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O JORNAL COM NOTÍCIAS • DIRECTOR: LUÍS GALRÃO • ANO 3 • QUINZENAL •
26 DE SETEMBRO DE 2008 • N.º 34
D I S T R I B U I Ç Ã O G R AT U I TA
PS devolve pelouros a Seara
OBRAS NO IC19 COM FIM À VISTA O calvário dos automobilistas com as obras no IC19 pode terminar com o fim da última fase de alargamento, ainda durante a primeira quinzena de Outubro. A data foi avançada Diário de Notícias por fonte do gabinete do Secretário de Estado das Obras Públicas, mas o dia da inauguração das novas vias entre o Cacém e Sintra ainda não é conhecido. Fora deste prazo fica ainda o nó de Paiões, cuja conclusão só deve ocorrer em Dezembro.
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O ABANDONO DE ANIMAIS “É UMA CALAMIDADE” As férias de Verão já lá vão, mas para muitos residentes no canil municipal de Sintra, as férias forçadas fora de casa ainda continuam. São mais de três centenas de cães e gatos acolhidos em espaços desadequados enquanto o novo canil não é construído. Uns estão envolvidos em processos judiciais, outros apenas a aguardar um destino, de preferência um novo dono que não os abandone.
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E.LECLERC INAUGURADO EM ALGUEIRÃO-MEM MARTINS O Grupo E. Leclerc inaugurou esta semana o 20º supermercado em Portugal, tendo escolhido Algueirão-Mem Martins para dar continuidade à estratégia de expansão nacional da marca francesa. O novo supermercado vai contar com 170 colaboradores directos e 100 colaboradores indirectos. O investimento inclui ainda um centro comercial de 1500m2 com 20 lojas.
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Obras do IC19 terminam em Outubro Assembleia Municipal fa el a por tagens na A1 6 favvoráv orável portagens A16 Os deputados municipais de Sintra chumbaram na última Assembleia Municipal uma moção da CDU contra a instalação de portagens na futura auto-estrada A16 (que engloba o IC16 e o IC30). A proposta teve os votos contrários do PS e a abstenção da Coligação Mais Sintra e de um deputado do Bloco de Esquerda. A moção criticava a intenção do Governo de colocar portagens na A16 “e as graves consequências de tais medidas sobre a vida dos residentes da Área Metropolitana de Lisboa em geral e dos residentes do concelho de Sintra”. A CDU entende que as portagens são uma “inaceitável discriminação negativa sobre Sintra”, dado que irão incidir sobre “vias fundamentais sem alternativas viáveis num território desordenado e com insuficiência de estruturas várias”.
Expectativ as contidas nas freguesias Expectativas
Se a previsão da Estradas de Portugal se mantiver, o calvário dos automobilistas com as obras no IC19 pode terminar com o fim da última fase de alargamento, ainda durante a primeira quinzena de Outubro. A inauguração das terceiras vias no troço agora renovado entre o Cacém e Ranholas estava prevista para Junho, depois para 30 de Setembro, e agora ainda não tem um dia definido. A nova data foi avançada ao Diário de Notícias por fonte do gabinete do Secretário de Estado das Obras Públicas. Para mais tarde, apenas para Dezembro, fica a conclusão do nó de Paiões, entre Cacém e Rio de Mouro. “Espero que o alarga-
mento pelo qual me bati durante muitos anos esteja totalmente concluído até ao final do ano”, refere Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra. Depois de terminadas as obras, todo o percurso do IC19 será composto por três vias em cada sentido, quatro junto aos nós de saída. “Será uma data importante, não só pelo alargamento do IC19, mas pelo que se vê na mudança global de Sintra, particularmente o grande avanço das obras da A16, onde já é possível ir de jipe desde o início do IC16 junto à CREL até ao nó de Alcabideche da IC30 com a A5”, explica o autarca, que conhece bem as demoras no IC19. “Tenho vivido as obras des-
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de que fui eleito para Sintra, porque todos os dias passo nelas”, conta. O alargamento do IC19 é uma ambição com mais de dez anos, que foi sendo concretizada aos soluços (ver cronologia) e com a marca de promessas políticas não cumpridas, prazos ultrapassados, várias visitas ministeriais e pelos protestos dos automobilistas. “Estou convicta de que se não tivéssemos criado a Comissão de Utentes do IC19 em 2001, ainda hoje não teríamos o alargamento”, afirma Guadalupe Gonçalves, actual porta-voz da nova Comissão para a Mobilidade Sustentável no Concelho de Sintra e ex-autarca no concelho. “É óbvio que hoje se circula mais rápido no IC19, mas faltam ainda um conjunto de vias alternativas, algumas em construção como o IC16 e o IC30, que deveriam estar prontas em simultâneo com o alargamento e que ainda vão demorar”, queixa-se. “Além disso, como vão ter portagens, não vão ser uma alternativa ao IC19, como prova a dimi-
nuição de tráfego que se verificou na CREL após a adopção de portagens”, reforça. Mas para Seara, a questão das portagens está ultrapassada. “É um decreto-lei, uma concessão” e o resto são opiniões, como a de António Costa. “Ouvi que o presidente da Câmara de Lisboa defende que parte das portagens da A16 revertam para Lisboa. É uma proposta interessante, mas só interessante. E também é reflexo de uma realidade que nos obriga a debater todos os mecanismos de ligações na AML”, afirma. “Se essa proposta for colocada, com certeza em relação à portagem próximo da CRIL, é natural que outros presidentes de Câmara suscitem outras matérias, como exigir que o Metropolitano chegue a Sintra, para não beneficiar exclusivamente Lisboa, Odivelas e Amadora”, avança. “São matérias interessantes que ajudarão a perceber que os custos da capitalidade também têm benefícios da capitalidade”, reforça.
Autarcas e utentes reagem com cautela ao fim das obras no IC19. Preocupa-os o atraso nas circulares ao Cacém, duas vias municipais “prometidas desde que começou o alargamento, ainda na Amadora, quase no século passado”, refere Guadalupe Gonçalves. Sem essas vias, “o alargamento não vai ter grande impacto no interior das freguesias e a prova é a cidade de Agualva-Cacém, que mesmo depois de ter as obras do Polis concluídas continua a ser um ‘nó górdio’ porque todo o trânsito tem de passar pelo meio da cidade”, explica. A Comissão defende “um plano de mobilidade para o concelho e uma articulação urgente entre a Câmara, o Ministério das Obras Públicas e a Autoridade Metropolitana de Transportes, cuja entrada em funcionamento é urgente”. Sem isso, diz, “o caracol deixa de estar no IC19 e passa para o interior das freguesias”, onde “os transportes públicos continuam a não ser um alternativa, porque faltam vias descongestionadas e um meio de transporte pesado para a zona norte, como um metropolitano”. A situação é conhecida pelo presidente da Junta do Cacém, que partilha as mesmas preocupações. “Enquanto o alargamento não estiver completamente concluído, assim como um conjunto de vias complementares, não se pode fazer uma avaliação concreta sobre as melhorias para os munícipes”, admite José Faustino. A freguesia espera também que sejam recuperadas algumas vias que apresentam uma “degradação notória do pavimento em virtude do maior desgaste” registado durante as obras. A cautela é semelhante em Rio de Mouro. “A verdade é que as saídas do IC19, sobretudo as primeiras rotundas não têm largura suficiente para escoar o trânsito facilmente e essa é uma limitação que nunca se chegará a ultrapassar, porque as urbanizações estão em cima da estrada e não há espaço”, refere Filipe Santos. Aqui, o problema será parcialmente resolvido com a ampliação da principal entrada. “Nas negociações que a Câmara e a Junta tiveram no âmbito do novo posto da Repsol, conseguimos como contrapartida alargamento para duas faixas de saída para Lisboa e duas faixas de entrada em Rio de Mouro, com iluminação central e ainda com alargamento da rotunda”, conta. As obras já estão no terreno e “irão demorar bem para lá de Dezembro”. No final, o autarca espera que o novo IC19 “funcione bem e acabe com a fila de horas para chegar a Lisboa”. Entretanto, Fernando Seara promete “boas notícias” sobre as circulares: “estamos numa fase de negociação com as Estradas de Portugal”. A Câmara tem o projecto de execução pronto, mas falta “arranjar os mecanismos totais de financiamento e articular isso com as responsabilidades assumidas pelo então Instituto de Estradas de Portugal.” O autarca acredita que a solução definitiva para pelo menos para uma das vias deve ser encontrada até ao final do ano. Até lá, serão inauguradas as novas faixas no IC19. “Vou sentir-me simultaneamente satisfeita e frustrada. Satisfeita por ter participado na Comissão que foi o rosto dos munícipes naquele momento de indignação, e por isso valeu a pena, pelo alargamento Mas também frustrada, porque há uma série de medidas que não andaram. Há muito por fazer em termos de mobilidade sustentável para o concelho”, desabafa Guadalupe Gonçalves. L.G.
Luís Galrão
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Vereadores socialistas devolvem pelouros a Seara
Os quatro vereadores socialistas na Câmara de Sintra devolveram anteontem os pelouros ao presidente Fernando Seara, na sequência de um incidente “inaceitável” ocorrido na quarta-feira. João Soares, o agora ex-vereador do Turismo, justifica que “deixou de haver condições políticas para continuar a exercer os pelouros atribuídos pelo presidente”. O anúncio dos socialistas surge após Fernando Seara ter retirado o pelouro da Informação ao Consumidor ao vereador Eduardo Quinta Nova, durante uma discussão acalorada na última reunião camarária. “A política faz-se com dignidade e com firmeza de carácter e em circunstância nenhuma podia passar pela cabeça de alguém e muito menos pela cabeça de alguém tão experimentado politicamente como é o presidente da Câmara, que se tira assim um pelouro a uma pessoa que faz parte de uma força política com a qual se fez um acordo”, justifica Soares.
