Expresso da Linha - 07

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NÚMERO 7

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GRATUITO | QUINZENÁRIO | 12 Maio 2014 Director: Sérgio Fonseca

Ano 1

Museu das Artes de Sintra inaugurado no dia 17 Museu das Artes de Sintra

w O antigo Casino que até há pouco tempo albergou o Museu de Arte Moderna de Sintra, vai agora acolher o MU.SA, Museu das Artes de Sintra, já a partir de sábado. O espaço vai receber a Colecção Municipal de Arte Contemporânea e os espólios de Emílio Paula Campos e Dórita Castel-Branco, ou Bartolomeu Cid dos Santos, embora este continue a ser negociado com a família do artista plástico.

SINTRA Câmara desiste de financiar salão de humor gráfico internacional

w A edição de 2014 do World

Press Cartoon, evento que se realiza em Sintra desde 2005 foi adiada devido à falta de financiamento da autarquia, que alega que tem outras prioridades para os mais de 180 mil euros que custou o evento na edição anterior. A organização lamenta a decisão, mas promete não desistir, enquanto alguns cartoonistas internacionais têm apelado à Câmara de Sintra que reconsidere. l pág. 7 PUBLICIDADE

Lisboa, Sintra e Amadora lideram no número de crianças e jovens em risco Depois de Lisboa, Sintra é o segundo município do país com mais processos de crianças e jovens em risco em 2013, embora o número total de casos acompanhados pelas duas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) tenha diminuído em mais de duas centenas. A Amadora surge em terceiro lugar num ano em que as 305 CPCJ do país acompanharam 71567 processos. l págs. 10 e 11

n D SHARON PRUITT / CC

n DR

l pág. 6


Opinião

Editorial

REDES SOCIAIS | CÓDIGO QR | FICHA TÉCNICA

in http://retalhos-de-sintra.blogspot.pt

A burla dos 55 mil exemplares

Senhor Presidente, por favor acabe com isto…

E

stá satisfeito por anunciar a bom preço num jornal local que diz imprimir 55 mil exemplares? Não sorria, está a ser burlado! Como já aqui foi explicado, há alguns projectos editoriais no concelho que apresentam tiragens fantasiosas entre os 35 e os 55 mil exemplares. Mas peguemos neste segundo caso. Pagou, por exemplo, 150 euros por um anúncio de ¼ de página? Acredita, portanto, ter gasto 0,00272 cêntimos por anúncio (resultado da divisão do valor investido pelos 55 mil exemplares). O problema é que o jornal que informa na ficha técnica que imprime 55 mil exemplares, não passa, actualmente, dos cinco a seis mil. Mas vamos ser optimistas e acreditar que imprime os seis mil. Neste cenário, cada anúncio não lhe custou os tais 0,00272, mas sim 0,025 cêntimos, nove vezes mais do que pensava (valor que resulta da divisão dos 150 euros investidos pelos seis mil exemplares impressos). Se investir os mesmos 150 euros num jornal que imprima apenas 10 mil exemplares, por exemplo, menos de 1/5 da tiragem do exemplo de cima, o custo por anúncio seria de apenas 0,015 cêntimos, ou seja, menos 60% do que lhe custou cada anúncio no tal jornal dos alegados 55 mil, que na prática só tira uns 5 a 6 mil. Mesmo que esse tal jornal lhe ofereça outros 150 euros de espaço em “publireportagem”, esse espaço foi na prática pago por si, porque na realidade o seu anúncio não vai sair 55 mil vezes, mas apenas cerca de 11% disso. Faça as contas e não vá em cantigas. Exija ver a factura da gráfica, ou peça para ir ajudar no levantamento dos jornais na madrugada da edição. Garantimos que qualquer dúvida que tenha se desvanecerá nessa altura perante a impossibilidade de lhe mostrarem os tais 55 mil exemplares. w sfonseca@expressodalinha.pt

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A 300 metros dos Paços do Concelho e junto ao Centro Histórico, esta manhã, bem cedo, era este o panorama no parque de estacionamento do Rio do Porto [ver mais fotos em http://retalhos-de-sintra.blogspot.pt] Em cada dia, por força da permissividade e tolerância demonstrada, o abuso, a degradação e a falta de respeito pelos locais e pelo Centro Histórico de Sintra vão sucedendo, numa cadeia que

aumentará se não for travada. Chegou-se ao limite da tolerância e são precisas medidas eficazes para acabarem os desmandos. Vamos adiando soluções e, gente menos cumpridora, vai-se instalando. As autoridades fecham os olhos. Arranjam-se desculpas. Em tempos, não se percebia bem das razões por que a autoridade não actuava. A Polícia Municipal também mostrava

indiferença pelo auto-caravanismo selvagem no parque de estacionamento automóvel do Rio do Porto. A notícia de que em Sintra, em pleno Centro Histórico, se pode pernoitar nos lugares de estacionamento e no parque do Rio do Porto, vai correndo mundo e agora temos disto. (...) TEXTO E FOTO DE FERNANDO CASTELO

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Ficha Técnica Director Sérgio Fonseca sfonseca@expressodalinha.pt Colaboradores Bento Amaro, Luís Galrão, Milene Matos Silva, Nélson Mingacho e Susana Paula Paginação Óscar Cardoso César Gonçalves

Propriedade/Editor

Direcção Comercial

Sérgio Paulo Fonseca Unipessoal, Lda. Capital Social 5.000,00 Euros Registo ERC nº 126430 Registo INPI 521894 B NIF 510 880 002 Depósito Legal 368254/13 Sede Rua Rosa Mota, 2 - Loja A, Monte Abraão, 2745-015 - Queluz Redacção 21 5933337 Edição Online www.expressodalinha.pt www.facebook/expressodalinha E-mails geral@expressodalinha.pt; opinião@expressodalinha.pt;

Bruno Nunes (Amadora) Helder Raimundo (Sintra)

Publicidade António Oliveira, Armando Belo, Lucília Tibério Rui Faria, José Rebelo comercial@expressodalinha.pt

Informações Projecto Gráfico Pedro Morais Periodicidade Quinzenal Tiragem Média 15.000 exemplares Impressão: Gráfica Funchalense, Morelena – Pêro Pinheiro


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Destaque ORDENAMENTO

Plano de Urbanização da Serra da Carregueira avança ao fim de uma década Depois de uma versão preliminar que causou polémica há dez anos, a Câmara de Sintra prepara-se para colocar agora em consulta pública o Plano de Urbanização da Serra da Carregueira, local onde entretanto avança a terceira fase do empreendimento Belas Clube de Campo. LUÍS GALRÃO w lgalrao@expressodalinha.pt

A CÂMARA de Sintra planeia aprovar brevemente a versão final para consulta pública do Plano de Urbanização da Serra da Carregueira, em Belas, que prevê, por exemplo, a construção de um parque municipal com 195 hectares. O documento começou a ser discutido em 2004, numa polémica versão preliminar, e a actual versão, em elaboração desde 2007, já esteve agendada para aprovação nas reuniões de 22 de Abril e de 6 de Maio, mas foi novamente adiada. O documento foi apresentado resumidamente na reunião pública de câmara de 22 de Abril, tendo o presidente Basílio Horta optado por não o submeter de imediato a votação, para poder contar com os contributos da vereação. “Não foi já para discussão pública para poder ser analisado pela câmara, que não pode deixar de ter a sua posição, dado ser um plano histórico para nós, depois de 7 anos [em elaboração], porque é estruturante para o concelho”. AUTARCA PEDE “ATENÇÃO AO BETÃO” O plano abrange uma área de 1700 hectares, “numa zona da maior sensibilidade turística e ecológica, que necessita de um programa muito sensível”, salienta o autarca, que alerta para a necessidade de conter a urbanização da zona. “Temos de ter atenção ao betão e às construções, porque as pessoas vão estar muito atentas aos índices de construção e à integração da construção no plano, que é de natureza”. A proposta que será submetida a consulta pública resulta da realização de estudos de avaliação ambiental estratégica, análise biofísica, identificação de aquíferos, estudo de tráfego e mapa de ruído, bem como da concertação entre a autarquia, a administrarão central e um grande projecto privado, o Belas Clube de Campo, em implementação na Serra da Carregueira desde o final da década de 90 do século passado. Estes sete anos de trabalho serviram, entre outras coisas, para “desmistificar e aprofundar o conhecimento sobre o que é a Serra da Carregueira, um território chave, a par com a serra de Sintra”, explicou o arquitecto Tiago Trigueiros, da Divisão de Planeamento. Segundo este técnico, o programa do plano estabelece quatro eixos estratégicos: sustentabilidade ambiental e protecção dos recursos naturais; protecção e valorização do património natural; afirmação e desenvolvimento do turismo nas áreas de lazer, saúde e bem-estar; e qualificação do ambiente urbano. NOVA FASE DE URBANIZAÇÃO SOFRE 10% DE REDUÇÃO Na proposta actual, cerca de 21% dos 1700 hectares serão solo urbano (inclui campo de golfe) e 79% solo rural, sobretudo espaços naturais (37%) e florestais (22,7%), embora o Plano Director Municipal de 1999 estabeleça que 46% deste território é espaço urbanizável de desenvolvimento turístico. Uma das razões para o arrastar do processo foi precisamente a negociação da redução da área de construção já autorizada para a

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terceira fase do empreendimento Belas Clube de Campo. “A reconfiguração do projecto de ampliação foi um dos pontos essenciais que demorou praticamente um ano a negociar com os promotores, porque foram identificadas áreas de grande sensibilidade ecológica e cénica e conseguimos reduzir 10% na área de implantação do que era o alvará de loteamento, bem como o uma redução significativa no número de fogos”. Ainda assim, o plano prevê uma área bruta de construção de quase 35 mil m2 de empreendimentos turísticos em espaço urbano, dos quais 22,5 mil já titulados. As áreas urbanas de génese ilegal (AUGI) são outra prioridade do plano, bem como a reconversão de quintas para turismo de saúde e bem-estar, residencial, de natureza, equestre e eco-turismo. “O plano fomenta reabilitação, permitindo [a construção de] mais de 6000 m2 em quintas como a de Molha Pão, do Bonardim, Wimmer, da Fonteireira, de Santo António e a Tapada dos Coelhos”, explica Tiago Trigueiros. Prevê ainda mais 9400 m2 de construção numa área de turismo no lugar do Carniceiro. No total, serão cerca de 39500 m2 entre nova construção e edifícios a reabilitar que serão destinados a turismo e serviços associados. PARQUE PÚBLICO AUMENTA DE 65 PARA 195 HECTARES Outra prioridade foi a criação de percursos em áreas que eram de domínio privado, embora continuem a verificar-se as restrições associadas ao quartel e prisão da Serra da Carregueira, bem como à Quinta das Águas Livres, que alberga as unidades de operações especiais da PSP. Neste aspecto, a principal novidade é a criação de um parque público florestal com perto de 195 hectares. “Em articulação com os promotores privados, conseguimos passar dos 65 hectares previstos no alvará de 2007, para os 195 hectares”, conta. Está também prevista uma rede de percursos pedonais e cicláveis em articulação com monumentos e áreas de maior interesse. O documento foi saudado pelos vereadores da oposição, que salientam as melhorias em relação a versões anteriores, mas reservam um parecer final para o período de consulta pública. Pedro Ventura, da CDU, considera que a passagem do parque florestal para 195 hectares é “um passo muito significativo”, sobretudo porque “a proposta anterior previa uma área diminuta e um desenho duvidoso, no meio de uma urbanização e de terrenos particulares”, sendo igualmente positiva a contenção da urbanização em 10%. Depois de aprovado pelo executivo, o documento entrará em discussão pública, após a qual será elaborada a versão final para aprovação pela câmara e pela assembleia municipal.

