Projetos de
e-Learning Inovação, Implementação e Gestão
ARNALDO SANTOS LÚCIA MOREIRA FILIPE PEIXINHO
Índice Geral
Sobre os Autores..................................................................................................................... XI Sobre o Livro.............................................................................................................................. XIII Lista de Siglas............................................................................................................................ XV PARTE I – Conceitos e Inovação em e-Learning...................................................... 1 1. Enquadramento e Abordagem Teórica................................................................. 3 1.1. Aprendizagem e Formação nas Organizações............................................... 3 1.1.1. Teoria Behaviorista..................................................................................... 4 1.1.2. Teoria Cognitivista...................................................................................... 5 1.1.3. Teoria Construtivista.................................................................................. 5 1.1.4. Teoria Construcionista.............................................................................. 6 1.1.5. Teoria Conectivista..................................................................................... 7 1.2. Conceitos e Caracterização do Ensino a Distância (EaD), do e-Learning e do b-Learning................................................................................... 9 1.2.1. Princípios e Teorias do EaD..................................................................... 9 1.2.1.1. Conceito e Evolução Histórica do EaD............................. 9 1.2.1.2. Origens e Evolução Histórica do EaD................................ 11 1.2.1.3. Principais Gerações de EaD................................................... 13 1.2.1.4. Gerações Recentes de EaD com Foco na Web 2.0...... 15 1.2.2. e-Learning e b-Learning........................................................................... 18 1.2.2.1. Conceito e Caracterização do e-Learning....................... 19 1.2.2.2. Conceito e Caracterização do b-Learning....................... 25 1.3. Valor do e-Learning numa Organização.......................................................... 27 2. Componentes Estratégicos de e-Learning........................................................... 31 2.1. Introdução.................................................................................................................... 31 2.2. Contextos de Aprendizagem em Ambiente de EaD.................................... 32 2.3. Pessoas.......................................................................................................................... 36 2.3.1. Formador em Ambiente de e-Learning (e-Formador)................. 37 2.3.2. Formando em Ambiente de e-Learning (e-Formando)............... 42 2.4. Conteúdos Pedagógicos......................................................................................... 45 2.4.1. Tipos e Caracterização de e-Conteúdos............................................ 46 2.4.1.1. Conteúdos Scripto.................................................................... 46 2.4.1.2. Conteúdos Áudio...................................................................... 46 2.4.1.3. Conteúdos Vídeo...................................................................... 47 2.4.1.4. Conteúdos Multimédia........................................................... 47 2.4.2. Equipa de Desenvolvimento de e-Conteúdos................................. 47 2.4.3. Ciclo de Desenvolvimento de e-Conteúdos..................................... 49 2.4.3.1. Fase 1 – Análise......................................................................... 50 2.4.3.2. Fase 2 – Conceção.................................................................... 51 2.4.3.3. Fase 3 – Desenvolvimento..................................................... 54 2.4.3.4. Fase 4 – Normalização............................................................ 55 © LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS, LDA.
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Projetos de e-Learning: Inovação, Implementação e Gestão
2.4.3.5. Fase 5 – Integração.................................................................. 61 2.5. Tecnologias e Sistemas de Formação............................................................... 61 2.5.1. Sistemas de Gestão da Aprendizagem (LMS).................................. 62 2.5.2. Características, Componentes e Funcionalidades de um LMS... 67 2.5.3. Instalação e Implementação de um LMS........................................... 69 2.5.4. Sistemas de Gestão de Conteúdos de Aprendizagem (LCMS). 72 2.5.5. Características e Componentes de um LCMS.................................. 75 2.5.6. Sistemas de OA............................................................................................ 77 2.5.6.1. Conceito de LOR....................................................................... 77 2.5.6.2. Exemplos Práticos de LOR..................................................... 80 2.5.6.3. Síntese e Principais Conclusões.......................................... 83 2.6. Comunicação e Interação em Comunidades de Aprendizagem............ 85 2.6.1. Conceito de Comunidade........................................................................ 85 2.6.2. Conceito de Comunidade de Aprendizagem................................... 86 2.6.3. Caracterização de uma CAD................................................................... 89 2.6.4. Gestão, Implementação e Operacionalização de uma CAD....... 91 2.7. Avaliação da Formação em Contexto de e-Learning.................................. 92 2.7.1. Modelos de Avaliação............................................................................... 94 2.7.1.1. Modelo de Donald Kirkpatrick............................................. 94 2.7.1.2. Modelo CIRO de Warr, Bird e Rackham........................... 95 2.7.1.3. Modelo CIPP de Stufflebeam............................................... 96 2.7.1.4. Modelo de Cinco Níveis de Kaufman............................... 97 2.7.1.5. Modelo de Avaliação do ROI............................................... 97 2.7.2. Avaliação Pedagógica dos Formandos............................................... 99 2.7.3. Avaliação de uma Ação de Formação................................................. 100
3. Inovação Tecnológica ao Serviço do e-Learning.............................................. 103 3.1. Introdução.................................................................................................................... 103 3.2. Evolução para a Geração Web 2.0 e PLE.......................................................... 103 3.2.1. SAPO Campus UA....................................................................................... 108 3.2.2. NetVibes......................................................................................................... 109 3.2.3. Yammer........................................................................................................... 109 3.3. Aprender em Contexto de Mobilidade – m-Learning ............................... 109 3.4. Serious Games............................................................................................................ 119 3.4.1. Áreas de Aplicação dos Serious Games............................................. 122 3.4.2. Futuro dos Serious Games....................................................................... 127 3.5. Learning 3D.................................................................................................................. 128 3.5.1. v-Inform – Sistema Automático de Informação Dirigida............. 134 3.5.2. Controlo de Assiduidade Automático................................................. 134 3.5.3. Coreografias de Andebol a Pedido...................................................... 135 3.5.4. MULTIS: O LMS Formare Controla o Mundo Virtual..................... 136 3.6. Context-Aware for Learning.................................................................................. 137 3.6.1. Hospital St. Louis......................................................................................... 140 3.6.2. Layar................................................................................................................. 142 3.6.3. LearnAR........................................................................................................... 143 3.6.4. SixthSense...................................................................................................... 144 3.6.5. Microsoft PixelSense.................................................................................. 145 3.7. MOOC – Massive Open Online Courses........................................................... 146 © LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS, LDA.
