A ética da solidariedade

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A Ética da Solidariedade

Um ensaio histórico sobre a Nova Aliança Do Domínio Romano na Judeia até o Ministério de Jesus (63 a. C. a 33 d. C)



EDSON MONTEIRO

A Ética da Solidariedade

Um ensaio histórico sobre a Nova Aliança Do Domínio Romano na Judeia até o Ministério de Jesus (63 a. C. a 33 d. C)


Copyright © Edson Monteiro, 2011 profedson@terra.com.br Editor João Baptista Pinto Capa Francisco Macedo Projeto Gráfico/Diagramação Francisco Macedo Revisão Pedro Paulo Duran Prefácio de Marcelo Fernandes Bispo CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

M775e Monteiro, Edson, 1940A ética da solidariedade, um ensaio histórico sobre a Nova Aliança: do domínio romano na Judeia até o Ministério de Jesus (63 a. C. a 33 d. C) / Edson Monteiro – Rio de Janeiro: Letra Capital, 2011. 246p.: 23 cm Inclui bibliografia e índice ISBN 978-85-7785-126-3 1. Ética. 2. Aliança (Teologia). 3. Civilização antiga - História. 4. Judeus – História – Rebelião. 5. Jesus Cristo – Personalidade e Missão. 6. Filosofia e religião. I. Título. 11-6610.

CDD: 170 CDU: 17

04.10.11

13.10.11

Letra Capital Editora Telefax: (21) 2224-7071 / 2215-3781 www.letracapital.com.br

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Agradecimentos

Antes de tudo, agradeço ao Deus de Abraão, o Deus ùnico, o nosso Deus, que me concedeu o direito à ousadia de escrever a respeito de Sua história, uma dádiva que deixo à posteridade, em nome de Jesus; Aos meus irmãos da Igreja Missionária Evangélica Maranata, que me incentivaram— a maioria, anonimamente — com seus sorrisos e bênçãos após o lançamento de meu trabalho anterior, o “A Ética da Obediência”, sustentando o meu fôlego e levando-me à obstinação de elaborar esse novo trabalho; À minha irmãzinha em Jesus, doutora Maria Helena Diniz do Rego Monteiro Gonçalves, sempre presente na fé, pelo gesto de bondade fraternal por mim mencionado no segundo subtítulo do primeiro capítulo deste trabalho; Ao jovem mestre, doutor Marcelo Fernandes Bispo, pela honra de me ter concedido o Prefácio e pelos ensinamentos ministrados aos domingos, nos nossos inesquecíveis estudos bíblicos onde a clarividência das lições contidas na Palavra de Deus invade — benfazejamente — os nossos corações e nossas mentes; À amiga recente, jornalista competente, Tania Coelho, que se dispôs a redigir a “orelha” deste trabalho, por bondade dela, é


verdade, mas principalmente pelo acolhimento ao meu pedido, prova inconteste da empatia flagrante surgida nos nossos encontros de trabalho no Conselho Editorial do Clube de Engenharia; Ao meu amigo engenheiro Amadeu de Azevedo Filho que, quando completei meus setenta anos, me presenteou — por sua sensibilidade fraterna — com o recurso de mídia onde redigi este trabalho e com o qual pude manter-me ligado às intervenções editoriais. A todos os amigos e amigas, e também aos meus familiares, aos quais subtraí o tempo de atenção que a eles deveria ser dirigido, por conta da dedicação a trabalhos como este; A todos os que tornaram viável esta edição, desde aquele a quem tenha cabido o mais simples dos trabalhos até o meu editor João Batista e sua equipe. Deus abençoe a todos!


