Coordenação:
Luís Castelo-Branco
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS e Preparação para OSCE
Patrocínio Científico Ordem dos Médicos
Competências Clínicas Práticas e Preparação para OSCE
Coordenação Luís Castelo-Branco Vice-coordenação Nuno Guerra Pereira, Tânia Gago
Lidel – Edições técnicas www.lidel.pt
I ÍNDICE
Agradecimentos XV Luís Castelo-Branco
Autores XVII Revisores XXV Prefácio I XXIX José Manuel Silva
Prefácio II
XXX
José Ponte e Pedro Marvão
Sobre o Livro
XXXI
Luís Castelo-Branco
Sobre a Metodologia OSCE
XXXIII
Luís Castelo-Branco
Siglas e Abreviaturas
XXXVII
CAPÍTULO INTRODUTÓRIO 1 1 Modelo de História Clínica 1 Luís Castelo-Branco, Nuno Guerra Pereira, Tânia Gago, José Ponte
2
© LIDEL - Edições Técnicas
3
1 1.0
Modelo de Exame Físico
Luís Castelo-Branco, Nuno Guerra Pereira, Tânia Gago, José Ponte
7
Modelo para Execução de Procedimentos Clínicos
10
SEGURANÇA DO PACIENTE Introdução e Taxonomia
15 15
Luís Castelo-Branco, Nuno Guerra Pereira, Tânia Gago, José Ponte
Jorge Fonseca
1.1 Precauções Universais e Prevenção de Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde
16
1.2 Transferência de Informação Clínica por Telefone ou Passagem de Turno
18
Ana Cláudia Carneiro, Jorge Fonseca Ana Cláudia Carneiro, Jorge Fonseca
V
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
1.3 Comunicar ao Paciente ou ao seu Familiar que Ocorreu um Erro Médico/Evento Adverso 20 Ana Cláudia Carneiro, Jorge Fonseca
1.4 Como Enfrentar Comportamentos Problemáticos com Colegas e Resolução de Conflitos 21 Ana Luísa Ferreira, Jorge Fonseca
1.5 Gestão de Emergências Usando Princípios de Crew Resource Management 23 Ana Luísa Ferreira, Jorge Fonseca
1.6 1.7 1.8 2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3 3.1 3.2 3.3 3.4 VI
Prescrição Segura
25
Notificação de uma Reação Adversa Medicamentosa
27
Gestão de Acidente com Cortoperfurante
29
COMPETÊNCIAS COMUNICACIONAIS EM CLÍNICA
33
Nota Introdutória
33
Explicar um Procedimento
34
Consentimento Informado
36
Transmitir uma Má Notícia
38
Lidar com um Paciente Difícil (Mal-humorado ou Agressivo)
39
Nota de Admissão
40
Informação ao Doente, Alta de um Doente
42
Carta a um Colega, Nota de Alta
43
Casos Particulares na Comunicação
45
Ana Luísa Ferreira, Jorge Fonseca Ana Luísa Ferreira, Jorge Fonseca
Ana Cláudia Carneiro, Jorge Fonseca
Claudia Claudino, Cristiana Lopes Martins, Filipe Veloso Gomes Claudia Claudino, Cristiana Lopes Martins, Filipe Veloso Gomes Claudia Claudino, Cristiana Lopes Martins, Filipe Veloso Gomes Claudia Claudino, Cristiana Lopes Martins, Filipe Veloso Gomes Claudia Claudino, Cristiana Lopes Martins, Filipe Veloso Gomes Claudia Claudino, Cristiana Lopes Martins, Filipe Veloso Gomes Claudia Claudino, Cristiana Lopes Martins, Filipe Veloso Gomes Claudia Claudino, Cristiana Lopes Martins, Filipe Veloso Gomes Claudia Claudino, Cristiana Lopes Martins, Filipe Veloso Gomes
CARDIOLOGIA 49 História Clínica de Dor Torácica
49
Avaliação do Risco Cardiovascular
52
Exame Cardiovascular
54
Auscultação Cardíaca
58
Ana Paquete, Odete Cordeiro, José Amado, Daniela Carvalho, Nuno Marques Ana Paquete, Odete Cordeiro, José Amado, Daniela Carvalho, Nuno Marques Ana Paquete, Odete Cordeiro, José Amado, Daniela Carvalho, Nuno Marques Ana Paquete, Odete Cordeiro, José Amado, Daniela Carvalho, Nuno Marques
ÍNDICE
3.5 3.6 3.7 3.8 3.9
Exame Arterial Periférico
63
Exame Venoso Periférico
67
Medição da Pressão Arterial
70
Índice de Pressão Tornozelo Braço
72
Eletrocardiograma – Realização e Interpretação
73
Ana Paquete, Odete Cordeiro, José Amado, Daniela Carvalho, Nuno Marques Ana Paquete, Odete Cordeiro, José Amado, Daniela Carvalho, Nuno Marques Ana Paquete, Odete Cordeiro, José Amado, Daniela Carvalho, Nuno Marques Ana Paquete, Odete Cordeiro, José Amado, Daniela Carvalho, Nuno Marques Ana Paquete, Odete Cordeiro, José Amado, Daniela Carvalho, Nuno Marques
3.10 Avaliação Laboratorial Cardiovascular
Ana Paquete, Odete Cordeiro, José Amado, Daniela Carvalho, Nuno Marques
4 4.1 4.2 4.3 4.4
PNEUMOLOGIA 83 História de Dispneia
83
Exame do Sistema Respiratório
87
Auscultação Pulmonar
91
Gasometria Arterial
93
Ana Maria Henriques, Igor Glória, Vanda Areias, Karl Cunha Ana Maria Henriques, Igor Glória, Vanda Areias, Karl Cunha Ana Maria Henriques, Igor Glória, Vanda Areias, Karl Cunha Ana Maria Henriques, Igor Glória, Vanda Areias, Karl Cunha
4.5 Toracocentese
Ana Maria Henriques, Igor Glória, Vanda Areias, Karl Cunha
4.6 4.7
97
Prescrição e Administração de Oxigénio
101
Nebulização de Medicamentos
103
Ana Maria Henriques, Igor Glória, Vanda Areias, Karl Cunha Ana Maria Henriques, Igor Glória, Vanda Areias, Karl Cunha
4.8 Explicação da Utilização de Inaladores Pressurizados e Câmara Expansora
105
4.9 Explicação da Medição do Débito Expiratório Máximo Instantâneo
107
4.10 Interpretação da Espirometria
108
Ana Maria Henriques, Igor Glória, Vanda Areias, Karl Cunha Ana Maria Henriques, Igor Glória, Vanda Areias, Karl Cunha Ana Maria Henriques, Igor Glória, Vanda Areias, Karl Cunha
5 © LIDEL - Edições Técnicas
78
5.1 5.2 5.3
GASTRENTEROLOGIA 113 História Clínica de Dor Abdominal
113
História Clínica de Disfagia
118
História Clínica de Alteração do Trânsito Intestinal
121
Cláudia Silva, Paulo Caldeira Cláudia Silva, Paulo Caldeira
Carolina Venda, Paulo Caldeira
VII
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
5.4 5.5 5.6 5.7 5.8
História Clínica de Hemorragia Digestiva
123
História Clínica de Icterícia
129
Exame Físico Abdominal
133
Toque Retal
139
Entubação Nasogástrica
143
Márcia Pacheco, Paulo Caldeira Márcia Pacheco, Paulo Caldeira Cláudia Silva, Paulo Caldeira
Carolina Venda, Paulo Caldeira Carolina Venda, Paulo Caldeira
5.9 Paracentese
147
5.10 Interpretação do Líquido Ascítico
152
5.11 Interpretação das Provas Hepáticas
154
5.12 Interpretação de Marcadores de Hepatite Viral
158
Márcia Pacheco, Paulo Caldeira Márcia Pacheco, Paulo Caldeira Márcia Pacheco, Paulo Caldeira Cláudia Silva, Paulo Caldeira
6 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6
UROLOGIA 165 História Clínica de Queixas Miccionais
165
História Clínica de Hematúria Macroscópica
167
História Clínica de Disfunção Erétil
169
Exame Genital Masculino
172
Cateterização Vesical Feminina no Adulto
174
Cateterização Vesical Masculina no Adulto
177
Emanuel Raposo, Marcos Baraona, Miguel Rodrigues Emanuel Raposo, Marcos Baraona, Miguel Rodrigues Emanuel Raposo, Marcos Baraona, Miguel Rodrigues Emanuel Raposo, Marcos Baraona, Miguel Rodrigues Emanuel Raposo, Marcos Baraona, Miguel Rodrigues Emanuel Raposo, Marcos Baraona, Miguel Rodrigues
6.7 Realização e Interpretação de Teste de Urina com Tiras de Reagente
179
7
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
185
História Clínica Ginecológica
185
Exame Físico Ginecológico
189
Exame Físico da Mama
193
Emanuel Raposo, Marcos Baraona, Miguel Rodrigues
7.1 7.2 7.3 VIII
Desidério Duarte, Marta Mendonça, Eunice Capela Desidério Duarte, Marta Mendonça, Eunice Capela Desidério Duarte, Marta Mendonça, Eunice Capela
ÍNDICE
7.4 7.5
História Clínica Obstétrica
198
Exame Físico Obstétrico
202
Desidério Duarte, Marta Mendonça, Celeste Santos, Eunice Capela Desidério Duarte, Marta Mendonça, Celeste Santos, Eunice Capela
7.6 Explicação de Cuidados e Recomendações Gerais na Gravidez Desidério Duarte, Marta Mendonça, Celeste Santos, Eunice Capela
8 8.1 8.2 8.3 8.4 8.5 8.6 8.7 9 9.1 9.2
206
ENDOCRINOLOGIA 211 Consulta do Paciente Diabético 211 André Pires, Luís Gonçalves Sobrinho
Colheita de História de Poliúria e Polidipsia
212
Colheita de História nas Disfunções Tiroideias
214
Exame da Tiroide
216
Avaliação da Glicemia Capilar
217
Ensino de Administração de Insulina
220
Interpretação de Análises da Tiroide
222
SAÚDE MENTAL História Psiquiátrica Geral
225 225
Exame do Estado Mental
227
André Pires, Luís Gonçalves Sobrinho André Pires, Luís Gonçalves Sobrinho André Pires, Luís Gonçalves Sobrinho
André Pires, Hugo Alves, Luís Gonçalves Sobrinho André Pires, Luís Gonçalves Sobrinho André Pires, Luís Gonçalves Sobrinho
Frederico Melo e Silva, Nelson Brito Frederico Melo e Silva, Nelson Brito
9.3 Miniexame do Estado Mental – MMSE (Mini Mental State Examination) 229 Marisa Candelária, Nelson Brito
9.4 9.5 9.6
© LIDEL - Edições Técnicas
9.7 9.8
Avaliação da Capacidade de Tomar Decisões
230
História de Depressão
231
Avaliação do Risco de Suicídio
234
História de Dependência Alcoólica
238
História de Distúrbios Alimentares
239
Frederico Melo e Silva, Nelson Brito Marisa Candelária, Nelson Brito Marisa Candelária, Nelson Brito
Frederico Melo e Silva, Nelson Brito Frederico Melo e Silva, Nelson Brito
10 NEUROLOGIA 243 10.1 História Clínica de Cefaleias 243 Filipa Henriques da Silva, Joana Veloso Gomes, Motasem Shamasna, Francisca Sá
IX
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
10.2 História Clínica de Alterações Transitórias do Estado de Consciência – “Desmaios”, “Lipotimias” e Outros Episódios de “Ausência” Filipa Henriques da Silva, Joana Veloso Gomes, Motasem Shamasna, Francisca Sá
246
10.3 Avaliação do Discurso e da Linguagem
248
10.4 Avaliação dos Nervos Cranianos
250
10.5 Avaliação da Força, Tónus e Reflexos
255
10.6 Avaliação das Sensibilidades
258
10.7 Avaliação do Sistema Motor: Marcha, Coordenação e Funções Cerebelosas
260
Filipa Henriques da Silva, Joana Veloso Gomes, Motasem Shamasna, Francisca Sá Filipa Henriques da Silva, Joana Veloso Gomes, Motasem Shamasna, Francisca Sá Filipa Henriques da Silva, Joana Veloso Gomes, Motasem Shamasna, Francisca Sá Filipa Henriques da Silva, Joana Veloso Gomes, Motasem Shamasna, Francisca Sá Filipa Henriques da Silva, Joana Veloso Gomes, Motasem Shamasna, Francisca Sá
11 MUSCULOSQUELÉTICO 263 Nota Introdutória 263 11.1 História Clínica do Sistema Musculosquelético 264 Cristóvão Pinto, Joana Reis Guiomar, Jorge Rodrigues Fernandes, Manuel Alberto Correia, Acácio Ramos
