Prática de Contabilidade Analítica e de Gestão

Page 1

17cm x 24 cm

18,5mm

17cm x 24 cm

Carlos Nabais / Francisco Nabais

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M

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Francisco Nabais

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Licenciado em Gestão de Empresas pela Universidade Lusíada de Lisboa. Exerce funções diretivas num Gabinete de Contabilidade e Formação. Contabilista Certificado. Coautor dos livros Prática Financeira I e II, Prática Fiscal II e Prática Contabilística – SNC + NCM.

K

A Contabilidade Analítica e de Gestão é uma ferramenta importante no apuramento dos gastos e dos resultados por produtos, departamentos e centros de gastos, no estabelecimento dos preços dos produtos e dos serviços, assim como no controlo de gestão. Esta obra, com mais de 100 exemplos de aplicação, exercícios resolvidos e avaliação de conhecimentos, pretende ser mais uma fonte de informações para todos aqueles que estudam a atividade empresarial e atuam nela de modo a avaliar o seu desempenho. Destacam-se os principais temas tratados:

Contabilidade como sistema de informações Conceitos básicos da Contabilidade Analítica e de Gestão Métodos de custeio Produção conjunta e defeituosa Centros de gastos ABC (Activity Based Costing) – Custeio Baseado nas Atividades Sistemas de custeio Custeio variável e gestão

ISBN 978-972-757-998-3

9 789727 579983

Carlos Nabais Francisco Nabais

Inclui glossário de termos correspondentes entre português europeu e português do Brasil.

Sendo a contabilidade financeira insuficiente para dar resposta às necessidades de informação para a gestão, as entidades devem recorrer a outro ramo da contabilidade: a contabilidade analítica de exploração, isto é, a contabilidade de gestão. Esta tem um âmbito mais vasto do que a contabilidade financeira e não está condicionada pelos regimes contabilísticos vigentes (SNC, NCRF-PE e NCM), tendo uma maior liberdade de ação.

www.lidel.pt

Carlos Nabais Licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Economia de Lisboa. Exerce funções diretivas num Gabinete de Contabilidade e Formação. Contabilista Certificado. Leciona Contabilidade Geral, Contabilidade Analítica, Economia e Cálculo Financeiro. Coautor de diversos livros e artigos nas áreas de Contabilidade, Economia e Fiscalidade, nomeadamente Prática Financeira I e II, Prática Administrativa, Prática Fiscal I e II, Microeconomia e Macroeconomia e Prática Contabilística – SNC + NCM.

Os responsáveis pela gestão de diversas entidades têm necessidade de obter informações abundantes, oportunas, claras e objetivas para poderem realizar tarefas como o planeamento, a tomada de decisões ou o controlo.

Prática de Contabilidade Analítica e de Gestao

Prática de Contabilidade Analítica e de Gestao

Mais de 100 exemplos de aplicação e exercícios resolvidos Inclui testes de avaliação de conhecimentos Ferramenta importante para uma contabilidade de gestão de sucesso!


