Linguagem Escrita - Atividades de Conhecimento Fonológico

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Linguagem Escrita Para pais, professores e técnicos

Atividades de Conhecimento Fonológico Rosa Lima / Carmélia Cunha



Rosa Lima / CarmĂŠlia Cunha


Edição e Distribuição Lidel – Edições Técnicas, Lda. Rua D. Estefânia, 183, r/c Dto. – 1049-057 Lisboa Tel.: +351 213 511 448 lidel@lidel.pt Projetos de edição: edicoesple@lidel.pt www.lidel.pt Livraria Av. Praia da Vitória, 14 A – 1000-247 Lisboa Tel.: +351 213 511 448 * Fax: +351 213 173 259 livraria@lidel.pt Copyright © 2017, Lidel – Edições Técnicas, Lda. ISBN edição impressa: 978-989-752-163-8 1.ª edição impressa: janeiro 2017 Conceção de layout: magnetic Paginação: Carlos Mendes Impressão e acabamento: Cafilesa – Soluções Gráficas, Lda. – Venda do Pinheiro Dep. Legal: 418578/16 Capa: José Manuel Reis Foto da capa: © Eiki Photography Livro segundo o novo Acordo Ortográfico Todos os nossos livros passam por um rigoroso controlo de qualidade, no entanto, aconselhamos a consulta periódica do nosso site (www.lidel.pt) para fazer o download de eventuais correções. Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida, nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo eletrónico, mecânico, fotocópia, digitalização, gravação, sistema de armazenamento e disponibilização de informação, sítio Web, blogue ou outros, sem prévia autorização escrita da Editora, exceto o permitido pelo CDADC, em termos de cópia privada pela AGECOP – Associação para a Gestão da Cópia Privada, através do pagamento das respetivas taxas.


Introdução A linguagem permite ao Homem ligar o tempo, realizando a articulação entre o presente, o passado e o futuro. É através dela que o Homem pensa, elabora conceitos, organiza as experiências, trabalha a abstração, planeia, idealiza. (Passos e Andrade, 2012). Através dela organizamos (sob forma de representações mentais) o nosso mundo imediato e refletimos, de forma contínua, acerca do mediato, requerendo o seu processamento a funcionalidade e uso de determinadas áreas cerebrais, tais como áreas auditivas primárias e secundárias, lobo temporal, redes neuronais de conexão entre o lobo frontal, temporal e occipital, assim como as múltiplas conexões com o sistema límbico. Etapas neurobiológicas e psicológicas justificam o gradual incremento das relações entre as referidas áreas. No vasto campo das aprendizagens que ocorrem durante a infância, a linguagem escrita representa o domínio de um processo simbólico no qual fatores psicolinguísticos e neurocognitivos, tais como a Atenção e Memória, desempenham um papel basilar, uma vez que constituem pressupostos de aprendizagem em geral e da linguagem escrita em particular. Linguagem, cognição, motricidade, autonomia e socialização representam a “expressão“ de uma atividade onde os registos se ampliam, cimentam e complexificam, constituindo a infância um profícuo período para a sua expansão. Atraso na aquisição da linguagem e domínio da escrita O retardamento na aquisição da estrutura básica da língua, que se designa como “atraso de linguagem”, tem distintos graus de severidade e possíveis etiologias. Está, frequentemente, relacionado com as dificuldades de acesso à estrutura formal da língua e traduz-se na dificuldade na realização da fonética, fonologia e morfossintaxe da língua-alvo. Este tipo de dificuldades pode, no entanto, coabitar com lacunas no domínio da compreen© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS

são verbal, lentificando os processos de aprendizagem em geral e da linguagem, tanto oral como escrita, em particular. As ocorrências de facilitação mais utilizadas no atraso do desenvolvimento da linguagem são a omissão (de fonema, de sílaba, de vogal em ditongo) tal como nos exemplos: sopagopa; bonecagneca; leiteglete; e a substituição de consoante por outra consoante, da