11.2 Exame GALS
266
11.3 Exame Físico do Ombro
268
11.4 Exame Físico do Cotovelo
273
11.5 Exame Físico do Punho e da Mão
276
11.6 Exame Físico da Coluna Cervical
281
11.7 Exame Físico da Coluna Toracolombar
285
11.8 Exame Físico da Anca
288
11.9 Exame Físico do Joelho
292
Cristóvão Pinto, Joana Reis Guiomar, Jorge Rodrigues Fernandes, Manuel Alberto Correia, Revelino Lopes, Rui Alfarra, Acácio Ramos Cristóvão Pinto, Joana Reis Guiomar, Jorge Rodrigues Fernandes, Manuel Alberto Correia, Diogo Silva Gomes, Rui Alfarra, Acácio Ramos Cristóvão Pinto, Joana Reis Guiomar, Jorge Rodrigues Fernandes, Manuel Alberto Correia, Diogo Silva Gomes, Rui Alfarra, Acácio Ramos Cristóvão Pinto, Joana Reis Guiomar, Jorge Rodrigues Fernandes, Manuel Alberto Correia, Diogo Silva Gomes, Rui Alfarra, Acácio Ramos Cristóvão Pinto, Joana Reis Guiomar, Jorge Rodrigues Fernandes, Manuel Alberto Correia, Rui Alfarra, Acácio Ramos Cristóvão Pinto, Joana Reis Guiomar, Jorge Rodrigues Fernandes, Manuel Alberto Correia, Rui Alfarra, Acácio Ramos Cristóvão Pinto, Joana Reis Guiomar, Jorge Rodrigues Fernandes, Manuel Alberto Correia, Rui Alfarra, Acácio Ramos Cristóvão Pinto, Joana Reis Guiomar, Jorge Rodrigues Fernandes, Manuel Alberto Correia, Rui Alfarra, Acácio Ramos
X
ÍNDICE
11.10 Exame Físico do Tornozelo e Pé
297
11.11 Avaliação da Marcha
300
Cristóvão Pinto, Joana Reis Guiomar, Jorge Rodrigues Fernandes, Manuel Alberto Correia, Rui Alfarra, Acácio Ramos Cristóvão Pinto, Joana Reis Guiomar, Jorge Rodrigues Fernandes, Manuel Alberto Correia, Rui Alfarra, Acácio Ramos
12 OFTALMOLOGIA 305 12.1 História Clínica Oftalmológica 305 André Candelária, Filipe Lima Cabrita
12.2 Exame Visual e dos Olhos
310
12.3 Fundoscopia
326
André Candelária, Filipe Lima Cabrita André Candelária, Filipe Lima Cabrita
13 OTORRINOLARINGOLOGIA 337 13.1 História Clínica de Otorrinolaringologia 337 Luís Gonçalves Vicente, Armin Bidarian Moniri
13.2 Exame do Ouvido
342
13.3 Interpretação de Timpanograma
347
13.4 Audiograma Vocal e Tonal
348
13.5 Lavagem de Cerúmen
353
13.6 Exame Objetivo do Nariz
355
13.7 Tamponamento Nasal Anterior
360
13.8 Exame da Faringe, Hipofaringe e Laringe
363
Luís Gonçalves Vicente, Armin Bidarian Moniri Luís Gonçalves Vicente, Armin Bidarian Moniri Luís Gonçalves Vicente, Armin Bidarian Moniri Luís Gonçalves Vicente, Armin Bidarian Moniri Hugo Alves, Armin Bidarian Moniri Luís Gonçalves Vicente, Armin Bidarian Moniri Hugo Alves, Armin Bidarian Moniri
14 DERMATOLOGIA 369 14.0 Glossário de Principais Lesões Cutâneas 369 14.1 História Clínica Dermatológica 371 © LIDEL - Edições Técnicas
Patrícia Carneiro, Rubina Correia, Pedro Viegas
14.2 Exame Físico Dermatológico
373
Anexo 14.2.1 Abordagem Diagnóstica em Dermatologia
376
Anexo 14.2.2 Tumores Cutâneos
384
Patrícia Carneiro, Rubina Correia, Pedro Viegas Patrícia Carneiro, Rubina Correia, Pedro Viegas Patrícia Carneiro, Rubina Correia, Pedro Viegas
XI
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
14.3 Aconselhamento sobre Proteção Solar
Patrícia Carneiro, Rubina Correia, Pedro Viegas
15
389
PEDIATRIA 391
15.1 Avaliação do Recém-nascido
391
15.2 Índice de Apgar
401
15.3 Anamnese na História Clínica Pediátrica
403
15.4 Exame Pediátrico do Abdómen
405
15.5 Exame Pediátrico do Sistema Respiratório
408
15.6 Exame Pediátrico do Sistema Cardiovascular
411
15.7 Exame Pediátrico da Marcha e da Função Neurológica
416
João Seabra do Amaral, Margarida Coutinho Seabra do Amaral, Tânia Gago, Marta Soares, Manuela Calha João Seabra do Amaral, Margarida Coutinho Seabra do Amaral, Tânia Gago, Marta Soares, Manuela Calha Isis Legath Alonso, Erica Torres, Manuela Calha Isis Legath Alonso, Erica Torres, Manuela Calha Isis Legath Alonso, Erica Torres, Manuela Calha Isis Legath Alonso, Erica Torres, Manuela Calha Isis Legath Alonso, Erica Torres, Manuela Calha
16
GERIATRIA 421
16.1 História Clínica Geriátrica
421
16.2 Exame Objetivo Geriátrico
426
Filipa Maduro, Nelson Brito Filipa Maduro, Nelson Brito
17
PERICIRURGIA 431
17.1 Avaliação da Condição Física Pré-operatória
431
17.2 Avaliação Pré-operatória da Via Aérea
433
17.3 Controlo da Dor Pós-operatória
434
17.4 Anestesia Local – Procedimento
435
17.5 Interpretação dos Valores do Líquido Cefalorraquidiano (LCR)
437
17.6 Cálculos de Dosagem
438
17.7 Prescrição de Fluidos de Manutenção no Adulto
440
Ana Pinto de Oliveira, César Fernandes Rodrigues, José Ponte Ana Pinto de Oliveira, César Fernandes Rodrigues, José Ponte Ana Pinto de Oliveira, César Fernandes Rodrigues, José Ponte Ana Pinto de Oliveira, César Fernandes Rodrigues, José Ponte Ana Pinto de Oliveira, César Fernandes Rodrigues, José Ponte Ana Pinto de Oliveira, César Fernandes Rodrigues, José Ponte Ana Pinto de Oliveira, César Fernandes Rodrigues, José Ponte
XII
ÍNDICE
18
CIRURGIA 445
18.1 Higienização das Mãos
445
18.2 Preparação Pré-cirúrgica das Mãos
447
18.3 Vestir para o Bloco Operatório
450
18.4 Técnica Assética
453
18.5 Sutura de Feridas
457
18.6 Exame Físico de Hérnia Inguinal
461
18.7 Exame dos Gânglios Linfáticos
464
18.8 Exame Físico de Tumefação no Pescoço
468
19
471
Ana Campos, Manuel Machado, Filipe Guerra, Miguel Rodrigues Ana Campos, Manuel Machado, Filipe Guerra, Miguel Rodrigues Ana Campos, Manuel Machado, Filipe Guerra, Miguel Rodrigues Ana Campos, Manuel Machado, Filipe Guerra, Miguel Rodrigues Ana Campos, Manuel Machado, Filipe Guerra, Miguel Rodrigues Ana Campos, Manuel Machado, Filipe Guerra, Miguel Rodrigues Ana Campos, Manuel Machado, Filipe Guerra, Miguel Rodrigues Ana Campos, Manuel Machado, Filipe Guerra, Miguel Rodrigues
COMPETÊNCIAS GERAIS
19.1 Sinais Vitais
471
19.2 Administração de Injetáveis (Via Intramuscular, Subcutânea e Intradérmica)
476
19.3 Administração de Injetável (Via Endovenosa)
484
19.4 Colheita de Sangue Venoso Periférico
488
19.5 Acesso Venoso Periférico
491
19.6 Transfusão de Hemoderivados
495
19.7 Verificação do Óbito
498
19.8 Genograma
500
20
EMERGÊNCIA MÉDICA
505
20.1 Exame da Vítima – Doença Aguda
505
20.2 Desobstrução da Via Aérea
508
Marta Custódio, Miguel Rodrigues Hugo Alves, Miguel Rodrigues Hugo Alves, Miguel Rodrigues
Pedro Luís Pinheiro, Miguel Rodrigues Marta Custódio, Miguel Rodrigues Marta Custódio, Miguel Rodrigues
Pedro Luís Pinheiro, Miguel Rodrigues
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Marta Custódio, Miguel Rodrigues
Marta Leal dos Santos, Carlos Candeias, João Órfão, Sandra Miranda, Pedro Rouxinol Marta Leal dos Santos, Sandra Miranda, Carlos Candeias, João Órfão, Pedro Rouxinol
XIII
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
20.3 Posição Lateral de Segurança
510
20.4 Suporte Básico de Vida
511
20.5 Via Aérea Básica e Suporte Ventilatório
513
20.6 Via Aérea Avançada I – Entubação Traqueal
515
20.7 Via Aérea Avançada II – Máscara Laríngea
519
20.8 Via Aérea Avançada III – Cricotirotomia com Agulha
521
20.9 Acesso Intraósseo
523
20.10 Suporte Avançado de Vida (SAV)
524
Marta Leal dos Santos, Sandra Miranda, Carlos Candeias, João Órfão, Pedro Rouxinol Marta Leal dos Santos, Sandra Miranda, Carlos Candeias, João Órfão, Pedro Rouxinol Marta Leal dos Santos, Sandra Miranda, Carlos Candeias, João Órfão, Pedro Rouxinol Sandra Miranda, Marta Leal dos Santos, Carlos Candeias, João Órfão, Pedro Rouxinol Sandra Miranda, Marta Leal dos Santos, Carlos Candeias, João Órfão, Pedro Rouxinol Sandra Miranda, Marta Leal dos Santos, Carlos Candeias, João Órfão, Pedro Rouxinol Marta Leal dos Santos, Sandra Miranda, Carlos Candeias, João Órfão, Pedro Rouxinol Sandra Miranda, Marta Leal dos Santos, Carlos Candeias, João Órfão, Pedro Rouxinol
20.11 Cardioversão e Pacing 528 Marta Leal dos Santos, Sandra Miranda, Carlos Candeias, João Órfão, Pedro Rouxinol
20.12 Suporte Básico de Vida – Pediátrico
530
20.13 Suporte Avançado de Vida – Pediátrico
533
20.14 Exame da Vítima – Trauma
536
20.15 Descompressão de Pneumotórax Hipertensivo
540
Carlos Candeias, João Órfão, Marta Leal dos Santos, Sandra Miranda, Pedro Rouxinol João Órfão, Carlos Candeias, Marta Leal dos Santos, Sandra Miranda, Pedro Rouxinol Carlos Candeias, João Órfão, Marta Leal dos Santos, Sandra Miranda, Pedro Rouxinol João Órfão, Carlos Candeias, Marta Leal dos Santos, Sandra Miranda, Pedro Rouxinol
21 RADIOLOGIA 543 21.1 Radiografia Convencional 543 Filipe Machado, Rui Buzaco, Filipe Veloso Gomes
21.2 Tomografia Computorizada
553
21.3 Ecografia
564
21.4 Angiografia
568
Filipe Machado, Rui Buzaco, Filipe Veloso Gomes Filipe Machado, Rui Buzaco, Filipe Veloso Gomes Filipe Machado, Rui Buzaco, Filipe Veloso Gomes
Posfácio 573 Manuel Sobrinho Simões
Índice Remissivo
XIV
575
A
A AUTORES COORDENADOR
Luís Castelo-Branco, MD, PharmD – Médico pela Universidade do Algarve, com Mestrado
Integrado em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. É Interno de Oncologia Médica, Centro Hospitalar do Algarve, EPE (início em 2015). Vasta experiência associativa e de coordenação – Fundador (2009), Presidente da Direção (2009-2010) e Presidente da Mesa do Plenário (2011-2013) do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Algarve; Presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (2008-2011). Tem-se dedicado a investigação em Saúde Pública, Política de Saúde e Política do Medicamento. Como exemplo, é coautor do estudo The impact of financial crisis on health systems and Health in Europe da Organização Mundial de Saúde e Observatório Europeu de Políticas e Sistemas de Saúde, tendo sido selecionado pelas mesmas entidades para um restrito grupo de trabalho e discussão de 50 participantes internacionais sobre Re-thinking pharmaceutical policy. Optimising decisions in an era of uncertainty (julho 2014). Diversas participações como orador convidado em Congressos nacionais e internacionais sobre estes temas. Tem também um interesse particular por Educação Médica sendo o mentor e coordenador principal deste projeto.