Nota do Autor

Prezada leitora, prezado leitor, Você estará lendo um ensaio despretensioso elaborado por quem não detém os atributos formais do historiador nem do teólogo. Minha autoavaliação, diante da ausência daqueles predicados, se resume a considerar-me corajoso em fazê-lo, defendendo sua feitura com o escudo da honestidade, do uso do registro e da lógica, reservando-me o direito de mencionar — sempre sublinhando — momentos em que os fatos deixam de ser cientificamente históricos para mergulhar no imponderável da fé. Nestes últimos mencionados instantes, o meu estudo mostrou-me, sempre, que não estou sózinho. Muitos foram os filósofos que conviveram com experiências de igual tipo. No meu texto, passo por eles muito levemente, mas o faço com firmeza despreconceituosa, entendendo que toda e qualquer visão do homem culto ou experiente compõe a obra de Deus e, como tal, deve ser respeitosamente acessada e trazida ao mundo das mentes, quiçá ao dos corações. Encerro, com este trabalho, uma viagem milenar que abrangeu o período desde a Criação — conforme os Hebreus — até o derradeiro instante da morte terrena de Jesus. Ele era o meu alvo, mas me pareceu imposssível, diante de meus parcos recursos,


abordá-Lo sem recuar aos primórdios da Antiga Aliança. Foi o que fiz desde o meu ensaio anterior. O resultado me gratificou. Sinto-me leve. As lições oriundas da Palavra Divina, que Jesus reorganiza em Sua Nova Aliança, tornaram-se para mim tão determinantes que ouso — ainda uma vez mais — esperar que meu texto possa auxiliar irmãos a uma melhor comprensão sobre o mundo em que vivem. Digo isto, tomado por imenso sentimento de solidariedade.


Sumário

Prefácio.......................................................................................... 15 Primeira Parte Do paradigma das “Terras Para Melhor Viver” ao das “Terras para Dominar e Reinar” A civilização após a morte de Alexandre o Grande 1. Introdução

Uma Confidência Necessária......................................................... 22 A Oportunidade que Deus me Deu.............................................. 23 A Base Argumentativa de Nolan................................................... 24 Uma Sincera Declaração de um Ético Convicto.......................... 27

2. Do Registro Linguístico e Sua Interpretação

A Interpretação Correta da Palavra.............................................. 29 Denotando e Conotando Certo Vocábulo da Palavra................ 31 Consolidando Conceitos: Conotação, Metáfora e Parábola...... 34 Uma Definitiva Digressão Teórica Sobre o Uso de Metáforas... 38

3. Os Primeiros Momentos da Viagem

O Sentido de Um Salvo-Conduto.................................................. 44 Preparando Para o Sobrevoo à Judeia dos Romanos.................. 48 Algumas Benesses aos Tolerantes e Fiéis Judeus......................... 56


4. O Despertar dos Judeus para as Batalhas

Uma Explicação ao Leitor, Seguida de um Pedido...................... 62 Voltando à Viagem.......................................................................... 63 Uma Agregação Conceitual Oportuna e Importante................. 66 Um Herói Interfere na Cultura da Acomodação......................... 74

5. Finalmente, um Pouco de Liberdade

Uma Ajuda, para o Caso de Possíveis Confusões........................ 82 Retornando à Viagem..................................................................... 85 Escaramuças da Sucessão do Monarca Cruel.............................. 88 Um Inédito e Histórico Acordo..................................................... 90 A Aliança Inesperada e a Reação Inútil do Rei Selêucida.......... 93 Um Engano Circunstancial Muda uma Aliança Sólida.............. 95 Uma Inesperada Bondade, Seguida de Nenhum Bom Senso.... 98 O Verdadeiro Trífon se Revela, Mas.............................................. 103

6. Os Judeus com Jerusalém nas Mãos

Revisando e Reforçando Conceitos............................................... 107 Prosseguindo a Viagem................................................................... 108 Da Reação de Demétrio e dos Novos Cenários........................... 111 As Seitas dos Judeus e seu Posicionamento Perante a Lei.......... 115 O Paradoxo Comportamental de Aristóbulo............................... 119

Segunda Parte Da espera de um Rei daquele Povo à Mensagem de Amor para toda a Humanidade 1. O Quadro Sócio-Político da Judeia Dominada

Posicionando os Fatos..................................................................... 132 De Antípatro a Tibérius Caesar e a Herodes Antipas................. 138 Enfim, a Resultante Sócio-Política................................................ 141


