Expresso da Linha - 06

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Sintra vota amanhã a delimitação da nova Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Centro Histórico, que aumenta dos actuais 50 para 180 hectares, abrangendo a Estefânia e São Pedro de Penaferrim, e onde a autarquia espera que sejam investidos 200 milhões de euros nos próximos 12 anos.

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NÚMERO 6

n EXPRESSOdaLINHA

w A Assembleia Municipal de

GRATUITO | QUINZENÁRIO | 19 Março 2014 Director: Sérgio Fonseca

Sintra quer investir 200 milhões na reabilitação da Vila

Ano 1

l págs. 4 e 5

A Câmara de Sintra alerta que o parque escolar do concelho está numa situação dramática e necessita de mais de 220 milhões em obras de renovação, em parte para substituir os telhados de amianto. Na Amadora, há ainda 15 escolas com telhados de fibrocimento, mas foram tomadas medidas para reduzir qualquer risco imediato para a saúde pública. l págs. 12 e 13 n EXPRESSOdaLINHA

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n DR

Amianto nas escolas preocupa pais e autarquias

AMADORA Projecto Refood alarga apoio alimentar às famílias carenciadas de Alfragide

w O “estrangeiro maluco” que

começou em Lisboa a combater o desperdício alimentar de dezenas de restaurantes vai alargar o projecto voluntário à freguesia de Alfragide, no concelho da Amadora, onde irá fazer chegar os excedentes alimentares às famílias carenciadas. l pág. 16


Opinião

Editorial

REDES SOCIAIS | CÓDIGO QR | FICHA TÉCNICA

in https://www.facebook.com/pages/Rio-de-Mouro-daCidadania/1415481185352286

Os lixos e a greve do civismo

O

s municípios apressaram-se a aconselhar os habitantes a separarem e acondicionarem devidamente os resíduos, evitando colocá-los na rua neste período. A ideia é que separem os recicláveis – vidro, papel e embalagens – para os colocar mais tarde nos ecopontos, e que tentem acumular em casa durante alguns dias os resíduos orgânicos. O pedido parece simples, mas é provável que à semelhança do que tem ocorrido noutras greves, o amontoar de lixo nas ruas volte a marcar mais este protesto, desta vez contra a eventual privatização da Valorsul. É também nestes dias que se percebe que 30 anos de campanhas de educação ambiental tardam em produzir resultados satisfatórios. Não é preciso abrir os sacos para perceber que um número infelizmente elevado de pessoas teima em não separar os resíduos, contribuindo para o agravamento dos montes de lixo nauseabundos. O problema não é exclusivo dos períodos de greve, nem olha a classes sociais. O cenário é igualmente triste em todos os Natais, com os apelos das autarquias a serem ignorados e a separação e a reciclagem a não passarem de vagas resoluções de ano novo. E como o Natal é quando um homem quiser, no resto do ano é ver a javardice instalada junto aos contentores e ecopontos, seja em bairros citadinos ou em zonas de grandes vivendas. Quem parece estar de greve é o civismo de muitos munícipes. w sfonseca@expressodalinha.pt

“Junto à estação de Rio de Mouro há um exemplo do que a cor pode fazer para tirar uma vila do cinzentão deprimente. Com um pouco de limpeza (algo a que nós portugueses parecemos um pouco avessos, quando se trata do espaço comum) a escada ainda ficava melhor. E malta grafiteira de escada, os vossos “graffitis” nem merecem esse nome, são apenas exemplos de falta de personalidade, essa mania de escrever vezes

Director Sérgio Fonseca sfonseca@expressodalinha.pt Colaboradores Bento Amaro, Luís Galrão, Milene Matos Silva, Nélson Mingacho e Susana Paula Paginação Sara Pereira Jonas e Jorge Matias

19 de Março 2014

NÚCLEO DO BE DE RIO DE MOURO

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Ficha Técnica

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destroem a arte de outros. Não pintam nos painéis de azulejos como cá há a mania de fazer, ou em cima da arte de outr@s. Aprendam com quem sabe fazer, cá e lá fora, não passem a vida a copiar a vossa própria assinatura ou a de outros, com letras mais ou menos gordas. Isso não é afirmação, não é desafio. É confissão de falta de imaginação ou falta de arte.”

CÓDIGO QR

É também nestes dias que se percebe que 30 anos de campanhas de educação ambiental tardam em produzir resultados satisfatórios

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sem conta uma assinatura - por falta de imaginação ou de capacidade. Arte urbana não é isso. Isto é falta de amor próprio. Utilizem a sujidade para desenhar, como o graffiti reverso de Tess Jakubek (e que pontapé no ego de alguns, descobrir que lá fora o graffiti também é trabalho de mulher, não o graffiti-apartheid à portuguesa); ou pintem com arte, não com medo, como MrDheo repare-se também que el@s não

Propriedade/Editor

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Sérgio Paulo Fonseca Unipessoal, Lda. Capital Social 5.000,00 Euros Registo ERC nº 126430 Registo INPI 521894 B NIF 510 880 002 Depósito Legal 368254/13 Sede Rua Rosa Mota, 2 - Loja A, Monte Abraão, 2745-015 - Queluz Contacto 21 5933337 Redacção 21 5933337 Edição Online www.expressodalinha.pt www.facebook/expressodalinha E-mails geral@expressodalinha.pt; opinião@expressodalinha.pt;

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Destaque SINTRA

Área de reabilitação do centro histórico alargada à Estefânia e a São Pedro A Câmara de Sintra espera que nos próximos 12 anos sejam investidos 200 milhões de euros na reabilitação do centro histórico de Sintra, área agora 3,6 vezes maior

LUÍS GALRÃO w lgalrao@expressodalinha.pt

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A ASSEMBLEIA Municipal de Sintra irá na quinta-feira, dia 20, discutir e votar a nova Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Centro Histórico de Sintra, já aprovada por unanimidade em reunião de câmara. O documento, começado por uma empresa consultora ainda no anterior executivo, foi alterado de forma a alargar a área do centro histórico, que passa dos actuais 50 para 180 hectares, abrangendo a Estefânia e São Pedro de Penaferrim. “É um momento importante. É o primeiro passo de um caminho que nos levará em 12 anos a fazer uma mudança profunda na área de reabilitação urbana. O projecto inicial limitava-se à Vila histórica, mas entendemos alargar”, disse Basílio Horta (PS) na reunião extraordinária do executivo realizada no dia 13. Segundo o presidente da câmara, a ARU irá obedecer a três princípios: “garantir a qualificação ambiental e paisagística; a qualificação do espaço publico e do ambiente urbano; e a qualificação da estrutura social, que não é menos importante, porque as cidades não são pedras, são pessoas.” Ao todo, o autarca acredita que o investimento possa chegar aos 200 milhões de euros. “Da parte da câmara, contamos investir 12 milhões em 12 anos, mas estamos a contar com dinheiro que vem da Europa, dos fundos JESSICA e outros. Para a parte imobiliária, serão necessários no mínimo 120 milhões, mas creio que poderemos ultrapassar calmamen-


te os 200 milhões”, diz Basílio Horta, que tem “um milhão, ou mais, para investir de imediato em infra-estruturas”. Na lista de prioridades estão infra-estruturas fundamentais como a drenagem de águas pluviais (em mau estado), o saneamento (que em muitos casos não existe), a iluminação pública e o abastecimento de gás. Com isto, será também feita a qualificação do espaço urbano, para acabar com o actual desordenamento. “O centro histórico de Sintra não pode ser a ruína que hoje, por vezes, surge aos nossos olhos, nem a área descaracterizada que alguns queriam que fosse”, defende. Depois da aprovação da ARU pela Assembleia Municipal será ainda necessário elaborar um “programa estratégico de requalificação urbana”, e escolher um responsável pela gestão do processo. “Queremos um empresário aqui, alguém que desenvolva o ‘Project Finance’ integrado e multidisciplinar, que tem de ser gerido como uma empresa”, diz Basílio Horta, sem avançar nomes. O autarca acredita que “os resultados começam a ser visíveis nos primeiros quatro anos, e os seguintes serão para aprimorar” o trabalho. EDIFÍCIOS POR RECUPERAR SERÃO PENALIZADOS UMA COMPONENTE essencial do processo será o envolvimento dos proprietários privados, donos da maior parte dos 1800 edifícios abrangidos (apenas 60 são municipais). Além dos apoios no financiamento, quem fizer obras de recuperação irá beneficiar de um regime tributário especial de taxas municipais (ver caixa), e de um regime simplificado de procedimentos. “Não são benefícios automáticos. Só será emitido um certificado de conservação para acesso a estes benefícios a quem fizer obras. E haverá a penalização de quem não actua. Ou seja, criam-se benefícios para quem recupera e penaliza-se quem não o faz”, explicou a Directora Municipal de Ambiente, Planeamento e Gestão do Território. Segundo a arquitecta Ana Queirós do Vale, os edifícios que permanecerem degradados terão um agravamento de 30% no Imposto Municipal sobre Imóveis, de forma a responsabilizar os proprietários, que incluem a câmara. “O papel do município tem duas vertentes, porque também é proprietário, e além da acção no espaço público (60 hectares), tem igualmente o dever de manter o seu património reabilitado. Por isso deverá fazer intervenções exemplares, para fazer os parceiros perceber que esta não é uma mera delimitação, mas uma intervenção integrada”, defende. Na requalificação do espaço público deverá ser dada especial atenção à mobilidade e ao estacionamento, mas serão as infra-estruturas “a intervenção pesada no orçamento desta operação”. Outro aspecto prioritário será “a renovação populacional”, através de “mecanismos de rejuvenescimento” e da qualificação de equipamentos. Um dos projectos estratégicos é a criação de uma bolsa de arrendamento no âmbito do programa “Reabilitar para Arrendar”. “A câmara quer promover uma bolsa de arrendamento no centro

PORTELA DE SINTRA

VILA DE SINTRA

Benefícios da reabilitação

Isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) durante dois anos a contar da emissão da licença para obras de reabilitação e do início das obras; Isenção de IMI durante cinco anos (renovável por mais cinco) a contar da conclusão da reabilitação; Redução de 30% no IMI para os prédios urbanos já reabilitados e em bom estado de conservação (20% para prédios arrendados); Isenção de Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) nas aquisições de edifícios destinados a reabilitação, desde que as obras tenham lugar no prazo de dois anos; Isenção de IMT nas aquisições de prédios ou fracções destinadas exclusivamente a habitação própria e permanente, na primeira transmissão onerosa do prédio reabilitado; Isenção de taxa municipal de derrama sobre as empresas com sede em Sintra e cuja actividade seja desenvolvida exclusivamente na ARU; Isenção de taxas urbanísticas para licenciamento de obras de edificação, alteração e ampliação nos prédios urbanos objecto de acções de reabilitação na ARU, quando se efectuam com a preservação de fachadas e os correspondentes títulos sejam emitidos até 31 de Dezembro de 2016; Com a delimitação da ARU, os sujeitos passivos podem ainda obter um conjunto de benefícios fiscais decorrentes das acções de reabilitação que desenvolvam, nos termos do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

