Dê o salto: 10 Desafios para ser feliz e produtivo

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10 Desafios para ser feliz e produtivo DÊ O SALTO IVONE PATRÃO FILIPA PIMENTAe

PACTOR© V ÍNDICE Prefácio .......................................................................................................... IX Introdução ..................................................................................................... XIII 1. Desafio do trapezista: Equilíbrio .................................................. 1 A importância do equilíbrio.............................................................. 3 Da tempestade à bonança: O crescimento após o trauma ........ 4 O que faz o trapezista para ser estável? .......................................... 6 Todos temos a mesma história: Quando começamos a andar, todos caímos ......................................................................................... 7 Sabia que…? .......................................................................................... 8 Exercício ................................................................................................ 11 Estratégias para estimular as hormonas da felicidade ........... 11 2. Desafio da criança: Crescimento .................................................. 15 A zona de desenvolvimento potencial ............................................ 17 Será que há dores ao longo do crescimento? ................................ 19 E as empresas, só crescem? ............................................................... 20 E será que crescemos a dormir? ....................................................... 21 Sabia que…? .......................................................................................... 24 Exercício ................................................................................................ 27 Como desenvolver competências? ............................................. 27 3. Desafio da máquina: Performance ............................................... 29 Sobre as peças de uma boa máquina .............................................. 33 Vir de fora versus vir de dentro: O que é melhor? ....................... 34

DÊ O SALTO: 10 DESAFIOS PARA SER FELIZ E PRODUTIVO VI Depois faço, agora não... .................................................................... 36 Laboriosidade aprendida ................................................................... 37 A atenção é como um músculo: Vamos exercitar? ...................... 38 Espelho meu, espelho meu, quem tem mais medo de falar em público do que eu? ........................................................................ 40 Passar a mensagem.............................................................................. 43 Sabia que…? .......................................................................................... 46 Exercício ................................................................................................ 47 3P: Pare prontamente de procrastinar! ..................................... 47 4. Desafio do arquiteto: Projeto de vida ............................................ 53 Ter ou não ter um projeto? ................................................................ 54 Podemos projetar coisas?................................................................... 56 A filosofia educacional dos projetos ............................................... 58 Sabia que…? .......................................................................................... 59 Exercício ................................................................................................ 61 Pensar no autocuidado .................................................................. 61 5. Desafio do estratega: Objetivos .................................................... 63 Objetivar os objetivos ......................................................................... 65 Um pouco mais sobre a origem e a orientação dos objetivos ... 68 C-3PO: Como perseguir projetos pessoais objetivos? ................ 70 Sabia que…? .......................................................................................... 72 Exercício ................................................................................................ 75 Como ser um estratega SMART? ............................................... 75 6. Desafio do psicólogo: Emoções..................................................... 79 Ações, pensamentos e emoções: De braços dados! ..................... 80 Somos um laboratório de emoções? ............................................... 83 O psicólogo vê as emoções? .............................................................. 84 Se me queimar, então vou fugir! ....................................................... 87

PACTOR© ÍndIceVIISabia que…? .......................................................................................... 88 Exercício ................................................................................................ 91 Sentir e regular as emoções ......................................................... 91 7. Desafio do homo sapiens: Relações positivas ........................... 93 A origem: O poder de mexericar ..................................................... 95 Fama? Dinheiro? Poder? O que nos faz viver melhor? ............... 95 Benefícios de uma boa rede de relações: Stress-buffering theory ...................................................................................................... 96 Vulnerabilidade como força .............................................................. 97 Aceitar o outro como ponte para a conexão ................................. 98 Responsividade: A música de fundo numa relação ..................... 100 Pare, olhe e escute: Um recurso fundamental para boas relações ................................................................................................. 101 Sabia que…? .......................................................................................... 104 Exercício ................................................................................................ 105 A casa da relação (de casal) sólida .............................................. 105 8. Desafio do cientista: Mudar e manter comportamentos ..... 111 Como ir do pensamento à ação? ...................................................... 114 Do novo para o habitual ..................................................................... 116 Então e os hábitos que não são bons, como é que conseguimos quebrá-los? ............................................................................................ 118 “Saber como fazer” ou “querer muito fazer” não é a mesma coisa do que “fazer”! ............................................................................ 119 O teste do marshmallow .................................................................... 119 Criar fricção para gerir a tentação ................................................... 120 Sabia que…? .......................................................................................... 123 Exercício ................................................................................................ 125 Mudar e manter comportamentos ............................................. 125

