REVISTA DO LEO REVISTA ELETRONICA EDITADA POR
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Prefixo Editorial 917536
JORGE BENTO NA ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS
NUMERO 26 – NOVEMBRO 2019 SÃO LUIS – MARANHÃO
REVISTA DO LEO REVISTA ELETRONICA EDITADA POR
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Prefixo Editorial 917536
NUMERO 26 – NOVEMBRO 2019 SÃO LUIS – MARANHÃO
RECORTES & MEMÓRIA: MARANHÃO SOBRINHO
A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.
EXPEDIENTE REVISTA DO LEO Revista eletrônica EDITOR Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luis – Maranhão (98) 3236-2076
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física, Especialista em Metodologia do Ensino, Especialista em Lazer e Recreação, Mestre em Ciência da Informação. Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado; Titular da UEMA (1977/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF-MA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e de Pesquisa e Extensão); Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 14 livros e capítulos de livros publicados, e mais de 300 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Sócio-correspondwntw da UBE-RJ; Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luis (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM; Premio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Premio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; atualmente é o editor da “ALL em Revista”, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras. Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.
REVISTA DO LÉO NÚMEROS PUBLICADOS
ANO I - OUTUBRO 2017 – SETEMBRO 2018 VOLUME 1 – OUTUBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_1_-_outubro_2017 VOLUME 2 – NOVEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_2_-_novembro_2017 VOLUME 3 – DEZEMBRO DE 2017 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_3_-_dezembro_2017
2018 VOLUME 4 – JANEIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_4_-_janeiro_2018 VOLUME 5 – FEVEREIRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_5_-_fevereiro_2018h VOLUME 6 – MARÇO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_6_-_mar__o_2018 VOLUME 6.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – MARÇO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_ VOLUME 7 – ABRIL DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_7_-_abril_2018 VOLUME 8 – MAIO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8_-_maio__2018 VOLUME 8.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra VOLUME 9 – JUNHO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_9_-_junho_2018__2_ VOLUME 10 – JULHO DE 2018 – https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_10_-_julho_2018 VOLUME 11 – AGOSTO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_11_-_agosto_2018 VOLUME 12 – SETEMBRO DE 2018 - https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_12_-_setembro_2018
ANO II = OUTUBRO 2018 – SETEMBRO 2019 VOLUME 13 – OUTUBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_13_-_outubro_2018 VOLUME 14 – NOVEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_l_o_-_numero_14_-_novemb
VOLUME 15 – DEZEMBRO DE 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revisdta_do_l_o_15_-_dezembro_de_20? VOLUME 15.1 – DEZEMBRO DE 2018 – ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017-2018
https://issuu.com/…/docs/5ndice_da_revista_do_leo_-_2017-201
2019 VOLUME 16 – JANEIRO DE 2019 https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__16_-_janeiro_2019 VOLUME 16.1 – JANEIRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__-_janeiro__20 VOLUME 17 – FEVEREIRO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_17_-_fevereiro__2019 VOLUME 18 – MARÇO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__18_-_mar_o_2019 VOLUME 19 – ABRIL DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__19-_abril_2019 VOLUME 20 – MAIO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__20-_maio_2019 VOLUME 20.1 - MAIO 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO E A QUESTÃO DO ACRE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__20.1_-_maio_2019_-_ VOLUME 21 – JUNHO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__21-_junho_2019 VOLUME 22 – JULHO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__22-_julho_2019 VOLUME 22.1 – JULHO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__22-_julho_2019_-_ed VOLUME 23 – AGOSTO DE 2019 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__23-_agosto_2019 VOLUME 23.1 – AGOSTO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: AINDA SOBRE A CAPOEIRAGEM MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__23.1-_agosto_2019_VOLUME 24 – SETEMBRO DE 2019 – LAERCIO ELIAS PEREIRA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec VOLUME 24.1 – SETEMBRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: IGNÁCIO XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec
ANO III – OUTUBRO 2019 – SETEMBRO 2010
VOLUME 25 –OUTUBRO DE 2019 – https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__25_-_outubro__2019 VOLUME 26 –NOVEMBRO DE 2019 –
VOLUME 27 –DEZEMBRO DE 2019 –
2020
EDITORIAL A
“REVISTA
DO
LÉO”,
eletrônica,
é
disponibilizada,
através
da
plataforma
ISSUU
–
https://issuu.com/home/publisher. É uma revista dedicada às duas áreas de meu interesse, que se configuraram na escolha de minha profissão – a Educação Física, o Esporte e o Lazer, e na minha área de concentração de estudos atual, de resgate da memória; comecei a escrever/pesquisar sobre literatura, em especial a ludovicense, quando editor responsável pela revista da ALL, após ingresso naquela casa de cultura, como membro fundador. Com o número anterior, dedicado ao Prof. Dr. GuruGeek Laercio Elias Pereira – o ManoPereira - , completou-se dois anos de publicação, iniciando-se, com este, o terceiro ano. Em principio, com periodicidade mensal, visava colocar à disposição o acervo constituído do que fora publicado em meu Blog da Mirante/Globo Esporte.com, que fora retirado do ar após quase dez anos de contribuição diária... O arquivo foi indisponibilizado pelos novos controladores daquela emissora/complexo jornalístico. Acreditava que tinha material para dois anos... Esgotei, então, aquele período... E veio à publico alguns números especiais, quando o caso requereu. Poderia ter deixado para um novo numero de revista, mas... Vamos ver se continuamos no mesmo ritmo. A presente edição resgatará a memoria de um dos mais icônicos poetas maranhenses: Maranhão Sobrinho... A ALL instituiu este ano como o de seu ano... Poucas pessoas escrevem sobre o mesmo, dai procurei buscar recordes de sua memória, assim como venho fazendo de outros escritores maranhenses/ludovicenses, que doravante aparecerá mais nesta Revista. Neste número, ainda algumas crônicas sobre a Vila Velha de Vinhais e sua Igrejinha, resgatando um pouco dessa história. Também, os cursos de educação física que existiram no Maranhão – o do ITA, da FESM, do CND, ETFM, até o da UFMA. Depois, vieram muitos outros alguns efêmeros, outros pelos interiores. Mas o que nos interessa, é o curso da FESM, hoje UEMA, o que foi, sem nunca ter sido... Coisas do Maranhão... Já teve... Registramos, ainda, a vista que recebemos do ilustre Jorge Olimpio Bento, a qum indiquei para membro da Academia Ludoviense de Letras, como correspondente... veio receber seu diploma... rever sua Ilha Encantada, pisar nas pedras já centenárias de suas ruas, rever emeções, recordar da infância nas terras trasmontanas... um navegador português, com certeza... a percorrer o Império ondem o sol nunca se põem...
LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ EDITOR
SUMÁRIO EXPEDIENTE EDITORIAL SUMÁRIO MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E LAZER: LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ; DENISE MARTINS DE ARAÚJO - (CAPÍTULO DE LIVRO QUERIDO PROFESSOR DIMAS) O CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA FESM SESSÃO DE CINEMA – 1927 – O SPORTE E A BELEZA LAÉRCIO ELIAS PEREIRA É HOMENAGEADO PELO CBCE NONATO REIS INAUGURAÇÃO DO CASTELÃO: RUY DOURADO BOTA DUTRA PRA CORRER
JORGE OLIMPIO BENTO NA ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ APRESENTAÇÃO DE JORGE OLIMPIO BENTO EM SUA DIPLOMAÇÃO COMO SÓCIO CORRESPONDENTE DA ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS JORGE OLÍMPIO BENTO BANDEIRAS DA LUSOFONIA ARTIGOS, CRÔNICAS, OPINIÕES... LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ; DELZUITE DANTAS BRITO VAZ A PARÓQUIA DE SÃO JOÃO BATISTA DO VINHAIS, HOJE LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ INFORMAÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS - ESTADO DO MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ; DELZUITE DANTAS BRITO VAZ VILA DE VINHAIS – A VELHA E A NOVA LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ RECORTES & MEMÓRIA: MARANHÃO SOBRINHO – (José Américo Augusto Olímpio Cavalcanti dos Albuquerques Maranhão Sobrinho)
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MEMÓRIA DA EDUCAÇão FÍSICA, ESPORTE E LAZER
O CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA FESM1 Em 1974, pela Lei no. 3.489, de 10 de abril 2, o Governo do Estado cria a Escola Superior de Educação Física do Estado do Maranhão, com o objetivo (art. 1º) de formar professores e técnicos de Educação Física e Desportos, bem como desenvolver estudos e pesquisas relacionados com a sua área específica de atuação. O curso foi criando com toda a estrutura, com coordenação, área, dotação orçamentária... Mas não foi implantado, porque na mesma época, a Universidade Federal estava implantando o dela e, parece que houve um acordo em que o Estado abriria mão então de abrir o seu curso, para dar oportunidade para que a Universidade Federal abrisse o dela. Sobre esse assunto, Dimas afirma não ter conhecimento: Olha eu não te digo isso com convicção, mas eu quero admitir isso até pela lógica, porque os poderes do estado a nível de Universidade não tinha termo de comparação com o Federal, então eu acredito que tenha sido até o bom censo, porque naquela época a Universidade Federal era mais poderosa, tinha mais dinheiro, mais recurso, uma estrutura muito maior do que a do Estado. e principalmente que naquela época do Governo Militar, eles estavam dando muito incentivo, muito apoio, para a educação física e os esportes, tanto que o dinheiro que veio para a criação do Núcleo, o projeto foi daquele grande ... grande arquiteto ... Prochinic ... então você vê, aquele foi um projeto do Prochinic; então o Governo Militar estava dando muito incentivo nessa época; então eu acredito que o bom censo funcionou aí, porque na realidade, o Estado não tinha essa estrutura melhor do que a Federal, mas eu nunca ouvi falar nada sobre isso não. (DIMAS, entrevistas). A esse respeito, Laércio Elias Pereira esclarece: ... conversei bastante com o Dimas e Cláudio Vaz sobre a possibilidade de criar um curso de Educação Física no Maranhão. Em setembro do mesmo ano, fui convidado, junto com o Biguá, para apitar os jogos de Handebol dos JEM's. Voltei em janeiro de 1974, para morar no Maranhão. Resolvemos Cláudio e eu, chamar o Prof. Domingos Salgado para montar o processo de criação do curso de Educação Física na Federação das Escolas Superiores [FESM, hoje UEMA], o que aconteceu com o empenho do secretário Magno Bacelar e o Assessor João Carlos, ainda em 19743. Fiquei sem emprego e o Heleno Fonseca de Lima batalhou uma bolsa pelo antigo CND. Fui assessor da Secretaria de Educação e, como estava demorando para andar o curso no Estado, tivemos a iniciativa da Profa. Terezinha Rego, do ITA, para montar o curso particular, com os professores que já tínhamos arrastado para o Maranhão. Simei Bilhio, Rinaldi Maia e Dimas eram da Universidade, depois entrou o Domingos Salgado, que fez o velho trabalho de montagem do curso [da UFMA]. Acho que teve a pressão na inação da Universidade enquanto a FESM e o Pituchinha já tinham saído na frente em criar o curso de Educação Física. Quando o curso foi criado oficialmente, eu já estava no mestrado. (PEREIRA, Laércio Elias, entrevista). 1
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins. QUERIDO PROFESSOR DIMAS (Antonio Maria Zacharias bezerra de Araujo) – e a educação física e os esportes no Maranhyão: uma biografia (autorizada. São Luis: Editora Viva água, 2014. Capítulo do livro 2 Lei no. 3.489, de 10 de abril de 1974. Cria a Escola Superior de Educação Física do Estado do Maranhão e dá outras providências. DIÁRIO OFICIAL, São Luís, Sexta-feira, 10 de maio de 1974, ano LXVII, no. 88, p. 1 3 Laércio, quando foi embora, ele entregou uma cópia dessa Lei ao Entrevistador - Diário Oficial, com a Lei de criação - mas nunca colocado em prática. Nessa época se falava na UEMA da necessidade de se criar um curso de Educação Física; e o Laércio informou que não precisa porque o curso já estava criado - e entregou uma cópia dessa Lei -, sendo levada a cópia para o Reitor na época, e eles ficaram de tomar uma providência. Foi quando se ouviu essa história de pessoas que estavam ainda na UEMA, na época, FESM, de que o curso realmente havia sido criado, mas não tinha sido implantado porque havia um acordo de não se criar o curso no Estado - e que aquele acordo ainda estava valendo - e eles não iam conseguir autorização para mais um Curso de Educação Física, este no âmbito da Universidade Estadual.
Sidney Zimbres - outro dos "paulistas" - que participou desse processo, também não lembra como ocorreu a criação do curso da FESM: ... eu me lembro de ter ouvido dizer - já tem o curso na UEMA -, mas a UEMA, FESM, eu cheguei a dar aula na FESM seis meses; dei aula de Prática Esportiva; eu me lembro que a Secretaria de Administração ficava lá no Santo Antônio, eu fui lá para assinar o contrato, dei aula seis meses de Prática Esportiva lá, depois, quando eu entrei na UFMA, não fui mais; a FESM sempre era vista como uma Universidade mal organizada, vista assim de uma forma ruim... (ZIMBRES, Sidney. Entrevista). Para Dimas, isso realmente deve ter acontecido. A seguir, passa a tecer consideração sobre as dificuldades de implantação da Educação Física/Prática Esportiva, que culminou com a criação do Núcleo de Educação Física e, em conseqüência da demanda, com a criação do Departamento de Educação Física e do Curso de Educação Física. Outros cursos de Educação Física Mais ou menos nesse início - década de 70 -, quando a UFMA ainda estava passando por esses problemas de implantação da parte esportiva, aqui havia um colégio chamado Pituchinha - na parte de 1ª a 4ª série - e ITA - na 5ª a 8ª e segundo grau, dirigido pela Profa. Terezinha Rego; depois, quando passou para a administração do prof. Márcio, passou a chamar-se MENG e hoje, de propriedade do Deputado Federal Mauro Fecury um dos partícipes daquela famosa geração de 53 -, chama-se Objetivo, base do UniCEUMA -. No Ita, foi criado um Curso de Educação Física de licenciatura curta: esse curso até eles tentaram fazer também mais não foi a frente, já foi quando os paulistas já estavam aqui, em 75,76 por aí, o Sidney seria coordenador, mas era desse aqui, não era o outro [o da FESM] ... esse também não foi para a frente, que também não acho que tivesse condições (DIMAS, Entrevista). Recorremos ao Prof. Sidney para esclarecer a fundação desse curso de Educação Física do Ita, da professora Terezinha Rêgo: ... nesse tempo, em 77, como a UFMA não queria, não tinha intenção de fazer o curso, o Laércio teve amizade com a professora Terezinha Rego, do ITA, Pituchinha, depois MENG, Objetivo... eu também tomei muita amizade com ela logo que eu cheguei aqui, fui muito bem recebido por ela, lembro da primeira vez que eu fui jantar na casa dela, ela recebia o pessoal de fora... O Laércio convenceu a Terezinha em criar um curso de Educação Física... então ai nós criamos o curso de Educação Física no ITA - Instituto Tecnológico de Aprendizagem -, era Pituchinha, ela mudou a razão social para ITA, ficou a parte do primário com Pituchinha e o 2º grau acho, que essa parte ficou como Instituto Tecnológico de Aprendizagem... Vou contar uma história engraçada, dizem que ela usou o ITA porque é um Santo que tem ai em Ribamar, um famoso Pai de Santo ou um Santo... Eu também pensei que fosse o ITA de São José dos Campos, mas não tinha nada a ver, era mais ligado à questão religiosa, ela era adepta a um Santo ai em Ribamar, o tal ITA, foi por isso que ela colocou ITA... pai de Santo, eu não entendo dessas coisas ai, um santo como tem orixá sei lá o que tem o ITA ... Tinha um [Pai de] Santo em Ribamar que era ITA, que ela era fã desses [Pai de] santo por isso que ela colocou... Bom, ai nós criamos o curso, quem criou o curso do MENG foi Laércio, Sidney e Lino, nós três sentamos e montamos o currículo do curso, lógico, como a gente fez basicamente em cima do currículo do curso da USP na época ninguém tinha noção de currículo, ninguém tinha lido nenhum livro sequer sobre currículo a coisa foi feita de forma bem empírica; então montamos um curso que era feito em dois níveis; um nível era para formar um curso de curta duração, no primeiro modulo; e no segundo módulo, o aluno continuava, era curso superior; O curso chegou a ser aprovado no Conselho Estadual de Educação e estava em tramitação para ser aprovado no Conselho Federal de Educação; funcionou, acho que uns dois anos, não me lembro
direito exatamente se 2 ou 3 anos, nesse período quase fez o curso aqui do ITA ... Deve ter sido nesse período... Foi 77, eu acho que foram um ano e meio e dois anos; Os professores nessa época eram: o Domingos Fraga Salgado dava Organização Esportiva; tinha eu, que dava Voleibol, dava Ginástica, como Ginástica tinha 1, 2 e 3; a professora Cecília dava Educação Física Infantil e Ginástica Rítmica, Demóstenes dava Judô e teve uma época que deu Recreação; o Lino dava Recreação, depois foi embora, dava aula de Recreação, dava mais uma outra aula; tinha uma professora, era uma negra ... Dilmar ... dava Estrutura e Funcionamento, professora da UFMA; tinha uma aluna de Medicina, que dava Anatomia; mais ou menos o corpo era esse... Lopes era Atletismo; e a turma era essa.... (ZIMBRES, Sidney. Entrevista). Cláudio Vaz lembra porque se aventou em criar um curso de educação física: Nós íamos fazer uma Escola de Educação Física particular, já tinha toda a documentação, o professor Salgado deu para mim. Como eu sentia a necessidade de ter professores formados, e os que eu trazia eram poucos em relação a necessidade que nós tínhamos, nós achamos um início para formar a Escola de Educação Física particular. Nós começarmos a trabalhar e deve ter sido isso que chegou lá, nós tínhamos um interesse de fazer uma Escola de Educação Física aqui, eu não posso dizer assim com certeza. Domingos Fraga Salgado, foi quem eu trouxe para criar e Escola de Educação Física, com o Magno Bacelar. Ele que obteve toda documentação, foi quando a UFMA criou, aí parou. Salgado e Laércio participavam ativamente nesse projeto. Eu sei que nós chegamos, avançamos, não foi concretizado, eu sei nós avançamos nesse ponto, o Salgado veio para cá fazer isso, eu trouxe ele para cá. No tempo eu tinha muita liberdade de pagar ... Magno quando queria o serviço, pagava do próprio bolso, não tinha o Wellington e ele me dava um cheque, hoje ele é um homem de porte limitado, na época ele era o mandão, então ele me apoiou demais. Quando o Magno assumiu eu fiquei muito forte na Secretaria. (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista). Dimas refere-se, também, ao curso da Escola Técnica, para formação de técnicos de nível médio4, para aproveitar o pessoal antigo para trabalhar. (DIMAS, entrevistas). O Projeto dos Parques Esportivos do CND Aqui, o Dimas e entrevistador discutem sobre esses equipamentos construídos no interior do Estado, alguns dos quais Dimas participou da inauguração: mas aí está faltando uma melhor informação sua, os núcleos, a área física foram construídas alguns, eu inclusive nessa época trabalhava na SEDEL, fui na inauguração do de D. Pedro, do de Chapadinha, mas só que os prefeitos além de ficarem com a verba, construíram, mas não deu funcionabilidade, porque o MEC dava dinheiro para construir... O entrevistador esclarece a questão, informando que os recursos eram do antigo CND, não eram do MEC; esse dinheiro que a que Dimas se refere - da construção desses núcleos - já era recurso do MEC, de outra verba, também em convênio com a SEDEL; por exemplo, o "Barjonas Lobão", em Imperatriz - que é um núcleo de esportes - foi construído com recursos do MEC, em 1979/80; mas não com esse do CND - é bem 4
Dimas refere-se a um convênio entre o CND e a SEDEL, para formação de Técnicos Esportivos, que iriam atuar em 40 Centros Esportivos que iriam ser construídos no interior do Maranhão. Pelo convênio, a ETFM formaria esse pessoal. Quando a Escola conseguiu formar a primeira turma, os prefeitos já haviam pegado parte do dinheiro, mas não construíram os núcleos, as quadras; as pessoas que foram indicadas ou eram sobrinhos, ou filhos, ou parentes do prefeito, quando não indicaram pessoas, ex-atletas aqui de São Luís, e nenhum quis voltar para o interior. Foram absorvidas pela própria SEDEL, pelo Município - onde a maioria já trabalhava -; apenas um voltou para o interior, só um; e dos 40 núcleos, parece que foi liberado verba para quatro ou cinco, mas que não foi construído.
anterior. Havia dois órgãos, o CND - com o projeto desses núcleos esportivos - que o Pelé, depois tentou fazer -, e havia o do MEC, que era para a construção de complexos esportivos. Ao que parece, foram construídos cerca de 15 complexos esportivos com dinheiro do MEC; em Imperatriz tem um, porque o entrevistador foi quem fez o projeto de Imperatriz, ainda na intervenção de Antônio Baima, quando trabalhava naquela cidade. Mas os recursos do CND - já na administração do Sr. Elir Jesus Gomes, na SEDEL - o dinheiro chegou a ser liberada a primeira parte, para a implantação de curso de Educação Física e uma parte seria depois, na metade do curso, seria liberado recurso para a construção física; sabe-se que eram 40 prefeituras que estavam sendo beneficiadas, e que dessas 40 prefeituras, salvo engano, só 20 tinham indicado pessoas para fazer o curso aqui; então eram os primeiros vinte, desses primeiros vinte, sabe-se que não foi liberada toda a verba. O Curso de Formação de Professores de Educação Física da ETFM ... eu estou falando é que a Escola Técnica teve um curso a nível médio para professor de Educação Física, esse que todos esses técnicos daqui de São Luís fizeram..." (DIMAS, entrevistas). Novamente, cabe aqui novo esclarecimento, pois afinal, está-se contando a História da Educação Física e dos Esportes em Maranhão: o primeiro curso de Educação Física da ETFM teve a duração de oito meses, com tempo integral - oito horas de aula por dia -, e era um convênio SEDEL/CND com a interveniência da Secretaria de Educação do Município - São Luís também receberia recursos do CND. Então nós - Lino, que depois passou a coordenar esse curso; Laércio, como o elemento de ligação da SEDEL, responsável pelo projeto; e eu, pela Escola Técnica, o Guaracy Martins Figueiredo, que na época era professor da Escola e da Universidade, como o Lino e o Laércio - montamos uma primeira turma com 40 vagas, sendo 20 vagas por conta do CND e 20 por conta da SEDEL; então eram 20 pessoas indicadas pela SEDEL e 20 pessoas indicadas por essas prefeituras do interior - que na realidade quem indicou foi a SEDEL -, então essa primeira turma com esses 40 alunos, foi montada dessa forma. Quando chegou à metade do curso, o CND viu que não daria certo, que não iria para frente - os prefeitos estavam recebendo o dinheiro e não estavam construindo -, então ele cortou, por falta de prestação de contas e denunciou o convênio com a SEDEL; aí a SEDEL assumiu completamente o curso, e depois absorveu todo esse pessoal, a exceção de um, que era o filho de um prefeito do interior. Aí foi criada a segunda turma, já direto em convênio com a SEDEL, com a Secretaria de Educação e com a Secretaria de Educação do Município; foram criadas duas turmas, uma pela manhã e uma a noite; já foram 80 alunos na segunda turma, voltada para a formação de técnicos esportivos e técnicos de recreação da SEDEL e de professores para as secretarias de educação; a terceira turma - só que a SEDEL nunca repassou o dinheiro para a Escola, então a Escola acabou assumindo e dando o curso -, a terceira turma, a SEDEL já estava de fora, não interessava mais, e a SEEDUC já tinha recriado o seu Departamento de Educação Física - a Silvana Farias era a coordenadora -, e se fez um novo convênio, com a SEDUC, e ficou de dar alguns professores, todo o material esportivo, e a ETFM com alguns professores e as instalações - também nunca repassou -, pagaria pelo curso, nunca repassou um tostão para o curso -, e a Escola teve que assumir também isso, teve prejuízo financeiro, pois prestou o serviço e não recebeu pelo mesmo. Lino Castellani fala da implantação desse curso: ... aí eu fui para Escola Técnica e me torno professor de segundo grau Na Escola Técnica. Aí dentro da Escola Técnica, desenvolvemos o projeto de criação do curso de Formação de Magistério em Educação Física em nível de segundo grau, eu fui o primeiro coordenador do curso. Elaborei o projeto junto com os colegas que estavam presentes naquela ocasião, e outros que foram para lá depois, inclusive você ; aí fiquei na coordenação; mas entro na Escola Técnica em 77, 78; eu me afasto para sair para o mestrado e você assume a coordenação. Ah! Tá, o Manoel Trajano, mas aí eu já estava na Universidade do Maranhão eu saí do Maranhão Atlético Clube, eu tive um outro trabalho de futebol no Tupã. No Tupã eu fui técnico.". (CASTELLANI FILHO, Lino. Entrevista).
Assim, tivemos um curso na Universidade, que na época estava passando por dificuldades, pela falta de professores qualificados, pela falta de alunos; uma tentativa na UEMA, que não deu certo; o curso ITA, o curso de nível médio da Escola Técnica. Foi feito um estudo - em 1982, para justificar o convênio entre ETFM/SEEDUC - em que, só na Secretaria de Educação havia necessidade de 980 professores de Educação Física; a UFMA naquela época não estava formando nenhum professor por ano. Só o curso - em 84, 85, 86 da Escola Técnica - e o pessoal que estava vindo de fora, teve muito maranhense que foi para Belém, como o Oswaldo Telles de Sousa Netto, genro de Dimas; Na volta desse pessoal a Educação Física - a partir da criação dos Jogos Escolares Maranhenses, com mais de dois, três mil alunos participando nos anos de 75, 76, já tinha se consolidado completamente -, a Educação Física morre, praticamente... Era só pratica esportiva, uma distorção em que observa, até hoje, de as escolas cobrarem pelas aulas do que chamam de escolinhas de esporte, e praticamente aqueles esportes que se faziam nos clubes, em algumas escolas, morrem, tudo estava voltado para os JEM's e, em conseqüência, para os JEB's. Cláudio Vaz, o Alemão, fala, com orgulho, como conseguiu implantar as escolinhas de esportes e revitalizar o esporte escolar maranhense, com a ajuda daqueles jovens que na década de 50 - a "Geração de 53", que na realidade começou em 52 - praticava esportes na Atenas brasileira: Aí o Jaime telefonava para o Duailibe que era diretor do D.E.R, e disse - o Alemão tá com um problema, aí ele tá precisando de 300 agasalhos; - manda ele vir falar comigo; "comprava pelo D.E.R (Departamento de Estradas e Rodagens), não tinha nada a ver com o Departamento de Educação Física, porque tínhamos a facilidades de amizades, o Jaime era Secretário da Fazenda, então o que Jaime falava era uma ordem: - Zé Carlos, Alemão tá precisando de 30 bolas... - Zé Reinaldo, o Ginásio tem de reformar... o Zé Reinaldo, Secretário de Viação e Obras, uma semana o estádio ia reformar, o que eu precisasse eu não tinha dinheiro em espécie, mas eu tinha todo o apoio logístico, tudo o que eu queria eles me davam; vamos viajar, passagem aérea, o Maranhão passou 4 anos viajando por esse Brasil inteiro, não tinha um campeonato brasileiro que o Maranhão não praticasse. Por que? material à vontade, técnicos à vontade, uma constância de trabalhos, o Costa Rodrigues não tinha porta fechada, começava 4 horas, 4, 5 horas da manhã, ia até meia-noite ou uma hora e continuava de novo e era uma hora e continuava de novo e era numa dedicação dos professores, teve um lance gozadíssimo, eu tinha uma equipe na coordenação, eu trabalhava na coordenação e no departamento de Educação Física. O Bordalo que era o Secretario resolveu resumir nossa folha nesse tempo era 100 mil reais passou para 50. Eu reuni meu pessoal todinho, e nesse tempo não tinha esse negócio de leis trabalhistas, - vocês são meus professores, eu não quero perder nenhum, reduziram o meu custeio de 100 mil para 50, eu não quero perder nenhum de vocês eu não sei se vocês vão aceitar mas a única maneira que eu posso fazer eu quero todos vocês aqui, eu vou reduzir 50% o salário de todo mundo aqui... não saiu nenhum, ficou todo mundo ganhando a metade do salário. Gafanhoto vai te contar essa história e ele morre de rir. É que na equipe houve uma irmandade, todos tinham o prazer e brigar para você pegar uma hora no Costa Rodrigues, era uma guerra, todo mundo querendo trabalhar. Foi assim uma motivação maior que fez esse trabalho aparecer, eu tive uma equipe muito boa, meu professor, eram meus árbitros, meu professor eram meus conselheiros, então tinham um trabalho coletivo e todo mundo querendo essa grandeza de educação física, no desporto e surgiu os colégios, se empolgaram, o colégio que não tivesse participação no JEMS, não tinha aluno, a vibração dos colégios que aguardavam o ano todinho se preparando então foi aí que surgiu.... (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista).
A PACOTILHA – 27 DE NOVEMBRO DE 1927
O CEV é filho do Maranhão, nasceu das pesquisas e trabalho do Prof. Dr. GuruGeek Pereira, quando professor da UFMA/DEF E o post de hoje é para relembrar um dos momentos mais marcantes da participação do CEV no XXI Conbrace: a homenagem ao nosso presidente Laércio Elias Pereira, recebida do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte
INAUGURAÇÃO DO CASTELÃO: RUY DOURADO BOTA DUTRA PRA CORRER NONATO REIS 24 de setembro às 19:24
Maio de 1982. O Maranhão vivia um frenesi com a inauguração do estádio João Castelo, o conhecido Castelão. O governador queria marcar o fato com um grande evento e articulou nos bastidores com a CBF, para que a Seleção Brasileira, que se preparava para a Copa da Espanha de 1982, atuasse em São Luís. Acertados os detalhes, o Brasil de Zico, Sócrates, Júnior e Falcão, jogaria contra Portugal, em partida que acabaria vencendo por 3 a 1. No dia do jogo, Domingos Dutra, então ativista do movimento estudantil da UFMA, membro do grupo denominado Desafio, decidiu jogar água no chope do Palácio. “Naquela época os estudantes eram contra tudo o que eles classificavam como de direita”. Ele e seu grupo foram para a entrada do estádio, protestar contra o que consideravam um desperdício de dinheiro público. Dutra postou-se na frente da fábrica da Coca-Cola, distribuindo um panfleto rodado no velho mimeógrafo a álcool, que criticava a fábula de dinheiro gasto na obra, assim como o dispêndio para aquela festa nababesca, enquanto milhares de pessoas viviam no mangue e abaixo da linha de pobreza, sem ter casa, comida, emprego, escola, saneamento básico. O povo descia aos magotes para o estádio e Dutra danou-se a distribuir o jornalzinho. Até que de repente ele sentiu um peso imenso em suas costas. Olhou para trás e deu com o radialista Ruy Dourado que, a cara amarrada, queria saber o que ele fazia ali. “Rapaz, tu quer impedir o povo de vir pro estádio? Saia já daqui!”, ordenou o radialista. Dutra, então uma figura esquálida, fitou aquele homenzarrão e teve medo. “Quando vi aquela pança de cabaça atrás de mim, fungando no meu cachaço, eu pensei: doido é que fica aqui. E tratei de correr”. Ao refletir sobre o episódio, Domingos Dutra diz que naquela época ele achava que defender o estádio seria uma alienação. E, tal como antes, manteve a opinião de que o Castelão foi uma obra desnecessária. “Bastava reformar o Nhozinho Santos, dotar o campo de boas acomodações, e não precisava construir um estádio daquele tamanho”. ... Do livro de crônicas "Dutra: o homem que desafiou o fute", que deveria ter sido lançado este ano, e interrompido com a súbita doença do prefeito.
CONVITE Academia Ludovicense de Letras Para a solenidade de Diplomação de Sócio Correspondente
JORGE OLIMPIO BENTO PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Data e horário: 1º de Outubro de 2019 (Terça-feira) às 19 h Local: Casa de Cultura Huguenote “Daniel de La Touche” – R. Dialma Dutra - Centro, São Luís – MA (98) 4101-5050 Traje: Passeio completo, com uso de colar e medalha, para membros efetivos Esporte fino para convidados em geral
APRESENTAÇÃO DE JORGE OLIMPIO BENTO EM SUA DIPLOMAÇÃO COMO SÓCIO CORRESPONDENTE DA ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS Por LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Ludovicense de Letras Instituto Histórico e geográfico do Maranhão Ao enviar-nos seu ‘curriculum-vitae’ – resumido – mandou um ‘catatau’ de 65 páginas... Em sua introdução faz algumas citações, que, de certa forma, resume sua vida e vivencias: Das obras grandes ou pequenas, das ações generosas ou vis, cada um traz na própria cabeça a verdadeira medida. // Só existimos enquanto fazemos, quando não fazemos só duramos. - Padre António Vieira, 1608-1697 O que o homem é, somente a sua história lho diz. Wilhelm Dilthey, 1833-1911 O nosso passado – aí tendes o que nós somos. Não há outra forma de julgar as pessoas (…) Nenhum homem é suficientemente rico para comprar o passado. Oscar Wilde, 1854-1900 Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou. Fernando Pessoa (Álvaro Campos), 1888-1935 Informa-nos, em suas notas biográficas, que: Jorge Olímpio Bento nasceu em 25 de abril de 1946 em Bragada, concelho de Bragança, Trás-Os-Montes, Portugal.
Procura comportar-se, no plano académico e cívico, de acordo com as virtudes e defeitos que comumente são associados ao 'transmontano'. Além disso, preocupa-se em honrar as máximas de Miguel Torga (1907-1995), de que "o transmontano não é murado psicologicamente" e "o universal é o local sem paredes”. É um apaixonado por todos os países, povos e regiões que perfazem a policromia lusófona. Aguarda que, um dia, seja inventada uma palavra melhor do que ‘lusofonia’, para expressar a comunidade de afetos, de culturas e de fraternidade constituintes da sua Pátria plural e multiplicada na África, na América, na Ásia e Oceânia. Possui Licenciatura em Educação Física, em 1972, pelo antigo Instituto Nacional de Educação Física (INEF), de Lisboa. Doutoramento em Pedagogia, em 1982, pela Ernst-Moritz-Arndt-Universität de Greifswald, Alemanha. É, desde 5 de maio de 1993, Professor Catedrático na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, onde entrou como docente em junho de 1976. Foi Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, a partir de junho de 1986 até janeiro de 1996. Pró-Reitor da Universidade do Porto, desde 24 de novembro de 1995 até 18 de setembro de 1998. Presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, desde 8 de fevereiro de 2000 até maio de 2010. Director da Faculdade de Desporto para o quadriénio 2010-2014, eleito pelo Conselho de Representantes, por unanimidade, no dia 11 de maio de 2010 (o primeiro à luz das alterações estatutárias ocasionadas pelo RJIES – Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior). Reeleito para o quadriénio 2014-2018, por unanimidade, em 14 de novembro de 2014. É Doutor Honoris Causa, pela Universidade Federal do Amazonas, Manaus, em sessão solene realizada no auditório da mesma Universidade em 23 de julho de 2007. Doutor Honoris Causa, pela Kasetsart University, Bangkok, título outorgado pelo Conselho Científico desta Universidade em 26 de março de 2012 e entregue em sessão solene realizada no dia 16 de julho de 2012. Esta breve nota permite constatar que, dos cerca de 40 anos de carreira académica, três foram preenchidos com o doutoramento (1979-1982) e 37 consagrados à docência e, paralelamente, a tarefas de direção, orientação e gestão universitárias. Com estas últimas vertentes prende-se igualmente, como adiante se verá, o desempenho da função de vereador na Câmara Municipal do Porto e da de Presidente do Conselho Superior do Desporto de Portugal. Os dados doravante apresentados revelam também e sobejamente que a entrega a tarefas de gestão não tem sido impeditiva da realização de dimensões fulcrais do estatuto da carreira docente universitária, como sejam as de docência, de elaboração, publicação e divulgação de reflexão e conhecimento. 2. ATIVIDADE DOCENTE À função de regente da cadeira de Pedagogia do Desporto nos cursos de Licenciatura, Mestrado e nos cursos de Segundo e Terceiro Ciclos (a partir do ano escolar de 2008/2009) da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto acresce a de professor convidado nos seguintes cursos e instituições:
Curso de mestrado do IEFD, UERJ, Rio de Janeiro (1993 a 1996);
Curso de doutoramento do INEF da Galiza, Universidade da Coruña, Espanha (de 1995 a 1998);
Curso de formação de professores de educação física da Escola de Educação Física e Desporto do Instituto Politécnico de Macau (até 1999); Programa de Pós-Graduação (Mestrado/Doutorado) em Educação Física (Área de Concentração em Pedagogia do Movimento Humano; Disciplina de Seminários em Pedagogia do Movimento Humano, com a carga horária de 20 horas/aulas) da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE-USP), a partir de Maio de 2003;
V Curso de Pós-Graduação A Novidade do Corpo Humano: Forma e Função, Seminário “O corpo em forma: um olhar desportivo”, Ano Lectivo 2006/2007, Universidade do Porto/COFANOR;
Programa de Pós-Graduação (Mestrado/Doutorado) em Ciências do Esporte (disciplina “Tópicos Especiais: Pedagogia do Esporte”, com a carga horária de 30 horas/aulas) da Escola de Educação
Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (EEFTOUFMG), Belo Horizonte, a partir de Setembro de 2007;
Curso de Pós-Graduação em Gestão do Desporto Profissional (1ª. Edição 2008/2009), módulo Desporto e Cultura (12 horas), da EGP - Business School, University of Porto;
Cursos de Mestrado e Doutoramento da Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Pedagógica, Maputo, Moçambique, na cadeira de Pedagogia do Desporto, desde o ano letivo 2008/2009;
Curso de Mestrado em Direito Desportivo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com início em 2019.