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mesma ou diferente categoria de modo ou ponto de articulação, por uma vogal. Os exemplos a seguir ilustram alguns tipos de substituição: caragcala; sopagtopa; bolagboua, etc. A harmonia consonantal, presente nos primeiros anos de vida linguística traduz as dificuldades percetivas e motoras para levar a cabo a identificação dos traços distintivos de cada fonema, quando em partilha ou contextualização com outros que fazem parte da mesma palavra (ex.: sapogpapo; canetagnaneta). A estas simplificações acrescem a mudança de lugar, dentro da sílaba, de um fonema (metátese) a qual corresponde aos últimos momentos da aquisição da fonologia, e a epêntese de vogal neutra. Por vezes, algum tipo de distorções linguísticas pode impedir a compreensão do vocábulo ou enunciado. Todos os processos redutores da complexidade linguística representam o confronto da criança frente à dificuldade em se apropriar do modelo-alvo de cada língua. A escrita representa o transfer da oralidade para um segundo sistema ou código que faz corresponder os grafemas aos fonemas autopercecionados. Há, pois, um permanente apelo às representações mentais que cada sujeito apresenta sobre o seu conhecimento implícito da língua oral. Este segundo sistema simbólico, linguagem-escrita, apresenta, ele mesmo, regras específicas uma vez que obedece a regras de um sistema ortográfico que lhe impõe formas de escrita nas quais um fonema poderá estar relacionado com distintos grafemas ou vice-versa. Esta complexidade percorre toda a vida académica de cada criança pois muitas são as sinuosidades que cada língua apresenta para um total domínio das regras ortográficas que a compõe. Em síntese, assente no conhecimento da linguagem oral, permite a reconversão de sons em letras e destas em palavras e frases, emergindo a compreensão do texto escrito a partir da compreensão que cada sujeito possui sobre a linguagem oral. Por este motivo se afirma ser a escrita a representação da oralidade, isto é, são os símbolos da escrita usados em substituição daqueles que são usados na oralidade. Fonologia e aprendizagem da escrita A palavra (e seus constituintes sonoros) representa o primeiro nível de acesso ao degrau da significação. Qualquer que seja a quantidade e qualidade das sílabas que a constituem, ela é o resultado das distintas combinatórias e possibilidades silábicas e cada modelo de produção permite um significado diferente. O sistema onde os sons da língua se agrupam criando oposições entre si e remetem para a formação de palavras que se vinculam a um significado, tão diverso quanto a substituição de um por outro som (ex.: faca-vaca), é designado de sistema fonológico. O seu conhecimento, tanto implícito como explícito, constitui a base para a aprendizagem da linguagem escrita. A aquisição fonológica envolve tanto a perceção como a produção das sonoridades no contexto da palavra e o conhecimento fonológico consiste na capacidade de segmentar o continuum da cadeia falada em unidades de mais curta extensão tais como a frase, a palavra, a sílaba e o fonema. A análise dos produtos linguísticos relativos ao conhecimento do sistema fonológico que a criança leva a cabo denomina-se consciência fonológica, sendo referenciada como a capacida-

