Leros - Abril 2020

Leros NÚMERO 343 - ABRIL 2020 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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COVID-19 NÃO É “UMA GRIPEZINHA”

MONJA COEN: QUARENTENA PODE SER UM ESTÍMULO À EVOLUÇÃO PESSOAL

BRASIL PERDE MORAES MOREIRA

CAPOEIRA PELA INTERNET

FILMES GRATUITOS ON-LINE

VÁ AO TEATRO SEM SAIR DE CASA

PRIORIDADE: ECONOMIA OU SAÚDE?

E MAIS: TABAGISMO AUMENTA AS CHANCES DE EVOLUÇÃO DA COVID-19 REVISTA AMERICANA COMPARA BOLSONARO A PASTOR QUE PROMOVEU SUICÍDO EM MASSA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA QUARENTENA • RONALDINHO GAÚCHO SAI DA PRISÃO NO PARAGUAI

VocĂŞ nĂŁo precisa furar a quarentena para ler a Leros.

A revista agora pode ser lida inteiramente on-line, tanto na tela do seu celular como no seu computador.

Basta entrar na plataforma (site abaixo) ou baixar o aplicativo issuu. #FiqueEmCasa!

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ABRIL 2020 9 CARTAS & E-MAILS 8-11 GELEIA GERAL Eleitora faz desabafo como professora, mas é microempresária Qual o melhor passaporte do mundo?

Reclusa, Rita Lee dá dicas de distanciamento social.

Violência doméstica em tempos de quarentena.

Cientistas no Brasil bancam pesquisas com o próprio bolso.

Brasileiros dão mais importância à saúde do que à economia.

Philip Morris aumenta produção de cigarros em plena crise do coronavírus.

14-17 MAIS GELEIA Débora Falabella: Depois a louca sou eu.

Guiné Equatorial expulsa pastores brasileiros por não respeitarem isolamento social e celebrarem cultos não autorizados pelo governo.

Eduardo Kobra prega o combate à Covid-19 retratando crianças de várias etnias com máscaras de proteção.

Cariocas já pensam em um carnaval extra quando a crise do coronavírus passar.

Ronaldinho Gaúcho e seu irmão continuam detidos no Paraguai, mas agora em prisão domiciliar.

Marcelo Adnet relata abuso sexual na infância e passa a receber mensagens odiosas pela internet.

Paulo Vieira faz sucesso no Instagram satirizando o isolamento social dos pobres.

LEROS EXTRA 20 Coronavírus: como surgiu e por que o isolamento social é essencial.

26 Imigrantes ilegais ficam sem perspectiva diante da crise do coronavírus.

28 Bolsonaro usa vídeo de “ajuda a brasileiros” que pagaram a própria passagem.

29 Quarentena sem carne.

Enfermeiro virtual.

EVENTOS 35-37 #FiqueEmCasa:

Peças de teatro, exposições, música, capoeira, filmes e projetos culturais, mas tudo on-line…

TERRA BRASILIS 38-39 Bolsonaro é comparado

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com Jim Jones, vira motivo de chacota na mídia internacional, e continua sabotando o plano de contenção da Covid-19.

Monja Coen: “É hora de arrumar a casa e a nossa mente, reorganizar a vida.

Reaprender a respirar”.

Leros apresenta…

Editor Vicente Lou Colaboradores & facilitadores: Bernadete Lou Eduardo Menezes Francisco Lou Gardenbert Kadu Muniz Marcella Haddad Paulo da Silva Ravi Low-Beer Ilustração Suki Lam LEROS MAGAZINE

WhatsApp 07939 97 3100 e-mail leros@leros.co.uk

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46 CONTATOS ÚTEIS

Consulado, ONGs, etc.

47 FRASES

Quem disse o quê por aí…

48 PÁGINAS BÁSICAS

Dicas essenciais para recémchegados em Londres.

MORAES MOREIRA SAI DE CENA

O cantor Moraes Moreira morreu aos 72 anos na manhã de 13 de abril.

Um dos fundadores do grupo Novos Baianos, Moraes marcou a música brasileira com uma sonoridade inovadora, incorporando elementos do rock e pop a ritmos brasileiros como frevo, samba e bossa nova.

A originalidade e as construções poéticas de suas canções marcaram várias gerações.

Páginas 42 e 43.

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TRADUTOR

TRADUTORA Paula Soares

INGLÊS PORTUGUÊS ITALIANO TRADUÇÕES OFICIAIS DE TODO O TIPO DE DOCUMENTO EM TODAS AS LÍNGUAS

TRADUÇÕES JURAMENTADAS E SIMPLES

Traduções certificadas

MARCELO PETRONE Membro do Chartered Institute of Linguists Tradução Certificada

HISTÓRICOS ESCOLARES E DIPLOMAS CERTIDÕES DE NASCIMENTO E CASAMENTO

Membro do Institute of Linguists

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PAULO BOHANA

TRADUÇÕES FEITAS NA HORA

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II CONGRESSO INTERNACIONAL DE LITERATURA BRASILEIRA O Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca, em colaboração com a Academia Brasileira de Letras, organiza o II Congresso Internacional de Literatura Brasileira: Ana Maria Machado e o compromisso literário.

O Congresso conta com a direção da Prof.ª Dr.ª Ascensión Rivas Hernández, catedrática do Departamento de Língua Espanhola da Universidade de Salamanca e com um amplo comitê científico internacional que garante a qualidade das contribuições.

Submissão de propostas de comunicação: Até 30 de junho de 2020.

Matrícula no Congresso: Até 30 de setembro de 2020.

Publicação do programa: 16 de outubro de 2020.

Realização do Congresso: 11 a 13 de novembro de 2020.

Submissão de comunicações completas: Até 30 de novembro de 2020.

As pessoas interessadas em participar no evento podem enviar as propostas de comunicação (em espanhol ou português) até 30 de junho, adequando-se a alguma das linhas temáticas indicadas no site oficial: https://fundacion.usal.es/es/ana-maria-machado-e-o-compromisso-literario 4

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Caixa Postal BORIS JOHNSON, ENFERMEIROS ESTRANGEIROS E AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ Esse mundo dá muitas voltas e o que aconteceu com Boris Johnson foi uma bela volta.

Nunca desejei mal ao primeiroministro britânico, apesar de sempre saber que ele tinha aversão a estrangeiros.

Boris recorreu à xenofobia para promover o Brexit sem nunca imaginar que sua vida seria salva por dois estrangeiros.

Confesso que quando soube que ele havia contraído o coronavírus eu não cheguei a dizer “bem feito”, mas achei bom porque ele precisava de uma lição, já que parecia não estar nem aí com os idosos que morreriam, e até alertou a população de que muitos iriam perder seus entes queridos,

mas ele não estava disposto a paralisar a economia para tentar frear a propagação do novo vírus.

Depois a situação dele se agravou e quando ele foi para a UTI passei a sentir pena do primeiro-ministro.

Acho que a gente não deve ser vingativo e todo ser humano merece uma nova chance.

Sem nenhum sentimentalismo, comecei a torcer para que ele se recuperasse porque apesar de seu racismo explícito no passado, sua cara de pau de não responder perguntas importantes durante a campanha, e, principalmente, apesar da campanha mentirosa dele para tirar o país da União Europeia, eu acho que uma pessoa de 55 anos merece uma chance de se reinventar.

Quando saiu do hospital, ele

SEM SAÚDE PÚBLICA POR UM TEMPO

fazer um teste para ter certeza.

Fiz uma pesquisa pela internet e muitos especialistas afirmam que há muito mais casos não registrados pois a maioria das pessoas não foi testada.

Enquanto fazia essa pesquisa no Google encontrei também várias reclamações do Sindicato dos Enfermeiros, pois muitos profissionais estão reclamando da falta de equipamento de proteção para trabalhar.

Cheguei à conclusão que meu caso não era realmente grave em comparação com os casos que apareceram na mídia mais tarde, mas agora fico com a sensação de que não existe saúde pública no momento.

Se aqui a situação está assim, imaginem no Brasil.

ELISÂNGELA CRUZ

Nunca pensei que fosse passar por uma situação dessas na Inglaterra. Tive uma gripe e quando tentei ir ao posto de saúde, liguei para saber se estava aberto e a atendente disse que eu não deveria ir lá, pois só estavam atendendo casos graves. “E se for coronavírus?”, perguntei.

Ela então pediu que eu descrevesse os sintomas e disse que se piorassem, eu deveria ir ao hospital, mas somente se os sintomas se agravassem mesmo.

Fui a duas farmácias e não consegui encontrar paracetamol.

Ainda bem que a gripe passou, talvez não seja mesmo o coronavírus, mas eu esperava

disse: “Nunca agradecerei o suficiente à equipe do NHS, devo a eles minha vida”.

Depois fez um outro agradecimento a dois enfermeiros, um da Nova Zelândia e, ironia do destino, o outro é de Portugal, chamado Luiz. Logo Boris, que tanto bateu na tecla de que seu país será melhor sem os europeus, foi salvo por um deles.

Agora que o primeiro-ministro se recuperou, vamos torcer para que ele retome suas atividades com um olhar mais humanitário, acho que tudo na vida tem um propósito, fico contente que Boris Johnson esteja são e salvo.

O Reino Unido é um país influente e o mundo todo vai se beneficiar tendo um líder com um espírito mais solidário.

Welcome back, Boris!

JOAQUIM VIEIRA

LEROS DIGITAL E SALÁRIO MÍNIMO

Adorei a versão digital da Leros, estava mesmo na hora, compartilhei com amigos no Brasil que já moraram em Londres e eles também adoraram. Alguns deles me fizeram perguntas e não encontrei as respostas naquela seção Páginas Básicas.

Eram sobre salários, vocês podiam incluir que o salário em Londres a partir desse mês sobe para £8.72 por hora (maiores de 25 anos), £8.20 por hora (21 a 24 anos) e £6.45 (18 a 20 anos). Eu só pesquisei Londres porque não me perguntaram de outros lugares (varia conforme a região da Inglaterra). Parabéns pela revista. Love you, guys!

MARCO AURÉLIO VIANNA Leros

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GeleiaGeral Eleitora de Bolsonaro faz desabafo como professora mas tem duas microempresas Jair Bolsonaro divulgou o vídeo de uma mulher (foto) que se apresentou como professora, pedindo ao presidente que colocasse os “militares na rua” para deixar o comércio voltar a funcionar durante a crise do coronavírus, contrariando as ordens dos governos estaduais.

“Não tem condições de a gente viver nesta situação, vai faltar coisa para os meus filhos… Não quero que o governo banque nossa vida, isso é para vagabundo. Abre esse comércio”, diz Fátima Dantas Montenegro no vídeo.

Logo após a divulgação de seu desabafo, um internauta revelou no Facebook que Fátima é empresária em Brasília e que teria mentido sobre ser uma professora passando

por dificuldades financeiras.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, nos registros da Receita Federal ela consta como sócia de duas microempresas, a ABZ Curso de Caligrafia e a Fátima Montenegro Curso de Caligrafia. E ambas constam como inaptas por “omissão de declarações”.

Em sua conta no Twitter, o

deputado Alexandre Frota escreveu: “Chega ao fim mais uma farsa. Fátima Montenegro, a mulher que se passou por vítima de perder o emprego e implorou para Bolsonaro o fim da quarentena, é uma empresária de Brasília e militante do bolsonarismo. Foi colocada estrategicamente no dia para criar comoção”.

Em entrevista à Folha, Fátima disse ser dona de um pequeno curso de caligrafia em Brasília, mas teve de encerrar as atividades após as determinações de isolamento no Distrito Federal.

“Não posso dar aulas. Meu espaço é num coworking. Minha renda caiu a zero”. Mas Fátima oferece diversos cursos na internet, como de caligrafia técnica e artística, com um método que ela diz ter criado.

Se desejar, a “professora” pode continuar oferecendo seus cursos on-line.

Passaporte japonês é o mais bem-vindo no mundo e Brasil ocupa o 19º lugar na lista dos passaportes mais aceitos por outros países Lançado em 2006, o Henley Passport Index avalia o passaporte de cada nação conforme o número de países que aceita seus portadores sem a necessidade de pedir visto.

O Japão lidera a lista deste ano: os portadores do passaporte japonês podem visitar 191 países sem exigência de visto. Em segundo lugar vem Singapura: cidadãos singapurenses não precisam de visto para entrar em 190 nações.

Em terceiro lugar estão os alemães, que podem visitar 189 países sem impedimento.

O passaporte brasileiro ocupa o 19º lugar da lista. Com ele, é possível entrar em 170 países sem a necessidade do visto antecipado. Mas o 8

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passaporte italiano ocupa o quarto lugar do ranking, e os brasileiros que têm cidadania italiana são aceitos sem exigência de visto por 188 países.

Só que com a crise do coronavírus, até a equipe do Henley Passport Index reconhece que o ranking desse ano não faz muito sentido, já que poucas pessoas pretendem viajar em 2020. “Na teoria, um suíço poderia viajar para 185 países sem se preocupar com visto, mas as últimas semanas mostraram que a liberdade de viajar está condicionada a fatores

completamente alheios ao nosso controle”, afirmou Christian H. Kaelin, diretor-executivo da Henley & Partners e um dos autores do estudo.

MÚSICOS NO BRASIL FICAM SEM TRABALHO DEVIDO AO CORONAVÍRUS

Ester Sabino e Jaqueline de Jesus. Fotos: Reprodução (USP Imagens e Fapesp)

PANDEMIA DE AMOR Na Tijuca, o tradicional bairro da zona norte do Rio de Janeiro, uma casal de idosos colocou na janela de sua casa um cartaz propondo uma “pandemia de amor”.

Um leitor do jornal O Globo fotografou o cartaz, o colunista Ancelmo Gois postou no Facebook, e uma internauta compartilhou o post com a legenda: “A única mensagem que faz sentido nessa época de coronavírus”.

O setor cultural no Brasil é o que mais está sentindo o efeito devastador da crise econômica e social gerada pela pandemia do novo coronavírus e a maioria dos músicos brasileiros está sendo demitida.