SÃO PEDRO DE PENAFERRIM

histórico que permita estabilizar preços do lado da oferta”, explica Ana Queirós do Vale. Depois de aprovada a delimitação da ARU pela Assembleia Municipal. Segue-se a elaboração do Programa Estratégico, documento que definirá o prazo da ARU, a programação e a gestão das intervenções. A câmara espera concluir o documento em 90 dias, findos os quais será submetido ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana para parecer e posteriormente submetido a discussão pública. No final, terá também de ser aprovado pelo executivo e pela Assembleia Municipal. OPOSIÇÃO SATISFEITA COM APOSTA NA REABILITAÇÃO URBANA A PROPOSTA foi bem recebida pelas restantes bancadas, que salientaram a responsabilidade que cabe ao município. “É um momento importante para o centro histórico e estamos consigo nesta proposta, já iniciada em 2012, mas preocupa-nos o domínio privado, que constitui a maioria deste território. O município tem de assumir essa responsabilização com os privados, deve assumir um papel de promotor. Mas não queremos que seja uma gestão ruinosa”, disse José Pedro Matias, vereador do movimento Sintrenses com Marco Almeida, lamentando que o processo não tenha tido outro tipo de participação pública.

Do lado da CDU, o vereador Pedro Ventura fez questão de revelar que é “morador e proprietário” na zona abrangida e mostrou-se satisfeito pelo “regresso das competências de reabilitação urbana à Câmara de Sintra”. O autarca, alerta, no entanto, que a ARU “vai exigir muito” da autarquia. Luís Patrício, vereador do PSD, associou-se “com vontade e alegria a esta proposta, com a convicção de que além de importante é urgente”. Os dois vereadores sociais-democratas aproveitaram a ocasião para apresentar o projecto “Quarteirão das Artes” para a Estefânia de Sintra, “zona que tem vindo a perder vida ano após ano”, em resultado da falta de estratégia. A proposta pretende tirar partido da oferta de equipamentos culturais já disponíveis e criar uma nova centralidade na Vila. A ideia é juntar as sinergias de espaços como a Biblioteca Municipal, situada numa das pontas deste quarteirão, com projectos como o espaço cultural da Associação “Voando em Cynthia”, o Centro Cultural Olga Cadaval, o Casino de Sintra, a Vila Alda e a Casa de Teatro de Sintra, na outra ponta do quarteirão. A ligá-los está a rua Av. Heliodoro Salgado, parcialmente pedonal, considerada “um espaço por excelência para promoção de actividade de rua planeadas e espontâneas”. Ambas as propostas foram aprovadas por unanimidade. 19 de Março 2014 quarta-feira

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Autarquias LISBOA

Lisboa e Sintra querem aproveitar fundos europeus para reabilitação urbana Os presidentes das câmaras de Lisboa e de Sintra estiveram na Cimeira das Regiões, que decorreu na capital grega no início do mês, para debater a estratégia Europa 2020. Para os autarcas, o próximo quadro de fundos comunitários é uma oportunidade para investir na reabilitação urbana. SUSANA PAULA w spaula@expressodalinha.pt

DESDE QUE COMEÇOU a trabalhar numa estratégia de captação de fundos previstos no novo quadro comunitário 2014-2020, que a Câmara de Lisboa, liderada por António Costa, defende uma aposta forte na reabilitação urbana que incida sobre a resistência sísmica e aproveite o potencial de energia solar de Lisboa. Aliás, esta foi uma das bandeiras da candidatura de António Costa na campanha às eleições autárquicas. Na altura, o socialista defendia um investimento no edificado para a melhoria da eficiência energética aproveitando o potencial de energia solar de Lisboa e o reforço das estruturas na eventualidade de calamidades naturais. Para o autarca, estes programas podem funcionar como um “forte impulso” para a economia nacional, dado o “grande peso” da

António Costa defende uma aposta forte na reabilitação urbana que incida sobre a resistência sísmica e aproveite o potencial de energia solar de Lisboa n SP

indústria da construção – e a ela associada – em Portugal. Foi esta posição, relacionada com a importância que as cidades podem ter no lançamento das economias nacionais – principalmente aquelas, como é o caso português e grego, ainda sob assistência financeira -, que António Costa defendeu na Cimeira das Regiões, que decorreu de 6 a 7 de Março, em Atenas. O presidente da Câmara de Lisboa participou num painel com o tema “Envolvendo as regiões e as cidades Europeias nos objectivos dos fundos”. No final do debate, António Costa criticou a forma como o Governo português não envolveu os municípios na definição do acordo de parceria, “sem perceber” que a União Europeia definiu que as cidades “são pilares fundamentais da execução” dos fundos europeus. “O acordo [fundos de apoio até 2020] é o que é, podia ser melhor se o Governo tivesse compreendido o que há de novo relativamente aos fundos comunitários e teria sido melhor certa-

mente se o Governo tivesse feito boa audição e bom envolvimento das autarquias no desenho do acordo de parceria”, disse. O autarca criticou que o Governo tenha optado pela “posição mais cómoda”, ou seja, “distribuir os fundos pelas comunidades intermunicipais [CIM] em vez dos municípios”. Também Basílio Horta, eleito em Outubro para o primeiro mandato na presidência da Câmara de Sintra, tem sido crítico das dificuldades colocadas aos municípios na captação de fundos isoladamente. Por isso, disse o autarca socialista ao Expresso da Linha, vai lançar hoje o debate na Assembleia Metropolitana de Lisboa, de uma candidatura conjunta nas áreas de reabilitação urbana – e que envolva também os privados (conforme admite o próximo quadro comunitário 2014-2020). O autarca admite que os fundos a captar na área da reabilitação urbana no concelho significam um “investimento muito grande”, mas que “vão gerar uma atracção para investir no

centro histórico e a sua revitalização, alterações na mobilidade, a captação de turismo e a criação de emprego a nível local”, mas também vão desenvolver o “mercado interno” da construção civil. “É uma mais valia para Portugal, não é só para Sintra”, considera. Além da reabilitação urbana, Lisboa está agora na “fase da tradução de projectos” da estratégia Lisboa Europa 2020 que tem ainda como objectivos a acessibilidade pedonal (mais inclusiva) e o empreendedorismo (para a promoção do emprego jovem), entre um conjunto de dez projectos estruturantes para a cidade. Sintra admite ainda aproveitar os fundos comunitários em infra-estruturas, como a drenagem de águas pluviais e o saneamento. Os programas operacionais podem ser concluídos até ao verão, mas o Governo espera apresentá-los até ao final de Abril, para “começar a movimentar fundos europeus” a partir do segundo semestre de 2014.

Fantasma do corte nos autocarros da Carris regressa a Lisboa O ALERTA de mais cortes nos autocarros da Carris em Lisboa foi dado pelo PCP. A rodoviária pretendia suprimir totalmente a carreira 722 (entre a Praça de Londres e a Portela) e suprimir ao fim-de-semana as carreiras 764 (entre a Damaia e a Cidade Universitária), e 797 (Praça do Chile – Sapadores). Mas a medida não ficava por aqui: o plano previa ainda encur-

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tar para metade o percurso aos fins-de-semana das carreiras 706 (Cais do Sodré – Santa Apolónia), 712 (Stª. Apolónia – Alcântara Mar) e 738 (Quinta Barros – Alto de Stº. Amaro). As críticas fizeram-se ouvir do lado do PCP, que considerou que estes ajustamentos degradam o serviço público prestado pela empresa e “desrespeita o direito à mobilidade” de todos os

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que trabalham e se deslocam diariamente na cidade e – no caso da carreira 764 – na Damaia. Por sua vez, a Carris justificou a medida com “a necessidade de alteração da mobilidade”, resultante de uma “redução no número de habitantes na cidade”. Por outro lado, a rodoviária recordou que tem vindo a ajustar as carreiras, “reforçando

a sua presença onde os clientes necessitam, ao mesmo tempo que, naturalmente, reduz o serviço onde a procura deixa de se justificar”. A proposta gerou contestação na Assembleia Municipal de Lisboa, onde o vereador das Estruturas de Proximidade da Câmara de Lisboa, Duarte Cordeiro (PS), acabou por anunciar que o processo de ajustamento da

rede da Carris tinha sido suspenso. Na verdade, o Governo pretende, até ao final do ano, abrir à iniciativa privada a exploração da Carris e do Metro, uma medida que tem a oposição da própria câmara, liderada pelo socialista António Costa. Dada a incerteza no sector, a Assembleia Municipal está a preparar um debate temático sobre transportes públicos.