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de de explicitar, identificar e manipular as unidades da linguagem verbal oral. Se pensarmos na unidade palavra, a capacidade que a criança tem de a isolar num determinado contexto de produtos de fala e a capacidade de identificar as unidades fonológicas no seu interior deverá ser entendida como expressão da sua consciência fonológica. (Bryan, 1987; Cardoso-Martins, 1991; Freitas, 2004; Gombert, 1992 cit por PNAIC, 2013: 4) Freitas et al. (2007: 11). Vários são os estudos que demonstram como as competências inerentes ao conhecimento explícito da fonologia favorecem a aprendizagem da linguagem escrita (Martin & Ripp, 2012; Bus & Van ljzendoorn, 1999; Castles & Coltheard, 2004), bem como a aprendizagem da linguagem oral. Este facto é passível de ocorrer tanto em crianças com normal desenvolvimento linguístico como naquelas que relevem dificuldades na aquisição da linguagem (Gilon, 2000). Existem diferentes hierarquias relativas ao conhecimento fonológico e também subcompetências que vão do nível mais elementar (rima e divisão silábica) ao mais complexo (consciência fonémica). Guiadas pelo princípio atrás referido – importância do conhecimento da fonologia como forma de aceder à linguagem escrita –, apresentamos esta obra, que contempla distintos tipos de atividades que remetem para os distintos processos que se encontram envolvidos no conhecimento explícito da linguagem escrita, mas também fomentam e reforçam a imagem visuo-gráfica da palavra e a ampliação dos domínios vocabular e conceptual. Memória fonológica e ortográfica estão frequentemente associadas nas atividades aqui propostas. Este facto visa a instauração de um sistema de referencias tanto acústico-verbais como visuo-gráficas que permitam a instauração de pilares básicos da língua em seu duplo percurso: transdução da oralidade e implantação das normas do código de representação ortográfica. Distribuição das atividades Partindo do princípio de que a sílaba constitui a unidade fonológica mínima, incluímos neste trabalho atividades que visam a manipulação de diferentes tipos de sílabas, a saber: consoante-vogal (CV); consoante-consoante-vogal (CCV); consoante-vogal-consoante (CVC) consoante-vogal nasal (CV~). Com este tipo de atividades pretende-se tornar explícito um conhecimento implícito da língua, o qual está na base de uma escrita fluente e autónoma. As sílabas formadas por consoante-vogal (ex.: pé) constituem a primeira unidade deste caderno dedicada à discriminação da vogal “o” (enquanto segunda letra ou grafema de uma sílaba formada por consoante-vogal) frequentemente escutada como “u” (ex.: bo ni ta). © LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS

Na continuidade das sílabas do tipo consoante-vogal (CV) foram contempladas – entre a Unidade 2 e a Unidade 10, – atividades (num total de seis para cada unidade) que potenciam a diferenciação entre pares de fonemas e seus respetivos grafemas os quais, na nossa língua, revelam alguma complexidade na associação fonema-grafema, dado o facto de apresentarem alguma partilha de características (caso do “p” e do “b”, ambos bilabiais).

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Os pares de grafemas a que nos referimos são: p/t; (U2); b/d (U3); b/m (U4); b/p (U5); b/v (U6); c/g (U7); d/t (U8); f/v (U9); m/n (U10) assim como os designados dígrafos lh/nh (U12). Com os pares de grafemas, <s/ss> – <z> (U14), <ch/x> – <j> (U15) e <ge/gi> – <gue/gui> (U13), que constituem, igualmente, sílabas do tipo consoante-vogal, pretende-se fomentar a atenção e a discriminação percetiva entre pares de sons com proximidades auditivas e articulatórias (s-z), assegurando e cimentando o domínio do sistema ortográfico básico, do português europeu. As unidades 17 (<as, es, is, os, us – az, ez, iz, oz, uz>) e 18 (<an, en, in, on, un – am, em, im, om, um>), que configuram sílabas do tipo consoante-vogal-consoante e consoante-vogal nasal, respetivamente, assentam no pressuposto, anteriormente referido, de que o mesmo som poder-se-á escrever de forma distinta. As sílabas constituídas por consoante-consoante-vogal (CCV) (ex.: pra.to; blu.sa), vulgarmente denominadas por grupos consonantais e cuja segunda consoante é constituída pelo “r” ou “l” constam, também, deste caderno de atividades correspondendo às unidades 11 e 16, respetivamente. Foram pois, elaboradas atividades – seis para cada uma das referidas unidades – que incluem os grafemas <bl>, <cl>, <fl>, <gl>, <pl>, <tl>, <vl> (U11) e <br>, <cr>, <dr>, <fr>, <gr>, <pr>, <tr>, <vr> (U16). O tipo de sílabas constituídas por consoante-vogal-consoante (CVC), nas quais a última consoante é o “s/z” ou “r” e das quais são exemplo as palavras “pasta/cabaz” ou “porta”, fazem parte das unidades 17 e 20, respetivamente. Também a grafia que configura sílabas do tipo consoante-vogal-consoante (CVC), ou vogal-consoante (VC), em que a última consoante é “n” ou “m” (de acordo com a consoante seguinte), foi contemplada neste trabalho. As palavras “pintura/pimba” ou “anjo” são deste facto um exemplo concreto e fazem parte da Unidade 18, com a designação global de: <an/am>, <en/em>, <in/im>, <on/om>, <un/um>. Na continuidade da ideia central desta obra, que pretende oferecer atividades que propiciem a diferenciação entre a grafia de valores sonoros de grande similitude percetiva, incluindo as distinções entre: <ão>, <am> (U19). Do diferenciado uso de um ou outro grafema são exemplos os nomes: “lição” e as flexões verbais “comerão” e “comeram”. Este material está distribuído por um número total de 20 Unidades. Cada uma destas unidades divide-se em Fichas, num total de seis. Estas, por sua vez, estão subdivididas em itens (entre 14 e 30). Cada um dos itens das fichas 1, 2 e 3, comporta quatro subtarefas a realizar. O tipo de atividade para cada uma das fichas, relativas a cada uma das vinte unidades, a seguir se descreve: Ficha 1 – encerramento de palavra (completar com as letras propostas, até formar uma palavra com sentido). Ficha 2 – seleção/evocação de um modelo de palavra escrita, por alternativa – palavra correta/palavra incorreta – circundando aquela que se reconheça como correta.