A NA Produções, empresa da cantora Naiara Azevedo, demitiu seus 140 funcionários registrados. Rafael Cabral, empresário e marido de Naiara, explicou que fez um ‘acordo’ com todos e que, entre agosto e setembro, pretende recontratar a equipe. O cantor Aldair Playboy, do hit Amor Falso, também precisou demitir todos os seus músicos por não ter como arcar com os pagamentos no período sem shows.

Já o cantor Wesley Safadão optou por não dispensar seus músicos, mas reduziu os salários dos profissionais para mantê-los como contratados mesmo durante a crise da agenda vazia.

Segundo um estudo da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos, a Abrape, considerando todo o setor cultural, cerca de 580 mil profissionais podem ficar desempregados devido às medidas de segurança adotadas nos estados para impedir a proliferação da Covid-19.

Reclusa por opção há oito anos, Rita Lee dá dicas de quarentena e chama o novo vírus de “coronavodu” “Esse corona, essa peste, esse vírus, esse demônio, ele tem um propósito divino que a raça humana ainda não consegue alcançar… quero crer que esse coronavodu vai dar uma melhorada no mundo… as pessoas vão ter que aprender na marra”, disse Rita Lee em uma live no Instagram com o comediante Fábio Porchat.

Desde que se despediu dos palcos, Rita Lee paga para não sair de casa e como está reclusa em um sítio no interior de São Paulo há oito anos, ela tem boas dicas para os milhões de brasileiros que estão em isolamento social. Em um texto que circula pelo WhatsApp, Rita diz que não há nada melhor do que ter a companhia de bichos: “Eles oferecem serenidade e alegria: cuidar e brincar com animais faz o tempo passar de maneira mais divertida.

Arranjar uma mudinha de planta e acompanhar o crescimento dela é emocionante…

Descole uma orquídea, ainda com brotinhos, para acompanhar o desabrochar, lindamente, dia a dia”, recomenda a roqueira.

“Minha impressão é a de que nesse confinamento forçado que a humanidade está sendo obrigada a passar há um propósito divino.

Um teste para que aqueles que sobreviverem a essa guerra invisível se conscientizem de que o planeta Terra está realmente

sendo destruído pelos donos do poder de cada país. E que se não modificarem radicalmente seus comportamentos em todas as áreas, aí, sim, será a Terceira Guerra derradeira. Saúde f ísica, mental, psicológica e espiritual para todos!”, profetiza a cantora.

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Como combater a violência doméstica na crise do coronavírus

Ao seguirem a recomendação de ficar dentro de casa a fim de conter a proliferação do coronavírus, muitas mulheres têm que lidar com mais uma questão: a violência doméstica.

“Estamos falando de mulheres em isolamento social com o agressor, de um momento de tensão, ansiedade, dificuldades financeiras. É um cenário extremamente propenso para que essa violência aconteça e fique no silêncio”, diz a major Denise Santiago, que, até o mês passado, comandou a Ronda Maria da Penha, em Salvador. Para ela, a falta de uma rede de apoio é preocupante: “Com o isolamento, nem o vizinho vai poder ir até a porta dela para ajudar”.

Desde o início do período de confinamento, a Justiça do Rio de Janeiro registrou um aumento de 50% de denúncias de violência doméstica. “Entre 60 e 70% da demanda do plantão, infelizmente, são mulheres que estão precisando de uma proteção imediata, de uma medida protetiva. Muitas podem estar correndo risco de sofrer uma violência mais grave e até o feminicídio”, alertou Adriana Mello, juíza titular da Vara de Violência Doméstica, em entrevista para o telejornal RJ2, no dia 23 de março.

Na revista TPM, a jornalista Carol Ito informa que em São Paulo não há

CIENTISTAS BRASILEIROS BANCAM PESQUISAS COM O PRÓPRIO BOLSO A luta por recursos para realizar pesquisas já faz parte da rotina da grande maioria dos cientistas brasileiros.

“Boa parte do tempo é gasto na corrida atrás de financiamento, muitas vezes sem sucesso”, escreveu o jornalista Evanildo da Silveira, da BBC News Brasil.

Ele afirma que nem por isso 10

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informações precisas sobre o aumento do número de casos e a subnotificação preocupa as autoridades. “Percebi que houve uma diminuição da procura por delegacias, por medidas protetivas. As mulheres não estão conseguindo sair de casa para fazer boletim de ocorrência e pedir proteção”, diz a promotora de Justiça Gabriela Manssur.

A Secretaria de Segurança Pública liberou no dia 2 de abril o registro de boletins de ocorrência on-line para casos de violência doméstica, que antes só podiam ser feitos na delegacia. “Isso vai ajudar muito essas mulheres. Aí sim poderemos medir se houve ou não aumento da violência durante a quarentena”, prevê Gabriela Manssur.

A antropóloga Heloíse Fruchi, criadora da Icamiaba, iniciativa que promove oficinas de autodefesa para mulheres e LGBTQI, gravou um vídeo para o seu canal no YouTube explicando como intervir em caso de violência doméstica durante o confinamento.

Em Londres, as brasileiras podem entrar em contato com a AMBE (Apoio à Mulher Brasileira no Exterior), acessando o site www.ambe. org.uk, ou ligando para 07702 235001. É possível também contatar o Ligue 180 Internacional (tel. 0800 890055, quando atender, basta teclar 1 e então teclar o número 61 3799 0180 para que a chamada seja completada).

eles desistem de realizar seus estudos e de formar novos pesquisadores. “Não são raros os que arregaçam as mangas e lançam mão do próprio bolso. Não é a solução ideal, pois limita suas pesquisas — além de causar um rombo no orçamento pessoal —, mas é uma maneira de seguir em frente e progredir na carreira”, afirma Silveira.

Uma de suas entrevistadas é a geóloga Ariadne Marra de

Souza, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

“Usei dinheiro próprio em todos os projetos de extensão na área de geodiversidade que coordenei”, diz Ariadne.

Todo material impresso e de coleta de amostras, além do deslocamento, foram financiados por ela, que pagou também pelo projetor multimídia usado em suas aulas e nas palestras que realiza nas escolas.

BRASILEIROS SE PREOCUPAM MAIS COM SAÚDE DO QUE COM ECONOMIA

Uma pesquisa revelou que a maioria da população brasileira se preocupa mais com a saúde do que com a situação financeira em meio ao cenário de pandemia do novo coronavírus.

A Paraná Pesquisas entrevistou 2.372 pessoas e 66,9% dos entrevistados disseram que se preocupam

mais com a saúde do que com as próprias finanças em tempos de pandemia. Somente 27,2% consideram a economia mais importante do que a saúde e 5,9% não souberam responder ou não opinaram.

Questionados sobre o comportamento do presidente da República diante da crise, 58,9% afirmaram que Jair Bolsonaro está mais focado na crise econômica causada pelo coronavírus do que empenhado na saúde pública.

Já 31,3% acreditam que o presidente foca justamente na saúde, ao invés de se preocupar mais com a economia. Outros 9,8% não souberam responder ou não opinaram.

O levantamento foi feito por meio de questionários on-line com maiores de 16 anos em 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal, o que englobou 208 municípios brasileiros.

A pesquisa foi realizada nos dias 6 e 7 de abril e a margem de erro é de 2%.

do nosso público, sem comprometer o negócio, é um dos nossos objetivos”.

Em seguida, ele demonstra preocupação com o impacto econômico da pandemia: “Tanto a minha família, quanto a sua família dependem da nossa empresa para se sustentar… estamos todos unidos em busca da melhor opção para todos, por isso temos que seguir trabalhando para manter nosso produto nos pontos de venda”.

Abordada pelo Intercept, a Philip Morris afirmou que segue “rigorosamente as recomendações e normas das autoridades de saúde para o setor industrial”. A empresa afirma também que atividades fabris são permitidas.

Não é bem assim, contesta

a jornalista do Intercept: “Há decretos municipais e estaduais proibindo atividades industriais que não sejam de urgência ou expressamente indicadas por prefeitos e governadores.

Em Santa Cruz do Sul, cidade gaúcha onde fica a fábrica da Philip Morris, o prefeito Telmo Kirst, do PSD, assinou no dia 20 de março um decreto de calamidade pública que fechou o comércio e a indústria considerados não essenciais e impôs medidas de restrição de circulação. Só estão autorizados a funcionar estabelecimentos de saúde, alimentação, postos de gasolina, bancos e transportadoras que lidam com essas categorias.

Aparentemente, a fabricação de cigarros não está incluída como atividade essencial”.

PHILIP MORRIS AUMENTA PRODUÇÃO DE CIGARROS EM PLENA CRISE DO CORONAVÍRUS

O tabagismo aumenta em até 14 vezes as chances de a Covid-19 evoluir para sua forma mais grave. Mesmo assim, durante a pandemia a Philip Morris decidiu incrementar sua produção de cigarros com três novos turnos de trabalho.

No site Intercept, Tatiana Dias denuncia: nem decreto fez a Philip Morris parar.

“Quando entra no corpo humano pelas vias aéreas, o coronavírus pode se instalar na parte superior do aparelho respiratório – nariz e garganta – e ficar por lá. Mas pode também atingir as vias aéreas inferiores – traqueia e pulmões. E é aí que ele fica perigoso. Uma vez nos brônquios ou nos alvéolos pulmonares, ele compromete a capacidade do pulmão de absorver oxigênio, provocando insuficiência respiratória. É por isso que os respiradores são fundamentais nessa batalha dentro dos hospitais”, escreveu Tatiana Dias.

Segundo a jornalista, em um e-mail enviado aos funcionários no dia 18 de março, Alejandro Okroglic, diretor de operações da Philip Morris, dona das marcas Marlboro e L&M, detalhou a estratégia da empresa para a crise do coronavírus, e ainda colocou no título da mensagem: #JuntosSomosMaisFortes.

No primeiro parágrafo do e-mail, Okroglic afirma que “preservar a saúde

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Mais Geleia…

GUINÉ EQUATORIAL EXPULSA PASTORES BRASILEIROS

Débora Falabella: Depois a louca sou eu “Ela está curada do câncer.

Mesmo quando ainda estava doente, veio duas vezes ao Brasil, ver os amigos. Mesmo quando ainda estava doente conheceu a Tailândia, a Índia, a Rússia. Eu ainda não conheço Berlim”.

A narrativa acima é da protagonista do livro Depois a louca sou eu, de Tati Bernardi, que foi adaptado para o cinema. No filme, o papel principal ficou com Débora Falabella e a atriz acaba de gravar em casa uma série de vídeos interpretando Dani, sua personagem.

Quando os relatos foram postados no YouTube, alguns internautas pensaram que Débora estava falando por si mesma, e não como a personagem: uma escritora que fala sem parar de suas infinitas crises de pânico e dos remédios que toma para controlar a própria ansiedade.

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A ideia é uma estratégia da Paris Filmes para promover o filme, mas alguns internautas fizeram confusão porque haviam lido o livro e os textos não fazem parte da narrativa, já que falam sobre a crise do coronavírus e a quarentena.

Além disso, os vídeos mostram o nome do filme, mas não informam quando o longa será lançado.

A estreia de Depois a louca sou eu estava marcada para 30 de abril, mas o lançamento foi adiado. Com a pandemia do novo coronavírus e as recomendações de isolamento social, não haverá nenhuma estreia nos cinemas brasileiros, nem de filmes estrangeiros.

A Universal Pictures, responsável pelo lançamento de Um Lugar Silencioso – Parte 2, informou que a decisão foi tomada “levando em conta a situação mundial com o desenvolvimento da Covid-19 e as medidas de restrição de aglomerações”.

A Guiné Equatorial determinou que dois pastores brasileiros sejam “expulsos do território nacional quando as circunstâncias o permitirem, sem possibilidade de retorno”. O Ministério da Justiça guinéu-equatoriano decretou também o fechamento das duas congregações no país: um pastor pertence à Igreja Universal e o outro ao Ministério da Libertação.

Enquanto todas as escolas, igrejas e áreas de lazer do país permaneciam fechadas para evitar a proliferação do coronavírus, os pastores celebraram cultos não autorizados em suas congregações de fiéis, nos dias 3 e 4 de abril.

“Com seus atos, eles (os pastores) se mostraram insensíveis com o destino de todos os cidadãos”, diz o texto do decreto presidencial que determina a expulsão dos brasileiros e a dissolução das duas igrejas.

Enquanto isso, em Brasília, um deputado fazia lobby pela reabertura dos templos. Era David Soares, o filho do missionário R. R. Soares (foto), aquele que apareceu na TV de máscara pedindo aos fiéis para, mesmo em quarentena, não esquecerem de pagar o dízimo. Sem poder fazer cultos nas congregações da Igreja Internacional da Graça, ele disse: “Queria agora dar nossas contas pros irmãos, porque se estivessem na igreja vocês fariam suas ofertas, entregariam seus dízimos”.

Sabendo que os fiéis mais pobres não sabem efetuar pagamentos on-line, ele apelou: “Se você não sabe fazer a transferência pela internet, um filho ou uma filha, uma pessoa ainda pode fazer pra você pelo computador”.

Segundo a revista Forbes, R. R. Soares é o quarto pastor mais rico do Brasil.

Como um bom cristão, ele deveria era liberar o dízimo durante essa crise.

Eduardo Kobra prega o combate à Covid-19 retratando crianças de várias etnias com máscaras de proteção

O muralista brasileiro Eduardo Kobra criou um mural sobre a união dos povos no combate à Covid-19, retratando crianças de várias etnias com máscaras de proteção. Em seu post no Instagram, Kobra escreveu: “Vamos vencer isto juntos, mas separados. Ou separados — por isso juntos. Nestes tempos de necessário isolamento social, é

preciso ter fé. Independentemente da nossa localização geográfica, de nossa etnia e de nossa religião, estamos unidos em uma mesma oração: que Deus inspire os cientistas para que encontrem a solução para esta pandemia — e conforte nossos corações para que tenhamos forças e sigamos juntos como humanidade”.

Assim como a maioria da

Blocos cariocas já estão articulando carnaval para celebrar o fim do coronavírus

Um grupo de blocos da Zona Sul do Rio de Janeiro está articulando um segundo carnaval este ano, para “celebrar o fim do coronavírus”.

O carnaval #ForaCorona já está até previsto para 12 de outubro, no Aterro do Flamengo.