Para Rui Pereira, presidente da comissão política concelhia do PS e ex-detentor da pasta do desporto, “não há outro caminho”. O que aconteceu na reunião de Câmara “foi uma tentativa de manietar e de impedir os vereadores socialistas de darem público testemunho das suas opiniões sobre os problemas do concelho, de restringir a nossa liberdade e isso não podemos aceitar”, diz. Os socialistas “lamentam” a medida que tomaram, dizem, sem ter em conta qualquer calendário eleitoral. “Fazemo-lo com tristeza, porque tínhamos um sentimento de que estávamos a dar um contributo significativo, à medida das nossas possibilidades, em áreas como as finanças municipais, o desporto, a juventude e da defesa do consumidor e também modestamente na área do turismo”, explica João Soares. O grupo considera que a reacção de Seara “não foi um acidente. Se fosse o caso, estaríamos prontos
para um pedido de desculpas, mas tratou-se de uma decisão política à qual respondemos também no plano”, salienta João Soares. Os vereadores garantem que “não há um abandono, mas sim uma entrega” e prometem “cumprir o mandato até ao fim”. “Estamos disponíveis para apoiar os próximos responsáveis, transmitindo-lhes a agenda e os assuntos pendentes para que tudo corra sem sobressaltos”, reforça Rui Pereira. Já Eduardo Quinta Nova, o vereador responsável pela polémica, garante que “manteria o assunto” que levou à reunião, porque é “absolutamente fundamental do ponto de vista do interesse dos sintrenses”. O ex-vereador da defesa do consumidor voltou a questionar a quota de serviço cobrada nas facturas da água e a assumir a troca de palavras com o presidente. “Houve uma tentativa de condicionar a minha intervenção, dizendo o que disse e eu respondendo o
que respondi, não insinuei, respondi com aquilo que eu penso”. A Câmara de Sintra ainda não reagiu oficialmente, mas o vice-presidente social-democrata defendeu no seu blogue pessoal que a reacção de Fernando Seara era a “única face ao contexto”. Segundo explica, “o presidente retirou competências ao vereador Eduardo Quinta Nova depois de este ter insinuado, entre outras coisas, que o concelho estaria bem melhor se o actual presidente não gerisse os destinos de Sintra.” Luís Galrão
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Oposição reage sem surpresa O líder de bancada da Coligação Mais Sintra na Assembleia Municipal não está surpreendido nem preocupado com o episódio entre Seara e os vereadores do PS, que chama de “provocação”. António Rodrigues considera que a saída dos quatro vereadores “não terá nenhum reflexo na Câmara, que continuará a ser gerida da mesma forma pelos outros partidos com responsabilidades de gestão, até porque nenhum dos vereadores que saiu exercia o mandato em regime de exclusividade”. O autarca, que aceitou prestar declarações a título pessoal, acredita que a atitude dos socialistas “faz parte da estratégia eleitoral do PS e da afirmação interna de alguns militantes na reentre política”. António Rodrigues não testemunhou o incidente entre um vereador socialista e Fernando Seara, mas avança: “a avaliar pelo que li nos jornais, a matéria não justifica este comportamento, aliás, se há um vereador que insulta um presidente é natural que o presidente perca a confiança nele”, diz. “O que se passou é uma provocação, não é política e é algo que já esperávamos há muitos meses. Estávamos à espera que o PS arranjasse forma de endurecer a sua posição. Estão no seu direito. Venham!”, diz em jeito de desafio. Para a CDU, a decisão do PS “não surpreenderá aqueles que têm acompanhado nos últimos meses as reuniões dos diferentes órgãos autárquicos do município, onde o PS tem votado favoravelmente nos últimos três anos as principais opções tomadas pela Coligação Mais-Sintra”. A CDU considera que os socialistas querem “apagar agora esta realidade” e têm procurado “desenvolver um “facto político” que lhe permitisse afastar-se da gestão da Câmara de Sintra, onde detinha entre pelouros e áreas, nove responsabilidades.” Para os comunistas, trata-se de “uma acção eleitoralista, para deste modo artificial se distanciar da gestão que realizou e apoiou até esta altura do mandato”. Desta forma, alegam, “o PS pretende também que os eleitores do Concelho de Sintra esqueçam o trabalho que não realizou nos pelouros e áreas que assumiu”. O Bloco de Esquerda de Sintra apelida a crise como “o fim da Grande Coligação de Sintra”. A coordenadora concelhia considera que “arrufos à parte, as verdadeiras razões para este corte ficam por explicar”. “A única justificação que o BE/Sintra encontra para a decisão dos autarcas do PS é a necessidade deste partido de se desvincular da incómoda posição assumida em 2005. O objectivo de tal opção é, sem dúvida, ganhar fôlego para enfrentar o desafio autárquico de 2009”. Segundo os bloquistas, “pese a maioria absoluta da coligação Mais Sintra nas autárquicas de 2005, o Presidente decidiu formar um arco de governação alargado ao PS e à CDU”. Desde então, “o PS acompanhou a Coligação de Seara nas grandes decisões dos últimos anos, tornando-se co-responsável pela governação de Sintra ao longo deste período.” Na altura da formação desta “Grande Coligação”, o BE “interpretou tal simbiose como uma necessidade de PS e CDU se manterem na esfera do poder”, enquanto “Fernando Seara quis garantir algum apoio face à instabilidade no interior da Coligação Mais Sintra”. Agora, “o tempo não desmentiu esta leitura e três anos de Grande Coligação, que repetiram a alternância dos últimos 32 anos, mostraram que nenhum dos partidos em presença representa uma alternativa para o concelho.”
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B R E V E S Educação recebe meio milhão de euros A Câmara Municipal disponibilizou mais de meio milhão de euros aos agrupamentos de escolas e associações de pais, verba destinada à implementação de projectos educativos, prolongamento de horário e recursos humanos. A maior fatia deste montante, ou seja, 400.540€, destina-se exclusivamente a apoiar os projectos educativos (implementação de actividades pedagógicas) dos agrupamentos de escolas e unidades educativas autónomas existentes no Concelho (num total de 144 estabelecimentos de ensino, desde os jardins de infância ao secundário). A segunda maior verba, de cerca de 100.000€, deverá ser aplicada pelos agrupamentos de escolas em projectos de natureza pedagógica/lúdica e também de vigilância em estabelecimentos da rede pública do 1º ciclo do ensino básico. Ou seja, este montante destinase a pagar os salários de 94 pessoas que irão fazer vigilância (nos recreios e entradas nas escolas) e animação nas bibliotecas. As escolas passam, assim, a ter capacidade de recrutar directamente novos recursos. Para a implementação do prolongamento de horário em 34 salas de jardins de infância da rede pública, a autarquia disponibilizou ainda cerca de 82.000€, enquanto a Federação das Associações de Pais do Concelho de Sintra vai receber um subsídio de 5.000€ para o desenvolvimento de acções de formação dirigidas a auxiliares de acção educativa afectos à componente de apoio à família no préescolar.
SMAS assinalam Dia Nacional da Água Os Serviços Municipalizados de Sintra irão realizar um conjunto de iniciativas por ocasião do Dia Nacional da Água, assinalado a 1 de Outubro. A primeira terá lugar no Cascais Shopping, de 27 de Setembro a 5 de Outubro, através de uma exposição que poderá ser visitada entre as 10h e as 23 horas. Segue-se o lançamento do livro infantil “Margot”, da autoria de Valentino Capelo, Elisa Paulino e Joana Ratão, no dia 1. No dia 4 será também lançada a colectânea “Água na Poesia”, uma recolha de poemas oitocentistas, com incidência na temática da água e ilustrado pela artista plástica Ivone Ralha. A iniciativa decorre no Palácio Valenças, pelas 17h e será seguida de um concerto pelo pianista Domingos António, às 18h, no mesmo local.
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Câmara requalifica envolvente do Tribunal de Sintra A Câmara de Sintra está a ultimar a requalificação da zona envolvente do Tribunal de Sintra que visa dar um novo enquadramento paisagístico ao edifício e facilitar o acesso às pessoas com deficiência. A intervenção passou pelo nivelamento do terreno e modelação em socalcos, construção de muros de suporte e posterior plantação de dezenas de árvores e relva numa área total de cerca de um hectare. Foi também construída uma rampa lateral de acesso para pessoas com mobilidade condicionada.
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BE denuncia despejo de entulhos em Colaride O Bloco de Esquerda voltou a denunciar o despejo sistemático de entulho na zona de Colaride, entre Agualva e Massamá. “Nos últimos meses a zona onde um dia, temos esperança, surgirá o Parque Natural e Cultural de Colaride, voltou a ser percorrida por camiões, que ali se dirigem para vazar entulho”, denunciou a deputada municipal Carla Henriques na última reunião de Assembleia Municipal. O BE entende que “além de constituir uma ilegalidade, esta prática põe em causa o equilíbrio e a preservação da Natureza e de vestígios arqueológicos existentes na área.” A situação é tanto mais grave, quanto “no concelho de Sintra, e em especial no seu corredor urbano, são poucos os espaços verdes como este e a sua preservação é essencial para garantir a sustentabilidade ambiental do município e a qualidade de vida das populações.” A deputada apelou ao Executivo que se comprometesse com a “protecção e defesa” deste espaço e questionou quais as medidas que irão ser tomadas para evitar novos episódios como os relatados. No entanto, a avaliar pela situação que o Cidade VIVA testemunhou esta tarde no terreno, nada mudou. O vai-vém de camiões não tem final à vista e o enorme aterro de terras e entulhos vai ficando cada vez maior. A associação Olho Vivo denunciou o caso à GNR no dia 16 de Setembro, mas desco-
nhece o que foi feito. “Esperamos que tomem medidas urgentes, porque o espaço está a ficar cada vez mais degradado, quer com o aterro, quer com a proliferação de despejos por todo o lado”, diz Flora Silva. No caso do aterro, a situação “já tem meses e inexplicavelmente continua, à semelhança do que se passou há dois anos, quando denunciámos uma situação idêntica da responsabilidade da empresa Pimenta&Rendeiro”, conta. Desta vez, “desconhecemos quem é o responsável, mas não será difícil à Câmara ou à polícia identificar os camiões e o dono do terreno, que estará certamente a ser pago para deixar depositar os entulhos”, afirma.
PJ prende suspeitos de assaltos junto de terminais multibanco A Policia Judiciária (PJ) anunciou este mês a detenção de dois homens suspeitos de assaltos à mão armada junto de terminais Multibanco na linha de Sintra. Os homens, de 19 e 26 anos, um de nacionalidade portuguesa e outro de nacionalidade brasileira, foram detidos na sequência de um assalto perto de Sintra com recurso a uma pistola de calibre 6 milímetros, onde ameaçaram uma pessoa, roubando dinheiro, uma carteira e um telemóvel. Os dois têm antecedentes criminais de consumo e tráfico de droga e estarão relacionados com diversos assaltos verificados na linha de Sintra, em especial nas estações ferroviárias, instantes depois das vítimas terem retirado dinheiro de máquinas Multibanco. Segundo a PJ, desde o início do ano, a Directoria de Lisboa já procedeu à detenção de 128 indivíduos, principalmente por assaltos à mão armada e à maioria dos quais foi aplicada a medida de coacção de prisão preventiva.