Revisão do Plano Director Municipal de Sintra só terminará em 2017

A Câmara de Sintra quer elaborar primeiro um “Modelo de Desenvolvimento Territorial” até ao final deste ano n CMS

A REVISÃO do Plano Director Municipal (PDM) de Sintra, iniciada em 2012, só deverá estar concluída em 2017, de acordo com a metodologia aprovada recentemente pelo executivo. A Câmara de Sintra quer elaborar primeiro um “Modelo de Desenvolvimento Territorial” até ao final deste ano, e só depois avançar com a elaboração dos documentos de revisão do PDM. O “modelo” deverá contar com o contributo de um painel de especialistas composto por “individualidades ainda não definidas”, e com pareceres dos conselhos estratégicos ambiental e empresarial. Depois da Assembleia Mu-

nicipal aprovar o documento, previsivelmente até ao final do ano, será elaborado relatório de caracterização e diagnóstico, de forma a ter uma proposta final de plano até ao fim de 2015. Este novo prazo adia a conclusão do processo de revisão previsto pelo anterior executivo liderado por Fernando Seara, que em Julho de 2012 aprovou os “termos de referência” que definiam o quadro estratégico para a revisão do PDM, que deveria ocorrer num “prazo máximo de 24 meses”. Nesse mandato realizou-se uma consulta pública preventiva que durou até Março de 2013, durante a qual foram realizadas

24 sessões públicas de esclarecimento e debate, e recebidos 681 contributos de munícipes, associações e freguesias com pedidos e sugestões de alteração do plano que entrou em vigor em Outubro de 1999 e deveria ter sido revisto ao fim de 10 anos, em 2009, o que ainda não aconteceu.

Regulamento para reconversão das Áreas Urbanas de Génese Ilegal em consulta pública TEVE início a 23 de Abril, por um período de 30 dias, a consulta pública do Projecto de Regulamento Municipal para Reconversão Urbanística das Áreas Urbanas de Génese Ilegal (AUGI) do concelho de Sintra, embora a autarquia esteja a aceitar contributos desde dia 14 de Abril. O documento foi alvo de severas críticas por parte da vereadora Paula Neves, do PSD, na reunião de câmara de 22 de Abril. Segundo a autarca, existem mais de 50 situações “de incongruências, incompatibilidades e omissões, que podem suscitar novos problemas”. “O projecto de regulamento é incompatível com nova legislação publicada em Abril, que prevê um regime excepcional para licenciamento da reabilitação de edifícios construídos há mais de 30 anos, incluindo situações de legalização, isentando os projectos de uma série de processos”, exemplificou a vereadora. O documento tem, inclusive, “incongruências com a lei das AUGI e não prevê a regula-

rização de AUGI que estejam fora de espaços urbanos ou urbanizáveis, muitas em Reserva Ecológica Nacional”, alerta a autarca, que defende ainda que deve haver uma clarificação dos critérios a seguir na determinação dos apoios municipais a cada processo de legalização. Em resposta, o presidente da câmara lembro que tem despachado “dezenas de processos, que têm de ser transportados em carrinhas”, porque o dossier estava “parado”. “Tínhamos 124 AUGI, com pessoas a viver miseravelmente, e a câmara praticamente nada fez, nem água nem saneamento. A primeira coisa que fizemos foi dizer aos SMAS para pôr água, mesmo nas ilegais. E depois foi preciso despachar um conjunto largo de processos, porque este é um dos problemas mais graves”, afirma Basílio Horta. O autarca assegura que quer “um bom regulamento” e agradece todos os contributos.

Quanto aos apoios, faz questão de deixar claro que a câmara não irá suportar financeiramente os processos de legalização “Há compromissos assumidos até metade das obras, e temos de dizer não, porque não posso dar 2 milhões a uma AUGI. Só disponibilizaremos meios da câmara”, avança. O documento está disponível na página da autarquia ou nas instalações do Gabinete de Apoio ao Munícipe (GAM). “Os eventuais contributos podem ser endereçados ou entregues no GAM, largo Dr. Virgílio Horta, 2710 Sintra (Espaço do Cidadão) através do fax 219238551, do e-mail municipe@cm-sintra.pt, ou ainda no Gabinete AUGI, na Rua das Eiras, 34 (antiga Fábrica da Messa, junto ao Serviço de Urgência Básica), 2725-078 Mem Martins, através do fax 219226729 e do e-mail augi@cm-sintra.pt”, informa a Câmara de Sintra.

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Autarquias SINTRA

Casino de Sintra volta a ser museu de arte a partir de dia 17 O Casino da Sintra vai voltar a acolher obras de arte, nomeadamente a Colecção Municipal de Arte Contemporânea e os espólios de Emílio Paula Campos e Dórita Castel-Branco, que farão parte do MU.SA., o novo Museu das Artes. Já o espólio de Bartolomeu Cid dos Santos continuará a aguardar a revisão do protocolo assinado entre o anterior executivo e a família do artista plástico. tarquia era o Sintra Museu Virtual de Arte, projecto anunciado em 2005, mas apenas lançado na Internet em Agosto de 2013, ainda pelo anterior executivo. ESPÓLIO DE BARTOLOMEU CID DOS SANTOS AGUARDA NEGOCIAÇÕES

A inauguração do novo Museu das Artes de Sintra está marcada para as 21h30 de sábado. n LUÍS GALRÃO

A CÂMARA de Sintra inaugura no próximo dia 17 o MU.SA, o Museu das Artes que irá dar vida ao antigo Casino de Sintra, espaço que entre 1997 e 2011 albergou o Sintra Museu de Arte Moderna, com a Colecção Berardo. O “projecto inovador”, salienta o presidente da câmara, irá albergar “valiosos e significativos espólios detidos pela câmara” e até agora dispersos por museus, arquivos, bibliotecas e outros espaços municipais, nomeadamente a Colecção Municipal de Arte Contemporânea e os espólios de Emílio Paula Campos e Dórita Castel-Branco. O MU.SA terá também espaço para a fotografia, “com trabalhos que abrangem desde a paisagem sintrense às vanguardas estéticas mais conceptuais”. “EncontrarePUBLICIDADE

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mos doravante um espaço com programação polivalente e plural, obras de arte com temas e técnicas diferenciadas de autores de várias gerações, e trabalhos de artistas marcantes no panorama concelhio”, assegura Basílio Horta na última edição da agenda Sintra Cultural. O edifício albergará ainda uma Galeria Municipal, “com a continuação da apresentação regular de exposições temporárias de um alargado conjunto de artistas nacionais e estrangeiros; e a Livraria Municipal, no átrio da entrada principal, com estudos de temática sintrense, poesia, literatura infanto-juvenil ou banda desenhada, roteiros turísticos, catálogos dos museus municipais, vídeos sobre Sintra ou

peças de artesanato de autores sintrenses. Outra novidade será o Lab. Arte, “espaço alternativo que funcionará como laboratório de experimentações, onde será valorizada a ideia sobre o objecto artístico, expresso em trabalhos realizados em meios como multimédia, fotografia, videoarte, actos performativos e todas as experiências que provoquem uma ruptura com o tradicional e questionem ou transcendam o próprio conceito de arte”. Para o presidente da câmara, o projecto será “um reforçado motivo de visita, uma viagem para os sentidos e um pólo dinamizador da actividade e economia criativas”. Até agora, o único espaço para apreciar a maior parte do património artístico da au-

O Casino de Sintra, que nunca teve qualquer actividade ligada ao jogo, foi inaugurado a 2 de Agosto de 1924. Ao longo de décadas, acolheu eventos como bailes de Carnaval e récitas da moda, serviços de finanças ou a antiga escola D. Fernando II, até que a 17 de Maio de 1997 reabriu como Centro de Arte Moderna. Quase década e meia depois, em Novembro de 2012, após a saída da Colecção Berardo, a câmara decidiu voltar a atribuir ao espaço a designação Casino de Sintra. Em 2013, esteve prevista a instalação no local do espólio de Bartolomeu Cid dos Santos, constituído por mais de 3600 obras do conhecido pintor e gravador, que foi também morador na Vila de Sintra. A autarquia chegou mesmo a aprovar um protocolo de quatro anos com a viúva do artista, mas o actual executivo não concordou com os termos previstos, sobretudo com os elevados encargos financeiros para o município, e está desde o início do mandato a renegociar os termos da cedência. A revisão do protocolo deve-se também a questões legais decorrentes da passagem da gestão do espaço para a empresa municipal SintraQuorum. No entanto, fonte da autarquia assegura que não está em causa a ida do espólio para o MU.SA, que abrirá sem as obras, mas terá reservado um espaço reservado para as acolher posteriormente. LG


World Press Cartoon 2014 adiado por falta de financiamento da Câmara de Sintra O salão de humor gráfico internacional que se realiza em Sintra desde 2005 viu a edição de 2014 adiada devido à falta de financiamento da autarquia, que alega que tem outras prioridades para os mais de 180 mil euros que custou o evento na edição anterior. LUÍS GALRÃO w lgalrao@expressodalinha.pt

A CÂMARA de Sintra decidiu não apoiar financeiramente a edição de 2014 do World Press Cartoon, o salão internacional de desenho de humor na imprensa que se realiza no concelho desde 2005. A autarquia reconhece que o evento “prestigia o município”, mas alega que “não é possível manter um apoio financeiro directo a uma empresa privada” com montantes superiores a 180 mil euros, sobretudo numa altura em que “está a canalizar cada vez mais verbas para o combate ao desemprego e acção social”. Segundo o gabinete de comunicação da autarquia, em 2013 a organização do evento contou com “verba directa da câmara na ordem dos 184 mil euros, bem como com todo o apoio logístico gratuito (serviço cocktail, divulgação e outdoors, cedência de dois autocarros, entre outros) e cedência do espaço da gala e das exposições no Centro Cultural Olga Cadaval e no antigo Museu de Arte Moderna”, mas este valor chegou aos 250 mil euros em edições anteriores. No entanto, justifica a Câmara de Sintra, “as circunstâncias económicas do país e a legislação aplicável mudaram e actualmente o município está a fazer um grande esforço para minimizar os impactos da crise junto da população que reside no concelho”. Neste cenário, a autarquia diz-se apenas “disponível para apoiar a empresa, mantendo o apoio logístico gratuito até agora prestado, bem como cedendo os espaços onde ao longo destes nove anos foi realizado o World Press Cartoon.” ORGANIZAÇÃO PROMETE NÃO DESISTIR

