REVISTA DO LEO REVISTA ELETRONICA EDITADA POR
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Prefixo Editorial 917536
NUMERO 25 – OUTUBRO 2019 SÃO LUIS – MARANHÃO
A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.
EXPEDIENTE REVISTA DO LEO Revista eletrônica EDITOR Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luis – Maranhão (98) 3236-2076
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física, Especialista em Metodologia do Ensino, Especialista em Lazer e Recreação, Mestre em Ciência da Informação. Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado; Titular da UEMA (1977/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF-MA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e de Pesquisa e Extensão); Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 14 livros publicados, e mais de 300 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Comissão Comemorativa do Centenário da Faculdade de Direito do Maranhão, OAB-MA, 2018; Recebeu: Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luis (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM; Premio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Premio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; ALL em Revista, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras. Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.
REVISTA DO LÉO NÚMEROS PUBLICADOS
2017 VOLUME 1 – OUTUBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_1_-_outubro_2017 VOLUME 2 – NOVEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_2_-_novembro_2017 VOLUME 3 – DEZEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_3_-_dezembro_2017
2018 VOLUME 4 – JANEIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_4_-_janeiro_2018 VOLUME 5 – FEVEREIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_5_-_fevereiro_2018h VOLUME 6 – MARÇO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_6_-_mar__o_2018 VOLUME 6.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – MARÇO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_ VOLUME 7 – ABRIL DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_7_-_abril_2018 VOLUME 8 – MAIO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8_-_maio__2018 VOLUME 8.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra VOLUME 9 – JUNHO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_9_-_junho_2018__2_ VOLUME 10 – JULHO DE 2018 – https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_10_-_julho_2018 VOLUME 11 – AGOSTO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_11_-_agosto_2018 VOLUME 12 – SETEMBRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_12_-_setembro_2018 VOLUME 13 – OUTUBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_13_-_outubro_2018 VOLUME 14 – NOVEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_l_o_-_numero_14_-_novemb VOLUME 15 – DEZEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revisdta_do_l_o_15_-_dezembro_de_20? VOLUME 15.1 – DEZEMBRO DE 2018 – ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017-2018
https://issuu.com/…/docs/3ndice_da_revista_do_leo_-_2017-201
2019 VOLUME 16 – JANEIRO DE 2019 https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__16_-_janeiro_2019 VOLUME 16.1 – JANEIRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__-_janeiro__20 VOLUME 17 – FEVEREIRO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_17_-_fevereiro__2019 VOLUME 18 – MARÇO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__18_-_mar_o_2019 VOLUME 19 – ABRIL DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__19-_abril_2019 VOLUME 20 – MAIO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__20-_maio_2019 VOLUME 20.1 - MAIO 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO E A QUESTÃO DO ACRE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__20.1_-_maio_2019_-_ VOLUME 21 – JUNHO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__21-_junho_2019 VOLUME 22 – JULHO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__22-_julho_2019 VOLUME 22.1 – JULHO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__22-_julho_2019_-_ed VOLUME 23 – AGOSTO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__23-_agosto_2019 VOLUME 23.1 – AGOSTO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: AINDA SOBRE A CAPOEIRAGEM MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__23.1-_agosto_2019_VOLUME 24 – SETEMBRO DE 2019 – LAERCIO ELIAS PEREIRA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec VOLUME 24.1 – SETEMBRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: IGNÁCIO XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec VOLUME 25 –OUTUBRO DE 2019 –
EDITORIAL A “REVISTA DO LÉO”, eletrônica, é disponibilizada, através da plataforma ISSUU – https://issuu.com/home/publisher. É uma revista dedicada às duas áreas de meu interesse, que se configuraram na escolha de minha profissão – a Educação Física, o Esporte e o Lazer, e na minha área de concentração de estudos atual, de resgate da memória; comecei a escrever/pesquisar sobre literatura, em especial a ludovicense, quando editor responsável pela revista da ALL, após ingresso naquela casa de cultura, como membro fundador. Com o número anterior, dedicado ao Prof. Dr. GuruGeek Laercio Elias pereira, completou-se dois anos de publicação, iniciando-se, com este, o terceiro ano. Em principio, com periodicidade mensal, visava colocar à disposição o acervo constituído do que fora publicado em meu Blog da Mirante/Globo Esporte.com, que fora retirado do ar após quase dez anos de contribuição diária... O arquivo foi indispoinibilizado pelos novos controladores daquela emissora/complexo jornalístico. Acreditava que tinha material para dois anos... esgotei, então, aquele período... e veio à publico alguns números especiais, quando o caso requereu. Poderia ter deixado para um novo numero de revista, mas... Vamos ver se continuamos no mesmo ritmo. A presente edição resgatará a memoria de um dos mais icônicos poetas maranhenses: Maranhão Sobrinho... LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ EDITOR
SUMÁRIO EXPEDIENTE EDITORIAL SUMÁRIO MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E LAZER: AINDA SOBRE O ManoPEREIRA LAÉRCIO ELIAS PEREIRA PARÁBOLA DA AULA FINAL LAÉRCIO E LISTELLO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ; LAÉRCIO ELIAS PEREIRA LISTELLO E A EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ; LAÉRCIO ELIAS PEREIRA NÓS NA REVISTA DE MULHER PELADA: A Educação Física no "Ranking Playboy" das melhores faculdades brasileiras LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ 1 ESCOLA TÉCNICA x BATISTA – O MAIOR JOGO DE HANDEBOL NO MARANHÃO ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO ARTIGOS, CRÔNICAS, OPINIÕES... LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ XVII ENCONTRO NACIONAL DA CULTURA MAÇÔNICA A EDUCAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ A PRIMEIRA POETA MARANHENSE, NA OPINIÃO DE ANTONIO LOPES
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Do livro QUERIDO PROFESSOR DIMAS, de Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Denise Martins de Araújo, 2014.
MEMÓRIA DA EDUCAÇão FÍSICA, ESPORTE E LAZER
AINDA SOBRE O ManoPEREIRA Ao escrever a biografia do Laércio Pereira na Revista do Léo, procurei as informações pertinentes à sua passagem pelo Maranhão, desde o século passado – 1974 – até sua saída para as Gerais no inicio da década de 1990... Informações sobre o ‘antes’ e o ‘depois’ também aparecem, mas o resgate foram esses 25 anos de convívio aqui, no Maranhão... Pedi aos amigos que me mandassem depoimentos, entrevistas, fotos, enfim, algo que resgatasse esse período... não foi possível, pois nem todos responderam... mas vamos dar continuidade à esse resgate. Assim, apresentamos a Parabola da Aula Final, que apareceu, inicialmente, na Revista Esporte e Educação, onde mantinha uma coluna Rumorismo, assinada pelo Larécio...
Parábola da Aula Final Por: Laercio Elias Pereira. Boletim da Ufmg - 1993
No primeiro minuto da aula final Passou pela porta um aluno empurrando um carrinho de supermercado com três créditos de Educação Moral, disciplinas do ciclo básico, listas de chamadas e notas, perguntando onde era o caixa onde ele poderia trocar as mercadorias por um diploma. No terceiro minuto da aula final Pregaram no quadro os novos preços da matrícula, que incluíam suguro-desemprego, a taxa de filosofia do ensino pago e outra porcentagem não identificada, mas que era o resto de uma dívida contraída pelo governo durante a ocupação francesa. No quinto minuto da aula final Um aluno, usando camiseta com inscrição da Harvard University, perguntou se era prá copiar ou prestar atenção. No décimo minuto da aula final Uma aluna de nota baixa protestou, apresentando quatro atestados de óbito de parentes próximos e cinco atestados médicos, exigindo a nota máxima já que, alem da dor pela perda dos entes queridos, tinha ido ao psicanalista oito vezes só nesse bimestre. No décimo-terceiro minuto da aula final A chefia convocou, pelos alto-falantes, os velhos arapongas da extinta assessoria de informação da universidade, para checar uma inusitada aglomeração de mais de dois professores na biblioteca. No décimo-oitavo minuto da aula final O aluno usando o botton “I love Maluf” esbravejou que a Associação Profissional e o Diretório Acadêmico estavam infestados de subversivos e aproveitadores, e só não tinha, ainda, dado um corretivo em alguém da diretoria porque nunca tinha pago anuidades, assistido a debates ou reuniões, nem participado de qualquer grupo de trabalho. No vigésimo minuto da aula final O professor leu uma fichinha ensebada, com o tema da aula, e foi saudado por um visitante da turma de 1943, pela competência de repetir a aula igualzinha a do seu tempo, numa mostra de coerência e fidelidade de princípios. No vigésimo-primeiro minuto da aula final O professor explicou que, com a sua nova pedagogia, os alunos não precisavam mais perder tempo com livros e periódicos. Ele já havia executado a dolorosa tarefa de estudar e sintetizado o conhecimento universal numa apostila que estava sendo vendida a preços módicos na secretaria.
No vigésimo-quarto minuto da aula final Um aluno do canto direito, disfarçado de agente secreto, perguntou – sob risos e insinuações maliciosas da turma – o que ele poderia fazer com o dedo indicador que tinha ficado enrijecido por mais de vinte anos. No vigésimo-oitavo minuto da aula final Um aluno de óculos de vidro grosso, fazendo relato de sua pesquisa de iniciação científica, comentou, com incontida alegria, que, apesar das crianças terem desmaiado de fome antes do final, os resultados de sociabilidade e obediência tinham garantido o pleno sucesso do trabalho. No trigésimo-primeiro minuto da aula final Uma secretária desastrada deixou cair sua enorme bolsa, espalhando o conteúdo pelo chão da classe. Sorrindo amarelo, ela explicou que bolsa de mulher é assim mesmo, cheia de apetrechos de uso exclusivamente pessoal, enquanto recolhia uma escova de dentes, um tubinho de batom, um telefone, três absorventes, um computador 386 e uma máquina de escrever elétrica com chapinha da universidade. No trigésimo-quinto minuto da aula final Um aluno da segunda fila, levantando a sobrancelha esquerda na tentativa de fazer uma expressão de esperteza, perguntou se era prá estudar o que o professor estava falando ou não ia cair na prova. No quadragésimo-quinto minuto da aula final Um funcionário da administração, visivelmente emocionado, ergueu um copinho de plástico branco, com café requentado de garrafa térmica, puxando um brinde “aos queridos companheiros alunos, professores e funcionários que, após muitos ofícios, memorandos, carimbos, processos, atas passadas a limpo e listas de chamada, tinham conseguido fazer do departamento uma imensa e inoperante repartição pública”. No último minuto da aula final Os alunos foram declarados formados e receberam, em vez de diplomas, uma tatuagem colorida no braço direito – conquista da luta pela modernização dos currículos – e saíram em fila indiana, cantando com entusiasmo uma música estridente e repetitiva, feita por computador, em que o verso principal exultava: “Agora o conhecimento aqui jaz”. Ver Arquivo (PDF)
LAÉRCIO E LISTELLO
O Prof. Dr. Laércio Elias Pereira (1986) [47] escreveu artigo tentando explicar a proposta do Prof. Listello sobre a organização pedagógica da classe. A Editora da USP lançara o "Educação Física pelas Atividades Físicas, Esportivas e de Lazer", e nesses anos em que a proposta esteve para ser testada deu para juntar uma lista enorme de rejeições do tipo: "não li e não gostei"; "esse negócio de fazer coluna é pra exército"; "dividir assim provoca o individualismo dos alunos", quer dizer, é possível que os tradutores não tenham conseguido expressar a proposta do Mestre Listello na versão em português. O que poderia justificar estas considerações é aquela determinante de país subdesenvolvido, em que a tecnologia demora dez anos para ser transferida dos países avançados para nós (1986). O que exaspera pelo fato do livro ter sido lançado originalmente em português e dedicado aos professores de Educação Física do Brasil. O fato de o Prof. Listello ter tido uma forte participação na criação do "método" Desportiva Generalizada[48], e ter sido um dos diretores do Instituto Nacional de Esportes da França durante 14 anos, faz com que os professores não prestem atenção a uma proposta feita 30 anos depois. O livro relata o trabalho de 12 anos numa escola de crianças de famílias da chamada classe média baixa. Pereira (1986) passa a listar provocações a favor das "inovações" do Prof. Listello, confrontando com o que temos atualmente: 1 - A discriminação da maioria começa na classe. Atualmente: com o sistema de seleções esportivas retira-se o mais apto do seu meio (a classe) isolando-o numa chamada seleção (da classe ou da escola). Listello: o mais apto tem a responsabilidade na socialização do seu conhecimento, ao mesmo tempo em que não é retirado do seu meio, interagindo, também, com os conhecimentos do seu meio. 2 - Hábito de lazer se aprende por opção. Atualmente: Existe a pretensão de se criar o hábito da prática de atividade física através da presença obrigatória; Listello: A atividade voluntária - mas de compromisso moral com o grupo - do Clube de Lazer e a participação nos campeonatos interclasse por diversão dão essa oportunidade. 3 - Oportunidade para os gordinhos e os pequenos. Atualmente: Prevalece o poderio dos maiores (7ª e 8ª séries) e dos mais aptos (os da seleção).. Listello: O campeonato interclasse por divisão oferece oportunidade igual de participação e sucesso para todos. A IV Divisão da 5ª. série C é tão importante quanto a I Divisão da 8ª. série A, por exemplo. 4 - A comunidade escolar Atualmente: Apesar de toda nossa propaganda a EF não tem promovido a comunidade escolar. Listello: As várias atividades do clube de lazer (de que a Associação Esportiva é apenas uma parte) possibilitam a interação de alunos, pais, funcionários, outros professores, funcionários... 5 - A responsabilidade de compromisso com o grupo e a chamada. Atualmente: A chamada é "uma besteira" que não é feita, "uma chance de pronunciar o nome dos 40 alunos" ou "mais uma etapa de dominação da classe" (e que rende 10 minutos de aula) . Listello: A "equipe de classe" - que possibilita a execução da chamada em menos de um minuto - é uma forma de organização pedagógica para trabalhos em grupo e uma chance para que todos exerçam a responsabilidade sobre o grupo por certo tempo ("chefe de equipe de classe") 6 - Participação dos alunos na programação das atividades. Atualmente: Com o planejamento feito no começo do ano (antes até do professor conhecer os alunos) o professor passa o ano administrando atividades e exercícios. Listello: Com a proposta de temporadas e o sistema de "um dia jogo/um dia treino" utilizando o jogo (ou apresentação) para a avaliação da aula anterior e programação da seguinte, as atividades de EF passam a ter sentido, em vez dos alunos serem vítimas de "cangurus", "apoios de frente", exercício de dança".
7 - O trabalho em grupo Atualmente: Os 40 alunos da classe são considerados como estando no mesmo grau de habilidade, na maioria das atividades. Listello: As "equipes de...", que aglutinam os alunos em quatro estágios diferenciados de habilidade, proporcionam um trabalho consciente e adequado para cada grupo, que é avaliado nesse nível. 8 - O campeão real e o campeão moral Atualmente: As opiniões dos professores estão divididas em "contra a competição" e "promoção exclusiva do campeão". Listello: Os vencedores "moral" e "real" na engenhosa proposta de avaliar o desempenho, no confronto entre grupos de habilidades diferentes, é uma oportunidade efetiva de conscientização e participação ativa dos alunos. 9 - Todos têm seus times? Atualmente: Os alunos são divididos entre os "da seleção" e "a torcida". Listello: Com a realimentação do campeonato interclasses por divisão todos os alunos participam nas aulas de Educação Física, num programa de ajuda mútua e igual direito a participar das equipes dos seus níveis. Assim, esperamos que as provocações acima levem a uma análise crítica da "proposta Listello", incorporando um pouco de tecnologia à nossa Educação Física, encerra Laércio E. Pereira...
Listello e a Educação Física Brasileira Por: Laercio Elias Pereira e Leopoldo Gil Dulcio Vaz.
