIONAL NO MARANHÃO: 1612 – 1916. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 10, Número 02, jul/dez/2007 (Disponibilizado em Fevereiro de 2008), disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. 100 ANOS DA “INAUGURAÇÃO DO ‘FOOT- BALL ASSOCIATION” NO MARANHÃO In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 11, Número 01, jan/jun2008,, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO: JIU-JITSU BRASILEIRO. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 11, Número 01, jan/jun2008,, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DE ESPORTE NO MARANHÃO - JORNALISMO ESPORTIVO E DE LAZER. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 11, Número 01, jan/jun2008,, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CAPOEIRA(GEM) EM SÃO LUIS DO MARANHÃO – NOVOS ACHADOS... In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 11, Número 01, jan/jun2008,, disponível em www.cefet-ma.br/revista
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. EDITORIAL . In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 11, Número 01, jan/jun2008,, disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. II JORNADA NACIONAL DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - São Luís - Maranhão, 0 4 a 06 de dezembro de 2007 - NOTA DO EDITOR. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 11, Número 01, jan/jun2008,, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O NASCIMENTO DE TRÊS PAIXÕES. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 11, Número 01, jan/jun2008,, disponível em www.cefet-ma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. EDITORIAL. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 11, Número 01, jan/jun2008,, disponível em www.cefetma.br/revista VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. NOTA DO EDITOR. In REVISTA ‘NOVA ATENAS’ DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, São Luís-MA, Volume 11, Número 01, jan/jun2008,, disponível em www.cefetma.br/revista
ARTIGOS, CRÔNICAS, DISCUSSÕES, OPINIÕES
MANIFESTAÇÕES DO LÚDICO E DO MOVIMENTO NO MARANHÃO1 Corrêa (1993)2 ao comentar carta do padre jesuíta João Tavares105 a um superior, descrevendo a paisagem da Ilha de São Luís, ante a chegada possível de missionários europeus ao Maranhão, afirma que aqueles religiosos deixariam as delícias da Itália, não pelos trabalhos, mas pelas recreações do Maranhão: "Como na Ilha Grande foi decantada pelo espaço contrário aos trabalhos (os quais, no mínimo, resguardaria) antieticamente haveria de apresentar expressiva contenção de exercícios corporais, enquanto expressão de labuta, de fadiga e de descanso decorrentes de diligência em atividade física. Permitiria – na contrapartida da terra de gente excepcional – a alternativa das recreações para o cultivo e o requinte do espírito. Desdobrado da hipótese das recreações coletivas, o raciocínio desenclausurado outro não é, senão o de que, no Maranhão, seria comunitária a amizade pelas luzes, pela razão, pela sabedoria etc., considerada a educação do pensamento e do sentimento um fragmento indispensável das recreações.." (CORRÊA, 1993, p. 40) 3.
Para Corrêa (1993) 4, 5, a afirmativa do padre João Tavares foi riquíssima, porque vaticinou uma permuta as delícias (da Itália) pelas recreações (do Maranhão). Sociologicamente significativa, haja vista que, na substituição, as delícias européias não terminariam trocadas pelos trabalhos americanos. “Ao contrário, o fundamento do intercâmbio seria a validade indicada como vantajosa - a das recreações maranhenses." (p. 39). Ao se estudar fenômenos culturais tais como o lazer, o tempo livre, a recreação e os esportes, tornam-se necessário identificar as variáveis que direta e/ou indiretamente determinam e interferem com os mesmos para a devida análise e projeção futura. É preciso perceber que não se pode analisar tanto o lazer como o esporte independentemente do conjunto de suas práticas; é preciso pensar o espaço das práticas como um sistema no qual cada elemento recebe um valor distinto, ou seja, para compreender um esporte, é preciso reconhecer que posição ele ocupa no espaço dos esportes (BORDIEU, 1987, 1990) 6. É preciso, também, relacionar este espaço do esporte com o espaço social, que se manifesta nele, estabelecendo, desta forma, as propriedades socialmente pertinentes que fazem com que um esporte tenha afinidade com interesses, gostos e preferencias de uma determinada categoria social. Em suma, o elemento determinante do sistema de preferências está associado a uma posição social e a uma experiência originária do mundo físico e social, qual seja o hábitus (DAMASCENO, 1997)7. O habitus, como “o produto de uma aquisição histórica que permite a apropriação do adquirido histórico” (BORDIEU, 1989) 106 -, é história incorporada, coletiva e individualmente na medida em que propicia formas particulares de manifestações: as práticas nele e por ele forjadas e expressas. Nenhuma prática social escapa ao controle ideológico do sistema de significações da ordem cultural. As invenções esportivas constituem apenas uma das possibilidades destas manifestações culturais. Um esporte é reconhecidamente pertencente a uma ordem cultural quando reproduz, no ato de sua instauração, os valores da cultura que lhe emprestou as condições de sua gênese. 1
