REVISTA DO LEO REVISTA ELETRONICA EDITADA POR
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Prefixo Editorial 917536
SÃO LUIS – MARANHÃO NUMERO 24 – SETEMBRO 2019 - EDIÇÃO ESPECIAL: LAÉRCIO ELIAS PEREIRA
A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.
EXPEDIENTE REVISTA DO LEO Revista eletrônica EDITOR Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luis – Maranhão (98) 3236-2076
Capa - LOR
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física, Especialista em Metodologia do Ensino, Especialista em Lazer e Recreação, Mestre em Ciência da Informação. Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado; Titular da UEMA (1977/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF-MA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e de Pesquisa e Extensão); Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 14 livros publicados, e mais de 300 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Comissão Comemorativa do Centenário da Faculdade de Direito do Maranhão, OAB-MA, 2018; Recebeu: Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luis (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM; Premio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Premio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; ALL em Revista, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras. Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.
REVISTA DO LÉO NÚMEROS PUBLICADOS
2017 VOLUME 1 – OUTUBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_1_-_outubro_2017 VOLUME 2 – NOVEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_2_-_novembro_2017 VOLUME 3 – DEZEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_3_-_dezembro_2017
2018 VOLUME 4 – JANEIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_4_-_janeiro_2018 VOLUME 5 – FEVEREIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_5_-_fevereiro_2018h VOLUME 6 – MARÇO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_6_-_mar__o_2018 VOLUME 6.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – MARÇO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_ VOLUME 7 – ABRIL DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_7_-_abril_2018 VOLUME 8 – MAIO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8_-_maio__2018 VOLUME 8.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra VOLUME 9 – JUNHO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_9_-_junho_2018__2_ VOLUME 10 – JULHO DE 2018 – https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_10_-_julho_2018 VOLUME 11 – AGOSTO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_11_-_agosto_2018 VOLUME 12 – SETEMBRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_12_-_setembro_2018 VOLUME 13 – OUTUBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_13_-_outubro_2018 VOLUME 14 – NOVEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_l_o_-_numero_14_-_novemb VOLUME 15 – DEZEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revisdta_do_l_o_15_-_dezembro_de_20? VOLUME 15.1 – DEZEMBRO DE 2018 – ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017-2018
https://issuu.com/…/docs/3ndice_da_revista_do_leo_-_2017-201
2019 VOLUME 16 – JANEIRO DE 2019 https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__16_-_janeiro_2019 VOLUME 16.1 – JANEIRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__-_janeiro__20 VOLUME 17 – FEVEREIRO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_17_-_fevereiro__2019 VOLUME 18 – MARÇO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__18_-_mar_o_2019 VOLUME 19 – ABRIL DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__19-_abril_2019 VOLUME 20 – MAIO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__20-_maio_2019 VOLUME 20.1 - MAIO 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO E A QUESTÃO DO ACRE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__20.1_-_maio_2019_-_ VOLUME 21 – JUNHO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__21-_junho_2019 VOLUME 22 – JULHO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__22-_julho_2019 VOLUME 22.1 – JULHO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__22-_julho_2019_-_ed VOLUME 23 – AGOSTO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__23-_agosto_2019 VOLUME 23.1 – AGOSTO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: AINDA SOBRE A CAPOEIRAGEM MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__23.1-_agosto_2019_VOLUME 24 – SETEMBRO DE 2019 – LAERCIO ELIAS PEREIRA
VOLUME 24.1 – SETEMBRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: IGNÁCIO XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA
EDITORIAL A “REVISTA DO LÉO”, eletrônica, é disponibilizada, através da plataforma ISSUU – https://issuu.com/home/publisher. É uma revista dedicada às duas áreas de meu interesse, que se configuraram na escolha de minha profissão – a Educação Física, o Esporte e o Lazer, e na minha área de concentração de estudos atual, de resgate da memória; comecei a escrever/pesquisar sobre literatura, em especial a ludovicense, quando editor responsável pela revista da ALL, após ingresso naquela casa de cultura, como membro fundador. O número deste mês é dedicado ao Professor Doutor Laércio Elias Pereira!!! Conheci-o em 1976, quando fui à São Luís, capital do estado do Maranhão, pela primeira vez; era outubro, e eu já trabalhava na Secretaria de Educação de Imperatriz, chefiando o Departamento de Educação Física, Recreação, e Jogos. Havia chegado à pouco ao Maranhão. Em janeiro daquele ano, participei da Equipe 49, do Projeto Rondon, Campus Avançado de Imperatriz, da Universidade Federal do Paraná. Fui convidado pelo seu Diretor, Prof. Alberto Milléo Filho, para dar continuidade ao trabalho iniciado há dois anos, período de sua administração. Aceitei e vim... Trabalhei na SEDUC-ITZ, na Escola Santa Teresinha, na Faculdade de Educação de Imperatriz, além de um ano na Assessoria de Educação, do Campus de Imperatriz FunRondon/UFPR, e a partir de 1977, no Centro de Ensino de 2º Grau (hoje, Médio) Graça Aranha. Nos anos seguintes, vim a São Luis algumas vezes, para tratar dos Jogos Escolares – OCOI: Olimpíada Colegial de Imperatriz, que coordenei nos anos de 76 a 78; sendo que as de 77 e 78 já em parceria/convenio com a SEDUC/DEFER-MA. Em 1979, vim transferido para o CEM Liceu Maranhense, e colocado à disposição do Plano de Governo, para implantação da Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão – SEDEL-MA, comandada por Elir de Jesus Gomes; Elir tinha como seu principal assessor, nessa época, para a área técnica o Laércio. Desde então formamos uma parceria – 40 anos desde então – completados este ano... Já escrevi sobre isso, aqui na REVISTA DO LÉO, sobre os 40 anos de criação da SEDEL. Lembro que naquele ano, 1979, lá pelo seu final, reunimo-nos em sua casa, na Praia do Olho D´´Agua, e desenvolvemos um Decalogo, que regeria nossa atuação nos Esportes, Lazer e Educação Física no/do Maranhão... O CEV – Centro Esportivo Virtual – é um deles, então como CEDEFEL-MA... Esta edição, como disse, é dedicada ao Prof. Laércio – o ManoPereira... e a sua contribuição para o Esporte, Lazer e Educação Física no Maranhão... Básicamente me utilizei de uma série de entrevistas -17 ao todo – realizadas no ano de 2000-2001, para escrever a biografia do Prof. Dimas... Como envolvia uma história de mais de 60 anos, e no meio dela a criação dos curdsos de educação física – FESM, ITA, UFMA, IF-MA -, a chegada dos “Paulistas” ao Maranhão, a partir da administração do Cláudio Vaz dos Santos, na área do esporte, e o envolvimento do Laércio, residindo no Maranhão, com as suas idas e vindas, por um período aproximado de 25 (mais ou menos), reproduzi-as, naquilo que é pertinente ao Laércio e aos “Paulistas”... Tudo sob a liderança e influencia do GuruGeek Pereira... Solicitei aos inúmeros amigos do Laércio, que conviceram com ele desde o tempo de ferramenteiro, passando por todas as fases de dua vida, um depoimento... muitos respondeeram que breve enviariam, outros, sequer deram uma resposta, e uns poucos responderam... pois é... esgotou-se o prazo, e diante do desinteresse em lhe dirigir algumas poucas palavras, ficamos como mestá... Obrigado à todos... quem sabe, aos 100 anos??? LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ EDITOR
SUMÁRIO 2 5 6
EXPEDIENTE EDITORIAL SUMÁRIO MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E LAZER: LAÉRCIO ELIAS PEREIRA – +/- 25 ANOS DE MARANHÃO
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PERFIL: QUEM É QUEM – CEV RETRATO EM 3x4 DESPORTOS & LAZER – QUANDO TUDO COMEÇOU DANDO UM PITACO... NO MARANHÃO Quando tudo começou: A “IMPORTAÇÃO” DE PROFESSORES, TÉCNICOS E ATLETAS JOSÉ CARLOS RIBEIRO MEMÓRIAS DA ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAL DO CAMPO E HABITUS ESPORTIVO MARANHENSE: ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E LAZER DO ESTADO DO MARANHÃO – APEFELMA (1980-2000) DISCUSSÕES SOBRE TESAURO E EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL O QUE ERA O CEDEFEL-MA LAÉRCIO ELIAS PEREIRA HOJE COMEMORO 50 ANOS... CAIU NA REDE, É PEREIRA... COMEMORAÇÃO DOS 30 ANOS DO COLÉGIO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE – DEPOIMENTO DE LAERCIO ELIAS PEREIRA TECNOLOGIA NO ESPORTE COM LAÉRCIO ELIAS PEREIRA E FERNANDO ARANHA Atletas Geneticamente Modificados / (Português) Capa Comum – 31 dez 1999 / por Laércio Elias Pereira (Autor) BLOG DO JOSÉ CRUZ – CEV: a eficiente informação do esporte e da educação física pela Internet Movimento na Rede
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the dblp computer 6cience bibliography
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Journal of Physical Education v. 30, n. 1 (2019) ENTREVISTAS, ENTREVISTADORES, & ENTREVISTADOS POR JOÃO BATISTA FREIRE DE LINO CASTELLANI FILHO DE SIDNEY FORGHIERI ZIMBRES De JORNALISTA J. ALVES – (José Faustino dos Santos Alves) De JOSÉ MARANHÃO PENHA De CLAÚDIO ANTÔNIO VAZ DOS SANTOS De ALDEMIR CARVALHO DE MESQUITA De MARCOS ANTÔNIO DA SILVA GONÇALVES De LOUIS PHILIP MOSES CAMARÃO De EDIVALDO PEREIRA BIGUÁ De IVONE REIS NUNES De JOSÉ GERALDO MENEZES DE MENDONÇA ARTIGOS, CRÔNICAS, OPINIÕES... LAÉRCIO ELIAS PEREIRA; LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL – CEV LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ 30 ANOS DO PRIMEIRO TÍTULO NACIONAL DO HANDEBOL DO MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ HANDEBOL NO MARANHÃO – NOVOS ACHADOS... LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ SOBRE O CONVÊNIO COM A ALEMANHA – ALGUMAS INFORMAÇÕES/LEMBRANÇAS DEPOIMENTOS JORGE OLÍMPIO BENTO RAIMUNDO NONATO IRINEU MESQUITA
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GIULIANO PIMENTEL EMERSON SILAMI GARCIA JOÃO BATISTA FREIRE ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO fotos
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MEMÓRIA DA EDUCAÇão FÍSICA, ESPORTES E LAZER
LAÉRCIO ELIAS PEREIRA: +/- 25 ANOS DE MARANHÃO
https://videos.ufrgs.br/lume/arquivos/comemoracao-dos-30-anos-do-colegio-brasileiro-de-ciencias-do-esportedepoimento-de-laercio-elias-pereira/view
LAÉRCIO ELIAS PEREIRA Uma biografia Laercio Elias Pereira http://cev.org.br/qq/laercio/ Professor Brasil, Maceió - AL.
Coordenador Geral do Centro Esportivo Virtual- ONG CEV Experiência Profissional: Nascido há (muito) mais de meio século em São Caetano do Sul - SP, onde se formou no SENAI e trabalhou como metalúrgico como quase todo mundo lá, veio pra vida a passeio - e não em viagem de negócios. Vive em Maceió.
Cursou Educação Física na EEFE-USP, depois de um vestibular em Sociologia. Foi professor de Educação Física do Ginásio Vocacional de São Caetano e da Escola Anne Sulivan (para surdoscegos). Atuou na rede de ensino de São Paulo. Foi treinador de Handebol do General Motors, São Caetano, Seleção Paulista Feminina (Vice campeã brasileira), e Seleção do Maranhão (Campeã brasileira adulta). Foi preparador físico da seleção brasileira masculina na Copa Latina dsputada na Romênia. Trabalhou em várias universidades (São Caetano, Federal do Maranhão, Federal da Paraíba, Estadual de Mossoró, Federal de Minas Gerais, Católica de Brasília, Estadual de Santa Catarina, Fac. Serra Gaucha, FMU, Muzambinho, UAB/UPE, Unicamp...) e foi assessor do Ministério da Educação. Atualmente dirige o Centro Esportivo Virtual, é assessor da SBPC-Alagoas, membro do Conselho da SBPC-Maranhão e Pesquisador da Universidade Federal da Bahia (Projeto Diagnóstico Nacional do Esporte-DIESPORTE) e da Universidade Federal do Paraná-Ministério do Esporte no Projeto Inteligência Esportiva. Gostou de ter escrito o conto Parábola da Aula Final, e participado do Juca Entrevista da ESPN; ter sido secretário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SEC/MA (atualmente é Conselheiro); co-fundador do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte - CBCE; (Vice-Presidente de Educação 79-81; Presidente-Eleito 83-85 e Preidente 85-87. É um dos criadores do Sistema Brasileiro de Documentação e Informação Esportiva (SIBRADID) do Conselho Federal de Educação Física - CONFEF, tendo sido Conselheiro Federal de 1998 a 2002, e da Confederação Brasileira de Handebol. Fez mestrado na EEFEEUSP (dissertação: Mulher e Esporte) e doutorado na UNICAMP (a tese foi o CEV), é membro do comitê executivo da Associação Internacional para a Informação Desportiva - IASI.
RETRATO EM 3x4 1 Laércio Elias Pereira - filho de André Elias Netto e Maria José Elias, nascido em 11 de outubro de 1948, em São Caetano do Sul-SP, Desquitado; Filhos: Fábio Ricardo Costa Pereira (27.11.76) e Marcelo Apoena Costa Pereira (17.7.79); FORMAÇÃO: Área Industrial - Ajustador Mecânico - SENAI Santo André‚ - 1964; Ferramenteiro - SENAI São Paulo 1966; Segundo Grau: Curso Técnico Industrial de Desenho de Máquinas e Eletrotécnica; Escola Técnica São Francisco de Bórgia - São Paulo - 1967; Ensino Superior - Licenciatura em Educação Física (Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo - 1970); Especialização em Técnico Desportivo em Handebol (Escola de Educação Física de Santos - SP - 1971); Mestrado em Educação Física (Escola de EF da USP - "Mulher e Esporte: um estudo de Socialização de atletas Universitárias rias brasileiras" 1977/84); Doutoramento em Ciências da Comunicação (Escola de Comunicações e Artes da USP - "Fluxo de informação em Ciências do Esporte no Brasil" - inconcluso; 1985); Doutoramento em Educação Física (Faculdade de Educação Física da Unicamp - "Centro Esportivo Virtual: um recurso de informação em Educação Física e Esportes na Internet" 1995 - 30/4/98); Qualificação 19 de dez./ de 1997 Defesa: 5/6/1998; Outros cursos (principais): No exterior: . Alta Especialización e Balonmano (Handebol - INEF - Madrid Espanha - 1972); . Handebol Escolar (FIEP - CREPS Toulouse - França 1972); Stage Maurice Baquet - pesquisa e renovação ped. em EF e Esportes (FSGT - Sete França - 1972); Nascido há mais de meio século em São Caetano do Sul - SP, onde se formou e trabalhou como metalúrgico como quase todo mundo lá, veio pra vida a passeio - e não em viagem de negócios. Cursou Educação Física na USP, depois de um vestibular em Sociologia. Passou por várias universidades (São Caetano, Maranhão, Paraíba, Mossoró, Minas Gerais) e foi assessor da SEED- MEC. Atualmente é professor aposentado, daUniversidade Federal de Minas Gerais Gostou de ter escrito a "Parábola da Aula Final", ter sido secretário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SEC/MA e presidente do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte - CBCE. Fez doutorado na UNICAMP (a tese foi o CEV) , foi membro do Conselho Federal de Educação Física e goleiro de futebol de salão do Antigamente Futebol Clube há mais de 40 anos. ATIVIDADE ATUAL - Pesquisador Associado: . Núcleo de Pesquisas de Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas em Educação - Escola do Futuro - USP; . Núcleo de Informática Biomédica - NIB UNICAMP; Núcleo de Estudos Avançados em Jornalismo - LABJOR - UNICAMP; Editor de Educação Física e Esportes - Editora Autores Associados - Campinas; Coordenador do Projeto Centro Esportivo Virtual Unicamp/UCB; Professor da Escola Superior de Educação Física de Muzambinho MG, Disciplina "Informação em EF&Esportes" (Graduação e Pós); Coordenador de Projetos Especiais ; Professor da Universidade Católica de Brasília - http://www.ucb.br/ - disciplinas História da Educação Física (Graduação); Produção do Conhecimento em Educação Física (Mestrado); Educação Física Brasileira (Mestrado)
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PEREIRA, Laércio Elias. ENTREVISTAS: ENTREVISTA 2 - LAÉRCIO ELIAS PEREIRA. DEPOIMENTO ENVIADO ATRAVÉS DE CORREIO ELETRÔNICO - De: Laércio Para: Leopoldo Assunto: respostas do questionário do Dimas Brasília, 28 de fevereiro de 2001
FORMAÇÃO: Área Industrial - Ajustador Mecânico - SENAI Santo André‚ - 1964; Ferramenteiro SENAI São Paulo - 1966; Segundo Grau: Curso Técnico Industrial de Desenho de Máquinas e Eletrotécnica; Escola Técnica São Francisco de Bórgia - São Paulo - 1967; Ensino Superior - Licenciatura em Educação Física (Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo - 1970); Especialização em Técnico Desportivo em Handebol (Escola de Educação Física de Santos - SP - 1971); Mestrado em Educação Física (Escola de EF da USP - "Mulher e Esporte: um estudo de Socialização de atletas Universitárias rias brasileiras" 1977/84); Doutoramento em Ciências da Comunicação (Escola de Comunicações e Artes da USP - "Fluxo de informação em Ciências do Esporte no Brasil" - inconcluso; 1985); Doutoramento em Educação Física (Faculdade de Educação Física da Unicamp - "Centro Esportivo Virtual: um recurso de informação em Educação Física e Esportes na Internet" 1995 - 30/4/98); Qualificação 19 de dez./ de 1997 Defesa: 5/6/1998; Outros cursos (principais): No exterior: . Alta Especialización e Balonmano (Handebol - INEF - Madrid Espanha - 1972); . Handebol Escolar (FIEP - CREPS Toulouse - França 1972); Stage Maurice Baquet pesquisa e renovação ped. em EF e Esportes (FSGT - Sete França - 1972); ATIVIDADES DIDÁTICAS - Primeiro e segundo graus; Educação Especial; Ensino Profissional: . Ginásio Estadual Vila Santa Clara- São Paulo - 69; Ginásio Vocacional de São Caetano do Sul - 69/70; Escola para Deficientes Audiovisuais São Caetano do Sul 1970; Escola SENAI de Vila Alpina SP 71/72; Escola SENAI de Mogí das Cruzes SP 1973; Escola SENAI de São Caetano do Sul - 1973; Escola Técnica Federal do Maranhão - 1975/1976 - 1980; Ensino Superior: Handebol - Escola Superior de Educação Física de São Caetano do Sul - 1973; Escola de Educação Física de Mossoró RN - 1975; Curso de Educação Física da U. Federal do Maranhão 75/85 90/91; Faculdade de Educação Física UNICAMP SP - 86/89; Escola de Educação Física da UFMG 1991/93 Informação em Educação Física & Esportes - FEF UNICAMP 1989 Educação Física/Prática Desportiva Instituto Municipal de Ensino Superior - São Caetano do Sul - 1973; Escola de Administração do Maranhão -1974; Universidade Federal do Maranhão 1975/85 - 1990/91; Sociologia do Esporte - EEF UFMF 1992/93; Ensino Superior (Pós-graduação): Metodologia da Pesquisa, Especialização em Educação Física, PUCCAMP 1988; Informação em Educação Física e Esportes, Especialização em Ciências do Esporte - 1983, Universidade Federal do Maranhão; Especialização em Educação Física - 1988, Universidade Federal de Pernambuco; Especialização em Ciências da Motricidade Humana, Escola Superior de EF de Muzambinho - 1997/98; Especialização em Atividade Motora, TRABALHOS PUBLICADOS -
"Algumas sugestões para o desenvolvimento da Educação profissional através de processos lúdicos" São Paulo: Edições Pesquisa, 1970.
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"Endereçamento e tipos de arremates utilizados durante os jogos de Handebol dos III JEBs". São Caetano do Sul: Escola Superior de Educação Física, 1973
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"Handebol na Olimpíada de Munique" - Revista Esporte e Educação, 27, Mar/73
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"Handebol" - São Paulo: Editora Esporte e Educação, 1973.
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"Planejamento de Ensino em Handebol" - In Col. EF Escolar. São Paulo: Ed. Esporte e Educação, 1975.
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"500 exercícios em Handebol" - São Luís: Secretaria de Educação do Maranhão, 1975; Campinas: FEF UNICAMP, 1986.
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"Índice da Revista Brasileira de Educação Física" - Brasília: SEED-MEC, 1983
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"Índice da Revista Stadium" (Co-Autor) - São Luís: SEDEL, 1985 (em microfichas)
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"Carta de Belo Horizonte" - Membro da Comissão de Redação do Manifesto Brasileiro de Educação Física (oficializado como Carta de Belo Horizonte) Belo Horizonte: Federação das APEFs, 1984
Traduções:
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Listello, Auguste. Educação pelas atividades físicas, esportivas e de lazer. São Paulo: EPU/EDUSP, 1979.
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Wick, Werner. Marcação Individual em Handebol. Esporte e Educação, 29, p. 20-22, 1973.
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Prefácio do Livro: Informática y Deporte, de Tulio Guterman, Barcelona: INDE -Publicaciones, 1998.
PARTICIPAÇÃO EM PERIÓDICOS ESPECIALIZADOS -
Revista "Esporte e Educação" (São Paulo) - Consultor 1970/76; Colaborador na coluna Rumorismo 1972/76; Editor 1976.
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Revista "Desportos" (Rio de Janeiro) - Consultor 1973/74.
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Revista "Desportos e Lazer" (Maranhão) - Editor 1981/83.
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Revista "Corpo & Movimento" (São Paulo) - Colaborador/Conselho Editorial 1984/85
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Revista Brasileira de Ciências do Esporte - Supervisor como Presidente do CBCE 1985/87.
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Revista Brasileira de Ciência & Movimento - Membro do Conselho Editorial 1988-.
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Revista da Fundação de Esportes do Paraná - Membro do Conselho Editorial 1989-91.
EDIÇÃO DE "NEWSLETTERS" E BOLETINS -
"OPINIÃO" - Jornal do Centro Acadêmico Rui Barbosa, da Escola de Educação Física da USP - Editor 1968/69.
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"POSOLOGIA", "+Educação -Física" e "Regratrês", boletins da Associação de Alunos de Pósgraduação em EF da USP - Editor 1978/79.
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"Micro Esporte Clube" - Informativo sobre Micropublicações em EF&Esportes (microfilmes e microfichas) com o apoio da empresa IMS - Informações Microformas e Sistemas - Editor de 3 números.
"Desportos e Lazer", informativo da SEDEL - Maranhão (9 números) - Editor 1981/82
DANDO UM PITACO...
O Maranhão é uma terra de contrastes: estado riquíssimo, com um povo miserável. Conforme as ultimas noticias divulgadas nacionalmente, o mais miserável de toda a Federação brasileira... e atesta, essa miserabilidade, o Prof. Aldy Mello de Araujo, em seu ultimo livro, Homens e Genios, sobre a vida e obra de Vieira e Ruy (2019). Dentre essa miserabilidade – que não é somente material, que é, sobretudo moral – também a memória é curta e distorcida... quase como já se disse, recentemente, sobre o Brasil, a cada 15 anos, esquecemos os últimos 15, e fazemos tudo de modo, só que como farsa... /aqui,m o período de tempo, ou ciclo, é menor: geralmente um mandato – com ou sem reeleição – e a mudança do dono do mar..ranhão... Pois bem, diz-se, por aí, que antes de Cláudio Vaz, o Alemão, a atuação do Dimas, e a chegada dos Paulistas, como no artigo acima, não havia conhecimento de Olimpiada no Estado. Entendendo-se, sim, como realização de jogos, tipo olímpico, com a realização de competições em várias modalidades, em especial as ditas olímpicas, O próprio Cláudio, quando se refere à sua vida esportiva, na juventude, afirma tr participado de vários desses eventos: os realizados por Mary Santos, e por Carlos Vasconcelos, que aconteciam desde os anos 1950. Antes disso, já havia realizações de competições, várias, envolvendo escolares, em particular: os que eram organizados pelo Prof. Luis Rego, desde os anos 40. Mesmoem cidades do interior, já se realizavam ‘olimpiadas escolares como as promovidas em Barra do Corda, durante a implantação da Colonia Agricola nacional, com a participação de 17 escolas, e várias modalidades esportivas... Mesmo algumas modalidades, em especial duas, que se diz introduzidas com a ida de Dimas aos jogos escolares de 1971, onde tomou conhecimento de ambas, e as trouxe para o Maranhão, implanmtando-as, de há muito vinham, já, existido, sua prática, por estas bandas, inclusive no interior... A Ginástica, dita à épocaOlimpica, por exemplo, vem desde o final dos 1800, como prática com aparelhos, nas aulas de educação física; em especial, a partir de 1903, com a contratação de um professor estrangeiro, que atuava no Rio de janeiro, quem introduziu o Turnen no Maranhão... O Handebol, já havia conhecimento, seja pelos professores da então Escola Técnica federal do Maranhão, que participavam dos JEBEI/JEBEM, que nos anos 60 a trouxeram e implantaram, seja com a vinda do Prof. Jamil, do mPiauí, para ministrar aulas da modalidade aos professores então, atuantes, na capital. Nos anos 60 já havia a disputa dessa modalidade nos jogos promovidos pela Secretaria de Educação, Mary Santos... Como aqui, no Maranhão, é a terra do ‘já teve’, fica fácil entender essas ‘viradas’ históriacas de quem trouxe o que... ou quem fez o que... Alunos de cursos de educação física, que frequentaram uma escola de formação de professores de educação física, também já tivemos, ainda na metade dos anos 1800... outros, a partir dos anos 1900, no curso de educação física )disciplina) da Escola Normal, que funcionou no Liceu Maranhense, como anexo, e depois na Benedito Leite... e depois, nos anos 40, com a ida de diversos atletas já conhecidos, e médicos, para os cursos se funcionavam no Rio de janeiro, junto à Escola do Exército, e à então Escola nacional de Educação Física (hoje, UFRJ)... Alfredo Duailibe (médico), Eurípedes, Rubem, Rinald, Julio... e depois, nos anos 60, em Belém, nos famosos cursos de Eficiencia e Suficiencia em Educação Física... essa, era a formação de nossos professores, até então; e haviam os cursos ministrados em nível nacional – e os haviam, assim, no Maranhão – em que é possível resgatar o nome de participantes deles, com mais de 60 pessoas atuantes... Mas, aqui já teve, e a partir da década de 1980, vamos reinventar a Educação Física e Esportiva no Maranhão...
NO MARANHÃO2 Como entrou em contato com o Maranhão? Em que circunstâncias veio para cá? Quem foi o responsável? Em que ano? Veio em definitivo, pela primeira vez, ou decidiu ficar após conhecer? Que cargo exercia, quando veio para cá, e qual passou a exercer, quando se fixou ? Tendo voltado da Olimpíada com vários cursos de handebol e sendo treinador de HB da General Motors EC e da Seleção Paulista Feminina e prof. de Handebol na Escola Superior de Educação Física de São Caetano, fui convidado a dar cursos pela Brasil pela ODEFE, onde eu já tinha contato através da Revista Esporte e Educação (escrevia o Rumorismo e dava palpites gerais). Houve um circuito de cursos que incluía Maceió, São Luís e Manaus. Era 1973 e eu treinava a seleção paulista feminina que ia para os Jebs. Acertei com o namorado de uma das minhas atletas (que ia apitar os Jebs) para cuidar de alguns treinos enquanto eu ia dar os cursos. So manutenção, para o pessoal não ficar sem treinar. Dei o curso em Maceió e, em São Luis, enquanto dava o curso, ajudava a treinar o time de handebol que ia para os JEBs. Deu problema no curso de Manaus e o Cláudio Vaz pediu que eu ficasse treinando o time o tempo que estaria em Manaus. Depois pediu para que eu acompanhasse a equipe nos JEBs, em Brasília. Eu disse que não podia porque tinha compromisso com a seleção paulista. Quando voltei para São Paulo, o meu substituto tinha conseguido me substituir totalmente. Liguei para o Cláudio Vaz e acertei a ida para Brasília. Conseguimos classificar o time para as quartas de finais, mas, no dia que ia começar essa fase o basquete levou todos para jogar o campeonato em Fortaleza, e ficamos em oitavo. Daí, conversei bastante com o Dimas e Cláudio Vaz sobre a possibilidade de criar um curso de Educação Física no Maranhão. Em setembro do mesmo ano, fui convidado, junto com o Biguá, para apitar os jogos de Handebol dos JEMs. A final foi Maristas e Batista. Duas equipes treinadas pelo Prof. Dimas. Voltei em janeiro de 1974, para morar no Maranhão. Resolvemos, Cláudio e eu, chamar o Prof Domingos Salgado para montar o processo de criação do curso de Educação Física na Federação das Escolas Superiores [do Maranhão - FESM -, hoje, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA], o que aconteceu com o empenho do secretário Magno Bacelar e o Assessor João Carlos, ainda em 1974. Fiquei sem emprego e o Heleno Fonseca de Lima batalhou uma bolsa pelo antigo CND. Fui assessor da Secretaria de Educação e, como estava demorando para andar o curso no Estado, tivemos a iniciativa da Profa Teresinha Rego, do ITA, para montar o curso particular, com os professores que já tínhamos arrastado para o Maranhão. Aqui cabe um estudo mais apurado sobre quem trouxe quem, mas é bom juntar a listagem dos “paulistas”. Biguá, Viché, Horácio, Domingos Fraga Salgado, Demosthenes, Nadia Costa, Jorelza Mantovani, Marcos Gonçalves, Sidney Zimbres, Lino Castelani, José Carlos Conti, Zartu Giglio, (tem um dessa turma que eu esqueci o nome), o Paschoal Bernardo... Não lembro quem trabalhou no curso do ITA. O Sidney deve ter todos os nomes. Depois teve a entrada e saída da Escola Técnica [Federal do Maranhão - ETFM -, hoje, Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão - CEFET-MA]... Mas essa não é a historia do Dimas... Simei Bilio, Rinaldi Maia e Dimas eram da Universidade, depois entrou o Domingos Salgado, que fez o velho trabalho de montagem do curso (tem que perguntar isso para o Dimas). Acho que teve a pressão na inação da Universidade enquanto o FESM e Pituchinha já tinham saído na frente em criar o curso de Educação Física. Quando o curso foi criado oficialmente eu já estava no mestrado. Fui porque meu filho Fábio ficou doente e esgotamos todos os recursos em São Luis. Boaventura me chamou, passei na seleção e o Lino fez a vaquinha entre os amigos para as passagens. Em São Paulo fui socorrido pelo Victor Matsudo, que providenciou os hospitais e médicos, virando padrinho do Fábio. Com a doença do Fábio no Maranhão tive a solidariedade de muitos amigos. Gafanhoto [José de Ribamar Silva Miranda] foi o sangue que deu certo nas transfusões e foi fundamental para a sobrevivência do Fábio. 2
PEREIRA, Laércio Elias. ENTREVISTAS: ENTREVISTA 2 - LAÉRCIO ELIAS PEREIRA. DEPOIMENTO ENVIADO ATRAVÉS DE CORREIO ELETRÔNICO - De: Laércio Para: Leopoldo Assunto: respostas do questionário do Dimas Brasília, 28 de fevereiro de 2001
Quem eram os professores de educação física que atuavam à época? Qual era sua formação? Quando cheguei a Simei estava de saída, ou tinha acabado de sair. Rinaldi Maia era assessor da Secretaria de Educação e treinador famoso de Futebol. O Dimas era o mestre das Escolas e do Esporte Escolar. Felicidade Capela tinha o curso de Normalista Especializada no Rio. Rinaldi tinha se formado no Rio, com uma ótima geração de treinadores de Futebol, como os Moreira. Soube pelos professores – e depois pelo Rubinho [Rubem Teixeira Goulart Filho]– que o Rubens Goulart tinha tido um papel importante, inclusive foi quem fez o primeiro contato com o Listello (deve ter feito um dos cursos de Santos). Teve também uma turma do DED, com o Ari Façanha e um pessoal do Rio. Bom recuperar também o curso de Medicina Esportiva... José [Pinto] Rizzo Pinto esteve... Tem que puxar isso com o Cláudio Vaz e Dimas. Como conheceu o professor Dimas ? em que trabalhava, na ocasião ? Conheci o Dimas no curso de handebol que eu vim dar. Me acolheu otimamente e me incentivou desde o primeiro momento. Junto com Jamil Gedeon, que não tinha formação especifica mas deu todo o apoio, especialmente quando faltou salário por alguns meses. Alem de ter ouvido um discurso futurista sobre o maranhão – do Governador Pedro Neiva – o que me encantava e me atraiu para o Maranhão, além do pique do Cláudio Vaz, era a perspectiva do pioneirismo da Educação a Distancia do CEMA, que o Dimas comandava. Qual a influência que o Dimas teve em sua fixação no Maranhão? Aceitou ou houve alguma restrição à importação dessa mão-de-obra? O que o Cláudio Vaz teve de importância na área administrativa, o Dimas, teve na parte pedagógica e de companheirismo profissional na vinda e fixação de professores Qual, em sua opinião, a contribuição do Dimas para a educação física e os esportes no Maranhão? O Dimas é o principal personagem da Educação Física no Maranhão. Como foi o processo de implantação do curso de educação física da UFMA? Você participou? Qual foi seu papel? Qual foi o papel do Dimas? Já contei. Como eu tinha participado dos outros dois (e o da Escola Técnica – não tenho certeza que foi antes) não me intrometi muito no da UFMA. O mérito do curso ter vingado é do Dimas, Domingos e Cecília. Não sei em que ordem. Qual a sua participação no desenvolvimento da educação física e dos esportes no Maranhão? Quais foram os agentes que trabalharam com você, nesse período? Fui uma espécie de catalisador, convidado pelo Cláudio Vaz. A principio para o Handebol. Batalhei a vinda de muitos professores com o apoio do Cláudio Vaz (a gente chamava para apitar os JEMs e, quando o professor chegava, já tinha alguma coisa. Entrei e sai da Escola Técnica mais de uma vez para abrir vagas nesse processo. Na UEMA também. Procurei colocar o Maranhão no Mapa, especialmente com os congressos. Acho que o mais importante, que precisa ser resgatado pelo momento histórico, foi o de Ciências do Esporte. Depois teve o de Esporte para Todos. Ajudei a fundar a APEFELMA e forcei, m Brasília, o convênio com a Alemanha, com a ajuda do Manfred Loecken, que não vingou. O que garantiu o apoio - e as refregas que levaram a algum progresso - foi a grande dedicação e o sucesso das equipes de Handebol, com participação decisiva do Viche e Biguá, alem dos “professores” que ajudávamos a treinar:
Lister [Carvalho Branco Leão], Álvaro [Perdigão], Mangueirão... (o Viche pode dar essa lista; ele carregava o piano nesse departamento Quanto aos Jogos Escolares, desde o Festival da Juventude, como se deu a sua criação? Qual a participação do Dimas nesse processo ? e a sua participação ? O Dimas, de novo em parceria com o Cláudio Vaz, foi o grande mestre do Festival da Juventude, que virou JEMs em 1973. As equipes de Handebol treinadas pelo Dimas já tinham tido sucesso nos dois primeiros JEBs. Com a chegada de mais paulista, especialmente o Marcão, os JEMs tomaram novo impulso.
A "IMPORTAÇÃO" DE PROFESSORES, TÉCNICOS E ATLETAS3
"Quando o Cláudio Vaz começou a trazer esse pessoal de fora, em 74 ou 76, Laércio4, Marcão5, Biguá6, Vitché7, então nessa época eu passei o Handebol praticamente para eles; então eu já vinha trabalhando em Ginástica Olímpica e passei a me dedicar mais à Ginástica Olímpica; trabalhava como professor de Educação Física - nessa época eu trabalhava muito com Natação também, principalmente em aulas particulares, em piscinas particulares - e o Laércio praticamente continuou o meu trabalho no Handebol no Maranhão, e aí eu passei a me dedicar mais à Ginástica Olímpica, à natação e às outras coisas...". (DIMAS. Entrevistas). 3
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins de. QUERIDO PROFESSOR DIMAS: Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo – uma biografia autorizada. São Luis: Viva Água, 2014. 4 LAÉRCIO ELIAS PEREIRA: Doutor em Educação Física; Professor da Universidade Católica de Brasília, onde dirige o Laboratório de Informação e Multimídia em EF-LIMEFE; Coordenador do Projeto Centro Esportivo Virtual Unicamp/UCB; em suas próprias palavras, nascido há mais de meio século (11 de outubro de 1948) em São Caetano do Sul - SP, onde se formou e trabalhou como metalúrgico como quase todo mundo lá; veio para a vida a passeio - e não em viagem de negócios. Cursou Educação Física na USP [Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo - FEF/USP], depois de um vestibular em Sociologia. Passou por várias universidades (São Caetano, Maranhão, Paraíba, Mossoró, Minas Gerais) e foi assessor da SEED-MEC. Atualmente é professor da Universidade Católica de Brasília, onde dirige o Laboratório de Informação e Multimídia em EFLIMEFE, é pesquisador associado da Escola do Futuro - USP, coordena o Centro Esportivo Virtual no NIB-Unicamp e é Coordenador de Projetos Especiais da ESEF de Muzambinho ESEF. Gostou de ter escrito a "Parábola da Aula Final", ter sido secretário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SEC/MA e presidente do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte - CBCE. Fez doutorado na UNICAMP (a tese foi o CEV) , é membro do Conselho Federal de Educação Física e goleiro de futebol de salão do Antigamente Futebol Clube há 30 anos. Para saber mais, acesse http://www.cev.org.br/grcev/laercio; endereço eletrônico: laercio@nib.unicamp.br; laercio@ucb.br 5 MARCÃO, como é conhecido MARCOS ANTONIO DA SILVA GONÇALVES - embora não tenha concluído seu curso de Educação Física, na EEF/USP, foi trazido pelo Laércio devido à sua experiência como administrador esportivo - função que exercia no SESI de Santo André, em São Paulo; atleta excepcional, era da mesma turma do Laércio, e teve importância muito grande na organização dos primeiros Jogos Escolares. Após um período em São Luís - cerca de cinco anos -, retornou para São Paulo, andou pela África, e atualmente, mora em São Luís, onde é vice-presidente e secretário da Federação de Desportos Escolares, recém-fundada 6 BIGUÁ, como é conhecido EDIVALDO PEREIRA - foi um dos atletas trazidos para jogar Handebol pelo Maranhão; trabalhou como técnico, como professor de educação física, jogador de futebol de salão, de voleibol; jornalista ... casado com Tânia, atleta de voleibol, hoje, professora de Educação Física e Jornalista, mantêm uma coluna em jornal local, onde traçam as memórias do esporte maranhense 7 VICHÉ, como é conhecido VICENTE CALDERONI NETO - outro atleta trazido à época para jogar pelo Maranhão. Trabalhou como técnico de Handebol e professor de educação física. Formou-se em Educação Física pela UFMA. Casado com Fátima Calderoni, sua ex-atleta, hoje, médica, uma das lendas do handebol feminino do Maranhão
Sobre a vinda desses professores - "os paulistas" - o Prof. Dr. Laércio Elias Pereira esclarece que, após voltar das Olimpíadas, com vários cursos de Handebol, foi convidado a dar cursos pela Brasil pela ODEFE organização com a qual já tinha contato, através da Revista Esporte e Educação, onde escrevia uma coluna chamada Rumorismo. Houve um circuito de cursos que incluía Maceió, São Luís e Manaus: "Era 1973, e eu treinava a seleção paulista feminina que ia para os JEB's [Jogos Estudantis Brasileiros]. Acertei com o namorado de uma das minhas atletas (que ia apitar os JEB's) para cuidar de alguns treinos enquanto eu ia dar os cursos. Dei o curso em Maceió e, em São Luis, enquanto dava o curso, ajudava a treinar o time de handebol que ia para os JEB's. "Deu problema no curso de Manaus e o Cláudio Vaz pediu que eu ficasse treinando o time o tempo que estaria em Manaus. Depois pediu para que eu acompanhasse a equipe nos JEB's, em Brasília. Eu disse que não podia porque tinha compromisso com a seleção paulista. Quando voltei para São Paulo, o meu substituto tinha conseguido me substituir totalmente. "Liguei para o Cláudio Vaz e acertei a ida para Brasília. Conseguimos classificar o time para as quartas de finais mas, no dia que ia começar essa fase, o Basquete levou todos para jogar o campeonato em Fortaleza, e ficamos em oitavo. "Em setembro do mesmo ano, fui convidado, junto com o Biguá, para apitar os jogos de Handebol dos JEM's. A final foi Maristas e Batista. Duas equipes treinadas pelo Prof. Dimas. "Voltei em janeiro de 1974, para morar no Maranhão. Resolvemos, Cláudio e eu, chamar o Prof. Domingos Salgado8 para montar o processo de criação do curso de Educação Física na Federação das Escolas Superiores [do Maranhão - FESM -, hoje, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA], o que aconteceu com o empenho do secretário Magno Bacelar e o Assessor João Carlos, ainda em 1974. "Fiquei sem emprego e o Heleno Fonseca de Lima batalhou uma bolsa pelo antigo CND [Conselho Nacional de Desportos]. Fui assessor da Secretaria de Educação e, como estava demorando para andar o curso no Estado, tivemos a iniciativa da Profa Terezinha Rego, do ITA, para montar o curso particular, com os professores que já tínhamos arrastado para o Maranhão. "Aqui cabe um estudo mais apurado sobre quem trouxe quem, mas é bom juntar a listagem dos “paulistas”: Biguá, Viché, Horácio9 [?], Domingos Fraga Salgado, Demosthenes10, Nádia Costa11, Jorelza Mantovani12, Marcos Gonçalves, Sidney Zimbres13, Lino Castellani14, José Carlos Conti15, Zartú Giglio16, (tem um dessa turma que eu esqueci o nome), o Paschoal Bernardo17... O Sidney deve ter todos os nomes."(PEREIRA, Laércio Elias, Entrevistas). 8
DOMINGOS FRAGA SALGADO foi um professor de Educação Física da UFMA; trabalhou no MEC, na África. Seu genro, Enzo Ferraz, médico ortopedista, atua em Medicina Esportiva, no Maranhão 9 Horácio 10 DEMOSTHENES MONTOVANI foi professor de judô, da UFMA; aposentado 11 NÁDIA COSTA foi professora da UFMA, mulher do Laércio Elias Pereira (hoje, estão separados); atualmente, mora na França, onde se dedica a criar cabras e a fabricar queijos, e trabalha com Biodança 12 JORELZA MANTOVANI era casada com Demósthenes Mantovani, à época. Voltou para sua cidade natal, Ponta Grossa, no Paraná 13 SIDNEY FORGHIERI ZIMBRES, professor de educação física na UFMA, hoje aposentado; foi um dos fundadores do Curso de Educação Física. Ver dados biográficos nos anexos, entrevista 14 LINO CASTELLANI FILHO, doutor em educação física, hoje é professor da FEF/UNICAMP; sua tese de mestrado, em Educação PUC-SP - sobre a história da educação física, tornou-se um marco de referência para os estudos da educação física no Brasil. Lino era técnico em assuntos educacionais na UFMA, ligado ao Departamento de Assuntos Culturais, e dava aulas no curso de Educação Física. Quando saiu para o Mestrado, após a volta, foi impedido de dar aulas, o que ocasionou sua saída da UFMA, sendo contratado pela Unicamp. Ver dados biográficos nos anexos - Entrevistas 15 JOSÉ CARLOS CONTI 16 ZARTÚ GIGLIO CAVALCANTE, professor de Voleibol, Doutor 17 PASCHOAL BERNARDO
O Prof. Sidney Zimbres esclarece a questão de quem trouxe quem, nessa época, para o Maranhão: "... [Meu] Contato com o Maranhão foi com o Marcos [Marco Antônio Gonçalves], que me trouxe; o Marcos não terminou o curso [de Educação Física, da USP], veio embora... quem trouxe o Marcos foi o Laércio; o Marcos ficou trabalhando aqui, ele me escreveu perguntando se eu não tinha a intenção de vir para cá, ai eu falei - me leva para dar um curso, para eu ver como é que é. Foi em 19... em outubro vim aqui, no JEM’s em 1975, eu vim para dar um curso de voleibol; dei o curso de voleibol em outubro, ai eu coordenei o voleibol nos Jogos Escolares, e ai eu fiz um contrato de três meses... me lembro bem disso... para ver se ia dar certo, na época quem estava à frente do DEFER era o Carlos Alberto Pinheiro; já havia saído o Cláudio Vaz, o Governador do Estado era o Nunes Freire...o primeiro ano dele... ai foi quando ele implantou, fez aquela reformulação do Serviço Público, criando [a função de] Técnico de Nível Superior TNS -; foi que eu recebi o convite e eu fui contratado pela Secretaria de Educação em [19]76, entrei como TNS, técnico em nível superior, nível 3. "... então era Laércio, eu e Lino; Lino já tinha vindo para cá; o Marcos me trouxe; eu trouxe o Lino; depois eu trouxe o Zartú; ai o Marcos ainda trouxe o Júlio, que veio antes do Zé Pipa... Júlio... o sobrenome eu não me lembro mais, não é difícil de pegar... Julinho ficou pouco tempo aqui e foi embora, teve um problema no pulmão até numa aula minha... depois veio o Zé Pipa, que era José Carlos [?], que trabalhou no futebol, no Sampaio Correia, era repórter da TV Bandeirantes... esporte... então ai nos criamos o curso de Educação Física no ITA...". (ZIMBRES, Sidney. Entrevista). Marcão fala sobre sua vinda para o Maranhão, de como foi o trabalho inicial, de implantar as escolinhas de esportes, trazer as pessoas para assumir os diversos cargos e funções e os primeiros jogos: "Eu, já cansado de São Paulo, e tendo trabalhado com Laércio do SESI de São Caetano e Santo André - a mesma equipe que fazia os esportes do SESI -, eu decidi sair de São Paulo, quando de um JEB's que a gente apitou em Brasília, acho que handebol; em Brasília, e o Laércio estando por aqui em São Luís, nos convidaram para visitar; eu como já tinha intenção de sair de São Paulo não agüentava mais aquela cidade danada, acabei vindo visitar São Luís e em duas semanas como diz outro, fechei a conta e vim embora... como eu me encontrei com o Laércio, que já estava aqui no Maranhão, em Brasília com a delegação do Maranhão. Ele nos fez esse convite para vir para conhecer São Luís foi à época de julho, eu vim; inclusive na época eu vim com Júlio, Júlio do Gás 18Julinho, não sei se tu já fizeste algum detalhe sobre o Júlio também, foi a primeira vez que nós viemos para cá; viemos de ônibus de Brasília para São Luís e aqui nós ficamos duas semanas passeando e quando eu voltei para São Paulo, já voltei com alguma coisa acertado, na época com Carlos Alberto Pinheiro Barros19; então, eu não vim para apitar o JEM's, vim já para trabalhar no antigo Departamento de Educação Física (DEFER, de São Luís-Maranhão) juntamente com o diretor na época o Carlos Alberto Pinheiro de Barros ... Cláudio Vaz tinha saído para entrada de Carlos Alberto Pinheiro Barros e o governo de Nunes Freire e o Carlos Alberto; encontrei a assessoria, vamos dizer, assim de trazer elementos, que foi tendo a incumbência, vamos dizer assim, de trazer elementos que pudessem reforçar toda a equipe de trabalho e o trabalho em si ... quem estava aqui, efetivamente, era o Laércio, era Viché, Biguá, Horácio, o Júlio veio, mas volta, não veio, não ficou junto comigo; ele veio para passear junto comigo, mas voltou porque ele ainda era estudante em São Paulo, voltou para concluir o curso, também nunca concluiu, igual a Biné, seria bom detalhar isso na minha biografia, porque já diz que eu não sou formado, mas eu concluo, conclui não, fui ate o ultimo 18 19
JÚLIO DO GÁS CARLOS ALBERTO PINHEIRO BARROS economista, dirigiu a Coordenação de Educação Física e Desportos, depois Departamento de Educação Física, Esportes e Recreação, em substituição à Cláudio Vaz.
ano da escola e por ter vindo praça, eu optei por não concluir porque o trabalho aqui é muito mais importante.