A 23 de Abril, a direcção do evento anunciou que a edição deste ano, prevista para Abril, foi adiada devido à falta de financiamento da câmara. A organização explica que a décima edição foi “oportunamente anunciada tendo por base um compromisso informal com o candidato vencedor [nas últimas eleições autárquicas de 29 de Setembro], mas este compromisso não foi ainda assumido pela nova administração do município.” Segundo os organizadores, “pela sua natureza e dimensão, a viabilização do evento depende da conjugação de múltiplos apoios e patrocínios, o principal dos quais tem obrigatoriamente origem na cidade que o acolhe e que associa o seu nome ao World Press Cartoon”, neste caso Sintra, um cenário que se verificou ao longo das últimas nove edições, com a autarquia a investir no sentido de tornar Sintra no “grande palco anual do humor gráfico internacional”. Dado o actual impasse, “a organização decidiu-se pelo adiamento, assim ganhando tempo para a procura de uma solução que garanta a continuidade do evento dentro dos padrões de excelência que sempre o caracterizaram.” Neste momento, os trabalhos dos autores concorrentes já foram recebidos e registados, mas a reunião do júri, prevista para Fevereiro, “foi adiada na expectativa de uma decisão atempada dos patrocinadores”. CARTOONISTAS INTERNACIONAIS PEDEM A AUTARCA QUE RECONSIDERE O evento é promovido pela WPC, World Press Cartoon - Organização de Eventos, Lda., uma sociedade constituída em 2005 pelos sócios António Moreira Antunes, Rui Benigno Barbosa Paulo da Cruz e José Pedro Pereira da Silva. “O nosso compromisso é lutar pela vida deste

Cartoon classificado em segundo lugar na categoria editorial em 2013. n RADULOVIC SPIRO / WPC

salão que ao longo de uma década se revelou ponto de encontro obrigatório de cartoons e cartoonistas, com uma mostra anual do melhor que se produz em todo o mundo”, lê-se no comunicado divulgado no Facebook em português e inglês, que já conta com várias reacções internacionais. O cartoonista holandês Arend van Dam, por exemplo, lamenta o adiamento e expressa votos para que a nova administração da autarquia perceba que “o WPC fez muito para colocar Sintra no mapa, sobretudo junto do

meio editorial internacional”. Já o Club de Caricatura Latina, que agrupa “34 dos mais importantes caricaturistas editoriais, humoristas e ilustradores da América Latina”, mostra “estranheza” pela retirada do apoio “a um dos mais importantes salões de humor do mundo” numa altura em que a organização já tinha recebido os trabalhos a concurso, e apela a que Basílio Horta reconsidere, pelo menos na edição deste ano, pedido semelhante ao publicado também pela revista internacional Bostoons.

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Amadora e Lisboa AUTARQUIAS

PSP encerra as primeiras três esquadras em Lisboa A PSP encerrou há cerca de uma semana as primeiras três das nove esquadras de Lisboa que quer fechar para “libertar” mais de 250 agentes para actividades operacionais. ENCERRARAM no início do mês as esquadras da Boavista, do Rossio e da Bela Vista, as primeiras três das nove que a PSP quer encerrar, menos duas do que as 11 previstas no primeiro plano do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis). Segundo o comandante Luís Elias, estas estruturas “não representavam uma mais-valia de segurança e não tinham capacidade de projecção de meios para a via pública”, pelo que a PSP optou por “libertar” os mais de 30 agentes para actividades operacionais. A reestruturação do dispositivo policial em Lisboa implicará ainda o encerramento das esquadras de Arroios, do Rato e dos bairros do Condado (na antiga zona J de Chelas), de Padre Cruz, da Horta Nova (ambas em Carnide) e do Quinta do Cabrinha (em Alcântara). Está previsto, ainda, o fecho das esquadras de Santa Apolónia e da Alta de Lisboa, embora nestes casos a PSP preveja a mudança para estas instalações da Divisão de Segurança a Transportes Públicos (que estava no Rossio) e da Divisão de Trânsito, respectivamente. O calendário ainda não é conhecido, mas a PSP admite que em alguns dos casos o fecho está dependente da criação de novas

CINCO das dez pessoas desalojadas há uma semana depois das demolições realizadas pela Câmara da Amadora no bairro de Santa Filomena, vão ficar alojadas temporariamente numa sala cedida pela igreja, avança a Rádio Renascença. A família faz parte do grupo que no fim-de-semana ocupou a Igreja Matriz da Amadora em protesto contra a demolição das construções clandestinas, e que entretanto conta com a ajuda do Patriarcado de Lisboa para mediar o conflito com a autarquia. Em comunicado, a Câmara da Amadora refere nenhuma das famílias contactou a Segurança Social ou os serviços de emergência social a solicitar qualquer tipo de apoio. Os moradores em causa, incluindo pelo menos uma criança, não estão inscritos no Plano Especial de Realojamento (PER), criado em 1993, pelo que legalmente não têm direito a uma habitação social. Quanto às habitações ilegais, não tinham

O calendário de encerramento das outras seis esquadras ainda não é conhecido. n LUÍS GALRÃO

esquadras ou de localizações alternativas, “um processo que leva o seu tempo”, pelo que em 2014 poderão encerrar apenas cinco ou seis esquadras. “O objectivo principal é a racionalização de efectivos, a melhoria da qualidade de atendimento ao público e das

condições de trabalho para os nossos agentes”, esclareceu o intendente Luís Elias. No total, a PSP espera poder colocar 267 polícias em funções operacionais.

Amadora apresenta Plano Local de Saúde 2014/2016 O VIH/SIDA, a diabetes, as neoplasias (cancros do cólon e recto, do colo do útero e da mama) e a tuberculose são as prioridades identificadas no Plano Local de Saúde da Amadora, um dos primeiros da Região de Lisboa e Vale do Tejo. A CÂMARA da Amadora e o Agrupamento dos Centros de Saúde do município apresentaram no dia 5 de Maio o Plano Local de Saúde da Amadora 2014/2016, um documento que identifica 11 problemas principais dos cerca de 175 habitantes do concelho: violência, VIH/SIDA, saúde mental, tuberculose, saúde da criança, doenças cardiovasculares, cancro da mama, cancro do colo do útero, cancro do cólon e recto, diabetes Mellitus (ou diabetes sacarina), acesso aos serviços de saúde, e doenças cardiovasculares. Destes, foram identificados seis como prioritários e definidos objectivos e estratégias de actuação, nomeadamente para o VIH/SIDA, a diabetes, as neoplasias (cancros do cólon e recto, do colo do útero e da mama) e tuberculose. “Não vamos resolver tudo, mas vamos fazer o melhor”, afirmou

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Igreja acolhe desalojados do bairro da Santa Filomena

André Peralta, médico interno de Saúde Pública e elemento promotor do projecto. Já a directora executiva do Agrupamento dos Centros de Saúde da Amadora, Teresa Machado Luciano, salientou tratar-se de “documento sério, que ajuda a trabalhar melhor a área da saúde no concelho”. A importância dos rastreios e da prevenção/campanhas de sensibilização foram aspectos referidos como armas importantes na prossecução dos objectivos propostos no documento estratégico, bem como “o papel fundamental da sociedade civil, que deve fornecer aos cidadãos a informação necessária para que as pessoas se cuidem, promovam a sua saúde, praticando modos de vida saudáveis”, enfatizou Nuno Alves, director clínico do Hospital Fernando da Fonseca.

já sido demolidas no âmbito da primeira fase de demolições do programa de erradicação de barracas, iniciado em 2012, porque os moradores interpuseram providências cautelares que acabaram por ser rejeitadas pelos tribunais, abrindo caminho às demolições. Ao todo, a Câmara da Amadora já demoliu mais de 300 das 442 casas do bairro de Santa Filomena, maioritariamente habitados por imigrantes oriundos de Cabo Verde, mas a autarquia garante que “até hoje, nenhuma família ficou na rua, sem alternativa habitacional”. A situação tem sido acompanhada por activistas do Habita - Coletivo pelo Direito à Habitação e à Cidade, que acusa a câmara de não ajudar os moradores e o PER de estar desactualizado. “Não queremos uma casa de favor, só pedimos que nos ajudem, porque não conseguimos alugar uma casa no mercado livre”, desabafa Eurico Cangombi, um dos moradores que viu ser demolida a casa onde habitava desde 2006.


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SOCIEDADE PROTECÇÃO DE MENORES

Sintra é o segundo concelho com maior número de crianças e jovens em risco Em 2013, o concelho de Sintra ficou em segundo no número de processos de crianças e jovens em risco, com 1468 processos abertos ou reabertos, mais 65 do que no ano anterior. Ainda assim, o número total de casos acompanhados pelas duas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) do concelho diminuiu em mais de duas centenas relativamente ao ano anterior, em virtude do arquivamento de 1272 processos.

LUÍS GALRÃO w lgalrao@expressodalinha.pt Câmara de Sintra lamenta que a Administração Central não tenha até agora conseguido reforçar os meios. n LUÍS GALRÃO

EM 2013, as CPCJ de Sintra acompanharam 3038 processos, mais de metade transitada do ano anterior, 1291 novos casos e 177 reaberturas de processos, valores apenas ultrapassados pelo concelho de Lisboa. A CPCJ Sintra Oriental, responsável pela maior parte das freguesias urbanas, liderou com 1627 processos, menos 262 que em 2012, enquanto a CPCJ Sintra Ocidental, responsável pelas freguesias rurais, mais Algueirão-Mem Martins e Rio de Mouro, ficou-se pelos 1411 processos. Deste volume, transitaram para este ano 1766 processos, 902 da CPCJ Sintra Oriental e 864 da CPCJ Sintra Ocidental. Não se sabe ao certo a que se deve o decréscimo de casos nas zonas urbanas, mas a presidente da CPCJ Sintra Oriental acredita que poderá resultar do trabalho já realizado. “Estamos muito mais próximos da primeira linha e achamos que é esse trabalho de prevenção que está a começar a mostrar alguns resultados em termos de redução do volume processual. Mas temos que esperar para o ano para ver se se trata um ano atípico e os dados baixaram por baixar ou se de facto a tendência permanece essa”, afirma Sandra Feliciano. Ainda assim, Agualva, Queluz e Cacém surgem como as freguesias com mais casos abertos, seguidas de Belas e Monte Abraão. No topo da lista de problemas, está o abandono e o absentismo escolar, relacionado com o aumento da escolaridade obrigatória. “O Estatuto do Aluno, que deveria ser acompanhado por uma diferente resposta do sistema educativo, veio trazer muitas sinalizações, porque muitos miúdos não se identificam com estar numa sala de aulas até aos 18 anos e acabam por entrar em abandono e absentismo escolar”, explica esta responsável. ALARGAMENTO DA ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA AUMENTA CASOS Outro factor é a saída de muitas famílias do país, que tem levado as escolas a sinalizar casos que na prática não são necessários. “Temos que

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Agualva, Queluz e Cacém surgem como as freguesias com mais casos abertos, seguidas de Belas e Monte Abraão.

pedir às escolas para sinalizarem com alguma consciência. Têm que fazer diligências e tentar verificar porque é que determinado aluno não está, em articulação com as entidades competentes ou eventualmente pedindo ajuda à polícia. Estas diligências prévias são importantes para não entupir a comissão com processos ou não-processos, situações que não existem, e que impedem o trabalho nas situações que de facto precisam de ser trabalhadas”, revela. O problema é semelhante na área da CPCJ Sintra Ocidental, embora aqui se tenha verificado um ligeiro aumento do número de sinalizações. “Deve-se essencialmente à escolaridade obrigatória dos meninos, que acabam por não querer estar na escola, onde têm que estar até aos 18 anos e não estão. Nesses casos, tentamos trabalhar com os pais e com o jovem, que quando tem mais de 12 anos tem também de dizer que não se opõe à nossa intervenção, e tentamos perceber se prefere um curso em alternativa ao ensino regular, para diminuir este abandono sistemático, e temos alguns casos de sucesso”, conta a presidente Catarina Fernandes CONTINUAM A FALTAR MEIOS HUMANOS E MATERIAIS Na lista de problemas surgem depois os casos de negligência, a exposição a modelos de comportamento desviante, sobretudo os consumos de álcool e drogas, bem como a violência doméstica, e outras situações de perigo. Os escalões etários com mais sinalizações são os intervalos 11/14 anos e os 15/18 anos, sendo predominantes os rapazes. Comuns às duas CPCJ são também as dificuldades em termos de meios de trabalho, embora com algumas melhorias em termos de instalações, no caso da CPCJ Sintra Oriental. Faltam, no entanto, mais meios como uma viatura para cada CPCJ, porque a que existe tem de ser partilhada. O problema é conhecido da autarquia, cujo vereador responsável pela acção social promete tentar resolver. “Há um grande empenho em melhorar as condições de funcionamento, em encontrar instalações para a comissão Ocidental e também em reforçar, na medida do possível, os recursos técnicos. Outro esforço que farei no próximo ano, para que uma das necessidades deixe de ser inventariada, é a viatura. Espero conseguir recursos para ao longo do ano cada uma delas ter viatura para poder prestar melhor serviço”, avança Eduardo Quinta Nova. O vereador lamenta que a Administração Central não tenha até agora conseguido reforçar os meios na mesma proporção em que têm aumentado o número de processos, e diz que é preciso fazer mais. “Fico satisfeito com a regressão dos números em 2013, mas ainda temos números muito elevados, e somos um dos concelhos com o maior número de crianças e jovens em risco. Reconhecendo as dificuldades, a Câmara está disponível para investir mais e pedimos que os outros parceiros façam o mesmo, porque esta é uma área que não pode ser sujeita à política de austeridade”.