Índice Geral
PARTE II – Implementação de Projetos e Casos Reais.......................................... 153 4. Gestão e Implementação de Projetos de e-Learning..................................... 155 4.1. Conhecimento como Base do Capital Intelectual......................................... 155 4.2. Principais Teorias e Modelos de Gestão de Conhecimento........................ 159 4.2.1. Socialização – Tácito para Tácito.......................................................... 161 4.2.2. Externalização – Tácito para Explícito................................................. 161 4.2.3. Combinação – Explícito para Explícito................................................ 161 4.2.4. Internalização – Explícito para Tácito.................................................. 161 4.3. Criação de uma LO.................................................................................................... 164 4.4. Estratégia de Implementação do e-Learning................................................. 167 4.5. Processo de Implementação do e-Learning................................................... 171 4.6. Aplicação dos Modelos Pedagógicos de e-Learning.................................. 173 4.6.1. Modelo Pedagógico para a Autoaprendizagem (Caso 1)........... 174 4.6.2. Modelo Pedagógico para a Aprendizagem Colaborativa (Caso 2)........................................................................................................... 176 4.6.3. Principais Resultados de Implementação.......................................... 178 4.7. Conclusões sobre a Implementação dos Modelos Pedagógicos........... 187 4.8. O Estudo “Panorama e-Learning 360º” em Portugal................................... 188 4.8.1. Contextualização ........................................................................................ 188 4.8.2. Principais Resultados e Recomendações........................................... 190 4.8.2.1. Recomendações – Operadores........................................... 192 4.8.2.2. Recomendações – Governação........................................... 192 5. Casos Reais de Implementação do e-Learning.................................................. 195 5.1. A Implementação do e-Learning na Agência para a Modernização Administrativa (AMA)............................................................................................... 195 5.1.1. Nova Aprendizagem nas Lojas do Cidadão e da Empresa......... 195 5.1.2. Oferta Formativa da Nova Aprendizagem........................................ 197 5.1.3. Modelo Pedagógico da Nova Aprendizagem................................. 200 5.1.4. Conceção de Conteúdos na Nova Aprendizagem......................... 201 5.1.5. Comunidades de Prática da Nova Aprendizagem ........................ 203 5.1.6. Principais Resultados da Nova Aprendizagem ............................... 204 5.1.7. Conclusões..................................................................................................... 206 5.2. A Implementação do e-Learning no Banco de Portugal (BdP)............... 207 5.2.1. Síntese Evolutiva.......................................................................................... 207 5.2.2. Estratégia na Área da Formação sobre o Conhecimento das Notas e Moedas........................................................................................... 208 5.2.3. Formação e-Learning: Estratégia Implementada............................ 209 5.2.4. Principais Resultados ................................................................................ 210 5.2.5. Conclusões..................................................................................................... 211 5.3. A Implementação do e-Learning nos CTT....................................................... 212 5.3.1. Origem do e-Learning nos CTT............................................................. 212 5.3.2. Projeto @formar.......................................................................................... 213 5.3.3. e-Learning em Larga Escala (2009)...................................................... 214 5.3.4. Consolidação do Processo e o r-Learning......................................... 215 5.4. A Implementação do e-Learning no Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA)...................................................... 219 © LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS, LDA.