Então eram somente elementos que estavam aqui, depois é que, através de Laércio, e de vir é que nós fomos trazendo todo esse pessoal, que foi Zartú, que foi Levy20, que foi Júlio, que foi José Carlos Fontes, Sidney, toda a equipe se formou aqui, Demóstenes já estava. Demóstenes estava chegando à mesma época que eu... Domingos Fraga, já estava aqui também. Só que não no Departamento de Educação Física do Estado. 20
Levy
Aquele período eu que foi vice-campeão brasileiro, que só perdia para São Paulo, porque São Paulo dificilmente se ganha, então o Maranhão, foi vice-campeão e ninguém, quando a gente comenta isso em outros lugares, ninguém acredita, acha que isso é um sonho e o basquete feminino surgiu, o voleibol cresceu demais, todos os esportes de uma forma geral, atletismo também, ofereceu vários atletas á nível nacional, então todos os esportes cresceram de uma forma conjunta, não foi um trabalho direcionado para uma modalidade, ou para dizermos assim, enfatizar algo que a gente gostava, foi realmente é multiplicado. Eu lembro que na época não se trabalhou muito o futsal, infelizmente agora não esta nesse mesmo nível que estava na época... "Na verdade, a proposta que me fizeram para vim ao Maranhão, não tinha direcionamento nenhum. O que Laércio me propôs na oportunidade era que viesse para São Luís do Maranhão, onde já conheciam meu perfil, já conheciam o meu trabalho da época que nós estivemos juntos no SESI, conforme eu já disse - SESI São Caetano e Santo André, e lá ele era coordenador do SESI São Caetano e eu do Santo André; Nós já nos conhecíamos e ele sabia que ele podia contar comigo em qualquer frente de trabalho, né. Então, é como eu administrativa essa parte esportiva em Santo André e ele acreditava que eu pudesse me assenhorear dessa função aqui em São Luís do Maranhão, ele me convidou; mas lembro bem que a gente deixou claro que a gente teria que fazer um pouco de tudo, como nós acabamos fazendo realmente e assim os outros também, assim os outros foram convidados por mim, Sidney, Zartú, Lino, eles não vieram direcionados para algum emprego, vamos dizer assim, para algum setor, eles vieram e aqui nós fomos procurando como encaixálos em algum lugar; então apareceu como, por exemplo, o Lino, apareceu alguma coisa no Maranhão [Atlético Clube], ele foi lá como preparador físico, recém-formado, como preparador físico do MAC, mas também trabalho em outros setores, na parte administrativa do JEM's, que a gente passava noites e noites, hoje a gente vê aí, todos os avanços que houve, né, no JEM's até o boletim é feito a nível de computador, etc. e tal. Na época a gente fazia era com mimeógrafo a álcool e dormindo debaixo da mesa, para poder o boletim ficar pronto no dia seguinte; então o Lino, nos ajudou em todos os sentidos; o Sidney também veio, a principio ficou conosco no Costa Rodrigues, com a escolinha de futebol e assim fomos todos, vindo sem um direcionamento efetivo. A gente veio para trabalhar, aonde, não sabia, onde tivesse lugar a gente ia se colocando e auxiliando e dinamizando de todas as formas, o esporte no Maranhão." (GONÇALVES, Marcos Antônio. Entrevistas) Biguá foi um dos pioneiros, junto com o Laércio, e comenta como se deu a sua vinda para o Maranhão, e em que circunstâncias: "Laércio Elias Pereira, em 1973, dez de... para ser preciso ele contatou comigo no dia 08 de setembro de 1973, foi contato maluco... eu queria era aventura, eu queria conhecer, eu tinha assim paixão, loucura para conhecer, viajar, eu sempre tive. Aí Laércio virou, dia 08 de setembro, virou para mim e disse: "Quer ir para o Maranhão?” - Virei, "como?" "Vai ter os Jogos - primeiros JEM’s 73 -, e eu preciso levar uns caras para apitar, ai tu vai apitando Handebol, tu queres ir?" Aí eu disse, "quando?" ele disse. "Depois de amanhã nós teremos que estar lá, não dá nem tempo de tu pensares!" Ai eu disse: "tô nessa". Eu nunca tinha andado de avião, nunca! Eu disse: "como é que nós vamos?" "não, o cara vai mandar passagem, tudo de avião." "De avião!?" Porra, eu não queria nem saber quanto eu ia ganhar, se eu não ia! eu queria era andar de avião, né. Eu digo "tô no clima", aí que é interessante... foi que eu cheguei em casa, ai eu disse para minha mãe, para minha mãe e meu pai.
"Olha eu vou embora, vou passar 15 dias no Maranhão, lá, 15 dias". Eu sei que no dia 10, eu estava aqui com o Laércio, desceu eu, Laércio ... Eu, Laércio, o rapaz, o professorzinho de... Milton usava uns óculos pequeninho - o nome completo dele, eu não lembro. Milton, Laércio, eu, Milton, Laércio... Uns três, nós três, ai descemos; o primeiro cara que manteve contato comigo, foi o J. Alves (José Faustino Alves, jornalista esportivo, aposentado - ver entrevistas), chegamos e lá estava J. Alves com um fusquinha da Difusora, fazendo reportagem, já dando em primeira mão, que nós tínhamos chegado, ai chegamos aqui, coincidentemente eu fazia aniversário no dia 25 de setembro e o JEM’s estavam rolando, foi a primeira demonstração de carinho do Cláudio Vaz, comigo, aí o Ginásio Costa Rodrigues lotado, lotado, lotado, ai ele parou o jogo e me deu um agasalho completo do Maranhão, me fez de presente, o ginásio inteiro cantando parabéns à você e eu, eu comecei a me agradar desde o começo, porque eu vim apitar handebol, mas de tanto eu me envolver com esporte, os caras chegavam aqui, pôr tem que colocar o Biguá, porque eu estava, eu impunha respeito, mas respeito não era imposição, eu apitava independente, eu não sabia o que falavam A ou B ou C, para mim eu estava lá apitando, colaborando com todo mundo, eu acabei apitando as 3 finais de handebol, final de basquete e final de voleibol. Eu não vim para jogar Handebol, eu vim para arbitrar o JEM’s em setembro; ai aconteceu o fato interessante, no último dia de JEM’s...nós tomamos conhecimento que iria ter o primeiro Campeonato Brasileiro de Juvenil de Handebol, até então - presta atenção -, em julho deste mesmo ano que eu cheguei. Ai é que quando o Laércio disse assim: "vai ter o primeiro Campeonato Brasileiro de Handebol Juvenil, vai ser em Niterói, vai ser final de novembro, em Niterói. Nós estávamos em setembro." “Aí, por, tu queres ficar para jogar?... Ai o Laércio disse, "você não topa ficar?" "Não, Laércio, eu trouxe pouca roupa, eu não trouxe nada para ficar aqui, eu não tenho nada para ficar aqui". Ai Alemão - Cláudio Vaz -, disse, "não seja por isso, eu te dou toda roupa, te dou tudo, vamos te dar tanto por mês, te damos comida, tudo o que quiser a gente te da". "Só que nós temos que trazer mais, só você não vai dar para segurar essa barra, porque o seguinte, em julho no JEB's em Brasília, a Seleção Paulista foi campeão Brasileira e o Maranhão foi 18o com todos os gatos que você possa imaginar, com os Rubinhos da vida (Rubem Teixeira Goulart Filho), Gafanhoto (José de Ribamar Silva Miranda), Paulão (Paulo Roberto Tinoco da Silva), Carlos (Carlos Roberto Tinoco da Silva, irmão de Paulo) e Ermílio (Nina), todos os gatos que você possa imaginar, nós conseguimos 18o lugar." "Ai Laércio disse: "Como é que a gente faz?”“. Eu disse: "Faz o seguinte, me arruma passagem e vou até São Paulo, eu vou conversar com meus pais e eu trago o Turco e Dugo que eram meus companheiros na General Motors. Laércio disse: " bem pensado". O Viché (Vicente Calderoni, professor de handebol da UFMA, hoje), nessa época jogava no Juvêncio, não jogava com a gente não. Ai Laércio disse: "Legal, legal". Ai, eu fui para São Paulo, contei a história para meu pai e minha mãe - eu vou voltar para o Maranhão -, convenci o Turco e Dugo. Ai o que acontece, o seguinte, eu vim na frente e eles ficariam de vir depois, eles estavam estudando - nós estudávamos no mesmo colégio, era no Colégio Barcelona, já nessa fase-, aí eles vieram; aí, nos fomos para o Brasileiro. Laércio, técnico; quando nós chegamos lá, para nossa belíssima surpresa, nós conseguimos o 3º lugar do Brasil. Você sai do 18º em julho, em novembro você em 3º lugar no Brasil; ficou São Paulo, Minas e Maranhão, daí que começou a força do Handebol no Maranhão; ai onde entra o Laércio, com o Viché, eu fui para ... Eu sai daqui, antes de ir para o Campeonato Brasileiro, para encontrar com os caras em Niterói, eu fui para São Paulo: "Pô precisamos arrumar um cara para trabalhar para gente, como técnico", porque o Laércio sempre foi uma pessoa de idéias, sempre foi uma pessoa de execução, então ele nunca gostou de ser técnico de handebol, ele sempre em todo lugar que ele passou, o seguinte, ele monta uma equipe de handebol, ele vê quem é o liderzinho, quem é o cara que pode botar para frente, ele larga e vai embora; ele sempre foi de projetos; ai eu estava conversando com ele, ele disse: "P..., a gente podia trazer Viché para cá, aquele cara do Juvêncio, aquele cara sabe, conhece as coisas";
"Quando eu for agora em São Paulo, eu convido ele". E quando eu fui para São Paulo, para me encontrar com a Seleção lá em Niterói, ai eu falei com Viché, falei olha: "É assim, assim,... nós vamos disputar um campeonato, agora, você esta a fim de ir para o Maranhão?"; Viché vinha passando por uma serie de problemas, lá na família dele e com ele próprio também, nessa época e foi interessante ele ter saído de São Paulo, ele estava envolvido em barras pesadíssimas em São Paulo, pesadíssimas a ponto de matar, de morrer; aí surgiu exatamente o lido, ele falou - "P... eu vou", aí ele veio comigo para Niterói; ele já começou a ajudar o Laércio na parte técnica, e de Niterói ele já veio com a delegação do Maranhão para cá e eu e Laércio fomos para São Paulo; fomos para não voltar mais, eu fui para não voltar mais, já conhecia a Tânia, com cinco dias que eu estava aqui, já eu estava namorando Tânia, mas eu tinha dito para ela... "Olhe, não sou daqui, não pretendo ficar aqui" "mas eu deixei bem claro - eu acho que por isso ate que ela gostou da minha sinceridade... acredito..."não pretendo ficar aqui, agora, se você quiser que a gente fique namorando, a gente vai namorar, agora não tem, não posso de dar esperança nenhuma", ai, quando chegou nessa época que eu fui para São Paulo. Ai já não era mais a minha praia. Ai não era, não era, nem eu tinha telefone na época na minha casa, nem Tânia tinha. Quando começamos a trocar, é... dezembro inteiro, ai veio janeiro cara não dá é mais isso para mim, ai eu já achava. Já não tinha nada haver comigo. Eu saia para conversar com meus colegas e eu achava que o papo era muito vazio, eu já não era mais aquele negocio para mim. Ai de repente Cláudio Vaz me liga, ele ligou, ele ligou, eu tinha desse meu tio que era vereador que ficava uns 400 metros da minha casa, então a pessoa ligava para lá e dizia - "Olha, fala para ele estar ai dentro de uns 10 minuto que eu ligo de novo", né, eu lembro ate o numero do telefone ate hoje 442-6778, hoje não existe mais esse numero, ai foram me avisar e eu fui lá, esperar o telefonema dele. Ele disse, "Olha, nos estamos com um projeto aqui de trabalhar firme no Handebol, estamos querendo que você venha, você vai trabalhar com as escolinhas" - e era tudo que eu queria né, só que eu, eu não sei to passando por dificuldade, e ele de novo abriu, me favoreceu tudo." (In ENTREVISTA) Laércio considera que foi uma espécie de catalisador, ajudando a desenvolver, a principio, o Handebol e, depois, batalhando a vinda de muitos professores, com o apoio do Cláudio Vaz -"a gente chamava para apitar os JEM's e, quando o professor chegava, já tinha alguma coisa”. Entrou e saiu da Escola Técnica mais de uma vez, para abrir vagas nesse processo. Na UEMA também. "Procurei colocar o Maranhão no Mapa...". Para ele, o que garantiu o apoio - e as refregas que levaram a algum progresso - foi a grande dedicação e o sucesso das equipes de Handebol, com participação decisiva do Viché e Biguá, alem dos “professores” que ajudávamos a treinar: Lister [Carvalho Branco Leão]21, Álvaro [Perdigão]22, Mangueirão [?]23... (PEREIRA, Laércio Elias, Entrevistas). Lino Castellani Filho - outro "paulista" - lembra de quando começou a trabalhar no Maranhão, em 1976, trazido pelo Sidney Zimbres: "Foi através do Sidney, que tinha ido para o Maranhão antes de mim na época eu estava, eu estava trabalhando em Ribeirão Preto, no Botafogo de Ribeirão Preto, e eles estavam
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LISTER CARVALHO BRANCO LEÃO, professor de Educação Física do CEMA/TVE, do Município e da FUNDEL, onde coordena o setor de esportes; atuou por muitos anos no handebol, e ultimamente, vem atuando com o Futebol de Bairros, organizando os campeonatos da fundação do Município; foi coordenador de desportos da SEDEL 22 ÁLVARO PERDIGÃO, ex-atleta de Handebol, passou a atuar como técnico, função que exerce até hoje, tanto no Estado como no Município e em diversas escolas particulares 23 MANGUEIRÃO, como é conhecido JOSÉ HENRIQUE AZEVEDO, ex-atleta de Handebol, passou a atuar como técnico, função que exerce até hoje, tendo conquistado vários títulos, tanto nos JEM's, como técnico da seleção estadual
montando equipe de trabalho no Maranhão: o Sidney estava empolgado, de férias em Atibaia, cidade onde ele morava, os familiares moravam, onde nós nos conhecemos, enfim. Ele fez alusão ao Maranhão, e me convidou para conhecer o Maranhão, e foi por ele então que eu fui no primeiro momento. Lá, montaram um esquema de visitas, todo ele sedutor, e eu fui totalmente seduzido pelo Maranhão. Foi em 76, começo de 76. Eu cheguei no Maranhão, eles fizeram uma proposta, me colocaram algumas possibilidades de trabalho, nesse jogo de sedução, em janeiro de 76; eu voltei, desvinculei os compromissos que eu tinha em Ribeirão Preto e fui para lá, definitivo em Fevereiro, Março de 76; e os meus primeiros trabalhos no Maranhão foram no MAC, Maranhão Atlético Clube, como Preparador Físico; eu dava aula no CEMA, Centro Educacional do Maranhão, em primeiro e segundo grau, e logo naquele mesmo ano eu me envolvi na construção de um projeto para Educação Física, na Educação Superior, na... hoje UEMA, naquela época FESM; não tinha curso de Educação Física, tinha o setor de prática esportiva, por conta da implementação daquele decreto, daquela lei 6251 de 75 que já apontava, para a regulamentação de 77 que veio, que veio depois, e falava da parte esportiva obrigatória; e eu, o Zartú, que trabalhamos em torno do projeto. O Zartú era o coordenador na época, e eu tive essa associação. Eu entrei na Universidade Federal do Maranhão em 78, não era administrativo não, era um cargo técnico era...Técnico em Assuntos Educacionais, ligado a um projeto de desenvolvimento do esporte universitário vinculado a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis. O DAC era o Departamento de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de Extensão, mas eu estava ligado ao DAE, Departamento de Assuntos Estudantis; e depois fui para o outro departamento, de Interiorização, que me levou a desenvolver projetos coletivos de políticas públicas pelo interior do Maranhão; nesse meio tempo eu já fiz parte, mesmo como técnico em assuntos educacionais, do primeiro corpo docente, da criação do curso de Educação Física da UFMA; eu já assumi, de cara, a responsabilidade por duas disciplinas lá, lembro que uma delas era organização esportiva; a outra eu não sei, não lembro qual era; e todo processo de criação do curso, lá, eu me envolvi desde o primeiro momento, com o grupo; mesmo em eu formalmente na função de técnico mas, eu, Mary, Sidney, Laércio, desenvolvemos a criação do Curso Educação Física do ITA, depois virou MENG né?; Hoje OBJETIVO, mas na época, o curso funcionou na época do ITA; tinha a Terezinha Rego, que era a dona do ITA; mas aí na época do Márcio já não tinha mais o curso, nós ficamos um pouco, e o curso cutucou o pessoal da Universidade Federal, a correr atrás do processo de criação do curso da Federal, não é. Eu praticamente desenvolvi o projeto, mas eu, propriamente não trabalhei, eu só me envolvi no projeto, já naquela época a FESM, eu acho que foi um pouco depois da minha chegada não foi em 76 não, foi já em 77 depois do decreto 80.228, que sistematiza a questão do esporte Universitário, o que eu fiz quando eu cheguei, além do MAC, do CEMA, foi trabalhar no SESC, e foi aí o meu primeiro contato com o Dimas por que o Dimas era professor do SESC; Eu praticamente entro no lugar dele. (CASTELLANI FILHO, Lino. Entrevista). Aldemir Mesquita, professor de educação física da antiga ETFM, onde dava aulas de futebol de salão e handebol, fala da importância desses professores "estrangeiros" para o desenvolvimento do esporte em Maranhão “... chegava uma pessoa aqui em São Luís, que praticava esporte, que treinava, chegava - eu sou professor de Basquete - começava a trabalhar ... [Prof. Ronald] dava oportunidade nessa época para ele aqui no CEFET, na Escola Técnica; arranjava um contrato provisório de dois meses, três meses ele vinha treinava e nós tínhamos professor de basquete, às vezes nós tínhamos treinador de vôlei, mas ele convidava, como se fosse em vez do professor sair daqui para fazer uma especialização lá fora, seria mais difícil ele tirar uma pessoa daqui para fazer uma especialização lá fora.
Chegava um professor, um professor desse aqui em São Luís, na hora que ele chegava ele via a qualidade do rapaz ele fazia um contrato de prestação de serviço com a escola ... aconteceu com vários professores que eu conheci, inclusive era colega nosso, mas eu sempre dizia assim - nós vamos aprender com esse pessoal, nós não temos oportunidade de sair daqui, eles estão trazendo conhecimento para nós. Então achava como a pessoa chegava aqui era estrangeiro, era aquilo, aquilo outro, havia aquela critica muita das pessoas desinformadas às vezes falava isso, mas fui o único que defendi isso, era o conhecimento para ter uma visão melhor do esporte. O professor [Ronald] fez muito isso, deu oportunidade dentro da Escola Técnica, nem uma vez para tomar o lugar de ninguém." (MESQUITA, Aldemir carvalho de. Entrevistas).
Durante este período, houve alguns investimentos, principalmente com apoio financeiro do DEF. Por meio do então Ministério da Educação e Saúde, existente na época, foram oferecidos cursos de capacitação aos associados, com prestigiados professores do exterior, entre eles: Auguste Listello (França) ministrou em São Luís-MA, Gehrard Schimidt (Áustria), Ivan Vargas (Iugoslávia), Piero Manarino (Itália), Margareth Froelich (Suécia) e Ilona Peuker (Hungria), esta morava no Brasil na época (figura 2) (MAZO; MARTINI; OZIN, 2010). Figura 2 - Curso em São Luís Fonte: Foto tirada em 1978 e publicada em Pereira (2018)
MEMÓRIAS DA ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAL DO CAMPO E HABITUS ESPORTIVO MARANHENSE: ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E LAZER DO ESTADO DO MARANHÃO – APEFELMA (1980-2000) JOSÉ CARLOS RIBEIRO
Entrevista concedida ao autor por Laércio Elias Pereira, em 10 de setembro de 2017, na cidade de São LuísMA. Outro entrevistado neste rol de personalidades que ajudaram a reconstruir as memórias da Associação no Maranhão foi o professor Laércio Elias Pereira. Segundo os dados da tese de Laércio Pereira, a trajetória de atuação profissional em Educação Física teve como ponto de partida, uma participação dedicada em todas as formas de disseminação da informação que estiveram direcionando a área do jornal do centro acadêmico a internet (PEREIRA, 1998). O seu trabalho continuou sempre entre as publicações e as instituições de preparação e de organização profissional. “Opinião” a coluna do Jornal do CA foi aceita como “Rumorismo” na Revista Esporte e Educação, “Revista na (sic) Associação dos Professores de Educação Física do Estado de São Paulo”. O último número da Revista Rumorismo perdurou até o ano 1977, “que teve como editor o autor da coluna, apostando na esperança de que o mestrado então recém-implantado na Universidade de São Paulo - tema da capa - nunca mais iria deixar desaparecer revistas de Educação Física por falta de artigos” (PEREIRA, 1998, p. 3). Em 1978, participou da criação do CBCE, e da composição das diretorias até 1985, que, também, serviu como campo de atuação na informação cientifica no campo esportivo. A organização de congressos, o acompanhamento da Revista Brasileira de Ciências do Esporte, o Boletim Brasileiro de Ciências do Esporte e o informativo da Diretoria “Pensando Alto” exigiram um aprofundamento importante no universo dessa informação cientifica. Em 1984, ainda segundo o autor, a seção Rumorismo voltou em outra revista “Corpo e Movimento” da APEF-SP. Para professor Laércio Elias Pereira, o Estado do Maranhão vivenciou uma das mais ricas experiências com televisão educativa do Brasil na década de 1970: “a televisão era um recurso a ser explorado pela Educação Física. A produção e as aulas eram grandes recursos de informação para os professores”. Entre 1984 a 1985, contribuiu, também, na participação das discussões sobre as publicações da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, e na reativação de secretarias estaduais, como responsável pela secretaria regional da SBPC na Região Norte (PEREIRA, 1998). No âmbito acadêmico, a participação na busca de um adequado suporte de informação para a primeira turma de mestrado da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo (EEFUSP) - na medida em que integrávamos a Comissão de Pós-Graduação como representante discente - levou a busca de disciplinas (Mídias Alternativas e Cibernética Pedagógica) na Escola de Comunicações e Artes (ECAUSP), onde se deu o início do contato com as „mídias alternativas‟ (que mais tarde, com o aumento da capacidade de processamento dos computadores, permitindo a maior interatividade entre as pessoas e as maquinas, passariam a ser chamadas de „mídias interativas‟) (PEREIRA, 1998, p. 4). Nos dados de sua tese o professor Laércio Elias Pereira afirma que nas disciplinas da ECA entrei em contato com o que mais tarde passou a ser chamado de “mídias interativas”. Em 1985, durante o doutorado em comunicação, que não concluí - apresentei com o professor Gabriel Munoz Palafox – que veio do México para estagiar no Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) que, na época, cursava o mestrado em Educação, tinha na bagagem um moderno computador de 8 bits - a proposta de um calendário esportivo em videotexto, que todavia, “não encontrou patrocinador, mas serviu para um bom treinamento na iniciação com a informática e as perspectivas do uso do computador na comunicação, já que o videotexto foi um precursos da WWW”. (PEREIRA, 1998, p. 5).
Entre 1985 a 1986, na Comissão Ministerial, elaborou as propostas de uso do satélite Brasilsat I pela Educação, além da responsabilidade de coordenar, pelo lado do Ministério da Educação e Cultura, o projeto que implantou o Sistema Brasileiro de Informação e Documentação Esportiva (PEREIRA, 1998). Na década de 1980, precisamente na segunda metade, a convite formulado por João Batista A. G. Tojal, Diretor da recém-instituída Faculdade de Educação Física da Universidade de Campinas (UNICAMP), para submeter-me ao processo de seleção e depois trabalhar como professor de Handebol na UNICAMP 1986/1990 - trouxe um novo folego ao trabalho, com informação em Educação Física servindo como ponto catalisador das experiências anteriores (PEREIRA, 1998). Com promoção da Faculdade de Educação Física e do Núcleo de informática Biomédica (NIB) - da Unicamp, coordenamos o I Simpósio Brasileiro de informática em Educação Física e Esportes - chancela do CBCE - em 1987, e o segundo como satélite do Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte (CONBRACE) de 1989, em Brasília. Enquanto isso, como parte das atividades do doutorado na ECA-USP, estreitamos os contatos - iniciados no CBCE - com os pesquisadores de Educação Física e Esportes (EFE) - no exaustivo trabalho de entrevista-los para estudar o „Fluxo de Informação entre os Pesquisadores de Educação Física e Esportes no Brasil‟. A convivência na Escola de Comunicações e Artes da USP serviu, também, para participarmos dos trabalhos de implantação do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas a Educação - Escola do Futuro, USP, inaugurado em 1988 (PEREIRA, 1998, p. 6-7). Em 1990, retornou ao Maranhão, mas no ano seguinte, transferiu-se para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o intuito de reintegrar-se aos trabalhos do Sistema Brasileiro de Documentação e Informação Desportiva (SIBRADID). 58
DISCUSSÕES SOBRE TESAURO E EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL Para apresentar as discussões nacionais sobre o tema tesauro e Educação Física, procedemos ao inventário histórico e à descrição de todos os eventos diretos e indiretos que conseguimos identificar desde o primeiro registro do tema até o final de abril de 2009. Os Primeiros Trabalhos Acadêmicos Até onde nossa revisão avançou, é possível afirmar que as primeiras iniciativas acadêmicas sobre o tema tesauro e Educação Física no Brasil foram registradas em 1990, no primeiro Encontro de Pesquisadores do Maranhão (ANDRADE FILHO; PERREIRA NETO; VAZ; PEREIRA, 1990; PEREIRA; VAZ; REIS; ANDRADE FILHO; PERREIRA NETO, 1990; VAZ; PEREIRA; REIS, 1990). Os trabalhos apresentados neste evento discutem, indireta e diretamente, o tema em tela. Figura 1.
Os dois primeiros trabalhos têm relação de dependência com o que será descrito a seguir. Figura 3.
O Processo de Tradução do SIRCThesaurus Entre os anos de 1994 e 1996, a professora Hagar Espanha Gomes coordenou a primeira tradução do Tesauro do SIRC para o português brasileiro, para ser usado pelo Sistema Brasileiro de Documentação e Informação Desportiva (SIBRADID) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Criação da Lista Cevtesauro Em 2007, Laércio Elias Pereira, Rafael Guimarães Botelho e Cristina da Cruz de Oliveira criaram e coordenaram a lista de discussão Tesauro em Educação Física e Esportes (cevtesauro), que surgiu como lista privada no Centro Esportivo Virtual (CEV). No início de 2008, a lista foi aberta à comunidade científica. Figura X. Lista Cevtesauro – Tesauro em Educação Física e Esportes (2008)
O escopo principal da lista era retomar a idéia de Criação do Tesauro Brasileiro em Educação Física e Esporte e, ao mesmo tempo, verificar a demanda de inscrições na lista. Como houve apenas uma inscrição na lista, decidimos convidar alguns participantes. Durante o período ativo da lista, que reuniu um total de 15 pessoas, o fluxo de informação gerado foi de 20 mensagens, enviadas por quatro participantes (os três coordenadores e o professor Leopoldo Gil Dulcio Vaz). Isto, decerto, nos levou a interromper a lista temporariamente e a repensar a melhor estratégia para disseminação do tema em âmbito nacional. Iniciativas Acadêmicas sobre o Tema Tesauro e Educação Física Em dezembro de 2008, foi realizada a oficina Tesauro em Educação Física e Esportes (MOURA, 2008), como parte do segundo Congresso Brasileiro de Informação e Documentação Esportiva (CONBIDE). No dia 27 de abril de 2009, foram apresentadas as palestras Tesauros internacionais existentes em Educação Física, por Rafael Guimarães Botelho e Critérios a considerar para a construção de tesauros e aplicação à área da Educação Física, por Cristina da Cruz de Oliveira. Elas foram transmitidas por sistema de videoconferência desde a Universitat Autònoma de Barcelona, na Espanha, e fizeram parte do programa do
segundo Encontro de Gestão da Informação e do Conhecimento em Acervos Esportivos no Estado de São Paulo. Por meio deste bosquejo histórico conseguimos, decerto, identificar a origem e o desenvolvimento do tema, seus progressos e digressões, e, com isto, entender a situação atual do conhecimento nacional produzido. REFERÊNCIAS ANDRADE FILHO, Santiago Sinésio; PEREIRA NETO, Francisco Dias; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. Programa de implantação de um banco de dados bibliográfico em ciências do Esporte. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, 1., 1990, São Luís. Anais... São Luís: EDUFMA, 1990. v.1, p. 47. ENCONTRO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO EM ACERVOS ESPORTIVOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2., 2009, São Paulo. Anais... São Paulo: Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, 2009. Disponível em: <http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/esportes/servicos/biblioteca/0038>. MOURA, Maria Aparecida. Tesauro em Educação Física e Esportes – Coord. Sibradid/ECI UFMG [Oficina]. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO ESPORTIVA, 2., 2008, Belo Horizonte. Programação… Belo Horizonte: UFMG, 2008. PEREIRA, Laércio Elias; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; REIS, Lúcia; ANDRADE FILHO, Santiago Sinésio; PEREIRA NETO, Francisco Dias. Organização da informação em ciências do esporte veiculada em periódicos de língua portuguesa. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, 1., 1990, São Luís. Anais... São Luís: EDUFMA, 1990. v.1, p. 49. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias; REIS, Lúcia. Indexação: em busca da construção de um tesauro em ciências do esporte. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, 1., 1990, São Luís. Anais... São Luís: EDUFMA, 1990. v.1, p. 50.
O QUE ERA O CEDEFEL-MA24 Ainda em 1979, quando Laércio e eu planejávamos o que fazer na SEDEL, em uma reunião na casa dele, e ouvindo Som Brasil – com o Rolando Boldrin, e ao fundo Chitãozinho e Xororó e Pena Branca e Xavantinho, criamos um Decálogo, do que seria nossa atuação naquela recém-criada Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão... Não sei onde esta esse documento, mas foi por ele que baseamos nosso trabalho desde essa época; e um deles estava a criação de um sistema (ferramenta) para disseminação de informação – dai o CEDEFEL… O artigo que falei que foi um dos primeiros a tratar do assunto, não como um tesauro, mas como um vocabulário controlado – lembrei do termo! – que estávamos construindo, a partir do estudo da Stella Vercesi publicada na revista Paulista de Educação Física vol.3, n. 4, jun 198925. Lembrando: Em 1979 foi criada a Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão – SEDEL – a primeira do Brasil, com um Departamento de Estudos e Pesquisas; Laércio era assessor especial; eu estava lotado na Coordenação de Esportes, depois passei a assessorar o assessor… Sai em 1981 – voltei para a Secretaria de Educação, mas continuei prestando ‘consultoria’ – isto é, trabalhando sem receber… Logo em 1980 a I Conferencia Latino-americana de Informação e Documentação Esportiva – a segunda seria em São Luís, em 1981… O Laércio foi um dos representantes do Brasil – fez uma exposição sobre o CBCE e sobre o CEDEFEL-MA – ai que ele passou a existir… Foi ‘inventado’ para esse encontro, na Colômbia26. O problema seguinte – a SEDEL-MA, e o CEDEFEL-MA, junto com a UFMA, UEMA, e CEFET-MA = hoje IF-MA - seriam os responsáveis pela organização do evento – seja, Laércio e eu… Mas… Não tínhamos pesquisas… Passamos a incentivar alguns professores a produzirem alguma coisa para apresentar no ano seguinte… Foi o inicio da pesquisa em Educação Física e Esportes no Maranhão27… Para atacar o problema da dispersão da Informação em Ciências do Esporte foi desencadeado um trabalho de indexação de artigos de revistas no início da década de 80 que serviu de base para a implantação de um Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Esportes e Lazer - CEDEFEL. As ações do CEDEFEL estavam voltadas para um processo de criação de um modelo de "Centro Referencial" informação sobre a informação - com o objetivo de recuperar e organizar as informações básicas em Educação Física, Esportes e Lazer e efetivar a comunicação entre especialistas (VAZ, PEREIRA, 1992) 28. Criamos – Laércio e eu – um Centro de Estudos29 que funcionou em uma pasta de papelão que tínhamos, e era itinerante – funcionava onde estávamos – em minha casa, na casa dele, na SEDEL, na ETFM, na UFMA, na UEMA. Locais onde trabalhávamos – era um “centro virtual”, pois só existia em nossa mente – dai considerar como a base do CEV30. Laércio jamais abandonou a ideia e a aprofundou… Mas fizemos acontecer… 24
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. 30 ANOS DO I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES (19 a 2011-1987 - Brasil. Campinas – SP) – 27/11/2017 /CONSTRUÇÃO DE UM TESAURUS EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES. Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Escola Técnica Federal do Maranhão 25 SILVA, Maria Stella Vercesi. Adaptação da Classificação Decimal de Dewey para Educação Física. REVISTA PAULISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 3 (4): 43-49, jun. 1989. 26 I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 27 “DECLARACION DE MEDELLIN...”, em seu Acuerdo 2, decide-se pela realização dos próximo eventos: 1981 II conferencia en SAN Luis, Maranhão, Brasil; 1982 III Conferencia em BUENOS AIRES, Argentina; 1983 IV Conferencia en CARACAS, Venezuela. (p. 255 (in. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS.. 28 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. PEREIRA, Laércio Elias. ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DO ESPORTE: A EXPERIÊNCIA DO CEDEFEL-MA. Tema livre apresentado no XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CI ÊNCIAS DO ESPORTE, São Caetano do Sul, outubro de 1992 29 VAZ, PEREIRA, 1992, citado 30 PEREIRA, Laércio Elias. CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL: Um Recurso de Informação em Educação Física e Esportes na Internet. Tese apresentada a Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas como requisito para a obtenção do titulo de Doutor em Educação Física, área de Educação Motora, por Laércio Elias Pereira, Orientador Prof. Dr. Joao Batista
A ideia surgiu da necessidade. Laércio foi para um congresso internacional de documentação esportiva acontecido na Colômbia – Medelín31; por conta disso, o 2º viria para o Brasil – Maranhão… Nunca aconteceu… Como não sei se aconteceram os demais conforme programado…32. Mas o Heiz Guiberhienz do Convenio Colômbia-Alemanha (veio, junto com o Ulrich Jonathan – técnico da seleção olímpica de atletismo da Alemanha; viveu alguns anos da Argentina…) …chegaram a vir ao Maranhão para tratar desse assunto e vendo o trabalho de ‘organização da informação’ que fazíamos, propôs outros convênios… (1980)33. O CEDEFEL-MA – Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Esportes e Lazer do Maranhão, integrado pelas UFMA e SEDEL (Laércio) e ETFM e UEMA (eu) teve uma importante e vasta produção científica… cinco trabalhos apresentados naquele I Encontro de Pesquisadores34; depois, dois trabalhos na SBPC, e mais dois trabalhos apresentados nos encontros do CELAFICS, além de alguns CONBRACEs… tudo virtual, de dentro daquela pastinha35...
Andreotti Gomes Tojal, Campinas, 1998. Disponível em http://cev.org.br/biblioteca/centro-esportivo-virtual-umrecursoinformacao-educacao-fisica-esportes-internet/ 31 ). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 32 “DECLARACION DE MEDELLIN...”, em seu Acuerdo 2, decide-se pela realização dos próximo eventos: 1981 II conferencia en SAN Luis, Maranhão, Brasil; 1982 III Conferencia em BUENOS AIRES, Argentina; 1983 IV Conferencia en CARACAS, Venezuela. (p. 255 (in. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 33 Dos acordos – 1981 – II Conferencia en São Luis –Maranhão – Brasil!!!! I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO DESPORTIVA NA AMERICA LATINA; Literatura Desportiva latino-americana; Declaração de Medellín. EDUCACIO FISICA Y DEPORTE – n.2, ano 2, maio 1980 – Órgão oficial do Instituto de Ciências do Desporto – Universidade de Antioquia – Convenio Colombia-Alemanha; 34 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio & PEREIRA, Laércio Elias. Coleta de bibliografia para processamento por computador. ENCONTRO DE PESQUISADORES DA UEMA, I, São Luís, 1986. ANAIS... São Luís, 1986. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio & PEREIRA, Laércio Elias & Outros. Indexação: em busca da construção de um thesaurus em Ciências do Esporte. ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, I, São Luís, 1990. ANAIS... São Luís, 1990. PEREIRA, Laércio Elias; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio, e Outros. Organização da Informação em Ciências do Esporte veiculada em periódicos de língua portuguesa. ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, I, São Luís, 1990. ANAIS...São Luís: UFMA, 1990. PEREIRA, Laércio Elias; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; REIS, Lúcia; ANDRADE FILHO, Santiago Sinésio; PEREIRA NETO, Francisco Dias. Organização da informação em ciências do esporte veiculada em periódicos de língua portuguesa. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, 1., 1990, São Luís. Anais… São Luís: EDUFMA, 1990. v.1, p. 49. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias; REIS, Lúcia. Indexação: em busca da construção de um tesauro em ciências do esporte. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, 1., 1990, São Luís. Anais… São Luís: EDUFMA, 1990. v.1, p. 50. 35 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. PEREIRA, Laércio Elias. ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DO ESPORTE: A EXPERIÊNCIA DO CEDEFEL-MA. Tema livre apresentado no XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CI ÊNCIAS DO ESPORTE, São Caetano do Sul, outubro de 1992 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Memórias da Documentação Esportiva No/do Brasil. In CEV/BIBLIOTECONOMIA E CIENCIA DA INFORMAÇÃO EM EF & ESPORTES; 06/05/2016, disponível em http://cev.org.br/comunidade/biblioteca/debate/arquivo/tema/tesauro VAZ, L. G. D. ; ANDRADE FILHO, S. S. ; FERREIRA NETO, F. D. Implantação da Informática no CEFET-MA. Seminario De Informatização Da UEMA, I, 1991. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Da 45ª Reunião Anual Da SBPC, Recife, 11 a 16 de julho de 1993, Vol. 1 p. 394, A.11 Motricidade Humana e Esportes, 6- A. 11 (Resumo). VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Belém – Pará, 06 a 10 de setembro de 1993, Universidade Federal do Pará, p. 136 (Resumo) VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Produção do conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro. JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFMA, III, São Luis, 05 a 08 de dezembro de 1995. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Produção do conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro in REVISTA MOVIMENTO HUMANO 7 SOCIEDADE, n. 5, ano II, Edição Especial. ANAIS…, p. 14-21 PEREIRA, L. E. ; VAZ, L. G. D. . Centro Esportivo Virtual – CEV. In: Lamartine Pereira da Costa. (Org.). ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. 1 ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005, v. 1, p. 769-770. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CONSTRUÇÃO DE UM TESAURUS EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES. IN I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES De 19 a 20-11-1987 - Brasil. Campinas - SP
Começamos a elaborar a indexação de periódicos especializados – o primeiro saiu da minha coleção da Revista Brasileira de Educação Física, editado pela SEED/MEC e feito pelo Laércio, publicado pelo MEC/SEED; depois comecei a adquirir a coleção da Stadium, um ano por mês, e a indexar – fizemos 23 anos da revista… (PEREIRA, 1983) 36. Por fim, junto com o pessoal da ETFM (VAZ, ANDRADE FILHO, FERREIRA NETO, 1991) 37, criamos um banco de dados, utilizando (dinossauro) DBase, depois o DBase III, e utilizando Clipper e DBase III Plus; o LTI da EB-UFMG – Luizinho – ajudou muito na fase final, com os programas e as ferramentas computacionais (VAZ, PEREIRA; LOUREIRO, 1993) 38; lembro que a Escola de Engenharia da UFMG tinha acesso, já, à Internet; fizemos nossos endereços e começamos a utilizá-la; depois já era possível o acesso através do LTI-EB e por fim, da EEF/SIBRADID39… Chegamos a ter 5.013 artigos indexados, de 13 revistas dedicadas em português/Brasil… ( VAZ, PEREIRA, 1993, a, b)40.
