LCFI Liaison Committee for the Fourth International
CLQI Comitê de Ligação pela Quarta Internacional
Folha do Trabalhador J o r n a l d a L i g a C o m u n i s t a - a n o I V - n o2 0 - m a i o / 2 0 1 4
R$ 1 - c o n t r i b u i ç ã o s o l i d á r i a R $ 5
lcligacomunista.blogspot.com.br
Frente Única Antiimperialista contra a oposição de direita e seus satélites oportunistas!
Construir a oposição operária e revolucionária ao governo Dilma!
“Os de baixo” já não suportam mais e começam a se levantar Carteiros, garis, condutores, professores, despejados, ... a classe trabalhadora resiste, passa por cima das burocracias sindicais, desafia a repressão, arranca conquistas mas é preciso unificar as lutas, planificar uma alternativa proletária contra a reação de direita e construir uma direção revolucionária
Saudação do CLQI - Comitê de Ligação pela IV Internacional aos trabalhadores do mundo
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Vote nas chapas da OPOSIÇÃO DE VERDADE na APEOESP e no SINPEEM! APEOESP Chapa 3, a única oposição de verdade no maior sindicato da América Latina. LC integra Executiva da Chapa 3. Reconquistar o sindicato para os trabalhadores, condição para derrotar Alckmin (PSDB) na luta por salários dignos, menores jornadas e direitos iguais! SINPEEM
Aumenta a crise, o terror estatal, mas também a resistência da população trabalhadora
CONTATOS: lcligacomunista.blogspot.com.br liga_comunista@hotmail.com facebook.com/fdt.folhadotrabalhador Caixa Postal 440, CEP 01031-970, São Paulo, Brasil
MULTIMÍDIA TROTSKISTA
‘Ucrânia inaugura’ o canal de vídeos da LC
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ela primeira vez, desde a II Guerra Mundial, o nazismo conquistou o poder em um país. Foi na Ucrânia, o maior país do continente europeu depois da Rússia, com uma população de 45 milhões de habitantes. Apoiados pelos Estados Unidos e pela União Europeia, grupos nazistas derrubaram, através de um golpe de Estado, um governo democraticamente eleito. O governo nazista é contra os judeus, é contra os trabalhadores ucranianos que falam russo. Se dizem nacionalistas mas querem submeter o país à União Europeia como ocorreu com a Grécia. Legalizaram a apologia ao nazismo e proibiram o Partido Comunista. O nazismo é o porrete do capital financeiro
Na Região do ABC paulista, como efeito retardado da crise capitalista de 2008, vem ocorrendo a chamada desindustrialização/reprimarização, com demissões na indústria e expansão precarizada do setor de serviços. No dia 20 de março passado, no caderno de “Economia” do Diário do Grande ABC saiu
ACIRRAMENTO DA LUTA DE CLASSES NO BRASIL
LC lança coletânea de textos de Trotsky: “Facismo - O que é? Como combatê-lo?”
Derrotar o imperialismo e o nazismo na Ucrânia! Frente única com Putin, o diabo e sua avó!
contra os trabalhadores para aumentar a exploração e quebrar sua resistência. Isto demonstra o desespero do imperialismo para obrigar os trabalhadores a pagar a conta de sua crise econômica, trabalhando mais e sendo impedidos de protestar ou fazer greves. Não podemos deixar que o nazismo triunfe na Ucrânia, na Venezuela ou no Brasil. Por isso, fazemos uma frente única com a Rússia, mas não nos contentamos em acreditar que a independência da Criméia em relação à Ucrânia seja a solução. A burguesia russa, assim como a ucraniana ou a brasileira não merecem nossa menor confiança, porque sempre capitulam na luta contra o imperialismo, mas o inimigo prin-
cipal é o próprio imperialismo dominante do planeta e explorador de todos nós. A solução é a unidade de todos os trabalhadores e da juventude organizados por local de trabalho e comitês de autodefesa para esmagar os planos de recolonização imperialistas sobre toda a Ucrânia. Por isso estamos pela derrota do imperialismo, pela derrota do nazismo, em frente única com Putim, o diabo e a sua avó, como nos ensinou o camarada Trotsky contra Hitler!
A reprimarização/desindustrialização no ABC Paulista Organizar a luta contra a chantagem patronal e as demissões em massa
Que a greve unifique a categoria para derrotar o governo Haddad (PT) e a política conciliacionista de seus testas-de-ferro (PT, PPS, PCdoB) no Sindicato! Votar na Chapa 6, do Movimento Unificado de Oposição Classista, MUOC .
FORMAÇÃO POLÍTICA
Contra-revolução Revolução e e revolução contra-revolução na Ucrânia
tam contra os ataques dos EUA e UE na Síria e na Venezuela. Estamos mais perto de uma guerra mundial agora do que em qualquer outro momento posterior a 1962, durante a Crise dos Mísseis Cubanos. Os EUA tem intensificado suas provocações belicistas contra a Rússia e a China desde 21 de abril, quando o Vice- presidente dos EUA, Joe Biden, chegou a Kiev para uma visita de dois dias destinada a “demonstrar
TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO - SÃO PAULO
e humanos, as burguesias destes dois países avançam sobre o recuo econômico dos EUA e UE, atingidos pela recessão, aspirando converter-se em potências imperialistas. Por outro lado, o imperialismo reage a expansão comercial do bloco Eurásico, manipulando o descontentamento popular sem direção revolucionária contra os efeitos da crise capitalista para golpear
DECLARAÇÃO DO CLQI
1O DE MAIO
Comitê de Ligação pela IV Internacional envia suas mais calorosas saudações revolucionárias para a classe trabalhadora do mundo, para os pobres e oprimidos e, em particular, para a sua vanguarda de combate. Hoje a crise internacional do capitalismo impulsionou a classe operária na Ucrânia à condição de vanguarda da luta global e nós saudamos esses heroicos combatentes, juntamente com aqueles que lu-
A crise capitalista, que teve como epicentro os EUA e Europa, abriu uma nova situação mundial. Por um lado, a recessão nas metrópoles cedeu espaço para a projeção da China e Rússia, duas economias capitalistas cujas tarefas nacionais burguesas foram resolvidas por revoluções sociais e implantação de ditaduras proletárias. Dispondo de gigantes recursos energéticos
uma matéria, assinada pelo jornalista Pedro Souza, com o título de “Indústria encolhe e serviços contratam 63 mil”. Logo no início do artigo conta que “O mercado de trabalho do Grande ABC vive dias difíceis quando o assunto é a indústria. O setor perdeu 8.499 trabalhadores em cinco anos
encerrados em fevereiro, período em que o estoque de empregados formais somou 239.921 posições. No mesmo intervalo, as empresas de serviços aumentaram o contingente em 63.486 profissionais regis-
50 ANOS DO GOLPE
Derrotar a reação golpista no Brasil! Nenhuma confiança em Dilma, que aprimora o aparato repressivo herdado do regime militar contra as massas
ELEIÇÃO DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE CAMPINAS Mudando algo para as coisas permanecerem como estão VITÓRIA POLÍTICA E JURÍDICA DOS TRABALHADORES CAF é condenada pela 2a vez a indenizar o dirigente metalúrgico da LC e cipeiro, Antonio Junior, o Carioca, por perseguição e assédio moral
CAPITALISMO ASSASSINO
Copa ‘serial killer’ mata operários HORTOLÂNDIA - SP
Vitória das trabalhadoras assistentes sociais FdT 20 - maio / 2014
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CARTA AOS LEITORES
Saudação do Comitê de Ligação pela Quarta Internacional aos trabalhadores do mundo
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Comitê de Ligação pela IV Internacional envia suas mais calorosas saudações revolucionárias para a classe trabalhadora do mundo, para os pobres e oprimidos e, em particular, para a sua vanguarda de combate. Hoje a crise internacional do capitalismo impulsionou a classe operária na Ucrânia a condição de vanguarda da luta global e nós saudamos esses heroicos combatentes, juntamente com aqueles que lutam contra os ataques dos EUA e UE na Síria e na Venezuela. Estamos mais perto de uma guerra mundial agora do que em qualquer momento desde 1962, durante a Crise dos Mísseis Cubanos. Os EUA têm intensificado suas provocações belicistas contra a Rússia e a China desde 21 de abril, quando o Vice- presidente dos EUA, Joe Biden, chegou a Kiev para uma visita de dois dias destinada a "demonstrar o apoio americano para o novo governo ucraniano e para impulsionar a implementação de um acordo diplomático alcançado em Genebra, na semana passada entre a Ucrânia, os EUA, a União Europeia e a Rússia para acalmar as tensões". Sua visita teve o efeito desejado de encorajar aos golpistas de Kiev para atacar a um posto de controle perto do leste cidade de Sloviansk, no dia 20 de abril, deixando três pessoas mortas. Em 24 de abril, Obama se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para garantir total apoio a escalada militarista japonesa deste seu aliado. Ele já havia dado uma declaração à imprensa "A política dos Estados Unidos é clara – as ilhas Senkaku são administradas pelo Japão e, portanto, se inserem no âmbito do artigo 5 º do Tratado EUA-Japão de Cooperação Mútua e Segurança. E nós nos opomos a quaisquer tentativas unilaterais para retirar essas ilhas do governo do Japão". Obama compromete-se com o Japão pela primeira vez a entrar em guerra contra a China pelo controle das ilhas. A TÁTICA DA FUA: NENHUMA CONFIANÇA EM ALIADOS TEMPORÁRIOS Ao mesmo tempo que não alimentamos qualquer confiança política das massas nas direções de Assad na Síria, Maduro na Venezuela ou Putin, na Rússia, nós reconhecemos que, a fim de lutar por sua própria revolução socialista internacional, a classe trabalhadora é obrigada a formar uma Frente única Anti-imperialista (FUA) com todos aqueles que estão lutando contra o imperialismo hoje. Mas uma FUA não significa que fechemos os olhos para a natureza de classe e para covardia política de nossos aliados temporários. No dia 17 de abril, a “Declaração de Genebra sobre a Ucrânia” concordou que as partes se abstivessem do uso da "violência, intimidação ou ações provocativas" e que todos "os grupos armados ilegais serão desarmados". Os EUA, a UE e os golpistas de Kiev conseguiram um compromisso com a Rússia de que esta última iria trair os heroicos combatentes no leste da Ucrânia justamente quando a luta precipitava-se por atingir proporções revolucionárias. Denis Pushilin, chefe da República Popular de Donetsk rejeitou os termos do acordo: "Lavrov não assinou nada por nós, ele assinou em nome da Federação Russa". Claro que Pushilin é um famoso vigarista que contribuiu com o Esquema MMM Ponzi (variação do Golpe da Pirâmide financeira) na Rússia, que enganou a entre 5 a 40 mil pessoas
em cerca de US $ 10 milhões, em 1990. Isso reforça o nosso alerta aos trabalhadores de que devem estar bastante atentos para seus aliados na FUA, porque todas as direções burguesas são, em definitivo, ladras (na Ucrânia o são todos os oligarcas que se apossaram do que antes pertencia ao Estado operário), ainda que não sejam definitivamente gangsteres. Os trabalhadores são obrigados a aliarse momentaneamente a direções que agora estão dispostos a fazê-lo mas que também se vendem para o imperialismo quando lhes é oferecida uma negociação mais favorável. Estamos bem conscientes de que Putin é um corrupto político burguês assim como também o é o primeiro-ministro da China, Li Keqiang. Nossa oposição aos EUA, chefe do imperialismo mundial não implica no apoio acrítico ou político para todos os seus oponentes ou vítima, implica em táticas de frentes com nações, partidos e organizações operárias reformistas nos países imperialistas e Frentes anti-imperialistas com a burguesia nacional no mundo semi-colonial a fim de enfrentar o inimigo principal, os EUA que dominam o capital financeiro global. Só assim conseguiremos a atenção das massas, que, instintivamente, identificam o inimigo principal (recorde que na Revolução Iraniana de 1979 foi na guerra contra o "Grande Satã" que as massas iranianas identificavam os EUA, embora em termos religiosos?) e necessitam supererar as direções nacionalistas burguesas regionais como Gaddafi, Assad, Putin ou as forças islâmicas anti imperialistas como o Hezbollah no mundo semi- colonial. Neste sentido, nós nos solidarizamos com a Organização Borotba, que está dirigindo uma luta anti- fascista na Ucrânia. A imprensa relatou a brutal repressão estatal auxiliada por gangues de saqueadores armados de criminosos fascistas que estão agora se espalhando terror no leste da Ucrânia e importantes membros da Borotba foram presos. A LUTA ANTI-IMPERIALISTA É AINDA CHAVE PARA A LIBERTAÇÃO HUMANA Falsos "trotskistas", como a LIT (PSTU/Brasil e Argentina), UIT (IS/Argentina e CST/Brasil) e seus satélites, a Resistência Socialista (SUQI), Liam Mac Uaid (“Na Ucrânia – os russos são os agressores”) são abertos propagandistas pró-imperialistas. Sua amarga queixa não é que o imperialismo está a financiar e armando os "rebeldes" sírios, mas que estão financiando pouco e não dando-lhes as armas que os falsos trotskistas pensam que os mercenários da CIA merecem. Na verdade, Obama e Cameron foram momentamente contidos porque: 1) ainda está na memória política a impopularidade adquirida pelas aventuras imperialistas de Bush e Blair; 2) é extremamente difícil assumir novos gastos de guerra na atual crise econômica capitalista. Obama e Cameron não reuniram condições políticas para bombardear a Síria. Porque Cameron perdeu a votação sobre o tema na Câmara dos Comuns e Obama estava foi derrotado na Câmara dos Deputados; 3) aprendendo com a tragédia líbia, a resistência nacional síria está mais preparada; 4) a Rússia oferece apoio militar na retaguarda síria. É claro que quando explodem lutas revolucionárias reais (ao contrário do que dizem os falsos trotskistas, sobre os movimentos patrocinado pelo imperialismo na Líbia, Síria e Ucrânia), eles estão
Folha do Trabalhador
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FdT 20 - maio / 2014
Jornal da Liga Comunista Ano IV - NO20 - maio de 2014
COMITÊ DE REDAÇÃO: Erwin Wolf, Marcelo Calasans, Davi Lapa. Jornalista Responsável: Humberto Rodrigues. As opiniões expressas nos artigos assinados ou nas correspondências não expressam necessariamente o ponto de vista da redação. CONTATOS: lcligacomunista.blogspot. com - liga_comunista@hotmail.com - Caixa Postal 440 CEP 01031-970 São Paulo/SP - Brasil. A Liga Comunista é membro do Comitê de Ligação pela IV Internacional (CLQI) juntamente com o Socialist Fight (Grã Bretanha) e a Tendencia Militante Bolchevique (Argentina).
no lado errado da barricada ; na Bósnia você tentar re- executar o seu pedido de desculpas pró-imperialista anterior que fez Milosevic o inimigo principal ( os nacionalistas locais são o principal inimigo mais uma vez, você nunca vai aprender? ) e na Ucrânia você está do lado dos EUA / UE / imperialistas da OTAN e os seus fantoches, os golpistas fascistas dominado do Maidan ( um movimento de " contraditório " , em verdade , algumas bandeiras vermelhas etc! ). Alguns, como a Tendência Revolucionária Comunista Internacional (RCIT, CCR no Brasil), o LCC (Comitê de Ligação dos comunistas), o Workers Power/LFI, a LSR-CIT do PSOL, a nova RS21C, e o SWP tomam um terceiro campo, preferindo ficar em cima do muro: “nem Moscou nem Berlin/UE/OTAN", linha política baseada na falsa equação de que existem “dois campos imperialistas, o do Ocidente e o do Oriente (Rússia/China). Estes grupos são incapazes de condenar “movimentos de massa” abertamente patrocinados pelo imperialismo. Em vez disso, recorrem à noção liberal ridícula de que tais são movimentos "contraditórias". Deveria ser óbvio até mesmo para a pessoa mais ingênua na política que um movimento é definido por quem o domina política e programática e não pelos idiotas que o acompanha e que são espancados por “fogo amigo” por sua estupidez pró-imperialista. Isto é válido para os “rebeldes” de Benghazi, da Síria ou para a extrema direita fascista do EuroMaidan ucraniano. Steve Argue, da Tendência Revolucionária EUA corretamente diz: “Apesar das mentiras dos meios de comunicação corporativos sobre a ‘intervenção russa’, o que está acontecendo de verdade no leste da Ucrânia é uma revolta da classe trabalhadora contra o próFMI e chauvinista golpe que derrubou o governo eleito da Ucrânia, em fevereiro. Essa revolta da classe trabalhadora no leste da Ucrânia apreendeu pelo menos 10 cidades . Ele também ganhou soldados para o seu lado , que foram enviadas para esmagar a revolta.” Somente sobre estas bases anti- imperialistas claras poderá a classe trabalhadora mundial unir todas as suas forças sob o programa do trotskismo revolucionário e da IV Internacional. O INIMIGO PRINCIPAL William Blum descreve a seguinte imagem em “Matando a Esperança” (Killing Hope): Se você levantar a pedra da política externa norte-americana do século passado para ver o que rasteja por baixo verá invasões, bombardeios, governos derrubados, ocupações, esmagamento de movimentos de luta por mudança social, assassinato de líderes políticos, eleições fraudadas, manipulação de sindicatos, fabricação de "notícias", esquadrões da morte, torturas, guerra biológica, ataques com urânio empobrecido, tráfico de drogas, mercenários... É o suficiente para identificar o imperialismo com algo ruim". Nós inequivocamente identificamos que o principal inimigo da classe trabalhadora do planeta hoje é o imperialismo dos EUA, que domina o capital financeiro, a fusão de bancos e das multinacionais monopolistas. Este é o agressor belicista que está por trás de todas as guerras, desde a II Guerra Mundial. Rejeitamos as falsas concepções e, finalmente, concepções pró-imperialista, de que o conflito mundial fundamental hoje é entre o imperialismo ocidental e oriental, ou seja, imperialismo chinês/russo. Rússia e China não são potências imperialistas no sentido marxista como grandes centros do capital financeiro. São as forças dos EUA que dominam o cenário global economica, politica e militarmente com os seus aliados e as instituições globais como o FMI e o Banco Mundial, com o dólar como moeda de comércio global.