No jornal O Globo, o colunista Ancelmo Gois lembra que em 1912 o Rio teve dois carnavais: por causa da morte do Barão do Rio Branco, o governo decidiu transferir o carnaval de fevereiro para abril.

Os foliões não aceitaram a decisão e pularam carnaval nas duas datas.

população de São Paulo, Kobra também está em isolamento na sua residência na capital paulista.

Em entrevista à revista Casa Vogue, ele anunciou que fará um leilão on-line com serigrafias e toda a renda arrecadada será destinada a ajudar os moradores de rua. O muralista está desenvolvendo também um projeto chamado Greenpincel, uma série de trabalhos que tratam da proteção do meio ambiente e da violência contra os animais.

Pandas aproveitam zoológico vazio e acasalam pela primeira vez em dez anos

Uma mineira atraiu comentários hilários no Facebook por compartilhar a notícia de que dois pandas aproveitaram que um zoológico estava vazio em Hong Kong e acasalaram pela primeira vez em dez anos. “Menina, não fica dando essas ideias! As praças no Brasil estão vazias com essa quarentena.

Nosso povo é safadinho e pode ser influenciado pela iniciativa desse casalzinho”, postou um seguidor da internauta. Ela respondeu que o coronavírus não é transmitido através do sexo. Ele replicou: “Mas tem que manter a distância de um metro, fia!”.

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Foto: MP PARAGUAI

Depois de passar o aniversário de 40 anos na prisão, Ronaldinho Gaúcho permanece detido em hotel de luxo no Paraguai Os advogados de Ronaldinho Gaúcho não esperavam que o ex-jogador fosse ficar um mês na cadeia. Somente depois de passarem 32 dias presos em Assunção por terem viajado ao Paraguai com passaportes falsos, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis, conseguiram sair da prisão preventiva para ficarem em prisão domiciliar. Eles agora estão detidos em um hotel de luxo na capital paraguaia.

Ronaldinho completou 40 anos no dia 21 de março e não foi fácil para ele passar o aniversário na prisão. O exjogador não gostava da comida na Agrupación Especializada de la Policia Nacional, onde estava detido, e recusava a comida servida aos demais presos. Ele e Assis só se alimentavam com as refeições compradas em restaurantes e levadas por seus advogados.

Os fãs do ex-jogador ficaram surpresos quando a Justiça

Os advogados ofereceram U$1,6 milhão de fiança, mas de onde veio o dinheiro para Ronaldinho Gaúcho sair da cadeia?

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paraguaia rejeitou o pedido inicial de prisão domiciliar. “O Paraguai exporta até uísque falsificado, quem diria que iriam fazer tanto drama por causa de dois passaportes falsos?”, comentou um internauta no Facebook.

Os dois irmãos continuam detidos porque as autoridades paraguaias investigam se Ronaldinho e Assis tinham algum vínculo com Dalia López, a empresária responsável pela ONG que os convidou a participar de um evento no Paraguai.

Investigada por lavagem de dinheiro, ela é procurada pela Justiça Paraguaia e agora está foragida (foi Dalia quem pediu a dois intermediários que providenciassem os documentos falsos para Ronaldinho e Assis).

No primeiro pedido de prisão domiciliar, os advogados ofereceram como fiança um imóvel emprestado avaliado em pouco menos de US$ 800 mil, mas os promotores e juízes consideraram o valor muito baixo em relação ao poder aquisitivo dos dois irmãos. Eles então ofereceram uma fiança de US$ 1,6 milhão (cerca de R$8,3 milhões) via depósito judicial e a

proposta foi aceita, mas de onde veio o dinheiro para que o exjogador pudesse sair da cadeia?

De acordo com o site argentino Infobae, Ronaldinho recorreu a uma conta que possui na Europa e transferiu o dinheiro para um de seus advogados, que depois repassou a quantia ao Banco Nacional de Fomento, uma espécie de BNDES paraguaio.

O dinheiro precisou vir da Europa porque o ex-jogador tem problemas com suas contas no Brasil. Em 2015, ele e seu irmão Assis foram condenados por construir uma plataforma de pesca e um atracadouro no Lago Guaíba, em Porto Alegre.

Como não pagaram a multa de R$8,5 milhões, a Receita Federal vasculhou as contas de Ronaldinho e encontrou pouco mais de 30 reais, por isso o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou a apreensão do passaporte do exjogador, mas no dia 6 de março, quando ele entrou no Paraguai com documentos falsos, seu passaporte brasileiro já havia sido devolvido, embora a multa não tenha sido paga até hoje.

Ao sair da prisão, Ronaldinho e Assis optaram pela transferência para um hotel de luxo, já que, fora da cadeia, os dois irmãos encontrariam um mundo diferente: a locomoção em Assunção estava restrita por conta da crise do coronavírus e os dois irmãos teriam que contratar funcionários para comprar mantimentos. No hotel, eles não precisam se preocupar com alimentação e ainda contam com piscina e sala de ginástica.

Ronaldinho e Assis não podem sair do hotel, que está sob vigilância de policiais, e nem receber visitas, mas têm trânsito livre pelas dependências do estabelecimento.

A diária da suíte presidencial que Ronaldinho ocupa custa mais de R$2 mil, mas dinheiro não parece ser um problema para ele e seus advogados já entraram na Justiça paraguaia com uma nova ação para que o ex-jogador e o irmão voltem ao Brasil.

Marcelo Adnet é atacado nas redes sociais após revelar ter sofrido abuso sexual na infância O humorista Marcelo Adnet foi vítima de abuso sexual duas vezes na infância.

Em entrevista à revista Veja, ele revelou que ficou traumatizado quando, aos cinco anos de idade, o caseiro do lugar onde costumava passar as férias não só abusou dele como disse que se Adnet contasse a qualquer pessoa, ele mataria seu cachorro.

“Senti uma dor imensa, mas durou pouco porque meus parentes, que tinham ido ao mercado, voltaram para buscar a carteira”, relatou.

Aos 11 anos de idade, o “pesadelo se repetiu” com um amigo mais velho da família. O

ato não chegou a ser consumado, mas o homem o beijou e passou a mão em seu corpo. “Foram dois episódios dif íceis”, afirmou.

As revelações atraíram comentários odiosos daqueles internautas que não perdem uma chance de expressar rancor.

“Todo artista é assim. Todos topam fazer teste do sofá no início da carreira, mas depois que vira famoso faz o vitimismo de que sofreu abuso”, comentou um internauta nas redes sociais.

O blog F5 resumiu as mensagens mais asquerosas: “Daqui a pouco sai do armário.

Roteiro Clássico”, “Esse quer Ibope”,

“O que ele quer? Reconstituição”.

Adnet diz que conseguiu falar sobre esses traumas quando entendeu que o constrangimento não deve ser dele, mas sim de quem abusou.

Ele chegou a responder algumas delas e fez prints para, com a ajuda de outros internautas, denunciá-las.

Um suposto oficial da Marinha chegou a afirmar “só assim mesmo pra esse bosta aparecer.

Deve ter gostado de dar a bunda, daqui a pouco ele se assume”.

Adnet o denunciou diretamente ao Twitter da corporação: “Olá, Marinha do Brasil. Seu membro acaba de exaltar o estupro contra menores.

Alguma providência?”.

Fazendo piadas sobre falta de dinheiro para comprar desinfetantes durante o isolamento social, Paulo Vieira viraliza no Instagram com a série Diário do coronga “Sayonara, para de falar que você tá em isolamento que isso é coisa de rico. Rico é que tem casa grande, aí fala que tá isolado, você tá aí com mais 15 parentes dentro de um cômodo, isso não é tá isolada, Sayonara, você tá amontoada… pobre não se isola, pobre se amontoa!”, diz a personagem que o humorista Paulo Vieira criou, inspirado em sua própria mãe.

O comediante viralizou no Instagram incorporando uma mulher pobre. Os diálogos e conclusões dessa divertida dona de casa sobre a proliferação do coronavírus fazem parte da série Diário do coronga, que ele posta no Instagram para um número cada vez maior de seguidores.

A mãe do humorista, é claro, se diverte com os diálogos do filho. Aliás, ela o incentivou a fazer teatro desde que ele tinha cinco anos de idade. Aos 12, ele passou a entreter Dona Conceição por um outro motivo: ela foi diagnosticada com síndrome do pânico e transtorno de ansiedade. “E a gente não tinha dinheiro para remédios

ou tratamentos muito caros. Então, a médica disse que quando minha mãe estivesse no início da crise era para distrai-la, e eu notava que minhas palhaçadas a deixavam mais calma”, explicou o ator ao jornal Extra.

Paulo Vieira faz humor sobre a pobreza com a propriedade de quem sabe do que está falando. Sua tataravó foi escrava e ele é filho de um vendedor de salgados e de uma doméstica. Nascido em Goiás, Paulo foi criado em Palmas, no Tocantins, e passou a infância rodeado de irmãos e amigos que se amontoavam no quarto dos seus pais.

Nos vídeos, ele se inspira também em conversas entre amigos e familiares nos grupos do WhatsApp. Paulo aparece vestido como uma mulher e fala sobre as dificuldades para comprar os produtos de desinfecção, diz que estão muito caros, e satiriza as

pessoas pobres que não levam a sério as medidas de proteção.

Os primeiro cinco vídeos do Diário do coronga já somam quase um milhão de visualizações.

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LerosExtra O novo coronavírus abala o planeta e é preciso estar mais atento a cada dia. Segue abaixo um resumo da trajetória do vírus para que mesmo quem ainda acredita que a economia não deve ser sacrificada para conter a pandemia seja motivado a seguir a recomendação da Organização Mundial de Saúde: #FiqueEmCasa.

NO DIA 1º DE JANEIRO DE 2020, a cidade chinesa de Wuhan amanheceu com seu tradicional mercado de frutos do mar interditado pela polícia.

Na véspera do Ano Novo, um site do governo chinês anunciava que “uma pneumonia de causa desconhecida” havia sido detectada nos arredores do mercado de Wuhan, uma cidade industrial com 11 milhões de habitantes.

A mensagem logo vai parar nas redes sociais e começam a circular pela internet alertas de que chineses estão chegando aos hospitais de Wuhan com sintomas alarmantes.

Em Taiwan, país localizado numa ilha próxima à China, o governo logo passa a implementar medidas de precaução e, dois dias depois, Singapura e Hong Kong começam a monitorar todos os passageiros que chegavam de Wuhan.

A primeira vítima, um chinês de 61 anos, morre na noite de 8 de janeiro em um hospital de Wuhan e a misteriosa doença é então identificada por cientistas chineses.

Eles afirmam que os pacientes internados em Wuhan contraíram um vírus que está sendo encontrado pela primeira vez, o novo coronavírus.

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Quatro dias depois, um outro chinês de 61 anos que vivia em Wuhan viaja para a Tailândia e ao desembarcar em Bangkok, é detectado com febre alta pelo scanner do aeroporto.

Na mesma data, 13 de janeiro, um comitê de especialistas se reúne em Londres e conclui que o risco da epidemia chegar ao Reino Unido é “muito baixo, mas requer pesquisas e testes”.

O governo chinês avalia que ainda não há evidências claras de que o vírus possa ser transmitido de uma pessoa para outra. Mas uma semana depois, o especialista Zhong Nanshan, um expert do governo chinês, anuncia a má notícia pela emissora estatal de TV: dois chineses na província de Guangdong contraíram o novo coronavírus sem ter tido qualquer contato com Wuhan.

“Agora temos certeza que o a transmissão ocorre de uma pessoa para outra”, conclui o especialista. O vírus passa a ser detectado em pessoas de diferentes partes da China e novos casos são confirmados em Pequim e Xangai. Países como Japão e Coreia do Sul também detectam a presença do vírus em seu território e nos Estados Unidos surge o primeiro caso: um homem que esteve em Wuhan visita um hospital em Washington com febre alta.

Com 800 pessoas contaminadas e 25 chineses mortos, a população de Wuhan entra em quarentena. A cidade é isolada, o transporte público fica quase todo suspenso e os hospitais começam a ficar lotados.

No dia 24 de janeiro, o novo coronavírus chega à Europa através de três pessoas que voltaram da China.

“Você tem que lidar com uma epidemia da mesma forma que lida com um incêndio”, afirma a francesa Agnès Buzyn, ministra da Saúde.

O presidente Donald Trump está em Davos, na Suíça, e ao ser questionado se uma possível epidemia o preocupa, ele responde: “Nem um pouco.

Estamos totalmente em controle”.

No dia seguinte, a China estende a quarentena a 56 milhões de pessoas e o presidente chinês Xi Jinping afirma que o país enfrenta “uma grave situação”.

Na Espanha, na Itália e no Reino Unido, os primeiros casos de coronavírus são confirmados no dia 31 de janeiro, mas o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está celebrando a data que marca seu desejado Brexit, e não dá importância à chegada do novo vírus.

Na Itália, o ministro da Saúde,

Roberto Speranza, diz que “a situação é séria, mas não é preciso se alarmar, está tudo sob controle”. Já o presidente Donald Trump proíbe estrangeiros que tenham visitado a China de entrar em seu país.

A primeira morte por Covid19 (abreviação de Coronavirus Disease - 2019 - doença do coronavírus) fora da China ocorre no dia 4 de fevereiro, nas Filipinas. Nos Estados Unidos, o Wall Street Journal publica um artigo escrito por especialistas com o título “Vamos impedir a propagação do coronavírus no país antes que ela comece”.

No dia seguinte, centros de controle e prevenção de doenças começam a distribuir testes do coronavírus pelo país, mas os kits americanos apresentam falhas e somente 1.200 testes são realizados, enquanto a Alemanha e a Coreia do Sul já fazem 12 mil testes por dia.

Alguns dias depois, Donald Trump afirma que “Até

abril, quando teoricamente a temperatura fica um pouco mais quente, esse vírus vai sumir milagrosamente”.

A Coreia do Sul registrava apenas 30 casos de coronavírus até o dia 18 de fevereiro, data em que uma mulher de 61 anos que frequenta uma seita começa a preocupar as autoridades.