DÊ O SALTO: 10 DESAFIOS PARA SER FELIZ E PRODUTIVO VIII 9. Desafio do cockpit: Hierarquia e poderes .................................. 129 A importância de tomar decisões .................................................... 130 Quem toma decisões no cockpit?..................................................... 133 Os pequenos ditadores andam por aí? ........................................... 135 Sabia que…? .......................................................................................... 136 Exercício ................................................................................................ 139 Pronto para assumir o poder? ..................................................... 139 10. Desafio do universo: Felicidade .................................................... 141 A felicidade é…? ................................................................................... 143 Hot topic................................................................................................. 145 Mapa da estrada ................................................................................... 145 Contentamento .................................................................................... 151 Sabia que…? .......................................................................................... 151 Exercício ................................................................................................ 153 Vamos saborear: diariamente! ..................................................... 153 Conclusão ...................................................................................................... 157 Epílogo: O salto da Patrícia, a Campeã ................................................... 165 Bibliografia .................................................................................................... 169

PREFÁCIO

Este livro não é sobre pessoas nas empresas, na sua vida pessoal, fami liar ou até social. É, na verdade, sobre pessoas em todos estes contextos, porque não é possível separarmos o “eu” nos diferentes papéis. Cada um de nós é único e não pode ser separado de si próprio de acordo com os contextos em que está. Deixo-lhe o alerta de que é um livro que pode inquietar, pois traz-lhe uma proposta muito desafiante: fazer crescer a sua produtividade e felicidade. Mas não salte já este prefácio, como muitos de nós fazemos, porque tenho alguns conselhos que lhe vão ser úteis.

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Antes de começar a ler este livro, deve tomar uma decisão importante. Essa decisão pode ter muito ou pouco impacto na sua vida. A escolha é sua. Na verdade, diria que pode seguir dois caminhos. Pode ler este livro com o entusiasmo de um leitor ávido de conhecer cada um dos seus dez capítulos, bebendo cada um dos casos que são apresentados, conhecendo, de forma teórica, os desafios propostos, e garanto-lhe que em menos de uma semana leu o livro. Mas, provavelmente, pouco ou nenhum impacto terá na sua vida. É apenas mais um livro que leu e que arrumou na prateleira da sua biblioteca pessoal, o qual passou a ganhar o mesmo pó do que os outros, deixando apenas uma memória de algumas das suas ideias, conceitos e estudos interes Massantes.pode optar por um caminho diferente, o caminho que as expe rientes autoras Ivone Patrão e Filipa Pimenta lhe propõem. Esse caminho pode fazê-lo dar um verdadeiro “salto” na sua vida, em direção a uma maior produtividade e felicidade. Diria que este livro é como construir uma relação de amizade, ou até amorosa. É preciso ir devagar.

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Não querer viver tudo num só dia, mas, ao mesmo tempo, deliciar-se com o processo da descoberta. Conhecer cada pormenor, e, sobretudo, Cadaexperienciar.capítulo faz-nos viajar pela metáfora que o ilustra, pelo caso que apresenta, mas sempre suportados por estudos científicos, não fossem as autoras investigadoras e professoras universitárias. A cereja no topo do bolo são os desafios: estude e implemente cada um deles de forma entusiasta, disciplinada e comprometida. Crie o hábito, que, afinal, dizem que demora, em média, 66 dias a formar-se. Parece que estou a ser spoiler, pelo que vou ficar por aqui… Sobre as autoras, tive a felicidade de um reencontro com mais de 20 anos em suspenso. Vou contar. Fui colega de faculdade da Ivone Patrão, nos anos 90 do século passado. Ambos estudámos psicologia, embora eu tenha optado pela especialidade de psicologia social e das organi zações e a Ivone pela psicologia clínica e da saúde. Fiz carreira na área de gestão de recursos humanos nas empresas e a Ivone no mundo aca démico, científico e terapêutico. Reencontrámo-nos há pouco tempo, quando fomos oradores numa sessão sobre o papel das organizações na prevenção da saúde mental dos seus colaboradores. Fiquei a conhecer o projeto OGA – Outstanding Growth Academy –, um projeto de investi gação-ação, desenvolvido na área da psicologia, na sua articulação com as diferentes esferas da vida das pessoas que influenciam a sua saúde e felicidade.

Um projeto que faz tanto sentido na vida das pessoas como na vida das empresas. Para mim, conhecer o projeto OGA, teve tudo a ver com aquilo que desenvolvi como People Experience Director na PHC Software, onde tive o desafio – e a intenção – de tornar a empresa numa das mais feli zes de Portugal. Sabia que o bem-estar, o work-life balance, a felicidade e a produtividade podiam caminhar de mãos dadas. Este trabalho foi desenvolvido de forma muito estruturada ao longo dos anos, assente numa estratégia na qual a cultura e os valores foram a pedra basilar e orientadora.