Seu objetivo é o fragmentar a Rússia e a China e abrir suas economias para explorá-las através de grandes instituições financeiras e empresas transnacionais. A queda da taxa de lucro provocou de forma dramática a crise das finanças de 2008, detonada com o colapso do Lehman Brothers. Aí está a força motriz essencial para a Terceira Guerra Mundial. Rússia e China têm todo o direito de lutar contra este ataque , ajudando Criméia e leste da Ucrânia contra estes ataques , embora em seus próprios interesses imediatos sejam capitalistas. As guerras que os EUA travaram após a queda do Muro de Berlim, tanto as que lutaram diretamente ou através de seus mercenários contratados são, essencialmente, também guerras contra seus "aliados" europeus para assegurar oportunidades de investimento para as suas empresas transnacionais, para os seus mercados e matérias-primas. Conquistar os domínios da Alemanha e da França foram os alvos reais na guerra da ex-Iugoslávia, no Iraque e no Afeganistão, França, Bélgica e Itália, em África (Ruanda, Zaire/República Democrática do Congo, Líbia, Mali e da República Centro- Africano). China e Rússia são apenas as vítimas secundárias. Os EUA foi o vencedor na Segunda Guerra Mundial. Seu objetivo de guerra incluiu o controle de todas as esferas de influência da Europa e este ainda é uma estratégia vigente. LIBERDADE PARA OS NOSSOS PRISIONEIROS POLÍTICOS (POWs) DA GUERRA ANTIIMPERIALISTA Estendemos nossas mais calorosas solidariedade revolucionária para os republicanos irlandeses que estão lutando contra o imperialismo britânico e seus aliados no norte da Irlanda. Saudamos os prisioneiros de guerra da Grã-Bretanha em Maghaberry, Hydebank e Portlaoise, defendemos seu reconhecimento como presos políticos e sua liberdade agora! Da mesma forma defendemos a todos os combatentes e prisioneiros da guerra anti-imperialista, começando com os heroicos combatentes palestinos e seus prisioneiros de guerra, como na Índia, Turquia, Irã, Iraque, etc. Nas próprias masmorras imperialistas se encontram os prisioneiros de Guantánamo e os detidos pela CIA ilegalmente em segredo câmara de tortura como Mohammed Hamid na Grã-Bretanha e todas as vítimas da "Guerra ao Terror" e da islamofobia na Grã-Bretanha e nos EUA, o ex-Pantera Negra, Mumia Abu Jamal, o ativista do movimento indígena Leonard Peltier, o porto-riquenho Independentista Oscar Lopez Rivera e os cinco heróis cubanos prisioneiros de guerra detidos pelos EUA. A CLASSE TRABALHADORA MUNDIAL Quase a totalidade das chamadas organizações trotskistas internacionais têm apoiado as suas próprias burguesias imperialistas nas guerras contra a Líbia, Síria e agora a Ucrânia, tendo anteriormente falsificado os conflitos na Bósnia e no Kosovo apresentando-os como "revoluções democráticas" que precisavam das bombas e das armas de imperialismo dos EUA para alcançar a sua "libertação". De país a outro a austeridade financeira é a resposta da burguesia para a crise. Na Grã-Bretanha os benefícios sociais estão sendo cortados, custear a habitação está cada vez além do alcance da classe trabalhadora. O Serviço Nacional de Saúde está sendo privatizado rapidamente para permitir que somente os ricos tenham o atendimento de saúde que é negado aos pobres. Da mesma forma, na França, na Alemanha, nos EUA, na América do Sul, na África do Sul, Sri Lanka e em todo o globo. No Brasil, a crise capitalista chegou mais tarde, mas o imperialismo exige
de forma impositiva severos ajustes: aumento do preço dos combustíveis, dos transportes, e da energia, a eliminação de direitos trabalhistas, o congelamento salarial, o aumento de juros, a restrição de crédito. Contra isso, a juventude e os trabalhadores se levantaram de forma excepcional em 2013, como não o faziam desde 1992. O número de greve vem crescendo no país, principalmente dos setores mais oprimidos da juventude e do proletariado. O governo do PT pretende adiar o ataque maior a classe trabalhadora para depois das eleições de outubro de 2014 e obter popularidade com a copa do mundo de futebol. Mas as necessidades da ditadura capitalista impostas pela Fifa e seus sócios locais para turbinar seu parasitismo durante a copa, vem matando operários com alucinados em inseguros ritmos de produção, restringindo direitos democráticos de ir e vir, e despejando milhares de famílias trabalhadoras a serviço da especulação imobiliária. Isto vem provocando o aumentando do descontentamento social. Os debaixo já não aguentam mais e se rebelam contra cada nova brutalidade policial. O imperialismo e a oposição burguesa na mídia, no Legislativo e no Judiciário exigem mais repressão e austeridade, e ameaçam ao governo do PT com denúncias de escândalos de corrupção. Setores da burguesia exigem a volta da ditadura e outros querem golpes parlamentares (impeachment) a exemplo do que ocorreu no Paraguai, na Ucrânia e da escalada golpista na Venezuela. Os trabalhadores precisam derrotar o golpismo em uma frente única
anti-imperialista contra a oposição burguesa e seus satélites oportunistas (PSOL e PSTU) ao mesmo tempo em que constroem uma oposição operária e revolucionária, uma alternativa que supere o PT e seu governo burguês. Somente a mobilização independente dos trabalhadores podem dar esta saída progressista para a crise, através da unificação de suas lutas e da organização por local de trabalho em um partido trotskista do proletariado sob um programa anti-imperialista e por um governo operário e dos trabalhadores. Na África do Sul os mineiros em Amplats estão em greve e seu sindicato, o AMCU, está sendo processado pela empresa, a Anglo American Platinum em 591 milhões de rands (54 milhões de dólares) por danos que dizem ser causados pela greve. A greve começou no final de janeiro no Amplats, o maior produtor de platina do mundo, e também em seus rivais Impala Platinum e Lonmin em uma paralisação setorial por salários que balançou a confiança das empresas na maior economia da África. Um delegado sindical AMCU foi morto em um confronto com a polícia em uma mina de Amplats em 7 de fevereiro. A greve tornou-se mais violenta e vários dos veículos da empresa foram destruídos. A luta revolucionária na África do Sul ingressou em uma nova onda de desenvolvimento após o massacre Marikana em 16 de agosto de 2012 apoiado pelo CNA, pelo PC, pelo NUM e outros líderes da Cosatu e já levou a ruptura do NUMSA em relação ao CNA e ao PC. Na Argentina, o governo de Cristina
Frente única anti-imperialista contra a oposição de direita e seus satélites oportunistas! Construir uma oposição operária e revolucionária ao governo Dilma! Humberto Rodrigues A crise capitalista que teve como epicentro os EUA e Europa abriu uma nova situação mundial. Por um lado, a recessão nas metrópoles cedeu espaço para a projeção comercial da China e Rússia, duas economias capitalistas cujas tarefas nacionais burguesas foram resolvidas por revoluções sociais e implantação de ditaduras proletárias. Dispondo de gigantes recursos energéticos e humanos, as burguesias destes dois países avançam sobre o recuo econômico dos EUA e UE, atingidos pela recessão e aspiram converter-se em potências imperialistas. Por outro lado, o imperialismo reage a expansão comercial do bloco Eurásico, manipulando o descontentamento popular sem direção revolucionária contra os efeitos da crise capitalista para golpear governos semicoloniais e expandir seu parasitismo valendo-se da “primavera árabe” e de golpes de Estado como na Líbia, Paraguai, e Ucrânia, cujos governos estreitavam suas relações comerciais com China e Rússia.
O Brasil já é, desde 2011, o maior parceiro comercial da China, que desbancou os EUA como principal comprador e vendedor para o Brasil. Para a Inglaterra, nossa segunda metrópole colonizadora depois de Portugal, e para os EUA, nossa terceira, isto não pode continuar assim, é preciso reconquistar o Brasil, que mantém seus mais fortes vínculos financeiros com seus amos do norte, mas se “descarrilhou”
comercialmente. Agora, que as economias imperialistas esboçam uma frágil recuperação, “o Brasil precisa fazer a sua parte”, senão os amos do norte trocam a fantoche de plantão por outro mais conveniente às suas necessidades. No Brasil, a oposição burguesa PSDB, DEM, PSB, SDD, PSOL, apoiados por setores da base governista, explora a crise da Petrobrás, fustigada pela capitualação dos governos do PT ao próprio imperialismo, para tensionar Dilma com uma CPI no Congresso Nacional. Nas ruas, a oposição burguesa revela-se muito esquálida ainda, haja vista as manifestações pela volta da ditadura militar, mas todas os protestos contra o governo (Copa, corrupção, Petrobrás) desprovidos de um programa de uma clara estrategia antiimperialista e proletária são passíveis de manipulação pela mídia pró-imperialista e a oposição burguesa para desgaste do governo petista. A população trabalhadora não goza do luxo de poder abrir mão da defesa instransigente de suas condições de vida, da luta contra os despejos da Copa, contra a repressão policial, pelas mínimas demandas imediatas. E os revolucionários não podem se furtar de disputar sua consciência contra a reação golpista, precisam recrutá-la não apenas no calor de cada batalha, mas sobretudo na organização política da luta nos locais de trabalho, estudo e moradia.
Kirsher abandou seu caráter bonapartista desvalorizando o peso para favorecer a burguesia exportadora que tem na China se principal mercado. A inflação resultante desta ação fez despencar ao salário real. Uma ala da burocracia sindical aproveitou a insatisfação dos trabalhadores para chamar a uma greve geral de 24h, ocultando, por trás de justas demandas economicas, demandas em favor de uma reaproximação econômica e comercial com os EUA. Na atual situação de decomposição social capitalista, onde proliferam as máfias estatais e repressivas, setores das classes médias tentam compensar sua impotência através de linchamentos e aprofundando tendências reacionárias. A tarefa de agora para a classe operária argentina é a construção de um reagrupamento baseado na independência da classe trabalhadora frente as distintas tendências burguesas, isto, não só permitir-nos-ia lutar por nossas reivindicações econômicas elementares, mas também seria um obstáculo importantíssimo contra as manobras do imperialismo e seus agentes. Somente se a classe operária converte-se em classe para si é possível guiar ao conjunto dos explorados e oprimidos para que tenham uma orientação política que supere sua reação barbarizada (linchamentos), de desespero social frente a impotência, e que gera alternativas reacionárias diante da decomposição capitalista. É desta forma, pela via da independência de classe fortalecerá as próprias lutas operárias. Para que esta tarefa tenha êxito é imprescindível a construção de um
genuíno partido operário revolucionário, delimitando-se do cretinismo parlamentar e eleitoral da FIT (PO, PTS, IS), a ala esquerda pequeno burguesa e oportunista da oposição burguesa pró-imperialista, única forma de alcançar a autentica independência de classe.” A luta de clases mundial exige uma nova direção revolucionária, uma Quarta Internacional reconstruída. O CLQI dedica-se a essa tarefa como a razão central para a sua existência e para todas as suas lutas. ● Pela derrota do imperialismo e seus agentes na Ucrânia, Bósnia, Síria, Irã e em todas as guerras! ● Por uma Frente Única Anti-imperialista, sem qualquer apoio político a todas as forças que combatem o imperialismo! ● Nenhuma ilusão ou confiança nas direções políticas nacionalistas burgueses de Assad, Putin ou Maduro! ● Somente a classe trabalhadora internacional pode derrotar o imperialismo mundial! ● Reconstruir a Quarta Internacional; o Partido Mundial da Revolução Socialista ! ● Avante Comitê de Ligação pela a Quarta Internacional! Liga Comunista -Brasil Tendencia Militante Bolchevique - Argentina Luta Socialista – Grã-Bretanha Primeiro de maio de 2014
DECLARAÇÃO DA LC - 50 ANOS DO GOLPE NO BRASIL Líbia, Síria, Egito, Honduras, Paraguai, Ucrânia, Venezuela, o espectro do golpismo ronda o planeta
Derrotar a reação golpista no Brasil! Nenhuma confiança no governo Dilma, que aprimora o aparato repressivo herdado do regime militar contra a população trabalhadora!