Publicado em Lecturas: Educación Física y Deportes Revista Digital - Buenos Aires - Año 7 - N° 37 - Junio de 2001 disponível em http://www.efdeportes.com/ 2 CORRÊA, Rossini. FORMAÇÃO SOCIAL DO MARANHÃO: O PRESENTE DE UMA ARQUEOLOGIA. São Luís: SIOGE, 1993. 3 CORRÊA, Rossini. FORMAÇÃO SOCIAL DO MARANHÃO: O PRESENTE DE UMA ARQUEOLOGIA. São Luís: SIOGE, 1993. 4 CORRÊA, Rossini. FORMAÇÃO SOCIAL DO MARANHÃO: O PRESENTE DE UMA ARQUEOLOGIA. São Luís: SIOGE, 1993. 5 Ver “BREVE DESCRIÇÃO DAS GRANDES RECREAÇÕES DO RIO MUNI DO MARANHÃO, pelo Padre João Tavares, da Companhia de Jesus, Missionário no dito Estado, ano 1724”, no Volume IV “Outros Escritos”, desta Coleção. 66 BORDIEU, Pierre. Programa para uma Sociologia do Esporte. in COISAS DITAS. São Paulo : Brasiliense, 1990, p. 207-228; BORDIEU, Pierre. QUESTÕES DE SOCIOLOGIA. Rio de Janeiro : Marco Zero, 1983; BORDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa : Difel, 1989, citado por DAMASCENO, Leonardo Graffius. Natação, cultura brasileira e imaginário social. in REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 18 (2), janeiro 1997, p. 98-102 7 DAMASCENO, Leonardo Graffius. Natação, cultura brasileira e imaginário social. in REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 18 (2), janeiro 1997, p. 98-102
Toda sociedade sustenta-se sobre uma construção simbólica - uma representação, entendida como “‘universos consensuais’ criados pelas interações sociais no âmbito das quais as novas representações vão sendo produzidas e comunicadas, passando a fazer parte desse universo como teorias do senso comum, que ajudam a forjar a identidade grupal e o sentimento de pertencimento do indivíduo ao grupo” (MAZZOTTI, 1994, citado por DAMASCENO, 1997)8 -, base de um sistema de significações, que dá força e inspiração a toda iniciativa de criação e de invenção. É necessário percorrer o caminho da (re) construção da estrutura do espaço do esporte e do lazer enquanto produtos objetivados das lutas históricas tal como se pode apreendê-los num dado momento do tempo, quer dizer, como se dá a formação desses enunciados (construção de novas representações), como eles se organizam entre si para constituírem-se em um novo conjunto de proposições que são aceitas e, portanto, apreendidas. Incorporadas pela sociedade que passa a assumir este novo estatuto de representação, pois “não há outro modo de compreender as transformações a não ser a partir de um conhecimento da estrutura” (BORDIEU, 1990)9. O nosso problema se concentra justamente nesse tipo de produto não material que se consome no ato de produção. O movimento corporal humano é singular, se realiza e, concomitantemente, vai sendo consumido por praticantes e assistentes. Não pode ser reproduzido de forma alguma. Um jogo, uma dança, etc., são situações históricas onde transcorrem subjetividades e relações objetivas particulares que jamais poderão se repetir. Marinho (s.d.)10 e Jordão Ramos (1974)11, ao estudarem a história da educação física e dos esportes no Brasil Colonial, apresentam as corridas, a natação, a caça, a pesca, a canoagem, o arco e flecha e a dança praticadas pelos índios como “primeira manifestação do lúdico e do movimento” (DIECKERT e MERHINGER, 1989, 1989b, 1994)12109, muito embora fossem essas atividades executadas no seu dia-adia, responsáveis por sua sobrevivência enquanto povo. A esse respeito, Gebara (1994b; 1997, 1998)13 110, afirma que a máquina e o relógio transformaram o universo das ações motoras, “os homens não mais definem seu potencial e habilidade muscular” (GEBARA, 1994b; 1997, 1998)111.
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MAZZOTTI, Alda Judith Alves. Representações sociais: aspectos teóricos e aplicações à Educação. in Imaginário social e educação: revendo a escola, citada por DAMASCENO, Leonardo Graffius. Natação, cultura brasileira e imaginário social. In REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 18 (2), janeiro 1997, p. 98-102 9 BORDIEU, Pierre. Programa para uma Sociologia do Esporte. in COISAS DITAS. São Paulo : Brasiliense, 1990, p. 207-228 10 MARINHO, Inezil Penna. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL. São Paulo: Cia. Brasil Ed.(s.d.). 11 12
DIECKERT, Jürgen & MEHRINGER, Jakob. A CORRIDA DE TORAS NO SISTEMA CULTURAL DOS ÍNDIOS BRASILEIROS CANELAS (relatório de pesquisa provisório). Zeitgschift Muncher Beltrdzur Vulkerkunde, julho, 1989; DIECKERT, Jürgen & MEHRINGER, Jakob. Cultura do lúdico e do movimento dos índios Canelas. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Campinas, v. 11, n. 1, p. 55-57, set. 1989; DIECKERT, Jürgen & MEHRINGER, Jakob. A corrida de toras no sistema cultural dos índios brasileiros Canela. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Florianópolis, v. 15, n. 2, p. 166-180, jan. 1994. 13 GEBARA, Ademir. O tempo na construção do objeto de estudo da história do esporte, do lazer e da educação física. In ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA DO ESPORTE, LAZER E EDUCAÇÃO FÍSICA, II, Ponta Grossa-Pr, 1994. COLETÂNEA... Ponta Grossa: DEF/UEPG; Campinas: Grupo de História do Esporte, Lazer e Educação Física/FEF/UNICAMP, 1994; GEBARA, Ademir. Pero Vaz de Caminha & Inezil Penna Marinho: fontes e métodos na construção da história do esporte no Brasil. In ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA DO ESPORTE, LAZER E EDUCAÇÃO FÍSICA, IV, Belo Horizonte, 22 a 26 de outubro de 1996. ANAIS... Belo Horizonte: EEF/UFMG, 1996, p. 71-80; GEBARA, Ademir. Considerações para a história do lazer no Brasil. in BRUHNS, Heloísa Turini. (org.). Introdução aos estudos do lazer. Campinas: Unicamp, 1997, p. 61 -81; GEBARA, Ademir. “O tempo na construção do objeto de estudo da história do esporte, do lazer e da educação física”. Grupo de História da Educação Física, Esporte e Lazer, FEF/UNICAMP. http://www.unicamp,br/fef/gehefel/texto-Gebara-2.txt. >. (26/06/98).