Saúde mental é problema grave em Sintra O concelho de Sintra tem um problema grave de saúde mental, sobretudo nos grupos mais vulneráveis dos jovens e da terceira idade. O alerta é do vereador Eduardo Quinta Nova, que afirma que “cerca de 1500 crianças e jovens precisam actualmente de apoio na área da pedopsiquiatria” e alerta para a falta de assistência aos idosos colocados nos lares. “Sempre que visito lares de terceira idade tenho a preocupação de perguntar qual é a incidência de doença mental, e todos me dizem que anda na ordem dos 80%, mas quando pergunto qual é o acompanhamento, dizem-me

que não há”, revela. È por isso que a Câmara de Sintra pretende alargar o investimento nesta área. “Celebrei o acordo com a Casa de Saúde do Telhal, que faz o acompanhamento de 400 crianças em pedopsiquiatria, mas ainda é insuficiente, e negociou-se com o Ministério da Saúde a criação da unidade de pedopsiquiatria a construir com o Centro de Saúde de Queluz, mas que ainda é um objectivo a concretizar dentro de um ano”, recorda o autarca, que diz precisar de respostas mais imediatas.

CPCJ da Amadora regista aumento de casos em 2013 O volume de processos acompanhados em 2013 pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Amadora atingiu os 2058 casos, quase metade novos, e os restantes transitados ou reabertos de anos anteriores. No final de 2013 foram arquivados 740 processos e 59 enviados para outras CPCJ, tendo permanecido abertos 1259 processos, mais 287 do que os 972 do ano anterior, o que faz desta CPCJ a terceira a nível nacional em termos de volume processual.

As situações mais sinalizadas foram a exposição a comportamentos que comprometem o bem-estar e o desenvolvimento, a negligência e o abandono e absentismo escolar. A Brandoa, actual Encosta do Sol, registou 177 casos, seguida de São Brás, agora integrada na Mina de Água, com 149, e da Buraca, actualmente Águas Livres, com 142. As crianças dos 0-5 anos foram as mais atingidas na exposição a casos de violência doméstica, negligência e maus-tratos físicos.

Mais de 30 mil novos casos a nível nacional em 2013 No balanço nacional, as 305 Comissões de Protecção de Crianças e Jovens acompanharam no ano passado 71567 processos, mais 2560 do que em 2012, dos quais 34347 foram arquivados ao longo do ano, tendo transitado 37220 processos para 2014 (mais 1592 que em 2012). De acordo com o relatório anual, em 2013 foram instaurados 30344 processos de promoção e protecção, 10361 no primeiro semestre e 19983 no segundo, o que representa um aumento de 1195 processos em relação ao verificado em 2012 (29149). As cinco principais problemáticas identificadas no número global de casos foram: a negligência, com 18910 casos (25,3%); a exposição a comportamentos que possam comprometer o bem-estar e desenvolvimento da criança, com 18273 processos (24,5%); situações de perigo em que esteja em causa o Direito à Educação (12152); a criança/jovem assume comportamentos que afectam o seu bem estar (8265); e os maus-tratos físicos (4237). Após avaliação das CPCJ, foram aplicadas de medida de promoção e protecção para 35766 das situações de perigo identificadas, tendo as restantes 35801 sido arquivadas ou seguido directamente para tribunal.

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Tema AMNISTIA INTERNACIONAL

25 anos a lutar pelos Direitos Humanos É um dos grupos mais dinâmicos da Secção Portuguesa da Amnistia e comemora este mês 25 anos de existência.

Em 25 anos de história há episódios que o grupo não esquece. Como a campanha por Timor-Leste, contra as violações permanentes da Indonésia para com a ex-colónia portuguesa.

“Quisemos fazer de Sintra uma terra amiga dos Direitos Humanos” n DR

NELSON MINGACHO w nmingacho@expressodalinha.pt

SENSIBILIZAR a população do concelho de Sintra para a importância dos Direitos Humanos (DH) e sair em sua defesa quando estes se encontram ameaçados em qualquer parte do mundo é a missão a que o Grupo 19 de Sintra da Amnistia Internacional (AI) se dedica há 25 anos. “Quisemos fazer de Sintra uma terra amiga dos DH e contribuir para um mundo onde os direitos fundamentais das pessoas fossem respeitados”, refere Fernando Sousa, jornalista e membro que ajudou a fundar o grupo juntamente com Jorge Periquito e José Manuel Cabral. Foi durante uma reportagem em Chipre que decidiu entrar para a Amnistia, em 1983, quando uma camponesa cipriota grega lhe pediu ajuda para encontrar o marido e filhos, levados pelas tropas turcas. “Senti-me impotente para ajudar aquela mulher. Como jornalista não podia fazer nada mas através da AI sim”, recorda. “Dentro da AI o meu braço esticado dá a volta ao mundo”, sublinha. A educação para os DH tem constituído uma preocupação constante ao longo destes anos. O Grupo 19 levou a Declaração Universal dos Direitos do Homem a milhares de escolas do concelho. Ao preparar esta geração em matéria de DH, o futuro será melhor que o presente, considera o jornalista. “Sem DH

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nem a justiça nem a paz são possíveis.” Em 25 anos de história há episódios que o grupo não esquece. Como a campanha por Timor-Leste, contra as violações permanentes da Indonésia para com a ex-colónia portuguesa. O caso do israelita Mordechai Vanunu que disse ao mundo que o Estado hebraico possuía armas nucleares. Acabou raptado pela Mossad em Itália, julgado à porta fechada sem direito a defesa e condenado a 17 anos de prisão que cumpriu quase na totalidade. Um caso “altamente significativo da arbitrariedade da justiça num país que devia ter responsabilidades particulares em matéria de direitos fundamentais”. Por isso, o Grupo 19 voltou a adoptar o caso este ano e no jantar de aniversário, a 4 de Abril, uma cadeira destinada a Vanunu ficará vazia, dado que está impedido de viajar para o estrangeiro. À ESPERA DE UMA SEDE Um festival nacional de documentários sobre DH, sessões públicas de esclarecimento, ofertas de manuais a escolas, peças de teatro, sessões de música, tertúlias, uma presença constante na comunicação social. Todo um trabalho dedicado que tornou o Grupo 19 uma referência dentro da Secção

Portuguesa da Amnistia. No entanto, para o ex-coordenador, “na AI não há grupos de referência, cada estrutura tem o seu modelo de trabalho. O nosso é inspiração, disciplina e empenho.” Uma das explicações do sucesso deve-se também à forma como o grupo encara o voluntariado. “Para nós é como um trabalho com a diferença que não é remunerado”. Fernando Sousa defende que nunca se deve desmoralizar como o insucesso, que considera aliás um problema de muitas organizações em Portugal. “Não estamos à espera de ver o mundo perfeito amanhã às oito da manhã, mas estamos à espera de o ver melhor sim. O nosso trabalho dá resultado porque acreditamos nele.” Conseguir uma sede é uma dificuldade que ainda não foi ultrapassada. “A sede é o nosso maior problema”. Uma situação que irão procurar resolver junto da actual gestão autárquica. “Por questões de dignidade não podemos continuar a trabalhar nas explanadas dos cafés de Sintra”. Até porque, como refere o ex-coordenador, o Grupo 19 “não é de ninguém”, mas a defesa pelos DH é da responsabilidade de toda a comunidade.

Bring Back Our Girls Mais de 200 raparigas estudantes foram raptadas por um grupo armado na Nigéria para serem vendidas como escravas sexuais, ou serem forçadas a casar. Apele às autoridades nigerianas para que desenvolvam todos os esforços para garantir a sua libertação e para que os responsáveis sejam levados à justiça. O grupo armado islamita Boko Haram, que tem aterrorizado o nordeste do país, reivindicou o sequestro por se opor a qualquer forma de educação ocidental. No dia 14 de abril de 2014, de noite, em Chibok, membros do grupo levaram as raparigas em camiões para fora das instalações escolares, sem qualquer impedimento. Presume-se que algumas já terão sido vendidas, entrando assim na intrincada rede de escravatura sexual e de casamentos forçados. A Amnistia Internacional estima que, desde 2010, já tenham morrido mais 2300 pessoas em consequência da campanha de terror no norte da Nigéria levada a cabo pelo Boko Haram. Se no passado as autoridades militares empreenderam esforços para controlar estes radicais, pouco interesse tem demonstrado em encontrar uma solução para este caso. A educação é um direito humano de todas as raparigas, em Chibok ou de qualquer outro lugar do mundo. Teme-se que este sequestro, além de colocar em perigo a vida das jovens, possa dissuadir os pais de mandar as suas filhas para a escola. Junte-se a nós neste apelo urgente à embaixadora da Nigéria no nosso país, para que as autoridades nigerianas desenvolvam esforços para garantir a libertação destas raparigas e para que o medo não comprometa o direito à educação. Faça-o na página da Amnistia Internacional Portugal, em http://www. amnistia-internacional.pt. Amnistia Internacional Portugal – Grupo 19 | Sintra Apartado 168 – 2711 Sintra Codex


Susana Gaspar Crise económica preocupa coordenadora do Grupo 19 da Amnistia A jovem actriz Susana Gaspar é o rosto do Grupo 19 da Amnistia Internacional (AI). Em entrevista ao Expresso da Linha fala do empenho do movimento junto da comunidade local na defesa dos Direitos Humanos (DH). Diz que a Europa não está livre de atropelos aos DH num cenário que se agrava com a crise económica. É importante não nos silenciarmos, considera. Qual a importância para a comunidade local da actividade do Grupo 19 Sintra da Amnistia Internacional (AI)? O Grupo 19 comemora agora 25 anos e isso só pode ser reflexo da importância da sua existência. Ouço diferentes gerações falarem com enorme admiração sobre este grupo e isso faz-me reconhecer a enorme responsabilidade que tenho enquanto actual coordenadora. O Grupo 19 é local, logo é dirigido à sua comunidade. Nestes 25 anos de vida foram inúmeras as actividades organizadas e muitas delas estão ainda gravadas nas memórias de muitos sintrenses. Sabemos que temos muita importância para as escolas que todos os anos solicitam sessões sobre Direitos Humanos (DH). Sabemos que criamos espaço de reflexão e informação sobre os DH através das actividades que promovemos, com destaque para a nossa mostra anual de documentários. Mantemos uma presença assídua na imprensa local, divulgando casos e acções urgentes. A importância das nossas actividades é talvez a de promoverem a educação para os DH, a informação, a sensibilização, enquanto chave para um mundo mais justo, dentro da visão deste movimento internacional que é a Amnistia. Quais as acções em curso neste momento? Acompanhamos dois casos distintos. O de

No mundo de hoje parece que assistimos a um recuo no respeito pelos DH, incluindo na Europa… A Europa não está livre de atropelos, muito pelo contrário, e as crises económicas agravam ainda mais esse cenário. Por todo o mundo vamos assistindo a atrocidades tremendas, que não fazem sentido continuarem a acontecer. E, no entanto, perpetua-se o silêncio e a ignorância. É importante não nos silenciarmos. É importante estarmos informados e conscientes. E podemos mesmo fazer toda a diferença. Escrevendo cartas (que continuam a resultar), participando em acções, nas redes sociais, etc.. Relembrando a quem precisa de ser relembrado: os DH existem e são para todos.