Em 2021, a PHC Software foi considerada, pelo estudo Happiness Works, organizado pela Universidade Atlântica e pela consultora Lukkap, a empresa mais feliz de Portugal. Os nossos inquéritos de clima social e engagement também o demonstraram. A verdade é que, desde que começámos a trabalhar a felicidade, os resultados da empresa atingiram, ano após ano, recordes de faturação. Hoje dizemos, sem qualquer dúvida, que a felicidade é lucrativa. Há alguns anos, foi desenvolvido um estudo nos Estados Unidos da América (EUA), pela Universidade da Califórnia, que chegou à conclusão de que uma pessoa feliz produz mais 10%, enquanto uma pessoa infeliz produz menos 37%.

PrefácIoXI

O que significa que, entre um colaborador feliz e um infeliz, estamos a falar de praticamente mais 50% de produtividade. A terminar quero deixar-lhe a pergunta: Quem é o primeiro responsá vel pela sua felicidade? Bem sei que já sabe a resposta. Fica o desafio de fazer cada um dos desafios (redundância propositada) propostos neste livro. Vai ver que, no final, vai dar o “salto” que procura e deseja para fazer crescer a sua produtividade e felicidade. E melhor ainda… tam bém a dos outros. Boa leitura. Luís Antunes Gestor de pessoas

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O colaborador individual sente-se mais feliz. Todos ganham.

INTRODUÇÃO

As pessoas são a base de qualquer organização, seja numa grande empresa seja numa família de duas pessoas. Em todas estas instituições há pessoas que, independentemente das suas personalidades, valores, sucessos ou adversidades passadas, querem ser felizes e sentir-se bem. Mas os desafios da vida comum, ou acontecimentos de vida extremos, podem facilitar a obliteração deste desejo tão fundamental.

Hoje sabemos que os bons resultados, ao nível da produtividade, estão diretamente relacionados com os níveis de bem-estar e felicidade: uma coisa incrementa a outra. Subsequentemente, a base científica desta conclusão levou já muitas empresas a cuidarem ativamente dos seus colaboradores, disponibilizando, mais ou menos pontualmente, programas de bem-estar e felicidade, bem como iniciativas de promoção da saúde. Outras tantas “saltaram” mais longe ainda e instituíram, na estrutura organizacional, os recentes departamentos de well-being e happiness. Estes últimos vão muito além da atribuição de incentivos aos seus colaboradores: proporcionam-lhes qualidade de vida, garantem o seu bem-estar e procuram conhecer as suas expectativas e assegurar um equilíbrio entre a sua vida pessoal e profissional, apoiando e moti vando o crescimento de cada um.

No final, podemos ter um colaborador mais envolvido no seu trabalho, mais produtivo e mais feliz. Parece ser uma boa meta a almejar, para nós e para os que trabalham na nossa equipa, certo? Porque, na verda de, todos saem a ganhar: por um lado, as empresas têm colaboradores mais envolvidos, mais produtivos, e, por isso, têm mais lucro no final do ano; e, por outro, os líderes de equipa têm pessoas mais envolvidas, mais autónomas e mais disponíveis para trabalhar bem na sua equipa.

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Assim, sabendo que uma boa performance está ligada a bons níveis de bem-estar e felicidade, estes deverão ser os ingredientes fundamentais na fórmula de sucesso das organizações, seja qual for a sua dimensão, o seu estádio de desenvolvimento ou o seu tempo de vida.

Embora as empresas tenham potencial para auxiliar na construção de experiências de bem-estar no local de trabalho e de um elevado nível de produtividade, impõem-se duas perguntas:

DÊ O SALTO: 10 DESAFIOS PARA SER FELIZ E PRODUTIVO

XIV A concretização destes objetivos, relacionados com o bem-estar de todos numa empresa, deve ter uma filosofia colaborativa, na qual as iniciativas podem surgir da parte dos colaboradores ou das chefias. O envolvimento de cada colaborador e de cada chefia torna-se essencial em todo esse processo.

1. O nosso melhor nível de produtividade e felicidade dependem exclusivamente do nosso local de trabalho e/ou dos outros à nossa volta? Já sabemos que não. 2. Então, será que cada um de nós pode contribuir ativamente para oseu próprio bem-estar? Sim, sim e sim! Muito provavelmente, já sabia a resposta a estas perguntas! Mas, e se lhe disséssemos que o crescimento de cada pessoa resulta de um processo que envolve empenho, persistência, criatividade, reso lução de problemas, bem como o uso de recursos internos e externos –para o desenvolvimento de relações significativas e positivas (com o próprio e com os outros também) –, que favorecem um caminho no qual se reconheçam as oportunidades de se tornar melhor, mais feliz, mais realizado e mais coerente com o propósito da vida, acreditava? Se isto lhe faz sentido, então temos uma proposta para si: alcançar um crescimento extraordinário (outstanding growth).