Instrumentos externos são introduzidos no sentido de “avaliar mais racionalmente, ou mais produtivamente, a atividade física do trabalhador. Está aí a chave para compreendermos a constituição dos esportes modernos” (GEBARA, 1997, p. 70; 1998, p. 6)111: “... Não é admissível, dessa maneira, pensar a História do Esporte no Brasil, a partir das atividades motrizes componentes do cotidiano indígena. O remar e o pescar, bem como o uso do arco e da flecha, estão determinados por ritmos musculares autônomos. Os remadores olímpicos de hoje, pelo contrário tem seu treinamento planejado a partir de ritmos cronométricos. A história do esporte, lazer e Educação Física no Brasil, a par das questões teóricas apontadas, implicam ainda um processo de colonização, no qual valores e atitudes foram aqui estruturados, tendo em vista, em muitos casos a iniciativa de colonizadores, e mais freqüentemente de imigrantes...”
Mas Huizinga (1980)14 considera que “... mesmo as atividades que visam à satisfação imediata das necessidades vitais, como por exemplo, a caça tende assumir nas sociedades primitivas uma forma lúdica”. O lúdico - ludens - abrange tanto os jogos infantis como a recreação, as competições, as representações liturgias e teatrais e o jogo de azar. Aparece em todas as culturas e épocas, sob a forma de jogo, de festa, manifestação de uma dada cultura. O lúdico, como "forma significante", primária, é compreendido como fator cultural de vida. Em seus aspectos - luta por alguma coisa e representação de alguma coisa - representam, ambas as funções, uma figuração imaginária de uma realidade desejada. O jogo serve explicitamente para representar um acontecimento cósmico: "A palavra celebrar quase diz tudo: o ato sagrado é celebrado, isto é, serve de pretexto para uma festa", ensina Huizinga (1980). Esse autor não faz distinção entre "jogo" e "festa", pois ambos implicam uma eliminação da vida cotidiana, onde predominam a alegria; são limitados, ambos, no tempo e no espaço; e possuem regras estritas. Deve-se considerar que existe uma História que explica a esportivização dos jogos e práticas corporais, como existe outra História no que se refere à localização dessas práticas em espaços culturais e sócioeconômicos distintos (GEBARA, 1994b, 1997, 1998)15.
14 15
HUIZINGA, Johan. HOMO LUDENS: O JOGO COMO ELEMENTO DA CULTURA. 2a. ed. São Paulo : Perspectiva, 1980. HUIZINGA, Johan. HOMO LUDENS: O JOGO COMO ELEMENTO DA CULTURA. 2a. ed. São Paulo : Perspectiva, 1980.
AZIZ JUNIOR
"A escravidão é uma lei da natureza, velha como a humanidade", bradava o dramaturgo alemão, Heinner Muller, em uma de suas maiores obras, "A Missão", na tentativa de explicar em que base se estruturou a humanidade. Muitas foram as formas de escravidão estabelecidas entre povos, grupos e pessoas, bem como as lutas geradas pelas condições das relações sociais daí advindas. Relações que acompanharam os diversos processos do desenvolvimento humano e que, assim como as sociedades, também ganharam novos ares frente às grandes mudanças de paradigmas sociais. A história da humanidade pode-se dizer então, é a história das escravidões e das lutas entre escravizadores e escravizados. Luta entre gentes, entre tribos, entre civilizações, ou luta de classes, como afirmavam Karl Marx e Friedrich Engels. História que até mesmo no seu contar é marcada por essas relações de dominação, pois via de regra, é contada e registrada pelos olhos dos dominantes, ocultando da construção social a herança ativa de quem esteve do outro lado. Isto consolidou uma percepção de que a história dos escravizados, dominados e marginalizados não tem importância ou que sua participação na formação da história é irrelevante. Aqui não se deu de forma diferente. A construção do povo brasileiro nada mais foi e é do que um substrato tupiquiniquim do que acontecera em qualquer outra civilização (talvez possamos explicar boa parte das nossas mazelas sociais a partir da forma danosa e esdrúxula de como fomos formados) e a nossa narrativa histórica é a tradução da visão colonizadora dos grupos dominantes que alijaram do nosso saber o protagonismo dos povos e classes dominadas. É nesse contexto que a capoeira está inserida. Tendo sua gênese em um momento crucial da história do nosso País, a capoeira se constituiu como um marco na resistência do povo negro e dos marginalizados de então. Registrada oficialmente como transgressão de ordem, desenvolveu uma narrativa própria que se perpetuou pelos ensinamentos orais e corporais dos seus autênticos integrantes, resistindo ainda nos dias atuais como luta pela liberdade e como espaço de afirmação de identidades e conquistas sociais. Não é à toa que Países de todos os continentes já se renderam ao seu balé. A capoeira hoje goza de status de disciplina em grandes universidades mundo afora, isto só pra citar alguns de seus feitos na contemporaneidade. Dentro desse espectro estamos testemunhando um momento auspicioso, quando Institutos da envergadura de um IPHAN resolvem registrar para os anais da história, o universo da capoeira, numa demonstração inequívoca da importância do seu legado histórico para a construção e o entendimento do povo brasileiro. No Maranhão esse processo teve início há dois anos, dando voz àqueles que historicamente ficaram silenciados e obscurantizados pelas classes dominantes. Este é um grande momento: ver o estado brasileiro demonstrar atenção e colocar a capoeira em um local de destaque nas publicações oficiais. Nada mais justo, equitativo e honesto. Isto tudo estaria em plena conformidade se não fosse o maniqueísmo de alguns incautos que na tentativa de tentar aparecer mais do que outros, reproduzem o que o enunciado do texto tenta explicar. O que nos traz repúdio é testemunhar que aqueles que deveriam ter consciência de classe, reproduzem exatamente aquilo que os oprime. Rejeito e desprezo tais comportamentos. Essa é a hora de nos enxergarmos enquanto pares, irmanados na consolidação de um PLANO DE SALVAGUARDA que contemple verdadeiramente os atores que protagonizaram o grande legado da capoeira no Maranhão.