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Parque Natural adiado O BE perguntou a Fernando Seara “o que é feito do projecto para a criação do referido Parque Natural, cujas promessas foram feitas e cujo concurso de ideias também animou, mas não passou disso”. Mas nem o presidente, nem o vereador do Ambiente responderam a estas questões durante a reunião de Assembleia Municipal. O Parque do Alto de Colaride “constitui uma velha aspiração das populações” e inserese numa “zona sensível em termos arqueológicos”, lê-se na página internet da Câmara. “Há três anos, a autarquia chegou a realizar um concurso de ideias e a atribuir o projecto de execução à empresa vencedora”, explica também Flora Silva. “Mas desde então nunca mais soubémos de nada, nem sabemos se chegaram a avançar as expropriações previstas”, lamenta. O futuro espaço verde deveria ter uma área de aproximadamente 70 hectares, integrando uma quinta pedagógica, uma casa ambiente, percursos pedonais, áreas de lazer, ciclovias e um circuito de manutenção. “Neste momento só está a perder valor paisagístico e ambiental, pelo que tem de haver uma intervenção urgente que salvaguarde os valores arqueológicos e ambientais”, defende Flora Silva. A zona de implementação do Parque será parcialmente afectada pela futura Circular Nascente ao Cacém, que segundo Fernando Seara poderá começar a sair do papel já em 2009. O Cidade VIVA tentou obter esclarecimentos junto da Câmara de Sintra, mas continua a aguardar resposta. Luís Galrão
Assembleia Municipal defende «Saúde em Sintra» Os deputados municipais de Sintra aprovaram por maioria uma moção da CDU que exige ao Governo mais equipamentos de saúde para o concelho. A proposta foi aprovada com os votos favoráveis da CDU, Bloco de Esquerda e PS, tendo contado com a abstenção da Coligação Mais Sintra. O documento exige “a construção de um hospital público em Sintra, a construção de uma urgência básica nas antigas instalações da Melka e a construção de centros de saúde em Fitares, Tapada das Mercês, Albarraque/ Abrunheira, Agualva, Queluz e Belas. A CDU aponta ainda como necessário “o aumento do número de médicos, enfer-
meiros e demais técnicos de saúde, bem como o aumento das valências a funcionar nos centros de saúde, incluindo a realização de exames complementares de diagnóstico”. As reivindicações, agora municipais, devem-se ao “deficiente funcionamento do Hospital Amadora-Sintra e a sua insuficiência de condições para atender todos os utentes deste concelho”, bem como às carências nas demais infra-estruturas de saúde. A moção aprovada foi enviada ao Ministério da Saúde, à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, bem como às Juntas de Freguesia.
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Nova conduta dos SMAS “é a maior obra de sempre”
Foi assinado na terça-feira o auto de consignação “da maior obra pública lançada pelos Serviços Municipalizados de Sintra (SMAS) desde sempre”, a primeira fase da nova conduta adutora entre os reservatórios do Alto de Carenque e o das Mercês. “É uma empreitada lançada sob a pressão da inevitabilidade e da urgência, em consequência da detecção de patologias agravadas na conduta actual, problemas que indiciam sérios riscos de ocorrência de rupturas, obrigando a interrupções prolongadas do abastecimento de água para além do aceitável”, explicou Baptista Alves. A conduta actual em betão armado, conhecida por conduta de 1000, tem cerca de 30 anos e apresenta constantes fugas de água. Os SMAS suspeitam que existam cerca de 2000 juntas susceptíveis de originar fugas, um fenómeno que se tem agravado nos últimos anos. Para o presidente do conselho de administração, os números deixam clara a dimensão do problema: “60% da população do concelho, aproximadamente 300 mil habitantes é abastecida por esta conduta, não existindo alternativa para o abastecimento para além da utilização da capacidade de reserva dos reservatórios, estimada em 1 a 2 dias”. Acresce o volume de perdas de água, que contabiliza entre 3 e 5% do total de água adquirida, o que poderá representar entre 930 mil e 1 milhão e 500 mil metros cúbicos anualmente. O desperdício mensal (no pior cenário) de quase 130 mil m3 equivale ao abastecimento para um dia médio de consumo. Este desperdício custa
anualmente entre 420 mil e 700 mil euros, valores a que soma o custo da reparação das rupturas, que em 2007 rondou os 1,25 milhões de euros. “É por tudo isso que com muita alegria e justificado orgulho vamos dar início à contagem decrescente dos 300 dias que nos separam da resolução definitiva da primeira fase deste problema”, reforçou Baptista Alves. Esta fase da obra no troço Ribeira da Carregueira-Via Férrea foi consignada por ajuste directo por 4,3 milhões de euros. Até 20 de Julho de 2009, a empresa Tomás de Oliveira, S.A. terá de ter concluídos 4,3 km de nova conduta, em aço revestido.
“Uma urgência com 20 anos” Apesar do arranque das obras, os SMAS mantém a preocupação sobre a conduta antiga. “A ameaça de ocorrências graves mantém-se até à conclusão da remodelação programada, que vai envolver um investimento global na ordem dos 13 milhões de euros e só terminará com a execução da segunda fase, já em preparação”. A primeira fase corresponde à zona de maior incidência e rupturas e inclui um troço em que é necessário compatibilizar a intervenção com as obras do IC16/A16. “O restante investimento será faseado ao longo de quatro anos e poderá ser muito atenuado se a candidatura apresentada ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) merecer aprovação”, explica. Em Sintra, o abastecimento de água é assegurado em cer-
ca de 99% pela EPAL, sendo o restante proveniente de captações próprias. Daí a importância da “parceria entre os SMAS e a EPAL”, reforçou na cerimónia Fernando Seara. “Este contrato significa um momento histórico e um segundo momento de concretização de uma relação” entre as duas entidades. Para o presidente da Câmara, trata-se de “uma urgência que tem 20 anos” e uma questão de “autonomia estratégica de Sintra quanto à água”, embora “não signifique a separação da EPAL, apenas a articulação séria com a empresa”. “A necessidade da autonomia estratégica da água, passava por sermos titulares da conduta (e gastámos aí tanto como vamos gastar agora) e, por urgência efectiva, notória e pública, pela construção da nova conduta, pelo que entendi, em ligação estreita com os SMAS, que não se podia perder mais tempo”, explicou Seara. O autarca elogiou também o trabalho dos SMAS, que considera “um consumidor de água extremamente atractivo e um fruto apetecido, com uma estrutura diligente e ousada”. Quanto ao esperado financiamento do QREN, Fernando Seara está confiante. “É necessário ter noção de que a perda de água e o objectivo de reduzir significativamente as perdas de água é um objectivo estratégico nacional, e por isso não quero acreditar que uma obra fundamental para reduzir as perdas de água no concelho de Sintra não seja obviamente objecto de ponderação de aprovação por parte do QREN, porque senão, deixava de ser referência, de ser estratégico e de ser nacional”. Luís Galrão
SMAS preparam intervenções na rede de distribuição
Algumas condutas de distribuição de água em Sintra estão envelhecidas e sofrem rupturas constantes. “Em alguns locais existem troços com muitas dezenas de anos, algumas terão 50 anos”, admite Baptista Alves. “É uma situação preocupante e está programada a sua substituição, mas não é um problema com a dimensão da conduta principal (em alta), que em caso de ruptura deixa 300 mil pessoas sem água”, salienta o presidente do conselho de administração dos SMAS. Os problemas surgem sobretudo em determinadas alturas do ano “porque se alteram muito os hábitos de consumo, como nas zonas
muito procuradas na época sazonal (na zona de costa), enquanto na zona de Monte Abraão, poderá ter a ver com o tipo de terrenos em que há falências nas próprias condutas”, explica Baptista Alves. As três situações prioritárias são Monte Abraão, Algueirão-Mem Martins e Rio de Mouro, onde os SMAS planeiam intervenções. “Iremos fazer a remodelação com base nos indicadores que vamos colhendo (frequência e custo das rupturas e dificuldades na colmatação)”. A intervenção nesta rede de distribuição, “em baixa”, passa pela substituição por condutas novas. “Estamos um pouco atrasados em relação à entrada em Monte Abraão, onde apesar de terem existido algumas rupturas importantes em 2007, este ano houve apenas uma ruptura com corte de abastecimento prolongado, provocada por uma obra da Câmara”, diz.
A freguesia de Monte Abraão é onde está “o problema mais complicado”. Mas os SMAS garantem que “o projecto de intervenção já foi lançado e está a ser entregue, assim como o de Algueirão. Só o de Rio de Mouro está mais atrasado”. São renovações que “têm de ser feitas sistematicamente, independentemente da situação de uma ou outra ruptura, e estamos a trabalhar com o LNEC nesta matéria”, diz. A ideia é “identificar zonas para escalonar intervenções de forma a que se façam quando técnica e economicamente é aconselhável e não quando já não temos solução para o problema”. Os SMAS contam “ainda este ano ter os projectos para intervenção, mas a velocidade de lançamento das obras vai depender da disponibilidade financeira e da aprovação da Câmara e da Assembleia Municipal”, reforça Baptista Alves.