Este conceito é a premissa da Growth Academy1 –, que desenvolve a sua atividade com base na investigação-ação na área da psicologia, focando a boa articulação entre as diferentes esferas da vida que influenciam a saúde, a produtividade e a felicidade dos indivíduos.

PACTOR© IntroduçãoXV

Ao longo dos próximos dez capítulos, apresentamos um misto de casos reais e fabricados (com base na nossa experiência clínica e científica), explanamos modelos teóricos de forma simplificada, partilhamos as respetivas orientações práticas e lançamos dez desafios para o incre mento da sua produtividade e felicidade.

O nosso ponto de partida são os dados de numerosos estudos científi cos sobre a relação entre os mundos pessoal e profissional, que revelam ser possível atingir melhores níveis de bem-estar, de produtividade e de work-life balance, se seguirmos determinadas estratégias.

1 Consultar: https://outstandinggrowthacademy.com/.

OGA – Outstanding

O objetivo é avaliar e promover o crescimento pessoal e profis sional, de forma sustentável, com métodos válidos e fiáveis, baseados na ciência, para que cada indivíduo e cada grupo possam desenvolver o seu melhor potencial. Neste livro, lançamos esse desafio. Aceita?

Nesta viagem pelo incremento destas duas importantes experiências humanas (felicidade e produtividade), dez entidades diferentes vão auxiliar-nos: um trapezista, uma criança, uma eficiente “máquina” huma na, um arquiteto, um estratega, um psicólogo, um homo sapiens, um cientista, um piloto no cockpit, e, no final, um universo inteiro. Todas as metáforas remetem para estas expressões particulares do “eu” (sobre as quais poderá, ou não, ter já pensado), e vão interessar-lhe, porque poderão servir a sua melhor expressão humana. Porém, prepare-se: vamos incitá-lo a mexer em algumas crenças e representações, desafiá-lo a mudar comportamentos, provocá-lo a usar a sua criatividade

O saber tem poder, mas não implica obrigatoriamente mudança e evolução. Quer saber como a ciência nos ajuda a mudar realmente e a sen tirmo-nos melhor? Vamos a isto!

DÊ O SALTO: 10 DESAFIOS PARA SER FELIZ E PRODUTIVO XVI e capacidade de análise e convidá-lo a sair, por vezes, da sua zona de conforto.

Tornámos a linguagem científica acessível a todos, para que cada um consiga refletir sobre o equilíbrio entre a sua vida pessoal e profissional (work-life balance). Adicionalmente, nesse caminho de reflexão, o objetivo será o de atingir um maior autoconhecimento das suas forças e vulnerabilidades, e, assim, investir em ações que promovam um crescimento extraordinário.

Bons saltos! 2 Consultar, na Conclusão, o índice PPOG – personal and professional outstanding growth – para esse efeito.

Vamos convidá-lo a “dar um salto”! E porque não crescemos apenas em altura, mas sim de variadas formas, muitas delas menos visíveis, mas todas quantificáveis2, no final de cada capítulo, existem orientações práticas e exercícios que irão contribuir para a autoavaliação e a implementação de mudança. Estes desafios vão provocá-lo a dar passos concretos em frente, mas disponibilizando sempre ajuda na construção da sua mudança e na monitorização dos efeitos provocados pela mesma.

DESAFIO DO TRAPEZISTA: EQUILÍBRIO

por atingir uma harmonia ideal, que visualiza com alguma frequência na sua cabeça, mas que, teimosamente, não se opera Acionaliza!recente

Faz um enorme esforço para conciliar dois trabalhos, uma forma ção (que lhe poderá abrir portas na empresa onde trabalha atualmente) e a família, com dois filhos pequenos. Felizmente, conta com a ajuda da família alargada. Contudo, sente que tem de gerir demasiada coisa à sua volta, o que envolve muitas pessoas.

Por vezes, esquece-se de aniversários ou até de dar uma atenção mais individualizada aos colegas de trabalho e à sua família tam bém. Aceita sempre as críticas, pois sabe que é humanamente impossível chegar a todo o lado. É uma verdadeira “bombeira” da sua Anseiavida.

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Mariana anda sempre a correr atrás do prejuízo, assim verbalizava para si todos os dias. Na sua cabeça, aparecia sempre a ideia mágica de que, no dia seguinte, iria conseguir fazer tudo a que se propunha, com sucesso, e que ainda conseguiria ter momentos de descanso e de lazer, como alguma atividade física, por exemplo.

perda da avó materna tem colocado Mariana a pensar no significado da sua vida e na forma como gere o seu dia a dia. Tem partilhado com o companheiro essas suas reflexões. Ele tam bém concorda com a necessidade de pararem e de perceberem o que realmente importa.