Depois de participar de dois eventos religiosos, ela ficou doente, mas ignorou a recomendação médica e compareceu a um outro evento em um hotel, onde teve contato com mais de mil pessoas. A ministra das Relações Exteriores, Kang Kyung-wha, afirma: “Depois disso, o vírus explodiu”.

Em Milão, o time italiano Atalanta derrota a equipe espanhola do Valencia e ganha o jogo por 4 a 1, levando os torcedores a vibrar cada vez que um gol é marcado. Cerca de um terço da população de Bérgamo vai ao estádio assistir ao jogo, e a pequena cidade atrai também

Acima, o ministro da Saúde de Israel, Yaakov Litzman. Ele era contra as restrições de circulação impostas pelo governo para conter o coronavírus e chegou até a afirmar que a Covid-19 era um castigo para homossexuais. Litzman e sua esposa foram diagnosticados com o novo coronavírus e agora estão isolados, recebendo o tratamento adequado.

Boris Johnson, o primeiroministro britânico, também resistiu à implementação da quarentena no Reino Unido e foi criticado por colocar interesses econômicos acima da saúde pública. Mas a propagação do coronavírus fez Johnson mudar de ideia.

os torcedores do Valência, que viajaram da Espanha para apoiar seu time.

No dia 21 de fevereiro, morre a primeira vítima da Covid-19 na Itália e 50 mil pessoas são colocadas em quarentena no norte do país.

Quatro dias depois, a soma dos portadores do coronavírus no planeta passa de 80 mil e o número de pessoas que contraíram o vírus fora da China já é maior do que as pessoas infectadas no país asiático.

Ainda assim, o primeiroministro britânico Boris Jonhson revela no dia 3 de março que visitou um hospital e cumprimentou pacientes portadores do coronavírus com apertos de mãos, admitindo não se importar com o distanciamento recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No dia Internacional da Mulher, 6 de março, morre uma idosa de 70 anos no Reino Unido, a primeira

O primeiro-ministro a princípio ignorou o distanciamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Ele também contraiu o vírus, seu estado de saúde se agravou e Johnson chegou a parar na UTI do hospital St. Thomas, no sul de Londres.

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Em um pronunciamento oficial em rede de TV, Bolsonaro chegou a classificar a covid 19 como “uma gripezinha”.

Com a confusão criada pela irresponsabilidade do presidente, o Brasil agora corre o risco de pagar dobrado pela crise: a economia brasileira vai sofrer com a paralisação durante a quarentena e, sem a adesão necessária, a pandemia pode seguir desenfreada e todo o sacrifício do distanciamento social será jogado fora.

vítima da Covid-19 no país, e o governo britânico então admite ser provável que o vírus se propague “de forma significante”.

Na Itália, as mortes se multiplicam, as escolas de Roma são fechadas e a região da Lombardia é isolada. Jogos de futebol continuam acontecendo, mas sem torcedores.

A COVID-19 AGORA É UMA PANDEMIA, declara a OMS no dia 11 de março. Os Estados Unidos passam da marca de 1000 casos e Trump enfim anuncia que seu governo vai embarcar “no mais agressivo e abrangente esforço para confrontar um vírus estrangeiro na história contemporânea”.

O Reino Unido já soma 456 casos, mas o governo britânico continua relutante e, para não prejudicar a economia, 22

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não adota o fechamento do comércio implementado em países vizinhos. Somente pessoas doentes e vulneráveis são aconselhadas pelo governo britânico a ficarem em casa.

Na semana seguinte, países europeus já estão isolados uns dos outros e a Europa começa a se isolar do resto do mundo.

“Estamos em guerra!”, declara o presidente francês Emmanuel Macron e a Espanha registra 17 mil mortes por Covid-19.

O governo britânico então se vê diante da projeção de que meio milhão de pessoas podem morrer e o NHS (sistema de saúde britânico) pode ser levado ao colapso, por isso decide enfim rever sua estratégia. Mais de 6.600 britânicos são infectados e no dia 23 de março o Reino Unido

entra em quarentena. Embora não imponha penalidades, o governo determina o distanciamento social, o comércio fecha, e somente serviços essenciais como venda de remédios e alimentos são permitidos. “Vocês precisam ficar em casa”, adverte Boris Johnson.

Do outro lado do Atlântico, mais de cinco mil casos são confirmados em Nova York e a soma de pessoas infectadas no estado agora chega a 20 mil. Ao final daquela mesma semana, os Estados Unidos passam a ser o país com o maior número de pessoas infectadas do mundo.

O planeta Terra ultrapassa a marca de um milhão de pessoas infectadas no dia 2 de abril.

Entre elas, está Boris Johnson, que, depois de ter se isolado

por sete dias após sentir os primeiros sintomas de infecção, acaba sendo internado no St. Thomas, um hospital público no sul de Londres. Seus assessores tentam negar que o estado de saúde do primeiro-ministro seja grave, mas como os hospitais públicos na Inglaterra só estão admitindo pacientes com sérios problemas, suspeitas de que Johnson esteja omitindo sua condição se espalham pelas redes sociais.

No dia 6 de abril, os rumores são confirmados: o primeiroministro, com 55 anos de idade, é transferido para a UTI. Em 8 de abril, a China passa seu primeiro dia sem registrar qualquer caso novo desde o início da pandemia e em alguns países europeus o número de novos infectados começa a cair, mas no Reino Unido o número de mortes já ultrapassa a marca de 10 mil e o país passa a registrar uma média de 5.500 casos novos a cada dia.

Três dias depois, o número de americanos que morreram ultrapassa o número de pessoas que a Itália perdeu por conta da Covid-19. Com mais de 20 mil mortes, os Estados Unidos agora têm o maior número de vítimas da pandemia do planeta e mais de meio milhão de americanos já são portadores do novo coronavírus.

E O BRASIL, ONDE ENTRA NESSA HISTÓRIA? Jair Bolsonaro é o único presidente que incita a população a ignorar as diretrizes da OMS e de seu próprio ministro da Saúde.

Como o vírus foi identificado em território brasileiro um pouco mais tarde (o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil foi confirmado no fim de fevereiro e a proliferação inicial foi lenta), Bolsonaro teve tempo suficiente para observar os trágicos exemplos dos chefes de estado que demoraram para adotar o isolamento social e

agora sofrem com o avanço da Covid-19, que está abalando os sistemas de saúde de seus países. Mas o presidente ignora não só as graves consequências nos países que colocaram a economia acima da saúde pública, como também despreza os exemplos positivos de países que conseguiram conter a crise do coronavírus. A resposta imediata do governo de Singapura, por exemplo, foi bem-sucedida, e como esse mês uma segunda onda de infecções ameaça surgir em Singapura, o governo já determinou o fechamento do comércio e o isolamento social.

O governo brasileiro chegou a apresentar um gráfico indicando que em termos de leitos em hospitais por habitantes, o Brasil só fica atrás da Alemanha e dos Estados Unidos. É verdade, no Brasil há 45 mil leitos de UTI, só que mais da metade está reservada à saúde privada e suplementar, que juntas atendem somente 23% da população. Isso significa que quase 80% dos brasileiros dependem de menos da metade dos leitos que pertencem ao SUS (Sistema Único de Saúde).

Apoiadores de Bolsonaro alegam que a maioria das pessoas que contraiu o vírus morreu por ser idosa ou sofria de alguma outra doença, uma ideia que não faz o menor sentido. Se uma pessoa que tem câncer morre depois de sentir os sintomas do coronavírus, é óbvio que o novo vírus antecipou essa morte.

Quando pessoas que sofrem de alguma doença ou têm o sistema imunológico debilitado por conta da idade avançada morrem após contrair o novo vírus, está mais do que evidente que o coronavírus provoca ou antecipa a morte. E mesmo que o vírus só afetasse certos grupos de pessoas, por que essas vidas não devem ser preservadas?

E tem mais: mesmo depois que brasileiros jovens e sem outras doenças morreram de Covid-19,

o presidente insiste em negar a realidade e alega que se a economia parar, o desemprego vai matar muito mais pessoas do que a pandemia. Por isso o Brasil é o único país do mundo onde o Ministério da Saúde pede à população que fique em casa e o presidente vai às ruas incitar a população a não seguir as recomendações de seu próprio governo.

Bolsonaro não respeita sequer a regra de manter um metro e meio de distância entre as pessoas para evitar o contágio e quando sai, cumprimenta os eleitores que se aproximam dele como se o coronavírus não existisse. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde os governos estaduais optaram por seguir a orientação da Organização Mundial de Saúde e decretaram quarentena, as ruas ficaram desertas, mas depois das aparições de Bolsonaro, muitas pessoas voltaram a transitar pelas cidades e o índice de isolamento social caiu na Semana Santa.

O índice ideal de adesão ao distanciamento social para evitar o colapso do SUS é de 70% e está bem abaixo deste nível. Em um pronunciamento oficial em rede de TV, Bolsonaro chegou a classificar a Covid-19 como “uma gripezinha”. Com a confusão criada pela irresponsabilidade do presidente, o Brasil agora corre o risco de pagar dobrado pela crise: a economia do país inevitavelmente sofre com a paralisação e, sem a adesão necessária, a pandemia pode seguir desenfreada e todo o sacrif ício do distanciamento social será jogado fora.

No Rio de Janeiro, o bancário Edgar dos Santos Pereira foi uma das vítimas do novo coronavírus. Na véspera da sua morte, ele deixou um alerta para os amigos: “Não vão na onda do Bolsonaro. A coisa é séria. Não é um ‘resfriadinho’.

Fiquem em casa!”.

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Medo e insegurança levam brasileiro sem documentação a desistir de Londres “Piorou quando o governo decretou o isolamento social, pois para que todo mundo fique em casa e obedeça às regras, há mais policiamento nas ruas. Você fica com medo de ser parado pela polícia e eventualmente descobrirem que você é ilegal”.

Unido, os “bicos” que eram frequentes começaram a rarear.

“Fazia muitas coisas. A maioria dos ilegais trabalha com o que muitos desprezam. Fazemos o serviço que a maioria não quer fazer. Pegamos qualquer tipo de trabalho. Entregamos comida, trabalhamos na construção, limpamos, o que sobra. Não dá para se dar ao luxo de escolher emprego nem patrão… Mas chegou um momento que não tinha mais o que comer. Me alimentava pouco em um dia para ter alimento no seguinte.

Mesmo com toda essa dificuldade, não me veio à cabeça fazer coisa errada, vender drogas ou me prostituir, como alguns fazem…

Por causa desse vírus, tudo ficou muito inseguro e perigoso para nós ilegais. Porque não temos direito de absolutamente nada.

Não temos como fazer uma quarentena se a gente não recebe nenhum auxílio do governo.

Temos que continuar trabalhando e pondo nossas vidas em risco.

Ninguém pegou na minha mão e me forçou a ir embora, mas as circunstâncias me pressionaram a tomar tal decisão… E piorou quando o governo decretou o isolamento social. Pois para que todo mundo fique em casa e obedeça às regras, “Somos fantasmas aqui. Vivemos há mais policiamento nas sombras e trabalhamos nas ruas. Você fica com medo de ser parado pela escondido. Enquanto muitas polícia e eventualmente pessoas estão dentro de casa descobrirem que você é ilegal… Somos agora, continuamos a trabalhar, fantasmas aqui. nos expondo. É como se não Vivemos nas sombras existíssemos” e trabalhamos O último voo da Latam de Londres com destino a São Paulo partiu no domingo, 5 de abril.

O próximo voo, com assentos disponíveis, só sai no mês que vem, mas pode ser cancelado se as regras de isolamento social decretadas pelo governo britânico para combater a pandemia do coronavírus enrijecerem.

Entre os passageiros no voo que saiu no dia 5, estava um paulista de 23 anos que, depois de trabalhar sete meses em Londres sem documentação, decidiu voltar a viver no interior de São Paulo. Um dia antes de viajar, ele concedeu uma entrevista ao jornalista Luis Barrucho, da BBC News Brasil, e explicou por que desistiu de viver na Inglaterra.

Em agosto passado, o brasileiro entrou no Reino Unido com um visto de turista válido por seis meses, mas seu objetivo era trabalhar. O visto venceu e ele permaneceu no país. “Vim pra cá buscando uma oportunidade para mim. Queria melhorar minha vida e da minha família no Brasil”, explicou o paulista, que não foi identificado na reportagem da BBC News Brasil.

Quando a pandemia de coronavírus chegou ao Reino

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escondido. Enquanto muitas pessoas estão dentro de casa agora, continuamos a trabalhar, nos expondo. É como se não existíssemos”, relatou o brasileiro.

Sem dinheiro para se alimentar ou pagar aluguel, ele se inscreveu em um programa do governo britânico que financia o retorno voluntário de imigrantes que violem as regras de seus vistos a seus países de origem (detalhes pelo telefone 020 7372 8348). Como contrapartida, não pode voltar ao Reino Unido por um período de dois anos e meio.

Quando um brasileiro trabalhando sem documentação é flagrado pelas autoridades, ele normalmente fica detido em um centro de imigração até ser deportado e normalmente embarca com algemas que só são retiradas quando ele entra no avião. Ao optar pelo retorno voluntário, ele embarca como um passageiro normal.

Além da dificuldade de encontrar trabalho durante a crise do coronavírus, a incerteza em relação ao acesso à saúde pública também preocupa brasileiros sem documentação.

Segundo a reportagem da BBC News Brasil, qualquer visitante estrangeiro, incluindo aqueles que vivem no país sem permissão, tem que pagar por tratamentos médicos a menos que se enquadre em uma lista de exceções, como casos de emergências, atualizada com regularidade. “Os hospitais e clínicas médicas ligadas ao serviço de saúde pública (NHS, o SUS britânico) também

NOS ESTADOS UNIDOS, imigrantes ilegais são ignorados pelo governo americano.

Durante a quarentena, os trabalhos desapareceram e brasileiros sem documentação agora dependem da solidariedade da comunidade para não passar fome.

Muitos até deixam de pagar

aluguel para poder comprar comida e remédios.

“Imigrantes, especialmente os que não têm documentação, são os mais atingidos na crise. A maioria deles trabalha no setor de serviços, que está sendo afetado tremendamente. Tudo está fechado, até os hotéis, por ordem do Estado. A renda deles

diminuiu muito. O imigrante não é funcionário, é autônomo, se não trabalha, não ganha. Não têm direito ao seguro-desemprego.