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LISTELLO E A EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ [1] LAÉRCIO ELIAS PEREIRA[2] AUGUSTE LISTELLO[3] - França: 1918-2010. Um dos criadores do Método Desportiva Generalizada, quando era um dos diretores do Instituto Nacional de Esportes da França no pós-guerra, o Prof Listello, depois de aposentado, trabalhou por 12 anoscomo professor de uma escola de primeiro grau, onde experimentou seu novo método, que está publicado em Educação pelas Atividades Físicas, Esportivas e de Lazer, com edição dedicada aos professores do Brasil, onde esteve 12 vezes ministrando cursos. No primeiro curso, em Santos, em 1952, ele apresentou o Handebol de Salão, sendo considerado o introdutor da modalidade no Brasil. Argelino de nascimento Listello tem cidadania francesa por ter integrado a Legião Estrangeira. Autor de: Educacion Physique pour Tous e Recreación y Educación Física Deportiva. O Método Desportivo Generalizado aparece no contexto educacional brasileiro a partir da década de 1950. Elaborado por professores do Institut National des Sports (França) na década de 1940, o Método Desportivo Generalizado tem por preceito a educação integral de jovens e adultos através de jogos e atividades desportivas. Para tanto, quatro princípios estabelecidos pelos autores tornam-se fundamentais na aplicação desta metodologia: Educação Física para todos; Educação Física orientada; Prevenção do mal e Aproveitamento das horas livres (CUNHA, 2015) [4]. Os jogos e as atividades desportivas, baseadas em tais princípios, proporcionariam aos educandos a possibilidade de apreenderem noções de trabalho em equipe, altruísmo, solidariedade, hábitos higiênicos para além do desenvolvimento físico (FARIA JR, 1969) [5]. Esse método pressupõe que os exercícios físicos executados até então por obrigação no ambiente escolar passariam a ser realizados por prazer, pois seriam levados em consideração as experiências, as necessidades e os interesses dos alunos. (MARTINEZ, 2002) [6]: [...] ‘Educação pelas atividades físicas, esportivas e de lazer’, de 1979, foi escrita originalmente em francês por Listello e traduzida pelo então professor da USP Antonio Boaventura da Silva e colaboradores. Esta obra parece ter sido uma adaptação do MDG para a realidade brasileira, pois foi publicada após quase duas décadas de contato com o Brasil e em parceria com uma universidade brasileira.(Cunha, 2012?)[7]. De acordo com Martinez (2002) [8], Listello esteve no Brasil por doze vezes, sendo a primeira em 1952 e a última em 1980 [9]. Ao longo dessas passagens, assumiu a responsabilidade de ministrar aulas teóricas e práticas abordando o Método Desportivo Generalizado [10] em diferentes espaços de formação como as Jornadas Internacionais de Educação Física em Belo Horizonte [11] e no Curso Internacional de Formação e Aperfeiçoamento de professores de Educação Física em Santos. Atuou também em várias cidades brasileiras e em outros países da América Latina como Argentina, Uruguai e Paraguai: O grande número de cursos ministrados por Listello em variadas cidades brasileiras bem como a repercussão de suas jornadas relatadas na imprensa, nas revistas e livros da área e nas correspondências oficiais entre Brasil e França podem sugerir o interesse de sujeitos e instituições ligados a Educação Física a partir da década de 1950, na renovação da concepção e métodos de ensino da área e, em especial, nesta metodologia divulgada pelo professor francês. Algumas importantes publicações da área da Educação Física indiciam um acolhimento por parte dos professores brasileiros ao Método Desportivo Generalizado. .(Cunha, 2015) [12].
Caderno de planejamento da I Jornada. Atividades Físicas Generalizadas (professor Auguste Listello, ago. 1957) Fonte: Acervo do Centro de pesquisa e estudos. Fundo Institucional E.E.F.M.G. Lourdes (2008)[13] ao fazer uma análise de alguns dispositivos utilizados em São Paulo para a difusão de projetos educacionais de Educação Física destaca a participação importante nessas ações de divulgação do professor Antonio Boaventura da Silva: [...] promoção de práticas de ensino do esporte nas aulas de educação física e a relação entre os campeonatos colegiais e os cursos de aperfeiçoamento técnico e pedagógico em Educação Física ministrados e realizados no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. Para essa pesquisadora, Boaventura foi o primeiro e o principal organizador dos cursos técnicos e pedagógicos de Educação Física (1950-1960) realizados em sua maioria na Escolástica Rosa (uma escola pública), na cidade de Santos. Também eram chamados de Curso Internacional de Santos ou Estágio Internacional de Santos. Os cursos ocorriam anualmente, eram gratuitos e de forma semelhante foram realizados em diferentes partes do estado de São Paulo, em estados brasileiros e países sul-americanos variando em sua regularidade: Em 1949, Boaventura foi à “II Lingíada” [14]como representante do Estado de São Paulo, fato de fundamental importância para que se entenda uma de suas relações. Na Suécia, o professor toma contato com agentes de diferentes instituições de Educação Física de outros países, como o Professor Curt Johansson, do Instituto Real Central de Ginástica de Estocolmo, e o Professor Auguste Listello, dirigente do “Institut des Sports” da França. Destaco estes dois professores, pois no ano seguinte vieram ao Brasil apresentar suas propostas para a área. O primeiro curso de aperfeiçoamento de professores do estado de São Paulo teve a presença de Auguste Listello, que trouxe a proposta do sistema de Educação Física Esportiva Generalizada[15]. [...] Em junho de 1952, no curso de aperfeiçoamento técnico e pedagógico de Santos, Auguste Listello escreve uma apostila que é distribuída aos participantes, intitulada “Princípios da Educação Física Esportiva Generalizada”, em que relata um pouco da origem da Educação Física esportiva generalizada. No período do pós-guerra, a direção geral da juventude e dos esportes da França reuniu as diferentes federações esportivas a fim de criar um “Sistema de Educação Física no qual os esportes fossem dignamente representados, proporcionando aos jovens franceses uma justa compensação das suas necessidades”. Inezil Penna Marinho (1982)[16] e Alfredo Gomes de Faria Jr (1969)[17], autores importantes da área citados por CUNHA (2015) -, descrevem a Educação Física Desportiva Generalizada, como eles mesmos denominam, como um importante método em voga que visa o desenvolvimento integral dos alunos através de formas de trabalho coletivas. Notamos entre o moderno professorado especializado brasileiro uma opção entre o Método Natural Austríaco e a Educação Física Desportiva Generalizada. Eis porque, neste trabalho, só nos preocuparemos com estes dois métodos [...] (FARIA FILHO, 1969, p.131). O Prof. Auguste Listello tem voltado ao Brasil numerosas vezes, sempre realizando cursos para a maior divulgação da Educação Física Desportiva Generalizada, que figura nos programas de quase todas as escolas especializadas do país, além de sua prática bastante difundida em nossos estabelecimentos de ensino secundário. (MARINHO, 1982, p.91) Para Cunha (2015), vários autores brasileiros - Inezil P. Marinho, Alfredo G. de Faria Jr, Mauro Betti (1991) - apontam a importância do MDG no sistema escolar brasileiro: [...] principalmente no que diz respeito à inserção do esporte na escola. Em suas obras, eles definem, sinteticamente, a Educação Física Desportiva Generalizada como um método que
renovou a Educação Física brasileira, inserindo, através de jogos esportivos e atividades coletivas, o gosto pelo prazer de se exercitar o físico. Para Soares (1996) [18], a obra de Auguste Listello é singular para afirmar a hegemonia esportiva no ensino de Educação Física na escola, bem como o modelo de aula baseado nos parâmetros do treinamento esportivo. Essa proposta da Educação Física Desportiva Generalizada, deflagrada durante o curso internacional de Santos, foi apropriada de diversas maneiras, não se configurou como um projeto de Educação Física “Nacional” como alguns intelectuais almejavam, mas foi um padrão amplamente difundido e aplicado nas aulas de Educação Física do Brasil e América do Sul (LOURDES, 2007) [19]: Os planos elaborados de educação física e esportiva têm suas bases nos jogos, a “sã” emulação e a competição coletiva “[...] se aplica melhor à massa de uma forma generalizada, do que apenas, a grupos privilegiados. Isso, entretanto, não quer dizer que abandonamos esses grupos selecionados”. Tais características deveriam ser observadas, dirigidas e adaptadas à idade, às necessidades e aptidões do individuo. São duas etapas da educação esportiva em que se divide a “Educação Física Desportiva”: a primeira etapa seria a de iniciação esportiva generalizada ou especializada, e a segunda, de treinamento esportivo generalizado ou especializado. As finalidades da Educação Física Esportiva eram livrar as crianças de sua inatividade, de sua indiferença pelo esforço físico, integrar o sujeito a alguma coletividade, valorizando a pessoa, pensando que o esporte e a educação física “não é um fim, mas um meio de formação e preparação para a vida em geral”. Sendo assim, a iniciação esportiva, forma elementar de educação esportiva, deveria visualizar a realização simultânea e sucessiva através do movimento corporal da 1º. Iniciação à vida social e coletiva, por meio do jogo e da competição esportiva elementar entre equipes; 2º. Iniciação ao esforço progressivo e dosado em relação a idade e as possibilidades fisiológicas da criança e do adolescente; 3º. Iniciação à técnica, isto é, a forma do gesto correspondente a um determinado esporte. Segundo este padrão de Educação Física, a iniciação começaria aos 6 ou 7 anos sob forma de jogo, sendo que ao adolescente e ao adulto a necessidade de atividade seria do esporte. O padrão não deveria se prestar à procura sistemática e exclusiva de sujeitos fisicamente bem dotados, mas deveria oferecer a oportunidade de educar e melhorar a todos indistintamente. [...] Cada sessão ou lição tinha seu caráter definido: 1º. A lição de Educação Física Esportiva Generalizada divide-se em quatro partes correspondente a evolução psico-fisiológica do individuo e possuindo eventualmente uma predominância correspondente às necessidades das pessoas as quais se destina; 2º. A lição de Iniciação Esportiva Especializada compreende um aquecimento, um estudo técnico individual e um estudo de adaptação dos atletas ao jogo de equipe; 3º. A lição de Treinamento Esportivo Generalizado na qual a intensidade e a dificuldade variam de acordo com o grau de evolução dos atletas e que compreende, como a sessão de educação esportiva em quatro partes; 4º. A sessão ou lição de Treinamento Especializado própria aos esportistas que se destinam as competições oficiais. Já Mauro Soares Teixeira e Júlio Mazzei, tiveram os primeiros contatos com a metodologia proposta por Listello em 1953. Então estudantes, ao realizaram viagem de estudos à França[20]·, foram recebidos em
Paris pelo professor Auguste Listello, reconhecido pelo “quanto fez pela Educação Física no Brasil” (p. 245). Em 1959, já agora professor, Julio Mazzei elabora e publica seu livro “Novas Concepções do Programa por Temporada” (1960) [21]. Este conteúdo foi integralmente republicado no “Capítulo X – A Educação Física no Ensino de Graus Médio”, do livro “Cultura, Educação Física, Esportes e Recreação”, de autoria de Julio Mazzei e Mauro Soares Teixeira[22]. Nas Considerações Gerais escreveu Julio Mazzei: [...] hoje ministramos uma aula segundo o método sueco moderno; amanhã, iniciamos os alunos no vôlei; na segunda semana, começamos com basquetebol e terminamos com futebol de salão; não tem sido esta, em tese, nossa ação? [...] Não é isto o que estamos fazendo há quase 30 anos? (MAZZEI, 1960, p. 14). Isto já parece denotar uma presença forte dos desportos na Educação Física escolar brasileira, ainda que convivendo com os Sistemas e Métodos de Educação Física. O Programa por Temporada propunha dividir o ano letivo em “temporadas” dedicadas à prática de um determinado esporte (Basket, Volei, Atletismo, Futebol, Handball, Natação, Solo e Aparelhos, Lutas, etc.) de maneira que, durante quatro meses (semestre letivo) os alunos de todas as séries ou grupos sejam iniciados e aperfeiçoados na modalidade esportiva prevista para aquela temporada (MAZZEI, 1960, p. 19, citado por FARIA JUNIOR, 2014) [23]. Faria Junior (2014) [24] considera que “Programa por Temporada” induz o leitor a considerar que o desporto é a tônica do processo, apesar de aparecerem os demais “meios da Educação Física: Jogos, Esportes, Danças, Ginástica e Excursões como parte integrante de um programa de ação real e objetiva” (MAZZEI, 1960, p. 18) [25]. Quando escreve sobre os objetivos específicos referem-se aos “que devem ser alcançados na prática do esporte escolhido durante o transcorrer das aulas [...]” (MAZZEI, 1960, p. 21) [26]. Ainda analisando a obra de Mazzei, Faria Junior[27] apresenta-nos as questões que nortearam o autor: “no programa por temporada o jogo, a ginástica, as danças e a excursões, são postos de lado?” (MAZZEI, 1960, p. 30): [...] responde: um programa de Educação Física não seria completo se se utilizar unilateralmente apenas de um de seus meios. Se atentarmos ao plano que acabamos de expor verificaremos que o jogo está representado aqui pelos processos pedagógicos, pelo pequeno jogo, pela “formas de jogo”, etc.; a ginástica pelas atividades específicas da parte formativa da aula que nada mais é do que Ginástica pura como a entendem os suecos, os franceses, os dinamarqueses, os alemães, os americanos, os italianos, os húngaros, os austríacos, e nós mesmos; as excursões (acampamentos, cicloturismo, pedagógicas, etc.) facilmente poderão ser encaixadas no “Programa por Temporada”, sendo que devemos considerar as excelentes oportunidades de excursionar nas fases do Coroamento da Temporada; as “danças, por si só, já constituem ótima atividade complementar do programa, mormente nas turmas femininas e nos programas coeducacionais (sic) (MAZZEI, 1960, p. 30) No que se refere à avaliação: Entre nós, em matéria de testes em Educação Física, até bem pouco tempo, conhecíamos apenas as chamadas, “Provas Práticas” do Método Francês, com finalidade até certo ponto desconhecida: sem a legítima preocupação de prognose e diagnose da aprendizagem e servido de inócuo pretexto de passagem de um grupo para outro, e só [...]. O citado Método Francês falava em verificação periódica de resultados. Para tal verificação, recomendava o exame médico (no início e no final do ano letivo) e as chamadas “provas práticas” que funcionavam principalmente como base da classificação homogênea dos alunos. (MAZZEI, 1960, p. 31). Com a adoção de um Programa por Temporada, exemplificou Mazzei (1960): se a temporada escolhida for a de Natação, iremos ministrar aos nossos alunos como prognose, da aprendizagem que virá, os testes referentes à Natação, testes estes que poderão ser uniformes para todo o Estado ou País, para melhor avaliação de rendimento escolar no estabelecimento de todo o território nacional (ou Estados, ou Região, ou Municípios ... ). Estas provas
funcionariam como prognose e ao mesmo tempo como auxiliar nos grupamentos que se seguirão [...]. Realizados todos os testes no início da temporada, os mesmos serão repetidos no final da mesma (diagnose da aprendizagem) e, dentro de um índice que será estabelecido, tendo-se em vista os “scores” obtidos (que serão computados estatisticamente pelos órgãos competentes), serão distribuídos “Diplomas Esportivos de Iniciação” nesta ou naquela modalidade esportiva. (MAZZEI, 1960, p. 32-40) [28]. Faria Junior em seu “Introdução à Didática de Educação Física” [29] conceituava “conteúdo” como o teor do Ensino da Educação Física, através do qual serão atingidos os objetivos educacionais propostos: [...] aqueles nada mais são do que reativos que, uma vez selecionados, programados e dosados vêm facilitar a aprendizagem naquela “prática educativa”. [...] os “conteúdos” da Educação Física correspondem a “matéria” das demais disciplinas constantes dos currículos das escolas brasileiras. (FARIA JUNIOR, 1969, p. 70). O autor prefere adotar “Unidade Didática”, apesar de reconhecer que na literatura educacional essa expressão tenha registrado outras denominações como unidades de ensino, unidades de aprendizagem, unidades de experiência etc. O termo “unidade” foi usado pela primeira vez em educação por Henry Morrinson (1962, p. 45)[30], como “um aspecto completo e significativo do meio, de uma ciência organizada, de uma arte ou de uma conduta, o qual uma vez aprendido resulta em uma adaptação da personalidade”. O Método das Unidades Didáticas, proposto ‘por Morrinson, objetivava a obtenção de um ensino mais compreensivo e significativo, em face dos interesses e necessidades dos educandos’ (FARIA JUNIOR, 1977, p. 46). [...] nenhum bom planejamento pode tornar-se realmente eficaz se tiver uma multidão de ideias antagônicas contra as quais lutar. A Unidade tem por fim fazer convergir todas as atividades para a conquista dos objetivos propostos. (FARIA JUNIOR, 1969, p. 145). Faria Junior conceitua Unidade Didática como sendo: [...] um conjunto organizado de conteúdos, experiências e atividades, relacionado com um tema ou propósito central desenvolvido cooperativamente por um grupo de alunos, sob a orientação do professor, objetivando modificações de determinados comportamento. (FARIA JUNIOR, 1977, p. 47[31]). (ao escrever sobre) planejamento do ensino – plano de curso, plano de unidade e plano de aula – admite que estes nada mais são do que três fases de um planejamento, buscando uma progressiva particularização à medida que se aproxima o momento de sua execução em aula, [...]. Um plano de Unidade Didática bem pormenorizada reduz muito a necessidade da elaboração de planos para cada aula de uma mesma Unidade. (FARIA JUNIOR, 1969, p. 151)[32] (ainda considera que) Cada unidade didática pode ser considerada como um verdadeiro curso em miniatura, condensado ou abreviado sobre determinado conteúdo. A denominação de “Plano de Unidade Didática” é preferível em vez de “Unidade de Conteúdo”, porque uma unidade envolve um ciclo docente completo que irá desde a motivação inicial à apresentação do novo conteúdo até a fixação do aprendido e a verificação dos resultados obtidos por esta aprendizagem. (FARIA JUNIOR, 2014) [33]. Faria Junior (2014) [34] coloca que no final daqueles anos 60, vêem-se como Unidades Didáticas dadas como exemplos, tanto de desportos – Atletismo, Basquetebol, Futebol de Salão, Ginástica Olímpica, Pesos e Halteres (Musculação), Pólo Aquático, Voleibol – quanto de Danças Folclóricas, de Ginástica, de Ginástica Feminina Moderna, de Jogos Pré-Desportivos etc. [...] Terminada a fase do planejamento entrar-se-ia na “fase de execução” propriamente dita. é bastante comum vermos professores ministrando hoje uma aula de basquetebol, amanhã uma de
volibol, a seguir uma de futebol e assim sucessivamente e, entretanto, desejando com isso obter o aprendizado de um desporto em uma ou duas aulas [...]. A aprendizagem é um processo complexo e lento de assimilação, não sendo possível assim, do “nada saber” aos domínios das habilidades desejadas com uma aula, por mais “magistral” que esta tenha sido (FARIA JUNIOR, 1969, p. 206). Para Carmen Lúcia Soares (1996)[35] a Educação Física na escola é um espaço de aprendizagem e, portanto, de ensino. E o que ela ensina? Historicamente a Educação Física ocidental moderna tem ensinado O JOGO, A GINÁSTICA, AS LUTAS, A DANÇA, OS ESPORTES. Poderíamos afirmar então que estes são conteúdos clássicos: Permaneceu através do tempo transformando inúmeros de seus aspectos para se afirmar como elementos da cultura, como linguagem singular do homem no tempo. As atividades físicas tematizadas pela Educação Física se afirmaram como linguagens e comunicaram sempre sentidos e significados da passagem do homem pelo mundo. Constituem assim um acervo, um patrimônio que deve ser tratado pela escola. E como afirma Vago[36], a contribuição da Educação Física, neste caso, será a de colocar os alunos diante desse patrimônio da humanidade, que tem sido chamado por alguns autores de “cultura física” (Betti, 1991)[37], “cultura de movimento (Bracht, 1989)[38] ou “cultura corporal” (Soares, Taffarel, Varjal, Castellani Filho, Escobar & Bracht, 1992)[39]. Existem outros recursos[40], que não cabe aqui a análise, apenas para comparação com o que Listello propunha: AUTORES/ PEDAGOGIA MÉTODO / TEORIA
LINGUAGEM
ARRANJO MATERIAL
TRABALHO
Técnica, demonstrativa, militarista ás vezes. Discussão ordenada. Para reflexão /ambigüidade técnica x reflexão
Os materiais da estrutura escolar. Criação de outros materiais. Uso de implementos e instalações esportivas oficiais, extraclasse. Textos regras, local próprio.