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Projetos de e-Learning: Inovação, Implementação e Gestão
5.4.1. Enquadramento .......................................................................................... 219 5.4.2. Uso da Plataforma de e-Learning (LMS Formare).......................... 220 5.4.2.1. Ao Nível da Comunicação..................................................... 223 5.4.2.2. Ao Nível da Avaliação............................................................. 223 5.4.2.3. Ao Nível dos Conteúdos........................................................ 224 5.5. A Implementação do e-Learning na Nova Etapa.......................................... 225 5.5.1. Introdução.................................................................................................... 225 5.5.2. Estratégia de Implementação................................................................. 226 5.5.3. Resultados Alcançados............................................................................. 228 5.6. A Implementação do e-Learning no Grupo PT.............................................. 230 5.6.1. Origem, Conceito e Evolução Histórica.............................................. 230 5.6.1.1. Experiências de EaD no Grupo PT...................................... 231 5.6.1.2. Consolidação do EaD no Grupo PT................................... 232 5.6.2. O Modelo Formare e a sua Estratégia de Implementação......... 235 5.6.2.1. Especificação do Modelo de e-Learning Formare....... 236 5.6.2.2. Assertividade da Aposta no LMS Formare...................... 238 5.6.3. Indicadores de e-Learning no Campus PT........................................ 240 5.7. A Implementação do e-Learning na TAP Portugal....................................... 245 5.7.1. A Formação “eConhecimento”............................................................... 245 5.7.2. Processos de Suporte à Implementação............................................ 247 5.7.3. Conceção de Cursos de Formação e-Learning................................ 250 5.7.4. Disponibilização de Formação e-Learning........................................ 252 5.7.5. Facts & Figures do e-Learning da TAP Portugal............................. 253 5.7.6. Fatores Críticos de Sucesso..................................................................... 254 5.7.7. Conclusões e Considerações Futuras.................................................. 257
6. Conclusão.............................................................................................................................. 259 6.1. Principais Conclusões............................................................................................... 259 6.2. Na Linha da Frente da Aprendizagem............................................................... 262 6.2.1. O Futuro do Training Intelligence em Organizações Aprendentes.................................................................................................. 262 6.2.2. Uma Estratégia Nacional para a ALV................................................... 264 6.2.3. Tendências ou Cenários: Quem Sabe?................................................ 264 6.2.4. O Papel dos Líderes da Aprendizagem.............................................. 265 6.3. Considerações e Reflexões Futuras.................................................................... 267 6.3.1. O Futuro do Training Intelligence em Organizações Aprendentes.................................................................................................. 267 6.3.2. New Affordances e Reconhecimento de Oportunidades............ 268 6.3.3. Indústrias de Conhecimento Intensivo e Mercados Emissores de Conhecimento.................................................................. 269 Bibliografia................................................................................................................................. 273 Índice Remissivo...................................................................................................................... 285
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Sobre o Livro
Os recentes desenvolvimentos tecnológicos e pedagógicos apontam cenários inovadores e diferenciadores para os novos paradigmas da aprendizagem.
O e-Learning, o m-Learning e o b-Learning, desenvolvimentos mais recentes das metodologias de Ensino a Distância (EaD), apresentam-se como estratégias formativas e educativas inovadoras que podem e devem ser consideradas como estratégicas para o desenvolvimento futuro das organizações. Ambientes tecnológicos inovadores podem potenciar grandes desenvolvimentos ao nível da formação e da educação (e-Learning, m-Learning e b-Learning) e podem e devem ser concebidos, testados e avaliados pelas instituições de ensino e de formação, pelas empresas e pelos cidadãos em geral. Trata-se de uma área em franca expansão e que apresenta uma taxa de crescimento assinalável. Os atuais desafios de competitividade apontam para a necessidade de criação de uma nova geração de ambientes de formação, com recurso intensivo a tecnologias mobile, a ambientes imersivos de formação, que permitam a inovação e o desenvolvimento organizacional em novos ecossistemas de aprendizagem. Para responder à necessidade de desenvolvimento de competências e atualização de conhecimentos, é expectável que se intensifique a utilização de processos de formação, baseados no acesso e partilha do conhecimento em ambiente de autoaprendizagem e de comunidades de aprendizagem distribuídas (CAD), rumo às designadas learning organizations (LO). Este livro está organizado em duas partes complementares, uma primeira parte mais teórica e de conceito e a outra mais estratégica e operacional: Parte I (Capítulos 1 a 3) – inclui os principais fundamentos do EaD, do e-Learning, do b-Learning, do m-Learning e dos seus principais componentes. Apresenta, igualmente, um conjunto de espaços inovadores de aprendizagem: ambiente personalizado de aprendizagem (PLE, do inglês personal learning environment), Learning 3D, learning objects (OA – objetos de aprendizagem), Serious Games e Context-Aware for Learning; ■■ Parte II (Capítulos 4 a 6) – apresenta a estratégia e o processo de implementação de projetos de e-Learning nas designadas LO, com aplicação de modelos pedagógicos de autoaprendizagem e aprendizagem colaborativa, e inclui um conjunto significativo de estudos de casos reais implementados em contexto de e-Learning e b-Learning: AMA – Agência para a Modernização Administrativa, Banco de Portugal (BdP), CTT, ISCIA – Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração, Nova Etapa, TAP Portugal e Portugal Telecom (PT). ■■
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Projetos de e-Learning: Inovação, Implementação e Gestão
Este livro é o resultado de um longo período de investigação, desenvolvimento e aplicação prática, tendo por base duas dissertações de doutoramento, uma na área das Ciências e Tecnologias da Comunicação e outra na área de Informação e Comunicação em Plataformas Digitais.