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anos depois do golpe de Estado de 1964, a população trabalhadora segue sob a ditadura do capital. Ditadura agravada pela decomposição da frágil democracia instituída em 1985. Se a crise econômica mundial de 1973 marcou o início do declínio da ditadura militar, a crise de 2008, que atinge retardatariamente o Brasil, coloca novamente o país em uma encruzilhada: avançar em direção a revolução social ou retroceder para um novo golpe de Estado. Desde 2012, ano de maior número de greves no país desde 1996, a quantidade de lutas no Brasil vem crescendo visivelmente. Em 2013, ocorreram as maiores manifestações de massas do país desde as “Diretas já!” e o “Fora Collor!”. Em 2014, os protestos começaram com os rolezinhos da juventude oprimida contra o apartheid brasileiro, foram seguidos pela greve dos correios em defesa de seu plano de saúde, pelos condutores de Porto Alegre contra os patrões e contra os pelegos, e pela vitoriosa luta por aumento salarial dos garis cariocas. Este ascenso representa a resistência da população trabalhadora à política burguesa de tentar fazer que os trabalhadores paguem pela crise capitalista. As classes dominantes perceberam que não dá para conter a onda excepcional de resistência popular com os meios tradicionais da democracia burguesa. A oposição burguesa tratou sorrateiramente de reanimar a extrema direita e a infiltrar agentes provocadores, policiais à paisana, neonazistas, fanáticos religiosos e toda a escória nas manifestações, para tomar bandeiras, expulsar militantes de esquerda, bem como a fazer manifestações pela volta da ditadura militar, como a marcha golpista realizada em São Paulo no dia 22/03/2014, visivelmente apoiada pelo governo Alckmin e seu aparato repressivo policial. A CLASSE MÉDIA ENDIVIDADA, ENFURECIDA, E MANIPULADA, BASE SOCIAL DO GOLPISMO O material humano do golpismo é a chamada classe média, endividada com banqueiros
e empresários. É assim no Egito, na Ucrânia ou na Venezuela e também no Brasil. A insatisfação, indignação e desespero da classe média são manipulados pela direita contra os trabalhadores, contra a juventude marginalizada e contra o governo do PT, falsamente identificado como “governo dos trabalhadores”. Agentes do grande capital, os demagogos fascistas enganam a classe média e a coloca a serviço dos mesmos que a arruinaram e contra os trabalhadores. Seduzida pelo suposto combate a corrupção, a classe média é posta para marchar pela volta da ditadura, quando foi justamente durante o regime militar que a corrupção foi praticada em larga escala, mas ocultada pela repressão estatal e pela censura midiática. Incapaz de derrotar o PT pelo voto e reconquistar o governo nacional, a direita ameaça cada vez mais com o golpismo, chantageia o Executivo através do Judiciário, do Legislativo e da Mídia. UMA ERA DE GOLPES DE ESTADO PARLAMENTARES Acontecimentos recentes demonstram que após um período marcado por invasões militares diretas (Afeganistão, Iraque, Haiti) o imperialismo voltou a recorrer aos Golpes de Estado, só que agora com disfarce de rebelião popular (Líbia, Síria e Ucrânia) quando os governos de plantão não contentam os apetites imperiais. Todavia, nos últimos tempos vemos o predomínio de uma modalidade parlamentar de golpismo (Honduras, Paraguai e Ucrânia), tendo como exceção o golpe militar no Egito. O PT PAVIMENTA O CAMINHO DA REAÇÃO Por sua vez, chantageado, o governo Dilma tenta convencer o imperialismo e a grande burguesia que é capaz de atender suas demandas contra as massas e ainda manter o controle da situação: eleva os juros pagos pelo Banco Central, reduz impostos e abre as torneiras de financiamento para os megaeventos, enquanto arregimena tropas federais contra a população, invade e ocupa aos bairros proletários no Rio de Ja-
neiro como fazia a ditadura militar; apoia ao recrudescimento da legislação, como a fascistóide “lei antiterrorista”, para criminalizar o direito de manifestação, etc. Em resumo: o governo do PT pavimenta o caminho do golpismo e do fascismo. FRENTE ÚNICA ANTIGOLPISTA E INDEPENDENCIA DE CLASSE Contra a reação golpista chamamos a construção de uma frente única antifascista até com o PT e a CUT. Exigimos que coloquem todo o aparato que hoje controlam, sindicatos, governos, meios de comunicação, armamento, tudo, a serviço da luta e dos comitês de luta contra o golpismo. Mas, neste processo, os revolucionários não devem recuar um só milímetro na organização da luta estratégica dos trabalhadores pela derrubada revolucionária o governo petista, na denúncia de toda sua política burguesa e antioperária, da invasão militar do Haiti com a ONU a Copa das empreiteiras com a Fifa. Primeiro, para não repetir os erros fatais da esquerda da década de 1960, que antes do golpe não acreditava seriamente que ele pudesse vir a ocorrer e depois do mesmo, confiou na organização da resistência por Jango, acabando por não organizando qualquer resistência ao Golpe. Segundo, porque os revolucionários devem ajudar a maioria dos trabalhadores, que hoje apoiam eleitoralmente o PT porque sabem que com a direita o ataque será ainda pior (a exemplo do governo Alckmin), a adquirir independência política e de organização tanto contra a reação como para construir um movimento operário pós-lulista, possuidor de uma consciência de classe superior a atual para lutar por um governo próprio. PELA DISSOLUÇÃO DA POLÍCIA! A atualidade do combate dos nossos heróis assassinados pela ditadura está primeiramente na luta contra o golpismo e pelo socialismo, mas também no fim da anistia para os torturadores de ontem e de hoje e seus mandantes,
expropriando ao conjunto dos empresários e a mídia que enriqueceram graças a repressão. Nos setores da economia onde se explora diretamente a mais valia, fábricas, parte de empresas privadas, Petrobrás, é onde o capital exerce sua ditadura de forma mais draconiana. É preciso liquidar toda a máquina de guerra da burguesia contra o proletariado, a que segue torturando e matando a população trabalhadora, como fez com Amarildo e Cláudia. O aparato repressivo não foi desmontado na democracia, foi aprimorado nos últimos 40 anos e sua principal expressão é a Polícia Militar, seus esquadrões de elite e seus grupos de extermínio. As polícias brasileiras, as mais assassinas do planeta, matam mais que cinco pessoas por dia, o que significa mais de 1800 pessoas por ano, ou quase 40 mil em 20 anos. Também nos últimos 20 anos, a população carcerária aumentou 400%, fazendo do Brasil o de maior número de presos em relação a sua população. Tudo isso comprova que vivemos uma ditadura do capital cada vez mais repressiva e assassina durante a atual democracia burguesa. O aparato repressivo foi sofisticado com as novas tecnologias bélicas e de comunicação e altos investimentos estatais. Por tudo isso não devemos nos contentar com uma luta meramente pela desmilitarização desta máquina mortífera, é preciso dissolvê-la incondicionalmente! Somente um governo direto dos trabalhadores poderá executar de forma consequente as reformas de base, liquidar com o latifúndio, as oligarquias regionais, o parasitismo das multinacionais, do capital fiananceiro, do imperialismo que controlam o Brasil, e sob seus escombros edificar um país verdadeiramente livre dentro Federação de Repúblicas Socialistas das Américas. Este é o mais digno modo de honrarmos a memória dos que tombaram na ditadura, lutando contra o golpismo por direitos civis e democráticos e simultaneamente também lutando pelo estabelecimento de um governo operário e dos trabalhadores, pela ditadura revolucionária do proletariado, a verdadeira democracia operária. FdT 20 - maio / 2014
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METALÚRGICOS VITÓRIA POLÍTICA E JURÍDICA DOS TRABALHADORES
CAF é condenada pela 2a vez a indenizar o dirigente metalúrgico da LC e cipeiro, Antonio Junior, o Carioca, por perseguição e assédio moral Antonio Jr. No dia 23 de abril de 2014, a 1ª turma da 1ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15ª) confirmou a condenação da CAF-Brasil por prática de assédio moral e perseguição ao cipeiro Antonio Junior (o carioca). Por sete (7) votos a zero o pleno do tribunal manteve a condenação
da CAF-Brasil já dada pela primeira instância em Hortolândia-SP. Para nós da Liga Comunista (corrente política na qual carioca é militante e dirigente) é uma vitória política e jurídica contra a empáfia da multinacional basca, as perseguições e o assédio moral sofridas por carioca nos anos de 2010 e 2011. Esperamos que com essa conde-
nação, a CAFBrasil (com basco ou sem basco) não ouse mais se meter com nosso camarada ou com nenhum cipeiro. A justiça que é burguesa (ou seja, não está do lado dos trabalhadores) nos concedeu essa vitória em meio a nossa luta sem tréguas em defesa dos direitos dos trabalhadores e esperamos que a CAF aprenda e deixem os cipeiros em paz.
Mudando algo para as coisas permanecerem como estão Antonio Jr., o Carioca, metalúrgico, cipeiro e militante da Liga Comunista No dia 27 de abril de 2014 aconteceu a Convenção dos metalúrgicos de Campinas e Região, para a escolha da chapa que irá participar da sucessão da atual diretoria do Sindicato pela Alternativa Sindical Socialista. Vamos começar esse texto pelo fim. Sim, vão mudar alguns diretores para tudo ficar do mesmo jeito (usando a máxima do escritor italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa que “Algo deve mudar para que tudo continue como está”). Nós da Liga Comunista que escrevemos a tese Vanguarda Metalúrgica no último congresso queremos fazer uma discussão sobre tal evento festivo. 1º A convenção é da ASS e não da Intersindical ou do Sindicato ou muito menos da categoria. É uma convença da força política que dirige o sindicato e única e exclusivamente deles. Isso, para nós é legítimo, o que não é legitimo é apresentar tal evento como se fosse uma convenção de toda a categoria e estabelecer vetos a participação de ativistas como o autor deste documento, Antonio Junior, metalúrgico da CAF-Brasil e militante da Liga Comunista ou a Raildo Diniz, militante histórico da categoria, ex-diretor e defensor da tese Vanguarda Metalúrgica. 2º Acreditamos que, se tomarmos como referência “o que existe no mercado”, a “concorrência” dos sindicatos dirigidos pela pelegada
da CUT, Força Sindical, CTB e Conlutas, o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região se destaca no que diz respeito às lutas ECONÔMICAS de nossa categoria, mas, tal projeção para por aí. O sindicato se recusa a romper com a influencia política do PT e logo a ir além da luta imediata para fazer a luta política na cidade, no Estado e no país. Não participou do Fora Hélio/ Demétrio por que Demétrio é do PT e o Sindicato é cheio de petistas. Além disso, o sindicato não combate o PT, a Dilma ou Lula, prefere sempre fazer referências a “governo federal” (sem citar nomes) e não se posiciona publicamente pelo fato de no interior da diretoria, haver um vereador do PT eleito em Indaiatuba no ano de 2012. 3º Acreditamos que o Sindicato também falha na formação de novos quadros na categoria, e falamos de quadros mesmo, ou seja, pessoas que possam analisar, caracteriza e tirar a política, sem precisar do “alto clero”
sindical para fazer isso. Por essa debilidade, a ASS e o Sindicato perdeu espaço para a sua costela, a Intersindical (do PSOL) que realizou um Congresso e turbinada pelos Químicos Unificados, fundaram sua própria central sindical da classe trabalhadora, enquanto a Intersindical (ASS), ganham sindicatos que não se afirmam como tal (como parte da Intersindical). Analisamos que isso segue pela falta de quadros no interior da ASS e dentro da direção do sindicato, e isso leva a pancadaria burocrática no interior do aparato. 4º No Congresso da categoria, Vanguarda Metalúrgica criticou a ASS por sua miopia de negar a desindustrialização e a reprimarização. Dizíamos que precisávamos apresentar uma política classista para combater as demissões. Dito e feito, lamentavelmente a categoria segue desarmada por sua direção política contra este ataque patronal que ceifa tantos postos de trabalho a pon-
to de que além do enxugamento de empresas como Benteler, subsidiária da Mercedes Benz, da MABE, até a Borgwarner, fábrica que empregava o atual presidente do sindicato, mudou-se da região prejudicando, como sempre a base da categoria. Por fim, nós da Liga Comunista/VM fazemos estas críticas contra a direção do Sindicato mas não tomamos uma posição de nos abster do processo ou de apoiar a setores piores que a ASS para a categoria como o PSOL, formado por quem pertenceu por 18 anos a esta diretoria. Neste momento, na falta de tu vai tu mesmo, por isso, apoiamos a chapa parida da convenção que reuniu a maioria dos ativistas metalúrgicos, mas militamos para criar uma verdadeira alternativa dos metalúrgicos para derrotar as demissões, os patrões e todos seus governos econstruir o socialismo.
A reprimarização/desindustrialização no ABC paulista Organizar a luta contra a chantagem patronal das demissões em massa Erwin Wolf Na Região do ABC paulista, como efeito retardado da crise capitalista de 2008, vem ocorrendo a chamada desindustrialização/reprimarização, com demissões em massa na indústria e expansão precarizada do setor de serviços. No dia 20 de março passado, no caderno de “Economia” do Diário do Grande ABC saiu uma matéria, assinada pelo jornalista Pedro Souza, com o título de “Indústria encolhe e serviços contratam 63 mil”. Logo no início do artigo consta que “O mercado de trabalho do Grande ABC vive dias difíceis quando o assunto é a indústria. O setor perdeu 8.499 trabalhadores em cinco anos encerrados em fevereiro, período em que o estoque de empregados formais somou 239.921 posições. No mesmo intervalo, as empresas de serviços aumentaram o contingente em 63.486 profissionais registrados, o suficiente para totalizar 338.045 carteiras assinadas no mês passado.” Em seguida o artigo menciona que tais dados são do Ministério do Trabalho e Emprego. Observa, também, o periódico referido que “O período de comparação, de 2009 a 2014, abrange o início do impacto da crise financeira mundial no País, que começou em setembro de 2008 com a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers (...)”; que “Por isso, e pelas incertezas dos empresários quanto ao futuro da economia do País e de suas próprias instalações, ele vêm reduzindo o quadro de funcionários como forma de manter as margens
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e, muitas vezes, as portas abertas.”; e que “Diretor do Ciesp (Centro da Indúsdria do Estado de São Paulo) de São Bernardo, Hitoshi Hyodo se mostrou preocupado com a situação e diz ter consciência de que fevereiro foi o quarto mês consecutivo de demissões na indústria da região. Ele entende que a Copa do Mundo de futebol só prejudica a produção do País, tendo em vista que as atenções se voltam ao evento e são geradas incertezas sobre o futuro da economia.´A perspectiva não é boa. No mínimo, você tira o pé, não contrata em situação como essa. Deixa o empresário mais atendo ao cenário econômico.’” O Diretor do Ciesp de São Bernardo concluiu que “Por esse motivo, como também pela baixa competitividade desencadeada pela alta carga tributária e a entrada massiva de produtos importados da China no País, Hitoshi acredita que o emprego na indústria caminhará “de mal a pior” em 2014, e consequentemente, em 2015.” Esse quadro acima, descrito pelo Jornal Diário do Grande ABC, confirma o acerto da posição defendida pela Vanguarda Metalúrgica, corrente sindical metalúrgica de campinas, impulsionada pela LIGA COMUNISTA, que em sua tese para o 11º Congresso do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, criticou a tese da corrente ASS (corrente anarco-sindical que tem boas relações com o petismo sindical de Campinas), conforme Folha do Trabalhador, n. 18, set/2013, pág. 3: “2 na desindustrialização histórica do Brasil. A ASS desconsidera a
desindustrialização dos últimos 30 anos e apenas avalia micro-recuperações pontuais e momentâneas de alguns setores da indústria e não do conjunto do parque industrial que hoje corresponde a apenas 14,8% do PIB.”(...). Ao contrário do que parece, no imediato, esta avaliação debilita a luta contra o desemprego e contra a precarização trabalhista e engrossa o discurso petista oficial de apenas passarmos por uma “marolinha”. E, no imediato, esta posição míope para a política de dependência econômica, retrocesso produtivo e colonial alavancados na década neoliberal de 1990 e aprofundados pelos governos do PT que privilegia as montadoras e a agroindústria em detrimento do desenvolvimento do departamento I da economia.(...)” A LIGA COMUNISTA, acredita que o futuro da maioria da população trabalhadora, o retrocesso à barbarie capitalista ou a melhoria das suas condições de vida sob bases socialiadas depende da luta pelo futuro dos trabalhadores produtivos, do proletariado fabril, depende da organização política dos operários na guerra de classes contra a burguesia, assim como a regeneração próprio trotskismo depende de sua proletarização. Por isso dedicamos o melhor de nossos esforços a reconstrução do trotskismo dentro das fábricas, nos locais de trabalho do operariado. Por isso, nos preocupa em particular a questão da reprimarização. No artigo “O Governo Lula e a recolonização econômica do Brasil”, do companheiro NAZARENO GODEIRO do PSTU, enfatiza que “O Brasil se
especializou em produção e exportação de commodities, dependente de recursos naturais, produção em larga escala e monocultivo para exportação: um retrocesso em direção a uma economia de cunho colonial, dependente do capital estrangeiro.” Além disso, “O recente boom exportador da América do Sul foi essencialmente centrado nas commodities destinadas aos mercados globais. Houve um retrocesso frente ao Brasil industrializado e produtor de manufaturas. A economia brasileira nasceu como primária exportadora, avançou entre 1950 e 1980 para uma economia produtora de manufaturas, e retornou, sob o neoliberalismo, a uma economia primária-exportadora.” E que “Desta forma, o Brasil ingressou na década de 1990 com uma dupla cara: exportador de manufaturas para o Mercosul e exportador de matérias primas para o mundo... O salto das exportações de bens primários é o elemento novo da economia brasileira nos últimos 10 anos. O governo Lula incentivou e dirigiu o processo de reprimarização da economia brasileira. Em 2010, pela primeira vez desde 1978, o Brasil exportou mais commodities que manufaturados” De forma acertada GODEIRO explica que: “Reprimarização não é sinônimo de desindustrialização, pois o agranegócio, a mineração, a siderurgia, o petróleo e a petroquímica, são setores industriais. Pode usar o termo “desisndustrialização” somente de forma relativa, já que a indústria de transformação no Brasil perdeu espaço para o setor industrial primário.”; e que “Mirando a eco-
nomia brasileira no seu conjunto e em dinâmica, existe um processo de desindustrialização, já que a indústria perde peso para o setor de serviços no conjunto da economia. Essa desindustrialização é relativa porque não se trata do fechamento e destruição física da indústria brasileira (ainda que milhares de indústrias que não conseguem concorrer com a China, estão falindo), mas perda de peso da indústria na produção nacional. Em 1985, toda a indústria aportou 48% ao PIB brasileiro, em 2009 se reduziu a apenas 25%.” Diante deste diagnóstico é preciso traçar uma plano de guerra contra a recolonização do país, uma política oposta pelo vértice ao peleguismo da CUT, CTB e FS e o neopeleguismo ‘de esquerda’ que o Sindicato dos Metalúrgico de São José dos Campos, dirigido pela Conlutas/PSTU, fez em relação as demissões da Embraer ou da GM (ver crítica no FdT18). Este partido “socialista” se opõe a organizar a luta da classe com seus próprios métodos (greves, ocupações de fábrica, etc.) privilegiando a claudicação diante dos governos para que concedam mais subsídios e renúncia fiscal para os capitalistas. A compreensão da conjuntura econômica é fundamental para traçarmos a linha política da classe operária para enfrentar a patronal, sem ceder à sua choradeira e a da pelegada, colocando a greve com ocupação de toda e qualquer empresa que realize demissões em massa e pela nacionalização dos bancos e da indústria, sob o controle dos trabalhadores.