CLAUDIO VAZ, O ALEMÃO - E O LEGADO DA GERAÇÃO DE 53
"Sou a mãe e o pai do JEMs. Os JEMs são a minha vida." Cláudio Vaz dos Santos.
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ OS PRIMEIROS CONTROVÉRSIAS
ESPORTES:
O
FUTEBOL
DE
SALÃO
–
Para Cláudio Vaz, o Cláudio Alemão, foi no final da década de 40 (sic) que João Rosa cria a “Liga de Futsal” – à época, Futebol de Salão, mesmo! Sobre seu início diz-nos: Futebol de Salão foi a Liga Maranhense de Futebol de Salão, comandada por Zé Rosa (sic). Foi o grande incentivador do futebol de salão do Maranhão. Falecidos, todos os dois falecidos. Zé Rosa que morava na Rua dos Afogados e a sede era na casa dele, então ali que começou o futebol de salão... (VAZ DOS SANTOS, ENTREVISTA).
O “Zé Rosa” a que Cláudio se refere não foi o professor de Educação Física, do Liceu, da Escola Técnica (hoje IF-MA). Esse é outro “Zé Rosa” – talvez João Rosa -, um desportista que comandou a Liga - “ele foi presidente da Liga” - e foi onde começaram a praticar Futebol de Salão, na quadra do Casino Maranhense; informa Cláudio que na quadra descoberta: [..., pois lá haviam duas quadras, depois fizeram a outra do lado da casa do Pedro Neiva; essa quadra era ao lado da quadra de tênis dos Ingleses que praticavam Tênis, e ao lado fizeram Futebol de Salão, isso em 1976 (sic) em diante o futebol de salão veio a surgir.(VAZ DOS SANTOS, ENTREVISTA).
Raul Guterres16, nascido em 1926, iniciou-se no esporte com 15 anos de idade, jogando futebol. Em 1942, foi campeão estudantil, pelo Ateneu, jogando no gol. Em 1943, ingressou no FAC e com a extinção 16
BRANDÃO, Frederico. UM MARANHENSE CHAMADO RAUL GUTERRES. São Luis: UNICEUMA, 2005.
deste, passou para o MAC (1943), quando foi campeão. Em sua biografia, publicada pelos Biguás – Tânia e Edivaldo 17– conta que: “Como estava na casa de João Rosa para fundar o Futsal, terminou sendo goleiro da bola pesada, saindo-se campeão pelo Santelmo, nos anos de 48/49/50 (sic)”.
Raul, além do futebol, do futebol de salão, jogava basquete, vôlei, e praticava atletismo. Pertencia à “Geração dos Erres”...
BRANDÃO, 2005ii
Já o Coronel Eurípedes Bezerra diz ser o introdutor do Futebol de Salão em São Luís e que Dimas continuou o seu trabalho, quando retornou do Rio de Janeiro (1954). Naturalmente que o Prof. Eurípedes cometeu um engano, pois Dimas só se envolve com o Futsal quando de sua volta do Pindaré, em 1969, e começa a trabalhar no SESC, em substituição ao próprio Cel. Eurípedes. Dimas informa que, nessa época, os esportes, em São Luís, limitavam-se, nas escolas, apenas ao Futebol de Salão – Futsal -, e Futebol. Outra versão, ainda da década de 1950, diz que a Liga Maranhense de Futebol de Salão foi fundada por Jaffé Mendes Nunes, Coronel Vieira (Vieirão) e João Rosa Filho – filho de João Rosa. Jaffé Mendes Nunes foi o grande incentivador do Futebol de Salão na segunda metade dos anos 50 em diante. Locutor esportivo e professor da modalidade na então Escola Técnica Federal do Maranhão – ETFM, hoje, IF-MA. O trabalho de Jaffé na rádio contribuiu para a massificação do esporte, especialmente no meio estudantil. Porém, para Januário Goulart - que jogou pelo Saturno, equipe fundada pelo Coronel Goulart, Nagib Haikel e Samuel Gobel – quem introduziu o Futebol de Salão em São Luís foi um professor de Física do Liceu Maranhense, Pedro Lopes dos Santos, quando fundou – em 1955 - a equipe do Próton, primeira equipe de Futsal de São Luís formada por alunos daquele estabelecimento de ensino – e também a do Elétron, (segunda equipe?):
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BIGUÁ, Tânia e BIGUÁ, Edivaldo Pereira. Onde anda você? Raul Guterres, atleta completo. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 20 de outubro de 1977, Segunda-feira, p. 4. Esportes. VAZ, ARAUJO, 2014, obra citada.