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O abandono de animais “é uma calamidade”
Enquanto não arrancam as obras do novo canil municipal de Sintra, “todos os cantinhos servem para arrumar animais”. São mais de três centenas de cães e gatos acolhidos em espaços desadequados, uns envolvidos em processos judiciais, outros apenas a aguardar um destino, de preferência um lar que os queira acolher depois de terem sido abandonados. Nas actuais instalações “oficiais” estão cerca de 120 cães. Ao lado, num espaço improvisado no antigo matadouro municipal, mais 80 a 100. O número oscila, porque “entram mais 20 ou 30 por dia , enquanto chegamos a ter 15 adopções num dia”, conta a veterinária municipal, Alexandra Pereira. Os gatos são perto de 120, mas a situação é menos preocupante. “São muitos, mas as taxas de adopção são elevadas porque e as pessoas facilmente têm 2 ou 3 gatos num apartamento, o que é difícil com cães”, explica. Por isso, em poucos meses este número pode descer para “o número ideal de 25 a 40”. Após o período de férias, o canil fica sobrelotado. “Fomos forçados a recorrer ao espaço do antigo matadouro, que está degradado e tem um aspecto horroroso, mas tem condições para acolher os animais, até melhores do que as que temos aqui no canil”, desabafa a médica. O pior, diz, é que “a maioria das pessoas não sabe o que é um ca-
nil municipal e pensam que estão a entregar a uma espécie de associação”. A veterinária considera que a situação de abandono de animais é “uma calamidade”. E aparece de tudo no canil: os que dizem directamente que não querem os animais e que se o canil se recusar aceitar, “vão abandoná-los no posto de combustível aqui perto ou mesmo na estrada em frente”. Outros alegam que os encontraram na rua, etc. “Os munícipes não têm ideia do número de animais de que entram”, desabafa. Além disso, “há muita gente que pensa que os animais são todos mantidos, enquanto outros acreditam que são abatidos mal entram”. Mas a realidade de hoje é diferente. “Quando cá cheguei não havia sequer um espaço para colocar um animal ferido. A única coisa que havia para tratar era um frasco de betadine dos primeiros-socorros. A filosofia era a de que tudo o que entrava esperava oito dias e depois era abatido independentemente de ser cachorro, de ser bonito ou feio, ou de ter potencial de adopção”, diz. Depois, “passámos a dar uma segunda oportunidade, apesar de não podermos salvar todos, tentamos salvar a maior quantidade possível, o que implica mais trabalho para todos.” Abater os animais “era extremamente injusto não
apenas para o animal, mas também para o proprietário. Eu não gostaria que o meu animal desaparecesse, fosse atropelado ou ficasse ferido e fosse parar ao canil municipal para ser abatido sem eu sequer ter a possibilidade de o tratar”, reforça. Mas muitos animais “chegam em mau estado e têm mesmo de ser eutanasiados, porque seria um grande sofrimento tentar mantê-los”. Nos casos de agressividade também são mortos, “quando não há recuperação e são um perigo, ou em casos específicos, de animais que não podem ser misturados com outros nem têm potencial de adopção e estariam condenados a ficar no cacifo o resto da vida”, diz. Todos os outros são reabilitados ou encaminhados para associações ou famílias. “Temos famílias de acolhimento temporário, que é uma figura que não está prevista na Lei, mas que temos aqui e nos ajudam, normalmente através dos voluntários que se disponibilizam para acolher animais que precisam de outras condições para recuperar.” O canil tenta receber apenas as situações urgentes, “que são muitas”, de animais encaminhados pela polícia ou pelos bombeiros. “Passamos as 24 horas a recolher animais acidentados, com tudo o que isto implica, considerando que sou a única veterinária… Há alturas que ando cá 24 sobre 24 horas, incluindo fins-de-semana, feriados, tudo. È raro não ser chamada durante a noite”, conta. Apesar disso, “a maioria dos animais que estão no canil são entregues pelos proprietários, porque muitos acabariam por ser abandonados aqui à porta”. No entanto, o canil não recebe tudo. “Mandamos muitos para trás, aconselhando outro tipo de solução, como as associações, outros familiares ou tentamos encaminhar directamente para adopção”. Para adoptar, é preciso apenas querer e ter condições. E passar na avaliação. O canil recusa dar animais para ficar “à corrente”
ou cães a caçadores. A médica reúne com o interessado e tenta perceber se a pessoa tem noção do que implica ter um animal. “No final, preenche um termo de responsabilidade, é colocado um microchip e é entregue”. Nesta matéria, o facto de existirem várias bases de dados, acaba por ser um problema. “Existem pelo menos três: a do Sindicato dos Médicos Veterinários (SIRA) e o SICAFE, a suposta base de dados oficial da DGV. Há ainda a do Clube Português de Canicultura para os cães de raça”. Mas “são todas más”, afirma. Em Sintra é usada a do SICAFE, “que apesar de ser a oficial é particularmente má”.
“Há freguesias que não registam os animais” Alexandra Pereira considera que a responsabilidade do registo não devia recair no proprietário. “Colocamos o chip, mas é o dono que leva a ficha à Junta de Freguesia e muitas vezes isso não acontece, porque implica pagar as taxas.” Noutras situações, são as autarquias que não registam os animais. “É escandaloso, mas temos Juntas no concelho que nunca registaram um único animal. Alegam que não têm funcionário ou computador ou que o funcionário foi substituído e têm os processos acumulados”. Isto significa que muitos microchips não estão registados. Para tentar ultrapassar o problema, a médica criou uma
base de dados própria. “Todos os chips que aplicamos são registados e em cada 3 ou 4 animais que nos chegam com chip por dia, já ficamos muito contentes se conseguirmos identificar facilmente o proprietário de um… regra geral, através da nossa base de dados e não das outras.” Há também animais que ficam no canil a aguardar uma ordem judicial. Estão à guarda do tribunal ou a aguardar que os donos apareçam. Nos casos mais dúbios ou quando a lei é omissa, “comunicamos à DGV, que não é nada célere, bem pelo contrário, porque nunca recebi resposta deles aos inúmeros casos que lhes mando mensalmente e ficamos a aguardar”. A médica é também a autoridade sanitária/veterinária concelhia, pelo que trabalha 40% para o Ministério da Agricultura e 60% para a Câmara. Entre as suas competências está a apreensão de animais ilegais, o que implica ter onde mantê-los, já que nem a GNR nem o Parque Natural têm espaços.
O novo canil, cujo concurso público já foi lançado, vai ser construído no local do antigo matadouro. “Vai ter valência de hospital, com capacidade para fazer campanhas de esterilização, um espaço para animais selvagens e animais de quinta, com parques adequados para várias espécies”. Tudo desenhado pelo punho da veterinária, com o apoio dos arquitectos da Câmara, com a certeza de que “o novo canil nunca será suficiente para a dimensão do concelho”, lamenta. Todo este trabalho só é possível “graças ao investimento da autarquia e aos donativos de instituições como a Junta de Freguesia de Santa Maria e S. Miguel ou a Liga Portuguesa dos Direitos do Animal”. Sem isso e sem os “poucos mas bons voluntários”, seria “muito fácil a pessoa desmotivar-se devido às situações que aqui se vivem”. “Sem os voluntários isto é impossível. Se não fossem eles, já cá não estaria”, confessa Alexandra. Luís Galrão
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Veículos sustentáveis na Semana Europeia da Mobilidade
O largo do Palácio da Vila recebeu uma mostra de veículos amigos do ambiente durante a semana europeia da mobilidade. A iniciativa foi organizada pelo Centro Ciência Viva em parceria com a Agência Municipal de Energias de Sintra, o Palácio Nacional e a Câmara Municipal de Sintra. No dia 21 de Setembro, os mais curiosos puderam mesmo experimentar alguns dos veículos, incluindo bicicletas
eléctricas, veículos segway e automóveis híbridos das marcas Honda e Toyota. A sessão de abertura contou com a visita de uma delegação de responsáveis autárquicos, incluindo o vereador Baptista Alves, da CDU, que não quis deixar de testar um segway, o veículo eléctrico de duas rodas que introduziu um novo conceito de mobilidade. Ao lado, no stand da MVP, podia passear-se pela Vila nas bicicletas eléctricas do pro-
jecto Parques Bike, uma parceria da empresa com a Parques de Sintra – Monte da Lua. Ao contrário das bicicletas normais, estas estão equipadas com um motor eléctrico recarregável que auxilia o utilizador nos troços mais difíceis. “Pode ir facilmente daqui à Ericeira e regressar, porque a bateria tem autonomia para cerda de 70 quilómetros”, explica ao Cidade VIVA José Empis, colaborador da empresa importadora.
As Parques Bike podem ser alugadas todos os dias na Vila de Sintra, junto ao Turismo, por um ou meio-dia e o preço inclui a entrada na Pena, Monserrate, Capuchos e Castelo dos Mouros (a partir de 24 euros por dia, para grupos, ou 30 para um aluguer individual). “Pode também ser alugada por 7,5 euros à hora para ir à praia, por exemplo, ou andar na zona da Vila, e todos os dias alugamos mais de metade da frota de 12 bicicletas”, garante. No segmento automóvel, as empresas presentes apostaram na divulgação de dois modelos de veículos híbridos já consagrados: o Civic Hybrid, da Honda e o Prius, da Toyota. A Fiat também participou com o modelo Panda, “recordista na baixa emissão de CO2” e o largo do palácio também recebeu a visita de um veículo eléctrico-solar construído em Sintra (destacado na edição de Agosto de 2007). Mas eram as cores coloridas do planeta terra estampado no Civic que mais chamavam a atenção. “É um
veículo ‘apetecível’ que corresponde às expectativas porque emite muito pouco em termos de CO2 e consome também pouco e já tem muita expressão em termos de vendas”, assegura José Diogo Gaivão, da Ondacar Sintra. O representante do concessionário da Honda garante que a marca vai continuar a apostar nos híbridos, com dois novos modelos a chegar ao mercado em 2009: “vamos explorar a tecnologia híbrida num desportivo que será apresentado brevemente no Salão Automóvel de Paris, assim como numa nova versão familiar do Insight, o primeiro modelo híbrido da marca”. Os veículos híbridos possuem uma tecnologia “que consegue tornar menos nocivo o motor a combustão, através de um motor eléctrico auxiliar”, explica. O Civic foi o modelo escolhido pela Agência Municipal de Energia de Sintra, que já recomendou este tipo de veículos à autarquia. Ao lado, a Toyota apresentava outro modelo forte neste
segmento, o Prius. “É uma marca que se preocupa muito com o meio ambiente e este carro tem uma redução elevada das emissões de CO2”. No entanto, devido às linhas nipónicas, “ ainda é um carro de nicho, para um cliente específico, porque não tem as linhas europeias tradicionais”, explica Hélder Franco. Apesar disso, este gestor comercial diz-se satisfeito com as vendas e optimista com o próximo ano. “No final do ano contamos ter um novo modelo com mais potência e menos emissões e sobretudo com linhas mais europeias”, conta. Até lá, o Grupo Salvador Caetano está a ultimar um grande investimento em Sintra, numa plataforma das marcas Toyota e Lexus, que também oferece veículos híbridos. O concessionário ainda não perdeu a esperança de que a autarquia invista neste tipo de veículos, e dá o exemplo de “Lisboa, Almada e Cascais, aqui ao lado, que já deve ter uma frota de duas dezenas”, assegura. Luís Galrão
Bicicletas gratuitas a qualquer hora nos comboios da CP
Desde dia 16 já é possível transportar gratuitamente bicicletas em qualquer momento do dia nos comboios urbanos de Lisboa e do Porto e no serviço regional. A CP Pretende com o novo regime mais alargado do transporte gratuito de bicicletas "prestar o seu contributo em prol do ambiente e da mobilidade da população". A medida começou a ser implementada há um ano, no Dia Sem Carros, mas até agora esse transporte estava excluído nos períodos de ponta, não podendo realizar-se nos comboios com destino às duas cidades no período das 7 às 10 horas e, no sentido inverso,
nos comboios efectuados no horário das 16 às 20 horas. As bicicletas podem agora ser transportadas sem restrição de horário. No entanto, para que não ponham em causa a comodidade dos passageiros e o bom funcionamento do serviço, os ciclistas terão de ter alguns cuidados no embarque. “Cada cliente pode transportar apenas uma bicicleta, a qual deve ser colocada em local que não obstrua as portas e não dificulte as entradas e saídas. Eventuais danos causados ao veículo ou a terceiros durante a viagem são da exclusiva responsabilidade do respectivo proprietário”, avisa a CP.