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PEREIRA, Laércio Elias. INDICE DA REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS. Brasília : SEED/MEC, 1983 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Stadium. São Luis: SEDEL, 1984 (Edição em microficha). A “Stadium”, da Argentina, cujo índice foi publicado no formato de microficha, e distribuído através de um ‘clube de microficha’ inventado pelo Prof. Laércio Elias Pereira e distribuída a edição por todo o Brasil, aos “assinantes”; VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Corpo & Movimento. São Luis: UEMA, 1987 (inedito); VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Desportos & Lazer. São Luis: UEMA, 1987 (inédito); VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Comunidade Esportiva. São Luis: UEMA, 1987 (inédita); VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Índice da Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Revista Brasileira De Ciencias Do Esporte 10 (1): 33-45, set. 1988. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Handebol – Bibliografia básica. Encontro De Treinadores De Handebol, I, Campinas, 1988. ANAIS..., Campinas, 1988. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Kinesis. Santa Maria: UFSM, 1990. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Natação – Bibliografia Básica. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 1 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Natação – Bibliografia. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 2 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Psicologia aplicada ao esporte. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 3 Seguiram-se as indexações dos seguintes periódicos: ‘Arquivos’ da Escola Nacional de Educação Física (1992); ‘Boletim da FIEP’ (1992); ‘Artus’ (1992); ‘Homo Sportivus’ (1992); ‘Motrivivencia’ (1993), e o vol 4 dos “Cadernos Viva Água”, sobre Natação para Crianças, com a produção de Stephen Langersdorff (1994). 37 VAZ, L. G. D. ; ANDRADE FILHO, S. S. ; FERREIRA NETO, F. D. Implantação da Informática no CEFET-MA. SEMINARIO DE INFORMATIZAÇÃO DA UEMA, I, 1991. 38 VAZ, L. G. D. ; PEREIRA, L. E. ; LOUREIRO, Luis Henrique. Protocolo De Indexação De Periódicos Dedicados A Educaçao Fisica, Esportes E Lazer Em Lingua Portuguesa. 1993. Software sem registro de patente. 39 SIBRADID - O Sistema Brasileiro de Documentação e Informação Desportiva - SIBRADID é uma rede de informações cuja unidade central, está sediada na Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG. A parceria com Instituições de ensino superior e de pesquisa (denominados Centros Cooperantes) é realizada através da assinatura de convênios de cooperação técnica. O objetivo da unidade central é prestar serviços e fornecer produtos de informação em Ciências do Esporte, Educação Física e áreas afins à comunidade e aos demais setores da sociedade, promovendo e disseminando o uso das informações contidas nas bases de dados do Sistema, possibilitando a prestação de serviços de acesso a documentos através da Comutação Bibliográfica (Biblioteca da EEFFTO). O principal serviço do Sistema é disponibilizar, através da Internet, a seguinte base de dados: SIBRA - Base de Dados Bibliográficos Nacional – que contém referências bibliográficas da produção científica nacional (monografias, artigos de periódicos, capítulos de livros, anais de congressos, dissertações e teses). https://www.bu.ufmg.br/bu/index.php/base-de-dados/sibradid Oficialmente o SIBRADID teve as suas atividades encerradas no dia 5 de dezembro de 2011, conforme ata da congregação da EEFFTO. PEREIRA, Laércio Elias. O Sibradid Encerrou Suas Atividades em Dezembro de 2011. CEV/ Biblioteconomia e Ciência da Informação em EF & Esportes, 04/05/2014, http://cev.org.br/comunidade/biblioteca/debate/o-sibradidencerrou-suasatividades-dezembro-2011/ 40 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Da 45ª REUNIÃO ANUAL DA SBPC, Recife, 11 a 16 de julho de 1993, Vol. 1 p. 394, A.11 Motricidade Humana e Esportes, 6- A. 11 (Resumo). VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Belém – Pará, 06 a 10 de setembro de 1993, Universidade Federal do Pará, p. 136 (Resumo)
O principal problema era o resgate da informação; dai termos desenvolvido empiricamente, um tesauro41 – somente eu dominava, pois era o responsável pela catilografia(gração) (hoje, seria digitação); começamos com aquelas fichinhas de referência bibliográfica, que se aprende nos cursos de iniciação a pesquisa, depois passamos a utilizar um COBRA 286 – o máximo da tecnologia da época; e poderia haver consulta on line via MANDIC – quem lembra? era pré-internet, só depois (final de 92) havia acesso via internet…. Para os primeiros trabalhos de indexação foi criada uma “ficha de Coleta de Bibliografia” a partir do modelo e das sugestões oferecidas pela Sra. Ofélia Sepúlveda, documentalista do BIREME42. Os artigos eram indexados43 com ate cinco palavras-chave, que poderiam ser recuperadas, remetendo ao – CORRIDAS – VELOCIDADE – TREINAMENTO – TECNICA – numa ordem hierárquica, da mais ampla para a mais especifica – recuperável por qualquer uma das p – FUNDAMENTOS – PASSES – PASSE DE PEITO – TREINAMENTO – METODOLOGIA DE ENSINO – JOGOS PRE-DESPORTIVOS – JOGOS COM BOLA – MINI-HANDEBOL Desde o início o trabalho sofreu a dificuldade da inexistência de um tesauro 44 que servisse de repertório para obtenção de palavras-chave essenciais à indexação. Construiu-se um glossário a partir da listagem acumulada em 20 anos de experiência da Escola de Educação Física da USP pela documentalista Maria Stella Vercesi da Silva45, que recebeu modificações por parte dos dois autores, já que a “Terminologia aplicada à Educação Física ”46 de Tubino (1985)47, que se mostrou insuficiente. 41
BARRETO, Aldo. UM TESAURO CONSTRUIDO COM PALAVRAS. In VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CEV/BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO EM EF & ESPORTES; 13/09/2010, disponível em http://cev.org.br/comunidade/biblioteca/debate/um tesouro-construido-palavras/ O Thesaurus de Roget teve grande sucesso de público nos países de língua inglesa e foi também traduzido para diversas línguas. A palavra thesaurus etimologicamente significa tesouro tendo sido usado durante muitos séculos para designar um léxico, ou um tesouro de palavras. Esta palavra popularizou-se a partir da publicação do Thesaurus of English Words and Phrases, de Peter Mark Roget, em Londres, 1852. O subtítulo de seu dicionário expressa bem o objetivo: classsified and arranged so as to facilitate the expression of ideas and to assist in literary composition (Roget, 1925) O sentido actual da palavra remete a um catálogo classificado de palavras, reunindo-as pela ordem alfabética, de acordo com as “ideias que exprimem: conceitos abstractos, espaço, matéria, intelecto, vontade e afeição. O Thesaurus de Roget expressa bem o que o autor pretendia com sua obra: classificar e ordenar para facilitar a expressão de ideias e auxiliar na narrativa. A questão é colocada da seguinte forma:um catálogo de palavras mostrando significados análogos vai sugerir, por associação, outras imagens de pensamento. Na adaptação da obra de Roget para o francês o seu título ficou Dictionnaire idéologique: recueil des mots, des phrases, des idiotismes et des proverbes de la langue française classés selon l’ordre des idées. Assim nos países de língua latina os thesaurus e dicionários analógicos são também conhecidos como dicionários ideológicos no sentido de aumentação de ‘ideias’. O Thesaurus de Roget é um peça importante na história da informação e sua técnicas e pode ser visto ou baixado integralmente no site: Roget’s Thesaurus of English Words and Phrases. http://www.gutenberg.org/files/10681/10681-h-body- pos.htm 42 BIREME – Centro Latino americano e do Caribe de Infortmação em Ciências da Saúde, é um Centro Especializado da Organização Pan Americana de Saúde - OPAS, estabelecido no Brasil desde 1967, em colaboração com Ministério de Saúde, Ministério da Educação, Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e Universidade Federal de São Paulo. In http://www.bireme.br/local/Site/bireme/homepage.htm) 43 A indexação é a operação que consiste em descrever e caracterizar um documento com o auxilio de representações dos conceitos contidos nesses documentos, isto é, em transcrever para linguagem documental os conceitos depois de terem sido extraídos dos documentos por meio de uma análise dos mesmos. A indexação permite uma pesquisa eficaz das informações contidas no acervo documental (in http://joaquim_ribeiro.web.simplesnet.pt/Arquivo/pdf/class_index_pdf.pdf) . 44 O tesauro tem sido considerado como uma linguagem de indexação. Isto é verdade, quando ele está em uso num serviço de recuperação de informação, e destinado ao uso para o qual é desenvolvido, com regras para sua utilização. (in GOMES, Hagar Espanha; CAMPOS, Maria Luiza de Almeida. Tesauro e normalização terminológica: o termo como base para intercâmbio de informações. DATAGRAMAZERO - Revista de Ciência da Informação - v.5 n.6 dez/04, disponível em http://www.dgzero.org/dez04/Art_02.htm) 45 SILVA, Maria Stella Vercesi. Adaptação da Classificação Decimal de Dewey para Educação Física. Revista Paulista De Educação Física, 3 (4): 43-49, jun. 1989 46 Terminologia, em sentido amplo, refere-se simplesmente ao uso e estudo de termos, ou seja, especificar as palavras simples e compostas que são geralmente usadas em contextos específicos. Terminologia também se refere a uma disciplina mais formal que estuda sistematicamente a rotulação e a designação de conceitos particulares a um ou vários assuntos ou campos de atividade humana, por meio de pesquisa e análise dos termos em contexto, com a finalidade de documentar e promover seu uso correto. Este estudo pode ser limitado a uma língua ou pode cobrir mais de uma língua ao mesmo tempo
Silva (1989), em seu estudo, refere-se a trabalho anterior também desenvolvido na USP, com a extensão da classe 796 da CDD, já insuficiente para atender a uma biblioteca específica. Essa extensão foi apresentada por Irene Meneses Dória, durante o I Congresso Paulista de Educação Física, realizado no ano de 194048, aplicada na Biblioteca do Departamento de Educação Física e Esportes. Durante 15 anos essa extensão atendeu às necessidades de classificação de livros da Biblioteca da EEF/USP: “Há algum tempo, com o acumulo de novos documentos ficou patente o desdobramento de itens que estavam defasados na área de Educação Física e Recreação. Este fato levou-me a idealizar uma nova ampliação, em colaboração com Olga S. Martucci49, que atendesse à demanda atual. Essa ampliação das classes 790 e 796 é divulgada com o intuito de auxiliar os bibliotecários que atuam na área de Educação Física e Esportes (p. 43) “[...] O Índice de Assuntos, inicialmente foi adotado o ‘Sears listo f subject headings’ (Frick, 59 e Westby, 72)50 que foi idealizado para auxiliar as bibliotecárias e unificar os assuntos nas Bibliotecas, mas a convivência na área fez sentir a necessidade de inúmeras adaptações para atender o interesse do usuário. Criou-se um Thesaurus, vocabulário específico de uma área do conhecimento, apropriado para Educação Física e Esportes, que poderá ser solicitado à Biblioteca da Escola de Educação Física da Universidade, pelos interessados”. (p. 45). (grifos nossos). Iniciou-se então um cotejamento51, primeiro com o tesauro da EEFUSP, e, depois com o “Thesaurus em Ciências do Esporte” da UNESCO, o da IASI52, e outros53, dos quais tomamos conhecimento a partir daquela participação do Prof. Dr. Laércio Elias Pereira na “I Conferencia sobre Documentacion e Informacion Deportiva em Latinoamerica”. Lá, se discutiram problemas relacionados com a “Terminologia deportiva” 54, e foi apresentado um “Informe sobre La X reunión internacional de la comisión ‘Thesaurus’ de la I.A.S.I. - 11 a 17 de nov., 79. Macolin (Suiza)55: “El Thesaurus del deporte em lengua alemana – proyecto de investigacion a cargo de W. Kneyer – BISP (Colônia); “Control por computadora del Thesaurus (terminologia multilíngüe, bilíngüe, trilíngüe etc.). (in BARROS, L. A. Curso Básico De Terminologia. 2002. KRIEGER, Maria da Graça; FINATTO, Maria José B. Introdução À Terminologia. São Paulo: Contexto, 2004). 47 TUBINO, Manoel José Gomes. Terminologia Aplicada Á Educação Física. São Paulo: IBRASA, 1985. 48 DORIA, Irene Meneses. Sugestões para uma classificação decimal de educação física e esporte. In Congresso Paulista De Educação Física, 1, São Paulo, 1940. ANAIS. São Paulo, 1942, p. 243-6. 49 Bibliotecário Supervisor de Seção do SSD da EEFUSP 50 FRICK, B. M. Sears List F Subject Headings. 8. ed. New York, H. W. Wilson, 1959; WESTBY, B. M. Sears List F Subject Headings. 10a. ed. New York, H. W. Wilson, 1972, citados por SILVA, 1989. 51 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Organização da Informação em Ciências do Esporte - a experiência do CEDEFEL-MA. In: Encontro De Bibliotecários Do Estado Do Maranhão, 8, 1991, São Luis - MA. Anais - APBEM. São Luís: CRB-13, 1991. V. 1; VAZ, L. G. D. ; PEREIRA, L. E.; LOUREIRO, Luis Henrique. Protocolo De Indexação De Periódicos Dedicados A Educação Física, Esportes E Lazer Em Língua Portuguesa. 1993. (Software sem registro de patente). 52 INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR SPORTS INFORMATION. World Index Of Sportperiodicals. Holanda: IASI, 1984. 53 BUNDSINSTITUT FÜR SPORTWISSENCHAFT KLN. Literatur der Sportwissenchaft. Sportdokumentation 1/78. COMITE DE INFORMACION Y DOCUMENTACION DEPORTIVA DE LATINO AMERICA. Declaracion de Medellín sobre información y documentación deportiva en Latinoamérica. Educación Física Y Deporte 2 (2): 39-43, maio de 1980. GARCIA ZAPATA, Francisco; MAIER, Jorge; MEDINA, Baltazar; SONNESCHEIN, Werner.. Bibliografia Deportiva: Artículos De Revistas. Medellín: Universidad de Antioquia, 1979. Serie Bibliografia 2; SONNESCHEIN, Werner. Literatura deportiva em latinoam,erica. Educacion Física Y Deporte 2 (2): 29-37, maio 1980. BRASIL, Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução Ao Sistema Minisis. Belo Horizonte: EEF/UFMG, 1989 (Mimeo). GASPAR, Anaiza Caminha. Biblioteca. Curso De Atualização Em Documentação E Ciência Da Informação. São Luis: UFMA; Brasília: Associação dos Arquivistas Brasileiros, 1989 (Mimeo). GOMES, Hagar Espanha (Coord.). Manual De Elaboração De Tesauros Monolíngües. Brasília: Programa nacional de Bibliotecas de Instituições de Ensino Superior, 1990. 54 SCHWARZ, Erika. Terminologia deportiva. Características y problemas en el área de habla española. in. MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 81-93. 55 SCHWARZ, Erika; ROMERO, Daniel. Informe sobre La X reunión internacional de La comisión ‘Thesaurus’ de La I.A.S.I. - 11 A 17 DE NOV., 79. Macolin (Suiza). In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 97-100
Basico y de Facetas terminadas em IBM-Viena”; e “Solicitud de financiacion del proyecto ‘Thesaurus multilíngüe’ por El CIEPS-UNESCO” (p. 97-98). Ainda, daquele informe, foi apresentado o programa de trabalho para o biênio 1980-1981 (item 2) dos aspectos e resultados mais importantes da 10ª Reunião da Comissão “Thesaurus”: elaboração e aprovação da estrutura básica (Thesaurus Básico) do Thesaurus e suas partes e facetas, as normas para confecção das distintas facetas (já em fase de conclusão); e o inicio de uma segunda fase, cujos aspectos fundamentais seriam terminar o Tesauro do esporte em língua alemã; e traduzir o Tesauro alemão a outros idiomas. O Item (3) referia-se ao “Tesauro do esporte em língua alemã, projeto de pesquisa a cargo de Kneyer, em colaboração com o Instituto Federal de Ciências do Esporte/Colônia”; e o item (4) “Generacion y control em computadora del Thesaurus Básico, a ser desenvolvido pela IBM-Viena sob a direção de Lang”. Ouvia-se falar, no âmbito das Ciências do Esporte no Brasil, de “Thesaurus”. Estava lançada a semente... Assim, descobrimos depois, poderia vir a ser um tesauro – cheguei a apresentar um trabalho na UFMG sobre isso…; tomamos conhecimento da IASI; depois, do trabalho de uma bibliotecária da USP, o que levou o Laércio para a UFMG – estava-se implantado o SIBRADID -; e depois, eu, para o Curso de Mestrado em Ciência da Informação…(VAZ, 2009, a, b)56. Ainda tenho esse material, em disquete de 8! (quem lembra?) e depois em cinco de 3 1/2! O máximo da tecnologia – caros…; perdi o arquivo, junto com um com-puta-dor que tinha – um 286! Perdi na mudança de tecnologia, para um 386!!! E nunca mais vi quando fui para um 486… Mas ainda guardo os artigos em casa, brigando com o mofo e as traças e cupins… Tenho alguns dos índices em papel… Depois, vi trabalho semelhante sendo apresentado pelo Victor Melo (1998, a, b)57 Estava-se reinventando a roda… Quem manda trabalhar na periferia? (Maranhão…) Agora, quase 38 anos depois – começamos em 1979!!! Voltamos a ouvir falar em tesauro em educação física…
Sobre a Conferencia de Medellin – foi de 4 a 7 de fevereiro de 1980. Lá foram representados vários centros: Espanha – INEF; Paulo Medina – Centro de Documentação e Informação do ISEFL (1971/72) (Portugal?); Juan Angel Maañon – a informação e documentação esportiva na Argentina; Jesus Diaz Zurita – idem, Venezuela; Eduardo Garraez – idem, México; Alberto Pereja Castro – Centro de documentação e informação desportiva do Instituto de Ciências do Esporte – Colômbia Do/pelo Brasil: Laércio Elias Pereira – O CBCE – inicia em 1968: olimpíada escolar Tijucurru Clube – São Caetano; 1972 I Simpósio de esporte escolar; CELAFISCS; 1977 Congresso Brasileiro de Medicina Desportiva; os professores de educação física não poderiam se filiar à Federação Brasileira de Medicina Desportiva – surge
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VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. DEPOIMENTO. In CEV/BIBLIOTECONOMIA E CIENCIA DA INFORMAÇÃO EM EF & ESPORTES. 03/08/2009, DISPONÍVEL EM HTTP://CEV.ORG.BR/COMUNIDADE/BIBLIOTECA/DEBATE/DEPOIMENTO-1/ VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. PIONEIRISMO. In CEV/BIBLIOTECONOMIA E CIENCIA DA INFORMAÇÃO EM EF & ESPORTES. 03/08/2009, DISPONÍVEL EM HTTP://CEV.ORG.BR/COMUNIDADE/BIBLIOTECA/DEBATE/PIONEIRISMO/ 57 GENOVEZ, PATRICIA DE FALCO, MELO, VICTOR ANDRADE DE. Bibliografía brasileña sobre Historia de la Educación Física y del Deporte. LECTURAS: EDUCACION FÍSICA Y DEPORTES, Buenos Aires, ano 2, n.10, 1998 PAIVA, Fernanda Simone Lopes de; GOELLNER, Silvana Vilodre; MELO, Vitor Andrade de. Revista Brasileira de Ciência do Esporte – Bibliografia e perfil. RBCE, número especial, 20 anos CBCE, setembro 1998. PAIVA, Fernanda Simone Lopes de; GOELLNER, Silvana Vilodre; MELO, Vitor Andrade de. Revista Brasileira de Ciência do Esporte – Bibliografia e perfil. LECTURAS: EDUCACION FÍSICA Y DEPORTES, Buenos Aires, Año 3. Nº 11. Buenos Aires, Octubre 1998, http://www.efdeportes.com/
a idéia do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte – VI Simpósio de esporte escolar 1978 e criado o CBCE58 – Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Desportos e Recreação do Maranhão – CEDEFEL59 – Documentação e Informação do esporte no Brasil –CEDIME (Porto Alegre) – Inicia em 1974 – CEDIME – Centro de Documentação e Informação em medicina desportiva – Porto Alegre – DeRose, Henrique60 – Situação atual da documentação em ciências do desporto no Brasil61: (Bibliotecaria-chefe da EEF-UGMG) – ate cinco anos atrás, produção, coleta, organização e difusão da informação bibliográfica em ciência do desporto era desconhecida (1975) – Documentação para ciência do desporto – um problema brasileiro; – artigo Suplemento Apoio do Boletim Informativo da Escola de Educação Física da UFMG (ano 1, n. 3)62. Ha uma Declaração de Medellín63 sobre a informação e documentação desportiva na América Latina. Assinam-na, pelo Brasil: Laércio Elias Pereira (SEDEL-MA) e Manfred Loecken (SEED/MEC) -. adido cultural da Alemanha que prestava consultoria à SEED/MEC na época
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PEREIRA, Laércio Elias. O Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... P. 191-193. PEREIRA, Laércio Elias. Centro de estúdios y documentacion em Educacion Física, Deportes y Recreacion de Maranhão. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 197-198. SINDERMANN, Renate V. H. Documentacion e Informacion Del Deporte em El Brasil. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 169-173 BASTOS M., Maria Licia; LOECKEN, Manfred. Situação atual da documentação em ciência do desporto no Brasil. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 177-182 BASTOS M., Maria Licia. Documentação para ciência do desporto – um problema brasileiro. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 185-187; MARQUES, Maria Lícia Bastos. Situação atual da informação desportiva na America Latina. Revista Brasileira De Ciências Do Esporte, 11(2): 123, jan. 1990. “DECLARACION DE MEDELLIN...”, (in. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS...
FONTE: REVISTA DESPORTOS & LAZER, ano 1, numero III, abril/junho 1981
FONTE: REVISTA DESPORTOS & LAZER, ano 1, numero III, abril/junho 1981
O CEDEFEL foi o organizador do CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DOS ESPORTES – REGIÃO NORTE/NORDESTE64, que ocorreu em 1980:
Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte Região NorteNordeste De 10-09-1980 até 13-09-1980 Brasil. São Luís -MA
Programa
Organização: Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Esportes e Lazer - CEDEFEL Colaboração: SEDEL, UFMA, ETFM, FMTVE, SEED-MEC APRESENTAÇÃO
Ao conquistar uma linha prioritária para a Educação Física, Esportes e Lazer para a Região Nordeste, os profissionais das Ciências das Atividades Físicas desencadearam um processo de valorização do seu trabalho junto ao Ministério de Educação. Foi dado o primeiro passo para que os educadores que utilizam a atividade física e conhecem a região comecem a participar efetivamente das ações que lhes dizem respeito. O Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte - Norte/Nordeste, do qual apresentamos aqui os resumos dos trabalhos, é um encontro de pessoas que, utilizando o esporte como meio, acreditam poder contribuir para a valorização do homem dentro de um contexto educacional em que educador e educando estejam cada vez menos em conflito e sempre com os pés e espíritos fincados na realidade. COMISSÃO ORGANIZADORA CONGRESSO N/NE 80 COMISSÃO DE HONRA GOVERNADOR DO ESTADO DO MARANHÃO João Castelo Ribeiro Gonçalves REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO José Maria Cabral Marques PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DO MARANHÃO Francisco Sousa Bastos Freitas SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS DO MEC Péricles Cavalcanti SECRETÁRIO DE DESPORTOS E LAZER DO MARANHÃO Elir Jesus Gomes SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO MARANHÃO Antonio Carlos Beckman DIRETOR DA ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DO MARANHÃO Ronald da Silva Carvalho PRESIDENTE DO COLÉGIO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE Victor Matsudo 64
http://cev.org.br/eventos/congresso-brasileiro-ciencias-esporte-regiao-norte-nordeste
COMISSÃO ORGANIZADORA Laércio Elias Pereira Lino Castellani Filho Nádia Eclélila Costa Pereira SECRETARIA GERAL Sandra Regina Moreno Castellani COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA COORDENADOR José Alberto Campos SUB COORDENAÇÃO DE FINANÇAS José Ribamar Baldez Goiabeira COMISSÃO DE RECEPÇÃO E CERIMONIAL Maria de Fátima Campos Costa Maria Nazareth Cardoso Saldanha Maria do Socorro Araújo PROMOÇÃO E DIVULGAÇÃO Isidoro Cruz Neto Jorelza Mantovani Pascoal Bernardo Neto PROGRAMAÇÃO SÓCIO-CULTURAL Maria de Fátima Barbosa Frota Dulce Maria Colares Moreira de Souza Terezinha de Jesus Barros da Silva Maria de Nazaré Jansen Cursos Paralelos COORDENADORA Nádia Eclélia Costa Pereira SECRETARIA GERAL John Herbertt Araújo Teixeira José Alberto Campos Maria de Fátima Moreira Lima Maria Irene Araujo Morais CURSO: Sociologia dos Esportes PROFESSORAS: Maria Izabel de Sousa Lopes e Maria Helena Basile SUPERVISOR DA SEED/MEC: Jorge Rodrigues Muniz COORDENADOR: Laércio Elias Pereira SECRETÁRIO: José Alberto Campos CURSO: Recreação e Lazer PROFESSOR: Mauricio Roberto da Silva COORDENADORES: Manoel Trajano Dantas Neto e Ricardo Moisés SECRETÁRIA: Sheila Maria Meira Martins CURSO: Planejamento em Educação Física e Esportes PROFESSORAS: Glauce Ruiz e Ilma Castro Alencastro Veiga COORDENADORA: Ivone Reis Nunes SECRETÁRIIO: Luis Antonio Seba Salomão CURSO: Fisiologia do Esporte PROFESSOR: Claudio Gil Soares Araujo COORDENADORA: Nádia Eclélia Costa Pereira SECRETÁRIA: Maria de Fátima Moreira Lima CURSO: Crescimento e Atividade Física PROFESSOR: Victor Matsudo SUPERVISOR DA SEED/MEC: Jorge Rodrigues Muniz SECRETÁRIO: José Alberto Campos COORDENADOR DO CONGRESSO Lino Castellani Filho SECRETÁRIA Creuza de Moraes Pacheco Sandra Regina Moreno Castellani COMISSÃO CIENTÍFICA Sidney Forghieri Zimbres
CORREIO CIENTÍFICO Concceição Silvane Rodrigues Sá AUDIOVISUAL Arindo de Jesus Azevedo Joaquim Henrique Cortez PUBLICAÇÃO Cristóvam de Lima Araújo HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO Demosthenes Mantovani TRANSPORTE Benedito Ubaldo Araujo Morais MECANOGRAFIA Josemar Pinto Pereira
Programa 10.9.80 - Quarta-feira 18:30 - Reunião do CBCE 20:00 - Apresentação Folclórica na Fonte do Ribeirão com comidas e bebidas típicas, Bumba-Meu-Boi da Liberdade, Tambor de Criola de Mirina e Tambor de Mina de Jorge Babalaô
11.9.80 - Quinta-Feira 9 às 14 horas - Inscrição e Distribuição de material 16:00 - Abertura Oficial do Congresso 17:00 - Mesa Redonda: O Esporte e as Regiões em Desenvolvimento. Coordenador: José Carlos Sabóia Secretaria: Nádia Eclelia Costa Pereira Relatores: Maria izabel de Souza Lopes Sanclair de Oliveira Lemos Victor Keihan Rodrigues Matsudo 20:00 - Programação social D12.9.80 - Sexta-Feira 14:00 - Painel sobre o Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte 15:00 - Temas Livres - Coordenador Sidney F. Zimbres 15:00 - O problema do auxilio ao desenvolvimento pelo esporte Manfred Loecken (coordenador do Convênio Brasil-Alemanha de Intercâmbio Esportivo 15:20 - Educar para assumir e criar ou para aceitar e repetir. TAFFAREL, C.N.Z. CAVALCANTI, I; MELO, M.T; SENA, S.M.A; BARBOSA, T.L; MAIA, V.;CAVALCANTI, R.A; ALMEIDA, R.S.; SILVA, R.V.S, UCFR(sic) 15:40 - "A Educação Física e o Desporto na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência". LOPES, M.I.S. Núcleo de Estudos em Educação Física e Desporto de São Paulo - SP 16:00 - Pesquisa em andamento. "Ascenção social do negro através do desporto". CRUZ NETO, I. UFMA 16:20 - "Análise dos aspectos de envolvimento política/desportos face aos XXII Jogos Olímpicos". CASTELLANI FILHO, L. UFMA
16:40 - "Prevenção e compensação de debilidades em crianças de 6 a 12 anos através da ginástica escolar". TAFFAREL, C.N.Z (Universidade Catolica Federal de PErnambuco. 20:00 - Mesa-Redonda Opções em esportes e lazer para regiões em desenvolvimento Coordenador: Victor K. R. Matsudo Secretário: Lino Castellani Filho Relatores: Maria Izabel de Souza Lopes Waldir Pagan Peres Person Cândido Mathias da Silva João Bosco Araujo Teixeira 13.9.80 - Sábado 13:00 - Correio científico 14:00 Temas livres Coordenador: Laércio Elias Pereira 14:00 - Assistencia e levantamento médico-biometrico dos escolares de 1º e 2º graus da rede oficial do estado da Bahia". OLIVEIRA, G.N; SANTOS, O.S. e outrod. Seção de pesquisas/DEF 14:20 - Prescrição do trabalho aeróbico levando em consideração somente a distância percorrida no teste. MANTOVANI, D. (UFMA) 14:40 "Volibol infanto-juvenil do Maranhao: características das qualidades físicas, dados antropométricos e aspectos gerais" ZIMBRES, S.F. - Divisão de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão 15:00 - "Pliometria: variação no tipo de impacto mecânico ssalto vertical em universitários de ambos os sexos" Laboratório de Biomecânica da Universidade Federal de Vioçosa - MG 15:20 -Valores de dobras cutâneas em escolares de 7 a 10 anos. MATSUDO, V.K.R; SESSA, M. Laboratório de Aptidão Física de São Caetrano do Sul - SP 15:40 - Interiorização - fundamento para o ensino-aprendizagem esportivo. ESCOBAR, M.O; BUCKHAT, R. Agua Viva Center - Centro Especializado de Natação - Pernambuco 16:30 - Mesa Redonda - Iniciativas institucionais em Educação Física, Esportes e Lazer no Brasil. Coordenador: Antonio José Borges Secretário: Sidney F. Zimbres Relatores: José Pinto Lapa Victor K.R. Matsudo Eliana de Melo Caran Cecy Marlene de Melo 20:30 - Coquetel de Encerramento. INICIO DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E LAZER NO MARANHÃO: "Ascenção social do negro através do desporto". Pesquisa em andamento - CRUZ NETO, I. UFMA "Análise dos aspectos de envolvimento política/desportos face aos XXII Jogos Olímpicos". CASTELLANI FILHO, L. UFMA Prescrição do trabalho aeróbico levando em consideração somente a distância percorrida no teste. MANTOVANI, D. (UFMA)
"Volibol infanto-juvenil do Maranhao: características das qualidades físicas, dados antropométricos e aspectos gerais" ZIMBRES, S.F. - Divisão de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão
HOJE COMEMORO 50 ANOS... de orientação do meu Professor Lamartine DaCosta . Quando ele chegou no Conselho Federal de Educação Física (e eu já estava lá, fui da primeira gestão) fiz a saudação distribuindo cópias desse ofício que o editor do Boletim Técnico Informativo enviou para o estudante de primeiro ano da EEFUSP no dia 29.7.1969. Desde então foram muitos trabalhos juntos: Carta de Educação Física de Belo Horizonte, Atlas do Esporte do Brasil (tivemos no CEV uma lista de discussão dos 400 autores, pilotada pelo Ailton Oliveira), O Diagnóstico Nacional do Esporte (DIESPORTE: batizei & crismei!) e, atualmente, as reuniões do AAGITA, o dia-a-dia do CEV e o Conselho Técnico do eMuseu do Esporte. http://emuseu.com.br/. VIVA!
Laercio Elias Pereira
No fim da década de 1960 a gente já tinha capoeira na EEFUSP - extra curricular -, o Professor era o Lourival Parisi, que passou pelo Amapá e tinha trabalhado nos filmes do Glauber Rocha - O Dragão da Maldade contra o Grande Guerreiro - quando era ator na Bahia (depois foi pra novelas de televisão). Ele tinha se formado em EF na USP antes das viagens. Continuei na capoeira com Mestre Paulo Gomes e sou metido a besta no ramo dizendo que fui batizado por Mestre Caiçara e estive na casa do Mestre Pastinha - perdi a foto. Num dos encontros do DIESPORTE em Salvador - o Diesporte foi coordenado pela Celi Taffarel e o Ailton Oliveira - em que o Mestre Falcão participava, presenciei uma conversa hilária. Foi sobre a bronca dos mestres de Capoeira com o livro do Lamartine DaCosta, que estava na conversa. Iinsisti com o Falcão que o título era Capoeira Sem Mestre porque a coleção da Ediouro era "Sem mestre" (Violão, desenho, gaita, costurar... tudo sem mestre). Demos boas risadas atrasadas. Lamartine DaCosta A conversa sobre o SEM MESTRE é verdadeira e o Falcão estava certo pois a ideia original do livro era de dar liberdade aos praticantes evitando a relação mestre - lutador que transcorria por subordinação. Houve várias consequências do uso do SEM MESTRE que serão relatados quando for oportuno
Escrevi em: A MARINHA E A CAPOEIRAGEM. Publicado no Dossiê sobre o esporte na Marinha, do Centro de Documentação, por ocasião das Olimpíadas do Rio: Lamartine Pereira Da Costa65, 66, Mestre Capoeira, foi o introdutor, oficialmente, da capoeiragem na Marinha. Escreveu vários artigos e dois livros específicos sobre o assunto; em 1961, apresenta-nos “Capoeiragem: a arte da defesa pessoal brasileira” (Rio de Janeiro: [s.n.], 1961) e logo a seguir “Capoeira sem mestre” (Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1962), onde propunha uma espécie de ensino de capoeira por correspondência, pois a luta poderia ser a sós, como no Box, dispensando a figura do mestre (Reis, 1997, p. 156) 67. Como professor de Educação Física escreveu dezenas de artigos, coordenou dezenas de projetos a nível nacional e internacional. Com doutorado em Filosofia, além de professor universitário, tornou-se um consultor internacional em sua área profissional. "Dança de negros e arma de malandros: capoeira oficializada na Marinha". Com esse título, o Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 30 março de 1966 noticia que Lamartine Pereira da Costa, com a cooperação dos Mestres Artur Emídio e Djalma Bandeira promove um curso de capoeira especialmente para oficiais e praças da Marinha. (Lace Lopes, 2005) 68. Lamartine Pereira da Costa69, à época oficial da Marinha, deu-me o seguinte depoimento sobre os livros que publicou70: A versão "Arte de Defesa Pessoal Brasileira” é 1961 e a "Sem Mestre” é de 1962, mas o conteúdo é o mesmo. A obra de 1961 foi publicada por mim já que nenhuma editora quis se 65 DA COSTA, Lamartine Pereira. Capoeiragem: a arte da defesa pessoal brasileira. Rio de Janeiro: [s.n.], 1961 DA COSTA, Lamartine Pereira. Capoeira sem mestre. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1962. 66 LAMARTINE PEREIRA DA COSTA. Graduação em Ciências Navais pela Escola Naval (1958), licenciatura em Educação Física pela Escola de Educacao Fisica do Exercito (1963) e doutorado em Filosofia pela Universidade Gama Filho (1989). Atualmente é professor titular da Universidade Gama Filho, membro Conselho Pesquisas do Comité Olimpico Internacional em Lausanne (Suiça) e professor visitante da Universidade Técnica de Lisboa. Atuou como professor visitante da Universidade do Porto (Portugal), da Academia Olimpica Internacional (Grecia) e da Universidade Autonoma de Barcelona (Espanha). No Brasil foi professor da Universidade Católica de Petrópolis (Engenharia), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Mestrado em Geografia), UNIRIO (Mestrado em Memoria Social), USP (Mestrado Educação Física) e UERJ (Graduação Educação Física). Tem experiência nas áreas de Educação Física, Administração, Historia e Filosofia com ênfase em meio ambiente, esportes, lazer e Gestão do Conhecimento. Tem produção contínua em pesquisas desde 1967 no Brasil e no exterior, com inicio na area de meio ambiente. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4721721A5 67 REIS, 1997, obra citada. 68 LACÉ LOPES, 2005, obra citada, p. 386-388; 2006. 69 Da COSTA, Lamartine Pereira. Depoimento de Lamartine P. Da Costa sobre livros de Capoeira no Brasil – 15fev15. Em Correspondência pessoal. De: "Lamartine DaCosta" Enviada:segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015 05:56:19 Para:"Leopoldo Gil Dulcio Vaz" (vazleopoldo@hotmail.com)- Re: MARINHA + CAPOEIRA / MARANHÃO. 70 Em 1960, Lamartine Pereira da Costa, então oficial da Marinha, diplomado em Educação Física pela E.E.F.E e instrutor chefe dos cursos de Escola de Educação Física da Marinha, CEM-RJ, lança um livro que se tornou o clássico da capoeira: Capoeiragem – A arte da Defesa Pessoal Brasileira. http://www.capoeiramestrebimba.com.br/busca_reconhecimento.html
envolver com o tema. A de 1962 foi da Edições de Ouro (editora hoje inexistente) que me propôs fazer um livro popular de baixo custo e titulo chamativo. O publico da versão 1962 foi o geral sem um foco preciso como todo livro popular, vendido em qualquer lugar. O meu livro de 1961 foi o quarto livro publicado sobre a capoeira. Os dois primeiros foram de pouca penetração desde que eram contra a lei vigente entre 1900 e década de 1928, período de publicação dos livro ODC e Aníbal Burlamaqui. O terceiro foi um estudo histórico publicado pelo Inezil Pena Marinho (professor da então Universidade do Brasil, hoje UFRJ) com pouca circulação. O meu seguiu-se ao do Inezil porque havia uma deficiência na apresentação da luta pelos seus golpes e movimentos. Este ultimo livro em meados dos anos de 1960 já tinha vendido 60 mil exemplares e a capoeira se popularizou. Claro está que houve vários livros e artigos sobre a capoeira ao longo da historia brasileira, mas por menções, citações ou textos menores. Livros pioneiros são os citados acima embora se possa discutir se essas obras foram efetivas em termos de impactos culturais. Desconheço a obra do Mestre Bimba dos anos de 1960, mas posso garantir que ela não existia quando do lançamento dos dois livros citados desde que a razão que me motivou a produzi-los foi da ausência de fontes sobre a capoeira. Estive na Bahia entre 1960 e 1961 e constatei que os mestres famosos cultivavam o segredo (típico da cultura africana). Meu mestre - o baiano Artur Emidio, radicado no Rio de Janeiro - também cultivava o segredo e me alertou sobre as dificuldades para ser ter registros de utilização pedagógica como eu antevia a época. Artur Emidio e Djalma Bandeira foram meus mestres, mas Novis e Vieira foram meus apoiadores no financiamento para a publicação do livro 1961. A produção do livro de 1961 foi muito simples com desenhos calcados em fotografias. A semelhança com figurações ODC é meramente casual em face de que eu somente conhecia a obra do Inezil.
CAIU NA REDE, Ã&#x2030; PEREIRA...
Comemoração dos 30 anos do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte - Depoimento de Laercio Elias Pereira http://videos.ufrgs.br/lume/arquivos/comemoracao-dos-30-anos-do-colegio-brasileiro-de-ciencias-do-esportedepoimento-de-laercio-elias-pereira/view
Tecnologia no Esporte com Laércio Elias Pereira e Fernando Aranha https://www.youtube.com/watch?v=JMIqZgNEes4 Sesc São Paulo Publicado em 7 de mar de 2019 INSCREVER-SE 2,7 MIL Debate “Tecnologia no Esporte: Incentivo à Prática e Melhoria de Performance” com Laércio Elias Pereira e Fernando Aranha realizado em maio de 2016 durante o Esporte em jogo, no Sesc Vila Mariana. Foram apresentados diversos temas, como o papel da internet na troca de informações entre os atletas, a educação à distãncia, a promoção da locomoção aos atletas paralímpicos, a ajuda aos deficientes físicos, o legado das Olimpíadas no Brasil, entre outros. O Esporte em Jogo contou com oito encontros mensais que reuniu especialistas da área de esportes, atletas, treinadores e convidados especiais, no Sesc Vila Mariana. Cada encontro tratou de um tema específico, sempre com a mediação do jornalista esportivo José Trajano. Laércio Elias Pereira Graduado em Educação Física pela USP, Mestre em Educação Física pela USP e Doutor pela Faculdade de Educação Física da Unicamp. Fundador e Presidente do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte e Conselheiro Federal de Educação Física. Atualmente é presidente da ONG Centro Esportivo Virtual e Membro do Comitê Executivo da Associação Internacional para a informação Esportiva IASI. É pesquisador da UFBA no Projeto Diagnóstico Nacional do Esporte e Inteligência Esportiva - Ministério do Esporte - UFPR. Fernando Aranha Em 2015, ficou entre os melhores colocados no ranking mundial do Triatlo, ano em que também foi eleito o paratriatleta do ano pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. Foi o precursor do ciclismo adaptado (handbike) no Brasil, é tricampeão brasileiro de Triatlo, bicampeão PanAmericano, Bronze no Mundial de Pequim (2011), Prata nos Jogos Pan-Americanos de 2015 (Monterrey/ México) e Campeão Mundial em 2015 (Detroit/ EUA). Aos 4 anos de idade teve o movimentos das pernas prejudicado por causa da poliomielite. Começou a praticar esportes aos 16 anos.
Blog do José Cruz
CEV: a eficiente informação do esporte e da educação física pela Internet https://josecruz.blogosfera.uol.com.br/ COMENTE
José Cruz
25/04 08:15
Porque hoje é sábado… troco o tradicional artigo de análises e debates por uma homenagem a um Mestre da Comunicação Esportiva, Laércio Elias Pereira. Seu trabalho, praticamente anônimo e voluntário, contribui para a discussão e difusão sobre a ciência do esporte em geral, comandando uma rede de 40 mil debatedores
Laércio, um dos poucos pensadores sobre o esporte no Brasil, soube casar a chegada da Internet com a coleção e difusão de informações sobre os esportes em geral. Foi assim que, em 1996, surgiu o CEV – Centro Esportivo Virtual –, portal que hoje congrega 40 mil pessoas, mundo afora, debatendo e trocando dados sobre todos os segmentos da atividade física humana. As 45 mil obras cadastradas no CEV, 23 mil artigos e periódicos, seis mil teses e seis mil trabalhos de congressos, entre outros documentos nacionais e estrangeiros, mostram a dimensão desse valioso reduto de debate para estudiosos, jornalista e professores e profissionais da atividade física em geral. “O objetivo do CEV é ser a porta de entrada para a informação e documentação esportiva, nacional e internacional”, resumiu Laércio. Vantagens Quando o assunto é “esporte”, o ponto de partida para buscar o dado correto e atualizado ou o especialista em determinado tema é o CEV. Com a vantagem de, pesquisando, se relacionar com profissionais de todas as áreas – dopagem, economia do esporte, estudos olímpicos, ginástica, políticas públicas, futebol, atletismo, aprendizagem motora, legislação esportiva, biomecânica, ciclismo, paralímpicos, fisiologia do exercício, natação… São 155 Comunidades de debates sobre temas específicos. “Cada comunidade tem de um a quatro coordenadores, que chamamos de `Tocador´. Vários coordenadores pilotam mais de uma comunidade”, explica Laércio. Em Manaus, por exemplo, o advogado Alberto Puga pilota a CEVLeis, sobre legislação esportiva, uma das mais concorridas e dinâmica. Começo O Centro Esportivo Virtual começou como um projeto de doutoramento em Ciência da Informação, na Escola de Comunicação e artes da USP, sob o título “O fluxo de informação em Educação Física e Esporte
no Brasil”. Continuou como um doutorado na Faculdade de Educação Física da Unicamp, em 1998, com título “Centro Esportivo Virtual: Um Recurso de Informação em Educação Fisica e Esportes na Internet”. Foi a primeira tese da Unicamp transmitida pela Internet. “Trouxe da USP a fronteira do conhecimento da ciência da informação e do Núcleo das Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas à Educação “Escola do Futuro”. Na Unicamp, o CEV teve a sua primeira sede física, no Núcleo de Informática Biomédica – NIB -, e foi um dos primeiros projetos do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo – LABJOR. Na prática, segundo Laércio, “o centro do CEV são as pessoas – vetores de tecnologia, como se diz em Ciência da Informação. Fazemos a ligação das páginas pessoais – quem é quem – com as publicações da biblioteca, as notas de participação nas comunidades e com outros autores que tenham participado na autoria de livros, artigos e bancas de mestrado e doutorado.” O vínculo de Laércio com o esporte vem de longe. Formado em Educação Física, foi técnico e preparador físico de handebol. E trabalhou como voluntário nos Jogos Olímpicos de Munique, 1972. Teve passagem pelo Ministério da Educação, quando o desporto escolar tinha diretriz específica e eficiente, sob o comando de Bruno da Silveira, ainda hoje uma das referências no esporte escolar nacional. Depoimento “O CEV foi criado como uma das ações do “Esporte na Rede” do então Ministério Extraordinário dos Esportes. Teve participação decisiva dos servidores Maristela Gonçalves e Ricardo Penna Machado. Em 2002 recebeu apoio da Rede CENESP-UDESC, graças ao apoio dos servidores públicos do esporte, Celso Giacomini, Gianna Perin e Ivair de Lucca. Depois de 12 anos, o CEV voltou a receber apoio do Ministério do Esporte (bolsas de doutorado) integrando o Projeto Inteligência Esportiva do Ministério do Esporte e UFPR . Nesse aspecto, agradeço a Ricardo Leyser e Fernando Mezzadri. Mas, com a nova administração do Ministério do Esporte, não tenho notícia sobre a continuidade da parceria.” Saiba mais: www.cev.org.br Tags : CEV Laércio Elias Pereira
Hoje o Centro Esportivo Virtual completa 23 anos!! afael Moreno Castellanipara CEV Educação Física & Esporte R 21 h
Há 23 anos, ia para a internet, ainda discada, a primeira lista de discussão do Centro Esportivo Virtual. Fruto da tese de doutorado do professor Laercio Elias Pereira, o CEV tem assumido nesses 23 anos papel de destaque no tocante aos estudos e intervenções sobre o campo chamado de "inteligência esportiva". Brindamos nosso aniversário com um acervo de 64.615 obras e 59.000 autores cadastrados!!
Atletas Geneticamente Modificados (Português) Capa Comum – 31 dez 1999 por Laércio Elias Pereira (Autor) https://www.amazon.com.br/Atletas-Geneticamente-Modificados-La%C3%A9rcioPereira/dp/8576551020/ref=sr_1_1?qid=1562005056&refinements=p_27%3ALa%C3%A9rcio+Elias+Pereira&s=book s&sr=1-1
Em uma análise provocativa da ética e dos valores humanos esportivos, Atletas geneticamente modificados imagina o admirável mundo novo do esporte. Examinando este novo problema ético em um momento crucial de sua teorização, o livro questiona a pedra fundamental das éticas esportiva e médica, perguntando se as autoridades do esporte podem, ou mesmo devem, protegê-lo da modificação genética. O livro traz lado a lado estudos do esporte e bioética para desafiar nossa compreensão acerca dos valores que o definem. Sem afirmar que tudo é permitido- na intensificação da performance esportiva, Atletas geneticamente modificados argumenta que é importante ser humano no esporte, mas que a modificação genética não tem de pôr à prova essa qualidade.
SÓ QUE NÃO
Revista Educação Física Movimento na Rede http://confef.org.br/confef/comunicacao/revistaedf/4491
A coluna, assinada pelo Doutor em Educação Física pela Unicamp e criador do Centro Esportivo Virtual (CEV), Laércio Elias Pereira, tem como objetivo apresentar os principais portais de conteúdo para o Profissional de Educação Física. Tudo que há de mais atualizado na área você encontra aqui. Ciência e Movimento na Rádio USP jornal.usp.br/editorias/radio-usp/colunistas A Rádio USP inaugurou mais duas áreas de divulgação com os programas “Corpo e Movimento!” e “Ciência e Esporte”. São locuções de três a quatro minutos feitas por professores da instituição, continuando o trabalho exemplar de divulgação científica também em Educação Física e Esportes. Superinteressante super.abril.com.br/tudo-sobre/esportes-e-atividades-fisicas/ A revista de divulgação científica Superinteressante, criada há 30 anos, tem um rico acervo digital disponível online. O site conta com entradas para temas especiais na seção “Tudo sobre”, como “Atividades Física e Esportes”. Ciência Hoje das Crianças chc.org.br/ A revista Ciência Hoje das Crianças é uma publicação do Instituto Ciência Hoje, que há 30 anos é referência em divulgação científica no Brasil. O conteúdo migrou para o digital, mas permanece com a sua versão em papel com muita informação e entretenimento, trabalhando assuntos difíceis de forma atraente, voltado às crianças. Brincadeira Tem Hora www.fef.unicamp.br/fef/brincadeiratemhora O projeto Brincadeira Tem Hora constitui-se numa coletânea de atividades motoras e lúdicas realizadas por meio de jogos. Com 570 atividades, até o momento, o repertório desenvolvido por um grupo de estudantes do Grupo de Estudos de Educação Física no Desenvolvimento Infantil (GEEFIDI), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), oferece busca por níveis e objetivos de ensino.
https://dblp.uni-trier.de/pers/hd/p/Pereira:Laercio_Elias
Laercio Elias Pereira 1990 – 1999
1998 Virtual Sports Center: an information resource in physical education and sports on the Internet.University of Campinas, Brazil 1998
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Perfil do autor
Pereira, Laércio Elias, FMU, Brasil v. 19, n. 1 (2008) - Artigos Originais
http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/search/authors/view?firstName=La%C3 %A9rcio&middleName=Elias&lastName=Pereira&affiliation=FMU&country=BR
SISTEMATIZAÇÃO E JUÍZO CRÍTICO DA PRODUÇÃO EM LIVROS: BIBLIOGRAFIAS TEMÁTICAS DO LAZER - DOI: 10.4025/reveducfis.v19i1.4311 Giuliano Gomes de Assis Pimentel, Gisele Maria Schwartz, Laércio Elias Pereira
Resumo Este relato, de natureza qualitativa, busca, a partir da descrição e análise da Bibliografia do Lazer, contribuir com a reflexão acerca do sistema de avaliação da produção científica. Esse projeto é uma realização de diferentes grupos de pesquisa e está hospedado no Centro Esportivo Virtual (CEV), dispondo à comunidade uma relação de livros pertinentes ao estudo de diversas temáticas ligadas ao lazer/recreação. A partir da discussão dessa experiência, realçando a importância dos grupos de pesquisa, são oportunizados paralelos para se pensar na validade, limites e diversidade dos critérios e dos métodos de classificação de livros no contexto acadêmico..