O surfista sabe que num set de ondas pode apanhar uma onda e des frutar de toda a sensação de surfar, como pode cair e embrulhar-se na zona de rebentação. Se ficar no mesmo lugar, não apanha a onda nem

DA TEMPESTADE À BONANÇA: O CRESCIMENTO APÓS

DÊ O SALTO: 10 DESAFIOS PARA SER FELIZ E PRODUTIVO 4 E agora, diga-nos, já pensou no que contribui para o seu equilíbrio pessoal e profissional? Faça uma lista com o seu top 5 de aspetos/hábitos que o ajudam no seu work-life balance. 1. 2. 3. 4. 5.

O TRAUMA As tempestades podem ter intensidades e impactos diferentes. Não obstante, os momentos de crise podem ser importantes para robuste cer o equilíbrio. Assim sendo, as quedas também fazem parte. Não são o que mais queremos, não são aquela visita que queremos receber em casa, não são as melhores amigas, mas também nos ajudam a robuste cer o nosso reportório de gestão da nossa harmonia interna e externa. Não se trata de anular, camuflar, esconder ou deixar de olhar para o que causa sofrimento psicológico. Trata-se de viver o que as tempes tades trazem de negativo. Sentir a raiva, a zanga, a tristeza, a solidão e fazer um processo de transformação e crescimento, ao invés de ficar no mesmo lugar e ruminar sempre as mesmas sílabas e consoantes, que só dão origem às mesmas palavras ditas e sentidas, que traduzem e agravam a experiência do negativo e do tóxico.

Existem várias atividades que se podem desenvolver no dia a dia e de forma continuada no tempo para ativar o nosso equilíbrio. A ciência explica-nos que esse equilíbrio também depende da gestão, nas medidas certas, das hormonas da felicidade no nosso organismo, em contrabalan ço com as hormonas ligadas ao stress (por exemplo, cortisol e adrenalina).

PARA ESTIMULAR AS HORMONAS DA FELICIDADE

• Dopamina; • Serotonina; • Oxitocina; • Endorfina.

Quais são as hormonas da felicidade? Podemos identificar quatro hor monas ligadas à felicidade:

Propomos algumas estratégias práticas para estimular as suas hormonas da felicidade e encontrar o seu equilíbrio:

O que podemos fazer para as estimular com benefícios para a nossa saúde e no nosso bem-estar?

PACTOR© 11 EXERCÍCIO

1. Tire tempo para si, para cuidar de si, para fazer o que gosta e para dar resposta às suas necessidades. Assim, estará a esti mular a serotonina e a diminuir o cortisol.

ESTRATÉGIAS

Registe, na tabela, as áreas/aspetos da sua vida que considera estarem OK ou que necessitam de mudança, colocando um certo (ü) na opção mais adequada.

2. Reflita sobre os tipos de atividades que serão necessárias desen volver (por exemplo, falar com o chefe).

3. Selecione o dia da semana que lhe pareça mais apropriado para começar, e, com antecedência, marque na sua agenda.

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4. Procure a sua rede de apoio social (online ou presencial) para debater o que sente e como pensa chegar a um melhor equilíbrio (por exemplo, pode desenvolver um role-playing da conversa com o chefe).

1. Escolha a área da sua vida na qual se quer sentir melhor (por exemplo, área profissional).

Este exercício irá ajudá-lo a perceber no que deve apostar para se sentir melhor.

Agora que já preencheu a tabela, siga os seguintes passos:

desafIo do traPezIsta: equIlÍbrIo 13

Área/Aspeto Está OK Precisa de reviravoltauma

Estes são os objetivos para o próximo trimestre – refere a chefia direta de Ana. – Temos de atingir pelo menos 80% dos mesmos se queremos cumprir as metas para o ano. E é crucial que o fa çamos como equipa. Ana olhava para as várias metas, apresentadas no PowerPoint, e pensava de forma crítica: Vai ser difícil… Ana tinha 38 anos e um lugar sólido numa seguradora. Era com petente no que fazia e gostava do trabalho. Não se havia intimi dado com os objetivos que a chefia tinha posto em cima da mesa, apesar de exigentes. Sabia que era capaz de fazer a sua parte. Era metódica, organizada e tinha uma determinação profissional muito elogiada pelos outros. Mas, apesar de a sua vida profissional ser bem-sucedida, Ana ainda não se sentia totalmente realizada. Além dos objetivos que lhe eram impostos no trabalho, Ana tinha outros em mente. Queria incrementar a sua formação com uma pós-graduação em Direito de Banca e Seguros (mas era um investimento financeiro avultado; tinha andado a procrastinar esta decisão), queria encon trar alguém significativo para uma relação duradora (mas, ulti mamente, furtava-se, com frequência, aos jantares e saídas que amigos e conhecidos lhe propunham, talvez por causa do excesso de trabalho, talvez com receio de se mostrar a novas pessoas…), queria comprar a sua própria casa (mas não se lembrava da última vez que tinha procurado casas online nas zonas onde gostaria de ESTRATEGA: OBJETIVOS

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DESAFIO DO

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DÊ O SALTO: 10 DESAFIOS PARA SER FELIZ E PRODUTIVO 64 morar) e queria recomeçar a ir ao ginásio (havia seis meses que pagava a mensalidade e não punha lá os pés). Tudo isto eram desejos e intenções que alimentava dentro de si, mas, até à data, não tinha feito nada para os concretizar.