As pessoas ficam desesperadas”, afirmou Esther Pereira, diretora da ONG Immigrant Resource Center, sediada em Deerfield Beach, no sul da Flórida, à BBC News Brasil.

podem solicitar ao Ministério do Interior informações sobre a nacionalidade e o status de imigração de um paciente para decidir se ele deve ser cobrado pelo tratamento - e o NHS também pode passar suas informações pessoais, como nome, número do telefone e endereço, ao Ministério do Interior”, escreveu o jornalista Luis Barrucho.

Em nota enviada à BBC News Brasil, o Ministério do Interior afirmou que a realização tanto de testes, mesmo com resultados negativos, quanto tratamentos para o novo coronavírus, não serão cobrados de não-residentes.

“Nenhuma verificação da situação imigratória será feita

para aqueles que se submetam a testes ou a tratamento para o Covid-19. Também não haverá nenhuma cobrança em relação aos testes, mesmo que o resultado seja negativo”, diz o comunicado do órgão enviado à BBC. No entanto, essa verificação pode acontecer caso a condição não esteja relacionada ao coronavírus, acrescentou a pasta.

Além disso, a BBC News Brasil apurou que as informações pessoais de não-residentes, incluindo de imigrantes ilegais, podem ser passadas para o Home Office (Ministério do Interior) caso os pacientes tenham dívidas com o NHS — por exemplo, se em algum momento receberam

um medicamento pelo qual deveriam pagar e não o fizeram.

Por isso uma coalizão de 30 ONGs enviou uma carta ao governo britânico pedindo a suspensão de qualquer cobrança e compartilhamento de dados entre o NHS e o Home Office para que os imigrantes ilegais possam ter acesso gratuito à saúde pública sem medo.

Segundo essas entidades, caso as regras atuais permaneçam como estão, não só a saúde desses imigrantes ilegais, mas também a do público em geral, ficará ameaçada.

• A reportagem completa do jornalista Luis Barrucho pode ser lida no site www.bbc. com/portuguese/internacional-52205706 Leros

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Bolsonaro usa vídeo de “ajuda a brasileiros” que pagaram a própria passagem Jair Bolsonaro compartilhou em suas redes sociais um vídeo produzido pelo Ministério das Relações Exteriores com depoimentos de brasileiros que supostamente teriam sido repatriados ao Brasil pelo governo federal durante a crise do novo coronavírus.

O vídeo postado pelo presidente no dia 4 de abril viralizou, mas um colunista do portal UOL logo informou que os oito brasileiros que aparecem nele pagaram cerca de R$ 3,5 mil do próprio bolso, cada um, para a viagem de retorno em uma companhia aérea brasileira normal, com um prejuízo total de R$ 25 mil para o grupo, que não foi ressarcido.

Ao postar o vídeo, Bolsonaro escreveu: “O Itamaraty e [o ministro] Ernesto Araújo têm agido para trazer milhares de brasileiros que ficaram isolados em outros países.

Nossos cumprimentos a todos os profissionais do Ministério das Relações Exteriores”.

Mas qual foi a ajuda do Itamaraty?, questionou Rubens Valente, colunista do UOL.

A resposta é simples: ter feito as reservas em outro voo, após um contato com a companhia aérea. Um dos brasileiros que aparece no vídeo como tendo sido repatriado de Lisboa recebeu inúmeras ligações de parentes e amigos perguntando como foi o voo fretado pelo governo ou como foi o hotel pago pelo governo. “O vídeo foi editado.

As pessoas começaram a me procurar, pessoas da família: ‘O que você está fazendo no vídeo do Bolsonaro?’. Como se a gente estivesse agradecendo ao Bolsonaro por algo que ele fez por nós. Foi um constrangimento enorme que eu nunca passei na vida. Ele deu a entender, foi sorrateiro”, diz o empresário brasileiro Juan Gimenez.

Ele pede agora que Bolsonaro apague o vídeo nas suas redes sociais. “Pelo constrangimento que ele está causando a nós, é o mínimo que ele tinha que fazer. Ele está tratando o nosso caso como um circo para autopromoção.”

O empresário explicou ao colunista do UOL que, na primeira vez que a família foi à

embaixada do Brasil em Lisboa, o prédio estava fechado, “não atendia mais aos brasileiros.

Simplesmente deixaram uma placa na porta e nós voltamos pra casa”.

Na porta da embaixada, havia um aviso informando que o atendimento presencial estava suspenso como consequência da crise do novo coronavírus e que a embaixada receberia os pedidos apenas por e-mail e por telefone.

Eles estavam em uma casa alugada e as passagens de volta foram canceladas pela companhia aérea Iberia.

A família decidiu retornar à embaixada quando então viu um homem se dirigindo ao prédio e conseguiu abordá-lo na rua. Esse servidor acabou facilitando o contato com um funcionário da companhia Azul, em Lisboa, que depois de cinco dias conseguiu encaixar a família em outro voo, pelo preço total de R$ 25 mil.

“Para agradecer a essa pessoa da embaixada, fizemos um vídeo e enviamos. Nunca nos pediram autorização para ser usado por Bolsonaro, de modo algum. Eu achei que ele [o servidor] iria usar o vídeo internamente, não expor isso, não sabia que seríamos expostos. Se não fosse aquele momento de sorte, de a gente pegar aquele momento, a gente iria estar lá até hoje.”

DEFENSORIA PEDE PLANO DE REPATRIAÇÃO DE BRASILEIROS

elas, o fechamento de fronteiras.

O ofício, enviado no dia 10 de abril ao Itamaraty, menciona a possibilidade de fretamento de voo se necessário, e tem caráter emergencial, solicitando que “no prazo de cinco dias úteis, em razão da URGÊNCIA da questão, seja amplamente divulgado o plano de ação detalhado para assistência consular no sentido de concretizar a repatriação dos brasileiros que estejam impossibilitados de regressar ao Brasil”.

O defensor nacional de Direitos Humanos da DPU, Atanasio Darcy Lucero Júnior, pede que o governo preste assistência material até a repatriação, com

o pagamento de hospedagem, refeições e assistência de saúde, “independente da condição financeira” do brasileiro.

Mas o documento indica também que a União poderá pedir posteriormente o ressarcimento dos gastos, caso seja comprovada a possibilidade econômica de arcar com os custos. “Seja a emergência sanitária mundial atualmente em curso, à vista de sua evidente excepcionalidade, considerada prova suficiente da vulnerabilidade do brasileiro, para fins de concessão da repatriação”, diz o texto do documento.

O Itamaraty tem autonomia para seguir ou não as recomendações.

A Defensoria Pública da União (DPU) recomendou que o Ministério das Relações Exteriores divulgue um plano de ação para repatriar brasileiros que estejam impossibilitados de voltar ao país, devido à pandemia do novo coronavírus.

Até o dia 4 de abril, 6.469 brasileiros se encontravam no exterior, em 88 países, sem conseguir voltar para o Brasil, devido às medidas restritivas adotadas para evitar a expansão da pandemia de coronavírus. Entre 28

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BRASILEIROS SÃO HOSTILIZADOS NA ÁSIA E CHAMADOS DE “CORONA” Brasileiros em cidades da Índia e Nepal têm sido associados à proliferação do novo coronavírus.

“Corona!, corona! – tenho de ouvir isso nas poucas vezes que saio para ir ao mercado ou a uma farmácia, algumas pessoas nos olham enraivecidas”, disse um brasileiro de 26 anos ao portal Terra. Ele estava numa cidade ao norte da Índia e iria viajar cerca de cinco horas de carro para se juntar ao grupo que sairia de Nova Déli no dia 14 de abril.

“Eles nos associam à pandemia e isso nos atemoriza. Para um contingente numeroso deles, fomos nós que trouxemos o coronavírus”, desabafou o brasileiro.

No Nepal, um outro brasileiro conta que passou a ser tratado de forma diferente depois da chegada do coronavírus: “Estão com a convicção de que somos os responsáveis pela disseminação do vírus.”

ENFERMEIRO VIRTUAL CONCEDE LEITURAS MÉDICAS DE GRAÇA Uma nova plataforma digital foi lançada para ajudar as pessoas a saber se estão ou não infectadas pelo coronavírus.

O serviço chama-se CoronaBr e consiste em um enfermeiro virtual que faz análises, esclarece como o vírus é transmitido, fala sobre sintomas comuns, e explica o que fazer em caso de contaminação e como denunciar notícias falsas.

O serviço é gratuito e bem simples: um enfermeiro virtual batizado de Pedro faz análises e tira dúvidas dos usuários.

Antes de responder as

QUARENTENA SEM CARNE

Greenpeace publica receitas nutritivas para manter brasileiros saudáveis durante a quarentena O Greenpeace lançou um livro digital com 14 receitas “fáceis, saborosas e nutritivas” para pessoas que querem se manter saudáveis durante a quarentena.

“Sabemos que manter o isolamento social – tão importante para proteger a si e os outros – pode ser dif ícil por vários motivos, dentro da realidade de cada um”, diz Mariana Campos, do Greenpeace Brasil.

questões, Pedro (foto ao lado) pede que o usuário relate se está tomando algum medicamento, quais os sintomas apresentados e se faz parte dos grupos de risco.

Como as questões são formuladas com base em perguntas feitas por médicos em consultas reais, o usuário se sente mais seguro.

O enfermeiro virtual analisa os relatos e diz se o caso é suspeito ou não. Pedro informa também se a pessoa precisa procurar ajuda especializada ou se pode fazer o tratamento em casa, apresentando opções como repouso e isolamento.

A tecnologia foi desenvolvida por uma parceria entre duas

O livro chama-se Quarentena Sem Carne e pode ser baixado gratuitamente. As receitas foram sugeridas por chefs, nutricionistas e influenciadores da boa alimentação para ajudar as pessoas a lidar com a ansiedade, manter a forma, e descobrir novos sabores e ingredientes.

Como o título do e-book indica, todas as receitas são sem carne e o Greenpeace lembra que reduzir a carne também faz bem para a sua saúde, e a do planeta.

“Para quem pode escolher o que comer, o Greenpeace incentiva a redução drástica do consumo de carne e derivados. É pela nossa saúde, pelos animais e pelo meio ambiente! Afinal, a agropecuária é hoje uma das principais causas do desmatamento de florestas no mundo e responsável por aproximadamente 60% das emissões dos gases do efeito estufa que provocam as mudanças climáticas”, diz a página introdutória do livro, que está disponível no site www. greenpeace.org/brasil/publicacoes/ quarentena-sem-carne

empresas brasileiras: a agência Pixit e a Axonn Health Tech.

Além de ser fácil de usar, o serviço tem também a vantagem de ser atualizado assim que surgem novas informações científicas sobre a pandemia.

A consulta pode ser feita no site www.coronabr.com.br.

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MARÇO 2019

Eventos Quase todos os eventos divulgados na última edição da Leros foram cancelados ou adiados devido à pandemia da Covid-19.

Nada substitui uma performance ao vivo, mas aqui vão algumas sugestões para que você tenho acesso on-line à cultura, entretenimento e diversão nesse momento difícil para todos nós.

VÁ AO TEATRO SEM SAIR DE CASA

O portal Espetáculos on-line está disponibilizando diversas peças e musicais brasileiros gratuitamente.

Para assistir, basta entrar no site, optar por uma categoria e escolher peças como Ludwig 2 (foto acima), a montagem da Artesanal Cia. de Teatro que retrata o Rei Ludwig II, um pacifista visionário que viveu atormentado por sua homossexualidade. Para quem gosta de musicais, O Frenético Dancin’ Days revive a década de 1970 com o elenco interpretando sucessos de Rita Lee, As Frenéticas e hits da música disco internacional. www.espetaculosonline.com.

À esquerda, o ator Manoel Madeira na peça Ludwig 2. Acima, os protagonistas do espetáculo infantil Fedegunda. Abaixo, Lázaro Ramos lê um trecho de Otelo, obra clássica de William Shakespeare.

O portal Palavra Z lançou a campanha Teatro on-line e disponibiliza peças infantis como Fedegunda (foto ao alto, do lado esquerdo), uma ópera franco-brasileira de Karen Acioly sobre a história de uma jovem que inicia sua jornada quando descobre ter perdido o coração. www.palavraz.com.br.

O projeto Ato e Efeito tem a proposta de realçar o texto lido pelo intérprete. O internauta não tem acesso ao espetáculo montado, mas sim a textos curtos de autores clássicos e contemporâneos, interpretados por atores como Lázaro Ramos (foto), Fabio Porchat, Gregório Duvivier e Débora Falabella. www.youtube.com/tocavideos.

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MANTENHA A FORMA COM CRIATIVIDADE DURANTE A QUARENTENA

Criado para que as pessoas permaneçam ativas enquanto estão isoladas devido à pandemia da Covid-19, o projeto Get Active Online envolve artistas brasileiros em Londres como Andrea Maciel, Júlia Testas e Tiago Gambogi. A proposta é oferecer atividades criativas que envolvam o corpo e a mente para que as pessoas mantenham a calma e a clareza de pensamento durante esse estressante período que desafia a sociedade.

Através da plataforma Zoom, as sessões são transmitidas ao vivo e se concentram nos benef ícios que os movimentos f ísicos e criativos propiciam. A maioria das aulas são interativas e têm como foco a saúde e o bem-estar dos participantes.

As atividades incluem dança, teatro, tai-chi, Qi Gong, medicina chinesa, técnicas de respiração, taoísmo, etc. Não há um preço fixo para as aulas, mas os participantes podem fazer doações e quem doar mais de £10 pode baixar o vídeo da sessão.

Os horários e datas estão no site www.interculturalroots.org.

PROJETOS ITINERANTES OFERECEM ESPETÁCULOS ON-LINE PARA LEVAR CULTURA À POPULAÇÃO Com a necessidade do distanciamento social devido ao coronavírus, projetos culturais itinerantes do Instituto CCR foram adiados, mas para não interromper o acesso à cultura, a instituição disponibiliza espetáculos e atividades on-line, ressaltando que essas ações não substituirão as futuras apresentações presenciais. O projeto BuZum! tem um canal no YouTube, onde é possível assistir diversos espetáculos, como Mundo Português, Filhotes do Brasil, Energia, Intolerância e Mamulengo. www.youtube.com/canalbuzum.