VICE-COORDENADORES
Nuno Guerra Pereira, MD – Médico pela Universidade do Algarve; Licenciado em Enferma-
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gem pela Escola Superior de Enfermagem de Calouste Gulbenkian de Lisboa; Pós-Graduado em Cuidados Paliativos pela Universidade Católica Portuguesa. É Interno de Oncologia Médica, Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE (início em 2015); interesse pela Educação Médica – Coordenação do Departamento Pedagógico e a Vice-Presidência do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Algarve (2009-2011), do qual foi cofundador.
Tânia Gago, MD – Médica pela Universidade do Algarve; Mestre em Ciências da Educação pela
Universidade de Lisboa; Licenciada em Enfermagem pela Universidade do Algarve; Interna de Formação Específica em Gastrenterologia, Centro Hospitalar do Algarve, Faro, EPE (início em 2015); Assistente Convidada do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve; Coordenação do Departamento de Saúde Pública (2009-2010) e Vice-Presidente da Mesa de Plenário do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Algarve (2011-2013). XVII
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
AUTORES Nota: À data de escrita da obra, todos os autores eram Estudantes do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve. Os currículos que se seguem encontram-se atualizados à data de publicação de acordo com o programa de formação específica escolhido por cada autor.
Ana Campos – Médica pela Universidade do Algarve; Interna Complementar em Otorrinolaringologia, CUF Infante Santo (início em 2017).
Ana Cláudia Carneiro – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde Familiar Lauroé – ARS Algarve, IP (início em 2017); Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem do Porto.
Ana Luísa Ferreira – Médica pela Universidade do Algarve; Doutorada em Ciências Biotecnológicas pela Universidade do Algarve.
Ana Maria Henriques – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Geral e
Familiar, Unidade de Saúde Familiar Cidade do Liz – ACES Pinhal Litoral, IP (início em 2017); Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.
Ana Paquete – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Patologia Clínica, Hospital do Espírito Santo de Évora, EPE (início em 2017); Médica (Veterinária) pela Universidade de Évora.
Ana Pinto de Oliveira – Médica pela Universidade do Algarve; Interna em Saúde Pública, Unidade Saúde Pública Arnaldo Sampaio – ACES Arco Ribeirinho, IP (início em 2017); Mestre em Microbiologia Molecular pela Universidade de Aveiro; Licenciada em Biologia (ramo de Investigação) pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
André Candelária – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde Familiar Monte de Caparica (início em 2017); Mestre em Engenharia do Ambiente pela Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa.
André Pires – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Medicina Geral e Familiar, Uni-
dade de Cuidados de Saúde Personalizados Norte – Monte Redondo (início em 2016); Licenciado em Enfermagem e Enfermeiro Especialista em Reabilitação pela Escola Superior de Saúde de Viseu.
Carlos Candeias – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Medicina Interna, Centro
Hospitalar do Algarve, EPE (início em 2017); Licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve.
Carolina Venda – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Geral e Familiar,
Unidade de Saúde Familiar Farol – ARS Algarve, IP (início em 2016); Licenciada em Fisioterapia pela Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa. XVIII
AUTORES
César Fernandes Rodrigues – Médico pela Universidade do Algarve; Licenciatura em Enfermagem pela Universidade do Minho.
Claudia Claudino – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Hematologia, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE (início em 2017); Licenciada em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa.
Cláudia Silva – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde Familiar Montemuro – ACES Dão Lafões, IP (início em 2016); Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Saúde de Viseu.
Cristiana Lopes Martins – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Física e
Reabilitação no Centro Hospitalar do Algarve, EPE (início em 2017); Licenciatura em Medicina Veterinária pela Universidade do Porto.
Cristóvão Pinto – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Anestesiologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE (início em 2017); Licenciado em Fisioterapia pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto.
Desidério Duarte – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Psiquiatria, Centro Hospi-
talar do Algarve, EPE (início em 2017); Licenciado em Enfermagem pela Universidade do Algarve.
Emanuel Raposo – Médico pela Universidade do Algarve; Licenciado em Fisioterapia pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa.
Filipa Henriques da Silva – Médica pela Universidade do Algarve; Interna da Especialidade de
Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde Familiar de Albufeira – ARS Algarve, IP (início em 2017); Mestre em Marketing Management pela Universidade Nova de Lisboa; Licenciada em Psicologia pelo Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida.
Filipa Maduro – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Psiquiatria, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE (início em 2015); Mestre em Biotecnologia e Licenciada em Bioquímica pela Universidade de Coimbra.
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Filipe Machado – Médico pela Universidade do Algarve; Médico Interno de Ortopedia e Trau-
matologia, Hospital Ortopédico de Sant’Iago do Outão – Centro Hospitalar de Setúbal, EPE (início em 2016); Mestre em Gestão pela Universidade Nova de Lisboa; Licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Lisboa – Polo Artur Ravara.
Frederico Melo e Silva – Médico pela Universidade do Algarve; Interno da Especialidade de
Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde Familiar Descobrimentos – ARS Algarve, IP (início em 2017); Mestrado em Microbiologia Médica pela Universidade Nova de Lisboa. XIX
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
Hugo Alves – Médico pela Universidade do Algarve; Doutorado em Engenharia Biomédica pela Universidade de Twente; Licenciado em Biologia Aplicada pela Universidade do Minho.
Igor Glória – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde Familiar Farol – ACES Algarve Central, IP (início em 2017); Licenciado em Enfermagem pela Universidade do Algarve.
Isis Legath Alonso – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Imuno-hemoterapia,
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho (início em 2016); Médica Veterinária pela Universidade Técnica de Lisboa; Mestre em Genética Molecular pela Escola de Ciências da Universidade do Minho.
Joana Reis Guiomar – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Endocrinologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE (início em 2017); Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Saúde de Santarém.
Joana Veloso Gomes – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Geral e Fa-
miliar, Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Quarteira – ARS Algarve, IP (início em 2017); Licenciada em Psicologia pelo Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida, Lisboa.
João Órfão – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Otorrinolaringologia, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE (início em 2017); Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.
João Seabra do Amaral – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Oftalmologia, Hos-
pital Universitário de Bern – Suíça (início em 2015); Licenciado em Microbiologia pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa.
Jorge Rodrigues Fernandes – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Medicina In-
terna, Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE (início em 2017); Licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Lisboa – Polo Artur Ravara.
Luís Castelo-Branco – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Oncologia Médica,
Centro Hospitalar do Algarve, EPE (início em 2015); Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.
Luís Gonçalves Vicente – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Medicina Interna, Centro Hospitalar do Algarve, EPE (início em 2017); Licenciado em Biologia/Geologia (vertente de Ensino) pela Universidade do Minho.
Manuel Alberto Correia – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Neurorradiologia, Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE (início em 2017); Licenciado em Radiologia pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto. XX
AUTORES
Manuel Machado – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Neurologia, Centro Hospitalar Lisboa Centro, EPE (início em 2017).
Márcia Pacheco – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Interna, Hospital Vila Franca de Xira (início em 2016); Licenciatura em Reabilitação Psicomotora pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa.
Marcos Baraona – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Medicina Geral e Familiar,
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Portimão (início em 2016); Mestre em Psicologia na Área de Especialização da Saúde pela Universidade do Algarve; Licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Beja.
Margarida Coutinho Seabra do Amaral – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de
Obstetrícia e Ginecologia, Hospital Universitário de Bern – Suíça (início em 2015); Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian.
