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Um pequeno comentário
Como fizemos referência na introdução deste trabalho, as fontes que consultamos correspondem a 75 processos-crimes de defloramento do Arquivo do Tribunal de Justiça do Estado do Pará e a 70 autos de diligências policiais do Arquivo Público Estadual do Pará. À época da pesquisa, apenas um pequeno número dos 75 processos-crimes de defloramento encontrava-se organizado em caixas já devidamente catalogados, sendo que a maior parte deles estava em pacotes em que havia também processos acerca dos mais diversos tipos de crimes, que, da mesma forma que aqueles, estavam sem a devida catalogação, pois esse tratamento arquivístico estava sendo iniciado, na época. Em relação aos autos do Arquivo Público Estadual, eles fazem parte dos fundos de diligências policiais, estando separados em anos com um código de referência do documento. No levantamento feito junto a essa documentação, selecionamos todo e qualquer tipo de documento envolvendo crimes de defloramento e/ou rapto seguido de defloramento, devendo ressaltar que alguns desses autos estavam completos, contendo a queixa, o exame de corpo de delito, os depoimentos das partes e das testemunhas, o relatório do chefe de segurança, e o encaminhamento à promotoria. A maioria deles, no entanto, apenas continha uma ou outra dessas partes, predominando aquelas em que se registrava a queixa, o que nos permite pensar que muitas dessas partes ausentes podem ter sido perdida ou ainda que nunca existiram, pois tanto os queixosos como as autoridades podiam não investir no encaminhamento do auto, que, dessa forma, se restringia aos procedimentos iniciais.
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