Palavras-chave Bibliografia; Grupos de pesquisa; Atividades de lazer
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(baixado
ISSN 0103-3948 (impresso) e ISSN 2448-2455 (on-line) e-mail: revdef@uem.br
https://prezi.com/ztbgtdjferi-/cev-e-inteligencia-esportiva/
Homenagem: Laércio Elias Pereira | Pereira | Motrivivência
HTTPS://PERIODICOS.UFSC.BR/INDEX.PHP/MOTRIVIVENCIA/ARTICLE/VIEW/17143/15733
1.
de LE Pereira - 2010 Homenagem: Laércio Elias Pereira. ... Portal de Periódicos UFSC · Diretrizes para autores · Artigos mais citados · Indexadores · Capa > n. 34 (2010) > Pereira.
https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/17143/15733
CEV: a eficiente informação do esporte e da educação física pela Internet https://josecruz.blogosfera.uol.com.br/ COMENTE
José Cruz
25/04 08:15
Porque hoje é sábado… troco o tradicional artigo de análises e debates por uma homenagem a um Mestre da Comunicação Esportiva, Laércio Elias Pereira. Seu trabalho, praticamente anônimo e voluntário, contribui para a discussão e difusão sobre a ciência do esporte em geral, comandando uma rede de 40 mil debatedores
Laércio, um dos poucos pensadores sobre o esporte no Brasil, soube casar a chegada da Internet com a coleção e difusão de informações sobre os esportes em geral. Foi assim que, em 1996, surgiu o CEV – Centro Esportivo Virtual –, portal que hoje congrega 40 mil pessoas, mundo afora, debatendo e trocando dados sobre todos os segmentos da atividade física humana. As 45 mil obras cadastradas no CEV, 23 mil artigos e periódicos, seis mil teses e seis mil trabalhos de congressos, entre outros documentos nacionais e estrangeiros, mostram a dimensão desse valioso reduto de debate para estudiosos, jornalista e professores e profissionais da atividade física em geral. “O objetivo do CEV é ser a porta de entrada para a informação e documentação esportiva, nacional e internacional”, resumiu Laércio. Vantagens Quando o assunto é “esporte”, o ponto de partida para buscar o dado correto e atualizado ou o especialista em determinado tema é o CEV. Com a vantagem de, pesquisando, se relacionar com profissionais de todas as áreas – dopagem, economia do esporte, estudos olímpicos, ginástica, políticas públicas, futebol, atletismo, aprendizagem motora, legislação esportiva,
biomecânica, ciclismo, paralímpicos, fisiologia do exercício, natação… São 155 Comunidades de debates sobre temas específicos. “Cada comunidade tem de um a quatro coordenadores, que chamamos de `Tocador´. Vários coordenadores pilotam mais de uma comunidade”, explica Laércio. Em Manaus, por exemplo, o advogado Alberto Puga pilota a CEVLeis, sobre legislação esportiva, uma das mais concorridas e dinâmica. Começo O Centro Esportivo Virtual começou como um projeto de doutoramento em Ciência da Informação, na Escola de Comunicação e artes da USP, sob o título “O fluxo de informação em Educação Física e Esporte no Brasil”. Continuou como um doutorado na Faculdade de Educação Física da Unicamp, em 1998, com título “Centro Esportivo Virtual: Um Recurso de Informação em Educação Fisica e Esportes na Internet”. Foi a primeira tese da Unicamp transmitida pela Internet. “Trouxe da USP a fronteira do conhecimento da ciência da informação e do Núcleo das Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas à Educação “Escola do Futuro”. Na Unicamp, o CEV teve a sua primeira sede física, no Núcleo de Informática Biomédica – NIB -, e foi um dos primeiros projetos do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo – LABJOR. Na prática, segundo Laércio, “o centro do CEV são as pessoas – vetores de tecnologia, como se diz em Ciência da Informação. Fazemos a ligação das páginas pessoais – quem é quem – com as publicações da biblioteca, as notas de participação nas comunidades e com outros autores que tenham participado na autoria de livros, artigos e bancas de mestrado e doutorado.” O vínculo de Laércio com o esporte vem de longe. Formado em Educação Física, foi técnico e preparador físico de handebol. E trabalhou como voluntário nos Jogos Olímpicos de Munique, 1972. Teve passagem pelo Ministério da Educação, quando o desporto escolar tinha diretriz específica e eficiente, sob o comando de Bruno da Silveira, ainda hoje uma das referências no esporte escolar nacional. Depoimento “O CEV foi criado como uma das ações do “Esporte na Rede” do então Ministério Extraordinário dos Esportes. Teve participação decisiva dos servidores Maristela Gonçalves e Ricardo Penna Machado. Em 2002 recebeu apoio da Rede CENESP-UDESC, graças ao apoio dos servidores públicos do esporte, Celso Giacomini, Gianna Perin e Ivair de Lucca. Depois de 12 anos, o CEV voltou a receber apoio do Ministério do Esporte (bolsas de doutorado) integrando o Projeto Inteligência Esportiva do Ministério do Esporte e UFPR . Nesse aspecto, agradeço a Ricardo Leyser e Fernando Mezzadri. Mas, com a nova administração do Ministério do Esporte, não tenho notícia sobre a continuidade da parceria.” Saiba mais: www.cev.org.br Tags : CEV Laércio Elias Pereira
ENTREVISTAS, ENTREVISTADORES, ENTREVISTADOS.
ENTREVISTAS71 Entrevista [por João Batista Freire] esta semana (03.03.2001) uma das pessoas mais importantes da história mais recente da Educação Física. Meu amigo e colega de profissão há trinta anos, Laércio Elias Pereira, foi muito gentil quando lhe pedi a entrevista. Aproveitem: P: Quantos anos? R: 52 P: E de Educação Física? R: Desde os meus bons professores de Educação Física do Ginásio e do SENAI, em São Caetano, Santo André e São Paulo (SENAI do Brás). Valderbi Romani foi o primeirão, que deu o exemplo. Miller e Renato no SENAI. P: Fale do tempo em que você foi operário de fábrica. R: Comecei com 13 anos, na General Motors. Parei pro Vestibular. Depois voltei trabalhando à noite na Willys (que virou Ford). Estudava de dia. Sempre como ferramenteiro. P: Por que essa coisa de Educação Física na sua vida? R: Até o vestibular nunca tinha pensado. Tinha passado a vida toda jogando bola e participando de tudo da Educação Física onde estudei. Um dia encontrei uma amiga de uma colega do cursinho pra Sociologia, que estudava Educação Física: Janice. Fiquei surpreso de existir o curso de EF e ser um curso universitário. A inscrição acabava no dia seguinte (na escola que depois, no rolo do movimento estudantil de 68, a gente conseguiu enroscar na USP). Nem fui conferir o resultado do vestibular de sociologia. P: E o Maranhão, como surgiu a idéia de ir para lá? R: Minha geração saiu de mochila por aí. Levantei peso na Olimpíada de Munique (trabalhando como carregador no caminhão da Coca-Cola). Nessa viagem fiz muitos cursos e contatos com o pessoal do Handebol. Como voltei desempregado fui vender livros de EF para a Editora Esporte e Educação, onde eu fazia o Rumorismo (Revista Esporte e Educação). A Editora começou com cursos e eu saí dando cursos de Handebol e enrosquei no Maranhão. Fui pra ficar dois anos e estou até hoje meio intermitente por lá. P: Sobrou coisa boa para o Maranhão da sua passagem por lá? E também do Lino e os outros? R: No Handebol, com certeza. Na Educação Física, parece que não conseguimos muito. P: Durante a ditadura o inimigo comum da chamada "vanguarda" da EF era a ditadura. Quando ela acabou essa "vanguarda" se dividiu e continuou tendo inimigos entre si. E aí veio aquela briga toda. Você acha que foi só isso ou tem outras explicações? 71
FREIRE, João Batista. ENTREVISTA COM LAÉRCIO http://www.decorpointeiro.hpg.com.br/ciencia_e_educacao/5/index_int_4.html
ELIAS
PEREIRA
IN
R: Durante a ditadura, como você sabe, tinha o maniqueísmo. A favor do governo ou comunista. A gente aceitava ficar do lado dos comunistas. Até quem não usava barba topava. Com o fim da ditadura apareceram as diferenças, que a gente sempre soube que havia, mas não prestávamos muita atenção porque havia a união contra o inimigo comum. Nesse período avançávamos para a pós-graduação e a vida acadêmica. Um dos requisitos do sucesso na vida é a visibilidade, uma característica muito perigosa, porque fica muito perto da vaidade. Penso que a nossa turma não soube lidar direito com isso. P: E agora, as coisas andam mais calmas? Qual vai ser a nova briga? R: A briga é a sobrevivência da EF. Por egoísmo luto para que os meus netos não tenham que dizer: "Educação Física... parece que era um negócio em que o meu avô trabalhava..." Acho que o Conselho deu uma sobrevida pra EF. P: O CBCE tem cumprido bem seu papel? R: O CBCE virou um aparelho da Educação Física. Ele foi criado - e você está entre os fundadores - como multidisciplinar, nos moldes da SBPC. O pessoal antigo se afastou aborrecido e as turmas das diretorias têm até mudado os nomes. Não escrevem mais Ciências do Esporte. Escrevem EF/Ciências do Esporte. Se vingar essa tradição - e eu acho que não - no futuro, quando a direção for da fisioterapia o aparelho vai chamar fisioterapia/Ciências do Esporte. Tenho uma esperança com a onda da volta dos clássicos, como o Dermeval Saviani vem pregando ao falar do Anísio Teixeira. P: E o Confef, não pode se perder num corporativismo exagerado? R: O CONFEF não surgiu do nada. Temos uma profissão que oficialmente exige o diploma de curso superior há 60 anos. Estamos atrasados. A maioria dos conselhos foi criada a partir de associações atuantes. As APEFs estavam no chão. Daí toda essa confusão e conflito de interesses do começo. Fora isso, alguns acharam que outras bandeiras como o ensino público gratuito estavam muito pesadas e resolveram assumir como "docontra" o Conselho. É uma atitude esperta que dá visibilidade e conta com a adesão dos que querem economizar a anuidade. Mas, acho que o Conselho foi a conquista. Já temos 25 mil inscritos. Temos que trabalhar muito para fazer as coisas que ficaram no caminho desses 60 anos. Certametne qualidade e ética estão nesse caminho. P: Complete com qualquer coisa que você queira acrescentar. R: Pra mim, a melhor coisa que a Educação Física me deu foi a qualidade dos muitos amigos. É meu maior patrimônio. Você é um deles. Bebemoremos! http://www.decorpointeiro.hpg.com.br/ciencia_e_educacao/5/index_int_4.html
Entrevista realizada com o professor Doutor LINO CASTELLANI FILHO, realizada no dia 06 de abril de 2001, inicio às 18:06 horas, hotel Ouro Verde, em Maringá, Paraná. HISTÓRIA DE VIDA DO PROFESSOR DIMAS72
Laércio, é o grande irmão que eu tenho, de amigo que eu tenho, é a pessoa com quem eu mais briguei e brigo na minha vida e me dou o direito de brigar porque eu sei que a briga é a explicitação das diferenças, das divergências, não coloque em risco uma relação de amizade, nos colocamos em situações apostas em campos de lutas opostas durante muitos momentos da vida, mas eu aprendi muito com ele, desenvolvi muitos trabalhos conjuntos, porque ele tem uma capacidade de pensar projetos muito grande e uma dificuldade muito grande de levar adiante os projetos. Eu penso, mas tenho também uma capacidade de execução, tenho consciência disso bastante grande e esse casamento foi muito interessante, durante muito tempo, trabalhamos juntos no Maranhão, na diretoria do CBCE, onde ele foi presidente, eu fiz parte da diretoria, e ele tem essa coisa de querer estar de bem com todo mundo, com todos os campos, que eu me entendo isso é impossível, e compromete muito a respeitabilidade dele em diversos setores da Educação Física brasileira, eu continuo entendendo que essa postura, desligitima às vezes uma ação dele, e cobro muito dele isso, agora tem umas posições divergentes como por exemplo, a questão da regulamentação da profissão, mas isso por exemplo não impediu que na segunda feira passada ele estivesse no aeroporto em Brasília me esperando e eu fui dormir na casa dele, não é, que ele me convidasse essas coisas todas.
O meu nome é Lino Castellani Filho, – Eu nasci em São Paulo, capital, 07de dezembro de 1951; filho de Lino Castellani, ainda vivo, minha mãe já falecida, Cecília Marrie Rocha Castellani, sou casado, tenho dois filhos, um de vinte quatro, um de dezenove, do primeiro casamento, inclusive hoje dia seis, o segundo está fazendo aí, seus dezenove anos. Graduação foi na USP, Escola de Educação Física da USP, terminei em 74; 72 à 74. Eu fiz especialização em curso Técnico de Futebol, naquela época ainda 74, lá pela USP, FEFISA, e fiz um curso de especialização, Políticas, Desenvolvimento Social e Relação Internacional em Cuba em 88. Mestrado fiz na PUC de São Paulo, no programa de Filosofia; História de Educação, de 83 à 88. Doutorado, eu fiz na UNICAMP, concluído esse Doutorado na faculdade de Educação na área de Concentração em Administração Educacional, Política Educacional em 99, foi concluído. L – Maranhão ? Li – Uma eterna paixão, me recebeu, me acolheu L – Tua frase coincide com o Sarney, coincidiu com o Sarney Li – Pois é.
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TRECHOS SELECIONADOS, REFERENTES AO TRABALHO DE LAÉRCIO ELIAS PEREIRA
L – Maranhão, minha paixão ( risos) Li – Tenho realmente uma paixão, eu acho que eu soube, no momento exato mostrar que essa paixão teria que sair do Maranhão, foi a escolha certa, para mim eu acho que o que eu faço hoje, o que eu desenvolvo hoje tem a ver com a minha saída de lá, o Maranhão pela situação geográfica, pelas questões geopolíticas pela possibilidade concreta, impediria esse meu desenvolvimento, que uma UNICAMP, que o estado de São Paulo permitiu mas tenho um carinho enorme, uma relação de amor muito grande como Maranhão jamais; é o meu lar por opção durante uma época da minha vida se eu nasci em São Paulo e não pude optar por isso, ainda pelo Maranhão em minha permanência lá, foi uma opção muito importante e tem mais valor do que o lugar onde eu nasci, esse meu segundo nascimento eu creio que foi em São Luís do Maranhão, tenho dois filhos maranhenses que jamais permitirão que eu esqueça disso e amigos que como você estão lá, de maranhense de nascimento que estão lá, que jamais permitam que eu esqueça, não que eu queira, mas que eu esqueça dessa minha relação com o Maranhão. L – Mas alguma coisa a acrescentar ? Li – Não, ei acho que nessa rápida conversa até por conta dos outros compromissos, traduz um pouco do que foi a minha passagem de 10 anos no Maranhão me ????? do Maranhão em 86, chego em 76, uma década fundamental da minha trajetória de gente, da minha trajetória profissional e acadêmica, devo muito ao Maranhão, provavelmente de mais do que a ele, do que ele a mim, não tenho dúvidas disso. […] L – Você é da mesma turma do Laércio, do Sidney? Li – Do Sidney sim, O Laércio é anterior, Laércio é meu veterano, mas eu nem cheguei a conviver com ele na faculdade quando eu entrei ele já havia saído, o Sidney foi contemporâneo de turma, foi da minha turma mesmo. L – Como você entrou em contato com o Maranhão? Li – Foi através do Sidney, que tinha ido para o Maranhão antes de mim na época eu estava, eu estava trabalhando em Ribeirão Preto, no Botafogo de Ribeirão Preto, e eles estavam montando equipe de trabalho no Maranhão, o Sidney estava empolgado de férias em Atibaia, cidade onde ele morava, os familiares moravam, onde nós nos conhecemos, enfim.Ele fez alusão ao Maranhão, e me convidou para conhecer o Maranhão, e foi por ele então que eu fui no primeiro momento, Lá montaram um esquema de visita todo ele sedutor, e eu fui totalmente seduzido pelo Maranhão. Foi em 76, começo de 76. L – O Sidney na entrevista dele, ele disse que você nunca trabalhou na SEDEL, você não era funcionário da SEDEL? Li – Nunca, nunca fui. Era administrativo na Universidade Federal e que você teria ido para o Maranhão, para trabalhar com o futebol, parece-me que no Maranhão Atlético Clube. Eu cheguei no Maranhão, eles fizeram um, me colocaram algumas possibilidades de trabalho, nesse jogo de sedução, em janeiro de 76, eu voltei, desvinculei os compromissos que eu tinha em Ribeirão Preto e fui para lá, definitivo em Fevereiro, Março de 76, e os meus primeiros trabalhos no Maranhão foram no MAC, Maranhão Atlético Clube, como Preparador Físico, Eu dava aula no CEMA, Centro Educacional do Maranhão, em primeiro e segundo grau, e logo naquele mesmo ano eu me envolvi na construção de um projeto para Educação Física, na Educação Superior, na... hoje UEMA, naquela época FESM. L – Aquele curso de Educação Física da UEMA da FESM? Li – Não , não; tinha curso de Educação Física, tinha o setor de prática esportiva, pro conta da implementação daquele decreto, daquela lei 6251 de 75 que já apontava, para a regulamentação de 77 que veio, que veio depois, e falava da parte esportiva obrigatória, E eu o Zartú que trabalhamos em torno do projeto. O Zartú era o coordenador na época, e eu tive essa associação. Eu entrei na Universidade Federal do Maranhão em 78, não era administrativo não, era um cargo técnico era... Técnico em Assuntos Educacionais, ligado a um projeto de desenvolvimento do esporte universitário vinculado a Pró-Reitoria de extensão em assuntos Estudantis. Vinculado ao DAC, era o Departamento de Assuntos Culturais da PróReitoria de extensão mas estava ligado ao DAE, Departamento de assuntos Estudantis e depois fui para o outro departamento de interiorização, que me levou a desenvolver, projetos coletivos de políticas públicas, pelo interior do Maranhão, nesse meio tempo eu já fiz parte, mesmo como técnico e Educação Física em assuntos educacionais do primeiro corpo docente da criação do curso de Educação Física da UFMA, em Já
assumir de cara a responsabilidade por duas disciplinas lá , lembro que uma delas era organização esportiva, a outra eu não sei, não lembro qual era, e todo processo de criação do curso lá eu me envolvi desde o primeiro momento, com o grupo; mesmo em eu formalmente na função de técnico mas, Eu, Mary, Sidney, Laércio, desenvolvemos a criação do Curso Educação Física do ITA, depois virou MENG né? É hoje OBJETIVO! mas na época, o curso funcionou na época do ITA. Sidney era coordenador,tinha a Terezinha Rego , que era a dona do ITA; depois vendeu para o Márcio... na época do Márcio já não tinha mais o curso, nós ficamos um pouco, e o curso cutucou o pessoal da Universidade Federal, a correr atrás do processo de criação do curso da Federal, não é. L – Eu pergunto pelo curso de Educação Física da FESM, porque em 74, quando o Laércio chegou, ele foi o primeiro, e levou o Domingos Salgado depois para criar um curso, e chegou a ser criado esse curso, depois eu soube, que criaram o do ITA, aí a Universidade correu para criar o dele, e houve um acordo, de que a FESM não abriria para dar chance da UFMA criar o dele, você ouviu alguma coisa sobre isso? Li – Não, Não, nunca soube dessa história, não nunca tive notícias, a única relação com a FESM foi em função da prática esportiva. Eu praticamente desenvolvi o projeto, mas eu, propriamente não trabalhei, eu só me envolvi no projeto, já naquela época a FESM, eu acho que foi um pouco depois da minha chegada não foi em 76 não, foi já em 77 depois do decreto 80.228, que sistematiza a questão do esporte Universitário, o que eu fiz quando eu cheguei, além do MAC, do CEMA, foi trabalhar no SESC, e foi aí o meu primeiro contato com o Dimas por que o Dimas era professor do SESC; Eu praticamente entro no lugar dele. Trabalhando na verdade não com o Futebol, eu administrava, gerenciava toda a parte esportiva, então existia uma demanda muito grande para quadra, uma única quadra e eu criei um mecanismo de ocupação daquela quadra no sentido de racionalizar o uso; utilizar o uso, mas fiquei pouco tempo porque aí eu tive alguns atritos com administração, por conta de falta de material, falta de trabalho e aí eu fui para Escola Técnica e me torno professor de segundo grau Na Escola Técnica. Aí dentro da Escola Técnica, desenvolvemos o projeto de criação do curso de Formação de Magistério em Educação Física em nível de segundo grau, eu fui o primeiro coordenador do curso. Elaborei o projeto junto com os colegas que estavam presentes naquela ocasião e outros que foram para lá depois, inclusive você também não é, aí fiquei na coordenação. L – Vamos falara um pouco da implantação do curso de Educação Física, o Sidney falou. Laércio fala que houve o trabalho do Domingos Salgado, o Sidney disse que o Domingos Salgado inclusive era contra a implantação do curso de Educação Física e o trabalho todo foi feito basicamente por ele? Li – Quando eu entro em 78, na Universidade nessa função de técnico nós estávamos já envolvidos na criação do curso, tinha a Cecília, O Dimas ... diria que o movimento de criação, a construção das instâncias, organizadoras, construtoras do material do processo necessário para a criação junto as instâncias Federais do curso, o envolvimento foi o Laércio, que era a pessoa mais antiga e com mais influência. L – Laércio saiu para o mestrado na época, ele nem chegou a participar da criação. Quando o curso foi criado ele já não estava mais? Li – Isso aí em 75, não é? O Sidney fazia parte desse grupo, eu fazia parte de outro grupo eu não saberia dizer quem se envolveu mais, quem se envolveu menos. Naquela época o que mais ficou na minha memória foi o sentimento de trabalho colegiado, trabalho coletivo, trabalho em equipe, resistência por parte de Dimas e de Cecília, nunca explicitada, não é porque aquele receio dos paulistas ocuparem o espaço dos maranhenses, muito comum, numa postura muito regionalista, não é? E a gente apontando aquilo ali como seria bom para o desenvolvimento da Educação Física para o Maranhão, para a própria São Luis e para o interior, e que aquele medo não tinha sentido não é?, mas eu diria que foi o esforço dessas pessoas aí, não saberia dimensionar ou quantificar, mais ou menos o esforço. O Salgado já estava na Universidade com a prática desportiva, antes da nossa chegada, mas ele foi um personagem muito controvertido e polêmico, ele não se envolveu nesse processo de criação desse curso, não saberia dizer exatamente quais os motivos, não senti ele atrapalhando, certamente ele não ajudou, eu não saberia dizer se ele atrapalhou. Eu não me lembro, não tenho notícias de presença dele impedindo, dificultando o trabalho. Mas, logo depois ele saiu do País e se afasta da Universidade, e ele criou, deixou uma imagem ruim para a Educação Física por algumas coisas que ele desenvolveu lá dentro que nós tivemos que devagarzinho, construindo outra imagem e tal. L – Muito embora você não tenha trabalhado como funcionário do Estado, do DEFER, você participou muito da criação dos primeiros JEM’S, eu lembro que você sempre estava lá, você e o Marcão, sempre na
coordenação dos jogos; fale um pouco sobre a criação do JEM’S no ???? de Cláudio Vaz, e o que combinou com a vinda dos paulistas para o Maranhão? Li – Pois é, principalmente é isso que dificultou um pouco mais ainda a assimilação de outros paulistas não é?, mas eu também não saberia dizer até que ponto isso influenciou muito eu sei que o trabalho foi feito, eu me torrnei docente do curso só praticamente na época de eu sair da Universidade para o mestrado e tudo mais, desenvolvi na Universidade um projeto de desporto universitário, me envolvi no refortalecimento da Federação Acadêmica, tinha o projeto de criação das atléticas, criei as atléticas para os centros, estudos básicos, saúde, ciências humanas, aquela coisa toda. Fui chefe de delegação universitária maranhense em 77 para Natal, em 78 para Curitiba, em 79 para João Pessoa, em 80 para Florianópolis , e fui o coordenador geral dos XXX Jogos Universitários Maranhenses e foi minha última ação articulada nesse setor de desporto universitário. Em 83, eu me afastei para o mestrado, eu legitimei minha presença na Universidade a ponto do Reitor colocar obstáculos na minha saída para o mestrado na condição de Técnico não era docente, e eu saí com todo respaldo do Cabral na época, pelo trabalho desenvolvido nesse setor, os jogos foram um sucesso, conseguimos recursos federais para fazer o restaurante que até hoje está lá, Universitário. Recurso para construir o complexo do Castelão, também veio por conta dos jogos universitários. Lá , o Ginásio, a pista, a piscina, isso em 82, e foi uma experiência esportiva muito valiosa naquela época. Com relação aos JEM’S eu não participei dos primeiros JEM’S, não, Jogos Escolares Maranhenses, eu não estava no Maranhão ainda acho que os primeiros JEM’S foram em 73, 74, 75, e eu cheguei em 76 lá. E aí quem estava diretamente envolvido no DEFER, era o Laércio que era assessor do Carlos, e nos jogos ele me convidava para participar da comissão organizadora dos jogos, então eu era contratado para essas questões esportivas que foi uma área que eu sempre me envolvi. Foi um trabalho que desenvolvi no Ribeirão Preto em organizações esportivas no Botafogo e de alguma forma me levou para o Maranhão então eu me envolvi no JEM’S. L – O Biguá, O Vitché? Li – O Biguá, e Eu e o Laércio, mas o Biguá nos JEM’S estava mais em função do Colégio Batista, o Viché estava envolvido com algum colégio então ele não estava na organização, ele participava como técnico de equipe de colégio, a visão macro da organização dos jogos sempre partiu do Laércio, Marcos e eu, então eu aprendi muito, aprendi naquela possibilidade de fazer, aprender fazendo, aprendendo com os próprios erros. Foi uma escola pra mim. L – SEDEL, o que você comenta sobre a criação da SEDEL, você teve alguma participação? Li – Não, não tive participação política na criação da SEDEL, até porque o espaço político o espaço de intervenção política nunca foi um dos partidos que sempre tiveram poder no Maranhão, em São Luis em particular, sempre fiz organicamente às vezes sim, às vezes não, parte de grupos de oposição, aquela política maranhense de Sarney, o sarneismo eu sempre fui oposição, sempre fiz parte do grupo que votava contra aquilo tudo, nem peguei exatamente o momento de organização do EPT, que eu saí de lá enquanto o EPT se organiza como partido político, vim vivenciar isso já em São Paulo, viver isso em São Paulo mas, acompanho a criação não sou chamado para compor a equipe, o que não foi surpresa para mim porque não havia muita sintonia de pensamento, mas acabo me envolvendo em uma coisa ou outra, por conta da presença do Laércio em algumas atividades por exemplo: eventos acadêmicos em 79, por exemplo nós fizemos o 1° Congresso Regional Norte – Nordeste, o CBCE, com o apoio da SEDEL, aí eu me envolvo na organização desses congressos. L – 79 ou 81? Li – Foi em 79, 81 foi ano impar, ano do Congresso Brasileiro em Londrina, que eu e o Laércio viemos para o congresso também, já naquela época envolvidos nisso não é? E em 79 eu me lembro que foi taxado como evento de comunistas, a SEDEL o secretário era o Jesus, não queria sequer assinar os certificados porque o MEC estava dizendo que aquilo era comunismo, o Laércio teve que fazer o meio de campo que era um papel que ele fazia muito bem. Ele acabou assinando o JUB’S no Maranhão com o Sarney, como o governador endossou o pedido para que os jogos fossem lá. L – O Governador era João Castelo, não é isso? Li - Castelo, nós tivemos o trabalho de cobrar esse apoio. na hora de dar o apoio, todo mundo quis dar. Na hora de efetivar o apoio estavam tirando o corpo fora, aí foi uma relação muito difícil com o Elias, o Arimatéia presidente da FAME e eu da coordenação geral disso tudo porque na verdade o apoio não vinha, e
nós fizemos denúncias públicas, exigindo apoio, eles tiveram por pressão que oficializar esse apoio todo e aí criou um clima muito tenso que reforçou até essas visões diferenciadas. Fizemos um encontro EPT lá também, que eu me envolvi. L –É isso que eu ia falar Li – Esse que foi 81/82 L – O que aconteceu naquele congresso? Primeiro não era para ser um congresso do EPT não é? Era pra ser um congresso sobre lazer mesmo porque a política... Li – Eu acho que foi um pouco isso, a idéia era um encontro de lazer com algumas pessoas que faziam parte do nosso grupo já brasileiro de discussão à partir de uma lógica de política de lazer de ???? de esporte de esquerda onde a Maria Isabel tinha na época um papel importante, ela foi para o congresso em 79 e aí por questões de vinculação com o Governo Federal esse evento se tronou o evento EPT. L – A secretaria de esporte para todos? Li – Tinha a Sub-Secretaria de Esporte para todos como sub-secretaria da secretaria de Educação Física e esportes do MEC, a SEED, tinha SUEP, subsecretária de EPT com a comandante Lamartine Pereira, como coordenador central, o Jorge Takanachi, como dirigido do Lamartine, o Person Cândido Matias de Sousa como outro membro e aí sim na programação que nós caminhamos houve votos, houve censura por parte de Lamartine e da equipe dele, não saberia dizer se foi bem Lamartine foi da SUEPT, aí o nome da Maria Isabel não foi aceito. L – Kátia estava nesse grupo? Li – A Kátia Brandão Cavalcante não foi aceita, e aí nós conseguimos trazer esse pessoal eles não participaram da mesa porque os nomes deles não foram aprovados. Para suas mesas , mas na plenária eles se envolveram no debate, isso criou também todo um espaço de discussão de bronca da gente o que reforçou o estigma que acabou criando em torno de nós, de pessoas de oposição, esquerda porque apenas...? aceitavam aquele tipo de visão de Governo Federal que na área de esportes de Educação Física mas do que nuca tinha dificuldades em perceber que o momento político já não era aquele dos anos 70, não é? Já era um momento de abertura, que para eles é muito difícil de entender. L – A política da SEDEL na época era mais lazer que EPT, quem trabalhava no EPT efetivamente com os eventos etc...etc..., era a UFMA; O Dimas? Li – Isso o Dimas foi agente EPT, sempre teve uma relação. L – Era professor de recreação da Universidade? Li – Isso, isso. L – Dimas me falou que sempre entrava em choque com você em função do EPT, em função do que você fazia com o EPT, você sempre criticava isso. Ficou bem claro durante o Congresso e que você o chamou , você sempre o chamava de ingênuo? Li – Sim. L – Ah você é um ingênuo, você é um ingênuo, Dimas disse: que pôxa! Não sei porque o Lino sempre me chamava de ingênuo por causa disso. Dá pra você falar um pouco sobre isso? Li – Eu acho que tem haver com o jeito do Dimas, o Dimas é uma das pessoas que aprendi a respeitá-lo, uma pessoa extremamente boa, coração puro não é? Mas talvez por conta dessa pureza ele explicitava uma ingenuidade das construções das relações que estabelecia, que tinha um sentido político para ele porque a medida que ele não questionava muito as relações construídas colocava tudo sempre à disposição, não importa da onde viesse o convite, ele garantia espaços e intervenção que talvez se ele assumisse um papel com uma postura política mais evidente, mais clara de posição significaria fechar algumas portas, talvez mais portas do que abrir outras e ele sempre quis fazer um trabalho de estar de bem com todo mundo e eu deixava claro que assumi uma posição. Era assumir a oposição, a outras posições e necessariamente a unanimidade não era possível de ser construída a partir dessa lógica, e eu mostrava o quanto o trabalho dele tinha carga de ingenuidade que ele se varia dela oportunisticamente para tirar proveito de estar sempre em lugares de destaque não é? A medida que ele nuca queria fazer uma leitura crítica do significado do EPT,
que já nos anos 80 nós fazíamos. Lembra de uma revista Corpo e Movimento, que teve artigo de Kátia, um artigo de Lamartine, um artigo de Apolônio? L – A própria Desportos & Lazer, publicada pela SEDEL? Li – Pela SEDEL, isso! Então nós fazíamos, já vivíamos uma época de uma postura crítica sobre a realidade de Educação Física e do esporte que ele não acompanhava, ele tinha sempre uma visão romântica do processo e eu sempre naquela época, até por toda talvez aí o processo mesmo de crescimento uma outra fase menos madura não é? Eu não só fazia a crítica como criava espaços de atrito, de conflito porque não admitia aquela postura extremamente apolítica de neutralidade. L – Completamente diferente da Silvana? Li – Sim que sempre teve uma postura! L – Depois se envolveu com a política partidária do EPT? Li – Sem dúvida alguma não é? É o que eu aprendi, mas respeitei no Dimas. Talvez seja até isso, quer dizer, nunca a postura dele impediu, ele nunca colocou dificuldades para que as filhas tivessem posturas políticas totalmente antagônicas as que ele tinha, ele sempre respeitou isso e nunca desmereceu, ele nunca destratou, ele nunca...!enfim! respeitou as filhas dele e isso fez com que eu aprendesse a respeitar o Dimas, a respeitar, a me relacionar com diferenças mesmo sabendo que você tem uma postura diferente significava lá na frente construir intervenções diferentes, que trariam resultados diferentes à configuração das políticas , eu me identifico muito mais com a Silvana, politicamente falando, do que com o próprio Dimas em termos de trabalho em nossa área. L – APEFELMA? Li – APEFELMA! Antes da APEFELMA , nesse meio tempo tem é que falar do trabalho com o Cláudio Vaz, sim, que eu fui me encontrar na prefeitura fazendo contraponto com a SEDEL, também aí nós criamos uma área de disputa. L – A FUMESP? Li – FUMESPE, Fundação Municipal de Esporte; eu fui assessor do Cláudio Vaz, com o Marcão, e aí sim nossas ações de construção política, o Cláudio Vaz estava muito preocupado com isso dava liberdade para a gente, demarcavam muito nosso campo de intervenção para a sua SEDEL mostrando uma outra visão do esporte, de lazer por aí a fora, e nós tínhamos uma capacidade de trabalho com menor grupo às vezes demonstrando mais capacidade de trabalho do que com a SEDEL e evidentemente aí tinha sempre um campo de disputa. Bem a APEFELMA, nós desenvolvemos a criação, na ocasião à Associação dos Profissionais em Educação Física e Lazer do Maranhão, criamos estatuto, regimento aquela coisa toda. Naquele momento era um espaço que...!!! L – Ressaltar que todo mundo tinha???? Associação de Professores, aliás por interveniência tua e do Laércio ficou não? Professores não tem que ser profissionais pois é que ampliando a idéia de introduzir a questão do lazer dentro do próprio nome dessa entidade , que não tinha caráter Sindical, tinha um caráter mais de associativismo, de aglutinar os profissionais dessa área a partir do momento que já tinha um curso da Escola Técnica, outra universidade formando profissionais com dificuldades. Li – É, ela surge nesse contexto aí, de agente tentar da uma organização ao setor que começava se organizar e a trazer para dentro toda aquela discussão do exercício profissional, da formação profissional acadêmica, da intervenção no campo, a questão do mercado de trabalho, começa a pintar a disputa do profissional e do leigo. O curso da Escola Técnica tendo uma outra formatação de atender o interior, através de convênios com as prefeituras do interior, de mandar alunos para o curso, o da UFMA, voltado mais para atender a Capital e mesmo assim não houve ?????? demanda, a PEFELMA surge nesse contexto, no contexto de reorganização política na Sociedade Brasileira e de reorganização de setores na sociedade, dentre eles os profissionais, mas na verdade era; eu não me envolvi na vida dela, porque tem sido conveniente que eu me afaste do Maranhão para os meus estudos e a minha volta se dá, por um semestre em 86, onde então eu consigo o desligamento da Universidade para sentar e assumir. L – Na Escola Técnica
Li – E na Escola Técnica, na verdade eu não tive um desligamento não, eu tive que cortar vínculo; na Universidade o vínculo foi tranquilo, não houve problemas, o reitor, eu me lembro de uma conversa com ele, ele disse: - olha isso se eu fosse você eu ia, agora eu não posso dizer para você ir, e aí com isso eu entendi que ele estava sinalizando, para a minha saída, dizendo: tá aberto, o sinal está verde para você sair, afinal um convite de uma UNICAMP, poderia da um outro rumo para a minha vida profissional, que realmente acabou acontecendo. L – Você está na UNICAMP até agora não é? Li – Você está na ÚNICAMP desde 1986, até hoje e é um espaço que me permite intervenções profissionais das mais ??????? com bastantes amplitudes. L – Ronald Carvalho? Li – Foi um diretor de Escola Técnica com o qual estabeleci uma relação muito respeitosa L – Você soube que ele morreu recentemente? Li – Eu soube; soube do falecimento dele, fiquei chateado com ele e foi mais um espaço de aprendizado dê lhe dar com a diferença ele era uma pessoa que até por ser de Escola Técnica sempre teve uma aproximação forte com o Governo Federal com o Governo Militar, não sei exatamente qual foi a sua história na sociedade maranhense. L – Você não teve contato dele como esportista, como jogador de basquete? Li – Joguei muito basquete com ele; mas não bati alguns papos com ele, formalmente, jogávamos basquete em alguns dias da semana na Escola Técnica, mas acima de tudo o que mais me marcou, no meu relacionamento com ele, que sempre ficou claro num papel de opositor ao governo militar, opositor a uma lógica de governo, uma visão diferente, da que ele tinha, mas em nenhum momento isso impediu a minha presença na Escola Técnica, que eu assumisse cargos de liderança, ele sempre respeitou a minha posição e a minha competência profissional, e sempre separou, posições pessoais de uma posição institucional de diretor de uma Escola, tenho muito respeito por ele, tenho uma imagem muito respeitosa dele. L – Rinaldi Maia? Li – Rinaldi Maia, foi um professor que teve que se dá conosco; comigo em particular numa época onde eu tive assim, o inicio da minha vida profissional, e no processo de maturidade ainda inicial, certamente eu não teria os embates que eu tive com ele, mas foi um momento de muito embate político, ele foi chefe de departamento da UFMA, ele tinha uma postura conservadora de Educação Física, mas que hoje, às vezes até retirada da Educação Física, mas que hoje, certamente eu respeitaria mais por conta de uma trajetória, de uma geração, de uma época, onde ele se formou e construiu a ação profissional dele que dificultaria ele a compreensão do que estava acontecendo nos anos 80, naquele momento eu não tinha muitos limites, muito ligado para aceitar esses limites não, e tivemos muitos empates, mas ao mesmo tempo volto a dizer, foi um outro momento onde para mim, foi uma escola de aprender a lhe dar também com diferentes, com antagônicos, com opositores, numa relação de convivência que certamente hoje que; de extrema valia para o meu trabalho da presidência do CBCE, na presidência da UNICAMP, Associação de docentes da UNICAMP, de lhe dá com um coletivo que não necessariamente pensava como eu, então eu coloco o Rinald Maia também como alguém que merece o meu respeito, e que talvez eu não tenha naqueles momentos de convivência sabido respeita – la como hoje, talvez o fizesse, mas eu não tive alguns embates, que talvez hoje eu não fizesse porque hoje eu estaria mais atento a história dele como estive naquele momento. L – Uma questão delicada o teu relacionamento com o Rinaldi, o filho dele até hoje, o acusa de ter sido responsável pela morte dele, por causa dessas discussões, ele ficava, ele saia da Universidade depois das Assembléias Departamentais, praticamente arrasados pelas posições. Li – É, eu acredito que... evidentemente o Rinaldi Maia era uma pessoa que se envolvia nos trabalhos profissionais dele e como chefe do departamento ele tinha responsabilidade de estabelecer direções, coordenar reuniões e administrar os embates políticos, presentes no corpo docente ?????, os embates eram fortes e talvez esses embates tenham prejudicado o seu estado de saúde, nesse sentido, não é L – Bem avançado a idade
Li – Já era uma pessoa idosa, com uma idade avançada e nesse sentido talvez exagero dizer; eu me sinto responsável, não tenho sentimento de culpa por isso né. L – Já havia aquela briga, que havia entre os da terra e os paulistas? Li – Isso sempre esteve presente no universo do Maranhão; eu tenho dois filhos maranhenses, nascidos lá, tenho amigos no Maranhão até hoje, mas muito momentos não nos deixava-nos sentir maranhenses, porque o regionalismo impregnava as relações, havia um medo de que nós ocupássemos espaços dos maranhenses e não percebiam que nós estávamos formando par com os maranhenses que dariam conta de assumir, a gestão da história do Maranhão e que nós fazíamos parte de um momento dessa história. L – Cecília Moreira? Li – Um relacionamento mais simples, era uma pessoa de menos embate, de não assumir posturas que explicitasse um conflito, antagonismos e tínhamos sim posições diferentes, divergentes mas também nos relacionamos de maneira amistosa não tivemos embates muitos fortes não; não o tenho como um dos campos de oposição, construímos muita coisa em nome dessa Educação Física, do curso de Educação de Física na Universidade, soubemos construir ações conjuntas mesmo nós sabendo diferentes L – Dimas? Li – O Dimas! O Dimas foi isso, uma pessoa que poderia ter brigado muito comigo porque as vezes eu fui muito intempestivo com ele nas acusações que fazia dessa ingenuidade, dessa neutralidade política impossível eu sempre dizia: - Dimas no momento em que você assume essa neutralidade e ela não existe você está assumindo uma postura política e sua posição política sempre se deu ao lado de quem está no poder, sempre se vinculou aos donos do poder, aos governantes de plantão; e eu não aceitava esse tipo de postura, como continuo não aceitando, o Dimas sempre teve uma postura generosa ele nunca estabeleceu comigo uma ação de desrespeito, nunca deixou de conversar comigo por conta disso, talvez ele olhasse em min, um pouco do que ele olhava nas filhas dele, mas a Silvana que também se opunha a ele, também questionava a postura dele, e do mesmo jeito que ele tratava a filha com a paciência de que um pai tem para com o filho, de alguma forma ele teve essa paciência comigo, no momento em que talvez fosse para ele um filho mesmo, até pela diferença de idade .