Foi o Prof. Pedro quem trouxe para São Luís a primeira bola e as regras da modalidade. Jogava no Próton, além de Januário, como atacante, Rogério Baima, Chico Tetê, Rui, Nonato Cassas, Ernani Cantanhede. No primeiro jogo interestadual - disputado na quadra do Liceu -, contra o América, de Fortaleza (CE), houve empate de 2 x 2.
SAMUEL GOBEL
Nilson Ferreira Santiago nasceu em 1940, e era filho de Nerval Lebre Santiago, secretário do Liceu por 42 anos, e um dos fundadores do “Sparta”, time que marcou época. Nilson pertencia àquele grupo que estudava no Liceu, e viu nascer o futebol – confirmando que foi trazido pelo professor de Física, Pedro Lopes dos Santos (1955); fundou o Próton, formado inicialmente por Chico Tetê, Ernani Coutinho, Nonato Cassas, e Rogério Baima. Nessa época – meado dos anos 1950 -, aqueles que se descobria que não podiam jogar futebol de campo, iam para a quadra, jogar salão. Logo, surgiram outras equipes. Os irmãos Ferdinand (Ferdic) Carvalho e
Constâncio Carvalho Neto fundaram a “Sociedade Esportiva Sparta”; além dos dois, jogavam ainda Nilson, os irmãos Bira e Juca Abreu, Airton, Paulinho, Nervalzinho, Paru (Miguel Arcanjo Vale dos Santos), Milson Cordeiro, Ruibasco (Ribasco), Inésio e Roberto Babão. Mais grupos foram surgindo, como o “Saturno” (de Samuel Gobel, Zequinha Goulart, e Heitor Heluy), e Nilson passou a jogar nele, ao lado de César Bragança, Januário Almeida, Márcio Viana Pereira, Hamilton, tendo como técnico o Capitão Medeiros. Outro craque dessa mesma época foi João Pinheiro Cunha - o “Manga” -, nascido no ano de 1941, no dia 12 de julho. Quando entrou para o Liceu Maranhense teve contato com o pessoal das peladas, jogadas na hora do recreio e após as aulas (1954): Vilenô, Nonato e Elias Cassas, Nonato Sabock, Guilherme Saldanha, Mota, Januário Goulart, Silvinho Goulart, José Reinado Tavares, César Bragança, Nerval e Nilson Santiagoiii, Milson Cordeiro, e outros. Também confirma que o prof. Pedro Lopes dos Santos, de Física, em uma de suas viagens ao sul do país, acabou se apaixonando pela modalidade e trouxe para São Luís uma bola e um livro de regras. Em 1955, selecionou uma equipe dentre os peladeiros da escola e fundou o Próton. Daquele grupo que jogava futebol, o único selecionado foi Nonato Cassas. Desse primeiro grupo, a primeira formação do Próton, além de Cassas, figurava Rogério Bayma (goleiro), Chico Tetê, Ruy Roxo, Ernani Catinga. Outro que escreveu o nome nos anais do Futsal Maranhense foi Joacy Fonseca Gomes, nascido em Cururupu em 12 de junho de 1938. Em 1953, então com 15 anos, veio para São Luís, onde fez o ginásio e o científico no Liceu Maranhense, destacando-se no futebol, indo jogar no Flamengo do Monte Castelo. Em 1958, estava disputando o campeonato de Futebol de Salão, em uma competição organizada pela Liga que havia sido fundada por João Rosa Filho e o jornalista Jaffé Mendes Nunes; jogava pelo T8 (Tê Oito). Os clubes de futsal que se destacam eram: Spartakus (Nilson Santiago, Ribarco e Paru); Graça Aranha (Albino Travincas, Canhoteiro, Wallace e Jafer); Santelmo (Cleon Furtado, Poé, Mozart, Biné, Murilo Gago); Rio Negro; Vitex (Enemêr, Luís Portela, Walber, e Vavá); Drible (dos irmãos Saldanha, Zé Augusto Lamar, Manteiga, Mota); SAELTIPA (a companhia de água); e América; depois, veio Próton, Saturno, Cometas, Flamengo do Monte Castelo. Os jogos eram disputados nas quadras do Lítero e do Casino. Havia uma rivalidade muito grande entre as equipes de Futebol de Salão do Liceu (Marinaldo, Guilherme Saldanha, Josenil Souza, e Jacy) e Atheneu (Mota e companheiros); havia o grupo do Colégio São Luís (Biné, Chedão, Jaime Tavares) e dos Maristas (Garrincha, e os irmãos Nonato e Cury Baldez).
Lusofonia ESPAÇO DESTINADO A DIVULGAR O QUE SE PASSA NO MUNDO LUSÓFONO, - EM ESPECIAL O PENSAMENTO DO MESTRE JORGE OLIMPIO BENTO – E OUTROS PENSADORES DE LÍNGUA PORTUGUESA, EM ESPECIAL DE OUTROS PAÍSES QUE ADOTAM A LÍNGUA COMUM.