“A Europa não está livre de atropelos, muito pelo contrário, e as crises económicas agravam ainda mais esse cenário.“ n DR

Mordechai Vanunu (Israel), caso antigo do Grupo 19, que retomámos agora, pois as restrições a Vanunu continuam a impedir a sua liberdade de circulação e de expressão. E o de Ponciano Mbamo Nvo, da Guiné-Equatorial, advogado que foi arbitrariamente suspenso por dois anos da sua função, aquando da defesa do ex-prisioneiro de consciência Wenceslao Mansogo, que foi um prisioneiro de consciência adoptado pelo nosso grupo. A AI acredita que a suspensão de Ponciano é politicamente motivada e está relacionada com o seu criticismo às autoridades, sendo

ele advogado de defesa em casos de corrupção, contra políticos e funcionários do governo. Continuamos também com as nossas sessões de Educação para os DH em escolas e estamos já a programar a 13ª edição da nossa mostra de documentários. Iremos também trabalhar no âmbito da nova campanha da AI “O meu corpo, os meus direitos”, sobre os direitos sexuais e reprodutivos. Estamos também a pré-produzir um documentário sobre os nossos 25 anos, e serão muitas as histórias para partilhar...

Qual a melhor forma de contribuir para este movimento? Há diferentes maneiras de contribuir e diferentes níveis de participação, mas o Grupo 19 está aberto para qualquer pessoa que se queira juntar, colaborando nas nossas acções. Estamos presentes no facebook e temos também um blogue que é actualizado com regularidade e que convido os leitores a acompanharem. Estarem presentes na mostra de documentários, que costuma decorrer em Dezembro, é também uma excelente contribuição. Mas, sobretudo, continuamos a insistir na escrita de cartas e na força de uma assinatura. Poderão contactar o nosso grupo para colaborarem connosco nesse sentido… No site da AI Portugal há também muita informação sobre as diferentes possibilidades de contribuição... NELSON MINGACHO

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Comunidade SOLIDARIEDADE Re-food planeia núcleos de voluntários em Rio do Mouro e Massamá/Monte Abraão A associação de voluntários que combate o desperdício alimentar quer alargar o projecto a pelo menos duas freguesias de Sintra, com Rio de Mouro a ter já agendada a primeira “reunião sementeira”.

O projecto começou em Lisboa, em 2001, pela mão do norte-americano Hunter Halder. n DR

O BAIRRO da Tabaqueira, em Albarraque, na freguesia de Rio de Mouro, acolhe dia 26 de Maio a primeira “reunião sementeira” do projecto Re-food em Sintra. A iniciativa, que terá lugar pelas 19h, no auditório da escola E.B. Alfredo da Silva, destina-se a encontrar voluntários para abrir no concelho o primeiro núcleo deste projecto voluntário de combate ao desperdício alimentar e à fome. “A reunião é aberta a todos os PUBLICIDADE

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interessados, pelo que estamos a pedir a todos os eventuais parceiros e interessados para nos ajudarem a espalhar a informação. O nosso desejo é envolver o máximo de pessoas da freguesia nesta iniciativa”, explica Pedro Silva, do gabinete da comunicação da Re-food. O projecto começou em Lisboa, em 2001, pela mão do norte-americano Hunter Halder, onde já tem vários núcleos, e apresentou no último fim de semana o

centro operacional de Alfragide, numa parceria com a junta de freguesia local. AMADORA TERÁ NÚCLEO A FUNCIONAR EM ALFRAGIDE ATÉ AO FINAL DO ANO A Re-food está a preparar as duas lojas cedidas no mercado municipal de Alfragide, mas para as quais ainda falta angariar materiais e equipamentos, embora espere poder ter o espaço

em pleno funcionamento até ao final do ano. “O projecto eco–humanitário baseado 100% em trabalho de voluntariado, assenta em três pilares estruturais: resgatar 100% do excedente alimentar, preparado e não vendido, dentro de uma área de actuação micro-local, que no nosso corresponde à área geográfica da freguesia de Rio de Mouro; proporcionar alimento a 100% das pessoas com carências alimentares, dentro desta área; e procurar envolver 100% da comunidade no desenvolvimento, operacionalização e apoio ao projecto”, explica Pedro Silva. A Re-food espera em 2014 poder abrir quase duas dezenas de novos núcleos em vários pontos do país, do Porto ao Algarve, com outras tantas dezenas de locais também a começar a mostrar interesse e a promover “reuniões sementeiras”. Em Sintra, além de Rio de Mouro, está também na calha criação de uma estrutura em Massamá/ Monte Abraão, embora ainda não haja data prevista para a primeira reunião. LUÍS GALRÃO

Santa Casa da Misericórdia de Sintra pede apoio para o Centro de Emergência Social O PRIMEIRO Centro de Emergência Social do concelho, criado pela Santa Casa da Misericórdia de Sintra (SCMS), continua a precisar de apoio para manter os serviços de lavandaria, balneário e refeitório, que procuram satisfazer diariamente as necessidades mais prementes da população com domicílio instável. “No contexto em que vivemos, por um lado, surgem diariamente novos pedidos de apoio, por outro, os recursos existentes são cada vez mais escassos”, afirma a Misericórdia, que apela ao apoio através da linha telefónica de chamadas de valor acrescentado - 760 101 120. “Através de um simples telefonema com o custo de 0,60€+IVA, todos poderão colaborar no fornecimento de refeições para o refeitório social. Três telefonemas equivalem ao custo médio de uma refeição a fornecer a um utente”, revela a SCMS, que nos últimos cinco meses já recebeu centenas de chamadas que permitiram fornecer cerca de 135 refeições aos utentes. Além desta linha, foi ainda lançado o Mealheiro Solidário, um projecto que tem envolvido vários comerciantes do concelho, que em 2013 angariaram um montante suficiente para assegurar o fornecimento de cerca de 519 refeições.


Comunidade PATRIMÓNIO

Documentário “Sintra – O Monte da Lua” estreia em Monserrate A PARQUES de Sintra – Monte da Lua (PSML) e Aidnature apresentam dia 23 de Maio, às 21h, no Parque de Monserrate, a estreia do documentário “Sintra – O Monte da Lua”. “Será uma exibição única neste local, no cenário nocturno do Parque de Monserrate, com o relvado como plateia para uma tela de 10mx5m, em frente ao lago”, explica a empresa pública. Os bilhetes para a estreia custam 4 euros e estão à venda em qualquer bilheteira da PSML, bem como na página da Blueticket. O filme realizado por João T. Vasconcelos e escrito por António Castelo, da Aidnature, apresenta uma perspectiva única sobre a natureza e a biodiversidade da Serra de Sintra. “O documentário inclui imagens de espécies animais raramente observadas, como é o caso da Águia-de-Bonelli, da Gineta ou da Ferreirinha-alpina e momentos difíceis de encontrar como o acasalamento de escaravelhos Vaca-loura. As imagens foram captadas ao longo de mais de um ano pela equipa da Aidnature, período esse que incluiu muito trabalho nocturno, muitas horas de espera e também algumas dificuldades em filmar determinados locais por serem também frequentados por pessoas.”

Breves

Sintra promove acção de voluntariado para limpeza das praias A Câmara de Sintra vai promover no dia 17 de Maio, sábado, uma acção de limpeza nas zonas balneares do concelho, com o objectivo de preparar para a nova época balnear as praias Grande, do Magoito, das Maçãs, da Adraga e de S. Julião. “Será disponibilizado material de apoio aos participantes, estando os mesmos abrangidos por um seguro. A acção decorrerá no período da manhã, com ponto de encontro nos locais, às 9h, para entrega de material. O período de recolha será entre as 9h30 e as 12h30, aproximadamente”, explica o Departamento de Cultura, Juventude e Desporto da autarquia. Os interessados em participar nesta acção de voluntariado deverão inscrever-se através do e-mail ddju.juventude@cm-sintra.pt, indicando nome completo, número de bilhete de identidade/cartão de cidadão e respectiva data de admissão ou validade, data de nascimento, contacto telefónico e praia escolhida.

O filme realizado por João T. Vasconcelos e escrito por António Castelo, da Aidnature n PSML

O projecto contou com o apoio da Parques de Sintra, “por se integrar perfeitamente no Projecto BIO+Sintra, que tem como objectivo promover a participação activa do público na conservação dos principais valores naturais da Serra de Sintra”. Já a escolha da Aidnature “teve como base o facto de a equipa procurar, para

os seus filmes, os locais mais selvagens mas aos quais, ainda assim, as pessoas se consigam ligar”, explica a PSML Para António Castelo, “não filmar em Sintra seria quase evitá-la, uma vez que se trata de um local com uma fauna e flora muito importantes e desconhecidas”.

A União das Freguesias de Massamá e Monte Abraão promove dia 18 a Caminhada Solidária “Vamos vestir a Freguesia de Branco”, uma iniciativa destinada a apoiar as famílias carenciadas através da angariação de bens alimentares para o Projecto Mercearia Solidária. A inscrição é feita mediante a entrega de um bem alimentar não perecível na União das Freguesias (sede e pólo), na Farmácia Pinto Leal, na Farmácia Portela ou no Ginásio + Leve.

Câmara de Sintra apoia aquisição de botas antifogo

Nova loja e zona de restauração no Palácio da Pena A PARQUES de Sintra - Monte da Lua concluiu em Abril a remodelação da loja, do restaurante e da cafetaria do Palácio da Pena, resultado de um trabalho de 15 meses e de um investimento de cerca de 750 mil euros. “A intervenção vem dar resposta ao aumento constante do número de visitantes do Palácio, que em 2013 recebeu cerca de 780 mil entradas, mais de 8% que no ano anterior, bem como ao objectivo de acolher melhor os cidadãos com mobilidade

condicionada”, explica a empresa pública. As obras incluíram a reorganização dos espaços, valorizando a estrutura original, de forma a aumentar e requalificar a loja, restaurante e cafetaria. O edifício dispõe agora de dois elevadores: um de utilização pública, que permite uma melhor acessibilidade entre os três pisos - nomeadamente para visitantes com mobilidade reduzida – e um elevador de serviço, ambos construídos alargando o

União das Freguesias de Massamá e Monte Abraão promove Caminhada Solidária

espaço do simples monta-cargas existente. Os elevadores possuem um sistema de geração de energia que utilizam para seu próprio consumo, com a energia que é gerada na descida a ser utilizada no funcionamento da iluminação, ventilação e som. Foram também implementadas tecnologias de poupança energética e de reaproveitamento da água dos lavatórios, que é encaminhada e reutilizada nas descargas dos autoclismos.

