Folha do Trabalhador # 24

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Liaison Committee for the Fourth International

CLQI Comitê de Ligação pela Quarta Internacional

FCT

Folha do Trabalhador

FdT 24 - ago / 2015

J o r n a l d a F r e n t e C o m u n i s t a d o s T r a b a l h a d o r e s ( F C T ) - a n o V - n o2 4 - a g o s t o / 2 0 1 5 - R $ 1

IMPEACHMENT É GOLPE DE ESTADO DA DIREITA!

Não ao Golpe! E

Mobilizar os trabalhadores para combater a sabotagem patronal da economia, as demissões, as medidas covardes contra a população e de capitulação de Dilma à direita e a seu ministro Joaquim Levy!

m 2009, quando a China passou a ser a principal parceira comercial do Brasil, a bíblia do mundo das finanças internacionais, a The Economist britânica, soou o

alarme: “De que lado está o Brasil?”. Não estava nada contente com a política internacional de alinhamento de Lula com os bolivarianos e com os BRICS. O megaespeculador George Soros,

O CAPITALISMO CONTRA A JUVENTUDE

Contra a redução da maioridade penal

que patrocinou diretamente o golpe fascista na Ucrânia e é dono de muitas ações da Petrobras declarou abertamente, em entrevista à TV estadunidense ABC, que aposta na quebra econômica

do Brasil. Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev e o empresário mais rico do país patrocina o movimento pelo Fora Dilma e PT "VemPraRua".

EDITORIAL

OPINIÃO

Contra o ceticismo e o derrotismo, erguer a Frente Comunista dos Trabalhadores!

O golpe parlamentar e jurídico e a crise política no Congresso e na mídia

Páginas 2 a 4

BALANÇO DO 54O CONGRESSO DA UNE

TEORIA MARXISTA DO PARTIDO OPERÁRIO

Organizar a luta antifascista e anti-imperialista da juventude

As greves proletárias e o centralismo democrático

COLÔMBIA

Sobre as tentativas de paz entre as FARC-EP e o governo colombiano

LENIN: Nenhum Compromisso? GREVE NA PREVIDÊNCIA

Contra os ataques do governo Dilma, o arrocho e por melhores condições de atendimento FIST

Crise ecológica está deixando milhões de pessoas sem terra e sem teto TURQUIA

Perigo de guerra na fronteira Síria! A atual crise no Oriente Médio e suas perspectivas

Desde março, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo e o governo colombiano têm aprofundado o diálogo, em torno da tentativa de processo de paz (o "processo de Havana", formalmente desde 2012), para por termo ao conflito que já dura meio século. Entendemos que tal diálogo é salutar, mais que isso, imprescindível para se garantir a integridade do

território colombiano e sua pacificação social (a medida em que isso seja possível nos marcos do capitalismo). Todavia, a paz pretendida não pode ser a dos cemitérios. Está vivo na memória o infortúnio que se abateu sobre dirigentes e militantes da Unión Patriótica nos anos 80 e 90, eliminados fisicamente pelo governo e pela extrema-direita, quando as FARC-EP, através de

tal partido, buscavam se integrar ao institucionalismo "democrático". Nesse sentido, há que dialogar com o governo, mas no espírito de "confiar desconfiando", sem deposição de armas - que seria suicídio - e sem esquecer que a Colômbia é o enclave estadunidense na América do Sul, como Israel o é no Oriente Médio...

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GRÉCIA

Cavalo Grego

Cantor da moral proletária

H

AMÉRICA LATINA

A nova Guerra Fria e as tarefas dos trabalhadores INGLATERRA

Projeto de lei antissindical dos Conservadores impõe o fim das greves e deve ser copiado por outros governos

BEZERRA DA SILVA

"O principal inimigo da classe trabalhadora é o imperialismo americano, que domina o capital financeiro mundial" DEBATE

A FCT luta por uma frente única anti-imperialista unindo os BRICS, os bolivarianos, os Estados operários remanescentes, o nacionalismo islâmico, o Irã, africanos e os terceiro-mundistas que sempre estiverem sob ataque ou em contradição com o imperialismo.

Lutamos pela Greve Geral contra a terceirização e a direita golpista tendo como estratatégia a construção de uma oposição operária e comunista ao governo Dilma e de um partido para lutar pela Revolução e o Socialismo!"

P. 7

á dez anos falecia Bezerra da Silva, o sambista que deu voz aos trabalhadores dos morros e favelas. Nasceu em Pernambuco, em 1927. Aos 15 anos de idade, em busca do pai e fugindo da pobreza, foi para o Rio de Janeiro clandestinamente em um navio, apenas com a roupa do corpo. Encontrou o pai, mas com ele se desentendeu. Trabalhou na construção civil, como pintor de parede, morando nas obras em que estava empregado, na zona central do Rio, por sete anos. Foi preso muitas vezes pela polícia e acabou desempregado em 1954. Apesar de ter sido um dos artistas mais popula-

res do Brasil, foi bastante ignorado pelo "mainstream". Para desqualificar sua obra e identificálo com o tráfico a grande mídia ressaltava a canção “Malandragem dá um tempo” (de Popular P. , Adelzonilton , Moacyr Bombeiro). Trata-se de uma irônica defesa do usuário da maconha e contra a repressão policial que foi regravada pelo conjunto Barão Vermelho. A música de Bezerra também nunca atraiu a classe média de esquerda que, embora nutra simpatias pelas canções de protesto e denúncia social, tem aversão de classe aos códigos morais proletários. P. 6

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