Demonstração Repetição. Execução. Equipes / Seleção dos mais hábeis. Visa rendimento. Clubes e atividades extraclasses.
Celi Taffarel [42] Construtivismo (criatividade em EF) 1985
Técnica. Instigadora. Propositiva – para reflexão.
Os da estrutura escolar. Criação de materiais. Lista de anotações das idéias. Experimentação de novos materiais.
Sugere tema, e pedem variações, idéias. Faz anotações, e experimentação das selecionadas. Visa rendimento. Propõe reflexão e verifica criatividade do aluno.
Sara Quenzer Matthiesen (Livro Atletismo se aprende na escola) Tecnicista. 1985
Focada na técnica. Diretividade para a execução e contato com conteúdo. Explicativa, foco na ação. Corporal de realização de movimento
Textos, regras oficiais, filmes. Locais e implementos oficiais. Faz adaptações do oficial. Os da estrutura escolar.
Extraclasse. Conseqüência do fazer. Organização. Explicação. Repetição busca rendimento de formas variadas.
João Batista Freire[43] (Construtivista na EF) 1989
Não cita. Todos participam no processo de construção do conhecimento.
Não cita. Trabalha mais a motricidade humana, sentidos, educação, símbolos.
Metodologia do conflito. Sugere mudanças no conteúdo. Conseqüência do fazer
Auguste Listello[41] (Tecnicista) 1979
Elenor Kunz[44] (crítico-emancipatória) 1991
Fundamenta-se dentro de uma ação comunicativa problematizadora, falada, escrita. Corporal do movimento, gestos, imitações etc. Para reflexão.
Os materiais e instalações pertinentes ao ensino dos esportes e da estrutura escolar. Textos, filmes. Incentiva a criatividade dos alunos ao utilizar materiais e equipamentos alternativos construídos por todos.
Encenação, problematização, ampliação e reconstrução. Faz arranjo material, transcendência limites pela experimentação, aprendizagem e criação.
Coletivo de Autores [45] (crítico- superadora) 1993
Não cita especificamente. Professor mediador. Diretividade pedagógica a partir da realidade do aluno. Para reflexão
Os da estrutura escolar. Textos. Ambiente intencionalmente preparado.
Espaço organizado. Fazer corporal, a partir da realidade do aluno. Reflexão, sentido, significado. Por ciclos de escolarização.
Reiner H. & Ralf. L. [46] Amauri Bássoli Oliv. Ensino Aberto 1993
Na ação co-participativa, Ações geram ampliação das ações pedagógicas. Para reflexão
Os da estrutura escolar. Textos pedagógicos.
Ações problematizadoras. Subjetividade / execução prática. Seriação escolar.
Atualmente no Brasil, as diretrizes pedem uma abordagem crítica, o que parece situar-se nas tendências Crítico-emancipadora e Crítico-superadora. O Prof. Dr. Laércio Elias Pereira (1986) [47] escreveu artigo tentando explicar a proposta do Prof. Listello sobre a organização pedagógica da classe. A Editora da USP lançara o "Educação Física pelas Atividades Físicas, Esportivas e de Lazer", e nesses anos em que a proposta esteve para ser testada deu para juntar uma lista enorme de rejeições do tipo: "não li e não gostei"; "esse negócio de fazer coluna é pra exército"; "dividir assim provoca o individualismo dos alunos", quer dizer, é possível que os tradutores não tenham conseguido expressar a proposta do Mestre Listello na versão em português. O que poderia justificar estas considerações é aquela determinante de país subdesenvolvido, em que a tecnologia demora dez anos para ser transferida dos países avançados para nós (1986). O que exaspera pelo fato do livro ter sido lançado originalmente em português e dedicado aos professores de Educação Física do Brasil. O fato de o Prof. Listello ter tido uma forte participação na criação do "método" Desportiva Generalizada[48], e ter sido um dos diretores do Instituto Nacional de Esportes da França durante 14 anos, faz com que os professores não prestem atenção a uma proposta feita 30 anos depois. O livro relata o trabalho de 12 anos numa escola de crianças de famílias da chamada classe média baixa. Pereira (1986) passa a listar provocações a favor das "inovações" do Prof. Listello, confrontando com o que temos atualmente: 1 - A discriminação da maioria começa na classe. Atualmente: com o sistema de seleções esportivas retira-se o mais apto do seu meio (a classe) isolando-o numa chamada seleção (da classe ou da escola). Listello: o mais apto tem a responsabilidade na socialização do seu conhecimento, ao mesmo tempo em que não é retirado do seu meio, interagindo, também, com os conhecimentos do seu meio. 2 - Hábito de lazer se aprende por opção. Atualmente: Existe a pretensão de se criar o hábito da prática de atividade física através da presença obrigatória; Listello: A atividade voluntária - mas de compromisso moral com o grupo - do Clube de Lazer e a participação nos campeonatos interclasse por diversão dão essa oportunidade. 3 - Oportunidade para os gordinhos e os pequenos. Atualmente: Prevalece o poderio dos maiores (7ª e 8ª séries) e dos mais aptos (os da seleção)..
Listello: O campeonato interclasse por divisão oferece oportunidade igual de participação e sucesso para todos. A IV Divisão da 5ª. série C é tão importante quanto a I Divisão da 8ª. série A, por exemplo. 4 - A comunidade escolar Atualmente: Apesar de toda nossa propaganda a EF não tem promovido a comunidade escolar. Listello: As várias atividades do clube de lazer (de que a Associação Esportiva é apenas uma parte) possibilitam a interação de alunos, pais, funcionários, outros professores, funcionários... 5 - A responsabilidade de compromisso com o grupo e a chamada. Atualmente: A chamada é "uma besteira" que não é feita, "uma chance de pronunciar o nome dos 40 alunos" ou "mais uma etapa de dominação da classe" (e que rende 10 minutos de aula) . Listello: A "equipe de classe" - que possibilita a execução da chamada em menos de um minuto - é uma forma de organização pedagógica para trabalhos em grupo e uma chance para que todos exerçam a responsabilidade sobre o grupo por certo tempo ("chefe de equipe de classe") 6 - Participação dos alunos na programação das atividades. Atualmente: Com o planejamento feito no começo do ano (antes até do professor conhecer os alunos) o professor passa o ano administrando atividades e exercícios. Listello: Com a proposta de temporadas e o sistema de "um dia jogo/um dia treino" utilizando o jogo (ou apresentação) para a avaliação da aula anterior e programação da seguinte, as atividades de EF passam a ter sentido, em vez dos alunos serem vítimas de "cangurus", "apoios de frente", exercício de dança". 7 - O trabalho em grupo Atualmente: Os 40 alunos da classe são considerados como estando no mesmo grau de habilidade, na maioria das atividades. Listello: As "equipes de...", que aglutinam os alunos em quatro estágios diferenciados de habilidade, proporcionam um trabalho consciente e adequado para cada grupo, que é avaliado nesse nível. 8 - O campeão real e o campeão moral Atualmente: As opiniões dos professores estão divididas em "contra a competição" e "promoção exclusiva do campeão". Listello: Os vencedores "moral" e "real" na engenhosa proposta de avaliar o desempenho, no confronto entre grupos de habilidades diferentes, é uma oportunidade efetiva de conscientização e participação ativa dos alunos. 9 - Todos têm seus times? Atualmente: Os alunos são divididos entre os "da seleção" e "a torcida". Listello: Com a realimentação do campeonato interclasses por divisão todos os alunos participam nas aulas de Educação Física, num programa de ajuda mútua e igual direito a participar das equipes dos seus níveis. Assim, esperamos que as provocações acima levem a uma análise crítica da "proposta Listello", incorporando um pouco de tecnologia à nossa Educação Física, encerra Laércio E. Pereira...