O executivo municipal de Sintra aprovou uma proposta que visa atribuir um subsídio às nove corporações de bombeiros do concelho de Sintra, destinado a apoiar os custos na aquisição botas antifogo. “É fundamental que os bombeiros tenham todas as condições para salvaguardar o seu trabalho. É muito dinheiro que a Câmara investe, mas as botas antifogo são importantes para a segurança destes homens”, afirmou o presidente Basílio Horta. Além do subsídio de 54600 euros, que prevê a aquisição de 364 pares de botas antifogo, a autarquia assegura que a área da Protecção Civil “não sofreu qualquer redução de verbas” este ano, dado “ser uma área fundamental e de grande responsabilidade para o município.”

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DESPORTO CLUBE

Escola Maria Alberta Menéres “é uma referência no basquetebol”

Atleta convocada para a selecção nacional de basquetebol

CARLOS MANGUITO w cmanguito@expressodalinha.pt

ENTREVISTÁMOS a professora Isabel Santos, responsável pelo projecto de basquetebol no Grupo Desportivo da Escola Maria Alberta Menéres (GDEMAM), que nos falou do historial e funcionamento do clube e desta modalidade desportiva. “Podemos assegurar que a nossa escola, neste momento, é uma referência no concelho, no distrito e até nacional, no que diz respeito ao basquetebol feminino, e que iniciou um processo idêntico no sector masculino”, afirma a professora. Apesar de se considerar a época 11-12 como o ano 1 do clube não é, no entanto, o inicio do trabalho que a Escola Maria Alberta Menéres desenvolveu no basquetebol quer ao nível do desporto escolar quer no federado ao longo de vários anos no concelho de Sintra. Foi em 2001, a partir de um núcleo de desporto escolar, que a escola formou para raparigas do 5º e 6º anos de escolaridade, e através do impacto que teve, a Associação Desportiva Escolar de Sintra (ADESintra) convidou a escola a lançar um projecto que pudesse envolver e estender a prática do basquetebol a alunas de outras escolas. Foi com base neste percurso que ao fim de 10 anos nasceu o Grupo Desportivo da Escola Maria Alberta Menéres, no ano de 2011. “Como referimos, é um processo já com 13 anos que apesar de algumas dificuldades tem vindo a ser construído com base nos seguintes pressupostos: a ocupação saudável dos tempos livres das jovens em idade escolar; suprimir a reduzida ou quase nula existência de uma prática desportiva no concelho, para raparigas. Aproveitar as condições de treino e competição que a escola nos proporciona de modo a satisfazer os interesses e as capacidades dos alunos.” A escola representa uma grande fonte de captação de praticantes e pode proporcionar a descoberta de jovens com potencialidades para o desporto de rendimento. “Todos os anos sentimos que cumprimos com a nossa tarefa pedagógica e profissional, contribuindo para o desenvolvimento físico, pessoal e social dos jovens. Este é um projeto de desenvolvimento desportivo em que acreditamos, pois

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Equipa de iniciadas n DR

Equipa de cadetes n DR

Equipa juniores n DR

Equipa seniores n DR

tem a seu favor um conjunto de factores que nenhuma outra instituição consegue: é na escola que estão os jovens e crianças; é na escola que temos os pavilhões ou outras salas de desporto onde podemos desenvolver actividade e é também na escola que estão os profissionais que enquadram as actividades desportivas.” Este ano, o GDEMAM teve em competição 12 equipas, num total de 140 a 160 atletas. “A diversidade de ofertas permite estabelecer uma dinâmica onde possam estar todos aqueles que queiram praticar basquetebol, com um quadro competitivo adequado às suas necessidades, sejam elas a nível escolar ou federado. É no jogo, é na prática, que vamos encontrar as razões para melhorar as competências; para progredir; criar novos estímulos e desafiar os nossos limites. Procuramos que todos os jogadores consigam encontrar um quadro competitivo adaptado ao seu nível de competência, que se estende entre Setembro a Maio”, explica o clube. Em termos de competições, os alunos do desporto escolar participam na competição organizada pelo Centro de Área Educativa (CAE) em Infantis, enquanto as restantes equipas participam nos quadros competitvos federados, organizados regionalmente e que de acordo com a classificação regional têm ou não acesso aos campeonatos nacionais. Este ano, mais uma vez, todas as equipas femininas foram apuradas para a prova nacional, o que implica mais responsabilidades. “Com o elevado número de praticantes que pretendemos atingir é necessário encontrar uma estrutura administrativa e técnica de suporte compatível, porque todas as equipas são orientadas por treinadores com formação especifica e acompanhadas do ponto de vista administrativo por duas pessoas que normalmente são pais dos atletas.”

Carolina Bernardeco n DR

A SELECÇÃO nacional feminina de basquetebol de Sub 18 irá contar com uma atleta do GDEMAM nos treinos de preparação para a fase final do Campeonato da Europa (Divisão A), que terá lugar de 17 a 27 de Julho, em Matosinhos. Carolina Bernardeco, atleta do escalão júnior feminino do GDEMAM, esteve recentemente no primeiro estágio de preparação, que decorreu na Cruz Quebrada, sob orientação da seleccionadora nacional, Mariyana Kostourkova. A jovem começou a jogar no clube na época 2004/05, nos Sub 8, “mas já brincava ao basquetebol desde que nasceu e é uma das melhoras jogadores nascidas em 1997”, lê-se na página do Grupo Desportivo. Este ano fez excelentes exibições nos dois escalões e foi uma das jogadoras mais influentes. “Esteve presente na melhor classificação das equipas em Sub 14 F (4º Lugar-Final Nacional) e a nível pessoal tem estado presente no 5 ideal de muitas competições”. Venceu também os jogos da CPLP pelo Seleção Portuguesa, “com excelentes prestações”. Em termos Distritais, representou a ABL nas Festas do Basquetebol Juvenis em 2010 e 2011 (Sub 14) e 2012 (Sub 16) e alcançou o 2º lugar (Sub 14 - 2011) e 3º lugar (Sub 16 e Sub 19 – 2012). A atleta recebeu o prémio de 5 ideal do Campeonato da Europa de Sub 16, das mãos de Ticha Penicheiro, jogadora da WNBA, e é considerada a melhor jogadora portuguesa.


DESPORTO ATLETISMO

Atletas do JOMA continuam a obter boas prestações no atletismo O atletismo é grande referência da Juventude Operária de Monte Abraão, clube que continua a conquistar as posições cimeiras em provas nacionais e internacionais.

Cláudia Pereira (em cima) e Susana Estriga (em baixo) n DR

JOÃO CARDOSO é o presidente do clube Juventude Operária de Monte Abraão (JOMA), clube onde têm sido desenvolvidas várias actividades desportivas ao longo da sua existência, tais como o futebol, futsal, natação, ginástica, karate, corridas de patins, ciclismo, damas, pool português, BTT, defesa pessoal, fitness, MMA, e pilates. Mas é o atletismo a grande referência do clube, que tem obtido excelentes resultados a nível nacional e internacional, com vários atletas a ser transferidos para outros clubes de maior dimensão. Recentemente as atletas da JOMA voltaram a destacar-se, desta vez no Campeonato do Mundo de Veteranos e no Campeonato Nacional de 10.000 metros. A atleta Susana Estriga sagrou-se vice-campeã do mundo de veteranos, na competição que decorreu entre os dias 25 e 30 de Março, em Budapeste, na Hungria. Já no Campeonato Nacional de 10.000 metros, competição que teve lugar em Lisboa a 29 de Março, Cláudia Pereira sagrou-se vice-campeã nacional conseguindo ainda atingir os mínimos para os campeonatos da Europa da especialidade. A atleta também venceu a Meia Maratona Internacional de Setúbal, organizada pelo CCD da Câmara Municipal de Setúbal com o apoio técnico da Xistarca, no dia 11 de Maio, uma prova pedestre urbana na extensão de 21.097 metros designada por “25ª Meia Maratona de Setúbal”. Por seu lado, Susana Estriga sagrou-se vice-cam-

peã do mundo de veteranos, na competição que decorreu entre os dias 25 e 30 de Março, em Budapeste, na Hungria. O Clube organizou no dia 13 de Abril o seu 33º Grande prémio da JOMA, quarta prova do Troféu “Sintra a Correr”, que contou com 399 participantes, menos 13 que na última época. A prova principal teve a distância de 8,2 km tendo a vitória sorrido a Samuel Freire (JOMA), seguido do seu companheiro de equipa, Bruno Lourenço e Euclides Sanches (Casa do Benfica de Algueirão-Mem Martins). Em seniores femininos, o JOMA também colocou duas atletas nos dois primeiros lugares. Venceu Neide Dias, seguida de Andreia Santos e Kcenia Bougrova (Valejas AC). Realizou-se ainda uma caminhada com 3,2 km. Por equipas, venceu o JOMA com 458 pontos, seguido da Casa Benfica Algueirão Mem Martins com 380 e do SC Reboleira e Damaia com 278. Foi também realizada uma prova recreativa destinada a crianças dos seis aos nove anos (bambis) não existindo classificação entre os participantes.

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DESPORTO NATAÇÃO

Equipas de Colares procuram afirmar-se na natação Master e Triatlo A piscina da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Colares possui actualmente dois projectos que procuram projectar o nome da freguesia: Masters e Triatlo A.H.B.V. Colares. n DR

O PRIMEIRO projecto a surgir foi a natação Master A.H.B.V. Colares, que teve início na época 2011/2012 e actualmente está na terceira época, sendo que os atletas participam nas provas organizadas pela Fundação INATEL. O projecto proposto pelos professores de educação física Tiago Cochicho, Miguel Dábrio e Pedro Ribeiro, teve como objectivo a criação de um grupo treino orientado para atletas que deixaram de competir, e para aqueles que consideram que nunca é demasiado tarde para fazer desporto. Destacam-se alguns resultados obtidos no Campeonato Nacional de Natação da Fundação INATEL nas duas primeiras épocas: 2011/2012: 50L Masc. – 1º Class. (Escalão 30-34 Anos); 100L Masc. – 3º Class. (Escalão 30-34 Anos); 2012/2013:200L Masc. -1º Class. (Escalão 30-34 Anos); 100B Masc. – 3ºClass. (Escalão 3034 Anos); 50M Masc. – 2º Class. (Escalão 30-34 Anos); 400L Masc. – 2º Class. (Escalão 30-34 Anos). Para a presente época, com um grupo mais alargado de 16 atletas, ambiciona-se aumentar o número medalhas ganhas no Campeonato Nacional relativamente à época anterior, e em termos colectivos ficar entre as 10 primeiras equipas a disputar a referida competição. As provas realizar-se-ão nos dias 31 de Maio, 1 e 8 de Junho, nas instalações do parque de jogos 1º de Maio do Inatel, em Alvalade. Com o sucesso e o desenvolvimento do projecto, foram criadas as bases e as condições para em Março de 2013 surgir paralelamente o projecto de Triatlo A.H.B.V. Colares, cujo nome de filiação na Federação de Triatlo de Portugal é, Tri BVColares. O projecto inclui uma equipa principal para atletas com mais de 15 anos (escalões: cadetes, juniores, sub-23, seniores e veteranos) e uma escola de Triatlo para os atletas mais jovens (escalões: benjamins, infantis, PUBLICIDADE