Índice Geral Nota Prévia............................................................................................................................... V Capítulo I – A Contabilidade como Sistema de Informações................................................. 1 1.1 A Contabilidade geral e a informação para a gestão.................................................. 2 1.2 Regimes contabilísticos: SNC, NCRF-PE e NCM......................................................... 4 1.3 Necessidade da Contabilidade analítica e de gestão.................................................. 6 1.4 Natureza e âmbito da Contabilidade analítica e de gestão......................................... 8 1.5 A Contabilidade analítica e de gestão e as funções da empresa................................ 10 1.6 Exercícios.................................................................................................................. 12 1.7 Avaliação de conhecimentos...................................................................................... 17 Capítulo II – Conceitos Básicos da Contabilidade Analítica e de Gestão.............................. 21 2.1 A entidade e a atividade económica.......................................................................... 22 2.2 Multiplicidade de gastos............................................................................................ 25 2.3 Gastos reais e teóricos.............................................................................................. 35 2.4 Custos dos produtos e gastos do período.................................................................. 35 2.5 Gastos diretos e indiretos.......................................................................................... 40 2.6 Gastos fixos e variáveis............................................................................................. 42 2.7 Gastos por centros de responsabilidade..................................................................... 44 2.8 Função de produção.................................................................................................. 45 2.9 Exercícios.................................................................................................................. 48 2.10 Avaliação de conhecimentos...................................................................................... 58 Capítulo III – Métodos de Custeio............................................................................................ 63 3.1 O processo produtivo................................................................................................. 64 3.2 Componentes do custo de produção.......................................................................... 66 3.2.1 Consumo das matérias-primas e outros materiais diretos........................... 67 3.2.2 Gastos com o pessoal – Mão de Obra Direta (MOD) ou Trabalho Direto de Produção (TDP)........................................................................................... 76 3.2.3 Gastos gerais de fabrico.............................................................................. 79 3.3 Apuramento do custo de produção – métodos de custeio.......................................... 92 3.4 Exercícios.................................................................................................................. 99 3.5 Avaliação de conhecimentos...................................................................................... 114 Capítulo IV – Produção Conjunta e Defeituosa....................................................................... 121 4.1 Noção de produção conjunta..................................................................................... 122 4.2 Coprodutos e subprodutos......................................................................................... 124 4.3 Apuramento do custo industrial dos produtos conjuntos............................................ 124 4.4 Gastos conjuntos e a tomada de decisões................................................................. 134 © Lidel-Edições Técnicas

III


Prática de Contabilidade Analítica e de Gestão

4.5 Produção defeituosa.................................................................................................. 134 4.6 Valorização da produção em vias de fabrico.............................................................. 139 4.7 Exercícios.................................................................................................................. 142 4.8 Avaliação de conhecimentos...................................................................................... 164 Capítulo V – Centros de Gastos............................................................................................... 169 5.1 Centros de gastos: principais e auxiliares.................................................................. 171 5.2 Apuramento dos custos por centros de gastos.......................................................... 174 5.3 Centros de gastos com prestações recíprocas........................................................... 178 5.4 Repartição dos gastos não industriais........................................................................ 179 5.5 Exercícios.................................................................................................................. 182 5.6 Avaliação de conhecimentos...................................................................................... 201 Capítulo VI – ABC (Activity Based Costing) – Custeio Baseado nas Atividades................... 207 6.1 Características do Custeio Baseado nas Atividades.................................................... 208 6.2 Custeio tradicional e o método ABC........................................................................... 214 6.3 Exercícios.................................................................................................................. 216 6.4 Avaliação de conhecimentos...................................................................................... 226 Capítulo VII – Sistemas de Custeio......................................................................................... 231 7.1 Custeio real total........................................................................................................ 233 7.2 Custeio real variável.................................................................................................. 234 7.3 Custeio com base em quotas teóricas....................................................................... 236 7.4 Custeio racional......................................................................................................... 238 7.5 Custeio direto............................................................................................................ 242 7.6 Exercícios.................................................................................................................. 245 7.7 Avaliação de conhecimentos...................................................................................... 258 Capítulo VIII – O Custeio Variável e a Gestão......................................................................... 263 8.1 A variabilidade dos gastos......................................................................................... 265 8.2 O ponto crítico das vendas........................................................................................ 270 8.3 A margem de segurança e o efeito alavanca............................................................. 276 8.4 O ponto crítico por produtos...................................................................................... 280 8.5 Exercícios.................................................................................................................. 285 8.6 Avaliação de conhecimentos...................................................................................... 298 Capítulo IX – Plano de Contas da Contabilidade Analítica e de Gestão................................ 301 9.1 Listagem de contas................................................................................................... 302 9.2 Sistemas contabilísticos: monista e dualista.............................................................. 307 9.3 Contabilização dos gastos reais................................................................................. 312 9.4 Contabilização dos gastos básicos............................................................................. 326 Índice Remissivo......................................................................................................................