2. Os Primeiros Registros Bíblicos da Nova Era

Uma Confissão Lúcida e um Respeitoso Pedido......................... 149 A Gênese de Um Modelo de Fé Salvadora................................... 150 A Bela História que Lucas nos Traz............................................... 153 Bem no Início dos Anos Trinta da Nova Era............................... 158 Os Primeiros Momentos entre Batista e Jesus............................. 163

3. Um Cuidadoso Olhar sobre o Social da Época

Identificando Alguns Atores Sociais............................................. 173 A Compaixão como Razão de Agir............................................... 178 Os Primórdios do Surgimento de João e Jesus............................ 184 A Estratégia de Caifás para Matar Jesus....................................... 187 Um Pouco de Jesus Histórico e Social.......................................... 191 Conclusão Sinótica.......................................................................... 194

4. A Nova Aliança

Um Testemunho Saído da Alma.................................................... 198 Os Homens do Caminho................................................................ 203 O Cumprimento da Lei, Segundo Jesus........................................ 205 A Missão de Solidariedade............................................................. 208 A Essência da Nova Aliança........................................................... 211 Um Exemplo Definitivo da Tese da Nova Aliança...................... 214 Um Passeio Oportuno pela Vã Filosofia....................................... 218

5. A Ética da Solidariedade

Breve Revisão................................................................................... 226 O Desfecho e a Lição....................................................................... 232

Notas e Referências Bibliográficas.............................................. 238



PREFÁCIO

A vida moderna nos traz inúmeros desafios que nada mais são que velhos dilemas reeditados pela velocidade e intensidade com que as coisas acontecem na era digital. Nossas fronteiras foram alargadas até completarem uma volta ao mundo, a ponto do acontecimento local se tornar em global em dois movimentos contínuos: de nós para o mundo e do mundo para nós. O idioma não é mais o português e eventualmente o francês ou o inglês. Mas, também o mandarim, o árabe, o alemão, o espanhol, o russo — sem contar com os termos típicos das redes sociais e da internet, verdadeiro idioma paralelo — e tantos outros que deixariam os espectadores da Torre de Babel com a sensação de que a confusão universal das línguas criou uma para cada pessoa do mundo, como um idioma particular, onde se aplica mais tempo tentando se explicar e ser entendido do que propriamente se discorrendo sobre o conteúdo da mensagem. O mundo sai da guerra fria — onde seria necessário tão-somente escolher um dos lados, imediatamente identificado como bom ou mau — onde o autor da escolha ficaria, com suas ideias e ideais instantaneamente rotulados em sua testa. Hoje, com tantas ideologias políticas, filosóficas, religiosas e existenciais os rótulos podem até ser utilizados, mas, terão que ser colocados uns sobre os outros, com inúmeras rasuras e escritas à mão, numa inútil e improvável tentativa de ressignificação do indivíduo, de fora para dentro. A Ética da Solidariedade

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Se as notícias não forem lidas nos tablets ou em outras mídias eletrônicas, onde a atualização é “on time, on line, full time”, os velhos jornais que chegam em nossas casas no meio da madrugada podem se tornar pitorescos suvenires dos fatos históricos, mesmo antes de serem lidos durante o tranquilo café da manhã em sua casa, caso você seja um daqueles privilegiados que conseguem manter esse antigo ritual diariamente. Mas, por que tanta pressa? Por que tantas informações? Acaso conseguiríamos aplicar todo o conhecimento eventualmente acumulado e desenvolvido às nossas próprias existências, ligeiras e efêmeras como a erva que seca? Certamente, não! Entretanto, o ser humano possui necessidade vital de conhecer e gerar conhecimento. Aqueles que pretendem existir e se distinguir dos ancestrais primatas, sejam os de Darwin, sejam os do Éden, acabam se dedicando à essa árdua tarefa, como que por um instinto ou impulso primitivo e animal, do qual não podemos, não conseguimos — ou não queremos — fugir. Vivemos para isso: acumular o conhecimento e transmitir aos que nos sucedem numa tentativa de autoperpetuação através continuidade da espécie, fazendo com que o homem se deixe levar pela expectativa da eternidade plantada, antes da mortífera degustação do fruto do conhecimento do bem e do mal. O conhecimento é a matéria prima do raciocínio. Sem o conhecimento sobre os elementos químicos não haveria como se formar o raciocínio de que a união de duas partes de hidrogênio com uma parte de oxigênio forma a água. Sem o conhecimento da história brasileira não teríamos como concluir o raciocínio de que diversos traços de nossa personalidade, como povo, decorrem de uma colonização de exploração, nas suas mais variads formas e intensidades, impetradas por diversas personagens e instituições, pacientemente, ao longo dos últimos séculos. Mas, como buscar o conhecimento para construir o raciocínio e efetivamente existir para si e para os outros? 16 ▪