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Ficha 3 – evocação de modelo fonológico através da escrita correta, sempre que necessário e em segunda linha, de uma palavra que, na primeira linha, tanto pode apresentar-se correta como incorretamente escrita. Ficha 4 – evocação de modelos fonológicos em contexto de enunciado (reescrever uma frase, de forma adequada, onde se encontram palavras incorretamente escritas). Ficha 5 – reconhecimento da grafia de determinadas letras, em palavras que fazem parte de um enunciado (assinalar, a cores, cada uma das letras referenciadas). Ficha 6 – evocação lexical – completar frases com palavras adequadas que façam sentido para a criança, acrescida da escrita, correta, dos referidos vocábulos. Em síntese, este conjunto de atividades visa o domínio fonológico e ortográfico básico, uma vez que grande parte das dificuldades de acesso à escrita reside nas dificuldades de diferenciação sonora e respetiva associação grafémica, aproveitando o material verbal que se constitui como o “grosso da coluna” das dificuldades presentes no acesso à escrita, básica, da língua. A maioria das suas atividades centra-se na discriminação entre fonemas que requerem alto grau de precisão na sua identificação e consequente associação entre fonema e grafema. Todo este material, centrado em atividades de cariz metafonológico, variado na sua apresentação e complexidade, poderá constituir uma importante ajuda para o acesso a uma escrita espontânea facilitada tanto no domínio da diferenciada relação fonema-grafema como nas especificidades ortográficas que a alguns fonemas dizem respeito. Cada uma das tarefas aqui propostas poderá ser redesenhada criando aumento ou diminuição da complexidade, de acordo com a criança a quem se destina e respetivo grau de dificuldade revelado no domínio da aprendizagem da escrita. Conseguir a adesão e a necessária motivação da criança para aprender brincando com as palavras é o objetivo transversal a todo o material proposto nesta obra. Criar destrezas que favoreçam e facilitem o acesso à escrita constituiu-se como o objetivo primeiro e último de quantos se empenharam nesta proposta de trabalho. Promover o espontâneo e facilitado uso da linguagem escrita é tarefa que deve ser largamente trabalhada, treinada, estabilizada e fortemente consolidada durante os primeiros anos de escolaridade básica. É, pois, a este público – crianças, em processo de aprendizagem e estabilização da escrita – que este material se destina, independentemente da presença ou ausência de lacunas ou dificuldades. A insegurança no domínio de habilidades de escrita tais como aquelas que aqui se oferecem pode representar a cruz que um aluno pode transportar para toda a sua vida académica e social, dando, por vezes, lugar a comportamentos com distintos graus de desajuste na interação © LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS

com os pares, com a família e com a sociedade em geral.