Debate sobre a Colina de Santana termina com pedidos de suspensão Depois de cinco debates públicos na Assembleia Municipal de Lisboa e muita polémica, a Câmara vai avançar com um gabinete de intervenção na Colina de Santana, onde vão ser fechados mais hospitais para dar lugar a hotéis, aproveitando assim uma “oportunidade única” de regeneração da cidade. A POLÉMICA em torno da Colina de Santana já é antiga: começou há cerca de oito anos, quando o último Governo socialista anunciou a construção do Hospital de Todos-os-Santos, a construir na zona oriental de Lisboa e para onde seriam transferidos os serviços de vários hospitais do centro da cidade. Em causa estavam o encerramento dos hospitais Miguel Bombarda (ambos fecharam entretanto), dos Capuchos, de Santa Marta e de São José. Com a mudança de Governo, e a paragem de alguns projectos dada a impossibilidade financeira do Estado, o projecto ficou a meio, o que não impediu a Estamo, imobiliária de capitais exclusivamente públicos e que detém os terrenos onde se localizam estes hospitais, de entregar à Câmara de Lisboa vários projectos que prevêem a conversão daqueles hospitais em espaços com valências hoteleiras, de habitação, comércio, estacionamento e lazer. Ao mesmo tempo, a autarquia promoveu um estudo de conjunto para a Colina de Santana que prevê a transformação daquela zona numa ‘Colina do Conhecimento’, bem como a salvaguarda do património dos quatro hospitais. Nos Pedidos de Informação Prévia (PIP) entregues à câmara, a Estamo prevê construir em todos os antigos hospitais habitação, serviços/ comércio, estacionamento e jardins, mas em Santa Marta e São José pretende criar ainda um hotel; no Miguel Bombarda estima a recuperação e a conversão da área de antigo Convento em hotel e em equipamento cultural e um miradouro; para os Capuchos prevê que o estacionamento seja em silo. A contestação estalou, com profissionais de saúde a criticar o encerramento dos hospitais e associações de defesa do património (algumas internacionais) a temerem o pior para edifícios históricos da cidade, levando a As-

sembleia Municipal a iniciar, em Dezembro, um ciclo de debates. Entre as críticas estão – ainda - o medo de encerramento dos hospitais antes da construção do novo, a dificuldade de acesso de transportes públicos, o “verdadeiro custo” da operação de transferência e os “reais ganhos” na área da saúde. A população apela também a uma salvaguarda do património edificado, mas também da história da medicina nacional, presente em alguns daqueles espaços. O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo defendeu que o Hospital de Todos-os-Santos será a garantia de menores custos (os três hospitais ainda abertos custam anualmente 10 milhões de euros) e de maior eficiência e qualidade na resposta aos utentes. O Ministério da Saúde estimava a conclusão do novo hospital para 2017, mas a autarquia considera que antes de 2020 não estará pronto. Já o vereador do urbanismo, que vai avançar com um Gabinete de Intervenção Prioritária na Colina, assegurou que “os edifícios de grande valor patrimonial serão transferidos para o município para dinamização económica, de criação de emprego e políticas de proximidade”. Manuel Salgado defendeu, num artigo de opinião, que a “questão agora é tirar partido para a cidade desta oportunidade única” de regeneração do centro e de dinamização da zona oriental da cidade. “A Colina não precisa de mais um plano mas sim de um programa de regeneração e salvaguarda. De um compromisso entre os vários actores. De um calendário de acções e de um programa de investimento”, defende. Ainda assim, os três meses de debate terminaram com pedidos de suspensão do projecto da Colina de Santana. SUSANA PAULA

Em Santa Maria e São José está prevista a construção de hotéis n SUSANA PAULA

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Amadora

AUTARQUIAS

REFER desiste da reparação dos elevadores da passagem superior da Damaia

Metro chega à Reboleira em 2015 Até ao final do mês será lançado o concurso público para retomar as obras que irão ligar as estações do Metro Amadora Este e a Reboleira. MILENE MATOS SILVA w mmsilva@expressodalinha.pt

O METROPOLITANO de Lisboa fez o anúncio após o executivo da Câmara Municipal da Amadora ter entregue no Ministério dos Transportes uma proposta sobre as acessibilidades no concelho, onde constava a urgência da conclusão daquela obra que está parada desde 2011. O túnel que liga as estações da CP da Reboleira e do Metro Amadora Este está concluído, PUBLICIDADE

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mas a obra que iria ligar aqueles dois meios de transporte parou em Junho de 2011, por falta de cabimento orçamental. Desde então, toda a estrutura que estava quase concluída ficou abandonada e apresenta, neste momento, sinais de degradação. Preocupados com esta situação, todos os vereadores da Amadora aprovaram em Fevereiro uma proposta na qual exigiam a conclusão das obras do Metro da Reboleira e lamentavam o “manifesto desinvestimento e degradação no sector dos transportes públicos nos últimos anos, como é o caso do Metropolitano de Lisboa, CP Lisboa, Carris e Vimeca”. Numa nota enviada ao Expresso da Linha, o Metropolitano de Lisboa prevê que “o concurso público para contratação dos trabalhos

de conclusão do prolongamento do troço Amadora Este/Reboleira da linha Azul seja lançado no primeiro trimestre deste ano, sendo que a obra deverá ter início no último trimestre de 2014”, estando a sua abertura “prevista para Dezembro de 2015”. Segundo a autarquia, é intenção da empresa lançar o concurso até ao final do mês, mas a obra só será realizada “quando houver a confirmação do financiamento comunitário”. “O metropolitano avançará com o lançamento do concurso para acabar as obras de conclusão do prolongamento da linha azul, entre Amadora Este e Reboleira. Estima-se que as obras possam começar em Setembro deste ano e a estação entrar em funcionamento em Dezembro de 2015”, revela fonte da autarquia.

OS INÚMEROS actos de vandalismo de que têm sido alvo os elevadores da passagem superior pedonal existente a sul da estação da CP Santa Cruz-Damaia levaram a REFER, depois de várias reuniões com a CP, as forças de segurança e a Câmara Municipal da Amadora, a encerrar aqueles equipamentos que permitiam aos utilizadores com dificuldades de mobilidade usarem aquela passagem. Domingos Silva, morador na Damaia de baixo há 59 anos, queixa-se que “os elevadores não funcionam e para quem se quer deslocar entre a Damaia de baixo e de cima ou mesmo utilizar aquela zona para aceder à estação, terá que subir a escadaria da passagem pedonal, o que dificulta a vida desta população, na sua maioria idosa”. De acordo com a REFER, empresa responsável pela rede ferroviária e respectivas estações, a situação é “resultado” de “recorrentes práticas” de “actos de vandalismo e roubos” a que foram sujeitos os elevadores. “Após inúmeras reuniões, foram introduzidas, pela REFER, várias alterações e, concretizada recentemente uma beneficiação geral desta passagem incluindo iluminação, pintura e colocação de guarda-corpos”, refere a empresa em comunicado. Depois de sucessivas intervenções, “foi assumido que os elevadores não serão reparados ou substituídos, estando previsto o emparedamento dos seus vãos”, conclui a nota. Contactada pelo jornal Expresso da Linha, a autarquia garante que “não tem conhecimento desta situação e não concorda com a mesma, já que está em causa a lei das acessibilidades”. M.M.S.


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Sintra

AUTARQUIAS

São João das Lampas e Terrugem continuam com problemas de saneamento Na terceira presidência aberta que realiza nas freguesias, o presidente da câmara foi ouvir as queixas de moradores e autarcas de S. João das Lampas e Terrugem. LUÍS GALRÃO w lgalrao@expressodalinha.pt

MAIS DE metade das localidades da União de freguesias de S. João das Lampas e Terrugem, a maior do concelho de Sintra, continuam sem saneamento básico, lamenta Guilherme Ponce de Leão. “Já começa a ser um problema de saúde pública em certos locais, porque os custos inerentes ao despejo das fossas são muito elevados e as pessoas não têm capacidade económica”, revela o presidente da união de freguesias. A queixa foi feita directamente ao presidente da câmara, Basílio Horta, durante a terceira presidência aberta que realiza pelas freguesias e uniões de freguesias do concelho. “Foi mostrada ao presidente a necessidade urgente que há em se investir no saneamento básico, porque durante estes últimos oito a dez anos houve uma falta de investimento do SMAS. Não sei porquê, se foi político ou económico, o que é certo é que não podemos, a 20 quilómetros de Lisboa, no século XXI, ter fossas a céu aberto como podemos comprovar na Cabrela, em Alvarinhos, e noutros sítios.” Em resposta, Basílio Horta garante que a autarquia está pronta para começar algumas obras. “Vamos avançar inicialmente na Cabrela, uma velha aspiração das pessoas”, revela o autarca. O atraso, justifica Guilherme Ponce de Leão, é também responsabilidade dos proprietários, que “andaram a empatar para vender ou alugar os terrenos à câmara, e quando chegavam às escrituras, falhavam”. “Agora tiveram de ser expropriados, mas isto demora meses e anos. Mas vamos avançar. Já foi autorizada a compra de um terreno na Godigana para se fazer uma ETAR (estação de tratamento), e já está a avançar a expropriação do terreno para a Cabrela. Quando isso estiver concluído, o SMAS está em condições de fazer as estações elevatórias e as ETAR correspondentes”, adianta o autarca. ACESSIBILIDADES TAMBÉM COM PROBLEMAS POR RESOLVER OUTROS PROBLEMAS da união de freguesias mostrados ao presidente da câmara inPUBLICIDADE

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cluem o mau estado das estradas, a escassez de transportes públicos, o atraso nos processos de legalização de algumas áreas urbanas de génese ilegal (AUGI), o acesso inacabado à praia da Samarra, e a degradação da ponte romana da Catribana, ameaçada pela utilização ilegal de veículos todo-o-terreno. Neste último caso, a câmara deverá avançar com obras brevemente. “O presidente já deu ordem para que a ponte seja imediatamente recuperada, porque o Museu de Odrinhas já fez o projecto de recuperação da ponte numa primeira fase e da calçada romana numa segunda fase”, avança Ponce de Leão. Paralelamente, a autarquia irá construir um pontão alternativo junto à ETAR. Até lá, o autarca apela a que os jipes e as motos todo-o-terreno não usem a ponte milenar. “Está lá um sentido proibido. E ela um dia cai e perde-se um vestígio de dois mil anos, o único que temos por cá”. Outro problema que o presidente da união de freguesias espera ver desbloqueado é o do

terreno que a câmara comprou há 25 anos para a instalação de um parque de campismo. “Há quatro anos que luto por isto. Agora tenho a palavra do presidente de que vai avançar imediatamente com o estudo de uma solução para que se possa fazer um concurso para que se faça um parque de campismo numa zona tão boa para o turismo como a nossa”. BASÍLIO HORTA GARANTE APOIO “ A PROJECTOS DENTRO DA LEI” PARA O presidente da câmara tratou-se sobretudo de “uma visita de trabalho”, na qual o autarca se fez acompanhar de técnicos de vários serviços municipais. No caso da praia da Samarra, Basílio Horta assegura que a estrada que vai ser alcatroada, “numa despesa na ordem dos 20 mil euros”. Relativamente às empresas visitadas, o presidente da câmara prometeu estudar de que forma podem ter o apoio da autarquia. “Vamos ver se é possível aumentar ou não a capacidade para rentabi-

lizar a unidade hoteleira da Quinta dos Bons Cheiros, e a capacidade de produção da fábrica da Alualpha, a segunda maior do concelho”. Questionado sobre algumas irregularidades assumidas por empresas e colectividades, o autarca alerta que só poderá apoiar projectos que estejam dentro da lei. “Por muito boa vontade que tenha para legalizar essas entidades, não vou pôr a minha assinatura em nada que não seja absolutamente legal, e que não possa justificar perante qualquer entidade pública.” Para o presidente da união de freguesias, o balanço foi positivo. “Quando uma freguesia como esta não tem transportes e saneamento básico, não podemos pedir cinemas e teatros. Fico satisfeito porque o presidente tem mostrado uma paciência e uma vontade de tentar resolver alguns problemas, como a necessidade de termos um grande Ecocentro para recolha de resíduos, junto ao cemitério de S. João, para tentar acabar com as lixeiras a céu aberto”, exemplificou ainda Guilherme Ponce de Leão.