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Capítulo Componentes Estratégicos de e-Learning
2.1. INTRODUÇÃO
Existem vários contextos e componentes de formação em ambiente de EaD, de e-Learning e de b-Learning. É comum verificar que cada instituição segue o seu próprio modelo, de acordo com o tipo de enquadramento pedagógico e formativo que detém e com o contexto em que está inserida. Contudo, estes modelos têm linhas de orientação pedagógicas comuns, definidas para tentar alcançar os objetivos de cada programa e completadas através da utilização combinada de diversos componentes que lhe estão associados (Figura 2.1). Formando e formador
Contexto e metodologia
Conteúdos
Interação e comunicação
Avaliação
Tecnologia
Figura 2.1 – Principais componentes de e-Learning
Apesar desta diversidade, e de acordo com uma estrutura defendida pelo Prof. Hermano Carmo, da Universidade Aberta, identifica-se um conjunto de componentes estratégicos que devem ser considerados em contextos de formação a distância (adaptado de Carmo, 1999): Os contextos de aprendizagem quer para cursos de formação orientados à autoaprendizagem, quer para cursos de formação orientados à aprendizagem colaborativa; ■■ As pessoas com competências científicas, pedagógicas, facilitadoras e tecnológicas para aprender e ensinar em contexto de e-Learning; ■■ Os conteúdos com qualidade científica e preparados para autoaprendizagem, em vários formatos; ■■
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Projetos de e-Learning: Inovação, Implementação e Gestão
O e-Formador deixa para trás o papel tradicional de sábio supremo, com o domínio absoluto dos conteúdos – sage on the stage. O ensino online potencia a transformação desse papel em orientadores construtivos e participativos das aprendizagens, tutores, conselheiros, gestores e animadores, concentrando-se não só no domínio dos conteúdos, mas também na capacidade de mobilizar a comunidade de formandos – guide on the side (Arends, 1995). Neste contexto, podemos observar uma mutação do papel do e-Formador para um agente organizador, orientador e facilitador, isto é, um gestor de informação útil e pedagógica a que os seus estudantes têm acesso, por via das diferentes fontes, para estudarem à distância (Lagarto, 1994). Para além de garantir a atualização dos conteúdos, a colocação de várias questões sobre a matéria, o cumprimento dos objetivos do curso, as avaliações pedagógicas intermédias e finais, o e-Formador deve estar preocupado com o acompanhamento pedagógico, com a moderação de debates e a manutenção da motivação remota dos participantes (tutoria e aconselhamento). De acordo com Santos (2000a), os e-Formadores desempenham funções que podem ser distribuídas em três áreas complementares: Conceção – modelo, método, ambiente, conteúdos e atualizações (em equipa pluridisciplinar, com conhecimentos de conteúdos pedagógicos para o EaD); ■■ Tutoria – acompanhamento pedagógico (por exemplo, via Web) para resposta a dúvidas e trabalhos e para moderar debates da turma; ■■ Avaliação – criação, realização e correção dos testes de avaliação pedagógica. ■■
Pelo estudo efetuado no âmbito do projeto e-Contents (2006), o e-Formador desempenha quatro funções principais – ensinar, avaliar, negociar e aconselhar –, que podem ser caracterizadas conforme apresentamos no Quadro 2.1. ■■ ■■
Ensinar
■■ ■■
■■ ■■
Avaliar
■■ ■■
■■
Negociar
■■
■■
Aconselhar
Promove a aprendizagem; Transmite conhecimentos; Suscita a atividade do formando; Ajuda o formando a aprender, orientando-o no que respeita aos métodos de estudo; Desenvolve materiais pedagógicos. Corrige os trabalhos e testes dos formandos; Dá conselhos e orienta relativamente aos erros e deficiências detetados; Avalia o comportamento do formando ao longo do processo de aprendizagem. Negoceia a aprendizagem do formando; Familiariza o formando com o curso e ajuda-o a estabelecer os seus objetivos de aprendizagem. Presta apoio e orientação genérica, nomeadamente no campo motivacional e no desenvolvimento de metodologias e de capacidades pessoais de aprendizagem.
Quadro 2.1 – Funções de um e-Formador © LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS, LDA.