Edson Monteiro


A tecnologia nos coloca a um clique das maiores e mais remotas bibliotecas do mundo, as mais diversas línguas e linguagens, textos esclarecedores e contraditórios, clássicos ou vanguardistas, antigos e modernos. Mas, seria isso fácil e suficiente? Quem buscasse o conhecimento, há tempos atrás, precisaria ler e dirigir uma ínfima parte daquilo que nos é disponibilizado como leitura obrigatória na atualidade. Homero não precisou estudar Aristóteles, que não pode ler sobre Agostinho, que não conheceu Maquiavel, que não teria como ter ciência sobre os ensinamentos de Kant, que nunca ouvira falar de Dostoiévski, que não foi criado com as fábulas de Monteiro Lobato e esse, por sua vez, morreu sem ter nenhuma ideia de quem viria a ser Gabriela, cravo e canela. Nós, não! Precisamos conhecer uma infinidade de obras e, dependendo de nossas áreas de atuação e conhecimento, ainda teremos que nos desdobrar nos comentários sobre os seus textos, que muitas vezes falam além — e até se excedem — da extensão do pensamento proposto. Mas, por onde começar? Separando todos os livros para lê-los nos próximos cinquenta anos? E depois, teríamos ainda fôlego para tentar produzir algo que ainda não foi dito ou concluiríamos, mental e intelectualmente exaustos, como Socrates ( o filósofo, não o jogador) que tudo que sabemos é que nada sabemos? E se fosse possível trocar horas e horas de leituras densas, das nossas infinitas bilbiotecas digitais e digitalizadas, por alguns instantes de uma conversa aprazível? Não aquela conversa jogada fora, sem sentido, onde as pessoas se esvaziam e não se preenchem, mas um papo informal e de conteúdo, cheio de boas referências. Basta se imaginar no conforto da sala de sua casa e, de repente, alguém que você nunca viu, mas, tem a sensação de cohecê-lo desde sempre, puxar uma cadeira ao seu lado e começar a conversar sobre os mais relevantes momentos da história da humanidade e suas consequências para o nosso mundo. A Ética da Solidariedade

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Pois é justamente essa a sensação de quem lê um livro do Professor Edson Monteiro. As palavras, antes de serem lançadas, parecem ter sido cuidadosamente escolhidas e eventualmente lapidadas pela pena habilidosa de um amante das letras que, sem cerimônias, passeia por grandes obras intelectuais como quem simplesmente conta um fato presenciado. O leitor facilmente abstrai a realidade do ambiente à sua volta, despojando-se da típica solidão experimentada na árdua tarefa de captar e interpretar símbolos gráficos pretos sobrepostos em brancas folhas, sendo convidado para uma conversa despretensiosa, onde se pode ouvir — acredite! — um fundo musical, enquanto as palavras vão se organizando diante de nossos olhos, quase que levemente dançando, enquanto as lemos. Em mais uma obra delicada, esse mestre das boas letras nos traz a realidade dos fatos compreendidos entre o último profeta do Antigo Testamento e a singela revelação do Messias, trazida pelos evangelistas. O período entre Malaquias e Mateus parece ser de alguma forma ignorado pelas pessoas que se interessam pelas Escrituras, muito provavelmente pelo enigmático e aparente silêncio sobre esses acontecimentos. Digo aparente, pois, na verdade há nos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento diversas menções diretas ou indiretas a esse período, bem como citações expressamente transcritas que somente fazem sentido se conhecermos o panorama que as antecedem. A cisão e as sucessivas dominações dos Reinos de Israel eJudá, bem como as intrigas e jogos políticos entre diversos personagens e as inúmeras facções são as chaves para a real compreensão do contexto histórico de Jesus e os seus desdobramentos para a comunidade local e, posteriormente, para toda humanidade, mesmo para aqueles que não se interessam pela amplitude religiosa desses acontecimentos. 18 ▪

