CASA-BIBLIOTECA: habitação unifamiliar para a terceira-idade em contêiner

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PLANO DE TRABALHO | PROJETO DE DIPLOMAÇÃO | FAU/UNB | 1º/2018 Linda Tchinyere de Menezes de Carvalho

CASA - BIBLIOTECA habitação unifamiliar para a terceira idade em contêiner


RESUMO


RESUMO Este trabalho busca efetuar um estudo sobre a habitação unifamiliar tendo-se como intuito a realização de um projeto residencial em contêiner no Núcleo Rural Lago Oeste, no Distrito Federal. Busca-se uma abordagem inovadora e que respeite as questões ambientais do seu local de implantação juntamente a uma pesquisa teórica e prática ligada à sustentabilidade, ao conforto ambiental e à acessibilidade para a concepção do projeto com foco na maior necessidade do cliente: uma biblioteca. Palavras-chave: Habitação; Contêiner; Conforto Ambiental; Sustentabilidade; Acessibilidade.

Plano de Trabalho Projeto de Diplomação 2 FAU/UnB - 1º/2018 Aluna: Linda T. de Menezes de Carvalho Matrícula: 12/0125382 Orientador: Prof. Caio Frederico e Silva Composição da Banca: Prof. Eduardo Pierrotti Rossetti Prof. Márcio Albuquerque Buson Prof. Gustavo de Luna Sales

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AGRADECIMENTOS


Agradeço primeiramente a toda a minha família que me apoiou e me deu forças para a realização destes 6 anos de estudo. Dedico este trabalho ao meu pai Cassio, minha mãe Ana Beatriz, meus irmãos André e Mateus e aos meus avós Arno e Vera a quem este projeto foi particularmente idealizado com muito carinho e amor. Agradeço ao meu querido Sofiane Ouanes que mesmo distante me apoiou e me ajudou durante todos os momentos, inclusive os mais difíceis. Agradeço por ter tido a oportunidade de estudar na Universidade de Brasília e toda a equipe de funcionários e professores da FAU, principalmente meu orientador Prof. Caio Silva, sem vocês nada seria possível. Finalmente, agradeço a todos os meus queridos amigos e colegas na FAU, pela companhia durante todos estes anos, e também pelos momentos de alegria que passamos juntos. Com carinho, Linda T. de Menezes de Carvalho

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ÍNDICE


Introdução Objetivo Justificativa

09 09 10

Procedimentos Metodológicos

10

Fundamentação

12

Referencial Teórico

17

O contêiner na arquitetura

24

Soluções Constutivas

30

Estudos de Caso: Habitação

36

O PROJETO Localização Projeto de Paisagismo Diretrizes de Intervenção

42 44 48 58

A Casa-Biblioteca Planta Fachadas Cortes Detalhamentos por cômodo

60 66 70 74 78

Referências Bibliográficas

120

Anexo - Detalhes Construtivos

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INTRODUÇÃO


OBJETIVO Este trabalho busca efetuar um estudo sobre a habitação unifamiliar tendo-se como intuito a realização de um projeto residencial para um casal de idosos, professores aposentados e com um percurso intelectual.

O objetivo é a realização de um projeto de uma habitação unifamiliar em contêiner qualificando-a como espaço de vivência no campo para um casal de professores aposentados e idosos. O projeto se desdobra em 3 partes:

Tem-se a intenção de realizar um projeto conforme as necessidades dos clientes e de se explorar métodos construtivos alternativos e modulares: a construção com contêineres marítimos. Será buscada também uma abordagem teórica da 3ª idade e da relação da arquitetura residencial com as atividades realizadas pelas pessoas após a aposentadoria. O idoso de hoje busca uma habitação que respeite as suas limitações quanto à acessibilida-

1 ESTUDO TEÓRICO E DE COMPOSIÇÕES COM CONTÊINER

de, mas também que propicie uma vivência com autonomia e em contato com a natureza. Em suma, será buscada uma abordagem teórica e prática ligada à sustentabilidade, ao conforto ambiental e à acessibilidade para a concepção de um projeto residencial em contêiner numa chácara rural

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no Distrito Federal com foco na maior necessidade do cliente: uma biblioteca.

PAISAGISMO DO TERRENO

Desta forma, tem-se o intuito de compreender as demandas reais de um arquiteto no mercado de trabalho quando depara-se com a realidade de um projeto executivo e da relação arquiteto-cliente.

3 PROJETO DA CASA - CONTÊINER

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JUSTIFICATIVA

A importância da realização de uma habitação unifamiliar se dá pela necessidade dos clientes, o professor PhD em Antropologia Dr. Arno Vogel e sua esposa Vera Vogel, professora aposentada, que buscam uma casa para viver durante suas aposentadorias, uma casa para seus livros, uma casa-biblioteca para leitura, apreciação da arte de ler, atendimento de orientandos e recebimento de convidados e também um espaço separado para um ateliê de cerâmica. A casa será um espaço reservado na propriedade rural dos clientes. Além disso, será de grande importância a adaptação da moradia para pessoas idosas. Tendo em vista as limitações na legislação, é necessário realizar uma construção prática, flexível e que não impermeabilize o solo, visto que a mesma será implantada em uma área rural sensível. Desta forma, é extremamente relevante a busca por materiais sustentáveis. Visando a reutilização de materiais exis-

tentes e uma maior rapidez na construção, o contêiner aparece como uma opção que corresponde às necessidades dos clientes e que também pode gerar conforto térmico e ambiental se bem adaptado e executado. A escolha deste assunto para o Projeto de Diplomação se dá pela necessidade da graduanda em vivenciar uma experiência real de projeto arquitetônico para clientes reais. O currículo universitário, embora muito rico e completo, muitas vezes não prepara totalmente o(a) futuro(a) arquiteto(a) para as realidades e dificuldades do mercado de trabalho. Desta forma, este Projeto de Diplomação é também um objeto pessoal de amadurecimento. Este projeto é um presente de uma neta para os seus avós, na esperança que eles tenham uma aposentadoria tranquila e confortável em uma casa projetada com muito amor e carinho.


PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS POTENCIALIDADES • Desenvolvimento do projeto até o nível do detalhamento; • Disseminar a lógica modular na construção; • Contato da arquitetura com o campo e com paisagem; • Integração de sistemas modulares com sistemas tradicionais de construção;

LIMITAÇÕES • no; • •

Demora no Processo de Regularização do terreFalta de dados de áreas rurais; Escassez mão-de-obra especializada;

RESULTADOS ESPERADOS Elaboração de projeto executivo da uma habitação unifamiliar em contêiner e aplicando os conceitos de Sustentabilidade, Conforto Ambiental e Acessibilidade.

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FUNDAMENTAÇÃO


O IDOSO NO BRASIL Devido ao aumento da expectativa e da

em 2000, para 19,6 milhões, em 2010, devendo atin-

desses usuários idosos para o bem-estar, a indepen-

queda da natalidade, a população idosa no mundo

gir 41,5 milhões, em 2030, e 73,5 milhões, em 2060.

dência e a autonomia de cada indivíduo pelo maior

tem se tornado cada vez maior. Esta situação se dá

Espera-se, para os próximos 10 anos, um incremento

tempo possível.

pelos avanços da medicina e a melhoria socioeconô-

médio de mais de 1,0 milhão de idosos anualmente.

mica da população. No Brasil a situação não é dife-

Segundo o PNAD 2015 do IBGE, 14,3% (8%

Essa situação de envelhecimento popula-

mulheres e 6,3% homens) da população brasileira

cional é consequência, primeiramente, da rápida e

possui idade acima de 60 anos, um aumento de 1,3%

De acordo com o Instituto Brasileiro de

contínua queda da fecundidade no País, além de ser

se comparado ao ano 2013. O mapa a seguir mostra

Geografia e Estatística – IBGE, o segmento popula-

também influenciada pela queda da mortalidade em

a porcentagem de idosos em cada região brasileira.

cional que mais aumenta na população brasileira é

todas as idades. (IBGE, 2011)

rente.

o de idosos, com taxas de crescimento de mais de

Ao se considerar a realidade da população

4% ao ano no período de 2012 a 2022. A população

brasileira associada ao envelhecimento populacio-

com 60 anos ou mais de idade passa de 14,2 milhões,

nal, a arquitetura tem um papel importante na vida

PREVISÃO (2000 A 2040)

GRÁFICO DE DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/populacao-brasileira-deve-atingir-pico-em-2030-diz-ipea.html

Porcentagem da população idosa em cada região. Fonte: da autora a partir do PNAD 2015.

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O IDOSO NO DISTRITO FEDERAL Segundo informações do PDAD 2015, a população idosa no DF corresponde a 15,4% da população total, ou seja, cerca de 450 mil pessoas, um aumento de cerca de 60 mil idosos desde 2013. A quantidade de idosos por Região Administrativa também mudou. Enquanto que em 2013 a maioria dos idosos se concentrava na RA’s do Lago Sul e Plano Piloto, em 2015 a maioria vive no Lago Sul (34,02%) e Lago Norte (25,07%). Tem-se também que 40,38% dos domicílios DF têm como responsáveis pessoas com mais de 55 anos.