347

Glossário de termos correspondentes em português europeu e português do Brasil.........

351

IV

© Lidel-Edições Técnicas


Produção Conjunta e Defeituosa CAP

IV

EXERCÍCIO A empresa está a produzir a obra 45 e a obra 46. Em 201X apurou os gastos estimados e no final do ano registou os respetivos gastos reais. A empresa prevê igualmente os resultados para 201Y e apura os resultados reais. A margem de lucro em 201X é de 65% do custo de produção. Em 201Y, passa a ser 40%. No final de 201X a obra 45 tinha um grau de acabamento correspondente a 60% de matérias-primas e 40% dos gastos de transformação. Por sua vez, a obra 46 tinha respetivamente 30% e 40%. (em euros) 201X e 201Y Materiais MOD Gastos gerais de fabrico Total

Gastos estimados Obra 45

Obra 46

155.000,00

110.000,00

87.000,00

72.000,00

92.000,00

71.000,00

334.000,00

253.000,00 (em euros)

%

31 de dezembro de 201X

Gastos reais Obra 45

%

Obra 46

60%

Materiais

95.000,00

34.000,00

30%

40%

MOD

33.000,00

27.000,00

40%

Gastos gerais de fabrico

37.200,00

31.000,00

165.200,00

92.000,00

Total Trabalho a realizar: Apurar os resultados reais em 201X e 201Y.

Resolução: (em euros) % 65%

31 de dezembro de 201X Vendas

Resultados reais Obra 45

Obra 46

271.590,00

148.830,00

Materiais

95.000,00

34.000,00

MOD

33.000,00

27.000,00

Gastos gerais de fabrico

37.200,00

31.000,00

Total

165.200,00

92.000,00

Resultado bruto

106.390,00

56.830,00

Gastos

© Lidel-Edições Técnicas 149


Prática de Contabilidade Analítica e de Gestão Grau de acabamento: (60% x 155.000,00 + 40% x 87.000,00 + 40% x 92.000,00) = 164.600,00. Vendas da obra 45: 164.600,00 + 164.600,00 x 65% = 271.590,00 euros. (em euros) Resultados estimados para 201Y % 40%

Obra 45 Vendas

Obra 46

%

237.160,00

227.920,00

40%

Gastos 40%

Materiais

62.000,00

77.000,00

70%

60%

MOD

52.200,00

43.200,00

60%

60%

Gastos gerais de fabrico

55.200,00

42.600,00

60%

169.400,00

162.800,00

67.760,00

65.120,00

Total Resultado bruto

Vendas da obra 45: 169.400,00 + 169.400,00 x 40% = 237.160,00 euros. (em euros) 31 de dezembro de 201Y

Gastos reais Obra 45

Obra 46

Materiais

64.000,00

75.000,00

MOD

51.000,00

44.000,00

Gastos gerais de fabrico

56.000,00

43.600,00

171.000,00

162.600,00

Total

(em euros) 31 de dezembro de 201Y Vendas

Gastos reais Obra 45

Obra 46

237.160,00

227.920,00

Materiais

64.000,00

75.000,00

MOD

51.000,00

44.000,00

Gastos

Gastos gerais de fabrico Total Resultado bruto

56.000,00

43.600,00

171.000,00

162.600,00

66.160,00

65.320,00

■■ Os

resultados reais da obra 45 em 201Y (66.160,00 euros) foram inferiores ao que estava previsto (67.760,00 euros);

■■ Os

resultados reais da obra 46 em 201Y (65.320,00 euros) foram superiores ao que estava previsto (65.120,00 euros).