Quercus quer criação de área marinha no Parque Natural Sintra-Cascais Ambientalistas pedem um maior controlo das espécies vegetais invasoras, mais fiscalização sobre “as ameaças obstinadas de expansão urbanística” e a criação de um parque marinho. A QUERCUS aproveitou o 20º aniversário da reclassificação da Área de Paisagem Protegida de Sintra-Cascais em Parque Natural, assinalado a 11 de Março, para apontar como prioridades para os próximos anos a criação de uma área marinha, o controlo de espécies vegetais exóticas invasoras e a recuperação da floresta autóctone. O PNSC conta com a presença de cerca de 900 espécies de flora autóctone e de vários endemismos lusitanos da flora, entre os quais se encontram o Cravo-romano e o Cravo-de-Sintra, e a totalidade da população mundial do Miosótis-das-praias. A enriquecer o leque de flora, estão espécies ameaçadas como o Azevinho e espécies reliquiais da laurissilva, como o Samouco. No que respeita à fauna, salienta-se a presença de várias espécies ameaçadas, a Víbora-cornuda, a Águia-de-Bonelli,

o Morcego-de-ferradura-mediterrânico, e de populações isoladas mas bem conservadas da boga-portuguesa. Segundo a associação ambientalista, a reclassificação de Área de Paisagem Protegida em Parque Natural de Sintra-Cascais (PNSC) “permitiu, na altura, dar mais um passo significativo para preservar um conjunto ímpar de valores naturais e evitar alguma da expansão urbanística nos anos 90.” No balanço da gestão dos últimos anos, a Quercus salienta “a dinamização de acções de

conservação dirigidas aos habitats costeiros e aos habitats ripícolas, por parte das autarquias locais e pelo Instituto de Conservação da Natureza” e atribui “nota máxima” aos “resultados obtidos com a aposta na preservação do património arquitectónico histórico-cultural e a valorização ambiental de áreas contíguas, por parte da Parques de Sintra - Monte da Lua.” No entanto, a associação alerta que esta área protegida “tem sido dominada pela infestação de espécies vegetais alóctones, como as acácias e o chorão” e exige, por isso, “a criação

de um programa de larga escala de controlo continuado de espécies vegetais exóticas invasoras, desenvolvido à escala nacional mas com forte repercussão local, com o objectivo de conter a proliferação destas espécies, reabilitar os habitats florestais autóctones e proteger activamente as espécies da flora e da fauna mais sensíveis.” Os ambientalistas pedem também “uma maior fiscalização e vigilância sobre as práticas de turismo não licenciadas, pois a pressão turística desregrada pode contribuir de forma significativa para a destruição de habitats e da flora.” Outro alerta vai para as “ameaças obstinadas de expansão urbanística, muitas vezes de génese ilegal, devido à construção de segunda habitação ou de empreendimentos turísticos, uma situação que deve ser objecto de atenção redobrada por parte das entidades competentes”. Por último, a Quercus defende que deve ser expandida a área protegida ao meio marinho, criando um Parque Marinho de Sintra-Cascais com diferentes zonamentos de protecção. A medida visa “garantir a sustentabilidade da pesca nas áreas contíguas, recuperando técnicas artesanais de pesca e promovendo a pesca lúdica, incrementar actividades económicas ligadas ao turismo e ao lazer, como o mergulho, a observação de aves marinhas, percursos interpretativos, e desenvolver projectos de investigação para aumentar o conhecimento sobre património geológico e biológico marinhos.”

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Destaque AMIANTO

Câmara de Sintra avança com pl Mais de 220 milhões de euros é quanto Câmara de Sintra estima ser necessário para renovar o parque escolar do concelho, uma intervenção que considera urgente face ao estado de degradação dos edifícios, alguns ainda com telhados de amianto. NELSON MINGACHO w nmingacho@expressodalinha.pt

A SITUAÇÃO em que se encontra o parque escolar no concelho de Sintra é dramática, considera o vice-presidente da câmara, Rui Pereira, que diz estar a preparar um plano de intervenção com carácter de urgência. A autarquia estima serem necessários 220 milhões de euros para renovar os edifícios escolares (114 milhões para escolas do primeiro ciclo e jardins de infância e 108 milhões para as escolas dos segundo e terceiro ciclos) onde muitas coberturas podem conter amianto. “A situação nas escolas é dramática. Todas elas têm problemas complicados em resultado de mero abandono”, denuncia Rui Pereira. O autarca aponta o dedo ao executivo anterior, que acusa de não ter conservado os edifícios escolares, e ao Ministério da Educação, que “não cumpriu protocolos assinados com a autarquia” em 2007 e 2009. “É preciso corrigir isto com urgência e iremos solicitar à administração central que nos apoie”, acrescenta.

A presença de amianto na cobertura das escolas faz parte do problema. O responsável diz não existir um levantamento que permita identificar ao certo quais os estabelecimentos afectados. Rui Pereira garante que os edifícios serão monitorizados um a um e para isso a câmara já solicitou ao Instituto de Soldadura e Qualidade a realização de testes em todos os telhados das escolas do concelho. “Só os que têm amianto serão retirados”, garante. O resultado do estudo será conhecido no próximo mês de Abril. NA ESCOLA Básica do Pendão, em Queluz, circula uma petição que pede a substituição dos telhados da escola. “Os edifícios estão em avançado estado de deterioração. Há salas cuja utilização se torna totalmente impossível, em virtude da grande quantidade de água que nelas entra”, lê-se no documento posto a circular pela encarregada de educação Helena Constantino. Teme-se também pela eventual libertação de partículas de amianto. Contactado pelo Expresso da Linha, o responsável pelo agrupamento de Escolas

Na Escola Básica do Pendão teme-se a eventual libertação de partículas de amianto n LUÍS GALRÃO PUBLICIDADE

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Queluz-Belas, José Brazão, remete para a Câmara de Sintra qualquer esclarecimento sobre o estado de conservação dos edifícios, adiantando apenas não saber se o telhado tem ou não amianto e que a escola tem tido manutenção. O vice-presidente da autarquia garante que a existirem telhados danificados nas escolas “serão substituídos imediatamente”. A utilização de fibrocimento que pode ou não conter amianto “é um problema que não é só nosso mas comum a quase todas as escolas ”, refere a sub-directora da Escola EB 2/3 Dr. Rui Grácio de Montelavar. A escola foi construída há exactamente 30 anos. Em Janeiro de 2013 uma parte das telhas partiu com a força do vento e só em Dezembro do mesmo ano foram substituídas. “Pensamos que a cobertura não solta partículas”, acrescenta a responsável escolar, com base monitorização feita em Dezembro. AMIANTO É UM PROBLEMA QUE SE ARRASTA NO TEMPO A NECESSIDADE de elaborar uma lista dos edifícios públicos com fibrocimento na sua construção e que por isso podem conter amianto remonta a 2003 com a aprovação de uma resolução na Assembleia da República. Onze anos depois a lista ainda não é conhecida. Em 2011 foi aprovada uma lei que veio determinar o levantamento de todos os edifícios, instalações e equipamentos públicos contendo amianto na sua construção. E a divulgação pública da listagem dos mesmos. O Governo ficou encarregue de monitorizar e remover os materiais nocivos, no prazo de um ano a contar da entrada em vigor da lei, o que não aconteceu. O prazo viria a ser alargado até 31 de Dezembro de 2012, mas uma vez mais a lei acabaria por não ser cumprida. Hoje é o próprio Ministério da Educação

w Estudo sobre o amianto nos telhados das escolas de Sintra conhecido em Abril

a admitir que o levantamento dos edifícios escolares é “incompleto e desactualizado”. A Direcção Geral dos Estabelecimentos Escolares garante estar a realizar um inventário exaustivo para identificar a existência de fibrocimento e o seu estado de conservação.


ano de urgência para as escolas n LUÍS GALRÃO

Amadora aposta na remoção do fibrocimento Dos 53 estabelecimentos de ensino da rede pública na área do município da Amadora, são 15 as escolas com coberturas em fibrocimento, segundo adiantou ao Expresso da Linha uma fonte da autarquia. A câmara garante que tem apostado na requalificação do seu parque escolar e à medida que vai fazendo intervenções nas escolas substitui as coberturas onde existe a presença de fibrocimento. Ao longo dos últimos anos “a autarquia tem investido na remoção total dessas infraestruturas.” A câmara garante que tem monitorizado todos os equipamentos e que recentemente foram intervencionadas sete escolas, onde se conseguiu remover total ou parcialmente as placas de fibrocimento. Nas 15 escolas onde ainda não foi possível remover o fibrocimento “estas foram seladas com tintas especiais que não permitem a sua degradação e exposição ao ar, anulando assim qualquer risco imediato para a saúde pública”, adianta a mesma fonte. O Expresso da Linha procurou saber junto da Câmara Municipal de Lisboa se existe algum levantamento das infraestruturas que incorporam amianto na sua área de jurisdição e quais os casos que suscitam maior preocupação, mas até à data de fecho desta edição não obtivemos resposta às questões colocadas. NM

provavelmente amianto na sua composição. O fibrocimento é um material que inclui amianto, numa proporção que varia entre 10 a 20 por cento. No entanto, no fibrocimento as fibras de amianto estão fortemente aglutinadas pelo cimento, sendo a probabilidade de se libertarem deste tipo de material muito baixa, quase nula, refere o mesmo instituto. A haver alguma libertação de fibras de amianto, ela acontecerá ocasionalmente, e apenas se o fibrocimento se encontrar de-

Entretanto, o Ministério da Educação adianta já ter iniciado o processo de remoção do fibrocimento nas escolas, estando concluídas obras em 117 escolas e 36 em finalização. De acordo com o Ministério da Educação, as intervenções estão a ser realizadas durante as interrupções lectivas, de forma a não comprometer as aulas e não expor as comunidades educativas a riscos desnecessários. FENPROF EXIGE SABER QUANTAS ESCOLAS TÊM AMIANTO DEZ DIAS é quanto o Ministério da Educação tem para responder a uma intimidação entregue em tribunal pela Federação Nacional dos Professores (FENPROF), segundo anunciou na semana passada

gradado ou sujeito a agressão directa. Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde refere que “não se conhecem valores limites de exposição abaixo dos quais não haja risco cancerígeno” e alerta para os riscos de exposição ao amianto e seus efeitos na saúde ambiental. A organização aponta o desenvolvimento de uma série de neoplasias malignas, entre as quais cancro no pulmão, cancro do ovário, cancro da laringe ou cancro do estômago.