Para além dessas atividades tem cumprido com regularidade, nos últimos 20 anos, programas de aulas, conferências, seminários e cursos breves em várias Universidades e instituições da Alemanha, de Angola, da Argentina, do Brasil, de Cabo Verde, da China (Macau e Pequim), do Equador, da Espanha, da Índia (Goa), de Israel, de Moçambique, do Peru, da Tailândia e de Timor, a saber: 3. ORIENTAÇÃO E ARGUIÇÃO DE TRABALHOS ACADÉMICOS E AFINS Assinale-se a presidência de cerca de 250 júris de provas de doutoramento e de agregação da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Não se mencionam aqui as presenças e arguições em provas de mestrado (ou afim), de doutoramento e agregação na Faculdade de Desporto na Universidade do Porto, em provas de doutoramento na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e na Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade de Coimbra, assim como em provas de doutoramento e agregação na Universidade do Minho e na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. Fica de fora a menção de participação em júris de concursos para Professor Associado e Professor Catedrático, tal como a elaboração de pareceres para nomeação definitiva de Professores Auxiliares, Associados e Catedráticos, quer da Universidade do Porto, quer de outras Universidades (Universidade de Coimbra, Universidade do Minho, UTAD-Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro, Universidade Técnica de Lisboa). Do mesmo modo não são referidas participações em provas académicas e concursos em vários Institutos Superiores Politécnicos (nomeadamente Bragança e Viseu). Dado o subido privilégio e o profundo significado afetivo e simbólico não pode ser desconsiderada a circunstância de ter presidido, juntamente com o Magnífico Reitor da Universidade do Porto, às cerimónias de outorga do grau de Doutor Honoris Causa ao Doutor João Havelange, Presidente Honorário da FIFA (em 1 de fevereiro de 2001), ao Prof. Doutor Alfredo Gomes de Faria Júnior, Professor Jubilado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (em 27 de setembro de 2004), ao Prof. Doutor Eckhard Meinberg e ao Prof. Doutor Hans-Joachim Appell, Professores da Deutsche Sporthochschule Köln (em 6 de março de 2006) e ao Doutor Jacques Rogge, Presidente do Comité Olímpico Internacional (em 26 de novembro de 2009). 3.1. Dissertações de doutoramento Concluíram provas de doutoramento, sob a sua orientação, seis cidadãos portugueses e seis cidadãos brasileiros. Especial destaque merecem as seguintes, pelo facto dos doutorandos serem externos à FADEUP e por alguns tratarem temas das lonjuras da floresta amazónica: 3.2. Orientação de dissertações de mestrado - No tocante a orientação de provas de mestrado ou equivalente (Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica) o número é de nove. 3.3. Arguição de provas de doutoramento no estrangeiro - 6 3.4. Participação em provas para Professor Catedrático em Espanha - 1 3.5. Arguição de Teses de Mestrado no Brasil - 3 3.6. Orientação de Pós-doutoramento - 1 4. TRABALHOS PUBLICADOS
No tocante a artigos tem mais de 100 títulos publicados em revistas em Portugal e no Estrangeiro. É autor de 103 capítulos integrados em atas de congressos e em livros editados no País e no Estrangeiro. Excetuando a indicação da autoria de livros (40) e de brochuras (6), os dados que se seguem não respeitam todos os períodos da carreira académica, devido a perda de registos e arquivos. 4.1. Livros - Portugal = 31; Estrangeiro = 24 4.2. Capítulos de Livros Portugal - 52; Estrangeiro = 48 4.3. Capítulos em Atas de congressos e simpósios - 25 4.4. Brochuras - Em Portugal 4; No Estrangeiro 2 4.5. Artigos em revistas 4.5.1. Revistas científicas de circulação internacional A, B e C - 55 4.5.2. Revistas técnico-pedagógicas e/ou de divulgação científica – 70 4.6. Publicações no blogue Colectividade Desportiva 17 4.7. Publicações em jornais 16 4.8. Pareceres 6 5. CONFERÊNCIAS MAIS SIGNIFICATIVAS E INTERVENÇÕES AFINS – CONTEI ATÉ 200 6. FUNÇÕES DE NATUREZA EDITORIAL 26 7. FUNÇÕES EM SOCIEDADES E ORGANISMOS INTERNACIONAIS 10 8. OUTRAS FUNÇÕES MAIS DE 60 9. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL Os elementos constantes deste curriculum vitae demonstram uma forte vinculação do seu autor à cooperação internacional. Na Europa lançou as bases de intenso relacionamento da Faculdade de Desporto com a Deutsche Sporthochschule Köln, não sendo a isto alheio o facto de ter realizado o doutoramento na Alemanha. Esta relação envolve hoje vários docentes e é responsável por muitos trabalhos e artigos com reconhecimento no panorama científico além-fronteiras. Também a aproximação a instituições congéneres da Espanha ditou passos e tomadas de medidas. O mesmo se aplica no tocante ao estabelecimento de relações com a Universidad Nacional de Educación Enrique Guzmán y Valle, La Cantuta, Lima, Peru. A abertura à América de língua castelhana integra a Argentina, tendo já sido iniciados contactos com a Universidad Nacional del Litoral, em Santa Fé, com evolução previsível a curto prazo. No entanto a sua dedicação apaixonada vai para o cultivo e a consolidação da Lusofonia. Da entrega a esta causa e visão, assumidas convictamente como parte maior da missão institucional, dá claro testemunho o afincado trabalho desenvolvido, enquanto Pró-Reitor da Universidade do Porto e enquanto Professor, Presidente do Conselho Científico e Presidente do Conselho Diretivo da Faculdade de Desporto, visando e criando uma relação íntima e altamente profícua com os Países Lusófonos. Neste capítulo sobressaem a cumplicidade e a proximidade com o Brasil e, num registo menos nítido, todavia assaz relevante, com Moçambique. O elevado número de parcerias, de formação de mestres e doutores, de publicações e projectos científicos conjuntos, assim como os programas de mobilidade de estudantes e docentes constituem uma prova inequívoca e eloquente do alcance e sentido do labor empreendido. Ademais é fundador (juntamente com o Prof. Doutor Alfredo Gomes de Faria Júnior, Rio de Janeiro) do Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, que vai já na 15ª edição.
Assinale-se também a importância de colaborações formais e reais com Universidades da Tailândia (Burapha University, em Bangsaem, Kasetsart University, em Bangkok e campos adjacentes, Chiang Mai University, em Chiang Mai). Esta colaboração foi selada pela atribuição em 26.03.2012 do título de Doutor Honoris Causa pela Kasetsart University, Banguec o que, entregue numa sessão solene realizada no dia 15 de julho 2012, presidida por Sua Alteza a Princesa Chulabhorn da Tailândia. E não se esqueçam as relações com o Instituto Politécnico e com o Instituto de Desportos da Região Administrativa Especial de Macau, com a Secretaria de Estado do Desporto de Cabo Verde, com a ACOLOP - Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa, sediada em Macau, e com o Comité Olímpico de Moçambique. Um apego muito especial tem sido devotado à concretização de acções de cooperação com a Índia e, em particular, com Goa, nomeadamente com o Dom Bosco College de Pangim, com o Directorate of Sports & Youth Affairs, com a Goa Football Association e com a AIFF-All Indian Football Federation. Esta frente de internacionalização, estrategicamente muito relevante, está sustentada em protocolos celebrados com as instituições referidas e é merecedora de enorme atenção e sempre renovado carinho. 10. CONDECORAÇÕES E OUTRAS PROVAS DE RECONHECIMENTO – UM TOTAL DE 35, DESTACANDO
Comendador da Ordem do Rio Branco, condecoração concedida por Sua Excelência o Senhor Presidente da República Federativa do Brasil, Prof. Doutor Fernando Henrique Cardoso, por decreto de 20 de maio de 1996.
Reconhecimento pela Portaria nº. 023/94, de 11.04.94, da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil, ao seu empenho “na articulação e efetivação do convénio entre a UA e a UP”.
Medalha do Mérito Universitário, conferida pela Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, Brasil, em 31.07.1994.
Esse, senhores, é o meu amigo, Mestre, Jorge benco, a quem recebemos, hoje, aqui... e o conhecendo, não será apenas mais uma honraria. Veio para somar!!! Obrigado!!! BIBLIOGRAFIA Livros - Portugal
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Publicações no blogue Colectividade Desportiva Da corrupção, 3 de dezembro de 2009 Da beleza e da verdade ausentes, 22 de dezembro de 2009. Retrocesso civilizacional, 26 de Dezembro de 2009. Verdade desportiva – exibicionismo, farsa e pantomina, 10 de janeiro de 2010. Verdade ou proselitismo?, 17 de janeiro de 2010. Português em alta, 17 de fevereiro de 2010. Como quem se confessa, 23 de maio de 2010. Dos defeitos do corpo, 16 de junho de 2010. Memorial de um povo, 23 de junho de 2010. À flor da pele, 5 de julho de 2010. Mitologia e sabedoria, 13 de agosto de 2010. Sinais deste nosso tempo, 9 de setembro de 2010. Elogio dos pneus, 16 de setembro de 2010. A tribo dos milagres, 19 de setembro de 2010. Anestesia e humilhação, 19 de outubro de 2010. A propósito dos Jogos Olímpicos e da Universidade, 7 de agosto de 2012.
Pedido: período de nojo, 19 de agosto de 2012. Publicações em jornais Cronista semanal do jornal A BOLA, desde 1994 até Julho de 2009. Saúde: o preço pago pelo atleta, publicado em 10.10.1988 no Jornal da Tarde, São Paulo. Da legitimação da educação física e do desporto na escola, in: DIÁRIO DO SUL, págs. 5-6, Évora 6 de janeiro de 1999. Memorial de um país, publicado no jornal Contraponto, B-7, Paraíba, Brasil, 25 de junho de 2010. Publicação de textos nos jornais Público e Primeiro de Janeiro. Contra a corrente: Palavras de reparação. Revista MAGAZINE, do Jornal de Notícias e Diário de Notícias, p. 41, 28.08.2016. Pareceres Co-autor do Relatório Institucional, como membro da comissão incumbida da elaboração da Auto-Avaliação da Universidade do Porto. In: Boletim da Universidade do Porto, Ano VI, nº. 28, Universidade do Porto. BENTO, Jorge Olímpio (2007): Parecer acerca de MOVIMENTO UM ESTILO DE VIDA – Manual de Educação Física do Ensino Secundário, Edições ASA. BENTO, Jorge Olímpio (2010): Parecer, encomendado pela FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia, acerca da publicação da obra PROFESSORES DE EDUCAÇÂO FÍSICA EM PORTUGAL: FORMAÇÃO; IDENTIDADE E SATISFAÇÃO PROFISSIONAL. BENTO, Jorge Olímpio (2011): Em Defesa do Desporto Escolar: Enunciado de Razões, documento enviado à Senhora Ministra da Educação em 14 de janeiro de 2011. CONFERÊNCIAS MAIS SIGNIFICATIVAS E INTERVENÇÕES AFINS Grundpositionen der Planungstheorie. V. Doktorandenseminar der Sektion Sportwissenschaft da ErnstMoritz-Arndt-Universität Greifswald, Alemanha, 25 de maio de 1981. Die Curriculumtheorie in den USA und in der BRD. 19. Jahrestagung der Zentralen Fachkommission Methodik des Sportunterrichts, Fuhlendorf, Alemanha, 23-26 de junho de 1981. Die Lernzielproblematik. Die junge Entwicklung der Curriculumbewegung in der BRD und ihre Auswirkung auf dem Gebiet der Köerpererziehung. VI. Doktorandenseminar der Sektion Sportwissenschaft da Ernst-Moritz-Arndt-Universität Greifswald, Alemanha, 25 de junho de 1981. Theoretische Positionen zum Sportcurriculum – dargestellt am Beispiel der Rahmenrichtlinien Nordrhein-Westfalens. VIII, Wissenschaftliche Konferenz da Sektion Sportwissenschaft da ErnstMoritz-Arndt-Universität Greifswald, Alemanha, 12-15 de outubro de 1982. Perspectiva antropocêntrica da didáctica da educação física. Seminário de Educação Física, Jornadas Pedagógicas do Sindicato de Professores da Grande Lisboa, 5-6 de novembro de 1984. Lehrplankonzeptionem für den Sportunterricht – Tendenzen und internationaler Vergleich. Colóquio como Professor Convidado da Sektion Sportwissenschaft da Ernst-Moritz-Arndt-Universität Greifswald, Alemanha, 17 de setembro de 1985. Struktur und Entwicklungstendenzen dês Sports in Portugal, mit dem Schwerpunkt ‘Sport der jungen Generation’. Lição como Professor Convidado da Sektion Sportwissenschaft da Ernst-Moritz-ArndtUniversität Greifswald, Alemanha, 20 de setembro de 1985 Lehrplan und niveaubestimmende Kriterien dês Sportunterrichts in den portugiesischen Schulen. Lição como Professor Convidado da Sektion Sportwissenschaft da Ernst-Moritz-Arndt-Universität Greifswald, Alemanha, 20 de setembro de 1985. Relações da educação física com a pedagogia e a psicologia expressas nos casos da didáctica da educação física e do treino desportivo. First International Meeting on Psychological Teacher Education, Universidade do Minho, 29 de maio a 1 de junho de 1986. Zum Profil der Universität Porto und dês Instituts für Körpererziehung. Internationale Sportwissenschaftliche Tagung zum 40. Jährigen Bestehen der Deutschen Sporthochschule Köln, Colónia, Alemanha, 27 de outubro a 1 de novembro de 1987. Zu einer körperlich-sportlichen Grundausbildung in der portugiesischen Schule. Aula para estudantes de doutoramento no Institut für Sportpädagogik der Deutschen Sporthochschule Köln, Colónia, Alemanha, 1 de novembro de 1987.
Linhas fundamentais de um projecto de organização da Educação Física e do Desporto Escolar. Conferência final do Encontro de Reforma do Sistema Educativo, Reitoria da Universidade do Porto, 1214 de novembro de 1987. Corpo e desporto. Intervenção no ciclo de colóquios As Cores do Corpo, Fundação de Serralves, 16 de junho de 1990, Porto. Desporto para todos: os novos desafios. Congresso Europeu Desporto para Todos, 12-14 de Setembro de 1991, Câmara Municipal de Oeiras. Os discursos do corpo no desporto. Seminário A escola cultural – escola do futuro, AEPEC, ESSE Viana do Castelo, 8 de novembro de 1991. Em nome do corpo. Conferência de abertura do II Congresso da Educação Pluridimensional e da Escola Cultural “A Escola Cultural e os Valores”, 22-24 de abril de 1992, Universidade de Évora. Reflexões acerca da formação universitária de Professores de Desporto. Conferência no Simpósio Europeu Euroformação-Desporto organizado pela Direcção-Geral dos Desportos, com o apoio da CE, Oeiras, 8-9 de junho de 1992. Da cultura lusíada à Ciência do Desporto. Conferência inaugural do III Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa, Recife, setembro de 1992. Profissionalidade Pedagógica e Formação de Professores. Conferência inaugural do IV Encontro sobre Formação Educacional, Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra, 6-7 de janeiro de 1993. A Universidade do Porto - a internacionalização e as relações com o Brasil. O presente e o futuro. Fundação Armando Álvares Penteado, 11 de julho de 1996, São Paulo. Do sentido cultural do desporto. Conferência no Congresso Mundial de Educação Física, World Congress of the AIESEP – 1997. Universidade Gama Filho, agosto de 1997, Rio de Janeiro. O campo do possível: Um olhar pedagógico sobre o desporto. Conferência no Simpósio Internacional de Ciência e Tecnologia no Esporte, Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, novembro de 1997. Desporto e humanismo. O campo do possível. Conferência de encerramento do VI Congresso de Educación Física e Ciências do Deporte dos Países de Língua Portuguesa, A Coruña, Espanha, 8 ó 12 de Xullo de 1998. The Sports Club: Its changes and its survival. Conferência como Keynote Speaker in the Sixth Congress of the European Association for Sport Management, Madeira, September 30 – October 4, 1998. Desporto e Humanismo. O campo do possível. Seminário Internacional EEFE-USP - CPG/PET-CAPES, Universidade de São Paulo, 29 de outubro de 1998. Da crise da Educação Física no contexto internacional. 1º. Congresso Desporto Escolar, Gabinete Coordenador do Desporto Escolar, Lisboa, 26-28 de novembro de 1998. Da crise da Educação Física no contexto internacional. Aula inaugural da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 8 de abril de 1999. Desporto de crianças e jovens. Linhas de evolução à escala mundial. Conferência no Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 9 de abril de 1999. Da crise da Educação Física no contexto internacional, Escola Superior de Educação Física da Universidade de Pernambuco, Recife, 16 de agosto de 1999. Para onde vai a Universidade? Conferência de encerramento proferida no colóquio “O FUTURO DA UNIVERSIDADE”, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 24, 25 e 26 de agosto de 1999. Em nome de um desporto melhor. Conferência de encerramento do I Congresso Centro-Oeste de Educação Física, Esporte e Lazer “Os desafios do novo milénio”, Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, 23-26 de setembro de 1999. Dos desafios do presente e da construção do futuro. Conferência de encerramento do 1º. Congresso Internacional de Ciências do Desporto “Novos desafios, diferentes soluções”, FCDEF-UP, 7-9 de outubro de 1999, Porto. Da legitimação e renovação da educação física e do desporto escolar. Conferência de abertura do Congresso Internacional Educação Física para Crianças e Jovens, Forum da Maia, 28, 29 e 30 de outubro de 1999. Da ideia do desporto. Conferência de abertura do Simpósio Internacional em Treinamento Desportivo, João Pessoa, Brasil, 16 a 19 de novembro de 2000.
Modelos de Homem inerentes ao ideal do Homo Sportivus. Aula inaugural da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 21 de abril de 2003. Desporto de crianças e jovens: razões e finalidades. II Forum Internacional de Esportes, Secretaria de Estado da Educação e Inovação, Florianópolis, 5 de julho de 2003. O Sentido Cultural do Desporto. II Forum Internacional de Esportes, Secretaria de Estado da Educação e Inovação, Florianópolis, 5 de julho de 2003. Um olhar cultural sobre o desporto. Conferência de abertura do Congresso Internacional “Esporte e Desenvolvimento Humano”, realizado pelo Instituto Ayrton Senna em 21-22 de novembro de 2005, na Universidade de São Paulo. Esporte para Crianças e Jovens: Razões e Finalidades. Um olhar pedagógico. Conferência de abertura do 2º. Congresso Internacional de Treinamento Esportivo da Rede CENESP “Esporte para Crianças e Jovens”, realizado em Gramado, RS, Brasil, de 28/11 a 1/12 de 2005. Acerca das novas bandeiras. Conferência de Encerramento do XI Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Universidade de São Paulo, 9 de setembro de 2006. Determinantes culturais do esporte e do lazer na lusofonia. Conferência no VIII Seminário Nacional de Políticas Públicas em Esporte e Lazer, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 15-18 de abril 2004. Em defesa do desporto. Da falácia da ‘actividade física’. Conferência na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, 14 de setembro de 2007. Da conjuntura corporal: alguns aspectos e implicações. Conferência de Abertura da XIth International Conference Physical Activity, Health Promotion and Aging – EGREPA 2007, 18 – 20 de outubro 2007, Pontevedra, Espanha. Formação de mestres e doutores: exigências e competências. Universidade Pedagógica de Moçambique, 27-28 de fevereiro 2008. Desporto – uma via para a excelência. Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 15 de setembro de 2008. Desporto – uma via para a excelência. Aula inaugural do Curso de Educação Física da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 16 de setembro de 2008. Em nome do Homem e da Paz. Conferência no XII Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Porto Alegre, 17 de setembro de 2008. Um olhar pedagógico-cultural sobre o desporto. Conferência de abertura do II Congresso Nacional de Educação Física, Departamento de Educação Física, Universidade Estadual Paulista, Bauru, Brasil, 22 de setembro de 2008. Desporto e Cultura. Conferência de abertura do VI Congresso de Atividades Físicas do Acre, Departamento de Educação Física, Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brasil, 4 a 6 de dezembro de 2008. Referências orientadoras do papel do desporto na conjuntura actual. Conferência no VI Congresso de Atividades Físicas do Acre, Departamento de Educação Física, Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brasil, 4 a 6 de dezembro de 2008. Um olhar pedagógico-cultural sobre o desporto, Universidade de Vila Velha, Espírito Santo, Brasil, 14 de abril de 2009. Formação do Profissional de Educação Física para intervir no Esporte, Universidade de Vila Velha, Espírito Santo, Brasil, 15 de abril de 2009. DO HOMO SPORTIVUS: RELAÇÕES ENTRE NATUREZA, CULTURA E TÉCNICA À LUZ DO HUMANISMO. Seminário na EACH – Escola de Artes, Ciências e Humanidades, USP Leste, 22 de maio de 2009. Conjuntura Corporal e ambiente obesogénico – o papel do desporto e a batalha da escola. Conferência de abertura do II Forum Esporte Escolar, Secretaria da Educação da Prefeitura de São Paulo, 23 de maio de 2009. DO HOMO SPORTIVUS: RELAÇÕES ENTRE NATUREZA, CULTURA E TÉCNICA À LUZ DO HUMANISMO. Seminário na Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Pólo de Limeira, SP, 25 de maio de 2009.
Desporto – uma via para a excelência. Seminário na Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, 26 de maio de 2009. Desporto – conceito e área de conhecimento. Faculdade de Educação Física da Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil, 27 de maio de 2009. Formação de Mestres e Doutores – Exigências e Competências. Seminário para estudantes de mestrado e doutorado em Educação, Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil, 27 de maio de 2009. Objecto do desporto e das Ciências do Desporto. Conferência na Sessão de Lançamento do CEGED – Centro de Estudos em Gestão Desportiva da Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil, 28 de maio de 2009 (com entrevistas às estações de televisão Bandeirantes e Record). Corporeidade, Desporto e Humanismo. I Congresso Científico Internacional de Educação Física, Esporte, Lazer e Saúde do Brasil Norte, Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil, 28-30 de maio de 2009. Do Comité Olímpico de Portugal e do espírito que nele mora. Sessão Solene do Dia Olímpico e do Aniversário do COP, Lisboa, 20 de junho de 2009. Formação de Mestres e Doutores: exigências e competências. IX Simpósio de Dissertações e Teses, Programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Ciências Humanas e do Curso de Mestrado em Educação Física da Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Metodista de Piracicaba, SP, 22 de outubro de 2009. Acerca da crise da profissão de professor. Palestra para o Curso de Pedagogia da UNIVAS – Universidade do Vale do Sapucaí, Pouso Alegre, MG, 27 de outubro de 2009. Laudatio. Discurso laudatório proferido na sessão solene de Emeritierung do Prof. Dr. Dr. Honoris Causa Eckhard Meinberg, Deutsche Sporthochschule Köln, RFA, 22 de janeiro de 2010. Presidência e intervenção na Mesa Redonda Internacionalização e cooperação: desafios e estratégia, XIII Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Maputo, 30 de março de 2010. Elaboração e apresentação das Conclusões do XIII Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Maputo, 2 de abril de 2010. Exigências e competências de mestres e doutores, conferência para os docentes e o Curso de Pósgraduação da Escola Superior de Educação Física da Universidade do Estado de Pernambuco, Recife, 10 de maio de 2010. Desporto: uma via para a excelência, conferência para os docentes e estudantes da Escola superior de Educação Física da Universidade do Estado de Pernambuco, Recife, 12 de Maio de 2010. Do futuro do Homo Sportivus – relações entre natureza, cultura e técnica, conferência de abertura do I Simpósio de Psicologia e Sociologia do Esporte de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 13 de maio de 2010. Saúde, Desporto e Escola, conferência de encerramento do VI FORUM “SAÚDE E ACTIVIDADE FÍSICA”, 28, 29 e 30 de maio 2010, Câmara Municipal de Santana, Região Autónoma da Madeira. Educação, professores, desporto e educação física: Porquê e para quê? – Um curto sobrevoo cultural e pedagógico. Aula inaugural do segundo semestre da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 25 de agosto de 2010. Do HOMO Sportivus: relações entre natureza, cultura e técnica à luz do Humanismo. Escola de Educação Física e Esporte da USP, São Paulo, 31 de agosto de 2010. Educação, professores, desporto e educação física: Porquê e para quê? Um curto sobrevoo cultural e pedagógico com ênfase ética e estética. Escola de Educação Física e Esporte da USP, São Paulo, 2 de setembro de 2010. Regência do Curso Internacional “Pedagogia del Deporte”, UNE – Universidad Nacional de Educación, La Cantuta, Chosica, Peru, 4, 5 e 6 de outubro de 2010. Saudação e Homenagem aos Professores, conferência como orador convidado na Sessão Solene comemorativa do Dia Nacional da Educación Física, UNE – Universidad Nacional de Educación, La Cantuta, Chosica, Peru, 7 de outubro de 2010. Hacia dónde se dirige la Universidad? (Para onde vai a Universidade?), conferência na Escuela de Postgrado da UNE – Universidad Nacional de Educación, La Cantuta, La Molina, Lima, Peru, 7 de outubro de 2010. (Esta conferência foi publicitada nos principais media do Peru).
Desporto, Saúde e Educação (conjuntura corporal e ambiente obesogénico, relaxado e indolente):papel do desporto e batalha da escola. Conferência inaugural do I Congresso Científico Internacional de Educação Física, Esporte, Saúde e Educação do Triângulo Mineiro, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 4 a 7 de novembro de 2010. Educación, Deporte, Educación Física y Professores: Por qué y para qué? – Un enfoque pedagógicocultural, Universidad Nacional del Litoral, Santa Fé Argentina, 8 de novembro de 2010. Deporte – una busca de la excelencia. Universidad Nacional del Litoral, Santa Fé Argentina, 9 de novembro de 2010. Pedagogia do Desporto: Reencontros inadiáveis. Conferência de encerramento do 1º Congresso da Sociedade Científica de Pedagogia do Desporto, Tomar, 28 de novembro de 2010. Para onde vai a Universidade? Conferência no IV Encontro de Pós-Graduação e Pesquisa e XIV Seminário de Iniciação Científica da Universidade de Pernambuco, Recife, 1 de dezembro de 2010. De onde vem e para onde vai o HOMO SPORTIVUS? – Relações entre natureza, cultura e técnica. Regência de um Seminário na Escola Superior de Educação Física da Universidade de Pernambuco, 3 de dezembro de 2010. Pesquisas em Atividade Física e Saúde. Conferência no XIX Encontro Pernambucano de Pesquisa em Educação Física e Esporte, Escola Superior de Educação Física da Universidade de Pernambuco, 6 e 7 de dezembro de 2010. Formação de Mestres e Doutores – Exigências e Competências. Conferência no Simpósio Internacional Luzes e Sombras do Curso de Doutoramento em Ciências do Desporto, FADE-UP, 17 de dezembro de 2010. Curriculum and Instruction in the Faculty of Sport, University of Porto. Conferência no Department of Physical Education, Faculty of Education, Kasetsart University, Bangkok, Tailândia, 31 de janeiro de 2011. Saúde e Educação: papel do Desporto e batalha da Escola. Seminário Desporto Escolar e Associativismo – desafio para um novo modelo. Câmara Municipal de Viseu, 30 de abril de 2011. Exercício e qualidade de vida. Conferência de abertura do VII Forum Saúde e Atividade Física. Câmara Municipal de Santana, Madeira, 27, 28 e 29 de maio de 2011, Saúde e vida – da conjuntura corporal e do papel do desporto. III Seminário + Idade + Saúde. Instituto Politécnico de Bragança, 4 e 5 de junho de 2011. Pedagogia do Desporto – Reencontros Inadiáveis. Conferência de abertura do III Simpósio Internacional de Filosofia, Pessoa e Esporte: Olimpismo, Valores e Desenvolvimento Humano. Escola Superior de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, 15 – 16 de Junho de 2011. Da coragem, do orgulho e da paixão de ser professor. Conferência de abertura do Simpósio Da coragem, do orgulho e da paixão de ser professor, Universidade do Vale do Sapucaí, Pouso Alegre, Minas Gerais, Brasil, 20 – 21 de Junho de 2011. Acerca das obrigações e competências dos académicos. II Simpósio Internacional de Performance Desportiva, organizado pela Universidade da Beira Interior e pelo CIDESD-Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano, Covilhã, 8-9 de outubro de 2011. Conceções de Esporte e Esporte Contemporâneo: um olhar diacrónico - sobrevoo cultural e pedagógico. Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina, Brasil, 19 de outubro de 2011. Desporto: Lugar de criação, de ideais e sonhos - Necessidade de remissão discursiva e prática. Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte, Universidade Estadual de Maringá, Brasil, 20 de outubro de 2011. Desporto e Valores. Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte, Universidade Estadual de Maringá, Brasil, 20 de outubro de 2011. Regência de um Seminário, com a duração de oito horas, sobre Formação de Mestres e Doutores. Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO, Niterói, Brasil, 26 de outubro de 2011. Regência da Cadeira de Pedagogia do Desporto (20 horas), Mestrado em Atividade Física e Saúde, Faculdade de Educação Física e Desporto, Universidade Pedagógica, Maputo, Moçambique, 14-18 de novembro de 2011.
Das competências e obrigações de mestres e doutores. Conferência na Delegação da Universidade Pedagógica na Beira, Moçambique, 21 de novembro de 2011. De que Homem se ocupa o desporto? Conferência na reunião anual do Panathlon Clube de Santarém, 29 de dezembro de 2011. Undergraduate and Graduate Programs in FADEUP, Kasetsart University, Banguecoque, Tailândia, 26 de janeiro de 2012. Sport for Life: the artistic function of the Sport, Kasetsart University, Banguecoque, Tailândia, 27 de janeiro de 2012. CULTURA, ESTÉTICA, EXCELÊNCIA, FORMAÇÃO E MISSÃO: DORES E INQUIETUDES. Conferência de Encerramento do XIV Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Belo Horizonte-Ouro Preto, Brasil, 2-5 de abril de 2012. Formação e missão: dores e inquietudes. Conferência de abertura do II Seminário de Educação Física da UNIVAS-Universidade do Vale do Sapucaí, Pouso Alegre, Brasil, 25-26 de maio de 2012. Do ideário desportivo: do passado até ao presente, Escola de Educação Física e Esporte da USP, 28 de maio de 2012. Estadia na UNICAMP como Professor e Pesquisador Visitante, a convite do CEAv-Centro de Estudos Avançados, de 29 de maio a 16 de junho 2012, tendo no âmbito das atividades proferido as seguintes conferências: Citius, Altius, Fortius: a Filosofia do Esporte e o olimpismo (31.05.2012); Pedagogia do Esporte: conceitos e orientações (04.06.2012); Formação de Mestres e Doutores: circunstâncias, exigências e competências (05.06.2012 e 13.06.2012); Pedagogia do Esporte: contextos e perspectivas (06.06.2012); Perspectivas da Universidade na Pesquisa e Pós-Graduação (11.06.2012); Esporte e Ética (12.06.2012); Ciência do Esporte: do conceito às perspectivas de formação (13.06.2012); Ciências do Esporte: formação esportiva e alto rendimento (14.06.2012); Desporto Escolar: o lugar do Esporte na Escola (15.06.2012). Sport and the Human Condition – The ‘artistic’ function of Sport: Why do we need Sport and Sport Sciences? Keynote Lecture 1, I Annual BUU, HUS, U.Porto, Dali U, SAT and IPE Sport Science Research Consortium “Global Aspects of Sport Science: Research and its Applicatins”, In: Burapha University International Conference 2012 Global Change: Opportunity & Risk, 9-11 July, Pattaya, Thailand. Sport and Life, palestra proferida no âmbito da cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação entre a FADEUP e a Faculty of Education and Development, Kasetsart University, Kamphaeng Saen Campus, 16.07.2012. Society, Sports and Values: the need of a pratical and discursive remission. Conferência inaugural da 40th IAPS 2012 Conference of the International Association for the Philosophy of Sport, Porto, 12-15 de setembro de 2012. Estado de Desassossego: Instrução e Funcionalização Versus Formação. II Conferência do Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa, 6 a 8.11.2012, Instituto Politécnico de Macau. Estado de Desassossego: Instrução e Funcionalização Versus Formação. Simpósio comemorativo dos 40 anos do LAPEX-Laboratório de Pesquisa do Exercício, ESEF-UFRGS, Porto Alegre, Brasil, 28 de novembro de 2012. Tendências da Pós-graduação no tocante ao conceito de ‘Formação’. UNIVERSO-Universidade Salgado de Oliveira, Niterói, Brasil, 3 de dezembro de 2012. Nove pilares de uma política do desenvolvimento do desporto em Portugal. LIDE – FÓRUM NACIONAL DO DESPORTO, Lisboa, 30 de janeiro de 2013. O desporto tem futuro em Portugal? Conferência de Senadores, Cidade Europeia do Desporto, Guimarães, 1 de fevereiro de 2013. BENTO, Jorge Olímpio (2013): Estado de desassossego. 9º Congresso Nacional de Educação Física 2013, FMH-UTL, 1, 2 e 3 de março. Investigación en Deporte: contribución para la excelencia humana y el sentido de la vida. FORMACCIÓN: Deporte + Formación. Ministerio Coordinador de Conocimiento y Talento Humano, Guayaquil, Ecuador, 7-9 de Marzo de 2013.
Desporto, Civilização e Superação ou da Aréte à ‘Civilização do Espetáculo’. Intervenção no TRÍPTICO DA MORTE, (Peça: SARCÓFAGO ROMANO), integrado no TRÍPTICO (Exposição-Conferência) Da Luz, Do Corpo, Da Morte, Porto, Museu Soares dos Reis, 13 de março de 2013. Desporto: lugar de criação, de ideais e sonhos - Necessidade de remissão discursiva e prática. Conferência proferida na UNINOVE-Universidade 9 de Julho, São Paulo 11 de abril de 2013. Do significado antropológico, educativo e social do desporto. Congresso ACES Europe - Sport we Can Project Meeting - Guimarães 3 e 4 de maio 2013 Reflexões filosóficas acerca do sentido do desporto. Seminário de Futsal, Santa Marta de Penaguião, 12 e 13 de julho. Estado de desassossego: instrução e funcionalização versus formação. Conferência de abertura do 1º Seminário Nacional de Ciências do Desporto e Educação Física, Um Compromisso com Futuro, Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Pedagógica, Maputo, 19-20 de agosto de 2013. Intervención en la Tercera Mesa de Deportes dedicada a la creación del Centro de Ciencias del Deporte, Universidad Nacional del Litoral, Santa Fe, Argentina, 3 de setiembre 2013. Deporte: contribución para la excelencia humana y el sentido de la vida. Simposio Iberoamericano de Deporte y Turismo, Universidad Nacional del Litoral, Santa Fe, Argentina, 5 y 6 de setiembre 2013. Estado de desassossego: Instrução e funcionalização versus formação. Sessão de homenagem ao Professor Doutor Manuel Ferreira Patrício, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, 12 de setembro de 2013. Elogio do Professor Doutor Manuel Ferreira Patrício, Cerimónia de outorga do título de Doutor Honoris Causa ao mesmo Professor pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Estado de desassossego: Instrução e funcionalização versus formação, Conferência para os cursos de pós-graduação da Universidade Federal da Rondónia, Porto Velho, Brasil, 18 de setembro de 2013. Olhar Pedagógico Cultural sobre o desporto, Curso de oito horas, ministrado no IV Congresso Panamazónico de Educação Física e Esporte, Universidade Federal da Rondónia, Porto Velho, Brasil, 19 a 23 de setembro de 2013. Sociedade, Desporto, Ética e Valores, Conferência no IV Congresso Panamazónico de Educação Física e Esporte, Universidade Federal da Rondónia, Porto Velho, Brasil, 19 a 23 de setembro de 2013. A responsabilidade de ser professor, conferência de abertura do Congresso Internacional de Educação e Corporeidade na Amazónia, UFOPA-Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 26 a 28 de setembro de 2013. Participante da mesa redonda “Diálogo com conferencista”, Congresso Internacional de Educação e Corporeidade na Amazónia, UFOPA-Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 26 a 28 de setembro de 2013. Desporto: uma viagem filosófica e pedagógica através dos tempos. Conferência no Instituto de Educação Física e Esportee, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 3 de outubro de 2013. Dialogando com Jorge Bento sobre o Homo Sportivus. Conferência no Instituto de Educação Física e Esportes, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 3 de outubro de 2013. Copa do Mundo e Olimpíada no Brasil: Legado Histórico e Social. Conferência no Instituto de Educação Física e Esportes, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 4 de outubro de 2013. Viagem desportiva através dos tempos: dos gregos até ao presente. Universidade Sénior do Rotary Clube da Póvoa de Varzim, 9 de outubro de 2013. Desporto: de onde vem e para onde está sendo levado? Necessidade de remissão discursiva e prática. Conferência inaugural do IV Congresso Internacional de Jogos Desportivos: Formação e Investigação. Florianópolis, CDS-UFSC, 6 a 8 de novembro de 2013. Para onde está sendo levada a Universidade pública? 3ª Conferência do FORGES ‘Política e Gestão da Educação Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa, 4 - 6 de dezembro de 2013, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil. O desporto e o olimpismo na afirmação da lusofonia. Congresso Nacional Olímpico, Comité Olímpico de Portugal, Maia, 3-4 de março de 2014. Futebol: Entre a cultura e a ‘civilização do espetáculo. Para onde está sendo levada a bola do mundo? Conferência de encerramento do XV Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Recife, 13-16 de abril de 2014.
Desporto e valores. Conferência para os estudantes do programa de doutoramento do Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 22 de abril. Competências e obrigações próprias de um doutor. Conferência para os estudantes do programa de doutoramento do Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 22 de abril de 2014. Do Processo de Bolonha e do mal-estar na Universidade: Rosário de inquietudes. Conferência de abertura do Fórum sobre Reforma Universitária da Asociación de Universidades do Grupo Montevideo, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 24 de abril de 2014. El Deporte y sus valores. Conferência plenária no X Congreso Internacional de Ciencias del Deporte y la Educación Física. Universidad de Vigo, Campus de Pontevedra, 8-10 de mayo 2014. Sociedad, Deporte y valores. Conferência de abertura do I Congreso Internacional de Responsabilidad Social Corporativa y Gestión Deportiva. Facultad de Ciencias del Trabajo, Universidade de Granada, 21 a 23 de maio de 2014. Para onde está sendo levada a bola do mundo? Conferência de abertura do Simpósio sobre futebol, Instituto Politécnico de Bragança, 26 de maio de 2014. A propósito do Doutoramento Honoris Causa do Comité Olímpico de Portugal (Discurso de elogio do doutorando), Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro, 23 de junho de 2014. Desporto e valores. Aula Magna do Curso de Pós-Graduação em Educação Física e Desporto, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil, 2 de setembro de 2014. Desporto e valores: uma aliança natural carecida de renovação. 42nd Conference of the IAPSInternational Association for the Philosophy of Sport & Ist Conference of the ALFID-Asociación Latina de Filosofia del Deporte, Natal, Brasil, 3-6 setembro de 2014. Estado de desassossego: instrução e formatação versus formatação. Casa da Filosofia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil, 8 de setembro de 2014. Da necessidade de educação e de professores. UNIFOR-Universidade de Fortaleza, 9 de setembro de 2014. O papel do professor no desenvolvimento social. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Campus de Canindé, 10 de setembro de 2014. Uma proclamação digna da Universidade: Haja decência, equidade e respeito. Comemoração do Dia da FADEUP, 22 de setembro de 2014. Do mal-estar na Universidade: Estado de desassossego e rosário de inquietudes. Seminário Internacional de Educação Superior ‘Formação e Conhecimento’, Universidade de Sorocaba, Brasil, 26 a 28 de outubro de 2014. Do estado da Universidade: metida num sarcófago ou no leito de Procrustes? Seminário Internacional: Universidade e Sociedade do Conhecimento, UNICAMP, Brasil, 29 de outubro de 2014. O Desporto e a Juventude. Dia Internacional da Juventude de Timor, Tane Timor e AICEM, Casa do Infante, Porto, 15 de novembro de 2014. Pós-Graduação e Renovação da Universidade. Conferência inaugural do Seminário de Abertura do Programa Doutoral em Ciências do Desporto. Faculdade de Educação Física e Desporto, Universidade Pedagógica, Maputo, 8-9.04.2015. INQUIETUDES DE UN ACADÉMICO EN ESTA ERA CREPUSCULAR. Conferência inaugural do Workshop Internacional La Especificidad y la Responsabilidad Social Deportiva por el pleno desarrollo personal. UCLM – Universidad Castilla-La Mancha, Toledo, 16-17 de abril de 2015. Inquietudes de um académico nesta era crepuscular. Conferência inaugural do Congresso Responsabilidade Social Corporativa e Gestão do Desporto Sustentabilidade da Atividade Desportiva, Escola Superior de desporto, Rio Maior, 30 abril e 1 Maio 2015. Culturas Corporais: uma viagem filosófica através dos tempos. Ação de formação da Federação Portuguesa de Karaté, Lisboa e Porto, 1 e 2 de maio de 2015. Estado de desassossego: Instrução e funcionalização versus formação. CFAEA-Centro de Formação Avançada para o Ensino e Aprendizagem, Universidade Nacional de Timor Lorosa’e, Díli, Timor-Leste, 6 de maio de 2015. Acerca de Função e Responsabilidade da Educação e do Professor: Educação e Professores Para Quê? Universidade Nacional de Timor Lorosa’e, Díli, Timor-Leste, 8 de maio de 2015.