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DINÂMICAS FAMILIARES O processo do envelhecimento não é apenas uma preocupação de saúde e socioeconômica, mas também pertence a várias áreas da ciência pelas necessidades e exigências do mundo que envelhece, considerando-se o meio em que vivem, seja o espaço público ou seu domicílio. O ambiente domiciliar agrega valores econômicos, sociais, emocionais, afetivos e de saúde ao longo da vida, e exerce influência na vida dos idosos, no seu bem-estar. A casa representa o maior bem conquistado ao longo da vida, o que implica o não desejo de mudar, permeado pelo sentimento de conquista, afetividade, bem-estar, privacidade, independência, autonomia e segurança. Ao mesmo tempo, o ambiente familiar pode determinar as características e o comportamento do idoso. Numa família suficientemente sadia, onde se predomina uma atmosfera saudável e harmoniosa entre as pessoas, é possibilitado o crescimento de todos, incluindo o idoso, pois todos possuem funções, papéis, lugares e posições e as diferenças de cada um são respeitadas e levadas em consideração.

Em famílias onde há desarmonia, falta de respeito e não reconhecimento de limites, o relacionamento é carregado de frustrações, com indivíduos deprimidos e agressivos. Essas características promovem retrocesso na vida das pessoas, o idoso torna-se isolado socialmente e com medo de cometer erros e ser punido (ZIMERMAN, 2000). Entende-se então que a estrutura familiar representa segurança emocional na vida dos idosos. Observa-se atualmente um ideal de autonomia, que já acontece há muito tempo, representado pela recusa dos pais idosos em morar com o filhos, quando estão bem de saúde e independentes financeiramente. A tendência dos idosos morarem sós não tem que ser percebida como reflexo de um abandono por parte de seus familiares, isso pode significar um novo tipo de arranjo, a “intimidade à distância”. A intimidade a distancia não impede que as relações familiares sejam fundamentais na assistência ao idoso e nas expectativas em relação ao processo de envelhecimento.

ATIVIDADES APÓS A APOSENTADORIA É certo se dizer que com o envelhecimento as pessoas perdem certas capacidades de independência, requerendo atenção de seus familiares que muitas vezes não tem tempo e nem condições de realizar os cuidados necessários, tanto no quesito econômico quanto social. Para se melhorar a vida na terceira idade, é papel do arquiteto buscar novas soluções para poder proporcionar às pessoas idosas mais autonomia, assim como o direito de qualidade de vida e moradia com dignidade.

Ao mesmo tempo, o idoso não para totalmente suas atividades após a aposentadoria. Conforme uma pesquisa feita por meio de formulário online pela autora sobre as atividades após a aposentadoria, ou o hobby dos idosos, percebeu-se que a maioria das pessoas continua trabalhando na mesma área. Fora o trabalho, as atividades mais realizadas são as seguintes:

Viagens Leitura e/ou Estudos Atividade Física para a 3ª Idade ou Dança Cuidados com o Lar e Família Artesanato em geral 75% dos idosos responderam que eles dedicariam um espaço/cômodo só para o seu hobby ou sua atividade.

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AS NECESSIDADES DO CLIENTE IDOSO Quando se reflete sobre o “envelhecer” no campo biológico, deve-se considerar diversas mudanças, estruturais e funcionais, próprias do envelhecimento - a senescência (processo natural de envelhecimento ou o conjunto de fenômenos associados a esse processo), que,” embora variem de um indivíduo a outro, são encontradas em todos os idosos, podendo influenciar na saúde física e mental e interferir no desempenho funcional e nas relações afetivas e sociais do idoso.” (MENDES, 2007, p. 23) Ainda conforme Farah MENDES (2007) é importante o reconhecimento dessa dinâmica, às vezes difícil de constatar precisamente, pela estreita relação com as modificações causadas por doenças: a senilidade (envelhecimento patológico, e que é entendido como os danos à saúde associados com o tempo, porém causados por doenças ou maus hábitos de saúde).

PROBLEMAS Autonomia x Independência

SENESCÊNCIA x SENILIDADE

DIFICULDADES

“O processo de envelhecimento modifica e é

Apoio x Abandono

modificado pelas doenças que podem acometer o idoso, gerando uma relação muito próxima entre os dois fenômenos, de tal forma que modificações exclusivas do envelhecimento são confundidas com enfermidades e criam a cultura e o estereótipo de que velhice e ser velho significam doença.”

FAMÍLIA

MENTAIS

FÍSICAS

Esquecimento Localização no Espaço Visão

Quedas Mobilidade reduzida

(MENDES, 2007, p. 24)

Qualidade arquitetônica

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Desenho acessível

Espaço/Habitação que propicie mais autonomia


REFERENCIAL TEÓRICO

Habitação Sustentável

Ocupação na Terceira Idade

Biofilia

Conforto Ambiental

Acessibilidade


BIOFILIA

O termo “Biofilia” foi popularizado pelo ecólogo americano Edward O. Wilson em seu livro de mesmo nome publicado em 1984. “Biofilia” vem do grego bios, que significa vida e philia, que significa amor, afeição, ou necessidade de satisfação. O primeiro a utilizá-lo foi o psicanalista alemão Erich Fromm, para descrever a orientação psicológica de atração por tudo que é vivo e vital Biofilia é um termo que compreende uma perspectiva científica, da atração pela natureza como um principio evolutivo, mas também tem forte caráter filosófico. O termo foi inicialmente utilizado em teorias psicanalíticas que o opunham à atração pela morte. Mesmo sendo usado em diferentes perspectivas, as teorias concordam que a biofilia é um sinal de saúde física e mental. Diversos estudos comprovam os benefícios do convívio com a natureza para a saúde humana. Em sua obra, Wilson (1984) discorre sobre a ligação emocional que os seres humanos têm com outros organismos vivos e com a natureza. O termo designa essa ligação emocional e desejo instintivo de se afiliar a outras formas de vida, que segundo Wilson, está em nossos genes e se tornou hereditária. Para Wilson, a biofilia está inscrita no próprio cérebro, expressando dezenas de milhares de anos de experiência evolutiva. Em sua hipótese, os seres humanos procuram inconscientemente essas conexões ao longo da vida. Contudo, a biofilia é impactada pelas experiências pessoais, sociais e culturais no qual o sujeito está inserido, e vive desde a primeira infância. Nesse sentido, mesmo que a biofilia seja uma tendencia genética, há a necessidade de reforçar o contato com a 18

amor à vida; instinto de preservação, de conservação.

natureza para que essa conexão se perpetue. Ela carece de um input constante a partir do meio natural, ou seja, um conjunto rico e diversificado de experiências exploratórias em ambiente natural, que reforce as conexões com a natureza. Na arquitetura, uma estratégia busca reconectar as pessoas com o ambiente natural é o design biofílico. Ele é um complemento para a arquitetura verde, que diminui o impacto ambiental do mundo construído. Um exemplo seria a inclusão de mais espaços verdes na cidade, mais aulas que giram em torno da natureza e a execução de design inteligente para cidades mais verdes que integrem os ecossistemas em um design biofílico. Ou seja, o design biofílico incorpora em seus projetos, elementos naturais, reais ou simulados, para promover o bem-estar.

DIRETRIZES DESIGN BIOFÍLICO • Aplicar em toda a atmosfera residencial - arquitetura, decoração e mobiliário; • Integrar elementos da natureza nos espaços; • Peças que criam conexões visuais e físicas com elementos da natureza (plantas, terra, etc); • Utilizar materiais sustentáveis ou até mesmo componentes 100% naturais, feitos de pedras, fibras e outras matérias-primas.


HABITAÇÃO SUSTENTÁVEL

Para se realizar uma casa ecológica bem sucedida é necessário levar em conta diversos aspectos, dentre eles está a adaptação ao clima local e ao terreno. A edificação é considerada como nossa terceira pele e, portanto, a função fundamental da casa é manter seus habitantes seguros e confortáveis. Segundo Sue Roaf, “qualquer ecohouse deve, atualmente, ser projetada para fazer mais com menos, para atender bem às suas respectivas funções, usando recursos suficientes, mas não excessivos [...]” (ROAF et al. 2014, P. 22), ou seja, deve-se realizar um projeto elegante e com custos bem gerenciados por meio de estratégias cuidadosas relativas à minimização dos tubos, drenos e fios de instalações elétricas e hidráulicas resultando em custos de construção mais baixos e gerando economias significativas ao longo da vida útil da casa. Atualmente, no setor da construção, a energia que se consome para propiciar climatização, aquecimento de água e iluminação é a principal causa das emissões de CO², direta ou indiretamente, ao longo do ciclo de vida das edificações (WASSOUF, 2014). É importante, portanto, reafirmar a relevância da arquitetura passiva na construção aplicando-a juntamente à reciclagem de materiais para as edificações, já que a mudança da maneira como se pensam as habitações atuais tem um grande potencial de economia energética. Em resumo, a maior parte das normas atuais foi desenvolvida para limitar a demanda e o consumo de energia durante o uso do edifício, o que se reflete diretamente na conta de energia que o usuário do edifício deve pagar. A norma mais conhecida no contexto internacional é a “Passivhaus”, desenvolvida na Alemanha a partir do final da década de 1980,

na qual se deve embasar a pesquisa teórica e prática para a realização deste trabalho de diplomação. O Passivhaus Institut tem como princípio fundamental da filosofia do desde o princípio “projetar e construir edificações de baixo consumo a custos viáveis”. (WASSOUF, 2014, p. 18). “A vantagem da norma Passivhaus encontra-se na possibilidade de simplificar significativamente os sistemas ativos de calor e frio,

ECOHOUSE FAZER MAIS COM MENOS

PROJETO BEM PENSADO ECONOMIA

pois este tipo de edifício requer muito pouca energia para manter ótimas condições de conforto climático em seu interior.” (WASSOUF, 2014, p. 17)

MENOR CONSUMO DE ENERGIA MENOS GASTO COM MATERIAIS

CASA PASSIVA PASSIVHAUS

BAIXO CONSUMO + CUSTOS VIÁVEIS CONFORTO

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CONFORTO AMBIENTAL NA HABITAÇÃO

Conforme explicita Anésia Barros Frota (FROTA, 2001), adequar a arquitetura ao clima de um determinado local significa construir espaços que possibilitem ao homem condições de conforto. Condições estas que são definidas a partir de estudos do organismo humano, seu metabolismo e processos de termorregulação.