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FILMES GRÁTIS NA INTERNET

Como as sessões do Cinema do CIC (Centro Integrado de Cultura), em Florianópolis, estão suspensas por conta da pandemia, o organizador da programação, o cineasta catarinense Pedro MC, está colocando um filme por dia na página do projeto Cinemática no Facebook.

O filme fica disponível gratuitamente por uma semana para qualquer usuário do Facebook. Para assistir, basta visitar a página www.facebook.com/sessaocinematica.

Pedro MC compartilhou também uma lista de filmes nacionais que podem ser vistos gratuitamente em outros portais da internet.

O Porta Curtas (http://portacurtas. org.br), por exemplo, reúne diversos curtas brasileiros premiados. Ele recomenda também o SpCine Play (www. spcineplay.com.br), onde é possível assistir documentários sobre Cartola, Jards Macalé e a banda Titãs, além de filmes que integraram as edições do festival É Tudo Verdade, como uma série de longas sobre Zé do Caixão (foto), ou Dona Helena, o documentário que conta a incrível história de uma sertaneja que entrou na lista dos 100 melhores guitarristas do mundo da revista americana Guitar Player, ao lado de músicos como Roger Waters e Eric Clapton. Entre comitivas de boiadeiros e prostíbulos, Dona Helena lutou pelo direito de tocar sua música e ganhou uma impressionante projeção internacional.

NA PLATAFORMA LOOKE (www.looke.com.br), o acesso aos filmes não é gratuito, mas você pode assistir seus filmes preferidos sem pagar qualquer mensalidade e simplesmente “alugar” um filme (ou seja, ter acesso ilimitado ao filme on-line por 48 horas), por apenas R$1,89 (cerca de 30 pence no câmbio atual). Se preferir se associar ao “Video Club” do Looke, a mensalidade é R$16.90.

A EXPRESSÃO DO CONCRETO: “VISITA GUIADA” ON-LINE A exposição “A expressão do concreto” teve sua temporada interrompida no CCBB do Rio de Janeiro, mas pode ser vista on-line no YouTube, com direito a uma visita virtual guiada.

A mostra é a maior retrospectiva da obra do pintor, gravador e desenhista Ivan Serpa (1923-1973), com cerca de 200 trabalhos.

O endereço eletrônico da exposição é um tanto longo, mas basta entrar no YouTube (www.youtube. com) e digitar “CCBB Exposição Ivan Serpa” no campo de busca. Quando as opções aparecerem na tela, selecione a que tem como introdução a frase “Confira a visita mediada pelo curador Hélio Márcio Dias Ferreira”.

MÚSICA AO VIVO NA INTERNET

Assim como em Londres, as casas de espetáculos no Brasil também estão fechadas, mas músicos e cantores transmitem apresentações ao vivo pela internet a fim de manter a sintonia com o público. Artistas como Leoni e Leo Jaime têm exibido lives em suas páginas no Facebook e Instagram. Eles se apresentam no formato voz e violão.

O Festival #ZiriguidumEmCasa apresenta uma grade diversificada de shows de música brasileira na internet para aproximar artistas e público, todos em suas casas, para manter o distanciamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

A programação é divulgada no site ziriguidum.com/festival-ziriguidumemcasa Para saber quando o seu artista preferido vai se apresentar na internet você pode assinar o canal dele ou dela no YouTube. Alexandre Pires, por exemplo, vai apresentar o show #LiveDoNegoVeio no dia 18 de abril, sábado, às 16h (youtube.com/alexandrepires). No dia 21 de abril, terça-feira, 18h, você pode assistir ao show do Raça Negra (youtube.com/racanegra).

A cantora Ludmilla também vai apresentar seu show pelo YouTube no dia 24 de abril, sextafeira, 18h (youtube.com/OficialLudmilla).

CAPOEIRA PELA PLATAFORMA ZOOM

Mestres e professores de capoeira suspenderam os treinos presenciais em respeito à prevenção do coronavírus, mas como tanto eles como os alunos não podem ficar distantes desta incrível arte afro-brasileira, muitos têm utilizado a plataforma Zoom para que os alunos possam assistir às aulas on-line.

Alguns sugerem uma contribuição espontânea para que possam se manter enquanto estão de quarentena e outros estipulam um preço camarada.

A data e o horário da transmissão dos treinos são informados nas páginas no Facebook: Boneco de Sousa (foto): facebook.com/ boneco.sousa, Mestre Pezão (facebook.com/ dendedemarelondon) e Paulinha (Grupo Bem-Vindo: facebook.com/Paulinha.Sousa).

Para quem nunca fez capoeira, as lives do Mestre Ferradura no Facebook e no Instagram são geniais. Ele tem um método tão eficaz de passar seus conhecimentos que até capoeiristas veteranos participam de suas lives para aprender novas técnicas de ensino (facebook.com/omriferra e @ferradura_capoeira no Instagram).

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Terra Brasilis “Será que Bolsonaro é o novo Jim Jones?”, questiona a revista americana Salon, comparando o presidente brasileiro ao líder de uma seita que convenceu seus seguidores a cometerem suicídio em massa. Enquanto a publicação acusa Bolsonaro de ignorar as recomendações de especialistas para conter a proliferação do novo coronavírus e diz que Bolsonaro se recusa a impedir a pandemia da Covid-19, a revista The Economist chega a citar “sinais de insanidade” do presidente. de “Jonestown” na Guiana.

Em 1978, pouco antes de dar um tiro na cabeça, Jones convenceu seus fervorosos seguidores a cometerem suicídio em massa bebendo suco com cianeto, deixando um total de 909 pessoas mortas.

Nemer diz que essa história, embora incomum, mostra como as pessoas podem ser manipuladas quando alguém tira proveito de seus medos e vulnerabilidades.

Ele afirma que Bolsonaro mantém a devoção de sua base ao se envolver em retórica inflamada, políticas reacionárias e pitadas de racismo, “um comportamento que lembra a mentalidade de uma seita”.

Para ele, as semelhanças entre Jim Jones e Bolsonaro residem no uso de meios para depreciar, zombar e intimidar seus oponentes. Bolsonaro constantemente cria novos inimigos como uma forma de manter a coesão dos Bolsonaro atiça os eleitores a irem seguidores. Qualquer às ruas protestar contra o um que critique ou discorde de Bolsonaro isolamento social… as ações é considerado inimigo, políticas do presidente estão e todo esforço para centralizadas na produção em larga desconstruir o inimigo é escala da morte de sua própria base. justificado. “Isso significa

“Um país sul-americano, um líder de uma seita, uma droga milagrosa e a morte de milhares de seguidores fanáticos podem parecer a trágica história do massacre de Jonestown. Mas esses detalhes serviriam para contar mais um capítulo devastador no governo de Jair Bolsonaro, pois ele leva o Brasil ao caos em meio à pandemia de coronavírus. Os paralelos misteriosos entre o Rev. Jim Jones e Bolsonaro lembram o velho ditado de que a história se repete – primeiro como tragédia, depois como farsa”. É assim que o professor David Nemer, da Universidade de Virginia, inicia um artigo publicado na revista Salon. Ele compara Jair Bolsonaro a Jim Jones, o líder do Templo do Povo, uma comuna da selva, realocada dos Estados Unidos para o recém-batizado assentamento

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perseguir cientistas, especialistas em saúde, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde e ameaçar demitir até mesmo o ministro da Saúde.

Em suma, Bolsonaro atacou sistematicamente os especialistas que pedem aos cidadãos que mantenham o distanciamento social durante essa pandemia”, escreveu Nemer.

O professor observa que pouco antes de Jones decretar suicídio em massa, ele disse a seus seguidores que “parassem com essa histeria”, usando a mesma terminologia que Bolsonaro invoca para atacar medidas de prevenção ao coronavírus. “Mas em vez de beber suco envenenado, elas foram instadas por Bolsonaro a tomar hidroxicloroquina, uma droga ainda não testada no tratamento ao Covid-19 – dando às pessoas uma falsa segurança para que elas possam voltar ao trabalho”, diz o artigo de Nemer.

Ele critica Bolsonaro por atiçar os eleitores a irem às ruas protestar contra o isolamento social e diz que as ações políticas do presidente brasileiro estão centralizadas na produção em larga escala da morte de sua própria base, “preparando assim

Foto: CAROLINA ANTUNES / PR

Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (à direita do presidente na foto ao lado), estão numa guerra fria.

Enquanto Mandetta segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde e pede que a população somente saia de casa quando for inevitável, Bolsonaro faz passeios por Brasília e tem criticado os governos estaduais que determinaram o fechamento do comércio abrindo exceção somente para serviços essenciais. O presidente chegou a anunciar a demissão de Mandetta, mas foi contido pelos militares que integram seu ministério.

Na foto ao lado, Bolsonaro esfrega o nariz com o braço. Logo em seguida, ele cumprimentou várias pessoas, incluindo uma idosa.

A cena foi registrada por um cinegrafista da TV Globo e pode ser vista no portal Globoplay. Os idosos estão no grupo de risco do coronavírus, que já matou quase mais de 1.350 pessoas no Brasil.

Foi a segunda vez, em dois dias, que Bolsonaro rompeu o isolamento, contrariando a recomendação das autoridades sanitárias.

o cenário para uma tragédia maior do que Jonestown”.

A Salon não é o único veículo de comunicação que está denunciando a atitude irresponsável de Bolsonaro. A revista britânica The Economist publicou uma charge do presidente com a cabeça enfiada na bandeira do Brasil, colocando a imagem do coronavírus no lugar do círculo azul. No texto, a Economist denuncia sua “negligência com a vida dos brasileiros” e “sabotagem ativa da saúde pública”, chegando a citar “sinais de insanidade”.

Fotos: BERNADETE LOU

O presidente brasileiro virou também motivo de chacota na mídia internacional.

O serviço de notícias Deutsche Welle reproduziu um vídeo em que o humorístico Extra 3, da TV alemã NDR, ridiculariza Bolsonaro. “É espantosa a quantidade de virologistas que temos na Alemanha neste momento, uma loucura”, diz o quadro, referindose aos que dizem ser “só uma gripe”. Sugere que eles se formaram na “Universidade Bolsonaro de ensino à distância, em Brasília”, onde as disciplinas são “Facebook e Twitter”.

Na Folha de S. Paulo, o escritor Ruy Castro dedicou uma crônica ao presidente: “Jair Bolsonaro foi educado em quartéis. Como não se conhecem trabalhos de sua autoria sobre história do Brasil, matemática e balística, disciplinas de interesse dos militares, o mais perto que desempenhou de uma atividade científica pode ter sido esfregar cavalos. Isso não o impediu de, como presidente da República, dar palpite sobre o coronavírus, minimizando-o (‘Uma gripezinha! Um resfriadinho!’), estimulando as pessoas a correr o risco de contraí-lo e jogando com a saúde da população”, diz a introdução do texto.

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“É hora de arrumar a casa e a nossa mente, reorganizar a vida”, diz Monja Coen sobre o momento que a humanidade está passando “É hora de arrumar a casa e a nossa mente, reorganizar a vida.

Reaprender a respirar. Tantas coisas passamos apressados porque temos compromissos e trabalho. É preciso ter cuidado para não ficar perdido nas redes sociais e deixar de apreciar momentos de silêncio, introspecção”, disse Monja Coen em entrevista ao jornal O Globo.

Monja Coen, para quem não sabe, é o nome religioso da paulistana Cláudia Dias Batista de Souza, uma mulher que antes de se tornar budista foi jornalista e passou a se interessar por meditação quando escreveu uma reportagem sobre sociedades alternativas e foi influenciada pelo que diziam os Beatles e Pink Floyd. “Meditei e pensei: ‘Isso faz sentido na minha vida’. Eu não era muito controlada... Brigava, batia o pé, ficava mal-humorada.

Era o lugar onde me curava da raiva, do julgamento”, relembra a monja.

Ela se casou aos 14 anos e

logo que teve uma filha, aos 17, seu marido a deixou. Monja Coen teve formação católica e estudou em colégio de freiras, mas depois de estudar o Budismo em Los Angeles, ela viajou para o Japão e se converteu à tradição budista zen no Convento Zen Budista de Nagoia.

Para manter o distanciamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde, ela conversou por WhatsApp com a jornalista Maria Fortuna e o diálogo das duas, publicado na edição de 19 de março do jornal, pode ser lido na íntegra pela internet.

Aos 72 anos, a monja brasileira diz que nunca estamos sós: “Esta é uma fantasia da nossa mente. Você está com você, com todo o seu passado e futuro, com os inúmeros autores que pode ler. Os canais de televisão estão todos abertos, a sua janela é a rua, te mostra pessoas, árvores, pássaros, baratas e formigas.

Sinta prazer na sua própria companhia. Prazer em estudar, pesquisar. Pode fazer ioga, atividade f ísica mesmo que more em um cubículo de dois metros quadrados. Aprecie sua vida, respire conscientemente, não reclame, não resmungue. É tempo de apreciar a vida”.

Para ela, o novo coronavírus traz uma mensagem: “Não importa se seus olhos são redondos ou puxados, se a cor da sua pele é clara ou escura, onde você nasceu, que língua fala. O que o coronavírus veio mostrar que somos todos seres humanos”.

Quando a jornalista perguntou se a postura de alguns religiosos que têm se negado a cancelar seus cultos não iria contra os princípios básicos de qualquer religião, ela respondeu: “Tem gente achando que é brincadeira ou excesso. Não precisamos tocar no outro ou respirar o ar da mesma sala, mas permanecer unidos pelo propósito comum: o bem de todos. Vamos perder dinheiro? Sim. As pessoas não irão aos templos, não farão doações, mas é por um período.

Lamento por aqueles que não perceberam isso”.

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Numa dessas reuniões, a filha de João, Bebel Gilberto, então uma garotinha, se machucou e quando a dor passou, ela parou de chorar e disse: “Acabou chorare”. A frase inspirou a canção que acabou sendo a faixatítulo do disco Acabou Chorare, lançado em 1972, um álbum que consagrou os Novos Baianos e se tornou um clássico da música popular brasileira.