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iniciados e juvenis) destinada a crianças entre os 7 e 15 anos, sendo a sua principal vertente a formação desportiva. A equipa e a escola de Triatlo Tri BVColares têm como principais objectivos a iniciação à prática de triatlo e das suas vertentes duatlo e aquatlo, numa perspectiva de desenvolvimento global dos jovens nas vertentes, física, intelectual e social na freguesia de Colares e no concelho; a formação do jovem desportista alicerçada em valores que consagrem o respeito pelo adversário, fomentando a criação de amizades, adquirindo hábitos de autodisciplina, persistência e autossuperação; e a prospecção, detecção, selecção e acompanhamento técnico de jovens com potencial para a prática de triatlo de alto rendimento; bem como participar nas provas da Federação Portuguesa de Triatlo. A equipa de triatlo tem neste momento cerca 41 atletas sendo 26 jovens atletas na escola e 15 na equipa principal. Os treinos são realizados todos os dias e leccionados pelos professores Tiago Cochicho, David Ferreira e Miguel Dábrio. O principal objectivo para esta época desportiva 2013/2014 da equipa de triatlo é ficar nas 10 primeiras equipas tanto no Campeonato Nacional de Clubes de Triatlo, como no Campeonato Nacional de Triatlo Jovem. CARLOS MANGUITO


Breves

Opinião CARLOS MANGUITO

III Grande Prémio “Abraçar Queluz a Correr” Realiza-se no domingo, dia 18, mais um grande prémio de atletismo integrado no Troféu “Sintra a Correr”, desta feita o III Grande Prémio “Abraçar Queluz a Correr”. A prova é organizada pelo Ginásio Clube de Queluz e conta com o apoio da União de Freguesias de Queluz e Belas.

Mundial de Bodyboard 2014 na Praia Grande depois do Verão A Federação Portuguesa de Surf e a Câmara de Sintra acordaram realizar apenas em Setembro o Campeonato Mundial de Bodyboard 2014 da Praia Grande. “Este ano apostamos que a prova seja realizada fora da época balnear para não prejudicar o comércio daquela zona. Estamos certos que virão milhares de pessoas à Praia Grande nessa altura, o que também irá potenciar as actividades económicas”, afirma o presidente do município, que apoia a iniciativa com apoio logístico e a cedência de 80 mil euros. A prova terá lugar entre 22 e 28 de Setembro e deverá trazer a Sintra 180 praticantes de bodyboard de um total de 19 países.

Belas acolhe em Setembro o Zumba Colors 2014 A Academia CCRDBelas e a dupla de instrutores Gémeos Zumba promovem dia 20 de Setembro, em Belas, o Zumba Colors 2014. Nesta segunda edição dedicada a esta modalidade de fitness, estarão presentes os instrutores Gémeos Zumba, Andreia Constâncio, Jaldson Santos, Inês Isabel Silva, Jenny Sereno, Marco e Sara, com o apoio do DJ Gonçalo Silva. As pulseiras para o evento de três horas custam 10€ até ao dia 31 de Julho, aumentando para 12€ após esta data e até à capacidade do recinto do Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Belas.

Acompanhamento dos jovens na prática desportiva

O

acompanhamento dos jovens praticantes de futebol, por vezes leva a que se tenham comportamentos que inconscientemente não constituem um modelo exemplar para as crianças e jovens que um dia serão adultos. A participação da criança na vida de uma Escola de Futebol ou de um Clube deverá contribuir para a sua boa formação Social e Educativa, para além da formação Desportiva. A verdade é que continua a existir um grau de exigência muito elevado e demasiada pressão sobre o desempenho das crianças e jovens no futebol. No futebol de formação o mais importante não é ganhar, mas sim fazer o melhor possível e tentar ganhar. É evidente que quando se participa em qualquer prova ou competição existe sempre a vontade por parte de todos os intervenientes em ganhar. Faz parte da vida, a competição é saudável e isso deve acontecer, mas é conveniente termos a noção e transmitirmos a todos que não é vergonha nenhuma perder jogos ou errar passes, jogadas, etc, nem faz sentido que os jovens praticantes sejam acusados e até castigados pelos adultos como se de uma tragédia se tratasse. Compete a todos os envolvidos no futebol-treinadores, dirigentes, árbitros ou adeptos - contribuir e modificar a forma de encarar as experiências da prática desportiva dos jovens como positiva e não negativa. É muito normal errarem-se lances no futebol. O jogo, apesar de ser simples e fácil de entender por todos (é o fenómeno social com maior impacto no mundo), tem uma quantidade de factores inerentes com grande imprevisibilidade e nem todos os que assistem poderão ter essa noção tão

profunda. Daí considerarem que tudo tem de funcionar na perfeição, mas a verdade não é bem assim. O erro vai estar sempre presente no jogo de futebol, apesar do esforço e do treino para que aconteçam o menos possível. Nos jogos de futebol, ou de outras modalidades, os Encarregados de Educação devem fazer com que o jovem sinta a sua presença como um amigo que apenas está ali para lhe dar apoio, sem influenciar a

sua atitude dentro do campo. As crianças e jovens destas idades muitas vezes não conseguem corresponder às expectativas dos adultos, o que poderá ser motivo de bloqueios que influenciariam negativamente a sua prestação desportiva. Todos devemos transmitir às crianças que o jogo é uma forma de convívio diferente com outros desportistas que têm em comum o facto de gostarem da mesma modalidade: o Futebol. Dessa perspectiva, e apesar da vertente competitiva do jogo que as coloca como adversários,

essas crianças deverão ser tratadas como amigas! Se, um dia, alguns destes jovens tiverem qualidade, talento e alguma sorte poderão atingir o nível profissional de futebol, mas isso acontecerá naturalmente e a seu tempo, pelo que não são necessárias grandes pressões exercidas em etapas muito precoces. Se assim for, será gratificante para os todos os envolvidos no mundo do futebol.

O erro vai estar sempre presente no jogo de futebol, apesar do esforço e do treino para que aconteçam o menos possível.

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Especialista PSICOLOGIA

Texto escrito com a nova grafia

Os Limites

PSICÓLOGA CLÍNICA Consultório em Mafra Tel. 962537110

Na educação dos filhos, devemos cultivar o respeito mútuo, mas percebendo sempre que o adulto é, e deve ser, a figura de referência, que sabe o que está a fazer e que em questões importantes não pergunta aos filhos se estão ou não de acordo. ANAMARY MONTEIRO LAPA w www.anamaryml.pt n NORWOOD / CC BY-SA 3.0

Em Portugal, à semelhança do que acontecia em outros países até meados do século XX, os jovens com 12 ou 13 anos que não prolongassem os seus estudos (os que o faziam pertenciam a uma minoria), eram empurrados para um estatuto de adulto. Era frequente, e até visto com normalidade, ver crianças muito novas a trabalhar, com horários muito rigorosos e sem que a questão da escolaridade obrigatória se colocasse. Progressivamente, a importância da escolaridade começou a ganhar força e as crianças passaram a estar mais anos ligadas ao ensino e à escola, passando também a estar mais tempo ligadas à família e a entrar mais tarde no mercado de trabalho. Este conceito foi-se alargando cada vez mais e, se há 20 anos atrás éramos jovens até aos 20 anos de idade, hoje já se fala de jovens adultos com 30 anos. A mudança de mentalidade originou também uma transformação em termos de direitos e deveres. As crianças e os jovens passaram a ser detentores de (todos) direitos, enquanto progressivamente os pais perdiam os seus. Actualmente começa a perceber-se que é preciso encontrar, urgentemente, um equilíbrio. Se de facto os direitos e o respeito pelas nossas crianças e jovens são fundamentais, também é verdade que o direito e respeito pelos nossos pais (professores, avós, tios, etc.), não são menos importantes. Devemos cultivar o respeito mútuo, mas percebendo sempre que o adulto é, e deve ser, a figura de referência, o modelo. Se existem questões passíveis de serem dialogadas e discutidas entre pais e filhos, há outras que não o são. Na minha prática clínica deparo-me, PUBLICIDADE

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muito frequentemente, com crianças que são os reis e os senhores do lar, e pais que não educam com medo de traumatizar ou com a ameaça do desamor dos filhos. Sobre estas crianças recaem escolhas e decisões importantes, que não deveriam NUNCA passar por elas. A favor destas crianças há sempre uma lista de direitos e escassos deveres. Frequentemente, não existem consequências para os seus comportamentos indevidos, mas existe sempre recompensa para aquilo que é bem feito, ou pior ainda… recompensa-se quando a criança não faz mal. Um exemplo daquilo a que me refiro é a história de um casal que estava muito preocupado com a situação do filho, uma vez que este tinha reprovado por faltas, pela segunda vez consecutiva. No entanto, estes pais ofereceram ao

filho, pelo seu aniversário, a carta de condução. Quando os chamei à atenção pela falta de coerência (premiar em vez de repreender), justificaram-se dizendo que já tinham prometido a carta de condução ao filho há muito tempo e que como pais, sempre cumpriram as suas promessas. O filho também achava tudo isto muito natural, e até se sentia revoltado e com um forte sentimento de injustiça, só de pensar que os pais poderiam não cumprir com a sua promessa. Não quero ser mal interpretada, não defendo pais tiranos que fazem escolhas sem ouvir as crianças e que castigam na primeira oportunidade. O que defendo são pais que não tenham receio de decidir, que mesmo percebendo que a criança vai chorar e até sofrer naquele momento, consigam manter a decisão porque percebem que é o melhor para os

filhos. Defendo sim, pais adultos conscientes do seu dever de educadores, de formadores da personalidade, que sabem o que estão a fazer e que em questões importantes não perguntam aos filhos se estão ou não de acordo. Defendo pais que resistem ao choro dos filhos, e que sempre que necessário repreendem actos indevidos, conseguindo lidar com o remorso que muitas vezes isso lhes possa causar. Como propõe Didier Pleux, psicólogo clínico de orientação cognitivo-comportamental, a frase “a criança é uma pessoa” deve ser substituída por “a criança é uma criança”. Este autor considera indispensável que os pais “reencontrem os seus direitos e, entre eles, aquela autoridade educativa que não destrói, mas constrói a criança”.