Com relação ao clima de Brasília, tem-se a seguinte descrição: “Tomando-se como referência a amplitude climática de um clima seco, por exemplo, o da cidade de Brasília, onde a mínima (noturna) é de 15,4°C e a máxima (diurna) de 30,7°C, vê-se que, idealmente, a arquitetura nestes climas

No que cabe à arquitetura, deve-se procurar amenizar as sensações de desconforto impostas por climas muito rígidos (excessivo calor, frio ou ventos) e também “propiciar ambientes que sejam, no mínimo, tão confortáveis como os espaços ao ar livre em climas amenos”. (FROTA, 2001, p. 53)

secos e quentes deveria possibilitar, durante

Dentre as variáveis climáticas que caracterizam uma região, podem-se distinguir as que mais interferem no desempenho térmico dos espaços construídos: a oscilação diária e anual da temperatura e umidade relativa, a quantidade de radiação solar incidente, o grau de nebulosidade do céu, a predominância de época e o sentido dos ventos e índices pluviométricos. Além disso, deve-se prever partidos arquitetônicos distintos em função da consequente variação da temperatura diária, a qual, basicamente, definirá as vantagens ou não da ventilação interna. (FROTA, 2001)

quitetônicos que tenham, primordialmente,

20

CLIMA DE BRASÍLIA

o dia, temperaturas internas abaixo das externas e, durante a noite, acima. A ventilação

ALTA AMPLITUDE TÉRMICA CLIMA SECO

não seria útil, pois o vento externo estaria, em um mesmo instante, ou mais frio ou mais quente que a temperatura do ar interno. Nesse sentido podem-se adotar partidos aruma inércia elevada [...], a qual acarretará grande amortecimento do calor recebido e um atraso significativo no número de horas

VENTILAÇÃO PREDOMINANTE LESTE

que esse calor levará para atravessar os vedos da edificação. [...] Por isto, parte do calor armazenado pelos materiais durante o dia será devolvido para fora, não penetrando na edificação.” (FROTA, 2001, p. 68)

ADOTAR PARTIDOS COM INÉRCIA ELEVADA


ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL

A legislação brasileira, por meio de normas técnicas, exige que sejam seguidas formas de organização espacial para que todos os edifícios públicos sejam acessíveis aos portadores de necessidades especiais e idosos. Desta forma, é de extrema importância o estudo aprofundado na Norma ABNT NBR 9050:2015, a qual foi elaborada no Comitê Brasileiro de Acessibilidade pela Comissão de Estudo de Acessibilidade em Edificações. Esta Norma está atualmente em sua terceira versão, o que mostra a sua constante atualização ao longo dos anos. O caso especial se dá pela natureza deste projeto de diplomação (habitacional) e seus clientes que são idosos. Logo, devem ser previstos no projeto da residência todos os quesitos de acessibilidade. Na década de 1990, um grupo de arquitetos e defensores de uma arquitetura e design mais centrados no ser humano e sua diversidade reuniu-se no Center for Universal Design, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, a fim de estabelecer critérios para que edificações, ambientes internos, urbanos e produtos atendessem a um maior número de usuários. Esse grupo definiu os sete princípios do Desenho Universal, apresentados a seguir, que passaram a ser mundialmente adotados em planejamentos e obras de acessibilidade. Os sete princípios do Desenho Universal são:

1

Uso equitativo

2

Uso flexível

3

Uso simples e intuitivo

4

Informação de fácil percepção

5

Tolerância ao erro (segurança)

6

Esforço físico mínimo

7

Dimensionamento de espaços para acesso e uso abrangente

21


DIRETRIZES DE INTERIORES PARA A 3ª IDADE DECORAÇÃO:

0

150

120

15

0

15

150

150 ILUMINAÇÃO:

120

120

15

0

15

0

120

150

80

200

Área de Manobra 360º

Área de Manobra 180º

120

80

80

120

160

160

160

120

160

90

90 90

90

120

90

200

90

MOBILIÁRIO:

Espaços definidos pela NBR 9050 para manobras em corredores

• Utilizar móveis com altura mínima de 0,60m; • Assentos de cama ou poltronas com altura mínima de 0,45 a 0,50 m para facilitar o sentar e levantar e profundidade de no máximo 0,80 m; • Mobília fixa e com cantos arredondado; • Gavetas devem ter travas de segurança; • Optar por armários com portas de correr; • Evitar móveis e objetos de vidro; • A mobília deve ser estável e pode, dependendo do caso, ser facilmente deslocada para a passagem; CIRCULAÇÃO: • O mobiliário deve permitir a maior livre circulação possível e, em geral, no mínimo 80 cm conforme NBR 9050.

90 90

22

• Abundante e uniforme; • Evitar pontos escuros; • Lâmpadas não-ofuscantes (lâmpadas leitosas permitem iluminação indireta); • Interruptores devem ser iluminados e estar em local de fácil alcance no intervalo de 0,40 m e 1,20 m.

80

200 200

• Instalar fitas adesivas debaixo dos tapetes para fixá-los; • Optar por tapetes de cerdas baixas; • Para as paredes preferir cores claras;

Módulo de Referência de Circulação


RAMPAS:

COZINHA:

QUARTO:

• Máximo 8% de inclinação; • Para maior proteção instalar corrimão com 90 cm de altura;

• Deve-se ter uma área lateral à porta da geladeira para que sua abertura seja facilitada;

• Deve ficar no andar térreo, com acesso fácil ao banheiro; • Altura da cama entre 0,45m e 0,50m; • Luz noturna, telefone e campainha próximos da cama; • O criado-mudo deve ser fixo no chão e ter cantos arredondados e altura igual ou 10 cm maior do que a cama; • Poltrona de mesma altura da cama para ajudar a calçar meias e sapatos;

ESCADAS: • Patamar entre 28 e 30 cm; • Marcar o início e o fim da escada; • Usar balizadores (pontos de iluminação); • Evitar desníveis pequenos que podem provocar tropeços (prefira pequenas rampas);

• Para o fogão prever formas de posicionamento lateral com cadeira de rodas; • Controles e torneira posicionados ao lado da cuba. Devem ser de fácil manuseio e do tipo alavanca; • Área de alcance de cadeirantes para armários = 1,20m • Puxadores de portas e gavetas do tipo “D” (uso de toda a mão e não somente a ponta dos dedos);

PISO:

• Espaço de 30 cm sob o mobiliário para facilitar a área de giro;

• Antiderrapante, como cerâmicas com textura tátil e pisos emborrachados; • Evitar desníveis de qualquer tipo;

• Bancada para corte mais baixa do que a bancada da pia, de forma que idoso consiga trabalhar sentado;

PORTAS:

• Controles automáticos que fecham automaticamente o gás quando a chama se apaga;

• Se possível sempre com vão de 80 cm ou mais; • Maçanetas de alavanca (e não redondas) são recomendadas;

• Um carrinho de rodas ajuda a mover alimentos e outros utensílios pela residência sem fazer esforço;

BANHEIRO: • Adaptar barras de apoio, vaso sanitário elevado e banco dentro do box (usar padrão NBR 9050 ABNT) para evitar quedas ao máximo; • Piso antiderrapante e tapetes emborrachados ou com ventosas para evitar quedas;

JARDIM: • Bem iluminado para que quem esteja dentro da casa enxergue bem o que há do lado de fora garantindo segurança física e psicológica;


O USO DO CONTÊINER NA ARQUITETURA

O contêiner surgiu em meio a um contexto de grande necessidade em melhorar as atividades envolvendo o armazenamento e o transporte de mercadorias pelo mundo. O americano Malcolm Mclean foi considerado o empreendedor dessa nova ideia, tendo como objetivo principal a redução de custos e tempo gastos para descarregar os produtos dos caminhões para os navios. Diante disso, ele percebeu que o trailer poderia facilmente ser separado dos caminhões durante as viagens, trazendo, assim, maior velocidade para as transações. Na década de 1950, o contêiner foi patenteado, caracterizado como uma estrutura reforçada e robusta, que além de permitir o encaixe nos caminhões, poderiam também ser empilhados (KOTNIK, 2008, p.25). Ainda de acordo com Kotnik (2008), seu uso foi considerado revolucionário na indústria do transporte, pois acabou substituindo e se estabelecendo diante dos outros sistemas existentes até então.


Contêiner ISO 40

40 pés (12 metros de comprimento) Cerca de 26 m² de área interna.