Marisa Candelária – Estudante de Medicina da Universidade do Algarve; Licenciada em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa.
Marta Custódio – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Interna, Hospital de Cascais Dr. José de Almeida (início em 2016); Licenciada e Mestre em Reabilitação Psicomotora pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa.
Marta Leal dos Santos – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Doenças Infeciosas, Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE (início em 2017); Médica Dentista pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz.
Marta Mendonça – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Geral e Familiar,
Unidade de Saúde Familiar Ria Formosa – ACES Algarve Central, IP (início em 2017); Licenciatura em Enfermagem pela Universidade do Algarve.
Nuno Guerra Pereira – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Oncologia Médica, Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE (início em 2015); Licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Lisboa.
Odete Cordeiro – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Geral e Familiar, © LIDEL - Edições Técnicas
Conceição de Faro (início em 2017); Licenciada em Bioquímica pela Universidade do Algarve.
Patrícia Carneiro – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Interna, Centro Hospitalar de Setúbal, EPE (inicio em 2016); Licenciada em Fisioterapia pela Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa.
Pedro Luís Pinheiro – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde Familiar Penela – ARS Centro, IP (início em 2016); Doutorado em XXI
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
Ciências Veterinárias pela Universidade do Porto; Licenciado em Biologia e Geologia pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Rui Buzaco – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Medicina Geral e Familiar, Uni-
dade de Cuidados de Saúde Personalizados Olaio – ACES Loures Odivelas, IP (início em 2016); Licenciado em Bioquímica pela Universidade de Évora.
Sandra Miranda – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Medicina Geral e Familiar,
Unidade de Saúde Familiar Lauroé – ARS Algarve, IP (início em 2017); Licenciada em Engenharia Química pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.
Tânia Gago – Médica pela Universidade do Algarve; Interna de Gastrenterologia, Centro Hospitalar do Algarve, EPE (início em 2015); Assistente Convidada do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve; Mestre em Ciências da Educação pela Universidade de Lisboa; Licenciada em Enfermagem pela Universidade do Algarve.
DIRETORES
Acácio Ramos – Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia, Hospital Particular do Algarve; Assistente Convidado de Ortopedia e Traumatologia do Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve.
Armin Bidarian Moniri – Médico pela Universidade de Bergen, Noruega; Especialista em Otor-
rinolaringologia e Doutorado pelo Hospital Universitário Sahlgrenska, Gotemburgo, Suécia; Dois tratamentos patenteados para otite serosa e apneia do sono; condecorado pela Rainha da Suécia pelo seu trabalho inovador nas deficiências auditivas pediátricas (2014).
Celeste Santos – Médica Assistente Graduada em Obstetrícia e Ginecologia, Centro Hospitalar do Algarve, EPE.
Daniela Carvalho – Médica Interna de Cardiologia, Hospital de Faro – Centro Hospitalar do Algarve, EPE.
Diogo Silva Gomes – Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia, Centro Hospitalar do Algarve, EPE, e Hospital Particular do Algarve; Assistente Convidado de Ortopedia e Traumatologia do Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve.
Erica Torres – Médica Pediatra, Centro Hospitalar do Algarve, EPE. Eunice Capela – Médica Assistente Graduada Sénior de Ginecologia e Obstetrícia, Hospital de Faro – Centro Hospitalar do Algarve, EPE; Assistente Convidada do Mestrado Integrado de Medicina da Universidade do Algarve. XXII
AUTORES
Filipe Lima Cabrita – Médico pela Universidade Carolina de Praga; Médico Assistente Hospitalar de Oftalmologia, Hospital de Faro – Centro Hospitalar do Algarve; Fellow do European Board of Ophthalmology (FEBO).
Filipe Guerra – Médico Assistente de Cirurgia Geral, Hospital Particular do Algarve. Filipe Veloso Gomes – Médico Radiologista de Intervenção, Centro Hepato-Bilio-Pancreático e
de Transplantação, Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE; Assistente Convidado do Departamento Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve.
Francisca Sá – Médica Assistente Hospitalar de Neurologia, Hospital Egas Moniz – Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE.
Jorge Fonseca – Médico Especialista em Anestesiologia; Consultant Anaesthetist and Intensivist, Maidstone and Tunbridge Wells NHS Trust; Professor Associado do Departamento Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve (até 2013).
José Amado – Médico Assistente de Cardiologia, Centro Hospitalar do Algarve, EPE. José Ponte – Professor Emérito da Universidade do Algarve; Diretor do Mestrado Integrado em Medicina (até 2013); Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; Especialista em Anestesiologia; Doutorado em Fisiologia pela Universidade de Bristol.
Karl Cunha – Médico Assistente Hospitalar de Pneumologia, Centro Hospitalar do Algarve, EPE.
Luís Gonçalves Sobrinho – Médico Especialista em Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo;
ex-Diretor do Serviço de Endocrinologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, EPE; Professor Convidado Jubilado do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve; Professor Catedrático Jubilado Convidado na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa; Professor Jubilado de Medicina, Yale School of Medicine, Yale University, USA.
Manuela Calha – Médica Assistente Hospitalar Graduada de Pediatria, Centro Hospitalar do Algarve, EPE.
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Marta Soares – Médica Pediatra, Centro Hospitalar do Algarve, EPE. Miguel Rodrigues – Médico Assistente Hospitalar de Urologia, Centro Hospitalar do Algarve, EPE; Assistente Convidado do Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve.
Motasem Shamasna – Médico Especialista em Neurologia pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE; Neurologista, Centro Hospitalar do Algarve, EPE.
XXIII
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
Nelson Brito – Médico Assistente de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Quarteira – ARS Algarve, IP; Assistente Convidado do Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve; Formador em Cursos EURACT (European Academy of Teachers in General Practice/Family Medicine); Mestre em Bioética.
Nuno Marques – Médico Assistente de Cardiologia, Centro Hospitalar do Algarve, EPE; Responsável do Serviço de Cardiologia do Hospital Particular do Algarve; Assistente Convidado do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve.
Paulo Caldeira – Médico Assistente Graduado de Gastrenterologia, Centro Hospitalar do Algarve, EPE; Assistente Convidado do Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve.
Pedro Bebiano Rouxinol – Médico pela Universidade do Algarve; Interno de Medicina Inter-
na, Centro Hospitalar do Algarve, EPE (início em 2015); Diretor do Laboratório de Investigação e Formação em Emergência (LIFE) do Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve; Assistente Convidado do Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve; Licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve.
Pedro Viegas – Médico Especialista em Dermatologia. Revelino Henriques Lopes – Médico Especialista em Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar do Algarve, EPE.
Rubina Correia – Médica Especialista em Medicina Geral e Familiar; Assistente Convidada do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve.
Rui Alfarra – Fisioterapeuta pela Escola Superior de Saúde de Alcoitão; Mestre em Educação com Especialidade de Educação para a Saúde pela Universidade do Minho.
Vanda Areias – Médica Assistente Hospitalar de Pneumologia, Centro Hospitalar do Algarve, EPE. OUTROS CONTRIBUTOS
Leonardo Miraldo – Contributo no processo de coordenação; Estudante de Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
Ricardo Correia – Contributos no processo de edição fotográfica e gráfica; Médico Interno de Psiquiatria, Centro Hospitalar do Algarve.
Sofia Couto da Rocha – Contributos no processo de edição fotográfica e gráfica; Médica Interna de Medicina Interna, Centro Hospitalar do Algarve; MBA pelo The Lisbon MBA. XXIV
R
R REVISORES REVISORES
António de Marvão, MD, PhD – Professor Auxiliar de Cardiologia no Medical Research Cou-
ncil Clinical Sciences Centre, Imperial College London; Interno de Cardiologia, Imperial College London Healthcare NHS Trust.
Carlos Robalo Cordeiro, MD, PhD – Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; Diretor do Serviço de Pneumologia A, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE; Secretário-geral da European Respiratory Society.
Henedina Antunes, MD, PhD – Assistente Graduada Sénior de Pediatria, Hospital de Braga;
Professora de Pediatria na Escola de Ciências da Saúde, Universidade do Minho; Investigadora no Instituto de Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) e ICVS/3B’s.
Henrique Nabais, MD – Diretor da Unidade de Ginecologia, Fundação Champalimaud. João Bernardes, MD, PhD – Professor Catedrático na Faculdade de Medicina da Universidade
do Porto; Assistente Graduado Sénior de Ginecologia e Obstetrícia, Centro Hospitalar de S. João, EPE; Diretor do Departamento da Mulher, da Criança e do Jovem, Hospital Pedro Hispano – Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE.
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João Gíria, MD – Professor Convidado de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (2000-2011); Diretor do Serviço de Cirurgia, Hospital Garcia de Orta, EPE (1993-2011); Cirurgião, Hospital CUF Infante Santo.
João Gorjão Clara, MD, PhD – Professor Catedrático Convidado da Faculdade de Medicina
da Universidade de Lisboa; Coordenador da Unidade Universitária de Geriatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa/Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE; Professor Associado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (1998-2009), Responsável da UniXXV
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
dade de Geriatria da cadeira de Medicina II; Doutorado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (1990), com agregação (1995).
José Luís Pio Abreu, MD, PhD – Professor de Psiquiatria (até 2013) com Agregação e Doutoramento na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; Psiquiatra Clínico; Membro do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa; Sócio Honorário da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Jorge Mineiro, MD, PhD, FRCSEd – Presidente do European Orthopaedic Board Examina-
tion (EBOT); ex-Presidente de Girdlestone Orthopaedic Society (Oxford); Professor de Ortopedia e Trauma; Diretor Clínico e Responsável pela Unidade de Ortopedia e Traumatologia do Hospital CUF Descobertas; Presidente eleito da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (20132014).
Luís Abegão Pinto, MD, PhD – Professor Auxiliar de Oftalmologia na Faculdade de Medicina
da Universidade de Lisboa; Membro do Centro de Estudos das Ciências da Visão da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; Assistente Hospitalar de Oftalmologia, Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE.
Luís Antunes, MD – Diretor do Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital Garcia de Orta, EPE; Presidente da Comissão de Ética, Hospital Garcia de Orta, EPE; Vogal da Direção da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia.
Miguel Castelo-Branco Sousa, MD PhD – Médico Assistente Graduado Sénior de Medicina Interna e Medicina Intensiva, Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE; Diretor do Curso de Medicina e Professor Associado da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior.
Miguel Guimarães, MD – Consultor e Assistente Graduado em Urologia, Centro Hospitalar de São João, EPE; Membro da Direção do Colégio de Urologia; Competência em Gestão pela Ordem dos Médicos.
Miguel Viana Baptista, MD, PhD – Professor Auxiliar de Neurologia da Faculdade de Ciên-
cias Médicas da Universidade Nova de Lisboa; Diretor do Serviço de Neurologia, Hospital Egas Moniz – Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE; Diretor do Departamento de Investigação, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE.
Olga Azevedo, MD – Assistente Convidada de Cardiologia, Curso de Medicina da Escola de
Ciências da Saúde, Universidade do Minho; Assistente Hospitalar de Cardiologia, Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães, EPE; Coordenadora do Laboratório de Ecocardiografia, Serviço de Cardiologia, Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães, EPE.
