O homem, a mulher e o tempo

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O Homem, a Mulher e o Tempo vida que foi, vida que fica



Antonia Krapp

O Homem, a Mulher e o Tempo vida que foi, vida que fica


Copyright © Antônia Krapp Tavares, 2008 antoniak@uninet.com.br Editor João Baptista Pinto Capa Luiz Henrique Sales Digitação Mariane Christine Boldori Editoração Eletrônica Silvana Quirino Revisão Rita Luppi Ilustração Luisa Tavares Cip-Brasil. Catalogação na Fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. K91h Krapp, Antonia, 1935O homem, a mulher e o tempo : vida que foi, vida que fica / Antonia Krapp. - Rio de Janeiro : Letra Capital, 2008. ISBN 978-85-7785-022-8 1. Krapp, Antonia, 1935-. 2. Viuvez. I. Título. 08-2912.

14.07.07

CDD: 869.98 CDU: 821.134.3(81)-8

16.07.08

Letra Capital Editora Telefone (21) 2224-7071 / 2215-3781 www.letracapital.com.br

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Dedicatória A cada ser humano que viveu um luto. A cada ser humano que superou e encontrou luz para continuar sua trajetória que é única e preciosa! Mesmo regando com lágrimas as nossas sementes de ternura e gratidão vão nascer e enfeitar os nossos caminhos.


Agradecimentos Aos meus filhos, noras e aos meus netos, incentivando sem interferir. O afeto da neta Luisa fazendo os desenhos para ilustrar. A curiosidade dos netos menores observando como se faz um livro. Uma alegria vê-los. Ao filho Necesio, no momento longe do Brasil, mas tão próximo com o milagre do computador. Suas mensagens diárias amenizando a saudade. Toda a minha amada família. Às amigas e amigos que aquecem o meu coração com presença e palavras. Gratidão por colocar três nomes de pessoas das minhas queridas cidades: Therezinha Wolff - Porto União, SC e União da Vitória, PR Regina Casillo - Curitiba, PR Francisco Gregório Filho - Rio de Janeiro, RJ

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No silêncio do luto a nova identidade se revela dominante, impondo a grande experiência humana da perda de seu par. Viúva. Viúvo. Escrever sobre viuvez numa abordagem lúcida é tarefa difícil. Na literatura encontramos textos poéticos, romances, pesquisas e estatísticas frias, deboches e ironias. Procurei fazer um texto partindo da realidade que vivi. Com sentimento e emoção ouvi histórias de sentimentos e emoções. Avaliei e pesquisei. Escutei formal e informalmente. A viuvez é uma continuidade da vida. Um começo de sobrevivência a partir de um fato determinante, concreto, irreversível: a morte. A caminhada do par acabou! A viuvez desorganiza a estabilidade terminando a parceria para sempre. Há perdas e lutos na história de cada pessoa. Feridas abertas para sempre quando se perde um filho. Porém a viuvez é um relato específico, é um luto específico. A identidade muda. É oficial! Uma realidade que tem que ser aceita. Um tecido áspero na pele. Só o que permanece é lembrança e saudade. As vezes é até preciso silenciar essas lembranças e saudades para não pesar em quem está por perto. É difícil suportar o luto dos outros. Somos marcados pela finitude e isso nos incomoda. Com a memória de quem amamos podemos recuperar a alegria e a força de viver. Há um amor que não exige recompensa. São elos de uma corrente que liga o esquecimento e as lembranças. É o amor entre os vivos e os que morreram! É de amor que precisamos. Assim na terra como no céu. Antônia Krapp Outono, 2008

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Sumário

Apresentação................................................................11 Quando te conheci......................................................13 Eu fiquei.......................................................................14 Viuvez...........................................................................17 A viúva e o viúvo.........................................................23 Luto...............................................................................31 A roda de Ezequiel......................................................36 Diário de um viúvo.....................................................38 Diário de uma viúva....................................................41 Teresa............................................................................46 Ser feliz na viuvez. Pode?...........................................46 Família...........................................................................51 O rio..............................................................................54 Estranho e perigoso....................................................56 O cordeiro....................................................................58 Felícia.............................................................................62 Esperança.....................................................................67 Irena Sendler................................................................70 Dra. Elizabeth e a gratidão da viúva.........................75 Uma criança..................................................................80 A casa das quatro viúvas............................................83 Abandono.....................................................................88

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O sentido da vida........................................................93 A proteção da família..................................................95 Como saber................................................................100 Semente de mostarda................................................104 O luto numa carta.....................................................106 O segredo...................................................................108 Convite à vida do tempo..........................................111 Tempo.........................................................................114 Minha oração.............................................................116 Receitas.......................................................................117

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Apresentação

Contar histórias é vocação de Antonia Krapp. Como uma rendeira experiente domina a arte de tecer o fio, Antonia tece histórias com fio sutil e mágico, entrelaçando linhas e lembranças. Contando histórias resgata o conhecimento milenar de transmitir valores através de um sensível enredo narrativo que mescla vida e fantasia. A professora, a orientadora educacional,a mãe, a avó enfim a mulher inteligente e multifacetada que, para alegria de seus amigos e leitores chega ao terceiro livro. Pães, histórias e afetos foi o primeiro. Pão é alimento vivo: depois de moldado cresce.Com mãos diligentes fez o fermento da criatividade e sensibilidade transbordar. Surgiu o segundo livro: Dom de Amar – Histórias do Coração. Observadora arguta, permite a seus leitores que partilhem vivências familiares, histórias que são suas mas que poderiam ser de muitas pessoas. A escritora comunicadora nata que é Antonia lança agora mais este livro: O Homem, a Mulher, o Tempo – Vida que foi, vida que fica. Perguntaram-me: é triste? Respondi: é real, é vida, é reflexão, é memória. Mas como diz a própria autora “com a memória de quem amamos podemos recuperar a alegria e a força de viver”. A partir da realidade a trama envolvente do livro traz mais amor que tristeza, mais aconchego que solidão, e, principalmente, muita fé na vida, na humanidade, em Deus. Obrigada Antonia por seus livros, por suas histórias e “estórias”, por seus exemplos e pesquisas. Citando a poeta O Homem, a Mulher e o Tempo

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paranaense Helena Kolody sinto que suas palavras em seus livros, seus ensinamentos e exemplos, sua narrativa perfeita de mulher culta não mais pertencem a você. São como os Pássaros Libertos da poesia: “Palavras são pássaros Voaram! Não nos pertencem mais!” O HOMEM, A MULHER, E O TEMPO vai voar muito e levar de forma lúcida e amável sentimentos positivos a um número extraordinário de pessoas. Regina Casillo

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