MOVIMENTO OPERÁRIO E POPULAR ACIRRAMENTO DA LUTA DE CLASSES NO BRASIL
Aumenta a crise, o terror estatal, mas também a resistência da população trabalhadora Davi Lapa No Brasil, as classes dominantes, a burocracia sindical e também a esquerda pequeno burguesa impulsionaram por anos o mito de que só existia luta de classes depois do carnaval. De fato, até 2014, sempre no início do ano, a burguesia realizava os maiores ataques econômicos contra as massas, com aumentos de transportes, IPTU, cobrança de dívidas, etc, enquanto os sindicalistas e ativistas vinculados a burocracia sindical andavam de férias. Desde o final de 2013 e sobretudo em 2014, o quadro vem mudando, com o “natal dos rolezinhos”, os protestos contra a repressão policial e contra a copa, mas principalmente com a entrada em cena de alguns setores da classe A operária como a greve nacional dos correios em defesa de suas condições de saúde, excepcionalmente fora da campanha salarial, contra e apesar da orientação política das direções sindicais do Rio de Janeiro ou de São Paulo (PCdoB) que controla os dois maiores sindicatos do país e sabotam a greve, bem como o Sindicato da Bahia, do PT, que foi obrigado a fazer greve, não conseguindo acabar com a mesma mesmo levando gente do partido para acabar com ela. Também me-
recem destaques a combativa greve dos condutores de Porto Alegre, passando por cima dos acordos impostos pela patronal e o Sindicato pelego da Força Sindical, cujos burocratas quase foram linchados pela base, e dos professores do Rio Grande do Norte. Nos bairros proletários é preciso destacar que não apenas aumenta a repressão, mas, de forma cada vez mais clara vem aumentando a resistência, tanto quando o MTST suplanta um papel de mobilização política urbana que na década de 1990 era ocupado pelo MST, mas também quando as massas politicamente desorganizadas saem a luta como na rebelião de Vila Medeiros, zona norte de São Paulo, ocasionada pelo assassinato a queima roupa de um morador, que rebelou a região. Fenômeno similar ao que ocorreu em fevereiro de 2014 em Jacarepaguá, zona Oeste do Rio de Janeiro, depois que a polícia matou a dois jovens, se desencadeou um protesto com queima de ônibus, caminhão, banheiro químico, máquinas usadas em obras de empreiteiras. A propósito, como expressão do descontentamento popular contra a repressão policial, o sistema de transporte e o empresariado, nos protestos nos bairros proletários tem havido um importante cres-
cimento de queima de dezenas de ônibus nas principais capitais do país. O conjunto do aparato burguês, mídia, polícia e justiça, organiza estrangulamento da resistência popular e criminalizar aos manifestantes, seja atirando com balas de chumbo nos manifestantes contra a Copa em São Paulo, seja infiltrando P2 nas manifestações para armar situações, como a morte do jornalista Santiago Andrade no Rio, que justifiquem o recrudescimento do combate a resistência, como armaram contra o catador de rua Rafael Vieira, condenado a 5 anos em regime fechado por participar dos protestos de rua, acusado de portar coquetéis molotvs, quando somente portava desinfetantes e água sanitária. Sabemos que só a sociedade Socialista pode proporcionar aos jovens melhores condições de vida com boas escolas, esporte cultura e lazer aos filhos da classe operária. Ao capitalismo interessa proporcionar bem estar à burguesia e seus filhos, chegou a hora dos jovens de periferia engajar nas lutas políticas em direção a uma sociedade igualitária, o comunismo.
CAPITALISMO ASSASSINO
HORTOLÂNDIA - SP
Copa ‘serial killer’ de operários Davi Lapa A medida que se aproxima da Copa, aumentam os ritmos de trabalho e o número de trabalhadores assassinados pela pressão dos capitalistas donos das construtoras. No Arena Amazônia, em Manaus, capital da Amazônia dois trabalhadores foram assassinados pelo ritmo alucinado das obras voltadas para a Copa. Ambos os "acidentes" ocorreram no dia 14/12/2013. A primeira morte ocorreu quando Macleudo de Melo Ferreira, cearense de 22 anos, natural de Limoeiro do Norte, funcionário contratado por uma terceirizada da construtora Andrade Gutierrez, estava colocando a membrana de proteção da cobertura da área lateral do Arena da Amazônia. Os trabalhadores estão submetidos à pressão intensa para trabalhar horas extras, e sem proteção adequada e sob privação de sono, para entregar o Estádio no prazo previsto, no próximo mês, janeiro de 2014, o acidente
ocorreu de madrugada, às 4h da manhã. Nesta hora o companheiro despencou de uma altura de 40 metros em cima de uma cadeira do estádio. O operário chegou a ser encaminhado ainda com vida ao Pronto-Socorro 28 de agosto, na zona centro-sul da capital amazonense, mas não resistiu aos graves ferimentos e morreu. No início do ano, relatório do Ministério Público do Trabalho (MPT 11ª Região) afirmou que as condições de trabalho na arena eram precárias. A situação foi considerada grave. De acordo com o órgão, diversas irregularidades foram encontradas durante fiscalização surpresa, como operários sem equipamentos de proteção coletiva em locais com risco de queda ou de projeção de materiais, aberturas no piso sem sinalização, entre outras. Em maio deste ano, um operário morreu no local ao cair de uma altura estimada de cinco metros após tentar passar de uma coluna para o andaime. A morte foi
ocasionada por traumatismo craniano. No mesmo dia, no Centro de convenções de Manaus que está sendo construído para o Mundial, o operário José Antônio da Silva Nascimento, de 49 anos, submetido a pressão dos chefetes foi vítima de um infarto. Ele chegou a ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu. Macleudo e Antonio são a quinta e a sexta vítimas fatais noticiadas dos acidentes ocorridos nas obras da copa. Em março, um trabalhador caiu de uma altura de cinco metros e também morreu durante as obras do estádio em Manaus. A empresa assassina da vez é a Andrade Gutierrez que para entregar o Estádio em janeiro tem pressa em concluir as obras e os operários são pressionados por engenheiros e encarregados, expondo assim os trabalhadores a acidentes fatais. A previsão de custo inicial deste estádio foi de R$ 515 milhões, mas embora não forneça sequer
Vitória das assistentes Sociais contra a prefeitura do PT Erwin Wolf
equipamento de proteção e condições adequadas para seus escravos, além de pagar um salário miserável, a Andrade Gutierrez cobra (até agora) como custo final a bagatela de R$ 604 milhões pelo Arena da Amazônia. A primeira morte nas obras da Copa que se tem notícia aconteceu em junho do ano passado, quando um operário de apenas 21 anos despencou de uma estrutura de 30 metros de altura durante a construção do estádio Nacional de Brasília. Outras mortes aconteceram após a queda de um guindaste e também vitimaram um auxiliar despreparado para o serviço e sem equipamento adequado durante as obras do
Volkswagen dará licença remunerada a 900 operários Scania dará férias coletivas para 80% dos trabalhadores General Motors abriu PDV (Plano de Demissão Voluntária) Erwin Wolf A Volkswagen dará licença remunerada durante cinco meses para cerca de 900 operários, ou seja, 7,2% dos 12.500 empregados da fábrica de São Bernardo do Campo. A Volkswagen fabrica 1.300 veículos por dia e continuará fabricando, por que diz que há um excedente de 1.000 operários. Segundo o Diário do Grande ABC, Caderno de Economia do dia 24 de abril passado, a informação foi dada pelo
Secretário-geral do Sindicado dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana. “O representante dos empregados explicou que a empresa está insatisfeita com os resultados do primeiro trimestre, o que contribuiu para a decisão. Além disso, parcela desse efetivo estava nas linhas de produção desativadas do Gol G4 e da Kombi, que acabou sendo menos aproveitada. ‘Nós trabalhamos para que a empresa colocasse dois novos modelos no lugar, mas ainda não há previsão
para isso.” “Santana lembrou que, desde 2012, quando foi firmado acordo coletivo de manutenção do trabalho dos profissionais até 2017, o sindicado já esperava que esse modelo chegaria. ‘O lay-off é a forma que nós temos para garantir os empregos. Todos eles voltam depois do período. Não há motivo para se preocuparem com demissões.” Ainda, segundo o jornal, “Os licenciados terão bolsa do FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador) de R$ 1.304,63
Itaquerão, em São Paulo. Esteacidente ocorreu no dia 27 de novembro. O operador do guindaste que tombou, José Valter Joaquim, trabalhava a 18 dias seguidos, fazendo 2 horas extras todos os dias. Não se tratam de acidentes, mas de um sistema de super-exploração que só pode resultar em mortes consecutivas dos explorados. Só a organização política dos trabalhadores para enfrentar os assassinos capitalistas, reconquistar seus sindicatos para a luta pode deter esse serial killer de operários.
– teto do seguro-desemprego, como prevê a lei do lay-off, destacou Santana. A Volks completará integralmente o restante do salário líquido. Ainda não há definição sobre os cursos de qualificação aos quais os profissionais serão submetidos durante os cinco meses de afastamento.” O burocrata “Santana admitiu que entre os 21 demitidos da semana passada há alguns com estabilidade.” Já “A Scania vai colocar cerca de 80% de sua fábrica em São Bernardo, ou seja, 3.200 funcionários, em férias coletivas a partir do dia 12, com retorno programado para o dia 26. Segundo a montadora de caminhões, a decisão foi tomada por causa do desaquecimen-
A luta das assistentes sociais da Prefeitura de Hortolândia saiu coroada de êxito, com a decisão do Prefeito do PT de estender a decisão liminar, em mandado de segurança, do Juiz da 1ª Vara, que havia concedido as 30 horas semanais para uma assistente social, patrocinada pelo companheiro advogado, Dr. João Neto, para todas as servidoras da categoria, ou seja, as assistentes sociais antes trabalhavam 40 horas, agora passaram a trabalhar 30 horas, de acordo com a lei. Tal vitória foi fruto da luta e da pressão das assistentes sociais, que combinaram a luta jurídica de forma subordinada, privilegiando a ação direta e a mobilização.
to dos mercados brasileiro e argentino, e conseqüente ajuste de volumes de produção.”; que “Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a empresa informou também que, em razão de indefinições em relação a regras de financiamento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), no fim de 2013, teria havido antecipação de compras, por parte dos clientes.” E que “Além disso, as vendas de veículos para a Argentina, principal cliente do Brasil no Exterior, registraram queda de 25% neste início de ano, na comparação com o primeiro trimestre de 2013.” A GM abriu um PDV com a meta de chegar a 600 trabalhadores, mas conseguiu 348.