Paula Xavier Marante, MD – Professora Convidada do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve; Especialista em Radiologia; Assistente Graduada de Radiodiagnóstico. XXVI
REVISORES
Paulo Filipe, MD, PhD – Professor de Dermatologia e Venereologia da Clínica Universitária de Dermatologia, Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE.
Paulo Sousa, PhD – Professor Auxiliar na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa; Coordenador do Mestrado em Saúde Pública na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa; Coordenador do Curso Internacional de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente (parceria ENSP-UNL com a ENSP-Fiocruz do Rio de Janeiro).
Rui Araújo, MD – Diretor do Departamento de Emergência e Medicina Intensiva, Hospital
Pedro Hispano – Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE; Chefe de Serviço de Anestesiologia, Hospital Pedro Hispano – Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE; Subespecialista em Medicina Intensiva e Competência de Urgência e Emergência; Cofundador e instrutor do European Trauma Course.
Rui Tato Marinho MD, PhD – Gastrenterologista e Hepatologista, Hospital de Santa Maria
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– Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE; Editor-Chefe da Acta Médica Portuguesa; Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.
XXVII
P PREFÁCIOS
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PREFÁCIO I
O ensino da Medicina tem evoluído continuamente, procurando incorporar novos conceitos e tecnologias, tornar-se mais interativo e ser mais abrangente, coerente e rigoroso, tanto no ensino como na avaliação. Uma das dificuldades e restrições particularmente sentidas no passado era não a apreciação de conhecimentos teóricos mas sim a aquisição e, sobretudo, a avaliação de competências do foro clínico e de comunicação e relacionamento com os doentes. Foi neste contexto que, nos anos 70, surgiu a metodologia dos Objective Structured Clinical Examination (OSCE), publicada pela primeira vez por Ronald Harden e colaboradores (British Medical Journal, 1975; 1:447-451), que o Coordenador principal pormenorizadamente descreve no início deste livro. Provada sucessivamente a sua validade e interesse, reconhecidas as suas vantagens e limitações, desde então a metodologia OSCE recebeu uma aceitação e utilização cada vez mais generalizadas, evoluindo e sofisticando-se no seu formato e aplicação e tornando-se uma inestimável ferramenta do ensino médico. Atualmente ninguém contesta a sua relevância, mas continua aquém do que seria potencialmente desejável a sua implementação em Portugal e nos países de língua portuguesa. Talvez o maior fator limitativo fosse a falta de uma obra de referência sobre a aprendizagem e emprego do conceito OSCE. Pois bem, aqui está essa obra, de inequívoca qualidade e oportunidade, razão pela qual obteve a chancela científica da Ordem dos Médicos. É um importantíssimo contributo para o ensino e a avaliação consistentes, reprodutíveis e estruturados da Medicina em Portugal, podendo incrementar a sua qualificação, particularmente no setor das competências clínicas e do relacionamento e comunicação com os doentes, tantas vezes insuficientemente valorizados. Este livro, de certa forma revolucionário na língua de Camões e Fernando Pessoa, estimulará alguma evolução de mentalidades e metodologias, terá certamente o merecido êxito e constituirá um excelente apoio técnico-científico para alunos, jovens médicos e tutores, para benefício de todos, em última instância dos doentes. Parabéns aos seus autores. José Manuel Silva
Bastonário da Ordem dos Médicos; Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; Assistente Graduado de Medicina Interna do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra XXIX
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
PREFÁCIO II A prática e a aprendizagem da medicina evoluíram substancialmente nos últimos 50 anos. Na formação básica de novos médicos e na formação de especialistas nas carreiras médicas, houve progressos importantes quer em metodologias para avaliar conhecimentos teóricos (MCQ, ou exames de escolha múltipla, 1950), quer em metodologias para avaliar competências práticas (OSCE, ou exame clínico estruturado e objetivo, 1975), quer em metodologias para selecionar estudantes (MMI, ou mini entrevistas múltiplas, 2007). Nos países anglo-saxónicos as MCQ e os OSCE estão estabelecidos há muitos anos como ferramentas de avaliação objetivas em medicina, abrangendo praticamente todas as escolas médicas e todos os exames para atribuição dos títulos de especialista. Os MCQ nasceram nos EUA durante a 1.ª Guerra Mundial1 e foram largamente adotados nas escolas médicas em todo o mundo há mais de 60 anos, incluindo as escolas médicas portuguesas. Mas a adoção dos OSCE, introduzidos em 19752, tem sido muito mais lenta. As escolas médicas portuguesas, com poucas exceções, ainda não adotaram esta metodologia consistentemente ao longo de todo o curso. Também nenhum dos colégios da Ordem dos Médicos (OM) adaptou a metodologia dos OSCE para avaliar as competências práticas dos candidatos durante o exame para atribuição do título de especialista. No Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve (MIM/UALG) os OSCE foram instituídos como a ferramenta principal de avaliação das competências práticas dos estudantes, do primeiro ao último ano, desde a instalação do MIM em 2009. Existe hoje no MIM/UALG uma experiência substancial do uso desta metodologia, incluindo um grupo considerável de tutores e avaliadores experimentados. Possivelmente, a inexistência de livros de abordagem dos OSCE em português terá contribuído para a baixa adoção da metodologia no país. Os autores deste livro são atuais estudantes, recém-formados ou tutores do MIM/UALG. O texto foi posteriormente revisto por um grupo de especialistas conceituados a nível nacional. Os autores embarcaram nesta tarefa principalmente para ajudar os atuais e futuros estudantes do MIM/UALG, assim como médicos na generalidade, a adquirirem as competências práticas essenciais que todos os médicos devem possuir. O livro também ajudará os estudantes a prepararem-se para os três OSCE anuais que ocorrem do primeiro ao quarto ano do MIM/UALG. Fica também a esperança que este livro venha a facilitar a adoção da metodologia OSCE pelas outras escolas médicas e pelos colégios da OM. Faro, 20 de Maio de 2015 José Ponte
Professor Emérito da Universidade do Algarve Diretor do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve (até 2013) Especialista em Anestesiologia, Doutorado em Fisiologia pela Universidade de Bristol
Pedro Marvão
Coordenador Pedagógico (2008-2016) e Sub-director do MIM/UAlg (2012-2016) Deputy Programme Director (Physician Associate Studies), Academic Lead for Assessment & Lecturer; Division of Medical Education; School of Medical Sciences; Faculty of Biology Medicine and Health; The University of Manchester 1
2
rewin SA. History of Psychology: Robert Yerkes’ Multiple-Choice Apparatus, 1913-1939. The American Journal of Psychology. T 2007; 120:645-660. Harden RMcG, Stevenson M, Downe WW, Wilson GM. Assessment of Clinical Competence using Objective Structured Examination. BMJ. 1975; 22 Feb 1:447-445. XXX
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SOBRE O LIVRO
Este livro é um guia de aprendizagem de competências clínicas práticas, ajustado ao nível de conhecimento que todo o médico recém-formado deve dominar competentemente. Para além disso, é um guia de preparação do formando para o contexto avaliativo em formato Objective Structured Clinical Examination (OSCE), sendo o primeiro livro sobre este modelo em língua portuguesa. Destina-se, assim, aos estudantes de Medicina e a todos os médicos dos países de língua oficial portuguesa que queiram melhorar as suas competências clínicas práticas e/ou prepararem-se para a avaliação por OSCE. Nos 21 capítulos abordam-se as situações mais prevalentes com que o médico se poderá confrontar na sua prática. No capítulo introdutório apresentam-se três secções mais descritivas e gerais sobre a colheita de história clínica, o exame físico e os procedimentos clínicos. Por regra, os restantes capítulos respeitam essa estrutura organizacional inicialmente apresentada. Os primeiros capítulos são dedicados a competências comunicacionais e de segurança do paciente, por serem áreas fundamentais e transversais a todas as competências clínicas. Nos diversos capítulos as competências estão, por regra, sequenciadas (passo a passo) desde o primeiro contacto com o paciente/pessoa até à despedida, sendo complementadas com imagens, esquemas, diagramas ou mnemónicas que se consideraram intuitivos para uma melhor aprendizagem. Cada capítulo finaliza com a indicação de algumas sugestões de leitura adicional, para quem quiser aprofundar e/ ou complementar o trabalho desenvolvido. Este livro contou com a participação de mais de 100 intervenientes. Os autores de cada capítulo eram estudantes de Medicina da Universidade do Algarve que, sob a orientação de médicos especialistas em cada uma das temáticas, procuraram desenvolver o conteúdo numa linguagem intuitiva e prática, para facilitar a aprendizagem, desde o aluno do 1.º ano ao médico já formado. Os capítulos foram posteriormente revistos por reconhecidos peritos nacionais, num processo que procurou envolver revisores de todas as escolas médicas portuguesas, permitindo a certificação da qualidade técnica e científica do trabalho. Iniciei este projeto quando era ainda aluno do 3.º ano de medicina do Mestrado integrado em Medicina da Universidade do Algarve (MIM/UAlg), curso que optou por fazer avaliação de competências clínicas práticas em formato OSCE. Pareceu-me que seria oportuno desenvolver um livro de competências clínicas práticas e preparação para OSCE – o primeiro em língua portuguesa –, que pudesse ser útil para todos os estudantes de medicina e médicos de língua oficial portuguesa e XXXI
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
contribuir para o desenvolvimento formativo de um conjunto de tutores de competências clínicas práticas e OSCE. Foi um longo processo com mais de quatro anos de duração desde que o idealizei até à sua publicação. Foi muito desafiante conseguir envolver as mais de cem pessoas (estudantes, médicos, docentes do MIM/UAlg e especialistas de todo o país em cada área clínica) que acreditaram em mim e contribuíram decisivamente para o sucesso deste projeto. A todos o meu eterno obrigado e parabéns pelo trabalho desenvolvido. O desafio foi gigante, os obstáculos incontáveis, mas o que parecia uma mera utopia, passo a passo tornou-se realidade. É extremamente gratificante ver este livro finalmente publicado após todo o trabalho e dedicação. Sonhar vale a pena, lutar pelos nossos sonhos vale ainda mais. Esperamos que o conteúdo final seja útil e contribua para a melhoria das competências clínicas de cada leitor. Luís Castelo-Branco Coordenador
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SOBRE A METODOLOGIA OSCE