Contêiner ISO 20

20 pés (6 metros de comprimento) Cerca de 13 m² de área interna. 25


DEFINIÇÃO E TIPOS A definição do contêiner, de acordo com Ballou (1993 apud Muraro et al, 2006), assim se apresenta: Contêineres são grandes caixas que podem ser transportadas em vagões ferroviários abertos, em chassis rodoviários, em navios ou em grandes aeronaves. É a forma mais apurada de unitização alcançada em sistemas de distribuição. Geralmente, seguem as dimensões de 8 x 8 x 20 pés ou 8 x 8 x 40 pés (padrões ISO). Pelo seu tamanho, acomodam carga paletizada; são estanques, de maneira que não é necessário proteger a carga de problemas meteorológicos, além de poderem ser trancados para maior segurança. Normalmente, são carregados e descarregados com o uso de guinchos especiais. (MURARO et al, 2006)

26

Fonte das imagens: http://www.goldlogbrazil.com/informacoes-gerais/tipos-de-containers/


O CONTÊINER E A SUSTENTABILIDADE

Segundo Wines (2000), as questões relacionadas à economia, à eficiência e ao meio ambiente na construção civil passaram a receber maior importância, principalmente, após a II Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, realizada em 1992, no Rio de Janeiro. Atualmente, de acordo Brian Edwards (2005) tem-se que: A indústria da construção civil consome 50% dos recursos mundiais, convertendo-se em uma das atividades menos sustentáveis do planeta. No entanto, nossa vida cotidiana desenvolve-se em ambientes edificados: vivemos em casas, viajamos sobre estradas, trabalhamos em escritórios e nos sociabili-

Visando, principalmente, reduzir impactos ambientais, a arquitetura voltou-se para a reutilização de materiais descartados. O contêiner, composto de metais não biodegradáveis, tem vida útil de aproximadamente 10 anos, após este período é descartado, gerando lixo nas cidades portuárias (MILANEZE et al., 2012). Conforme afirmam ALMEIDA e OCCHI (2016), a reutilização dos contêineres na construção civil teve início na década de 90 e foi incorporada especialmente nos países de grande atividade portuária como a Holanda, a Inglaterra e o Japão, em projetos de hotéis, escritórios e habitações estudantis sendo, posteriormente, disseminada e adaptada para residências unifamiliares.

zamos em bares e restaurantes. A civilização contemporânea depende de edificações para seu resguardo e sua existência, mas nosso planeta não é capaz de ser mudado nesse aspecto e os arquitetos e designers têm uma grande responsabilidade nesse processo. (EDWARDS, 2005, p. 3)

27


244

CONTÊINER ISO 20’

Planta de Cobertura - Dry 20'

606 590

Corte - Dry 20'

Planta Baixa - Dry 20'

18

570 606

18

244

208 Vista Frontal - Dry 20'

28

Vista Lateral - Dry 20'

12

259

236

12

244

Vista Posterior - Dry 20'

259

235

239

235


CONTÊINER ISO 40’

289

269

244

235

Corte - High Cube

Planta de Cobertura - Dry 40'

1219 1203

18

1184 1219

Corte - Dry 40'

18

244

12

236

259

12

244

Planta Baixa - Dry 40'

259

235

239

235

Vista Frontal - Dry 40'

Vista Lateral - Dry 40'

Vista Posterior - Dry 40'

29


SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS


O CONTÊINER E ARQUITETURA

São inúmeras as características presentes em um contêiner marítimo que podem ser aplicadas em modelos usuais dentro da arquitetura cotidiana. De acordo com Kotnik (2008, p.14), “eles são pré-fabricados, produzidos em massa, econômicos e móveis”. O autor ainda lista características consideráveis do contêiner que podem ser atribuídas na arquitetura, como: • Modulação, associado a um “Lego gigante”, permitindo uma infinidade de combinações; • Velocidade, porque quando associados podem ser montados em um curto espaço de tempo;

Mas, para que isso ocorra, é certo que há uma necessidade de adaptação e modificação, permitindo, então, que ele passe a possuir uma estrutura condicionada ao uso. Ou seja, dentre as diversas vantagens do uso deste material como matéria prima na construção civil a principal é a redução dos custos da obra. Porém, existem também os pontos negativos a serem levados em questão: [...] por serem fabricados com materiais metálicos, a citar o aço Corten, torna-se indispensável o isolamento térmico e acústico de suas superfícies, além da proteção antichamas,

• Robustez, pois sua estrutura resiste a diferentes condições climáticas;

que podem ser feitos utilizando materiais

• Flexibilidade, que possibilita, com o passar dos anos, uma mudança ou inserção de uma nova estrutura, adaptada de acordo com a necessidade momentânea;

lã de rocha, colocadas em forma de sanduí-

• Individualismo, visto que mesmo que produzido em massa, ele permite uma estrutura singular, customizada, a gosto do usuário.

Desta forma, tem-se o intuito de explicitar mais detalhadamente as características que devem ser levadas em conta quando se adapta um contêiner para construção civil, tanto com base no estudo teórico quanto no estudo de abordagens práticas de projetos já realizados.

• Estruturas Mistas que podem, ainda, ser combinados com os diversos materiais existentes, como a madeira, o aço, o concreto e vidro.

Modelo da estrutura de um contêiner marítimo

relativamente baratos e facilmente encontrados no mercado, a exemplo a lã de vidro ou che entre a estrutura e as placas, ou mesmo o isopor. (ALMEIDA, C. e OCCHI, T., 2016, p. 17)

Modelo da peça da base (pé)

Modelo da chapa metálica das paredes

Fonte das imagens: https://engenhariaeetc.wordpress.com/2017/01/29/sobre-o-projeto-de-container/ 31


SOLUÇÃO DE ADAPTAÇÃO PARA AS PAREDES


Para adaptar as paredes do contêiner, é necessário um bom isolamento térmico. A alternativa mais usada é a associação com o dry-wall com uma camada de isolante no interior. Desta forma, o tratamento estético e o acabamento do interior pode ficar exatamente como uma casa convencional, dependendo da escolha decorativa do cliente. A espessura mínima de uma parede de contêiner com dry-wall é de 7 cm (para um desempenho térmico aproximadamente igual a uma parede de alvenaria de bloco cerâmico) mas pode ser realizada com espessura maior para um melhor desempenho.

Parede metálica do contêiner lã-de-rocha

perfis metálicos estrutura do drywall

placa de gesso - drywall

A partir dos materiais escolhidos foi possível calcular a transmitância térmica da parede final. Seu valor ficou em 0,9 W/m²K e está dentro dos limites aceitáveis para a Zona Bioclimática de Brasília.

Esquema da composição de parede de contêiner com drywall Fonte: da autora

Fonte das Imagens: http://projeteee.mma.gov.br/componentes-construtivos/ 33


ESTUDO DE PLANTAS-BAIXAS EM CONTÊINER

34


Foram realizados alguns estudos de composições em contêiner de 6 e 12 metros. O intuito foi de observar o funcionamento dos espaços internos de diferentes tipos de cômodos. Observou-se que existe um melhor aproveitamento quando se utiliza o espaço entre-contêineres e desta forma buscou-se adaptar esta característica ao projeto. Uma área maior também permite uma melhor a aplicação da acessibilidade no projeto como um todo.

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ESTUDOS DE CASO


CONTAINERS OF HOPE

Arquiteto: Benjamin Garcia Saxe Architecture Localização: San Jose, Costa Rica Área = 100 m² Ano: 2011 Fotógrafo: Andres Garcia Lachner Custo: 40,000 USD

Em uma propriedade à 20 minutos da cidade de San José, os clientes gostariam de estar com seus cavalos e apreciar a paisagem natural. Ao se explorar a possibilidade de criar uma casa de baixo custo feita de contêineres reciclados, foi possível para o arquiteEm uma propriedade à 20 minutos da to fornecer o nascer e o pôr-do-sol, as vistas cidade de San José, os clientes gostariam de estar com seus cavalos e apreciar a paisagem natural. Ao se explorar a possibilidade de criar uma casa de baixo custo feita de contêineres reciclados, foi possível para o arquiteto fornecer o nascer e o pôr-do-sol, as vistas

espectaculares e também criar uma sensação de conforto e de lar aos seus clientes. O telhado entre os dois módulos foi fabricado a partir dos pedaços de metal retirado para fazer as aberturas, criando uma sensação interna de abertura e também fornecendo uma propriedade ventilação àcruzada total Em uma 20 minutos da cidade de suficiente. San José, os clientes de estar com espectaculares e também criar gostariam uma sensação mente cavalos e apreciar a da paisagem natural. Ao se deseus conforto de lar final aos seus clientes. O ecusto casa foi menor doexplorarOatelhado de uma casa de cusos criar dois módulos foibaixona que o possibilidade custo entre de uma habitação social to feita de contêineres reciclados, foi possível para o fabricado a partir dos pedaços de metal retiCosta Rica. O projeto expõe a importância arquiteto fornecer o nascer e criando o pôr-do-sol, rado para fazer as aberturas, uma as vistas do design e da criatividade como uma espectaculares criar uma sensaçãoferrade consensação internae também de abertura e também mentas para proporcionar beleza e conforto forto e de lar aosventilação seus clientes. fornecendo uma cruzada totalcomsuficiente. um Oorçamento muito baixo no século telhado entre os dois módulos foi famente bricado a partir dosda pedaços de menor metalalternativas retirado para 21, Omostrando que custo final casaexistem foi do fazer aberturas, criando sensação interna de que o as custo uma habitação social viáveis, de de baixo custo euma passivas de na controle abertura e Otambém fornecendo uma ventilação cruCosta projetopara expõesea adaptarem importância de Rica. temperatura a um zada totalmente suficiente. do clima designtropical e da criatividade como uma ferramuito intenso.