Fica claro o fracasso da política de colaboração de classe da burocracia cutista, que desarma os operários contra a ofensiva da burguesia e do imperialismo para que os trabalhadores paguem pela da crise de 2008, que chega de forma retardada ao Brasil. Os trabalhadores precisam lutar contra a política da burocracia cutista, colocando a luta pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, estabilidade no emprego, bem como a construção de um partido operário marxista revolucionário para organizar a classe operária visando um política independente dos patrões e do governo. FdT 20 - maio / 2014
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ESPECIAL - UCRÂNIA UCRÂNIA - CLQI
Derrotar o imperialismo e o nazismo na Ucrânia! Frente única com Putin, o diabo e sua avó! “A defesa contra o fascismo não é uma ação isolada. O fascismo é apenas um porrete nas mãos do capital financeiro. O objetivo do esmagamento da democracia proletária é elevar a taxa de exploração da força de trabalho. Aí reside um campo imenso para a frente única proletária: a luta pelo pão de cada dia, luta estendida e agudizada, conduz diretamente, sob as condições atuais, a luta pelo controle operário da produção.” (Leon Trotsky , El frente único defensivo, Carta a un obrero socialdemócrata, 23 de fevereiro de 1933). UM GOVERNO NAZISTA Não se enganem, os recentes acontecimentos na Ucrânia sinalizam que o proletariado internacional enfrenta a ameaça mais séria à sua existência organizada desde os sombrios dias de fevereiro 1933, quando Trotsky escreveu estas palavras. Vejamos o que revela o Wikipedia sobre a natureza do partido Svoboda: “Em 2004, o líder do partido Svoboda, Tyahnybok, foi expulso da frente parlamentar ‘Nossa Ucrânia’ por causa de um discurso chamando os ucranianos para lutar contra uma “máfia moscovita-judia”. O Secretário do Svoboda, Yuriy Mykhalchyshyn, criou um ‘Centro de Pesquisa Política Joseph Goebbels’, em 2005, posteriormente rebatizado de ‘Joseph Goebbels’ para ‘Ernst Jünger’. Mykhalchyshyn escreveu um livro em 2010, citando trabalhos de teóricos nazistas Ernst Röhm, Gregor Strasser e Goebbels. Em outros lugares, Mykhalchyshyn referiu-se ao Holocausto como um ‘período esplendoroso da história’.” Há sete ministros de extrema-direita no novo governo ucraniano. O vice-primeiro- ministro Oleksandr Sych é do Svoboda. O Congresso Judaico Mundial pediu que a UE para proibir este partido, mas a UE não tem nenhum problema com os fascistas, quando necessário, usa-os para esmagar a classe trabalhadora. Os revolucionários tem uma política para incluir às minorias étnicas perseguidas na frente única antifascista – como é o caso dos judeus hoje na Ucrânia – política que nada tem a ver com a criação de qualquer expectativas no sionismo. O Imperialismo dos EUA é mais consequente na defesa dos interesses do capital financeiro e, portanto, preferem logo o fascismo como seus titeres, não se contentando apenas com uma alternativa de direita pró-União Europeia. Mas os revisionistas britânicos do Workers Power acredita que: “Este [novo governo ucraniano] foi o resultado dos esforços bem sucedidos dos EUA para frustrar os planos do imperialismo alemão em nomear para a cabeça do governo seu fantoche ucraniano, o ex-pugilista Vitali Klitschko, da “UDAR” (Aliança Democrática Ucraniana para a Reforma) que não foi nomeado na distribuição antidemocrática do espólio. Os imperialistas norte-americanos preferem ter pessoas de ‘sua’ confiança no poder – mesmo que isso signifique ir para a cama com os fascistas do Svoboda”. (Ucrânia : as regras do regime de Kiev sob chicote fascista.) Não é por acaso que, desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA assumiram o papel de polícia mundial e suplantaram o nazismo na arte de manter o controle do planeta para o capital financeiro. Aprendendo e aplicando o método oposto e simétrico da revolução permanente, acreditamos que somente a ditadura do proletariado pode esmagar o fascismo, como a URSS fez contra Hitler. A “democracia” capitalista é incapaz de realizar uma luta constante contra o fascismo porque como se sabe, quando o capitalismo se sente ameaçado leve o fascismo para passear. Como Trotsky observou: “Nem sempre é possível fazer o exército marchar contra o povo. Frequentemente, ele começa a se decompor e termina com a passagem de uma grande parte dos soldados para o lado do povo. É por isso que o grande capital é obrigado a criar bandos armados, especiais treinados para atacar os operários, como algumas raças de cães são treinados para atacar a caça. A função histórica do fascismo é esmagar a classe operária, destruir suas organizações, e sufocar as liberdades políticas, quando os capitalistas se vêem incapazes de governar e dominar com a ajuda da maquinaria democrática.” (O desmoronamento da democracia burguesa, Aonde vai a França? 1934) FRENTE ÚNICA ANTI-IMPERIALISTA E ANTIFASCISTA Defendemos uma Frente única anti-imperialista e antifascista com a Rússia e os trabalhadores ucranianos do armamento do proletariado em milícias de defesa e pela revolução permanente para vencer a luta. Isso significa uma frente única, sem apoio político a Putin, com os oligarcas do Oriente ou com o diabo e sua avó para esmagar
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FdT 20 - maio / 2014
essas “tropas de assalto do capital financeiro”. Putin, a oligarquia russa e parte da ucraniana que é pró-russa, buscam apenas se apropriar da maior naco possível da Ucrânia, em acordo com o imperialismo, dividindo o país com os nazistas de Kiev, se necessário. Nós não nos contentamos com isso, lutamos por Ucrânia independente e soviética e desejamos esmagar o nazi-fascismo em Kiev, tarefa que só o proletariado ucraniano, armado e apoiado pelo proletariado russo, pode cumprir. Por isso, reivindicamos o armamento de toda população trabalhadora ucraniana, a criação de milícias de resistência proletária, para esmagar o nazismo. Como o nazismo é uma criação do capitalismo contra o proletariado, as distintas frações do capital não são consequentes no extermínio do nazismo, pelo contrário, se distinguem entre os que conciliam ou no máximo fazem uma política de contenção, quando ele não entre em conflito com seus interesses, e os que patrocinam o grande capital contra o proletariado, por isso, somente com métodos da ditadura proletária, se pode esmagar o nazismo. Se a Rússia aproveita para invadir o leste da Ucrânia, esmagando assim o fascismo, a classe trabalhadora deve formar uma frente única com ele, sabendo que no dia seguinte ela teria que lutar contra seus até então aliados e contra qualquer governo que Moscou pode querer instalar no leste como representantes dos oligarcas de lá que, então, tendem a flertar com uma nova aliança com o imperialismo ocidental. Foi em um episódio da luta de classes em que estava em jogo duas frações burguesas, sendo que uma delas representava o massacre imediato da classe trabalhadora, que Lenin desenvolveu uma trégua temporária com Kerensky contra o perigo principal, a tentativa de golpe de Estado de Kornilov, em agosto de 30 (12 Setembro) de 1917. Foi uma mudança tática forçada pelos acontecimentos como ele explicou: “Nem mesmo agora devemos apoiar o governo de Kerensky. Isto seria uma falta de princípios. Vamos lutar juntos contra Kornilov? Claro que vamos! Mas não é a mesma coisa [lutar contra o golpe de Kornilov e apoiar Kerensky], há aqui uma linha divisória, que alguns bolcheviques passaram por cima dela desviando-se para uma posição conciliadora e deixando-se levar pelo curso dos acontecimentos. Vamos lutar e estamos lutando contra Kornilov, assim como as tropas de Kerensky o fazem, mas não apoiamos Kerensky. Pelo contrário, nós denunciamos a sua fraqueza. Existe uma diferença. É uma diferença muito sutil, mas é uma diferença essencial que não deve ser esquecida. Em que consiste, então, a nossa mudança de tática após a revolta Kornilov? Estamos mudando a forma de nossa luta contra Kerensky. Sem o menor recuo em nossa hostilidade em relação a ele, sem retirar uma única palavra dita contra ele, sem renunciar a tarefa de derrubá-lo, dizemos que temos de levar em conta a situação atual. Não vamos derrubar Kerensky agora. Vamos realizar a luta contra ele de uma forma diferente, ou seja, chamando a atenção das pessoas (que estão lutando contra Kornilov) as fraquezas e vacilações de Kerensky. Isso já fazíamos também no passado, mas agora isso é o fundamental, nisto se constitui a nossa mudança de tática”. “Embora reconheçamos que qualquer Intervenção militar russa está destinada principalmente a garantir os privilégios da burguesia russa, compreendemos que mesmo assim, a atual intervenção russa oferece uma oposição ao inimigo principal, o capital financeiro imperialista ocidental e o seu governo títere na Ucrânia, composto por uma frente de partidos nazistas. A classe trabalhadora luta lado a lado com as tropas russas e seus apoiadores no leste ucraniano contra os nazistas que tomaram de assalto o governo para derrotá-los e, em seguida, preparar a derrubada de seus aliados temporários, no dia seguinte, Assim como fez Lenin em setembro de 1917, quando aliou-se taticamente com Kerensky contra o golpe de Kornilov.” (Declaração de solidariedade aos antifascistas ucranianos, Por Socialist Fight e Democracy and Class Struggle, 7/03/2014) E não é uma questão de apoiar o “mal menor”, mas de uma orientação tática para enfrentar o perigo principal. Como Trotsky explicou em dezembro 1931: “Nós, os marxistas consideram Brüning, Hitler e Braun incluído, como partes componentes de um único e mesmo sistema. A questão de saber qual deles é o “mal menor” não tem nenhum sentido, por que este sistema, contra o qual estamos lutando tem necessidade de todos estes elementos. Mas, esses elementos estão momentaneamente envolvidos em conflitos uns contra os outros e o partido do proletariado deve aproveitar esses conflitos no interesse da revolução. Há sete notas na escala musical. A questão de saber qual dessas notas é a “melhor” – si,
dó, ré, ou sol – é uma pergunta sem sentido. Mas o músico deve saber quando tocar e quais notas tocar. A questão abstrata de que é o mal menor – Brüning ou Hitler – também carece de todo sentido. É necessário saber qual tecla tocar. Isso está claro? Para o débil mental vamos citar outro exemplo. Quando um dos meus inimigos me coloca diante de pequenas porções diárias de veneno e um segundo, por outro lado, está prestes a atirar diretamente contra mim, então eu vou primeiro tomar o revólver da mão de meu segundo inimigo, isso me dará uma oportunidade para se livrar do meu primeiro inimigo. Mas isso não significa em absoluto que o veneno é um “mal menor” em comparação com o revólver”. (Leon Trotsky, Por un frente único obrero contra el fascismo, Carta a un obrero comunista alemán, miembro del partido comunista alemán, Dezembro de 1931) A classe operária na Ucrânia deve defender todas as minorias étnicas, tártaros, húngaros, romenos, búlgaros, moldavos, judeus, etc. No entanto, o sionismo não defende os judeus aqui. Assim como os líderes sionistas colaboraram com Hitler durante a Segunda Guerra Mundial, o sionismo na Ucrânia está dando total apoio ao governo golpistas anti-semita. O rabino ucraniano Alexander Dukhovny reuniu-se com o secretário de Estado John Kerry EUA em 4 de março e disse: “A maior parte da comunidade judaica apoia os protestos... Os manifestantes lutaram pela liberdade e pela democracia, pelos valores e padrões europeus” The Jewish News, 06/03/2014 P. 2) Na medida em que o Exercito russo não realize expedições punitivas contra os trabalhadores ucranianos, defendemos a confraternização dos trabalhadores ucranianos com a tropa russa, o que por sua vez deve estar combinado a uma política de mobilização do próprio proletariado russo contra o governo nazista fantoche do imperialismo. FRENTE ÚNICA OPERÁRIA OU FRENTE POPULAR? “Ah!”, poderão saltar alguns “mas esta frente que vocês propõem não é uma Frente Única Operária, pois é uma frente com a Rússia e a burguesia do Leste da Ucrânia, uns oligarcas corruptos. Esta não é uma Frente Única Operária trotskista, mas uma Frente Popular sem escrúpulos, oportunista e stalinista!”.A Ucrânia não é um país imperialista, mas um país semi-colonial que fazia parte do Estado Operário Degenerado que foi a URSS até seu colapso em 1991. Sua classe capitalista nasceu da aliança com Boris Yeltsin e com o imperialismo dos EUA, nasceu como oligarcas corruptos. No entanto, o surgimento em 2000 de Putin como presidente da Rússia, marcou uma afirmação dos direitos da burguesia nacional para reter mais dos lucros provenientes da exploração dos trabalhadores na Rússia em oposição ao domínio de Wall Street e do capital financeiro de seus aliados. Um processo semelhante ocorreu na Ucrânia, com o conflito entre Yushchenko e Yanukovich durante a “Revolução Laranja” de 2004, e , em seguida, entre Yanukovych e Yulia Tymoshenko em 2010. Por trás dos conflitos entre as oligarquias ucranianas esteve o conflito entre o capital financeiro EUA/UE e a burguesia nacional, uma “semi- oprimida, semi-opressora “ classe nas semi-colonial, que a Rússia havia se tornado. Portanto, nossas táticas deve ser baseada não apenas na Frente Única Operária, mas também na Frente Única Antiimperialista, conforme descrito pelo Comintern Revolucionária no IV Congresso, em 1922: “Nos países do Ocidente, que atravessam um período transitório de acumulação de forças organizadas nós avançamos com a consigna da Frente Única Operária. Da mesma forma, no Oriente colonial no presente momento a palavra de ordem para avançar é a da Frente Única Anti-imperialista. Sua conveniência está ligada a perspectiva de uma luta prolongada contra o imperialismo mundial, que exigirá a mobilização de todos as forças revolucionárias. Esta mobilização torna-se ainda mais necessária pela tendência das classes dirigentes nativas a fazer compromissos com o capital estrangeiro dirigidos contra os interesses fundamentais da massa do povo. Assim como no Ocidente, a palavra de ordem de Frente Única Operária ajudou e ainda está ajudando a desmascarar às traições cometidas pelos social-democratas contra os interesses do proletariado, assim também a palavra de ordem da FUA vai ajudar a expor as vacilações dos diversos grupos do nacionalismo burguês. Este slogan também irá ajudar as massas trabalhadoras a desenvolver sua vontade revolucionária e aumentar a sua consciência de classe, que irá colocá-los nas primeiras fileiras daqueles que lutam não só contra o imperialismo, mas contra os resquícios do feudalismo”. (IV Congresso da Internacional Comunista, 5/12/1922, VI. A Frente Única Antiimperialista) Mas com a diferença de que, hoje, o feudalismo e seus resquícios são insignificantes e a classe trabalhadora
nas semi-colônias mais avançados é muito mais numerosa, poderosa e melhor organizado do que na época de Lênin ou mesmo no período posterior de Trotsky. Basta olhar para as federações sindicais na África do Sul, Brasil, Índia ou Egito, para verificar. QUE TIPO DE IMPERIALISMO ? No entanto, como Trotsky explica: “Nós nunca colocamos todas as guerras no mesmo plano. Marx e Engels apoiaram a luta revolucionária dos irlandeses contra a Grã-Bretanha, dos poloneses contra o czar, embora nestas duas guerras nacionalistas os líderes eram, em sua maior parte, os membros da burguesia e às vezes até mesmo da aristocracia feudal. .. em todos os casos, reacionários católicos. ... Falar de “ derrotismo revolucionário “ em geral, sem distinção entre países exploradores e explorados, é fazer uma caricatura miserável do bolchevismo e colocar essa caricatura a serviço dos imperialistas”. (Leon Trotsky , sobre a Guerra Sino-Japonesa, 23/09/1937) “Mas”, de novo retrucam nossos críticos, “pelo menos vocês devem admitir que a Rússia é imperialista” e continuam “A Rússia e a China são imperialistas, como os EUA, Reino Unido, França e Japão, certo?” Não, Rússia e China não são imperialistas no sentido marxista do termo. Seria falta de rigor em querer caracterizá-los como tal apenas por buscarem expandir a sua esfera de influência, como Trotsky explica aqui em relação à antiga URSS, em 1939: “A história conheceu o “imperialismo” do Estado romano baseada no trabalho escravo, o imperialismo da propriedade feudal da terra, o imperialismo do capital comercial e industrial, o imperialismo da monarquia czarista, etc .. No entanto, na literatura contemporânea, pelo menos na literatura marxista, o imperialismo é entendido como a política expansionista do capital financeiro, que tem um conteúdo econômico muito bem definido. Ao empregar o termo “imperialismo” para a política externa do Kremlin – sem esclarecer exatamente o que isso significa – simplesmente para identificar a política da burocracia bonapartista com a política do capitalismo monopolista pelo fato de que tanto uma como o outro utilizar a força militar para expansão, tal identificação, que só será capaz de semear confusão, é muito mais própria de democratas pequeno-burgueses do que de marxistas.” Portanto não estamos diante de dois blocos imperialistas, os EUA e a UE, por um lado, e do bloco da Eurásia, Rússia e China, de outro. A Rússia é uma nação burguesa imensa com independência militar em relação ao imperialismo ocidental, responsável pelo fornecimento de 30% do gás para a Europa, mas a exportação de capitais não predominam sobre a exportação de bens (gás, armas) na economia russa. Desde o ataque dos EUA/UE sobre a Iugoslávia, entre 1995 e 1999; passando pelas recentes investidas contra a Líbia e a Síria em 2011 e agora, na Ucrânia, muitos setores da extrema esquerda centrista vêm caracterizando que estas são guerras interimperialistas. Portanto, diante destas guerras deveríamos ou apoiar o lado pró-imperialismo ocidental, lutando pela “democracia” (que nunca chega a nenhum povo oprimido) ou não podemos tomar qualquer lado na disputa pois nenhum corresponde aos interesses da classe trabalhadora. Faz parte dos princípios marxistas que devemos ser duplamente derrotista em guerras interimperialistas. Mas nem de longe estes grupos de extrema esquerda atualmente se aproximam dos princípios marxistas. No melhor dos casos são terceiros campistas [edificam um muro imaginário para subirem em cima diante dos conflitos], e no pior dos casos são partidários sem vergonha de sua própria classe dominante. Estas desmoralizadas organizações centristas que não vêem qualquer alternativa ao imperialismo “democrático”, passaram a defender todas e cada uma das mentiras, todos os itens da propaganda de guerra da ofensiva global imperialista por mudança de regimes e governos adversários. Em 1916, Lenin forneceu uma definição meticulosa de imperialismo, de cinco pontos: “1) a concentração da produção e do capital levada a um grau tão elevado de desenvolvimento que criou os monopólios, os quais desempenham um papel decisivo na vida econômica; 2) a fusão do capital bancário com o capital industrial e a criação, baseada nesse “capital financeiro” da oligarquia financeira; 3) a exportação de capitais, diferentemente da exportação de mercadorias, adquire uma importância particularmente grande; 4) a formação de associações internacionais monopolistas de capitalistas, que partilham o mundo entre si, e 5) o termo da partilha territorial do mundo entre as potências capitalistas mais importantes. O imperialismo é o capitalismo na fase de desenvolvimento em que ganhou corpo a dominação