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NOTA PARA OS PAIS A aprendizagem da linguagem escrita encontra-se estreitamente vinculada à linguagem oral constituindo, cada uma delas, um poderoso meio de comunicação. Tal relação abarca todas as dimensões linguísticas sendo, no entanto, o início da aprendizagem da escrita o momento em que o compromisso se torna mais evidente. A associação de um som a uma letra ou a escrita de palavras de distinta dimensão e/ou complexidade estrutural, reflete o conhecimento ou representação que o nosso cérebro detém sobre a linguagem. O conhecimento fonológico refere-se ao saber que criança ou adulto revelam quando, através da oralidade ou da escrita, levam a cabo tarefas de análise relativas ao material verbal que diz respeito à palavra. A análise das diferenças entre sons e subsequente associação às respetivas letras, a organização das sílabas no particular contexto de cada palavra (não omitindo ou substituindo elementos da mesma), assim como a preservação do número de sílabas que o modelo da língua impõe, permite aceder a um significado, passível de ser partilhado com os pares. Este tipo de atividades que explicita o domínio ou conhecimento sobre a fonologia da língua é de grande importância para a expressão escrita, a qual se pode ver comprometida pela insuficiência ou ausência de algum tipo de competências. O material aqui apresentado, dada a sua diversidade, contempla tanto o domínio da leitura como da escrita. Cada uma das unidades que o constituem, num total de vinte, está subdividida em seis fichas e estas num variado número de itens. O objetivo central deste conjunto de atividades centra-se na possibilidade de a criança, partindo de um par de letras, previamente definidas, aceder à palavra escrita e reconhecê-la como portadora de um significado. As distintas formas usadas para adquirir, reforçar e estimular o conhecimento fonológico explícito, através de uma escrita que faz apelo a um sentido pela criança reconhecido, são as seguintes: (1) inserir fonema em palavra incompleta; (2) seleção de palavra que contém uma das letras do referido par; (3) reescrita quando incorreta a grafia; (4) substituir letras em enunciados com palavras incorretas; (5) assinalar letras (referenciadas em cada unidade), mediante distintas cores e (6) evocar palavras que encerrem enunciado e contenham uma das letras pré-definidas na respetiva unidade. Este tipo de atividades estão particularmente direcionadas para crianças que apresentam dificuldades de acesso à linguagem escrita (leitura e escrita), no seu domínio mais elementar que é a associação do som à letra, em contextos que geram sentidos e configuram palavras. Sabendo que a aquisição da linguagem escrita, nos seus patamares iniciais, como este que aqui se apresenta, constitui a base da pirâmide das competências académicas, em sentido amplo, esperamos que este material, centrado no adestramento de competências fonológicas, venha a contribuir para reforçar, afiançar e ampliar domínios básicos de aquisição da escrita, podendo ser usado por educadores (atividades de conhecimento explícito da língua oral), professores em geral e, em particular, aqueles que se dedicam ao atendimento de dificuldades específicas de escrita e aprendizagem, assim como pais e terapeutas.

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© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS

Índice Unidade 1 • <o> – <u>

11

Unidade 2 • <p> – <t>

19

Unidade 3 • <b> – <d>

27

Unidade 4 • <b> – <m>

35

Unidade 5 • <b> – <p>

43

Unidade 6 • <b> – <v>

51

Unidade 7 • <c> – <g>

59

Unidade 8 • <d> – <t>

67

Unidade 9 • <f> – <v>

75

Unidade 10 • <m> – <n>

83

Unidade 11 • <bl>, <cl>, <fl>, <gl>, <pl>, <tl>, <vl>

91

Unidade 12 • <lh> – <nh>

99

Unidade 13 • <ge>, <gi>, <gue>, <gui>

107

Unidade 14 • <s>, <ss> – <z>

115

Unidade 15 • <ch>, <x> – <j>

123

Unidade 16 • <br>, <cr>, <dr>, <fr>, <gr>, <pr>, <tr>, <vr>

131

Unidade 17 • <as–az>, <es–ez>, <is–iz>, <os–oz>, <us–uz>

139

Unidade 18 • <an–am>, <en–em>, <in–im>, <on–om>, <un–um>

147

Unidade 19 • <ão> – <am>

155

Unidade 20 • <ar>, <er>, <ir>, <or>, <ur>

163

Soluções 171 9



Unidade 1

<o> – <u>


UNIDADE 1

FICHA 1

Completa com as letras <o> (com som de “u”) ou <u> de forma a conseguires a palavra adequada que faça sentido. 1.