ENTREVISTAS PROF. SIDNEY FORGHIERI ZIMBRES
Entrevista realizada com o professor Sidney Forghieri Zimbres, na residência do entrevistador, à rua Titânia n.º 88, Recanto dos Vinhais, no dia 24 de março de 2001, iniciando às 8:30 horas. O Laércio é - o nosso grande amigo Laércio (risos) - eu vejo o Laércio assim, como um profissional, que toda empresa, que toda instituição deveria ter porque ele deveria ter uma função de motivar as pessoas a trabalhar e dar idéias, ele é um grande motivador, ele é um grande idealizador, eu mudei muito, quando eu conheci o Laércio, eu mudei muito a minha postura profissional, eu tinha uma formação muito ideológica formado pela USP era muito treineiro Biologia, tinha feito Fisiologia, quando vim para cá para o Maranhão, começando com o Laércio passei para área pedagógica, o Laércio foi quem me ensinou a trabalhar, tanto insistia com computação eu lembro de minha resistência, com um computador, quando eu trabalhava num 386, acho que nem era isso, um computador SIDi. Eu lembro que ele tanto que insistiu, um dia eu sentei, e comecei a mexer, e outras coisas mais, congressos, cursos e disciplinas, Laércio é uma pessoa, que ele passa uma energia, ele passa uma força de trabalho monstruosa e infelizmente por incrível que pareça, às vezes é mal compreendido por algumas pessoas, é chamado de enganador, de pessoa que começa e não termina, Eu fico assim assustado de ver como, assim as pessoas não conseguem ver a importância do Laércio, o Laércio por onde ele passa, ele deixa alguma coisa, ele deixa a semente, qualquer órgão que ele passa cria-se uma motivação, todo mundo começa a trabalhar, todo mundo se envolve, existe um clima acadêmico do lado dele, essa áurea dele acadêmica, isso é uma coisa que falta hoje, falta isso no curso, falta essa coisa de ter o prazer de trabalhar de fazer, de ter idéia. Sidney Forghieri Zimbres, nascido em Agência Paulista, interior de São Paulo, a 20 de abril de 1949, filho de Rubens Zimbres e Ivone Forghieri Zimbres, atualmente divorciados, três filhos: Eduardo, Roberto e Renata. Trabalho na Universidade Federal do Maranhão desde sua fundação; Disciplinas Didática e Caracterização Profissional; e atualmente teria no semestre passado, Futebol 1 e 2, além disso presto consultoria a Fundação Municipal dos Desportos e Lazer do Município. Eu me formei na USP, na Escola de Educação Física do Estado de São Paulo; me formei em [19]74, fiz Especialização, fiz especialização em [19]84, em Didática de Educação Física. O Mestrado eu fiz em [19]82 mas fiz as disciplinas mas não defendi a tese. L – Você é da mesma turma do Laércio [Elias Pereira]? S – Não; sou da mesma turma do Lino [Castellani Filho], quando eu entrei na faculdade Laércio já tinha saído a um ou dois anos. Conheço o Lino desde a infância, a gente morou juntos em Atibaia desde a época de infância, a partir da 2ª série do ginásio foi quando eu sai do interior de São Paulo e fui para Atibaia, e a gente conviveu junto o tempo todo, até a faculdade, a gente entrou junto, fizemos o ginásio juntos ele fez clássico eu fiz científico, ele prestou para a Educação Física, depois para Direito eu prestei para Educação Física, nós entramos, fizemos faculdade juntos. Viemos para São Luís quase juntos, eu vim um pouquinho antes dele. Era para nem ser Educação Física; eu sempre fui esportista, sempre joguei ... jogava muito, jogava basquete, voleibol, futebol... meu pai era esportista, trabalhava numa indústria mas era esportista;
então havia uma tradição dentro da família em praticar esporte. Com 14 anos, eu participei dos primeiros Jogos Abertos do interior de São Paulo como jogador, jogava... eu joguei dos 14 anos aos 28 quase que profissionalmente; eu joguei em São Paulo, fui da Seleção de Volei da Escola de Educação Física, fui campeão da FUNC, então havia uma tradição no esporte; antes de fazer o vestibular, fiz o cursinho de três meses; a minha idéia era fazer Geologia, fiz o cursinho exclusivo para isso; na última hora, talvez por influência até de amigos ... o Lino... acabei me inscrevendo para Educação Física e não me arrependendo. Em São Paulo trabalhei, durante o curso enquanto aluno trabalhava dando aulas em escolas, trabalhei no Clube Atlético Paulistano com voleibol e na preparação física de voleibol nas equipes juvenis e adultas femininas; o técnico era o Hélio de Moraes Pinto, técnico de uma seleção brasileira, de uma seleção olímpica; quando sai da faculdade, continuei trabalhando no Paulistano, foi quando eu recebi um convite... eu tinha o interesse de sair de São Paulo, eu não queria ficar em São Paulo, foi quando eu recebi um convite para eu vim da um curso de voleibol aqui em São Luís. Contato com o Maranhão foi com o Marcos [Marco Antônio Gonçalves], que me trouxe, o Marcos não terminou o curso, veio embora... quem trouxe o Marcos foi o Laércio; o Marcos ficou trabalhando aqui, ele me escreveu perguntando se eu não tinha a intenção de vir para cá, ai eu falei, me leva para da um curso para eu ver como é que é. Foi em 19... em outubro vim aqui no JEM’s em 1975 eu vim para da um curso de voleibol; dei o curso de voleibol em outubro, ai eu coordenei o voleibol nos Jogos Escolares, e ai eu fiz um contrato de três meses... me lembro bem disso... para ver se ia dar certo, na época quem estava à frente do DEFER era o Carlos Alberto Pinheiro; já havia saído o Cláudio Vaz, o Governador do Estado era o Nunes Freire...ai foi quando ele implantou, fez aquela reformulação do Serviço Público, criando [a função de] Técnico de Nível Superior - TNS -; foi que eu recebi o convite e eu fui contratado pela Secretaria de Educação em [19]76, entrei como TNS, técnico em nível superior, nível 3. Em 1975, era JEM’s - Jogos Escolares Maranhense -, eu peguei essa fase do JEM’s, a fase áurea do JEM’s, era muito bonito, tem que levar em consideração o contexto... São Luís era uma cidade bem diferente do que é hoje, uma cidade menor, pequena; não era tão grande como é hoje, devia ter bem menos habitante do que tem hoje, talvez até metade do que tem hoje só vendo; então, havia um envolvimento muito grande da sociedade nos jogos, da classe estudantil, principalmente das escolas públicas; era uma festa, era muito bonito, no Costa Rodrigues, no SESC... eram jogos muito bonitos e havia também, por traz disso, um apoio muito forte do poder público nos jogos, havia muito dinheiro, trazia-se árbitros de fora, haviam árbitros de outros estados; o voleibol trazia pessoal do Pará, Belém, vinha árbitro de São Paulo, vinha árbitro do Brasil todo para fazer arbitragem, porque aqui não tinha árbitro; vinham de avião, ficavam em hotéis, nos melhores hotéis de São Luís, havia muito recurso, muito dinheiro para trabalhar. Bom, quando eu cheguei aqui eu trabalhava no Estado, meu contrato de Técnico Superior, eu dava aula nas escolinhas de voleibol no Costa Rodrigues; lá tinha várias escolinhas, eu trabalhava de cinco da manhã até onze e meia da noite, todos os dias dando aula, além das escolinhas eu treinava as seleções de voleibol, eu trabalhava com o feminino e o Gil trabalhava com o masculino, tanto infantil como juvenil. rancisco Gilmário Pinheiro o nome dele, ele era atleta jogava no adulto mas já estava começando a parar, já estava se envolvendo como técnico infantil, juvenil, adulto e tudo mais; aí foi na época não havia curso de Educação Física na UFMA, mas não havia também interesse da UFMA em criar o curso, quem estava na Universidade era o Domingos Fraga Salgado, a professora Cecília o Rinaldi Maia, e o Laércio que foi o último a se contratar.... O Dimas e o Laércio, eles davam aula de Prática Esportiva na época não havia nenhum Núcleo de Esportes aqui, então eles davam no [Clube Recreativo] Jaguarema, eles davam aulas em alguns locais, o Núcleo foi construído logo depois; quando foi construído o Núcleo quem foi ser o Diretor foi Domingos Fraga Salgado, que era o mais antigo lá dentro, tinha mais tráfico de influência, que tinha mais amizade com os Pró-Reitores e com o Reitor. Domingos era assessor, ele não deve ter passado no concurso, acho que ele ainda foi contratado como assessor como foi também o Demóstenes [Mantovani] foi contratado como assessor; o Paschoal [Bernardo] foi contratado como assessor; fizeram o concurso, Demóstenes e o Paschoal, depois de [19]81 junto comigo, que a gente fez o concurso, mas eles eram assessores, ligados à Reitoria e colocados à disposição do Núcleo de Esportes; bom, ai como não havia interesse da Universidade em criar o curso, havia até um certo boicote... ai eu faço uma denúncia, até meio grave aqui: havia um boicote de Domingos Fraga Salgado em criar o curso dentro da UFMA, ele não queria nem trabalhar na Prática Esportiva dentro da UFMA, me
lembro quando a gente começou a dar aula de Prática Esportiva, foi ai que eu entrei na UFMA, entrei como professor colaborador, na época foi colaborador, depois substituto, entrei em [19]77 para dar aula, eu não me lembro bem, se foi como colaborador ou substituto; eu entrei no melhor, como substituto na vaga do próprio Domingos Salgado, ele se afastou na época eu não me lembro para que... e eu entrei na vaga dele como substituto para trabalhar Prática Esportiva, mas eu lembro que quando eu fui dar aula de Prática Esportiva, ele ainda era Diretor do Núcleo, eu e Isidoro, e houve muita dificuldade para dar aula, porque a gente dava aula à noite da Prática Esportiva lá e houve uma dificuldade muito grande, porque ele dava ordem aos guardas para não acender as luzes, fechava a porta da sala de material esportivo, então a gente teve um certo atrito com o Domingos; tivemos até uma reunião com o Reitor da época, que era o Manuel Martins Cabral... o Cabral Marques foi depois dele, antes foi o José Maria Ramos Martins; nós fizemos até uma reunião com ele, com os professores da época, o Dimas, a Cecília, eu Moacir... o pessoal todo, porque havia... L – Eu lembro disso porque o Aldi [Mello] que era Pró-reitor, estava em Imperatriz nessa época e me convidou para vir para o curso de Educação Física; eu não queria vir, ai ele pegou a minha documentação na faculdade, tirou uma fotocópia e ele deu entrada; e isso foi em 78, logo depois, em fevereiro de 79, eu recebi uma correspondência assinada pela Cecília dizendo que não havia interesse que eu viesse; e depois eu soube pela Diana, irmã da Cecília, que ela estava namorando o Moacir, e a Cecília deu a minha vaga, que estava autorizado já, para o Moacir, e como professor de atletismo. S – Então vai entrar mais uma história em cima dessa ai, então a vaga não era nem para ser sua, era para ser minha (risos) porque eu já era na época substituto, então havia assim uma questão até, de ordem, como eu já havia trabalhando desde 77 como substituto, quando ele chegou em 79 então era normal que eu entrasse nessa vaga; foi quando para surpresa de todos, minha, e do Isidoro também, que trabalhava como substituto, o Moacir entrou foi... exatamente, o motivo foi esse mesmo, ele estava namorando a irmã da Cecília; depois ele passou para ser Chefe de Departamento; diz Zé Maria [?] que ele namorou a Glória Leitão; bem, mais em 77, eu fui para lá, para dar aula como substituto, dar aula de Prática Esportiva, nesse tempo em 77 como a UFMA não queria, não tinha intenção de fazer o curso, o Laércio teve amizade com a professora Terezinha Rego, do ITA, Pituchinha, depois MENG...Hoje o Objetivo... eu também tomei muita amizade com ela logo que eu cheguei aqui, fui muito bem recebido por ela, lembro da primeira vez que eu fui jantar na casa dela, ela recebia o pessoal de fora... O Laércio convenceu a Terezinha em criar um curso de Educação Física... Esse curso, ele era a nível de 2º grau, licenciatura...eu vou explicar, porque eu participei da criação... ai que foi interessante, então era Laércio, eu e Lino; Lino já tinha vindo para cá, o Marcos me trouxe, eu trouxe o Lino, depois eu trouxe o Zartú, ai o Marcos ainda trouxe o Júlio, que veio antes do Zé Pipa... Júlio... o sobrenome eu não me lembro mais, não é difícil de pegar... Julinho, ficou pouco tempo aqui e foi embora, teve um problema no pulmão até numa aula minha... depois veio o Zé Pipa, que era José Carlos [?], que trabalhou no futebol, no Sampaio Correia, era repórter da TV Bandeirantes... esporte... então ai nos criamos o curso de Educação Física no ITA... Instituto Tecnológico de Aprendizagem, era Pituchinha, ela mudou a razão social para ITA, ficou a parte do primário com Pituchinha e o 2º grau acho, que essa parte ficou como Instituto Tecnológico de Aprendizagem... vou contar uma história engraçada, dizem que ela usou o ITA porque é um Santo que tem ai em Ribamar, um famoso Pai de Santo ou um Santo...Eu também pensei que fosse o ITA de São José dos Campos, mas não tinha nada a ver, era mas ligado a questão religiosa, ela era adepta a um Santo ai em Ribamar, o tal ITA, foi por isso que ela colocou ITA, pai de Santo, eu não entendo dessas coisas ai, um santo como tem orixá sei lá o que tem o ITA. Tinha um Santo em Ribamar que era ITA, que ela era fã desse santo por isso que ela colocou... bom, ai nós criamos o curso, quem criou o curso do MENG foi Laércio, Sidney e Lino, nós três sentamos e montamos o currículo do curso, lógico, como a gente fez basicamente em cima do currículo do curso da USP na época ninguém tinha noção de currículo, ninguém tinha lido nenhum livro sequer sobre currículo a coisa foi feita de forma bem empírica; então montamos um curso que era feito em dois níveis; um nível era para formar um curso de curta duração, no primeiro modulo; e no segundo módulo, o aluno continuava, era curso superior; o curso chegou a ser aprovado no Conselho Estadual de Educação e estava em tramitação para ser aprovado no Conselho Federal de Educação; funcionou, acho que uns dois anos, não me lembro direito exatamente se 2 ou 3 anos, nesse período quase fez o curso aqui do ITA. Foi 77 e 78, deve ter sido nesse período... foi 77, eu acho que foram um ano e meio e 2 anos a UFMA se sentiu provocada e iniciou um processo de criação do curso; ai que vem a história do curso, a formação quem fez o curso? Como é que começou? curso criado em 74 muito tempo antes, da UEMA? Tenho, eu lembro de ter ouvido dizer já tem o curso na UEMA, mais a UEMA, FESM, eu cheguei a dar aula na FESM seis meses; dei aula de Prática Esportiva; eu
me lembro que a Secretaria de Administração Ficava lá no Santo Antônio, eu fui lá para assinar o contrato, dei aula 6 meses de Prática Esportiva lá, dei aula depois quando eu entrei na UFMA; não fui mais a FESM sempre era vista como uma Universidade mal organizada, vista assim de uma forma ruim. Mas ai que entra a questão, quando ele coloca que foi criado por Cecília, Dimas e Rinaldi, os três não tiveram participação efetiva na criação do curso, tiveram uma participação mínima na criação do curso... Eu tenho a impressão, eu fui do curso do ITA, eu trabalhei, eu fui coordenador do curso do ITA, eu dava aula e era coordenador e fui contratado como coordenador, então eu tinha uma relação muito íntima com Terezinha, de trabalho; a gente trabalhava muito junto, conversamos muito e eu tenho a impressão que a Terezinha estava torcendo para que se criasse um curso da UFMA ela sentiu que na era vantagem (falha na fita) o interesse dela mesma que o curso da UFMA fosse criado, porque ela já estava com interesse de vender ou passar o ITA; e isso aconteceu; ela alugou a sala lá do 3º andar, eu lembro bem disso, ela alugou para o Márcio que fez um cursinho, o Márcio depois foi... vendeu o 2º grau, eu me lembro até hoje quando ele assinou um cheque lá e pagou para ela, comprar o 2º grau, ai ela foi passando, foi e vendeu tudo para Márcio, ele acabou adquirindo o ITA e transformou em MENG, ela mesma tinha interesse que esse curso passasse... Os professores nessa época eram: o Domingos Fraga Salgado dava Organização Esportiva; tinha eu, que dava Voleibol, dava Ginástica, como ginástica tinha 1,2 e 3 a professora Cecília dava Educação Física Infantil e Ginástica Rítmica, Demóstenes dava Judô e teve uma época que deu Recreação; o Lino dava Recreação, depois foi embora, dava aula de Recreação, dava mais uma outra aula; tinha uma professora, era uma negra ... Dilmar ... dava Estrutura e Funcionamento, professora da UFMA; tinha uma aluna de Medicina, que dava Anatomia; mais ou menos o corpo era esse...Lopes era Atletismo; e a turma era essa, foi quando eu estava dando aula de Prática Esportiva na UFMA teve uma pessoa que foi fundamental para a criação do curso de Educação Física na UFMA, essa coisa que passou assim, a história apaga... Houve um envolvimento do Laércio; eu conversando lá no Centro, nós éramos lotados em Educação Física, nessa época a Educação Física era lotada no Departamento de Saúde Pública; o diretor do Centro, que ficava lá no CCS, em frente ao ITA, lá atrás da Igreja da Praça Gonçalves Dias, era um prediozinho que ficava ali atrás da Igreja, funcionava o Departamento de Saúde Pública, junto com o Departamento de Saúde Pública CCS, Centro de Ciências da Saúde; o Diretor do CCS era o Carlos Borges, o Dr. Carlos Borges, médico, que tinha um grande poder político dentro da Universidade, era muito bem conceituado naquela época, e a companheira dele era Glória Leitão, que eram um enfermeira, tinha um cargo até de chefia como diretora, muito forte; e Glória Leitão, talvez por questões pessoais, que encabeçou a criação do curso de Educação Física... se não teria esse... ela, se não fosse política dela, não teria sido criado o curso, e ela foi assessorada por duas pessoas para montar o currículo: por mim e pelo Lino; e nessa época, o Lino não era professor da UFMA; ele técnico da UFMA; o Lino ele entrou (os dois falam ao mesmo tempo e não se entende nada) não como professor, o Lino trabalhava com futebol no MAC; ai se criou o Tupã, se tentou criar o Tupã, um modelo de Clube Esportivo, que o Mário Cella, foi trabalhar como Presidente; o clube foi criado com pessoas com competência, formadas e chegaram até a ter uma participação expressiva no Campeonato Maranhense, com sede lá no São Francisco, no bairro do São Francisco e tal. E com essa amizade do Lino com o Mário Cella, Mário Cella era chefe da PRECSAE, então Mário Cella levou o Lino para trabalhar na PRECSAE com Educação Física para trabalhar nesse Setor ai, DAC, Departamento não sei do que; o Lino dava aula, chegou a dar aula no curso não como professor - nunca deu aula como professor ligado ao Departamento ou ao Centro -, ele deu aula como... ele vinha pelo DAC, ele deu aula de Organização Esportiva no curso; então a criação do curso se deve pela... pela Glória pelo Lino e por mim, então nós trabalhamos o currículo todinho; o Dimas, a Cecília e o Rinaldi - Rinaldi nem aparecia, era um professor meio tímido, meio calado, que trabalhava com o futebol fora da Universidade. então ele não teve participação nenhuma... Era professor da UEMA, era técnico do Ferroviário, as vezes pegava o Sampaio, o Moto e então, ele não tinha nenhuma afinidade com isso, ele não gostava disso; o Dimas também, não tinha nenhuma afinidade com currículo, não tinha nenhuma experiência; a Cecília também ficava ali, ela não tinha nenhum conhecimento sobre o assunto, então foi eu... até gostaria de ressaltar, o curso da UFMA só saiu, só foi a frente, porque teve um padrinho muito forte que foi a Glória Leitão, que era esposa, a companheira, do Dr. Carlos Borges, que era um chefão dentro da Universidade; e ai começou o processo, o curso foi fundado em 1978, começou a primeira turma... isso eu me lembro bem, que a gente fez o currículo mínimo, que era
ainda aquela resolução 69/69 do currículo mínimo; o curso era curso de licenciatura em Educação Física e Técnicas Esportivas; a Legislação só cabia para isso, então a pessoa fazia o curso e no final um esporte e se especializava entre aspas porque não seria especialização como hoje, em futebol, basquete; essa foi a origem do curso de Educação Física...Praticamente ele não participou, ele chegava lá, olhava e tal, mas ia embora, também a Cecília fazia a mesma coisa, pouco participava É, porque também não entendia nada sobre o assunto, currículo é uma coisa ...hoje eu tenho bastante conhecimento, por que eu venho trabalhando há muito tempo, mas na época, era uma coisa muito diferente, estranha. É, foi quando entrou o governo de João Castelo. então nessa época eu fui praticamente demitido da Secretaria de Educação - eu e o Laércio -; me lembro muito bem que a gente foi lá na época, saiu do Costa Rodrigues e começou o movimento para se criar a SEDEL, havia a intenção de se criar uma Secretaria de Desportos e Lazer, ai que foi interessante nós, eu o Laércio, havíamos sido despedido, eu já tinha programando a minha volta para São Paulo, já tinha ligado para São Paulo, já tinha até conseguido um emprego em São Paulo; a minha mãe tinha entrado em contato em Campinas, já tudo acertado em Campinas quando o governo tomou a iniciativa de criar a Secretaria de Desporto e Lazer e ao mesmo tempo, naquela época houve um convênio entre Brasil e Alemanha e entrou muito dinheiro; havia a perspectiva de fazer convênios, com muito dinheiro, mas quando se pensou em criar a Secretaria então foram dois momentos, quando se pensou criar a Secretária ninguém entendia de nada, como era que se fazia para se criar uma secretaria, e era necessário que tivesse professores em Educação Física formados, para poder tocar aquilo; foi ai que viram que Laércio e eu éramos imprescindíveis, tinham que ter a gente e convidaram, ai fomos recontratados. Ai foi que eu tive o contato com o pessoal que foi o Elir, que foi convidado para ser secretário, quem criou a SEDEL; eu participei da criação da SEDEL, eu, Laércio e Mateus Neto.Mateus Neto, havia mais um Carlos não sei o quê, uma pessoa muito forte na parte de administração; eu não me lembro mais o nome dele... Mas quando se criou essa secretaria havia essa perspectiva de trazer muito dinheiro de fora, só que eu acredito que já estava em andamento esse convênio, Brasil, Alemanha ou Maranhão Alemanha.Ai foi quando se criou, por que se criou essa estrutura da SEDEL, de secretário, coordenador geral, Divisão de Esporte, de Lazer e a Divisão de Estudos e Pesquisas porque nesse convênio que havia com a Alemanha, fazia parte do convênio que tivesse uma parte do recurso que fosse direcionada para estudos e pesquisa, foi ai que a gente entrou, eu fui ser o primeiro chefe da divisão de estudos e pesquisa da secretaria. Pois então, quando foi criada a SEDEL, esse movimento de mandar embora os paulistas, né, os forasteiros, a única pessoa do Maranhão, o único Maranhense que foi contra esse movimento foi o professor Dimas, que ficou ao lado da gente; ele não aceitava isso, foi inclusive até condenado pelos professores locais aqui na época não era nem professores, pelos técnicos locais, como traidor, então o professor Dimas, eu tenho essa gratidão por ele, na época, ter-nos apoiado. Ai depois a criação da SEDEL, em 81 eu era Técnico da SEDEL, tinha 40 horas na SEDEL, e trabalhava 20hs como professor substituto, colaborador horista na UFMA, dando aula; ai em 81 aconteceu o Concurso, eu fiz o concurso, fui aprovado, na época foi aprovado o Moacir, Demóstenes, eu, Laércio, Paschoal, Isidoro; Ulisses ficou em quinto lugar mas não entrou; eram cinco vagas, ele ficou em sétimo, por causa do Currículo, embora tenha ficado em segundo lugar na classificação das provas, ele caiu para sexto ou sétimo, para o sétimo lugar por causa do currículo e ai foi quando nós ficamos efetivados como professores da Universidade; foi quando eu pedi demissão da SEDEL e fiquei com dedicação exclusiva na Universidade, a partir do Concurso em 81. Porque a Divisão de Estudos e Pesquisas em esporte não funcionou? Olha, por um motivo simples: a Educação Física na época, não tinha... nós professores de Educação Física, não tínhamos tradição em pesquisa, isso era uma coisa nova, porque eu não defendi minha tese de mestrado? Porque quando eu entrei no mestrado em 81/82 – as primeiras turmas do mestrado, a primeira turma entrou em 80, a turma do Laércio, parece que foi em 80/81, eu entrei em 82 -, então as primeiras turmas, nos cinco/seis anos, isso tem até um trabalho, numa revista do CBCE, quase 70; 80% de quem fez o mestrado ninguém defendeu tese, porque não havia tradição de pesquisa dentro da área de Educação Física, o mestrado era novo, professores de fora, de outros países, não havia orientação; nós tínhamos dificuldades para realizar, então não havia tradição em pesquisa, a pesquisa era feita, era muito ligada a questão biológica, menarca da criança, estudos de qualidade física; foi a época da criação dos laboratórios de Fisiologia, então era uma coisa assim, não havia essa tradição de pesquisa, então houve trabalhos de pesquisa na divisão, foram feitos trabalhos de pesquisa, eu fiz um trabalho, foi até publicado naquela revista, você até divulgou, houve um trabalho
interessante que não foi levado ao final, porque eu acabei saindo da divisão, ficou para outra pessoa, que ficou na divisão, mas não tocou isso em frente, foi um trabalho, um levantamento dos dados antropométricos, feitos pelo Osmar Rio, da UNB, no Estado de Brasília, ele tinha um trabalho que fazia sobre a caracterização, tipo do atleta em relação ao esporte (o entrevistador interrompe e lembrando sobre o JEM’s e o JEB’s) se pegou a seleção, houve um trabalho enorme todo tabulado todo em cima do, foi feito pelo Osmar Rio, só que não foi levado ao fim, foi quando eu acabei saindo da divisão, ficou esse trabalho, ficaram esses dados na divisão, quem entrou depois na divisão eu acho até que foi até [Tânia ?]. Acho que deve ter sido ela. Os JEM’s mudaram porque o esporte mudou, tudo, hoje a sociedade mudou, então mudou tudo, então era época que se praticava o JEM’s, quando eu cheguei quando eu pratiquei esporte, o esporte era praticado por forma romântica, se praticava esporte por prazer; as crianças que jogavam, os jogadores jogavam, e havia um envolvimento da classe bem grande, mais assentados na classe média, classe média alta, os atletas, as escolas ricas, jogavam por prazer; tinha-se tempo para jogar, o grande passatempo do jovem era o esporte, era uma forma de sair de casa, de ficar fora de casa, de se relacionar com os amigos, era o esporte. Hoje a sociedade mudou, hoje os estímulos são outros, hoje o lazer e outros, os interesses são outros; então se você fizer com isso tudo hoje, o praticante do esporte nos jogos, eu tenho impressão que caiu em termos de nível social, houve uma queda grande, mudou a característica do estudante, que se envolve hoje com o JEM’s; outra questão também é que o esporte hoje passou a ser praticado como uma questão voltado mas como uma questão de trabalho, de emprego, de conseguir uma ascensão social. uma ascensão econômica, conseguir emprego; hoje, quem vai praticar esporte, vai para ganhar dinheiro, ninguém mais pratica por romantismo; então essa é a diferença, entre o atleta de hoje e do atleta daquela época, naquela época tinham seleções que jogavam... então, hoje não, quem vai praticar esporte vai para seguir carreira dentro do esporte. Vai para se profissionalizar dentro do esporte... L – Congresso de Esporte para Todos - aquele primeiro congresso, feito em São Luís ... Tem dois aspectos aí que talvez tenha influenciado o EPT a não ter ido para a frente aqui, naquela época; nós, o pessoal da Universidade, os professores, éramos chamados de, é um termo até antiquado, até ridículo: da esquerda, tínhamos uma visão diferente... Todos usavam barba, eram comunistas (risos) ... é engraçado falar isso, a gente era comunista, então Laércio, Lino, eu, nós éramos contra o EPT, contra a filosofia do EPT, porque o EPT era isso, Esporte para Todos; só que não era para todos , era para uma classe elitizada, que tinha bicicleta, era a classe burguesa, mas a classe pobre, a classe que não era privilegiada, ficava fora do processo; então o esporte não era para todos, a gente via na época o EPT mais como uma forma desse pessoal de Brasília de ganhar dinheiro; rolava muito dinheiro só que fazendo eventos e passeatas na rua, andando de bicicleta e com uma faixinha do EPT e tal; a gente era bem contra isso aí, esse foi o aspecto de não ter ido. O segundo aspecto é que dentro da SEDEL haviam duas coordenações, é a Coordenação de Esportes e a coordenação de Lazer. A Coordenação de Lazer era coordenada pela Fátima Frota e a de Esporte era pelo Gafanhoto; então havia uma diferença de competência brutal entre a Fátima Frota e a equipe do Gafanhoto. A equipe do lazer era uma equipe muito competente, começando pela Fátima Frota e a equipe dela eram pessoas muito competentes, tanto é que depois, essas pessoas, que trabalharam com ela acabaram fazendo mestrado. Hoje tem a Profª. Socorro [Araújo] no Departamento de Turismo; era um pessoal muito bom; então eles faziam eventos espetaculares, preocupados com essa questão da cultura, de preservação da cultura, era um trabalho científico, um trabalho com embasamento teórico, então esse era o lazer, a gente até trabalhava, até ajudava, ia lá, até porque a gente se envolvia no trabalho da Dona Fátima, Laércio, eu e Lino, porque a gente via lá, a competência estava lá. No desporto, era o Gafanhoto. Gafanhoto era símbolo do que era a incompetência... lembro de uma reunião do Gafanhoto - foi muito engraçada, ele fez uma reunião, reuniu o pessoal todo e disse que ia atacar problemas do esporte do Maranhão de A a Y, quer dizer ficou alguém de fora (risos) o Z não estava. Ai eu levantei o braço e falei assim: Gafanhoto alguém vai ficar de fora desse teu projeto de atacar o esporte, ai ele falou porque? Porque o Z ficou de fora ai do teu alfabeto. Era muito difícil trabalhar ali, tinha muitos entraves, a coisa era voltada para escolinha; ainda se cultua até hoje, eu vejo ainda se preservar aquela coisa que o grande segredo de fazer o esporte é fazer escolinha, isso era aquela coisa do Cláudio Vaz, isso foi uma coisa que na época deu certo, que tinha muito dinheiro, tinha muitas pessoas poderosas, lá, com o tráfico de influência, e deu certo; hoje não é mais isso ai, hoje é totalmente diferente, hoje ainda falam - Ah! Na época do Cláudio Vaz tinha escolinha; só que hoje não é
mais a época do Cláudio Vaz, hoje é outra época, tem que fazer um outro trabalho, trabalho de comunidade, departamentos de bairros, com sindicatos, é outra visão do mundo; então foi por isso que o EPT não deu certo aqui, além da questão da competência, que está na frente, há a questão da filosofia do EPT; tinha as pessoas que não podia tocar para frente que eram contra o Esporte Para Todos... Congresso Brasileiro de Ciência de Esporte Norte e Nordest Lembro bastante disso ai; nos trabalhamos aqui na organização, foi na Escola Técnica; ela foi muito bem organizada; os certificados saíram, eu trabalhei na organização - você também trabalhou, não trabalhou. Tinha saído SEDEL! Foi.. veio o Victor, Victor Matsudo, veio um monte de gente para cá; foi uma festa na cidade, uma festa científica ... foi trabalho... houve aqui aquele Amauri Bassoli, veio muita gente apresentar trabalho; tem trabalho no cás foi um momento rico, muito rico cientificamente muito rico, muito interessante ... pena que tenho havido um corte nesse movimento ai. o início da pesquisa no Maranhão, começa desse contexto.. Eu também concordo que foi um marco da pesquisa, que foi a semente que se plantou, mas, depois houve um cortezinho em decorrência do êxito de vários professores que foram embora: o Laércio foi embora; o Lino foi embora; muita gente foi embora e ai voltou, houve uma outra fase mais recente, que depois a gente fala sobre isso... Lógico, sempre deixa; todo evento que você faz sempre fica alguma coisa, deve ter mexido com muita gente, motivou muita gente a fazer Educação Física; houve trabalho científico apresentados, foram divulgados os trabalhos, motivou um clima voltados para isso foi um marco, foi plantado a semente, isso trouxe conseqüência depois até para reforçar o curso de Educação Física da UFMA, colocou o Maranhão no contexto do Brasil estava muito isolado, que Maranhão existe, criou uma imagem do Maranhão muito positiva fora do Maranhão; me lembro quando eu estava em São Paulo, eu tinha um respeito muito grande pelo Maranhão, bem tudo tinha idéia que aqui no Maranhão tinha um grupo de trabalhos avançados para essa área... Simpósio de Educação Física da UFMA SIMPEFE... o Primeiro SIMPEFE foi quando eu fui Coordenador do Curso; eu era Coordenador do Curso e Vicente Calderoni era o Chefe de Departamento, nós fizemos o Primeiro SIMPEFE foi quando eu trouxe para cá - deixa eu bater 3 vezes aqui - a infeliz idéia, apoiado por uma outra pessoa, trouxe o Francisco Mauro da Silva (...) Lino. Paulo Rubens; o SIMPEFE foi todo filmado, eu tenho fita guardado em casa, foi todo documentado, foi todo filmado por uma pessoa, as palestras foram filmadas. APEFELMA A APEFELMA tem histórico, eu trouxe até um documento aqui, a APEFELMA já é mais... idade moderna (Risos). houve um movimento para se criar ... estava o Laércio ... E ai nós fizemos, foi feita a primeira reunião - isso consta tudo nos livros de ata que, eu não trouxe -, mas a primeira foi criada em 81, eu trouxe aqui o papelzinho, você pode até ficar, você tira cópia depois me dá. A primeira comissão de instalação foi feita em 81 com esses nomes aqui: foi o Laércio, Cecília, Paulo, que ainda era aluno, Lino, Rubens Goulart, acadêmico, a Viviane Araújo Teles. Mais não colocaram seu nome aqui; então essa comissão de instalação, ela foi responsável pela primeira eleição, da primeira diretoria que era de 84 / 86, que foi presidente eleito Osvaldo Teles, que ficou só 6 meses, não aparecia, abandonou, a gente botou ele para fora; vice-presidente Vicente Calderoni; 1º Secretário, Sidney - eu -, Viviane e tal ai em 85, como ele ficou só 6 meses, entrou o Vicente que ficou como Presidente, ficou até em 86; e eu, fiquei como vice-presidente ai entraram mais essas pessoas; ai tem as outras chapas ai até 86 /88, 89 e 91, esta ai o presidente Leopoldo e agora tem essa atual nessa ai que o Canhoto como presidente, o vice-presidente. Eu sou o primeiro secretário, e o vice-presidente é o Veloso [Henrique Veloso]; nós nos reunimos agora, sábado retrasado, para iniciar um processo de criação da delegacia Regional aqui, dá uma luta para você fazer isso do Conselho.
ENTREVISTAS JORNALISTA J. ALVES (José Faustino dos Santos Alves)
Entrevista com o jornalista J. Alves, realizada no dia 28 de março de 2001, no Departamento Acadêmico de Ciências da Saúde, no Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão, situado à Avenida Getúlio Vargas, n.º 04, Monte Castelo. O Laércio Elias Pereira, maior castigo para ele, era ele meter um paletó e uma gravata. Beleza, deve ficar uma graça, esse... o negócio dele era Handebol, mas é mais estudioso do esporte do que por exemplo: o professor Braga, Rubem Goulart, que já era o outro lado, ele se preocupa muito mais com a parte científica da coisa é prestou em grande serviço para o Handebol do Maranhão. José Faustino dos Santos Alves, eu tirei, a primeira letra, é outro do sobrenome para utilizar como jornalista. J. Alves. Exatamente, mas era bom não confundir e jota ponto Alves, e não o nome da letra. Nascimento, 15 do 02 de 1944, lugarejo de Águas Belas, município de Guimarães, hoje Cedral, mas como antes era Guimarães, sou guimarense, mesmo. Vim para a cidade com apenas dois anos de idade, e praticamente toda a Educação foi feita em São Luís.Filho de Firmino Santiago Alves e Dona Raimunda Roclinda dos Santos Alves. Dos dois lados, dois filhos, mas precisamente um casal, é até agora seis netos, que o chefe mandou, se arrependeu e levou de novo, caso contrário seriam sete. O jornalismo, nós entramos para a faculdade em 80, mas só que antes disso a gente já exercia a profissão, e, 60 nós já começamos na Rádio Timbira, ainda era que lá, a gente não fizesse jornalismo, era redação comercial, em 62, entramos na Rádio Difusora, e aí sim começamos a desempenhar a função de repórter, então quando chegamos em 80, na universidade para fazer o curso de jornalismo já éramos jornalistas, inclusive, registrados, então nós levamos à prática, e fomos buscar a teoria na Universidade Federal do Maranhão. O jornalismo Esportivo começou praticamente a mesma época, porque aí, rádio normalmente você, o jornalista faz de tudo, e principalmente quando ele fala, porque há uma diferença do repórter do jornal para repórter de televisão, e o de rádio, que o jornal, um só escreve, e o rádio, ele não só redige, como fala também, então o programa do repórter de rádio era mais ????, ele faz de tudo, ele faz casamento, ele faz enterro, faz esporte, política, Educação, Economia, tudo, então em 62 nós começamos com o jornalismo, propriamente dito e aí, entra tudo, agora a gente chegou, mais para o lado do esporte, e hoje a gente pode ser
conhecido, mais exatamente nessa área. TVE, nós ficamos, na Rádio Difusora, na radiodifusão até 79/80, e em 80 ingressamos na TVE. Como era feito o jornalismo esportivo na TVE? A TVE teve, aliás, antes de eu entrar lá, já tinha o espaço, dedicado ao esporte, tinha um programa semanal de esportes, quando eu entrei, eu entrei mas para o jornalismo propriamente dito, quer dizer num programa de política, apesar que no telejornal também entrava de tudo né, esporte, notícia, então a gente, para lá não alterou nada, nós continuamos a fazer a mesma coisa, as transmissões esportivas, a gente conseguiu fazer, no momento dos jogos escolares maranhenses, e a gente teve a oportunidade de transmitir do Costa Rodrigues, isso ao vivo, mas fora isso a gente, fazia a cobertura normal de todos os acontecimentos esportivos. Como era os esportes na década de 60? Isso quer dizer com o professor Luís Rêgo, eu não tenho conhecimento, eu já tive conhecimento a partir de Carlos Vasconcelos e Mary Santos. Inclusive, com o Carlos Vasconcelos, dirigindo essa competição, nós tivemos a honra de ser vice-campeão olímpico, pelo Liceu, na modalidade de Futebol, disputando como sempre com a Escola Técnica Federal; hoje CEFET, nós... é.... a competição para sua época era, o que é a competição que hoje se realiza, que são os Jogos Escolares Maranhenses, ela tinha a mesma importância que o JEM’s tem agora, agora o número de participantes era muito menor, também não poderia deixar de ser, não poderia ser diferente, é hoje a coisa cresceu se modificou, principalmente quando o Cláudio Vaz assumiu, a Coordenadoria de Esporte de Prefeitura, foi que começou a mudar, porque ele tirou essa história de olimpíadas e colocou Jogos Esportivos da Juventude, realizou dois e a partir do segundo apareceu, um moço chamado professor Dimas, né, que já vivia no meio a muito tempo e graças a uma viagem que ele fez a Belo Horizonte se não me falha a memória, para assistir aos Jogos Brasileiros foi, viu, trouxe a informação possível dessa competição Nacional, que era promovida pelo Ministério da Educação e a partir da sua volta no ano seguinte, já foram realizados não os terceiros jogos esportivos da juventude, mas sim os primeiros Jogos Escolares Maranhenses, em cima da sigla da competição Nacional que é JEB’s, então eles só tiraram o B de Brasil e botaram M de Maranhão, nos Jogos Escolares Maranhenses, aliás Jogos Estudantis Maranhenses, que era Jogos Estudantis Brasileiros, depois Jogos Escolares Brasileiros (risos) passou para Jogos Esportivos da Juventude e hoje já tem um monte de confusão, cada ano eles mudam. Festivais Esportivos da Juventude... foram dois realizados, a partir do terceiro ao invés de ser Festival, a partir daí começou a se chamar de Jogos Estudantis Maranhenses. Terceiro, o FEJ’S, e aí colocaram primeiro o JEM's. L – E quando praticamente, escrevia a história do jornalismo esportivo, com duas pessoas, pelo menos eu considero assim, Dejard Martins e J. Alves. Ah! Mais o Dejard, nossa senhora, apesar de que Dejard não era maranhense, pelo menos de nascimento, mas ele pelo menos quando eu cheguei, na Rádio Difusora em 62,ele inclusive já estava até saindo.Já era uma lenda; ele já estava, até saindo, porque a Difusora tinha o narrador, Canarinho, era irmão dele então era dois irmãos um narrando, o outro contando, isso eu ouvia há muito tempo. Mas tem muita gente ai para falar de esporte, muita gente antes do que eu, nossa! Eu posso dá alguma colaboração mas para se resumir não dá. Campeonato Brasileiro de Basquetebol em 71 realizado em Brasília, tem lembrança disso? Bom, acredito que eu estava lá também agora vamos ver o que é que foi. Eu não me lembro se eu estive lá, apesar que a gente participou também da maioria dos Jogos Escolares Brasileiros.
Entrevista com o professor JOSÉ MARANHÃO PENHA, realizada no dia 26 de março de 2001, no Departamento Acadêmico de Ciências da Saúde, Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão, situado à Av. Getúlio Vargas nº 04 Monte Castelo. José Maranhão Penha. Nasceu em Penalva-MA, em 18/07/1952. Professor de Educação Física, Formado pela UFMA, Segunda turma, misturado; trabalha como Técnico de Handebol. Começou com o Handebol em 1972, com umas aulas de Educação Física com o professor Juarez Alves de Souza, Aldemir Carvalho Mesquita e professor Jeremias, era capitão da Polícia. 1972, No mesmo ano que foi introduzido Handebol no Maranhão pelo professor Dimas? Não, essa história e mais longa, é bem longínqua, ele já trabalhava no Colégio Batista; é... sabe-se que, quem introduziu o Handebol aqui no Maranhão não foi o professor Dimas, não. Foi o professor Luiz Gonzaga Braga, aqui do CEFET. O professor Braga já vinha do Rio de Janeiro. ???????? dessas histórias, nunca tinha ouvido falar de Handebol aqui, assim como também, alguém fala da ?????... Braga e o professor José Rosa, também era funcionário aqui do CEFET. FEJ, Festival da Juventude, começou em 72, foi o primeiro FEJ Só fiz atletismo, no primeiro Fiz o curso do ITA, Eu tenho o Curso de Técnico em Desporto, pelo ITA antigo Pituchina Eu tenho dois segundos Graus, eu tenho um Curso técnico e um em Desporto. Como eu tinha vontade de cursar Educação Física e aqui não havia o Curso de Educação Física, só tinha em Belém, eu fiquei esperando, aguardando. Surgiu em 78 surgiu o Curso do ITA foi em 77, ai eu fiz o Curso do ITA. a Universidade Federal, passei no segundo vestibular de 78, no meio do Ano, no caso. já tinha vários cursos, aqueles cursos de 40, 50, 60 hs. No lugar de quem? Com a saída do professor Laércio... Com o afastamento do professor Laércio, Eu era um atleta, bastante dedicado, né, aí ele indicou para assumir, isso já em 75. Ai foi ser professor; aluno do Laércio, depois na Universidade, de Handebol também... Handebol I e II com o Laércio.