aquela organização profissional, que exige saber quantas escolas contêm amianto na sua construção. O secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, declarou à Agência Lusa: “fomos informados ontem (14 de Março) que o ministério já foi notificado e que tem dez dias para responder”. A organização diz estar em fase final de elaboração uma queixa que irá apresentar junto da Comissão Europeia sobre esta problemática. RISCO SÓ EXISTE QUANDO PLACAS SE DEGRADAM DE ACORDO com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, todo o fibrocimento utilizado na construção de escolas e outros edifícios até Dezembro de 2004 tem muito

A associação de pais já exigiu a remoção das telhas de amianto da EB 2/3 Dr. Rui Grácio n LUÍS GALRÃO

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Sociedade RESÍDUOS

Trabalhadores da Valorsul cumprem quatro dias de greve A greve dos trabalhadores da Valorsul prolonga-se até quinta-feira, pelo que as autarquias da Amadora e de Lisboa apelam aos munícipes que acumulem os resíduos em casa. MILENE MATOS SILVA w mmsilva@expressodalinha.pt

COMEÇOU NA segunda-feira, dia 17, e termina à meia-noite de quinta-feira, dia 20 de Março, a greve dos trabalhadores da Valorsul, empresa responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos urbanos produzidos em 19 municípios da grande Lisboa e região Oeste, entre os quais Amadora e a Capital. Esta paralisação visa contestar a privatização da empresa e os cortes salariais. Ontem, terça-feira, ao segundo dia de greve dos trabalhadores a adesão era “elevada”, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Industrias Transformadoras, Energia e actividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas. Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical Navalha Garcia adiantou que nos turnos da noite e no das 8h nas centrais só funcionaram os serviços mínimos, tal como já tinha acontecido na segunda-feira. Este responsável não quis entrar “na guerra dos números”, mas na segunda-feira, o sindicato adiantava que a adesão era de 80 por cento, contrapondo os números da Valorsul que apontava uma adesão na ordem dos 32 por cento. Ontem, os efeitos da paralisação eram ainda pouco visíveis e pontuais. As câmaras de Lisboa e Amadora emitiram comunicados para prevenir as habituais PUBLICIDADE

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acumulações de lixo. Ao segundo dia, a autarquia da Amadora não tinha ainda feito qualquer recolha, uma vez que “durante o fim-de-semana houve um reforço na recolha para que todos os contentores e moloks (contentores subterrâneos) estivessem vazios ao início da greve”, adiantou fonte da câmara. Durante este período, “a autarquia não terá condições para a normal recolha dos resíduos, visto estar incapacitada de os depositar posteriormente”, lê-se no comunicado que apela para que “os resíduos sejam armazenados em sacos devidamente fechados”. “Se o contentor mais perto da sua residência estiver cheio, agradecemos que não o coloque no chão, de modo a evitar a propagação de lixos pela via pública”, apela a autarquia. O comunicado salienta também que “a Câmara Municipal da Amadora e os restantes 18 municípios accionistas da empresa Valorsul manifestaram a sua oposição à privatização dos capitais da EGF (Empresa Geral do Fomento), cuja privatização de 100 por cento da participação do Estado foi aprovada no mês passado pelo Conselho de Ministros”. Em declarações à agência Lusa, o sindicalista Navalha Garcia explica que esta greve “tem vários motivos. Por um lado protestar contra os ataques nos direitos e condições de trabalho dos trabalhadores e por outro pela intenção do Governo de en-

Ontem, os efeitos da paralisação eram ainda pouco visíveis n MMS

tregar a privados uma empresa tão rentável como esta”. No entender do sindicalista, a privatização da Valorsul iria ser prejudicial tanto para os trabalhadores como também para os utentes dos 19 municípios servidos por aquela empresa.

“Os trabalhadores sairiam prejudicados porque tanto os seus postos de trabalho como os seus direitos seriam postos em causa, e as populações passam a ter um serviço prestado por uma empresa que apenas pretende o lucro fácil”, afirma.


Agricultura

EMPREENDEDORISMO

Voltar ao campo sem sair da cidade

Civis sírios mortos à fome

Para cultivar uma horta já não é preciso deixar a cidade para trás. Em Paiões, 150 hortas urbanas estão quase prontas a semear em modo de agricultura biológica. NELSON MINGACHO w nmingacho@expressodalinha.pt

MORAR NUM APARTAMENTO na cidade e poder cultivar uma horta ao fim de um dia de trabalho parece incompatível mas não é. Em Paiões, junto ao Cacém, mas na freguesia de Rio de Mouro, está a nascer um projecto inovador com o objectivo de proporcionar essa experiência. São 150 hortas urbanas ao dispor de quem aprecia mexer na terra e gosta de saborear um legume acabado de colher. A ideia partiu de três empreendedores que têm em comum o gosto pelo cultivo da terra. Sandra Stuttaford e o irmão cresceram numa quinta em Rio de Mouro Velho, antes dos campos serem invadidos pela construção de prédios. “Criávamos os nossos porcos, os legumes, apanhava-mos os ovos e mungia-mos as vacas”, recorda. Ainda hoje se lembra de quando em criança chegava da escola, largava a mochila e corria para a horta comer ervilhas cruas. Com a crise de 2008, o sector imobiliário no qual trabalhava com profissional de marketing foi atingido em força e Sandra foi obrigada a “reinventar-se”, como a própria afirma. Passou a trabalhar como formadora e tradutora de inglês, com novos projectos no horizonte. E o apelo do campo também se fez ouvir. “Tinha saudades de mexer na terra e ver as plantas crescer”. EM MAIO LANÇAR SEMENTES À TERRA UM TERRENO da família em Paiões e a vontade dos três em se empenharem no projecto fizeram o resto. Decide então com o irmão e

Frederico Castro, Cristina Albino e Sandra Stuttaford são os impulsionadores das hortas urbanas n LG

w Em Maio, se o tempo o permitir, tudo estará pronto para lançar as primeiras sementes à terra a cunhada criar as Hortas Urbanas de Paiões, dedicadas à agricultura biológica. As retro-escavadoras já estão no terreno para o dotar das infra-estruturas necessárias. As hortas têm áreas entre 15 a 25 metros quadrados, limitadas por estacas. Incluem uma casa de arrumos comum, uma zona de compostagem e um espaço de lazer para a

família. A água para a rega vem de um furo e haverá ainda um pomar com 80 árvores. Por cada metro quadrado o agricultor paga até um euro por mês. Em Maio, se o tempo o permitir, tudo estará pronto para lançar as primeiras sementes à terra. As hortas já começaram as ser divulgadas pelas cidades vizinhas, a adesão “foi extraordinária” garante Sandra Stuttaford. A fase de pré-inscrição ultrapassou todas as expectativas e a lista de espera é enorme. “Temos muitas pessoas com vontade de mexer na terra”. E para quem não tem experiência em agricultura foi feito um protocolo com a Quinta dos Sete Nomes que dará formação em agricultura biológica e apoio técnico. Devido ao sucesso na fase de lançamento do projecto os empreendedores admitem alargar as hortas a outros terrenos.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve fazer mais para garantir o levantamento dos cercos armados e o acesso de ajuda humanitária aos civis vítimas da guerra civil na Síria. Em Yarmouk, a sul de Damasco, onde ainda se encontram entre 17 mil e 20 mil pessoas, entre refugiados palestinianos e deslocados, o cerco dura desde dezembro de 2012, intensificado em julho. Exceto em raras ocasiões, o exército sírio não tem permitido a entrada de comida e outros bens essenciais. Pelo menos 194 pessoas morreram nos últimos oito meses, incluindo 12 bebés, seis crianças e 41 idosos, dois terços à fome e as restantes por falta de assistência médica ou a tiro enquanto procuravam comida. Os residentes de Yarmouk não são os únicos a sofrerem os horrores dos cercos armados. As suas histórias repetem-se por toda a Síria, estimando-se que mais de 250 mil civis se encontram atualmente sitiados. A resolução 2139 do Conselho de Segurança insta todas as partes envolvidas no conflito a levantarem os cercos às zonas povoadas, a permitirem acesso incondicional às agências humanitárias e a porem fim às violações de direitos humanos e das leis internacionais. Mas não tem sido cumprida e é preciso fazer mais. Assine a petição disponível na página electrónica da Amnistia Internacional Portugal em www.amnistia-internacional.pt.

Amnistia Internacional Portugal Grupo 19 | Sintra Apartado 168, 2711 Sintra Codex https://www.facebook.com/Grupo19Sintra

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Solidariedade COMUNIDADE

Famílias carenciadas de Alfragide vão receber apoio alimentar do projecto Refood

Breves

Gabinete de Apoio ao Munícipe de Sintra encerrado até 28 de Março A Câmara de Sintra informa que o Gabinete de Apoio ao Munícipe (GAM) de Sintra, situado junto aos Paços do Concelho, estará encerrado até dia 28 de Março, só reabrindo no dia 31, previsivelmente como o primeiro Espaço do Cidadão da rede de sete já anunciada. “Durante este período, necessário para a requalificação do espaço, os utentes poderão dirigir-se aos postos de atendimento do GAM em Queluz e no Cacém”, adianta a autarquia.