Arquiteto: Benjamin Garcia Saxe Architecture Localização: San Jose, Costa Rica Área = 100 m² Ano: 2011 Fotógrafo: Andres Garcia Lachner Custo: 40,000 USD

O projeto expõe a importância do design e da criatividade como uma ferramentas para proporcionar beleza e conforto com um orçamento muito baixo no século 21, mostrando que existem alternativas viáveis, baixo custo e passivas de minutos controle deda Em de uma propriedade à 20 temperatura para se adaptarem a um clima tropical cidade de San José, os clientes gostariam de muito intenso.

estar com seus cavalos e apreciar a paisagem natural. Ao se explorar a possibilidade de criar uma casa de baixo custo feita de contêineres reciclados, foi possível para o arquiteto fornecer o nascer e o pôr-do-sol, as vistas

mentas para proporcionar beleza e conforto com um orçamento muito baixo no século 21, mostrando que existem alternativas viáveis, de baixo custo e passivas de controle de temperatura para se adaptarem a um clima tropical muito intenso.

Fonte do texto e imagens: Archdaily. Disponível em: http://www.archdaily.com/143332/containers-of-hope-benjamin-garcia -saxe-architecture. Acesso em: 29/08/2017

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CONTAINER GUEST HOUSE Arquiteto: Poteet Architects Localização: San Antonio Texas Estados Unidos da América Área = 30 m² Ano: 2010 Fotógrafo: Chris Cooper

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Como uma empresa premiada, a Poteet Architects é conhecida por sua reutilização adaptativa sensível de edifícios existentes e uma abordagem nova e rigorosa ao design de interiores moderno. Este projeto originou-se do desejo do cliente de experimentar contêineres. O projeto serve como uma pousada e está equipado com um chuveiro / WC e uma pia inoxidável personalizada. O grande painel de elevação/deslize e parede de vidro e de aço abre o interior para a paisagem circundante. O restante do interior é usado como um galpão de jardim. O telhado verde é mantido no topo do contêiner, proporcionando sombra e fluxo de ar para reduzir o ganho de calor. O interior é isolado com espuma de pulverização, em seguida, forrado com madeira compensada de bambu, igualmente usado no piso. A água cinzenta da pia e o chuveiro são capturados para a irrigação do telhado. O WC é um banheiro seco. A parte traseira do contêiner é coberta por painéis de malha de arame que eventualmente serão cobertos por vegetação vertical. Outras escolhas de materiais inovadores complementam o design: o contêiner “flutua” em uma base de postes reciclados. O convés é composto de placas feitas de garrafas PET recicladas e compostas em uma armação de aço. As luminárias exteriores são lâminas de um arado de disco de trator - uma visão comum no sul do Texas.

Fonte do texto e imagens: Archdaily. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-49352/container-guest-house-poteet-architects. Acesso em: 29/08/2017


CASA EM BRODOWSKI Arquiteto: Jorge Siemsen Localização: Brodowski - São Paulo Área = 130 m² Ano: 2016 Fotógrafo: Lufe Gomes Obs.: Casa híbrida

O projeto da casa, feito para um casal de empresários e suas duas filhas pequenas, busca resgatar antigos valores sem abrir mão das altas tecnologias. As duas suítes são contêineres reaproveitados. Somente a cozinha e área de serviço possuem paredes de alvenaria de pedras colhidas na fazenda e de tijolos de demolição. No meio, o espaço, fechado nas laterais por painéis de vidro, reúne salas de estar e de jantar. O vão livre 12 metros, formado pelos

contêineres (que foram usados no porto de Santos e comprados no Mercado Livre) estão apoiados nas extremidades, formando, embaixo, o espaço para as crianças brincarem e para almoços com os amigos. O assoalho de cumaru está nas áreas secas. E ladrilhos hidráulicos revestem a cozinha. Na sala, uma parede tem mosaico de pedras basalto e, a outra, pintura de tom intenso. Somente o quarto das meninas recebeu tinta branca. As tumbérgias cobrem parcialmente a

Fonte do texto: http://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Decoracao/noticia/2013/06/por-uma-vida-mais-calma.html Fonte das imagens: http://www.containersa.com.br/2014/10/casa-container-hibrida-5-modelos-que.html

casa e ajudam no isolante térmico, necessário na região que costuma ser muito quente no verão. Os contêineres foram pintados com tinta na cor laranja, igual a das colhedeiras de cana.

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CASA EM SAVANNAH Arquiteto: Julio Garcia Localização: Savannah - Georgia - EUA Área = 80 m² Ano: 2013 Fotógrafo: Tessa Blumenberg

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O artista e designer Julio Garcia construiu a sua própria casa feita de container reciclado, em Savannah, Georgia. O artista utilizou dois containers de 12 metros e separou-os com telhado e janelas. Madeira e uma bela decoração fazem da casa um refúgio perfeito para o designer. A casa em Savannah é um refúgio para o seu morador, e tem cerca de 80 m², dispõe de um quarto, banheiro, cozinha e uma ampla sala de estar. Os dois contêineres foram separados cerca de 1,8 metros e estão em cima de vigas de aço I apoiadas em pilares de concreto. O espaço de 1,8 metros foi preenchido com um piso de madeira moldado e telhado, e as paredes laterais foram cortadas para criar uma grande sala de estar. Duas vigas I atravessam a sala para segurar o telhado, substituindo o suporte estrutural que foi perdido com a retirada das paredes. Garcia deixou os exteriores dos dois containers em seu estado original como uma lembrança de seu passado industrial. Um deck de madeira circunda a casa, e escadas levam para a exuberante floresta existente na propriedade. No interior, as paredes e o teto são pintados de branco para aumentar a quantidade de luz na sala. A cozinha branca funciona como uma galeria de arte e o resto da casa é aberto e espaçoso.

Fonte do texto: http://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Decoracao/noticia/2013/06/por-uma-vida-mais-calma.html Fonte das imagens: http://www.containersa.com.br/2014/10/casa-container-hibrida-5-modelos-que.html


BIBLIOTECA JARDIM DE COTIA Arquitetos: IPEA Localização: Granja Viana Área = 104 m² Ano: 2016 Fotógrafo: Dalton Bertini Ruas

O Projeto de uma biblioteca doméstica surgiu da necessidade de espaço para um bibliófilo: organização e exposição de um extenso acervo de livros anteriormente confinados em caixas. Buscou-se no projeto o estabelecimento de um diálogo entre os hábitos cultivados na casa pré-existente e a ampla área de jardim remanescente no terreno. Fachadas norte e sul, que permitem um contato visual com a casa antiga e o jardim limítrofe, sendo protegida dos raios solares ao norte pelo beiral no verão ao mesmo tempo que os convida a entrar no inverno; A fachada leste filtrada com brises horizontais inclinados, que homogeneíza a vegetação da paisagem externa ao mesmo tempo que na fachada oeste a própria vegetação mais densa filtra os raios solares diretos e homogeneíza a vista externa; A abertura zenital executada com vidro especial de filtragem solar elevada desmaterializa a sólida parede de tijolos da estante principal, refletindo e enquadrando os pinheiros externos. Os espaços internos são definidos pelas aberturas e organizados pela parede dupla de tijolos

maciços central, assentada de forma a estruturar o invólucro da biblioteca. O lavabo, espaço mais fechado do projeto, é o contraforte desta estrutura mista de pilares de madeira e parede de alvenaria estrutural. Em contraste, o espaço mais aberto é a varanda de leitura, onde se busca resguardar em um pé direito menor uma simplicidade análoga a uma leitura sob a copa da árvore.

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O PROJETO



LOCALIZAÇÃO

ENTORNO O Lago Oeste margeia o Parque Nacional de Brasília se estendendo desde próximo ao balão do Colorado, seu acesso principal, no caminho à Sobradinho, até a DF-170, tendo, como limites, ao sul a DF001, sua principal via de acesso e o Parque Nacional de Brasília, (Parna Brasilia), à leste a Reserva Biológica de Contagem, (Rebio Contagem), ao oeste a nova área verde de expansão do Parna Brasilia, e ao norte a Chapada da Contagem e a APA Distrital do Cafuringa.

44


N

0

500 m

45


O NÚCLEO RURAL LAGO OESTE

HISTÓRICO

O projeto será implantado na Chácara Sant’Anna, localizada na Rua 12 do Núcleo Rural Lago Oeste, um setor de chácaras considerado um dos mais ecológicos núcleos rurais do Distrito Federal, localizado na região administrativa da cidade satélite de Sobradinho. Situado na área de entorno do Parque Nacional de Brasília, a cerca de 40 km do centro de Brasília, possui uma área de aproximadamente 35 km² com cerca de 1.000 pequenas chácaras, todas com 2 hectares. Os caminhos, ruas e travessas de chão de barro do Núcleo Rural do Lago Oeste, com suas barriguinhas e lombos, onde predominam chácaras de cerca de 20 mil m², com cercas vivas e muitas áreas verdes, mantém um agradável clima de campo e de respeito à natureza. No Núcleo Rural Lago Oeste encontra-se também um dos pontos mais altos do Planalto Central de Brasília, com mais de 1300 metros. É uma área rural privilegiada ecologicamente, pois é cercada de Unidades de Conservação Ambiental, a maioria delas federais, apresentado a região um grande potencial agroecológico, com vocação para a produção orgânica e o ecoturismo. O atual Núcleo Rural Lago Oeste foi formado a partir de quatro fazendas: Contagem de São João e Palmas/Rodeador que são de propriedade da União Federal, Buraco e Sítio do Mato, que são particulares e que se situam na borda da Chapada da Contagem. O Núcleo é gerido por uma associação de moradores e produtores, a ASPROESTE, que cuida de diversos assuntos mas, principalmente, do diálogo entre moradores e a União no processo de Regularização (regido pela MP 259/2014) que está acontecendo atualmente.