[1] Professor de Educação Física do IF-MA, aposentado; Mestre em Ciência da Informação. Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (Cadeira 40); Membro fundador da Academia Ludovicense de Letras (Cadeira 21). http://cev.org.br/qq/vazleopoldo/ [2] Professor de Educação Física da UFMG, aposentado. Mestrado na USP (dissertação: Mulher e Esporte) e doutorado na UNICAMP (a tese foi o CEV); membro do comitê executivo da Associação Internacional para a Informação Desportiva - IASI. Coordenador Geral do Centro Esportivo Virtual- ONG CEV. http://cev.org.br/qq/laercio/ [3] http://cev.org.br/qq/auguste-listello/ [4] CUNHA, Luciana Bicalho da. A Educação Física Desportiva Generalizada no Brasil: primeiros apontamentos. IN apontamentos de estudo de doutoramento, iniciado neste ano de 2014 no Programa de Pós Graduação da Faculdade de Educação da UFMG. Disponível em https://anpedsudeste2014.files.wordpress.com/2015/04/luciana-bicalho-da-cunha.pdf [5] FARIA JR. Alfredo Gomes de. Introdução à didática de Educação Física. Rio de Janeiro: Honor Editorial Ldta. 1969. [6] MARTINEZ, Carlos Henrique Miguel. Auguste Listello: uma contribuição para a Educação Física brasileira. Dissertação (Mestrado em Educação Física) Universidade Católica de Brasilia. Brasília, 2002. [7] CUNHA, 2015, obra citada [8] MARTINEZ, 2002, obra citada. [9] Cidades brasileiras onde Listello atuou: São Paulo-SP, Santos-SP, Bauru-SP, Assis-SP, Tatuí-SP, Bertioga-SP, São Carlos-SP, Ribeirão Preto-Sp, Mogi das Cruzes-SP, Belo Horizonte-MG, Curitiba-PR, Porto Alegre-RS, Rio de Janeiro-RJ, Brasília-DF, Juiz de Fora-MG, Recife-PE, Belém-PA, Londrina-PR, Campo Grande-MT, São Luiz-MA, Fortaleza-CE, Macapá-AP, Maceio-AL, Aracaju-SE, Salvador-BA (MARTINEZ, 2002) [10] A concretização das idéias do MDG já estava em discussão no Institut Nacional des Sports desde fins da década de 1940, concretizadas no livro “Récréation et Éducation Physique Sportive”, de autoria de Listello, Crenn, Clerc e Schoebel, publicada no ano de 1956. (CUNHA, 2015) [11] Professores referenciados nos jornais e respectivos cursos ministrados Professor(a)
País origem
Gerard Schimitd
Áustria
Método natural austríaco e ginástica geral
Hanns Prochowinck
Brasil (RJ)
Ginástica de solo
August Listello
França
Atividades físicas generalizadas
Antônio Boaventura da Silva
Brasil (SP)
Ginástica sueca
Moacyr Daiuto
Brasil (SP)
Basquetebol
Pierre Well
Brasil
Psicologia aplicada à Educação Física
Gino Poiani
Itália
Atletismo – arremesso de peso
Dorle Drewke Kuck
Alemanha
Ginástica feminina
Brasil (SP)
Fisiologia aplicada; fisiologia da emoção; controles nervosos do aparelho locomotor; biotipologia da Educação Física
Lia Bastian Meyer
Brasil (RS)
Ginástica rítmica
João Carlos Côrtes
Brasil (RS)
Danças regionais
Brasil (RJ)
Ginástica feminina
Joaquim Morais
Érica Saur
Lacaz
de
Paixão
de
Curso ministrado
Yesis Ilda y Amoedo Passarinho
Brasil (RJ)
Sociometria
Hélcio Buck Silva
Brasil (PR)
Circuit training
Alfonz Z. Renez
Hungria
Educação Física para crianças; jogos e atividades com e sem aparelhos
Fonte: Acervo do Centro de pesquisa e estudos. Fundo Institucional E.E.F.M.G. [12] CUNHA, 2015, obra citada [13] LOURDES, Luiz Fernando Costa de. A PRÁTICA ESCOLAR E O ESPORTE NO ENSINO SECUNDÁRIO EM SÃO PAULO NOS ANOS DE 1950. Disponível em http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe6/anais_vi_cbhe/conteudo/file/1305.pdf [14] Em anos anteriores, convencionou-se chamar de LINGÍADA o evento que reunia várias equipes de ginástica da Suécia e de países convidados para promover exibições públicas de coreografias gímnicas, tal evento foi organizado em homenagem a Per Henrik Ling, considerado o criador do método ginástico sueco, que havia criado um método de ginástica Escolar, ginástica preventiva e corretiva (medicinal) e por fim um método ginástico de preparo físico (militar), que foi difundido mundo afora. LOURDES, Luiz Fernando Costa de. A PRÁTICA ESCOLAR E O ESPORTE NO ENSINO SECUNDÁRIO EM SÃO PAULO NOS ANOS DE 1950 [15] O método preconizava que as aulas deveriam buscar uma formação integrada do indivíduo, respeitando os limites de faixa etária, atendendo aos diferentes níveis de habilidades dos alunos, bem como o principal tema era o esporte e suas benesses. Este modelo foi apropriado de modo duradouro, de maneira que encontramos vestígios de suas bases na Educação Física atual, em que o conteúdo esportivo é privilegiado, sendo que outros conteúdos, como a ginástica, a dança, o jogo e as lutas, são ignorados ou mesmo esquecidos, nas aulas de Educação Física. LOURDES, Luiz Fernando Costa de. A PRÁTICA ESCOLAR E O ESPORTE NO ENSINO SECUNDÁRIO EM SÃO PAULO NOS ANOS DE 1950 [16] MARINHO, Inezil Penna. História da educação física e dos desportos no Brasil. Rio [de Janeiro, 1982 [17] FARIA JR. , 1969, obra citada. [18] SOARES, Carmen Lúcia. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR : CONHECIMENTO E ESPECIFICIDADE. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, supl.2, p.6-12, 1996, disponível em http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v10%20supl2%20artigo1.pdf [19] LOURDES, Luiz Fernando Costa. “Antonio Boaventura da Silva: o professor e suas concepções sobre a educação física nas décadas de 1940 a 1970”. Dissertação de Mestrado do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade da PUCSP, 2007. LOURDES, Luiz Fernando Costa de. A PRÁTICA ESCOLAR E O ESPORTE NO ENSINO SECUNDÁRIO EM SÃO PAULO NOS ANOS DE 1950. Disponível em http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe6/anais_vi_cbhe/conteudo/file/1305.pdf [20] FARIA JUNIOR, Alfredo Gomes de. “OS CURRÍCULOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E O ENSINO POR UNIDADES DIDÁTICAS”. C o r p u s s c i . , R i o d e J a n e i r o, v. 1 0, n . 2 , p . 1 6 - 3 2, j u l . / d e z . 2 0 1 4 [21] MAZZEI, Julio. Novas concepções do programa por temporada. Araraquara: Belentani, 1960. [22] MAZZEI, Julio; TEIXEIRA, Mauro Soares. Novas concepções do programa por temporada. In: MAZZEI, Julio; TEIXEIRA, Mauro Soares (Org.). Cultura, Educação, Educação Física, Esportes e Recreação. 2. ed. São Paulo: Fulgor, 1967, p. 178-204. v. 2. [23] FARIA JUNIOR, 2 0 1 4, obra citada [24] FARIA JUNIOR, 2 0 1 4, obra citada; MAZZEI, 1960, obra citada. [25] MAZZEI, 1960, citado por FARIA JUNIOR, 2 0 1 4, obra citada. [26] MAZZEI, 1960, citado por FARIA JUNIOR, 2 0 1 4, obra citada. [27] FARIA JUNIOR, 2 0 1 4, obra citada; MAZZEI, 1960, obra citada. [28] FARIA JUNIOR, 2 0 1 4, obra citada; MAZZEI, 1960, obra citada. [29] FARIA JUNIOR, Alfredo Gomes de. Introdução a Didática de Educação Física. Brasília, DF: MEC, 1969. [30] MORRISON, H. C. The practice of teaching in secondary school. Chicago: The University Chicago Press, 1962. [31] FARIA JUNIOR, Alfredo Gomes de . Ensino por unidades didáticas. Revista Brasileira de Educação Física e Desportos, Brasília, DF, v. 9, n. 33, p. 46-54, jan./mar. 1977. [32] FARIA JUNIOR, 1969, obra citada. [33] FARIA JUNIOR, 2 0 1 4, obra citada
[34] FARIA JUNIOR, 2 0 1 4, obra citada [35] SOARES, Carmen Lúcia. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR : CONHECIMENTO E ESPECIFICIDADE. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, supl.2, p.6-12, 1996 [36] VAGO, T.M. Educação física: um olhar sobre o corpo. Revista Presença Pedagógica, p.65-70, mar./abr. 1995. [37] BETTI, I.C.R. Educação física escolar: a percepção discente. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.16, n.3, p.158-67, 1995. BETTI, M. Ensino de primeiro e segundo graus: educação física para quê? Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.3, n.2, p.282-7, 1992. [38] BRACHT,V. Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre, Magister, 1992. [39] SOARES, C.L.; TAFFAREL, C.N.Z.; VARJAL, E.; CASTELLANI FILHO, L.; ESCOBAR, M.O.; BRACHT, V. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo, Cortez, 1992. [40] Seifert Netto, Reynaldo. O ENSINO DO ATLETISMO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná. [41] LISTELLO, Auguste - Educação pelas Atividades Físicas, Esportivas e de Lazer São Paulo: EPU, Ed. da Universidade de São Paulo, 1979. [42] TAFFAREL, Celi Nelza Zülke, - Criatividade nas Aulas de Educação Física, Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1985 [43] FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física, São Paulo, Scipione. 1989. [44] KUNZ, Elenor – Educação Física: ensino & mudanças / Ijuí: Unijuí, Editora, 1991 KUNZ, Elenor - Transformação didático - pedagógica do Esporte. Ijuí – RS, Unijuí Editora, 2004. [45] COLETIVO DE AUTORES - Metodologia do Ensino de Educação Física (Coleção magistério 2º grau. Série formação do professor). São Paulo: Cortez, 1993. [46] HILDEBRANDT, Reiner & LAGINF, Ralf. - Concepções abertas no ensino da Educação Física. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1986. [47] PEREIRA, Laércio Elias. Listello: Muitos Compraram, Poucos Leram e Ninguém (?) Aplicou. In Corpo & Movimento - v.2 n.5 - 1986, disponível em http://cev.org.br/biblioteca/listello-muitos-compraram-poucos-leram-ninguem-aplicou/ [48] CUNHA, Luciana Bicalho da. A Educação Física Desportiva Generalizada no Brasil: primeiros apontamentos. IN apontamentos de estudo de doutoramento, iniciado neste ano de 2014 no Programa de Pós Graduação da Faculdade de Educação da UFMG. Disponível em https://anpedsudeste2014.files.wordpress.com/2015/04/luciana-bicalho-da-cunha.pdf Tags: Educação Física, Esportes, Lazer, Produção do Conhecimento
NÓS NA REVISTA DE MULHER PELADA: A Educação Física no "Ranking Playboy" das melhores faculdades brasileiras Leopoldo Gil Dulcio Vaz CEFET-MA Laércio Elias Pereira UCB Propondo responder à questão se de mesma maneira que há um ranking para determinar os melhores profissionais do boxe, houvesse uma bolsa de mercado de trabalho para as profissionais com formação universitária, que escolas estariam com alta cotação no Brasil hoje ? A revista PLAYBOY realiza pesquisa de mercado há vários anos, ouvindo profissionais bem sucedidos em várias capitais e a executivos da área de recursos humanos de empresas de grande porte, incluídas entre as melhores e maiores. Envia, ainda, questionários para professores e chefes de departamentos de todas as universidades brasileiras, além de efetuar um levantamento junto ao Ministério de Educação - Secretaria de Ensino Superior, CAPES, pesquisa de número de teses produzidas na pós-graduação, participação em Congressos -, volume de verbas liberadas por órgãos financiadores de pesquisa e, finalmente, visitas a diversos departamentos. (COSTA & Colaboradores, 1982 : 41-42). Como resultado é apresentado um ranking com os dez melhores cursos de graduação e os cinco de pósgraduação em várias áreas de conhecimento. Para calcular os pontos de cada escola foram atribuídos pesos variados aos votos com base em critérios fixados, depois de cuidadoso estudo que contou com a colaboração de diversos consultores. A revista reserva-se o direito de não revelar tais critérios, para evitar que o seu conhecimento provoque distorções no resultado de futuras pesquisas (DO CARMO & Colaboradores, 1983 : 64-67). No ranking de 1984 (COSTA & ALINA), aparece pela primeira vez a Educação Física, - junto com outras seis estréias - com as dez melhores instituições na graduação e os três cursos de pós-graduação então existentes. Os autores da reportagem consideram que "(...) o culto ao corpo e da natureza são algumas das explicações para a procura, nestes últimos anos, pela área de Educação Física e Oceanografia (com o recorde de 16,6 candidatos por vaga, no Cesgranrio". Muito embora apareçam comentários sobre a excelência de alguns cursos, quer por seu currículo, quer por seu trabalho voltado para a comunidade e pelas pesquisas produzidas, a Educação Física se mostrou, "pelos questionários recebidos, estar ainda em 'implantação'. As indicações são desencontradas, e os critérios de avaliação, dispersos". São estas as faculdades que aparecem no ranking de 1984: (a) graduação: 1º- USP; 2º- UFG; 3º- UFRJ; 4ºUF STA. MARIA; 5º- UnB; 6º- UF VIÇOSA; 7º- UFMG; 8º- UFPr; 9º- UF PELOTAS; 10º- UFRGS; (b) na pós-graduação: 1º- UF STA. MARIA; 2º- USP; 3º-UFRJ. Para 1985, foram pesquisadas 29 áreas de conhecimento, com a crise político/financeira delatada como causa de queda de qualidade nas universidades públicas. A USP e a UF Santa Maria disputam os dois primeiros lugares com mínima diferença de votos, tanto na graduação como na pós. Nesta, já aparece a classificação de cinco cursos.(PLAYBOY, 1985 : 11-17). Ranking da graduação de 1985: 1º- USP; 2º- UF STA. MARIA; 3º- UGF; 4º- UFRJ; 5º- UFRGS; 6º- UF VIÇOSA; 7º- UFMG; 8º- UFSC; 9º- UnB; 10º-UF PELOTAS. Na pós-graduação aparecem: 1º- UF STA. MARIA; 2º- USP; 3º- UFRJ; 4º- UGF; 5º- UE MARINGÁ. Começam a aparecer as primeiras modificações de posição, nesse segundo ranking, com a UF Sta. Maria subindo para 2º lugar, a UFRGS para 5º, e a inclusão da UFSC e a queda da UGF, UFRJ, UnB e UF Pelotas. A USP, UF Viçosa e UFMG permanecem na mesma posição. No ano de 1986, os critérios de avaliação são aperfeiçoados. Além da consulta através de questionários e entrevistas a professores, chefes de departamentos e profissionais de cada uma das áreas abrangidas pelo ranking, foram ouvidos proprietários de cursinhos, conferidos relatórios do MEC e institutos financiadores de pesquisas. O trabalho foi dividido em algumas etapas, sendo a primeira iniciada no ano anterior,
consistindo em uma pesquisa feita apenas entre chefes de departamentos de todas as faculdades brasileiras. Um universo menor, mas qualitativamente mais significativo, sendo solicitada a indicação dos cinco melhores cursos de graduação e os três de pós-graduação, na opinião desses professores. Paralelamente foram ouvidos, através de entrevista, chefes de Recursos Humanos de trinta empresas, entre estatais e privadas. Tabulados os dados, somou-se esses resultados aos números dos rankings realizados nos quatro anos anteriores. Aparecem na tabulação final as vinte e cinco áreas abrangidas pela pesquisa.(PLAYBOY, 1986 : 144-152). É o seguinte o 3º ranking da Educação Física: GRADUAÇÃO - 1986: 1º- USP; 2º- UF STA. MARIA; 3º- UGF; 4º- UFRJ; 5º- UF VIÇOSA; 6º- UFMG; 7º- UFRGS; 8º- UnB; 9º- UFPr;10º- UF PELOTAS e UFSC. PS-GRADUAÇÃO - 1986: 1º- UF STA. MARIA; 2º- USP; 3º- UFRJ; 4º- UGF. UE MARINGA que aparecia em 5º lugar no ranking anterior não tem pós-graduação e esta. Permanecem em suas posições USP, UF Santa Maria, UGF, UFRJ, UF Pelotas; sobem de posição UF Viçosa, UFMG, UnB; caem de posição UFRGS, UFSC. Novidade é a UFPr. Em 1987, os questionários foram enviados obedecendo uma proporcionalidade entre as diversas regiões do Brasil, de acordo com um mapeamento elaborado pela revista. Atendendo a sugestões, foram ampliadas para trinta e uma as áreas de conhecimento, sendo fixado em vinte e sete o número de cursos do ranking desse ano, devido a falta de indicadores seguros e retorno de questionários. Na pós-graduação é ampliado para sete o número de cursos ranqueados, com a Educação Física limitada a cinco.(COSTA & Colaboradores, 1987 : 144-153). Ranking da Graduação - 1987: 1º- USP; 2º- UF STA. MARIA; 3º- UGF; 4º- UFRJ; 5º- UF VIÇOSA; 6º- UFMG; 7º- UFSC; 8º- UE LONDRINA; 9º- UFRGS; 10º- UnB. Permanece inalterada a posição da USP, UF Santa Maria, UGF, UFRJ, UF Viçosa, UGMG, nos seis primeiros lugares. São rebaixadas a UFRGS, UnB; as UF Pelotas e UFPr no aparecem entre as dez. Sobe de posição UFSC e pela primeira vez é incluída a UE Londrina. Na pós-graduação as posições da UF Santa Maria, USP, UFRG e UGF permanecem inalteradas, aparecendo a USP-Rio Preto. No ano de 1988, foram enviados quinze mil questionários a professores universitários de todo o país, solicitando que listassem, com base em sua experiência na área e em contatos com outros acadêmicos em cursos e congressos, os dez melhores cursos de graduação e os cinco de pós-graduação. Foram analisados, também, dados referentes à distribuição de bolsas de financiamento à pesquisa concedidas às escolas e os trabalhos e projetos científicos em nível de pós-graduação desenvolvidos, de trinta e quatro áreas de conhecimento. Na pós-graduação de Educação Física aparecem apenas quatro cursos, do total de sete de outras áreas.(CASTILHO & ALMEIDA, 1988 : 127-131). Graduação - 1988: Permanecem em suas posições USP, UF Santa Maria e UGF; UF Viçosa sobe para o 4º lugar, a UFRGS para o 7º; caem de posição UFRJ, UFMG e reaparece a UFPr em 10o. lugar. Saem do ranking a UFSC, UnB e UF Pelotas. A UNICAMP aparece pela primeira vez. Na pós-graduação a UGF assume a posição da UFRJ, permanecendo a UF Santa Maria e USP nas duas primeiras posiçes, respectivamente, enquanto a USP-Rio Preto sai do ranking. Para a montagem do 8º Ranking, CASTILHO (1989 : 113-119) dividiu o trabalho em três etapas, enviando, primeiramente, doze mil questionários a professores de todas as instituições de ensino superior, pedindo que relacionassem os dez melhores cursos de graduação e os cinco de pós-graduação. Na segunda fase, foram ouvidos profissionais de recursos humanos de grande empresas e levantados dados junto às próprias escolas, ao MEC, CAPES, FINEP, CNPq, FAPESP, além de pesquisas junto a associações profissionais, para obtenção do número de bolsas fornecidas por órgoss financiadores de pesquisa, de professores com dedicação em tempo integral, de trabalhos e teses publicadas, de equipamentos e de laboratórios. Na terceira fase foram visitadas diversas faculdades para dar continuidade ao trabalho de conhecimento e checagem dos dados fornecidos. Alguns cursos não alcançaram um número mínimo de índices e dados de avaliação confiáveis que permitissem sua classificação. A USP e a UF Santa Maria permanecem em 1º e 2º lugares, respectivamente. São as únicas que mantêm a posição com relação ao ano anterior. UF Viçosa assume o lugar da UGF, em 3º, a UNICAMP sobe para 5º, no lugar da UFRJ, Londrina aparece em 7º, a UFMG em 8º, a UnB reaparece em 9º e a UFRGS cai para 10º. UF Pelotas, UFSC, permanecem de fora e a UFPr, que ocupava a 10º posição junta a elas. Na pós-graduação as quatro primeiras colocações permanecem inalteradas, aparecendo a UNICAMP em 5º lugar. Em 1990, na área de pós-graduação, o Ranking apresenta os cinco melhores cursos, não havendo alteração nas posições conquistadas no ano de 1989. Além dos questionários aos professores, numa escolha que