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Projetos de e-Learning: Inovação, Implementação e Gestão
Especialistas em gestão de projetos multimédia
Especialistas nos conteúdos científicos
Especialistas em comunicação, design e pedagogia
Especialistas em programação multimédia
Figura 2.4 – Competências para a criação de e-Conteúdos
De acordo com a investigação aplicada em contextos de construção e desenvolvimento de e-Conteúdos, essas equipas apresentam a seguinte composição e responsabilidades (Santos, 2000a; Figueira, 2003a): Gestor de projeto – responsável por manter as linhas de comunicação entre os vários elementos da equipa de produção, sendo sua a responsabilidade de verificar se os membros da equipa sabem o que lhes é exigido, e o que devem fornecer aos outros membros, bem como ajudar na resolução dos conflitos surgidos; ■■ Especialista no conteúdo científico – responsável por produzir os materiais que irão ser incluídos no produto; ■■ Especialista em pedagogia – responsável pelas tarefas de compilação das atividades formativas e de avaliação, tendo em conta os conteúdos e os objetivos de aprendizagem a atingir com o produto multimédia; ■■ Especialista em design e comunicação – responsável pela comunicação visual das ideias contidas no produto (ao nível da usabilidade, do ID e de interação) que vai determinar a forma como os utilizadores interagem e comunicam com o produto; ■■ Especialista em programação multimédia – responsável pelo desenvolvimento informático dos produtos e dos conteúdos multimédia, utilizando linguagens de programação do tipo C#, .NET, ASP, HTML, JavaScript e por linguagens autor (ActionScript) e pela integração dos mesmos num LMS. ■■
Dependendo do contexto de aplicação/utilização do produto multimédia, é comum diferenciar conteúdo educacional multimédia (muito próximo semanticamente à lógica de curso) e conteúdo para aprendizagem rápida, introduzido no setor como r-Learning (orientado à instrução direta). Os diferentes tipos de conteúdos educacionais multimédia são desenvolvidos de acordo com a metodologia pedagógica definida na fase de conceção, com as opções tecnológicas disponíveis e de acordo com as virtualidades da comunicação educacional multimédia (Santos et al., 2005). © LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS, LDA.
Componentes Estratégicos de e-Learning
de enquadramento dos agentes entre domínios espaciais de interação distintos (na lógica de aquisição de conhecimento).
2.6. COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO EM COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM De acordo com Carneiro (2003), a nova geração das TIC pode ser encarada, para além de ferramentas potentes de tratamento, processamento e transmissão de dados ou de plataformas de distribuição maciça de informação e de conhecimento codificado, como instrumentos “construtivistas” da aprendizagem, desde que sejam adequadamente exploradas nas suas vertentes “relacional” e “motivacional”. Este fenómeno, ligado ao “construtivismo cognitivo” (Carneiro, 2003a), impõe a comunicação e a interação como alavancas de conhecimento e pilares da aprendizagem, suportados por plataformas digitais e como potenciais transformadores do paradigma pedagógico ainda dominante. Para o autor, “a sabedoria das sínteses assume a liderança sobre a análise fragmentária das partes, as pessoas que aprendem passam a integrar comunidades de sujeitos, a gestão do conhecimento emerge da participação, a aventura da aprendizagem é indissociável da densidade em capital social e cultural do meio onde ela se opera, permitindo que a inteligência humana criativamente continue a lidar com a surpresa, a incerteza, a variedade, a complexidade e a invenção” (Carneiro, 2003a). Este novo paradigma, ligado à inteligência organizacional, indica que a comunicação deva ser vista como um parâmetro essencial e como um dos componentes mais relevantes de todo o processo formativo. Conceber um projeto, um curso ou um evento de e-Learning sem pensar na comunicação e na interação entre formandos, entre formandos e formadores ou entre formandos e a tecnologia pode afetar negativamente os resultados pedagógicos e interferir no processo adequado de aquisição e partilha de conhecimento. Ao longo destes anos de Investigação e Desenvolvimento (I&D), verifica-se que a maioria dos cursos de formação, em contexto de e-Learning, por muito rigorosos que sejam concebidos cientificamente, tendem a evidenciar defeitos e carências quando não são pensados e estruturados de acordo com uma estratégia de interação e de comunicação adequada à população, ao contexto e aos objetivos da aprendizagem. Nesta secção importa, pois, apresentar os principais conceitos de comunicação e interação, especialmente dirigidos e pensados para CAD.
2.6.1. Conceito de Comunidade O conceito de comunidade tem sido fruto de uma evolução temporal que o fez passar de uma ideia tradicionalmente limitada (no tempo e no espaço) para uma noção focada em relações interpessoais e portadora de grande abrangência (Sousa e Bilelo, 2008). © LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS, LDA.