O seu nome derivou da pequena Lagoa que existia no centro do Parque Nacional de Brasília, que era originalmente conhecida como Lago Oeste, sendo que está área, após o encerramento da construção da Barragem ali estabelecida, passou a ser também chamada de Lagoa da Barragem de Santa Maria, que passou a fornecer cerca de 25% da água de Brasília. O Núcleo foi formado a partir de quatro fazendas: a Contagem de São João e a Palmas/Rodeador que são de propriedade da União Federal, e as Fazendas do Buraco e do Sítio do Mato, que são particulares e que se situam na borda da Chapada da Contagem.

Fonte: http://www.asproeste.org.br

46

N


ÁREA DE INTERVENÇÃO

N

A chácara possui uma área de 140 m x 150 m, ou seja, aproximadamente 2 hectares. O terreno possui um desnível de cerca de 5 metros no sentido Norte-Sul. A porção destinada ao projeto é a parte norte, onde já existe uma casa de 90 m². A área foi escolhida pelo fato de ali já existir uma boa arborização consolidada, característica necessária para melhorar o conforto térmico de uma estrutura de contêiner (mesmo que bem isolada) e por ser a parte mais alta do terreno, propiciando melhores vistas para a paisagem. A chácara possui um grande número de plantas do cerrado e árvores frutíferas além de ser também o lar de corujas buraqueiras e periquitos. Na propriedade podem ser observados pés de pata-de-vaca, ipê-rosa, ipê-branco e ipê-amarelo, pau-brasil, acerola, jabuticaba, bananeiras, ingá, pequi, dentre outras.

Planta da Chácara Esc.: 1/800

47


PAISAGISMO DO TERRENO

48


N

Para o Projeto Paisagístico da Chácara Sant’Anna foi escolhida uma abordagem de preservação, adensamento da vegetação pré-existente assim como a recuperação da área com espécies nativas do Cerrado. Na porção sul do terreno, buscou-se implantar mais árvores em áreas vazias e adicionar mais espécies frutíferas nas áreas de pomar. Será feita a recuperação da nascente existente no terreno e a criação de um percurso d’água que chegará até a atual piscina. Será adicionado um pequeno lago com plantas filtradoras e purificadoras da água como complementação para transformar a piscina em ecológica. Foram pensados percursos de passeio e permanência. Estes espaços serão alamedas de grandes árvores ornamentais como flamboyants, jacarandás, pau-brasil e palmeiras imperiais. Propõe-se também um jardim sensorial com mandalas de hortaliças e plantas aromáticas. Na porção Norte, onde será implantada a nova casa-contêiner, será realizado um jardim ornamental para a preservação de uma toca de corujas que existe atualmente. As vias internas representadas no projeto serão pavimentadas com material permeável e são percursos de uma mão com sentido duplo para entrada e saída de veículos na propriedade.

Planta da Chácara Esc.: 1/800 49





CORTES URBANOS ESC.: 1/550


ÁREA DE INTERVENÇÃO


N

Arborização existente

Edificação de apoio pré-existente

Melhor sombreamento

Parte mais alta do terreno

N

Vista privilegiada da Paisagem

Planta esquemática de Locação 55


VISTAS DO TERRENO - PERÍODO DA SECA

56


VISTAS DO TERRENO - PERÍODO DAS CHUVAS

57


DIRETRIZES DE INTERVENÇÃO O QUÊ?

Baixo impacto na paisagem

Acessibilidade

Segurança para os usuários

Qualidade Ambiental da Construção

Conforto Ambiental

COMO? • Estética integrada com a paisagem e leveza • Integração interior – exterior • Transparência <-> Cortina de vidro • Edificação térrea, rampas de baixíssima inclinação. • Respeito à norma NBR 9050

• Aplicação de princípios da “Casa Segura”

• Método construtivo de baixo impacto (modular) • Materiais locais, renováveis e reciclados • Não impermeabilizar o solo • Baixo custo, rapidez da obra • Baixa produção de lixo

• Desenho arquitetônico adequado para boa insolação e ventilação; • Escolha dos materiais com boa inércia térmica; • Isolamento térmico da cobertura Telha isotérmica – sanduíche • Implantação do projeto em área já arborizada

Eficiência e aproveitamento energético

• Aquecimento Solar da água

Características Ambientais

• Sistema de aproveitamento de água das chuvas • Cisterna • Implantação de Fossa Ecológica


PROGRAMA DE NECESSIDADES A BIBLIOTECA O projeto da Biblioteca para o cliente é o ponto principal deste trabalho. O professor Arno Vogel é um doutor em Antropologia amante dos livros e possui uma coleção de 150 metros lineares de livros. A sua biblioteca será um espaço de trabalho e estudos e deve se consolidar como um espaço silencioso, porém não solitário. É importante, portanto, que ela tenha uma posição integrada com o resto da casa e que não esteja isolada do contexto. Será buscada uma conexão visual com os ambientes comuns porém com suficiente isolamento acústico. • Reuniões e recebimento de convidados (Poltronas, Sofá e mesa de centro); •

Contar histórias;

• Mesa de trabalho com um computador (trabalho de pesquisa, escrita, tradução, leitura) para no mínimo duas pessoas trabalhando em conjunto; • Iluminação natural vinda do lado esquerdo do espaço de trabalho; • Iluminação natural e superior (bem iluminado para a leitura, porém sem prejudicar o acervo); • Espaço aberto (possibilidade de ficar do lado de fora / fumar );

O ATELIER DE CERÂMICA

A CASA

Deve ser um pouco afastado da biblioteca;

1 Quarto de Casal

• Forno externo com área coberta, pés altos e tomada;

Sala de estar / Cozinha

1 Banheiro acessível para adaptação futura

• Área externa com tomadas para trabalho ao ar livre;

1 Lavabo

Espaços avarandados / Deck

Espaço para um pequeno escritório no interior;

• Estantes com altura variando entre 50 cm do chão (usuário sentado) e 1,80 m (sob medida para altura do usuário idoso prevendo-se uma futura dificuldade em levantar os braços);

Estantes para os diversos estágios das peças;

Espaço para guardar material;

Uma torneira/pia interna;

• Plantar pés de louro em volta da biblioteca visto que suas folhas tem a propriedade de afastar traças de livro.

• Possibilidade de ser construído em uma etapa posterior do projeto;

OBS.: A casa-contêiner será projetada com o mínimo necessário para a vida do casal de idosos. Espaços de apoio como lavanderia, dispensa e recebimento de convidados serão instalados na casa de apoio já existente na propriedade, não sendo a reforma desta o objetivo principal deste trabalho.

59


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A CASA-CONTÊINER


EVOLUÇÃO DO PROJETO

OUTUBRO 2017

DEZEMBRO 2017

FEVEREIRO 2018

ABRIL 2018

N

61


PROCESSO DE CONCEPÇÃO

1 - Definição de uma área de ocupação respeitando as árvores existentes no terreno.

5 - Definição da área a ser realizada uma laje (área entre-contêineres)

62

2 - Testes de implantação de 2 contêineres de 12 metros.

6 - Inserção de um contêiner de 6 metros para ser o espaço de atelier de cerâmica

3 - Criação de um recuo para gerar uma maior área útil.

7 - Delimitação das áreas de varanda/deck externas.

4 - Inserção de um contêiner de 6 metros

6 - Delimitação da cobertura da área externa.


O PROJETO POR PARTES

Cobertura externa pergolado + vidro

Platibanda Reaproveitamento das chapas de contêiner

Contêineres

Parede de alvenaria

Laje treliçada com EPS

Varandas-Deck de madeira

63


MEMORIAL DESCRITIVO O projeto buscou integrar as demandas do plano de necessidades com o método construtivo adotado. O objetivo principal do projeto é a integração de uma biblioteca com a casa. Uma casa-biblioteca conceitual e aberta à visitação de pessoas interessadas em conhecer o acervo do professor Arno Vogel. A utilização de contêineres neste projeto residencial foi escolhida a pedido dos clientes mas também pelo seu caráter sustentável. Para a adaptação de contêineres em um projeto acessível optou-se por trabalhar com os espaços “entre contêineres” conforme a disposição dos mesmos. Desta forma, tem-se um maior aproveitamento de área útil e um gasto menor com sistemas estruturais. O projeto será de estrutura híbrida visto que será necessária a implantação de uma laje de concreto para complementação dos espaços, uma pequena parede de alvenaria e vigas metálicas para suporte da cobertura das áreas entre-contêineres. A mesma foi pensada para ser leve e isotérmica e sua altura permite a entrada de luz e ventilação natural no cômodo da Sala de TV. Já os contêineres precisarão de tratamento de pintura, recortes das aberturas, reforço estrutural nas partes de retirada das chapas (em vãos maiores do que 4 metros) e uma ótima impermeabilização da cobertura e das junções. Os espaços de estar são amplos e conectados visualmente com as varandas por meio de grandes esquadrias de vidro. Desta forma, o usuário estará sempre em contato com a paisagem e a natureza, trazendo assim o caráter biofílico para o projeto.

64

O deck faz a conexão de diversos ambientes, possibilitando a livre circulação dos usuários. Foi projetada também uma cobertura tanto para o acesso em dias de chuva como para propiciar um sombreamento do espaço avarandado. Esta cobertura será um pergolado de estrutura metálica com vidro de baixo fator solar. Os clientes são pessoas que gostam de fazer suas refeições na área externa, desta forma o projeto propicia uma livre escolha entre o deck íntimo (ao lado da cozinha) e o deck-varanda (na fachada frontal/sala).