Em 1987, aconteceu no Recife o V Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, promovido pelo CBCE. Manuel Sérgio foi o p0alestrante magno. Ao final da conferencia de abertura, reunimo-nos, Laércio, Lino, Victor e eu, no estande onde estavam sendo lançados os livros. Então pedi ao Mestre o discurso que proferira, ainda em suas mãos... entregou-me o seguinte documento, que aqui replico:
Por: Manuel Sérgio Vieira e Cunha. Blog do CEV - 2019
http://cev.org.br/biblioteca/os-insubmissos-o-motor-do-progresso/?fbclid=IwAR2Ooi1jCAJNQ6EyRN2FtcE3RBOLgxZD1PyTaaTrALs_vS_FnCu7NIZGCw
Se não estou em erro, é de Gide a frase: “Os insubmissos são o motor do progresso”. Insubmissos foram Jesus Cristo, Sócrates, Giordano Bruno, Galileu, Descartes Espinosa, Pascal, Leibniz, Newton, Voltaire, Nelson Mandela (entre muitos, muitos outros, alguns portugueses, como o Raúl Proença, um lutador antifascista de que pouco se fala) – todos eles, exemplos de cultura, porque há só uma única maneira de ser culto – é fazer cultura! Em face da lassidão tradicional, Jesus Cristo, numa linguagem precisa, incisiva, aconselhava uma práxis que o aproximava de quem tinha fome, de quem tinha sede (e não só de água, também de justiça), isto é, de todos os deserdados, designadamente pela sociedade injusta. Como o refere Leonardo Boff, em Jesus Cristo Libertador (Editora Vozes, Petrópolis, 2001): “Jesus Cristo não propugna um amor despolitizado, deshistorizado, mas um amor político, ou seja, situado e que tem repercussões visíveis para o homem” (p. 31). Em Jesus Cristo, o anúncio de uma fé não invalida a luta histórica por um mundo em que todos nos amemos como irmãos. São palavras suas: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos”. A cultura supõe a prática. Demais, um conceito não exprime nunca, adequadamente, a experiência, ou a prática, de que é o conceito. Continuando a meditar o livro, acima citado, de Leonardo Boff, saliento o seguinte: “Jesus se tornou um perigo, para a ordem estabelecida”. E chega a ser condenado como blasfemo e guerrilheiro. Como trabalhei 13 anos, nos Armazéns do Arsenal do Alfeite, privei bem de perto com os sofrimentos e a contestação e a indignação da classe operária, que se sentia explorada e manipulada pelo salazarismo. Foram também muitos os intelectuais que, desafiando todas as proibições e riscos, se rebelaram contra a ditadura. Ocorrem-me, neste momento: o Mário Soares, o Raúl Proença, o Bento de Jesus Caraça, o Jaime Cortesão, o Raúl Rego, o Álvaro Cunhal, o Aquilino Ribeiro, o Jorge de Sena, o António Sérgio, o Sottomaior Cardia, o José Medeiros Ferreira, o Eurico de Figueiredo e… tantos, tantos mais! Sofreando a tentação de tornar-me enfadonho, centro-me tão-só num deles, de que pouco se fala: o Raúl Proença (1884-1941). Licenciado em Ciências Económicas e Financeiras, pelo Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, integrou o grupo dos fundadores da Seara Nova, em 1921 e trabalhou como bibliotecário, na Biblioteca Nacional de Lisboa, colaborando diretamente com o médico e famoso historiador, Jaime Cortesão, quando este ascendeu a diretor daquela instituição pública. Combateu, com grande ciência política e voz cáustica, o sidonismo e, em 1926 e 1927, a Ditadura Militar, o que levou a polícia do Estado Novo a persegui-lo com tão encarniçada aversão, que o condenou ao exílio em Paris. Quando a filha mais velha de Raúl Proença faleceu, vítima de tuberculose, o ministro do Interior da Ditadura, general Vicente de Freitas, mostrou-se insensível às instâncias feitas junto dele, para que autorizasse a presença do pai, nos últimos momentos de vida da filha. E, com uma resposta de sinistra memória, despediu assim os amigos de Raúl Proença: “Se ele vier a Portugal, mando-o prender, nem que seja à cabeceira da filha moribunda”. Acometido de grave doença mental, regressou a Portugal, em 1932, para ser internado no Hospital Conde de Ferreira, onde faleceu. Sofia de Melo Breyner Andresen traduziu, em magistral poema, a mulher e o homem insubmissos e que as páginas da História jamais poderão esquecer: “Porque os outros mascaram mas tu não. Porque os outros usam a virtude Para comprar o que não tem perdão. Porque os outros têm medo mas tu não. Porque os outros são túmulos caiados Onde germina calada a podridão. Porque os outros se calam mas tu não. Porque os outros se compram e se vendem E os seus gestos dão sempre dividendo. Porque os outros são hábeis mas tu não. Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos. Porque os outros calculam mas tu não”. O ensaio, se não laboro em erro grave, ´é o género literário dos insubmissos, dos que procuram um novo paradigma. Numa tese de doutoramento, de carismática vivacidade, sobre Fidelino de Figueiredo (1889-1967), um ensaísta português inconformista, que investiu porfia e lucidez num paradigma póspositivista, tanto literário, como filosófico e político, escreve José Cândido de Oliveira Martins: “Assim como o ensaio de Montaigne representava uma reacção contra o pensamento escolástico medieval, também o de Fidelino pode ser lido como exercício de distanciamento crítico, em relação ao Positivismo que dominava a Ciência e o pensamento, desde finais do século XIX, sob a forma de novo dogmatismo escolástico (…). Como deixámos sugerido, para Fidelino e tantos outros pensadores seus contemporâneos, o ensaio constituía claramente o género mais adequado ao estudo reflexivo sobre situações históricas complexas, à procura de um sentido explicativo e integrador. Não será por acaso que ele prolifera manifestamente, em períodos de crise, como aconteceu com a Geração de 98, em Espanha, que Fidelino tão bem conhecia e não se esquece de citar frequentemente” (Fidelino de Figueiredo e a crítica da teoria literária positivista, Instituto Piaget, Lisboa, 2007, p. 45). Eu mesmo, embora os meus enormes limites, tenho procurado pensar o desporto, através do género “ensaio”. Profundamente enraizado na minha época; convivendo com desportistas desde criança; aprendiz do desporto, como ciência e filosofia, desde que entrei de trabalhar no INEF (Instituto Nacional de Educação Física), em 1968 – eu mesmo encontrei, na natureza rebelde e utópica do ensaio, o modo (para mim, ideal) ao ressurgimento de uma axiologia, típica do desporto (os “valores do desporto”) e ao surgimento de uma nova axiologia que não tenha em conta, acima do mais, os valores dominantes, na “sociedade de consumo”. Por exemplo: o desejo de vencer, sem olhar a meios, rouba ao desporto a hipótese de transformar-se numa ética em movimento e numa estética entendida como ética do futuro. A celebração do corpo belo do atleta deverá percecionar-se como um fenómeno simultaneamente ético e estético. Na revista Sábado, de 2019/4/17, os valores do desporto surgem desfigurados, por agressões bárbaras aos árbitros de futebol, mormente nos Distritais e no Campeonato de Portugal. “Narizes partidos, tímpanos furados e até um árbitro em coma (…) são o reflexo do ambiente de guerra, que se vive no futebol português”. São de uma bruteza cruel as palavras com que se agridem os árbitros de futebol, durante as competições oficiais e as incompreensões e maledicências que alguns “críticos” não escondem, sistematicamente, na análise do seu trabalho. Cria-se, assim, um ambiente em que o árbitro é desrespeitado, mesmo por qualquer motivo fútil e a sua profissão se torna uma atividade eriçada de perigos. Por seu turno, há dirigentes que estão permanentemente em guerra, sem o indispensável alicerce daqueles valores que nos mostram o caminho de um homem e mulher novos, de um mundo novo. O desporto, ou se transforma num espaço de criação de uma sociedade diferente – ou não é Desporto! Que o Desporto se converta numa nova utopia, que seja a síntese do “Amai-vos uns aos outros como a vós mesmos” de Jesus Cristo, da República de Platão, da Cidade do Sol de Campanella, da Cidade da Eterna Paz de Kant, da Sociedade Sem Classes de Marx, da Situação de Total Amorização de Pierre Teilhard de Chardin. Que o desportista seja, pela transcendência, um homem, ou mulher, que morreram para o egoísmo, para o economicismo, para o consumismo, para a “exploração do homem pelo homem” e ressuscitem, num corpo glorioso, com a certeza que é possível uma total comunhão entre os homens de boa vontade, que é possível dar primazia à misericórdia, à generosidade e à ternura – que é possível amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos! Releio A Gaia Ciência, de Nietzsche: “Para onde terá ido Deus?... Matámo-lo! – vós e eu! Os seus assassinos somos nós, todos nós! (…) Deus está morto! A grandeza deste ato é demasiada para nós. Não teremos nós próprios que nos tornarmos deuses, para simplesmente parecermos dignos dela?”. Mas, para Nietzsche, o super-homem é o reencontro Apolo-Dioniso: Apolo, o deus da bela aparência, da ordem, da medida; Dioniso, o deus dos excessos e das pulsões imparáveis. Não passa, afinal, de um homem, como tantos outros homens. E um homem nem sempre exemplar. Hoje, por mais que os detratores se conluiassem, ainda é em Jesus Cristo (talvez o Jesus Cristo de Teilhard de Chardin e do Papa Francisco) que encontro a Esperança e o Futuro. Poucos dias antes de suicidar-se na noite de 26 de Setembro de 1940, Walter Benjamin escreveu: “Paul Klee tem um quadro intitulado Angelus Novus. Faz lembrar um anjo que parece prestes a afastar-se de algo que olha fixamente. Tem os olhos esbugalhados, a boca aberta e as asas insufladas. Assim deve ser o anjo da História. O seu rosto está virado para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê apenas uma única catástrofe, que vai amontoando escombros sobre
escombros, lançando-os perpetuamente aos seus pés. O anjo gostaria de demorar-se um pouco mais, despertar os mortos e juntar o que foi desmembrado. Do paraíso, porém, sopra uma tempestade que lhe agita as asas com uma tal violência, impedindo-o de as recolher. A tempestade impele-o irresistivelmente para o futuro, ao qual vira as costas, enquanto diante de si o monte de escombros cresce até ao céu. Esta tempestade é aquilo a que chamamos PROGRESSO” (in Oeuvres III, Gallimard, Paris, 2000, p. 434). O texto de W. Benjamin contrasta nitidamente com o artigo de Kant, 150 anos antes, glorificando o Iluminismo e o Progresso. Que vivemos imbuídos de Progresso (progresso tecnocientífico) quem o poderá contestar? Mas que, nem por isso, somos melhores – quem o poderá contestar também? Falta-nos ressuscitar, numa presença viva e concreta de transcendência. Feliz Páscoa!