ENTREVISTA COM CLAÚDIO ANTÔNIO VAZ DOS SANTOS,
REALIZADA NO DEPARTAMENTO ACADEMICO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - DCS -, DO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO MARANHÃO - CEFET-MA, NO DIA 29 DE MARÇO DE 2001, COM INÍCIO AS 09:10 HORAS. Laércio é o marco do maior feito do desporto amador do Maranhão que foi o handebol. Nós chegamos ao máximo entre as modalidades que o Maranhão participativo Laércio foi que conseguiu colocar o maranhão campeão do Brasil: duas vezes ele fez esse trabalho, não pode ser negado nunca esse trabalho dele Cláudio Antônio Vaz dos Santos. Nascimento - 24/12/1935, filho de Antônio Rodrigues da Costa Santos e Maria José Raposo Vaz dos Santos, Divorciado, 8 filhos. O apelido de Cláudio Alemão - Era aluno do Colégio Marista, 4º ano primário, nesse tempo nós tínhamos primário, ginásio e científico, eu fiz exame de admissão para o Colégio Marista, eu vim do Colégio São Luís Gonzaga, da Zuleide Bogéa, onde fiz o meu primeiro e segundo ano primário. Primeiro, segundo e terceiro ano primário. eu comecei no Jardim de Infância Antônio Lobo ao lado da Igreja do Santo Antônio, minha mãe era professora, eu estudei até 04, até 06 anos de idade no Colégio Antônio Lobo, me transferi para o Colégio São Luís Gonzaga da Professora Zuleide Bogéa na Rua do Sol onde conheci, já que nós estamos falando de Dimas, onde conheci a esposa dele atual, Maria da Graça. Eu e o Dimas, nós fomos colegas de banco escolar, da mesma classe. E a esposa do Dimas, Maria da Graça Martins. Maria da Graça Martins, o nome de solteira dela, nós fomos amigos, contemporâneos de infância, no Colégio São Luís Gonzaga; de lá me transferi para o Colégio Marista, era... eu morava na Montanha Russa, e o Marista, nesse tempo, era no Palácio do Bispo, na avenida Dom Pedro II; e eu fui fazer meu exame de admissão para o 4º primário, e exame de admissão no Colégio Marista. Ao chegar no Marista, eu era um praticante de futebol nesse tempo, e de espiribol, é um esporte que hoje parou, mas nós tínhamos no espiribol do Marista, e no futebol de campo; o irmão Manuel era considerado o diretor de esportes do Colégio Marista, me olhavam e me chamavam de Alemão ( nessa época loiro maranhense eram poucos) e começou o Manoel - Cláudio: - Alemão, Alemão, Alemão, e eu fiquei Alemão até hoje, e sinto orgulho, o que marcou muito a minha formação, tanto Cláudio Alemão, que depois, devido ao Fontenelle, eu passei a ser o Cláudio Vaz ( o Alemão), quando entrei na área de esporte, como dirigente... o exame de admissão e até a 3º série ginasial, até a 4º série ginasial eu fiz no Colégio Marista. Tanto no Colégio Maranhense, como o Colégio Cearense, eu estudei nos dois Maristas, até 52 em 53. o Cearense. Em 52 eu fui transferido para o (Colégio de) São Luís - eu voltei do Ceará - do professor Luís Rego. Colégio era onde é o Palácio do Bispo hoje, na Dom Pedro II, ao lado da Sé da Catedral, não tinha professor de Educação Física, nós éramos praticantes de esportes... não tive Educação Física no Marista, a não ser práticas de esportes, comandada sempre pelos irmãos Maristas. Nós não tínhamos professor de Educação Física, nem leigo; nós tínhamos apenas os irmãos Maristas, que nos colocavam para praticar esporte, era: o futebol de campo e o espiribol; o Basquete, o volei não existiam também; nossa prática maior era o futebol de campo, onde é hoje o Vila Rica , ali era o nosso campinho de futebol, pagávamos 500 réis para o Colégio Marista para participar; depois do almoço arregaçávamos as calças antes de começar as aulas, nós
praticávamos esporte de 12:30 até às 13:30h. Nós saíamos suados, eu me lembro desse detalhe... passávamos todo dia, nós praticávamos e pagávamos 500 réis, nesse tempo era réis. Nós tivemos uma quadra, onde eu pratiquei basquete, foi no "8 de Maio", atrás do Cassino Maranhense; hoje... ali era um matagal, o 8 de Maio, comandado por Rubem Goulart, era o time dos “ erres”..., Rubem, Ronald, Raul Guterres ... Ronald Carvalho, nosso amigo inesquecível... Rubem Goulart, que foi o líder; praticava o Paulinho Carvalho, Zeca Carvalho, e foi onde eu comecei a praticar vôlei e basquete. Essa quadra era do 8 de Maio, atrás do fundo do Casino Maranhense hoje. Eu era garoto e esse Alemão já velho, aí também eu era pegador de bola dele quando faltava os primeiros praticantes de futebol de salão do Maranhão. Eu jogava com bola de volei, faltava goleiro, eles me improvisavam para goleiro. A bola caia no campinho ao lado, eles diziam: - Alemão; eu olhava para o lado e ia buscar. Eu era o garoto de fazer tudo o que eles praticavam, eu era o mascote deles lá. Futebol de salão foi a Liga Maranhense de Futebol de Salão, comandada por Zé Rosa. Foi o grande incentivador do futebol de salão do Maranhão. Falecidos, todos os dois falecidos. Zé Rosa que morava na rua dos Afogados e a sede era na casa dele, então ali que começou o futebol de salão... Foi professor do Liceu? Foi, não, não, não, esse Zé Rosa é professor de Ed. Física que foi professor na Escola também. Esse é outro Zé Rosa, era um desportista que comandou a liga, ele é o ???? eram presidentes da liga e foi onde nós começamos a praticar futebol de salão, foi na quadra do Casino Maranhense (a quadra descoberta lá tinham duas quadras, depois fizeram a outra do lado da casa do Pedro Neiva, essa quadra era ao lado da quadra de tênis dos Ingleses que praticavam Tênis e ao lado fizeram futebol de salão, isso em 1976 em diante o futebol de salão veio a surgir. O Atletismo nós tivemos aqui, eu tive a oportunidade, mais ai de, já eu praticava pelo Colégio São Luís; eu era corredor de 100 metros, eu era corredor de 200 metros, eu corria, nessa época os atletas. o Ari façanha foi muito antes, o Ari Façanha foi uma fase bem mais antiga Já foi em outra época, bem anterior a nossa, a nossa foi uma fase que nós praticávamos, praticávamos é atletismo. 52,53, foi quando eu cheguei no Colégio São Luís, que eu comecei a fazer atletismo. A famosa geração de 53... e que nós temos até hoje esse reencontro, você deve ter acompanhado... Mauro Fecury faz questão de nos unir nessa época, então nós praticávamos atletismo numa pista improvisada no Santa Isabel, onde praticávamos atletismo, corridas, lançamento de peso, lançamento de dardo e lançamento de disco; e teve nessa época um filme, Homem de Ferro, com Burt Lancaster, que fazia tudo quanto era esporte. Nessa época eu fazia tudo, não tinha ninguém, eu fazia, eu pratiquei. Nós jogamos futebol americano, agarrava a bola e separava, jogamos tanto no Colégio como no quartel, tinha o capitão Nélio, tenente Nélio que era o nosso orientador, veio da Escola de Ed. Física do exército, trouxe muitos conhecimentos???? Muita prática dirigida acadêmica dentro da Ed. Física, o nosso conhecimento foi através desse trabalho no N.P.O. R ( Núcleo Preparatório dos Oficiais da Reserva) isso já em 56 na saída do Colégio, passando a servir o Exército. Natação, a primeira piscina que teve no Maranhão, nós não nadávamos por competição, nós nadávamos por recreação, foi na casa de Domingos Mendes, na rua Grande onde é hoje o Colégio do Manga, eu não sei se a piscina ainda existe lá; nós fazíamos natação recreativa, não tinha natação competitiva, a primeira natação que veio já foi da piscina do Jaguarema, foi o primeiro aparelho de piscina do Maranhão Clube, nós já tivemos competições dirigidas já com professores e orientando. Ah! Eu e o judô. Eu fui, modéstia à parte, foi o esporte individual que eu mais me destaquei, eu disputei dois campeonatos maranhenses e nós tivemos aqui um grupo de judô muito técnico, muito, muito... Durval já veio; já foi aluno comigo primeiro, foi aluno comigo, nós fomos aluno do Major Vicente, mas antes do Major Vicente, tinha o Paulo Leite, já tinha o judô no Maranhão... já tinha o judô maranhense um ano, dois anos, antes de começarmos a nossa Samurai era atrás do Costa Rodrigues, onde é o Líbano, aquele clube lá que hoje é Colégio. Então o Paulo Leite já praticava judô em 68, o Major Vicente, do Exército, veio ... e era Professor de Educação Física, da Escola de Educação Física do Exército, e praticante de Judô, faixa preta, criou a Academia Samurai, onde nós fomos alunos e conhecidos, assim, mais no momento eu, Marco Vieira da Silva, Fabiano Vieira da Silva, Juca Chaves, Paulo Miranda, que eu perdi dois campeonatos para ele, fui vice – campeão duas vezes naquele tempo; judô só era defensivo, não valia pontos ofensivos, só valia a defesa, você sempre contra atacava mas não valia o ataque, só valia a defesa. Então nós fomos praticantes e realmente criamos um judô de elite aqui no Maranhão. Nesses 03 anos de trabalho, 68 até 70. Foi nessa época que o Jorge Saito veio para cá... Major Vicente foi transferido.... Rio de Janeiro, era oficial do Exército, foi transferido; ai nós procuramos trazer um professor no nível dele, quando Jorge Saito estava disponível, foi campeão das Forças Armadas, por sinal um elemento técnico de primeiro nível, de primeira linha. Major Vicente, que eu já vi para poder transmitir e assinar. Que nos esportes individuais a pessoa
muitas vezes não é o campeão mas é o melhor mestre para transmitir, para ensinar, então nós aprendemos muito a técnica, a filosofia do judô; nós tínhamos um judô clássico, elevado, seguíamos aquelas mensagens, tudo o que dizia, o que vinha do judô nós tínhamos esse trabalho e isso não foi só comigo, foi com todo o grupo, era vestido, preparado para enfrentar esse judô clássico, acadêmico, milenar que nós conseguimos absorver, hoje eu acho que o judô virou uma competição de briga, acabou o nível de uso das técnicas, o nível do respeito, desde o Kimono abotoado, amarrado fechado; hoje a pessoa solta a pessoa faz um judô de luta livre. Boxe, eu tive oportunidade qualquer coisa que eu fale, eu sempre tive, eu fiquei conhecido, tem um livro do Benedito Buzar é política e politicagem, Pedro Neiva foi um homem, trabalhei com o Pedro Neiva, no Governo dele eu e o Buzar (o Escritor Benedito Buzar) e eu tive a felicidade quando era garoto; Lupercino [Almeida] era um lutador de boxe do Maranhão e eu era, sempre fui entusiasmo pela prática do esporte, eu acordava cedo, eu ia para a Beira-Mar, onde eu morava, caminhar, correr, tudo o que eu conheci, o Lupercino, que era um lutador de boxe e eu tive a felicidade, na época, de ser a primeira pessoa a aprender a técnica do boxe aprender a bater : ponta de queixo, coração, fígado, baço, estômago, supercílio, aquilo tudo ele me ensinou os movimentos. Eu ainda era garoto, esse tempo foi em 1945, tu falou em boxe, eu tive que ir lá, eu aprendi uma técnica que nessa época ninguém tinha a briga aqui era de cabeça naquele tempo a briga era um negócio saudável quando se decidia alguma rivalidade era uma coisa saudável, amanhã estava tudo bem, era uma briga sem nenhuma maldade e o que aconteceu Lupecínio me ensinou a bater, eu transformei essa técnica futuramente numa defesa que eu fui ter e foi como é que vai .... Olha o atleta aí e foi aí que veio quando nós fizemos a (???) do Oton Mondego foi o primeiro professor da escolinha que nós tínhamos de boxe no Maranhão, Professor Oton Mondego, que depois foi assassinado por Hiluy, (José de Ribamar Hiluy, Juiz de Direito), que teve um problema com ele. Academia do Joe foi mais na frente, e foi um dos bons professores de boxe que teve aqui no Maranhão. Ele já foi aluno de, eu acho se a memória não me falhar, ele foi o primeiro a montar uma academia de boxe particular, acho que ele foi aluno do Oton, acho que foi o Oton o primeiro professor nosso em 1971, 72, lá no Costa Rodrigues, tínhamos toda modalidade, funcionava as escolinhas todas, funcionava judô, Karatê, que foi o primeiro a introduzir uma escolinha aqui foi o professor Ribamar e ele está até hoje aí ...você sabe quem é o Ribamar? Ele veio de Belém e foi o primeiro a ter uma Escola Academia de Karatê no Maranhão, foi lá dentro do Costa Rodrigues com ele. Dimas era Ginástica Olímpica, Handebol, também tem ligação com o Dimas... total funcionou mas.... Aí já é outra etapa que nós estamos pegando. Jaime Santana, que eu me esqueci de citar da nossa geração, era um dos nossos praticantes de esporte, tanto volei como o basquete, futebol de campo, futebol de salão, nós jogávamos tudo é que toda essa geração jogava tudo, ninguém jogava futebol de praia, futebol de salão, futebol de campo, Jaguarema então era o nosso celeiro. Foi o grande Jaguarema na época, então o que a gente praticava de esporte era direto, Jaime Santana, nós tivemos um problema em 1970, Zé Reinaldo também atleta, Zé Reinaldo governador, Jaime Santana nós tivemos nas Casas Brasileiras. Então Jaime Santana em 1970, o pai dele ainda não era governador, nós precisávamos da quadra do Costa Rodrigues para treinar nossa seleção de basquete, para em 1970 irmos para Porto Alegre, mais precisamente Santa Cruz do Sul e nós precisamos do Ginásio, o técnico era o Chico Cunha, “ Cearense”, era mineiro trabalhava mas no Ceará; e veio trabalhar com a gente aqui na época do governo Sarney; nós fomos pedir; não podia ceder o Ginásio para nós treinarmos, nossa seleção porque estava tendo jogral, aí depois do jogral não podia porque ia ter um reunião, não vou declinar o nome da pessoa que dirigia, não interessa, só interessa o fato, não podia porque tinha que fazer silêncio, porque ia ter uma reunião e o Ginásio não podia ser ocupado para treino porque ia ter uma reunião na sala de reunião e o barulho ia prejudicar Se lembra do tempo da Mary Santos ? nós fomos amigos, mas houve esse problema, então nós ficamos do lado de fora do Costa Rodrigues sem poder treinar... Mas isso vai acabar, Alemão, te prepara que isso vai acabar quando em 1970, Neiva Santana assumiu o governo, Jaime me chama - olha, tu vai ser Coordenador de Esporte da Prefeitura; Haroldo Tavares, nós começamos primeiro na Prefeitura, foi nosso primeiro passo, foi na Coordenação de Esportes, Haroldo Tavares Prefeito de São Luís. O Carlos Vasconcelos era da Coordenação de Educação Física, aí foi criada a Coordenação de Esporte, na área estudantil, era o ????? na área do esporte aberto sem limites foi a Coordenação de Esportes?????, nós tivemos o direito de agir com a Ildenê, a gente fez esse trabalho????????, trabalhava só com esporte escolar. Por sinal era o mesmo problema, era muito limitado, ele o esporte escolar no Maranhão, fomos funcionar onde é o parque do Bom Menino, tem um açougue, ali em baixo, ali que era a coordenação, alugamos de
Antônio o prédio e fomos fazer a explanação, primeira medida eu fiz uma equipe muito boa, foi Geografia, Fernando Sousa.... Geografia Jaime Sampaio e Fernando Sousa, Jornalista Diretor Técnico, bom foi minha diretoria ai eu convoquei os professores, fiz o levantamento de quem é que podia ser útil, quem é que eu tenho para trabalhar porque eu tinha o direito de formar escolinhas, que não tínhamos nada nesse sentido de formação de atleta. Então veio o Dimas, veio o Major Alves, professoras as duas, professoras Maria José e Tarcinho FEJ foi Prefeitura O FEJ foi a Coordenação de Esporte da Prefeitura de São Luís, em 1970. O primeiro FEJ (Festival Esportivo da Juventude), a Mary Santos fazia jogos Intercolegiais do interior ela nunca fez uns jogos na capital, ela fazia jogos Intercolegiais, em que eu fui árbitro, Roseana jogava, Carlos Vasconcelos era do MEC, tinha uma rivalidade com ela e fazia os jogos dele, ele fazia o dela, eram jogos isolados. Tinham dois jogos, o do Carlos Vasconcelos, e tinha os Jogos Intermunicipais, que era voltado para o interior, com a Mary Santos, o pessoal da capital, e a gente trazia o pessoal do interior. A Mary Santos era do Estado, da Secretaria de Educação e Cultura, onde tinha uma Secretaria de Esporte, Secretaria de Educação Física do Estado, era serviço de Ed. Física do Estado. A Mary estava no Estado, a Ildenê, no Município. A Ildenê era Secretaria de Educação e a Mary era de Ed. Física. E aí você, criou uma coordenação de esporte, na prefeitura que era você... Foi ai que eu entrei, fui dirigir pela primeira vez... muito bem, isso foi em 71, nós entramos no Governo, se não me engano, foi em março ou por aí em setembro, nós tivemos o primeiro FEJ ( festival Esportivo da Juventude) semana da pátria, onde o Colégio São Luiz foi o primeiro campeão do FEJ, onde eu trabalhei; aí foi que o Dimas começou, trabalhamos juntos, nós acumulávamos, nós éramos árbitros, técnicos. Tudo nós fazíamos tanto o Dimas quanto o Laércio (do São Paulo) já me ajudou, nessa época; foi o primeiro que veio para cá; o pessoal criou muito problema comigo porque eu estava enchendo de paulista, muito fácil de explicar: não tinha professor de Ed. Física no Maranhão e eu queria fazer um trabalho de nível, eu tinha de pensar primeira coisa que tinha de ter, era o professor tanto para quem quisesse transferir conhecimento, então eu não tinha nada acadêmico, nada elevado nessa área aqui, só tinha professor. Já superados dois que já não trabalhavam, mais Braga que era professor daqui e não sei se era formado, era Braga, Zé Rosa, Rinaldi Maia. 71, eu estava só coordenação de esporte na prefeitura e nós fizemos o primeiro FEJ; aí teve o segundo FEJ, foi quando o Jaime criou o Departamento de Ed. Física e Desportos, Pedro Neiva me nomeou no lugar da Mary Santos. Já foi no governo de Pedro Neiva com Haroldo Tavares que agora é que tu vais entender, eu entrei primeiro na prefeitura, que Haroldo Tavares era cunhado de Pedro Neiva, irmão da mulher de Pedro Neiva que é a mãe de Jaime Santana, então para que eu pudesse assumir o estado, nesse tempo podia acumular então, criaram o departamento de Ed. Física e Deporto do Estado, saiu o serviço para departamento. Nesse tempo na Secretaria de Cultura o nível do Departamento era mais acima de serviço, então para que eu fosse para o Estado Foi criado o departamento de Desporto do Estado para que eu pudesse assumir, acabar o serviço então era novo o cargo e aí que eu fui para o Estado, eu acumulei coordenador de esporte da prefeitura e diretor do Departamento de Ed. Física e Desporto do Estado, ligado a Secretaria de Educação do professor Luis Rego era o Secretario na época, professor Luís Rego primeiro Secretario que eu trabalhei, depois eu trabalhei com o Magno Bacelar que foi o Secretario, depois com o Pedro Rocha Dantas Neto que também foi secretario. Já em 72 fui nomeado Diretor do Departamento, onde foi que ficou o Departamento. Lá no Costa Rodrigues ai eu transferir a coordenação, acumulei no Costa Rodrigues eu levei tudo para lá ficou a coordenação. Eu era coordenador diretor do departamento de Ed. Física do estado e presidente do C.R.D. Isso em 72, como era cargo quem era diretor era Presidente do C.R.D automático não tinha vínculo político nisso, era uma tradição de desporto ligado ao C.N.D ( Conselho nacional de Desporto) onde era o Brigadeiro Jerônimo Bastos, ai foi que eu fiz a minha equipe, aí foi que o Dimas entra com a parte principal quando nós estávamos para fazer o segundo FEJ em 72, seria em setembro, Dimas foi a Belo Horizonte. Ele foi a Brasília acompanhando a seleção juvenil de Basquete, e de Brasília ele foi a Belo Horizonte, assistir o JEB's Muito bem, ai Dimas trouxe toda a informação, e o Maranhão podia participar do JEB's em 72; ele trouxe em 71, ele foi no JEB's em julho e trouxe.... ( todos falam ao mesmo tempo e não há um entendimento) Dimas me trouxe, eu organizei a primeira equipe com o Dimas, era do Handebol, primeira equipe que nós viajamos para o JEB's. Ginástica Olímpica e Handebol, o Dimas Coronel Alves, basquete; voleibol, Graça Hiluy; Coronel Alves antes era Major, foi isso para dar coletivo que eu levei foram 52 pessoas que eu levei,
não levamos atletismo, natação, não levamos nada muito bem com o que Dimas me trouxe me presenciei muito ao DET Muito bem, aí eu já tinha uma parte ativa comigo, porque eu precisava do Dimas, não só como técnico, mas também como conselheiro, porque como eu te falei eu não sou formado, eu sempre procurava olhar uma pessoa que tivesse um conhecimento acadêmico para poder me orientar, é uma de nossas iniciativas foi justamente essa de criar esse jogos escolares, foi o primeiro e o segundo e depois nós o transformaremos em JEM's, o primeiro JEM's foi em 73, sempre tenho essa dúvida; o pessoal não guarda isso mais, o primeiro FEJ foi em71 o segundo FEJ em 72 e o primeiro JEM's em 73, porque? Nós participamos do JEB's e a sigla pesava, mas por bem achamos melhor mudar para JEM's Jogos Estudantis Maranhenses, foi que veio, nós já tínhamos passado o primeiro e o segundo FEJ com sucesso, com a mudança, com a formação das escolas a conscientização que e a primeira coisa a nascer numa escola era a força a Ed. Física através dos esportes, foi a maneira que nós encontramos de valorizar o professor de Ed. Física ele que era praticamente um esquecido dentro da área educacional, achava – se que era desnecessária a Ed. Física onde não se praticava nem a ed. Física, nem os esportes, nós criamos esses jogos para provocar nos colégios essa necessidade de se formar atletas, assim como também transmitir Ed. Física e valorizar o professor, porque nós não tínhamos campo de trabalho para eles e passou a ter esse foi o ponto marcante do nosso trabalho, que realmente hoje o que tem começou ai, onde nós provocamos. Nós íamos fazer uma escola de Ed. Física particular, já tinha toda a documentação, o professor Salgado deu para mim Como eu sentia a necessidade de ter professores formados e o que eu trazia eram poucos em relação a necessidade que nós tínhamos, nós achamos um início para formar a escola de Ed. Física particular. Nós começarmos a trabalhar e deve ter sido isso que chegou lá, nós tínhamos um interesse de fazer uma Escola de Educação Física aqui, eu não posso dizer assim com certeza; Domingos Fraga Salgado, foi que eu trouxe para criar e Escola de Educação Física, com o Magno Bacelar. Ele que obteve toda documentação, foi quando a UFMA criou, aí parou. Salgado e Laércio participavam ativamente nesse projeto... Eu sei que nós chegamos, avançamos, não foi concretizado, eu sei nós avançamos nesse ponto, o Salgado veio para cá fazer isso, eu trouxe ele para cá. No tempo eu tinha muita liberdade de pagar, Magno quando queria o serviço pagava do próprio bolso, não tinha o Wellington e ele me dava um cheque, hoje ele é um homem de porte limitado, na época ele era o mandão, então ele me apoiou demais. Quando o Magno assumiu eu fiquei muito forte na Secretaria. O JEB's em 73 - nós conseguimos formar uma equipe de professores excelente aqui em um ano o Maranhão evoluiu demais, em todas as modalidades, Jacaré que era o professor de natação, professor de Teles que hoje tem Escola, o menino que ia casar com a filha de Ronald. Como é o nome dele? Ai, nós já fomos, como todas as equipes, Jacaré era o técnico de natação, você sabe quem é Jacaré? Tem dois técnicos, Cavagnac foi o que me ajudou demais, era professor de natação, então nós formamos uma equipe, uma delegação de 225 atletas e com dirigentes davam 250 pessoas, nós fomos para Brasília, nessa época nós tínhamos total apoio do governo estadual e federal, 250 atletas de Boing fretado, nós não saímos daqui de avião de linha, nós fomos de dois boing de ida, dois boing de volta fretado para Brasília em 1973, em julho. Dimas era professor de ginástica olímpica na minha equipe. Ginástica Olímpica Masculino e feminino e Ginástica Rítmica que foi a mulher dele... Técnico de Basquete também, tu soube disso, nós fomos a Niterói, nessa época que nós fomos a Niterói já isso, como uma pequena Federação, nós fomos participar de um Campeonato Brasileiro, Dimas foi técnico de Basquete também, era muito versátil, era Basquete, Handebol, Ginástica Olímpica, ele foi tudo, o Dimas ele era árbitro também comigo. Nos jogos sempre o nível da arbitragem era muito fraco ??? ( há uma falha na fita), então esse grupo de trabalho foi que nós fomos para Brasília, já com uma equipe que nós conseguimos fazer uma boa apresentação muito boa do Maranhão. Laércio disse que ele veio dar um curso pela ODEFE, de handebol, daqui ele deveria ir para Manaus e ai, teve um problema em Manaus, o curso não teve, ai ficou aqui ajudando o Dimas aqui com o Handebol, ai você queria que ele acompanhasse no JEB's ele disse que não podia, porque ele era técnico do São Paulo, só que com a vinda dele para dar esse curso aqui, o garoto que ele deixou tomando conta, tomou conta tão bem que ficou como técnico e ele ficou desempregado. Foi isso aí; eu consegui emprego para ele com o brigadeiro Jerônimo Bastos e ele veio para cá como professor, pago pela C.N.D ( Conselho Nacional de
Desportos) foi o Jerônimo Bastos depois que veio o Heleno Nunes, Elias foi contratado, ele era meu professor contratado pelo Conselho Nacional de Desporto, de onde ele vinha todo mês, o dinheiro vinha religiosamente para conta dele, pago pela C.N.D, eu conseguir colocar como meu professor e pago pelo C.N.D, eu era do C.R.D e consegui junto ao C.N.D professor pago. Assessorar a Secretaria de Educação; então o Laércio foi isso, depois de Dimas, Dimas foi o introdutor agora e a grandiosidade do handebol no Maranhão, deve – se tudo ao Laércio, nível técnico, campeão brasileiro duas vezes, masculino e feminino, Laércio foi um monstro em termo de, veio o Biguá, veio o Horácio como ajudante dele, assistente Horácio, Biguá Em 72, Luis Fernando Figueiredo, Phil, Alberto Carlos, Vieira era o goleiro, Chocolate, Chico praticamente a base do Batista e Marista. Pois Elias fazia, Elias Pereira dentro do Nhozinho Santos botava as traves e fazia Handebol Dimas para cá realmente passou a ser um esporte competitivo, um esporte escolar mesmo e de alto. Foi nessa época o esporte número um no Maranhão o Handebol tomou conta, o basquete, o volei, tudo era secundário, o futebol; o handebol era o esporte mais assistido no Maranhão. Era ginásio lotado, tu tava aqui nessa época? Eu fui muito criticado porque disseram que eu estava trazendo todos de São Paulo para cá e não prestigiava o pessoal do Maranhão, que não tinha professores no Maranhão ?????? dois na ativa e dois já não praticavam mais. Um era meu assessor de gabinete, não tinha força mais para comandar Aí você traz o Laércio Aí veio o Laércio, veio Búzio para o Basquete, então eu fiz um curso de reciclagem aqui. Trouxe o Domingos Salgado e ai logo depois veio o Marcos... A minha arbitragem do JEB's veio toda de Belém, toda aquela equipe veio para cá e de Recife... O Expedito, para a natação... O Iran Junqueira, handebol de Brasília... desde a participação de pessoas de fora os árbitros ficavam esperando a hora de ser convidado, era hospedagem dinheiro na hora, eu não sei como eu conseguia, eu não tinha um tostão na minha, no meu orçamento. Dimas disse que ainda a causa de tudo isso é a geração de 53, foi Jaime, Haroldo; No meu departamento não tinha um tostão... Aí o Jaime telefonava para o Duailibe que era diretor do D.E.R, e disse o Alemão tá com um problema, aí ele tá precisando de 300 agasalhos: manda ele vir falar comigo; comprava pelo D.E.R ( Dep. de Estradas e Rodagens), não tinha nada a ver com o Dep. de Ed. Física porque tínhamos a facilidades de amizades, o Jaime era Sec. Da Fazenda, então o que Jaime falava era uma ordem, Zé Carlos Alemão tá precisando de 30 bolas, Zé Reinaldo o Ginásio tem de reformar, o Zé Reinaldo Secretário de ação e Obras, uma semana o estádio ia reformar, o que eu precisasse eu não tinha dinheiro em espécie, mas eu tinha todo o apoio logístico, tudo o que eu queria eles me davam; vamos viajar, passagem aérea, o Maranhão passou 4 anos viajando por esse Brasil inteiro, não tinha um campeonato brasileiro que o Maranhão não praticasse. Por que? Material à vontade, técnicos à vontade, uma constância de trabalhos, o Costa Rodrigues não tinha porta fechada, começava 4 horas, 4, 5 horas da manhã, ia até meia – noite ou uma hora e continuava de novo e era uma hora e continuava de novo e era numa dedicação dos professores, teve um lance gozadíssimo, eu tinha uma equipe na coordenação, eu trabalhava na coordenação e no departamento de Ed. Física. O Bordalo que era o Secretario resolveu resumir nossa folha nesse tempo era 100 mil reais passou para 50. Eu reuni meu pessoal todinho e nesse tempo não tinha esse negócio de leis trabalhistas, vocês são meus professores eu não quero perder nenhum, reduziram o meu custeio de 100 mil para 50, eu não quero perder nenhum de vocês eu não sei se vocês vão aceitar mas a única maneira que eu posso fazer eu quero todos vocês aqui, eu vou reduzir 50% o salário de todo mundo aqui, não saiu nenhum, ficou todo mundo ganhando a metade do salário. Gafanhoto vai te contar essa história e ele morre de rir. É que na equipe houve uma irmandade, todos tinham o prazer e brigar para você pegar uma hora no Cota Rodrigues, era uma guerra, todo mundo querendo trabalhar. Foi assim uma motivação maior que fez esse trabalho aparecer, eu tive uma equipe muito boa, meu professor era meus árbitros, meu professor era meus conselheiros, então tinham um trabalho coletivo e todo mundo querendo essa grandeza de educação física no desporto e surgiu os colégios, se empolgaram, o colégio que não tivesse participação no JEMS, não tinha aluno, a vibração dos colégios que aguardavam o ano todinho se preparando então foi aí que surgiu.
ENTREVISTA REALIZADA NO DIA 27/06/2001. LOCAL: CENTRO FEDERAL TECNOLOGICO CEFET, NO PÁTIO ESPORTIVO COM O PROFESSOR ALDEMIR CARVALHO DE MESQUITA. Aldemir Carvalho de Mesquita. Nasceu em Vargem Grande, antiga Vila da Manga, hoje Nina Rodrigues em 16/10/48; filho de José Rodrigues de Mesquita e Izabel Carvalho de Mesquita. 2o grau completo. O envolvimento nosso, com a Escola Técnica foi através... Porque nós viemos morar aqui no fundo da Escola Técnica, rua Raimundo Correia, Travessa Miguel Couto, que sai aqui, no fundo do campo, que é um antigo ginásio que chamavam Chico Barrigudo. Tipo menino esperto, né, que sempre pulava o muro para comer manga e jogar bola e eles botavam quem não era aluno, que a gente pulava o muro, o pessoal da popular. Que a popular que chamavam era o Monte Castelo, todo o Monte Castelo, ali do lado do cinema, que foi construído as primeiras populares. Foi construído aqui no Maranhão, aqui em frente ao cinema, aquelas casas, em frente ao cinema ..., então nós pulávamos o muro, e o professor Braga nesse tempo diretor de esportes aqui da Escola Técnica, chegava e perguntava quem era aluno, quem não era aluno da Escola? Eu me calava, então ele chegava e ninguém se acusava e então ele dizia, turma eu mesmo vou tira e tirava e me confundia com aluno da escola, porque eu só vivia aqui dentro. Eu almoçava aqui, eu sempre dizia que a 1º comida que eu comi em São Luis foi dentro da Escola Técnica. (RISOS). Não me lembro o nome, não me recordo, parece que já era JEM's mesmo, na época. É, tinha o do Doutor Carlos Vasconcelos, mas depois, nós devemos ressaltar o Alemão, Cláudio Vaz, através do governo Pedro Neiva de Santana... mais ai já havia a divulgação, porque o doutor Carlos Vasconcelos, realmente foi o pioneiro junto com o professor Rubem Goulart e o professor Braga. Esse três eu considero assim, como pioneiro em terno de divulgação do esporte, porque não existia nem professor de educação física aqui, na época. Então foi que foi para ... para escola superior... Escola do Rio de Janeiro, qual é o nome ... Escola Nacional de Educação Física! foi que mandaram a professora Mary Santos, professor Braga e o professor Rubem Goulart, então quando eles voltaram, eles deram uma outra cara para o esporte amador do Maranhão e isso também só foi possível com o apoio, nesse tempo, do doutor Carlos Vasconcelos; era medico de todos os colégios daqui e era do Exército, Capitão de Exército, Capitão-Médico, e isso tinha uma penetração muito grande dentro da área federal e ele representava o governo federal na época do esporte. Era delegado do MEC, nessa época, que se usava... os jogos eu realmente não me recordo se era o município ou o estado que fazia, mas acontece que esses jogos eram nos principais colégios da capital, outros colégios também participavam, colégios de menos expressão, não tinha realmente, não participavam. Mais era Marista, Liceu, Colégio São Luis, Ateneu, Rosa Castro. Isso era do doutor Carlos Vasconcelos, mas já... Ele fazia os jogos, voltados mais do estado mais voltado para o Interior. a professora Mary Santos, quando ela..., o que, o que eu me recordo ela divulgou essa parte do esporte já..., quando doutor Carlos praticamente já foi abandonando a parte de esporte, ele ficou mais com a parte de medicina esportiva, à parte de exame biométrico, aqueles exames de alunos. Então essa parte foi ficando com o doutor Carlos e a professora Mary Santos ficou com a criação do Ginásio Costa Rodrigues que veio, ai que entrou o Cláudio Vaz de acordo com o trabalhado praticamente. O técnico foi através da professora Mary Santos, que ela criou... nos estávamos... aí que entrou o Estado. O que a gente percebia, que tinha que crescer a parte de esporte no Maranhão, então estava com uma deficiência de técnico, então precisava de pessoas para treinar; esse pessoal que trabalhava com esporte e devido isso veio juntamente com Mary Santos, com o professor... doutor Carlos Vasconcelos que foi em conjunto isso aqui, o diploma que eu tenho tá assinado pela professora Mary Santos e Carlos Vasconcelos.
Entrevista com o professor, MARCOS ANTÔNIO DA SILVA GONÇALVES, realizada no Estádio Nhozinho Santos. Laércio Elias Pereira, sou suspeito para falar, porque é meu irmão, desde a época de faculdade, quando eu o conheci, é jogávamos bola, juntos, estudávamos juntos, fizemos projetos maravilhosos durante a nossa vida de profissional de educação física, fizemos juntos, na verdade tivemos um período muito grande de nossas vidas trabalhando juntos e nos identificamos muito bem, depois que eu sai de São Luís é que não tivemos mãos a oportunidade de trabalharmos juntos, mesmo porque eu acho que fiemos o que tínhamos o que fazer em São Luís na época e depois obviamente cada um procurou multiplicar né, em outros locais aquilo que a gente podia em termos de educação física e esporte. Marcos Antônio da Silva Gonçalves. Nasceu em São Paulo, a 10/06/47, filho de Carlos Gonçalves, Guiomar Martins da Silva Gonçalves. Estudamos até o último ano de Educação Física, USP. Acho que, sou umas oito turmas. Um pouco depois de Laércio, antes de Lino, antes de Sidney. Foram meus calouros. Sempre pratiquei esporte, muito esporte, principalmente futebol e fui induzindo e recomendado pelo professor. O curso foi recomendado pelo professor Milton Balerine, estudou comigo em colégio interno de Lorena, interior de São Paulo e que fazia educação física, então ele nos aconselhou pelo gosto que eu tinha pelo esporte, pela administração do esporte já na época e ele nos recomendou fazer e acabamos entrando na educação física em 1969 mais ou menos. Eu já cansado de São Paulo e tendo trabalhado com Laércio no SESI de São Caetano e Santo André a mesma equipe que fazia os esportes do SESI, eu decidi sair de São Paulo, quando de uma, de um JEB's que a gente apitou em Brasília acho que handebol em Brasília e o Laércio estando por aqui em São Luís nos convidaram para visitar, eu como já tinha intenção de sair de São Paulo não agüentava mais aquela cidade danada, acabei vindo visitar São Luís e em duas semanas como diz outro, fechei a conta e vim embora. Como eu me encontrei com o Laércio, que já estava aqui no Maranhão em Brasília com a delegação do Maranhão. Ele nos fez esse convite para vir para conhecer São Luís foi à época de julho eu vim inclusive na época eu vim com Júlio, Júlio do Gás Julinho, não sei se tu já fizeste algum detalhe sobre o Júlio também, foi a primeira vez que nós viemos para cá, viemos de ônibus de Brasília para São Luís e aqui vós ficamos duas semanas passeando e quando eu voltei para São Paulo, já voltei com alguma coisa acertado, na época com Carlos Alberto Pinheiro Barros; então, eu não me vi para apitar o JEM's, vim já para trabalhar no antigo Departamento de Educação Física (DEFER, de São Luís- Maranhão) juntamente com o diretor na época o Carlos Alberto Pinheiro de Barros. Inicio não, Cláudio Vaz tinha saído para entrada de Carlos Alberto Pinheiro Barros e o governo de Nunes Freire e o Carlos Alberto encontrei a assessoria, vamos dizer assim de trazer elementos que foi tendo a incumbência, vamos dizer assim, de trazer elementos que pudessem reforçar toda a equipe de trabalho e o trabalho em si. Não, Sidney não estava não; quem estava aqui efetivamente era o Laércio, era Viché, Biguá, Horácio, o Júlio veio, mas volta, não veio, não ficou junto comigo, ele veio para passear junto comigo, mas voltou porque ele ainda era estudante em São Paulo, voltou para concluir o curso, também nunca concluiu, igual a Biné, seria bom detalhar isso ma minha biografia, porque já diz que eu não sou formado, mas eu concluo, conclui não, fui ate o ultimo ano da escola e por ter vindo praça, eu optei por não concluir porque o trabalho aqui é muito mais importante. Então eram somente elementos que estavam aqui, depois é que, através de Laércio, e de vir é que nós fomos trazendo todo esse pessoal, que foi Zartú, que foi Levy, que foi Júlio, que foi José Carlos Fontes, Sidney, toda a equipe se formou aqui, Demóstenes já estava. Demóstenes estava chegando na mesma época que eu. Na verdade, a proposta que me fizeram para vim ao Maranhão, não tinha direcionamento nenhum. O que Laércio me propôs na oportunidade era que viesse para São Luís do MA, onde já conheciam meu perfil, já
conheciam o meu trabalho da época que nós estivemos juntos no SESI, conforme eu já disse, SESI São Caetano e Santo André e lá ele era coordenador do SESI São Caetano e eu do Santo André, nós já nos conhecíamos e ele sabia que ele podia contar comigo em qualquer frente de trabalho, né. Então, é como eu administrativa essa parte esportiva em Santo André e ele acreditava que eu pudesse me assenhorear dessa função aqui em São Luís do Maranhão, ele me convidou, mas lembro bem que a gente deixou claro que a gente teria que fazer um pouco de tudo, como nós acabamos fazendo realmente e assim os outros também, assim os outros foram convidados por mim, Sidney, Zartú, Lino, eles não vieram direcionados, é para algum emprego, vamos dizer assim, para algum setor, eles vieram e aqui nós fomos procurando como encaixa-los em algum lugar, então apareceu como por exemplo, o Lino, apareceu alguma coisa no Maranhão, ele foi lá como preparador físico, recém-formado, como preparador físico do MAC, mas também trabalho em outros setores, na parte administrativa do JEM's, que a gente passava noites e noites, hoje a gente vê aí, todos os avanços que houve, né, no JEM's até o boletim é feito a nível de computador, Tc e tal. Na época a gente fazia era com mimeógrafo a álcool e dormindo debaixo da mesa, para poder o boletim ficar pronto no dia seguinte, então o Lino, nos ajudou em todos os sentidos, o Sidney também veio, a principio ficou conosco no Costa Rodrigues, com a escolinha de futebol e assim fomos todos, né, vindo sem um direcionamento efetivo. A gente veio para trabalhar, aonde, não sabia, onde tivesse lugar a gente ia se colocando e auxiliando e dinamizando de todas as formas, o esporte no Maranhão. Eu cheguei a participar junto com o Laércio, do, do vamos dizer assim, das idéias, da formulação dele, sem no entanto estar á frente como professor, pelo contrário eu fui até um dos vestibulandos e lembro com carinho, né, na época fui o primeiro aluno da turma que se formou, que entrou no Pituchinha e até por conta do trabalho que a gente vinha fazendo, desenvolvendo e que era muito, né, também não cursei na época, preferindo trabalhar, porque realmente era muita coisa para se fazer. Como é que está o Randevou futebol clube? É uma saudade grande, porque nós tínhamos essa, esse encontro de amigos que muito contribuiu principalmente para que... é alguns daqui de São Luís percebessem que aquelas pessoas que estavam chegando, não eram pessoas que vinham para atrapalha-los, que vinham aqui para interromper uma possibilidade deles evoluírem, porque o agente fez na verdade não foi um time de futebol, foi um encontro entre amigos que estavam chegando de fora e convidando que ao participarem conosco dessas brincadeiras, dessas peladas, cervejadas, eles percebessem, percebiam que agente tinha no mínimo boa intenção, não viemos para tirar o dinheiro deles, para tirar o lugar deles, então aquilo foi uma forma que até a idéia surgiu entre Láercio, Lino e eu. Era uma forma da gente aproximar as pessoas da gente, da gente se aproximar das pessoas e fazer com que o trabalho de uma forma geral fosse facilitado e isso agente atingiu, porque, hoje agente encontra com elementos que participaram da nossa brincadeira e eles sentem saudade e pedem inclusive p ra retornar o handebol 40. (risos)
Laércio, ?, ?, ?, Sidney, Djalkma Santos, Marcão, ?, Gil, Lino
É o Antigamente Futebol Clube? O baixinho ainda é goleiro e você...? (risos) Ainda faço algumas coisinha, ainda brinco um pouquinho. Entrevista com LOUIS PHILIP MOSES CAMARÃO, gravada no dia 28.06.2001 com início às 8:17 na Sede da Cooperativa de Médicos do Maranhão, na rua do CEMA, 33. Esse é o nosso grande mestre, ele é muito acima da mentalidade dele, as idéias dele são muito mais ainda acima, a cabeça muito pensante, muito mais, maior vamos dizer assim que convivem dentro do esporte amador de uma maneira geral, ele é um grande amigo, foi ele que revolucionou o handebol no Maranhão, mas não só pelo esporte e sim pela forma que ele fez pensar, que ele nos fez pensar e nos fez vê as coisas (Para atender a outro telefonema e a um funcionário). Nós estávamos falando sobre o professor Laércio! Então é, vamos sintetizar a minha é idéia, porque eu fiquei muito propicio. O Laércio é uma pessoas preparadissíma, veio para o Maranhão com essa visão muito mais ampla do esporte, como um todo do que se podia sequer sonhar, aqui no Maranhão. Ele deu uma nova visão para o handebol maranhense, mas não só pela pratica do handebol, porque ele abriu a nossa mente, abriu o nosso horizonte de uma maneira até diferente de ver a vida, isso nos ajudou bastante, foi pôr isso que conseguiu o que ele conseguiu e deixou aqui os seus frutos principais que até hoje estão aqui, que são Viché e Biguá. Louis Philip Moses Camarão. Nasceu em 06 de março de 1955.Filho de Felipe Reis Camarão e Jean Moses Camarão. Médico, perito examinador do trânsito. É porque, naquela tempo não tinha as facilidades que hoje tem, de patrocínio, de bolas sofisticadas e de todo tipo de incentivo, naquele tempo a gente fazia esporte, porque gostava do esporte e porque, por causa da educação que nós recebemos, principalmente eu, recebi dos meus pais, a minha mãe como professora e o meu pai como esportista, me davam a certeza de que se eu seguisse esse caminho, eu seria um vencedor e graças a Deus, deu tudo certo. Não, o meu eterno professor, meu eterno amigo e orientador sempre foi o professor Emílio e inclusive foi o professor Emílio que pediu que eu colaborasse com o professor Dimas, porque o professor Dimas era um profissional dedicado, esforçado e queria desenvolver essa modalidade que segundo ele me informaram, já tinha sido trazida anteriormente pelo professor Rubem Goulart e eu comecei, eu tinha muita facilidade para esporte, então eu praticava o volei, o basquete, o handebol, nadava, jogava tênis de mesa e mais na frente, eu me dediquei também ao xadrez e sempre como jogador e depois fui convidado por ser também treinador da equipe do Colégio Batista e fomos campeões, executando-se basquetebol, que sempre a Escola Técnica foi campeã e nos fomos campeões em todas as modalidades. É inclusive eu sempre fui o capitão do time e sempre o incentivador dos colegas, né, então alguns colegas como o Luís Fernando, como outros, é também eu consegui que pudesse acompanhar embora com o talento que tinham, facilitasse bastante, eu conseguia que eles também dividissem comigo as diversas modalidades. É claro que eu não consegui que todos fizessem como eu fazia, que era disputar e ganhar, na natação, no handebol e no voleibol e segundo lugar no basquete, mais disputávamos de igual para igual e fizemos parte da seleção maranhense de todas essas modalidades, nós sempre fizemos parte da seleção maranhense, agora nós éramos polivalentes, porque foi uma geração que iniciou com o JEM's, que cresceu junto com o JEM's, a partir do JEM's, dos jogos dos festivais é que foi desenvolvendo e que você via que as pessoas que freqüentavam ali, iam pela beleza do espetáculo, pela beleza de ver a juventude sadia, até a própria torcida tinha uma característica complemente diferente das de hoje, as pessoas iam para lá para ver o espetáculo, para ver os atletas jogarem, pelo amor ao esporte, então isso tudo também nos incentivava bastante.
Entrevista com EDIVALDO PEREIRA BIGUÁ
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Os Biguás – Tânia, o neto, e Biguá
realizada na Sede da Federação Maranhense de Voleibol, no Ginásio Costa Rodrigues, no dia 04 de julho de 2001 com inicio às 10:07hs. L- E o Laércio Elias Pereira? Meu Deus do Céu! Meu Deus do céu! Para mim é um ... eu não te digo hoje, com a minha filosofia hoje não é mais meu ídolo, porque o meu ídolo é Deus, né, mais ele foi muito marcante na minha vida, muito, muito, muito! Eu tenho certeza que ele contribuiu fundamentalmente para minha formação como pessoa, como ser humano. Eu me lembro muito, eu me lembro como se fosse hoje, que a preocupação dele comigo era tanta que tanta, que ele dizia estuda, da um jeito, você é inteligente, estuda, eu me lembro depois que ele saiu, que eu fiquei aqui sozinho, um grande tempo, eu comecei a escrever em jornal, eu comecei a escrever em jornal e quando ele pegava as minhas matérias, ele não acreditava que eu estava escrevendo. – "Como é que um menino que tem o 2o grau, escreve dessa forma, com facilidade de escrever!" Eu achava... graças a Deus isso eu tenho até hoje, se você disser assim para mim, olha o tema é ...., claro eu tenho que conhecer o tema. O tema é Descobrimento do Brasil, você tem duas laudas para fazer, eu não fico medindo lauda, eu escrevo o suficiente para duas laudas é, é inexplicável isso. Agora ele quando chegava, ele dizia assim, tu escreveste isso, ele perguntava para Tânia, ???? não acreditava. Dizia Tânia ????, ele que tá escrevendo isso mesmo? Tânia dizia, é. Como é que tu pode fazer isso? Eu digo, não sei Laércio, eu, eu.... Ele disse, você tem que estudar, você tem que... você tem um texto bom, você tem que fazer isso, ele sempre, todo tempo me incentivando e eu não tenho, qualificar, qualquer coisa que eu diga dele é pequeno perto do que eu sinto por ele, é uma relação, eu acho que é até extra, uma relação assim, de décadas, de vidas passadas, de ...acho que nós temos alguma coisa assim mais forte, do que simplesmente conhecimento né, a única coisa que me deixa muito emocionado até, até quando eu falo dele, bastante é que ele deixa isso bem claro, ele deixa isso bem claro em relação ao sentimento dele comigo também. ... eu tenho uma profunda gratidão, um profundo respeito pelo Laércio, nem ele tem idéia, ele não tem idéia do elo sentimental que une a minha pessoa a ele, ele próprio não tem idéia, ele já tomou as vezes, tomou alguns partidos contra, contra mim, favorável a outras pessoas, mas que nem isso, em hipótese alguma desmancha o sentimento que eu tenho por ele, de gratidão, de amizade, de reconhecimento, do cara fantástico que eu acho que ele é. Nós somos politicamente hoje, hoje não de uns tempos para cá, politicamente nos somos completamente diferentes (risos), ele segue na linha dele, eu sigo na minha, mas eu respeito ele, como era diferente a relação dele com Viché, a relação dele com outros caras.