Rio de Mouro acolhe ‘1º Cross Run’ no dia 23

O núcleo de Alfragide, ainda em “fase de implementação”, deverá começar a funcionar ainda esta primavera n DR

Três anos depois de um “estrangeiro maluco” ter pegado na bicicleta para, pela primeira vez, recolher os excedentes alimentares de mais de 30 restaurantes em Lisboa, o projecto Refood chega esta primavera a Alfragide, para combater o desperdício alimentar e ajudar quem mais precisa. SUSANA PAULA w spaula@expressodalinha.pt

A VIVER há 20 anos em Portugal, o norte-americano Hunter Halder decidiu, em Março de 2011, pegar na bicicleta munida de cestos e recolher os excedentes alimentares de restaurantes da zona de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa. Passado um mês e o “estrangeiro maluco”, como era chamado, conta, conseguiu fazer com que 30 restaurantes e 30 voluntários aderissem ao Refood. O objectivo do PUBLICIDADE

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projecto é combater o desperdício alimentar e ajudar famílias carenciadas, distribuindo por quem mais precisa comida recolhida em restaurantes. Três anos depois e com vários núcleos em Lisboa, o Refood lança-se agora para fora da capital, mais precisamente no concelho da Amadora. O núcleo de Alfragide, ainda em “fase de implementação”, deverá começar a funcionar ainda esta primavera. A associação está ainda a recrutar voluntários que, segundo Rui Gonçalves, do

núcleo Refood de Alfragide, vão recolher os “excedentes alimentares em restaurantes, cafés, empresas, cantinas e escolas”. “Diariamente haverá uma recolha de alimentos e uma distribuição”, assegura este responsável. Hunter Halder pretende abrir ainda na primavera núcleos nas freguesias lisboetas de São Domingos de Benfica e da Misericórdia – e no Porto. Mas há mais núcleos novos a serem pensados, ou, como diz o norte-americano, “em fase embrionária”, em Almada, na Covilhã, em Almancil (Loulé), em Oeiras, em Cascais e em Amesterdão, na Holanda. Para já, o Refood apoia cerca de 700 pessoas diariamente, contando com o apoio de quase 800 voluntários e de mais de 300 restaurantes que, todos os dias, cedem os seus excedentes alimentares.

A Junta de Freguesia de Rio de Mouro promove dia 23, entre as 9h e as 13h, o 1º Cross Run Rio de Mouro. “Este ano, em vez da habitual prova de atletismo em estrada no âmbito do “Troféu Sintra a Correr”, decidimos organizá-la num circuito de terra batida, com o objectivo de valorizar o património natural da freguesia, bem como melhorar as condições dos espaços para a prática desportiva”, explica a autarquia. A prova gratuita (inscrição obrigatória) terá lugar nos terrenos junto ao Complexo Desportivo de Fitares, perto da estação da CP de Meleças.

Inscrições abertas para o II Trilho das Lampas Já abriram as inscrições para o II Trilho das Lampas, prova a contar para o Circuito Nacional de Trail, disputada ao final da tarde do dia 10 de Maio, entre S. João das Lampas e a Praia da Samarra. “O percurso será o mesmo, exceptuando o retorno junto às arribas, que vai ser prolongado mais alguns metros, evitando-se também aquele quilómetro em asfalto, entre as aldeias de Cortesia e de Catribana”, explicam os promotores da iniciativa que decorre em pleno Parque Natural Sintra-Cascais. As inscrições custam 9 euros até dia 20 de Abril, e 12 euros entre 21 de Abril e 8 de Maio.


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Amadora SENIORES

Residências para idosos prontas até ao final do ano Com capacidade para acolher utentes em 45 apartamentos, a Unidade Residencial dos Moinhos da Funcheira está em adiantada fase da obra. O equipamento que está a ser construído pela Câmara Municipal da Amadora ficará concluído ainda este ano e terá um custo de mais de dois milhões de euros. COM CAPACIDADE para acolher utentes em 45 apartamentos, a Unidade Residencial dos Moinhos da Funcheira está em adiantada fase da obra. O equipamento que está a ser construído pela Câmara Municipal da Amadora ficará concluído ainda este ano e terá um custo de mais de dois milhões de euros. A obra começou no ano passado e cerca de 40 por cento já está concluída. “Já estão concluídas a estrutura do edifício e reservatório de incêndios, as alvenarias exteriores e interiores, encontrando-se em fase final de execução as infra-estruturas das instalações prediais, de abastecimento de água, esgotos domésticos e pluviais, electricidade, telecomunicações, segurança e de águas quentes sanitárias”, refere a autarquia. Até ao final do ano, “este equipamento será uma realidade na resposta à população sénior do concelho”, assegura a edilidade. A infra-estrutura pretende disponibilizar à população idosa do concelho, “um espaço habitacional próprio e de serviços comuns, como lavandarias,

assistência social e médica, salas de convívio e animadores que os incentivem a uma vida saudável”, tal como já existem outros equipamentos do género noutros concelhos da Grande Lisboa. “A unidade residencial tem a particularidade de ter a funcionar no primeiro piso uma IPSS, que vai gerir a parte de centro de dia e apoio domiciliário, dando desta forma resposta, não apenas aos utentes da unidade, mas também aos idosos das zonas envolventes”, explica a presidente Carla Tavares. A unidade é composta por 45 pequenos apartamentos, onde se poderão instalar os utentes e por um Centro de Dia que irá dar apoio a 52 idosos, não apenas residentes, mas também aos moradores das zonas envolventes. O edifício integra ainda áreas administrativas, de apoio médico, ajudas complementares, espaços polivalentes de lazer e actividades, refeitório, lavandaria e cozinha, esta última com capacidade para confeccionar 200 refeições diárias. MILENE MATOS SILVA

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Especialista NUTRIÇÃO

Texto escrito com a nova grafia

Manter a linha respeitando o biorritmo ANA PAULA CARNEIRO, BIÓLOGA

CREMES, comprimidos, suplementos alimentares, líquidos milagrosos para tirar o apetite, barritas de baixo valor calórico substitutas de refeição, corridas ao fim de semana (mesmo que seja à beira da estrada a respirar mais monóxido de carbono do que nos outros dias), sessões de ginásio até ficar com a língua de fora, cintas que aumentam a transpiração localizada, aparelhos para ir pedalando ou correndo enquanto se vê televisão, lipoaspiração, massagens com mãos ou aparelhos cada vez mais sofisticados que amassam e modelam a silhueta, acupuntura, etc. Métodos para todos os gostos e para todas as bolsas. E as dietas? Calculam-se as calorias, come-se de hora a hora (dizem umas), de 3 em 3 horas (dizem outras), retira-se as gorduras e/ ou os farináceos (ainda outras), já para não falar da controversa dieta que permite ingerir gorduras e proteínas até mais não… Uma perfeita loucura! E tudo isto em nome da manutenção de um corpo elegante ou da perda de peso exigível por questões estéticas e/ou de saúde. E depois vêm os cientistas dizer que, afinal, há um gene da obesidade (e será só um?). Pois. Deve ser por isso que todos conhecemos quem coma que se farta e nunca engorde e, garantidamente, sem que o seu intestino seja partilhado por uma simpática ténia. E por que razão não se entendem os cientistas no que toca a nutrição humana? Será só uma questão de genética e ponto final? Sim, porque, pelo menos, a comunidade científica numa coisa já acordou – não se trata simplesmente de uma questão de calorias. Sem dúvida assunto complexo e multifacetado, a nutrição humana passa por aspetos tão simples como as reações químicas entre os componentes dos alimentos e as enzimas PUBLICIDADE

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capazes de os desdobrar para poderem ser absorvidos. Mas este é outro assunto que se prende com o bem estar do sistema digestivo – as combinações alimentares. No entanto, também estas poderão contribuir para uma melhor gestão do que o nosso corpo armazena e/ou elimina. Que inferno! E o que faz o comum dos mortais (com ou sem gene da obesidade) que apenas quer perder uns quilitos a mais ou simplesmente manter durante o máximo de tempo possível o corpo com que se sente equilibrado? Tentemos, então, responder à questão: por que razão engordamos mesmo que a quantidade de calorias dos alimentos que ingerimos seja a adequada à nossa atividade? A resposta é simples: porque não respeitamos o nosso relógio biológico, ou seja, o que o nosso corpo faz com os alimentos depende mais da hora a que os ingerimos do que do seu conteúdo calórico. O mesmo se passa com outro tipo de substâncias. Por exemplo, o corpo tolera melhor à tarde o café de que tanto gostamos logo pela manhã e o álcool é mais facilmente eliminado a partir das 14 horas. E é do conhecimento geral que as vitaminas devem ser tomadas de manhã. O nosso ritmo circadiano conserva na memória os hábitos da vida simples dos nossos ancestrais. Nada a ver com a vida da sociedade ocidental de hoje, tão evoluída numas coisas, tão longe da simplicidade da natureza noutras. Por isso, antes de continuarmos, há que tomar consciência de que para nos alimentarmos segundo o nosso relógio biológico, há que modificar hábitos e abraçar uma nova maneira de encararmos a nossa alimentação. Obviamente que estamos a falar, exclusivamente, para quem tem horários mais ou menos dentro do que se considera o ciclo sono-vigília “normal” – dormir à noite e trabalhar e dedicar-se a atividades lúdicas, ou outras, de

dia. De fora terão de ficar, infelizmente, quem, por necessidade ou opção profissional, trabalha por turnos ou se desloca com frequência pelo planeta, estando sujeito aos efeitos do chamado jet lag. Para estarmos em sintonia com o biorritmo dos nossos sucos digestivos e dos nossos adipócitos (as células que compõem o tecido adiposo, vulgo “pneus”) temos de ter em conta o seguinte: de manhã são produzidas mais lipases (as enzimas que desdobram as gorduras); à tarde mais amílases, as enzimas que desdobram os amidos) e

proteases (as enzimas que desdobram as proteínas); à noite, é menor a quantidade dos sucos digestivos. Quanto aos nossos adipócitos, de manhã estão mais virados para a libertação, altura, portanto, para ingerir alimentos mais energéticos, enquanto à noite eles armazenam, pelo que será prudente consumir alimentos menos energéticos. Não é fácil mudar tão radicalmente alguns dos horários – são as corridas matinais, os

almoços às horas impostas pelo trabalho, os jantares com os amigos ou de negócios, as ceias familiares, enfim, a vida moderna não se presta nada a este tipo de alimentação. Então o que podemos fazer? Uma sugestão – procurar comer mais de manhã e ir tentando reduzir ao longo do dia, de modo a não chegar com muita fome à noite (ver caixa). Com efeito, quando levamos o dia todo a comer qualquer coisa de vez em quando, ao


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Distribuição ideal dos alimentos: w Um pequeno-almoço altamente nutritivo, a fim de obter energia para enfrentar a primeira parte do dia. Altura ideal para alimentos mais ricos em gorduras, como queijo, ovos, produtos de charcutaria, pão. w O almoço deverá ser ingerido quando surge de novo o apetite e de modo a restaurar a energia para a segunda parte do dia, momento para alimentos mais “pesados” – carne e feculentos. w Nunca esquecer o lanche para combater a fadiga e garantir a terceira parte do dia, a qual poderá fechar o período de maior atividade; altura ideal para alimentos açucarados e gordura vegetal, como chocolate (cuidado com o teor de açúcar!), frutos secos, fruta. w O jantar deverá ser leve com alimentos “ligeiros” – peixe, legumes cozidos, por exemplo. As três primeiras refeições são obrigatórias e a quarta facultativa. As duas primeiras destinar-se-ão a fornecer energia útil. O lanche destinar-se-á a eliminar a fadiga. A refeição da noite destinar-se-á ao armazenamento!

n DR

chegarmos a casa fazemos um assalto a todos os locais onde há comida e parece que nada nos sacia, como se não comêssemos há 3 dias. Se queremos mesmo ir jantar fora, optemos por uma refeição leve, com pouca gordura e de fácil digestibilidade. Se trabalharmos até tarde e surge uma sensação de fraqueza que irá dificultar conciliar o sono, optemos por algo leve e hipocalórico. À medida que formos reduzindo alimentos à noite, veremos que começamos a acordar esganados com fome e nos irá apetecer fazer o tal pequeno-almoço nada pequeno que nos garantirá energia para uma boa parte do dia. Não é por acaso que a sabedoria popular diz que devemos comer como um rei de manhã, como um príncipe ao almoço e como um pobre à noite.