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Sintra celebra primeiro Dia Municipal do Imigrante
O concelho de Sintra assinalou no dia 17 o primeiro Dia Municipal do Imigrante com a realização um debate sobre “A imigração e o movimento associativo em Sintra”. Seguiu-se, no Sábado seguinte, uma festa das comunidades migrantes nos jardins da Biblioteca de Sintra. As comemorações foram saudadas pelo Director do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI). “Esta data é o reconhecimento pelo trabalho feito diariamente pelos técnicos e pelos agentes locais”, considerou Bernardo Sousa. Este responsável salientou o papel dos imigrantes e das suas associações, “que podem detectar as necessidades que existem e procurar promover interesses, percepcionar dificuldades, ideias, caminhos que só os próprios, numa primeira fase, podem conseguir compreender e transmitir às diferentes entidades” Também presente na abertura do debate, Fernando Seara fez questão de recordar os tempos de cooperante académico na Guiné Bissau, em Cabo Verde e em Moçambique. “Temos todos raízes e sendo todos diferentes, temos a mesma língua”, disse. O autarca aproveitou para deixar um recado ao Governo sobre os números da imigração. “Os números precisam de ser tratados com maior rigor. Ainda não há muito tempo, numa reunião no SEF, diziam-me que 15% dos imigrantes legais em Portugal nos últimos cinco anos residem em Sintra, mas isto ainda não tem consequência nos Censos, que só se realizam de 10 em 10 anos, e quando lá chegarmos, já se-
remos meramente analíticos e não seremos capazes de resolver a realidade”, avisa. Para o autarca, “Sintra tem tido uma política muito coerente, com o desenvolvimento dos Centros de Apoio e das parcerias com as associações”, referiu. “Temos a obrigação estrita de criar as condições para que os imigrantes se sintam em casa, não descurando a sua casa de origem”, reforçou.
Centros apoiam Imigrantes de 42 nacionalidades Parte da sessão foi dedicada à apresentação de estruturas com o Centro Local de Apoio à Integração de Imigrante (CLAII), que funciona junto do Gabinete de Apoio ao Munícipe, em Mem Martins. A estrutura foi inaugurada há um ano e já atendeu 3116 imigrantes. “Procuramos dar resposta às principais necessidades, incluindo no processo regularização em Portugal”, explicou Helga Minas. A outra apresentação esteve a cargo de Flora Silva, da Associação Olho Vivo, que partilhou os números e a experiência do CLAII de Queluz, que funciona desde Abril e 2003. A responsável felicitou a Câmara por ser “pioneira na definição do Dia do Imigrante, um dia que o país precisava” e explicou que os técnicos da associação realizaram 5070 atendimentos em 2007, a cidadãos de 42 nacionalidades, com a Guiné-bissau, Cabo Verde, Angola e Brasil a liderar em número.~ Para breve está o lançamento do CLAII itinerante, uma proposta já aprovada pelo ACIDI “para conseguir chegar a freguesias onde sentimos que há uma população imigrante com muitas neces-
sidades”. A ideia é “criar uma itinerância que vai funcionar em parceria com as Juntas de S. Marcos, Massamá, Belas e Cacém, que terão atendimento em alguns dias da semana”. A iniciativa deve chegar ao terreno já em Outubro.
Associações reclamam espaços e criticam discriminação Actualmente, a autarquia estima em mais de 36 mil o número de imigrantes em Sintra, entre os quais cidadãos da Guiné Conacri, representados pela Associação dos Cidadãos da Guiné Conacri Residentes em Portugal. Mamadou Diallo partilhou com os presentes os problemas da comunidade, que em 1991 não ultrapassava os 50 pessoas e actualmente ronda as 3000. “Uma das principais dificuldades é a obtenção de um espaço para a sede da organização”, diz. Já António Baldé, da Associação guineense Uallado Folai, começou a sua intervenção com um minuto de silêncio por todos os imigrantes falecidos. O activista encara o Dia do Imigrante “como uma homenagem merecida a todos os imigrantes que através do seu trabalho contribuem para o desenvolvimento do país”, mas a associação denuncia que “os imigrantes deparam-se todos os dias com inúmeras situações de discriminação”. “A maioria trabalha um número excessivo de horas, em trabalhos precários que os portugueses não querem fazer e muitas vezes deixam as crianças entregues a si próprias o que conduzirá à delinquência”. António Balde aponta também críticas às associações, que segundo ele
vivem num “estado de passividade”. E deixa uma sugestão para colmatar as desigualdades: “Os imigrantes devem estar devidamente representados nas vários sectores da sociedade através por exemplo, de quotas para imigrantes.” Em resposta, Djarga Seidi da Associação Balodiren, sugeriu já no debate, a criação de uma plataforma de associações “para termos mais força e sermos ouvidos”, queixando-se igualmente da dificuldade em encontrar um espaço próprio. O activista da Guiné-bissau também considera que “há necessidade de maior sensibilização, porque ainda há quem pense que os imigrantes vêm para cá tirar o trabalho aos portugueses”.
Bons exemplos num dia simbólico A tarde foi ainda animada pelos exemplos enérgicos de Solange Aquino, que apresentou o trabalho desenvolvido pela associação Casa Seis junto da população de Mira Sintra, e por Rosa Moniz, da Associação Luso Cabo-verdiana de Sintra. “Nascemos de um grupo de jovens que teve como primeiro objectivo comer cachupa, beber aguardente e falar de Cabo Verde, mas em pouco tempo crescemos imenso e diversificámos as nossas actividades”, conta. O encerramento esteve a cargo do vereador Lino Ramos, que confessou que a ideia deste dia simbólico “não nasceu dos políticos, mas de uma proposta de quem está no terreno, dos técnicos da Câmara de Sintra”. Para o autarca, o evento serviu sobretudo para “mostrar que a imigração tem muito de positivo”. Luís Galrão
BE propõe Conselho de Imigrantes e ensino bilingue
O deputado Miguel Portas, do Bloco de Esquerda, propôs a criação de um Conselho Municipal de Imigrantes e lançou o desafio da criação de uma turma bilingue, com alunos portugueses e imigrantes numa escola do ensino básico do concelho, depois de ter saudado a realização do primeiro Dia Municipal do Imigrante. Na última Assembleia Municipal, o deputado salientou o facto de Sintra ser um concelho com “30 a 40 mil imigrantes”, um valor que considerou “substantivo”, e por isso sugeriu “a constituição de um conselho que englobe as associações de imigrantes do concelho”. Entre as prioridades de trabalho, o novo órgão deveria analisar “a articulação das redes de mediadores sociais, porque há mediadores sociais a menos, pessoas das próprias comunidades imigrantes que sejam capazes de fazer a mediação entre as comunidades e os diferentes poderes e serviços públicos”. Para o deputado “seria interessante discutir com as associações como é que uma rede destas poderia funcionar”. Outras prioridades passam pelas questões educativas. Miguel Portas lembrou a Assembleia que “o Parlamento Europeu aprovou há 2 anos uma resolução em que sustenta que deve ser prioridade das políticas nacionais educativas que os imigrantes possam aprender a língua dos países onde estão, como seria interessante que os filhos dos imigrantes pudessem manter, dentro do sistema de ensino, as possibilidade de aprendizagem da sua própria língua.” Nesse sentido, deu o exemplo de uma experiência na cidade de Hamburgo na
Alemanha, iniciativa de uma portuguesa. “Uma escola primária criou uma turma em que metade dos alunos eram alemães, a outra metade eram lusófonos. Quando visitei essa escola, metade dos alunos já estavam em ensino bilingue e é muito interessante perceber como os miúdos portugueses, angolanos ou brasileiros ficavam felicíssimos de ver que os seus colegas Alemães também falavam português”, uma realidade importante “do ponto de vista da integração e da auto-estima”. “Uma das funções do conselho seria avaliar se se justifica ter uma experiência deste tipo numa das escolas do ensino básico de Sintra, a título experimental, porque pode haver surpresas muito interessantes”, reforçou. Para o bloquista, “não é a mesma coisa dizer que o imigrante tem de saber a nossa língua, claro que tem, mas se as crianças puderem perceber que a sua língua não vale menos e que no país onde estão também há outros que falam, isso é seguramente muito importante como factor de integração”. Por proposta de António Rodrigues, da Coligação Mais Sintra, a moção não chegou a ser votada e desceu por 30 dias à Comissão dos Assuntos Sociais. O deputado municipal saudou e apoiou a sugestão, que classificou de “uma grande ideia e uma boa experiência”, mas considerou que o documento “não está suficientemente trabalhado” “Sugiro que desça à Comissão para que a possa trabalhar para permitir uma proposta com mais força”, referiu. L.G.