Edivaldo Pereira Biguá. Nasceu em Pernambuco. Caruaru, a 25 de setembro de 1955. (risadas) de nascimento. Com meses, com questão de seis meses, sete meses de idade, eu foi para São Paulo e a minha família me criou lá. Filiação: José Guilhermino Pereira da Silva e Maria Pereira da Silva. Terceiro grau, em andamento. Direito. Fez Jornalismo. fiz jornalismo, desculpa jornalismo e direito em andamento e técnica de esporte. interessante, vem de São Caetano do Sul, em São Caetano do Sul com mais ou menos 8, 9 anos de idade, que eu comecei a me envolver com esporte, com Basquetebol, naquela época ... não me recordo bem, na época do Beatles, 70, 71, aí - eu tinha um professor de basquete lá - João Francisco Brás -, que era o professor da seleção brasileira de basquete inclusive, e eu usava o cabelo todo franjinha tipo os Beatles né, e ele olhou para mim assim, no meio de toda a turma e disse: "você tem algum parentesco com índio ?" – Não sei, eu precisava sondar. - Aí, ele disse, procura saber com seus pais, porque você parece um biguazinho. Aí o pessoal já começou dali, já pegou o apelido de Biguá, né. Aí eu cheguei em casa e conversei, realmente com a minha mãe, e minha mãe disse que era, sim, era neta de índia e o meu pai é descendente de português, então ficou caracterizado e depois, no treino seguinte eu confirmei para ele que tinha essa ligação e ele disse na frente de todo mundo que Biguá, na língua Tupi, era Pequeno Índio; por isso que ele botou esse apelido em mim, um apelido que já se tornou nome, já é acoplado ao do meu filho, à Tânia, a minha mulher, já se tornou nome, já deixou de ser apelido, tanto é que meus próprios pais, se você entrar em contato com eles em São Paulo e procurar o Edivaldo, vai ser difícil deles saberem (risos), mas Biguá com certeza! (risos). ... deu mais ou menos assim, eu sempre fui, por ser arrimo de família e por ser de família muito pobre, retirante, vinda do interior de Pernambuco para capital de São Paulo ,,, eu, desde os 7, 8 anos de idade eu sempre trabalhei, então nessa época eu me recordo bem, eu engraxava sapato, eu mantinha um ponto perto de uma padaria na minha casa em São Caetano e eu engraxava sapato e ganhava a minha grana legal, dava para eu ir para minhas matinês, eu ajudava a minha mãe, meu pai. E eu, engraxando sapato de uma pessoa, essa pessoa começou a me falar de esporte, perguntando se eu não praticava nenhum esporte. Todo mundo sabia que eu jogava muito bem futebol, era uma coisa assim de sangue, os meus tios jogavam, eles me levavam para assistir jogo deles e eu gostava de jogar futebol, aí uma pessoa disse, olha lá no Lauro Gomes de Almeida, que é um ginásio, que hoje se chama Rubens Feijão, no Complexo Esportivo da Cidade de São Caetano, estavam abrindo assim uma série de escolinhas, né, aí o cara disse, porque você não vai tentar lá jogar, jogar basquete, joga alguma coisa... Taí ... interessante, eu fui, fui com essa pessoa, a gente chegou lá me inscreveram na escolinha de basquete e para você ter uma idéia, interessante, agora uma coisa que vem assim na minha cabeça ... quem era primeira técnica que eu tive ? foi a Norminha. Norminha é o maior nome do basquetebol feminino, né, Norminha segurou a barra de toda uma geração e eu não sei te dizer, coisa de Deus, Deus foi quem me botou no esporte, é menos de um mês, eu era o chodozinho delas, elas tinham um time. Elas tinham um time lá em São Caetano, era a Norminha, Marlene, Delci, Elzinha, essa duas técnicas hoje, que estão trabalhando no Vasco, né e a Simonne, essa cantora, então eu passei a ser mascote desse time, aonde elas iam, aonde iam, em qualquer lugar, elas me levavam, era o mascote delas, né, e eu fique, eu vivi basquete assim 8 anos de idade, eu vivi intensamente basquete até os 14 anos. mas nessas categorias de base ... eu fui convocado pela Seleção Brasileira Pré- Mirim, até 12 anos de idade, nessas alturas eu tinha saído de São Caetano, esse seu Brás ..., seu João Francisco Brás que era, a Norminha já era técnica das escolinhas, técnico das equipes do São Caetano Esporte Clube, era o Brás que era ligado também ao Pinheiros em São Paulo, então quando o pessoal se destacava em São Caetano, ele levava para o Pinheiros, em São Paulo; e assim ele me levou, me levou para lá, eu fui o primeiro camarada, chamado do interior, a ser convocado para uma seleção paulista de basquetebol; isso foi interessante, eu com 11 anos de idade estava na fase pré-mirim, quando eu voltei da seleção tinha faixas, tinha faixas e mais faixas na minha cidade parabenizando Biguá. Já era Biguá, Biguá já era conhecido, a marca Biguá já estava bem clara, né, ai aconteceu um fato interessante, quando eu sai do Pinheiros, eu... Você conhece São Paulo, tem um clube Esperia, tem um rio que é o rio Tietê, que separa os dois clubes, o Esperia e o Tietê, né, e o camarada do Esperia queria me levar para lá e o Pinheiros Clube me liberou, naquela época, eu sei hoje como funciona o basquete, você podia até não ter a autorização do clube para transferir, mas você tinha que cumprir um estágio, era coisa assim de dois anos, eu ia para o Esperia, batia a minha bola, fazia tudo, ganhava meu dinheiro, mas não jogava oficialmente, aí interessante que nesse intercâmbio, veja como as coisas acontecem, eu, paralelo ao basquete, continuei jogando futebol em São Caetano; tinha dois clubes grandes que trabalhavam com base, na época era dente de leite, era Cerâmica São Caetano, clube que funciona até hoje e General Motors, clube que funciona até hoje, meus primeiros passos com o futebol, com o General
Motors, em, em ... eu joguei no General, eu era meia esquerda, com o dez nas costas, né e era o destaque no time e a rivalidade era São Caetano e General Motors, calhou do Corinthians ir fazer uma apresentação em São Caetano, Corinthians - Federação Paulista de Futebol -, contra o então SAAD - SAAD era uma empresa que tinha em São Caetano e era o time da cidade, que hoje é o São Caetano Esporte Clube -, ai, na preliminar botaram para decisão do campeonato dente de leite, General Motors e Cerâmica São Caetano, nós ganhamos de 2 X 0, dois gols meus, e existia um camarada no Corinthians, chamado Pardinam, capitão Pardinam, era o preparador técnico do Corinthians, ele me convidou imediatamente para ir para o Corinthians, nasci grande no futebol. Sim, já era, né (risos), então essa foi forte demais, ai eu fui para o Corinthians e fui treinar em..., e o meu treinador na época era o Luisinho, aquele pequeno polegar que entrou na história do futebol do Corinthians e eu fiquei assim, uns 13 anos, 12 anos, até uns 2 meses, 3 meses até deu completar os 17 anos, aí paralelo, como eu tinha parado o basquetebol, eu jogando futebol, eu acabei conhecendo Laércio Elias Pereira. É isso que eu estou te falando, paralelo a isso, paralelo ao futebol, paralelo ao futebol, eu conheci o Laércio de nome, porque a Nádia (Pereira, foi professora da UFMA, hoje vive na Suíça), a mulher dele dava aula no Colégio em que eu estudava, a Nádia dava aula, Moacir (Moraes da Silva, também foi professor da UFMA, hoje aposentado), esse nosso companheiro Moacir dava aula lá para gente, no Instituto Educacional onde eu estudava, coincidentemente os dois grandes nomes do esporte que saíram desse colégio, foi eu e Hortênsia, Hortêncinha do basquete. Hortênsia tem uns 2 anos, 3 anos a menos do que eu, e era assim, fã de carteirinha nossa, e fazia atletismo, depois optou pelo basquetebol... Mas o primeiro esporte dela, foi o atletismo... E o técnico era Laércio... É, ela fez handebol, ela fez handebol, porque eu era a estrela naquela época, aonde eu quero chegar, aí o Laércio disse: - Por ter um cara habilidoso aí que sempre jogou basquete. Laércio estava montando a General Motors de Futebol, aí deram o meu nome para ele, Marcão ... Marcão, Marcão velho, Marcão barbudo ... (Marcos Antônio Gonçalves, trabalhou no antigo DEFER e hoje, na SEDEL - ver entrevistas), Marcão me pôs nos jogos escolares daqui ... tem um baixinho que desarruma, né, no meio batendo bola, aí ele me chamou para ir. Aí aconteceu outro fato interessante, em menos de um ano de treinamento na General Motors, eu fui o único cara do Interior de São Paulo, convocado para a seleção Paulista de Futebol, aí eu me destacava. Ah sim, eu sempre tive, assim muita garra e determinação, eu era muito atento, esperto, eu para você ter uma idéia, minha mão até hoje não pega uma bola de handebol, eu jogava com ela solta, mas eu fazia passes assim , então inclusive no livro que ????? colocou tem uma foto minha que eu comecei a criar alternativas de arremesso, já que eu não tinha altura para arremessar, não tinha potência no arremesso, né, eu matava esses caras em colocadas, eu comecei a inventar o arremesso por trás, eu ia na projeção dos três primeiros e no terceiro passo, eu virava, ali no início eu comecei a correr dois riscos, o primeiro risco era que se a bola batesse no, no defensor, eu não sabia na verdade o rumo que ela tomaria, eu poderia pegar um amarelo, advertência ????, isso criou, quer dizer foi criado um estilo ????, Cara tem que tomar cuidado que ele vira com facilidade! Eu comecei a me aperfeiçoar, aperfeiçoar, aperfeiçoar, eu fazia até no ar, eu pulava e virava assim????, foi um sucesso, em São Paulo foi um sucesso; em São Luís, quando eu cheguei, então foi um Deus nos acuda, esse ginásio aqui inteiro batia palma para jogada que eu fazia, então eu paralelo conheci ele (Laércio); então, me envolvi no esporte muito cedo, nessa época também conheci, Vítor Matsudo (Médico, especializado em Medicina Esportiva, Presidente do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul, o maior especialista brasileiro na área); Vítor estava no Colégio Brasileiro Ciências de Esporte e ele tem uma participação fundamental na minha vida, porque o seguinte: Meus pais nunca puderam estar muito tempo comigo, meu pai tinha que se virar, meu pai trabalhava no lixo, trabalhava num caminhão de lixo da minha cidade, recolhia lixo na minha cidade, lá em São Caetano, e minha mãe, analfabeta, era de ficar em casa, coitada, não tinha idéia! Meus tios que levaram os meus pais para lá, meu tio inclusive foi vereador 16 anos lá na minha cidade, meu tio dizia assim: "Toma cuidado com esse menino, esse menino vai tender para a malandragem". contato com o Maranhão - Laércio Elias Pereira, eu não ... em 1973, dez de ... para ser preciso ele contatou comigo no dia 08 de setembro de 1973, foi contato maluco, nessa época paralelo atividades políticas eu sempre pensei 15 anos na minha frente, impressionante, eu sempre visualizei coisas adiante, então como é que eu podia ganhar dinheiro com 15, 16 anos sem ser empregado; só existia uma forma de eu conseguir fazer... essa foi interessante, Leopoldo, a FAAP, Fundação .... Penteados, lá em São Paulo super conhecida, eu comecei a ir para lá com um amigo, que o amigo faltava demais as aulas e ele ficava num desespero para pegar cópia, para pegar não sei o quê, que perder aula não dá. Eu disse, pôr, porque a gente não vai ganhar grana? A gente vai, pede para os professores o material e a gente transforma em apostila e a gente vende
semanalmente todas as aulas da semana, aí nós mantivemos um convênio, para você ter uma idéia, esse meu amigo era uns 2 anos mais velho do que eu, ele já tinha uma visão empresarial até melhor do que eu, ele foi na direção da FAAP, no Centro Acadêmico da FAAP, conversou com os caras e fez um acordo financeiro, que os Centros ganhariam e nós também, só que a responsabilidade era nossa, nós...ele entrou com dois mimeógrafos, na época era em mimeógrafo mesmo, não tinha esse negócio de cópia não, a gente começou a pegar material dos professores, transformava isso em apostila e toda Segunda-feira, a gente soltava todas as aulas da semana anterior, com isso nós ganhamos muito dinheiro, mas não foi pouco não, era muito dinheiro, era tanto dinheiro que a gente se dava o luxo de sair do Pacaembú, que a FAAP fica lá do lado do Pacaembú, até São Caetano de taxi, por que a gente tinha grana. Eu, para você Ter uma idéia, eu mudei todos os móveis da minha casa, primeiro que eu morava num cortiço, cortiço, literalmente um cortiço, era um... eles chamavam lá em São Paulo, quarto-cozinha, um banheiro fora de casa com tudo, aí eu consegui convencer o meu pai de alugar uma casa, bem melhor na mesma rua, ele alugou essa casa, eu era o responsável para pagar essa casa, mas já uma casa decente, uma casa com um mínimo de conforto, banheiro interno, quarto, cozinha, aí eu nesse serviço, eu consegui mobiliar a minha casa inteira, inteira, cada vez que eu chegava com um presente para minha mãe, era uma coisa assim fantástica, quando todo mundo pensava pôr dentro, o meu espirito sempre foi dinheiro, eu não queria nada de ficar ali, eu queria era aventura, né, eu queria conhecer, eu tinha assim paixão, loucura para conhecer, viajar, eu sempre tive. Aí paralelo Laércio virou, dia 08 de setembro, virou para mim e disse: "Quer ir para o Maranhão no trem?" - Virei, como? - Vai Ter os jogos, primeiros JEM’s 73 e eu preciso levar uns caras para apitar, ai tu vai apitando handebol, tu queres ir? - Aí eu disse, quando? ele disse: depois de amanhã nós teremos que tá lá, não dá nem tempo de tu pensares! Ai eu disse: tô nessa. Eu nunca tinha andado de avião, nunca! Eu disse: como é que nós vamos? não, o cara vai mandar passagem, tudo de avião. De avião!? Porra eu não queria nem saber quanto eu ia ganhar, se eu não ia, eu queria era andar de avião, né. Eu digo tô no clima, aí que é interessante ... foi que eu cheguei em casa, ai eu disse para minha mãe, para minha mãe e meu pai. – "Olha eu vou embora, vou passar 15 dias no Maranhão, lá, 15 dias". Não, pelo amor de Deus, não faz isso, teu emprego? Pô eu quero mesmo e é isso que eu quero e foi o meu primeiro ato como homem, foi ai que eu cresci, que eu cresci, só de pensar em ir para o Maranhão, eu cresci. Menor, meu pai teve que dar autorização para mim e tudo, né. Meu pai nessa época, como nordestino já, é aqueles caras assim valentes, ele conseguiu ser delegado na minha cidade, indicado! Não era delegado formado, o cara já botou ele lá, ele tomava conta do policiamento toda noite da minha cidade, sabe ele venceu também na vida, por conta própria, aí eu disse: "Meu pai, quantos anos o senhor tem?" Ai ele disse: tantos. Minha mãe...? minha mãe aos berros: tantos. Eu disse: vocês já viveram, deixem eu viver um pouco, eu quero descobrir a vida, me deixem fazer isso. Ai meu pai disse assim: meu filho pode ir, você cresceu. Não pode ficar tranqüilo, eu não vou lhe dar trabalho, nunca o senhor vai ter uma reclamação minha, o senhor não, não vou me envolver em toxico e eu sempre toquei um pouquinho de violão, ai eu disse: não se preocupe, em qualquer lugar que eu chego, eu com o meu violão, qualquer lugar que eu chegue, sozinho eu não fico, porque se você chegar em qualquer lugar e começar a tocar um violão para você, alguém vai querer encostar, vai querer cantar alguma coisa com você, vai pegar o violão, né. Aí ele disse: legal. Eu sei que no dia 10, eu estava aqui com o Laércio, desceu eu, Laércio ... eu, Laércio, o rapaz, o professorzinho de ... Milton, usava uns óculos pequeninho. Não, o nome completo dele, eu não lembro. Milton, Laércio, eu, Milton, Laércio... uns três, nós três, ai descemos a primeira cara que manteve contato comigo, foi o J. Alves (José Faustino Alves, jornalista esportivo, aposentado - ver entrevistas), chegamos lá, lá estava J. Alves com um fusquinha da Difusora, fazendo reportagem, já dando em primeira mão, que nós tínhamos chegado, ai chegamos aqui, coincidentemente eu fazia aniversário no dia 25 de setembro e o JEM’s estavam rolando, foi a primeira demonstração de carinho do Cláudio Vaz, comigo, aí o Ginásio Costa Rodrigues lotado, lotado, lotado, ai ele parou o jogo e me deu um agasalho completo do Maranhão, me fez de presente, o ginásio inteiro cantando parabéns à você e eu, eu comecei a me agradar desde o começo, porque eu vim apitar handebol, mas de tanto eu me envolver com esporte, os caras chegavam aqui, pôr tem que colocar o Biguá, porque eu estava, eu impunha respeito, mas respeito não era imposição, eu apitava independente, eu não sabia o que falavam A ou B ou C, para mim eu estava lá apitando, colaborando com todo mundo, eu acabei apitando as 3 finais de handebol, final de basquete e final de voleibol. Não, eu não vim para jogar handebol, eu vim para arbitrar o JEM’s em setembro, ai aconteceu o fato interessante, no último dia de JEM’s...nós tomamos conhecimento que iria ter o primeiro Campeonato
Brasileiro de Juvenil de Handebol, até então - presta atenção -, em julho deste mesmo ano que eu cheguei. Ai é que quando o Laércio disse assim, pô vai ter o primeiro campeonato brasileiro de handebol juvenil, vai ser em Niterói, vai ser final de novembro, em Niterói. Nós estávamos em setembro. -Aí, por, tu queres ficar para jogar? Ai o Laércio disse, você não topa ficar? - Não, Laércio, eu trouxe pouca roupa, eu não trouxe nada para ficar aqui, eu não tenho nada para ficar aqui. Ai Alemão - Cláudio Vaz -, disse, "não seja por isso, eu te dou toda roupa, te dou tudo, vamos te dar tanto por mês, te damos comida, tudo o que quiser a gente te da". "Pô, mais eu tenho que voltar para São Paulo, eu não avisei meus pais". Não se preocupe, o que você precisar nós faremos. Eu falei - tá legal; ai Laércio disse: "Só que nós temos que trazer mais, só você não vai dar para segurar essa barra, porque o seguinte, em julho no JEB's em Brasília, a Seleção Paulista foi campeão Brasileira e o Maranhão foi 18o com todos os gatos que você possa imaginar, com os Rubinhos da vida (Rubem Teixeira Goulart Filho), Gafanhoto (José de Ribamar Silva Miranda), Paulão (Paulo Roberto Tinoco da Silva), Carlos (Carlos Roberto Tinoco da Silva, irmão de Paulo) e Hermílio (Nina), todos os gatos que você possa imaginar, nós conseguimos 18o lugar; ai Laércio disse: Como é que a gente faz? Eu disse: Faz o seguinte, me arruma passagem e vou até São Paulo, eu vou conversar com meus pais e eu trago o Turco e Dugo que eram meus companheiros na General Motors. Laércio disse: Porra, bem pensado. O Viché (Vicente Calderoni, professor de handebol. Da UFMA, hoje), nessa época jogava no Juvêncio, não jogava com a gente não. Ai Laércio disse: Legal, legal. Ai, eu fui para São Paulo, contei a história para meu pai e minha mãe, eu vou voltar para o Maranhão, convenci o Turco e Dugo. Não..., só apelido - Turco e Dugo, não lembro não -. Ai o que acontece, o seguinte, eu vim na frente e eles ficariam de vir depois, eles estavam estudando, nós estudávamos no mesmo colégio, era no Colégio Barcelona, já nessa fase, aí eles vieram, aí nos fomos para o Brasileiro. Laércio, técnico né, e nos fomos árbitros do brasileiro, quando nós chegamos lá para nossa belíssima surpresa, nós conseguimos o 3o lugar do Brasil. Você sai do 18o em julho, em novembro você em 3o lugar no Brasil, né, ficou São Paulo, Minas e Maranhão, daí que começou a ... a força do handebol no Maranhão, ai onde entra o Laércio com o Viché, eu fui para, para... eu sai daqui, antes de ir para o Campeonato Brasileiro, para encontrar com os caras em Niterói, eu fui para São Paulo, pô precisamos arrumar um cara para trabalhar para gente, como técnico, porque o Laércio sempre foi uma pessoa de idéias, sempre foi uma pessoa de execução, então ele nunca gostou de ser técnico de handebol, ele sempre em todo lugar que ele passou, o seguinte, ele monta uma equipe de handebol, ele vê quem é o liderzinho, quem é o cara que pode botar para frente, ele larga e vai embora, ele sempre foi de projetos, né, ai eu estava conversando com ele, ele disse: "Porra a gente podia trazer Viché para cá, aquele cara do Juvêncio, aquele cara sabe, conhece as coisas"; "Quando eu for agora em São Paulo, eu convido ele". E quando eu fui para São Paulo, para me encontrar com a Seleção lá em Niterói, ai eu falei com Viché, falei olha: "É assim, assim, ... nós vamos disputar um campeonato, agora, você esta a fim de ir para o Maranhão?"; Viché vinha passando por uma serie de problemas, lá na família dele e com ele próprio também, nessa época e foi interessante ele ter saído de São Paulo, ele estava envolvido em barras pesadíssimas em São Paulo, pesadíssimas a ponto de matar, de morrer; aí surgiu exatamente o lido, ele falou porra eu vou, aí ele veio comigo para Niterói; ele já começou a ajudar o Laércio na parte técnica, e em Niterói ele já veio com delegação do Maranhão para cá e eu e Laércio fomos para São Paulo; fomos para não voltar mais, eu fui para não voltar mais, já conhecia a Tânia, com cinco dias que eu estava aqui, já eu estava namorando Tânia, mas eu tinha dito para ela... Mas eu tinha dito para ela - "Olhe, não sou daqui, não pretendo ficar aqui" - mas eu deixei bem claro - eu acho que por isso ate que ela gostou da minha sinceridade ... acredito ..."não pretendo ficar aqui, agora, se você quiser que a gente fique namorando, a gente vai namorar, agora não tem, não posso de dar esperança nenhuma", ai, quando chegou nessa época que eu fui para São Paulo. RISOS. Ai já não era mais a minha praia, RISOS. Ai não era, não era, nem eu tinha telefone na época na minha casa, nem Tânia tinha. Quando começamos a trocar, é... dezembro inteiro, ai veio janeiro cara não dá é mais isso para mim, ai eu já achava. Já não tinha nada haver comigo. Eu saia para conversar com meus colegas e eu achava que o papo era muito vazio, eu já não era mais aquele negocio para mim. Ai de repente Cláudio Vaz me liga, ele ligou, ele ligou, eu tinha desse meu tio que era vereador que ficava uns 400 metros da minha casa, então a pessoa ligava para lá e dizia - "Olha, fala para ele estar ai dentro de uns 10 minuto que eu ligo de novo", né, eu lembro ate o numero do telefone ate hoje 442-6778, hoje não existe mais esse numero, ai foram me avisar e eu fui lá, esperar o telefonema dele. Ele disse, "Olha, nos estamos com um projeto aqui de trabalhar firme no
handebol, estamos querendo que você venha, você vai trabalhar com as escolinhas" - e era tudo que eu queria né, só que eu, eu não sei to passando por dificuldade, e ele de novo abriu, me favoreceu tudo. os jogadores daquele time que participou do juvenil em Niterói = Lembro sim, eu lembro ate do time titular, era, como é Chicão esse que era o goleiro, esse que é do Tribunal de Justiça Esportiva do Maranhão, Chicão eu era o armador, Chicão, Tião, eu , Chicão, Tião e Zeca, Zeca irmão de Hermílio, ai era o Phil, Phil, Roberto Carlos, Phil, Roberto Carlos esse era o time de base né, porque os outros todos eram gatos, jogaram no juvenil de julho, mas não tinham idade, o Laércio nesse ponto, eu aprendi bastante com ele, não abria mão mesmo, entendeu, tem idade, tem, não tem, não joga, acabou vamos partir para outro. Agora interessante que em 74, ai caminha com grande força o handebol, né, 74 quando nós, eu cheguei aqui de novo, já o Viché já estava aqui, morava aqui no Costa Rodrigues, eu passei a morar ainda um tempo com ele e eu trouxe, há não desculpa, era Horácio, eu trouxe o Horácio comigo. Moravam naquela casa do Marcão, lá perto da caixa d’água É, morava Laércio, eu ... Já não estavam mais aqui, na São Pantaleão? Não, não, São Pantaleão foi em 76, não, São Pantaleão foi em 76, foi depois, nessa época morava Nádia, Laércio, eu Viché e Horácio. Duas vezes, duas vezes, mas isso foi depois, isso já foi em 77, em 76, 77. Isso já foi bem depois e o interessante que nessa época, só para você ter uma idéia, junto com os dois caras que eram caretas dentro de casa, completamente caretas, era eu e o baixinho, Laércio, a Nádia, o Viché e o Horácio, eles começaram a se voltar contra mim, mais não é se voltar no sentido maldoso não, eles não começaram a me aceitar no grupo, porque eu não compactuava, eu não compactuava com as atividades, entendeu? - olha! esta na hora de eu pular fora, até para pular fora eu fui inteligente. Ai nós começamos, resolvemos a dividir um apartamento, interessante, dividimos um apartamento ali no Oscar Frota, eu com o Gil (Gilmário Pinheiro), ai eu comecei a me separar, é comecei a ter vida própria, né, viver independentemente, é e se existia uma mulher que eu queria assim, fosse minha, era a Nádia, a Nádia para mim era modelo de mulher, né, aquela mulher que aparentemente era, era carinhosa, era dengosa e ao mesmo tempo, dez minutos depois precisava desmontar um motor de um fusca, ela desmontava e montava, ela para mim era um tipo de mulher que eu gostaria de ter como companheira o resto da vida. Só que a convivência vai fazendo com que você veja os defeitos das pessoas que estão próximas de você ... que você né, ai eu comecei realmente a me separar, eu não concordava com algumas atitudes, principalmente dela estar com o Laércio, eu achava que ele não merecia as atitudes que ela tomava e eu sempre fui, eu tenho uma profunda gratidão, um profundo respeito pelo Laércio, nem ele tem idéia, ele não tem idéia do elo sentimental que une a minha pessoa a ele, ele próprio não tem idéia, ele já tomou as vezes, tomou alguns partidos contra, contra mim, favorável a outras pessoas, mas que nem isso, em hipótese alguma desmancha o sentimento que eu tenho por ele, de gratidão, de amizade, de reconhecimento, do cara fantástico que eu acho que ele é. Nós somos politicamente hoje, hoje não de uns tempos para cá, politicamente nos somos completamente diferentes (risos), ele segue na linha dele, eu sigo na minha, mas eu respeito ele, como era diferente a relação dele com Viché, a relação dele com outros caras. Eu vejo o seguinte, mais um vez eu invoco o baixinho, o Laércio, é, é... naquele momento em que nos estávamos aqui, a missão nossa não era só jogar, era propagar a nossa modalidade e espalhar o handebol pelo Brasil, a oportunidade surgiu aqui no Maranhão, ai um pouco de história de Dimas, quando Dimas trouxe para cá o handebol e que foi bem aceito pela comunidade, que Laércio quando chegou encontrou esse movimento, ele se sentiu responsável para poder propagar isso. Qual seria a melhor forma? - Que você jogasse, atraísse o público e que você trabalhasse isso e ai vem, porque que deu certo aquele trabalho e hoje não dá certo? Hoje não dá? – eu vou dizer claramente, eu sempre tive mesmo limitações técnicas e não conhecimento, o meu conhecimento didático, eu não era formado, eu era um ex-atleta, eu não tinha, eu não estava preocupado, eu dizia sempre dizia isso, até disse isso, até a ultima vez para o Victor lá em São Caetano, a minha preocupação enquanto técnico de escolinha, não é professor! É como técnico de escolinha, em primeiro plano era fazer com que o atleta, a pessoa que procurasse o handebol, gostasse de handebol, eu sempre discuti isso com eles, depois que ele gostasse da modalidade, que um profissional fosse trabalhar a parte física, a parte...você entendeu? Eu continuo achando até hoje isso, eu acho que quem vai para uma escolinha, a primeira intenção dela é ver se gosta da modalidade, qualquer que seja ela, ai sim, gostou da modalidade ? decidiu - É isso que eu quero!? Ai eu acho que essa pessoa deva partir para uma... fazer teste físico, fazer uma avaliação, teste de não sei o quê, então eu por ter essa facilidade de fazer amizade, de conquistar as pessoas, eu sempre gostei de trabalhar com escolinhas. Inicialmente quando um garoto ou uma garota se destacava na minha escolinha, nós tínhamos um técnico, que é o técnico até hoje, que é o Viché, Viché é detalhista, Viché é aquele cara que o pivô, tem que ficar com um pé todo plantado no chão e o outro
só na ponta do pé, para ganhar mais intuição, ele tinha esses detalhes que eu não tinha e o Laércio não era nenhum, nem outro, era de organização, Laércio era daquele cara que você ia para o Estádio Nhozinho Santos, para preliminar de Sampaio e Moto, com jogadores de handebol de campo, naquela época e em 15 minutos se montava um campo de handebol dentro do Estádio, se jogava, todo mundo aplaudia, a gente tirava tudo e voltava o segundo tempo, começava e disso ele mandava a noticia para folha de São Paulo, para o Jornal do Brasil, de repente o Maranhão começou a aparecer com a grande cidade... São Luis como a grande cidade do handebol do nível nacional, ai então, ai é que ainda naquela época, não era só na tua época, tinha que existir, eu por exemplo fui responsável direto por implantação do handebol no Colégio Zoe Cerveira, no colégio Rosa Castro, no Colégio Santa Teresa, vários colégios pequenininhos entendeu? Eu fui responsável por implantar, ai comecei a dar uma de Laércio, que eu era instruído por ele, aonde você ia, passava seis meses no colégio, ai você pegava aquela pessoa e deixava, por exemplo Zoe Cerveira? Ficou o Mangueirão que até hoje sobrevive do handebol, No Luís Viana, ficou o Rubilota. Cada lugar a gente foi deixando um, criando um técnico, o que aconteceu até chegar de a gente conquistar o campeonato brasileiro. Ah! Esse foi interessante. 1976, para ser exato em 1975. Em 1975 veio jogar aqui uma equipe de basquete do interior, Franca. Que hoje é Franca Marantã, era Franca na época não me lembro qual é..., basquete masculino e Magno Figueiredo trabalhava na rádio Timbira. ai Magno Figueiredo queria transmitir esse jogo, mais não sabia como transmitir esse jogo, não saia mesmo. Ai ele conversando aqui, Cláudio Vaz disse para ele – Porque você não pega o Biguá para te ajudar? Biguá conhece? Porra então eu vou chamar ele para comentar, porque nesses jogos de basquete e handebol se você tem um cara que conhece a modalidade, a cesta do esporte, esse negócio, você acaba sabendo. Se valeu ou não é outra história, deixa com o comentarista, então essa foi a primeira experiência no rádio, rádio timbira com Magno, nessa transmissão do basquete. Ai aconteceu um fato interessante, em 76 eu fui para São Paulo, 76 eu fui para São Paulo, quando eu voltei em 77, ai o Magno continuava na rádio Timbira e Edvan Fonseca também, o Edvan Fonseca foi o companheiro de ????, ai eles disseram, porque a gente não faz, não era criar um programa de esporte amador, era dentro do programa dele, reservar lá três, quatros minutos para falar do esporte amador, só que o amador que eu entendia naquela época, que eles até hoje ainda relutam, eu entendia que fosse de A à Z, nos esportes, eles entendiam como futebol amador, era Rio do Cachorros ganhando do São João e isso eu não queria fazer, eu queria colocar o esporte..., as outras modalidades e eles começaram a me abrir espaço e eu comecei a usar esse espaço... usar espaço, ai da Rádio Timbira; me convidaram para fazer o Jornal Imparcial, ai foi a primeira página do esporte amador surgindo, só do esporte amador, exceção do futebol, já misturando várias modalidades, tinha uma coluninha que era de futebol amador, ai começou essa coisa do jornalismo esportivo, ai eu, eu era diretor de esportes do Colégio Batista, nessa época em 82, a rádio, a TV Cidade ia inaugurar, 82 então a família toda de Vieira da Silva, todas as filhas, estudavam no Colégio Batista, eu tinha sempre acesso á Fabiano (Vieira da Silva), mais o Fabiano. Ai o Fabiano disse - "olha eu tô inaugurando uma televisão e eu quero que você vá fazer um programa de esporte amador, só amador, não fala nada de futebol". Pô mais eu não sou jornalista, eu não tenho... eu não sei nem falar em microfone, pelo amor de Deus! Ele disse - "não, nós estamos fazendo um curso na TVE, qualificando o pessoal para poder trabalhar"; ai eu fui fazer o curso na TVE para ganhar a condição de radialista, ai fui. Ai quando chegou, interessante o único pior momento que eu passei na minha vida financeiramente em São Luís. O pior momento que eu passei e foi aonde eu, eu também nunca mais tive dificuldade. Nesse momento eu estava tão entregue ao Colégio Batista, tão entregue que o Colégio Batista estava falindo, só para você ter uma idéia, o próprio Lino, companheiro nosso comprou telefone meu, eu tinha dois carros, vendi, eu tinha..., eu não tinha nada, eu estava acabando com tudo e endividado. Uma vez no domingo de manhã um cara passou lá na frente da minha casa e disse: "sabe aqui quem quer vender uma casa? Ai eu falei olha..., ai mostrei a casa para ele, se você se interessar eu vendo essa. Ele disse, quanto? Eu disse trezentos cruzeiros, sei lá. Ele disse, posso dar a resposta amanhã? Pode! Isso foi no domingo, na segunda-feira de manhã, Fabiano me leva para a televisão. Olha, vai começar o JEM’s, faz tudo que você imaginar, faz do JEM’s..., da uma cobertura no JEM's, esta aqui um cinegrafista, esta aqui um carro, esta aqui não sei..., te vira e eu fiz de tudo nesse JEM’s, tudo, tudo, a gente botava jogo na íntegra na televisão, a gente fazia tudo e o cara voltou no final da tarde lá em casa. Ai ele disse, olha quero lhe fazer uma proposta, eu lhe dou 150 mil cruzeiros agora e lhe dou um cheque para 30 dias, 150 mil. Eu digo, não vamos fazer o seguinte, 30 dias passam rápido, você no final de trinta dias, você vem aqui e me dá os 300mil reais e eu passo a casa para você, perfeito? Tranqüilo, o cara concordou, tal e eu fui para o JEM’s, trabalhei 15 dias no JEM’s, quando acabamos de fazer a cobertura do JEM’s, era Elir Gomes, primeiro ano de GEDEL, SEDEL, Fabiano disse assim: vem cá vamos comigo, me botou no carro dele, entramos lá na SEDEL era ali na rua de São João, por ali.
inaugurou em 82, ai chegamos entramos lá com Elir. Ai ele disse, Fabiano disse: Elir, gostou do trabalho do garoto? Ai ele, poxa que bom e tal, Oh foi ótimo Dá uma gratificação para o menino, rapaz, a televisão não quer nada não, da gratificação para ele, o menino trabalhou muito. Ai ele disse: Quanto? Rapaz eu não sei chama seu Vinhais, (aquele velhozinho de cabeça branca), seu Vinhais vamos dar uma gratificação ai para o Biguá, pelo trabalho que ele fez, ai na televisão e tal. Ai Fabiano disse assim..., ele disse assim, quantos? Fabiano disse assim... juro por Deus, Fabiano disse assim: Ah! dá 400 cruzeiros para ele. Ora eu queria vender a minha casa por 300? Dá 400 cruzeiro para ele. Professor, eu estava na cadeira assim... eu nem engolia, eu dizia Jesus meu, por dentro né, será que isso é meu, é verdade! Professor eu saí da Sedel com um saco de Lusitana de dinheiro e Fabiano, ele fez que antigamente se pagava no Banco do Estado, através de uns boletos, assim grande, você ia no banco do Estado, você sacava o dinheiro né. Fabiano disse não rapaz, manda um continuo ir buscar essa porra desse dinheiro. E não é que foram buscar rapaz!? Ai quando eu voltei que eu cheguei para o Fabiano. Eu disse: Fabiano? Ele disse: É teu, você mereceu, eu não quero um tostão. Imagina! Por isso que eu to te falando, eu sai da pior fase da minha vida, reconstruir a minha vida, continuo na casa que eu moro até hoje e Deus foi tão bom comigo, para você ter uma idéia que até no Colégio Batista... Que ai o Fabiano disse: agora você vai trabalhar comigo. Ai nós criamos o "Esporte no Seis", um programa semanal, ai eu fui lá no Colégio Batista e falei para o professor Figueiredo, contei a história para ele. Professor olha, senhor me perdoa mais eu to indo, to interessando em outra área, Fabiano disse assim, assim... E ele disse: para mim é o seu ramo. Figueiredo disse:, é o seu ramo, você tem que trabalhar é com isso, você, você se dar bem com as pessoas, você se relaciona e eu vou lhe ajudar. - Eu digo ótimo! O que o senhor vai fazer? Ele me deu tudo..., em demitiu, me demitiu. - Olha! Eu vou lhe demitir, você tem direito a tudo, vá reconstruir a sua vida. Ele me demitiu, eu fiz tudo de lá para cá e nunca mais passei dificuldade nenhuma, você vê que coisa!?
Entrevista com a PROFA. IVONE REIS NUNES, realizado no CEFET– MA na sala do DCS no dia 24/09/01 com inicio as 10hrs.(lado A) Há Laércio ele foi uma pessoa assim muito importante porque era aquela pessoa que não esperava que a coisa acontecesse ele ia, ele propiciava que a coisa acontecesse né. Então em pouco tempo que ele estava em São Luis ele já conhecia todos nos que trabalhávamos na educação física, ele chegava e incentivava ele conversava ele conversava e eu acredito que a educação física tem uma estória antes da vinda de Laércio e uma estória após da vinda de Laércio ao Maranhão.
Ivone Reis Nunes. Nascimento 19/01/41. Casada com José Ribamar Dutra Nunes, cinco filhos homens. após o curso normal, no Rosa Castro - eu estudava no Rosa Castro - e surgiu de imediato à conclusão do meu curso de segundo grau, antigo... naquele tempo era curso normal. Então eu fui convidada pele Profa. Zuíla Cruz, para fazer um curso que ia acontecer em São Luis; pela primeira vez se falava em handebol em São Luis. Ai eu fui convidada a fazer esse curso, eu fiz esse curso logo depois desse eu fiz um curso de recreação aonde nos tivemos assim um leque muito grande de disciplinas onde então nos fomos ver, ai então que nós fomos ver o que era anatomia, fisiologia aquela historia toda da educação física e logo depois naquela época nos tínhamos aqui é a antiga... Nós não tínhamos uma delegacia do MEC nós tínhamos uma inspeção do MEC e quem chefiava era o Dr. Carlos Vasconcelos, e Dr. Carlos Vasconcelos pediu a D. Zuíla para que indicasse algumas pessoas para participar de um curso, e eu fui uma dessas pessoas a partir daí eu fui convidada pelo Dr. Carlos Vasconcelos com o aval de D. Zuíla para ir até a Belém fazer um curso pela Inspeção; nessa época eu fui, lá eu adquiri o meu certificado, o meu registro para lecionar em São Luis... No estado do Maranhão. E assim começou desencadeou então esse processo e eu comecei a trabalhar no Estado; logo depois eu fui convidada a trabalhar no Município e daí eu comecei a ter as oportunidades de curso de reciclagem, de aperfeiçoamento; eu fui acumulando, acumulando esses conhecimentos e cheguei no CEFET. ... quando eu cheguei no CEMA apesar de ter sido no período da... Da fundação, mas ocorreu o seguinte a educação física só foi montada depois do grupo ta. E através da Profa. Claudete Ribeiro eu fui indicada para participar do grupo e a Profa... A irmã Éster Salomão que era coordenadora não é dessa área é fez uma entrevista comigo e eu engajei a partir daí, ai foi que eu cheguei no CEMA eu não fiz aquele treinamento que o grupo maior fez porque o pessoal de educação física não sei porque foi quase que esquecido né. Tele aulas, era circuito fechado né, era tudo ali concentrado ali realmente na Av. Kennedy naquele prédio e então depois que foi estudado que iria para a tele sala era os três orientadores de aprendizagem um para português-inglês, outro para matemática-ciências, o outro para a parta de estudos sociais então eram três orientadores de aprendizagem. Ai onde esta a educação física? Não é, ai foi que a educação física chegou se fez presente e ai o Prof. Dimas exatamente junto com o Profa. Vanilde começaram também a fazer os trabalhos, as aulas eram produzidas... ... foram produzidos programas para televisão; ai executavam os exercícios todos na televisão; os alunos acompanhavam; a gente via tudo, depois a gente ia para praia do parque do Bom Menino, nos tínhamos aulas na televisão a Profa. Vanilde era artista e o Prof. Dimas (risos). No auge da televisão educativa chegou a comportar 45 mil estudantes, é porque houve um momento em que era circuito fechado, logo depois dado o sucesso e já outros interesses começaram a surgir outros postos, ai foi na Cohab, um no Anjo da Guarda, um no Bairro de Fátima e um outro na Camboa, ai nos tínhamos esses... Ai ela começou então a expansão só que esse trabalho de ginástica de educação física continuava a terminar da mesma forma ai o quadro de professores aumentou , e os profes... Essas quadras a gente... Essas escolas já tinham espaço físico para ser executada a educação física então a educação física acontecia lá. E aí foi interessante porque desse desenrolar quando surgiu os jogos estudantis maranhense né, aí vem a historia dos nossos atletas das nossas revelações né, nós tivemos grandes revelações como Tião, deve conhecer o Tião do handebol.
As aulas de educação física eram o seguinte, nós tínhamos a coordenação eu que controlava o trabalho né, nós tínhamos sistematicamente as nossas reuniões, nessas reuniões agente discutia o que iam ser trabalhado, nós tínhamos o nosso plano de ação para a educação física e ele se desencadeava todo a partir desse plano. Eram de ginástica mesmo, tínhamos realmente os professores na verdade é o seguinte; do nosso corpo docente, da equipe de professores de educação física nos tínhamos àqueles mais voltados para o esporte e aqueles mais voltados para educação física. Então o que agente fazia, agente fazia um plano de a partir da educação física, o olho clínico dos nossos técnicos iam já pegando os nossos alunos e montando as suas equipes de trabalho, então nos tínhamos equipe de trabalho da COHAB e dos vários postos de tele-salas que nos tínhamos, os professores executavam assim e tinha no caso professores só para parte de educação física propriamente dito que eu acredito esses professores muitos deles ainda estão por ai trabalho, no antigo CEMA hoje eu não sei mais nem o que é, passou para Fundação Roquete Pinto passou não sei para que eu não sei bem; mais ainda temos alguns deles alguns já se aposentaram e outros continuam na ativa. Laércio? É Laércio. Também com outra pessoa. trabalhou no CEMA assessorou um pouco ele fez um pouco de assessoria, quando ele chegou a coisa já não estava mais assim muito, tá entendendo. O que motivou a vinda do Laércio foi trabalhar no CEMA na TV Educativa mais infelizmente eu não sei bem assim, eu acho que houve alguma coisa que não possibilitou ele concretizar essa...
Entrevista com o Prof. JOSÉ GERALDO MENEZES DE MENDONÇA, realizada no dia 09/10/01com inicia às 9h e 40min, entrevista realizada no Centro Federal de Educação Tecnológica no Departamento Acadêmico de Ciências da Saúde. Ah! O Laércio... Eu acho que deveria ser feita aqui uma homenagem ao prof. Laércio aqui em São Luis do Maranhão, assim como o prof. Rubens Goulart, o Prof. Furtado, o Prof. Braga. É talvez o Prof. Laércio nunca lembraram do Laércio porque ele não é maranhense está. Mais o nível técnico para que o Maranhão tivesse nome representativamente fora deveu-se ao Laércio principalmente no handebol, excelente atletas nacionais saíram do Maranhão por causa de seu Laércio.
José Geraldo Menezes de Mendonça. Nasceu em São Luis, 12 de Janeiro de 1943 Graduação, bacharel em Matemática, e a pós-graduação é Engenharia de Sistema na UFRJ, e Educação Tecnológica, no Centro Federal de Educação Tecnológica de Belo Horizonte - CEFET-MG. Bom, a minha vida profissional, começou no Colégio Maristas trabalhando como professor de Matemática, e pelo fato de eu ser jovem demais e gostar muito de esportes, eu assumi um cargo de Coordenador de Esportes do Colégio Maristas Isto foi em 1966 ... 1966; então eu fiz um Curso de Educação Física, que era coordenado pelo Dr. Carlos Vasconcelos...aquele Exame de Suficiência; fiz os exames e ganhei a autorização para lecionar educação física, e por coincidência, fui colega de turma do professor Dimas, que também era professor do Colégio Marista como eu, era o coordenador eu era o chefe dele no Colégio Marista. Nesse curso de educação física, Major Leitão, mais teve também é... Teve também uma equipe que veio do Rio de Janeiro, três professores para ensinar Basquete - que era o prof. Rui -, Atletismo - José Teles da Conceição - e Handebol - um professor de nome Wilson. Eu sai do seminário, fui para o Colégio Marista; lá no Colégio Marista eu trabalhei com essa equipe de educação física como aluno, era Eurípedes Bezerra, o Cel. Júlio, e havia um Coronel do Exército que depois foi embora, está reformado, ele mora em São Luis hoje, ele é maranhense, foi a equipe que trabalhava no Colégio Marista conosco, quando eu voltei...era uma educação física voltada para aquela parte de ginástica calistenica, como eles chamavam né. Nós fazíamos mais era exercícios de... Corrida, saltos, era vamos dizer assim flexões, agilidade houve ate um episódio nessa época que aconteceu no Colégio Marista o Cel Eurípedes Bezerra mandou os alunos subirem em uma arvore e pular, e um dos alunos quando pulou quebrou a perna era o ex-deputado Ricardo Murad. Aí isto gerou uma polemica muito seria no Colégio Marista por causa do aspecto do tipo da educação física, então era uma educação física assim é... Subir uns canos, numa armação de madeira que havia, e era a educação assim um poucochinho puxado para o lado militar. eu coordenava e dava futebol de salão, fui inclusive o 1º campeão de futebol de salão masculino e o 1º campeão de handebol feminino né, eu... Coordenava os esportes e tomava conta do futebol de salão e do handebol feminino, o handebol masculino era o prof. Dimas... Bom essa fase de implantação... Olha o Cláudio Vaz levou o mérito mais na realidade que montava as estruturas por fora era o Dimas e depois não muito distante chegou o Laércio que... Fortaleceu mais ainda, o mérito do Cláudio foi a ter trazido Laércio, eu acho que foi o Cláudio quem trouxe o Laércio para cá. O mérito do Cláudio foi esse, com a chegada do Laércio quer dizer o Dimas deu o pontapé inicial né. Como o Dimas não tinha experiência muito longa de organização desses jogos nós tivemos alguns percalços como, por exemplo, protesto, negócios de idade, jogador que não era aluno aquela estória toda está. Quando o Laércio chegou aí o cunho mais profissional do trabalho foi dado está, aí o Laércio deu toda ênfase de uma competição aos modos de que hoje agente tem aqui, o que se faz hoje aqui não é nada mais do que repetir o que o Laércio implantou junto com o Dimas há alguns anos atrás.
... é porque ele era amigo dos filhos do governador e ele tinha acesso conseguia os recursos. Agora uma coisa que pesou muito é que se não tinha o apoio dos colégios essas competições não tinham saído. O que aconteceu o Cláudio Vaz inteligentemente junto com o Dimas e com o Laércio trouxeram para dentro da equipe os representantes desses colégios. Então por exemplo, da Escola Técnica nós tínhamos o Altamiro Cavalcante, Eldir, o Jafé que tem nome no escudo do futebol de salão do Maranhão, do Marista o Dimas já estava lá eu participei da como representante da equipe, inclusive a 1º competição que o Maranhão tomou parte em Brasília eu fui como convidado de uma instituição particular tomando conta do grupo da ala feminina, eu não fui como professor eu fui como se fosse assim um... Um acompanhante, tipo um dirigente, tipo um diretor. Então eu tomava conta de um grupo de alojamento na parte disciplinar, na parte do comportamento na hora da pratica de esporte não está. Então o quê que aconteceu ele trouxe do Liceu, a o Cel. Júlio estava no Liceu Maranhense.
ARTIGOS, CRÔNICAS, OPINIÕES...
CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL – CEV por LAÉRCIO ELIAS PEREIRA LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ O que é o CEV O Centro Esportivo Virtual – CEV é um sítio de gestão do conhecimento baseado em ( ) comunidades virtuais em Educação Física, Esportes e Lazer. As comunidades virtuais são, em princípio, compreendidas como um grupo de pessoas ligadas entre si por interesses comuns, mas que interagem à distância sem presença física nas relações de troca e geralmente usando a Internet. Tem objetivo de ser a porta de entrada e área de trânsito para o intercâmbio de informação esportiva nacional e internacional, atendendo desde esportistas e estudantes com interesse geral até pesquisadores e profissionais das várias áreas do conhecimento, interessados nas ciências do esporte, nas atividades físicas e na dança. Opera basicamente com listas de discussão e informações disponibilizadas a partir de seu sítio na Rede Mundial de Computadores. A porta de entrada do CEV é sua página <www.cev.org.br>, a partir da qual as transações de busca e de entrega de informação acontecem por meio de navegação entre opções a serem escolhidas, como sumarizadas a seguir por seus títulos de acesso: Principal – descreve o CEV com seus objetivos; Nosso time – lista os administradores, parceiros, contatos e dados estatísticos; Mapa do CEV – mapa de navegação pelo sítio; Navegando – links com as instituições parceiras do CEV; Registre-se – permite cadastrar-se, para receber boletins e outras informações; Eventos – possibilita o cadastro de eventos na área, assim como sua divulgação; Biblioteca – possibilita acesso a material bibliográfico disponibilizado na página; Leis e Normas para a Elaboração de Teses, Dissertações e Monografias (Garcia e Neves) e legislação em Educação Física e Esportes do Brasil; Revistas e Jornais - No REFELNET, da ESEF de Muzambinho - MG, revistas nacionais (90) estrangeiras (1200) e entrada para as páginas de esportes de 41 jornais de vários países; consulta 81 títulos de revistas em texto integral no SIRC- Austrália; Teses - 1300 resumos de teses organizados pelo Nuteses/Sibradid, e acesso à base internacional de teses da Universidade de Oregon; Boletim EF - Comciência, IASI-Boletim, Infociencia, Jornal da Ciência, Lecturas em Educación Fisica, Moving Together, Naslin, AHORA; Livros - Livros dos colaboradores do CEV; Listas de discussão – reúnem pessoas interessadas em assuntos específicos; Quem é quem - listagem de nomes dos atores da Educação Física, esportes e lazer; Ciência e esporte - tópicos: terceira idade, história etc Esportes - ginástica olímpica, basquetebol etc Instituições - confederações esportivas, federações e associações desportivas; Educação Física - graduação, especialização, mestrado e doutorado.
Cronologia histórica 1978 - Os anais do VI Simpósio de Ciências do Esporte, em São Caetano, foram organizados no formato de microfichas, gerando um fato pioneiro no trato da informação técnica em eventos acadêmicos em Educação Física no país. 1980 – Janeiro: Fundação do Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Esportes e Lazer do Maranhão - CEDEFEL-MA -, em São Luís, reunindo profissionais da área no estado, sob a coordenação de Laércio Elias Pereira e Leopoldo Gil Dulcio Vaz, criou um “centro referencial”- informação sobre a informação -, então denominado de CEDEFEL, para recuperar e organizar informações nas áreas da Educação Física, Esportes e Lazer, a fim de promover a comunicação entre especialistas. Fevereiro: o CEDEFEL foi apresentado, oficialmente, durante a I Conferência sobre Documentación e Información Desportiva en Latino América, realizado em Medellin – Colômbia, por Laércio Elias Pereira. Estavam presentes ao evento, do Brasil: MEC/SEED (Manfred Loecken), ISEFL (Paulo Medina) , CEDIME (Renate V. H. Sindermann), CBCE (Laércio E. Pereira), SEDEL-MA (Laércio E. Pereira); de outros países: representantes da International Association for Sports Information – IASI, da Espanha, da Argentina, Venezuela, México e do país promotor, Colômbia. 1982 - Cria-se o Micro Esporte Clube, uma cooperativa de informação usando microformas, que publica em 1983, o Índice da Revista Stadium, da Argentina - primeiros 23 anos da publicação -, tendo como autores Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Laércio Elias Pereira, co-edição do CEDEFEL-MA e da SEDEL-MA. 1984 - Laércio Elias Pereira e Gabriel Palafox apresentam um trabalho em Midias Interativas, na ECA/USP sobre a divulgação e venda de ingressos de futebol pelo Videotexto. 1987 - No I Simpósio Brasileiro de Informática em Educação Física e Esportes, realizado em Campinas, pela Faculdade de Educação Física - FEF da UNICAMP, Laboratório de Jornalismo - LABJOR e Núcleo de Informática Biomédica - NIB, foi apresentada, pela primeira vez, dentre as possibilidades do uso das novas tecnologias da informação, a proposta de um “centro de estudos virtual”, por Laércio Elias Pereira. 1995 - Realização de Curso de Atualização em Jornalismo Esportivo e Encontro de Editores de Revistas Técnicas em Educação Física e Esportes - 12 a 15 de dezembro de 1995 –, na UNICAMP, sob a responsabilidade do LABJOR, e coordenação de João Batista Andreotti Gomes Tojal e Laércio Elias Pereira. 1996 – Janeiro: é criado o CEV, como parte de um trabalho de Pós-Graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade de Campinas. Seu primeiro hospedeiro foi o NIB, com o qual comparte tecnologia em multimídia e Internet com os projetos daquele Núcleo, especialmente o Hospital Virtual, de onde herdou a estrutura inicial. Tem o apoio do Ministério do Esporte, através da Secretaria Nacional de Esporte. Ainda neste ano, em abril, tem início o Curso de Especialização em Jornalismo Esportivo – estendendo-se até abril de 1997 -, iniciativa do LABJOR e do Departamento de Ciências do Esporte Faculdade de Educação Física da Unicamp; o curso teve como objetivos: analisar e discutir as relações entre as Ciências da Comunicação e as Ciências do Esporte; desenvolver o conhecimento de técnicas de pesquisa, submetendo os fenômenos esportivos (em sua dimensão jornalística) a um tratamento crítico-reflexivo; treinar talentos jornalísticos para o exercício competente da cobertura esportiva na mídia impressa ou audio-visual; e preparar divulgadores das ciências do esporte para atuar como colaboradores da imprensa. O curso foi coordenado por João Batista Tojal e durante a sua realização, criou-se a primeira lista de discussão do CEV: efesport-L, sendo a primeira mensagem enviada por Victor Melo que, em seguida, criou e passa a administrar a lista de discussões de história - cevhist-L -; seguindo-se a de Lazer - cevlazer-L, administrada pelo Lalo Soto, do Uruguai -; e a de psicologia do esporte - cevpsi-L, administrada pelo Tulio Guterman, da Argentina. 1997 - Em 17 de dezembro foi criada a Organização Não Governamental – ONG CEV, em Campinas, por: Aguinaldo Gonçalves, Alfredo Gomes de Faria Jr., Elenice Faccion, Emiliana da Silva Simões, Giovani De Lorenzi Pires, Glauca Gonçalves, Griciel Silva, João Batista Andreotti Tojal, Laércio Elias Pereira, Lino Castellani Filho, Marcelo Jager, Renato Sabbatini e Wilian Peres Lemos. 2002 - Oficializacão da ONG “Centro Esportivo Virtual” em Florianópolis, com a participação de: Carlos Roberto Duarte, Edgard Mattielo Jr., Emiliana da Silva Simões, Giovani de Lorenzi Pires, Ivair de Luca,
João Batista Freire da Silva, Laércio Elias Pereira, Marcilio Krueger, Maria de Fátima Silva Duarte, Marino Tessari, Ruy Jornada Krebs e Thyrza Pires. Nos dias presentes, o CEV assumiu o perfil de um fórum permanente, com seu sitio recebendo uma media de 1.500 visitas diárias. As inscrições nas listas de discussão tem oscilado em entradas e saídas devido à natureza do próprio sistema mas seu nível maior de adesões já alcançou 14 mil inscritos no ano 2000. No conjunto já se distribuíram mais de 10 milhões de mensagens nestas listas desta a fundação do CEV. Além disso, a nova ONG CEV continua com as suas parcerias cujos destaques são: Núcleo de Informática Biomédica - Unicamp - Centro Esportivo Virtual; Escola Superior de Educação Física de Muzambinho - Páginas de Escolas e Revista & Jornais; Universidade Federal de Uberlândia - NUTESES - Teses em Educação Física; Trim and Fitness Sport for All Association - Lista cevtafis-L; International Association for Sports Information – IASI - Página Oficial em português; Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte - Página Oficial, Listas de discussão; Conselho Federal de Educação Física - Listas de Discussão do Conselho Federal e Regionais; Escola do Futuro - USP - Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro - Olimpíada Virtual; Universidade Estadual do Rio de Janeiro - Sitio Terceira Idade; Federação Internacional de Educação Física - Manifesto Mundial de Educação Física e Lista de Discussão - fiep-L; Sistema Brasileiro de Documentação e Informação Desportiva - SIBRADID - Documentação e página da Biblioteca; Centro de Estudos Olímpicos da Universidade Autônoma de Barcelona - Página da TAFISA e pesquisas; Programa Agita São Paulo - Lista cevagita-L. Hoje o CEV caminha para se constituir num importante centro de informações para o suporte de programas de Educação com Informação à Distância - EIAD - participando dos esforços de preparação e atualização profissional em Educação Física, Esportes e Lazer, e contando para este objetivo com a seguinte equipe de administradores: Coordenador Geral - Laércio Elias Pereira; Coordenador Administrativo - Paulo Trindade; Coordenador Técnico - Alderlan M. Coelho; Suporte Técnico - Consuelo Wolney Drumond; WebMasters Danilo Carvalho, Osmar de Souza Magalhães e Rodrigo Rossi. Portanto, baseando-se em pessoas (vetores de tecnologia) o CEV conta com a colaboração tanto de especialistas - coordenadores de páginas e administradores de listas de discussão – como de visitantes que encontram, em cada página e em cada lista, um mecanismo de interação para comentar, sugerir e/ou acrescentar alguma informação.