Quem guarda, pastoreia e cria hoje o rebanho da Humanidade? Da política e da educação – dos políticos e dos professores. IV Jornadas de encerramento do estágio profissional – A Educação Física em Perspetiva FADEUP, 8 de junho de 2015. Impressões de viagens à Ásia Lusófona. Serões da Bonjoia, Porto, 18 de junho de 2015. O que nos resta? Que impressões? Que expressões? Conferência de encerramento do VI Congresso de Educação Física ’Esporte: Impressões e Expressões’ da Faculdade ASCES, Caruaru, Pernambuco, Brasil, 1-4 de setembro de 2015. Ética e Esporte. Conferência de abertura do Congresso práticas esportivas e corporais, SESC-SP, Ribeirão Preto, 21 a 24 de outubro de 2015. Educação Física Escolar versus Inatividade e Obesidade. Conferência de abertura do VIII Fórum de Educação Física Escolar, 10-12 de janeiro de 2016, integrado no 31º Congresso Internacional de Educação Física da FIEP, Foz do Iguaçu, Brasil, 9-12 de janeiro de 2016. Elogio do Prof. Manuel Patrício. Testemunho proferido no Simpósio de Homenagem a Manuel Ferreira Patrício, Instituto de Filosofia, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 25 de fevereiro de 2016. Viagem às fontes matriciais e axiológicas do desporto: valores do passado, inquietudes e desafios do presente. Laboratório de Pesquisa sobre Gestão do Esporte – GESPORTE, Universidade de Brasília, 26 de abril de 2016. Problemas no paraíso: A propósito do produtivismo, da competitividade, da bibliometria, ‘papermania’, perversão da docência, etc. Intervenção na mesa redonda Ensino Superior: produtivismo e alienação académica. Ciclo de colóquios PERSPECTIVAS UNICAMP 50 ANOS. UNICAMP-Universidade Estadual de Campinas, 28 de abril de 2016. Para onde está sendo empurrada a educação? Qual é o ideal que a guia? Jornadas de Encerramento do 2º Ciclo de Formação de Professores, FADEUP, 30 de maio de 2016. Quem cria, guarda e pastoreia o rebanho da Humanidade? Conferência de Abertura do II Seminário sobre Ciências do Desporto do Programa Doutoral em Ciências do Desporto. Faculdade de Educação Física e Desporto, Universidade Pedagógica, Maputo, 4-5 de julho de 2016. Educação e Professores: Porquê e para quê? Um olhar pedagógico (antropológico, cultural, estético, ético e filosófico). Delegação da Universidade Pedagógica de Quelimane, Moçambique, 13 de julho de 2016. Educação e Professores: Porquê e para quê? Um olhar pedagógico (antropológico, cultural, estético, ético e filosófico). Secretaria da Educação do Estado de Minas Gerais, 6 de dezembro de 2016. Da aula - lugar do encontro - e do professor – ‘Conversa’ entre pares. 32º. Congresso da FIEPFederação Internacional de Educação Física, Foz do Iguaçu, Brasil, 14-17 de janeiro de 2017. Viagem às fontes matriciais e axiológicas do desporto: valores do passado, inquietudes e desafios do presente. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Universidade de Coimbra, 10 de março de 2017. Da aula - lugar do encontro - e do professor – ‘Conversa’ entre pares. UECE-Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 9 de junho de 2017. Em nome da ‘parrésia’ ou ‘coragem da verdade’:Inquietudes e perguntas ou uma sinopse dos problemas no Paraíso. IFCE-Instituto Federal do Ceará, 9 de junho de 2017. Da missão e responsabilidade da educação, da Escola e do Professor. Conselho Regional de Educação Física do Ceará, Fortaleza, 10 de junho de 2017. Viagem às fontes matriciais e axiológicas do desporto. FANOR, Fortaleza, 12 de junho de 2017. Acerca da aula (o lugar do encontro) e do professor: Uma ‘conversa’ entre pares. APEF – Associação de Profissionais de Educação Física, Porto, 16.10.2017. Inquietudes éticas e perplexidades epistemológicas no tocante à educação e ao desporto: Remissão discursiva e reencontros inadiáveis. Conferência de abertura do II Congresso de Educação Física Escolar do Ceará, UECE, 16 – 18.11.2017. Da docência e do professor: desafios e exigências. Conferência de encerramento do II Congresso de Educação Física Escolar do Ceará, UECE, 16 – 18.11.2017. Competências e exigências de mestres e doutores. Conferência no Curso de pós-graduação (mestrado e doutorado) em educação da saúde, Universidade Estadual do Ceará, 17.11.2017. Da educação e dos professores: Porquê e para quê? Conferência organizada pelo Conselho Regional de Educação Física do Pará e Amapá, Belém e Macapá, 22 e 24.11.2017.
Viagem às fontes matriciais e axiológicas do desporto – Desafios do presente. Encontro de gestores desportivos, Belém, 27.11.2017. Da beleza e da arte como fundadoras do humano. Conferência de encerramento do Fórum de Educação Física Escolar, Congresso da FIEP, Foz do Iguaçu, 13-16 de janeiro de 2018. Em nome do futuro: inquietudes de um Professor Jubilado nesta era crepuscular. Conferência de encerramento do XVII Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 25-28.09.2018. Educação e professores: porquê e para quê? Um olhar pedagógico (antropológico, axiológico e cultural). APREFIMBA, Baturité, Ceará, 30 de setembro de 2018. Legitimação da educação e da educação física. Fundação Getúlio Vargas, Fortaleza, 3 de setembro de 2018. Discurso de elogio do Dr. Roberto Gesta de Melo na cerimónia de outorga do título de Doutor Honoris Causa, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 12 de novembro de 2018. Para quê e porquê precisamos da educação e de professores. Universidade Nilton Lins, Manaus, 13 de novembro de 2018. EM NOME DO FUTURO: Cuidar da educação, da universidade e da sociedade-Inquietudes de um professor jubilado nesta era crepuscular. Aula inaugural do Curso de Ciências do Desporto da Universidade de Tras-Os-Montes e Alto Douro, 21 de novembro de 2018. O Esporte na Escola, XI FÓRUM DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR do CONFEF - Conselho Federal de Educação Física do Brasil, 14.01.2019, 34º Congresso Mundial da FIEP, realizado em Foz do Iguaçu de 12 a 16.01.2019. Desporto e valores: uma aliança natural carecida de renovação, X SEMINÁRIO SOBRE VALORES DO ESPORTE E EDUCAÇÃO OLÍMPICA do CONFEF - Conselho Federal de Educação Física do Brasil, 15.01.2019, 34º Congresso Mundial da FIEP, realizado em Foz do Iguaçu de 12 a 16.01.2019. Desporto é uma coisa séria. Colóquio com o Arcebispo Primaz de Braga, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, 17 de abril de 2019. Contributo do Desporto e da Educação Física para o Desenvolvimento do Ser Humano. Centro Universitário UNIGRANDE, Fortaleza, 8 de maio de 2019, Desporto e Valores: uma aliança natural carecida de renovação. UFRPE-Universidade Federal Rural de Pernambuco, 14 de maio de 2019. Em nome do futuro: inquietudes respeitantes à educação e pós-graduação. Departamento de Educação Física da UFPE-Universidade Federal de Pernambuco, 15 de maio de 2019. Desporto e Valores: uma aliança natural carecida de renovação. Centro Universitário Tabosa de Almeida (ASCES-UNITA), Caruaru, 15 de maio de 2019. Desporto e Valores: uma aliança natural carecida de renovação. Faculdade AESA-ESSA, Arcoverde, 16 de maio de 2019.
FUNÇÕES DE NATUREZA EDITORIAL Membro do Conselho Editorial do Boletim da Universidade do Porto até 2005. Membro do Conselho Editorial de Horizonte - Revista de Educação Física e Desporto, Lisboa. Membro do Conselho Editorial da Revista Inovação, do Instituto de Inovação Educacional, Lisboa. Membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Ciência & Movimento, São Caetano do Sul, São Paulo, Brasil. Membro do Comité Científico da Revista Cultura, Ciência y Deporte, Universidad Católica San António de Múrcia, Espanha. Membro do Consejo de Redacción da Revista de Educación Física, INEF Galicia, A Coruña, Espanha. Membro do Conselho Editorial da Revista PRAXIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DOS DESPORTOS, Instituto de Educação Física e dos Desportos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Membro do Conselho Editorial do Journal FITNESS & Performance, COBRASE – Colégio Brasileiro de Atividade Física, Saúde e Esporte, Rio de Janeiro. Membro do Conselho Editorial da Revista Arquivos em Movimento, Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Membro do Conselho Editorial da Revista ação & movimento, atlântica editora, Rio de Janeiro.
Membro da Comissão Editorial da Revista Itinerários – Revista de Educação, do Instituto Superior de Ciências Educativas, Odivelas. Membro do Comité Científico da Revista Ímpetus, Educación Física, Recreación y Deportes, Facultad de Ciencias Humanas y de la Educación, Universidad de los Llanos, Villavicencio, Colombia. Membro do Comité Científico da Revista Sportis, Revista Técnico-Científica del Deporte Escolar, Educación Física y Psicomotricidad, Universidade de A Coruña, Espanha. Director da RPCD - Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, desde 2000 até 2016. Membro da Comissão Editorial da Universidade do Porto, desde 2005. Membro do Conselho Editorial da revista GLOBO, desde 2012. Diretor da Revista DESPORTO E RECREAÇÃO, desde fevereiro de 2013. Membro do Conselho Editorial da revista CONEXÕES: REVISTA DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO FISICA DA UNICAMP, a partir de abril de 2013. Membro do Conselho Editorial da Revista JuSportivus, Revista do Grupo de Direito Desportivo da Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil – UFRJ, a partir de 2018. Membro do Comité Editorial do livro Direito desportivo: o contexto hipermoderno. Belo Horizonte: Casa da Educação Física, 2019. Avaliação do artigo “Acesso e desempenho no Ensino Superior em Portugal: Questões de género, origem sócio-cultural, percurso académico, expectativas, escolha do curso e idade dos estudantes”. Revista da Avaliação da Educação Superior, Universidade de Sorocaba, junho de 2019.
FUNÇÕES EM SOCIEDADES E ORGANISMOS INTERNACIONAIS
Sócio Fundador e Vice-Presidente da Society of European Sports Studies, com sede em Colónia, Alemanha. Perito convidado do Committee for the Development of Sport do Conselho da Europa para o Meeting Socialisation, realizado em Strasbourg em 13-14 de Outubro de 1994, destinado à elaboração de um documento definidor do conceito de ‘desporto’ no âmbito do projecto Social Significance of Sport. Membro da AIESEP - Association Internationale des Écoles Superieures D’Éducation Physique. Membro do ICSSPE - International Council of Sport Science and Physical Education. Co-fundador do Movimento dos Congressos de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa, desencadeado com a realização do I Congresso na Universidade do Estado do Rio de Janeiro de 22 a 26 de agosto de 1989. Membro da Comissão que elaborou a definição de ‘desporto’, constante da Carta Europeia Do Desporto, em reunião realizada no Parlamento Europeu, Estrasburgo. Coube-me a apresentação da formulação que foi aprovada por unanimidade pelos peritos convocados para o efeito, oriundos da Alemanha, França, Finlândia, República Checa e Portugal.
OUTRAS FUNÇÕES
Membro eleito, entre os Professores da Universidade do Porto, do Conselho Geral da Fundação Gomes Teixeira, desde 6 de junho de 1986, reeleito em 13 de fevereiro de 1992 e em 9 de novembro de 1994 até 1998. Membro, designado pelo Reitor da UP em 2007, do Conselho Geral da Fundação Gomes Teixeira Relator das Comissões, nomeadas por despachos do Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, de 16 de setembro de 1986 e 17 de Novembro de 1988, tendo em vista a criação de um curso na área das Ciências do Desporto naquela Universidade. Membro da Comissão do Programa Integrado de Desenvolvimento Desportivo, empossada pelo Senhor Ministro da Educação em 5 de novembro de l990. Consultor do Instituto Politécnico de Macau para a elaboração, em julho de 1993, do Plano de Estudos da Escola de Educação Física e Desporto daquela instituição. Sócio fundador e Vice-Presidente da Direcção da Associação para a Amizade e Cooperação PortugalBrasil, desde a sua fundação em 22.03.93.
Vereador da Câmara Municipal do Porto, com competências delegadas para o Fomento Desportivo e para as Relações com as Universidades, nos períodos de 16 de Abril a 24 de Julho de 1997 e de 24 de setembro de 1997 até 1 de fevereiro de 1999. Membro da Comissão de Honra do doutoramento honoris causa do Sr. Doutor Mário Soares, outorgado pela Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil, em cerimónia realizada no dia 12 de julho de 1996. Vogal da Comissão Externa de Avaliação dos Cursos Superiores de Educação Física/Desporto, Conselho de Avaliação da Fundação das Universidades Portuguesas, nomeado em maio de 1998. Membro da Comissão Examinadora do Concurso Público para provimento de quatro vagas de Professor Auxiliar na disciplina de Educação Física, do Departamento de Educação Física e Artística, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Portaria nº. 010 / CAP / 98, de 4 de novembro de 1998. Membro da Comissão para Elaboração do Guia de Desenvolvimento Estratégico da Universidade do Porto no Período de 2000-2004, constituída em dezembro de 1998. Membro do Conselho de Educação Contínua da Universidade do Porto, nomeado pelo despacho reitoral nº. 12/99, de 19 de outubro de 1999. Conselheiro do Conselho Superior do Desporto, desde 5 de janeiro de 2000 até 7 de julho de 2001, com público louvor do Sr. Ministro da Juventude e Desporto, Despacho nº. 14 279/2001 (2ª. Série), Diário da República nº. 156, de 7 de julho de 2001. Presidente do Conselho Superior de Desporto, nomeado pelo Despacho nº. 14 280/2001 (2ª. Série) do Sr. Ministro da Juventude e Desporto, Diário da República nº. 156, de 7 de julho de 2001. Vice-Presidente da Comissão Externa de Avaliação dos Cursos Superiores de Educação Física/Desporto, Conselho de Avaliação da Fundação das Universidades Portuguesas, nomeado em junho de 2002. Presidente da Comissão Organizadora do X Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Porto, 27 de Setembro a 21 de outubro de 2004. Membro do Conselho Cultural do Futebol Clube do Porto, desde 1995 até 2011. Membro da Comissão de Implementação do Processo de Bolonha na área do Desporto, nomeada pela Sra. Ministra da Ciência e do Ensino Superior, em 2004. Deputado da Assembleia Municipal do Porto, eleito nas eleições autárquicas de Outubro de 2005 até outubro de 2009. Membro da Comissão de Avaliação de candidaturas a bolsas na área das Ciências do Desporto, junto da FC&T, desde 2006. Membro da Comissão de Ética da Universidade do Porto, designada pelo Reitor em 2007, com mandato renovado para o quadriénio 2011-2014. Presidente do Conselho Consultivo do Comité Olímpico de Portugal no período de 2009-2012. Membro da Comissão Científica do I Congresso Científico Internacional de Educação Física, Esporte, Lazer e Saúde do Brasil Norte, Universidade Federal do Pará, Belém, 28-30 de maio 2009. Membro da Comissão de Elaboração do Regulamento de Avaliação do Desempenho dos Docentes da Universidade do Porto, designada pelo Reitor em Fevereiro de 2010. Presidente da Comissão de Avaliação Externa dos Ciclos de Estudos dos Institutos Politécnicos, na área de Desporto, A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, março de 2010. Presidente da Comissão Científica do I Congresso Científico Internacional de Educação Física, Esporte, Saúde e Educação do Triângulo Mineiro, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 4 a 7 de novembro de 2010. Membro do Comité Científico do I Congresso Internacional de Atletismo de la UCAM (Universidad Católica San António de Murcia) – De la iniciación al alto rendimiento, 16, 17 e 18 de dezembro de 2010. Membro da Comissão Científica da Fourth International Conference Swimming Pool and Spa – Research and Development on Health, Ai rand Water Quality Aspects of the Man-Made Water Environment, Instituto Superior de Engenharia do Porto, 15 – 18 de março de 2011. Membro do Scientific Board of the International Scientific Conference Exercise and Quality of Life, University of Novi Sad, Faculty of Sport and Physical Education, Sérvia, 24 – 26 de março de 2011. Membro da Comissão Científica do V FÓRUM DE TURISMO DO IGUASSU, 16 a 18 de junho de 2011, Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil.
Membro da Comissão Científica do VII Congresso Iberoamericano de Docência Universitária, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, 24-27 de junho de 2012. Membro da Comissão Científica da 3ª Conferência do FORGES – Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa, subordinada ao tema “Política e Gestão da Educação Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa”, a realizar nos dias 4, 5 e 6 de Dezembro de 2013 na Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil. Membro da Comissão Científica da 4.ª Conferência da Associação FORGES – Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa, subordinada ao tema "A expansão do Ensino Superior nos Países de Língua Portuguesa: desafios, estratégias, qualidade e avaliação", realizada nos dias 19, 20 e 21 de Novembro de 2014 nas cidades do Lubango (Universidade Mandume Ya Ndemufayo) e de Luanda (Universidade Agostinho Neto), em Angola. Membro da comissão externa da avaliação institucional, nos dias 1, 2 e 3 de dezembro de 2014, referente ao período 2009-2013, da FCA-Faculdade de Ciências Aplicadas da UNICAMP-Universidade Estadual de Campinas. Membro da Comissão Científica da 5.ª Conferência da Associação FORGES – Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa, 18-20 de Novembro de 2015, Universidade de Coimbra. Membro do Conselho Científico da Associação FORGES – Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa, a partir de novembro de 2015. Padrinho e orador da cerimónia de atribuição do grau de Doutor Honoris Causa, a título póstumo, ao Sr. Mário Esteves Coluna, Universidade Pedagógica, Maputo, 11 de julho de 2016. Membro da Comissão Científica da 6.ª Conferência da Associação FORGES – Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa, subordinada ao tema “Para que(m) servem a universidade e as instituições do ensino superior? Balanços, proposições e desafios acerca das IES no séc. XXI”, 28-30 de Novembro de 2016, Universidade de Campinas. Moderador e interventor no Painel 1/conferência plenária (“Os Múltiplos Desafios da Reafirmação e Renovação da Missão das Instituições do Ensino Superior”), e moderador do Eixo 2 (“Os Contributos do Ensino Superior Face aos Novos Desafios Societais”, da 6.ª Conferência da Associação FORGES – Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa, 28-30 de Novembro de 2016, Universidade de Campinas. Membro da Comissão Externa de Avaliação nos concursos para Professor Titular das Doutoras Artemis Soares e Káthia Tomé Lopes, UFAM-Universidade Federal do Amazonas, 6 de junho de 2017. Membro da Comissão Cultural do Comité Olímpico de Portugal, a partir de 3 de julho de 2017. Membro da Comissão Científica da 7.ª Conferência da Associação FORGES – Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa, co-organizada pela FORGES e pela Universidade Eduardo Mondlane, Universidade Politécnica, Universidade UniZambeze, Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI) e Universidade Pedagógica; e subordinada ao tema subordinada ao tema “A Gestão do Ensino Superior e o Desenvolvimento dos Países e Regiões de Língua Portuguesa: Desafios Globais, Experiências Nacionais e Respostas Institucionais”, 29 e 30 de Novembro e 1 Dezembro de 2017, Maputo. Membro de Mérito do Comité Olímpico de Portugal, aprovado por unanimidade e aclamação da Assembleia Plenária, em 28.11.2017.
CONDECORAÇÕES E OUTRAS PROVAS DE RECONHECIMENTO
Comendador da Ordem do Rio Branco, condecoração concedida por Sua Excelência o Senhor Presidente da República Federativa do Brasil, Prof. Doutor Fernando Henrique Cardoso, por decreto de 20 de maio de 1996. Reconhecimento pela Portaria nº. 023/94, de 11.04.94, da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil, ao seu empenho “na articulação e efetivação do convénio entre a UA e a UP”. Medalha do Mérito Universitário, conferida pela Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, Brasil, em 31.07.1994.
Medalha de Honra ao Mérito Municipal, concedida pela Câmara Municipal de Vereadores de Campina Grande, Brasil, Resolução nº.063/94, de 28 de julho de 1994, “como reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade campinense”. Sócio de Mérito da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, nomeado por unanimidade em Assembleia Geral de 27 de janeiro de 1998. Prémio Prof. Doutor Eckhard Meinberg, atribuído, em 24.10.98, pela publicação do livro O outro lado do desporto. Medalha do Mérito Universitário, conferida pela Universidade Federal do Amazonas, Manaus em 23 de junho de 2000. GOLD CROSS concedida pela FIEP – Fédération Internationale d’Éducation Physique, em novembro de 2002. Medalha dos 70 anos da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, 4 de agosto de 2004. Medalha do Mérito Universitário, atribuída pela Universidade Federal da Paraíba, Brasil, em 14 de setembro de 2004. Medalha de Bons Serviços Desportivos, atribuída pelo Secretário de Estado do Desporto de Portugal, Despacho Nº. 18/SED/2004, 21 de setembro de 2004. Troféu Movimento Edição 2005, atribuído pela APEF/RS - Associação dos Profissionais de Educação Física do Rio Grande do Sul, “pelos relevantes serviços desempenhados à nobre causa da Educação Física no Rio Grande do Sul”. A entrega teve lugar em 29 de novembro, em Gramado, no decurso do 2º. Congresso Internacional de Treinamento Esportivo da Rede CENESP “Esporte para Crianças e Jovens” (28/11 a 1/12 de 2005). Cruz de Mérito, atribuída pela Direcção do Sport Club do Porto em 30.06.2006. Medalha de Ouro, atribuída pelo Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Recife, em sessão solene realizada no dito hospital em 8 de agosto de 2007. Medalha Sylvio Raso, concedida pela FIEP – Federação Internacional de Educação Física, comemorativa dos 60 anos da presença desta organização no Brasil, janeiro de 2009. Medalha de Mérito da Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Pedagógica de Moçambique, entregue na Cerimónia de Encerramento do XIII Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Maputo, 2 de abril de 2010. Membro Honorário da Sociedade Científica de Pedagogia do Desporto, Tomar, 28 de novembro de 2010. Salva de homenagem do CREF6 – Conselho Regional de Educação Física de Minas Gerais, “pela dedicação e inquietudes científicas e humanas na ânsia da construção do ser pelo saber”, entregue na sessão de abertura do XIV Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Belo Horizonte – Outo Preto, Brasil, 2-5 de abril de 2012 Placa de homenagem da UFOP-Universidade Federal de Ouro Preto, pelos relevantes serviços prestados à Educação Física, entregue na cerimónia de encerramento do XIV Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Belo Horizonte – Ouro Preto, Brasil, 25 de abril de 2012. Medalha Manoel Tubino, concedida pela FIEP – Fédération Internationale d’Education Physique, Foz do Iguaçu, Brasil, 13 de janeiro de 2013, “em reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à FIEP Mundial para o desenvolvimento da Educação Física, Desporto e Recreação, em comemoração aos 90 anos de atividades da FIEP”. Medalha Comemorativa dos 75 Anos da Faculdade de Motricidade Humana, concedida a algumas entidades e personalidades, entregue na sessão solene realizada em 16 de dezembro de 2015. Prémio Top FIEP 2015/2016, atribuído, através de votação eletrónica, pela FIEP - Fédération Internationale d’Education Physique. O troféu foi entregue na cerimónia de abertura do 31º Congresso Internacional de Educação Física-FIEP 2016, realizado em Foz do Iguaçu, Brasil, de 9 a 12 de janeiro de 2016. Comenda da Ordem da Educação Física, outorgada pelo Conselho Regional de Educação Física do Estado do Paraná, Brasil. Foi entregue na cerimónia de abertura do 31º Congresso Internacional de Educação Física-FIEP 2016, realizado em Foz do Iguaçu, de 9 a 12 de janeiro de 2016.
Voto de louvor e distinção, atribuído, por unanimidade, pelo Conselho de Representantes da FADEUP, em 20.04.2016, em conhecimento de “o trabalho e o empenhamento tidos em prol da Faculdade de Desporto bem como da Universidade do Porto”. Medalha da Ordem do Mérito do CREF7-Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região, pelos relevantes serviços prestados à Educação Física. Brasília, 26 de abril de 2016. Placa de homenagem do Igesporte-Instituto de Desenvolvimento do Esporte, “em reconhecimento à sua história de permanente atuação, como protagonista, no desenvolvimento do exporte, cultura, saúde e lazer, na busca de melhores condições para a sociedade”. Brasília, 26 de abril de 2016. Atribuição da Ordem Olímpica Nacional, e eleição para membro de mérito do Comité Olímpico de Portugal, ambas por unanimidade, em 26 de abril de 2016. Homenagem “pelas expressivas contribuições académicas e científicas prestadas à Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo”. São Paulo, 29 de abril de 2016. Medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, proposta pelo Presidente e atribuída pela Câmara Municipal do Porto em 5 de julho de 2016. Cruz de Mérito, Grau Ouro, do Sport Club do Porto, entregue em sessão pública, com a presença do Presidente da Câmara Municipal do Porto, de 20.07.2016. Membro de Mérito do Comité Olímpico de Portugal, com aprovação por unanimidade e aclamação na Assembleia Plenária de 28 de novembro de 2017. Placa de homenagem pelos relevantes serviços prestados à cooperação e ao desenvolvimento das ciências do Desporto e da Educação Física nos países lusófonos. XVII Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 25-28.09.2018. Membro efetivo da Academia Brasileira de Educação Física, criada em 11.01.2019, empossado no dia 12.01.2019, na Sessão Solene de Abertura do 34º Congresso Mundial da FIEP, realizado em Foz do Iguaçu de 12 a 16.01.2019. Medalha Comemorativa dos 20 anos do CONFEF-Conselho Federal de Educação Física do Brasil, entregue em 12.01.2019, no 34º Congresso Mundial da FIEP, realizado em Foz do Iguaçu de 12 a 16.01.2019. Medalha de Homenagem do CREF4-Conselho Regional de Educação Física de São Paulo, entregue em 15.01.2019, no 34º Congresso Mundial da FIEP, realizado em Foz do Iguaçu de 12 a 16.01.2019.
Não esquecerás...
Não esquecerás o sentido universalista dos portugueses, traçado pelo Padre António Vieira: "Para nascer pouca terra, para morrer toda a terra." Não esquecerás a alma lusitana, ínsita nas pedras e calçadas, nas ruas, becos, praças e casas de São Luís do Maranhão. Não esquecerás o convite à transcendência, inscrito em todos os símbolos da religiosidade. Não esquecerás a beleza da Cidade edificada e cuidada. E a feiura da cidade descurada. Não esquecerás que a omissão é uma ofensa à memória e uma traição à Humanidade.
Amanhecer em São Luís O sol inunda a cidade, fundindo a magia e o amor. A transpiração vem por conta da inspiração, do deslumbramento e da admiração. Um caso de paixão imorredoura. Esta foi realmente a Atenas e Coimbra do Brasil tropical, do Padre Vieira, de Goncalves Dias e de tantos outros imortais. A arquitetura e todas as artes de moldar o humano e de elevar este ao divino floresceram com um esplendor inimaginável e que não se deixa abater. Ao final da tarde chegará a brisa prenhe de melancolia e saudade; e do céu descerão estrelas fulgurantes. Aqui o espírito, a luz, a palavra e a nostalgia nunca se apagam. A pira olímpica está sempre acesa, em memória de Prometeu
Noite de sonho Cheguei a São Luís com a alegria da leveza e o alvoroço da incredulidade. A criança, viva em mim, tinha dificuldades em acreditar no que lhe estava reservado e aconteceu nesta noite de suave milagre. Amanhã vou partir com os olhos lacrimejantes de comoção, com o corpo atado ao leme da caravela da ilusão e com a alma ajoujada pelo peso da obrigação. Seguirei a minha viagem, cantando o fascínio e os segredos do Maranhão. Eis o juramento de gratidão, firmado perante a direção, o Prof. Leopoldo Vaz, meu padrinho, o Presidente António Noberto e todos os membros da Academia Ludovicense de Letras. Está escrito no rosto e na palma de cada mão
Da ilusão e da felicidade A ilusão é o alimento da felicidade. Foi esse alimento que hoje me foi servido na Universidade Federal do Maranhão. Estou muito agradecido aos professores e estudantes que me proporcionaram tão saborosa iguaria. Podem crer, acrescentaram um palmo de ilusão ao meu tamanho. Bem hajam em todo o tempo e lugar!
Fado e sertão Rio e sertão não têm lado; enlaçados por abraços generosos e beijos carinhosos, praticam a mesma religião, oram o mesmo fado. Amália e Gonzaga dão voz ao pão amargurado, às dores do mundo nascido de parto esforçado. Coração e imensidão rimam nos dobres dolentes da guitarra e do violão. É esta a canção que enche a distância de saudade, semeia a esperança no mar e na noite o luar. Guardem silêncio, deixem tocar a sanfona, os ferrinhos, o cavaquinho e o pandeiro, porque eu sou nordestino, transmontano e brasileiro!
BANDEIRAS DA LUSOFONIA5 JORGE OLÍMPIO BENTO6 Com as lágrimas do tempo E a cal do meu dia Eu fiz o cimento Da minha poesia. E na perspectiva Da vida futura Ergui em carne viva Sua arquitetura. Não sei bem se é casa Se é torre ou se é templo: (Um templo sem Deus.) Mas é grande e clara Pertence ao seu tempo - Entrai, irmãos meus! Vinicius de Moraes7
À maneira de apresentação É sabido que um namorado nunca se cansa de dizer maravilhas da namorada. E que a paixão é, por natureza, desmedida e excessiva e leva a quebrar todos os conselhos e regras da etiqueta, da descrição, da contenção e do comedimento. Assim não me vai ser fácil vigiar a emoção e impedir que ela se ponha no dorso das palavras e que estas cavalguem à rédea solta. Nenhum esforço farei para obstar que a lava do amor à causa da Lusofonia, a todas as pátrias lusófonas e às suas gentes se derrame intensamente, por ela ser o alvo sublimado de ansiedades e desejos insatisfeitos, de lembranças e sonhos revividos. Rogo-lhes, portanto, caros leitores, compreensão e condescendência e peço-lhes, sobretudo, que se sintam coautores deste ‘discurso’, pois a atenção fatiga-se depressa em qualquer tarefa, no caso da alma não se envolver com ela. Mais, proponho que façam da leitura deste texto uma comunhão festiva e que assumam a condição, o papel e o juramento de abelhas diligentes e solidárias do mesmo cortiço. Para que o embrião do nosso propósito vá crescendo pouco a pouco e atinja o tamanho do coração. Quem escreve e vos fala é um sujeito de franqueza desembainhada, um fulano rude, arisco, anguloso, agressivo e terroso, avesso a maciezas e salamaleques, não por opção sua, mas por condicionamento da terra de nascimento e das estações da vida. A sua fisionomia é a das penedias transmontanas, da fundura dos vales do Alto Douro, da dureza dos relevos e do magma telúrico e medular que os anima. É daí que recebe alento, ousadia e força para vos conclamar para o exercício da responsabilidade de guarda e transmissão, com tenacidade mourejadora, do testemunho que, aqui e agora, deposito nas vossas mãos. Estou perante vós, apoiado no bordão de Miguel Torga (1907-1995), com o corpo a um tempo ajoujado e a outro impulsionado pelo carrego da obrigação imposta pela terra e pelo brio. Porque as barreiras, as dificuldades e os limites somente existem para serem superados. Vim do outro lado do mar, tocado pelos ventos alíseos e sabendo que a lonjura da caminhada está preenchida pelo comprimento da saudade. E 5
Este texto corresponde a uma reelaboração da conferência de encerramento (Acerca das novas bandeiras) do XI Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física (Renovação e Consolidação), realizado de 6 a 9 de setembro de 2006 na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. 6 Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Desporto, Universidade do Porto. 7 Vinicius de Moraes, Poética (II), Nova Antologia Poética. São Paulo, Companhia das Letras, 2013.
que aqui encontraria o trigo da sábia generosidade, repartido num abraço de fraternidade. Vim atraído por duas forças convergentes, de resplandecente fulgor ético e estético: a do meio e a da consciência. A desta terra, deste país onde o mundo inteiro se revê em maré inchente, na medida em que o Brasil aceita, comporta e integra o mundo inteiro, por ser o caldeirão do orbe sem que isso o desfeie e desfigure. Ora a esta vocação deve corresponder a nossa vontade, lúcida e consciente, laboriosa e suada, de nos abrirmos aos nossos povos e ao mundo, zelosos de lhes pertencermos e de os servirmos. Sou da terra do Padre Manuel da Nóbrega (1517-1570), que chefiou a comitiva dos jesuítas que vieram, em 1549, com Tomé de Sousa (1515-1579), o primeiro governador-geral do Brasil. Manuel da Nóbrega era gago, mas não lhe faltaram o verbo e a desenvoltura para, em cima de um jumento, subir o planalto de Piratininga e ajudar a fundar a cidade de São Paulo, que havia de ser o grande pólo de irradiação para o interior do Brasil e transformar-se numa das maiores urbes universais. O meu corpo e a minha alma já não se acomodam no agro originário. E por isso é sempre em estado de alvoroço que aqui chego, com a vontade renovada de regressar definitivamente a este chão tropical, onde a minha natureza se sente mais livre, se desmede e transcende às alturas da esperança. Sinto-me ubíquo, com um pé lá e outro cá, perfeitamente enraizado e viçoso neste lugar, como se fosse o meu torrão natal. Embebedo-me a contemplar a “descomunal grandeza do Brasil, durante séculos a levedar, e finalmente a florir”. Sim, é aqui, nesta pátria da minha afeição, que a minha alma – tal como a de Miguel Torga - encontra dimensões imprevistas, “que vão para além da largueza espacial das bandeiras, da altura religiosa das missões e do comprimento marítimo da saudade. Dimensões dum novo humanismo que tem a matriz no porvir”.8 Junta-nos neste empreendimento a mensagem de Fernando Pessoa (1888-1935), qual eternidade anímica ou agulha de sismógrafo, sensível e científica, a pedir que viremos as antenas em novas direções, para escutarmos as inquietações e encontrarmos respostas para as perguntas que se levantam à nossa volta. Sim, é Pessoa que me anima e vem em minha ajuda; e eu queria nesta hora ter a sua pluralidade, voz e visão, ser o Pessoa heterónimo e multiplicado: o Pessoa político, o Pessoa historiador, o Pessoa angustiado, o Pessoa esteta, o Pessoa ocultista, o Pessoa profético. Mas sou, sobretudo, o Pessoa (Bernardo Soares) do desassossego. Como ele, eu sei que não sou nada e que, aparte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. E assim atrevo-me a vir aqui com a pretensão de tentar abrir as janelas da minha e da vossa alma para a Pátria Lusófona, com a caligrafia dos afetos que só a poesia sabe formatar: Janelas do meu quarto Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é E se soubessem quem é, o que saberiam? Dais para o mistério de uma rua constantemente cruzada por gente. Sinto-me muito honrado por me ter sido dado o subido privilégio de vos dirigir a palavra. Agradeço sensibilizado aos organizadores desta publicação, tanto mais que, de novo, me revejo em Fernando Pessoa: Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa! E há tantos que pensam a mesma coisa Que não pode haver tantos. Tenho a noção de que o meu empenho e zelo não serão correspondidos pelo nível da prestação. Por isso apresento-me com a corda das desculpas ao pescoço, implorando e esperando a vossa compreensão. Mais uma vez Pessoa vem em meu auxílio: Em certos casos, quanto mais nobre é o génio, menos nobre é o destino. Um pequeno génio ganha fama, um grande génio ganha descrédito, um génio ainda maior ganha
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Miguel Torga, Ensaios e Discursos. Lisboa: Círculo de Leitores, 2002.