possibilitasse uma amostragem regional expressiva, foram ouvidos chefes de departamentos, diretores e professores mais graduados, pois estes têm maior vivência da área em que atuam, conhecendo a qualidade de outros cursos, além dos seus. Profissionais da área de recursos humanos possibilitam uma avaliação confiável sobre a qualidade da mão-de-obra formada pelas escolas. O crivo na análise dos questionários é feito com rigor, para se evitar inclusão de cursos em que o professor aponta o seu como o de melhor qualidade no Brasil e, em seguida, descreve uma longa lista de falhas da própria escola, como foi o caso de um questionário recebido do Maranhão. Os dados obtidos nessa pesquisa são cruzados e acumulados no Banco de Dados mantido ao longo dos oito anos de pesquisa. Em seguida é feita uma leitura das entrelinhas dos relatórios obtidos junto a CAPES, CNPq, FINEP, FAPESP, além do cruzamento de dados como a relação professor-aluno, percentual de docentes em regime de dedicação exclusiva, informações sobre laboratórios, bibliotecas ou produção acadêmica. Numa última etapa são recolhidas reportagens, comunicações e informações sobre novos cursos, procura de alunos por cursos no vestibular, aquisição de novos equipamentos ou novas descobertas científicas que revelem a qualidade de ensino de uma escola.(CASTILHO, 1990 : 102-109). Na graduação a USP e a UF Santa Maria consolidam suas posições, havendo nova inversão entre as posições da UGF e a UF Viçosa; a UFRJ ocupar o 5º lugar, UE Londrina o 6º, com a queda da UNICAMP para o 7º. A UFMG mantém o 8º lugar, havendo inversão nas posições da UFRGS (9º) e UnB (10º). UF Pelotas, UFSC e UFPr permanecem foram do ranking pelo segundo ano consecutivo. Em 1991, o Ranking Playboy completou dez anos. Os questionários foram ampliados, para que permitisse, aos professores, uma explanação sobre os recursos didáticos de seus cursos, apontassem deficiências e qualidades dos currículos e criticassem a infra-estrutura da escola. Todos os professores têm que justificar os seus votos. É feita uma avaliação sobre os questionários recebidos, para que se evitem comentários idênticos, como aconteceu com os questionários respondidos por dois professores da Educaço Física da USP e outros dois da Educaço Física da Universidade de Maringá. Todos os quatro foram eliminados.(CASTILHO, 1991 : 81-85). 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 CLAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
UNIVERSIDADE
82/3
84
85
86
87
88
89
USP UF S. MARIA UGF UF VIÇOSA UFMG UFRGS U E LONDRINA
-
1 4 2 6 7 10 -
1 2 3 6 7 5 -
1 2 3 5 6 7 -
1 2 3 5 6 9 8
1 2 3 4 9 7 8
1 2 4 3 8 10 7
Referências Bibliográficas:
COSTA, Carlos. As melhores faculdades do Brasil. REVISTA PLAYBOY, São Paulo, 24 março de 1982, p. 41-44. DO CARMO, Vitru. As melhores faculdades do Brasil. REVISTA PLAYBOY, São Paulo, 24 março de 1983, p.44-67 . COSTA, Carlos & ALINA, Bete. As melhores faculdades do Brasil. REVISTA PLAYBOY, 24 , março de 1984, p. 87-89. PLAYBOY (Editores). As melhores faculdades do Brasil. REVISTA PLAYBOY, 24 março de 1985, p. 1017. PLAYBOY (Editores). O 5º ranking Playboy das melhores faculdades do Brasil. REVISTA PLAYBOY 24 abril de 1986, p. 144-151. COSTA, Carlos & Colaboradores. O 6º ranking Playboy das melhores faculdades do Brasil. REVISTA PLAYBOY 24 , março de 1987, p. 144-153. CASTILHO, Ricardo & ALMEIDA, Cynthia de. 7º ranking - as melhores faculdades do Brasil. REVISTA PLAYBOY 24 , março de 1988, p. CASTILHO, Ricardo. 8º ranking: as melhores faculdades e os barzinhos das universitárias. REVISTA PLAYBOY 24 março de 1989, p.113-119. CASTILHO, Ricardo. Os cursos nota 10: o 9º ranking das melhores faculdades do Brasil. REVISTA PLAYBOY 24 , março de 1990, p. 102-109. CASTILHO, Ricardo & Colaboradores. 10º ranking - as melhores faculdades do Brasil. REVISTA PLAYBOY 24 março de 1991, p. 81-85.
ESCOLA TÉCNICA x BATISTA – O MAIOR JOGO DE HANDEBOL NO MARANHÃO2 LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Professor de Educação Física Instituto Histórico e geográfico do Maranhão Academia Ludovicense de Letras Ao se comemorar mais um ano da conquista do título brasileiro pelo Handebol maranhense, 42 anos… rememora-se, na palavra de seus protagonistas, o maior jogo já realizado no Estado, entre duas equipes de Handebol: a final dos JEMs entre a então Escola Técnica Federal do Maranhão – ETFM, hoje IF-MA – e o Colégio Batista “Daniel de LaTouche” – Batista. Há 42 anos – ou seriam 43? – o Maranhão conquistou o título de campeão brasileiro juvenil no Handebol. Muitos de seus protagonistas ainda estão vivo, hoje, para contar essa memorável conquista. Mas todos lembram, ainda, na ‘batalha’ que foi um jogo de Handebol disputado no final dos Jogos Escolares Maranhenses entre as equipes do Batista – base da seleção maranhense – e a então Escola Técnica – hoje IFMA. A maior rivalidade dos JEMs nos seus primordios… Registra-se, também, o surgimento dessa modalidade no Maranhão. Ao contrário da ‘versão oficial’, não foi o Prof. Dimas seu introdutor… Aldemir Mesquita, técnico da ETFM e Phil Camarão, capitão do Batista, dão as suas versões. Aldemir recorda que foi o primeiro técnico de handebol da ETFM, posto assumido depois pelo Prof. Juarez Alves de Sousa e pelo Laércio Elias Pereira. Lembra como começou a prática dessa modalidade na ETFM: Então ele [Prof. Luiz Gonzaga Braga, então coordenador de educação física da Escola Técnica] acatava qualquer decisão nossa. Qualquer pessoa que diga - professor vamos fazer isso aqui? Então ele dizia - tem time para botar? Então vou me responsabilizar; então ele nos dava autonomia para isso. Então quando criamos, posso até ressaltar ainda essa criação dessa seleção de handebol - foi até uma sugestão dos próprios alunos, do Maranhão - [José Maranhão Penha, hoje, um dos maiores técnicos de Handebol do Maranhão] -, quer dizer foram as pessoas que tiveram essa iniciativa, dos atletas, o Albino, Paulo, o Gafanhoto. Foram pessoas que disseram praticamente - vamos botar: vamos jogar; e apenas eu montei o time e "vambora" e o banco é esse; e nós fomos e ganhamos, por incrível que pareça. Eles já tinham, já tinham um fundamenta no basquete, campeão maranhense, campeão brasileiro, eles iam muito bem no basquete. Então eu disse - rapaz se nós montarmos o time de basquete, no time de handebol e não tem o basquete e você pega rápido nós vamos ganhar, e foi isso que aconteceu, quer dizer não teve dificuldade, não.... Isso ai foi zebra, que ninguém contava que a Escola praticava handebol. Não tinha um órgão da imprensa que comentasse nem a vitória da Escola, achava que era uma vitória normal, porque estava acontecendo, mas a vedete mesmo do handebol do Maranhão era o Colégio Batista, esse principalmente dava já contado para ser o campeoníssimo e tudo; era como se fosse o Colégio Dom Bosco hoje, o Colégio Batista em época passada. Então o Batista contava com craques como Gil, o Phil Camarão, Luis Fernando Figueiredo, Carcaça, Chocolate, o menino goleiro que é muito bom que eu esqueço o nome dele, um escuro, alto, muito bom, por sinal, que chegou a ser da Seleção maranhense e teve também um da seleção brasileira que era...não me recordo o nome dele. Sérgio não! Que chegou a ser da seleção, 2
Do livro QUERIDO PROFESSOR DIMAS, de Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Denise Martins de Araújo, 2014.
não competiu, mas o Batista foi o celeiro de craque, hoje como é o Dom Bosco. O Batista foi o celeiro, então como nós fomos jogar com o Batista a imprensa já sagrava dando manchete antecipada que o Batista era campeão. Então isso que foi a zebra da história, nós jogamos com o Batista; o Batista nos primeiros quinze minutos estava dando de 6 x 0 na gente, ai eu conversamos, rapaz a gente virou o jogo... O goleiro parece que trabalha no Banco do Brasil. Alcides, goleiro alto; na ala direita, era Raul Goulart, a esquerda, tinha Zeca, jogava basquete... Outro Zeca. Zeca era canhotinho muito bom, baixinho, chamava de Zeca... Zeca Costa... Parece que chamavam ele era Zé Costa, até trabalha com táxi aqui na praça e faziam o meio Emílio e o Zeca, irmão dele; Eram dois irmãos e tinha também mais o Albino nós tínhamos no banco, deixa-me ver são sete no caso, Alcides, Raul, Zeca Costa. No banco... Antônio Carlos, João Carlos, Denoco... Paulão não chegou a jogar; Gafanhoto era banco, Maranhão era também; Maranhão era banco, mas formou o time do banco como garoto, Maranhão era do time não tinha, mas ele já era do time. Maranhão tinha uma raça danada, recém chegado do interior com uma saúde que Deus lhe deu. Maranhão participava que qualquer seleção da Escola, até em lançamento de peso se botasse Maranhão, ele ia.". (MESQUITA, Aldemir Carvalho de. Entrevistas) Para Phil, a Escola só ganhou aquele jogo porque todos os atletas do Batista estavam cansados, pois haviam disputado várias finais, naquele mesmo dia: "... e nesse outro caso da Escola Técnica, foi porque eu tinha acabado de disputar a natação, cheguei morto de cansado, ai no mesmo dia fomos disputar o voleibol e por último, no mesmo dia fomos disputar o handebol e num clima de já ganhou, porque Luís Fernando não conseguia nem andar na quadra, Beto Borges não conseguia nem levantar o braço, estava todo mundo..., Gentil e Vieira eram grandes..., Gentil, Estevinho e Vieira eram grandes atletas de futebol de salão, tinham acabado de jogar futebol de salão em outro ginásio de esporte, então estava todo mundo morto de cansado e o principal é que já estávamos e clima de já ganhou, porque era praticamente..., era muito difícil entrar na cabeça da gente que nós perderíamos aquele jogo e a Escola Técnica tinha um quadro muito maior de atletas, porque eram atletas de basquete e entrou com muito mais raça e venceu com Emílio, Albino, Lino, Zeca, Zé Costa, Raul Goulart, Paulo, Carlos Tinoco, Aurélio era goleiro, eles haviam disputado o basquete, só o basquete, alias alguns desses aí disputaram o voleibol mais o basquete, o Gafanhoto também está aí... Ele perturbava a gente lá (risos). Gafanhoto jogava basquete, Gafanhoto era técnico deles, sempre que foi o incentivador, vamos dizer assim... mas era Gafanhoto que fazia a bagunça, que incentivava o banco,... ele era banco e ficou, ele tinha uma, ainda tem né, ele é muito espirituoso e gozador e perturbou um bocado ele, lá na quadra e que incentivava os caras e dizia parte para cima, eles estão cansados, estão mortos, é dá esse cara, dá nesse gordo, que é (risos), ele chamava Luís Fernando de gordo, Luís Fernando sempre era muito forte, isso também Gafanhoto ajudou, mas o básico e que nós tínhamos jogando contra o Marista e contra o Liceu e tínhamos apanhado um bocado, né, porque no Marista tinha um cidadão, um dos caras mais raçudo que eu já conheci na minha vida, que era Deodet, que ele só cismava comigo, porque ele sabia que eu armava para Luís Fernando, ele muito inteligente, então ele me marcava e eu nem conseguia andar na quadra e isso a Escola Técnica, também fez comigo, porque ele botava o Albino, um na frente outro me esperando, depois se eu escapasse de um na frente e o outro me dava porrada e eu também já estava cansado e enfim, mas o que ganhou mesmo foi porque nós entramos em um clima de já ganhou e fomos surpreendidos.". (Phil Camarão. Entrevistas). O Professor Emílio Mariz, Coordenador de esportes do Batista, acredita que essa foi a desculpa dada pelos jogadores, pois entraram "de salto alto", não acreditando na equipe da Escola Técnica:
“Bem, uns alunos, é... apresentaram muitas desculpas; nessa época ainda não estava em moda, é... determinadas drogas estimulantes, mas nessa época a imprensa valorizava muito o JEM’s; e se falou muito nisso, mais eu agora, como, ... professor, não mais um professor na ativa, é o professor torcedor, é, eu digo que houve um pouco de vaidade da parte do Batista, então o Batista veio de lá, veio de lá com Antônio Carlos jogando um Handebol de primeira qualidade, Phil Camarão armando, Luis Fernando, grande artilheiro e.... se esperava que se fosse uma competição, que terminasse em ... em Batista e Marista, quando apareceu a Escola Técnica; por sinal, a maioria dos jogadores da Escola Técnica eram jogadores de Basquete, é, tecnicamente, a altura influi bastante, eles usaram muito a. altura, mais eu acredito que o Batista, é, entrou pensando que ia ganhar e automaticamente terminou num choro. "Eu digo que é vaidade porque sempre antes de cada... competição, de cada partida, cada partida - memoráveis -, aquelas partidas finais nós levávamos os alunos para um lugar reservado; eu e o Dimas conversávamos com eles, realmente era um time de muito conjunto, por três vezes eu tentava reuni-los e automaticamente eles iam dispersando, Luis Fernando: "já estamos campeão", e o Phil ia lá na arquibancada a saldar as meninas da torcida e nunca esperaram que a Escola Técnica surgisse,... para nós, era um time improvisado, não é? a maioria eu conhecia, como Zeca Nina e... - (entrevistador interrompe dizendo: "Hermílio, Paulão, Carlos, Rubinho, Gafanhoto, o mais alto, que estava no banco) - ... então, eu os conhecia como jogadores de Basquete, quer dizer, não esperávamos que a Escola Técnica ia apresentar um jogo daqueles; depois do jogo foi muito choro da torcida e dos jogadores naquele dia - parece que foi recente a morte do professor Braga? - (entrevistador responde que sim) - então eu consegui, peguei o auto-falante, e pedi um minuto de silencio em homenagem ao professor, que eu havia trabalhado com ele lá na Escola -; então a... o ginásio todo atendeu, foi muito bonito, foi uma coisa assim, tudo programado, torcidas separadas, mas só o resultado foi contundente. "Bem, foi uma das desculpas, é... nesse dia eu acompanhei toda a programação, inclusive morava aqui, no Monte Castelo, perto da Escola Técnica; Phil passou por minha casa e me levou para o Costa Rodrigues, porque eu tinha apenas encostado em casa para almoçar, mas outra coisa, o seguinte: nós não tínhamos nos concentrado naqueles elementos que automaticamente era a base da seleção maranhense, nós não tínhamos um banco , satisfatório (interrompe o entrevistador, dizendo: “um banco à altura”) - ... um banco à altura, e ao passo que a Escola Técnica tinha, estava lá o Gafanhoto, é, no banco, com altura estupenda (Interrompe o entrevistador: "Phil diz que provocando Luis Alberto de todo enquanto é jeito, e que ele foi "gerente de banco" e que ele xingava e perturbava, desconcentrando completamente o time do Batista”) - era, sempre que nós nos encontrávamos ele... ele apresentava isso...". (MARIZ, Emílio. In ENTREVISTA) Mas a rivalidade entre Batista e Escola Técnica era antiga, no esporte. O professor Emílio ilustra com uma história que aconteceu entre um jogo de basquete entre Batista e a Escola: "... houve... houve uma época em que as finais do basquete - foi no ginásio recém inaugurado da Escola Técnica -, houve uma partida muito importante, é... entre Batista e Escola Técnica; a Escola Técnica ganhou tinha, é... parece que três alunos do colégio Batista e como nós havíamos ganhado no... JEM’s anterior, eles foram em passeata até o Batista, lá hastearam a bandeira da Escola no mastro do... prédio do Batista, nisso houve uma troca de correspondência, é... amável entre os diretores, mas era uma coisa muito importante, eu sou muito amigo de Álvaro, que era o goleiro da seleção de handebol, é... toda aquela turma da Escola, os irmãos Nina, os irmãos Tinoco, é, Gafanhoto, Chocolate ... todos foram trabalhar no Batista, né, e ainda hoje nós relembramos aquela época memorável... ". (MARIZ, Emílio. In ENTREVISTA).