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Um Museu diferente em Odrinhas
No mês em que o Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas comemora nove anos, o Cidade VIVA, foi saber como celebraram o dia e que projectos têm. Salas pequenas, salas amplas, um misto de peças históricas devidamente organizadas, transformam o Museu, num dos marcos deste concelho. Teresa Simões, subdirectora do Museu, explicou ao Cidade VIVA que “o aniversário foi celebrado duma forma muito simples”, com “entrada gratuita para os visitantes” e com “actividades que já estavam agendadas para o mês de Setembro”. Perante todo o espólio de peças existentes, sentiu-se a necessidade de “acomodar as peças com condições”. Neste aspecto Teresa Simões afirma que “o museu, assim o é, no verdadeiro sentido da palavra, não uma sala de ex-
posições”, visto ter todas as condições para proporcionar um maior e melhor conhecimento de tudo o que está exposto. “Tem biblioteca, laboratórios de recuperação, auditório” e, tudo isso cria condições para que a instituição mantenha o seu sucesso. Este é um Museu diferente, confessa, além de “não ter legendas, e todas as visitas serem orientadas”, pretende-se, sobretudo “criar nas pessoas a necessidade de virem ao museu”. Tal situação deve-se, também, ao facto do mesmo não se encontrar “dentro das rotas habituais”, sendo necessário, então, criar condições para atrair público, pois “aquele que temos hoje, só vai aos museus porque acontecem coisas”. Para a subdirectora, o objectivo é que os visitantes “levem várias mensagens, porque o museu fala de pessoas que viveram há dois mil anos atrás e não fala apenas de pedras”, considera. Além disso, todos os anos se mantém algumas actividades ou eventos dos quais Teresa Simões afirma fazerem “um balanço muito positivo”, como é o caso do Festival
Internacional de Tema Clássico, tragédias e comédias greco-latinas, “destinadas ao público escolar secundário” e as Oficinas para crianças, “que estão quase sempre esgotadas”. No passado dia 20 de Setembro decorreram ainda as “Noites no museu”, ideia que “surgiu nos museus de França” e que tanto Teresa como o director “adoptaram” pensando que “um dia poderiam fazer uma animação, uma visita guiada, à noite, com candeeiros de azeite e com figuras da romanidade”. Esta acabou por ser a primeira noite dos museus, a Ave Amici, realizada em 2006, que devido ao “sucesso estrondoso” que teve, se tem vindo a repetir e “reinventar”. Este ano, pensou-se “fazer uma coisa diferente, uma noite renascentista, chamada Antiquitates Vestigandas”. Mas por “não haver recursos para pagar a uma equipa que realizasse este evento”, foi feito “um casting, entre os funcionários”, uma oportunidade “bem recebida por todos” e que resultou “num enorme sucesso”, considera. Sara Lajas
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Uma aula experimental de música para bebés O Conservatório de Música de Sintra decidiu apostar nas aulas de música para bebés entre 6 meses e os 3 anos. O CidadeVIVA foi assistir a uma das aulas de meia hora, com muitos bebés e alguns pais envergonhados, num projecto inovador que pretende “dar continuidade à oferta educativa” da escola, onde já existem aulas de música para crianças de outras idades desde 2004. Apesar de a divulgação ser feita “principalmente, através da internet” [www.conservatoriodemusicadesintra.com], a instituição tem conseguido atrair mais pessoas, garante a directora Raquel Coelho. Projectos como “música para bebés, o curso de iniciação musical, os cursos básicos e secundários de música”, têm tido um “número satisfatório” de pessoas a frequentarem as aulas, revela. Para o professor de música Paulo Cordeiro, as aulas para os mais pequenos “são um desafio”, devido ao
“tempo de concentração dos bebés ser limitado”. O professor afirma que “adora trabalhar com crianças muito pequeninas”, pois apercebese “mais facilmente do seu desenvolvimento, do que em crianças um pouco maiores” e, também por “ter mais jeito para lidar com elas”. Nestas aulas, privilegia-se “a vivência da actividade em si, o desenvolver das aptidões musicais, mas duma forma muito lúdica”, algo que também irá ”ajudar nas bases gerais da criança duma forma natural, desde a audição à parte da linguagem
cognitiva”. As reacções dos pais têm sido positivas, embora “sejam muitos os pais envergonhados”, mas que acabam por “descobrir que também conseguem cantar” e por tirar tanto proveito das aulas como os bebés. O Conservatório diz estar “de portas abertas” e planeia também dar continuidade a outros projectos, como “o festival internacional de coros de Sintra, que teve a primeira edição em 2008, e as jornadas de música de conjunto”, garante Raquel Coelho. Sara Lajas
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THE PROFILERS
“A nossa música é retirada de vários baús diferentes” San, Mr. Big, Mr.Night, Fat Franco, Lieu-Tenant Frank and The Maniac. Estes podiam ser os nomes de personagens de uma Banda-Desenhada repleta de heróis e vilões, mas são apenas os alter-egos das personagens de uma banda sintrense. The Profilers são o retrato de um club jazz da América dos anos 60, mas amanhã já podem ser outra coisa. Os palcos vieram antes dos ensaios e os originais surgiram à primeira tentativa. O contrato com uma ‘major’ nunca aconteceu, mas isso não os preocupa porque “o disco tem de ser necessário”, e primeiro é preciso arranjar público para ouvi-lo. Uma banda de perfis a preto, branco e vermelho. Cidade VIVA- Como é que uma banda com um ano e meio já conseguiu tanta coisa como ser distinguida internacionalmente e tocar em palcos como o Super Bock Super Rock? Mr. Big (baixo) - Tínhamos outro projecto, no qual só não estava o Frank e o Sérgio. O Tó, que agora é percussionista dos Profilers, era baixista e eu cantava, mal. Foi por isso que tivemos que arranjar outra banda. Assim, em Março de 2007 começamos a delinear este projecto. Correu bem logo desde inicio. Criamos alter-egos para nos diferenciarmos do projecto anterior, começamos a gravar umas músicas e fizemos o MySpace. Começaram a marcar-nos uns concertos e nós nunca tínhamos ensaiado juntos as músicas. Fat Franco (guitarra) - Primeiro fazíamos tudo por computador, era uma coisa assim mais para o electrónico. Depois quando os músicos todos se juntaram a coisa acabou por soar de uma maneira diferente, mais orgânica.
MB - Gravamos dois ou três temas em Abril (2007) para o TMN Garage Sessions. Enviamos aquilo e eu enganei-me e enviei para mim próprio, porque troquei as etiquetas do remetente com o destinatário. Nunca chegou ao destino. Depois disso concorremos a outro concurso no Entroncamento, também sem nunca termos ensaiado, e fomos seleccionados. Nessa mesma semana tivemos esse concerto e mais dois, o que nos obrigou a fazer mais músicas à pressa. As primeiras foram feitas nessa pressão. FF - No inicio andamos um bocado a correr atrás do prejuízo (risos). Primeiro tínhamos as coisas marcadas e só depois fazíamos as músicas. Acabou por correr bem. CV - Depois desses concertos, já sentem também que há um reconhecimento do público? MB - Ás vezes temos 100 plays no MySpace num dia [risos]. A primeira vez que tocamos no Porto, no Plano B, passado uns dias foi parar
um CD nosso à secretária do director de uma major, porque alguém nos viu lá e deulhe um CD. E depois, pronto, ficou lá arrumado. Mas gostamos desse barómetro de ir para fora e ver que conseguimos ter público que não nos conhece. Isto foi em Novembro, foi a nossa primeira experiência longe de casa. O plano B é uma sala difícil de ir, vão lá bandas já bastante conceituadas e correu bastante bem, estava cheio. CV - Em relação à música. Escreveram no vosso MySpace que “cheira àquele guarda-fatos antigo”. É assim que definem o vosso som? Como algo tirado de um qualquer baú de recordações? FF - É muito por aí, retirada de vários baús diferentes. É um bocado retro, porque advém dos nossos gostos musicais. A maioria de nós está inclinado para os anos 60 e 70. É isso que fazemos musicalmente e, ao mesmo tempo, transmitimolo para a imagem. Esse aspecto retro faz parte da imagem global dos Profilers.
CV - Apesar disso, consideram que a vossa música traz algo de novo? MB - Trazer alguma coisa de novo é extremamente difícil. Nós não temos nenhum estigma de ter que fazer só uma coisa, e não podermos desviar-nos disso. E esta premissa acaba por ser a nossa assinatura. Tão depressa nos sai uma coisa a soar a anos 20 como a anos 70. CV - Cada um de vocês tem os seus gostos e a sua maneira de encarar a música. Em termos de grupo, que influências são filtradas para a música dos Profilers? FF - É quase um século de influências. Não estamos agarrados a nada e não nos queremos descolar de nada. CV - Enquanto The Profilers sempre tocaram originais? MB - Sempre. Já fizemos versões, algumas por necessidade porque os concursos por vezes pedem para tocar, por exemplo, dois originais e uma versão. FF - Nunca quisemos ser banda de covers. É daquelas coisas que desde o início, quando ainda estávamos a aprender a tocar os instrumentos com 15 anos, nunca quisemos fazer. CV- Uma mulher e seis homens. É esta a fórmula do sucesso? MB - [risos] O sucesso é relativo. Esperemos que sim, que seja esta a fórmula. CV - Mas era vossa intenção ter uma mulher como frontwoman ou foi coincidência?
MB - Calhou assim. A San é que fazia os coros para a nossa outra banda, que agora já não existe. Depois ela, que até nem gostava muito de cantar, fez uma versão connosco e começou a escrever uma série de letras que nos trouxe logo todas arranjadas e cantadas. Nós fomos musicando essas letras aos poucos. Foi assim que surgiu a banda com uma frontwoman. Quando pensamos originalmente no projecto só pensamos em duas três pessoas, um computador e pronto. Era uma coisa com um cunho mais electrónico. Depois, começamos a juntar pessoas e aí percebemos que o caminho podia ser outro. Foi um percurso muito livre mas que resultou. FF - Não pensamos em fazer músicas e arranjar uma voz. Foi mais ao contrário. Apareceu a San e a música veio depois. CV - Porque é que ainda não têm editora? MB - Já não vamos para novos e já demos umas voltas nesta vida. Os discos já foram mais importantes e, como diz a EMI, os discos
têm que ser uma consequência e não o contrário. O disco tem que ser necessário. Agora estamos a gravar o EP e vamos distribuí-lo, não sabemos como, mas vamos. FF - Quando já há pessoas que nos perguntam onde é que podem comprar a música é que começa a fazer sentido teres um suporte. No nosso primeiro ano de vida tocamos 70 noites, que é muita noite. Tivemos um período no casino Estoril em que tocávamos duas vezes por semana, e foi muito positivo, deixounos em muito boa forma porque nessa altura ainda nem sequer ensaiávamos, só tocávamos. Nós temos consciência que o processo de evolução de uma banda é demorado e nenhuma oportunidade pode ser desperdiçada. Agora que temos esta possibilidade de gravar um EP sem limite de horas e sem pressões nenhumas, vamos aproveitar. O nosso trabalho é todo feito por amor, não há outra hipótese, e é assim que vamos levando as coisas para a frente. Filipa Galrão
PERFIL DOS PROFILERS Voz - San (Sandra) Baixo - Mr. Big (Eurico) Guitarra - Fat Franco (Sérgio) Guitarra - Mr. Night (Telmo) Teclas - Lieu-Tenant Frank (Franclim) Bateria - The Maniac (Fernando) Percussionista - Tó (ainda não se conhece o seu alter-ego) http://www.theprofilers.net/
empresas
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Algueirão-Mem Martins recebe 20.ª loja E.Leclerc O Grupo E. Leclerc inaugurou esta semana o 20º supermercado em Portugal, tendo escolhido AlgueirãoMem Martins para dar continuidade à estratégia de expansão nacional da marca francesa. O investimento inclui ainda um centro comercial de 1500m2, com 20 lojas, num investimento de 10 a 15 milhões de euros localizado na Avenida Amália Rodrigues. O novo supermercado tem 2000m2 de área alimentar, 800m2 de área não alimentar e vai contar com 170 colaboradores directos e 100 colaboradores indirectos. A loja insere-se numa zona com elevada densidade populacional e vai servir uma população local de cerca de 75 mil habitantes. ”Somos uma loja com as virtudes de uma loja de Bairro em termos de serviço, proximidade e familiaridade. Para termos dimensão nacional, precisamos obter maior representatividade na zona de Lisboa e Algueirão surge como uma opção mui-
to forte em termos de número de pessoas”, afirma Pierre Palosse, aderente da loja do E. Leclerc Algueirão. Dado tratarse de loja urbana, será feita “uma aposta na satisfação da população em termos de produtos frescos como peixe, carne, padaria, frutos e legumes. Esta aposta é complementada com parcerias com fornecedores locais como Queijadas de Sintra ou Pão de Mafra”, refere a empresa. A marca foi criada em França por Édouard Leclerc, em 1949, onde lidera a grande distribuição com 17% de quota de mercado. O lema do fundador é “comprar o mais barato possível para vender o mais barato possível”. Em Portugal, a marca conta actualmente com 2700 colaboradores em 20 lojas
com administrações independentes, em 60 mil m2 de superfície de venda. Todas as lojas estão associadas à Cooplecnorte, Central Cooperativa para lojas de insígnia E.Leclerc. Está presente também na Eslovénia, Espanha, Polónia e Itália. Com mais de 550 hipermercados, a marca tem tido papel activo na liberalização dos preços de combustíveis, para-farmácia, jóias, perfumes, livros ou viagens, ao longo dos quase 60 anos.