O QUE É O OBJECTIVE STRUCTURED CLINICAL EXAMINATION (OSCE)? Inicialmente desenvolvido em 1975, este método de avaliação é considerado entre os mais objetivos para avaliar competências clínicas práticas. Está largamente estabelecido nas universidades dos países anglo-saxónicos, incluindo EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, e em muitos países do norte da Europa, como Holanda, Suécia, Dinamarca, entre outros, sendo também amplamente usado no contexto avaliativo pós-graduado (avaliação durante o Internato Médico). A avaliação é feita com contextos clínicos simulados, em diversas “estações” que decorrem simultaneamente num período de tempo rigorosamente controlado (normalmente entre 5 e 10 minutos), cada uma dedicada à avaliação de uma única competência prática. Os examinandos percorrem individualmente um circuito, de “estação” para “estação”, de forma sequencial e em intervalos regulares. Em cada sala encontra-se um examinador, que não tem conhecimento do que decorre nas outras salas. Uma das filosofias e vantagens do OSCE é todos os avaliandos serem sujeitos aos mesmos exames, pelo mesmo júri, durante o mesmo período temporal, com a mesma checklist avaliativa, diminuindo-se, desse modo, a subjetividade em contexto avaliativo. Assim, num cenário ideal, bem desenvolvido, a única variável em análise será a competência do avaliando. O cenário pode consistir em colher uma história clínica breve centrada num problema único (por exemplo, cefaleia), fazer um exame físico específico (por exemplo, exame físico abdominal), efetuar um procedimento clínico (por exemplo, obter um traçado de eletrocardiograma), interpretar meios complementares de diagnóstico (por exemplo, interpretação de radiografia do tórax) ou explicar procedimentos (por exemplo, explicar uma endoscopia a um doente). Nas várias “estações”, utiliza-se equipamento de diagnóstico ou tratamento real em manequins, utilizam-se atores que aprenderam um guião para simular uma história de uma situação clínica ou pode eventualmente haver a participação de pacientes ou vídeos de cenários clínicos reais. Pretende-se simular ao máximo o contexto real; no entanto, há sempre pequenas adaptações a considerar. DO CONTEXTO CLÍNICO REAL PARA O OSCE – AS ADAPTAÇÕES Cada cenário do OSCE está ajustado a um tempo máximo de execução (por exemplo, 6 minutos). No entanto, em contexto real, esse tempo pode ser diferente em função da complexidade XXXIII
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
clínica. Adicionalmente, em contexto OSCE, poderá ser pedido para omitir alguns passos de forma a conseguir completar o exame no tempo definido para avaliação (por exemplo, no exame cardiorrespiratório poderá ser solicitado para não descrever todos os achados da auscultação cardíaca, e poderá haver uma outra estação específica dedicada a auscultação cardíaca, pela sua importância e complexidade). Os cenários de história clínica estão organizadas para focar uma queixa muito específica. Na realidade as queixas podem ser mais abrangentes e complexas do que o contexto simulado bem encenado. Os cenários de exame físico solicitam, normalmente, uma avaliação muito específica de um órgão ou sistema. Em contexto real poderá haver a necessidade de o exame ser mais extenso. Por outro lado, a história clínica fornecida é, por regra, muito resumida, mas em contexto real o médico deverá sempre colher/confirmar os dados da história clínica completa do paciente. Nem sempre os cenários criados conseguem replicar todos os aspetos relevantes da prática clínica. Por exemplo, o ator pode não mimetizar eficazmente um paciente real, o que pode ser uma limitação do OSCE. Os cenários de procedimentos clínicos utilizam manequins que pretendem simular o funcionamento do corpo humano, mas poderão ter algumas diferenças (por exemplo, nos modelos de punção venosa, a textura da pele e a mobilidade dos vasos poderá ser diferente do contexto real no ser humano). Os manequins têm vindo a melhorar, mas continua a haver diferenças que é preciso considerar na transposição para a realidade. As várias décadas de experiência neste formato avaliativo têm demonstrado que o formando em OSCE pode “simular” o domínio de algumas competências, caso a forma de avaliação não seja devidamente implementada. Alguns estudantes têm também por hábito focalizar o treino nas checklists avaliativas e cenários que preveem ser os mais prováveis de aparecer em contexto avaliativo, o que nem sempre implica dominar as competências de acordo com as boas práticas médicas. Deste modo, correlacionar uma boa avaliação em contexto OSCE com boas práticas clínicas em contexto real é um importante desafio. Este livro pretende também colocar a aprendizagem por parte do formando no centro do processo de formação, onde o modelo OSCE deve ser encarado “apenas” como uma forma de avaliação importante e válida (se bem implementada), mas não como o objetivo final. Se o formando for bem preparado para o contexto real, estará apto para qualquer cenário avaliativo que tenha sido devidamente desenvolvido, incluindo o OSCE.
CONSELHOS PARA TER SUCESSO EM CONTEXTO OSCE Antes do exame: ¢¢ Primeiro, estudar a teoria de como fazer bem e a seguir treinar muito a prática. Estudar sem treinar limita a capacidade de aplicar na prática o que se aprende. Treinar sem contexto teórico correto aumenta a probabilidade de sistematizar o erro, sendo posteriormente mais difícil a mudança para as boas práticas; ¢¢ Treinar com outros colegas, o que ajuda na identificação de erros e no esclarecimento de dúvidas. No caso de dúvidas mais complexas, não hesitar em contactar um estudante/médico mais experiente nessa área, com o qual haja algum grau de confiança. Se possível, filmar-se a treinar com posterior auto e heteroavaliação, o que pode ser uma boa estratégia de identificação de pontos a melhorar; ¢¢ Focalizar na aprendizagem de acordo com as boas práticas médicas, muito mais do que querer apenas “aprender para passar no exame de OSCE”; XXXIV
SOBRE A METODOLOGIA OSCE
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Gerir bem o tempo. Em contexto prático, o tempo investido deve ser o mínimo possível que permita uma execução adequada e conforme as boas práticas. Treinar previamente a competência no tempo adequado é importante para o sucesso no contexto avaliativo. É natural que no início do treino clínico se demore mais tempo a executar, mas o treino deve servir também para ajudar a otimizar esse importante aspeto.
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No dia do exame: ¢¢ Manter a calma. Se a preparação do estudo foi bem executada, não há motivos para (demasiada) ansiedade. Lembrar que a ansiedade é uma constante na realidade médica, e aprender a geri-la é também um fator de sucesso na prática clínica; ¢¢ Vestir de forma apropriada. Sugere-se vestuário adequado à realidade da prática médica, dependendo do contexto sociocultural e de cada escola médica. Por exemplo, camisa, calças, sapatos por regra são adequados e deve-se evitar havaianas ou adereços de moda, como pulseiras. Sequencialmente: 1. Ler com muita atenção as instruções antes de entrar na sala. Estar focalizado na informação relevante fornecida e organizar mentalmente as ideias de como agir perante o cenário exposto é fundamental para executar de forma correta. Se tiver dúvidas (que não é suposto), pergunte ao avaliador ou confirme com o ator (dependendo do contexto); 2. Focalizar exclusivamente no que é pedido. O tempo é precioso e deve ser otimizado para cumprir as tarefas solicitadas. Evite desperdiçar tempo com aspetos que não são pedidos; 3. Entrar na sala e, com tranquilidade, tentar executar sequencialmente a competência clínica, descrevendo pormenorizadamente o que vai fazendo, sempre que adequado; 4. Ajustar linguagem e criar empatia. No diálogo com o paciente/ator, deve procurar manter sempre uma atitude empática e preocupada, como se se tratasse de um cenário real, e comunicando de forma acessível, sem utilizar jargão médico. Se o avaliador fizer perguntas, aí sim, deve comunicar usando linguagem médica; 5. Gerir bem o tempo. Se no cenário avaliativo houver um atraso em algum dos passos, deve ajustar a atitude de forma a não comprometer passos fundamentais no tempo que lhe resta. Quando a campainha toca, é preciso sair da sala nesse segundo; logo, garantir que se chega ao toque da campainha sempre com a estação concluída é uma prioridade. No caso extremo (muito indesejável), em que sinta que o tempo vai acabar sem ter conseguido fazer alguns dos passos importantes, pode-se optar, como último recurso, por explicar ao avaliador que os faria, e como os faria, no tempo que ainda lhe resta; 6. Apresentação, lavar as mãos e conclusão são importantes pontos “fáceis de conquistar” e que podem eventualmente ser eliminatórios caso não sejam executados em alguns contextos; 7. Resumir o que foi feito é uma importante forma de comunicar achados, mas, ao mesmo tempo, rever se se esqueceu/falhou algum ponto que possa ainda ter tempo de corrigir; 8. Sair da sala e focalizar-se APENAS no exame seguinte, independentemente da forma como decorreu o anterior, começando um novo ciclo e voltando ao ponto 1. Luís Castelo-Branco Coordenador XXXV
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
BIBLIOGRAFIA ¢¢
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XXXVI
Gormley G. Summative OSCEs in undergraduate medical education. Ulster Med J. 2011; 80(3): 127132. Boursicot K. et al. Structured assessment of clinical competences. Understanding Medical Education: Evidence, theory and practice. 2010. Association for the Study of Medical Education. Turner JL. et al. Objective Structured Clinical Exams: A Critical Review. Fam Med. 2008; 40(8): 574-8, special article. Harden RMcG, Stevenson M, Downe WW, Wilson GM. Assessment of Clinical Competence using Objective Structured Examination. BMJ. 1975; 1: 447-45.
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CAPÍTULO 4 PNEUMOLOGIA
4.1 HISTÓRIA DE DISPNEIA
ANA MARIA HENRIQUES, IGOR GLÓRIA, VANDA AREIAS, KARL CUNHA
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INTRODUÇÃO ¢¢ Cumprimentar, dialogar sobre o motivo da consulta, garantir consentimento informado e conforto.
HISTÓRIA CLÍNICA História da doença atual ¢¢ Perguntar, utilizando questão aberta, sobre o motivo da consulta e esclarecer expectativas; ¢¢ Explorar a queixa da dispneia, por exemplo, mnemónica DISPNEIA: •• Desenvolvimento: “Tem evoluído como?”; •• Início: “É espontânea?”; •• Sintomas associados: “Sente mais alguma coisa para além da falta de ar?”: –– Respiratórios (tosse, expetoração, sibilância, toracalgia, hemoptises); –– Cardíacos (edemas, palpitações, cansaço);
¢¢
–– Sistémicos e outros (febre, astenia, anorexia, sudorese, perda ponderal); •• ÉPoca do ano/semana: “Associa a falta de ar com alguma época do ano ou da semana?”; •• Noite/dia: “Associa a falta de ar com alguma altura da noite e do dia?”; •• Exacerbação: “Associa a algum fator o início da falta de ar (contacto com animais, poeiras, stresse, exercício, etc.)? Agrava com a inspiração? Agrava com alguma posição?”; •• Intensidade – escala de mMRC (Tabela 4.1.1): “Tem influência nas suas atividades de vida diária e profissionais? Associa a pequenos ou grandes esforços?”; •• Alívio: “Como termina? Faz alguma manobra ou medicação?”; Perguntar se já teve episódios semelhantes no passado. 83
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
Tabela 4.1.1 – Escala de dispneia, segundo a Modified Medical Research Council (mMRC). Escala de dispneia (mMRC)
Descrição
Grau 0
Tenho falta de ar ao realizar exercício físico intenso
Grau 1
Tenho falta de ar quando caminho num passo acelerado ou em planos inclinados
Grau 2
Preciso de parar para respirar quando ando ao meu passo normal ou ando mais devagar do que pessoas da mesma idade, devido à falta de ar
Grau 3
Preciso de parar para respirar depois de andar 100 m ou passados alguns minutos de caminhada plana
Grau 4
Sinto tanta falta de ar que não me permite sair de casa, ou preciso de ajuda para me vestir ou tomar banho
Antecedentes pessoais ¢¢
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Perguntar utilizando questão aberta sobre antecedentes patológicos; Explorar cada antecedente, se adequado; Perguntar por antecedentes cirúrgicos e traumas. ¢¢
História medicamentosa ¢¢
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Perguntar pela medicação atual e passada (se tiver os medicamentos, pedir ao paciente para explicar o procedimento da toma dos mesmos, especialmente os inaladores ou esquema de redução gradual até suspensão permanente de corticosteroides); Perguntar sobre alergias a medicamentos; Perguntar sobre consumo de drogas ilícitas; Perguntar sobre vacinas administradas.