Moraes Moreira, o cantor e compositor que marcou a música brasileira com uma sonoridade inovadora, sai de cena aos 72 anos O cantor e compositor Moraes Moreira morreu na manhã de 13 de abril, aos 72 anos, em casa, no bairro da Gávea, Rio de Janeiro.

Moraes morava só. Ele sofreu um infarto agudo do miocárdio e seu corpo foi encontrado pela empregada que trabalhava em seu apartamento.

Nascido em Ituaçu, interior da Bahia, Moraes foi um dos criadores dos Novos Baianos, um grupo que deixou sua marca na música brasileira incorporando elementos do rock a ritmos brasileiros como samba, frevo e bossa nova.

Com uma sonoridade inovadora, os Novos Baianos conquistaram toda uma geração na década de 1970 e fizeram sucesso com canções como Preta Pretinha e Besta é tu.

O grupo era venerado não só por sua musicalidade como também por sua atitude irreverente. Formado por Baby do Brasil (na época conhecida como Baby Consuelo), Moraes, Pepeu, Paulinho Boca de Cantor e Galvão, os Novos Baianos surgiram na época da ditadura mas apresentavam uma performance libertária e se 42

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diferenciavam das demais bandas com uma rebeldia alegre: cabelos longos e soltos, movimentos espontâneos em cena, e um estilo de vida que nada tinha a ver com a época do regime militar.

Os Novos Baianos viviam em um sítio em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e moraram juntos também em um apartamento em Botafogo, na Zona Sul, como uma comunidade urbana. Eles tinham um time de futebol e como a vivência comunitária do grupo era intensa, tudo era compartilhado.

Um belo dia, João Gilberto, o papa da bossa nova, decidiu visitar o apartamento onde eles viviam, ou melhor, se amontoavam (eles dividiam os cômodos com cortinas).

João gostava de surpreender e os Novos Baianos ficaram assustados com a inesperada visita do mestre. Dadi, o baixista, tinha 19 anos, foi abrir a porta e quando viu aquele senhor de terno e óculos, até pensou que fosse um agente da Polícia Federal.

Mas eles logo reconheceram João e fizeram uma amizade que rendeu dias e dias de conversa e violão.

SEM MORAES MOREIRA, os Novos Baianos nunca teriam produzido uma obra tão inventiva.

Moraes começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João e outros eventos em Ituaçu.

Na adolescência, mudou-se para Caculé, no sudoeste da Bahia, onde aprendeu a tocar violão.

Aos 19 anos, ele foi para Salvador e começou a estudar no Seminário de Música da Universidade Federal da Bahia, onde conheceu Tom Zé e dois futuros companheiros de estrada: Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor. A união da musicalidade de Moraes com a poesia de Galvão renderam canções extremamente criativas.

Em 1975, Moraes decidiu sair do grupo. O primeiro sucesso de sua carreira solo foi Pombo Correio, que se tornou tema de encerramento do Jornal Hoje, na TV Globo. Depois de Pombo Correio, ele passou a voar cada vez mais alto. Em 1976, Moraes foi pioneiro ao cantar em trio elétrico no carnaval de Salvador. Antes de Moraes, os trios elétricos eram só instrumentais. Como compositor, ele também se destacava criando canções que ficaram famosas nas vozes de outras cantoras. Festa do Interior, o maior sucesso de Gal Costa, foi composta por ele.

Em 1997, Moraes reuniu o grupo Novos Baianos para lançar o disco Infinito Circular, gravado ao vivo com canções dos discos anteriores e algumas inéditas.

O grupo voltou a se reunir em 2016 para novos shows, sempre com casa lotada.

Em 2007, Moraes Moreira publicou o livro A História dos Novos Baianos e Outros Versos, escrito em linguagem de cordel, que conta a história dos Novos Baianos.

Esse ano, o ator e diretor de teatro Otávio Müller lançou o musical Novos Baianos, apresentado no Rio de Janeiro.

A cantora Baby do Brasil não gostou de ver o passado de seu antigo grupo apresentado no teatro. Baby, que se tornou evangélica e hoje é pastora, disse em entrevista ao jornal O Globo, que o espetáculo “é uma ficção, que não retrata exatamente como as coisas realmente aconteceram”.

Moraes Moreira não gostou e enviou uma declaração ao jornal expondo o orgulho que sentia da trajetória do grupo: “Dizer que o musical não retrata os Novos Baianos é uma mentira deslavada. Baby queria que o espetáculo fosse evangélico. Que não dissesse que fumou maconha, que tomou ácido, que fez tudo.

Assim, os Novos Baianos não seriam revolucionários… Porque o nosso grupo fumou, sim, tomou ácido, sim, fez músicas maravilhosas em estado de fumar maconha, sim. A gente fazia música inclusive pra ela. As canções dela que fizeram sucesso, como ‘A menina dança’, ‘Tinindo, trincando’, ‘Os pingos da chuva’ e tantas outras, foram feitas na onda, porque naquele tempo a

onda era essa”, afirmou Moraes.

O Globo então pediu que Baby respondesse e ela optou por fumar o cachimbo da paz: “Não cabe em mim trocar o ‘Amai ao próximo como eu vos amei’ por qualquer sentimento de provocação ou falta de respeito ou de divergência de opinião que venha gerar desentendimento com qualquer pessoa e muito menos com quem você respeita muito, ama, e só tem amor para dar”, declarou Baby, referindo-se a Moraes como “Moreirinha”.

Ao receber a notícia da morte do amigo, ela divulgou uma nota: “Que notícia! Que susto! Que inacreditável! Moreirinha foi? Ele foi para a Glória! Estava ontem aqui na Terra conosco! Estava tudo bem! Estava em quarentena, na sua casa! Foi dormir e partiu?

Que impacto isso nos causa! Só orando o Pai Nosso para acalmar o nosso interior!”, diz a cantora na primeira parte do texto.

NA MADRUGADA de 17 de março, Moraes Moreira escreveu um cordel (ao lado) e divulgou no Instagram. O cantor e compositor disse que estava “cumprindo minha quarentena, tocando e escrevendo sem parar”.

Gilberto Gil publicou uma foto sua com Moraes em sua página no Instagram: “Menino do sertão da Bahia, ouviu encantado a música do mundo e fez dela seu universo expressivo. Deixa saudade e uma grande obra”, escreveu Gil.

QUARENTENA Eu temo o coronavírus E zelo por minha vida Mas tenho medo de tiros Também de bala perdida, A nossa fé é vacina O professor que me ensina Será minha própria lida Assombra-me a pandemia Que agora domina o mundo Mas tenho uma garantia Não sou nenhum vagabundo, Porque todo cidadão Merece mas atenção O sentimento é profundo Eu não queria essa praga Que não é mais do Egito Não quero que ela traga O mal que sempre eu evito, Os males não são eternos Pois os recursos modernos Estão aí, acredito De quem será esse lucro Ou mesmo a teoria?

Detesto falar de estrupo Eu gosto é de poesia, Mas creio na consciência E digo não a todo dia Eu tenho medo do excesso Que seja em qualquer sentido Mas também do retrocesso Que por aí escondido, Às vezes é o que notamos Passar o que já passamos Jamais será esquecido Até aceito a polícia Mas quando muda de letra E se transforma em milícia Odeio essa mutreta, Pra combater o que alarma Só tenho mesmo uma arma Que é a minha caneta Com tanta coisa inda cismo....

Estão na ordem do dia Eu digo não ao machismo Também à misoginia, Tem outros que eu não aceito É o tal do preconceito E as sombras da hipocrisia As coisas já forem postas Mas prevalecem os relés Queremos sim ter respostas Sobre as nossas Marielles, Em meio a um mundo efêmero Não é só questão de gênero Nem de homens ou mulheres O que vale é o ser humano E sua dignidade Vivemos num mundo insano Queremos mais liberdade, Pra que tudo isso mude Certeza, ninguém se ilude Não tem tempo, nem idade.

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CONSULADO BRASILEIRO O site http://cglondres.itamaraty.gov.br/pt-br contém informações sobre assuntos de natureza consular.

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A maioria dos serviços pode ser solicitada pelo correio.

Detalhes no site http://bit.ly/2fUPKcq. Telefone em caso de emergência: 07958 40 4012. assist.cglondres@itamaraty.gov.br - Assuntos de emergência (morte, prisão, acidentes) passaporte.cglondres@itamaraty.gov.br - Passaporte brasileiro e ARB (Autorização de Retorno ao Brasil) notarial.cglondres@itamaraty.gov.br - Certidão (casamento, nascimento ou óbito) e procuração pública para cidadãos brasileiros (e estrangeiros portadores de RNE brasileira). Legalização de documentos (comerciais, escolares, etc), atestados (residência, vida, nacionalidade), reconhecimento de firma, autorização de viagem para menores visa.cglondres@itamaraty.gov.br - Vistos para cidadãos estrangeiros ouvidoria.cglondres@itamaraty.gov.br - Comentários e/ ou sugestões a respeito do atendimento consular.

EMBAIXADA DO BRASIL - info@brazil.org.uk 14-16 Cockspur Street, SW1Y 5BL. Metrô: Charing Cross.

Tel. 020 7747 4500. www.brazil.org.uk APOIO A MULHERES BRASILEIRAS: Serviço de assistência a mulheres, conhecido no Brasil como Ligue 180, pode ser acessado no Reino Unido, mas é preciso ligar para 0800 890 055, teclar 1 e informar o número 61-3799.0180.

CENTRO BRASILEIRO Organização de apoio comunitário que oferece serviços de assistência jurídica e psicológica, auxílio na busca de alojamento e escolas, cursos de inglês, tradutores, intérpretes, assistência geral, etc. Anuidade £40.

64, Willesden Lane, London , NW6 7SX. Tel. 07540 72 3497.

Detalhes no site www.casadobrasil.org.uk RETORNO VOLUNTÁRIO O Programa do Retorno Voluntário é uma parceria entre o Centro Brasileiro e o Home Office para ajudar pessoas em situação irregulare que desejam voltar ao Brasil. O servico é gratuito e o cidadão retorna como passageiro normal para a cidade de destino que tenha aeroporto comercial e com direito a bagagem. Possibilidade de passagem mesmo para quem tem visto de turista válido.

Informações: 020 7372 8348.

LATIN-AMERICAN HOUSE (CASA LATINA) Oferece gratuitamente assistência jurídica sobre imigração, benefícios, e relações trabalhistas.

10 Kingsgate Place, NW6 4TA. Tel. 020 7372 8653. www.casalatina.org.uk LAWRS (servico pelos direitos da mulher latinoamericana) Ajuda mulheres que sofrem maus tratos ou violência doméstica. Tel: 0844 264 0682 020 7336 0888. email: lawrs@lawrs.org.uk.

52-54 Featherstone Street London EC1Y 8RT STONEWALL - 08000 50 20 20 Orientação por telefone para gays e lésbicas sobre diversos assuntos (imigração, habitação, etc).

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O serviço é gratuito e caso a orientação não possa ser dada por telefone, o Stonewall pode encaminhar o caso a outras organizações.

TRANSPORT FOR LONDON Se você pretende ir a uma área que não conhece em Londres, é possível planejar a sua jornada visitando o site www.tfl.gov.uk. Basta digitar o código postal do local onde você se encontra e o código postal do destino desejado, que o site apresenta uma lista de opções para você decidir se prefere ir de ônibus, metrô ou trem.

As mesmas informações são fornecidas também por telefone: 0343 22 1234.

CITIZENS ADVICE BUREAU (CAB): Organização nãogovernamental que oferece aconselhamento gratuito, confidencial, imparcial e independente sobre diversos assuntos, inclusive imigração. A instituição se baseia no trabalho de voluntários e tem dezenas de escritórios em Londres e em todo o Reino Unido. Para descobrir onde fica a agência mais próxima de onde você mora, basta se dirigir à biblioteca do seu bairro, ou acessar o site do CBA na Internet: www.citizensadvice.org.uk.

EMBRATEL: 0800 890 055. Ligações a cobrar para o Brasil.

Para ligar para o Brasil pagando em Londres, disque 00 55 seguido do código do DDD da cidade.

EMERGÊNCIA 999 Para contatar a polícia, corpo de bombeiros ou prontosocorro, basta teclar 999 de qualquer telefone (a chamada é gratuita).

POLÍCIA - CHAMADAS SEM URGÊNCIA 101 Para contatar a polícia, se a ligação não for urgente, basta teclar 101. As ligações para o 101 não são gratuitas, custam 15 pence por chamada.

THE HOME OFFICE (DEPARTAMENTO DE IMIGRAÇÃO) Immigration & Nationality Directorate Lunar House, 40 Wellesley Road, Croydon CR9 2BY. Atendimento com hora marcada. Concessão/extensão de vistos, residência, etc.

Formulários para extensão de visto podem ser obtidos pelo site www.ukba.homeoffice.gov.uk UKCISA: THE COUNCIL FOR INTERNATIONAL EDUCATION Oferece informação e aconselhamento gratuitos a estudantes estrangeiros pelo telefone 020 7788 9214, de segunda a sexta-feira, das 13h às 16h. Antes de telefonar, visite o portal da UKCOSA, que contém informações sobre imigração, cursos, bolsas de estudo, custo de vida na Inglaterra, etc. www.ukcisa.org.uk GAY SWITCHBOARD - 0300 330 0630 (24h).

Informação sobre acomodação, viagens, vida noturna, imigração, legislação, AIDS, Legal AID, etc.

NAZ VIDAS: Serviço confidencial e gratuito em português de planejamento familiar, saúde sexual em geral, incluindo HIV (prevenção, apoio, assistência e aconselhamento). 020 8834 0232. www.naz.org.uk e-mail: jose@naz.org.uk.

30 Blacks Road, London, W6 9DT. CLINIC S: Serviço gratuito e confidencial do NHS para mulheres que trabalham na indústria do sexo.

Informações com Kim Leverett: 07976 56 4539 www.bartshealth.nhs.uk/sexual-health SAMARITANS Apoio a pessoas deprimidas. Telefone: 116 123 www.samaritans.org/ - email: jo@samaritans.org

“

Frases &

Dendicasa é DENDICASA. Não é na casa dozoto!