Casal Palosse irá gerir loja do Algueirão Pierre Palosse é o “aderente” da 20ª superfície comercial E. Leclerc inaugurada esta semana em Algueirão-Mem Martins. Nascido em França, Pierre Palosse é formado em Marketing e Distribuição pela Escola Superior de Comércio e Gestão de Bordéus. Inicia vida profissional em 1993, como estagiário chefe da secção de mercearias no
E. Leclerc de Saint-Orens, nos arredores de Toulousse – França, onde, em 1996, ocupa o cargo de chefe da secção de mercearias doces e salgados. Até 1999 assume o cargo de responsável do departamento de Produtos de Grande Consumo, na SOCAMIL, central de compras do Grupo E. Leclerc, onde é responsável comercial até 2003. Em 2003 vem para Portugal como Director da Central de Compras Coopplecnorte onde permanece até 2005, altura que decide abraçar o seu próprio negócio. Claire Palosse, esposa de Pierre Palosse, assume a responsabilidade da área têxtil da loja de Algueirão. Formada em Direito, trabalha até 2003 na função pública fran-
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cesa e, já em Portugal, dedica-se aos departamentos têxtil dos centros E. Leclerc Valongo e Vila Nova de Famalicão. O Movimento E. Leclerc é líder europeu de comerciantes independentes, proprietários de empresas próprias e autónomas. Os “aderentes” distribuem o tempo entre a gestão da loja e o apoio nas estruturas colectivas do Movimento. Os proprietários de cada loja E.Leclerc, vivem e permanecem na região onde implementam a loja, de forma a estarem comprometidos com a vida local e manterem ligações fortes com os consumidores, fornecedores, cultura, desporto e acções sociais. Fonte: E. Leclerc
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O JORNAL COM NOTÍCIAS
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saúde
SETEMBRO DE 2008
Provas de amor Por: Paula Barbosa – Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta Passa-se a vida à procura de amor. Todos, de uma forma ou de outra, necessitam de se sentir amados por alguém. Mesmo que não se encontre quem o faça, fica-nos a possibilidade de nos amarmos a nós próprios. O que parece ser fundamental à existência humana é uma base afectiva qualquer, responsável pelo amor próprio, que conduz à protecção da identidade pessoal.
O mais frequente para a criança, aquando do seu nascimento, é encontrar nos seus cuidadores uma atitude de apego, na qual é inteira a disponibilidade para as suas solicitações, ao mesmo tempo que os actos se traduzem na expressão de carinho, amparo, protecção e compreensão. Se o bebé chora, tentase perceber porquê e experimentam-se diversas possibilidades de resposta às suas necessidades. Mais ve-
LEITOR INFORMADO Tem dúvidas? Quer saber mais acerca destes temas? Remeta-nos um mail (geral@cidadeviva.pt), ou escreva-nos (Rua João Maria Magalhães Ferraz, Lote 3, Loja 3 – 2725-338 Mem Martins).
lha, com dois anos, a criança chama a atenção pelas atitudes infantilizadas, e entendese o seu apelo ao aconchego. As relações manter-se-ão sempre assim? Provavelmente não. Interpreta-se frequentemente que o crescimento seja proporcionalmente inverso às necessidades afectivas. Quanto mais velhos, de menos mimos precisariam, ou até que não ficaria bem aos olhos dos outros a manifestação carinhosa, principalmente ao nível físico, e assim desaparecem da experiência relacional os abraços, as festas e os beijos. O mundo deixa aos poucos de ser vivencial para se centrar na cabeça, no que se pensa, no que se aprende, no que se compreende e, por isso, no que se infere. Abandona-se progressivamente o óbvio para se viver na imaginação e especulação do que os outros sentem por nós, na medida em
que não seja frequente a demonstração directa e inequívoca do que representamos para eles. Surgem as dúvidas, os medos e as angústias. Seremos ou não importantes? Como se sentiriam se nos perdessem? Até que ponto abdicariam das suas necessidades em prol das nossas? É neste ponto que reside a problemática: ter, e depois perder. Será que o distanciamento de quem gostamos significa mudança ou perda do amor que já mostrou sentir por nós? Na verdade, tendo esta situação ocorrido na família, será com facilidade que a reviveremos nas restantes relações, e duvidaremos dos amigos nos dias em que não telefonam, ou dos companheiros, agora mais tranquilos e não só desejo e paixão. Surgem, então, os pedidos de provas de amor. E o mais curioso é que, de amoroso, nada têm.
Colocam-se os que são mais importantes para nós em situações teste, para podermos observar as suas reacções. A mais comum é apoderar-se de toda a agressividade possível e descarregá-la na outra pessoa, testando a sua firmeza e indestrutibilidade. Se o outro se preocupa em esclarecer a situação, em pensá-la em conjunto, fica-se mais tranquilo. Se surge a indiferença, fica-se inquieto e assustado, ou muito zangado pelo abandono. É aqui que frequentemente se recorre ao plano B, que altera bruscamente a atitude de agressiva para vitimizada, na qual a chantagem emocional reina como estratégia. Também se assiste aos falsos “não” como prova. “Que chatice! Não me agarres! Não gosto de beijos a toda a hora!” “Ok. Está bem! Vou ver televisão.” “Estás a ver como não
gosta de ti?! Se gostasse, tinha insistido mais!” E a pergunta coloca-se: entrando-se num registo de solicitações contínuas de provas de amor, quando parar? Quando será suficiente? E assim se contribui para a destruição do que se deseja. Sendo a confiança aquilo que se procura, é aquilo que não se dá ao outro, porque na urgência do receber, fica o esquecimento do dar, do mostrar ao outro que o amamos. Não fique apenas à espera que alguém o escolha como objecto de amor. A escolha de amar também está nas suas mãos e, quem sabe, seja o seu afecto a apaixonar e conquistar quem deseje ter ao seu lado.
com medo que os meninos passem fome. Preparam sempre grandes farnéis: sandes gigantes e triplas (com queijo, fiambre e manteiga), bolachas Maria, néctares, iogurtes e leite, a que ainda acrescentam a peça de fruta. Por fim os normo-pais: geralmente vistos como excêntricos, são aqueles que enviam uma caixinha com cenouras, sandes com alface e pacotes de leite “branco”. Caricaturas à parte, a verdade é que os lanches escolares, eventualmente mais do que o almoço – que à partida é na cantina, e portanto equilibrado – são refeições que merecem especial atenção. Senão, vejamos: grande parte dos alunos de 1º ciclo, por exemplo, tem aulas das 9h00 às 15h00. O intervalo é às 10h30 e o almoço às 12h00. Tomando por certo que todas
as crianças tomam o pequeno-almoço, os filhos dos fastpais e dos enfarta-pais, no intervalo da manhã, ingerem uma grande quantidade de calorias. Ao meio-dia, à hora do almoço, há pouca fome: esquivam-se da sopa, depenicam o prato e não comem a fruta que não gostam. A seguir têm fome, e devoram o lanche da tarde. Quando chegam a casa, ao final do dia, estão esfomeados: lancham novamente, assaltam o frigorífico e a despensa. A hora do jantar é geralmente terrível: com sono à mistura e a barriga ainda cheia, é difícil engolirem comida a sério. Vai daí, antes de ir para a cama bebem um copinho de leite para não estarem sem comer. Feita a contabilidade, estas crianças ingeriram o dobro das calorias necessárias e nu-
trientes importantes como vitaminas, ferro, zinco, fibras ficaram aquém das necessidades nutricionais. De forma pretendida pelos normo-pais: lanches saudáveis, nutritivos, equilibrados, porções mais pequenas para a manhã e um pouco maiores para a tarde. Pacotes de leitesimples que intercalam com iogurtes, pão de mistura/passas/cereais/milho com queijo/fiambre/ovo/manteiga/ compota, enriquecido com vegetais, e uma peça de fruta para a manhã. É simples, muito básico e contribui em larga escala para uma alimentação mais equilibrada e um peso mais saudável.