65


N PLANTA DE COBERTURA ESC.: 1/150


N

Planta de Detalhamento Planta de Layout ESC.: 1/75 N ESC.: 1/50

DECK VARANDA 5,9 m²

QUARTO 21,0m²

ESCRITÓRIO 12,6 m²

SALA DE TV 7,3 m²

BANHEIRO 5,9 m²

LAVABO 2,8 m²

SALA - BIBILIOTECA 39,2 m² COZINHA 10,8 m²

CANTINHO DA LEITURA 6,1 m²

ATELIER 13,2 m²

DECK VARANDA 60,0 m² i = 8%

GARAGEM 33,0 m²

DECK VARANDA 40,4 m²


Planta de Detalhamento ESC.: 1/75

N

A’ DET. 03

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A

OBS.: Os detalhamentos se encontram no ANEXO ao final deste caderno.


ÁREAS DE ACESSO COMUM 68

SALA - BIBLIOTECA

39,2 m²

ATELIER

13,2 m²

ESCRITÓRIO

12,6 m²

SALA DE TV

7,3 m²

CANTINHO DA LEITURA

6,1 m²


ÁREAS MOLHADAS

ACESSO RESTRITO

ZONEAMENTO

QUARTO

21 m²

BANHEIRO

5,9 m²

LAVABO

2,8 m²

COZINHA

10,8 m²

69


FACHADA FRONTAL ESC.: 1/65

70


FACHADA LATERAL DIREITA ESC.: 1/65

71


FACHADA POSTERIOR ESC.: 1/65

72


FACHADA LATERAL ESQUERDA ESC.: 1/65

73


CORTES

À partir do material disponibilizado por GALLIZIO, 2017 foi possível adaptar e executar diversos detalhes construtivos para este projeto. A seguir têm-se os cortes gerais com as respectivas chamadas para os detalhes que se encontram no ANEXO no final deste caderno.


51

35 17

CORTE AA’ ESC. 1/75

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245 35 17

35 17

52

274

439

388

10

143

103

DET. 11

DET. 13

DET. 12

75


76 35 17

51

110

210

DET. 10 399

100

382

62

62

10

109

98

52

35 17

35 17

245

274

439

388 10

143

103

CORTE BB’ ESC. 1/75

DET. 09

DET. 06

DET. 07

 DET. 08


CORTE CC’ ESC. 1/75

DET. 15

DET. 16

109 399

62

51

35 17

110

161

100

382

50

62

109

DET. 14

 DET. 17

77


DETALHAMENTOS


LEGENDA DRYWALL A CONSTRUIR CHAPA DO CONTÊINER CONTÊINER A SER REVESTIDO COM DRYWALL PAREDE EM ALVENARIA DE TIJOLO MACIÇO

TABELA DE ESQUADRIAS TIPO PORTAS DE VIDRO E ALUMÍNIO

PORTAS DE MADEIRA

ESPECIFICAÇÕES 0

1 - PORCELANATO HABITAT AC BRANCO 45x45 cm - ELIANE 2 - PISO VINÍLICO ESTILO MADEIRA COLADO SOBRE PISO ORIGINAL NAVAL

JANELAS DE VIDRO E ALUMÍNIO

NOME

QTD.

ALTURA

LARGURA

PEITORIL

DESCRIÇÃO

P 01

02

2,50

2,24

-

2 FOLHAS DE CORRER

P 02

01

2,50

3,62

-

3 FOLHAS DE CORRER E 1 FOLHA FIXA

P 03

01

2,30

2,24

-

2 FOLHAS DE CORRER

P 04

02

2,30

2,12

-

2 FOLHAS DE CORRER

P 09

01

2,30

1,80

-

2 FOLHAS DE CORRER

P 05

02

2,10

0,90

-

1 FOLHA DE CORRER (EXTERNA À PAREDE)

P 06

01

2,10

0,80

-

1 FOLHAS DE ABRIR

P 07

04

2,10

0,90

-

1 FOLHA DE CORRER (INTERNA À PAREDE)

P 08

01

2,50

2,30

-

PAINEL DE CORRER

J 01

02

2,10

2,40

1,10

2 FOLHAS DE CORRER E 2 FIXAS

J 02

01

2,10

0,70

1,50

1 FOLHA DE ABRIR BASCULANTE

J 03

02

2,10

1,48

1,60

1 FOLHA DE ABRIR BASCULANTE

J 04

01

2,50

1,70

1,90

1 FOLHA DE ABRIR BASCULANTE

J 05

01

2,10

1,20

1,10

2 FOLHAS DE CORRER

J 06

01

3,50

2,70

2,90

2 FOLHAS DE ABRIR BASCULANTE

3 - PISO DE CIMENTO QUEIMADO 4 - PORCELANATO HABITAT CIMENTO AC CINZA - 45x45 cm - ELIANE

TABELA DE ALTURA PONTOS DE ÁGUA

5 - DECK DE MADEIRA

LOCAL

0

0

1 - PINTURA ACRÍLICA ACETINADA 2 - REVESTIMENTO CERÂMICO METRÔ WHITE 10x20cm - ELIANE

SANITÁRIOS

INDICAÇÃO

DESCRIÇÃO

ALTURA (m)

VS

VÁLVULA DE DESCARGA

1,10

BC

BACIA DE CAIXA ACOPLADA

0,20

LV

LAVATÓRIO

0,60

RG

REGISTRO GAVETA

1,70

CH

SAIDA DO CHUVEIRO

2,10

DH

DUCHA HIGIÊNICA

0,20

PC

PIA DE COZINHA

0,90

FI

FILTRO DE PAREDE

1,30

MLL

MÁQUINA DE LAVAR LOUÇA

0,50

1 - GESSO ACARTONADO 2 - TELHA SANDUÍCHE AUTOPORTANTE COM FORRO DE GESSO ACARTONADO INCLINADO

COZINHA & SERVIÇO

79


A Sala de estar foi projetada para ser um espaço amplo e abrangente. Nela se situa a maior parte do acervo de livros. As estantes foram colocadas de maneira a definir o espaço de estar no centro com uma circulação livre ao redor dos sofás. Desta forma tem-se as características de uma biblioteca sem perder o aspecto aconchegante de uma sala de estar.

J 03 1.48 x 0.50 1.60

SALA-BIBLIOTECA

O espaço de refeições se encontra no mesmo ambiente e foi colocado na parte mais próxima da cozinha.

4

3

V

1

P 03 2 x 0.90 x 2.10

2

SALA - BIBLIOTECA A = 39,2 m²

P 01 2 x 1.12 x 2.60

Planta Layout SALA-BIBLIOTECA esc 1/35

P 02 3 x 1.20 x 2.60

+ 0.50



SALA-BIBLIOTECA LEGENDA:

3W

P 08 2.30 x 2.40

3W

PLAFON PENDENTE ARANDELA LUMINÁRIA DE PAREDE INTERRUPTOR SIMPLES 3W

INTERRUPTOR 3W TOMADA BAIXA h = 40 cm TOMADA MEDIA h = 100 cm TOMADA ALTA h = 180 cm

3W

3W

82

Planta de Pontos Elétricos SALA-BIBLIOTECA esc 1/35


P 03

J03

P 01

Estantes de armação metálica

vista 3 esc 1/25

P 08 Painel móvel para fechamento do escritório

P07

vista 4 esc 1/25

83


Estantes de armação metálica P 06 P 05 Abertura para passagem de objetos para a cozinha

Parede Metálica original do contêiner Pintura Branca

vista 1 esc 1/25

P 02

P 01

Luminária pendente

Estantes de armação metálica

84

vista 2 esc 1/25


85


CANTINHO DA LEITURA

CANTINHO DA LEITURA A = 6,1 m² 4

3

V

1

2

P 01 2 x 1.12 x 2.60

Planta Layout CANTINHO esc 1/25

Planta de Pontos Elétricos esc 1/25 LEGENDA: PLAFON LUMINÁRIA DE PAREDE INTERRUPTOR SIMPLES 3W

INTERRUPTOR 3W TOMADA BAIXA h = 40 cm TOMADA MEDIA h = 100 cm



Porta de correr P07

Parede Dry-Wall Pintura Branca

Estantes de armação metálica

vista 4 esc 1/25

vista 1 esc 1/25

Estantes de armação metálica

P 01

Luminária de parede

88

vista 2 esc 1/25

vista 3 esc 1/25


89


P 05 0.90 x 2.10

A cozinha foi projetada dentro de um contêineres de 12 metros e foi pensada de maneira a ser totalmente isolada quando necessário. Ao se fechar as portas, as atividades culinárias não prejudicarão o acervo de livros. Tem-se também uma abertura “passa-pratos” para dinamizar o transporte de alimentos e objetos para a mesa de jantar.

P 05 0.90 x 2.10

COZINHA

As áreas molhadas estão todas próxima e seguem o mesmo alinhamento de maneira a facilitar as instalações hidráulicas.