t___a p___a f___i l___z

2.

m___ro t___do p___la d___rmir

3.

m___ito m___ído m___eda b___tão

4.

f___gir m___er c___mer j___do

5.

j___ba f___mar m___lher p___lou

6.

m___sgo t___car l___gar t___ssir

7.

b___lota vi___leta p___mada c___mida

8.

c___lete t___lipa vi___lino m___leta

9.

b___nita n___velo b___zina b___lacha

10.

f___rador b___tija p___lícia m___lhada

11.

t___mate

12.

tab___ada trib___nal ad___bo re___nião

13.

nam___rar gord___ra cor___ja az___lejo

14.

char___to p___rteiro búss___la gas___lina

15.

ameix___eira mist___rar borb___leta pres___nto

16.

fumeir___ cangur___ duzent___s doming___

est___dar aj___dar

12

az___lado


UNIDADE 1

FICHA 2 Em cada retângulo, circunda a palavra corretamente escrita. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12.

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13. 14.

jornal

cuelho

chorar

purtão

jurnal

coelho

churar

portão

pulmão

comilão

Cuimbra

botija

polmão

cumilão

Coimbra

butija

molata

bozina

tumada

comida

mulata

buzina

tomada

cumida

fulhado

cozinha

polseira

foracão

folhado

cuzinha

pulseira

furacão

chuveiro

chopeta

cubertor

juaninha

choveiro

chupeta

cobertor

joaninha

Portogal

almoçar

legumes

estodar

Portugal

almuçar

legomes

estudar

confosão

pelodo

azolado

algoma

confusão

peludo

azulado

alguma

engurdar

prodotos

presunto

condozir

engordar

produtos

presonto

conduzir

escolher

confusão

bússula

capueira

esculher

confosão

bússola

capoeira

limunada

reboçado

ilominar

agricultor

limonada

rebuçado

iluminar

agricoltor

carimbu

rugoso

múscolo

durante

carimbo

rogoso

músculo

dorante

encontro

torneira

mumento

estrome

encontru

turneira

momento

estrume

andorinhas

adurmecer

cuzinheira

abandunar

andurinhas

adormecer

cozinheira

abandonar

suficiente

escoridão

orgulhoso

importância

soficiente

escuridão

orgolhoso

impurtância

13


UNIDADE 1

FICHA 3

Em cada retângulo, corrige a palavra, se necessário. 1.

fogão __________

loar __________

fonil __________

colar __________

2.

mosgo __________

lugar __________

polou __________

poeta __________

3.

chuva __________

jurnal __________

chorar __________

bucado __________

4.

pulmão __________

tossir __________

joízo __________

chumbo __________

5.

pumada __________

buzina __________

butija __________

fotebol __________

6.

canudo __________

estodar __________

comichão __________

ajuda __________

7.

coruja __________

sisodo __________

legomes __________

charoto __________

8.

solução __________

confosão __________

barulho __________

tribonal __________

9.

feijoada __________

tatoagem __________

reboçado __________

boletim __________

10.

telefunar __________

limunada __________

ajudante __________

fechadora __________

11.

furmiga __________

surriso __________

mistura __________

moltidão __________

12.

figura __________

possível __________

corredor __________

engolir __________

13.

adubo __________

eurupeu __________

recurdar __________

segundos __________

14.

prudutos __________

chuvisco __________

borregu __________

buchecha __________

15.

torturar __________

rumance __________

humano __________

apaixunar __________

16.

instromento __________

alomínio __________

novidade __________

dificoldade __________

14


UNIDADE 1

FICHA 4 Reescreve as frases, substituindo o que estiver errado. 1.

A Paola deu uma mueda ao Tadeo.

___________________________________________________________________ 2.

O Roi apanhou uma bolota na roa.

___________________________________________________________________ 3.

O bole tem um chá muito gostoso.

___________________________________________________________________ 4.

O Juão deu uma ajoda à Joliana.

___________________________________________________________________ 5.

A butija caiu e aleijou o pé do Juão.

___________________________________________________________________ 6.

À noite a loa ilumina o navio.