ESPECIAL - UCRÂNIA dos monopólios e do capital financeiro, adquiriu marcada importância a exportação de capitais, começou a partilha do mundo pelos trusts internacionais e terminou a partilha de toda a terra entre os países capitalistas mais importantes.” (V. I. Lenin , O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo, A ESBOÇO POPULAR) Desde que ele fez esta definição uma série de coisas mudaram. Os resultados de duas guerras mundiais e o colapso da União Soviética, em 1991, levaram à dominação global dos EUA como a única superpotência mundial. O “imperialismo” da Rússia e da China são substancialmente diferentes. A definição de pré-imperialistas pode ser um termo mais apropriado. O IMPERIALISMO HOJE Hoje Londres continua no topo da lista dos principais centros financeiros do mundo, seguida por Nova York em segundo lugar. De acordo com a última edição do “The Global Financial Centres Index” (Índice de Centros Financeiros Globais). Algumas vezes identificadas como o eixo NyLon, estas duas cidades têm dominado o capital financeiro global nos últimos dois séculos. Hong Kong e Cingapura, estão ranqueadas como terceiro lugar e quarto lugar, com Zurique, em quinto lugar. Tóquio, Genebra, Boston, Seul e Frankfurt completam o top 10. Cidades dos Estados Unidos e Canadá perfilam-se nos próximos sete lugares, com Chicago, em 11º, Toronto, em 12º, e São Francisco em 13º, Washington DC, em 14º, Vancouver, em 15º, Montreal, 16º, e Calgary (também no Canadá), em 17º. Neste quesito, Moscou e seu “imperialismo” é tão insignificante e tão longe dos EUA que consta apenas na 69º colocação, atrás de Johanesburgo na África do Sul, Manila nas Filipinas e da Cidade do Panamá. Se olharmos para algumas outras estatísticas econômicas e militares, descobrimos que alguns países que alguns da esquerda chamam de imperialista sequer figuram na primeira divisão mundial, pois eles são insignificantes econômica e militarmente, não têm empresas multinacionais no World’s top 2000, que reúne as maiores transnacionais planetárias, não têm bases militares estrangeiras, ou seja, eles sequer podem competir em todas as categorias com os EUA e seus aliados mais próximos como Reino Unido, França, Japão e Alemanha. 1. MULTINACIONAIS: A lista da Forbes com as duas mil maiores multinacionais do mundo que nos dá uma boa indicação do equilíbrio global entre as forças econômicas: Dentre as corporações capitalistas que se encontram no topo do mundo em 17 abril de 2013, os EUA possuem 543, Japão 251, China 136, Reino Unido 95, França 64, Coréia do Sul 64, Canadá 64, Índia 56, Alemanha 50, Suiça 48, Hong Kong (China) 46, Austrália 42, Taiwan 41, Brasil 31 , Itália 30 , Rússia 30 , Espanha 28 , Holanda 24 , Suécia 23. http://www.economywatch. com/companies/forbes-list Os Bancos e diversas companhias financeiras dominam a lista das duas mil, sendo deste setor do capital 469 empresas (9a menos que no ano anterior). Os próximos três maiores setores industriais membros da lista são de petróleo e gás (124 empresas), equipamentos diversos (122 empresas) e companhia de seguros (109 empresas). Quando a lista apareceu pela primeira vez em 2004, os EUA tinham quase 1.000 companhias nela, mas seu declínio real vem sendo compensado pela posição dominante do dólar como moeda de negociação de reserva do mundo, imposto pelo seu poderio militar e transferindo a sede (HQs) de suas empresas para o exterior para tirar proveito das pequenas economias com regimes de tributação das sociedades muito mais favoráveis a partir dos quais os lucros são repatriados para os EUA. Por exemplo, com 17 grandes empresas, a Irlanda aparece praticamente na mesma colocação que a África do Sul, México e Arábia Saudita, o que projeta artificialmente uma comparação ridícula. Na realidade, metade dessas empresas não são realmente inteiramente irlandesas, exceto pelo nome. Uma das companhias top, a Accenture plc, dirigida para “a prestação de serviços de consultoria de gestão, tecnologia e terceirização” aparece como a 318 colocação na lista, com uma capitalização de mercado de $ 53,34 bilhões, mas se trata claramente de uma corporação transnacional dos EUA. 2. BOLSA DE VALORES As 10 principais Bolsas de Valores avaliadas na estatística por volume de papéis negociados (em bilhões de dólares, US $ bilhões) são: 1 . NYSE Euronext, Estados Unidos/Europa, 14.085 dólares; 2. NASDAQ OMX Group, Estados Unidos/Europa, $ 4.582; 3. Bolsa de Tóquio, Japão 3.478 dólares; 4. London Stock Exchange, 3.396 dólares; 5. Hong Kong Sock Exchange, 2.831 $; 6. Bolsa de Xangai, 2.547 dólares; 7. TMX Group, Canadá, 2.058 dólares; 8. Deutsche Börse, Alemanha, $ 1.486; 9. Australian Securities Exchange, 1.386 dolares; 10. Bombay Stock Exchange, 1.263 dólares. Observe que as duas bolsas de valores estadunidenses são tão grandes quanto as outras oito bolsas juntas.
3. PRODUTO INTERNO BRUTO No ranking da ONU (2012) dos 20 países com maior Produto Interno Bruto (em Milhões de dólares dos EUA): PIB mundial: 72.689.734 dólares. 1. Estados Unidos 16.244.600 $; 2. China $ 8.358.400; 3. Japão 5.960.180 dólares; 4. Alemanha $ 3.425.956; 5. França $ 2.611.221; 6. Reino Unido, 2.417.600; 7. Brasil 2.254.109; 8. Rússia 2.029.812; 9. Itália $ 2.013.392; 10. Índia $ 1.895.213; 11. Canadá $ 1.821.445; 12. Austrália $ 1.564.419; 13. Espanha $ 1.322.126; 14. México $ 1.183.655; 15. Coreia do Sul $ 1.129.598; 16. Indonésia $ 878.043; 17. Turquia $ 788.299; 18. Holanda $ 770.067; 19. Arábia Saudita $ 711.050; 20. Suíça $ 631.183. Mais uma vez os EUA , com seus aliados Japão, França e Reino Unido superam todos os outros por uma margem enorme. 4. MAIORES DESPESAS MILITARES Os 15 principais gastos militares (em bilhões de dólares) de acordo com o Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI) no ano de 2013: 1. Estados Unidos $ 682; 2. China $ 166; 3. Rússia $ 90,7; 4. Reino Unido $ 60,8 . 5. Japão $ 59,3; 6. França $ 58,9; 7. Arábia Saudita $ 56,7; 8. Índia 46,1 dólares; 9. Alemanha $ 45,8; 10. Itália $ 34,0; 11. Brasil US $ 33.1; 12. Coréia do Sul $ 31.7; 13. Austrália $ 26,2; 14. Canadá $ 22.5; 15. Turquia $ 18,2; Note-se a despesa militar dos EUA é igual ao total combinado de todos os outros 14 países da lista. 5. FROTAS E PORTA-AVIÕES Em todo o mundo, os EUA possuem cinco frotas de navio de guerra, a Segunda Frota no Atlântico, a Terceira Frota no Pacífico Oriental, a Quinta Frota no Golfo Pérsico e no Oceano Índico, a Sexta Frota no Mediterrâneo e a Sétima Frota no Pacífico Ocidental. Nenhuma outra nação possui frota capaz de rivalizar com este poder militar. Lista de porta-aviões em serviço em 2013: Estados Unidos 10; Itália 2; Reino Unido 1; França 1; Rússia 1; Espanha 1; Índia 1; Brasil 1; China e Tailândia 1, cada. 6. BASES MILITARES O Instituto Transnacional de relatórios sobre bases militares no exterior contabiliza mais de 100 países e territórios. Os EUA atualmente mantém uma rede mundial de cerca de mil bases militares e instalações (fora os EUA, incluindo 2.639 bases domésticas nos EUA). Além disso, outros países da OTAN, como a França e o Reino Unido têm mais de 200 bases militares dentro da rede de controle militar global. Os principais países “hospedeiros” são os perdedores das grandes guerras em que os EUA estiveram envolvidos. Alemanha, Itália, Japão e Coréia são os quatro maiores “hospedeiros”. Não por acaso, apesar de possuírem economias imperialistas, as forças militares e governos da Alemanha e Japão não passam de fantoches dos EUA. França e Reino Unido, principalmente, têm bases nos restos mortais de seus impérios coloniais. O Reino Unido é forte no Atlântico Sul e em todo o Mediterrâneo. A França é forte no Pacífico Sul e na África. A Rússia tem atualmente seis instalações militares nas ex-repúblicas soviéticas, como na Criméia; e a Índia tem uma no Tajiquistão. A China atualmente não possui bases militares no exterior ao estilo estadunidense. Não basta orientar-se apenas por um índice para determinar se um país é ou não imperialista. Por exemplo, se tomarmos o ranking do PIB isoladamente, imediatamente a questão do PIB per capita surge. O parâmetro fundamental é a relação entre as nações. É isto que define se uma nação é oprimida pelas grandes potências imperialistas ou se sua economia é integrada às estruturas imperialistas mundiais para explorar outras nações pelo benefício mútuo de ambos. No ultimo caso, trata-se de países que tomam carona nas potências imperialistas; eles penetram nos mercados abertos pelas grandes potências. Todavia, em todos os índices Brasil, África do Sul e Índia não são potências imperialistas. Nem o são a Rússia e a China na maioria deles. Mas, “qual é a diferença entre o papel da Rússia e da China para o mercado mundial e o que cumpria a Rússia até 1917, quando Lenin acertadamente qualificava seu país de uma potência imperialista a partir de estatísticas económicas?” Questionam nossos críticos. Em seu “Imperialismo, fase superior do capitalismo”, na seção sobre capital financeiro Lenin faz essa diferenciação que tem avançado enormemente desde 1945. Ele ressalta que em 1910: “Juntos, esses quatro países (Inglaterra, França, Estados Unidos e Alemanha ) possuem 479 mil milhões de francos, isto é, cerca de 80 % do capital financeiro mundial. Quase todo o resto do mundo exerce, de uma forma ou de outra, funções de devedor e tributário desses países, banqueiros internacionais, desses quatro “pilares” do capital financeiro mundial.”. ONDE ESTÁ O CAMINHO PARA A LIBERTAÇÃO HUMANA, NA MORAL CRISTÃ HIPÓCRITA OU MARXISMO REVOLUCIONÁRIO?
A questão não é apoiar Assad ou os talibãs ou forças anti-imperialistas reacionárias quando estas forças exploram e oprimem a sua própria classe trabalhadora ou as mulheres. Não, a questão é a luta contra o imperialismo e a busca por sua derrota. Claro que é verdade que regimes nacionalistas burgueses como o de Gaddafi na Líbia ou Assad na Síria lutariam em nome do imperialismo se lhes conviesse. Lembre-se dos muitos favores Gaddafi fez para o Ocidente, como podemos esquecer que o terrível massacre de Tel al-Zaatar durante a Guerra Civil Libanesa, em 12 de agosto de 1976, que foi facilitado pelo pai de Assad, Hafez al-Assad? E também os fundamentalistas lutaram em nome do imperialismo no Afeganistão durante a ocupação soviética, na Líbia, e agora na Síria. Mas quando eles estão lutando contra o imperialismo como no Mali, a Palestina ou o Hezbollah no Líbano, devemos estar com eles. A questão é, eles estão lutando a favor ou contra o imperialismo agora? Os marxistas tem como princípio lutar contra o imperialismo ao lado daqueles que estão lutando agora mesmo ao ponto de formar uma Frente Única Anti-imperialista na prática, seja por meio de acordo formal, se possível, mas de qualquer forma politicamente apoiando estas forças contra o imperialismo e seus aliados. Insistimos este é um imperativo absoluto para cada socialista revolucionário. O imperialismo impõe um modo desumano de produção em todo o planeta que induz a alienação, a opressão que degenera todas as relações humanas em todos os lugares, que provoca grande infelicidade pessoal e insanidade, que traz a guerra e a fome para a humanidade em um momento de nossa história que os recursos materiais e os avanços tecnológicos são tantos que se poderia suprir todas as carências e necessidades de cada ser humano do planeta se estes recursos fossem racionalmente planificados. E isso sem contar o grande salto em termos de riqueza e cultura humana que uma economia planificada mundial poderia propiciar. O imperialismo dá à humanidade um panorama de todo um novo mundo possível somente para negar seus benefícios para a grande maioria da humanidade e deixar-nos contemplar o espetáculo obsceno do maior fosso entre os pobres e os ricos que o mundo já conheceu: o 1% mais rico dos adultos sozinho é dono de 40% dos ativos globais e os 10% mais rico dos adultos são proprietários de 85 % da riqueza total mundial. Em contraste, a metade mais pobre da população adulta do mundo possui apenas 1% da riqueza global. Se entendermos o que é o imperialismo de forma completa devemos tomar o lado de todos os lutadores anti-imperialistas, mas não de forma acrítica, não concedendo-lhes o manto do socialismo ou do comunismo ou mesmo acreditando que realizem a luta anti-imperialista de modo consequente. Mas de uma forma baseada em princípios de lutar juntos para derrotar o inimigo principal de toda a humanidade oprimida, a fim de expor as inconsistências das direções de massas existentes nas semicolônias e os desvios burocráticos nos sindicatos em todos os lugares, e assim estabelecer as bases para uma verdadeira revolução internacionalista e anti-imperialista, reconstruindo a Quarta Internacional. Isso irá fortalecer o internacionalismo e a capacidade de luta
mutuamente da classe trabalhadora nos países semi-coloniais e nos países metropolitanos que lutam em seu nome contra seus próprios imperialistas. E isso vai incentivar a classe trabalhadora nos países metropolitanos a rejeitar seus próprios governantes imperialistas e abraçar a causa comum do internacionalismo operário. Trabalhadores do mundo uni-vos, nada têm a perder a não ser seus grilhões! E o que faz o imperialismo? Há uma boa citação de William Blum (ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA, escritor e crítico da política externa de seu país, que ganhou maior notoriedade mundial depois de citado por Osama Bin Laden) em sua obra “Matando a Esperança” (Killing hope: U.S. military and C.I.A. interventions since World War II, 2003) que não deixa qualquer dúvida sobre quem é inimigo principal: “Pós-Guerra Fria, o tempo da Nova Ordem Mundial, isto soa muito bem para designar a política internacional do MI-IC (complexo de inteligência militar-industrial) e seus criminosos parceiros mundiais, o Banco Mundial e o FMI. A sua Organização Mundial do Comércio, o NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) e o GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio) estão ditando o desenvolvimento econômico, político e social em toda a Europa do Leste e no Terceiro Mundo. Agora a reação de Moscou a esta ofensiva global não vai além de considerações de restrições. O Código de Conduta sobre Empresas Transnacionais, há 15 anos em elaboração na ONU, está morto. Tudo que se vê está sendo desregulamentado e privatizado. O capital ronda o mundo com uma liberdade voraz que não tem desfrutado desde antes da Primeira Guerra Mundial, operando livre de atrito, livre da gravidade. O mundo foi feito seguro para a corporação transnacional. Se você levantar a pedra da política externa norte-americana do século passado para ver o que rasteja por baixo verá invasões, bombardeios, governos derrubados, ocupações, esmagamento de movimentos de luta por mudança social, assassinato de líderes políticos, eleições fraudadas, manipulação de sindicatos, fabricação de “notícias”, esquadrões da morte, torturas , guerra biológica, ataques com urânio empobrecido, tráfico de drogas, mercenários... É o suficiente para identificar o imperialismo com algo ruim”. Temos demonstrado exaustivamente que a dominação dos povos pelo imperialismo dos EUA e pelo capital financeiro é a principal ameaça para toda a classe trabalhadora e todos os oprimidos do planeta. Os governos e a burguesia nacional das nações oprimidas são inimigos de classe também, mas inimigos secundários quando entram em conflito com o imperialismo. Em toda a política e em todas as guerras e ameaças de guerra devemos identificar o inimigo principal, seus agentes e estratégias para derrotá-los através de alianças táticas com o diabo e sua avó quando necessário. Tal é o programa marxista para a revolução mundial. FdT 20 - maio / 2014
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TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO - SÃO PAULO
Vote nas chapas da OPOSIÇÃO DE VERDADE na APEOESP e no SINPEEM! Vejam os professores que integram a Executiva da única Chapa de Oposição, só com professores da base da categoria
Presidente- Antônio Carlos Silva, Sudeste-Centro * Vice-Presidente- Maria Dolores Zundt, Assis * Secretários Gerais - Marina Cecilia Madeira, Piracicaba e Lílian Cristina Miranda, Marilia * Secretários de Finanças- Paulo Érico Pontes, Sul e Flávia Mercúrio Prates, Araraquara * Secretários de Administração - Rosineide Alves Ciucci da Silva, Norte e Carlos Augusto Fernandes, Bauru * Secretários de Patrimônio- Neide Pereira Rocha, Leste - SP e Edson Spressola Júnior, Ribeirão Preto *Secretários de Assuntos Educacionais e Culturais- Tania Mª Ferreira dos Santos, Leste Itaquera e Célia Regina Vieira Simões de Almeida, Santos *Secretários de Comunicações- Marli Guimarães Exposito, Vale do Ribeira e Arlete Gregório da Silva, Leste Tatuapé * Secretários de Formação - José Hélio da Silva Tupã, Sebastião Gonçalves, Catanduva *Secretários de Legislação e Defesa Associados - Roberto Lourenço, Jaboticabal e José Alberto de Luca, Leste Itaquera *Secretários de Política Sindical - Antônio A. de Farias Neto, Orlândia e Fernanda da Rocha Carvalho, Sudeste-Centro *Secretários de Políticas Sociais - Sergio Elias Caperuci, Limeira e Margarida Maria Carvalho Castilho, Penápolis *Secretários para Assuntos de Aposentados - Jonias Sales de Souza, Sudeste-Centro, e Nereide Felippe, Piracicaba*Secretários para Assuntos da Mulher- Valéria do Amaral Cunha Souza, Leste Penha e Mariana Barbieri Mantoanalli, Araraquara *Secretários para Assuntos Municipais - Lidiana Viana, Assis e Felipe Malta de Carvalho, Pindamonhangaba *Secretários de Organização da Capital - Rosa Maria Maia, Sudeste-Centro *Secretário de Organização da Grande São Paulo - Marcia Fuzisaka, Diadema *Secretários de Organização para o Interior Cláudio Roberto Vieira, Assis, Magno Roberto de Lima Carlos, Bertioga, Daniel Carvalho Nhani, Piracicaba e Marcela Aparecida Colombo, Marília.