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114 Projetos de e-Learning: Inovação, Implementação e Gestão
sociais poderĂĄ levar a situaçþes de elevado sucesso na medida em que os alunos destinatĂĄrios dessas notĂcias ou avisos estĂŁo, na maior parte do seu tempo, neste tipo de ambientes e o custo efetivo da implementação ĂŠ relativamente zero; â– â– Ative a versĂŁo mobile da sua plataforma de e-Learning, PLE ou e-Portfolio – muitos fornecedores de ambientes virtuais de aprendizagem desenvolveram uma versĂŁo mobile dos seus produtos. De acordo com um inquĂŠrito realizado em 2010 pela Universities and Colleges Information Systems Association (UCISA3), exceto as soluçþes desenvolvidas Ă medida, as plataformas mais populares sĂŁo o Moodle, Blackboard e o Microsoft Sharepoint. Todos possuem uma versĂŁo otimizada para dispositivos mĂłveis na forma de aplicaçþes nativas ou de versĂľes online (Web).
Com o m-Learning a velocidade em que a comunicação ĂŠ feita ou o conhecimento ĂŠ acedido ĂŠ muito importante. As interaçþes no ensino tradicional envolvem longos perĂodos de tempo enquanto que, no m-Learning, as interaçþes sĂŁo, muitas vezes, o inverso do ensino tradicional. A utilização de tecnologias jĂĄ bem enraizadas como os podcasts ou conversas atravĂŠs de instant messaging significam que a aprendizagem pode acontecer “just in time, just enough and just for meâ€? (Rosenberg, 2001). Uma maneira em que os telemĂłveis modernos com acesso Ă Internet podem ser usados como parte do contexto de uma instituição ĂŠ demonstrada pela Figura 3.1, elaborada por Thom Cochrane da Unitec. ++ % &- , )+' 0.2! & " " " !
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Figura 3.1 â&#x20AC;&#x201C; m-Learning em contextos de aprendizagem â&#x20AC;&#x201A;http://www.ucisa.ac.uk/, acedido em 14 de março de 2012.
Š LIDEL â&#x20AC;&#x201C; EDIĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES TĂ&#x2030;CNICAS, LDA.
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122 Projetos de e-Learning: Inovação, Implementação e Gestão
3.4.1. à reas de Aplicação dos Serious Games
Do ponto de vista do contexto de utilização, a sua aplicação começou por estar focalizada na årea militar, na saúde e na educação (três åreas por excelência de atuação); porÊm, os Serious Games são igualmente aplicados noutros setores de atividade designadamente: na arte, publicidade, serviços, gestão de projetos, mar keting ou no setor financeiro/banca (Michael e Chen, 2006) (Figura 3.2).
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Figura 3.2 â&#x20AC;&#x201C; Serious Games â&#x20AC;&#x201C; aplicação prĂĄtica
Esta diversidade Ê apresentada por alguns autores atravÊs de uma classificação por grupos: simulação, jogos orientados para a saúde, segurança, aprendizagem (educação), treino militar (militainment), marketing e comunicação estratÊgica (advergame). Esta classificação permite identificar o contexto de aplicação e a definição da própria tipologia do Serious Game, mas mantendo sempre o seu objetivo principal da formação e educação no topo das prioridades (Susi et al., 2005):
Advergame â&#x20AC;&#x201C; termo que advĂŠm da junção de duas palavras de origem inglesa: advertise e video game, que significam propaganda e jogo eletrĂłnico, respetivamente7; ĂŠ utilizado como uma ferramenta para treino de estratĂŠgia na ĂĄrea do marketing, visando a promoção de marcas, produtos ou organizaçþes; â&#x2013; â&#x2013; Edutainment â&#x20AC;&#x201C; um edugame ĂŠ um jogo com propĂłsitos exclusivamente educacionais e por essa razĂŁo o seu âmbito de aplicação circunscreve-se na categoria de educação. Poder-se-ĂĄ considerar os edugames como uma subcategoria dos Serious Games; â&#x2013; â&#x2013;
In WikipĂŠdia.
7â&#x20AC;&#x201A;
Š LIDEL â&#x20AC;&#x201C; EDIĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES TĂ&#x2030;CNICAS, LDA.
Inovação Tecnológica ao Serviço do e-Learning 137
alguns exemplos de funcionalidades criadas e concretizadas no que constitui o sistema mais evoluído mundialmente neste sentido. Que novos passos se virão a concretizar?
3.6. CONTEXT-AWARE FOR LEARNING Um agradecimento especial aos alunos do mestrado de Multimédia Interativa da UA, pelo trabalho efetuado no âmbito da disciplina de Multimédia e Gestão do Conhecimento: António Pereira, Fábio Vicente, Ricardo Gama e Ricardo Nascimento.