150 © Lidel-Edições Técnicas


Prática de Contabilidade Analítica e de Gestão ■■ Ferro:

20 x 35,00 + 380 x 42 = 16.660,00 euros;

■■ Alumínio: ■■ Cola:

30 x 32,00 + 285 x 35,00 = 10.935,00 euros;

80,00 ÷ (300 + 400) = 0,114 euros;

Cola: 300 x 0,114 = 34,30 euros. ■■ Água:

150 ÷ 700 = 0,214 e 0,214 x 300 = 64,30 euros

EXERCÍCIO A empresa ELUS fabrica duas peças de metal: ME125 e ME32. Esta empresa está dividida contabilisticamente nos seguintes centros de gastos: Centros de gastos

Unidade Obra

Movimentação de matérias Produção

Hm

Metalização

Hm

Modelagem

Hm

Conservação

Unidade de custeio

Unidade de imputação

Dia

Quantidades de matérias entradas

Dia

50% à Produção 10% à Metalização 40% à Modelagem

Atividades

Cost drivers

Movimentação de matérias

Quantidade das compras

Produção

Horas-máquina

Metalização

Horas-máquina

Modelagem

Unidades produzidas

1. Elementos contabilísticos referentes a janeiro de 201X: (em euros) Rubricas

Quantidade

Preço unitário

Matérias-primas (EI) Bar7

30.000

0,80

Ca51

5.000

0,50

Matérias subsidiárias

5.000,00

Produtos acabados (EI) ME125

1.200

90,00

ME32

1.800

70,00 (continua)

190 © Lidel-Edições Técnicas


Centros de Gastos CAP

V

(continuação)

Rubricas

Quantidade

Preço unitário

Compras Bar7

60.000

0,90

Ca51

20.000

0,60

Matérias subsidiárias

2.000,00

Produção ME125

800

ME32

1.000

Vendas ME125

1.000

150,00

ME32

1.500

110,00

■■ Consumos:

Produtos

Rubricas

ME125

ME32

Consumo de MP (kg) Bar7

18.000

10.000

Ca51

2.000

3.000

Produção

300

400

700

Metalização

900

500

1.400

Modelagem

480

120

600

Atividade dos centros de gastos (Hm)

– A empresa utiliza o critério FIFO na valorização das saídas de inventários; – Os encargos sociais (Armazém e Produção) atingem 60% da remuneração do trabalho; – Os gastos de conservação são repartidos pelos outros centros: Produção (50%), Metalização (10%) e Modelagem (40%); – A unidade de imputação do Armazém refere-se à quantidade das compras. ■■ Ativo

fixo tangível: (em euros) Armazém

Produção

Modelagem

Metalização

Conservação

Equipamento

120.000,00

300.000,00

150.000,00

60.000,00

60.000,00

Edifícios

180.000,00

240.000,00

180.000,00

240.000,00

60.000,00

© Lidel-Edições Técnicas 191


Prática de Contabilidade Analítica e de Gestão ■■ Depreciações:

(em euros) Centros de gastos

Depreciações

Comercial

Administrativo

Ativos fixos tangíveis Equipamentos

120,00

60,00

Edifícios

180,00

240,00

A vida útil do equipamento é de 5 anos e a dos edifícios é de 20 anos ■■ Seguros

nos centros de gastos (em euros):

– Movimentação de matérias

50,00

– Comercial

100,00

– Administrativo

200,00

– Produção

500,00

– Modelagem

100,00

– Metalização

200,00

– Conservação

200,00

■■ Gastos

financeiros: 9.500,00 euros.

■■ Gastos

de transformação por centros de gastos: (em euros) Armazém

Rubricas

Q

Ordenados

V

Produção Q

5.000,00

V

Metalização Q

30.000,00

18.000,00

12.000,00 1.500

11,00

800

1,50

50

0,10

500

600

50

60

400

0,22

1.600

1.000

500

50

600,00

2.200,00

1.300,00

gastos: (em euros) Rubricas

Eletricidade Imposto de selo

192 © Lidel-Edições Técnicas

200

10,00

2.000

300,00

Ordenados

V 3.000,00

Gasóleo (litro)

■■ Outros

11,00

Q

10,00

Outras matérias

800

V

600

Eletricidade (kW)

11,00

Q

Conservação

Salários (Hh) Água (m3)

1.900

V

Modelagem

Centros de gastos Distribuição

Administração

6.000,00

8.000,00

200,00

350,00

60,00

50,00

100,00


Centros de Gastos CAP

V

Trabalho a realizar: Elaboração dos diversos mapas que permitem o apuramento do custo industrial com base nos centros de gastos.