desespero; um deus ganha crucificação. Eu estou certo de que ganharei a vossa indulgência e de que subirei ao céu da vossa amizade e fraternidade.9 Bandeira da descoberta da nossa identidade Quando apelamos à consolidação da comunidade lusófona, não é para advogar a uniformidade ou porque sejamos sósias uns dos outros. Não somos, nem nos move nada disso; temos muitas e essenciais diferenças que devemos evidenciar e aproveitar como traços de união. A nossa matriz e riqueza provêm da pluralidade e diversidade que nos tornam interdependentes e intercomplementares. Uns são mais propensos à contemplação do que à ação, mais ao consciencializar do que ao fazer, mais dados à abstração e à reflexão, mais ativos intelectualmente do que manualmente, têm o segredo da medida, o lastro da experiência, a receita tradicional de alguns valores que vão estiolando por obra da filoxera que se entranha na vinha do progresso. Outros, mais inclinados à exteriorização e às coisas práticas, podem dar aos restantes um pouco da sua juventude, da sua irreverência e impetuosidade social. Por exemplo, no Brasil, revelado à lupa por Miguel Torga, encontramos “uma maneira original de olhar e sentir as coisas, amável e tolerante, confiada e solidária, que resolve numa síntese de esperança as mais desanimadoras contradições. Há um calor inédito nos atos e nas relações, uma cordialidade profunda, que vem dessa combustão íntima de lenhas variadas, desde a cepa lusa ao embondeiro negro, do pau de cânfora asiático ao ipé indígena. E temos o colorido, a multiplicidade, a graça e a originalidade dum povo inteiro que inventa diariamente novos ritmos na alegria de viver. Uma alegria sã, inocente, criadora, que dura de manhã à noite, adormece, e se levanta sem remorsos no dia seguinte”. Não “há complexos na alma dos Brasileiros. Nada de recalcamentos pessoais ou coletivos”. Esta mesma análise pode ser transposta para o continente africano.10 Os portugueses serão mais fechados e compenetrados, terão mais vigiado e contido o espírito, mais escolhidas e apertadas as palavras, mais afivelados e comprimidos o rosto e os gestos, mais engomado o colarinho da camisa, melhor delineado o nó da gravata e mais puxado o brilho dos sapatos. Mas isso é algo postiço para arremedarem o melhor que podem; eles revelam a sua autenticidade, quando se desamarram e transplantam para o brasileiro, que é, na boca de Eça de Queirós (1845-1900), de Machado de Assis (18391908) e de Agostinho da Silva (1906-1994), o português à solta. Se espraiarmos o olhar pelo Brasil afora e pela África e Ásia adentro, vemos gente nova, de camisa aberta, com multiplicação das formas do corpo ou das faces da alma, em lúdica confraternização com as sombras que a acompanham. Vemos terras e gentes do otimismo, em que as obras são por vezes precárias e provisórias, porque ainda se anda à procura da medida que convém a todos e a tudo. Vemos pessoas esmagadas pelo peso da sua ternura humana e do seu generoso coração. Vemos uma grandeza de alma condicionada pelo tamanho telúrico dos lugares de nascimento e crescimento Por ação da mistura e fusão de glóbulos de origens tão distintas, a uns e a outros carateriza-nos um agudo e subtil sentido psicológico, uma superior dose de humor para iludirmos e fintarmos as incertezas, as ingratidões, as rasteiras e agruras da vida. Não obstante tudo isto de somenos, o passado e o presente certificam-nos uma inegável capacidade realizadora, própria de quem vai temerariamente a uma luta aparentemente impossível de vencer e a ganha, ergue cidades descomunais, constrói represas e pontes gigantescas, adestra a mão a semear e produzir em grande, se torna cosmopolita e polimórfico e concita a atenção e o aplauso universais na ciência, na cultura, nas artes, na literatura, na música e no desporto.11 Ah!, e temos um património comum deveras importante: é a língua que partilhamos e que, em conjunto, transformamos e ajudamos a desenvolver e evoluir. Ela também nos transforma e faz crescer, porquanto cada língua instala numa sentimentalidade específica e esta por sua vez condiciona a nossa visão do mundo, 9
Esclareço que algumas das citações de Fernando Pessoa são retiradas de uma agenda editada há alguns anos. Outras citações dele e de outros autores, que surgem neste texto, foram extraídas de jornais e ouvidas em conferências, não me sendo possível referir com rigor a fonte. Disto peço desculpa aos leitores. 10 Miguel Torga, ibidem. 11 Chamo a atenção dos distraídos para a capacidade ingente de edificar, nos trópicos escaldantes, cidades como Belém e Manaus. Que outros povos e países se podem orgulhar de um feito igual?
da vida, do outro e de nós mesmos. As subtilezas relativas à questão da espiritualidade, da saudade, da mordacidade, das emoções, dos afetos não fluem de modo igual em todos os idiomas. O nosso é um canto exaltante e dorido daquilo que somos e daquilo que nos falta ser. Uma língua autêntica e sincera dos nossos feitos e defeitos, das nossas suficiências e deficiências, das nossas virtudes e incompletudes. Uma língua do fado dorido que atinge toda a Humanidade e somente é dizível, de maneira tão explícita, nas palvras e dobrados da nossa fala. Cantamos, rezamos e dialogamos numa língua que anda, há oitocentos anos, a dar voz ao mar, a lançar nele aumentado o apelo menor que dele vinha. E a dar na poesia visibilidade ao incognoscível, às angústias e dramas, às emoções e sentimentos, ao sofrimento e à esperança. Não é, por mero acaso, que onde o português chegou a primeira casa que edificou foi a igreja, para cuidar da alma; e a segunda foi o hospital, para cuidar do corpo. E ambas foram abertas aos outros; não foram reservadas para exclusivo uso próprio. Estas obras de misericórdia – e concórdia – são um inegualável distintivo civilizacional. Muito se tem feito e continua a fazer para desprestigiar, ridicularizar e desmoralizar o nosso modo de ser e de estar. Sim, é isso que perpassa na mente de muitos auto-convencidos reformistas da educação, da saúde, da segurança social e da universidade! Enaltece-se bovinamente a superioridade do estrangeiro e esquece-se que falta lá fora muito da Humanidade em que somos pródigos. Há países e povos que se consideram, com todo o fundamento e a nossa aquiescência, o farol científico e tecnológico da Humanidade. São, por certo, “senhores de técnicas mais desenvolvidas, de disciplinas cívicas mais estruturadas, de criações artísticas mais amplas, dum pensamento abstrato mais alto” e elaborado.12 Todavia não tenhamos complexos de inferioridade, mas antes uma profunda noção de autoestima daquilo que valemos, somos e podemos dar para um mundo novo e uma nova gente. Para ajudarmos a matar a sede sem fim da secura universal. Porque nós, povos lusófonos, somos humanamente o sal da terra e poeticamente a superpotência do mundo. Ergamos, pois, essa bandeira da nossa infantil convivialidade! Bandeira da mestiçagem Sim, a bandeira da lusofonia que desfraldamos com entusiasmo é a da descoberta da nossa identidade. Falo como português, mas já não sou apenas isso. O papel que nos tocou desempenhar na história da Humanidade ri-se da soberba, da jactância e da pretensa superioridade do hemisfério norte, branquinho e louro. A viasacra da nossa aventura ingente, anota e bem Adroaldo Gaya, deixou-nos na pele uma nova tatuagem e o sudário de uma condição desgarrada; transformou-nos em arlequins de roupa multicolorida. Somos híbridos, mestiços, polimorfos, ubíquos, divididos e perdidos na lonjura e na distância. Uma colcha debruada de motivos, de matizes e retalhos, reveladores da unidade da espécie humana.13 Antes tínhamos só as marcas da terra de origem; hoje temos traços de outras culturas, somos também africanos, asiáticos, angolanos, brasileiros, cabo-verdeanos, guineenses, moçambicanos, macaenses, timorenses, goeses etc. Temos a pátria aumentada e gememos por todas as suas parcelas no desespero duma opção impossível.14 Somos duplos ou múltiplos? É claro que não somos duplos nem múltiplos, somos isso sim um ser por inteiro, mais humano, mais solidário, mais comunitário. Somos, sim, um sujeito mais universal, um cidadão global e planetário. Como um Cristo de braços amplos e abertos. A isso chama-se ser lusófono e ser humano. O vento que enfuna as velas desta hora já não é o de outrora. Todavia a matriz desse vento é a mesma. É o vento, por exemplo, de um produto híbrido luso-brasileiro como foi o Padre António Vieira (1608-1697), que não se cansou de apelar a uma tolerância que acolhesse índios, negros e judeus. É o vento que leve as dores que persistem nos povos que, ao lado da cruz dita evangelizadora, conheceram a espada do esbulho e 12
Miguel Torga, ibidem. Adroaldo Gaya, A reinvenção dos corpos: por uma Pedagogia da Complexidade. In: Sociologias, ano 8, nº 15 jan/jun 2006, p. 250-272, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 14 O Padre António Vieira tirou bem o retrato dos portugueses, ao dizer que Deus lhes deu pouca terra para nascer e o mundo inteiro para morrer. O português vive o insolúvel dilema da saudade e do amor igual à terra onde nasceu e à terra que o acolheu; morre, muitas vezes, a meio do caminho, no trânsito entre as duas. 13
da conquista. Que leve desencontros e ofensas e renove os encontros, as aproximações e paixões, os amores e o sexo, desde os primórdios, insubmissos a pudores da epiderme e a arrogâncias biológicas, redundando em casamentos que misturaram os genes, o sangue e o nome e geraram laços e afetos. Por exemplo, os Campeonatos Africano ou Europeu ou Sul-americano ou o Mundial de Futebol são prova insofismável da corrente de solidariedade entre nós. ‘Torcemos’ uns pelos outros. Durante eles ergue-se, em todas as latitudes, a chama resplandecente da alma lusófona, grávida e acrescida de sonho e futuridade. Eles mostram à saciedade que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa tem raízes fundas no sentir dos povos que a perfazem, sendo até uma realidade bem mais sólida e visível nas atitudes das pessoas do que no vocabulário político. O nosso lugar certo e natural é, portanto, na imensidão lusófona. É nela que podemos encontrar arrimo e lamber as feridas provocadas pelas mordidelas e patadas dos canzarrões que defecam no Mundo. Viva a pátria multicolorida! Viva a pátria lusófona! Bandeira de uma cultura comum Temos uma cultura que ostenta a marca da abertura. Fez-se ganhando conteúdo e forma na dissolução e mistura. Completando-se fora de si mesma, animada mais pela apetência da assimilação do que pela obstinação da destruição dos elementos alheios. Fundada no lirismo franciscano e na disposição de confraternizar com o novo e o exótico nos planos religioso, ético, social, cultural e natural, sem abandonar o familiar e prosaico. Na aptidão para acrescentar, ao lastro tradicional, valores indígenas de natureza africana, americana e asiática. Há por isso nas deambulações da nossa errância histórica - no dizer de Edson Nery da Fonseca e também de Gilberto Freyre (1900-1987) - um panlusismo de sinais e sentimentos. Expresso na ânsia de caminhos perdidos, num messianismo com os mais distintos nomes e matizes, no imorredouro sebastianismo, na procura eterna de um ponto de apoio, de uma directriz e de um ideal inacessíveis. Numa música inundada de acentos nostálgicos, de dor e saudade sem fim. Numa arte de todos os sentidos, feita de deuses humanos, de Nossas Senhoras do Ó, assim ditas para não lhes chamar grávidas e ofender a Imaculada Conceição, de santos namoradeiros e casamenteiros, de figuras angélicas contracenando com o diabo. Numa culinária de petiscos, gostos e sabores incomparáveis. Numa vida de prazeres pequenos e frugais, mas imensamente saborosos e humanos. No desbragamento e no calão da linguagem, na maledicência e incontinência das anedotas e ditos populares que não poupam nada nem ninguém. Na poesia que nos transporta para o alto, sem trair a fidelidade à terra; que nos eleva o espírito para compensar os infortúnios e falhas do corpo e do quotidiano.15 Essa cultura pede que desfraldemos as velas do orgulho, da comunhão e generosidade. Que associemos a nós todos quantos são a outra face do nosso rosto e alma. E que prossigamos, agora consciente e volitivamente juntos e agarrados uns aos outros, a viagem até ao fim. Bandeira da profissionalidade e ação Servimos a causa da educação e formação do Homem. Somos artífices da civilização, tentando fazer do corpo uma anatomia do nosso destino. Uma obra inconclusa e inacabável. Visamos mais vida e mais tempo belo e feliz, sabendo que o corpo é sede e veículo da nossa permanência temporal no mundo. É nele que somos lançados para cumprir o destino da beleza, da felicidade e excelência. Cientes da menoridade que, como uma sina de Sísifo, transportamos e nos convida e intima a não esmorecer no aturado trabalho de alcançar a inatingível maioridade. O pensamento filosófico, na antiguidade como no presente, viu e vê na ilusão o alimento preferido da felicidade. Tudo quanto é fonte de ilusão e encantamento origina modalidades superiores de configuração da vida e portanto abeira da felicidade ou, no mínimo, oferece momentos e oportunidades de concretização desta utopia. Não podemos, pois, deixar de ver o desporto como um campo de sementeira fértil de ilusões e,
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Edson Nery da Fonseca, Uma cultura sempre ameaçada. In: Uma Cultura Ameaçada: A Luso-Brasileira. Recife: Gabinete Português de Leitura de Pernambuco, 1980.
por via destas, de vivência de situações únicas e renováveis de felicidade. Sobretudo não podemos deixar de estar nele com esse intuito. Afinal, ele é uma coisa muito linda e séria; ao lado da bandeira da utilidade hasteia a da felicidade. Melhor, ele é para além de uma coisa, ajuda a descolarmos das coisas e a enfrentar o pasmo e o tédio e, por via disso, a tornarmo-nos humanos.16 O desporto é do domínio simbólico e instrumental, ético e estético. No halo e na frontaria da aparência materializam-se a grandeza e a significação da transcendência que encerra. Prefigura e concretiza um método, uma via e uma versão pedagógica, axiológica e cultural da existência. Ensina uma pedagogia e filosofia da vida àqueles que não são pedagogos nem filósofos. Socializa em atitudes, princípios, valores e sentimentos que qualificam a pessoa e a vida. É da ordem da ‘arété’ e paideia gregas, da cultura, da transcendência, da ‘política’, da cidadania. Isto é, pertence às ‘coisas’ elevadas que não conseguem ser enxergadas por vistas baixas e rasteiras. A partir do momento em que os humanos, por terem comido a saborosa maçã ou por terem aberto a Caixa de Pandora, foram expulsos do paraíso e condenados a comer o pão ganho com o suor do seu rosto, a civilização e cultura ocidentais instituíram um modelo de Homem e de vida, inteira e fidedignamente configurado no desporto e nas exigências e ideais que ele comporta. Isto é, o desporto representa uma forma de gestão do sentido da vida que o nosso contexto civilizacional celebra e referencia como sendo superior. É uma modalidade da esperança que resta inscrita na caixa donde se evadiram os ventos do mal e os persegue denodada e infatigável. Em suma, é uma norma sem tecto, uma da busca da excelência, da magificência e excelsitude. Enquanto não renunciarmos ao modelo de Homem que tem guiado a civilização, desde os seus primórdios até aos nossos dias, o desporto continuará a ser um apreciado, irrecusável e profícuo investimento no progresso corporal, gestual e comportamental das pessoas. Ele desafia-nos a tomarmos a gnose e a técnica, a correção e a beleza dos nossos atos como pontes para a liberdade. Somos livres pelo saber, pelo querer e pelo fazer e não pelo crer e dizer. Somos livres pela palavra e pela ação. Por fazermos convergir o eixo da visão e o eixo dos factos e realizações, à luz do ensinamento de Santa Teresa (1515-1582): As palavras preparam as ações. É nesse horizonte que inscrevemos a nossa profissão e função. Somos um espaço de fronteira entre a mente e o corpo. Laboramos no ponto de encontro e da harmonia do espírito e da matéria que são a soma da Vida. Parafraseando Sigmund Freud (1835-1930), participamos na construção de identidades e de pessoas cujo ego é sempre um ego corpóreo, um espírito incarnado. Ocupamo-nos da introjeção ou projeção de ideias, de mitos, de símbolos através dos desempemhos corporais. E assim procuramos anular as fronteiras entre a alma e o mundo exterior; participamos no esforço severo, incansável e sistemático de projetar a nossa natureza, nomeadamente o corpo, contra si própria, para além e acima de si mesma. Enfim, seguimos a voz do superego, que é a da internalização de conceitos e preceitos, de princípios e valores, de normas e ideais, de deveres e obrigações, de ilusões e utopias oceânicas. Ademais o desporto inscreve-se em duas etapas fundadoras e decisivas da civilização: A primeira prende-se com o início do estabelecimento de barreiras e mecanismos redutores da crueldade e da violência. Quando Moisés proclamou, nas Tábuas da Lei, não matarás…amarás o próximo como a ti mesmo, estabeleceu um ideal de convivência absolutamente contrastante com o mundo de sangue e horror até então vigente. Sigmund Freud mostrou bem a subida importância e a enorme dificuldade deste empreendimento ao afirmar: O primeiro homem a lançar um insulto ao inimigo, ao invés de uma lança, foi o verdadeiro fundador da civilização. De resto o índice de civilização mais não é do que a competência para cada um impor inibições, freios, limites e autocontrolos às suas ações e reações, face ao Outro, sejam pessoas, seja a natureza, seja o contexto material, social e cultural. Este é, porventura, o alvo e o desígnio supremos da educação e comprovadamente do desporto: colocar as pulsões e os instintos sob o primado da razão.
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É de Johann Wolfgang Goethe (1749-1832) esta afirmação perentória: “Se os macacos chegassem a experimentar tédio, poderiam tornar-se gente”. Porque criariam um método para o enfrentar.
É nisso que consistem o processo e o progresso civilizacionais e se funda a liberdade. Para os conseguir é necessária uma enorme variedade de meios, em todo o tempo e lugar. Neste como noutros domínios, os ‘hominianos’ são seres menores, incompletos, portadores da hibridez de animalidade herdada e de humanidade apropriada, são transfronteiriços, propensos a passar constantemente da segunda para a primeira; estão condenados a recomeçar, a refazer e a repararar incessantemente a esburacada estrada humana. É ou não para isso que ensinamos e praticamos desporto? É ou não esse o papel instrumental que desempenha ao serviço da civilização da violência, das forças impulsivas e rasteiras e das tentações afins? A resposta é afirmativa: a aprendizagem de habilidades e técnicas visa, em ultimidade, o aprimoramento ético e estético. Sem a melhoria, a ‘tecnicidade’ e a elegância dos gestos e palavras, das emoções e reações, sem a sua sujeição e sublimação mediante artefactos e constructos normativos e culturais, a ética fica ausente e a estética grotesca e manca. A segunda etapa está implícita no terceiro mandamento da Lei de Deus, que ordena guardar os dias santos e valorar a fruição do corpo e da mente. Esse é o mandamento do ócio criativo, da recriação e renovação de tudo quanto nos perfaz por dentro e por fora, de alto a baixo, da cabeça aos pés, na aparência e na essência, na proficiência corporal e espiritual, no desempenho e engenho da sensibilidade anímica e volitiva. É o mandamento que estipula e proclama a observância de um modelo de Homem, que o ser humano não é apenas Homo Faber, máquina de trabalho; antes afirma e alcança a sua Humanidade, ‘santificando’ as outras dimensões da existência. Ora isto exige olhar o trabalho e o trabalhador com respeito e consideração, conforme à formulação de Máximo Gorki (1868-1936): A nova cultura começa quando o trabalho e o trabalhador são tratados com respeito. Julgo que este aspeto, intimamente ligado ao primeiro, constitui uma demarcação clara e nítida entre a Humanidade e a desumanidade, a civilização e a animalização, a ética e a imoralidade, a moral e a amoralidade. Ambas as etapas e ambições mantêm uma atualidade permanente e exigem vigilância inquebrantável, porquanto até agora não foi decretada a perda de validade dos mandamentos invocados. Bandeira da sabedoria Seguimos, pois, em busca da sabedoria para uma civilização melhor. E por isso não nos passa ao lado a questão da desclassificação, do relativismo e do vazio de princípios e valores, do elitismo invertido, da progressão e adulação do império do efémero e volátil, do bacoco, do grotesco, do popularucho e da ‘ética indolor’, do abatimento da norma culta e exigente, da destruição do sólido e duradoiro, da propagação do mal-estar, do desconforto, da infelicidade e descontentamento com a civilização e a cultura do espetáculo, já assinalados por Freud e agravados nos dias de hoje - uma involução que tanto perturba Muniz Sodré, Gilles Lipovetski, Luc Ferry e Vargas Lhosa.17 Neste tempo que parece mais fundado na disponibilidade para deitar fora, abandonar e esquecer do que para reter as aprendizagens, convém lembrar que ‘sabedoria’ é a capacidade de delimitarmos bem as nossas tarefas e obrigações, com olhos de bom senso e humildade e com a convicção de que são as pequenas coisas que perfazem as grandes coisas. Sabedoria, disse William James (1842-1910): “é aprender a ignorar o que deve ser ignorado”.18 A nossa ignorância é centrada na incapacidade de aprender o que considerar e ignorar, o que deve ser conservado e deitado fora, o que merece a nossa atenção e o que deve cair no total esquecimento. Ela flutua no ar, aguardando uma oportunidade de nos atacar, ocupar e perder com tudo ao mesmo tempo. Sabedoria é manter a ignorância à distância, é a capacidade de pôr de lado o que não pode ser superado e de estabelecer metas e limites. No fundo ela é o alicerce da auto-confiança e a bandeira da esperança que manda seguir em frente, numa viagem que nos colocará na dianteira.
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Aconselha-se a leitura deste obra: Mário Vargas Llosa, A Civilização do Espetáculo. Lisboa: Quetzal Editores, 2012. Harold Bloom, ONDE ENCONTRAR A SABEDORIA? Rio de Janeiro: Editora Objetiva Ltda., 2004.
Bandeira do humanismo, da universalidade e solidariedade Sempre que nos encontramos é com exaltante euforia que celebramos, festejamos, homenageamos e saboreamos a doçura da nossa benfazeja fraternidade, como tempero de uma Humanidade acordada e revisitada. Nesses dias levantamos voo e praticamos a coragem de sermos livres, de nos libertarmos de um pensamento e de um modo de atuação tribais. Inspirado e estimulado por tais gestos e atitudes, venho cultivando, em crescendo, a ousadia de afirmar filiações e adesões distintas das tradicionais. Doravante hei de gritar, cada vez mais perentoriamente, esta proclamação: Sou humanista! Esta é a linha de demarcação; é a nova bandeira que orienta os meus princípios e convicções e baliza os meus passos e ações. Revejo-me nos padrões da Humanidade e rejeito liminarmente os interesses perversos do mercado neoliberal. Alisto-me nas fileiras da urgente remissão discursiva dos pilares do Humanismo e Iluminismo, como ponto de partida para uma nova práxis académica e científica, cultural e social. Como Fernando Pessoa, eu tenho o dever de sonhar sempre, de sonhar em grande, de ser mais do que um espectador de mim mesmo e de conceber o melhor espetáculo que posso ter. Por isso imagino e construo, com ouro e sedas, um palco e cenário para viver o meu sonho entre músicas brandas e luzes invisíveis, com a entrada em cena, em qualquer altura e para quebrar o sono da rotina, de bandas marciais. É assim que eu me ergo e sinto, combatendo a traição e a ingratidão, a deceção e o desencanto, o desassossego e a inquietude, a desilusão e o desengano com voz pequena e pouca, mas ainda bastante para cantar e lançar ao vento um hino de luz e razão. A lusofonia que eu almejo há de desfraldar bem alto, no céu estrelado e fulgurante, a bandeira das causas cimeiras da Humanidade. E declamará, sempre que necessário e em som audível, a Rosa de Hiroxima, de Vinicius de Moraes (1913-1980): Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroxima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atómica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada. Bandeira da coragem, dos princípios e valores A hora é estranha. É como se a mortalidade flutuasse no ar e vivêssemos um intervalo, num lugar que não mais nos reconhece. Como se a sabedoria, a decência e sanidade voassem pela janela, à medida que a crise se adensa. Todavia no fundo do nosso íntimo vive a convicção de que o homem volta sempre às suas próprias necessidades de beleza, verdade e discernimento. Mais, acredito que, na escrita, no ensino, na carreira académica, no exercício de funções e na vida, só perdura aquilo que obedece a três critérios: esplendor ético e estético, força intelectual, sapiência. Mas é uma crença desmentida pela conjuntura. Este é o tempo de Dom Quixote: de beirar a transcendência e, simultaneamente, de sucumbir à mesquinhez, como se apenas houvéssemos de alcançar a apoteose no silêncio tranquilo e amargo do aniquilamento e resignação. Admitamos, pois, os condicionantes das
possibilidades, sem esquecer as palavras de Hilel (O Ancião, 60 a.C. - c. 9): Onde não houver homens, esforçai-vos para agir como um homem.19 E tendo também em conta a advertência do Rabi Tarphon (70135): Não sois obrigados a concluir a obra, mas tampouco estais livres para desistir dela.20 Obviamente, como formulou James Baldwin (1924-1987), ensaísta e compositor norte-americano, nem tudo o que enfrentamos pode ser mudado. Mas nada pode ser mudado enquanto não for enfrentado.Logo não podemos entregar-nos aos grilhões da inação. Mantenhamos vivas as convicções ganhas numa corrida esforçada, suada e limpa. E continuemos a iluminar as noites e dias da dúvida opressora com este clarão de Mário Quintana (1906-1994): A vida são deveres que nós trouxemos para fazer em casa. Para os guardar e cumprir. Sei que eles caíram em desuso. Porém é mister que sigamos o rumo traçado, para não cairmos na farsa e mentira, para não parecermos, como disse Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), “cortados ao meio”. Ademais os enganadores têm o castigo de ser o que são: não são nada, falta-lhes identidade e reconhecimento, são desprezíveis. Eis porque devemos passar de cara erguida, leves e orgulhosos de nós, por entre a multidão desfigurada. Sim, devemos preferir a dificuldade dorida, resultante do dever porfiado, à vantagem indevida, colhida no dever contornado. Até porque o homem que a dor não educou não passa de uma criança. A dor torna-nos mais fortes, mais sábios, céticos e prudentes, embora também pessimistas e solitários. O extremismo e o fanatismo religiosos e de outra ordem dão, nesta hora, que pensar e temer. Mas assustame muito mais a comissão liquidatária da alma escarolada, laboriosa, íntegra, proba, séria e honrada. As marcas nobres dessa alma, os traços essenciais e ancestrais que a perfazem e exaltam estão a ser abatidos e entregues ao desbarato pelo despudor neoliberal. Quando olho a conjuntura e as circunstâncias, vem-me à memória o poeta russo Vladimir Maiakowski (1893-1930). O poeta acreditava piamente na revolução e que dela sairia um mundo melhor, mais justo, fraterno e solidário. Pouco a pouco foi percebendo que os líderes do seu país tinham perdido a alma e traído os ideais. O desrespeito e os atropelos brutais à dignidade física e moral das criaturas eram a regra vigente. Desiludido e sem esperança, em 1930 rendeu-se e saiu de cena, pondo um fim trágico à sua vida. Também hoje vivemos tempos dúbios e tristes. Muitos de nós já sentem angústias, frustrações edesalentos próximos aos do poeta. Perdemos a confiança em gente que se dizia amante do bem comum, apostada em combater iniquidades e diminuir as desigualdades sociais. Tudo o que traduz solidariedade, atenção e respeito do Outro, do nosso semelhante, é desmontado friamente, sem apelo nem agravo, por mandarins e mandaretes, biltres e enzoneiros, canalhas e rapazolas de uma estirpe inominável. O desempregado, o doente, o necessitado o pobre e o desvalido são erigidos em privilegiados e como tal vilipendiados e execrados na praça pública. Por isso vai alastrando uma onda de suspeição, descrédito e desesperança, em relação aos políticos e ao seu trejeito tão baixo de fazer política. Contudo a desvergonha e o descaramento não geram a revolta, a repugnância e a repulsa que se impunham; pelo contrário, redundam em passividade e desistência, o que é deveras preocupante. A putativa democracia transformou-se num sistema de corrupção organizada e de ditadura da propaganda mediatizada. O consentimento, a cumplicidade, a conivência e a omissão dos cidadãos amordaçados e domesticados pelo medo tornaram-se as muletas desta ‘democracia’ apodrecida. Só que nós somos professores, pertencemos à profissão da palavra e da obrigação de a dizer alto. Não procederemos como Maiakowski, não afogaremos na demissão e cobardia a razão e justeza do protesto, nem tampouco ficaremos calados, à espera que nos tirem a voz da garganta e já não possamos falar. Não tenhamos medo senão da pequenez, adverte Miguel Torga, “medo de ficar aquém do estalão por onde, desde que o mundo é mundo, se mede à hora da morte o tamanho de uma criatura”.21 Não deixemos que o silêncio dos melhores seja cúmplice do alarido, do despudor e da ausência de decoro dos piores! Não percamos a alma, nem a hipotequemos a nenhum potentado deste mundo, seja ele religioso ou profano. Não permitamos que nos roubem o direito de sonhar e de viver melhor! Não deixemos que 19
Hilel foi um célebre líder religioso judeu, que viveu durante o reinado de Herodes. Harold Bloom, ibidem. 21 Miguel Torga, ibidem. 20
venha o pesadelo a toldar a nossa visão e que da terra da nossa campa se levante uma cruz com este epitáfio: Aqui jaz a ilusão de uma vida decente. Bandeira da ternura, da fraternidade e disponibilidade Neste momento olho para cada um dos meus leitores imaginários no espaço lusófono. Anseio e quero que nos vejamos com as lentes medradas do afeto, de um convívio irmanado que torne mais fecundas todas as partes do oceano sobre o qual estamos de pernas escanchadas, como titãs apostados em secá-lo e unir as suas margens. Queridos bandeirantes, colegas e companheiros desta viagem: Atribuamos uns aos outros um tamanho multiplicado pelo acréscimo da consideração recíproca. Deixemonos ligar e atar por um pacto sagrado de inquietação e promissão, que não carece de ser codificado e formalizado em qualquer tratado. Porque vem de dentro, das entranhas do bem-querer. Somos desiguais, diferentes e independentes; não somos sósias uns dos outros, nem nós, nem os nossos povos e países. E temos que acentuar cada vez mais os traços específicos da nossa fisionomia, para que o resto da humanidade repare em nós, passando da cortesia passiva à valorização ativa. Porém transportamos pelos séculos fora a alegre penitência de estarmos continuamente presentes na lembrança uns dos outros. É isso que não nos permite que sejamos alheios e estranhos. E que obriga que nos olhemos com ternura. Com a ternura que nos torna convergentes cooperantes e fraternos, mesmo quando se aviva a cor das divergências. Somos diversos, miscigenados e multiculturais. Florimos em países esculpidos nas margens dos oceanos e movidos pelos ventos da aventura e pela fé de encontrar novos mundos, entre eles o próprio céu. Agora somos nós os atores e os fins da descoberta. É de nós que se trata. De nos descobrirmos, de retirarmos os véus dos equívocos que nos encobrem e afastam, para nos conhecermos e revelarmos uns aos outros com toda a autenticidade, retidão, lhaneza e frontalidade. Acrescentemos a isto as pinceladas da cordialidade que é a essência do nosso génio de dar cor e forma ao mundo e à humanidade. O sorriso e a satisfação porão então nos dedos de tintas e pincéis a harmonia criadora das telas da nossa alma e olhar. Para uma diáspora do encantamento! A história não chegou ao fim. Manda recriar o mito, não para ficar presa ao passado. Mas para renovar a sementeira da esperança e reanimar a vontade de configurar um mundo redondo e fraterno e dar ao porvir o rosto da utopia. Sigamos a bandeira dos afetos e do sangue, para lhes dar sentido e destinação. Navegar é preciso em direcção à cidadania lusófona. Todos devem ter vez e voz nesse coro polifónico. Requer-se que o ideal seja partilhado nas margens que bordejam o Atlântico e nos lados cerzidos pelas agulhas de bilros das costas de outros mares. Se não for por nós e pelos nossos contemporâneos, que o seja pelos vindouros. A mensagem que nos aguça os olhos e incendeia a alma pede que dobremos o Bojador e o Adamastor, os estreitos e cabos de todos os mares do presente. Que convoquemos todos os navegadores: da inteligência, da lucidez, da boa-fé e vontade, da política, das artes, da música, do desporto, da poesia e da ciência de sermos um em todos os dois e outros em que nos desdobramos. Da aproximação há de resultar mais viva e chamativa a estrela da comunidade que une Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, S. Tomé e Príncipe, Timor e outras paragens. A edificação dessa comunidade será um novo astrolábio a guiar-nos nesta viagem com rumo a porto seguro. Os mares da nossa sensibilidade rejubilarão, por se verem tocados pela ternura de mãos, que fazem riscos, traços e composições numa tela como quem cria olhos, beijos e sonhos na face de uma criança. Paulatinamente, a Lusofonia – qual Lua Cheia mágica, diamantina, meiga e doce! – sai da penumbra, emerge e avança para o centro dos olhares. Como é belo o seu resplendor! Em Trás-Os-Montes (onde nasci), no Porto (onde aprendi a dizer princípios, valores e conceitos, a dizer a vida e a dizer-me), no Brasil (onde me sinto em casa, menino jogador da bola e do sonho de ganhar a Copa do Mundo), em todos os países e locais da lusofonia (onde saboreio o gosto intenso e quente da partilha
fraterna) eu quero ver em cada planta, em cada casa, em cada pessoa a haste de uma flor irradiando da graça do seu corpo! E nisso me rever, até ao fim. Eis o límpido e desinteressado desejo que me tem movido e comovido neste empreendimento. Eis por isso igualmente a bandeira que aqui levanto para ondular ao vento do vosso apreço e consideração, do vosso amor e paixão. É tempo de nos despirmos de espertezas, de desconfianças, de reservas, de farsas e hipocrisias que nos deformam e de defeitos que não nos pertencem. A abundância prolixa dos adjetivos deve dar lugar à parcimónia, à simplicidade e à medida chã e realista da capacidade objetiva. Não temos necessidade de compensar qualquer tipo de pequenez, porquanto nos completamos uns aos outros naquilo em que porventura cada um seja carente. Liga-nos um íntimo parentesco, quer resultante dos elementos genéticos integrados, quer resultante do convívio secular já cumprido e daquele a que estamos condenados para a eternidade. Custe o que custar, estamos obrigados a descobrirmo-nos, a conhecermo-nos sempre melhor. Façamos, por isso, deste movimento uma forja de têmpera da sintonia da nossa distinta personalidade social e cultural, animada pelo fogo interior de uma missão. E que esta seja a de derramarmos por todo o orbe a torrente do nosso afeto, o sabor marinho de gente plural que se quer bem e que porfia, com tenacidade, em levar até ao fim a incumbência de apertar o mundo inteiro num abraço quente e irmanante. Queremos “intervir na fisiologia do corpo universal”, continuar a colaborar na “magnitude da causa humana, sem alardes e sem desfalecimentos”. Todos juntos, sem ambiguidades e ressentimentos, seremos uma força obstinada e triunfante neste roteiro, que é nosso e do qual não devemos perder a posse.22 Não se esqueçam de que só progredimos, se crescermos por dentro, se nos carregarmos de causas e aspirações, de princípios e deveres, se tirarmos o máximo possível das coisas mínimas em que realizamos a profissão e esgotamos a vida; se nos construirmos como uma grandeza balizada por matéria e espírito, pela matéria das nossas realizações, dos congressos e seminários, das aulas e das conversas, dos livros e revistas que editamos e dos estudos, trabalhos e cursos que fazemos em conjunto, pelo espírito dos ideais que nos animam. O estímulo tem que nos vir do futuro que queremos projetar, da grandeza que queremos alcançar, da obra que queremos edificar. Porque a criatura é a imagem e a medida da dimensão do criador, sejamos uma incomensurável disponibilidade! Bandeira do otimismo, da sã consciência e reta intenção A penúltima bandeira que vou desfraldar é a da sã consciência e da reta intenção e, por isso mesmo, a do entusiasmo, do otimismo e confiabilidade na vitalidade do ideal que nos inspira. Em 1989, eu e outros colegas da área do desporto e da educação física partimos para a aventura da Lusofonia. Tomamos esta em mãos não tanto a conselho da razão, mas sobretudo impulsionados por sentimentos, porque são estes muito mais do que aquela que dão força, sentido e direção a uma decisão e escolha. Se não é o amor que faz girar o mundo, é ele que faz com que valha a pena o giro. Iniciamos a viagem pelo Brasil; nele fizemos aguada e reunimos forças para idealizar o roteiro e escrever a respetiva crónica. E, inspirados no humanismo franciscano do primeiro e sempre renovado encontro, fizemos ancoradoiro noutras paragens, com a ciência de que não havia génios superiores entre nós, mas apenas pessoas de modesta e humana condição, de boa-fé, de sã consciência e reta intenção. Por certo com muitas insuficiências e fraquezas, mas também com as virtudes do entusiasmo e generosidade bastantes para darem flores ao presente e frutos ao futuro. Temos feito o percurso iluminados por estes versos de Sebastião da Gama (1924-1952): Pelo sonho é que vamos, Comovidos e mudos, Chegamos? Não chegamos? Haja ou não haja frutos. 22
Miguel Torga, ibidem.
Pelo sonho é que vamos! Basta a fé no que temos. A esta crença adicionamos uma avaliação realista. José Saramago (1922-2010) disse, faz tempo, que as línguas se cercam umas às outras e que o inglês nos cerca a todos. É neste aviso que se revêem as muitas publicações, os congressos, as reuniões e as cooperações que temos produzido. Querem ser fautrizes da agregação daqueles que, no nosso idioma, refletem, investigam e teorizam o desporto e os seus problemas. E um espaço de reconhecimento desse labor. Continua a mover-nos o objetivo da construção de uma comunidade lusófona que, pela qualidade da sua ação, se imponha ao respeito no contexto internacional das Ciências do Desporto e de todos quantos cuidam deste fenómeno antropológico, cultural e social. Precisamos de mais alegria e inspiração, no trabalho de formação, de reflexão e investigação, no desporto e na vida. Precisamos um pouco mais de poesia. Para enchermos a alma de sonhos e ideais e assim aumentarmos o nosso porte, já que nascemos para ser grandes. Desencostemos os cotovelos e os olhos do tempo perdido; atiremos fora as tristezas e frustrações e façamonos à estrada de uma nova aventura, de um desafio empolgante e gratificante. Sejamos bandeirantes insignes e mestres da peregrinação, da diáspora e da errância! Não nos deixemos atingir pelo veredicto implacável de que chegamos após a conclusão da prova, na verdade após nós mesmos, demasiado tarde. Por isso prossigamos a viagem e estuguemos o passo para que a luz não seja tardia e o cair da noite não nos barre o caminho. Libertemo-nos da nostalgia e recriminação do passado. Não falemos dos feitos e defeitos, das virtudes e vicissitudes da história que é, apesar de tudo de bom e mau que encerra, causa da nossa junção. Deixemos isso de lado, não por esquecimento e desconhecimento, mas para termos presente o que nos compete fazer hoje, o amanhã que devemos alcançar. Para nos merecermos e justificarmos. Sou de uma gente que oscila entre a melopeia quente e arrebatada, própria das horas de exaltação, e a canção triste, nostálgica e magoada na voz de um fado e destino trespassados de melancolia. Venho do Porto sentido. E foi-me dado o privilégio de vos falar e saudar neste colóquio. De vos dizer um adeus comovido e juntar num amplexo repartido. Eu vos conclamo para um balanço que tem todas as razões para ser lavrado com a alegria e a figura do otimismo transbordante. Tenhamos presente a constatação de Norbert Elias (1897-1990), de que os processos sociais são inacabados e preparam o terreno para as gerações futuras. Como ele, concluamos que “nossa tarefa agora é trabalhar em prol da pacificação e da unificação organizada da humanidade. Não nos deixemos intimidar por sabermos que não veremos essa tarefa progredir, na nossa época, do período experimental para o de fruição. Certamente vale a pena e faz sentido nos prepararmos para trabalhar num mundo inacabado, que se estenderá para além de nós.”23 Para tanto aceitemos o Repto de Miguel Torga: Aceito o desafio. Que poeta se nega A um aceno do acaso? Tenho o prazo Acabando, O que vier é ganho. Na lonjura Da última aventura É que a alma revela o seu tamanho. Extremo Oriente da inquietação Lá vou! A quê, não sei, Mas lá descobrirei Que razão me levou. 23
Norbert Elias, Escritos & Ensaios. 1 – Estado, processo, opinião pública. Rio de Janeiro: Jorge ZAHAR Editor, 2006.