___________________________________________________________________ 7.

O Nono é um menino moito bunito.

___________________________________________________________________ 8.

O pai telefunou ao Nono para cumerem uma feijuada.

___________________________________________________________________ 9.

O tobarão forou o fondo do navio.

___________________________________________________________________ 10.

A loz da loa ilomina a noite com o loar.

___________________________________________________________________ 11.

Eu vou comprar lolas para estofar com poré.

___________________________________________________________________ 12.

O sufá é moito confurtável e segoro.

___________________________________________________________________

© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS

13.

Houve muita confosão no estúdio de mósica.

___________________________________________________________________ 14.

O Romeo fez uma tatoagem ao lado da polseira azolada.

___________________________________________________________________

15


UNIDADE 1

FICHA 5

Nas frases assinala a vermelho a letra <o> e a verde a letra <u>. 1.

O pai comeu uma lula cozida.

2.

O Joel e o Manuel estudam numa sala escura.

3.

O barulho era ao fundo do corredor do teatro.

4.

Quando jogava no Porto comia bem e não engordava.

5.

Eu tomei um duche com água quente.

6.

O Tomé pôs a borracha na sua mochila.

7.

O avô comeu um saboroso estufado de lulas.

8.

Eu comi um bolo de chocolate muito gostoso.

9.

O Tiago fugiu da fúria do gorila.

10.

No colégio o juiz leu um livro de biologia.

11.

O tio comeu cogumelos e legumes cozidos.

12.

O Pedro e o Rui consultaram o dicionário.

13.

O Raúl tossiu muito porque estava doente.

14.

Ele pediu ajuda para estudar português.

15.

Quando chove muito o céu fica muito escuro.

16.

Uma figura geométrica com três lados é um triângulo.

16


UNIDADE 1

FICHA 6

© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS

Completa as frases com as palavras adequadas, que façam sentido. 1.

O Ronaldo é um bom _________________________________________________.

2.

As notas e as ______________________________ fazem parte do nosso dinheiro.

3.

Apanhamos a lenha para fazer uma _____________________________________.

4.

Onde o Sol nasce é o nascente e onde se põe é o __________________________.

5.

O carro precisa de _________________________________________ para andar.

6.

A pera é o ________________________________________________ da pereira.

7.

Quando chove muito usa-se o ________________________________________.

8.

Na escola usamos a _______________________ para apagar o que está errado.

9.

Para protegermos os olhos do sol devemos usar ___________________ escuros.

10.

Os alunos que querem tirar boas notas têm de ____________________ muito.

11.

Aquele que patrulha as ruas e protege as pessoas é o ______________________.

12.

A cozinheira cozinha no _______________________________________________.

13.

Para furar as folhas precisamos de um _________________________________.

14.

No inverno, põe-se um _________________ na cama, para ficar mais quentinho.

15.

A Rosário leva um ________________________________ de pérolas ao pescoço.

16.

O ______________________________________ é o principal órgão dos animais.

17


Linguagem Escrita Para o domínio da escrita é exigido à criança um conhecimento explícito da oralidade, no qual está incluída uma fina ou detalhada perceção dos sons da língua, que, devido às ténues diferenças, poderão criar dificuldades na associação entre som e letra. Linguagem Escrita inclui diversos tipos de atividades que pretendem ajudar a criança a reconhecer a diferença entre pares de sons semelhantes e a respetiva associação ao grafema correspondente (exemplo: s-z; f-v). Este livro é constituído por 20 unidades, contendo cada uma delas pares de letras com características sonoras aproximadas (exemplo: p-b; t-d; o-u). Cada uma das unidades está subdividida em seis fichas e centra-se no domínio da fonologia e no vínculo ou relação entre oralidade e escrita.

ISBN 978-989-752-163-8

9 789897 521638

www.lidel.pt

As atividades incluídas nesta obra contribuem para reforçar e ampliar os domínios básicos da aquisição da escrita e destinam-se, em geral, a educadores e professores e, em particular, àqueles que se dedicam a resolver problemas específicos de escrita e de aprendizagem, ou seja, a pais e a terapeutas.


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