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19 de Março 2014 quarta-feira

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Especialista PSICOLOGIA

Texto escrito com a nova grafia

O Passar do Tempo… Numa sociedade onde se venera a beleza e a juventude, o envelhecimento é cada vez mais difícil de encarar. ANAMARY MONTEIRO LAPA w www.anamaryml.pt

AS TRANSFORMAÇÕES do corpo e do rosto, sentidas de forma mais evidente a partir dos 40 anos, são um duro golpe na autoestima da maior parte das mulheres. Enquanto ELAS se ressentem com o declínio do seu aspeto jovem e o fim do período fértil, para ELES a angústia de envelhecer passa pelo fantasma da perda de forças, da virilidade e do poder. Homens e mulheres debatem-se com o envelhecimento. Cada um à sua maneira. Envelhecemos a partir da contagem de dois relógios, nem sempre sintonizados, nem sempre de acordo com o que sentimos, vemos e acreditamos. Existe um relógio social (Neugarten 1977), onde acontecimentos externos influenciam a perceção do nosso próprio envelhecimento: a carreira estaPUBLICIDADE

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19 de Março 2014

bilizada, os filhos crescidos, o envelhecimento evidente nos próprios pais. O outro relógio é biológico, mais interno, pautado quer pelas marcas físicas evidentes ao espelho, quer pelas alterações hormonais e orgânicas. Na meia-idade, adultos, homens e mulheres, confrontam-se com a finitude dos seus pais, e com ela a sua própria finitude, ao mesmo tempo que se deparam com a autonomia dos próprios filhos (síndrome do ninho vazio). Repentinamente, e perante tantas transformações, surge a necessidade de olhar para o passado e perceber o que se fez, onde se falhou. (Re)pensar sobre os sonhos vividos e os adiados, sonhos passados e abandonados. Depois de se fazer o balanço, que pode levar meses muito sofridos (para os menos aceitantes, aqueles que se debatem contra o inevitável envelhecimento, pode até levar

PSICÓLOGA CLÍNICA Consultório em Mafra Tel. 962537110

n DR

anos de profundo sofrimento), é necessária a reorganização. Esta passa por novos projetos, novas metas e pela redescoberta de uma forma diferente de viver, mas não por isso menos gratificante e interessante, apenas menos intensa, mais tranquila. No que se refere à mulher, a “idade” permite-lhe, depois da tempestade, perceber e recuperar a sua feminilidade. Aquela que está dentro dela e que não se pauta pela ausência de rugas. A feminilidade que transborda da mulher segura, confiante, daquela que emana tranquilidade, aquela energia poderosa que apenas o Ser Mulher possui. No entanto, saber envelhecer é também uma arte e requer esforço. Tratar de si e da sua saúde, praticando desporto e cuidando da sua alimentação são uma prioridade e podem ser de uma grande ajuda na hora de olhar para o espelho. Manter-se ativa, social e profissionalmente, são também uma excelente forma de amadurecer calmamente. A feminilidade é uma condição da mulher, senti-la e vivê-la não é uma questão de idade, mas antes de convicção.


Tribuna

Alguns texto da Tribuna podem ser escritos de acordo com a nova ortografia

Opinião

Opinião

FILIPE BARROSO Coordenador da Juventude Socialista de Sintra

DIOGO GERALDES Presidente da Juventude Social Democrata de Sintra

Consensos

V

ivemos numa era cada vez mais incerta, num mundo cada vez mais globalizado e ao mesmo tempo mais perigoso e desigual. A ética tornou-se uma miragem nas mais diversas áreas que edificam a nossa sociedade, a lei deixou de representar gradualmente a ordem, as instituições estão cada vez mais desacreditadas e os Partidos Políticos estão descredibilizados: No entanto Política é a actividade mais nobre, quando exercida com ética. No nosso quotidiano somos todos os dias “bombardeados” com a retórica da necessidade de consensos. Estou de facto a favor de consensos, não serão é os mesmos pretendidos por este Governo e pelo actual Presidente da República. Nem poderia ser de outra forma, acredito profundamente, e tenho a História do meu lado, que a paz e o bem-estar social são alcançados através do reforço do Estado Providência que tanto bem-estar social e verdadeira prosperidade trouxe à Europa durante décadas. Ora, este Governo (com o apoio do Dr. Cavaco) é contra tudo o que acabei de referir. Este Governo defende o fim do chamado estado social, em que o que Estado assume funções essenciais que servem de trave mestra a uma sociedade mais progressista e humana, em que a qualidade de vida do povo seja uma preocupação constante e não uma entidade muito abstracta, de contornos por vezes sinistros chamada de mercados. No ano em que se comemoram os 40 anos da Revolução do 25 de Abril, a República Portuguesa vive hoje dias muito complicados, com uma democracia altamente fragilizada, em que é recomendada (nem Salazar o fez!) a emigração, em que a lei do mais forte se tornou regra, em que a

Combate ao desemprego solidariedade, a fraternidade e a liberdade são vistos como bens acessórios ou como incómodos ao mainstream político que nos chega todos os dias a casa, nas faculdades, no trabalho, em todo o lado, sob as mais diversas e variadas formas e meios. O que interessa é o lucro máximo, numa visão neoliberal, em que tudo se compra, tudo se vende, o dinheiro como o centro das coisas em vez da dignidade humana, uma visão contrária ao relativo progresso que já vinha desde o renascimento, a obsessão pelas empresas, vivida pelo Governo mais à direita que tivemos desde o 25 de Abril, em que o Tribunal Constitucional é visto como um entrave (pasme-se) à chamada legislação reformadora como lhe chama o Primeiro Ministro Passos

Estou de facto a favor de consensos, não serão é os mesmos pretendidos por este Governo e pelo actual Presidente da República Coelho, que não são mais do que contra reformas que destruíram a Economia, que tiraram a esperança à juventude, que tratam os mais velhos como um incómodo, um governo que empobreceu o país a todos os níveis, que aumentou a dívida, que aumentou o desemprego de uma forma explosiva, que prejudica a saúde, o ensino, que maltrata a cultura... Um governo que a todos os níveis falhou. Os consensos de facto não necessários, neste caso o consenso que deve unir os portugueses é forçar a queda deste Governo, é mesmo um imperativo nacional, necessitamos de um novo desígnio. Portugal tem saída, a nossa República tem futuro.

S

er jovem em Sintra é talvez das experiências de vida que nos marcam decisivamente. Vejamos! O nosso concelho é porventura um dos mais heterogéneos e aliciantes do país. A par da sua dimensão e de estar inserido na Área Metropolitana “às portas” de Lisboa é a sua diversidade que marca, que nos marca! A Sintra Urbana, Património Mundial e Rural são realidades tão distintas e diferentes entre si que seriam necessárias muitas páginas para introduzir o tema. Somos fruto também da realidade onde estamos inseridos, logo um jovem de São João das Lampas ou do Cacém têm naturalmente exigências diferentes porque cresceram e vivem em zonas distintas. Neste “melting pot” cultural, onde muitos vêem o seu maior problema, eu vejo uma das maiores riquezas do nosso concelho, onde cada jovem dá um pouco das origens à nossa terra que o acolhe. Esta cultura urbana e a matriz tradicional das gentes de Sintra, permite que o futuro possa ser vivido na multiplicidade dos desafios e no encontro marcado pela diversidade de escolhas. Esta multiplicidade tem de fazer de nós, todos, Sintrenses. É um factor de extrema importância, sentirmos que somos, independentemente da nossa etnia, pertença desta terra que nos acolhe e onde temos sempre a bela paisagem da vila de Sintra como pano de fundo do nosso imaginário. Julgo que ainda temos um longo caminho a percorrer na construção deste sentimento de pertença. Fundamental, porque só cuidamos do que conhecemos e que de alguma maneira nos pertence, ainda que afectivamente. E aqui, creio que se joga o nosso futuro, porque Sintra é um dos concelhos mais jovens de Portugal e que tanto pode ser capitalizado para que sejamos reconhecidos como um

concelho para a juventude e não um concelho de juventude-dormitório. É fundamental a aproximação dos jovens aos centros de decisão municipal e à participação cívica (e mesmo política!) sendo crucial para que os jovens sintam que têm uma palavra a dizer no seu destino. Contudo, o factor preponderante desta juventude que é a nossa, é o desemprego, onde todos vivemos momentos de grande apreensão, quando observamos que este flagelo cria amarras na juventude onde muitas vezes a esperança tende a não querer morar. Na verdade, este é um problema Europeu, pois hoje vivemos uma crise económico-financeira severa, que se faz notar sobretudo nos países do sul. Por isso, são cada vez mais prioritárias as políticas que fomentem o crescimento da economia e que combatam o desemprego. Apesar das últimas em Portugal oferecerem esperança para todos nós, ainda estamos próximos dos 35% de desemprego jovem em Sintra. Tem sido feito um esforço, mesmo à escala europeia, como são exemplo os casos da Garantia Jovem e do Erasmus+, cujos objectivos máximos são assegurar aos jovens o acesso à formação e emprego. No entanto, estas medidas devem ser acompanhadas de medidas de fomento ao crescimento económico, fomentando o empreendedorismo jovem como se espera que também seja uma prioridade do importante Conselho Estratégico Empresarial, recentemente criado. O desafio passará necessariamente pelo enraizamento do sentimento de pertença e participação cívicas de todos os jovens e sobretudo pelo combate ao desemprego jovem. Sintra é verdadeiramente um concelho que nos marca enquanto jovens e que nos lança desafios para o futuro.