Lá, onde tanto que me precederam, Se perderam, E aprenderam, na perdição Que só é verdadeiro português Quem, um dia, a negar a humana pequenez, Se inventa e se procura Nas brumas do mar largo e da loucura.24 Bandeira final: da esperança e da saudade A grande deusa lusíada, disse Teixeira de Pascoaes (1877-1952), é a saudade, não do passado, mas sim do futuro. A saudade é a ausência dolorosa do porvir, do que há de vir e ser, do ausente que se quer presente. O futuro é a aurora do passado – definiu o pensador de Amarante. Temos, pois, que projetar o passado, com nova configuração, para o futuro! Que fará da utopia da Lusofonia o grande escultor que é o tempo? É essa saudade do incerto que me submerge, nestes dias escuros, no rio profundo e revolto da melancolia, de uma tristeza prenhe de leveza. A isto Chico Fonseca, que toca guitarra e canta no Bairro das Fontainhas em Pangim, Goa, chama lusostalgia. Sinto um nó na garganta. Talvez sejam os dobres do fado, convertido em mandó, canção dolente que uma noite escutei igualmente em Goa: A barra de Damão é estreita e comprida. É alegre na entrada e triste na saída. Este canto magoado é o que hoje nos consome na ocidental praia lusitana e dilacera, como uma cimitarra, as entranhas das gentes de todo o orbe, sem música e palavras para dizerem e cantarem a sua desdita. Chegou o instante do pano cair sobre o palco. De fazermos promessas e juramentos em favor do ideal que, há muito, nos congrega. Tomo para mim, como um credo, a estrofe de Chico César e Lúcio Lins do poema duas margens: Eu voltarei, de corpo e barco voltarei E por ti seguirei minha viagem Navegarei entre teus braços e segredos Eu serei teu búzio, tu serás o meu degredo. Procuro de novo sustento em Miguel Torga. E ele sussura-me: o que importa é o partir e não o chegar, aparelhar a caravela da ilusão, dizer adeus ao cais da paz tolhida, fazer da embarcação uma alada sepultura, largar a vela desmedida e seguir a rota dos sonhos da lonjura. É estar em viagem sem desanimar, encontrarmo-nos e sentirmos que somos do mesmo lugar. Somos cidadãos da Lusofonia. Somos nós, mais os restantes. Somos de todo o mundo. Somos muitos. Somos um só. Congregamos, configuramos e expressamos todos os heterónimos do génio de Fernando Pessoa. A nossa obra e utopia são símbolo do Homem Universal. Convido os leitores a serem cidadãos desta esperança e utopia lusófona, que não se resigna à desilusão e que se agarra, confiante e convictamente, ao sol que nasce no mundo que fala português. Incito-os a empunharmos e erguermos estas bandeiras altaneiras que apontam compromissos e horizontes mais largos e sólidos à nossa imaginação e ação. Ocupemo-nos e realizemo-nos com a nobilitante tarefa de clarear os nossos caminhos, para podermos irradiar luz sobre os dos outros. Fazendo do Outro o nosso alvo e a nossa referência. Tornando-nos, pouco a pouco, passo a passo, pessoas sem idade, donas da serenidade e sensibilidade. Sem a obstinação e angústia
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Miguel Torga, Antologia Poética. Lisboa: Dom Quixote, 1999.
de irmos à frente do tempo, mas de fazermos parte dele, de o incarnarmos e sermos. Só assim ficaremos para além de cada dia e da nossa duração, como reflexo de tudo quanto semeamos na senda da existência. Deste jeito prosseguiremos a nossa caminhada mais determinados e fortes, coesos e fraternos, confiantes e esperançosos, abraçados a cantar, em uníssono, a Ode de Miguel Torga: Eis-me nu e singelo! Areia branca e o meu corpo em cima. Um puro homem, natural e belo, De carne que não peca e que não rima. A linha do horizonte é um nível quieto; As velas, de cansaço, adormeceram; E penas brancas, que eram luto preto, Perderam-se no azul de onde vieram. Sol e frescura em toda a grande praia Onde não pode haver agricultura; Esterilidade limpa, que não caia De pão e vinho a cósmica fartura. Dançam toninhas lúdicas no céu Que visitam ligeiras e felizes; Uma força sonâmbula as ergueu, Mas seguras à seiva das raízes. Nem paz, nem guerra, nem desarmonia; O sexo alegre, mas a repousar; Um pleno, largo e caudaloso dia, Sem horas e minutos a passar. Vem até mim, onda que trazes vida! Soro da redenção! Vem como o sangue doutra mãe pedida Na hora de dar mundo ao coração!25
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Miguel Torga, Diário (1946). Edição do autor.
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A PARÓQUIA DE SÃO JOÃO BATISTA DO VINHAIS, HOJE LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ DELZUITE DANTAS BRITO VAZ Estamos prestes a comemorar mais um aniversário da primeira missa rezada na Igreja dedicada à São João Batista, no próximo dia 20 de outubro – 407 anos; a instalação da Paróquia de São João Batista na antiga Vila de Vinhais deu-se em 13 de junho de 1757, portanto, comemoramos 362 anos como Paróquia... Permitam-me ler documento enviado ao nosso Bispo em janeiro de 2012, que bem retrata a situação que vivíamos já alguns anos, em decorrência da mudança de titularidade da nossa Paróquia, às vésperas de completar 400 anos de existência: COMISSÃO DAS COMEMORAÇÕES DOS 400 ANOS DA VILA DE VINHAIS VELHO e sua IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA São Luis, 23 de janeiro de 2012 À Sua Reverendíssima Dom JOSÉ BELISÁRIO DA SILVA M.D. ARCEBISPO DE SÃO LUÍS – MARANHÃO E.M. Senhor Bispo A COMISSÃO DAS COMEMORAÇÕES DOS 400 ANOS DA VILA DE VINHAIS VELHO e sua IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA vem através desta APRESENTAR a Vossa Reverendíssima PROJETO DE AÇÃO DE EVANGELIZAÇÃO em nossa Comunidade e seu entorno: Vila Progresso; Kubanakan, Vitória, 25 de Março, e outras, além, claro, dos bairros do entorno de nossa Igrejinha – Recanto Vinhais, Residencial Vinhais III, Conjunto dos Ipês, Residencial Palmeira, e os novos conjuntos ora em fase de ocupação/entrega a seus moradores – num total de cinco condomínios novos. Como já informado a Vossa Reverendíssima, neste ano de 2012 a Igreja de São João Batista da Vila Velha de Vinhais completará 400 anos, do início da Evangelização no Maranhão, com a chegada, primeiro dos Capuchinhos franceses com a armada de De LaTouche; com a reconquista em 1614, os portugueses se estabelecem no Maranhão, vindo com Jerônimo de Albuquerque os padres Manuel Gomes e Diogo Nunes, aqui permanecendo desde então; fundada a primeira missão ou residência, mais junto à cidade para comodidade dos moradores, a que deram o nome de Uçagoaba; com a chegada da segunda turma, os padres Luis de Figueira e Benedito Amodei, a missão jesuítica no Maranhão inicia-se nessa aldeia de Uçaguaba, situada a margem esquerda do igarapé do mesmo nome, teria sido o ponto de partida dessa missão, primeira, denominada 'Aldeia da Doutrina', para ser modelo de evangelização que se pretendia implantar. Nesse momento, em que se comemoram esses 400 anos do início da evangelização, nossas pretensões são de, revivendo aquele momento histórico, nos aproximarmos dos moradores de nossas comunidades do entorno, levando a mensagem cristã buscando – ou reconquistando - adeptos, fazendo conversão, buscando mudanças de hábitos, crenças e valores, enfim, compartilhando Cristo a toda e qualquer pessoa, através da palavra falada ou escrita; comunicando as ações redentoras de Deus ao homem; proclamando as boas notícias, deixando os resultados absolutamente nas mãos de Deus. SOLICITAMOS, para essa tarefa, ser-nos colocado à disposição um Pároco, haja vista que o designado para a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida da Foz do Rio Anil não dispõem de tempo para nos acudir, dada as inúmeras tarefas, e extensão da mesma. INFORMAMOS a Vossa Reverendíssima que o Pe. Alberto, da Diocese de Imperatriz; e Frei Almir, da Ordem dos Frades Menores Conventuais, estão dispostos a auxiliar na Evangelização. E que assumiremos moradia (aluguel) e salário daquele designado para tal missão. LEMBRAMOS que a antiga Paróquia de São João Batista em Vinhais originou inúmeras outras, como a de São Francisco, no São Francisco; a do Sagrado Coração de Jesus, no Bequimão; a de Santo Antonio de Pádua, no COHAJAP; a de Nossa Senhora Aparecida da Fox do Rio Anil, no COHAFUMA. Que quando da construção dessa Igreja, perdemos a titularidade de Paróquia, instituída em matriz da freguesia, criada pela Resolução Régia de junho de 1757.
ROGAMOS a Vossa Reverendíssima, em arrazoado já exposto em cartas datadas 13 de outubro de 2009, e de 08 de dezembro de 2011, o RESGATE de nossa titularidade em Paróquia de São João Batista com a abrangência da Vila Velha de Vinhais; Vila Progresso, Vila Kubanacan, Vila Vitória, Vila 25 de Março, Recanto Vinhais, Residencial Vinhais I e III, Conjunto dos Ipês, Alameda dos Sonhos, Residencial Palmeira, Residencial Colina dos Colibris; e Ipase de Baixo. (Anexo documentação da área de jurisdição da Paróquia ora pleiteada). Assim, ao aproximarem-se os 400 anos de existência dessa Igreja, vimos PLEITEAR a Vossa Reverendíssima a concessão do título de “PARÓQUIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE VINHAIS”. Pede, por ser de Direito! Pela COMISSÃO DAS COMEMORAÇÕES DOS 400 ANOS DA VILA DE VINHAIS VELHO e sua IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA, LUIZ ROBERTO M. DE ARAUJO, FRANCINALDA ARAGÃO LIMA, VERÔNICA FLORCELY RAMALHO, DELZUITE DANTAS BRITO VAZ, LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ
Pois bem, no dia 20 de outubro daquele ano de 2012, em missa comemorativa aos 400 anos da primeira missa, voltávamos a ser, esta Igrejinha, titular de uma das maiores paróquias de São Luis... e Padre Jadson era-nos apresentado como o novo pároco. Mas vamos voltar ao tempo, um pouco mais... Desde a década de 1590 esta região, a antiga aldeia de Uçaguaba, dos Tupinambá, já era habitada por europeus – digo por europeus, porque sabemos que havia ocupação humana, aqui, pelo menos há mais de 3.000 anos, conforme pesquisas arqueológicas -, e havia um padre jesuíta, quem sabe, visitador – não sabemos, ainda, seu nome, nem se estava apenas de passagem, em um dos navios que aqui aportavam, dando assistência à então feitoria existente, e sua vila coabitada por europeus e nativos – Miganville. Sim, Miganville precede à fundação de São Luís, pois comprovada sua existência efetiva desde 1594. Quando da fundação da França Equinocial, em 1612, foi daqui que partiu a proposta ao Rei de França, e autorizada a colonização francesa naquele ano, 407 anos passados... Junto, vieram os primeiros padres capuchinhos...
Fundada a França Equinocial, sairam De Rasilly, o Barão de Sancy e os padres D' Abbeville e Arséne de Paris acompanhados de um antigo morador de Upapon-Açú, de nome David Migan – quem deu o nome de Miganville - , a visitar as aldeias da Ilha: "(...) levaram-nos os índios, de canoa, até Eussauap, onde chegamos no sábado seguinte ao meio-dia. O sr. de Pizieux e os franceses que com ele aí residiam receberam-nos com grande carinho (...)". (D'ABBEVILLE, 1975, p. 114. .
Após a implantação da França Equinocial, Uçaguaba / Miganville passou a ser chamada pelos cronistas Claude Abbeville e Yves d'Evreux de "o sítio Pineau" em razão de Louis de Pèzieux, primo do Rei, ter adotado o local como moradia. Capistrano de Abreu esclarece que: Na história da Companhia de Jesus na extinta Província do Maranhão e Pará, do Padre José de Morais, está Uçagoaba, que com melhor ortografia é Uçaguaba composto de uça, nome genérico do caranguejo, e guaba, participio de u comer: o que, ou onde se come caraguejos, conforme com a definição do texto ...". ( apud D' ABEVILLE, 1975, p.107). Das 27 aldeias existentes na Ilha, 14 tinham apenas um Principal; 10 possuiam dois; 1 possuia três. Eussauap possuia quatro: "... é uma das maiores aldeias da ilha e nela existem quatro principais: Tatu-Açu; Cora-Uaçu ou Sola-Uaçu, às vezes também Maari-Uaçu; Taiacú e Tapire-Evire". É em Eussauap que os franceses encontram uma certa resistência, por parte de um velho "... de mais de 180 anos e que tinha por nome Mamboré-Uaçu ..." e que havia assistido ao estabelecimento dos portugueses em Pernambuco, 80 anos antes (cerca de 1835).
Os moradores de Eussauap tinham esperança que um dos padre aí se fixasse. Por isso "haviam edificado no meio da praça, localizada entre as cabanas, uma bonita capela com um altar bem arranjado". Além da capela construiram uma grande cruz. No domingo, dia 20 de outubro de 1612, foi rezada a missa. Vencidos os franceses em Guaxenduba (19/11/1614), os portugueses se estabelecem no Maranhão, vindo com Jeronimo de Albuquerque os padres Manuel Gomes e Diogo Nunes, aqui permanecendo estes até 1618 ou 1619: "A primeira missão ou residência, que fundaram mais junto à cidade para comodidade dos moradores, foi a que deram o nome de Uçagoaba, onde com os da ilha aldearam os índios que haviam trazido de Pernambuco ...". (MORAES, 1987, p.58).
Em 1º de agosto de 1757, a Aldeia da Doutrina, sob a invocação de São João dos Poções, foi elevada à categoria de Vila com a denominação de Vinhais, sendo criada nesse mesmo dia a freguesia de São João Batista de Vinhais, em virtude de Resolução Régia de 13 de junho de 1757. Quero aqui ressaltar essa data – 13 de junho de 1757... Comemoramos 362 anos, este ano, da existência como paróquia!!! Com um breve interregno de tempo – 1997/2012 ... Nossas comemorações devem iniciar dia 13 de junho, e ir até 20 de outubro, pois festejamos o dia de São João Batista, lembramos de seu martírio, e a primeira missa nesse intervalo... Continuemos: A residência dos jesuitas em Uçagoaba é ocupada com a chegada da segunda turma de jesuitas ao Maranhão, os padres Luis de Figueira e Benedito Amodei. De acordo com Cavalcanti Filho (1990) a missão jesuitica no Maranhão inicia-se com a chegada dos padres Figueira e Amodei: "... Ao que tudo indica, a aldeia de Uçaguaba, situada a margem esquerda do igarapé do mesmo nome, teria sido o ponto de partida dessa missão ... desta primeira, denominada 'Aldeia da Doutrina'".(p. 31).
Cesar Marques (1970), informa sobre Vinhais - freguesia e ribeiro, que os jesuítas Manoel Gomes e Diogo Nunes, que vieram junto com a armada de Alexandre de Moura, principiaram a estabelecer residências - ou missões de índios -, sendo a primeira que fundaram: “... foi a que deram o nome de Uçaguaba, onde com os da ilha da capital aldearam os índios, que tinham trazido de Permambuco, e como esta se houvesse de ser a norma das mais aldeias, diz o Padre José de Morais, nela estabelecessem todos os costumes , que pudessem servir de exemplo aos vizinhos e de edificações aos estranhos. Cremos que por êste fim especial foi chamada aldeia da Doutrina. “Fundada pelos jesuítas, parece-nos haver depois passado ao poder do Senado da Câmara, porque ele tinha uma aldia ‘cujo sítio era bem perto da cidade’. Compunha-se de 25 a 30 índios entre homens e mulheres ‘para poderem acudir às obras públicas pagando-se-lhes o seu jornal’. “Em 12 de maio de 1698 a Câmara pediu ao soberano um missionário para educá-los. Em 22 desse mesmo mês representou à Sua Majestade queixando-se por ter sido privada desta aldeia ‘por algumas informações más e apaixonadas ... Meireles (1964), conta-nos que o bem-aventurado Gabriel Malagrida - a quem César Marques chamou de “o desgraçado apóstolo do Maranhão” - costumava logo pela manhã percorrer as ruas da pequenina cidade de não mais de uma meia dúzia de milhares de habitantes, a convocá-los, com a campainha que ia fazendo tilintar, para a Santa Missa e o exercício do catecismo. E lá voltava ele, cheio de alegre beatitude,
acompanhado de um bando irriquieto de meninos que o seguia até o Colégio. Depois, o confessionário e a visita aos enfermos e aos presos, consumia-lhe o resto do dia, pela tarde afóra; À noite, retornava à aldeida da doutrina, como comumente então a povoação de São João dos Poções, antiga Uçagoiaba e hoje Vinhais, sede da primeira missão dos inacianos na Ilha-Grande fora conhecida... Gabriel Malagrida (Menaggio, 5 de dezembro de 1689 — Lisboa, 21 de setembro de 1761) foi um padre jesuíta italiano. Tendo sido missionário no Brasil e pregador em Lisboa, veio a ser condenado como herege no âmbito do Processo dos Távora.
Não há referência à Eussauap, Uçagoaba, Uçaguaba ou Aldeia da Doutrina na relação dos templos existentes na Ilha por ocasião da elevação de São Luís à sede de Bispado em 1677, pela Bula "Super Universas Orbis Ecclesias", muito embora em 1740 conste da relação das freguesias do Maranhão: "Na ilha de São Luis. Além da freguesia de N. S. da Vitória que abrangia toda a capital do Estado com suas muitas igrejas, capelas e conventos, havia três outros núcleos com a presença permanente de religiosos e que também naquele ano seriam erigidos em paróquia - Anindiba (Paço do Lumiar), São José dos Poções, antiga aldeia da Doutrina ...". (MEIRELES, 1977, p.127).
D. Felipe Condurú Pacheco (1968) informa que em 1751, os jesuítas e os franciscanos tinham no Estado do Maranhão e Grão-Pará 80 missões e grande número de “doutrinas”, e que em oposição às numerosas propriedades dos demais religiosos, “[...] os franciscanos possuíam então no Maranhão apenas o convento de Santo Antonio, com 25 escravos, e a ‘missão’ de S. José dos Poções, em 1757 vila de Vinhais, de onde, com as esmolas dos fiéis, se mantinham com seus alunos de filosofia e de teologia [...]”. (p. 50).
Ao listar as paróquias da Ilha do Maranhão, “[...] no meado do século XVIII, conta de 1758,... distante da cidade ... Vila Nova de Vinhais, a que foi elevada a 1o. de agôsto de 1757, (antes, S. João dos Poções) dos franciscanos[...]”. (p. 61).
De acordo com Barbosa de Godois (1904), o colégio dos jesuítas no Maranhão, “segundo os Annaes Litterarios, contava estas residências: Conceição da Virgem Maria, em Pinheiros; S. José, na aldeia de S. José de Riba-Mar; S. João Baptista, em Vinhais; S. Miguel, no Rosário”.
Gaioso (1970), ao identificar as cidades, lugares, villas, freguezias por toda a capitania, afirma que na ilha de São Luís do Maranhão - em 1818 -, tem a cidade deste nome e: "A villa de Vinhaes he uma pequena povoação de Indios, que goza de privilegio de ter seu governo municipal, de que são membros os mesmos Indios. Tem sua igreja particular que lhes serve de freguezia, com a invocação de S. João Batista. A congrua dos vigários destas povoações he de 50,000 r. pagos pela fazenda real, que cobra os dizimos, e devem apresentar certidão dos respectivos diretores, em como compriro com os officios pastoraes." (p. 110)
Sobre a igreja existente em Vinhais, Moraes (1989) lembra que a capela de São João de Vinhais, construída no século XIX (sic), substituiu templo muito anterior, que ruíra, e que fora matriz da freguesia, criada pela Resolução Régia de 18 de junho de 1757. A reconstrução da igrejinha do Vinhais foi feita pelo 15o. Bispo do Maranhão, D. Marcos Antonio de Souza. Em carta a seus auxiliares, datada de 30 de dezembro de 1838, “julgando aproximado o tempo de descer aos silêncios da sepultura”, pede para ser enterrado na Matriz de São João Batista de Vinhais, que mandara reedificar: “Se não fôr possível ter o último jazigo nesta Cathedral de Nsa. Sra, da Vitória, junto às cinzas dos meus Predecessores, como sesejava um santo Bispo de Milão, se não me fôr permitido descançar junto al Altar, em que poe muitas vêzes tenho celebrado os augustos mysterios da Religião Santa, que professo, hé de minha última vontade, que o meu enterramento, se fallecer nesta Cidade, ou suas vizinhanças seja na Matriz de S. João Baptista de Vinhaes, reedificada com algum trabalho meo”. (CONDURÚ PACHECO, 1968, p. 164).
No ALMANAK DO MARANHÃO para o ano de 1849, consta da relação dos párocos do Bispado do Maranhão o nome de Manoel Bernardo Vaz, como vigário colado da Igreja de São João Batista do Vinhais. D. Manoel Joaquim da Silveira, 17o. Bispo do Maranhão, inicia, a 27 de dezembro de 1854, uma visitação às paróquias. Sobe o “São Francisco” - “braço de mar em que deságua o rio Anil”, em dois escaleres do brigue “Andorinha: “... Pitoresco o promontório dos remédios, com a alvura deslumbrante e devota da Ermida de Nsa. Senhora. Com pouco mais de 3 quartos de hora de viagem, estão no pôrto de “Vinhaes, outrora Villa, e muito mais povoada que actualmente’. Foguêtes, recepção, bençãos. ‘Hospedagem ecellente em casa de propriedade do Vigário Geral. Visita dos ingênuos habitadores dêste pacífico lugar’. “Na manhã seguinte começam os trabalhos. Pouca frequência. Não há confissões: 75 crismas. ‘Pequena a Matriz de pedra e cal; airosa, porém e mui bem ornada’. Construída por D. Marcos, já está arruinada. Ajudado com 4:000$000 da Província e com o produto de loteria, D. Manoel fez os reparos desta... “... a 3 de janeiro, por Vinhais, retorna S. Excia. à Capital”. (CONDURÚ PACHECO, 1968, p. 234-235).
No ano de 1862, São Luís possuia três frequesias: Vinhaes, Bacanga e São José dos Índios. Eram chamadas de 1ª., 2ª, e 3ª. freguesias. À época da nomação do 19o. Bispo do Maranhão, D. Antonio de Alvarenga - 1876 -, era pároco da igreja de São João Batista de Vinhais o Pe. Custodio José da Silva Santos. Ana Jansen, em meados do século XIX, monopolizava o abastecimento de água de São Luís, utilizandos-e de aguadeiros, seus escravos, que se abasteciam nas fontes do Apicum e Vinhais, transportando suas pipas para o centro da cidade, vendendo o caneco por vinte réis, de acordo com Viveiros. Catarina Mina – Catharina Rosa Ferreira de Jesus – uma escrava que amealhou grande fortuna com o comércio de seu corpo, e comprou sua alforria – no dizer de Graça Guerreiro, tornara-se uma Xica da Silva do Maranhão – achando-se adoentada – em 19 de fevereiro de 1886 - e sendo solteira e sem herdeiros, abriu mão de seus bens em testamento, deixando-os para seus escravos –sim, os possuía, e muitos ! – além da
alforria dos mesmos. Entre as exigências que fez, pediu aos herdeiros que “enquanto lhes permitissem os seus recursos, não deixassem de fazer a festa de São Pedro em Vinhaes, como de costume”. (BARBOSA, 2002; 2002b) O Deputado Francisco Antonio Brandão Junior, em 1892, apresenta projeto de criação de uma cadeira de “primeiras letras” em Vinhais. Essa, deve ser a origem da nossa Escola Oliveira Roma... Em 1985, os moradores da Vila velha do Vinhais pedem ajuda aos moradores do Conjunto Recanto dos Vinhais para a reconstrução da Igrejinha ... o telhado estava no chão, mais uma vez ... A primeira pessoa que, nessa época estendeu a mão, foi uma médica, que mandou reconstruir o telhado. Depois, alguns moradores reuniram-se e resolveram ajudar, criando uma comissão – informal – pró-reconstrução da Igreja... Muito embora conste do “Inventário Nacional de Bens Móveis e Integrados”, do Ministério da Cultura, que em 1995 tenha sido restaurada pela Secretaria de Cultura do Estado, através do Departamento de Patrimônio Histório e Paisagístico (MinC, 1997) – recurso de R$ 8.000,00 (oito mil reais) – isso nunca se deu;
Desde 1985, todas as intervenções físicas se deram com recursos arrecadados junto à comunidade, sem qualquer interferência de qualquer poder público – seja nacional, estadual, ou municipal... 1997, perde a titularidade de Paróquia, para a recém-construida Igreja de Nossa Senhora Aparecida da Foz do Rio Anil... Reconquista a titularidade em 20 de outubro de 2012... nesse periodo, de 1985 até agora, teve tres párocos: Padre Meireles, Padre Cláudio, e Padre Jadson...
PARÓQUIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE VINHAIS: 407 ANOS DA PRIMEIRA MISSA, 362 ANOS DE PARÓQUIA, 34 DE REVITALIZAÇÃO... A Igreja de São João Batista à cerca de 34 anos vem passando por transformações. Durante esse tempo alguns padres passaram por aqui e, com a participação da comunidade, contribuíram para seu crescimento. Por determinação de D. Paulo, nossa igreja ficou adormecida por cerca de 15 anos. Aproximando-se os 400 anos de sua construção foi organizada uma comissão para solicitar, mais uma vez, o resgate da sua titularidade junto à D. Belisário. A comissão apresentou à Sua Reverendíssima projeto de ação de evangelização nesta comunidade, e em seu entorno. Solicitamos ser nos colocado à disposição um Padre, haja vista que o designado para então Paróquia de Nossa Senhora Aparecida da Foz do Rio Anil (Cohafuma) não dispunha de tempo para nos acudir, dada às inúmeras tarefas e extensão da mesma. Lembramos que, a partir da paróquia de São João Batista de Vinhais, outras foram desmembradas e criadas, como a de São Francisco (São Francisco), Sagrado Coração de jesus (Bequimão), Menino jesus de Praga (Cohama) e Nossa Senhora Aparecida da Foz do Rio Anil (Cohafuma). Em 1997, com a construção desta ultima igreja, perdemos a titularidade da paróquia, instituída em matriz da freguesia e criada pela Resolução Régia de 13 de junho de 1757. Pois bem, no dia 20 de outubro de 2012, em missa comemorativa aos 400 anos da primeira aqui rezada, a Igrejinha resgata seu titulo de sede de Paróquia e Padre jadson era nos apresentados como o novo Pároco. Um presente de Deus para nós! A comunidade se mobiliza para acolhe-lo e tudo valeu a pena. As mudanças começam, então: primeiro, geograficamente: as comunidades Nossa Senhora de Fátima, Divino Pai Eterno, e Nossa Senhora Aparecida passaram à pertencer à nossa Paróquia. Padre Jadson, com disposição e muita sabedoria e sobretudo coragem e amor, organizou novas comunidades, como Santa Luiza, na Vila progresso, Santa Teresinha, na 25 de Março, acolhendo, evangelizando nossos irmãos. Reformas foram realizadas em todas as comunidades: a) Divino Pai Eterno – a pequena comunidade realizava seus encontros nas ruas ou em casas, que eram cedidas. Hoje, conta com uma bela igreja; o numero de fieis cresceu significadamente, e o trabalho de evangelização se faz presente; b) N. S. de Fátima – além das reformas, interna e externa -, foi construida a casa paroquia; c) N. S. Aparecida – também passou por reformas; o numero de atividades espirituais cresceu; d) Igreja de São João Batista – construída salas, cozinha industrial, construção do largo (praça), reformas interna e externa – luminárias, cálice, som, dentre outras. E sempre com seu toque de bom gosto. Padre Jadson passou a organizar a Paróquia, não só administrativamente, mas religiosamente/ espitirualmente. Trabalhou a evangelização, a unidade, a integração de seus paroquianos. O zelo pelo sagrado nos foi passado com rigo e mansidão. As assembleias paroquiais organizadas e realizadas, por ele, nos apontam sempre o que é, e como devemos nos portar em relação ao caminhar de nossa paróquia. A preocupação em aprofundar o conhecimento da palavra é visível. Para isso, organiza palestras, formações, dentre outras atividades. Nossa Paroquia cresceu... Cresceu muito – os Ministérios aumentaram em numero e missão; a Igreja cresceu num todo. A nossa Igrejinha é tida como a mais antiga da cidade ainda em funcionamento – houveram outras, mas já foram demolidas -. Era pouco conhecida até pelos moradores do entorno; hoje, com todo o trabalho de realizado somos uma Paróquia estruturada, acolhedora, dinâmica. Não pronta, encaminhada e feliz. Obrigada, D. Belisário, obrigada, Padre Jadson...
VILA DE VINHAIS – A VELHA E A NOVA LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão DELZUITE DANTAS BRITO VAZ CEM “Liceu Maranhense” MORADORES DO RECANTO VINHAIS Nos últimos 25 anos vimo-nos reunindo nesta Igreja, para celebrar a comunhão. É o tempo de vida da Comissão Pró-Igrejinha da Vila (Velha) de Vinhais. Essa comissão é informal, pois não tem existência jurídica. È resultado de uma terceira via de participação das pessoas na vida de sua comunidade. O objetivo comum é a preservação: da fé – católica, e agora de outras vertentes do cristianismo - e do ‘documento’ que a caracteriza, no seio comunitário: a sua Igrejinha. E falamos aqui nos dois sentidos, o de preservação da fé, imaterial, com o ter de volta um padre para ‘rezar a missa’, e o prédio, o material. A comunidade se uniu em torno desses dois objetivos. E é isso que se celebra, aqui, hoje, mais uma vez... Ao resgatarmos a história desta comunidade e de sua Igrejinha, em honra ao glorioso São João Batista, minha mulher – a Profa. Delzuite, Del -, e eu temos procurado acrescentar alguma informação nova, para não ficar sempre repetindo a mesma história. Para este ano encontramos mais uma referencia à antiga aldeia de índios, tão bem descrita por Abeville em sua HISTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS, e por D´Evreux em sua VIAGEM AO NORTE DO BRASIL – feita nos anos de 1613 a 161426. No dia 07 de julho de 1647 é registrada no Livro de Acórdãos da Câmara de São Luís a ausência dos habitantes desta cidade – e das vilas próximas – às festas públicas que se organizavam, e que os cidadãos não a estavam acudindio, isto é, não estavam contribuindo para a sua realização, quer em dinheiro, quer em sua realização, quer no acompanhando das procissões. “Acordamos e mandamos que todo cidadão desta cidade de São Luís de qualquer qualidade que seja que a Câmara celebre festas e procissões estando residente na cidade ou duas léguas ao redor não acudir as ditas festas e procissões para acompanhá-las nos postos que lhe forem ordenados paguem mil reis de pena as obras do conselho.” (p. 237) 27
Eloy Abreu em seu “O Senado da Câmara de São Luís e as festas públicas” (2010)2 registra que a obrigação de participar das festas públicas incluía, além dos moradores da cidade, os que habitavam as vilas de índios
26
ABBEVILLE, Claude d’. HISTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1975 D’ÉVREUX, Yves de. VIAGEM AO NORTE DO BRASIL –feita nos anos de 1613 a 1614.São Paulo: Siciliano, 2002. 27 ABREU, Eloy Barbosa de. O senado da Câmara de São Luís e as festas públicas. In CORRÊA, Helidacy Maria Muniz; ATALLAH, Cláudia Cristina Azevedo (Org.). ESTRATÉGIA DE PODER NA AMÉRICA PPRTUGUESA: dimensões da cultura política (séculos XVIIXIX). Niterói: PPGH-UFF / São Luís: UEMA / Imperatriz: Ética, 2010, p. 219-251
do Vinhais e do Paço do Lumiar, ambas localizadas no interior da ilha e distantes da cidade duas léguas, pois as festas religiosas também funcionavam como um veículo de catequização dos nativos.
Já registramos que, fundada a França Equinocial, sairam De Rasilly, o Barão de Sancy e os padres D' Abbeville e Arséne de Paris acompanhados de um antigo morador de Upapon-Açú, de nome David Migan, a visitar as aldeias da Ilha: "(...) levaram-nos os índios, de canoa, até Eussauap, onde chegamos no sábado seguinte ao meio-dia. O sr. de Pizieux e os franceses que com ele aí residiam receberam-nos com grande carinho (...)". (D'ABBEVILLE, 1975, p. 114)28. (grifos nossos).
Capistrano de ABREU esclarece que: " EUSSAUAP - nom do lieu, c'est à dire le lieu ori on mange les Crabes. - Bettendorf leu em Laet Onça ou Cap, que supôs Onçaquaba ou Oçaguapi; mas tanto na edição francesa, como na latina daquele autor, o que se lê, é EUSS-OUAP. Na história da Companhia de Jesus na extinta Província do Maranhão e Pará, do Padre José de Morais, está Uçagoaba, que com melhor ortografia é Uçaguaba composto de uça, nome genérico do caranguejo, e guaba, participio de u comer: o que, ou onde se come caraguejos, conforme com a definição do texto ...". ( apud D' ABEVILLE, 1975, p.107)29.
Das 27 aldeias existentes na Ilha, 14 tinham apenas um Principal; 10 possuiam dois; 1 possuia três. Eussauap possuia quatro – "... é uma das maiores aldeias da ilha e nela existem quatro principais: TatuAçu; Cora-Uaçu ou Sola-Uaçu, às vezes também Maari-Uaçu; Taiacú e Tapire-Evire". Junipar, a aldeia principal da ilha, contava com cinco principais. É em Eussauap que os franceses encontram uma certa resistência, por parte de um velho "... de mais de 180 anos e que tinha por nome Mamboré-Uaçu ..." e que havia assistido ao estabelecimento dos portugueses em Pernambuco. Afirmava que, como os perós, os franceses chegavam para comerciar, não passando mais do que 4 a 6 luas, tempo suficiente para reunir as drogas que traficavam. Tomavam suas filhas para mulher e isto muito os alegrava. Mais tarde afirmavam que havia necessidade de construção de fortes, para defesa sua e dos índios, e então chegavam os Paí - padres - plantando cruzes, instruindo os índios e os batizando. Exigem que as índias sejam batizadas, para só então as tomarem como esposas. Aí, dizem precisar de escravos para os servirem. E tomam os índios como seus escravos. Convencido o velho guerreiro que os franceses eram diferentes dos perós, prosseguem De Rasilly, o sr. de Sancy e D' Abbeville a sua visitação. Cesar MARQUES (1970)30, em seu “Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão”, publicado em 1870, informa sobre Vinhais - freguesia e ribeiro, que os jesuítas Manoel Gomes e Diogo Nunes, que vieram junto com a armada de Alexandre de Moura, principiaram a estabelecer residências - ou missões de índios -, sendo a primeira que fundaram: “... foi a que deram o nome de Uçaguaba, onde com os da ilha da capital aldearam os índios, que tinham trazido de Permambuco, e como esta se houvesse de ser a norma das mais 28
ABBEVILLE, Claude d’. HIASTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1975 29 ABBEVILLE, Claude d’. HIASTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1975 30 MARQUES, César Augusto. DICIONÁRIO HISTÓRICO-GEOGRÁFICO DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO. São Luís: Tip. do Frias, 1870. (Reedição de 1970).
aldeias, diz o Padre José de Morais, nela estabelecessem todos os costumes , que pudessem servir de exemplo aos vizinhos e de edificações aos estranhos.
“Cremos que por êste fim especial foi chamada aldeia da Doutrina. “Fundada pelos jesuítas, parece-nos haver depois passado ao poder do Senado da Câmara, porque ele tinha uma aldia ‘cujo sítio era bem perto da cidade’. “Compunha-se de 25 a 30 índios entre homens e mulheres ‘para poderem acudir às obras públicas pagando-se-lhes o seu jornal’. “Em 12 de maio de 1698 a Câmara pediu ao soberano um missionário para educá-los. “Em 22 desse mesmo mês representou à Sua Majestade queixando-se por ter sido privada desta aldeia ‘por algumas informações más e apaixonadas’. “... foi no dia 1o. de agosto de 1757 elevada à categoria de vila com a denominação de Vinhais”. (MARQUES, 1970, p. 632-633).