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Quais os generais e impérios que dominaram a região que semeou a cultura recorrente em quase todo o planeta? Como entender a relação daqueles que se entendiam como judeus com os estigmatizados samaritanos? Quais as implicações da contextualização dos essênios, saduceus e fariseus para as histórias que já conhecemos como fruto de nossa cultura ocidental? Quem foi Herodes ou quem foram os Herodes que marcaram para sempre a história da humanidade com suas disputas políticas locais? Essa obra preenche a lacuna intertestametária e viabiliza ao leitor, seja o mais simples ou o mais erudito, a compreensão de uma história que conhecemos — relativamente bem — o início e o fim, mas que nos faltam importantes elos de ligação capazes de mudar nossa perspectiva sobre o tema. Além da pertinência sobre o tema e a habilidade narrativa, esse livro não pode ser simplesmente taxado como mais um entre tantos, por uma razão muito especial: a perspectiva do autor. Sim, pois nada mais normal do que ver um historiador escrevendo sobre história, ou um filósofo sobre filosofia, ou ainda, um teólogo sobre teologia. O que esses textos possuem em comum? A inevitável obviedade de se percorrer o caminho já pisado das velhas ideias que parecem servir somente para perpetuar conceitos herméticos e, por isso, pouco férteis para se elaborar um pensamento oxigenado, realmente vivo em essência. O que o leitor possui em suas mãos vai muito além disso. É a visão racional e matematicamente sequenciada de um engenheiro que cuidadosamente põe e sobrepõe os diversos fatos históricos como quem constrói um complexo edifício, muito bem fundamentado e esteticamente resolvido, para servir aos ideais mais pragmáticos da nossa vida cotidiana. Temos, portanto, uma obra sem os habituais vícios teológicos da religiosidade acadêmica, despida da indiferença existencialista de uma filosofia parnasiana, sem uma perspectiva histórica ideologicamente eivada pelos muitos ventos politizados. A Ética da Solidariedade

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Nada de profissionalismo! Simplesmente um amador, na melhor acepção da palavra, magistralmente concebida pelo poeta Roberto Diamanso, que com sua natural candura, afirmou, sem rodeios que “se armador é quem arma, eu quero ser sempre amador, pelo tanto que eu amo!” Inegavelmente, Edson Monteiro é uma amador por convicção e excelência. Ama a história, ama a filosofia, ama o conhecimento, ama as letras. Não ama como ordinariamente se amam as coisas mais banais da vida. Antes, permite-se permear um amor que é fruto de uma experiência real com um Amigo que sempre o acompanhou, bem de perto, sempre muito presente, mas, que parece ter reservado o fino da amizade já para o tempo da maturidade. A odisseia de um homem que se viu reinventado quando o lógico seria a sedimentação da própria existência, certamente trouxe a ele e a sua obra uma nova visão do mundo a partir de lentes talhadas em dimensões que transcendem a finitude do óbvio. Assim, podemos afirmar que a reconciliação de sua existência com a sua razão de existir nos trouxe o frescor de leves pensamentos em mais uma relevante obra, repleta dos mais importantes conceitos sobre a humanidade, sob o ponto de vista do seu criador. Os leitores que cederem ao impulso de conhecer e prosseguir em conhecer, reféns da modernidade que nos viabiliza um grande conteúdo em velocidade que excede a nossa parca capacidade de absorção das informações disponíveis, fiquem certos de que possuem em suas mãos excelente obra de referência, ponto de partida para muitas e interessantes jornadas, guiadas por alguém que não se cansou de caminhar e, por isso, simplesmente se permite fazê-lo com o frescor dos primeiros passos. Marcelo Fernandes Bispo Advogado e professor 20 ▪

Edson Monteiro


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