História familiar ¢¢
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Perguntar sobre problemas semelhantes na família; Perguntar sobre história familiar de problemas de pele (atopias), doenças genéticas (fibrose quística, α-1-antitripsina), tuberculose e outros.
¢¢
Perguntar sobre o consumo de tabaco e calcular a carga tabágica consumida em unidades maço por ano (UMA) – anos de fumador x número de maços/dia (por exemplo, 20 anos a fumar 1 maço por dia = 20 UMA); Perguntar acerca de atividade física; Esclarecer sobre condições habitacionais, viagens (recentes ou passadas), profissão (construtor, canalizador, pedreiro, agricultor, mineiro…), hobbies, animais de estimação, contacto com aves e contactos sexuais de risco.
Revisão de sistemas ¢¢
Fazer revisão de sistemas, se adequado.
CONCLUSÃO ¢¢ Resumo e questões finais, diagnóstico diferencial (Tabela 4.1.2), estabelecer plano conjunto (por exemplo, exame físico), despedir-se, registar.
História social ¢¢
84
Perguntar e caraterizar hábitos alimentares e alcoólicos;
Tempo estimado de execução: 6-10 minutos.
PNEUMOLOGIA
Tabela 4.1.2 – Patologias mais frequentes associadas à história de dispneia. História clínica (sintomas)
Diagnóstico ¢¢
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DPOC
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Asma
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Dispneia com evolução de meses a anos ou horas a dias em exacerbações Tosse intermitente ou contínua Infeções respiratórias recorrentes Exposição ao carvão/ lareiras a céu aberto Fumador História familiar de DPOC Dispneia com evolução de dias ou horas acompanhada de sibilância (aguda) Tosse Aperto torácico História de atopias Exposição a fatores precipitantes das crises (alergénios ou ácido acetilsalicílico) História familiar de asma
Exame físico (sinais) ¢¢ ¢¢ ¢¢ ¢¢ ¢¢
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Pneumonia
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Dispneia com evolução de horas a dias Tosse produtiva Febre Dor pleurítica
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Exame físico normal Tórax em barril Manchas de nicotina nas unhas Murmúrio vesicular diminuído Sibilos (e/ou tempo expiratório diminuído) e/ou roncos Expetoração mucosa/mucopurulenta Taquipneia Cianose central Tiragem Alteração do estado de consciência Exame físico normal Sibilos e/ou tempo expiratório prolongado Diminuição do murmúrio vesicular Crise moderada-grave: ••Taquicardia e taquipneia ••Murmúrio vesicular muito diminuído ou ausente ••Agitação ou alteração do estado de consciência Sinais de condensação (redução da expansão pulmonar, percussão maciça, murmúrio vesicular diminuído, broncofonia, transmissão vocal aumentada) Fervores inspiratórios tardios Broncofonia Expetoração mucosa/purulenta/cor de ferrugem Possíveis atritos pleurais Taquipneia Alteração do estado de consciência Cianose central
ECD
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Radiografia do tórax póstero-anterior e perfil e/ou TC tórax Espirometria com prova de broncodilatação Gasometria arterial
Débito expiratório máximo instantâneo Espirometria com prova de broncodilatação e broncoconstrição Gasometria arterial Radiografia do tórax Teste de sensibilidade cutânea IgE sérica total
Radiografia do tórax póstero-anterior e perfil Análises séricas, com hemograma, PCR, função hepática e renal Gasometria arterial Hemoculturas Microbiologia na expetoração Antigenúria da legionela e pneumococcus (continua)
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COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
(continuação)
História clínica (sintomas)
Diagnóstico ¢¢
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Neoplasia
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Dispneia com evolução lenta Perda de peso ou anorexia Tosse seca ou produtiva Dor torácica Alterações na voz (rouquidão) Hábitos tabágicos Exposição a asbestos ou radão
Exame físico (sinais) ¢¢ ¢¢ ¢¢ ¢¢ ¢¢ ¢¢ ¢¢ ¢¢ ¢¢ ¢¢
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Pneumotórax
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Dispneia aguda (minutos) Dor aguda torácica pleurítica Tosse
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Derrame pleural
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Dispneia com evolução de semanas a meses
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Embolia pulmonar
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Dispneia Dor pleurítica/toracalgia Trombose venosa profunda Imobilização prolonga da História de neoplasia
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Exame físico normal Expetoração hemoptoica Expansão pulmonar reduzida Percussão maciça Murmúrio vesicular diminuído Estridor Atritos pleurais Adenomegalia (supraclavicular) Pressão venosa jugular aumentada Hipocratismo digital Percussão hiperressonante Murmúrio vesicular diminuído Expansão pulmonar assimétrica e diminuída Diminuição da transmissão das vibrações vocais Desvio da traqueia para o lado contrário da lesão Cianose Murmúrio vesicular diminuído Percussão maciça Diminuição da expansão pulmonar Diminuição da transmissão das vibrações vocais Egofonia (imediatamente acima do nível) Exame físico normal Taquicardia e taquipneia Expetoração hemoptoica Sinais de tromboembolismo venoso profundo (unilaterais, edema, calor e sensibilidade aumentada num membro inferior) Expansão pulmonar reduzida Percussão maciça Murmúrio vesicular diminuído
ECD
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Radiografia do tórax TC torácica Análises séricas Broncofibroscopia Punção aspirativa transtorácica Tomografia por emissão de positrões
Radiografia do tórax em inspiração e expiração e/ou TC torácica
Radiografia do tórax póstero-anterior, perfil esquerdo e decúbito lateral para o lado do derrame, TC e/ou ecografia torácica Toracocentese diagnóstica Radiografia do tórax Análises séricas com D-dímeros Gasometria arterial ECG e ecocardiograma Angiografia/angio-TC Cintigrafia de ventilação/perfusão (continua)
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PNEUMOLOGIA
(continuação)
História clínica (sintomas)
Diagnóstico ¢¢
Tuberculose pulmonar
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Dispneia com evolução de dias a semanas Perda de peso Tosse seca ou produtiva Febre baixa e vespertina Suores noturnos Fadiga
Exame físico (sinais)
ECD ¢¢
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Exame físico normal Hemoptises Murmúrio vesicular diminuído Semiologia de derrame pleural
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Radiografia e/ou TC tórax Análises séricas Estudo micobacteriológico da expetoração e/ou secreções brônquicas
Informação adicional: na interpretação deste quadro, não deve ser excluída uma patologia por estarem presentes poucos ou nenhuns dos sinais e sintomas referidos. Este é unicamente um resumo dos sinais. DPOC: doença pulmonar obstrutiva crónica; ECD: exames complementares de diagnóstico; IgE: imunoglobulina E; PCR: proteína C reativa: TC: tomografia computorizada.
4.2 EXAME DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
ANA MARIA HENRIQUES, IGOR GLÓRIA, VANDA AREIAS, KARL CUNHA
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INTRODUÇÃO ¢¢ Cumprimentar, obter história clínica, garantir consentimento esclarecido e condições adequadas (sala, material, conforto e posicionamento); ¢¢ Pedir ao paciente para se sentar na marquesa previamente colocada a 45°, para se expor da cintura para cima, garantindo o seu conforto. EXAME FÍSICO ¢¢ Lavar as mãos; ¢¢ Inspeção geral: •• Estado geral: idade aparente, estado nutricional, cianose, cicatrizes, sons respiratórios (estridor ou pieira), alterações na voz (rouquidão), posição preferencial; •• Envolvimento do paciente: sondas vesicais, oxigénio, tubos de drenagem, expetoração, etc.; ¢¢ Exame da cabeça e pescoço: •• Inspecionar os olhos: identificar a presença de ptose e anisocoria compatível com síndrome de Horner; identificar sinais de anemia (palidez das mucosas);
¢¢
•• Inspecionar a boca: identificar cianose a nível dos lábios e debaixo da língua, avaliar a higiene oral; •• Avaliar a presença de ingurgitamento vascular; •• Palpar desvio da traqueia (Figura 4.2.1); •• Palpar os gânglios linfáticos sistematicamente (com uma mão para cada hemicorpo, começar nos submentonianos, progredindo para os submaxilares, parótidas, pré e pós-auriculares, occipital, cervicais anterior e posterior, supra e infraclaviculares e axilares); Exame do tórax: •• Inspeção do tórax: –– Avaliação estática: -- Identificar deformidades no tórax (tórax em barril, pectus excavatum, pectus carinatum, cifoescoliose – Figura 4.2.2 –, outros desvios da coluna); -- Identificar circulação parietal exuberante (sugere síndrome da veia cava superior); -- Identificar o choque de ponta; 87
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
Figura 4.2.1 Palpar a traqueia – colocar o segundo e terceiro dedo de uma mão nos limites laterais da traqueia e com o segundo dedo da outra mão delinear o curso da traqueia.
Figura 4.2.2 Cifoescoliose.
–– Avaliação dinâmica: -- Padrão respiratório (frequência, ritmo e profundidade); -- Identificar assimetrias na expansão pulmonar; -- Identificar o uso de músculos acessórios na respiração (esternocleidomastoideu, peitorais, intercostais); •• Palpação do tórax: –– Esclarecer o local da dor, se existente; –– Palpar o choque de ponta; –– Avaliar a expansão pulmonar e identificar frémitos, anterior e posteriormente (Figura 4.2.3); –– Avaliar a ressonância vocal, colocando a superfície cubital de cada mão nos mesmos locais da auscultação e pedir ao paciente para repetir “33”;
88
¢¢
•• Percussão do tórax: –– Percutir os espaços intercostais indicados na Figura 4.2.4A e B, começando na face anterior e comparando os dois hemitórax. Avaliar a face posterior (Figura 4.2.5). Interpretar sons obtidos na percussão (Tabela 4.2.1); •• Auscultação (ver Capítulo 4.3); Exame das mãos: •• Avaliar a cor e a temperatura de ambas as mãos (com a face dorsal da própria mão); •• Avaliar os dedos e unhas identificando a presença de hipocratismo digital (Figura 4.2.6), tempo de perfusão periférica (pressionando a unha, avaliando o tempo de recoloração da unha – o normal é menos de 3 segundos), manchas de nicotina e atrofia da eminência tenar e hipotenar (tumor de Pancoast);
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PNEUMOLOGIA
Figura 4.2.3 Avaliar a expansão pulmonar – pousar as mãos de cada lado do esterno imediatamente abaixo das clavículas, colocar os polegares ao nível do processo xifoide do esterno e “abraçar” o tórax; posteriormente, colocar as mãos na mesma posição mas ao nível da última vértebra torácica.