O termo Context-Aware (CA), originado/criado pela computação Ubíqua (Ubiquitous Computing), é um modelo de interação entre o ser humano e o computador, cuja informação é processada e integrada através de objetos que utilizamos no dia a dia. Este modelo de interação é também uma base e um ponto de partida para o desenvolvimento da área do CA. Esta área de investigação tem sido fortemente desenvolvida nos últimos anos, sobretudo devido ao grande investimento que tem sido feito por diversas empresas nesta área, como é o caso da Cisco que tem todo um conjunto de ferramentas e tecnologias associadas ao CA para a área saúde. No entanto, este conceito encontra-se também a ser desenvolvido e trabalhado em diferentes setores/áreas, tais como a educação e/ou formação, vendas (sobretudo em grandes superfícies), operações de resgate e gestão de acidentes (Song et al., 2007). Assim temos a definição de contexto, que segundo Schilit e Theimer (1994) definem este como a localização, identificação de pessoas e objetos próximos e alterações que se façam sentir nesses objetos. Outra definição, bastante semelhante é a de Brown, Bovey et al. (1997), que acrescenta à definição anterior a hora do dia, a época do ano e a temperatura. Já a definição do contexto de informação, segundo um projeto de I&D da Ubicomp (Anon, 2008), os seus autores definem o contexto de informação sobre várias vertentes: Identidade – informação espacial – localização, orientação, velocidade e aceleração; ■■ Informação temporal – horas, data e a época do ano; ■■ Informação ambiental – temperatura, qualidade do ar, luminosidade e nível de ruído; ■■ Situação social – com quem o utilizador está e as pessoas ao seu redor; ■■ Recursos próximos – dispositivos e hosts de acesso; ■■ Disponibilidade de recursos – bateria, visor, rede e a própria largura de banda; ■■ Informação fisiológica – pressão arterial, batimento cardíaco, respiração, atividade muscular e a própria colocação da voz; ■■ Atividades – falar, ler, andar ou correr. ■■
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GestĂŁo e Implementação de Projetos de e-Learning 173 Ď
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Figura 4.9 â&#x20AC;&#x201C; Processo de implementação do projeto de e-Learning
4.6. APLICAĂ&#x2021;Ă&#x192;O DOS MODELOS PEDAGĂ&#x201C;GICOS DE E-LEARNING Tendo em conta a estratĂŠgia de implementação do e-Learning numa organização, decidiu-se avaliar a aplicação de metodologias e de processos de autoaprendizagem e de aprendizagem colaborativa. Para o efeito, foram organizados dois estudos de caso (reais) num contexto prĂĄtico de formação profissional: Caso 1 â&#x20AC;&#x201C; autoaprendizagem no Campus PT (plataforma de e-Learning do Grupo PT) em cursos multimĂŠdia da ĂĄrea tecnolĂłgica; â&#x2013; â&#x2013; Caso 2 â&#x20AC;&#x201C; aprendizagem colaborativa na formação pedagĂłgica de e-Formadores. â&#x2013; â&#x2013;
Estes dois estudos de caso tinham, como principal objetivo, obter respostas para as seguintes questĂľes: â&#x2013; â&#x2013;
QI1 â&#x20AC;&#x201C; quais foram os principais resultados pedagĂłgicos obtidos com a adoção de metodologias de autoaprendizagem e de aprendizagem colaborativa, em contexto de e-Learning e b-Learning? Š LIDEL â&#x20AC;&#x201C; EDIĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES TĂ&#x2030;CNICAS, LDA.
Casos Reais de Implementação do e-Learning 245
5.7. A IMPLEMENTAÇÃO DO E-LEARNING NA TAP PORTUGAL
Formar “De Braços Abertos”
Com um especial agradecimento à equipa da TAP Portugal, que muito nos tem ajudado a desenvolver os sistemas de gestão de formação no nosso país.
5.7.1. A Formação “eConhecimento” O e-Learning na TAP Portugal é, hoje, uma forte aposta da formação profissional, apresentando resultados muito positivos. Para a TAP Portugal, o e-Learning é muito mais do que um projeto, pelo seu caráter alargado e dinâmico, constante alinhamento com o negócio e preocupação ao nível do retorno de investimento. As tecnologias, com forte presença na TAP Portugal, conduzem à conectividade e à interatividade da informação. Estender essa ótica para um processo inovador de gestão do conhecimento, que significaria mudar de paradigma na formação que disponibilizávamos, vinha a despertar interesse crescente na organização. Sugeria ser uma solução de formação permanente, geradora de significativa economia de tempo e investimento, sem prejuízo dos resultados de capacitação e atualização de conhecimentos dos colaboradores. Consequentemente, poderia criar e agregar valor aos serviços que produzimos e fazer crescer a atividade. Assim sendo, em 2006, e com a designação “eConhecimento”, verifica-se uma primeira iniciativa de implementação levada a cabo pelos Recursos Humanos do Grupo TAP (Figura 5.24), aliando a formação dos colaboradores às novas TIC que faziam parte do quotidiano da organização.
Figura 5.24 – A identidade “eConhecimento” da TAP Portugal
O universo corporativo que é a TAP Portugal (Figura 5.25) apontava para uma forte adesão a essa solução, pelas características de dimensão e dispersão pelo mundo: cerca de 10.000 colaboradores em atividade nos continentes europeu, africano e americano e prestadores de serviços que nos assistem. Face a este cenário, e após várias sessões de brainstorming, antevia-se que o e-Learning fosse um modelo de aprendizagem potenciador de uma resposta formativa de qualidade, com a capacidade de cobertura que necessitávamos e otimizando processos e recursos. © LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS, LDA.