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XVII ENCONTRO NACIONAL DA CULTURA MAÇÔNICA A EDUCAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Professor de Educação Física. Minha área de pesquisa é a História da Educação Física, dos Esportes e do Lazer, no/do Maranhão. Minha formação básica é Licenciatura em Educação Física e Desportos (UFPR, 1975) Especialista em Metodologia do Ensino (UFPR/UFMA, 1978) Especialista em Lazer e Recreação (UFMA, 1986) Mestre em Ciência da Informação (UFMG, 1993) Doutorado em Ciências Pedagógicas (ICCP/Cuba, 2003, não concluído...) Professor aposentado do IF-MA Sócio efetivo do IHGM Mais de 200 artigos publicados, no Brasil e Exterior
EDUCAÇÃO NO MARANHÃO Estudo a Educação Física na Escola. Aqui, darei ênfase mais ao substantivo – Educação – que ao adjetivo – Física. Peço licença para fazer um cotejamento entre a História do Ensino (Técnico-profissional) no/do Maranhão e a História da Educação no Brasil e a participação da Maçonaria nessa História. UM PARENTESES Política de prevenção da violência contra educadores A Câmara analisa projeto que institui a Política de Prevenção à Violência contra Educadores. Proposta institui política de prevenção da violência contra educadores - além das agressões físicas, há número significativo de agressões verbais.
Pela proposta (Projeto de Lei 3273/12), da deputada Iracema Portella (PP-PI), serão considerados educadores os profissionais que atuam como professores, dirigentes educacionais, orientadores educacionais, agentes administrativos e demais profissionais que desempenham suas atividades no ambiente escolar. O objetivo da proposta é implementar medidas preventivas, cautelares e punitivas para situações de violência física e moral contra educadores, ocorridas em decorrência do exercício de suas funções. Além disso, a idéia é estimular a reflexão acerca desse tipo de violência. Segundo a autora, agressões sofridas por educadores vêm se tornando cada vez mais freqüentes no cotidiano das escolas brasileiras. Ocorrência de furtos e vandalismo dentro das escolas. De acordo com o texto, as medidas de reflexão, prevenção e combate à violência serão implementadas conjuntamente pelo Poder Executivo, por entidades representativas dos profissionais da educação, por conselhos deliberativos da comunidade escolar e por entidades representativas de estudantes. Elas deverão ser direcionadas a educadores, alunos, famílias e à comunidade em geral. Política de prevenção da violência contra educadores Entre as medidas propostas, estão a promoção de campanhas educativas; o afastamento temporário ou definitivo de aluno ou funcionário agressor de sua unidade de ensino, dependendo da gravidade do delito cometido; e a transferência do aluno agressor para outra escola, caso as autoridades educacionais concluam pela impossibilidade de sua permanência na unidade de ensino. Além disso, o projeto prevê a licença temporária do educador que esteja em situação de risco, enquanto perdurar a potencial ameaça, sem perda dos seus vencimentos. Punição Conforme a proposta, o educador pertencente ao quadro da estrutura pública e privada de ensino infantil, básico, médio e superior será equiparado a agente público no que se refere às punições previstas para aqueles que o agridam durante o exercício de sua atividade profissional ou em razão dela. O Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) prevê pena de detenção de seis meses a dois anos ou multa para quem desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. Tramitação A proposta tramita apensada ao Projeto de Lei 604/11. Ambos serão analisados pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; Educação e Cultura; e Finanças e Tributação; Constituição e Justiça e de Cidadania; e serão votados depois no Plenário. Íntegra da proposta: * PL-604/2011 * PL-3273/2012
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SEGURANCA/411913-PROPOSTA-INSTITUIPOLITICA-DE-PREVENCAO-DA-VIOLENCIA-CONTRA-EDUCADORES.html
IMPORTÂNCIA DA MAÇONARIA PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA. No final do século XIX e início do XX, as lojas maçônicas funcionavam como importantes espaços de sociabilidade e convívio, influindo no cotidiano tanto das cidades pequenas quanto nas maiores. os maçons procuravam se apresentar como herdeiros das “luzes” e como membros de uma organização filantrópica dedicada à causa do progresso. Apresentavam uma imagem da Maçonaria como escola onde se ensinava e aprendia virtudes que consideravam como fundamentais: - a liberdade de pensamento, - a independência da razão, - o auxílio mútuo NA DEFESA DA ESCOLA LEIGA A Maçonaria torna-se instrumento importante, mas não o único, na defesa da escola leiga, não relacionada à religião e função do Estado.
Pelo posicionamento para a educação, a Ordem Maçônica foi objeto de violentas reações do poder dos estados, bem como, de bulas papais de condenação Pelo fato de pela educação natural libertar o pensamento do cidadão, conscientizando-o de seu papel na sociedade e no Universo A ordem maçônica não concorda com posicionamentos radicais ou de concentração de poder, e isto lhe rendeu poderosos inimigos. IDEAL LIBERAL REPUBLICANO SOMENTE POR MEIO DA EDUCAÇÃO O INDIVÍDUO PODERIA SER TRANSFORMADO EM CIDADÃO PRODUTIVO E CONSCIENTE DE SEUS DIREITOS E DEVERES. A SITUAÇÃO EDUCACIONAL DO FINAL DO IMPÉRIO - rede escolar primária precária - corpo docente predominantemente leigo - escola secundária freqüentada por alunos que pertenciam a uma classe econômica mais favorecida. Em todos os níveis da organização escolar brasileira ministrava-se um ensino com um conteúdo desligado da vida, não havendo preocupação filosófica ou cientifica e que alfabetizava alguns indivíduos, formava poucos conhecedores de latim e grego e pouquíssimos “doutores”. a questão da educação era discutida pelos maçons brasileiros, usando como instrumentos para a divulgação de suas idéias, a construção de uma rede de escolas, criação de “aulas noturnas” e bibliotecas. Diante dos problemas relativos à fragilidade do sistema educacional e do fato que apenas uma pequena parcela da sociedade tinha acesso a esse sistema a Maçonaria participou de ações práticas para a questão, intervindo nessa realidade. visão da maçonaria a sociedade brasileira deveria entrar definitivamente na modernidade defendia o progresso econômico e social do Brasil, acompanhado de um ensino de qualidade, laico e em condições de servir a maioria da população As escolas maçônicas foram criadas principalmente para alfabetizar os adultos pobres, de acordo com a idéia de “educar para libertar”, lema adotado da maçonaria. desde o começo do século passado, o desenvolvimento do sistema educativo brasileiro foi marcado por relações conflitantes entre diferentes grupos sociais ideário liberal maçônico e republicano só através da educação era possível transformar o indivíduo em cidadão produtivo e consciente de seus direitos e deveres cívicos, capaz – portanto – de exercer a liberdade propiciada pela cidadania. A luta contra o analfabetismo e pela difusão da instrução ao povo obedecia a objetivos políticos precisos: o alargamento das bases de participação política no país, a conformação da cidadania, indispensáveis a legitimação do Estado Republicano. campanha pela instrução do povo As Lojas Maçônicas foram as primeiras a criar, na Província, escolas ou aulas noturnas para alfabetização de adultos, trabalhadores livres ou escravos. as iniciativas dos maçons na área da educação visavam à formação dos trabalhadores, principalmente da nova classe operária é preciso levar em contar não apenas a questão da filantropia, mas também os interesses políticos e econômicos que estavam sendo defendidos por determinado grupo social.
proclamação da República houve um aumento das escolas patrocinadas pela maçonaria, cuja proposta era instruir os analfabetos em um curto espaço de tempo, ensinando-os a ler, escrever, contar e conhecer aspectos históricos e geográficos do Brasil. Apesar dos cursos serem de curta duração, os alunos deixavam de freqüentá-los assim que aprendiam o que consideravam como necessário, principalmente, em virtude das dificuldades financeiras enfrentadas pelos alunos que freqüentavam essas aulas noturnas. quatro períodos principais na história da escola pública no Brasil 1º. Período - 1934-1962 nos anos 30, pela discussão entre católicos e leigos quanto às orientações gerais da política educativa no país esse primeiro período corresponde à introdução do pensamento pedagógico liberal no Brasil, principalmente por meio do engajamento dos pedagogos liberais em favor de uma melhor resposta à demanda social crescente por educação 1932 - manifesto dos pioneiros da escola nova : preconizava uma universalização do ensino pelo desenvolvimento de um sistema de educação público considerava o ensino como uma função eminentemente social e pública Nos anos 50 e 60, o debate articulou-se em torno do conflito entre os defensores da escola particular e os da escola pública. acabou com a promulgação, em 1962, pelo Congresso brasileiro, de uma legislação completa sobre a educação (Lei de Diretrizes e Bases). movimento de educação popular 2º. Período - 1962 e 1964 trabalho pioneiro do movimento de educação básica (MEB) e à atuação do pedagogo Paulo Freire. debate - alfabetização de adultos - educação popular num contexto político marcado por múltiplas lutas sociais. regime militar 3º. Período – a partir de 1964 interrompeu brutalmente as expectativas suscitadas no país pelas campanhas de alfabetização popular. tentou implementar uma política educativa tecnicista, centrada nos conceitos de racionalidade, eficiência e produtividade acordos entre o Ministério da Educação e a Agência Americana de Ajuda ao Desenvolvimento (US-AID) retorno progressivo à democracia 4º. Período – a partir de 1980 democratização do ensino e da permanência das crianças desfavorecidas na escola Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996. INSTRUÇÃO PÚBLICA NO MARANHÃO O ENSINO COMEMORA ESTE ANO, 400 ANOS DE SUA IMPLANTAÇÃO INICIA-SE COM A CHEGADA DOS FRANCESES, EM 1612. Ives D’Evreux diz ser fácil civilizar os selvagens à maneira dos franceses e ensinar-lhes os ofícios que havia em França
Após descrever as habilidades do Ferrador, índio do Mearim, afirmando que exerciam outros ofícios, além de ferreiro: tanoeiro, carpinteiro, marceneiro, cordoeiro, alfaiate, sapateiro, tecelão, oleiro, ladrilhador e agricultor. A CHEGADA DOS JESUÍTAS E A FUNDAÇÃO DO COLÉGIO - 1618 Em 1618, os jesuítas instalam-se no Maranhão, na antiga Aldeia da Doutrina (hoje, Vila do Vinhais Velho). Em 1622, fundam o Colégio e a Igreja Nossa Senhora da Luz (atual Igreja da Sé), além de diversos estabelecimentos de ensino. Nesses estabelecimentos existiram escolas rudimentares de aprendizagem mecânica, Houve aí também as primeiras oficinas de pinturas e escultura, sendo essas oficinas postulado e conseqüência da construção dos colégios. localizava naquele Colégio a Biblioteca, as escolas para os filhos dos colonos e as oficinas de carpintaria, serralharia, pintura e estatuaria, onde eram formados os mestres-de-obras, carpinteiros, entalhadores, e douradores responsáveis pela edificação de igrejas, confecção de altares e das imagens utilizadas pelos jesuítas no trabalho de evangelização. FORAM AS OFICINAS DA COMPANHIA DE JESUS QUE INSTAURARAM UMA 'ESCOLA MARANHENSE' DE ARTE. Trabalhando lado a lado com entalhadores europeus, aprendizes locais desenvolveram-se como artistas. 1622 – PRIMEIRAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS Os primeiros engenhos de açúcar que tivemos foram instalados na ribeira do Itapecurú, em 1622, por Antônio Muniz Barreiros Quem eram os operários que o faziam funcionar? De onde aprenderam os ofícios? Estariam entre aqueles quarenta casais, do contrato de Antônio Ferreira Betancor, de 1621? Para Alencastro (2000), faz falta um estudo sistemático dessas diversas atividades e, em particular, da construção naval, em tempos de piratas, corsários e batalhas marítimas, o trabalho indígena ajudou a recompor as frotas. Ao lado da indústria canoeira havia uma construção naval de porte fornecendo embarcações para o tráfico atlântico de africanos Boa parte do corte, transporte e preparo do madeirame, da carpintaria, coragem, mastreação e velame produzidos nessas diversas oficinas navais repousavam sobre o trabalho dos índios públicos O COMÉRCIO E O ENSINO DE ARTES MECÂNICAS ENTRE OS INDÍGENAS nos aldeamentos, o comércio e o ensino de artes mecânicas deviam ser introduzidos entre os indígenas, assim como esses índios - dos aldeamentos - só podiam ser utilizados mediante salário, nos termos de lei de 1611 o regime de trabalho assalariado entre os índios do Maranhão foi introduzido por Xavier de Mendonça Furtado; os índios especializados eram Pilotos que operavam nos “Ofícios das Canoas”, recebiam quatro tostões por mês correspondendo ao velho pagamento de 4 varas de pano; os proeiros passaram a receber a quantia de três tostões por mês, correspondendo ao valor de três varas e uma terça de pano; e os oficiais mecânicos (artesãos) que na época eram chamados por “Oficiais dos Ofícios Mecânicos” eram diaristas na razão de sessenta réis por dia e o “decomer” (a bóia) por conta do patrão.
Se o referido Oficial Mecânico quisesse trabalhar “a seco” (sem a bóia do patrão) recebia por dia de serviço a quantia de cem réis. OS NEGROS E OS TRABALHADORES LIVRES se pergunta se os escravos transformavam-se em concorrentes dos artistas, nas atividades de prestação de serviços mecânicos e liberais? há a confirmação de que o crescimento da concorrência aos artistas tinha raízes sociais no declínio da escravidão, com a habilitação de escravos urbanos e domésticos para os ofícios liberais como os de rendeira, costureira e alfaiates e os de pedreiro, sapateiro e carpinteiro. Os artistas liberais e mecânicos ficaram circundados pelo consórcio da concorrência do mercado de trabalho AULA DE FORTIFICAÇÃO Em 1699, era recomendado que se abrisse, em São Luís, uma aula de fortificação para até três alunos, Essa recomendação se dá pelo fato de haver em Maranhão, três engenheiros, que poderiam ministrar essa aula. Não se tem notícia de que essa aula chegou a funcionar O ARSENAL DA MARINHA Carta Régia de 16 de outubro de 1798, o governo português criou o Arsenal de Marinha para dar sustentação às ações mercantis e apoio logístico à Real Armada Portuguesa. O Arsenal de Marinha foi durante mais de quatro décadas um Centro de Profissionalização direcionada ao trabalho marítimo no Maranhão a criação da Escola de Máquinas da Marinha, e de acordo com o Decreto no. 252, de 03 de março de 1860, a instituição recebia menores egressos, com formação, das oficinas dos Arsenais Com o fim da Marinha a vela, e com os novos navios de ferro, comprados no exterior (Inglaterra, França e Estados Unidos), inicia-se um processo de modernização da Armada, exigindo homens mais qualificados e instruídos para operarem os novos navios de guerra. Em 1861, a Marinha cria na Província do Maranhão a Companhia de Aprendizes Marinheiros pelo Decreto no. 2.725, de 12 de janeiro APRENDIZES DAS ARTES MECÂNICAS Nos primórdios da tipografia no Maranhão – a primeira data de 1821 – junto com os primeiros prelos, vieram os primeiros tipógrafos – mestres que transmitiam suas artes Em 1859, aparece uma revista dedicada às artes e à indústria, denominada “O ARTISTA”, sob a direção dos engenheiros Fernando Luís Ferreira e seus filhos, Drs. Luís Vieira Ferreira, e Miguel Vieira Ferreira. Publicação interessante e de muita utilidade, sustentou porfiada luta em favor das classes operárias Na antiga Companhia de Navegação Maranhense eram ensinadas as artes mecânicas, tão necessárias à manutenção dos navios Com o título “instrução profissional”, o jornal “O Artista” dá-nos mais notícias dessa escola de aprendizes mecânicos, funcionando na Casa de Fundição da Companhia de Navegação a Vapor do Maranhão AS AULAS DE COMÉRCIO a primeira aula de comércio que se teve foi aberta em 1811. Ensino eficiente do Comércio só se teve no período da Regência Permanente Trina, em que foi criada, pelo Decreto de 2 de agosto de 1831, uma cadeira. Foi seu lente, por concurso público, Estevão Rafael de Carvalho, que fizera o curso de matemática na Universidade de Coimbra. Em 1893, é criada a Cooperativa dos Artistas e Operários Maranhenses, sob a liderança de Manoel Godinho e Francisco Trossa. As classes laborais promoveram a Escola Operária, dirigida pelo professor Joaquim Alfredo Fernandes. Consagravam, na verdade, o antigo raciocínio de que sem ilustração, não haveria libertação.