Campanha que circula nas redes sociais, utilizando o sotaque mineiro para convencer as pessoas a ficarem em casa e minimizarem a proliferação do novo coronavírus.

Meu ex me desbloqueou no WhatsApp e Instagram depois de um ano, e ainda viu meus stories.

O que uma quarentena não faz, né? Será que ele só me desbloqueou para saber sobre a #Covid 19?

@JonathanVicent, no Twitter.

Meu medo de sair na rua nem é o vírus, é passar alguém gritando: “Vai pra casa, velha!”.

Frase atribuída a uma idosa, que circulou no Facebook e em grupos de WhatsApp.

divagações Quem disse o quê por aí…

Homem com papel higiênico procura mulher com álcool em gel para quarentena séria.

Classificado bem-humorado satirizando os produtos que começaram a ficar em falta nos supermercados logo que começou a quarentena, no Facebook.

Tô na França, daí fui para a porta da rua com a minha cadelinha e de longe, porque estamos em isolamento, a vizinha olha para mim e diz: “Presidente do Brasil é doido, hein”? Respondi: “Completamente”! @StellaMendonca, no Twitter.

Faz três dias que meu vizinho não acende um baseado.

Vou descer lá e ver se está tudo bem. @thicico, no Twitter.

Não sei como meus amigos ainda não entenderam que quando me chamam pra sair e eu digo “Vou pensar”, eu vou pensar é na desculpa que eu vou dar para eu não precisar ir.

Denise Ippan, no TikTok. Leros

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Páginas Básicas PARA USAR O TRANSPORTE PÚBLICO EM LONDRES é preciso possuir o Oystercard, um cartão que é lido eletronicamente ou um cartão de crédito/débito contactless (que tem um chip e não requer senha) para pagar a passagem. Se o seu cartão de crédito/débito foi emitido no Brasil, talvez ele não seja reconhecido pelos leitores eletrônicos e, nesse caso, você precisa obter um Oystercard, que pode ser adquirido nas estações de metrô e em algumas casas comerciais.

No metrô, a passagem que custa, por exemplo, £5.90 entre a zona 1e 2 se for paga em dinheiro, sai somente £2.80 se for paga com o Oyster (ou cartão contactless).

E se você registrar o Oyster no seu nome, caso perca o cartão pode recuperar o crédito colocado nele.

Crianças até 10 anos de idade não pagam pelo transporte público, mas no metrô há um limite de quatro crianças acompanhadas por um adulto (nos ônibus não há essa restrição). Crianças desacompanhadas podem viajar gratuitamente desde que tenham o cartão 5-10 Zip Oyster. Crianças de 11 a 15 anos também podem usar os ônibus gratuitamente se tiverem um cartão 11-15 Zip Oyster com foto e pagam menos no metrô.

Estudantes de 16 a 18 anos também podem usar os ônibus gratuitamente e pagam meia passagem no metrô, mas é preciso residir em Londres e estar estudando período integral ou em treinamento.

COM UM PASSE DE TRANSPORTE (TRAVELCARD) NO OYSTER CARD, você tem direito a viajar quantas vezes quiser tanto de ônibus como de metrô, o que sai muito mais barato do que pagar pelas passagens individualmente. Em alguns casos, compensa comprar o passe semanal - 7-day Travelcard. Com ele, você pode viajar por sete dias em qualquer horário, tanto no metrô como nos ônibus (incluindo os noturnos). O preço deste passe é £35.10 (ônibus e metrô nas zonas 1 e 2, custa mais caro se abranger outras zonas) ou £21 (somente ônibus, sem restrição de zonas). Quem tem mais de 18 anos e é estudante, pode ter um desconto de 30% na compra de passes semanais ou mensais com o Oyster.

Mas para quem tem cartão de débito ou crédito “contactless” no Reino Unido, é possível pagar £35.10 por semana para viajar entre as zonas 1 e 2 sem a necessidade de comprar o passe semanal. Basta usar o cartão no esquema “pay as you go” (pague por viagem) e quando a soma chega a esse valor em uma mesma semana, as demais viagens não são debitadas do cartão contactless (desde que, é claro, você tenha utilizado o mesmo cartão para pagar todas as passagens). Esse limite de £35.10 por semana chama-se “capping” em inglês e a vantagem de usar o contactless é que se você comprar o passe de sete dias, ficar doente ou não usar o transporte coletivo por algum outro motivo, você já terá pago £35.10 e não será reembolsado pelos dias não usados. Como o contactless, se não chegar aos £35.10 semanais, você somente é cobrado pelas viagens que fez e há também o capping diário de £7. Ou seja, se em um mesmo dia você fizer quatro viagens de metrô pelo centro de Londres, pagando £2.90 com o contactless por cada viagem, você não será cobrado £11.60, que 48

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seria o valor das quatro viagens: paga somente £7 por todas as viagens feitas em um mesmo dia. Portanto é mais vantajoso pagar por cada viagem com cartão contacless do que comprar um passe diário.

Mas quem usa o transporte público durante toda a semana deve observar um detalhe importante em relação ao teto semanal do contactless. No cartão contactless o capping semanal é contado de segunda a domingo. Se você começar a pagar com o cartão numa quinta-feira, por exemplo, será cobrado diariamente pela quinta, sexta, sábado e domingo. O capping semanal só começa a contar na segunda. Já com o 7-Day Travelcard (Oyster) o passageiro escolhe o dia da semana em que o período de sete dias começa a valer. Portanto quem já renova o cartão semanalmente numa segunda, terça ou quarta-feira, deve fazer os cálculos para saber quanto custará a transição para o contactless.

Os valores aqui mencionados aplicam-se às zonas 1 e 2, para transitar entre a zona 1 e as demais zonas os valores são maiores mas a linha de raciocínio é a mesma. As tarifas para as demais zonas podem ser consultadas no site http://content.tfl.gov.uk/adultfares-2019.pdf Quem tem menos de 26 anos pode ter desconto nas passagens de trem e ter desconto também no metrô.

Informações no site www.16-25railcard.co.uk ALGUMAS COMPANHIAS DE TREM TAMBÉM ACEITAM O CARTÃO OYSTER, portanto mesmo que vá fazer uma viagem longa, você deve mencionar que tem o cartão antes de comprar a passagem para pagar a partir da área que o seu cartão não cobre, e não da estação onde iniciar a viagem. Os trens da Silverlink pertencem ao London Overground, parte do Transport for London, portanto tanto o Oystercard como o cartão contactless podem também ser usados neles.

O TRANSPORTE PÚBLICO ENCERRA POR VOLTA DA MEIA-NOITE mas há ônibus noturnos que circulam a noite toda, com uma frequência de 30 a 60 minutos conforme a linha. Às sextas e sábados, algumas linhas do metrô funcionam 24 horas.

PARA SABER COMO CHEGAR a um local de ônibus ou de metrô ou checar horários, visite o site www.tfl.gov. uk, que contém também informações sobre o Oyster Card (como registrar, preços, etc). Uma outra opção é baixar gratuitamente o aplicativo Citymapper no seu celular. Com ele, você simplesmente digita o local que pretende visitar e basta configurar o seu celular para que o Citymapper possa localizar onde você está para receber várias opções de como chegar: ônibus, metrô, carro, bicicleta, Uber, etc.

COM O APLICATIVO “BUS TIMES” no seu celular, você fica sabendo a que horas o ônibus deve chegar ao ponto mais perto de você e se programar para chegar alguns minutos antes. O Bus Times pode ser baixado gratuitamente e informa a localização dos pontos de ônibus ao seu redor, as linhas que servem a área e o horário previsto para a chegada em cada ponto.

DIRIGIR EM LONDRES É ESTRESSANTE. Além das ruas estarem sempre interditadas por causa de obras, é muito difícil encontrar lugar para estacionar e as sub-prefeituras de Londres parecem ter declarado guerra aos motoristas. Se você estacionar em local não permitido, em questão de segundos pode chegar um fiscal e aplicar uma multa. Na maioria das áreas, a multa é de £80, mas pagando em 14 dias o valor é reduzido para £40. Em alguns bairros, é possível pagar em 21 dias e nesse caso o valor é reduzido para £65. O carro pode ainda ser grampeado ou guinchado. Para quem vai passar pouco tempo no Reino Unido, é bobagem tirar a carta de habilitação internacional, pois ela tem a mesma validade da carteira brasileira, ou seja, o brasileiro pode dirigir com a carteira de habilitação de seu país por 12 meses, a contar da data da entrada no Reino Unido.

Depois de 12 meses, ele só pode dirigir com a carteira britânica ou de algum país da União Europeia, mas a partir de 29 de março de 2019, quando o Reino Unido deixar a União Europeia, talvez seja preciso obter a carteira britânica depois dos 12 meses.

Se você vai ficar por aqui por menos de um ano e pretende apenas alugar um carro para viagens curtas, a carteira brasileira tem a mesma validade que qualquer outra. Mas se você pretende comprar um carro para dirigir, vale a pena investir na carteira britânica, mesmo no seu primeiro ano de Inglaterra, já que ao obter seguro compulsório (third part insurance), vai pagar muito mais por não ter a carteira britânica. Além disso, há seguradoras que nem aceitam motoristas com carteiras não europeias.

CONGESTION CHARGE Todo motorista que entra no centro ou em parte do oeste de Londres de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, tem que pagar um pedágio de £11.50. O pedágio não é pago na entrada da zona central, a “Congestion Charge” é vendida online (www.tfl.gov.uk) e pode ser paga também pelo telefone 0343 222 2222. Ao pagar, o motorista informa a placa do carro. As placas dos veículos que transitam pelo centro de Londres são registradas por câmeras para que seja verificado se a congestion charge foi paga. Se deixar para pagar no dia seguinte, o valor sobe para £14. Se não pagar até a meia-noite do dia seguinte ao ingresso do veículo na zona da Congestion Charge, o motorista recebe uma multa de £65, que sobe para £130 se não for paga em 14 dias. Você pode optar pelo “Congestiom Charge Auto Pay” e pagar £10.50 em vez de £11.50, economizando £1.

Como o próprio nome indica, com o “auto pay” o débito é automático. No site www.tfl.gov.uk, encontra-se a área exata no centro de Londres onde o pedágio é aplicado.

Motociclistas são isentos da Congestion Charge.

Veículos movidos a diesel pagam uma taxa extra, a T-Charge: https://tfl.gov.uk/modes/driving/emissions-

surcharge

TRADUÇÕES NO CELULAR Quem não domina o inglês não precisa se sentir constrangido ao sentar-se à mesa de um restaurante e não conhecer os pratos do cardápio. O aplicativo Google Translate tem um recurso chamado Word Lens, que traduz o texto de páginas, placas e cartazes sem que o usuário precise digitá-los. Basta focar o texto ou a palavra que deseja traduzir com a câmera do celular.

Se você encontrar uma porta com a palavra “push”, abrir o aplicativo e focá-la com a câmera do telefone, o Goggle traduz como “empurrar”. O mesmo se aplica aos pratos de um cardápio ou qualquer texto impresso.

Você só precisa selecionar a língua portuguesa nas configurações e deixar que o aplicativo as palavras estranhas que encontrar pelo caminho.

Mas cuidado com textos subjetivos, o Google Translate só é útil para frases básicas e palavras isoladas. Se você tentar traduzir, por exemplo, “a storm in a cup of tea” o aplicativo apresentará a frase “uma tempestade em um copo de chá” e a frase equivalente em português é “uma tempestade em um copo d’água”. Outro exemplo: a expressão “I have escaped by the skin of my teeth” seria traduzida como “Escapei com a pele dos meus dentes”, o que não faz o menor sentido em português. A tradução correta é “Escapei por um triz”.

COMPRAR OU VENDER LIBRAS O TravelMoneyMax é um aplicativo que compara as taxas de 40 bureaux de câmbio na Inglaterra. Se você precisa trocar libras por dólares, euros, reais, ou viceversa, vale a pena baixar esse aplicativo gratuitamente no seu celular. Funciona assim: você coloca o valor que quer trocar, o código postal de onde você está e quantas milhas está disposto a se deslocar para conseguir a melhor cotação.

O TravelMoneyMax apresenta uma lista de ofertas com a cotação de cada bureaux e informa quanto você vai receber pelas suas libras (ou pagar para comprá-las, se quiser trocar reais ou doláres)em cada bureaux.

SERÁ QUE VAI CHOVER? Assim como o iPhone, muitos celulares já vem com aplicativos que informam a previsão do tempo instalados no telefone.

Mesmo assim, vale a pena baixar o BBC Weather que informa com baixíssima margem de erro a previsão do tempo para diversos horários do dia. e ainda traz sugestões. Dos aplicativos testados pela Leros, é o mais preciso e sem nenhuma propaganda poluindo a tela do celular.

O Yahoo Weather também passou no teste e tem a vantagem de informar não só a temperatura ambiente como a sensação térmica, que costuma variar conforme os ventos quando estes castigam a cidade.

VOUCHER CLOUD Esse aplicativo tem se tornado popular por oferecer vouchers que você não precisa imprimir, basta mostrá-los na tela do celular quando estiver na loja, restaurante ou pizzaria que estiver oferecendo a promoção. Se você não se importa com a sensação de estar em um shopping centre quando olhar para a tela do telefone com o aplicativo aberto, vai receber ofertas de locais perto de você com promoções do tipo “peça uma sobremesa e a pague somente £1 pela segunda” ou “compre uma pizza e pague a metade pela segunda”.

A maioria das promoções é oferecida por redes como Pizza Express, Café Rouge, etc, mas às vezes surgem ofertas de lojas de calçados e roupas localizadas perto de você. O aplicativo pede permissão para acessar o mapa do seu celular e ter acesso ao local onde você se encontra e se você autorizar, receberá mensagens com ofertas de estabelecimentos perto de você. Se mudar de ideia, pode cancelar a permissão para o Voucher Cloud identificar a sua localização alterando as configurações do seu celular. É preciso cuidado com algumas promoções, pois elas nem sempre são válidas em todas as filiais de um restaurante. Cheque antes com o garçom ou balconista para não ser surpreendido quando mostrar o voucher na tela do seu celular e descobrir que naquela filial a promoção não é válida.

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