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COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
A
B
Figura 4.2.4 A: percutir e auscultar os espaços intercostais da face anterior, comparando os dois hemitórax (ver também a Tabela 4.2.1); B: percutir e auscultar os espaços intercostais da face posterior, comparando os dois hemitórax (ver também a Tabela 4.2.1).
Figura 4.2.5 Técnica de percussão – colocar o terceiro dedo da mão não dominante em contacto com o tórax no espaço intercostal, posicionar os segundo e terceiro dedos da mão dominante semifletidos perto da outra mão. Com movimentos rápidos mas relaxados bata com a polpa do dedo da mão dominante na segunda falange do terceiro dedo da outra mão. 90
Figura 4.2.6 Hipocratismo digital (com unhas em vidro de relógio).
PNEUMOLOGIA
¢¢
¢¢
•• Avaliar os pulsos radiais descrevendo o ritmo, frequência cardíaca e caráter (filiforme, cheio, galopante...); •• Avaliar a pressão arterial e a saturação periférica de oxigénio, se adequado; Inspeção e palpação do abdómen: •• Pedir ao doente para se deitar; •• Pesquisar refluxo abdominojugular (turgescência das veias jugulares após a compressão de alguns segundos do hipocôndrio direito); •• Pesquisar um padrão respiratório paradoxal (movimento para dentro da caixa torácica com a inspiração, resultado da modificação do vetor de contração diafragmática – sinal de Hoover); Inspeção e exame dos membros inferiores: •• Identificar e palpar edemas periféricos; •• Identificar eritemas sugestivos de trombose venosa profunda;
•• Identificar sinais de insuficiência venosa ou arterial (dilatação venosa, com tortuosidade das veias, edema, hiperpigmentação, rarefação pilosa, presença de úlceras, atrofia cutânea, pulsos não palpáveis, má perfusão periférica, necrose); •• Avaliar a presença de hipocratismo digital; •• Identificar lesões cutâneas (vasculite, eritema nodoso, etc.).
CONCLUSÃO ¢¢ Lavar as mãos; ¢¢ Garantir o conforto da pessoa, resumir achados e diagnóstico diferencial (Tabela 4.1.2), esclarecer dúvidas, definir plano conjunto, despedir-se, registar.
Tempo estimado de execução: 6-10 minutos.
Tabela 4.2.1 – Identificação e interpretação dos sons obtidos pela percussão. Sons
Descrição
Ressonante
Som normal
Hiper-ressonante
Aumento da quantidade de ar na caixa torácica
Macicez
Condensação pulmonar ou derrame pleural
4.3 AUSCULTAÇÃO PULMONAR
ANA MARIA HENRIQUES, IGOR GLÓRIA, VANDA AREIAS, KARL CUNHA
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A auscultação faz parte do exame do sistema respiratório; pela sua especificidade e complexidade foi colocada num capítulo diferente para ser de mais fácil consulta e interpretação.
EXAME FÍSICO ¢¢ Lavar as mãos e preparar o estetoscópio; ¢¢ Pedir ao paciente para se sentar na marquesa e expor o tórax, fornecendo um lençol
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para criar um ambiente de privacidade e conforto; Perguntar se tem dor, desconforto ou alguma queixa ao respirar; Aquecer o estetoscópio na palma da mão e pedir ao paciente para respirar fundo pela boca (ter atenção a sinais de desconforto por hiperventilação); Auscultar com o diafragma a face anterior do tórax, começando pela fossa supracla91
PNEUMOLOGIA
4.4 GASOMETRIA ARTERIAL
ANA MARIA HENRIQUES, IGOR GLÓRIA, VANDA AREIAS, KARL CUNHA
A gasometria arterial é um procedimento médico ideal para diagnosticar, avaliar a gravidade e monitorizar a insuficiência respiratória, permitindo a escolha de terapêutica adequada. Consiste na recolha de sangue, normalmente na artéria radial, para análise.
INTRODUÇÃO ¢¢ Compreender o contexto clínico. Avaliar objetivos, indicações, contraindicações e complicações (Tabela 4.4.1); ¢¢ Cumprimentar. Garantir consentimento esclarecido. Garantir condições adequadas (privacidade, conforto, posicionamento). MATERIAL Preparar o material e verificar a integridade e validade dos mesmos (Figura 4.4.1): ¢¢ Luvas não esterilizadas; ¢¢ Compressas não esterilizadas; ¢¢ Desinfetante; ¢¢ Kit pré-preparado com agulha, seringa e proteções (se não houver kit juntar uma seringa de 1 ml com agulha subcutânea e heparinizar o interior); ¢¢ Contentor para cortantes; ¢¢ Adesivo.
PROCEDIMENTO ¢¢ Pedir ao paciente para se sentar e posicionar a mão em supinação; ¢¢ Perguntar se tem alguma dor ou desconforto; ¢¢ Perguntar se faz terapêutica anticoagulante; se sim, deve ser vigiada mais atentamente a ocorrência de hemorragias após o procedimento; ¢¢ Lavar as mãos; ¢¢ Realizar a prova de Allen (Figura 4.4.2); ¢¢ Calçar as luvas não esterilizadas; ¢¢ Desinfetar o local da punção; ¢¢ Sentir o pulso radial com o segundo e terceiro dedos da mão não dominante; ¢¢ Segurar a seringa como se fosse um lápis e puncionar com um ângulo de 30°, com o bisel voltado para cima, imediatamente antes dos dedos da mão não dominante (Figura 4.4.3); ¢¢ Progredir alguns milímetros na direção da artéria até obter refluxo no êmbolo; ¢¢ Deixar a seringa preencher com cerca de 0,5-1 ml de sangue arterial; ¢¢ Agarrar uma compressa dobrada em quatro com a mão não dominante e aproximar do local da punção;
Tabela 4.4.1 – Objetivos, indicações, contraindicações e complicações da gasometria arterial. Objetivos
Avaliar oxigenação e equilíbrio ácido-base ¢¢
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Indicações
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Paciente dispneico Saturação periférica de oxigénio diminuída Monitorização de oxigenoterapia e/ou ventilação Suspeita de desequilíbrio ácido/base
Contraindicações
O uso da artéria radial está contraindicado na ausência de sinais de reperfusão na prova de Allen
Complicações
Raras: trombose, hemorragia, hematoma, arterioespasmo secundário à dor ou ansiedade 93
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POSFÁCIO
Quando o Doutor Luís Castelo-Branco me desafiou a escrever um pequeno texto exprimindo a minha opinião sobre este livro, confesso que me assustei. Sou um médico anatomopatologista, especializado em diagnóstico de cancro e doenças pré-cancerosas, sem qualquer experiência clínica. Como entrei precocemente para a carreira docente universitária nem sequer tenho experiência do chamado “ano clínico”. Daí o susto. Entretanto comecei a ler o livro, interessei-me por saber o que era isso do OSCE (Objective Structured Clinical Examination) e dei por mim a achar muito interessante o processo e o produto final. É verdade que não sei o suficiente para avaliar da justeza da organização do livro e, muito menos, dos pormenores e das recomendações que enxameiam os 21 capítulos, mas que o livro me pareceu estruturado de forma inteligente, lá isso é verdade. E quanto ao seu interesse em termos de ensino e de avaliação louvo-me na opinião do Bastonário da Ordem dos Médicos que expressamente refere “Este livro constituirá um excelente apoio técnico-científico para alunos, jovens médicos e tutores, para benefício de todos, em última instância dos doentes”. Depois de o ler atrever-me-ia até a acrescentar que o livro será muito útil para médicos de qualquer idade e de numerosas especialidades. Além dos aspetos práticos, o que mais me seduziu, enquanto professor de medicina e tutor de internos de anatomia patológica, no trabalho dos 101 profissionais que acompanharam o Doutor Luís Castelo-Branco nesta verdadeira aventura, foi a capacidade de distinguir o essencial do acessório (e ter a coragem de incluir a comunicação no lado do essencial) e o desassombro com que se aborda, ao longo de todo o livro, a questão do ensino de competências clínicas. A minha formação mais anglo-saxónica do que o habitual no nosso país impele-me a considerar, de forma sobressimplificada, reconheço, que “só existe o que se pode ensinar”. E foi esta opção que encontrei espelhada em todos os capítulos, com uma agradável coerência (e consistência) entre atitudes e comportamentos. Como corolário desta forma de encarar o ensino de competências clínicas práticas, a avaliação torna-se um valor (mais) seguro e não é preciso ser adivinho para avançar que daqui ao “controlo de qualidade” será um saltinho. E que falta nos fazem, não só na clínica, valha a verdade, a avaliação sistemática e o controlo de qualidade. Apreciei também o livro pela situação que vivemos presentemente no que diz respeito ao paradigma científico-profissional. A medicina atravessa, nesta altura, uma fase muitíssimo interessante da sua história. Do lado da ciência pura e dura, as coisas evoluíram exponencialmente a partir do momento em que o genoma humano foi decifrado. Passámos, graças a esse desenvolvimento 573
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS PRÁTICAS E PREPARAÇÃO PARA OSCE
extraordinário, da chamada medicina baseada na evidência para a medicina personalizada. Avançámos depois, com o desenvolvimento impressionante do saber bioinformático, capaz de analisar quantidades monstruosas de informação clínica, epidemiológica, imagiológica, laboratorial e genética (não só num determinando time point como também ao longo do tempo), para a medicina de precisão. Este progresso (ingenuamente?) considerado imparável no sentido do esclarecimento da “verdade” clínica de cada pessoa foi reforçado pelas posições oficiais do Presidente Obama a partir de janeiro de 2015 e, já em 2016, pela adesão entusiástica do Governo Chinês, mas tem vindo a ser temperado pela realidade e pelo bom senso (quando ele existe…). Por estranho que pareça esse desenvolvimento exponencial da ciência médica veio pôr a nu a necessidade, cada vez mais impositiva, de um exercício profissional consequente (e competente) a que se tem chamado, à falta de melhor, medicina da narrativa. O futuro da medicina passará sem dúvida pela síntese virtuosa da medicina de precisão com a medicina da narrativa. Para se conseguir essa síntese será necessário, antes de mais e dado que continuaremos a tratar pessoas (o Senhor Silva, a Dona Rosa, …), as competências clínicas práticas que este livro ajuda a aprender, a ensinar e a avaliar. Porto, 8 de Março de 2016 Manuel Sobrinho Simões
Professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; Chefe de Serviço no Centro Hospitalar de S. João, EPE; Diretor do Ipatimup; Presidente do Conselho Nacional dos Centros Académicos Clínicos; Presidente do Conselho de Curadores da A3ES; Vice-Presidente do Health Cluster Portugal.
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I
9 789897 522048
www.lidel.pt
ISBN 978-989-752-204-8