A amiga (ou talvez colega de trabalho) compadecia-se: – Como te compreendo… Agora que olho para trás, vejo como o tempo passou depressa! Andei sempre ocupada com alguma coisa, sempre a deixar para trás os planos que tinha para mim, mas já nem me lembro onde gastei o tempo. E estou como tu, a achar que devia ter prestado mais atenção a mim própria e às minhas necessidades! Ana, que não tinha por hábito ouvir conversas alheias, estreme ceu ao pensar que, dali a 22 anos, poderia ser ela a ter esta conver sa com uma amiga.

Foi numa manhã de primavera, enquanto esperava pelo seu café no quiosque de rua habitual, que Ana se viu num ponto de vira gem. A dois metros de si, estavam duas senhoras mais velhas, com cerca de 60 anos. Conversavam entre si: – O que eu me arrependo de não ter feito mais exercício físico quando era mais nova… Sempre a correr, sempre a correr… Cuidei de todos, menos de mim. Agora, pago uma fatura pesada. O neurocirurgião disse-me que vou mesmo ter de ser ope rada à coluna.

Eu não quero ter esta experiência aos 60! Abriu a agenda do telemóvel, e deixou o café, que já tinha pago, pousado no balcão, mesmo à sua frente. Rapidamente, viu os ho rários do ginásio: pilates e cycling às 7:30, de segunda a sexta-feira. Se eu sair do ginásio às 8:30, às 9:00 estou na empresa. Encaixa bem! Adicionou à agenda a marcação das aulas, com alarme para acordar às 6:45.

É possível andarmos a correr, sem planos. É fácil sermos arrastados pela corrente do dia a dia, e, quando damos por isso, já anoiteceu. Percebemos que o dia até foi preenchido, com muita coisa que se precipitou, que nos pediu atenção e que fomos gerindo, mas que não tivemos clara noção nem do projeto nem da meta. Mas bons estrategas não caem nesta armadilha com facilidade, pois:

• Planeiam os aspetos associados, isto é, usam um projeto:

• Têm clara noção do objetivo que querem alcançar. Os objetivos são representações cognitivas de estados desejados (ou te midos) que as pessoas querem atingir (ou evitar) através das suas ações

• Empregam as suas competências;

Olhou para o café e pensou: Ando a beber café a mais… Vou reduzir! E deixou o café pago, já arrefecido, ali no balcão. Voltou costas ao quiosque, à procrastinação, à ausência de um plano e ao café. Deixou ali tudo. E, aos poucos, começou a sentir uma energia re vitalizante que a fez sorrir, mesmo sem o efeito da cafeína!

desafIo do estratega: objetIVos 65 Assim, não há desculpa para ocupar este tempo com outras coisas.

Nem trabalho, nem dormir a mais, nem nada. Estes 45 minutos diários são para a minha saúde, para o meu “eu” presente e futuro.

OBJETIVAR OS OBJETIVOS

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O que ComoPorquefazer?fazê-lo?fazê-lo?

Alexander Haslam, professor de psicologia, tem dedicado o seu percurso enquanto investigador nas áreas da psicologia social e da saúde, com foco nas questões do poder e da liderança. Num dos seus trabalhos, The Social Cure, comprovou a necessidade de termos uma identidade so cial, ligada à pertença a um grupo, não só para sentirmos que existe um propósito e significado para as nossas vidas, mas também por ser uma forma de recebermos e prestarmos apoio social, e, assim, conseguirmos lidar com acontecimentos stressantes.

A pertença a um grupo, onde existe partilha de significado e objetivos, com suporte mútuo, é um fator associado ao bem-estar. Aquilo que já é feito no âmbito da intervenção em saúde pode “contaminar” mais ainda o mundo empresarial. A tomada de decisões, com base na evidência e de forma partilhada, terá sempre como essência as pessoas da equipa.

O profissional de saúde deve ter boas competências de comunicação, estabelecer uma boa relação de ajuda com o paciente, articular com os diferentes elementos da equipa que contribuam para o processo de de cisão em saúde e prestar as informações necessárias, num cuidar cen trado no paciente, para que este também possa participar nas decisões sobre a sua situação clínica. O resultado é muito positivo, pois existe uma elevada satisfação com os cuidados prestados, uma melhor adesão aos tratamentos e um melhor bem-estar do paciente.