A VILA NOVA DE VINHAIS31 Continuemos com César Marques, que às páginas 633, de seu “Dicionário...” afirma que houve contestação quanto à propriedade das terras da Aldeia da Doutrina, pertencente, então, ao Convento de Santo Antônio. Esta vila, situada ao N.E. da Ilha do Maranhão uma légua distante da capital, à margem do ribeiro Vinhais, ora transformada em Vila de Vinhais e, para dar fim à qualquer contestação, sobre a quem pertenceria as terras, passou-se a seguinte certidão, que, segundo Cesar Marques, não deixa de ser curiosa: “José Inácio Pereira, escrivão por comissão da Câmara da vila de Vinhais: em cumprimento do despacho retro certifico que revendo o livro de ...... nele à fl. 87 verso achei o translado ..... “Por ser conforme às reais ordens que Sua Majestade foi servido expedir para o estabelecimento deste Estado e conveniente ao bem comum e particular dos moradores dele, que se destinem terrenos competentes, que sirvam de distritos às vilas para as suas respectivas justiças não excederem os seus limites, devo dizer de vossas mercês em observância das mesmas reais ordens, que o distrito dessa vila terá princípio no pôrto do Angelim sobre a foz do rio – Anil -, quer fica pertencente ao distrito desta cidade, e dele partirá em rumo direito para o nascente às terras alagadiças da fazenda que foi de Agostinho da Paz e que hoje é do Rvdo. Cônego Manuel da Graça, fincado pertencendo ao distrito 31
ABBEVILLE, Claude d’. HISTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1975 D’ÉVREUX, Yves de. VIAGEM AO NORTE DO BRASIL –feita nos anos de 1613 a 1614.São Paulo: Siciliano, 2002. PIANZOLA, Maurice. OS PAPAGAIOS AMERELOS – os franceses na conquista do Brasil. São Luis: SECMA; Rio de janeiro: Alhambra, 1968. FORNEROD, Nicolas. SUR LA FRANCE ÉQUINOXIALE – SOBRE A FRANÇA EQUINOCIAL. São Luis: Aliança Francesa do Maranhão/Academia Maranhense de Letras, 2001 DAHER, Andréa. O BRASIL FRANCES – as singularidades da França Equinocial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007 MEIRELES, Mário. FRANÇA EQUINOCIALLACROIX, Maria de Lourdes Lauande. JERÔNIMO DE ALBUQUER MARANHÃO – guerra e fundação no Brasil colonial. São Luís: UEMA, 2006 LACROIX, Maria de Lourdes Lauande. O Mito da fundação de São Luís. In Jornal O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 02 de março de 2008, domingo, Caderno Alternativo, p. 1, p. 6 MORENO, Diogo de Campos. JORNADA DO MARANHÃO POR ORDEM DE SUA MAJESTADE FEITA O ANO DE 1614. São Paulo: Alhambra; São Luís: ALUMAR/AML, 1984
desta mesma vila a estrada pública, que do dito porto do Angelim vai para a fazenda da Anindia e outras, como também a fazenda do defunto José de Araújo, partindo e confrontando da parte do sul com terras do distrito desta cidade e continuando este rumo da partte do nascente da mesma fazenda do dito Cônego Manual da Graça para a parte do norte, correrá em direitura à costa do mar, e por ela descerá à capela de São Marcos de onde continuando da parte do poente pela costa desta baía até a fortaleza da barra desta cidade continuará pelo rio, que divide a cidade das terras sobreditas da costa do mar até finalmente chegar ao dito porto do Angelim, onde fica fechando o rumo do dito distrito, em que se compreedem a dita vila e terras que possuem os seus moradores desde o tempo em que foi constituída doutrina dos padres de Santo Antônio desta cidade como também a Capela de São Marcos, a olaria, que foi dos padres da Companhia e vários sítios de fezendas e moradores, como são a do sobredito Cônego Manuel da Graça, de Domingos Fernandes e últimamente todos os que dentro dos referidos rumos e distrito se compreenderem sendo este suficinete para essa dita vila, sem prejudicar o da cidade. “Para rendimento das despesas da Câmara lhe não determino por hora terreno, o que farei com a brevidade que me fôr possível para cumprir completamente com a ordem de Sua Majestade, o qual sempre há de ser dentro do distrito dessa vila: o que tudo Vossas Mercês tenham entendido para inviolávelmente obervarem, registrando este no livros da Câmara para a todo o tempo constar até onde entendem os seus limites, de que me mandarão certidão de assim o haverem. – Deus guarde a Vossas Mercês – Maranhão. – Gonçalo Pereira Lobato e Sousa” “Senhore Juízes e oficiais da Câmara da vila do Vinhais. “Certifico eu escrivão abaixo nomeado em como transladei uma carta do Ilmo. Sr. Governador vinda ao juiz e mais oficiais da Câmara desta vila, o que juro em fé de meu ofício: três de novembro de 1760. – Manuel de Jesus Pereira. “Nada mais que o referido continha o dito translado fielmente aqui copiado do próprio livro, a que me reporto, e é verdade todo o referido em fé do ofício. – Vinhais, 10 de fevereiro de 1806. – José Inácio Pereira”. (MARQUES, 1970).
Fica a curiosidade da origem do nome dado à nova vila, criada em função do esbulho das propriedades dos jesuítas, expulsos de toda Portugal – e suas Colônias – pelo Marquês de Pombal. Era comum dar-se nomes às vilas e cidades do Maranhão o mesmo nome de vilas e cidades existentes em Portugal. Vinhais32 é uma vila portuguesa, pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e subregião do Alto Trás-os-Montes, limitado a norte e oeste pela Espanha, a leste pelo município de Bragança, a sul por Macedo de Cavaleiros e Mirandela e a oeste por Valpaços e Chaves . A ocupação humana deste território data de tempos ancestrais, tal como se pode verificar pelos inúmeros vestígios arqueológicos que se podem encontrar nesta região: inscrições rupestres, edificações de tipo dolménico e fortificações castrejas. Esta antiguidade é reiterada pelo Abade de Miragaia:
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Vinhais_(vila)
O chão desta vila e desta paróquia foi ocupado desde tempos remotíssimos, como se infere da lenda ou história da igreja de S. Facundo, que a tradição diz ter sido fundada no tempo dos Godos. (...) Também por aqui se demoraram os Romanos, pois ao norte da vila, no monte da Vidueira, se encontraram em 1872 muitas moedas romanas bem conservadas (...).Perto de Vinhais foi encontrada uma lápide com a seguinte inscrição: JOVI / O.M. / LOVIIS / IAIIX / VOTO / LAP (Lovesia dedicou por voto e com generoso ânimo ao grande Júpiter) 1.
Em meados do século XIII surgiu, pela primeira vez, a referência a Vinhais, num documento de doação ao mosteiro leonês de São Martinho da Castanheira: “in villa que vocitant Villar de Ossus in territorio Vinales”. Nesta época, Vinhais não era um topónimo, mas sim um coronómio, visto que designava uma região, um território e não um lugar determinado. Pensa-se que a primeira povoação de Vinhais foi construída num outeiro, próximo da margem direita do rio Tuela, mais a norte do sítio atual, ou no monte da Vidueira, ou, ainda, no monte Ciradela ou Ciradelha, na Serra da Coroa. Estas suposições justificam-se pelo aparecimento de moedas romanas, vestígios de edificações da antiga cidade romana de Veniatia e da estrada militar romana que ligava Braga a Astorga (Asturica Augusti). Vinhais foi, primitivamente, um castro de povoamento galaico, transformado pelos romanos em castro galaico-romano, com a sua fortaleza (oppidum). Certamente, os suevos ou os visigodos cercaram a localidade de muralhas e, com a expulsão dos muçulmanos, Vinhais ficou arrasada, tendo sido repovoada na época da dominação dos reis de Castela e Leão (D. Sancho II e D. Afonso VI). Este repovoamento foi continuado pelos primeiros reis portugueses, nomeadamente com D. Afonso Henriques, D. Sancho I (O Povoador), D. Afonso II e D. Sancho II. Vinhais recebeu foral de D. Afonso III, no dia 20 de Maio de 1253, o qual foi outorgado pelo monarca D. Manuel I, em 4 de Maio de 1512. Quando D. João I de Castela invadiu Portugal, em 1384, devido à crise de sucessão suscitada pela morte de D. Fernando, o castelo de Vinhais foi um dos muitos que hastearam a bandeira castelhana, recusando, assim, obediência ao Mestre de Avis, futuro D. João I de Portugal. No século XVII, Vinhais sofreu bastante com a Guerra da Restauração, devido à sua localização geográfica, tal como conta Pinho Leal, na célebre obra Portugal Antigo e Moderno:
Em 1666, achando-se em Lisboa o III conde de S. João da Pesqueira (futuro 1º Marquês de Távora, criado por D. Pedro II Regente, de 7 de Janeiro de 1670), governador de Entre Douro e Távora (...). entretanto, o general galego D. BALTAZAR PANTOJA, pôs a ferro e fogo a província de Trás-os-Montes. Em 1 de Julho 1666 entrou por Montalegre, no dia 13 de Julho caíu sobre Chaves, no dia 14 de Julho os lugares de Faiões e Santo Estêvão, defendidos pelo sargento-mór ANTÓNIO DE AZEVEDO DA ROCHA, cometendo barbaridades. Recolhendo-se D. BALTAZAR PANTOJA a Monterey, praça galega ao Norte de Verim, e passados poucos dias volveu sobre Portugal, entrando por Monforte, veio pôr cerco a Vinhais, cercando com o seu exército o castelo, que era defendido pelo governador ESTÊVÃO DE MARIS, com os habitantes da vila e mais 50 auxiliares. 1
Este acontecimento ficou eternizado numa inscrição que, ESTÊVÃO DE MARIS, GOVERNADOR DES / TA VILA DE VINHAIS, Fº DE Rº DE MORAIS DE TIO / ZELO, MANDOV FAZER ESTAS CASAS / NA E. DE MDCCVI (?) QUANDO PANTOXA / G L DO EXÉRCITO DE GALIZA COM O / MAIOR Q. SE VIO NESTA PROVÍNCIA / E LHE DEFENDEO A MURALHA CÕ / A GENTE NOBRE DA VILA E POV / QVA MAIS DE GRÃ E CÕ PERDER MVTÃ / LEVANTOU O SITIO E QUEIMOU AS / CASAS QUE FICAVÃO FORA DA MVRALHA1.
Pois bem, a antiga Aldeia da Doutrina é elevada à categoria de vila em 1o. de agosto de 1757 com a denominação de Vinhais - Vila Nova de Vinhais – a nossa hoje Vila Velha de Vinhais. Como a Vila de Vinhais não apresentou qualquer desenvolvimento, foi extinta pela Lei Provincial no. 7, de 20 de abril de 1835, passando a pertencer a frequesia à comarca da capital, formando o 5º distrito de paz.
A IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA DO VINHAIS33 Os moradores de Eussauap tinham esperança que um dos padre aí se fixasse. Por isso "haviam edificado no meio da praça, localizada entre as cabanas, uma bonita capela com um altar bem arranjado". Além da capela construiram uma grande cruz. No domingo, dia 20 de outubro de 1612, foi a capela batizada e rezada a missa.
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MARQUES, César Augusto. DICIONÁRIO HISTÓRICO-GEOGRÁFICO DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO. São Luís: Tip. do Frias, 1870. (Reedição de 1970). ABBEVILLE, Claude d’. HIASTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1975 D’ÉVREUX, Yves de. VIAGEM AO NORTE DO BRASIL –feita nos anos de 1613 a 1614.São Paulo: Siciliano, 2002. PIANZOLA, Maurice. OS PAPAGAIOS AMERELOS – os franceses na conquista do Brasil. São Luis: SECMA; Rio de janeiro: Alhambra, 1968. MEIRELES, Mario M. HISTÓRIA DA ARQUIDIOCESE DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO. São Luís: UFMA / SIOGE, 1977. MORAES, José de. HISTÓRIA DA COMPANHIA DE JESUS NA EXTINTA PROVÍNCIA DO MARANHÃO E GRÃO-PARÁ. Rio de Janeiro: Alhambra, 1987. PACHECO, D. Felipe Condurú. HISTÓRIA ECLESIÁSTICA DO MARANHÃO. São Luís: Departamento de Cultura do Estado do Maranhão, 1968 CARVALHO, Jacinto. CRÔNICA DA COMPANHIA DE JESUS NO MARANHÃO. São Luís: ALUMAR, 1995.
Vencidos os franceses em Guaxenduba (19/11/1614), os portugueses se estabelecem no Maranhão, vindo com Jeronimo de Albuquerque os padres Manuel Gomes e Diogo Nunes, aqui permanecendo estes até 1618 ou 1619: "A primeira missão ou residência, que fundaram mais junto à cidade para comodidade dos moradores, foi a que deram o nome de Uçagoaba, onde com os da ilha aldearam os índios que haviam trazido de Pernambuco ...". (MORAES, 1987, p.58)34.
A residência dos jesuitas em Uçagoaba é ocupada com a chegada da segunda turma de jesuitas ao Maranhão, os padres Luis de Figueira e Benedito Amodei. De acordo com CAVALCANTI FILHO (1990) 35 a missão jesuitica no Maranhão inicia-se com a chegada dos padres Figueira e Amodei: "... Ao que tudo indica, a aldeia de Uçaguaba, situada a margem esquerda do igarapé do mesmo nome, teria sido o ponto de partida dessa missão ... desta primeira, denominada 'Aldeia da Doutrina'".(p. 31).
Não há referência à Eussauap, Uçagoaba, Uçaguaba ou Aldeia da Doutrina na relação dos templos existentes na Ilha por ocasião da elevação de São Luís à sede de Bispado em 1677, pela Bula "Super Universas Orbis Ecclesias", muito embora em 1740 conste da relação das freguesias do Maranhão: "Na ilha de São Luis. Além da freguesia de N.S. da Vitória que abrangia toda a capital do Estado com suas muitas igrejas, capelas e conventos, havia três outros núcleos com a presença permanente de religiosos e que também naquele ano seriam erigidos em paróquia Anindiba (Paço do Lumiar), São José dos Poções, antiga aldeia da Doutrina ...". (MEIRELES, 1977, p.127)36.
COELHO (1990)37 em seu "Política indigenista no Maranhão Provincial", ao analisar "o lugar do índio na legislação: a questão da terra", afirma que " a situação das terras dos indigenas é caracterizada por um acúmulo de esbulhos e usurpações" e o processo oficial do sequestro dessas terras se dá pela ação de Pombal, que prescreveu, em 1757, a " elevação das aldeias indígenas, onde haviam missões, à categoria de vila ou lugar, de acordo com o número de habitantes". Cita, dentre outros exemplos, que " a aldeia da Doutrina, em 1º de agosto de 1757, foi elevada à categoria de vila, com o nome de Vinhais".
D. Felipe CONDURÚ PACHECO (1968)38 informa que em 1751, os jesuítas e os franciscanos tinham no Estado do Maranhão e Grão-Pará 80 missões e grande número de “doutrinas”, e que em oposição às numerosas propriedades dos demais religiosos,
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MORAES, José de. HISTÓRIA DA COMPANHIA DE JESUS NA EXTINTA PROVÍNCIA DO MARANHÃO E GRÃO-PARÁ. Rio de Janeiro: Alhambra, 1987. 35 CAVALCANTI FILHO, Sebastião Barbosa. A QUESTÃO JESUÍTICA NO MARANHÃO COLONIAL. São Luís: SIOGE, 1990. 36 MEIRELES, Mario M. HISTÓRIA DA ARQUIDIOCESE DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO. São Luís: UFMA / SIOGE, 1977. 37 COELHO, Elizabeth Maria Beserra. A POLÍTICA INDIGENISTA NO MARANHÃO PROVINCIAL. São Luís: SIOGE, 1990 38 PACHECO, D. Felipe Condurú. HISTÓRIA ECLESIÁSTICA DO MARANHÃO. São Luís: Departamento de Cultura do Estado do Maranhão, 1968
“... os franciscanos possuíam então no Maranhão apenas o convento de Santo Antonio, com 25 escravos, e a ‘missão’ de S. José dos Poções, em 1757 vila de Vinhais, de onde, com as esmolas dos fiéis, se mantinham com seus alunos de filosofia e de teologia...”. (p. 50).
Ao listar as paróquias da Ilha do Maranhão, “... no meado do século XVIII, conta de 1758,... distante da cidade ... Vila Nova de Vinhais, a que foi elevada a 1o. de agôsto de 1757, (antes, S. João dos Poções) dos franciscanos...”. (p. 61).
De acordo com BARBOSA DE GODOIS (1904)39, o colégio dos jesuítas no Maranhão, “segundo os Annaes Litterarios, contava estas residências: Conceição da Virgem Maria, em Pinheiros; S. José, na aldeia de S. José de Riba-Mar; S. João Baptista, em Vinhais; S. Miguel, no Rosário. MEIRELES (1964)40, conta-nos que o bem-aventurado Gabriel Malagrida - a quem César Marques chamou de “o desgraçado apóstolo do Maranhão” - costumava logo pela manhã percorrer as ruas da pequenina cidade de não mais de uma meia dúzia de milhares de habitantes, a convocá-los, com a campainha que ia fazendo tilintar, para a Santa Missa e o exercício do catecismo. E lá voltava ele, cheio de alegre beatitude, acompanhado de um bando irriquieto de meninos que o seguia até o Colégio. Depois, o confessionário e a visita aos enfermos e aos presos, consumia-lhe o resto do dia, pela tarde afóra; À noite, retornava à aldeida da doutrina, como comumente então a povoação de São João dos Poções, antiga Uçagoiaba e hoje Vinhais, sede da primeira missão dos inacianos na Ilha-Grande fora conhecida... Buscamos uma vez mais em Cesar MARQUES (1970)41 outras informações, agora sobre a Igreja do Vinhais: “Pertenceu então a outro donatário porque descobrimos termos da junta das missões de 13 de abril de 1757, que passou para o domínio dos frades da Ordem de Santo Antonio, sem podermos contudo dizer como se efetuou esta mudança, e então se chamou aldeia de São João dos Poções. ........................... “... [1o. de agosto de 1757 em que a Aldeia da Doutrina foi elevada à categoria de vila com a denominação de Vinhais] foi criada a freguesia em virtude de Resolução Régia de 13 de junho de 1757, sendo o seu primeiro pároco encomendado o beneficiado Antôno Felipe Ribeiro”. ....................... “Em 5 de maio de 1829 a Câmara ‘pediu ao Presidente a construção de uma igreja, por ter desabado a que havia, de uma cadeia, que era um quarto por baixo da casa da Câmara, porque tendo caído o templo de que o quarto fazia parte, ficou ele arreuinadíssimo, e de uma casa da Câmara porque a existente estava com os sobrados despregados e com faltas’. “. (p. 632-633). 39
BARBOSA DE GODOIS. Antonio Baptista. HISTÓRIA DO MARANHÃO – para uso dos alumnos da Escola Normal. Maranhão: Typ. Ramos d´ Almeida & Suc., 1904, tomo I e II 40 MEIRELES, Mário M. São Luís, cidade dos azulejos. São Luís: Departamento de Cultura do Estado do Maranhão, 1964 41 MARQUES, César Augusto. DICIONÁRIO HISTÓRICO-GEOGRÁFICO DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO. São Luís: Tip. do Frias, 1870. (Reedição de 1970).
Ainda à página 632 do referido Dicionário ..., César Marques informa que no referido têrmo – ao passar a freguesia para a Ordem de Santo Antônio, com o nome de São João dos Poções, em 13 de abril de 1757 -, achavam-se em palácio, reunidos, o Governador da Capitania, Gonálo Pereira Lobato e Sousa, o Governador do Bispado, Dr. João Rodrigues Covete, e o Desembargador Ouvidor-Geral Diogo da Costa e Silva, o Desembargador Juiz-de-Fora Gaspar Gonçalves dos Reis, e os reverendos prelados das regiões, mandava o Governador ler o têrmo da junta, feito na cidade de Belém do Grão-Pará em 10 de fevereiro de 1757: “Depois disso perguntou o governador do bispado o que respondiam suas paternidades ao proposto, determinado e resolvido no dito têrmo, devendo-se praticar neste bispado o que se praticou e resolveu no Grão-Pará”. “O padre provincial do carmo, Frei Pedro da atividade, e o padre comendador do Convento de N. S. das Mercês, Frei Bernardo Rodrigues Silva, não fizeram a menor objeçào, e declaram concordar com o que se tinha feito no Pará. “O padre-mestre, Frei Matias de Santo Antônio, por impedimento do guardião do Convento de S. Antônio, que então era Frei Miguel do Nascimento, respondeumque não tinha dúvida que se observasse o mesmo, com a declaração porém que neste bispado nõa havia missões algumas para observância do sobredito, e que só o seu convento tinha uma doutrina do serviço dele, a qual estava situada em terras doadas ao mesmo convento, aceitas pelo Sindico dele por títulos onerosos de compra e venda, e obrigação de missas anuais, e por isso tinham entrado no seu domínio por muitas bulas, e especialemnete pelas do papa Nicolau IV, fucando assim excluída da ordem de Sua Magestade. “No têrmo da junta de 18 de junho do mesmo ano (1757), declarou o dito governador, que havendo dado conta do ocorrido na sessão da Junta de 13 de abril ao capitão-General do Estado Francisco Xavier de Mendonça Furtado (irmão do Marques de Pombal) do requerimento do guardião do Convento de Santo Antônio a respeito da sua aldeia chamada da Doutrina, fora por ele julgada em oposição à devida observancia da ordem de Sua Majestade de 7 de junho de 1755, que com força de lei mandou publicar nesta cidade. “Em virtude de tudo isto foi no dia 1 de agôsto de 1757 elevada à categoria de vila com a demonimação de Vinhais. “Acharam-se presentes a este ato o Governador da Capitania, dr. Bernardo Bequimão por comissão do governador do Bispado, o diretor Alferes Manuel de Farias Ribeiro, os Sargentos Manuel José de Abreu e Carlos Luis Soares, o povo do dito lugar e mais aldeias. “Fêz entrega das terras da vila, o que únicmente possuía esta aldeia, o Padre Frei Bento de Santa Rosa, religioso de Santo Antônio e aí missionário com a administração temporal.” (p. 632-633)
Ainda em Cesar Marques, descobrimos que os presbíteros Domingos Pereira da Silva, vigário colado da freguesia de São Bernardo da Parnaíba, e Maurício José Berredo de Lacerda, vigário de São João Batista de Vinhais, apresentaram requerimento colocando sob suspeição a divisão da freguesia da Sé e a criação da de Santana, em 17 de janeiro de 1803 (p. 446). GAIOSO (1970)42, ao identificar as cidades, lugares, villas, freguezias por toda a capitania, afirma que na ilha de São Luís do Maranhão - em 1818 -, tem a cidade deste nome e: 42
GAIOSO, Raimundo José de Sousa. COMPÊNDIO HISTÓRICO-POLÍTICO DOS PRINCÍPIOS DA LAVOURA DO MARANHÃO.Rio de Janeiro : Livros do Mundo Inteiro, 1970.
"A villa de Vinhaes he uma pequena povoação de Indios, que goza de privilegio de ter seu governo municipal, de que são membros os mesmos Indios. Tem sua igreja particular que lhes serve de freguezia, com a invocação de S. João Batista. A congrua dos vigários destas povoações he de 50,000 r. pagos pela fazenda real, que cobra os dizimos, e devem apresentar certidão dos respectivos diretores, em como compriro com os officios pastoraes." (p. 110)
Sobre a igreja existente em Vinhais, MORAES (1989)43 lembra que a capela de São João dos Vinhais, construída no século XIX (sic), substituiu templo muito anterior, que ruíra, e que fora matriz da freguesia, criada pela Resolução Régia de 18 de junho de 1757. A reconstrução da igrejinha do Vinhais foi feita pelo 15o. Bispo do Maranhão, D. Marcos Antonio de Souza. Em carta a seus auxiliares, datada de 30 de dezembro de 1838, “julgando aproximado o tempo de descer aos silêncios da sepultura”, pede para ser enterrado na Matriz de São João Batista do Vinhais, que mandara reedificar: “Se não fôr possível ter o último jazigo nesta Cathedral de Nsa. Sra, da Vitória, junto às cinzas dos meus Predecessores, como sesejava um santo Bispo de Milão, se não me fôr permitido descançar junto al Altar, em que poe muitas vêzes tenho celebrado os augustos mysterios da Religião Santa, que professo, hé de minha última vontade, que o meu enterramento, se fallecer nesta Cidade, ou suas vizinhanças seja na Matriz de S. João Baptista de Vinhaes, reedificada com algum trabalho meo”. (CONDURÚ PACHECO, 1968, p. 164)44.
No ALMANAK DO MARANHÃO45 para o ano de 1849, consta da relação dos párocos do Bispado do Maranhão o nome de Manoel Bernardo Vaz, como vigário colado da Igreja de São João Batista do Vinhais. D. Manoel Joaquim da Silveira, 17o. Bispo do Maranhão, inicia, a 27 de dezembro de 1854, uma visitação às paróquias. Sobe o “São Francisco” - “braço de mar em que deságua o rio Anil”, em dois escaleres do brigue “Andorinha: “... Pitoresco o promontório dos remédios, com a alvura deslumbrante e devota da Ermida de Nsa. Senhora. Com pouco mais de 3 quartos de hora de viagem, estão no pôrto de “Vinhaes, outrora Villa, e muito mais povoada que actualmente’. Foguêtes, recepção, bençãos. ‘Hospedagem ecellente em casa de propriedade do Vigário Geral. Visita dos ingênuos habitadores dêste pacífico lugar’. “Na manhã seguinte começam os trabalhos. Pouca frequência. Não há confissões: 75 crismas. ‘Pequena a Matriz de pedra e cal; airosa, porém e mui bem ornada’. Construída por D. Marcos, já está arruinada. Ajudado com 4:000$000 da Província e com o produto de loteria, D. Manoel fez os reparos desta... “... a 3 de janeiro, por Vinhais, retorna S. Excia. à Capital”. (CONDURÚ PACHECO, 1968, p. 234-235)46. 43
MORAES, José de. HISTÓRIA DA COMPANHIA DE JESUS NA EXTINTA PROVÍNCIA DO MARANHÃO E GRÃO-PARÁ. Rio de Janeiro: Alhambra, 1987. 44 PACHECO, D. Felipe Condurú. HISTÓRIA ECLESIÁSTICA DO MARANHÃO. São Luís: Departamento de Cultura do Estado do Maranhão, 1968 45 REGO, A. ALMANAK DO MARANHÃO COM FOLHINHA PARA O ANNO DE 1849 (2o. anno). São Luís: Typografia Maranhense, 1848. (Edição fac-similar da AML, 1990).
À época da nomação do 19o. Bispo do Maranhão, D. Antonio de Alvarenga - 1876 -, era pároco da igreja de São João Batista de Vinhais o Pe. Custodio José da Silva Santos.
Catarina Mina – Catharina Rosa Ferreira de Jesus – uma escrava que amealhou grande fortuna com o comércio de seu corpo, e comprou sua alforria – no dizer de Graça Guerreiro, tornara-se uma Xica da Silva do Maranhão – achando-se adoentada – em 19 de fevereiro de 1886 - e sendo solteira e sem herdeiros, abriu mão de seus bens em testamento, deixando-os para seus escravos –sim, os possuía, e muitos ! – além da alforria dos mesmos. Entre as exigências que fez, pediu aos herdeiros que “enquanto lhes permitissem os seus recursos, não deixassem de fazer a festa de São Pedro em Vinhaes, como de costume”. (BARBOSA, 2002; 2002b)47. (Grifos nossos). Em 1985, os moradores da Vila (Velha) de Vinhais pedem ajuda aos moradores do Conjunto Recanto dos Vinhais para a reconstrução da Igrejinha ... o telhado estava no chão, mais uma vez ... A primeira pessoa que, nessa época estendeu a mão, foi uma médica, que mandou reconstruir o telhado. Depois, alguns moradores reuniram-se e resolveram ajudar, criando uma comissão – informal – pró-reconstrução da Igreja... Muito embora conste do “Inventário Nacional de Bens Móveis e Integrados”, do Ministério da Cultura, que em 1995 tenha sido restaurada pela Secretaria de Cultura do Estado, através do Departamento de Patrimônio Histório e Paisagístico (MinC, 1997) – recurso de R$ 8.000,00 (oito mil reais) – isso nunca se deu; alguém pode explicar ? desde 1985, todas as intervenções físicas se deram com recursos arrecadados junto à comunidade, sem qualquer interferência de qualquer poder público – seja nacional, estadual, ou municipal.
CONCLUSÃO: A Vila do Vinhais recebeu seus primeiros habitantes brancos em 1612, quando o sr. de Pizieux e alguns franceses que aqui chegaram com Daniel de La Touche alí fixam residência e edificam uma capela - a segunda da ilha, batizada por D'Abbeville a 20 de outubro do mesmo ano. Em 1615, de acordo com MORAES (1987) ou 1622, no entender de CAVALCANTI FILHO (1990) os jesuitas alí estabelecem sua primeira residência, ou missão, em terras maranhenses. A Eussauap de D' Abbeville (1612) é chamada de Uçagoaba pelos padres Manoel Gomes e Diogo Nunes (1615) e, a partir de 1622, recebe o nome de Aldeia da Doutrina dos padres Luis Figueira e Benedito Amodei. Em 1º de agosto de 1757 recebe a atual denominação - Vila do Vinhais. Extinta em 1835... Hoje, a Igrejinha do Vinhais completa 398 anos. Desde o ano de 1985, os moradores do "Vinhais Velho" hoje compreendendo os bairros da Vila (Velha) de Vinhais, Recanto dos Vinhais, Portal do Vinhais, Alameda dos Sonhos, Conjunto dos Ipês (Vale), Residencial Vinhais III, Conjunto dos Colibris - a estão reconstruíndo - pela quinta vez, nesses quase 400 anos.
Por muitos anos abandonada, tendo deixado de cumprir sua função de unir pela fé católica seus moradores, estava novamente em ruínas. Desde que o conjunto Recanto dos Vinhais foi construído – início do anos 1980 -, seus moradores tentam, junto com os residentes da Vila (Velha) de Vinhais, ter um Padre rezando missa.
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PACHECO, D. Felipe Condurú. HISTÓRIA ECLESIÁSTICA DO MARANHÃO. São Luís: Departamento de Cultura do Estado do Maranhão, 1968 47 BARBOSA, Helena. História Do Maranhão No Arquivo Do Judiciário. In REVISTA TJ MARANHÃO, São Luís, setembro/outubro 2002. BARBOSA, Helena. História Do Maranhão No Arquivo Do Judiciário. In LIMA, Félix Alberto (org.). MARANHÃO REPORTAGEM. São Luís : Clara, 2002, p. 173-181
Estamos em campanha permanente para a recuperar físicamente ... A histórica igrejinha precisa de sua ajuda.
A missa é rezada aos sábados, às 6:00 horas da tarde - certamente Arsene de Paris e Claude D’Abbeville (que rezaram a primeira missa em 1612); Manoel Gomes e Diogo Nunes (1615 a 1618 ou 19); Luis Figueira e Benedito Amodei (que chegaram em 1622); Gabriel Malagrida (visitador da Inquisição, o desgraçado apóstolo do Maranhão); o Padre Frei Bento de Santa Rosa (que entregou as terras à administração quando da transformação da Aldeia em vila, em 1757); Antônio Felipe Ribeiro (primeiro pároco da frequesia, nomeado em 1757); Maurício José Berredo de Lacerda (vigário em 1805); D. Marcos Antonio de Souza (15o. Bispo do Maranhão, que pede para ser enterrado, em 1838, na igreja que mandara reconstruir); Manoel Bernardo Vaz (vigário colado da Igreja de São João Batista do Vinhais em 1849); D. Manoel Joaquim da Silveira (17o. Bispo do Maranhão, que a visita e reza missa em 1854, e mandando reconstruí-la); padre João Felipe de Azevedo (professor de primeiras letras); Custodio José da Silva Santos (pároco em 1876) - a estarão acompanhando e rezando, junto com os moradores, para terem sua “pequena Matriz de pedra e cal; airosa, porém e mui bem ornada”.
Obrigado.
INFORMAÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS - ESTADO DO MARANHÃO48 O CEFET-MA é uma instituição de ensino, de natureza jurídica autárquica, vinculada ao Ministério da Educação, detentora de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didática pedagógica e disciplinar. Possui como finalidade formar e qualificar profissionais no âmbito da educação tecnológica, nos diferentes níveis e modalidades de ensino para os diversos setores da economia, bem como realizar pesquisa aplicada e promover o desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços em estreita articulação com os setores produtivos e a sociedade, especialmente de abrangência local e regional, oferecendo mecanismo para a educação continuada. Ele tem como missão formar pessoas com uma sólida fundamentação científico-tecnológica, associada a conhecimentos que propiciem a sua formação cultural, social, política e ética, para atuarem no mundo do trabalho, gerando, dominando e transferindo conhecimentos, através da aplicação da ciência e da tecnologia, visando a melhoria da qualidade de vida e contribuindo para a transformação e construção da sociedade. Com o advento da chamada pública MEC/SETEC nº 02/2007, a qual acolhe propostas para a constituição de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, como forma de constituir-se em uma das ações de maior relevância do plano de Desenvolvimento da Educação, o CEFET-MA se coloca a disposição para ser o executor desse vetor no estado do Maranhão contribuindo com a evolução da rede federal de educação profissional e tecnológica para o desenvolvimento sócio-econômico do estado. A participação maranhense no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é de 1,2% em 2005. O comércio e os serviços correspondem por 65% da economia do estado. Cerca da metade da movimentação de cargas em portos do Norte e Nordeste passa pelo complexo portuário integrado pelos terminais de Itaqui, Ponta da Madeira e Alumar. A indústria, que representa 17,2% do PIB maranhense, apóia-se nos setores metalúrgico, alimentício e químico. Na agricultura destacam-se a cana-de-açúcar, mandioca, soja, arroz e milho. Com uma costa litorânea de 640 km o Maranhão tem na pesca importante atividade econômica. O PIB per capita maranhense, de R$ 4.150 em 2005, é o segundo mais baixo do país. O índice de mortalidade infantil é alto, 40,7 por mil nascidos vivos, embora tenha melhorado muito nos últimos anos, também é a segunda pior taxa do país. Apesar do desenvolvimento alcançado em alguns setores econômicos, o Maranhão permanece como um dos estados mais pobres e carentes do país, ocupando a última posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro. A partir dos anos 1960 e 1970 foram feitos investimentos nos setores da agropecuária e de extrativismo vegetal e mineral, estimulados por incentivos fiscais da SUDAM e da SUDENE. Grandes projetos de criação de gado, de plantação de soja e arroz e de extração de minérios de ferro, como o Projeto Carajás, traziam riquezas, mas aumentavam a concentração fundiária e causavam problemas ambientais. No final dos anos 1970, quase a metade da formação original das matas de transição (entre a floresta Amazônica e o cerrado nordestino) já se havia perdido, impulsionando também disputas de terra e conflitos com a população indígena. Região da Pré-Amazônia (Imperatriz, Açailândia, Buriticupu) Situada na parte sudoeste do Maranhão, a Região da Pré-Amazônia Maranhense constitui-se num dos espaços mais representativos do processo de expansão das novas fronteiras agrícolas do Estado, receptor de correntes migratórias de outras regiões e de outros Estados, e de cuja ocupação territorial surgiram novas e progressistas povoações que deram origem a vários municípios, ocasionados principalmente após a 48
Estudo realizado para o Projeto de Expansão ds Rede Federal de Ensino no Estado do Maranhão – PROTEC, por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Apresentação com viés socioeconômico das regiões – cidades – onde poderiam ser implantas as novas unidades. Hoje, todas implantas, com a denominação de Instituto federal de Educação Tecnólica do Maranhão – IF-MA/Cidade.
construção da BR 010 (Belém-Brasília), da BR 222 (Santa Luzia-Açailândia), e das Estradas de Ferro Carajás e Norte-Sul. Pela sua localização geográfica, a região serve de entreposto na comercialização de produtos agrícolas e de mercadorias em geral, entre o centro-oeste e o norte amazônico, por onde passam as cargas que são redistribuídas internamente e destinadas aos Estados de Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Pará. A Pré-Amazônia Maranhense é reconhecida pelo seu potencial de prosperidade na busca do desenvolvimento sócio-econômico com oferta de empregos e, carência mão-de-obra qualificada. Ela dispõe de regular infra-estrutura básica, incluindo saneamento básico, sistema de drenagem, urbanismo, pavimentação de estradas, acesso a transportes e armazéns. Os diversos assentamentos da região possuem acesso aos mercados consumidores através de estradas vicinais e iluminação pública instalada. É marcante também a existência de uma agropecuária familiar estruturada e baseada no cooperativismo. A educação tanto a nível médio (técnico) como superior torna-se necessárias à região, uma vez que as cidades de Imperatriz (principal pólo educacional com destaque para os cursos de Enfermagem, Farmácia, Medicina, Zootecnia, Veterinária e Agronomia) e Açailândia concentram as principais escolas da região, formando técnicos e profissionais capazes de prover as principais necessidades de desenvolvimento tecnológico e de assistência técnica da região e do estado. A região dispõe ainda de indústrias siderúrgicas auto-sustentáveis com laminação, fundições e outras atividades que agregam valor, bem como de um comércio movimentado, diversificado e moderno, pólo madeireiro, moveleiro de ponta (que exporta para o Brasil e para o mundo) e coureiro, de confecções, cerâmica, agricultura moderna, grande produtora de grãos e frutas, pecuária com uso de tecnologia avançada e criação de valor agregado a partir da industrialização da carne, do leite e seus derivados. Piscicultura, extração de borracha, reciclagem, celulose e ecoturismo também são alguns dos setores de grande prosperidade da região. Na Agricultura, a ênfase é no uso intensivo de tecnologia, na alta qualidade da assistência técnica, com destaque para as atividades de fruticultura e da agricultura familiar. Por sua vez, a agropecuária exporta carne para diversos países e a febre aftosa está totalmente erradicada. Existem grandes rebanhos de bovinos, ovinos, caprinos e suínos. A avicultura e a piscicultura são bastante desenvolvidas. Suas potencialidades naturais favoreceram o dinamismo econômico e o processo de ocupação territorial. Grandes extensões de terra foram desmatadas e posteriormente ocupadas para desenvolvimento de atividades primárias, como a agricultura, pecuária e a extração de madeira, o que por sua vez, provocou mudanças expressivas em sua estrutura ambiental. Seu processo de colonização consolidou-se e Imperatriz constituiu-se no centro de maior dinamismo econômico, polarizador das principais atividades de serviços e entreposto comercial para exportação de produtos originários do extrativismo vegetal, da lavoura temporária e da pecuária. A região constitui-se em área prioritária do Plano Estratégico do Governo do Estado, por sua condição de pólo industrial e agroflorestal. Posicionada no eixo de desenvolvimento Mínero-siderúrgico, formado pelas estradas de ferro Carajás e Norte Sul e pelo complexo portuário de Itaqui, localizado em São Luis. Região dos Cocais (Caxias , Timon, Codó) A Região Administrativa dos Cocais está inserida no Vale do rio Itapecuru e região Leste do Estado do Maranhão. Com papel importante no processo de formação econômica do Maranhão, essa região tem alternado, ao longo do tempo, períodos de ascensão e de declínio em sua economia. Atualmente a economia regional baseia-se, fundamentalmente, na agricultura de subsistência (arroz, milho, mandioca), na pecuária extensiva (bovina e suína) e na indústria de beneficiamento de arroz. O setor secundário, representado pela indústria de minerais não-metálicos (cimento) e de bebidas são os principais responsáveis pela geração do ICMS.