Resolução: Gastos de transformação por centros de gastos: (em euros) Armazém

Rubricas

Q

V

Produção

Metalização

Modelagem

Q

V

Q

V

Q

V

500

50,00

600

60,00

50

5,00

352,00 1.000

220,00

500

110,00

Conservação Q

V

Diretos Variáveis Água (m3)

50

5,00

Gasóleo (litro)

800

1.200,00

Eletricidade (kW)

400

Outras matérias Total

88,00 1.600

60

6,00

2.000

3.000,00

50

11,00

300,00

600,00

2.200,00

1.300,00

100,00

1.593,00

1.002,00

2.480,00

1.415,00

3.117,00

Fixos Salários (Hh)

600

6.000,00 1.900

20.900,00

Ordenados

5.000,00

30.000,00

18.000,00

12.000,00

3.000,00

Encargos sociais

6.600,00

30.540,00

0,00

0,00

0,00

Seguros Depreciações Total

800

8.800,00 1.500

16.500,00

200

2.000,00

50,00

500,00

200,00

100,00

200,00

2.750,00

6.000,00

2.000,00

3.250,00

1.250,00

20.400,00

87.940,00

29.000,00

31.850,00

6.450,00

21.993,00

88.942,00

31.480,00

33.265,00

9.567,00

4.783,50

956,70

3.826,80

-9.567,00

21.993,00

93.725,50

32.436,70

37.091,80

133,89

23,169

61,80

Reembolsos Conservação Total Unidade de obra Unidade de custeio

709,45

Unidade de imputação

0,275

Depreciação mensal do armazém de matérias-primas: ■■ Edifícios:

(180.000,00 ÷ 20) ÷ 12 = 750,00 euros

■■ Equipamento:

(120.000,00 ÷ 5) ÷ 12 = 2.000,00 euros

Unidade de imputação do armazém de matérias-primas: 21.993,00 ÷ (60.000 + 20.000) = 0,2749 euros.

© Lidel-Edições Técnicas 193


Prática de Contabilidade Analítica e de Gestão

EXERCÍCIO A empresa ELETRICA produz dois tipos de componentes elétricos para máquinas industriais. Os produtos são vendidos com uma margem de lucro de 20% do preço de custo. Em maio de 201X foram apurados os seguintes dados: MICROXS Produção (em unidades)

MICROHL

7.800

15.000

224,00

345,00

15

16

22,00

22,00

Consumo de MP (Euros por unidade produzida) Mão de obra direta Horas por unidade Custo da hora em euros Atividades

GGF

Movimentação de matérias

125.000,00

Produção

230.000,00

Embalagem

145.000,00

Testes de qualidade

110.000,00 610.000,00

Cost drivers: Atividades

Horas-máquina

Movimentação de matérias Produção Embalagem Total

MICROXS

MICROHL

555

330

225

1.144

723

421

352

159

193

2.051 Atividades

Cost drivers

Movimentação de matérias

Horas-máquina

Produção

Horas-máquina

Embalagem

Horas-máquina

Testes de qualidade

Unidades produzidas

Trabalho a realizar: O apuramento do custo de produção das peças pelo custeio tradicional (com base nas horas de MOD) e pelo custeio ABC.