DÊ O SALTO: 10 DESAFIOS PARA SER FELIZ E PRODUTIVO 132

A família, em si, já é uma microempresa emocional que passa por di ferentes fases e conquistas, que podem impactar, por sua vez, a gestão

O que se pretende é que as pessoas estejam felizes no seu trabalho, com um bom work-life balance, e, como tal, as pessoas fazem parte do Asprocesso.empresas familiares, isto é, as que são geridas por pessoas da mesma família, muitas vezes com passagem de geração em geração, têm de ter este tipo de pertença em dois modos: pertença a um objetivo empresarial, bem como a natural pertença e vínculo à família. Este duplo papel é um desafio, uma vez que é essencial que haja comunicação e foco nas pessoas, para que estas se sintam bem e motivadas para um objetivo comum, além dos óbvios ganhos financeiros.

O exercício que propomos é o de perceber quem são as pessoas à sua volta que são bons copilotos. As pessoas tóxicas devem ficar fora da lista. Analise quem está sempre disponível para um trabalho colabora tivo. Seja criativo e inovador nas suas escolhas. Olhe bem à sua volta. É importante que decida quem é que quer nos diferentes projetos da sua vida. Faça uma lista dos seus copilotos e coloque-os neste círculo, sendo que mais perto do centro estão as pessoas mais significativas e mais longe as pessoas menos significativas. PARA ASSUMIR O

EXERCÍCIOPODER?

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Eu PRONTO

DÊ O SALTO: 10 DESAFIOS PARA SER FELIZ E PRODUTIVO 160

Dentro de nós cabem todos estes: um trapezista, uma criança, uma eficiente “máquina” humana, um arquiteto, um estratega, um psicólogo, um homo sapiens, um cientista, um piloto no cockpit e um universo inteiro, determinado por si, naquilo que escolhe erigir à sua volta, na sua vida, ou na forma escolhida por si para lidar com o que emerge dentro de si, em resposta ao seu ambiente. A escolha é sempre sua. E mesmo quando tudo à sua volta é dramático, traumático e difícil, lembre-se que, dentro de si, há sempre uma opção. A opção de cultivar uma reformulação, uma nova orientação, estratégias para fazer face à adversidade, comportamentos que manifestem uma nova forma de se pensar a si e ao mundo, bem como emoções mais positivas que acompanhem esta restruturação interna. Tem ainda a opção de pedir ajuda profissional para o auxiliar nesse caminho, e em outras conquistas. E porque a ciência também se constrói com a mensuração de fenómenos e a exploração de como as experiências mudam ao longo do tempo, lançamos o desafio de medir o seu crescimento extraordinário. Preencha o índice PPOG – personal and professional outstanding growth – para quantificar em que parte deste caminho se encontra.ÍndicePPOG – personal and professionalgrowthoutstanding totalmenteDiscordo concordodiscordoNãonem totalmenteConcordo como estabelecer um plano realista para o meu crescimento pessoal. satisfeito/a com o de

Discordo

1. Sei

meu horário

trabalho. 1 2 3 4 5

Concordo

1 2 3 4 5 2. Sinto-me satisfeito/a com o meu salário. 1 2 3 4 5 3. Sinto-me

PACTOR© conclusão161Índice PPOG – personal and professionalgrowthoutstanding totalmenteDiscordo Discordo concordodiscordoNãonem Concordo totalmenteConcordo 4. No meu trabalho, contribuo ativamente para a felicida de e o bem-estar de outras pessoas. 1 2 3 4 5 5. Invisto nas minhas compe tências, com o objetivo de criar novas oportunidades no meu trabalho. 1 2 3 4 5 6. Empenho-me ativamente para melhorar as minhas con dições de trabalho. 1 2 3 4 5 7. Consigo equilibrar bem as exigências do meu trabalho e da minha vida pessoal/ /familiar. 1 2 3 4 5 8. Consigo identificar o que quero mudar em mim mes mo/a. 1 2 3 4 5 9. Na minha vida pessoal, con tribuo ativamente para a felicidade e o bem-estar dos outros. 1 2 3 4 5 10. Construo relações signifi cativas e de confiança com os outros. 1 2 3 4 5 11. Olhando para trás, sin to-me satisfeito/a com o meu processo de cresci mento pessoal. 1 2 3 4 5 12. Procuro ativamente ajuda, quando necessário, no meu processo de cresci mento pessoal. 1 2 3 4 5 13. Sei quando é altura de ini ciar mudanças específicas em mim mesmo/a. 1 2 3 4 5 14. Estou constantemente a tentar crescer enquanto pessoa. 1 2 3 4 5 15. Desenvolvo boas relações com os meus colegas de trabalho. 1 2 3 4 5

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Cá esperamos as suas partilhas, histórias e experiências! Com desejos de crescimento extraordinário, As Autoras

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Desde cedo se interessou pelo atletismo. Investiu o seu tempo, a sua motivação e o seu empenho para alcançar a alta competição.