Baixada Maranhense (Pinheiro, Alcântara) Localizada ao norte do Estado, na porção Ocidental Maranhense, a Região da Baixada está situada entre os meridianos 45º e 46º a Oeste de Greenwich e nos paralelos 1º e 3º ao Sul do Equador. Trata-se de uma região cujas principais atividades econômicas estão ligadas à agricultura de subsistência, à pecuária extensiva (bovina e bubalina) com baixo padrão de qualidade e pouca produtividade, a criação de suínos e à pesca lacustre e marinha, ambas de cunho artesanal. A arrecadação do ICM na região caracteriza como área de desempenho médio a fraco na arrecadação desse tributo no estado, refletindo a fragilidade das estruturas econômicas da maioria dos seus municípios, com exceção do município de Pinheiro (o mais importante da região) que concentra uma arrecadação regional em torno de 74%. A região esta inserida no Pólo Ecoturístico da Floresta dos Guarás, que se localiza na parte amazônica do Maranhão, mais precisamente no litoral ocidental maranhense. Esse Pólo encontra-se em fase de estruturação. Dentre as principais atratividades turísticas desse pólo, está a Ilha dos Lençóis, em Cururupu, inteiramente formada de areia. Outros atrativos que devem ser mencionados são as Praias de Caçacueira, São Lucas e Mangunça; o Parcel de Manuel Luís (um banco de corais ao alcance apenas de mergulhadores profissionais); ninhais e dormidouros de pássaros como guarás, garças, colhereiros, marrecos e outros. Cerrado (São Raimundo das Mangabeiras, São João dos Patos) A região do Cerrado Maranhense está localizada no Sul do Estado e possui característica própria da região Centro-Oeste do Brasil, apresentando áreas de cerrado em quase todo o seu território. A mesma é composta de 17 municípios e ocupa um território de 67.468,4 km2, caracterizando na maior área regional administrativa do Estado. Além da vocação para o agronegócios (prinicpalmente para a monocultura da soja), a região possui uma outra grande potencialidade econômica, que é o turismo. Municípios como Carolina e Riachão possuem atratividades que podem contribuir para o desenvolvimento do turismo na região. Açailândia A ocupação do território da Açailândia teve início na construção da BR-10 (Belém-Brasília), quando uma das empreiteiras da obra – a Rodobrás – ali instalou acampamento. Inaugurada a obra e desativado o acampamento, restou um pequeno núcleo populacional que, pela afluência de nordestinos, principalmente da Bahia, atraídos pela oferta de terras devolutas para a agropecuária, cresceria com rapidez. Mais tarde, o extrativismo vegetal (madeira) tornou-se a principal atividade econômica local. Posteriormente, com a construção da BR-222, que permitiu sua ligação a Santa Luzia e São Luís, o povoado experimentou sensível desenvolvimento, tornando invejável sua emancipação, ocorrida a 06 de junho de 1981. Hoje, Açailândia é um dos mais importantes pólos industriais (ferro-gusa, carvão vegetal e madeira beneficiada) do Estado. Alcântara Construída no início do século XVII, em 1648 transformou-se em residência dos grandes senhores de fortuna da época, sede da aristocracia rural maranhense. Em 1948 foi tombada pelo Patrimônio Nacional como Cidade Monumento Pouco mais de 300 prédios formam uma das mais belas e importantes cidades históricas brasileiras, retrato de uma época em que muito se desenvolveram as fazendas, os engenhos e o comércio de escravos, rivalizando com a Capital nos negócios da exportação de algodão e açúcar. Sobrados com sacadas de ferro, mirantes, paredes de pedra e cal, janelas com cantaria vinda de Portugal e fachadas de azulejos portugueses são, entre outras, grandes atrações para os visitantes, que também pode deleitar com o esplendor do passado, representado nas tradições seculares da cidade, e com o futuro, na mais moderna Base Aeroespacial da América Latina, instalada a 10km do centro de Alcântara.
A partir dos anos 80, o município de Alcântara passou por uma série de situações com as quais a população não estava acostumada. A instalação do Centro de Lançamentos Aero-Espaciais (CLA), acabou por definir novas regras, mesmo para as áreas relocadas ou diretamente atingidas. Por causa de sua localização geográfica, a pequena cidade que fica a 22 quilômetros de São Luís é um dos melhores pontos do planeta para lançar satélites e foguetes para o espaço. A apenas 2 graus da linha do Equador, os lançamentos feitos a partir de Alcântara têm economia de até 30 por cento de combustível, além de permitir a colocação dos satélites em órbitas distintas. Em 2007, o CLA passou a fazer parte do roteiro turístico de Alcântara e abriu suas portas aos visitantes. Uma área reservada que inclui o setor o Radar, Meteorologia e Telemedidas podem ser visitadas. Com duas décadas instalada em Alcântara, o CLA, com esta iniciativa, tenta participar um pouco mais do cotidiano dos moradores do município. Bacabal Onde está a Praça N. S. da Conceição, em Bacabal, o coronel Lourenço da Silva estabeleceu, em 1876, uma fazenda para cultivo do arroz, algodão e mandioca, aproveitando o trabalho escravo. Sobrevindo a Abolição, a fazenda foi vendida ao Coronel Raimundo Alves d’Abreu, que passou a comercializar com libertos e índios, cujas malocas se erguiam na atual localização do bairro Juçaral. Com o desenvolvimento do comércio e o crescente afluxo de novos moradores, a fazenda prosperou e o povoado cresceu rapidamente. A imigração de nordestinos, que muito contribuiu para a expansão agrícola local, fez com que Bacabal, ainda no século passado, alcançasse a posição de primeiro centro produtor do Estado. Pelo Decreto-Lei Nº 159, de 6 de dezembro de 1938, a vila Bacabal, até então subordinada a São Luís Gonzaga, foi elevada à categoria de cidade. O nome do município teve origem na grande quantidade de palmeiras de bacaba ali existentes nos primórdios de sua colonização. Barra do Corda Segundo a tradição, a sede do atual município de Barra do Corda foi fundada pelo cearense Manoel Rodrigues de Melo Uchoa, que lá chegou em 1835, muito contribuindo para o desenvolvimento da região. Elevada à categoria de vila pela Lei Provincial Nº 362, de 31 de maio de 1854, tornou-se cidade no dia 25 de junho de 1894, por força da Lei N º 67. Em 1943, com a criação do município de Curador, mais tarde Presidente Dutra, Barra do Corda perdeu boa parte de seu primitivo e vasto território. Onze anos depois, em 1954, com a elevação do distrito de boa Esperança do Mearim à categoria de município, com a denominação de Esperantinópolis, sofreria nova mutilação. Barreirinhas Presume-se que a ocupação do território de Barreirinhas tenha sido feita através do Rio Preguiças e seus afluentes, assim como por influência da estrada que vinha de Campo Maior-PI na direção de Icatu, atravessando terras excelentes para a agricultura e a pecuária. Qualquer que tenha sido o fator determinante de sue desenvolvimento no período colonial e no tempo do Império, o certo é que, na metade do século passado, lá existiam florescentes fazendas de gado e engenhos que produziam açúcar e aguardente de cana. Sua criação, pela Lei Provincial Nº 481, de 18 de junho de1858, determinou que seu território seria constituído de áreas desmembradas de São Bernardo, Brejo, Miritiba (hoje Humberto de Campos) e Tutóia. Depois de longo período de esquecimento, Barreirinhas desponta hoje como um dos mais importantes pólos turísticos de toda a região Norte/Nordeste, graças à inigualável beleza do Parque Nacional dos Lençóis, potencialidade a que associam o excelente clima que oferece e o fino artesanato de palha produzido por seus habitantes. Buriticupu Fica criado, pela Lei Nº 6.162, de 10 de novembro de 1994, o município de Buriticupu, com sede no Povoado Buriticupu, a ser desmembrado do município de Santa Luzia, subordinado à Comarca de Santa
Luzia. Caxias Caxias mantém sua vocação agrícola, cultivando arroz, mandioca, milho, cana-de-açúcar, entre outros. Predomina a criação bovina, suína e de aves, e os produtos exportados são arroz, óleo e amêndoa de babaçu, sabão em barra e os produtos da Schincariol, que tem uma fábrica no município. Codó Pela Resolução Régia, de 19 de abril de 1833, o povoado de Codó foi elevado à categoria de vila. Em 16 de abril de 1896, através da Lei Estadual Nº 13, assinada pelo Governador Alfredo da Cunha Martins, passou à condição de cidade. Centro produtor de algodão desde o período colonial, participou da industrialização do Estado no setor têxtil, abrigando uma fábrica que produzia algodãozinho, brins, mesclas, riscados e sacaria. Imperatriz Imperatriz foi elevada á categoria de cidade data de 22 de abril de 1924, no governo Godofredo Viana, através da Lei Nº 1179. Até o ano de 1958, quando foi iniciada a construção da Belém-Brasília, o município de Imperatriz e sua sede permaneceram geográfica e politicamente distantes de São Luís, do que resultou um lento crescimento econômico e populacional. A partir de 1960, entretanto, Imperatriz experimentou acelerado surto desenvolvimentista e , já na década de 70, era considerada a cidade mais progressista do país, recebendo contingentes migratórios das mais diversas procedências. Hoje, por força de seu desempenho nos setores da agricultura, pecuária, extrativismo vegetal, comércio, indústria e serviços, Imperatriz ocupa a posição de segundo maior centro econômico, político, cultural e populacional do Estado do Maranhão. Pinheiro Por ser a mais importante cidade da baixada maranhense, Pinheiro tem uma infra-estrutura considerada boa para os padrões da região. O destaque é a quantidade de pousadas, hotéis, restaurantes, bares, lanchonetes, que atende a todo o público que ali chega, seja para descanso ou para as festividades, tradicionais da cidade. As atividades econômicas do município giram em torno da pesca artesanal e agricultura de subsistência, com o cultivo de arroz, mandioca, milho, entre outras. Mas, a que chama a atenção é o comércio variado, assim como a agropecuária, sendo destaque a criação de búfalos, nos campos naturais. Com uma vegetação rica e variada, os campos quando cheios, permitem o desenvolvimento de uma rica flora. A vegetação aquática é fundamental para a vida dos campos: Imensas áreas são cobertas por juncos, plantas flutuantes como aguapé. Essas plantas são carregadas pelas águas do Rio Pericumã e, juntas, formam verdadeiros tapetes verdes, possuindo assim, uma biodiversidade riquíssima, atraindo animais e aves de diversos tipos, com garças, jaçanãs, entre outras. Sendo um espetáculo à parte. São João dos Patos Seus primeiros habitantes vieram de Passagem Franca, sob cuja jurisdição ficou de 1838 a 1892, quando se tornou independente, por força do Decreto-Lei Nº 130. Primitivamente, o lugar teve a denominação de Lagoa dos Patos. Mais tarde, em razão da existência da Lagoa São João em seu território, passou a dotar topônimo que fazia referência a esses dois acidentes geográficos: São João dos Patos. A 22 de abril de 1931, pelo Decreto Nº 75, seu território foi anexado ao município de Barão de Grajaú, mas conseguiu recuperar sua autonomia nesse mesmo ano. Sua elevação à categoria de cidade ocorreu no dia 2 de março de 1938, por força do Decreto Nº 311.
Santa Inês Conhecida primitivamente como “Ponta da Linha”, por estar localizada, em 1884, no final da via férrea construída pela Companhia Progresso Agrícola para percorrer as plantações de cana-de-açúcar que abasteciam o Engenho Central, em Pindaré-Mirim, Santa Inês deve sua origem a esse importante empreendimento agroindustrial. Com o encerramento das atividades produtivas do Engenho Central, por volta de 1910, a população de “Ponta da Linha” passou a dedicar-se à cultura de algodão, arroz, milho e mandioca, porém continuou dependendo de Pindaré-Mirim, a quem era subordinado administrativamente e por onde sua produção era escoada. Muito procurado por famílias nordestinas, que constituem atualmente, com seus descendentes, mais da metade da população local, o povoado cresceu rapidamente, a ponto de, no início da década de 60, tornar-se mais importante, em termos demográficos e econômicos, do que a sede do município a que pertencia. A 19 de dezembro de 1966, pela Lei Nº 2723, o antigo povoado de “Ponta da Linha”, já então conhecido como Santa Inês, conquistou sua autonomia. Beneficiado pela passagem da BR222 e da Estrada de Ferro Carajás em sua sede, o município de Santa Inês é atualmente um dos mais importantes do Estado, tanto pela força de seu comércio e de sua agricultura como pela instalação, em seu território, de um distrito industrial que abriu largas perspectivas para seu desenvolvimento. Timon A história da sede do município começa a partir da fundação de Teresina, quando foi aberta uma estrada para ligar a capital piauiense à cidade de Caxias. Em frente a Teresina, no lado maranhense do rio Parnaíba, foi estabelecido um ponto de travessia que, inicialmente, tomou o nome de Porto das Cajazeiras e ,mais tarde, o de São José do Parnaíba. A 22 de dezembro de 1890, de acordo com a Lei Nº 50, a já então vila de São José do Parnaíba foi denominada Flores e transformada em sede do município de São José das Cajazeiras. Em 1924, com a edição da Lei Nº 1139, a vila de Flores foi elevada à categoria de cidade e ,pelo Decreto-Lei Nº 820. editado em 1943,recebeu a denominação de Timon, dada também ao município. Zé Doca Criado pela Lei Nº 4865, de 15 de março de 1888. Desmembrado de Monção, esse município constituía, até a construção da BR-222, um pequeno povoado cujo primeiro morador havia sido o agricultor de nome Zé Doca. Por influência de um núcleo de colonização ali instalado pela Sudene e que mais tarde daria origem à Colone, o povoado cresceu vertiginosamente.
RECORTES & MEMÓRIA: MARANHÃO SOBRINHO
(José Américo Augusto Olímpio Cavalcanti dos Albuquerques Maranhão Sobrinho) LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Ludovicense de Letras Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão Professor de Educação Física – Mestre em Ciência da Informação
Em 2012, por ocasição do quartocentenário da cidade de São Luis, iniciamos um projeto de recuperar a memória de alguns escritores maranhenses: o Projeto Gonçalves Dias49. Teve prosseguimento com o resgate da Maria Firmina dos Reis50. A seguir, resgatamos a memoria de Fran Paxeco – ainda em contrução -, com eventos ocorridos na ALL, palestra e publicação de edição especial da Revista do Leo 51 E por último, o resgate de memoria de Ignácio Xavier de Carvalho52. Como a ALL estabeleceu este ano o de Maranhão Sobrinho, vamos proceder da mesma forma: resgatar o que foi publicdo sobre esse autor barracordense nos jornais das cidades por onde passou, dentro da série “RECORTES & MEMÓRIA”. Ao se buscar os lugares da memória, entendemos que podem ser considerados como movimentos que têm por função evitar que o presente se transforme num processo do esquecimento e da perda de identidades53. Os jornais ocupam um lugar privilegiado como armazenadores e formadores da memória social. A partir 49
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ADLER, Dilercy Aragão (Organizadores). SOBRE GONÇALVES DIAS. São Luis: EDUFMA, 2012 ADLER, Dilercy Aragão; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio (Organizadores) . 1.000 POEMAS PARA GONÇALVES DIASa. São Luis: EDUFMA, 2012. ADLER, Dilercy Aragão; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. DIÁRIO DE VIAGENS. São Luis: ALL, 2014 50 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ADLER, Dilercy Aragão (Organizadores). SOBRE MARIA FIRMINA DOS REIS. São Luis: ALL, 2014 ADLER, Dilercy Aragão; VAZ, leopoldo Gil Dulcio (Organizadores). 190 POEMAS PARA MARIA FIRMINA DOS REIS. São Luís: ALL, 2014 51 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio (Editor) REVISTA DO LEO, VOLUME 8.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra VAZ, Leopoldo Gil Dulcio (Editor) REVISTA DO LEO, VOLUME 20.1 - MAIO 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO E A QUESTÃO DO ACRE. https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__20.1_-_maio_2019_-_ 52 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio (Editor) REVISTA DO LEO, VOLUME 24.1 – SETEMBRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: IGNÁCIO XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA. https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__24.1_-_setembro__2019__edi__o_esp 53 COSTA, Márcia Cordeiro. ESQUERDA E FOLHA ACADÊMICA COMPONDO A HISTÓRIA DO ENSINO SUPERIOR DO MARANHÃO: impressos estudantis lugares de memória. Outros Tempos, www.outrostempos.uema.br, ISSN 1808-8031, Vol. 1 esp., 2007, p. 46-63 disponível em https://scholar.google.com.br/scholar?start=20&q=%22faculdade+de+direito+do+maranh%C3%A3o%22+&hl=ptBR&as_sdt=0,5
dessa ótica, os jornais poderiam ser pensados como construtores de lugares de memória, no sentido dado por Pierre Nora (1993, citado por Ribeiro, 1966) 54. Mais precisamente seriam eles, se não os lugares de memória, com certeza espaços privilegiados no arquivamento e produção da memória histórica, pois a imprensa, no processo histórico, deixa vestígios, marcas e produtos ao longo da trajetória socioeconômica e cultural da humanidade (GALVES, 2008) 55 Servimo-nos, assim, de fontes provenientes da imprensa escrita. Ao estabelecer a metodologia para a pesquisa, nos ativemos à proposta por DaCosta (2005)56; Vaz, (2014)57. Como no Atlas, aqui se trabalha com marcos históricos58, mas não se faz história59. Assim, ao se utilizar desta fonte – primária – devem-se levar em conta todos os periódicos disponíveis para consulta: utilizamo-nos da Hemeroteca da Biblioteca Nacional60: Maranhão61: Pacotilha (MA) - 1910 a 1938
179
Pacotilha (MA) - 1880 a 1909
102
Diario do Maranhão (MA) - 1855 a 1911
79
O Imparcial (MA) - 1926 a 1946
49
O Jornal (MA) - 1916 a 1923
35
Diario de S. Luiz (MA) - 1920 a 1949
32
O Combate (MA) - 1925 a 1965
28
Correio da Tarde : Folha Diaria (MA) - 1909 a 1911
22
A Campanha : Orgão de interesses populares (MA) - 1902 a 1904
21
Pacotilha : O Globo (MA) - 1949 a 1962
9
Jornal de Caxias : Orgão Commercial e Noticioso (MA) - 1895 a 1908
3
Folha do Povo (MA) - 1923 a 1927
3
Jornal do Maranhão : Semanario de Orientação Catolica - Jornal a serviço da Familia e do Povo (MA) - 1954 a 1971
2
Centro Caixeral : Edição Especial - Orgão da Sociedade Centro Caixeiral (MA) - 1902
2
O Combate : Orgão em Prol da Verdade, da Instrucção e da Justiça (MA) - 1906 a 1909
2
Noticias (MA) - 1933 a 1934
2
Gazeta Caxiense : Orgão dos Interesses Publicos (MA) - 1893 a 1895
1
Almanaque de A Fita (MA) - 1921 a 1922
1
O Paiz (MA) - 1863 a 1889
1
A Cruzada : Diario Politico-Religioso, Litterario, Commercial e Noticioso (MA) - 1890 a 1892
1
Publicador Maranhense (MA) - 1842 a 1885
1
Relatorios dos Presidentes dos Estados Brasileiros (MA) - 1890 a 1930
1
A Revista do Norte (MA) - 1902
1
Maranhão : Semanario da União de Moços Catholicos (MA) - 1937 a 1950
1
O Norte (MA) - 1889
1
Mensagens do Governador do Maranhão para Assembléia (MA) - 1890 a 1930
1
54
RIBEIRO, A. P. G. A história do seu tempo: a imprensa e a produção do sentido histórico. Rio de Janeiro, Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1996, citado por COSTA, Márcia Cordeiro, obra citada. 55 GALVES, M. C. Jornais e políticos no município de Avaré. São Paulo: UNESP, 2000, citado por COSTA, Márcia Cordeiro, obra citada. 56 DaCOSTA, Lamartine Pereira (org).ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. Rio de Janeiro: SHAPE, 2005http://www.confef.org.br/arquivos/atlas/atlas.pdf 57 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO. São Luis: SEDEL, 2014, disponível em http://cev.org.br/biblioteca/atlas-esporte-maranhao/ 58 Memória - registros descritivos e datados; não é diagnóstico nem plano. 59 História - processo de interpretação sob forma de narrativa com base temporal. 60 http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/ 61
http://memoria.bn.br/DocReader/docmulti.aspx?bib=%5Bcache%5Drosa_537002390863.DocLstX&pesq=MARANH%C3%83O %20SOBRINHO
Nos jornais do Amazonas temos as seguintes ocorrencias: Jornal do Commercio (AM) - 1905 a 1979
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Correio do Norte : Orgão do Partido Revisionista do Estado do Amazonas (AM) - 1906 a 1912
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Jornal do Commercio (AM) - 1980 a 2007
13
A Lanceta (AM) - 1912 a 1915
3
Jornal Pequeno (AM) - 1911
2
A Capital (AM) - 1917 a 1918
1
A Encrenca : critico, litterario e noticioso (AM) - 1915 a 1917
1
A União (AM) - 1914
1
Cinco d'Outubro (AM) - 1911
1
O Maritimo : orgão da Liga Naval da Amazonia (AM) - 1911
1
E nos do Pará: Diário do Pará (PA) - 1982 a 1990
6
Estado do Pará : Propriedade de uma Associação Anonyma (PA) 1921
6
O Industrial (PA) - 1901 a 1903
1
Naturalmente, nem todas as referencias se referem ao nosso homenageado. Muitas das referencias são de endereço – Rua Maranhão Sobrinho, em São Luis e Barra do Corda -, ou de escola – Escola Maranhão Sobrinho. Maranhão Sobrinho - na Wikipédia -, e na AML62: José Américo Augusto Olímpio Cavalcanti dos Albuquerques Maranhão Sobrinho (Barra do Corda, 20 de dezembro de 1879 — Manaus, 25 de dezembro de 1915) foi um escritor e jornalista brasileiro, fundador da Academia Maranhense de Letras. Boêmio notório e de vida inteiramente desregrada, Maranhão Sobrinho "foi o mais considerável poeta do seu tempo, no extremo Norte, e o simbolista ortodoxo, o satanista por excelência do movimento naquela região", segundo o crítico Andrade Murici. Criado em Barra do Corda, no interior do Maranhão, conta-se que quando criança era irrequieto, brincalhão e levado mesmo da breca, no dizer dos seus contemporâneos. Frequentou irregularmente os primeiros estudos no conceituado colégio do Dr. Isaac Martins, educador de excepcionais qualidades, ardoroso propagandista republicano e abolicionista. Em 15 de agosto de 1899, com o auxílio paterno, embarcou para São Luís, onde no ano seguinte funda a "Oficina dos Novos" e matricula-se com o nome de José Maranhão Sobrinho na antiga Escola Normal, em 1901, tendo para isso obtido a ajuda de uma pequena bolsa de estudo, naqueles tempos denominada pensão. Por motivo de se haver indisposto com alguns professores, em seguida abandonava o curso normal e, sem emprego, aos poucos entregou-se à vida boêmia. Em 1903, impressionados com a vida boêmia que levava em São Luís, alguns amigos mais dedicados o embarcaram, quase à força, para Belém do Pará, na esperança de que ali mudasse de procedimento, trabalhasse e arranjasse meios de publicar seus livros. Na capital paraense, colocou-se no jornal Notícias e passou a colaborar na tradicional Folha do Norte. Bem depressa, tornou-se popular nas rodas boêmias e nos meios intelectuais. Colaborou também em jornais e outras publicações de São Luís e de vários Estados, incluindo-se entre estas a Revista do Norte, de Antônio Lôbo e Alfredo Teixeira. Em 1908 funda Academia Maranhense de Letras, unido à plêiade de escritores e poetas locais. Nisso transfere-se para a Amazônia onde, residindo em Manaus, passa a colaborar com a imprensa local e torna-se membro fundador da Academia Amazonense de Letras. Sua vida sempre foi boêmia e desregrada, escrevendo seus versos em bares, mesas de botequim ou qualquer ambiente em que predominasse álcool, papel e tinta. Despreocupado pela sorte dos seus 62
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3o_Sobrinho http://www.academiamaranhense.org.br/maranhao-sobrinho-2/
poemas, publicou seus livros em péssimas edições sem capricho ou conservação, aos cuidados de amigos e admiradores, deixando esparsa grande parte do que escreveu em jornais, revistas e folhas de cadernos de venda. Novamente muda-se mas para Belém, onde conhece o poeta Carlos D. Fernandes, que havia sido amigo de Cruz e Sousa e pertencera ao grupo da revista Rosa-Cruz. Dois anos depois, de retorno a Manaus, lá fixa-se como funcionário público do Estado, onde vem a falecer em plena noite de natal, no dia 25 de dezembro de 1915, com apenas 36 anos de idade. Em Barra da Corda, o seu nome é lembrado oficialmente em uma única praça e pela Academia BarraCordense de Letras. Estilo literário - A poesia de Maranhão Sobrinho é de fato colorida e fantasiosa, por vezes cheia de um resplendor de pedrarias, quando muito se revela satânica e, em alguns momentos, penetrada do amargor de Cruz e Sousa. "… É o representante mais completo da escola simbolistano Maranhão", diz Antônio Reis Carvalho, e de fato, segundo os críticos literários, é notória a influência dos poetas franceses Mallarmé, Verlaine e Baudelaire. Na poesia de Maranhão Sobrinho a ideia é simbólica, o sentimento é romântico e a forma é parnasiana, afirma o literato Reis Carvalho. Literariamente batizado na escola simbolista, Maranhão Sobrinho é conhecido pelos críticos e estudiosos de literatura como um dos três melhores poetas simbolistas brasileiros, ao lado de Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimarães. Obras: 1908 - Papéis Velhos… Roídos pela Traça do Símbolo; 1909 - Estatuetas; 1911 - VitóriasRégias. Ou conforme consta no sitio de Antônio Miranda63: MARANHÃO SOBRINHO (1879-1915) Fundador com Antônio Lobo, I. Xavier de Carvalho e Corrêa de Araújo, entre outros, do movimento de renovação literária denominado Os Novos Atenienses, que em fins do século XIX e início do século XX sacudiu o meio intelectual de São Luís com idéias e conceitos vanguardistas, Maranhão Sobrinho foi o mais singular poeta de sua geração. Boêmio, por vezes até mesmo desbragadamente ébrio, José Américo Augusto Olimpio Cavalcanti dos Albuquerques Maranhão Sobrinho nasceu em Barra do Corda, interior do Estado, em 25 de dezembro de 1879, e morreu ainda jovem, em Manaus, no mesmo dia em que completava 36 anos. Nesse breve espaço de tempo, encarnou como poucos a figura trágica do poeta dominado por suas angústias existenciais - viveu rápido e intensamente: suas dores, reais ou imaginadas, lançaram-no na sôfrega busca pelo prazer e no caminho da autodestruição. Mas se ele era essa espécie de romântico trágico na vida pessoal, sua poesia está em outro patamar. Simbolista ortodoxo, foi um visionário capaz de construir imagens perturbadoras em versos admiravelmente bem urdidos, sensualmente mórbidos, onde por trás de cada palavra flutua, não muito distante, a imensa sombra de um amargo pessimismo com o mundo e com as pessoas. Sem dispor de recursos financeiros, publicou seus trabalhos com grande dificuldade. Foram ao todo três livros editados de modo bastante precário, com circulação restrita à província. Além disso, apenas colaborações esparsas, ainda que numerosas, em revistas e jornais de São Luís. Muito embora sua obra ainda não tenha sido objeto de um estudo mais aprofundado, a crítica nela destaca uma bem assimilada influência de Baudelaire e Verlaine, considerando-o ao mesmo tempo um dos luminares do movimento simbolista no Brasil - quase no mesmo nível ocupado por Cruz e Souza e Alfonsus Guimaraes, expoentes máximos da escola. De qualquer sorte, coube a Maranhão Sobrinho ser um poeta representativo do período de transição da literatura maranhense - teve o talento amplamente reconhecido, tanto pelo público quanto por seus pares, foi um dos fundadores da Academia Maranhense de Letras, mas sofreu estilisticamente na difícil tarefa de buscar uma síntese convincente entre o Romantismo ainda em voga, o Parnasianismo e o Simbolismo. Reflexos dessa luta estéril são visíveis em seus poemas. Houvesse vivido mais alguns anos, talvez sua obra conseguisse escapar dessa armadilha literária, atingindo novas e inesperadas dimensões. Ainda assim, figura em destaque no Panteon dos poetas maranhenses de todos os tempos.
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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/maranhao/maranhao_sobrinho.html Antônio Lisboa Carvalho de Miranda é um professor e escritor brasileiro, membro da Academia de Letras do Distrito Federal. Nascimento: 5 de agosto de 1940 (idade 79 anos), Bacabal, Maranhão; Livros: Ni robot ni bufón: manual para la crítica de arquitectura. https://www.google.com/search?q=Antonio+Miranda&oq=Antonio+Miranda&aqs=chrome..69i57j0l4j69i60.5135j0j8&sourcei d=chrome&ie=UTF-8
Já Romildo de Azevedo escreve, no sitio Recanto das Letras64: MARANHÃO SOBRINHO - Um Simbolista Sonhador O universo da literatura é repleto de sonhos e de sonhadores que, vivendo aquém e além do tempo e do espaço, projetam e constroem um mundo orientado pela Ética e pela Estética. Trilham o caminho do certo e do belo para realizar o Amor. Amor Universal. Só assim os sonhadores conseguem, mesmo contingenciado por adversidades tidas por muitos como insuperáveis, singrar por revoltos mares. E ao navegar, às vezes sem norte, sem vento ou contra o vento, alcançam paragens onde reina a emoção mais pura e bela. Maranhão Sobrinho é o paradigma de vate que marcou o caminho do Simbolismo de forma indelével. A beleza de seus versos é realmente inquestionável e reconhecida pelos estudiosos da literatura pátria. A propósito, Raimundo de Menezes, membro da Academia Maranhense de Letras, em seu rico Dicionário Literário Brasileiro, segunda edição, LTC, Rio de Janeiro, página 406, dedica ao poeta barra-cordense verbete que merece transcrição na íntegra: "Maranhão Sobrinho (José Augusto Américo dos Albuquerque) - N, em Barra do Corda (MA), a 25 de dezembro de 1879, filho de modesto lavrador. Ao lado de Xavier de Carvalho, Antônio Lobo, Astolfo Marques Correia de Araújo, fundou, em 1900, a Oficina dos Novos; em 1908, a Academia Maranhense de Letras. Com Artur Lemos, diretor de A Província do Pará, participa de movimento literário na capital do Estado. Na ocasião, entrou em contato com Carlos D. Fernandes. Boêmio, escrevia "em qualquer parte em que houvesse álcool, papel e tinta". Seus versos tiveram grande popularidade no Norte. No dizer de Antônio Reis Carvalho, se simbolismo "é menos extravagante, mais sensato, menos bizarro, e mais enigmático e mais sentimental: lembra a musa de Verlaine, talvez o mais poeta dos poetas malditos. Mas se nele a idéia é simbólica, o sentimento é romântico e a forma parnasiana". Publicou parte de sua obra literária, bastante volumosa, apesar de desigual. O resto permanece esparso nos jornais e revistas. F. em Manaus (AM), no dia do aniversário, 25 de dezembro de 1915. Bibliografia: Papéis velhos ...roídos pela traça do símbolo, Maranhão, 1908. Estatuetas, Maranhão, 1909. Vitórias-régias, Maranhão, 1911. Por sua vez, Jomar Moraes, da Academia Maranhense de Letras, em seu excelente livro Apontamentos da Literatura Maranhense, fonte de consulta obrigatória para os amantes das letras, registra: "José Américo Olimpio Cavalcante dos Albuquerques Maranhão Sobrinho nasceu em Barra do Corda (MA), a 20 de dezembro de 1915. Fundou, na Academia Maranhense de Letras, a cadeira 19, de que é patrono Teófilo Dias. Após sua morte, foi escolhido patrono da cadeira 21." Barra do Corda se tornou pequena diante da genialidade e do espírito irrequieto de Maranhão Sobrinho. A falta de opção em sua terra o levou a buscar novos rumos. Corria o ano de 1900. Jovem, aos 21 anos, o aedo muda-se para São Luís, em procura de condições mais favoráveis a seu crescimento cultural. De São Luís parte para Santa Maria de Belém do Bom Pará, onde participa do movimento literário sob a liderança de Artur Lemos. Na época publicou poesias no jornal A Província do Pará. Ficou pouco tempo em Belém. Levantou vôo rumo a Manaus. Em 1911, Manaus vivia uma quadra de intensa atividade econômica e cultural. Foi quando Maranhão Sobrinho publicou seu último livro, Vitória-Régia. Foi mais um sonho realizado pelo poeta de estro marcado pelo uso intenso de substantivos e adjetivos. Em brilhante artigo publicado no jornal O Imparcial, em 01.01.1937, o renomado escritor Josué Montello, literato de inexcedível saber, afirma sobre Maranhão Sobrinho: "Não era, 'como toda gente, um bacharel formado.' Estudou para o magistério primário, diplomando-se pela Escola Normal de São Luís, mas o que ele verdadeiramente ensinou foi a arte de fazer belos versos, desses que, na declaração original de Anatole France, lembram dedos delicadíssimos ternamente tangendo a harpa de nossa emotividade." E prossegue dizendo que o que distingue Maranhão Sobrinho é a clareza simbólica, para depois, em conclusão, registrar: "Escreveu muito, em Manaus, e eu mesmo li, na coleção de um amigo, uns versos inéditos do grande aedo, por sinal que escritos num caderno ordinário de compras de balcão." Como se vê, Maranhão Sobrinho, mesmo tendo partido para o Oriento Eterno com apenas 36 anos, nos legou uma obra poética que merece um lugar de destaque no cenário das letras. Cabe, portanto, aos operadores da cultura divulgar os sonhos do grande ícone do Simbolismo no Brasil.
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https://www.recantodasletras.com.br/biografias/872951 https://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=32825
Kissyan Castro65 lançou, em 2015, o livro “Maranhão Sobrinho – Poesia Esparsa”, em que reúne 105 poemas inéditos, coletados de sua vasta produção dispersa em publicações da imprensa66. O autor esclarece: O livro é uma edição alusiva ao Centenário da Morte de Maranhão Sobrinho. Assim, pensei em incluir também um apêndice que contivesse informações pertinentes ao evento, como por exemplo: Que repercussão teve sua morte? Houve de fato algum projeto que concedeu perpetuidade à sua sepultura? E por que, então, essa lei foi violada? Maranhão Sobrinho deixou algum trabalho inédito? Onde se encontra hoje o seu espólio literário? O que dele disseram os amigos de convívio e a crítica nacional? O trabalho é complementado por uma extensa biografia do poeta, a que preferi chamar de “Itinerário Biográfico”, tanto pelo duplo circuito São Luís-Belém-Manaus, como pelo caráter dinâmico das raras “paradas” de Maranhão Sobrinho.
Ao organizar a parte biográfica incluiu o máximo de elementos novos e, entre esses, algumas grandes descobertas. Por exemplo, quando ele deixa Barra do Corda, sua intenção era seguir para o Rio de Janeiro, onde pretendia cursar engenharia na Escola Militar, mas acaba mudando de ideia. Fica um tempo em São Luís e depois vai para Belém. Ali, num primeiro momento, envolve-se no jornalismo engajado, político, militante, em protesto às injustiças sociais. Acreditava-se que a vida inteira de Maranhão Sobrinho girava em torno do sonho jamais realizado de transferir-se para a capital do país e publicar ali sua “obra-prima. No entanto, quando a tão esperada oportunidade lhe é oferecida pelo governador Luís Domingues 67, amigo de Urbano Santos68, então vice-presidente da República, rejeita e prefere seguir para Manaus: Até então acreditávamos que a atuação poética de Maranhão Sobrinho limitava-se ao seu estado natal, Pará e Amazonas, mas acabei encontrando poemas e artigos de jornais e revistas também no Ceará, Pernambuco, Alagoas, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, dentre outros, onde já usufruía, mesmo em vida, do respeito e reconhecimento do seu gênio poético.
Para Castro (2015), há mais diferenças que semelhanças de estilo entre esses poemas inéditos e os que se conhecem dos três livros publicados do poeta, assim como acontece entre os três livros que publicou em vida, e por que não dizer dentro de uma própria obra, como é o caso do bloco de poemas intitulado “Cromos”, pastoris, que destoam dos demais, de predominância simbolista, no livro "Papéis Velhos": Como deixo claro numa nota introdutória, meu livro não constitui uma seleção oficial de Maranhão Sobrinho, nem possui caráter antológico, no sentido de extrair o “suprassumo” da sua obra, mas mostrar sua trajetória poética desde a fase temporã de suas lucubrações estéticas, fase tida como condoreira, a partir de 1896, até o salto soberbo na produção de sonetos magistrais que lhe renderam a fama de “o mais completo sonetista da língua”, como nos informa o Jornal do Brasil, de 10 de janeiro de 1939.
65 Nasceu em Barra do Corda, Maranhão, em 1979. Poeta e escritor. Atualmente assina uma coluna às quintas-feiras no jornal virtual www.turmadabarra.com. publicou em poesia: “Vau do Jaboque” (2005)e “Bodas de Pedra” (2012). Tem inéditos os livros: “Rio Conjugal” e “Farelos”. “Você, em seus versos, imprime metalinguagem que não é de iniciantes, e dispensa de sua palavra o lugar comum; é hermético e conciso, e isso lhe dá fôlego e magia. (...) Você é como me disse certa vez o poeta de Martim Cererê, Cassiano Ricardo: ‘Todo mundo faz poesia aos vinte anos, mas você a fará pela vida inteira...’.”FERNANDO BRAGA. http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/maranhao/kyssian_castro.html 66 BORGES, Celso. Produção inédita de Maranhão Sobrinho. IN O ESTADO DO MARANHÃO, 04/12/2015, disponível em https://imirante.com/oestadoma/noticias/2015/12/04/producao-inedita-de-maranhao-sobrinho/ 67
Luís Antônio Domingues da Silva (Turiaçu, 11 de junho de 1852 — São Luís, 11 de julho de 1922) foi um jurista e político brasileiro. Foi deputado geral do Império e presidente do Maranhão, de 1 de março de 1910 a 1 de março de 1914. https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Ant%C3%B4nio_Domingues_da_Silva 68 Urbano Santos da Costa Araújo, mais conhecido por Urbano Santos (Guimarães, 3 de fevereiro de 1859 — Rio de Janeiro, 7 de maio de 1922), foi um jurista, promotor e político brasileiro, que foi governador do Maranhão e Vice-presidente da República no governo de Venceslau Brás, entre 1914 e 1918. Filho de Antônio Brício de Araújo, formou-se pela Faculdade de Direito do Recife, em 1882 na mesma turma em que se formaram Clóvis Beviláqua e J.X.Carvalho de Mendonça, autor do Tratado de Direito Comercial Brasileiro, em dez volumes. Foi redator da Gazeta Acadêmica de Ciências e Letras. Foi promotor público em Baixo Mearim (atual Vitória do Mearim), Mirador e Rosário, e juiz municipal da cidades maranhenses de Coroatá, São Bento e São Vicente Ferrer. Foi ainda juiz de casamentos e do comércio na capital do estado, além de juiz de direito de Campos Novos (SC). Morreu em viagem entre o Maranhão e o Rio de Janeiro, em 7 de maio de 1922. https://pt.wikipedia.org/wiki/Urbano_Santos_da_Costa_Ara%C3%BAjo
Como Kassyan Castro já coletou essas poesias que apareceram na nossa imprensa 69, não as replicaremos aqui, haja vista já estarem identificadas e publicadas em livro. Nos limitaremos a recuperar aspectos de sua atuação no cenário literário maranhense, e do Norte – Belém e Manaus. No ano de 1895, informa ‘A Gazeta Caxiense’ (25/12), que Maranhão Sobrinho está entre os eleitores daquela cidade interiorana e subscreve um manifesto em favor do dr. Francisco Dias Carneiro70. O ‘Diário do Maranhão’ do ano de 1896 começa a publicar suas poesias... 1891, ‘A Cruzada’ de 19 de dezembro traz o resultado dos exames gerais a que submeteu:
Também neste ano, uma edição especial do ‘Centro Caixeiral’ (02 de março), é publicado um comentário assinado por Fabrício Diniz, em que se pergunta se Maranhão Sobrinho era um pseudônimo e compara sua poesia à de Castro Alves:
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Todos os jornais pesquisados, tanto do Maranhão, quanto do Pará e Amazonas, além de outros estados, trazem poemas de Maranhão Sobrinho. Quase que diariamente os Jornais Diário de São Luis e O Jornal, logo após sua morte, tinham uma sessão de poesia, em que era publicado, não só ele, mas outros também. 70 Francisco Dias Carneiro - Pseudônimo(s): Stepheni Von Ritter; Nascimento: 1837 - Pastos Bons, MA; Morte: 1896 - Caxias, MA; Advogado, deputado, poeta, prosador, patrono número 27 da Academia Maranhense de Letras. Segundo Coutinho, nasceu em Passagem Franca, Maranhão.