Centro Artístico Eleitoral, houve o aparecimento dos Partidos Operário Brasileiro e Operário Federal no Maranhão. Do primeiro partido, consta de seu programa promover “[...] a instrução primária, technica e secular gratuitas e obrigatórias” (art. 10º) e no art. 33: “creação de estabelecimentos profissionais technicos, a expensas dos municípios, dos Estados e da união para aprendizagem e regularisação de aptidões, por commissões peritas de operarios”. A CASA DOS EDUCANDOS ARTÍFICES
Casa dos Educandos Artífices data de 23 de agosto de 1841, pela lei número 105. os objetivos de desviar os jovens dos caminhos dos vícios e oferecer à Província trabalhadores e artífices
No advento da República, em 13 de dezembro de 1889, com quase meio século de existência, fechava suas portas. A Casa dos Educandos Artífices foi extinta em 1900. o estabelecimento ministrou ensino profissionalizante por mais de trinta anos em oficinas de alfaiate, sapateiro, carpina, marceneiro e pedreiro, além de coronheiro, espingardeiro e surrador de cabedal (couro, manufaturado, sola); aulas de primeiras letras, aritmética, álgebra, geometria, desenho, escultura, geografia, francês, música. A ESCOLA PRÁTICA DE AGRICULTURA 1851, a Assembléia Provincial teve a coragem de rejeitar uma primeira proposta para a criação de uma Escola de Agricultura Prática Uma segunda proposta, feita em 1856, foi aprovada, transformada em lei de no. 446, de setembro desse mesmo ano, só vindo a ser regulamentada por ato de 10/09/1858 Conhecida como Escola do Cutim, por sua localização na ilha de São Luís, Meireles considera que não fosse, a rigor, um estabelecimento de ensino superior, e sim, um instituto de grau médio, profissionalizante, para a formação de técnicos agrícolas, pois tinha por objetivo primordial ensinar prática e teoricamente a profissão de lavrador o “Aprendizado Agrícola Cristino Cruz”, instalado na administração de Francisco de Assis Lopes Júnior (1910-1912), no Município de Guimarães, nas imediações de Capitua Em 1916, por determinação do Governador Herculano Nina Parga o que sobrou do Aprendizado foi transferido para São Luís, ainda com o nome original – Aprendizado Agrícola Cristino Cruz – cuja escola transformou-se na atual “Escola Agrotécnica Federal de São Luís”, instalada no Maracanã. “A INSTRUÇÃO DO OPERÁRIO É UM CAPITAL PRECIOSO” - A CLASSE OPERÁRIA VAI PARA A “ESCHOLLA”... Em 1870, é funda a “Escola Onze De Agosto”- recebeu esse nome porque foi fundado nesse dia naquele ano - pelos bacharéis João Antônio Coqueiro, Antônio de Almeida e Oliveira, Martiniano Mendes Pereira, Manuel Jansen Pereira. Era uma sociedade criada com o fim de estabelecer cursos noturnos para as classes operárias. Essa Escola, segundo Corrêa (1986), tinha por finalidade possibilitar a educação noturna às classes operárias ESCOLA DE APRENDIZES ARTÍFICES DO MARANHÃO No dia 27 de outubro de 1909, no "Jornal do Commercio", editado na cidade de Caxias, era noticiado: "ESCOLA PROFISSIONAL - O Governo cedeu a antiga casa dos educandos para nella funcionar a escola profissional que o governo federal projecta criar aqui" 11 de novembro de 1909, a criação da Escola de Aprendizes Artífices do Maranhão, nos seguintes termos: ”ESCOLA DE APRENDIZES ARTÍFICES - É do teor seguinte o decreto n. 7.566, de 23 do corrente, de parte da Agricultura, que creou nas Capitaes dos Estados da República, escolas de aprendizes , para o ensino profissional primário gratuito: 'O Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, em execução da lei número 1.606, de 20 de dezembro de 1908 Instalada em 16 de janeiro de 1910, com o objetivo de formar operários e contramestres A TÍTULO DE CONCLUSÃO
Esse sobrevôo rápido pelas condições históricas da constituição do sistema educativo maranhense e brasileiro revela os principais debates ideológicos contemporâneos no país. Quase monopólio das ordens eclesiásticas nos seus primórdios, a educação formal foi progressivamente organizada pelo Estado imperial e, em seguida, pela República, para acompanhar o desenvolvimento econômico e a modernização. A TÍTULO DE CONCLUSÃO A forma de atuação dos maçons - desde sua introdução no Brasil até a primeira década dos 1900, período a que nos reportamos - refere-se a esforços para fortalecer a própria organização maçônica, através da ampliação da quantidade de lojas e de políticas de formação dos membros da maçonaria. O ideário maçônico recebeu ampla divulgação: nos debates parlamentares, com a edição de boletins de circulação restrita, com a criação de pequenos jornais destinados ao público em geral, além das inúmeras contribuições de maçons na “grande imprensa”. Ao mesmo tempo, diversas iniciativas concretas são efetivadas, com destaque para as que resultaram na criação de instituições de auxílio mútuo, de beneficência e de educação. Se as instituições de auxílio mútuo eram restritas ao “povo maçônico”, as de beneficência (asilos, hospitais e orfanatos) e as educacionais estavam, entretanto, destinadas a todos os homens, fossem maçons ou “profanos”. CONCLUINDO... A maçonaria assumiu um papel primordial no enfrentamento da “questão social”, através da busca da harmonização entre capital e trabalho, com a adoção de uma estratégia de incentivo à formação de associações operárias e a ampliação do número de escolas voltadas para o operariado. (Mansur, 1999)
Já o Estado brasileiro nunca quis ou pôde controlar o conjunto do processo de escolarização de massa ao longo do século XX. O ensino particular constituiu-se progressivamente como a única opção para os filhos da elite social.
Apesar de uma legislação e de um discurso político onipresentes, a rede pública padece de numerosas fraquezas qualitativas e quantitativas. O resultado atual é um sistema educativo fragmentado, organizado em redes disparates, dificilmente comparável entre si.
alguns problemas da escola, hoje, Gerenciamento equivocado Responsabilidade de educar está em cima apenas da escola A formação de professores é deficiente Remuneração para professores desestimula Muita interferência externa - leis são muito permissivas: professor pode faltar muito Na escola pública, por tudo depender do governo, as iniciativas às vezes são tolhidas Diferenças na educação pública atual e a de tempos atrás Participação dos pais Escola ideal "A escola ideal seria onde o aluno tivesse a atenção possível, onde ele pudesse ter as aulas possíveis. Não é necessário muito recurso tecnológico. Felizmente ou infelizmente, a forma de aprendizado é a mesma através dos tempos. Podemos usar recursos de vídeo ou técnicas mais modernas, mas isso não é o fundamental, segundo minha experiência. Se o professor é bom, ele dá conta com o quadro e o giz na mão.“ Até brinco dizendo que faz tempo que quero lançar o projeto ‘Pró-Aula’, que é dar aula um mês inteiro seguido sem interferência, sem tirar o professor da classe, sem chamá-lo para videoconferência, nem palestra... É PARA O ALUNO TER AULAS, SIMPLESMENTE AULAS.
MAS O QUE É A ESCOLA?"; "A escola não é ilha isolada no oceano social. Não é lugar para guardar crianças, ou reformá-las, embora possa ajudar, orientar e até alimentar. A escola não é paraíso na terra. Nem o inferno entre nós. Nem o purgatório. A escola não está aí por acaso. A escola salvará a sociedade se a sociedade salvar a escola. “Os professores, na escola, não são mágicos, não são heróis (embora heroísmo não falte a muitos deles), não são gênios (muito menos da lâmpada...), não são mercenários, não são santos, não são famosos, não são poucos, não são suficientes, não são muitos, não são o que pensamos que são. “Os professores são pessoas cuja profissão é ajudar na humanização de outras pessoas, os alunos. E que, por isso, devem ser tratados não como funcionários apenas, ou técnicos, ou ‘aplicadores’ de conteúdos apostilados. Devem ser compreendidos e tratados como seres humanos livres, críticos e criativos. Como profissionais que ocupam um lugar único na vida social, profissionais de quem muito se espera. Mas o que é a escola mesmo? “Cabe aos alunos entenderem a escola. Cuidarem dela. Defendê-la. A escola não é apenas um espaço físico. A escola não é ponto de tráfico de drogas. A escola não é a sede do tédio. A escola não é escola de samba. Não é apenas lugar de encontro. Mas o que é a escola mesmo? A escola não é uma idéia vaga. A escola não é uma idéia vaga. Não é um lugar onde haja ou não vagas. A escola não é vagão de trem onde entramos e do qual saímos quando chega a próxima estação. A escola não é a sua quadra de esportes (abandonada ou ampliada), não é um conjunto de salas de aula (sufocantes ou arejadas), não são suas paredes (sujas ou limpas), janelas (abertas ou fechadas), portas (com cadeados ou não), armários (vazios ou cheios), escadas (perigosas ou seguras), computadores (novos ou obsoletos), bibliotecas (reais ou fictícias). A escola não é o que vemos. A escola não é o que vemos. A escola não é arquivo morto. A escola não é cabide de empregos. Não é moeda de troca política. Não é campo de batalha.
Não é um curso de idiomas. Não é empresa competitiva.
A escola não é clube, não é feira, não é igreja, não é partido O que é essencial do ponto de vista da qualidade da escola? - De que adianta concentrar esforços na transmissão de conhecimentos "acabados" se o que o aluno precisa é "aprender a aprender"? . - O que adianta concentrar esforços na capacitação técnica dos alunos, para torná-los "mão-de-obra" qualificada, se não se lhes indicam as dimensões éticas e sociais do conhecimento e do trabalho? - O que adianta cumprir um calendário escolar se o essencial, a aprendizagem, não foi garantida e, às vezes, nem possibilitada? - O que adianta, também, "avaliar" a escola por índices que não medem sua qualidade, mas apenas a quantidade de sua produção: número de professores, titulados ou não; regime de dedicação; relação professor-aluno; relação custo/aluno; teses ou trabalhos publicados, e coisas do gênero? - O que adianta aprimorar a estrutura, se os processos não são avaliados e redesenhados e se os resultados não são confrontados com a missão da escola? a necessidade de se "reeducar" a escola para o essencial
A "reeducação da escola" importa na substituição de suas "certezas" e do "conhecimento acabado" pela busca permanente de novas respostas às suas "dúvidas" sem, contudo ter a pretensão de esgotálas de forma definitiva A escola que é preciso inventar é aquele que possibilita uma formação tecnológica, humanista e ética e que educa as pessoas para a aprendizagem permanente e interminável. Como afirma Mezomo (1994), "nada, portanto,... de desânimo diante da crise, que nada mais é do que um tempo de aprendizado, de experiências e de reformas" Mas então o que é a escola? E sabe a escola nos dizer o que ela é, a que veio, para que existe? Alguém sabe? A escola é um problema insolúvel. A escola é uma probabilidade. A escola é uma experiência. A escola é uma esperança.
Obrigado.