224 © Lidel-Edições Técnicas


ABC (Activity Based Costing) – Custeio Baseado nas Atividades CAP

VI

Resolução: Método tradicional:

(em euros) Mapa do custo de produção

Gastos

MICROXS

Produção

MICROHL

Total

7.800

15.000

Consumo de matérias-primas

1.747.200,00

5.175.000,00

6.922.200,00

Mão de obra direta

2.574.000,00

5.280.000,00

7.854.000,00

4.321.200,00

10.455.000,00

14.776.200,00

199.915,97

410.084,03

610.000,00

4.521.115,97

10.865.084,03

15.386.200,00

579,63

724,34

Gastos gerais de fabrico Custo total Custo unitário

610.000,00 Coeficiente em relação à MOD: = 0,077667 euros 7.854.000,00 GGF a repartir pelo produto MICROXS: 0,077667 x 2.574.000,00 = 199.915,97 euros. Método ABC:

(em euros)

Atividades

GGF

Cost drivers

Taxa

Movimentação de matérias

125.000,00

555

225,23

Produção

230.000,00

1.144

201,05

Embalagem

145.000,00

352

411,93

Testes de qualidade

110.000,00

22.800

4,82

Total

610.000,00 (em euros) Mapa do custo de produção Gastos

MICROXS

MICROHL

Total

7.800

15.000

Consumo de matérias-primas

1.747.200,00

5.175.000,00

6.922.200,00

Mão de obra direta

2.574.000,00

5.280.000,00

7.854.000,00

4.321.200,00

10.455.000,00

14.776.200,00

74.324,32

50.675,68

125.000,00

Gastos gerais de fabrico Movimentação de matérias Produção

145.358,39

84.641,61

230.000,00

Embalagem

65.497,16

79.502,84

145.000,00

Testes de qualidade

37.631,58

72.368,42

110.000,00

Custo total Custo unitário

322.811,45

287.188,55

610.000,00

4.644.011,45

10.742.188,55

15.386.200,00

595,38

716,14

© Lidel-Edições Técnicas 225


Prática de Contabilidade Analítica e de Gestão

8.3 A margem de segurança e o efeito alavanca Associada ao conceito de ponto crítico está a noção de margem de segurança. Não é só o ponto crítico que conta, mas também o nível de vendas que a empresa atinge normalmente e qual a grandeza de distanciamento deste em relação ao ponto crítico das vendas. Assim, determinado o ponto crítico, poder-se-ia determinar o lucro esperado para determinada quantidade vendida e a respetiva margem de segurança. Qual seria o lucro esperado para 9.073 unidades? Lucro esperado = (Q - Q´) x (Pv - Gv) Lucro esperado = (9.073 - 8.073) x (18,45 - 13,00) Lucro esperado = 1.000 x 5,45 euros = 5.450 euros Qual a margem de segurança? Ms = [(Q - Q´) x 100] ÷ Q´ Ms = [(9.073 - 8.073) x 100] ÷ 8.073 = 12,38% Não é só o ponto crítico que conta, mas também o nível de vendas e o seu distanciamento em relação às vendas em ponto crítico. Surge a noção de margem de segurança. Se as vendas atuais atingirem o montante de 9.073 unidades, significa que está a vender 12,38% acima do ponto crítico. A margem de segurança pode ainda ser igual a: Ms = [(Q - Q´) x 100] ÷ Q Ms = [(9.073 - 8.073) x 100] ÷ 9.073 = 11%

276 © Lidel-Edições Técnicas


Prática de Contabilidade Analítica e de Gestão

Se a tendência das vendas for para aumentar, o GAO é favorável, uma vez que o aumento das vendas implica um aumento mais que proporcional nos resultados operacionais, mas se as vendas diminuírem, o GAO é desfavorável porque provoca uma diminuição mais que proporcional.