Já sabe de quem estamos a falar: da Patrícia, a Campeã.

Começou em 2002, na Juventude Operária do Monte Abraão, e, mais tarde, passou a representar o Sporting Clube de Portugal. A paixão pelo atletismo de alta competição foi equilibrada com um per curso académico no ensino superior: frequentou, nos Estados Unidos

Um percurso de sucesso não é algo fortuito; implica um investimento volitivo no atingimento de uma meta muito desejada, resiliência nos bolsos para o caminho e estratégias eficazes para grandes saltos. No percurso que se vai desenhando com sucesso espreita também a feli cidade, o apreço por cada conquista e o sentido depositado em cada passo em direção ao pódio da conquista.

A Patrícia dá saltos, e que saltos! É campeã de triplo salto.

A distância que ousamos fixar como meta é nossa para decidir e o su cesso pode manifestar-se mesmo quando outros não veem o que esta mos a Disseramver.

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à Patrícia que não tinha altura suficiente para ambicionar ir longe no atletismo. Mas a Patrícia tinha outra visão. Gostava de atletismo. E esse foi o início de uma sucessão de conquistas históricas no atletismo de alta competição.

A Patrícia Mamona nasceu em Lisboa, a 21 de novembro de 1988.

O SALTO DA PATRÍCIA, A CAMPEÃ

ABiomédica.suadedicação

DÊ O SALTO: 10 DESAFIOS PARA SER FELIZ E PRODUTIVO 166 da América, o curso de medicina (pre-med); hoje, estuda Engenharia

e foco traduziram-se em conquistas, em muitas e ex cecionais conquistas: ganhou a medalha de prata no Campeonato Euro peu de Ar Livre (2012), conquistou a medalha de ouro no Campeonato Europeu de Atletismo (2016), arrecadou a medalha de ouro no Campeo nato Europeu de Atletismo em Pista Coberta (2021), alcançou a meda lha de prata nos Jogos Olímpicos de 2020 (realizados em 2021), obteve a medalha de ouro em Pista Coberta no Campeonato da Europa de Atle tismo (2021). Voou longe, até onde nenhuma portuguesa tinha ainda aterrado: atingiu a marca de 15,01 metros, batendo o recorde nacional de triplo salto feminino. E estas são apenas algumas das suas vitórias. Patrícia, a Campeã, inspirou e inspira. A sua determinação, disciplina, envolvimento, abertura ao desenvolvimento pessoal, planeamento, paixão e empenho são prova da possibilidade de transposição de limites que impeçam as melhores projeções de si. E, nesta ótima combinação entre a melhor produtividade e um estado de felicidade e paixão com o que se faz, dão-se saltos excecionais. Ela inspira, e, com esse propósito, deixa-nos a seguinte recomendação para inspirar quem lê este livro: Não me canso de dizer: persegue os teus sonhos. E, neste caminho em direção ao que desejas, vê sempre que és capaz, acredita sempre que consegues, porque esse é o primeiro passo para a meta. E não deixes que os outros te digam o contrário (que não consegues): acredita e começa o caminho. Depois, mal dês o primeiro passo, prepara, planeia, rodeia-te daqueles que te podem apoiar eficazmente (e retribui! Retribui sempre na melhor “moeda”, dispensando aos outros o que tiveres de melhor: alguma competência técnica ou amizade ou gratidão ou outra parti lha que te faça sentido). Na preparação, compromete-te com o plano! E mesmo quando não te apetecer, quando desejares fazer outra coisa, lem bra-te: “És capaz!”. E segue em frente. Segue sempre em frente. Vai haver desvios, imprevistos, lesões, desequilíbrios; isto acontece, é normal. Faz parte do caminho. Levanta-te, reequilibra-te, respira fundo e segue em frente. Neste caminho vais cruzar-te com o foco, com a concentração,

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Patrícia Mamona Vice-campeã olímpica (Tóquio, 2020) Campeã da Europa de Triplo Salto (2021) 1 de agosto de 2022

com a felicidade de te veres a avançar, com pequenas conquistas que te dizem: “Está a ser possível! Estou a conseguir”. No final, há a meta, o grande sucesso. E isso é muito, muito bom. Mas não te esqueças de olhar para o caminho: é nele que vais ver-te, pouco a pouco, dia a dia, a ser a melhor versão de ti. E todos nós podemos ser campeões daquilo que nos é importante, nos faz sentido e nos deixa feliz. Por isso, força, começa hoje a tua mudança.

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