pcrb@clix.pt dialogicos.lda@dialogicos.pt
Na próxima edição: Inversão de papéis
Os Enfarta-pais Por: Raquel Ferreira – Dietista Há qualquer coisa de excitante no início de cada ano escolar: o voltar à escola ou iniciá-la, rever amigos ou fazê-los novos, conhecer os novos professores, as novas actividades... São os livros e os cadernos a cheirar a novo, o aprender as rotinas ou retomá-las: uma infinidade de sensações e emoções que absorvem as crianças e os pais. E para além desta azáfama emocional,
há ainda a preocupação com as questões alimentares, particularmente os lanches para a merenda da manhã e da tarde, todos os dias, 5 vezes por semana. Elaborar menus de lanche diários, para a manhã e a tarde, variados e do agrado dos miúdos é uma tarefa que requer imaginação e dedicação. Depois de alguns anos em contacto com o público escolar, devo dizer que identifico
pelo menos 3 tipos de pais, no que concerne à escolha dos lanches. Os fast-pais enviam quase sempre alimentos processados: pão-a-fingir, bolo-a-fingir-que-é-pão com chocolate, pacotes inteiros de bolachas de chocolate, batata frita, rolitos de queijo e refrigerantes vários. Depois temos os enfartapais: são aqueles que se preocupam com a alimentação dos filhos mas vivem angustiados
Bom ano lectivo! Associação Portuguesa de Dietistas www.apdietistas.pt
opinião
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Apontamento Por Vítor Botelho Afinal, a Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, nada de novo nos ofereceu, nem mesmo um simples ratinho de laboratório. Compreende-se: os tempos - passados, presentes e futuros - não estão para parir. Mas, pensando melhor, outra coisa não seria de esperar: Manuela Ferreira Leite (MFL) não queria falar; MFL não gosta de falar; MFL sabe que há quem reze para que não fale; MFL sabe que muitas pessoas não gostam de vê-la, muda ou a botar faladura. A verdade é que a líder do PSD lá acabou por abrir a boca. Numa Universidade, claro, que festas do tipo Avante ou comícios em feiras batidas pela ASAE e por Paulinhos, não são lugares próprios de uma senhora candidata a dama-de-ferroforjado! E, naquele palco universitário, o que de importante disse a líder do PSD? Ensinou como se baixam os preços dos combustíveis, do pão, da prestação da casa, dos medicamentos? Ensinou como é que, face a um grave défice de natalidade, não se deixam milhares de professores sem colocação? Ensinou como é que se obrigam os pequenos e médios empresários a usufruir dos múltiplos incentivos colocados ao seu dispor, criando - mesmo numa grave situação de crise económica mundial mais postos de trabalho e mais riqueza? Ensinou como é que se pode construir alicerces para o futuro sem que se invista na qualificação das pessoas? Ensinou como é que se baixam impostos, quando ela própria já veio dizer que o País não tem dinheiro para nada? E, naquele palco universitário, MFL explicou sem pôr em causa a liberdade de informação - como
é que se ensina a comunicação social a não contribuir para a instalação de um clima de quase terror? Explicou as diferenças entre o Estado que agora diz ser mais vulnerável à corrupção, e o estado da corrupção nos anos em que foi ministra? Explicou, apresentando dados irrefutáveis e a merecerem análise por parte da Procuradoria-Geral da República, porque razão agora se vive num clima antidemocrático? Explicou as diferenças entre a democracia vigente ao tempo dos Governos de que fez parte e a democracia actual? Para dar um toque de verdura, ocorre-me que, na véspera da lição da líder social-democrata em Castelo de Vide, um dos seus principais conselheiros, Pacheco Pereira, contestou, em declarações aos jornalistas, que MFL tenha estado “em silêncio”, já que “isso foi uma mera invenção comunicacional”. Não me atrevo a desmentir homem tão sábio: com tantas invenções (e empolamentos) comunicacionais que andam à solta por aí, ainda nos arriscamos a pensar que valeu a pena a senhora ter aberto a boca! Enfim, aguardemos pelos tempos que se avizinham e que, garantidamente, vão ser escaldantes. Contudo, faço votos para que à aproximação de um ano recheado de eleições não corresponda que todos se ponham a palrar sem qualquer tino. É que, qual hilariante e patética lei compensatória, enquanto MFL se manteve em silêncio, muita gente responsável e que em momentos impor-
tantes devia ter ficado calada, não resistiu a imitar os papagaios. E eu, sinceramente, não gosto de papagaios: a maioria só diz asneiras! Vou terminar lembrando um ou outro facto que amenizaram um Agosto que mal chegou a ser de férias. Por exemplo, o cagaçal que rodeou a participação lusa nos Jogos Olímpicos: é um regalo pensar no que por aí se disse e se escreveu! Ai, esta mania de querermos ser grandes à força - e à custa do esforço dos outros! E o que dizer de um estudo, envolvendo mais de duas dezenas de países, que concluiu que os bombeiros, carteiros e professores são os que merecem a maior confiança dos portugueses. Os bombeiros e os professores, enfim. Mas os carteiros, que diabo! O que nos valerá é que, no dia em que Manuela Ferreira decidir dizer mesmo alguma coisa, será certamente para anunciar que, num passe de magia, o desemprego em Portugal vai ser uma miragem e a corrupção uma saudade. E, claro, que o carteiro vai deixar de meter na caixa do correio o aviso para o pagamento de impostos…
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lazer
O JORNAL COM NOTÍCIAS
Exposição de gravuras em água-forte
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AG E N DA O U T U B R O 2 0 0 8 Exposição de Tom Bund
Gala da ópera da Orquestra Metropolitana de Lisboa
Até 20 de Outubro, Galeria Municipal de Sintra
Vinicius Cantuária
Banda Sinfónica do Exército e Corvos
Dia 30 de Outubro, Centro Cultural Olga de Cadaval
Dia 10 de Outubro, às 22 horas, Centro Cultural Olga de Cadaval.
Dia 3 de Outubro, Centro Cultural Olga de Cadaval
Com a música "Lua e Estrela", a porta estava aberta para Vinicius, tendo sido um sucesso em todo o Brasil. As suas músicas, enquanto compositor foram gravadas por grandes nomes da música brasileira como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Simone, Chico Buarque, Fagner, Elba Ramalho e Fábio Júnior.
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a água-forte. Feita em chapa de metal, a água-forte possibilita uma gama muito ampla de tons e texturas, sendo por isso mesmo a técnica de gravação preferida pelos grandes artistas clássicos, como Rembrandt e Goya, entre outros. Embora considerando-se um aprendiz, nesses quase quinze anos de trabalho Luiz Manni adquiriu um domínio bastante grande da técnica. Isto, aliado à extrema sensibilidade de seu traço e originalidade de suas composições, vem garantindo ao seu trabalho um respeito e admiração cada vez maiores. Esta e outras cidades poderão ser apreciadas a partir do dia 3 e até dia 15 de Outubro, na loja Brilho da Luz, em Albarraque. O artista, que expôe pela terceira vez em Portugal, desta feita na loja Brilho da Luz, Núcleo Empresarial da Abrunheira, Terra do Forno (Zona 2 - Armazém 24/25). www.brilhodaluz.com.
Herdeira das mais antigas tradições musicais do Exército Português é instituída em 1988. Depois de uma participação intensa nas cerimónias militares ou de protocolo de Estado, a Banda Sinfónica do Exército junta-se à banda Corvos, banda incomum do panorama da música portuguesa, que alia o virtuosismo instrumental dos seus elementos e a excelência das composições, arranjos e interpretações intemporais. Um concerto a não perder, sendo o preço dos bilhetes de 5€.
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Uma noite Luiz Manni sonhou que estava numa gôndola, com três mulheres de sua família, em Veneza, cidade de sua avó paterna. Mesmo não conhecendo a cidade, ficou de tal forma tocado por esse encontro que saiu a pesquisar imagens em livros. Disto resultou uma viagem emocional e a criação de uma gravura panorâmica de Veneza. Luiz Manni, paulistano, chegou ao Rio de Janeiro em 73. Assim como os viajantes do passado, foi tocado pela beleza da cidade, que nunca mais deixou. Mas somente a partir de 93, quando descobriu a gravura como forma de expressão artística, foi que passou a trilhar o mesmo caminho de seus antecessores, fazendo seus registos pessoais sobre a cidade que elegeu como tema preferencial de seu trabalho. Usa para isto uma das técnicas mais antigas de gravação criadas pelo homem,
Até dia 20 de Outubro, a Galeria Municipal de Sintra acolhe a exposição de pintura de Tom Bund. A sua obra permite viajar para vários universos, percorrer várias técnicas e formas de expressão. Pintar o real, pintar o que os olhos vêem e despertar todos os sentidos, através da pintura a fuga à realidade torna-se possível. Esta exposição pode ser visitada de Terça a Sexta, das 09h00 às 12h00 e 14h00 às 18h00. Sábados, Domingos e Feriados, das 14h30 às 19h00.
O Centro Cultural Olga de Cadaval vai acolher dois concertos excertos de óperas que ficaram famosos pela sua extraordinária beleza. São os casos mais evidentes «La ci darem la mano» de Don Giovanni, ou «Largo al factotum della citta» que Figaro canta n’ O Barbeiro de Sevilha. Apresentam-se três dos melhores cantores nacionais da actualidade e o maestro português com maior experiência acumulada no domínio do repertório lírico. Os preços são: 1ª plateia 15€, 2ª plateia 10€, Balcão 10€ e 2,50£€ para maiores de 65 e menores de 18 anos.
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SETEMBRO DE 2008
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Movimento Cívico quer garantias contra a alta tensão
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Estrada da Adraga reabilitada A Câmara de Sintra informa que a partir da próxima quarta-feira “vai ser mais fácil e seguro chegar a uma das mais belas praias de Sintra, já que a estrada que liga a Praia da Adraga à vila de Almoçageme está ser totalmente reabilitada.”
Os trabalhos de reabilitação tiveram início no dia 22 de Setembro num troço com cerca de dois km, onde será aplicado um novo tapete de asfalto, e deverão ficar concluídos na próxima quarta-feira, dia 1 de Outubro.
“Orçada em cerca de 30.000€, esta obra visa permitir maior segurança e fluidez de trânsito entre Almoçageme e a Praia da Adraga, numa estrada que, além de sinuosa, se encontrava em avançado estado de degradação”, refere a autarquia.
«Sintra em Debate» nas jornadas autárquicas do BE O Bloco de Esquerda de Sintra organiza este fim-desemana as suas jornadas autárquicas locais. A iniciativa “Sintra em Debate”, tem como objectivo fazer uma reflexão sobre Sintra, através do debate de ideias com pessoas e organizações que têm trabalho e experiência
Os moradores de Belas, Agualva e S. Marcos continuam preocupados com a linha de muito alta tensão Fanhões-Trajouce e exigem ser recebidos pelo ministro da Economia. Em Dezembro de 2007, o governante anunciou um acordo entre a REN e a autarquia que permitia uma solução de enterramento da linha. “Mas os últimos acontecimentos de carácter jurídico e o próprio posicionamento da REN de voltar a ligar a linha tão precipitadamente, sem que os recursos chegassem ao fim e houvesse uma decisão definitiva, deixou-nos preocupados”, explica Helena Carmo. A porta-voz do Movimento Cívico Contra a Alta Tensão em Zonas Habitadas acredita que “qualquer solução não depende só da Câmara de Sintra, depende evidentemente do Governo, mas não há nada escrito que confirme o acordo anunciado”. Por isso, os moradores pedem “garantias explícitas” e voltam a insistir ser recebidos pelo Ministro Manuel Pinho.
“Não compreendemos como é que a REN pode continuar a ser tão irresponsável que negue todos os acordos que estavam anteriormente em vigor. No final de Agosto a empresa veio dizer que não sabe de nada do enterramento e que vai ligar a linha. Como é que podem passar por cima das decisões políticas”, questiona Helena Carmo. Uma delegação do Movimento esteve na última reunião da Assembleia Municipal de Sintra, onde foi “convidar todos os autarcas das freguesias que são tocadas pela linha a estarem presentes num plenário que convocamos para esta sexta-feira nos Bombeiros de AgualvaCacém”. O grupo acabou por sair “razoavelmente satisfeito” com uma “declaração pública rara” de Fernando Seara. Em resposta ao Bloco de Esquerda, o autarca reafirmou o compromisso da autarquia em entrerrar parte da linha. “É um aspecto que está dependente de uma
das circulares [ao Cacém] e assumiremos as nossas responsabilidades com a concretização da construção dessa circular, mas com certeza isso terá de ser objecto de avaliação de efeitos orçamentais por parte desta Assembleia e será matéria para ser discutida pelos senhores deputados”, disse. “Pelo menos é o reafirmar do compromisso, mas sabemos que há interesses muito contraditórios e que há gente interessada em deixar esta situação para tão tarde que ela não seja realmente resolvida”. Mas para os moradores “é preciso um compromisso que seja claramente assumido e isso tem faltado”, queixa-se Helena Carmo. O debate desta sexta-feira deverá contar com a presença dos presidentes das Juntas de Freguesia de Monte Abraão e de São Marcos, bem como os presidentes ou representantes das Juntas de Belas e de Rio de Mouro e de todos os partidos políticos locais. L.G.
em diferentes áreas no concelho. O encontro acontecerá na tarde de domingo, na Biblioteca Municipal de Sintra, Casa Mantero, e a entrada é livre. No programa foram incluídos quatro temas considerados centrais na agenda presente e
futura do BE/Sintra: educação, cultura, ambiente/ ordenamento do território e situação social do município. A sessão de encerramento será às 18h e contará com a presença de Miguel Portas, Membro da Assembleia Municipal de Sintra.