A PRIMEIRA POETA MARANHENSE, NA OPINIÃO DE ANTONIO LOPES LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Buscando informações publicadas nos jornais maranhenses do século passado sobre alguns de nossos poetas – I. Xavier de Carvalho e Maranhão Sobrinho – deparei-me com artigo publicado por Antônio Lopes em “Diário do Maranhão” edição de 05 de junho de 1909, falando sobre a inexistência de poetas mulheres no Maranhão. Traz-nos então alguns nomes, pseudônimos, e identificando quem escreveu algumas belas poesias que apareciam, então. É a seguinte a nota:
LEONETE OLIVEIRA Lima Rocha3 nasceu em , em São Luís, Maranhão, em 17 de julho de 1888, filha de Gentil Homem de Oliveira e Luiza Fernandes de Oliveira. Foi Professora e Bibliotecária. Ingressou na Academia Maranhense de Letras. Residia no Rio de Janeiro, onde veio a falecer. Publicou "Flocos", "Folhas de Outono" e muitos outros. Leonete Oliveira virou nome de rua em São Luís, no bairro Cohab Anil II. Se à tua porta um mendigo vem bater, pedindo pão, mais que o pão, dá-lhe um abrigo no teu próprio coração. Para jamais te enganares, não sejas juiz de ninguém. - Como os outros tu julgares, serás julgado também... Naquele beijo inocente, que os nossos lábios uniu, meu coração,de repente, para o teu peito fugiu. É dolorosa a verdade, mas eu sempre assim senti: tenho raiva da saudade que lembra o bem que perdi. Do que penso e do que sinto, você quer tudo saber. Mas, pode crer, eu não minto: sei sentir, não sei dizer... 3
http://falandodetrova.com.br/leonete https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/autores/?id=2941 https://www.literaturamaranhense.ufsc.br/documentos/?action=midias&id=222031&locale=en
Título: Leonete OliveiraAutor/ Colaborador:Garnier, M.J. Data:[189-?] Descrição:bico de pena Assuntos:Authors, Brazilian - Portraits Oliveira, Leonete de Portraits B869.8 Oliveira, Leonete de, n.1888 - RetratosEscritores brasileiros - RetratosT ipo: Desenho Idioma: Português
SUPLÍCIO DE TÂNTALO Nasci de asas cortadas, no infinito dos meus sonhos de glória e de ventura, tentei em vão subir, no impulso aflito de quase desespero ou de loucura… Olhando o espaço, o coração contrito, das belezas da vida ando à procura, e penso, e sinto, e sofro, e choro, e grito , no anseio de vencer esta tortura… Diante de mim os pomos de ouro avisto e querendo alcançá-los fico inerme, sem saber se estou morta ou ainda existo… E vendo em tudo um luminoso véu, eu continuo qual se fora um verme, rastejando na terra e olhando o céu! Leonete de Oliveira, in “Folhas de outono”
Conforme notas publicadas nos diversos jornais de São Luis, no ano de 1909 Leonete de Oliveira participava de eventos acontecidos, cívicos e religiosos, tanto em São Luis como no interior, como uma festa em Cajapió em honra ao Menino Jesus. Chegou a dar conferencias na Universidade Popular Maranhense, abordando o tema “A Mulher”. Nesse mesmo ano foi aceita como sócia correspondente da Academia Maranhense de Letras:
Como a publicar seus poemas
A Pacotilha de 18 de janeiro de 1910 informa que o livro de Leonete Oliveira entrara na gráfica, e traz mais um poema inédito:
Única publicação de 2011:
O Correio da Tarde, edição de 22 de julho de 1910 traz sua nomeação para a Biblioteca Pública, como auxiliar do Diretor, Ribeiro do Amaral. 4 A Pacotilha de 6 de abril de 1914 traz a sua exoneração do cargo de auxiliar da diretoria da Biblioteca Pública. Na edição de 10 de julho, pede o comparecimento dos rementes de jornais à repartição postal, para verificarem as remessas, dentre elas, a de Leonete Oliveira, para São Paulo. A Gazeta de Noticias, do Rio de Janeiro, em sua edição de 14 de novembro de 1914, noticia que estava fixando residência no Rio de Janeiro a poetisa maranhense Leonete Oliveira, procedente de São Paulo:
M. Nogueira da Silva publica na Gazeta de Noticias, edição de 29 de novembro de 1914 meia página dedicada à poetisa Leonete Oliveira, recém se estabelecida no Rio de janeiro:
4
http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=388459&pesq=LEONETE%20OLIVEIRA
O Jornal, de 2 de julho de 1917, anuncia o aparecimento
Antonio Lopes, em A Pacotilha, edição de 2 de agosto de 1917, ao comentar os livros lançados recentemente, além de comentar o do Barão de Studart sobre O Movimento de 17 no Ceará, dedica um espaço para um segundo, de autoria de nossa poeta:
Lima Barreto, na Revista Contemporânea (31/08/1918)5, sob o título “Um poeta e uma poetisa” – Hermes Fontes e Leonete Oliveira =- e tece as seguintes considerações:
5
http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=351130&pagfis=415&url=http://memoria.bn.br/docreader#
Nogueira da Silva, no Jornal das Moças (1917) traz-nos a seguinte crĂtica:6 Leonete Oliveira
6
http://memoria.bn.br/pdf/111031/per111031_1917_00110.pdf
O nome, que encima estas linhas, não é desconhecido das gentis leitoras do Jornal das Moças. No numero 107 sahiu, acompanhado de seu retrato, um lindo e bem feito soneto, intitulado Vaidosa, um magmüco inédito aue,-por feliz acaso, nos vem as mãos. No numero seguinte, logo tivemos também oportunidade de dar um outro soneto, como o primeiro marcado de excellente e então arrancado das fulgurantes paginas do seu primeiro livro de versos— Flocos.. , . Leonete Oliveira é a maior e a mais d rilhante poetisa maranhense, que ao lado de Gilka Machado, Julia Lopes da bilva, Laura da Fonseca e Silva, Julia Cortines, Rosalia Sandoval, Ibrantina Cardone, Julieta e Revocata de Mello, Leonor Posada, Violeta Odette e outras, forma na vanguarda das letras femininas no Brasil. O seu livro Flocos deu-lhe immediatamente um logar de proeminencia na literatura, destacando-se, com brilho, dentre a pleiade de poetas e homens de letras do Maranhão. Agora Leonete Oliveira, tendo melhor afinado a sua lyra divina e melhor acentuado os seus dotes poéticos, brinda-nos com um segundo livro. Veiu de Lisboa para Fortaleza, onde se encontra actualmente residindo a distincta poetisa maranhense. Intitula-se Cambiantes e contem as ultimas produções da festejada escriptora patricia. O novo livro de Leonete Oliveira vem confirmar inteiramente os conceitos externados do seu valor e de suas virtudes literarias, quando foi do aparecimento do seu primeiro volume de versos. Inteligente, culta, sabendo rimar com propriedade e metrificar com elegância, os versos da formosa poetisa maranhense merecem todos os nossos encomios. O espaço não nos permitte especificar e citar, mas sempre apontamos as seguintes peças: Cambiayites, Creio, Nunca mais, Sol-pôr, Beijos, Os nossos arrufos, Vitima carta, Vaidosa, A uma arvore seca, A um coração, Cantar es e Um ramalhete, alem de outras, que» serão sempre lidas com uma grande, uma sentida, uma funda emoção. Versos de amor, de saudade, de ventura e de tristeza, elles fazem rir e chorar, elles fazem soffrer e pensar. Nisso, parece-nos, reside todo o elogio que se possa fazer desse interessante e encantador volume que nos enviou a distincta poetisa maranhense. E quanto a citações, faremos apenas duas. Esta linda e profunda quadra: Segredos ha no coração, Que a gente cala e nunca diz... De um lado o amor, doutro a razão, Quem pôde assim viver feliz ? que separamos da poesia Cantares e que vale por uma philosophia, vibrando como um jóia delicada, uma minúscula obra-prima do pensamento. E agora este magniüco soneto, “Beijo”; que lembra a musa sensual e impecável de Raymundo Correia, perieito, sentido, encantador : Beijo de amor que abraza o sangue e acende Um fogo ardente e liquido nas veias, Beijo que á tua a minha bocca prende, Por que eu anceio e por que tu anceias • Essa loucura que ninguém comprehende, De que sentimos as nossas almas cheias, Esse calor divino que se estende Por sobre nós como doiradas teias: São desses beijos que nós dois trocamos, E que á força de serem repetidos, Vão comnosco a cantar por onde andamos , . . Inexgotavel fonte de desejos, — Que os nossos lábios vivam sempre unidos, E sempre vivam permutando beijos !
E não precisamos dizer mais do valor e dos méritos excepcionaes da poetisa Leonete Oliveira. Os seus versos dizem mais e mais alto e mais eloqüente, que os nossos pobres conceitos. Organisando o seu novo livro, a grande poetisa maranhense juntou aos novos versos, algumas poesias e sonetos do volume intitulado Flocos, que são estes: Mãe, A louca, Só, Suprema dor, A meu violão, A caza do vaqueiro, Gotas de pranto, Noite, Venus e Volúvel. Isso deu, de algum modo, certo realce as Cambiantes, pois a formosa poetisa escolheu precizamente as melhores peças do seu primeiro livro. Mas, que o não fizesse. Não era precizo. O seu segundo livro é, sob todos os pontos de vista, melhor que o primeiro e vem confirmar brilhantemente o posto que nas letras brasileiras, a applaudida poetisa maranhense conquistou, muito justamente,com a publicação dos seus primeiros versos. M. Nogueira da Silva liihliogrupliia A mulher: conferência. Maranhão, Imprensa Oficial, 1909, in-é° de 23 pp. Flocos: poesias.'Maranhão, Ti/p. Teixeira, 1910, in-8o de 108 pp. Cambiantes: poesias. Lisboa, Casa Vem tura Abrantes, 1917, in-8° de 126 pp. Inéditos Miragens: versos. Liyro azul : contos. Colaboração Na Pacotilha, S. Luiz; Gazeta de Noticias, Rio ; Cruzada, Rio : etc , etc, N. O soneto publicado no Jornal das Moças:
Logo a seguir, nessa mesma revista, aparece uma nota em que consta como sendo pianista, residindo em Fortaleza, assinando uma composição, que enviara à publicação, como Leonete Oliveira Rocha O Jornal, edição de 26 de julho de 1918 publica o seguinte poema:
A Pacotilha de 11 de fevereiro de 1919 traz outro poema de Leonete, mas desta vez, acrescentando Rocha ao seu sobrenome: Leonete Oliveira Rocha:
Na edição seguinte, outro poema:
E mais outro:
O Jornal de 14 de abril de 1919 fala sobre concurso promovido pela Revista Maranhense, destacando, entre seus colaboradores, a poetisa Leonete Oliveira. Outro soneto, publicado em O Jornal, de 26 de abril de 1921
Logo a seguir, 14 de junho, essa nota:
Na edição de 29 de março de 1919 é publicado soneto sobre a seca
Sobre os ultimos versos da poetisa Leonete Oliveira ĂŠ o titulo de crĂtica assinada por N. Nogiueira da Silva, transcrito do Boletim Mundial:
A 11 de abril de 1924, A Pacotilha traz a seguyinte denĂşncia de plĂĄgio:
No Diário de Notícias, do Rio de janeiro, edição de 5 de novembro de 1959, sai a seguinte nota:
Em artigo de Diomar das Graças Mota7 - Mulheres professoras maranhenses: memória de um silêncio, publicado em 20088 - consta a seguinte biografia: Leonete Oliveira (1888–1969), professora normalista, lecionava Português em casa, principalmente para mulheres, e foi a precursora do ensino de Estenografia, em São Luís. 7
Doutora em Educação pela Universidade Federal Fluminense – UFF, docente do Departamento de Educação II e dos Programas de Pós-Graduação: Mestrado em Educação e Mestrado Materno-Infantil da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. E-mail: diomar@elo.com.br. 8 EDUCAÇÃO & L INGUAGEM • ANO 11 • N. 18 • 123-135, JUL.-DEZ. 2008
Acreditava ser esta uma das alternativas para o acesso, principalmente da mulher, ao mercado de trabalho. Poetisa, publicando em 1910 sua primeira obra, intitulada Flocos, em seguida publicou em Portugal Folhas de outono, posteriormente Cambiantes, em Fortaleza, onde integrou a ala feminina da Casa de Juvenal Galeno, instituição literária idealizada e fundada em 1942.
QUEM FOI: JÚLIA VALENTIM DA SILVEIRA LOPES DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, 24 de setembro de 1862 — Rio de Janeiro, 30 de maio de 1934) foi uma escritora, cronista, teatróloga e abolicionista brasileira. Foi uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras. Tem uma produção grande e importante para a literatura brasileira, de literatura infantil a romances, crônicas, peças [5][6] de teatro e matérias jornalísticas. Foi casada com o poeta português Filinto de Almeida, e mãe dos também escritores Afonso Lopes de Almeida, Albano Lopes de Almeida e Margarida Lopes de Almeida. Nascida na cidade do Rio de Janeiro em 1862, era filha do médico Valentim José da Silveira Lopes, mais tarde Visconde de São Valentim, e de Adelina Pereira Lopes, ambos portugueses emigrados para o Brasil. Mudou-se ainda na infância para a cidade de Campinas, no estado de São Paulo, onde 1881 publicou seus primeiros textos na Gazeta de Campinas, apesar de na época a literatura não ser vista como uma atividade própria para mulheres. Numa entrevista concedida a João do Rio entre 1904 e 1905, confessou que adorava escrever versos, mas o fazia às escondidas. Três anos depois, em 1884, começa a escrever também para o jornal carioca O País, trabalho que durou mais de três décadas. Em 1886, mudou-se para Lisboa, onde se lança como escritora e junto de sua irmã publica Contos Infantis, em 1887. Em 28 de novembro de 1887 casou-se com Filinto de Almeida, à época diretor da revista A Semana Ilustrada, editada no Rio de Janeiro. Passou a ser colaboradora sistemática da publicação. Também escreveu para a [ revista Brasil-Portugal (1899-1914). Júlia retornou ao Brasil em 1888, onde publica seu primeiro romance, Memórias de Marta, que sai em folhetins em O País. Seu textos em jornais da época tratam sempre de temas pertinentes como a República, a abolição e direitos civis. Pioneira da literatura infantil no Brasil, seu primeiro livro, Contos Infantis (1886), foi uma reunião de 33 [5] textos em verso e 27 em prosa destinados às crianças, escrito em parceria com sua irmã, Adelina Lopes Vieira. Um ano depois, publicou Traços e Iluminuras, o primeiro dos seus 10 romances Escreveu também para teatro, com dois volumes publicados e cerca de 10 textos inéditos. Foi presidenta honorária da Legião da Mulher Brasileira, sociedade criada em 1919. Sua coletânea de contos Ânsia Eterna, 1903, sofreu influência de Guy de Maupassant e uma das suas crônicas veio a inspirar Artur Azevedo ao escrever a peça O dote. Em colaboração com o marido, escreveu, em folhetim do Jornal do Commercio, seu último romance, A Casa Verde, em 1932 Fundação da ABL Júlia Lopes de Almeida integrava o grupo de escritores e intelectuais que planejou a criação da Academia Brasileira de Letras. Seu nome constava da primeira lista dos 40 "imortais" que fundariam a entidade, elaborada por Lúcio de Mendonça Na primeira reunião da ABL, porém, seu nome foi excluído. Os fundadores optaram por manter a Academia exclusivamente masculina, da mesma forma que a Academia Francesa, que lhes servia de modelo. No lugar de Júlia Lopes entrou justamente o seu marido, Filinto de Almeida, que chegou a ser chamado de "acadêmico consorte". O veto à participação de mulheres só terminou em 1977, com a eleição de Rachel de Queiroz para a cadeira nº 5. Morte Júlia Lopes de Almeida faleceu em 30 de maio de 1934, na cidade do Rio de Janeiro, por complicações renais e linfáticas decorrentes da febre amarela. Ela foi sepultada no cemitério São Francisco Xavier. Postumamente, no mesmo ano, foi publicado seu último romance, Pássaro Tonto. https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BAlia_Lopes_de_Almeida JÚLIA CORTINES (Rio Bonito, 12 de dezembro de 1868 — Rio de Janeiro, 1948) foi uma poeta, e cronista brasileira. É considerada uma das mais vigorosas poetisas fluminenses do século passado, comparada às ilustres Narcisa Amália e Ibrantina Cardona. Com pouco mais de 20 anos começou a publicar suas obras, e, em 1894, seu livro intitulado "Versos" alcançou algum sucesso. O segundo, "Vibrações", lançado em 1905 constituiu-se numa revelação para o famoso crítico literário José Veríssimo, que afirmou na época: "Os poemas de Júlia Cortines distanciam-se magnificamente da poesia de água-de-cheiro e de pó-dearroz da musa feminina brasileira, e revelam em Júlia, mais que uma mulher que sabe sentir, alguém que sente com alma e coração e de forma que disputa primazias com nossos melhores poetas contemporâneos." https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BAlia_Cortines FRANCISCA JÚLIA CÉSAR DA SILVA MÜNSTER (Xiririca, 31 de agosto de 1871 - São Paulo, 1 de novembro de 1920) foi uma poetisa brasileira. Nasceu em Xiririca, hoje Eldorado Paulista. Colaborou no Correio Paulistano e no Diário Popular, que lhe abriu as portas para trabalhar em O Álbum, de Artur Azevedo, e A Semana, de Valentim Magalhães, no Rio de Janeiro. Foi lá que lhe ocorreu um fato bastante curioso: ninguém acreditava que aqueles versos fossem de mulher e o crítico literário João Ribeiro, acreditando que Raimundo Correia usava um nome falso, passou a "atacá-lo" sob o pseudônimo de Maria Azevedo. No entanto a verdade foi esclarecida após carta de Júlio César da Silva enviada a Max Fleiuss. A partir daí João Ribeiro empenha-se para que o primeiro livro da autora seja publicado e, em 1895, Mármores sai pela editora Horácio Belfort Sabino. Já a essa altura era Francisca Júlia considerada grande poetisa nos círculos literários. Olavo Bilac louvou-lhe o culto da forma, a língua, remoçada "por um banho maravilhoso de novidade e frescura", sua arte calma e consoladora. Sua consagração se refletiu nas inúmeras revistas que começaram a estampar-lhe o retrato. https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisca_J%C3%BAlia_da_Silva CARMEM DOLORES - Emília Moncorvo Bandeira de Melo nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de março de 1852, e morreu em 13 de agosto de 1911. Jornalista, romancista, contista e dramaturga, ela se dedicou também à poesia e à crítica. Colaborou em
jornais e revistas, entre as quais A Vida Elegante. Usava o pseudônimo Júlio de Castro para escrever contos em O Paiz, jornal de maior tiragem da América do Sul, na época. Como Leonel Sampaio escrevia artigos de crítica literária. No jornal Étoile de Sud, assinava como Célia Márcia, mas foi como Carmem Dolores que se destacou e que durante cinco anos, de 1905 a 1910, assinou suas crônicas na coluna dominical A Semana, na primeira página de O Paiz. Publicou, em 1897, o livro de contos Gradações. Em 1910, lançou Ao esvoaçar da ideia, reunião de crônicas. Publicou Lendas brasileiras, uma coleção de 27 contos para crianças. Recebeu homenagem póstuma em 1934, com a publicação de Almas complexas. Coube a ela escrever o editorial do primeiro número da revist A vida elegante. https://bndigital.bn.gov.br/dossies/periodicos-literatura/personagens-periodicos-
literatura/carmem-dolores/ Ángela Grassi (Cromá, 2 de agosto de 1823 - Madrid, 17 de septiembre de 1883) fue una escritora romántica española del siglo XIX. https://es.wikipedia.org/wiki/%C3%81ngela_Grassi