Chapa 3 na APEOESP, a única chapa de oposição na disputa pela direção do maior sindicato da América Latina!
Na Apeoesp, a CHAPA 3, Oposição de Ver- chapas 1, 2 e 4. A retomada de nossas organidade, impulsionada pela Liga Comunista e pelo zações de massa para os trabalhadores é funda100% DE RENOVAÇÃO, 100% DA BASE PCO é a única chapa de oposição a atual direto- mental para combatermos os governos inimigos ria, composta pelo PT e PCdoB, PSOL e PSTU, da Educação, os governos Alckmin (PSDB) e
Haddad (PT). As eleições sindicais não são um fim em si mesmas, como pensam os carreiristas e oportunistas, mas um meio para a construção de uma direção revolucionária para nossas lutas o
COnTRa as TRês CHaPas da diReçãO, EM luTaR e vOTaR COm a CHaPa 3 EDUCADORES LUTA Diante de todos os ataques promovidos contra a categoria, greve e – desta forma – apoiaram o golpe do governo (com nos 20 anos de governos tucanos, toda a burocracia sindical a pequena e inútil diferença de que “Zafalão”, da chapa 4, que integra a diretoria da APEOSP (Articulação/PT e PCdoB, defendeu mais três dois de greve). da Chapa 1 e Alternativa/PSTU e PSOL, que formavam a Estes mesmos grupos dominam as subsedes e são “sócios” Chapa 2) permaneceram – de fato – unidos contra a cate- no controle de mais de R$ 70 milhões que arrecadam da cagoria; só se atritando quando trata-se de defender os seus tegoria, mas não fazem nada contra os ataques do governo, próprios interesses. as humilhações das atribuições, o descumprimento da Lei Esses setores, que hoje controlam o sindicato, com muitos que manda reduzir a jornada, o golpe do bônus, a perda de diretores que há anos não pisam em uma sala de aula, se en- direitos dos aposentados etc. contram em uma verdadeira paralisia. Para se manterem no A “saída” não é trocar seis por meia dúzia. É preciso uma poder, criaram uma verdadeira ditadura, afastando os pro- renovação total. Substituir toda a burocracia, colocar na difessores da base dos espaços de decisão. reção das nossas lutas e do nosso Sindicato, os que estiveram Para superar essa situação e fortalecer a categoria para en- à frente das greves, uma maioria de mulheres e jovens que frentar o próximo período de incertezas diante da crise eco- sejam capazes de dar um novo ânimo à nossa luta que vai se nômica que se intensifica, é preciso fortalecer o combate por aprofundar no próximo período. uma nova direção para as nossas lutas. Fora “Bebel”, “Zafalão” e Cia. Nada de diretores na direção A diretoria está totalmente desmoralizada. “Bebel” e sua do Sindicato dos Professores. Fora todos eles. Chapa tiveram que sair escoltados pela PM tucana, na assemChamamos a todos os professores a participarem desta bleia do ano passado, quando desrespeitaram a decisão da mobilização, a fiscalizarem o processo eleitoral. A cerrarem maioria da categoria que desejava continuar o movimento, já fileiras em torno da única chapa de oposição nestas eleições: que não havia conquistas. Chapa 3 – Educadores em Luta, Oposição de VerdaAVejam falsa oposição (chapas 2 e 4) defendeu também o fim a daExecutiva de. os professores que integram da única Chapa de Oposição, só com professores da base da categoria
a CHaPa dOs eduCadORes de luTa
Presidente- Antônio Carlos Silva, Sudeste-Centro * Vice-Presidente- Maria Dolores Zundt, Assis * Secretários Gerais - Marina Cecilia Madeira, Piracicaba e Lílian Cristina Miranda, Marilia * Secretários de Finanças- Paulo Érico Pontes, Sul e Flávia Mercúrio Prates, Araraquara * Secretários de Administração - Rosineide Alves Ciucci da Silva, Norte e Carlos Augusto Fernandes, Bauru * Secretários de Patrimônio- Neide Pereira Rocha, Leste - SP e Edson Spressola Júnior, Ribeirão Preto *Secretários de Assuntos Educacionais e Culturais- Tania Mª Ferreira dos Santos, Leste Itaquera e Célia Regina Vieira Simões de Almeida, Santos *Secretários de Comunicações- Marli Guimarães Exposito, Vale do Ribeira e Arlete Gregório da Silva, Leste Tatuapé * Secretários de Formação - José Hélio da Silva Tupã, Sebastião Gonçalves, Catanduva *Secretários de Legislação e Defesa Associados - Roberto Lourenço,de Jaboticabal deaula, Luca, LestedoItaquera *Secretários dedesde Política Sindical - Antônio de Farias Neto, Fernanda diante descumprimento da lei 2009 Fim daA.municipalização e deOrlândia todas ase medidas de da desDefender o emprego todos ee José o fimAlberto da de Rocha Carvalho, Sudeste-Centro *Secretários de Políticas Sociais - Sergio Elias Caperuci, Limeira e Margarida Maria Carvalho Castilho, Penápolis *Secretários para Assuntos Jornada máxima de 40h semanais, compara máximo de 50% truiçãoValéria do ensino doCunha governoSouza, tucano Leste e de todos escravidão- Jonias do professor fim do arrochoe Nereide de Aposentados Sales de “O”, Souza, Sudeste-Centro, Felippe, Piracicaba*Secretários Assuntos da Mulherdopúblico Amaral Penhaos em sala de aula: 20h em sala de aula, 10h livres e 10h em governos inimigos da educação salarial, dos golpes contra professores da ativa e e Mariana Barbieri Mantoanalli, Araraquara *Secretários para Assuntos Municipais - Lidiana Viana, Assis e Felipe Malta de Carvalho, Pindamonhangaba *Secretários de ATPC ou de formação escolar: educacional, política e administratiaposentados Organização da Capital - Rosa Maria Maia, Sudeste-Centro *Secretário deatividade Organização da Grande São Paulo - Marcia Fuzisaka,Autonomia Diadema *Secretários de Organização para o Interior Cláudio Roberto Vieira, Magno Roberto de Lima Carlos, Bertioga, Daniel de Carvalho Nhani, Piracicaba e Marcela Colombo, Redução do número alunos por sala de aula va. Aparecida Colocar as escolas sob oMarília. controle da comunidade escolar Reposição integral dasAssis, perdas salariais
Nosso Programa de Lutas: luTaR POR diReiTOs e saláRiOs iguais PaRa TOdOs
Máximo de 20 alunos por sala de aula no EM e no ciclo II Devolução do que foi roubado: 100% de reposição salarial Salário igual para trabalho igual: não ao fim da isonomia do EF; Máximo de 15 alunos no ciclo I do EF. Fim da escravidão do professor “O” e de todos os educasalarial, á bonificação e meritocracia. Piso salarial que atenda às necessidades dos professores dores Revogação da Lei 1093, que criou a categoria O e sua família: R$5.000,00 (mínimo de R$25,00 por h/aula) Salários e direitos iguais e estabilidade para todos os pro(equivalente ao que recebia em 1979) fessores Aposentadoria integral,promovidos igual aos salários professoresgreve Diante de todos os ataques contrados a categoria, e – desta forma – apoiaram o golpe do governo (com nos 20 anos de governos toda adireitos burocracia sindical a pequena inútil as diferença de que(funcionários “Zafalão”, dae outros) chapa 4, Fim dee todas terceirizações ativos e com garantiastucanos, dos mesmos que integra a diretoria da APEOSP (Articulação/PT mais de trêsvale dois de greve). para todos, todos os dias do Redução da jornada de trabalho, sem reduçãoe PCdoB, de salário defendeu R$30,00 alimentação da Chapa 1 e Alternativa/PSTU e semanais, PSOL, queimediato formavam a Estes mesmos gruposdo dominam as subsedes e são “sócios” Jornada máxima 26 h/aula cumprimês, todos os meses ano Chapa 2) permaneceram – de fato – unidos contra a cate- no controle de mais de R$ 70 milhões que arrecadam da camento Lei 11.738quando que estabelece da jornadaosem ativi-tegoria, Defender o ensino público contra “Caos Tucano” goria; só sedaatritando trata-se 1/3 de defender seus mas não fazem nada contra os oataques do governo, dadesinteresses. extraclasse Sistema único educação estatal, sob o controleda dosLei trapróprios as humilhações dasde atribuições, o descumprimento Esses setores, que hoje controlam o sindicato, com muitos que manda reduzir a jornada, o golpe do bônus, a perda de Pagamento de hora extra pelo excesso de jornada em sala balhadores. Estatização das escolas privadas
(educadores, pais e alunos) Fim do “caderno do aluno” em nome da liberdade de cátedra Contra os “projetos pedagógicos” e avaliações governamentais Reabertura de todas as escolas e salas de aula fechadas Não ao golpe das escolas de tempo integral em parceria com grupos capitalistas Fim da “aprovação automática” Por uma escola do século XXI: escolas equipadas com computadores, lousas digitais, ar condicionado e tudo mais que está ao alcance da sociedade para garantir condições adequadas de ensino aprendizagem.
100% DE RENOVAÇÃO, 100% DA BASE
COnTRa as TRês CHaPas da diReçãO, luTaR e vOTaR COm a CHaPa 3
diretores que há anos não pisam em uma sala de aula, se encontram em uma verdadeira paralisia. Para se manterem no poder, criaram uma verdadeira ditadura, afastando os professores da base dos espaços de decisão. Para superar essa situação e fortalecer a categoria para enfrentar o próximo período de incertezas diante da crise econômica que se intensifica, é preciso fortalecer o combate por uma nova direção para as nossas lutas. A diretoria está totalmente desmoralizada. “Bebel” e sua Chapa 1 PM tucana, na assemChapa tiveram que sair escoltados pela bleia do ano passado, quando desrespeitaram a decisão da Unidade 1 o movimento, já maioria da categoria que desejava continuar que não havia conquistas. A Organizações falsa oposição (chapas 2 e Articulação/PT 4) defendeu também políticas e PCdoB o fim da
direitos dos aposentados etc. A “saída” não é trocar seis por meia dúzia. É preciso uma renovação total. Substituir toda a burocracia, colocar na direção das nossas lutas e do nosso Sindicato, os que estiveram à frente das greves, uma maioria de mulheres e jovens que sejam capazes de dar um novo ânimo à nossa luta que vai se aprofundar no próximo período. Fora “Bebel”, “Zafalão” e Cia. Nada de diretores na direção do Sindicato dos Professores. Fora todos eles. Chapa 2 3 Chamamos a todos os professores Chapa a participarem desta mobilização, a fiscalizarem o processo eleitoral. A cerrarem Bloco em torno da única chapa de oposição EDUCADORES EM LUTA, OPOSIÇÃO DE VERDADE fileiras nestas eleições: Chapa 3 – Educadores em Luta, Oposição de Verda- EM, militantes da PCO, LC, independentes, de. PSOL, FOS e seus satélites
Quem é Quem nas eleições da aPeOesP?