O ‘Diário do Maranhão’ de 3 de dezembro de 1899 traz sua nomeação como autoridade policial do município de Caxias, como suplente de subdelegado do 3º Distrito. ‘Diário do Maranhão’ de 2 de setembro de 1900 registra sua chegada de Barra do Corda, com destino ao Rio de Janeiro, onde pretende dar continuidade aos seus estudos na Escola Militar de Engenharia:
A 17 de setembro, o ‘Diário do Maranhão’ registra o recebimento de ‘A Atualidade’ de numero quatro, onde já aparece colaborações de Maranhão Sobrinho, assim como a de numero 5. Nas edições seguintes continuava o anuncio do aparecimento dessa publicação, com as poesias de Maranhão Sobrinho:
Pretendendo mudar-se para o Rio de Janeiro para dar continuidade aos estudos, queria cursar Engenharia, não se sabe as circusntancias que o impediram de faxze-lo, permanecendo em São Luis, onde fez concurso para a Escola Normal, logrando aprovação (Diário do Maranhão, 19 de janeiro de 1901):
Conforme consta nesse jornal, edição de 19 de janeiro de 1901 solicita ajuda para o Governo, de uma bolsa de pensionista, para poder cursar a Escola Normal:
‘O Diário...’ edição de 19 de março de 1901 publica este pequeno conto, assinado por Maranhão Sobrinho:
‘A Campanha’ (04 de abril de 1901) anuncia reunião da Oficina dos Novos:
Para Benedito Buzar71, foi a visita do escritor Coelho Neto a São Luís, em junho de 1899, que fez com que os intelectuais maranhenses, que se encontravam anestesiados e desencantados com a literatura, acordassem e procurassem revitalizar o meio literário da Atenas Brasileira: [...] A oportuna presença de Coelho Neto e a chegada de outra figura importante a São Luís, o português Fran Paxeco, sacudiram a nossa intelectualidade, que adquiriu alma nova e a movimentar-se para o Maranhão recuperar o prestígio cultural de antanho. [...] Como resultado dessa nova fase de agitação cultural, fundaram-se várias agremiações, salientandose, em primeiro plano, a Oficina dos Novos, criada a 28 de julho de 1900, patroneada por Gonçalves Dias, e com a participação de intelectuais do porte de Francisco Serra, João Quadros e Astolfo Marques. No rastro da Oficina dos Novos, surgiram outras entidades culturais, dentre as quais a Renascença Literária, o Grêmio Literário Maranhense, a Cooperação Sotero dos Reis, o Clube Nina Rodrigues e o Grêmio Odorico Mendes, que promoviam conferências, publicavam livros, jornais e revistas e lançavam concursos literários, tudo isso sob o impulso de uma nova geração de escritores, ávidos de ressuscitar os tempos da Atenas Brasileira. Nesse cenário de plena fermentação literária, nasce a 10 de agosto de 1908 a Academia Maranhense de Letras, solenemente instalada a 7 de setembro daquele ano, tendo como patrono Gonçalves Dias, fato que levou muita gente imaginar que o aparecimento dessa instituição seria para ocupar o lugar da Oficina dos Novos. [...]Credita-se à migração de alguns membros da Oficina dos Novos para os quadros da Academia Maranhense de Letras, que teve como fundadores doze renomados intelectuais, da estirpe de José Ribeiro do Amaral, Barbosa de Godois, Clodoaldo Freitas, Domingos Barbosa, Correia de Araújo, 71
BUZAR, Benedito. A oficina dos novos e a AML. 29 de julho de 2017. Blog da AML, disponível em http://www.academiamaranhense.org.br/blog/a-oficina-dos-novos-e-a-aml/
Vieira da Silva, Costa Gomes, Maranhão Sobrinho, Astolfo Marques, Alfredo de Assis, Inácio Xavier de Carvalho, Godofredo Viana, Fran Pacheco e Antônio Lobo, alguns dos quais sócios da Oficina dos Novos, nos seus primeiros anos de vida.
O ‘Diário do Maranhão’ de 19 de abril de 1901 publica requerimento de Maranhão Sobrinho solicitando o pagamento da pensão que alegava ter direitos, para cursar a Escola Normal; logo a seguir, sai o despacho da petição:
Começam a serem publicados os resultados dos exames gerais da Escola Normal, como este de 24 de outubro de 1901, em que é aprovado na cadeira de Ginástica:
Nos números seguintes outros resultados aparecem, logrando aprovação. Em abril de 1902, a Oficina dos Novos promove um recital, no Teatro Artur Azevedo, em que representaria o Grêmio estudantil. Logo a seguir, em outra reportagem falando sobre esse recital, tece elogios a Maranhão Sobrinho, pela sua participação, com uma poesia de sua própria lavra: América. ‘A Campanha’, de 06 de agosto de 1902, traz a seguinte reportagem, sobre um quisto que apareceu no rosto de Maranhão Sobrinho:
O ‘Diário de São Luis’ informa que fora operado do estranho cisto sebáceo que lhe aparecera na face (16 de maio de 1902). O ‘Diário de São Luis’ em 1º de outubro desse mesmo ano publica uma nota, falando de sua partida para Belém:
‘A Campanha’, de 31 de março de 1903, traz reportagem em que um jornal mineiro faz referencia à edição do ‘Centro Caixeiral’; segue um poema, intitulado A Escola
Informa o ‘Diário do Maranhão’ de 07 de maio de 1903, o recebimento de numero de revista literária, publicada em Manaus, em que consta como colaborador Maranhão Sobrinho:
Nascimento Moraes72, em ‘A Campanha’, a partir da edição de 8 de setembro de 1903, assina uma série de artigos, analisando a obra de Maranhão Sobrinho:
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José Nascimento Moraes (São Luís (Maranhão), 19 de março de 1882 - 22 de fevereiro de 1958) foi um escritor, poeta, romancista, cronista, ensaísta e jornalista brasileiro. O autor foi uma grande figura do cenário maranhense do início do século XX, destacando-se por suas obras jornalísticas e literárias, que focavam, sobretudo, a contraposição das questões elitistas e abolicionistas. Lutou contra os conceitos racistas da época, atraindo aliados e inimigos à sua causa. De suas obras publicadas, destaca-se “Vencidos e Degenerados”, cujo tema central é o retrato da sociedade maranhense em vista às questões sociais, como o preconceito e a pobreza extrema. A obra projetou nacionalmente o autor como um dos melhores retratistas sociais da época, igualado a nomes como Lima Barreto e Aluísio Azevedo. Foi professor do Liceu Maranhense e presidente da Academia Maranhense de Letras. Teve alunos, hoje conhecidos, como José Sarney e Ferreira Gullar, também atuantes nas temáticas sociais brasileiras. Nascimento Moraes teve um filho, batizado com o mesmo nome, que seguiu a mesma trajetória literária e jornalística e foi defensor dos direitos da população negra, com a mesma dedicação que o seu pai teve à causa. Sobre o pai, Nascimento Moraes Filho afirma que, além das obras de cunho naturalista e revolucionário, a contribuição principal está no fato de que seu pai foi um exemplo vivo da superação de preconceitos. Para ele, o pai foi um vitorioso em sua profissão, reconhecido em seu estado e em todo o país. José Nascimento Moraes faleceu no dia 22 de fevereiro de 1958 com 76 anos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Nascimento_Moraes
O jornal paraense ‘O Industrial’, edição de 29 de outubro de 1903, ao relatar as comemorações de aniversário de Lauro Sodré informa que fora editada um suplemento especial do ‘Patriota’
O ‘Diário do Maranhão’ de 13 de novembro de 1903 traz uma carta endereçada à Maranhão Sobrinho por Domingos Barbosa73
73
Domingos Quadros Barbosa Álvares nasceu na cidade de São Bento, a 28 de novembro de 1880, e faleceu no Rio de Janeiro, a 26 de dezembro de 1946. Dirigiu a Imprensa Oficial do Estado em três ocasiões: 1908, 1912 e 1913, foi secretário-geral do Estado, no Governo Benedito Leite (1906-1910). Essencialmente prosador, firmou seu nome literário como contista, havendo publicado três livros de contos no relativamente curto espaço temporal que vai de 1908 a 1911. Orador de grandes recursos, representou o povo maranhense na Câmara dos Deputados, havendo desempenhado o mandato de deputado federal nas legislaturas: 1921-1923, 1924-1926, 1927-1929 e 1929-1930. Jornalista, colaborou em diversos órgãos da imprensa maranhense, entre os quais o jornal Pacotilha, Revista do Norte e Atenas. http://www.academiamaranhense.org.br/domingos-quadros-barbosaalvares/
‘JORNAL DO COMÉRCIO’ (Ano 1904\Edição 00109) traz novo artigo de Maranhão Sobrinho – “Cartas do Pará”
:
O ‘Diário de Maranhão’ de 17 de março de 1905 anuncia o reaparecimento do jornal ‘O Patriota’, do Pará, com Maranhão Sobrinho ocupando sua secretaria
O ‘Jornal do Comercio’ em sua edição de 23 de agosto de 1906 publica um conto: ‘Hassar”, dedicado a Alcides Bahia
Na edição de 15 de abril de 1907, o ‘Diário do Comercio’ (Manaus) anuncia breve aparecimento da tradução das fábulas de La Fontaine74 e das poesias de Lessing75: 74
Jean de La Fontaine (Château-Thierry, 8 de julho de 1621 — Paris, 13 de abril de 1695) foi um poeta e fabulista francês. Era filho de um inspetor de águas e florestas, e nasceu na pequena localidade de Château-Thierry. Estudou teologia e direito em Paris, mas seu maior interesse sempre foi a literatura. Por desejo do pai, casou em 1647 com Marie Héricart. Embora o casamento nunca tenha sido feliz, o casal teve um filho, Charles. Em 1652, La Fontaine assumiu o cargo de seu pai, mas alguns anos depois colocou-se a serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma
A 10 de junho de 1907, o ‘Diário do Comércio’ anuncia uma conferencia a ser proferida por Maranhão Sobrinho:
Anunciado (Jornal do Comércio, 04/04/1908) o casamento de Maranhão Sobrinho, com uma distinta moça da sociedade – sem dizer o nome – e que em seguida, iriam em viagem de núpcias a Iquitos:
Noticias vindo de Belém, em nota do ‘Jornal do Comercio’ em sua edição de 9 e abril e 1910, de surra que Maranhão Sobrinho levara do secretário da ‘Folha do Norte’:
coletânea de poemas. Escreveu o romance "Os Amores de Psique e Cupido" e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine. Com a queda do ministro Fouquet, La Fontaine tornou-se protegido da Duquesa de Bouillon e da Duquesa d'Orleans. Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís XIV. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores. Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos. Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. A última edição de suas fábulas foi publicada em 1693. Antes de vir a ser fabulista, foi poeta, tentou ser teólogo. Além disso, também entrou para um seminário, mas aí perdeu o interesse. Está sepultado no cemitério Père-Lachaise, em Paris, ao lado do dramaturgo Molière. Obras: A sua grande obra, “Fábulas”, escrita em três partes, no período de 1668 a 1694, seguiu o estilo do autor grego Esopo, o qual falava da vaidade, estupidez e agressividade humanas através de animais. La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna. Sobre a natureza da fábula declarou: “É uma pintura em que podemos encontrar nosso próprio retrato”. Algumas fábulas escritas e reescritas por ele são A Lebre e a Tartaruga, O Homem, A Cegonha e a Raposa, O Menino e a Mula, O Leão e o Rato, e O Carvalho e o Caniço, a Raposa e a Uva. https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_de_La_Fontaine 75 Gotthold Ephraim Lessing (Kamenz, Saxônia, 22 de janeiro de 1729 — Braunschweig, 15 de fevereiro de 1781) foi um poeta, dramaturgo, filósofo e crítico de arte alemão, considerado um dos maiores representantes do Iluminismo, conhecido também por sua crítica ao anti-semitismo e defesa do livre pensamento e tolerância religiosa. Suas peças e seus escritos teóricos exerceram uma influência decisiva no desenvolvimento da Literatura Alemã moderna, da qual é considerado fundador. https://pt.wikipedia.org/wiki/Gotthold_Ephraim_Lessing
Em 1910, conforme a ‘Campanha’ de 14 de janeiro, estava a caminho de Belém, pelo “Ceará”, indo trabalhar na “Folha do Norte”. ‘A Pacotilha’, também de 14 de janeiro desse ano de 1910, traz-nos um artigo sobre o livro ‘Papéis Velhos’, tecendo muitos elogios, citando alguns poemas, porém apontando vários erros de publicação, que precisariam ser corrigidos:
Na edição de 4 de fevereiro de 1910, de ‘A Pacotilha’, uma declaração de que fora curado de reumatismo, tomando determinado elixir; esse anuncio vai se repetir em várias edições seguintes do jornal:
Noticiado (Pacotilha, 3 de março de 1910) o aparecimento do livro de poesias “Kermesse de Rozas”, pela editora de Pinto Fonseca, reproduzindo nota de ‘A Folha do Norte’. Novo artigo de Nascimento Moraes publicado uma primeira parte, em a ‘Campanha’ de 16 de junho de 1910
A 17 de junho, a continuação da matéria:
A matĂŠria continua:
No ‘Correio da Tarde’ de 06 de agosto de 1910, continua a crítica aos ‘Novos Atenienses’, desta vez escrita por Valério Santiago76: 76
Pseudônimo de Nascimento de Moraes. Nome completo: José do Nascimento Moraes - Pseudônimo(s): Valério Santiago. https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/autores/?id=5221
Na edição de 17 de agosto, volta à carga, acusando Antônio Lobo de utilizar-se de palavras que Maranhão Sobrinho não disse:
O jornal manauara ‘Correio do Norte’, após vir publicando suas poesias, em primeira página, desde 1909, anuncia que Maranhão Sobrinho, a partir daquela data, 12 de outubro de 1910, passaria ao seu corpo de colaboradores:
Já em 1911, após sua partida de São Luis, suas poesias eram recitadas em quase todos os eventos culturais acontecidos na cidade. Viriato Corrêa, em discurso na Assembleia Legislativa, falando sobre a estátua de João Lisboa, refere-se à vários poetas maranhenses, destacando Maranhão Sobrinho (Pacotilha, 12 de abril de 1911):
A partir de 1911 constamos o aparecimento de seus poemas em jornais publicados no Amazonas. Como já dito anteriormente, deixamos de reproduzi-los, haja vista terem sido recuperados por Kyssian Castro, em seu ultimo livro; ateremos-nos, tão somente, às noticias sobre o poeta. Aparecem no jornal ‘O Marítimo’, ‘Cinco de Outubro’, ‘A União’, dentre outros. O ‘Jornal Pequeno’, de Manaus, em sua edição de 11 de julho de 1911, avisa sobre o lançamento de novo livro de poemas de Maranhão Sobrinho:
Maranhão Sobrinho assina artigo publicado em ‘O Correio do Norte’, edição de 20 de julho de 1911 sobre o Brasil e Portugal:
A 6 de agosto, anuncia-se o aparecimento de ‘Vitórias Régias’:
São publicados dois poemas dedicados à Maranhão Sobrinho, nos meses de agosto e setembro de 1911:
Em 1 de outubro de 1911 aparece outro artigo de Maranhão Sobrinho, da série prevista pelo jornal ‘Correio do Norte’, sobre a Nossa História:
No dia 15 de outubro de 1911 sai um libelo contra MaranhĂŁo Sobrinho nos seguintes termos:
A 18 de outubro de 1911, esta outra nota, referindo-se a MaranhĂŁo Sobrinho como uma lesma social
Jornal do Comercio de 14 de outubro de 1911 publica em seu ‘ineditoriais’ a seguinte carta de Maranhão Sobrinho:
Anunciada a criação da ‘Sociedade Familiar 28 de Julho’, em que Maranhão Sobrinho fazia parte da diretoria, como orador oficial:
No ‘Estado do Pará’, edição de 27 de outubro de 1911, sai um longo artigo falando sobre as perdas do Maranhão, por morte – no caso, do poeta Euclydes Farias
e mudança de seus intelectuais,
O jornal ‘A Lanceta’, de Manaus, edição de 23 de outubro de 1912 anunciava que, a partir daquela data, contava com a colaboração de Maranhão Sobrinho entre seus colaboradores:
Maranhão Sobrinho leva nova surra, desta vez, de um policial, conforme nota do ‘Jornal do Comércio’ de 15 de outubro de 1913:
O ‘Estado do Pará’ traz uma matéria em que se discute a autoria de alguns versos, considerando que alguém cometeu plágio (ed. 06/03/1914):
‘O Jornal’, edição de 10 de janeiro de 1915 traz a seguinte nota:
O ‘Jornal do Comercio’ em sua edição de 19 de agosto de 1915 traz-nos a seguinte nota:
Na edição de 27 de dezembro sai a nota de falecimento de Maranhão sobrinho:
O jornal manauara ‘A Encrenca’, edição de 2 de janeiro de 1916 traz a seguinte nota de pesar:
O jornal ‘A Capital’, em sua edição de 11 de janeiro de 1918, ao tratar da inauguração da Sociedade Amazonense dos Homens de Letras, fala da importância dessa instituição, cita os diversos ocupantes das cadeiras e, dentre os patronos, consta Maranhão Sobrinho:
Nascimento de Moraes escreve em ‘O Jornal’, edição de 4 de janeiro de 1917 sobre a morte de Maranhão Sobrinho, em artigo intitulado ‘Vespasiano Ramos”.
A 10 de maio de 1917 é anunciada a entrada de Raimundo Lopes 77 na Academia Maranhense de Letras. Escolheu, para seu patrono, Maranhão Sobrinho: 77
Raimundo Lopes da Cunha (Viana, 28 de setembro de 1894 — Rio de Janeiro, 08 de setembro de 1941) foi um jornalista e geógrafo maranhense. Filho do Promotor Público Manuel Lopes da Cunha (1855-1924) e de Maria de Jesus Sousa Lopes da Cunha, sendo seus avôs paternos o ex-deputado provincial pelo Maranhão, na legislatura de(1848/1849), José Mariano [2] da Cunha e de Maria Quitéria Magalhães da Cunha . Aos seis anos de idade, Raimundo em companhia da família,muda-se de Viana para residir em São Luís. Já na capital maranhense, foi matriculado na Escola Modelo Benedito Leite, onde estudou até o ano letivo de 1903. Após isso sua família decidiu mudar para o Rio de Janeiro, onde Raimundo permaneceu um período e retornando ao Maranhão onde estudaria no Liceu Maranhense. Era bacharel em Letras. Assinou colunas em jornais como O Diário do Maranhão e a Pacotilha. Era também sobrinho de Celso de Magalhães. Foi membro da Academia Maranhense de Letras, tendo fundado a cadeira de nº 21, do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. Sob a orientação de Raimundo Lopes, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) fez o primeiro tombamento nacional no Maranhão. Trata-se do sítio arqueológico sambaqui do Pindaí. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 8 de setembro de 1941. Obras: O Torrão Maranhense (1916, 1ª ed.; 1960, 2ª ed.; 2017, 3ª ed.: Os Fortes Coloniais de São Luís (1917); O Ciclo da Independência (1923); A Civilização Lacustre do Brasil (1924); Um Aparelho Sintético de Antropologia (1925); Aspectos da Formação Sertaneja (1926)/ Entre a Amazônia e o Sertão (1931)/ Os Tupis do Gurupi (1932)/ O Homem em Face da Natureza (1933); Ouro Preto e a Conjuração Mineira (1934)/ Pesquisa Etnológica sobre a Pesca Brasileira no Maranhão (1938)/ Ensaio Etnológico sobre o Povo Brasileiro (s/d)/ As Regiões Brasileiras (s/d)/ Uma Região Tropical (s/d)/ Peito de Moça (romance)/ Antropogeografia; https://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Lopes
‘Diário de São Luis’, edição de 21 de setembro de 1921, artigo sobre Maranhão Sobrinho, dando conta de sua morte, no Amazonas, e perguntando por seus versos:
Corrêa de Araújo78, no ‘Almanaque A Fita’, de 1922, traz-nos o seguinte poema, em que se refere à Vespasiano e Maranhão Sobrinho:
78
Raimundo Corrêa de Araújo (Pedreiras, 29 de maio de 1885 - 24 de agosto de 1951) foi um escritor maranhense e fundador da cadeira nº 16 da Academia Maranhense de Letras. Era filho do coronel Raimundo Nonato de Araújo e dona Antônia Corrêa de Araújo, foram destacados pioneiros da então povoação de Pedreiras. https://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Corr%C3%AAa_de_Ara%C3%BAjo
No ‘Diário de São Luis’ – 17 de abril de 1922 – é lembrado um dos ‘porres’ que Maranhão Sobrinho tomara:
Em Barra do Corda, segundo o ‘Diário de São Luis’ de 25 de maio de 1922, fundara-se o ‘Gremio Literário Maranhão Sobrinho’, numa tentativa de reavivar o movimento literário daquela cidade:
A 27 de fevereiro de 1923 sai a seguinte nota, no ‘Diário de São Luis’, falando de Nunes Pereira 79, que iria escrever um artigo sobre seu colega de boemia Maranhão Sobrinho: 79
Manoel Nunes Pereira, também conhecido como Nunes Pereira (1892 — 1985), nascido no Estado do Maranhão, foi um antropólogo e ictiólogo que viveu grande parte de sua vida em Manaus, e, posteriormente, na cidade do Rio de Janeiro, tendo viajado seguidamente ao interior da Amazônia. Foi, ao lado de escritores como José Chevalier, Péricles de Moraes e Benjamin Lima, um dos fundadores da Academia Amazonense de Letras. Nunes Pereira foi veterinário do Ministério da Agricultura até a sua aposentadoria e teve alguns de seus opúsculos científicos editados pela Div. de Caça e Pesca do M.A. (O pirarucu, A tartaruga verdadeira do Amazonas e O peixe-boi da Amazônia, tendo sido este último artigo científico publicado, em 1944, no Boletim do Ministério da Agricultura). Escreveu diversos livros, sendo a sua obra mais conhecida Moronguetá - um decameron indígena, conjunto monumental de pesquisas, apresentado por Thiago de Mello (dois
Em carta recebida do Rio de Janeiro, publicada no ‘Diário’ em 21 de julho de 1924, havia uma questão levantada por Humberto de Campos na ABL sobre os notáveis escritores esquecidos do Maranhão. Propunha, então, reimprimir toda a obra desses poetas, e escrevera ao Governador, que até aquela altura, não lhe respondera. A de Maranhão Sobrinho estava relacionada entre aqueles maranhenses notáveis, desconhecidos no Rio de janeiro... Nova carta, dirigida aos ‘Athenienses do Maranhão’ comentando o livro ‘Sonetos maranhenses’, publicado pela ‘Távola do Bom Humor’80. Escreve a missiva Assis Memória, dizendo que tomara conhecimento da publicação somente agora (27 de junho 1924, Diário de São Luis) após regresso de viagem à Minas Gerais:
tomos), onde constam reproduções de páginas de cartas a Nunes Pereira emanadas de cientistas sociais como Roger Bastide e Claude Lévi-Strauss. Com esses estudiosos o antropólogo maranhense-amazonense travou contato pessoal, quando da passagem deles pelo Brasil. Carlos Drummond de Andrade escreveu, no Jornal do Brasil, uma crônica sobre o autor de Os índios maués, um dos primeiros pesquisadores mestiços brasileiros - era cafuzo, descendente de índios, negros e brancos - a obter reconhecimento científico internacional. Em São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul, existe uma rua Nunes Pereira. https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Nunes_Pereira 80 Tavola do bom humor, Sonetos maranhenses. São Luiz: Imprensa Oficial do Maranhão, 1923. 190 p, 21 x 13,5 cm. A apresentação do livro é assinada por Cypriano Marques da Silva, Eder Santos, José Augusto Vieira dos Reis, Arnaldo de Jesus Ferreira, Chrysostomo de Souza, Joaquim de Souza Martins e José de Ribamar Teixeira Leite. https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/7036, https://digital.bbm.usp.br/bitstream/bbm/7036/1/45000017457_Output.o.pdf
O MAR 81 Ouve ! O mar, escarpando as rochas, na agonia do sol, parece ter na voz o humano accento de dôr ! Resa, talvez. Vai recolher-se. O dia se ajoelha e a tarde, em sonho, abraça o firmamento Como nós, pôde ser que a tristeza e a alegria o mar sinta também; precisa, em, movimento, trazer um coração.. Quem sabe o que irradia, no seu intimo, em doce e azul recolhimento ! Escuta ! uma onde vem beijar-te os pés. Não ha de calma os seios rasgar sobre os basaltos. Quérulas as ondas todas são. Ouve-lhe a voz. Piedade ! O mar leva-me a crer que tem paixões mortaes, em que rolam, brilhando, as lagrimas das pérolas e palpita, fervendo, o sangue dos coraes... Maranhão Sobrinho.
A 17 de novembro de 1925, o Fabril Atlético Clube82 promovia um sarau poético com a poetisa Maria Sabina de Albuquerque83. Na segunda parte da programação, recital de poesias de vários escritores maranhenses, dentre os quais, Maranhão Sobrinho. Na edição de ‘O Combate’ de 29 de dezembro de 1929, publicada crítica à atuação dos Novos Atenienses, assinada por Theophile Gautier, já em sua III parte:
81
TÁVOLA DO BOM HUMOR – Sonetos Maranhenses, p. 94. https://digital.bbm.usp.br/bitstream/bbm/7036/1/45000017457_Output.o.pdf 82 83
Maria Sabina (Barbacena,Minas Gerais, 1898 - 1991) foi uma escritora, professora, declamadora,jornalista e feminista brasileira. Foi autora de um conjunto expressivo de obras. https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Sabina.
Astolfo Serra84, em homenagem à mulher maranhense, publica um extenso discurso que ocupa duas páginas em ‘O Combare’ de 19 de setembro de 1931. Dentre os poetas que cita, consta Maranhão Sobrinho 84
Astolfo Serra (Matinha, 22 de maio de 1900 — Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1978) foi um ministro e escritor brasileiro. Filho do professor Joaquim Inácio Serra e de Judite de Barros Serra, Astolfo Serra, fez o primário e o ginásio em São Luís e estudou depois no Seminário de Santo Antônio, pelo qual se formou em ciências eclesiásticas. Ordenou-se padre secular em março de 1925, tornando-se vigário de Mirador, onde fez contato com a Coluna Prestes quando da passagem desta pela pequena cidade. A partir de 1929 militou na Aliança Liberal e no ano seguinte participou da Revolução de 1930, o que lhe rendeu a nomeação para interventor federal no Maranhão pelo Governo Provisório de Getúlio Vargas. Empossado no dia 9 de janeiro de 1931, em substituição ao major Luso Torres, mandou prender elementos oposicionistas sob a acusação de serem comunistas e agitadores, criando dessa forma um clima de instabilidade na política estadual. Em maio renunciou aos votos eclesiásticos e em julho foi suspenso de suas ordens pelo arcebispo do Maranhão, dom Otaviano Pareira de Albuquerque, que se opunha a seu governo. Em agosto transmitiu a interventoria ao comandante do 24º Batalhão de Caçadores, tenente-coronel
Também em ‘O Combate’, de 27 de fevereiro de 1934, ao transcrever discurso de Venturilli Sobrinho85 em a ‘Hora do Inverno’, fala ao ‘Povo da Brasiliense Atenas’, cita Maranhão Sobrinho, dentre tantos outros. ‘O Combate’ de 25 de dezembro de 1946 traz a seguinte nota:
Joaquim Guadie de Aquino Correia, que ficaria no cargo até a escolha do novo interventor. Durante o Estado Novo mudou-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, onde foi nomeado em 1942 diretor do Departamento de Turismo e Publicidade da Estrada de Ferro Central do Brasil. Após a redemocratização do país, foi diretor do Departamento Nacional do Trabalho, de fevereiro a novembro de 1946, e presidente da Comissão Técnica de Orientação Sindical do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, de fevereiro e setembro do mesmo ano, além de exercer, interinamente, a presidência da Comissão de Imposto Sindical desse órgão. Foi também presidente da Comissão de Enquadramento Sindical, no mesmo ministério, e membro da Comissão Permanente de Direito Social, onde ficou até 1947. Em 1949 foi nomeado ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), do qual foi presidente em 1964. Em 1966 tornou-se corregedor-geral da Justiça do Trabalho. Faleceu no Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1978. https://pt.wikipedia.org/wiki/Astolfo_Serra 85 Venturelli Sobrinho (José) (pai do Magnífico Trovador José Otávio Venturelli)nasceu em 30 de março de 1900, em Pedralva (antiga São Sebastião da Pedra Branca) sul de Minas Gerais, filho de Antonio Venturelli e de D. Paolina Castellani Venturelli. Sua infância humilde só lhe deu as primeiras letras na adolescência, quando fez o primário já com 16 anos. Trabalhou na enxada, vendeu doces e pastéis na Estação de Trem quando menino, e seu único brinquedo foi uma locomotiva de madeira e lata feita por ele mesmo. Seu primeiro trabalho poético foi uma trova para sua namorada. Sentou Praça no 8º R.A.M./75 em Pouso Alegre (MG) em 1925, escalando os postos de Anspeçada, Cabo e Sargento, sendo então aprovado no Concurso para Escola Militar de Realengo, de onde saiu Aspirante em 1928. Em 1926 lançou seu primeiro livro de poesias ALVORECER apadrinhado pelo grande Osório Duque Estrada, tendo deixado mais de 30 livros. Aprendeu e dominou dez idiomas; Professor de Línguas Latinas, Engenheiro Civil; Piloto de pequenos aviões; Comendador Internacional, Pintor, Escultor e Desenhista, Músico e Maestro-Instrumentista de quase todos os instrumentos de corda, inclusive Piano. Tocava flauta doce... (sua paixão) Era também pintor e escultor, tendo deixado mais de cem obras. Por falar e escrever fluentemente o Árabe, foi o tradutor do grande poeta libanês Fauzi Maluf em seu livro "No Tapete do Vento". Traduziu em versos a Divina Comédia de Dante, enquanto se restabelecia de um infarto... Atingiu o Generalato em 1958. Faleceu no Rio de Janeiro, a 30 de julho de 1981. http://falandodetrova.com.br/venturellisobrinho
O ‘Suplemento Cultural’ de no. 6, do ‘Diário de São Luis’, de 10 de julho de 1948 traz-nos a seguinte matéria:
Em 1950, o Governo do Maranhão pretendia imprimir, em livros, os poemas de Maranhão Sobrinho, assim como o de Mário Meireles, sobre literatura (O Maranhão, 13 de agosto). ‘O Jornal do Comércio’, de Manaus, em sua edição de 10 de julho de 1955, publica uma nota de despedida do poeta Ildefonso Pinheiro, recordando os bons tempos que passaram em Manaus, Dentre suas lembranças, a convivência com Maranhão Sobrinho, que destaca:
Esse mesmo Ildefonso Pinheiro86 publica no ‘Jornal do Comercio’ - Suplemento, em sua edição de 29 de dezembro de 1957 suas recordações dos natais passados em Manaus, e refere-se à Maranhão Sobrinho:
86
Ildefonso da Silva Pinheiro nasceu em 21 de janeiro de 1900, na Serra de Baturité – Ceará. Era um homem extraordinário, quase único, que viveu e se doou ao Estado do Amazonas e tanto fez pelos desvalidos”. E, agora, digo eu: sua história, que começou trágica e findou rotulada de virtudes, é um poema de longo fôlego. O sofrimento deixou-lhe profundos traços, mas transformou-o em um ser possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo. Esse homem manso e humilde de coração faleceu a 7 de novembro de 1978. https://www.franciscogomesdasilva.com.br/saudacao-academica/
No ‘Suplemento do Jornal do Comércio’, de Manaus, de sua edição de 14 de maio de 1961, ao traçar a biografia de um dos membros da Academia Amazonense, informa que, dentre as obras daquele autor, constava um ensaio sobre Maranhão Sobrinho:
Em 1962, o ‘Jornal do Comércio’, de Manaus, continuava a publicar as poesias de Maranhão Sobrinho... Em 1965, a Academia Amazonense cria seus prêmios, sendo que o de poesia levaria o nome de “Maranhão Sobrinho” (Jornal do Comercio, Manaus, 4 de agosto).
O Padre Nonato Pinheiro87 publica um soneto em homenagem à Maranhão Sobrinho, por ocasião do cinquentenário de sua morte:
Em artigo publicado no ‘Jornal do Comércio’ (22/01/1966), Genesino Braga traça um histórico das ruas de Manaus, identificando os homenageados, com uma pequena biografia, justificando a sua denominação. Esse mesmo artigo érepublicdo em 1994:
O decreto que alterou os nomes das ruas é o de no. 6, de 26 de janeiro de 1966, em que a rua Pereira da Silva passa a se denominar Rua Maranhão Sobrinho. O Padre Nonato Pinheiro (Jornal do Comercio, Manaus, 22 de maio de 1966), em suas ‘novas considerações sobre a poesia’ refere-se à obra de Maranhão Sobrinho nesses termos:
87
Raimundo Nonato Pinheiro (Manaus, 1922 - 1994), também conhecido como Padre Nonato Pinheiro, foi um sacerdote, poeta, filólogo, latinólogo, jornalista, professor e escritor brasileiro. Membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, exerceu, no IGHA, a função de orador. O Pe. Nonato Pinheiro, erudito católico que se dedicou, em profundidade, aos estudos filológicos e à crítica literária, foi um cultor da língua portuguesa. Dedicou-se também a estudos relacionados à história religiosa da Região Norte do Brasil. Contribuiu com regularidade nos jornais de Manaus, tendo sido recebido na Academia Amazonense de Letras pelo médico e escritor Djalma Batista. O mais conhecido dos livros que publicou é uma biografia do terceiro bispo do Amazonas, Dom João da Matta (1956), obra republicada em 2008 pela Editora Valer, de Manaus. Em 1954, a Editora Vozes havia publicado seu livro intitulado "Dom José Pereira Alves: fulgores do Episcopado". Raimundo Nonato Pinheiro prefaciou, entre outras obras, o "Vocabulário Etimológico Tupi do Folclore Amazônico", de Anisio Mello (Manaus: Editora da Universidade do Amazonas / Suframa, 1983). Em grande quantidade de artigos, ensaios e discursos, o Pe. Nonato Pinheiro divulgou seus estudos sobre obras clássicas das literaturas portuguesa e brasileira, que considerava como modelos perfeitos de boa linguagem. https://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Nonato_Pinheiro
Em 1968, o ‘Jornal do Maranhão’, edição de 1º de setembro, em seu ‘Suplemento Literário’ traz artigo de Carlos Cunha com o título de ‘Maranhão: ontem e hoje’, em que coloca Maranhão Sobrinho entre os grandes poetas brasileiros:
O ‘Jornal do Comércio’, de Manaus (ed. 14/12/1969) traz matéria sobre o poeta maranhense Raimundo Nonato Pinheiro (pai)88, ressaltado que fora grande amigo de Maranhão Sobrinho, e um dos poucos que acompanhou seu enterro, partindo do casebre onde morava no bairro Cachoeirinha:
88
http://www.taquiprati.com.br/cronica/478-em-nome-do-padre
Kyssian Castro tem artigo que resgata esse poeta esquecido...89 Já em 1972, Ildefonso Pinheiro (Jonal do Comercio, 10/12), ‘recordando o passado’, fala sobre Maranhão Sobrinho:
89
https://issuu.com/kissyan/docs/revista_20da_20literatura_20barra-c
Em 1979, sai decreto estabelecendo datas comemorativas de centenário de personalidades que contribuíram para as artes e a cultura amazonense. Maranhão Sobrinho estava entre aqueles que deveriam ser homenageados, com atividades em todas as escolas públicas do amazonas:
Em edição de 30 de maio de 1993, o ‘Jornal do Comercio’, de Manaus, Mario Ypiranga Monteiro publica um artigo ‘Notas à margem do JC de ontem’, em que fala de um episodio ocorrido com Maranhão Sobrinho, quando fizera concurso para agente alfandegário, ainda em 1913:
O ‘Jornal do Comercio’, em sua edição de 03 de janeiro de 1996, em sua coluna ‘Fazendo História’, publicava nota sobre o falecimento de Maranhão Sobrinho, ocorrido Oitenta anos atrás:
Assim como, na edição de 7 de janeiro de 1996, Mario Ypiranga Monteiro, em sua coluna sobre as publicações do próprio JC, refere-se ao falecimento de Maranhão Sobrinho:
Nas comemorações dos 100 anos do ‘Jornal do Comercio’, de Manaus, edição de 2 de janeiro de 2004, em artigo escrito pelo acadêmico Tenorio Telles sobre a literatura amazonense destacada naquele jornal, coloca como seu colaborador, dentre outros instituais amazonenses, o maranhense Maranhão Sobrinho
Na edição do ‘JC’ de Manaus do dia 27 de outubro de 2004, referencia à cadeira da Academia Amazonense de Letras da qual Maranhão Sobrinho e o patrono, assim como de outro maranhense, Graça Aranha:
Na edição dupla, 24 e 25 de outubro de 2005, em comemoração aos 396 da fundação de Manaus, Zemaria Pinto, ao escrever sobre a poesia amazonense, também coloca Maranhão Sobrinho como o grande poeta que deu visibilidade ao modernismo no Amazonas, junto com outros nordestinos, que para lá se dirigiram em função do ciclo da borracha.
A importância de Maranhão Sobrinho para a poesia manauara é tamanha, que até recentemente seus poemas vêm sendo publicados nos seus principais jornais... assim como outros maranhenses deram sua contribuição...