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19 de Março 2014 quarta-feira

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Agenda CULTURA

Sintra

Mazgani, a 22 de Março, no Centro Cultural Olga Cadaval O escritor de canções, cantor e guitarrista Mazgani vem a Sintra apresentar o seu terceiro álbum, “Common Ground”, gravado em Bristol por dois mestres da canção, John Parish (habitual colaborador de PJ Harvey) e Mick Harvey (ex-Nick Cave & the Bad Seeds, e também colaborador de PJ Harvey). O espectáculo de 75 minutos, às 21h30, integra-se numa digressão que tem percorrido várias salas do país nos últimos meses e que agora chega ao Auditório Jorge Sampaio do Centro Cultural Olga Cadaval. Os bilhetes custam 12 euros. Noite das Camélias na Sociedade União Sintrense A Sociedade União Sintrense vai vestir-se a rigor para receber a 73ª edição do tradicional Baile das Camélias, que se realiza no próximo dia 22, pelas 21h30. O que começou por ser uma forma de elogiar os jardineiros e as belas camélias das quintas sintrenses, tornou-se numa das mais belas e emblemáticas festas que a Vila de Sintra recebe anualmente. Venha deslumbrar-se com as centenas de flores que enfeitam o salão nobre da colectividade e dançar num ambiente único e intemporal que nunca sai de moda. A entrada é gratuita. Mais informações em https://www.facebook.com/sociedade. uniaosintrense Colóquio Nacional sobre Raul Lino Sintra recebe dias 3 e 4 de Abril, no Palácio de Seteais, o Colóquio Nacional sobre Raul Lino, iniciativa organizada pelo IADE – Creative University, com o apoio do Hotel Tivoli Palácio de Seteais, Câmara Municipal de Sintra, Colares Editora e DCV (Discovery – Culture & Taste). A sessão de abertura do colóquio, agendada para o dia 3, contará com a presença do historiador de arte José-Augusto França e do presidente da Ordem dos Arquitectos João Santa-Rita. Ao todo, serão cerca de 30 oradores, entre os quais historiadores de arte, arquitectos, filósofos, artistas, museólogos e escritores, oriundos do meio académico e conhecedores da obra de Raul Lino, que se propõem fazer reviver o percurso da vida, do pensamento e da obra do arquitecto que teorizou a «casa portuguesa». A iniciativa celebra 2014 como ano simbólico da presença de Raul Lino em Sintra, no momento em que se assinalam os 40 anos do seu falecimento e os 100 anos da inauguração da Casa do Cipreste. As inscrições para o evento são gratuitas – mas limitadas – e podem ser feitas a partir do e-mail coloquioraullino@iade.pt. “Burburinho” na Casa Mantero A Galeria Municipal – Casa Mantero acolhe até dia 4 de Abril a exposição de escultura “Burburinho” de Maria Del Mar e Marta Gaspar. Estas artistas têm desenvolvido nos últimos dezoito anos trabalho nas artes plásticas, construindo esculturas em pasta de papel, essencialmente animais extintos e em vias de extinção, construídos com reutilização de vários materiais.

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19 de Março 2014

Amadora

Lisboa

Rituais da Terra estreiam hoje no Auditório de Alfornelos A parceria iniciada em 2013 entre o Teatro Passagem de Nível e a Associação Cultural de Surdos da Amadora culmina agora com a apresentação de um espectáculo onde surdos e ouvintes se unem em palco, para contar uma história de forma a que todos entendam. “Rituais da Terra”, com encenação de Porfírio Lopes, estreia hoje no Auditório de Alfornelos e prolonga-se em cena nos dias 21, 22 e 27 de Março, sempre às 21h30. Os bilhetes custam 5€ (2,50€ para sócios). Para mais informações contactar teatropassagemdenivel@gmail.com.

Monstra 2014 - Festival de Animação de Lisboa Decorre até dia 23 de Março a 13ª edição do Monstra - Festival de Animação de Lisboa. O país homenageado este ano é a Hungria, com a exibição de uma retrospectiva do cinema de animação húngaro já premiado com um Óscar, para além de contar no curriculum com prémios ganhos em festivais de cinema de todo o mundo e que deu a conhecer personagens como a pantera-cor-de-rosa. Entre longas e curtas-metragens, séries de animação, aulas e workshops, encontros sobre a animação, o Festival traz à capital, filmes de 69 países dos cinco continentes, sessões especiais de AnimaDok e noites de TerrorAnim, e, pela primeira vez, a competição de curtas e longas-metragens. A iniciativa inclui a “Monstrinha”(para os mais novos) e decorre no Cinema São Jorge, Museu da Marioneta, Cinema City Alvalade, BES Arte & Finança e FNAC Chiado. Mais em http://monstrafestival.com.

Lançamento do Livro “Maresias” de Júlio Mira A Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos será o palco da sessão de apresentação do livro de poesia “Maresias” de Júlio Mira, no próximo dia 21 de Março, pelas 18h. O autor nasceu no Seixal em 1944 e desde 1970 que vive na cidade da Amadora. Poeta e pintor, tem realizado exposições individuais e colectivas por todo o país. A entrada é livre. Inauguração da exposição “Escola, artes e desporto” A Casa Roque Gameiro recebe dia 21, pelas 15h, a inauguração da exposição “Escola, artes e desporto”, mostra de trabalhos realizados pelos alunos do Projecto 12-15, da Escola Intercultural das Profissões e do Desporto da Amadora. A iniciativa terá música (djambés), desporto e servirá ainda para comemorar duas efemérides: o dia contra a discriminação racial, com teatro, e o dia da árvore, com o lançamento de balões com sementes. A exposição será apresentada em várias línguas e estará patente até ao dia 12 de Abril. A entrada é livre. Exposição “Eros Uma Vez… O Humorista Zé Manel” Está patente até dia 9 de Abril no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (CNBDI), na sala de exposições temporárias, a exposição “Eros Uma Vez… O Humorista Zé Manel”, dedicada à obra humorística de José Manuel Alves Mendes, o desenhador que assina Zé Manel. A mostra, produzida por Osvaldo Macedo de Sousa/Humorgrafe e que integrou o 18º Salão Internacional MouraBD 2013, traça um breve percurso pelo trabalho de Zé Manel que, além da banda desenhada, a ilustração, e a caricatura, pode apreciar-se em áreas tão distintas como os vitrais, o design gráfico, a cenografia para teatro e para cinema de animação, ou a ilustração para livros escolares. A entrada é livre.

7ª edição do evento “Peixe em Lisboa” Realiza-se de 3 a 13 de Abril, no Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, mais uma edição do evento gastronómico que agrega restaurantes de referência e convida prestigiados chefes de cozinha, portugueses e estrangeiros, a apresentar interpretações criativas de peixes e mariscos e dar dicas para a sua confecção. São dez restaurantes em funcionamento das 12h às 24h, com apresentações de cozinha ao vivo, aulas de cozinha em que os visitantes podem aprender dicas e truques culinários, e um mercado gourmet com centenas de produtos para provar e comprar, do peixe à doçaria, do azeite aos vinhos, das compotas aos queijos. Paralelamente decorre o concurso para a eleição do Melhor Pastel de Nata e ainda a segunda edição de Sangue na Guelra. Mais em www.peixemlisboa.com.

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Horóscopo de

19/03 a 03/04

Ângelo – Tarólogo Consultas e Formação Marcações: 91 055 80 96 / 96 953 67 86 E-mail: novaventura@gmail.com

Carneiro

Caranguejo

Balança

Capricórnio

A segunda quinzena de Março irá trazerlhe situações que requerem uma análise mais cautelosa do que o habitual. A questão poderá estar relacionada com algum assunto complicado de resolver. A sugestão das cartas é que seja o mais racional possível e avance com coragem.

Poderá ver agora alguma ideia sua ou algum projecto tomar forma. Aproveite para não deixar nenhum detalhe para trás. O tempo estará a seu favor, no entanto, evite e contorne possíveis empecilhos. Já sabe como é!

Tende em atravessar um período bastante favorável, sobretudo no aspecto espiritual. A sua intuição estará mais aguçada e isso fará com que deseje explorar mais o seu lado místico. Faça-o através de filmes, livros ou até mesmo pela internet. Faz parte da evolução humana!

Este período poderá trazer-lhe alguns lembretes pouco agradáveis, o importante é saber que fez o que podia e devia. Há sempre possibilidade de fazer mais e melhor (dizemos sempre isso), no entanto, sossegue. Cada ser tem o seu ritmo e estilo únicos.

Touro

A fase que atravessa poderá trazer-lhe algumas memórias menos agradáveis. Isso significa alguns assuntos pendentes no seu subconsciente que precisam ser resolvidos. Tenha coragem e não receie. Avance!

Escorpião

Aquário

Poderá estar a viver um período mais favorável do que o habitual, porém, ainda será cedo para desvendar o que quer que seja. Mantenha-se fiel a si e ouça a sua voz interior. É sempre prudente!

Poderá querer divertir-se ao longo destes dias. Faça-o. Independentemente das controvérsias do dia-a-dia existem pequenos mimos que podemos fazer a nós próprios. Podem até parecer insólitos ou descabidos, mas fazem bem a alma e isso é que importa. De que é que está a espera?

Tome atenção a algum tipo de estratégia que o rodeia. O momento não auspicia boas energias. Os nativos de Touro são honestos mas ficam descompensados quando os traem. Tome cuidado com alguma falsidade que o rodeia!

Gémeos Aproveite a entrada da Primavera para se dedicar ao que lhe dá mais prazer. Naturalmente poderá não estar de férias ou, antes pelo contrário, encontrar-se até bastante ocupado. Dê atenção as pequenas coisas que significam tanto para a sua paz interior!

Leão

Virgem Os bons momentos que o fazem feliz estarão de regresso, embora o seu tempo de “estadia” não seja longo, por isso aproveite e viva-os intensamente! Verá que irá valer apena, pois, apesar da conjuntura actual, eles acabam por ser um bombom na sua vida.

Sagitário Fase de um acréscimo de autoconfiança e controle sobre diversos aspectos da sua vida. No caso dos nativos deste signo, tem tudo a ver com o seu processo evolutivo. Peça ajuda ao Universo para que possa sentir esse despertar energético!

Peixes Mais uma fase de alguns dissabores! Tente conduzir a sua vida da forma que melhor souber, no entanto, conte com algumas contradições pelo meio. Proteja-se de energias negativas.

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19 de Março 2014 quarta-feira

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