Chapa 4 Alternativa
PSTU/Conlutas, Conspiração esquerda da CUT Só professores da base da categoria, ativistas Grupo comandado por “Zafalão” Grupo de “Bebel”, “Felícios”, Fábio, Tem cerca de 20% dos cargos da que impulsionaram as últimas mobilizações e outros liberados, que há 12 Francisca etc. há 35 anos na diretoria; na presidência uma diretora e que nunca integraram a direção anos integra a direção burocrática Defender o emprego de todos e o fim da de aula, diante do descumprimento dada leicategoria desde 2009 Fim da municipalização e de todas as medidas de desQuem integradoa Chapa diretoria; 60% dos deJornada Escola; máxima dirige várias subsedes e escravidão professor “O”, tem fimmais dodearrocho de 40h semanais, com máximo de 50% truição do ensino público do governo tucano e de todos os APEOESP. professor Antônioda educação da entidade, incluindo subsedes salarial, dos golpes contra professores da ativa e em de aula: 20h em sala de eaula,da10h livres ePresidida 10h em pelo governos inimigos cargos atuais e controla a maioria temsala diretores liberados do trabalho aposentados ATPC ou atividade de formação administratiCarlos, há 21 anos na rede, Autonomia com jornadaescolar: de 40h/ educacional, importantespolítica em que enão há nada de dassalariais subsedes e do orçamento com até 12do anos na diretoria Reposição integral das perdas Redução número de alunos por sala de aula va. Colocar as escolas sob o controle da comunidade escolar aulanoem deciclo aulaII (educadores, pais e alunos)defesa dos professores Devolução do que foi roubado: 100% de reposição salarial Máximo de 20 alunos por sala de aula EMsala e no Salário igual para trabalho igual: não ao fim da isonomia do EF; Máximo de 15 alunos no ciclo IImpulsionaram do EF. Fim do boletins, “caderno do aluno” em nome cáa mobilização com Propuseram a idadaàliberdade Brasília emdepleno salarial, á bonificação e meritocracia. Fim da escravidão do professor “O” e de todos os educa- tedra Piso salarial que atenda às Sabotaram necessidades dos professores dores Contra os “projetos pedagógicos” e avaliações a mobilização, comandos de greves, cartazes e faixas, movimento grevista em SP. governaAcataram Foram contra da o início da greve e sua família: R$5.000,00 (mínimo de R$25,00 por h/aula) Revogação Lei 1093, quedecriou a categoria O mentais O que fizeram na Greve acabaram denunciando do governo ede datodas as oescolas fim da egreve, apenas (equivalente ao que recebia em 1979) com a greve contra Salários e direitos iguaisque e estabilidade para todosasostentativas proReabertura salaspropondo de aula fechadas 2013, defenderam o golpe pôs Aposentadoria integral, igual aos salários dos professores fessores Não aoDefenderam golpe das escolas tempo integral 2013 a votação da assembleia e burocracia de enrolar a categoria. quedeo secretário fizesse em por parceria escrito a ativos e com garantias dos mesmos direitos Fim todas as terceirizações (funcionários e outros) com grupos capitalistas fim aode movimento. anunciaram falas “conquistas”. a continuidade do movimento atédao “aprovação completo automática” negociação farsa, na qual estiveram Redução da jornada de trabalho, sem redução de salário R$30,00 de vale alimentação para todos, todos os dias do Fim Jornada máxima 26 h/aula semanais, imediato cumpri- mês, todos os meses do ano Por uma escola do século XXI: escolas equipadas com atendimento das reinvindicações. presentes. mento da Lei 11.738 que estabelece 1/3 da jornada em ativiDefender o ensino público contra o “Caos Tucano” computadores, lousas digitais, ar condicionado e tudo mais dades extraclasse Sistema único de educação estatal, sob o controle ados tra-“guilhotina” que está ao garantir Aceitam a divisão promovida Denunciaram prova paraalcance os da sociedade Assinarampara o acordo no TRTcondições (2008) Pagamento de hora extra pelo excesso de jornada em sala balhadores. Estatização das escolas privadas adequadas de ensino aprendizagem. pelo governo, cantando falsas professores temporários que deu início a atual junto com a Chapa 1 – pelas constas Escravidão da “Categoria Não promovem nenhuma luta pela vitórias sobre a precariedade divisão da categoria. Defenderam a greve para da categoria - aceitando a prova revogação da lei 1093 O” na contratação de milhares de evitar a aprovação da lei, em 2009 e exigem a “guilhotina” para os professores professores revogação imediata da lei 1093. temporários. Fez coro com o governo tucano, Coniventes com a política do governo Ampla campanha de denúncia sobre o golpe do Coniventes com a política do governo Chapa 1 Chapa 2 Chapa 3 4 Alternativa e da direção do sindicato, boicotaram Concurso 2013 anunciando como sendo uma Bloco e da direção do sindicato, boicotaram EDUCADORES concurso (redes sociais, boletins,DEjornais, etc.), Chapa Unidade 1 EM LUTA, OPOSIÇÃO VERDADE antes, durante e depoisEM, dasmilitantes provas da a assembleia de dezembro. conquista da greve a assembleia de dezembro. PCO, LC, independentes,
Nosso Programa de Lutas: luTaR POR diReiTOs e saláRiOs iguais PaRa TOdOs
Quem é Quem nas eleições da aPeOesP? Organizações políticas
Articulação/PT e PCdoB
PSOL, FOS e seus satélites
PSTU/Conlutas, Conspiração esquerda da CUT Só professores da base da categoria, ativistas Grupo comandado por “Zafalão” Grupo de “Bebel”, “Felícios”, Fábio, Tem cerca de 20% dos cargos da que impulsionaram as últimas mobilizações e outros liberados, que há 12 Francisca etc. há 35 anos na diretoria; na presidência uma diretora da categoria e que nunca integraram a direção anos integra a direção burocrática Quem integra a Chapa diretoria; tem mais de 60% dos de Escola; dirige várias subsedes e da APEOESP. Presidida pelo professor Antônio da entidade, incluindo subsedes cargos atuais e controla a maioria tem diretores liberados do trabalho e Carlos, há 21 anos na rede, com jornada de 40h/ importantes em que não há nada de das subsedes e do orçamento com até 12 anos na diretoria aula em sala de aula defesa dos professores mobilização com boletins, Propuseram a ida Brasília em pleno Em uma categoria com ampla maioria de mulheres, não campanhas pelo atendimento dasImpulsionaram necessidades aespecíficas - Pelo fim da lei 1041, que limita as àfaltas médicas e cria a mobilização, comandos de greves, cartazesobstáculos e faixas, para que a movimento grevista emsaúde SP. Acataram há uma campanha realSabotaram em favor das lutas especificamente das mães trabalhadoras, tais como: mulher cuide de sua e a de seus Foram contra o início da greve de O que fizeram na Greve acabaram com a greve contra denunciando as tentativas dofilhos governo e da o fim da greve, propondo apenas femininas. Obrigatoriedade da instalação de creches para os filhos e dependentes. 2013, defenderam o golpe que pôs 2013 Chegamos ao absurdo a votação da assembleia e contra a de professores e funcionários (ou burocracia de de enrolar a categoria. Defenderam o secretário fizesse por escrito a da diretoria se posicionar pagamento adicional - Não ao Estatuto doque Nascituro (o “bolsa-estupro”); fim ao movimento. falas a continuidade do movimento até o completo negociação farsa, Liberdade na qual estiveram luta pelo auxílio-creche,anunciaram que deveria ser“conquistas”. pago pelo Estado, de pré-escola enquanto as crianças não forem devidamente - Contra a criminalização do aborto. de decisão atendimento das reinvindicações. presentes. enquanto não garante atendimento digno para nossos filhos. atendidas pelo Estado); para as mulheres e atendimento pela rede pública em Aceitam Denunciaram a prova “guilhotina” para adequadas. os Assinaram o acordo no TRT (2008) Contra esta paralisia exigira divisão que a promovida APEOESP realize - Licença gestante de um ano para todas as educadoras; condições pelo governo, cantando falsas professores temporários que deu início a atual junto com a Chapa 1 – pelas constas Escravidão da “Categoria Não promovem nenhuma luta pela vitórias sobre a precariedade divisão da categoria. Defenderam a greve para da categoria - aceitando a prova revogação da lei 1093 O” na contratação de milhares de evitar a aprovação da lei, em 2009 e exigem a “guilhotina” para os professores professores revogação imediata da lei 1093. temporários. Fez coro com o governo tucano, Coniventes com a política do governo Ampla campanha de denúncia sobre o golpe do Coniventes com a política do governo Concurso 2013 anunciando como sendo uma e da direção do sindicato, boicotaram concurso (redes sociais, boletins, jornais, etc.), e da direção do sindicato, boicotaram antes, durante e depois das provas a assembleia de dezembro. conquista da greve a assembleia de dezembro.
Um Sindicato feminino que não luta pela mulher
qual não podemos de modo algum renunciar sem renunciar a própria luta. Junte-se a nós, é hora de construir uma forte greve de todos os trabalhadores em educação e de todo o funcionalismo!
PROFESSORES MUNICIPAIS
Categoria deflagra greve no Sinpeem, proposta defendida pela chapa 6 desde o início da campanha salarial
Teve início a greve por tempo indeterminado no Sinpeem. Cientes de que a única linguagem que a prefeitura do PT paulista escuta é a da greve, o Movimento Unificado de Oposição Classista (CCR, LC, PCO) vinha defendendo a paralisação desde o dia 28 de março, quando teve inicio a campanha salarial de 2014 dos trabalhadores em educação da maior cidade do país. Lamentavelmente, apesar de nossos alertas ao conjunto dos ativistas, o MUOC foi o único setor da vanguarda da categoria a defender a greve. Tanto a burocracia majoritária, PPS-PT-PCdoB, quanto a minoritária (PSOL, PSTU e satélites) se colocaram como obstáculo a greve desde o princípio, desmobilizando a categoria até nesta última assembleia. Em meio a este movimento ocorrem também as eleições para a diretoria do SINPEEM, em que o MUOC é representado pela chapa 6, a única chapa inteiramente de oposição e sem anti-greves. As nossas demandas tanto na APEOESP como no SINPEEM são basicamente as mesmas, pelo simples motivos de que o ataques dos governos burgueses são os mesmos. Uma clara demonstração disso é a recente decisão dos dois governos, estadual e municipal
de implantarem um sistema de acompanhamento pedagógico supostamente on line, que na prática aplica a vigilância pedagógica sobre o profissional da educação. Além disso, a prefeitura de são Paulo aponta para o fim do horário de formação pedagógica (JEIF) – que deve ser um exclusiva para formação em horário de preenchimento e diário online ao mesmo tempo em que é obrigado a fazer o diário no papel. É por essas e outras que nós do MUOC defendemos a unificação das nossas lutas e ao mesmo tempo pedir apoio a ambas as chapas de Oposição de Verdade, tanto na Apeoesp (Chapa 3) como no Sinpeem (Chapa 6).
FORMAÇÃO POLÍTICA
luTaR em defesa das ReivindiCações das PROfessORas
Liga Comunista lança coletânea de textos de Trotsky “Fascismo - o que é? Como combatê-lo?”
A
crise capiestadunidense consideram particucom a particilarmente desprezítalista munUm Sindicato feminino que não luta pela mulher pação germinal veis ou contra os dial desatada de elementos reacionários em em 2008 fez fascistas na Bogeral. Mas todos ressurgir um Em uma categoria com ampla maioria de mulheres, não campanhas pelo atendimento das necessidades específicas - Pelo fim da lei 1041, que limita as faltas médicas e cria háfenômeno uma campanha real marginal em favor das lutas mas especificamente das mãesEquador, trabalhadoras, tais como: obstáculos para que a mulher cuide de sua saúde e a de seus estes são fascistas, lívia, femininas. - Obrigatoriedade da instalação de creches para os filhos filhos e dependentes. Chegamos ao latente absurdo da diretoria se posicionar contraHonduras, a de professoresParae funcionários (ou pagamento de adicional - Não ao Estatuto do Nascituro (o “bolsa-estupro”); ou apenas alguns? todavia na sociedaluta pelo auxílio-creche, que deveria ser pago pelo Estado, de pré-escola enquanto as crianças não forem devidamente - Contra a criminalização do aborto. Liberdade de decisão enquanto não garante atendimento digno para70 nossos filhos. atendidas pelo Estado); para as mulheres e atendimento pela rede pública em E se são só alguns, guai, Venezuela de burguesa nos últimos Contra esta paralisia exigir que a APEOESP realize - Licença gestante de um ano para todas as educadoras; condições adequadas. e Brasil. como é que se anos, o nazi-fascismo. ReA Liga Copode dizer quais centemente, pela primeira munista, através os que são e os vez desde a II Guerra Mundas publicações que não são? dial, defensores explícitos Vorkuta, lança a O uso indisdo nazismo tomam o poder segunda edição criminado do no maior país do continente do folheto que termo reflete a europeu até a fronteira russa, foi compilado e incompreensão a Ucrânia. impresso pela prida gravidade do O fascismo é um cão de meira vez sob este perigo que ronguarda do capital financeitítulo “FASCISMO da. Quando se ro posto para aterrorizar o – O que é? Como pede ao liberal proletariado em momentos combatê-lo?” pela que defina o de crise, para forçá-lo a subPioneer Publishers conceito, ele meter-se a regimes de austeem Agosto de 1944 e responde com ridade e de superescravidão. reimpressa em 1964. termos como Não por acaso ele saiu da Os liberais e mesditadura, neumarginalidade política na mo aqueles que se rose de masGrécia, depois de uma dezeLançam-na consideram marxistas sas, antissemitismo, o poder na de greves gerais sem que como a um palavrão contra costumam usar a palavra fasda propaganda desonesta, o o proletariado tenha enconfiguras direitistas que eles cista muito incorretamente. poder hipnótico de um oratrado um instrumento que o dor demagogo e louco sobre conduzisse ao ao poder pom todos os países em que o fascismo as massas, etc. lítico pela via revolucionáO impressionismo e a ria. Como recorda Trotsky, triunfou, tivemos, antes do crescimenconfusão da parte dos libeo fascismo não aparece de to do fascismo e da sua vitória, uma onda de rais não é surpresa. Mas a súbito, ele é invocado pelo radicalização de massas dos operários e dos superioridade marxista deve capital em meio a uma crimais pobres camponeses e fazendeiros, e da consistir na sua capacidade se burguesa e durante uma pequena-burguesia. Na Itália, depois da gue- de analisar e diferenciar encrescente onda de ousadas tre os fenômenos sociais e lutas de massas sem direção rra e antes de 1922, tivemos uma onda revo- políticos, qual a função do revolucionária. lucionária de grandes dimensões, o Estado foi fascismo para a luta de clasOs governos burgueses paralisado, a policia não existia, os sindicatos ses? De que serve o fascismo bonapartistas de esquerda e podiam fazer tudo aquilo que quisessem - mas para o capital? E, sobretudo, de direita dão munição ao fascismo e pavimentam o não havia um partido capaz de tomar o poder. como as massas trabalhadores podem defender-se do caminho da reação. Desde as Como reação surgiu o fascismo.” fascismo sendo elas o princrises capitalistas do início cipal alvo do terror fascista deste século, a América LaL. Trotsky, “Algumas questões sobre os Problemas Americanos”, e sendo o estrangulamento tina sofre ondas golpista paIVª Internacional, Outubro de 1940 dos direitos políticos do protrocinada pelo imperialismo
luTaR em defesa das ReivindiCações das PROfessORas
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FdT 20 - maio / 2014
letariado a principal função do fascismo para as classes dominantes. Neste sentido, o relançamento deste folheto pelas Publicações Vorkuta se colocam a serviço da formação política de seus leitores para ajudá-los a construir uma
saída progressiva e revolucionária para o atual impasse em que se encontra a onda de radicalização crescente das lutas no Brasil e simultaneamente esmagando o ovo da serpente fascista.
Sumário Prefácio, 2014 - Edições Vorkuta Introdução, 1969 - George Lavan Weissman Capítulo I - O que é o fascismo? Extractos de uma carta a um camarada inglês, 15 de Novembro de 1931, publicado no “The Militant” a 16 de Janeiro de 1932 Capítulo II - Como é que Mussolini triunfou? de “Que Fazer? Questão vital para o Proletariado Alemão”, 1932 Capítulo III - O Perigo Fascista Ameaça na Alemanha de “A Viragem na Internacional Comunista e a situação na Alemanha”, 1930 Capítulo IV - Uma Fábula de Esopo De “Que Fazer? Questão vital para o proletariado alemão”, 1932 Capítulo V - A Polícia e o Exército Alemães De “Que Fazer? Questão Vital para o Proletariado Alemão”, 1932 Capítulo VI - Burguesia, pequena-burguesia e proletariado de “O único caminho para a Alemanha”, escrito em Setembro de 1932, publicado em Abril de 1933 nos EUA Capítulo VII - O Colapso da Democracia Burguesa de “Para onde vai a França?”, 1934 Capítulo VIII - A Pequena-Burguesia receia a Revolução? de “Para onde vai a França?”, 1934 Capítulo IX - As Milícias Operárias e os seus Oponentes de “Para onde vai a França?”, 1934 Capítulo X - As Perspectivas nos Estados Unidos de “Algumas questões sobre os Problemas Americanos,”, IVª Internacional, Outubro de 1940 Capítulo XI - Construir o partido revolucionário de “Algumas questões sobre os Problemas Americanos,”, IVª Internacional, Outubro de 1940