Tribuna

Alguns texto da Tribuna podem ser escritos de acordo com a nova ortografia

Opinião NUNO RICARDO PEREIRA

Membro comissão política da concelhia do CDS-PP Amadora

O rumo do 25 de Abril Há quarenta anos, a revolução militar derrubou o Estado Novo e abriu o caminho para um regime democrático em Portugal. Um dos resultados de dezanove governos democráticos foi o progresso assinalável do país. O poder democrático local foi outra grande conquista, levando as decisões mais próximo das pessoas. A Amadora é um excelente exemplo, o primeiro município a ser criado após a revolução por proposta do CDS em Assembleia da República a 11/09/1979, fazendo jus às legítimas aspirações da população amadorense. Qual o rumo do 25 de Abril de 1974? Poderíamos ter seguido o rumo pretendido por uma ala revolucionária, a hipótese de uma ditadura mais repressiva do que aquela que tinha sido deposta. O das nacionalizações, os abusos da reforma agrária e do sentimento durante o PREC de perseguição. A 25/04/1975, rumámos a eleições democráticas com afluência superior a 90%, em que os portugueses mostraram estar ao lado da democracia representativa. Mas o caminho democrático exige responsabilidade, por parte dos eleitos e dos eleitores. Por parte dos eleitos, porque Portugal foi um país deficitário, distribuindo as receitas dos impostos e do endi-

vidamento, iludindo eleitores com uma suposta riqueza. Recorremos três vezes à ajuda internacional graças às ilusões de três governos: PS em 1977, Bloco Central em 1983 e novamente PS em 2011. Atingimos uma dívida pública de mais de 200 mil milhões de euros. A Troika veio, emprestou-nos quando já mais ninguém o fazia e o Estado foi obrigado a contrair a procura interna, o investimento, a aumentar as receitas e incentivar a poupança. Por parte dos eleitores, que se demitem dos seus deveres cívicos e se tornam alheios para que outros decidam por eles. Da crença que o Estado tudo resolve à custa de recursos que são inesgotáveis. Na dependência das decisões de políticos que decidem pensando nos seus interesses. Os eleitores devem assumir o seu dever e direito conquistado pela Revolução, ser exigentes com o Estado e com a forma como utiliza os nossos impostos. Neste momento, que rumo devemos seguir? O peso do Estado evoluiu de 20% do PIB para quase 50%. Atingimos um nível de estatismo repressivo. Tomámos o caminho de mais Estado na economia, mais impostos e mais dívida. Ficou evidente que quanto maior é o peso do Estado, menor é o crescimento económico. Seguiu-se o rumo da austeridade aumentando impostos e reduzindo ligeiramente a despesa como a solução mais rápida

para a grave situação em que se encontrava Portugal. Mostram-nos como alternativa a mudança. Voltar ao aumento da despesa, ao endividamento, a uma demagogia irresponsável de que o Estado gastar mais propícia crescimento económico. Mas ao seguir esta via, não estaremos a repetir os erros de um passado recente e a abrir caminho para um quarto resgate? Não queremos o mesmo rumo que irá colocar Portugal na bancarrota, de mão estendida perante o mundo, mas sim um rumo que nos mostre um futuro melhor. Os portugueses têm de ponderar outras opções, em que o estatismo não seja repressivo. Atingir um Estado útil, sem ser empresário nem gestor, nem subsidiador e interventivo, apenas rigoroso nas funções essenciais! Que permita a liberdade de escolha às famílias e que assegure o cuidado dos que realmente precisam e apenas desses. Aliar a redução do peso e das estruturas do Estado com a redução dos impostos. O crescimento virá quando o Estado deixar de cobrar os impostos que precisa para se autossustentar e autopromover e deixar para os indivíduos o rendimento do seu trabalho. A democracia é também isto, a assunção dos direitos fundamentais do ser humano, o direito à vida, à propriedade, ao progresso, à justiça, à felicidade e à liberdade.

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Agenda Sintra

Secundária de Santa Maria debate os 40 anos do 25 de Abril A Associação de Estudantes da Escola Secundária de Santa Maria, na Portela de Sintra, e a Alagamares-Associação Cultural, promovem dia 13, pelas 11h40, um debate sobre os “40 anos do 25 de Abril, o que foi, o que ficou por fazer e o seu legado para o futuro”. A iniciativa de entrada livre terá lugar no auditório da escola e contará com a participação do Coronel Rodrigo Sousa e Castro, ex-membro do Movimento dos Capitães, e do Coronel Baptista Alves, ex-vereador independente da CDU na Câmara de Sintra e membro fundador da Associação 25 de Abril. Inauguração do Museu das Artes de Sintra A Câmara de Sintra inaugura no dia 17 de Maio, pelas 21h30, o MU.SA, o novo Museu das Artes de Sintra, instalado no antigo Casino. Após a inauguração, será também inaugurada, às 22h, a exposição de pintura de Vítor Pi, na Galeria Municipal, e às 22h15, a da instalação “Entrentrente” de Jorge Cerqueira, no Espaço Lab. Arte. QUOTIDIANO ANOTADO no Espaço Teatroesfera. O Espaço Teatroesfera apresenta, até dia 8 de Junho, o espectáculo “QUOTIDIANO ANOTADO”, a partir de Rui Cacho, com encenação de Paula Sousa. Para ver de quinta a sábado, às 21h30, e ao domingo, às 16h. Reservas: ameninadabilheteira@teatroesfera.com ou 214 303 404. Casa de Teatro de Sintra recebe “A linguagem das flores” de García Lorca O Chão de Oliva/Companhia de Teatro de Sintra tem em cena até dia 18 de Maio, de quinta a sábado às 21h30 e aos domingos às 16h, na Casa de Teatro de Sintra, o espectáculo “A linguagem das flores”. “Inspirada pela obra de Federico García Lorca, a peça traz à cena D. Rosita, uma mulher solteira que vive agarrada à promessa de casamento do seu primo e que prefere ignorar a sua verdadeira condição. Num registo que balança entre a ironia e a emoção melancólica, o espectador é convidado a assistir ao despontar de uma inquietante crise interior, em contraste com uma aparente existência pacata”, lê-se na sinopse. A adaptação e dramaturgia são de Manuel Sanches, a encenação de João de Mello Alvim, e a interpretação fica a cargo dos actores Alexandra Diogo, Joana Freches Duque e Nuno Machado. História de amor de Pedro e Inês em cena na Quinta da Regaleira A Quinta da Regaleira acolhe até Setembro a mais recente produção da bYfurcação Teatro, que conta a paixão entre Pedro e Inês, uma das histórias de amor mais dramáticas da nossa história, aqui com textos de textos de Fernando Villas Boas e encenação de Paulo Cintrão. A interpretação está a cargo de Clemente Samba, Fábio Ferreira, Flávio Tomé, Joana Lobo, Paulo Cintrão, Ricardo Karitsis e Sara Rio Frio. O bilhete para a peça de cerca de 1h30, que tem lugar às sextas e sábados, custa 15 euros, e está à venda nos locais habituais. Reservas: 93 810 96 44 ou reservas@byfurcacao.pt.

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Amadora

Lisboa

“Bual Revisitado” até dia 8 de Junho na nova Galeria Municipal Artur Bual Integrada nas comemorações dos 40 anos do 25 de abril, foi inaugurada a dia 12 de Abril a exposição Bual Revisitado, uma retrospetiva de um dos mais importantes artistas plásticos nacionais, uma iniciativa que marcou igualmente a inauguração da nova sede da Galeria Municipal Artur Bual, na Casa Aprígio Gomes. Para visitar de terça a domingo, das 10h às 18h.

4ª Edição da “Festa da Flor de Lisboa” O Instituto Superior de Agronomia acolhe de 16 a 18 de Maio a 4ª edição da “Festa da Flor de Lisboa”, com um programa variado que inclui exposição de plantas, arranjos florais, feira de jardinagem, workshops diversos sobre agricultura e jardinagem e música. O evento pretende dar a conhecer as flores portuguesas e mostrar a qualidade e variedade que o nosso país tem para oferecer. A organização disponibiliza transporte gratuito entre a entrada da Tapada e o Pavilhão de Exposições, para quem se deslocar a pé para visitar o evento das 10h às 20h.

Exposição “Fernando Relvas e a Revista Tintin” no CNBDI Inaugura no dia 16, pelas 19h, no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (CNBDI), na Falagueira, a exposição “Fernando Relvas e a Revista Tintin”. A mostra assinala a entrada da obra de Fernando Relvas, Prémio NacionalBD 2012, na colecção de originais da Câmara Municipal da Amadora/CNBDI, e apresenta o seu trabalho na Revista Tintin. A entrada é livre e a exposição pode ser visitada até dia 27 de Junho, de segunda a sexta, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h30. Curso de Iniciação de Actores “À Descoberta de Shakespeare” A Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, na Venteira, acolhe de 2 a 30 de Junho, o curso de iniciação de actores “À Descoberta de Shakespeare”, no âmbito das comemorações dos 450 anos do nascimento de William Shakespeare. O curso estará a cargo do Teatro dos Aloés e será desenvolvido em torno do texto “Sonho de Uma Noite de Verão”, uma das maiores peças teatrais de sempre e, de acordo com Frank Kermode, “a melhor comédia” deste autor. “Diz-se, e os estudiosos confirmam, que Shakespeare foi eventualmente o maior dramaturgo de todos os tempos e que depois da Bíblia nenhuma outra obra teve mais edições nem foi mais traduzida”. A inscrição custa 30€. Inscrições: bibliotecas@cm-amadora. pt ou teatrodosaloes@sapo.pt.

World Press Photo 2014 no Museu da Eletricidade O World Press Photo, o mais importante concurso de fotojornalismo do mundo, reúne nesta edição, 53 fotografias premiadas numa exposição patente no Museu da Eletricidade. O Grande Prémio de 2013 foi para uma imagem do norte-americano John Stanmeyer. A fotografia mostra um grupo de emigrantes africanos que, de telemóveis erguidos para o céu e à luz da lua, tentam apanhar rede de telemóvel. Para ver até 25 de Maio, no Museu da Eletricidade, das 10h00 às 18h. O valor do bilhete de entrada reverte, na íntegra, para o projeto UMAD - Unidades Móveis de Apoio ao Domicílio, desenvolvido pela Fundação do Gil com o apoio da Fundação EDP.

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Agenda CULTURA

Igrejas de Sintra acolhem a primeira edição do INCANTUS - Festival de Música de Sintra O CORO de Câmara Outros Cantos e a União das Freguesias de Sintra promovem de 30 de Maio a 1 de Junho a primeira edição do INCANTUS - Festival de Música de Sintra, uma iniciativa que promete trazer música de qualidade e encanto aos lugares históricos mais emblemáticos da vila. “O INCANTUS é um festival dedicado à interpretação de música erudita, aliada à beleza incondicional de Sintra, vila caracterizada pela riqueza histórico-cultural de espaços naturais e monumentos”, explicam os promotores. “O festival, que terá lugar nas principais Igrejas históricas da vila de Sintra, reúne a interpretação de música secular e clássica, através de múltiplas formas de expressão musical, a cargo de artistas que cultivam peças musicais de qualidade, a par do gosto de cantar e tocar em conjunto, proporcionando, a toda a comunidade, o acesso gratuito a actividades culturais de destaque. A direcção artística decidiu centrar a programação na música coral polifónica. Pela primeira vez, estarão reunidos nove coros de diversas localidades do

país, num programa único que inclui a interpretação de mais de 60 peças musicais. O festival aposta na diversidade musical, a par da promoção do intercâmbio de ideias, experiências e conhecimentos musicais, fomentando o espírito de cooperação entre os grupos musicais participantes, a fim de possibilitar uma relevante plataforma de contactos, com a finalidade de valorizar a música erudita de renome.” A iniciativa pretende, ainda, ajudar a difundir e valorizar o património cultural da vila e da região, através da dinamização dos locais históricos por intermédio da prática musical, bem como a valorização do património local, enquanto fonte de cultura e lazer. “O festival pretende posicionar-se como referência cultural da região, jogando com a envolvência de sentidos e sentimentos potenciados pela ocasião única de aliar a música aos espaços históricos da vila”, asseguram os responsáveis do evento. Todos os concertos são gratuitos, mas deverão ser asseguradas reservas através da União das Freguesias de Sintra (219 100 390).

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