EXEMPLO A empresa GIRASSOL registou os seguintes dados: 201X Vendas líquidas (5.000 Un. x 10,00 €) Gastos variáveis (5.000 Un. x 6,00 €) Margem de contribuição Gastos fixos Resultado operacional

20%

50.000,00

201Y 60.000,00

40%

(em euros) 201Z 70.000,00

30.000,00

36.000,00

42.000,00

20.000,00

24.000,00

28.000,00

10.000,00

10.000,00

10.000,00

10.000,00

14.000,00

18.000,00

Qual o grau alavanca operacional (GAO)? 20.000,00 ⇔ GAO em 201X = 2 GAO em 201X = 10.000,00 Qual a variação do resultado operacional quando as vendas são de 20%? Como ∆RO% = ∆V% x GAO. Se o GAO é 2 e a estrutura de gastos não se altera, uma variação de 20% no volume de negócios irá corresponder a uma variação de 40% nos resultados operacionais ou seja: ∆RO% = 20% x 2, logo ∆RO% = 40%. O resultado operacional em 201Y será: 10.000,00 x 1,4 = 14.000,00 euros. Qual a variação do resultado operacional quando as vendas são de 40% em 201Z em relação a 201X? ∆RO% = 40% x 2, logo ∆RO% = 80% O resultado operacional em 201Z será: 10.000,00 x 1,80 = 18.000,00 euros. As variações do nível de atividade de 20% e de 40% originaram variações mais do que proporcionais nos resultados operacionais. Estamos em presença do efeito económico alavanca.

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17cm x 24 cm

18,5mm

17cm x 24 cm

Carlos Nabais / Francisco Nabais

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Francisco Nabais

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Licenciado em Gestão de Empresas pela Universidade Lusíada de Lisboa. Exerce funções diretivas num Gabinete de Contabilidade e Formação. Contabilista Certificado. Coautor dos livros Prática Financeira I e II, Prática Fiscal II e Prática Contabilística – SNC + NCM.

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A Contabilidade Analítica e de Gestão é uma ferramenta importante no apuramento dos gastos e dos resultados por produtos, departamentos e centros de gastos, no estabelecimento dos preços dos produtos e dos serviços, assim como no controlo de gestão. Esta obra, com mais de 100 exemplos de aplicação, exercícios resolvidos e avaliação de conhecimentos, pretende ser mais uma fonte de informações para todos aqueles que estudam a atividade empresarial e atuam nela de modo a avaliar o seu desempenho. Destacam-se os principais temas tratados:

Contabilidade como sistema de informações Conceitos básicos da Contabilidade Analítica e de Gestão Métodos de custeio Produção conjunta e defeituosa Centros de gastos ABC (Activity Based Costing) – Custeio Baseado nas Atividades Sistemas de custeio Custeio variável e gestão

ISBN 978-972-757-998-3

9 789727 579983

Carlos Nabais Francisco Nabais

Inclui glossário de termos correspondentes entre português europeu e português do Brasil.

Sendo a contabilidade financeira insuficiente para dar resposta às necessidades de informação para a gestão, as entidades devem recorrer a outro ramo da contabilidade: a contabilidade analítica de exploração, isto é, a contabilidade de gestão. Esta tem um âmbito mais vasto do que a contabilidade financeira e não está condicionada pelos regimes contabilísticos vigentes (SNC, NCRF-PE e NCM), tendo uma maior liberdade de ação.

www.lidel.pt

Carlos Nabais Licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Economia de Lisboa. Exerce funções diretivas num Gabinete de Contabilidade e Formação. Contabilista Certificado. Leciona Contabilidade Geral, Contabilidade Analítica, Economia e Cálculo Financeiro. Coautor de diversos livros e artigos nas áreas de Contabilidade, Economia e Fiscalidade, nomeadamente Prática Financeira I e II, Prática Administrativa, Prática Fiscal I e II, Microeconomia e Macroeconomia e Prática Contabilística – SNC + NCM.

Os responsáveis pela gestão de diversas entidades têm necessidade de obter informações abundantes, oportunas, claras e objetivas para poderem realizar tarefas como o planeamento, a tomada de decisões ou o controlo.

Prática de Contabilidade Analítica e de Gestao

Prática de Contabilidade Analítica e de Gestao

Mais de 100 exemplos de aplicação e exercícios resolvidos Inclui testes de avaliação de conhecimentos Ferramenta importante para uma contabilidade de gestão de sucesso!


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