Conclusão 267
Nele se acolherão recursos educativos e formativos que podem ser explorados e usados por qualquer pessoa ou operador de educação/formação, bem como servirá de repositório para os resultados e produtos de diversos projetos (uma antiga exigência).
A mudança do paradigma da aprendizagem está em curso, mas ninguém sabe se apenas nos contextos (ambientes) e conteúdos tecnológicos e de media e, agora, claramente nas metodologias e nos processos ou se, definitivamente, em tirar o professor/formador do centro e lá colocar o aluno/formando/aprendente.
6.3. CONSIDERAÇÕES E REFLEXÕES FUTURAS Um agradecimento especial ao nosso amigo Francisco Lavrador Pires (Engineer and Business Learning Analyst), que nos deixa um conjunto de reflexões sobre o estado da arte e as tendências para o e-Learning nos ecossistemas: aprendizagem, inovação e desenvolvimento organizacional do século XXI.
Numa era de intensa atividade informacional, urge compreender os fatores que influenciam hoje, e cada vez mais no futuro, os métodos e processos de aprendizagem e desenvolvimento nas LO do século XXI. O futuro é observável em pequenos sinais tecnossociais e o estado da arte e as tendências para o desenho de ambientes de alta interação, bem como os ecossistemas de aprendizagem organizacional de alto rendimento determinam reflexões provenientes de vários setores, com especial enfoque sobre a inovação e o desenvolvimento organizacionais ao nível da ideia de training intelligence em LO.
6.3.1. O Futuro do Training Intelligence em Organizações Aprendentes A LO do século XXI é pós-estrutural, dinamicamente pensante, atuante e estará inserida em ecossistemas de negócio de tempo real à escala global, onde emergem modelos de aprendizagem pós-construtivistas (a rede como conteúdo) e conectivistas (a rede como serviço – network as a service) e community as content. Uma sociedade que em 2013 está a produzir 2,5 exabytes de dados por dia (aproximadamente 1 zettabyte por ano), com estimativas para 40 zettabytes em 2020, tem necessariamente de se reinventar no modo e na forma como endereça a problemática das aprendizagens contínuas de informação e conhecimento intensivo ao longo da vida (knowledge intensive lifelong learning). Considerando ainda as transformações demo e psicográficas que remetem para uma sociedade de fluxos contínuos em sobreposição às memórias, em interligação direta com o ambiente físico, via redes sensoriais (Internet of Things – IoT) e com o ambiente lógico através da Web of Things (WoT), estamos perante desafios de interpretação semântica (com redes de aprendizagem e significado/conhecimento através da cloud), semiótica na necessidade de perceção e compreensão dos signos sociotécnicos que influenciam a cognição e a metacognição no diá© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS, LDA.
Projetos de
e-Learning Inovação, Implementação e Gestão
Ambientes tecnológicos inovadores podem potenciar grandes desenvolvimentos a nível da formação e da educação, respondendo à necessidade de desenvolvimento de competências e atualização de conhecimentos. Trata-se de uma área em franca expansão e que apresenta uma taxa de crescimento assinalável. Este livro está organizado em duas partes complementares: uma primeira parte, destinada a pessoas que estão a dar os primeiros passos nestes contextos, onde são apresentados os principais fundamentos do Ensino a Distância, do e-Learning, do b-Learning e do m-Learning; e uma segunda parte, para pessoas com conhecimentos mais avançados nesta temática e que desejem conhecer a estratégia e o processo de implementação de projetos de e-Learning em organizações.
Esta obra destina-se a pessoas com interesse pela gestão de conhecimento e pela inovação, com particular destaque para gestores de empresas, gestores de recursos humanos, gestores e técnicos de formação e e-Learning, professores, formadores e investigadores na temática do e-Learning. Este livro apresenta, igualmente, um conjunto de espaços inovadores de aprendizagem, enquanto tendências futuras nesta área de atividade, nomeadamente em ambiente Web 2.0 e PLE, em ambientes 3D, learning objects, Serious Games e Context-Aware for Learning. Os autores, Arnaldo Santos, Lúcia Moreira e Filipe Peixinho, partilham o seu conhecimento científico e experiência prática com mais de 10 anos de atividade na implementação e na gestão de projetos de e-Learning, tanto do ponto de vista tecnológico como pedagógico.
ISBN 978-989-752-003-7 A Bibliografia completa encontra-se disponível para consulta através da página web do livro, em www.lidel.pt.
www.lidel.pt
Para além de introduzir os fundamentos das learning organizations, do Ensino a Distância e dos seus principais componentes estratégicos, este livro apresenta a gestão e a implementação de um projeto de e-Learning numa organização, apoiando-se em sete casos reais de implementação em organizações privadas e do Estado (PT, TAP, CTT, AMA, Banco de Portugal, ISCIA e Nova Etapa).