O PENSAMENTO DO JORGE BENTO Esta é uma Revista aberta às contribuições... Tomo a liberdade – devidamente autorizado – de replicar aqui o Pensamento do Jorge Bento... O conheci, pessoalmente, em 1992, numa palestra na UFMG. O nosso GuruGeek Laércio o trouxe para falar sobre Lazer... eu estava fazendo meu Mestrado em Ciência da Informação; minha ultima especialização fora em Lazer e Recreação, daí meu interesse, ainda maior, pois se tratava de Jorge Bento!!! Já o conheci, de alguns escritos e livros. Creio que - não sei quem é o maior, mas vamos colocalos na mesma posição, de fora de concurso, pois – se Jorge, Manuel Sérgio ou Silvino Santi os maiores e melhores filósofos da nossa tão combalida Educação Física – prefiro a tradição da denominação, mas aceito a Motricidade Humana e as Ciências dos Esportes... Jorge falou sobre Gilberto Freire... uma palestra em que até hohe recordo algumas das bombásticas expressões usadas, em especial na comparação entre os nossos povos – que ele considera um só, e adota a cidadania luso-brasileira, pois... O português é aquele pçovo trágico, que venera o Cristo crucificado, dolorido, sofrido, sentindo-se abandonado, mas mesmo assim, disposto a todos os sacrifícios, como decorrência de sua sorte e vivência, dai vestirem-se as mulheres sempre de preto, com lenço à cabeça, andar curvado, como se carregassem todos os pecados do mundo, um peso insuportável... já o brasileiro, venera o Cristo menino, a criança brincalhona, e por isso, um povo alegre, vivaz, colorido... isso na interpretação de um artigo escrito por Gilberto Freire, em 193... (2, 9u 9?) e publicado em inglês, numa palestra na Inglaterra, inédito em português, ou no Brasil... gostaria de te-lo reproduzido nestas páginas... Desde então o acompanho mais de perto, trocando correspondência, agora em tempos de redes sociais, e palavras quase diárias. Semprer replico e comportilho suas colocações, em especial quando se referem à Educação e à Educação Física/Motricidade Humana... Aproveitem!!!!
DA FINALIDADE DA FILOSOFIA Precisamos dela como de pão para a boca e de luz para a alma, perante o desamparo da nossa finitude. A filosofia é mais do que especulação, é eminentemente prática e ferramental: recusa dogmas e valoriza o saber, usando-o para indagar o sentido da vida e a compreensão do mundo, questionar as regras do jogo de vivermos juntos ou separados, em harmonia ou desarmonia, e buscar caminhos de salvação e felicidade. A filosofia é uma religião sem Deus. Leva ao Outro. Familiariza com princípios e valores, com as ideias da empatia, compaixão, solidariedade, amizade, bondade, fraternidade, Universalidade e Humanidade. Toma partido pelo fim que lhe é inerente: o progresso ético e estético da sociedade em geral e de cada indivíduo em particular. Ora o pensar ‘progressista’ não tem apenas uma fonte. ‘Filosofar’ é procurar, em várias nascentes, a água que alivia a sede da vida. Uma árdua obrigação de todos os dias.
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VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O FUTSAL NO MARANHÃO - ÍCONES E LEMBRANÇAS. Revista IHGM, no. 41, junho 2012, p. 197 Edição Eletrônica http://issuu.com/leovaz/docs/revista_ihgm_41_-_junho__2012
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BRANDÃO, Frederico. UM MARANHENSE CHAMADO RAUL GUTERRES. São Luis: UNICEUMA, 2005.
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NILSON FERREIRA SANTIAGO - 1940 - nasceu em 1940, e era filho de Nerval Lebre Santiago, secretário do Liceu por 42 anos. Foi incentivado pelo pai a praticar futebol e acabou no futebol de salão - futsal. Um dos fundadores do Sparta, time que marcou época. Jogava futebol - de rua – quando fundou, junto com o Irmão Nerval Filho, Bogéa, Caracol, Monteiro, Zé Diniz, Daniel, Índio, Quebrado e outros, a Sociedade Esportiva União. Jogou também Basquete, pelo Cisne Branco, de José Gonçalves da Silva, o Zéquinha, treinador do MAC e árbitro; após a desativação do time, ainda jogou pelo Moto Clube. 1955 O grupo que estudava no Liceu viu nascer o futsal, trazido pelo professor de Física, Pedro Lopes dos Santos, que fundou o Próton, formado inicialmente por Chico Tetê, Ernani Coutinho, Nonato Cassas, e Rogério Baima. Nessa época, aqueles que se descobriam que não podiam jogar futebol de campo, iam para a quadra, jogar salão. Logo, surgiram outras equipes. Os irmãos Ferdinand (Ferdic) Carvalho e Constâncio Carvalho Neto fundaram a Sociedade Esportiva Sparta; além dos dois, jogavam ainda Nilson, os irmãos Bira e Juca Abreu, Airton, Paulinho, Nervalzinho, Paru (Miguel Arcanjo Vale dos Santos), Milson Cordeiro, Ruibasco (Ribasco), Inésio e Roberto Babão. Mais grupos foram surgindo, como o Saturno (de Samuel Goberl, Zequinha Goulart, e Heitor Heluy), e Nilson passou a jogar nele, ao lado de César Bragança, Januário Almeida, Márcio Viana Pereira, Hamilton, tendo como técnico o Capitão Medeiros. 1962 - com 22 anos vai para o interior, mas continua a jogar pelas cidades por onde passou, nas AABBs – passou para o Banco do Brasil -, abandonando o esporte aos 27 anos – por contusão no joelho. VAZ, 2013, FUTSAL, obra citada.