Administradores de Lista do CEV por Tema, nome e localização – 2005 (atualizar) Agita SP Douglas Roque Andrade Anatomia e Educação Física Armando Bezerra Aprendizagem Baseada em Problemas Marcelo Alcantra Associação dos Profisionais de EF Jorge Steinhinber Atividade Motora Adaptada Flavia Faissal de Sousa Atletismo Leopoldo Gil Dulcio Vaz Avaliação em EF & Esportes Manoel Costa Basquetebol Carlos Alex M. Soares Bibliotecas em Educação Física Shirley Silva Bibliotecas em Educação Física Suely de Brito Soares Capoeira Fernando Ennes (Bocão) Capoeira José Luiz Cirqueira Falcão Ciclismo Bira Macedo Cinema e Vídeo/Gênero e Esporte Silvana Goellner Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte Marcílio Souza Júnior Comportamento Motor Cássio de Miranda Meira Jr Concursos em Ciências do Esporte Darwin Ianuskiewtz Criança/ EF&Esportes Laércio Elias Pereira Dança Sandra Zotovici Dança de Rua Paulo Azevedo Dança em Cadeira de Rodas Eliana Lucia Ferreira Dirigentes de IES em Educação Física Marino Tessari Dirigentes de IES em Educação Física Sidney Forghieri Zimbres Editores de Publicações Técnicas Rosane Rosendo Educação a Distância em Educação Física Fernando Gianinni Educação Física Escolar Guilherme Pacheco Enduro a Pe Valdo Vieira Esportes Radicais Ricardo Uvinha Etica e Moral no Esporte Geraldo Barros Silva Junior Ética e Moral no Esporte Antonio R. R. Santos Federação das APEFs Eliana de Matos Carvalho Federação Internacional de Educação Física Almir Adolfo Gruhn Filosofia Homero Luis Alves de Lima Fisiologia João Carlos Bouzas Marins Fisiologia Nuno Colantonio Fisiologia – UCB Osvaldo Sampaio Netto Fisioterapia Claudia Siqueira Leite Fisoterapia Hellen V. R. Marinho Fitness e Qualidade de Vida Teresinha Deninger Isobe Formação Profissional de Mercado de Amauri Bassoli de Oliveira Trabalho Futebol Gilson Gomes Futsal Leandro Gonçalves Braz Futsal Ricardo Alexandre Monteiro Gestão Desportiva Milton Freitas Borges Ginástica Cristiane M. Fiorin Ginástica Flavia Costa Santos Ginástica Laboral Mônica Casagrande Grupo de Estudos - Preparação Profissional Glauco Ramos Grupos de Estudos de Genética da UniFMU Andréa Ramirez Handebol Pablo Greco História da EF & Esportes Victor Andrade Melo
São Caetano Sul - SP Brasília – DF Brasília - DF Rio de Janeiro – RJ Campinas - SP São Luís - MA Recife – PE Pelotas – RS Belo Horizonte - MG Rio Claro - SP Belo Horizonte - MG Salvador – BA Brasília – DF Porto Alegre - RS Recife – PE São Caetano Sul - SP Araraquara - SP Florianópolis - SC Campinas - SP Macaé – RJ Campinas - SP Florianópolis - SC São Luís – MA Rio de Janeiro - RJ São Paulo – SP Rio de Janeiro – RJ Rio de Janeiro – RJ Santo André - SP São Paulo - SP Recife – PE Campo Grande –MS Foz do Iguaçu - PR Recife – PE Viçosa – MG Brasília - DF Brasília - DF Brasília – DF Montes Claros – MG São Paulo - SP Maringá – PR Brasília - DF Brasília - DF Brasília - DF Florianópolis - SC Campinas – SP Ipatinga – MG São Paulo - SP São Carlos - SP São Paulo – SP Belo Horizonte - MG Rio de Janeiro – RJ
Idosos, Atividade Física e Envelhecimento Informática e Esporte Informática em EF & Esportes Jogos Tradicionais/Traditional Games Jogos Tradicionais/Traditional Games Judô Laboratório de Multimídia em EF – UCB Laboratório TRAMA Legislação Desportiva Lusofonia & Educação Física Marketing Esportivo Medicina Desportiva Medicina Esportiva Mídia e Esporte Motricidade Humana / Literatura e Esporte Movimento Estudantil em EF Musculação Natação Nutrição/Olimpismo Olimpismo / Etica Pedagogia do Esporte Personal Training Políticas Públicas em Esporte Pós Graduação em Educação Física Pós Graduação em Educação Física Pós Graduação em Educação Física Psicologia do Esporte Recreação e Lazer Recreação e Lazer Rede CENESP Saúde Coletiva e Atividade Física Sociologia do Esporte Socorrismo Surfe Tênis Tênis Teses em Educação Física Teses em Educação Física e Esportes Treino Desportivo Voleibol Wushu
Edmundo Drummond Marcelo Jager Marcela Moreira Beatriz Ferreira Marina Vinha Mauro C. Gurgel A. Carvalho Paulo Trindade Vieira Alfredo Feres Neto Alberto Puga Alfredo Gomes de Faria Jr Georgios S. Hatzidakis Osni Jaco da Silva Leandro Resende Giovani de Lorenzi Pires João Batista Freire da Silva Adrilene Marize Hildeamo Bonifácio Regis Barbosa Patrícia Torsani Marcio Turini Fernanda Ramirez Beto Fernandes Luiz Veronez Leonardo Mataruna Manuela Bailão Vicente Molina Paulo Gomes Giuliano Pimentel Thiago Firmino de Lima Renato Moraes Edgard Matielo Júnior José Roberto H. Cantorani Simone Kurotusche Jorge Dias Luz Juarez Muller Walter G. Osorio Estela Rodrigues de Sousa Lana Ferreira de Lima Carlos Ugrinowitsch Yochio Isobe Alexandre Bento
Rio de Janeiro – RJ São Paulo - SP Fortaleza – Ce Campinas – SP Campinas - SP São Paulo - SP Brasília – DF Brasília – DF Manaus –AM Petrópolis -RJ São Paulo - SP Florianópolis - SC Rio de Janeiro – RJ Florianópolis - SC Campinas - SP Belo Horizonte - MG Brasília – DF Belo Horizonte - MG Brasília - DF Rio de Janeiro – RJ Campinas - SP São Paulo – SP Pelotas - RS Campinas – SP Brasília - DF Porto Alegre -RS Brasília - DF Porto Alegre - RS Feira de Santana – BA Recife – PE Florianópolis - SC Rio de Janeiro – RJ São Paulo – SP Florianópolis - SC Florianópolis - SC Ribeirão Preto - SP Uberlândia – MG Catalão - GO Brasília – DF São Paulo – SP São Paulo - SP
Administradores de listas do CEV situados no exterior – 2003 TAFISA (rede) Educacion Fisica en Latinoamerica Futebol Red Latinoamericana de EF Fisiologia, Treinamento, Triatlo Teses em Educação Física
Eddy Cabreira Esperanza Bobes José Erb Ubarana Junior Luis Enrique Hernándes Rojo Roberto Landwher Rossana V. de S. e Silva
Psicologia do Esporte
Túlio Guterman
Caracas – Venezuela Havana – Cuba Kentuky - EEUU Querétaro - México Albuquerque - EEUU Paris - França Buenos Aires Argentina
Bibliografia CEV – Centro Esportivo Virtual, disponível em www.cev.org.br CONFERÊNCIA SOBRE DOCUMENTACION LATINOAMERICA, I. Medellin – Colombia, 1980;
E
INFORMACION
DEPORTIVA
EN
DaCOSTA, Lamartine Pereira. ATLAS DE ESPORTE NO BRASIL. Rio de Janeiro: Shape, 2005 PEREIRA, L. E., CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL – UM RECURSO DE INFORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES NA INTERNET. Campinas: Unicamp/FEF, 1998. Tese de Doutoramento; VAZ, L. G. D., PEREIRA, L. E., Organização da informação em Ciências do Esporte – a experiência do CEDEFEL-MA com revistas especializadas. In ANAIS DO SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, XVIII, São Caetano do Sul, 1992, p.105; Grupos do CEV no FACEBOOK CEV Educação Física & Esporte Grupo público 1.892 membros CEV Educação Física no Maranhão Grupo público · 199 membros CEV Filosofia do Esporte Grupo público · 24 membros CEV Educação Física Escolar Grupo público · 479 membros CEV Lazer e Recreação Grupo público · 120 membros CEV Basquete Grupo público · 66 membros CEV Handebol Grupo público · 67 membros CEV Administração e Marketing Esportivo Grupo público · 158 membros CEV História da Educação Física e dos Esportes Grupo público · 101 membros CEV Legislação Desportiva (CEVLeis) Grupo público · 110 membros CEV Atletismo Grupo público · 85 membros CEV Capoeira Grupo público · 50 membros CEV Editores de Publicações Científicas Grupo público · 72 membros CEV Esportes Paralímpicos Grupo público · 65 membros CEV Etnia Grupo público · 7 membros CEV Psicologia do Esporte Grupo público · 222 membros CEV Educação Física em Sergipe Grupo público 29 membros CEV Badminton Grupo público · 35 membros CEV Dirigentes de IES em Educação Física e Esporte Grupo público · 18 membros CEV Genética e Atividade Física Grupo público · 46 membros CEV Anatomia em Educação Física Grupo público · 76 membros CEV Educação Física em Roraima Grupo público · 59 membros CEV Artes Grupo público · 37 membros CEV Educação Física no Pará Grupo público · 18 membros CEV Jiu-Jitsu Grupo público · 14 membros CEV Volei Grupo público · 48 membros CEV Educação Física no Piauí Grupo público · 8 membros CEV Rugby Grupo público · 18 membros CEV Educação Grupo público · 49 membros CEV Educação Física no Mato Grosso Grupo público · 23 membros CEV Ginástica Laboral Grupo público · 13 membros CEV Aprendizagem Motora Grupo público · 45 membros CEV Educação Física em Rondônia Grupo público · 9 membros CEV Atividade Motora Adaptada Grupo público · 76 membros
CEV ONGs e Esporte Grupo público · 24 membros CEV Estudos Olímpicos Grupo público · 176 membros CEV Educação Física em Goiás Grupo público · 67 membros CEV Educação Física no Rio Grande do Norte Grupo público · 166 membros CEV Tênis de Mesa Grupo público · 9 membros CEV Lusofonia Grupo público · 42 membros CEV Fitness e Qualidade de Vida Grupo público · 24 membros CEV Educação Física no Rio de Janeiro Grupo público · 6 membros CEV Idoso Grupo público · 73 membros CEV Triathlon Grupo público · 10 membros CEV Esportes Diferenciados Grupo público · 21 membros CEV Educação Física no Rio Grande do Sul Grupo público · 84 membros CEV Dopagem Grupo público · 35 membros CEV Xadrez Grupo público · 13 membros CEV Ética e Moral no Esporte Grupo público · 26 membros CEV Gestão Desportiva Grupo público · 24 membros CEV Educação Física no Ceará Grupo público · 130 membros CEV Biomecânica Grupo público · 39 membros CEV Nutrição em Educação Física e Esportes Grupo público · 31 membros CEV Educação Física em Santa Catarina Grupo público · 39 membros CEV Biblioteconomia e Ciência da Informação em EF & Esportes Grupo público · 47 membros CEV Corporeidade - Estudos Transdisciplinares Grupo público · 40 membros Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação Física – ANPPEF Grupo público · 83 membros CEV Tecnologia no Esporte Grupo público 104 membros CEV Educação Física Militar Grupo público · 23 membros CEV Educação Física em Pernambuco Grupo público · 39 membros CEV Ciclismo Grupo público · 22 membros CEV Educação a Distância Grupo público · 59 membros CEV Educação Física no Rio de Janeiro Grupo público · 34 membros CEV Educação Física no Distrito Federal Grupo público · 38 membros CEV Esportes de Aventura Grupo público · 37 membros CEV Educação Física e Circo Grupo público · 32 membros CEV Fisiologia e Bioquimica do Exercício Grupo público · 85 membros CEV Musculação Grupo público · 248 membros CEV Educación Física en Latinoamerica Grupo público · 406 membros CEV Educação Física no Amazonas Grupo público · 58 membros CEV Info30 Grupo secreto · 16 membros CEV Judô Grupo público · 34 membros CEV Sociologia do Esporte Grupo público · 51 membros CEV Futsal Grupo público · 53 membros CEV Wushu Grupo público · 51 membros CEV Corfebol: Esporte Coletivo Misto Grupo público · 43 membros CEV Pedagogia do Esporte Grupo público · 72 membros CEV Economia Grupo público · 11 membros CEV Educação Física no Acre Grupo público 7 membros CEV Tocadores Grupo fechado · 69 membros CEV Educação Física do Trabalhador & Ergonomia Grupo público · 13 membros CEV Atividade Física no Programa Saúde na Família Grupo público · 82 membros CEV Esporte para Todos Grupo público · 20 membros
CEV Futebol Grupo público · 47 membros CEV Gênero e Esporte Grupo público · 267 membros CEV Educação Física na Paraíba Grupo público · 23 membros CEV APEF - Associações de Profissionais em Educação Física Grupo público · 39 membros CEV Educação Física no Espírito Santo Grupo público · 35 membros CEV Treinamento Desportivo Grupo público · 40 membros CEV Educação Física em Alagoas Grupo público · 39 membros CEV Ginástica Grupo público · 34 membros CEV Educação Física na Bahia Grupo público · 42 membros CEV Políticas Públicas Grupo público · 39 membros CEV Educação Física em Minas Gerais Grupo público · 51 membros CEV Dança Grupo público · 34 membros CEV Tênis Grupo público · 19 membros CEV Lutas Grupo público 25 membros CEV Oftalmologia Esportiva Grupo público CEV Esporte Universitário Grupo público · 172 membros CEV Desportos Aquáticos Grupo público · 40 membros CEV eSports Grupo público 30 membros CEV Surfe Grupo público · 6 membros CEV Rádio Grupo público · 14 membros CEV Educação Física no Paraná Grupo público · 26 membros CEV Educação Física no Amapá Grupo público · 59 membros CEV Bioquímica do Exercício Grupo público · 192 membros CEV Educação Física em São Paulo Grupo público · 37 membros CEV Fisioterapia Esportiva Grupo público · 22 membros CEV Esportes Náuticos Grupo público 20 membros CEV Karate Grupo público · 15 membros CEV Instalações Esportivas Grupo público · 30 membros CEV Criança Grupo público · 36 membros CEV Avaliação em Educação Física e Esporte Grupo público · 68 membros CEV Esporte Escolar Grupo público 35 membros CEV Professores Universitários em EF Grupo público · 119 membros CEV Mídia e Esportes Grupo público · 22 membros CEV Corpo e Educação Indígena Grupo público · 16 membros
30 ANOS DO PRIMEIRO TÍTULO NACIONAL DO HANDEBOL DO MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Professor de Educação Física do CEFET-MA O Handebol foi introduzido no Maranhão pelo Prof. Luiz Gonzaga Braga e o professor José Rosa, ambos da ETFM, hoje CEFET, lá pelos anos 60 do século passado. Após participarem dos JEBEI, e como a modalidade seria introduzida nos Jogos seguintes, fizeram um curso no Rio de Janeiro e, ao retornarem, prepararam um grupo de alunos. No aniversário da Escola, em 23 de setembro, esses alunos fizeram uma apresentação oficial da nova modalidade. Dentre outros, estavam os alunos Aldir Carvalho, José Geraldo de Mendonça, França, Aldemir Mesquita (aluno do Liceu, goleiro de Futsal, e bibliotecário da ETFM). Credita-se a Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo - o Prof. Dimas - a introdução do Handebol no Maranhão, após assistir a modalidade nos JEB´s de Belo Horizonte (1971). Ao retornar a São Luís começa a ensinar a modalidade, e a introduz nos FEJ/JEMs idealizados por ele e Cláudio Vaz dos Santos, o Cláudio Alemão, no início dos anos 70. Em que pesem essas especulações, Dimas é o grande responsável pelo desenvolvimento do Handebol do Maranhão, junto com Laércio Elias Pereira. O ano de 1972 foi o grande ano: foi ministrado um curso pelo MEC, em que diversos professores e técnicos participaram e foram dadas aulas das mais variadas modalidades esportivas. Em outro curso, sendo Coordenador de Esportes Cláudio Vaz dos Santos, veio uma equipe do Rio de Janeiro com três professores para ensinar Basquete - que era o prof. Rui -; Atletismo - José Teles da Conceição -; e Handebol - um professor de nome Wilson (sic) 1973 - Laércio Elias Pereira vem dar um curso em São Luís, e enquanto dava as aulas, ajudava o prof. Jamil Gedeon a treinar o time de Handebol que ia para os JEBs. Deu problema no curso de Manaus e o Cláudio Vaz pediu que ficasse treinando o time. Depois, pediu para que acompanhasse a equipe nos JEBs, em Brasília. Quando da realização dos – agora - JEM´s, Laércio voltou ao Maranhão, como árbitro, em que apitou uma morável partida entre o Batista e os maristas, ambas equipes dirigidas por Dimas; Com Laércio veio – para ficar e virar cidadão maranhense – o seu atleta do General Motors Biguá, e que naqueles JEMs apitou, além do handebol, várias outras modalidades. Cláudio Vaz – o Alemão – em entrevista ao autor dá as datas corretas deste renascimento do esporte maranhense: o primeiro FEJ foi em 71, o segundo FEJ em 72, e o primeiro JEM's em 73, por quê? Nós participamos do JEB's e a sigla pesava mais por bem achamos melhor mudar para JEM's Em 1974, o Prof. Laércio Elias Pereira volta para morar no Maranhão, em janeiro; é estabelecida a “Missão” do Handebol; Laércio trouxe Horácio e Viché; o Projeto Handebol – a “Missão do Laércio” - foi estabelecida pelo Cláudio Vaz e apoiada pelo Secretário de Educação Magno Bacelar. Além do Handebol, o objetivo era implantar um curso de Educação Física na então FESM (hoje, UEMA – criada através da lei 3489, de 10 de abril de 1974, que “cria a Escola Superior de Educação Física do Estado do Maranhão e dá outras providências”, publicada no Diário Oficial de 10 de maio de 1974, ano LXVII, n. 88, p. 1). - Dimas, compreendendo suas limitações na modalidade, se afasta, passando a dar todo o apoio aos “paulistas” que estavam chegando, e se dedicando a sua outra paixão, a Ginástica Olímpica. - O Maranhão participa do Campeonato Brasileiro Adulto Masculino, realizado em Fortaleza, conseguindo um terceiro lugar; jogaram: Álvaro Perdigão e Raimundo Nonato Vieira (Vieirinha) (goleiros); Luis Fernando Figueiredo, Vicente Calderoni Filho (Viché), Edivaldo Pereira da Silva (Biguá), Sebastião Sobrinho Pereira (Tião), Phillipe Moses Camarão (Phil), Rubem Goulart Filho (Rubinho), Manoel de Jesus Moraes, Antonio Luis Amaral Pereira, Joel Gomes da Silva, José Maria (Zeca); o técnico era Laércio Elias Pereira. - Além do Adulto Masculino, o Maranhão participa do Juvenil Feminino – o primeiro brasileiro – em São Paulo, contando com reforços do time da GM.
1976 – o primeiro titulo nacional É realizado o II Campeonato Brasileiro de Handebol, no Rio de Janeiro, com o Maranhão sagrando-se campeão; a equipe era formada por: Luis Fernando, Mangueirão, Álvaro, Gilson, Rubinho, Ricardo, Joel, Moraes, Tião, Viché, e Ivan; o técnico, foi o prof.Laércio Elias Pereira, tendo como auxiliar, o Prof.José Maranhão Penha. O Prof.Laércio só pode chegar para os últimos jogos, e a equipe foi dirigida pelo prof. Maranhão. “Parece que foi ontem...!”, assim se manifestou o Prof. Laércio Elias Pereira, ao lembrar do fato através de correio eletrônico; – 30 anos já passados daquele acontecimento histórico. Lembra Laércio que: “Para quem era do ramo, nenhuma surpresa; o Maranhão fora terceiro colocado no Campeonato realizado em Fortaleza, mas para nós, não estava nos planos; não era nosso objetivo imediato”. O Projeto Handebol-Maranhão, montado por encomenda do nunca suficientemente reconhecido Cláudio Vaz dos Santos, era sustentado por menos de dez heróicos professores. Os times – escolares - que deram projeção ao trabalho eram, na verdade, grupos de monitores em treinamento, planejados de modo a que pudessem ser repetidos nas escolas de primeiro e segundo graus (Hoje, fundamental e médio) e nas Escolinhas. “Cabe a comemoração e reverência aos bravos atletas”, diz Laércio. Aplausos para o Prof. Dimas, Prof. Jamil, Prof. Maranhão, Prof.Horácio, Viché, Álvaro, Biguá, Phil, Luís Fernando, Joel, Moraes, Vieira, Antonio Carlos, Zé Carlos, Gilson, Tião, Ivan, Ricardo, Rubinho, Mangueirão, Jorge; sem esquecer os jornalistas José Carlos Amaral, que acompanhava o time, e o Jota Alves, que gritava nos microfones daqui. E claro, Cláudio Vaz ... O Prof. Laércio propõe que 2006 seja o “Ano do Handebol no Maranhão” com todas as festividades, encontros, cursos e congresso que puder” para comemorar o título, e fazer uma avaliação do Handebol, contar sua história, seu desenvolvimento e o estágio atual ... Ah, o título, aconteceu em 18 de dezembro de 1976 ... temos tempo de programar!
HANDEBOL NO MARANHÃO – NOVOS ACHADOS...73 O Prof. José Maranhão Penha me fez uma visita e me estendeu um envelope pardo, e disse: - Você vai gostar disso... Estava limpando algumas gavetas, e achei... Abri o envelope e lá estava um punhado de papel datilografado!!! - grampeado e um titulo "HANDEBOL"; na segunda página: COMPONENTES DA EQUIPE - Ana Cátia; Carlos Marques; Célia; Claudia; Cléa; Jose Ribamar; Lyana; Suilan; Teresa. Na terceira: INTRODUÇÃO - a finalidade deste trabalho é transmitir algumas informações que obtivemos sobre a prática do Handebol no Maranhão. Procurando, acima de tudo, demonstrar a grande importância que tal esporte trouxe ao nosso Estado. Sem identificação da cadeira, ao professor, e sem data. Provavelmente lá dos anos 1988/89 - século passado. Informações prestadas pelos professores Vicente Calderone e Álvaro Perdigão... Na construção do Atlas do Esporte no Maranhão - e no Brasil... - as informações e dados que aparecem, os informantes ou viram autores do capitulo correspondente, ou viram referência de onde foi extraída a informação. De uma rápida leitura, vi que continha a confirmação de dados já coletados, e publicados nos Atlas... Mais algumas informações novas, e a confirmação de outras... Mas não deixa de ter uma importância grande esse documento - fonte primária!!! Vou fazer o cotejamento com o que já tenho no Atlas, no capitulo referente ao handebol e fazer os ajustes necessários... Vamos ao DESENVOLVIMENTO: Mary Santos, carioca, jornalista e formada em educação física, na Escola Nacional de Educação Física, veio para o Maranhão para ser Diretora do Departamento de Educação Física da Secretaria de Educação do Estado, cujo objetivo era divulgar a Iniciação Esportiva em nosso Estado, tendo apoio de José Sarney que era o Governador do Estado nesta época. Em 1967, o Professor Nelson Gomes da Silva, contratado através de um convenio entre os Estados de São Paulo e do Maranhão, ministrou o primeiro curso de Handebol, em 120 dias, com uma turma de 25 candidatos, após o término de curso foi realizado o primeiro jogo d Handebol entre os participantes do mesmo. Relação dos Participantes: Ana Rosa de Sousa Silva; Benedita Duailibe; Clarice Barros Rocha; Dinorah Pacheco Muniz; Elena da Conceição Pereira; Florileia Tomasia de Araujo; Felicidade Mendes de S. Nascimento; Ivete D´Aquino Castro; Ivone da Costa Reis; Julio Elias Pereira; Maria José Reis Maciel; Maria das Graças R. Pereira; Maria da Conceição Sá Melo; Maria da Gloria Castro Fernandes; Maria de Jesus Carvalho de Brito; Maria do Rosário Silva Maia; Maria do Rosário Silva; Maria da Conceição Santos Sousa; Neide Moreira da Silva; Odineia Trompa Falcão; Pedro Ribeiro Sobrinho; Reginaldo Heluy; Sebastiana de Carvalho Pires; Sonia Maria dos Santos Rezende. Em 1970 foi realizado outro curso de handebol, ministrado pelo professor Wilson Carlos dos Santos. Em 1971 chega ao Maranhão o professor piauiense Jamil de Miranda Gedeon Filho, que veio ministrar um curso de atualização em handebol, tendo como consequência deste curso difundido o handebol no nosso Estado, sendo também coordenador de Handebol e organizador dos IV Jogos Intercolegiais, tendo como participantes onze colégios da capital (Liceu Maranhense, Normal, Santa Teresa, Conceição de Maria, Cardoso Amorim, Nina Rodrigues, São Luis, Luis Viana, CEMA, SENAC) e 82 municípios, tais como: Imperatriz, Balsas, Barra do Corda, Passagem Franca, Timon, Coroatá, Pedreiras, Bacabal, Santa Inês, Chapadinha, Itapecuru-Mirim, Humberto de Campos, Rosário, Ribamar, Viana, Pinheiro, Carutapera, e Guimarães, sendo vencedor no Handebol feminino este ultimo município. Em 1972, no governo de Pedro Neiva de Santana os Jogos Intercolegiais foram substituídos pelos FEJE (Festival Esportivo da Juventude). Nesta mesma época chega ao Maranhão os professores Laércio Elias Pereira e Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araujo (Dimas) que vão dar continuidade ao trabalho da professora Mary Santos. Claudio Vaz dos Santos foi convidado pelo Governador Pedro Neiva de Santana, para fazer parte da sua equipe de governo no setor da Educação especificamente na área de Educação Física, ficando responsável pela divisão das modalidades e pela organização dos jogos. 73
Publicado em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2013/08/27/handebol-no-maranhao-novos-achados/ http://cev.org.br/biblioteca/handebol-maranhao-novos-achados/
Em 1973, os professores Edivaldo Pereira da Silva e Horacio Pires coordenam o 1º. JEM´S. Neste mesmo ano a equipe do Maranhão participa do 1º. Campeonato brasileiro de handebol juvenil, masculino, ficando em 3º. Lugar. Em 1974, a equipe maranhense participa do 1º. Campeonato adulto masculino, realizado em Fortaleza – Ceará, ficando também com a 3ª. Colocação. A delegação era formada por Álvaro Perdigão, Luiz Fernando, Luis Philip Camarão (Phil), Sebastião Sobrinho Pereira (Tião), Rubem Goulart (Rubinho) Vicente Calderone Filho, Edivaldo L. da Silva (Biguá), Manoel de Jesus Moraes, Antonio Luis Amaral Pereira, Joel Gomes Costa, José Maria e Raimundo Nonato Vieira. Em 1976 realizou-se o 2º campeonato brasileiro de handebol no Rio de Janeiro, sendo a equipe do Maranhão a campeã, que tinha como técnico o professor Laércio, que só podendo comparecer nos últimos jogos, sendo substituído pelo professor Maranhão. A delegação era formada por: Luis Fernando, Mangueirão, Álvaro, Gilson, Rubinho, Ricardo, Joel, Moraes, Tião, Vicente Calderone e Ivan. Em 1979, foi realizado o 2º campeonato brasileiro juvenil masculino de handebol em São Luis, sendo campeão a equipe maranhense, que tinha como técnico Vicente Calderone. JOGOS ESCOLARES BRASILEIROS – JEB´S 1977 – Vice-campeão masc. – Brasilia – DF Vice campeão fem. – Brasilia – DF 1978 – 3º lugar masc. – João Pessoa – PB 1979 – 3º lugar masc. – Distrito Federal 1985 – 3º lugar fem. – São Paulo 1986 – 3º. Lugar masc. – Vitória ES 1988 – Campeão masc. – São Luis – MA JOGOS UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS – JUB´S 1981 – Vice campeão masc. – São Luis CAMPEONATO BRASILEIRO ENTRE FEBEM 1981 – campeão masc. – Rio de Janeiro CAMPEONATO BRASILEIRO ENTRE APAES 1978 – Campeão masc. – Natal – RN 1980 – Campeão masc. – Curitiba- PR 1982 – campeão fem. ´- Belém-PA 1988 – campeão masc. – Norte-Nordeste – São Luis 1988 – campeão fem. – Norte-Nordeste – São Luis 1988 – campeão fem. – Campeão brasileiro – Bauru-SP CAMPEONATO BRASILEIRO ENTRE COLÉGIOS MARISTAS 1984 – Vice campeão fem. – Belém-PA 1986 – Vice campeão fem. – João pessoa – PB 1988 – Campeão masc. – Fortaleza – CE Campeão fem. – Fortaleza – CE Campeão fem. – São Luis – MA Campeão masc. – São Luis – MA CAMPEONATO BRASILEIRO ENTRE COLEGIOS BATISTA 1983 – Campeão masc. – Rio de janeiro – RJ ORIGEM DA FEDERAÇÃO MARANHENSE DE HANDEBOL (FMAH) Surgiu de um movimento de atletas e professores de handebol em 1975, tendo como primeiro presidente o professor Laércio Elias Pereira, nesta mesma época a Federação não era legalizada. OUTROS PRESIDENTES 1977 – Marcos Gonçalves 1979 – Phill Camarão 1981 – Herberth Schalcer 1982 – a 1987 –Lister Castelo Branco Leão 1988 até os dias atuais (?) Álvaro Perdigão
SOBRE O CONVÊNIO COM A ALEMANHA – ALGUMAS INFORMAÇÕES/LEMBRANÇAS74 Embora alguns entrevistados falem do Convênio entre o Maranhão e a Alemanha, que não chegou a se concretizar, tenho a declarar que é fruto de um trabalho do Laércio Elias Pereira. Era 1980, e iria acontecer na Colômbia um encontro sobre documentação em educação física, esportes e lazer. Dentro do Convenio Colômbia-Alemanha. O Laércio soube desse encontro e foi representando a SEDEL-MA e o CEDEFEL-MA – Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Desportos e Lazer do Maranhão – entre fictício que criáramos, pois só existia, mesmo em nossas mentes, fruto de uma tomada de decisões – 10 pontos – que acordáramos, numa manhã de domingo, na casa do Laércio, na Rua São Geraldo. O CEDEFEL-MA se constitui a base do CEV – Centro Esportivo Virtual. Pois bem, Laércio foi para a Colombia75, e lá se juntou à várias pessoas do Brasil, que também tratavam da área de documentação e difusão do esporte... Apresentou a SEDEL, com suas Coordenações de Estudos e Pesquisas, do Desporto e do Lazer, e o CEDEFEL-MA... acertou que o segundo congresso seria realizado em São Luis-Ma76, em 1981... o que não ocorreu, como não foi dada sequencia aos mesmos... Lá, teve contato com Manfred Locken, da Embaixada Alemã77 – também presente – para a área dos esportes. Das conversas e a possibilidade de o segundo acontecer no brasil, e em São luis, alguns acertos deveriam ser feitos, dentre ele, a formalização de um convenio, entre a Alemanha e o Estado do Maranhão.. Recebemos a vista de dois técnicos alemães: Ulrich Jonathas e Heiz Guberheiz; O Prof. Jonathas fora o técnico principal de Atletismo da Alemanha, tendo participado de diversas Olimpíadas, nessa condição, e passara uma temporada na Argentina, ajudando na constituição de alguns cursos de educação física; Heinz era o representante do Governo Alemão junto à Colômbia, no convenio entre aqueles países. Passaram alguns dias, conversando conosco, sendo que Laércio e eu ramos os ‘anfitriões’, encarregados de elaborar a minuta do convenio. O que foi feito... Tivemos sérias dificuldades, principalmente por parte do Ministério da Fazenda – Delfin Neto, à época, pois havia a possibilidade de entrada de dinheiro, pois o convenio seria financiado por uma empresa alemã, no caso, a Mercedes Benz, havendo sérias restrições. Àquela época, todo e qualquer aporte do Exterior deveria entrar primeiro para o Tesouro nacional, ser convertido na moeda brasileira, e depois, haver a sua dotação no Ministério próprio – no caso, seria o de Educação e Cultura – MEC – para depois ser locado no destino – no caso, repasse para o Governo do Maranhão. O que demandava muito tempo, pois teria que haver aprovação do Congresso Nacional, para modificação no Orçamento da União. Não podia ser diretamente ao Estado... Havia a previsão da ida de dois técnicos para a Alemanha, para receber um treinamento – no caso, seriamos eu e Laércio, pois estávamos elaborando o Projeto. Permanencia por um ano, lá, para finalizar o Projeto, junto com os alemães e a financiadora... Acabei saindo da SEDEL, por essa época, mas continuei prestando assessoria, a pedido do sr. Elir. Logico que não poderia ir, pois deixara a SEDEL e voltara para a Educação... e o Laércio, estava vinculado, ainda, à UFMA. Acabou terminando o Governo Castelo, e Biló 74
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. In REVISTA DO LÉO 19, ABRIL DE 2019 – SEDEL – 40 ANOS I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 76 “DECLARACION DE MEDELLIN...”, em seu Acuerdo 2, decide-se pela realização dos próximo eventos: 1981 II conferencia en SAN Luis, Maranhão, Brasil; 1982 III Conferencia em BUENOS AIRES, Argentina; 1983 IV Conferencia en CARACAS, Venezuela. (p. 255 (in. MAIER, Jürgen (Editor). I CONFERENCIA SOBRE DOCUMENTACION E INFORMACION DEPORTIVA EM LATINOAMERICA, Medellín – Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 77 77 A “Declaração de Medellín sobre a informação e documentação desportiva na América Latina foi assinada, pelo Brasil: por Laércio Elias Pereira (SEDEL-MA) e Manfred Loecken (SEED/MEC) -. adido cultural da Alemanha que prestava consultoria à ––CEDIME (Porto Alegre); Maria Licia Bastos Marques, Bibliotecária-chefe da EEF-UGMG); e de outros países: Espanha – INEF; Paulo Medina – Centro de Documentação e Informação do ISEFL (Portugal?); Juan Angel Maañon Argentina; Jesus Diaz Zurita – Venezuela; Eduardo Garraez – México; Alberto Pereja Castro – Centro de documentação e informação desportiva do Instituto de Ciências do Esporte – Colômbia. 75
Murad assumiu a SEDEL-MA; nesse período, não participei de nada, pois meu compromisso era com o dr. Elir, mesmo porque não fui chamado. Depois, assumiu o Nan Sousa, e o irmão dele, Euclides, foi para a Alemanha, depois da Fátima Frota, do Lazer... parou ai... Em nota de pé-de-página, no livro sobre o Prof. Dimas78 (2014, p. 481), assim me manifesto: Um pouco antes dessa época, estiveram aqui dois Alemães - um, foi técnico da seleção alemã de atletismo - Ulrick Jonath -; o outro, um técnico do Ministério dos Esportes Alemão, que estava prestando serviços em um convênio na Colômbia - Heinz Güber Heinz -; a proposta era se fazer um complexo financiado pelo Governo alemão - a proposta era levar para o Parque Independência que só funcionava na época da EXPOEMA -, e transformar aquilo num complexo educacional esportivo, nas proximidades da Cidade Operária que ia ser entregue à população; havia uma população de quase 75 mil pessoas; e deveriam vir para cá, como tinha um convênio com a Alemanha , dois técnicos alemães e enquanto se montava, deveria elaborar o projeto na Alemanha e as pessoas que deveriam ir seriam o Laércio e eu; passar um ano na Alemanha, montando todo o projeto, enquanto isso viria recurso para a estrutura física; o projeto foi elaborado, o Sr. Delfim Neto - Ministro da fazenda - não aprovou porque ele achava que seria ingerência de um governo estrangeiro em problemas sociais, porque o projeto inclusive era um projeto piloto que, se desse certo em São Luís, seria financiado mais dois para o Brasil e cerca de 10 projetos seriam implantado na África; então os quatro primeiros técnicos do projeto piloto depois teriam esta obrigação, principalmente os brasileiros, irem para África implantar, treinar esse pessoal da África para fazer isso, implantar esse 10 projetos na África; não foi adiante, enquanto se levou quase um ano discutindo isso, até que o Governo brasileiro disse que não, que não aceitaria ingerência. Logo em seguida veio o PALM, também outro famosíssimo, principalmente na área de, na época do Esporte para Todos - Jürgen Palm , veio para refazer o projeto, reapresentar o projeto, mais dessa vez já dissociado da parte de esporte, de Educação Esportiva, voltado só para Lazer; surgiu esse projeto, e um treinamento para implantação desse projeto; deveria ir um técnico para a Alemanha receber um treinamento; Fátima já tinha providenciado até passaporte, já estava estudando Alemão com o professor Ramiro Azevedo, para se familiarizar um pouco, ela já tinha conhecimento, um bom conhecimento de inglês, sabia francês, quer dizer não ia ter problema, e de repente para a surpresa de todo mundo, "seu" Euclides - que mal sabe falar o português -, é quem vai fazer esse treinamento para a implantação desse projeto; lógico que não podia dar certo. (VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. 2014, In DIMAS, entrevistas, p. 481)
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VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins. QUERIDO PROFESSOR DIMAS – (antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) e a educação física maranhense: uma biografia (autorizada). São Luís: EPP, 2014, p. 281-300-305
DEPOIMENTOS
JORGE OLÍMPIO BENTO79 LAÉRCIO ELIAS PEREIRA: ARQUÉTIPO DO CIDADÃO
Conheço, há muitos anos, o Laércio Elias Pereira. Mas nunca dispus da oportunidade de usufruir uma convivência prolongada com ele, embora, sempre que nos encontramos, a simpatia, a amizade e a fraternidade irrompam espontaneamente. Isto não me impede de dar testemunho sobre ele. Porquê? Porque as coisas pequenas vêem-se ao perto, enquanto as grandes contemplam-se e refulgem ao longe. Ora, é este o caso! Acompanho o Laércio – e ele também me acompanha – à distância. Afinal, somos próximos. O sobrenome do Laércio não engana, contém ‘códigos’ explícitos e implícitos! Está lá a marca de cristãonovo lusitano. Mais, tem imanentes um destino, um nó, uma amarra. Herdou dos seus ancestrais um messianismo, do qual não consegue desatar-se; pelo contrário, cuida de honrar o compromisso nele selado. Desde que o conheço, nunca vi o Laércio cuidando de assuntos pequenos e pessoais; sempre o vi envolvido intensamente na realização de causas e ideais socioprofissionais. Mais, a modalidade da sua ação não se atém apenas ao dizer; ela privilegia o fazer, ao serviço do grupo, da Comunidade. A obtenção das qualificações académicas funcionou como uma espécie de carta de alforria: a partir desse momento tornouse livre de si e inteiramente disponível para o Outro. Será ele um arquétipo do Cidadão? É, sim! Um arquétipo da honradez, da seriedade, da generosidade, da hombridade, da lhaneza e nobreza de carácter, da alma iluminada. Pertence ao escasso número daqueles que dão continuidade à Paideia Grega, esgotam o campo do possível e mantêm viva a crença na superação da impossibilidade. Sobretudo, é um Homem corajoso, pratica a coragem de afirmar e estar ao lado dos Princípios e Valores que engrandecem a Humanidade. E, no tocante à ‘Política’? O seu campo não é o do oportunismo, o do esperar para ver de onde e para onde sopram os ventos, e se posicionar em conformidade com as conveniências que isso lhe possa trazer. Ele é manifestamente um Ser Axiológico; sempre que necessário, está ativo e firme na defesa das muralhas e trincheiras da Pólis Humana. Eu te saúdo com superior respeito e admiração, com profundo afeto e gratidão. Bem hajas em todo o tempo! 79
Professor Catedrático Jubilado da Universidade do Porto.
RAIMUNDO NONATO IRINEU MESQUITA80
Pouca convivência tive com o Prof. Laercio, quando da sua passagem pelo Maranhão, na década de setenta; mas esta pouca convivência e o contato com as pessoas que privaram de sua amizade e intimidade, não dá para negar da sua importância para o desporto amador maranhense, em especial o Handebol e na consolidação do curso de educação física da UFMa e da sua grande contribuição em outras universidades do Pais. Não podemos esquecer também de sua passagem pelo Ministerio do Esporte, fora a criação do CEV – Centro Esportivo Virtual, que tem dado visibilidade a inúmeros trabalhos de profissionais da área de educação física.
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Mesquita, como é mais conhecido, naquela década de 1970 – final – era atleta, praticava atletismo, e como já estourara a idade para os Jogos Escolares, foi preparado para ser árbitro, e depois, com a experiência adquirida, e a convivência e dado seu interesse, levei-o para me auxiliar na Federação de Atletismo, até que foi contratado pela SEDEL-MA, sendo o principal responsavel pela execução dos Jogos Escolares no Maranhão, a partir de meado dos anos 80. Por muitos anos foi presidente da Federação de Atletismo...
GIULIANO PIMENTEL81
Tive oportunidade de conhecer melhor o Laércio quando fizemos parte da "República" de pós-graduandos da UNICAMP. Laércio, Amauri Bassoli e Giovani Pires eram os veteranos. Eu e Sandoval Villaverde os calouros. Laércio era um "Forest Gump", contando as histórias da Educação Física a partir do protagonismo dele em momentos como da criação do CBCE. Ele nos levava ao laboratório da UNICAMP de onde saiu o CEV (Centro Esportivo Virtual), que foi sua Tese de Doutorado. Àquela época, final dos anos 1990, a internet começava a se popularizar. Portanto, Laércio, embora mais velho, nos surpreendia com uma capacidade de ler as tendências e se lançar nelas.
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Professor de Educação Física. Universidade Estadual de Maringá.
ANTONIO BRAID RIBEIRO82
Mestre Láercio - Foi peça fundamental na formação do Curso de Educação Fisica do Maranhão - Consigo veio ás indicações dos grandes profissionais, quer fizeram parte do Curso de Educação Física - UFMA. Sair do Maranhão com o conhecimento técnico, dá linguagem técnica universal do futebol, tanto a nível técnico, tático e físico. Sua historia mestre, faz parte dá nossa historia no Brasil, e fora do Brasil. Sucesso...
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Professor de Educação Física. Técnico de Futebol, atuando em clubes maranhenses e africanos. Foi aluno de Laércio na UFMA. Atiualmente, mantém uma Escolinha de Futebol.
EMERSON SILAMI GARCIA83 Conheci o Professor Laércio Elias Pereira há mais de 4 décadas, mas foi na condição de seu colega de trabalho na UFMG que pude testemunhar o seu dinamismo, competência e visão do futuro com relação à Educação Física. Sua carreira docente o levou a diversos estados brasileiros e a várias universidades, nas quais ele sempre deixou sua marca. Além disso, ele contribuiu para a integração da educação física no país com suas ações e prejetos como o CEV.
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Professor-Doutor em Educação Física, aposentado, da UFMG. Trabalhou também na UFMA.
JOÃO BATISTA FREIRE
Sobre o Laércio
Que dizer do Laércio Elias Pereira? Estudamos juntos, trabalhamos juntos, moramos juntos. Quando ninguém falava de redes sociais na Internet, Laércio criou o CEV, uma rede relacionamento para questões técnicas, científicas e profissionais. Pioneiro em muitas coisas, um dia ajudou a criar associações profissionais de Educação Física... um dia ajudou a criar o Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte... um dia ajudou a criar o Conselho Federal de Educação Física... um dia ajudou a criar uma nova Educação Física. Poucos, como ele, aguentaram minhas críticas sem me agredir pela frente ou pelas costas. Um dos únicos de quem posso ter raiva sem deixar de ser amigo. Laércio não estudou a história da Educação Física, fez a história.
ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO
Joaquim Haickel Para começarmos bem a semana, um momento de memória esportiva, proporcionado pelo meu amigo Carlos Tinoco! Nas fotos abaixo, alguns dos memoráveis times de basquetebol do Maranhão. O mais jovem aí deve estar em breve se tornando sexagenário, mas um dia já foi jovem e bom neste que é um dos esportes mais fantásticos que existem! As experiencias e as amizades forjadas nas quadras são sólidas e formam homens de verdade. Acredito que o esporte seja um importantíssimo fator de engrandecimento humano e deve ser tratado como prioridade.
AI, ACRESCENTO EU