4

3

V

1

2

+ 0.51 Abertura com porta de correr 0.50 x 0.40 / 0.90

P 07 0.90 x 2.10

Planta Layout COZINHA esc 1/25

J 01 3.00 x 1.00 1.10

COZINHA A = 10,8 m²



COZINHA LEGENDA: PLAFON PENDENTE ARANDELA INTERRUPTOR SIMPLES 3W

FI MLL

S

INTERRUPTOR DUPLO

3W

INTERRUPTOR 3W TOMADA BAIXA h = 40 cm TOMADA MEDIA h = 100 cm TOMADA ALTA h = 180 cm

AF AQ

PC LEGENDA:

3W

Planta de Pontos Elétricos esc 1/25 92

Planta de Hidráulica esc 1/25

FI

FILTRO

MLL

MÁQUINA DE LAVAR LOUÇAS

PC

PIA DE COZINHA

AF

ÁGUA FRIA

AQ

ÁGUA QUENTE


Painel de proteção da porta de correr para fixação de objetos diversos

J 01

P 05

vista 4 esc 1/25

vista 1 esc 1/25

Armário superior abertura vertical

Nichos

Depurador Slim PDR60I Philco acoplado com tubo exaustor

J 01

P05

Abertura com porta de correr Cook Top 4 bocas

Forno acoplado

vista 2 esc 1/25

vista 3 esc 1/25

Máquina de lavar louças acoplada

93


LAVABO LEGENDA: PLAFON

4

3

V

1

2

Planta Layout LAVABO esc 1/25

ARANDELA INTERRUPTOR DUPLO

S

J 02 0.70 x 0.60 1.50

P 06 0.80 x 2.10

S

TOMADA MEDIA h = 100 cm

Planta de Pontos Elétricos esc 1/25

AQ

AF

LV

Planta de Hidráulica esc 1/25

LEGENDA:

CV

RS

BC

DH

RG

REGISTRO DE GAVETA

RS

RALO SANFONADO

VS

VÁLVULA DE DESCARGA

CH

CHUVEIRO

LV

LAVATÓRIO

DH

DUCHA HIGIÊNICA

AF

ÁGUA FRIA

AQ

ÁGUA QUENTE

CV

CANAL DE VENTILAÇÃO


Parede Metálica original do contêiner Pintura Cinza J 02

Porta de abrir P 06

Torneira Monocomando de mesa bica baixa Unic DECA Cuba de apoio retangular com mesa DECA

Bacia com caixa acoplada

Armário com portas de correr

vista 3 esc 1/25

Ducha Higiênica

vista 4 esc 1/25

Pintura Acrílica Branca

Bacia com caixa acoplada

vista 1 esc 1/25

vista 2 esc 1/25


300

4

3

V

4

1

3

2

1

2

224

Planta Layout WC esc 1/25

V

J 02 1.70 x 0.50 2.00

P 07 0.90 x 2.10

300

BANHEIRO

224

Planta WC adaptado para PNE esc 1/25


AQ

LEGENDA:

AF

RG RG CH

PLAFON ARANDELA

RS

INTERRUPTOR SIMPLES TOMADA MEDIA h = 100 cm

LV

LV VS AF

LEGENDA: RG

REGISTRO DE GAVETA

RS

RALO SANFONADO

VS

VÁLVULA DE DESCARGA

CH

CHUVEIRO

LV

LAVATÓRIO

DH

DUCHA HIGIÊNICA

AF

ÁGUA FRIA

AQ

ÁGUA QUENTE

CV

CANAL DE VENTILAÇÃO

Planta de Pontos Elétricos esc 1/25

DH AQ

Planta de Hidráulica esc 1/25

RS CV


J 04

Parede de tijolinho à vista Espelho inclinável Azulejo Metrô Branco

Azulejo Metrô Branco Torneira Monocomando de mesa bica alta Unic DECA Cuba de apoio retangular DECA Ducha higiênica com registro e derivação - DECA Unic Bacia convencional suspensa LK - Deca

vista 1 esc 1/25

vista 2 esc 1/25

180

Espelho inclinável 10º

Remoção da banheira

vista 1 adaptado para PNE esc 1/25 98

110

Remoção do armário e instalação de uma placa de proteção das instalações

Instalação de barras de apoio conforme NBR 9050

vista 2 adaptado para PNE esc 1/25


Armário superior Chuveiro com tubo de parede DECA Flex

P 07

Registro de gaveta 3/4 DECA Polo Clássica Azulejo Metrô Branco

Azulejo Metrô Branco

Misturador monocomando 4 vias de chuveiro com desviador para banheira DECA Unic

Banheira de Hidromassagem Mysia Confort Plus JACUZZI

Banheira de Hidromassagem Mysia Confort Plus JACUZZI

Bacia convencional suspensa LK - Deca

vista 4 esc 1/25

RETIRADA DA BANHEIRA Instalação de ducha com banco e barras de apoio conforme NBR 9050

vista 3 esc 1/25

RETIRADA DA BANHEIRA Instalação de ducha com banco e barras de apoio conforme NBR 9050

Instalação de barras de apoio conforme NBR 9050

vista 4 adaptado para PNE esc 1/25

vista 3 adaptado para PNE esc 1/25 99


SALA DE TV

SALA DE TV A = 7,3 m² + 0.50

4

3

V

1

2

P 07 0.90 x 2.10

Planta Layout SALA DE TV esc 1/25

Planta de Pontos Elétricos esc 1/25 LEGENDA: PENDENTE INTERRUPTOR SIMPLES TOMADA BAIXA h = 40 cm TOMADA MEDIA h = 100 cm


A Sala de TV foi projetada no espaço entre-contêineres. Ela funciona como um espaço semi-íntimo de circulação que dá acesso ao quato do casal. Esta sala também pode ser facilmente transformada em quarto de cuidador por possuir um sofá-cama.


J 06

Parede Contêiner

Luminária pendente

Parede Dry-Wall

Estantes de armação metálica

Mecanismo de abertura das janelas superiores

vista 1 esc 1/25

102

vista 2 esc 1/25


J 06

Parede Metálica original do contêiner Pintura Branca

Parede Contêiner

Estantes de armação metálica Estantes de armação metálica Parede Dry-Wall

vista 3 esc 1/25

vista 4 esc 1/25

103


P 04 2 x 1.06 x 2.30

P 03 2 x 1.12 x 2.30

QUARTO DO CASAL

4

3

V

1

2

QUARTO A = 21,0 m² + 0.50

P 07 0.90 x 2.10

Planta Layout QUARTO esc 1/25



LEGENDA: PLAFON 3W

PENDENTE ARANDELA INTERRUPTOR SIMPLES S

INTERRUPTOR DUPLO

3W

INTERRUPTOR 3W TOMADA BAIXA h = 40 cm TOMADA MEDIA h = 100 cm TOMADA ALTA h = 180 cm

3W

3W

Planta de Pontos Elétricos esc 1/25

106


Estantes de armação metálica P 04

P 03

Armário com portas de correr

vista 4 esc 1/25

Luminária pendente

Estantes de armação metálica

vista 2 esc 1/25 107


Parede de tijolinho aparente Estantes de armação metálica P 03 Espelho

Penteadeira

vista 1 esc 1/25

P 04

Luminária pendente

Estantes de armação metálica Parede Metálica original do contêiner Pintura Branca

108

vista 3 esc 1/25


109


ESCRITÓRIO LEGENDA: PLAFON

P 04 2 x 1.06 x 2.30

LUMINÁRIA DE PAREDE INTERRUPTOR SIMPLES 3W

3W

INTERRUPTOR 3W TOMADA BAIXA h = 40 cm

J 03 1.48 x 0.50 1.60

TOMADA MEDIA h = 100 cm

ESCRITÓRIO A = 12,6 m² + 0.50

2

1

V

3

P 08 2.30 x 2.40

Planta Layout ESCRITÓRIO esc 1/25

Planta de Pontos Elétricos esc 1/25



P 04 Estantes de armação metálica

vista 1 esc 1/25

vista 2 esc 1/25

Estantes de armação metálica

P 08 Painel móvel de madeira

112

vista 3 esc 1/25


113


ATELIER DE CERÂMICA P 03 2 x 1.12 x 2.30

ATELIER A = 13,2 m²

4

3

V

J 05 1.50 x 1.00 1.10

2

Planta Layout ATELIER esc 1/25

1

J 01 3.00 x 1.00 1.10

+ 0.50



LEGENDA: PLAFON LUMINÁRIA DE PAREDE INTERRUPTOR SIMPLES TOMADA BAIXA h = 40 cm

AF

LV

TOMADA MEDIA h = 100 cm

Planta de Hidráulica esc 1/25

Planta de Pontos Elétricos esc 1/25

LEGENDA: LV

LAVATÓRIO

AF

ÁGUA FRIA


P 03

vista 1 esc 1/25

Estantes de madeira

J 01

Estantes de madeira

Mesa para tordo

vista 2 esc 1/25

MobiliĂĄrio em madeira

J 05

P 03

Cuba de apoio oval Ébano DECA

vista 3 esc 1/25

vista 4 esc 1/25


DESIGN DE MOBILIÁRIO

O mobiliário do projeto (estantes, armários e móveis dos banheiros) foi todo projetado para ter uma linguagem homogênea em madeira e ferro e também para servir a diferentes usos. O mobiliário foi pensado em módulos verticais de 90, 60 e 30 cm gerando diferentes composições para cada cômodo. O principal uso é para suporte do acervo de livros porém, como o mobiliário foi projetado para uma pessoa idosa conseguir pegar livros nas estantes sem dificuldades, as estantes mais altas irão servir como depósito de materiais pouco utilizados. Foram pensadas portas de abertura vertical para as estantes mais altas e gavetas móveis para as mais baixas que também podem ser colocadas em diferentes partes da mobília, dando assim mais versatilidade para o projeto. Da mesma forma, o mobiliário pode variar de altura conforme o pé-direito dos ambientes. Seguindo as diretrizes da Casa Segura.,Todo o mobiliário será fixo no chão e paredes.


Porta de abertura vertical

Perfil metรกlico 20mmx20mm

5 38 5 37 5 45

Gavetas

5

260

38

5

37

5

35

Estantes de madeira 3cm

90

60

30

119


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5706. Coordenação Modular da Construção. Rio de Janeiro, 1977. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. AGOPYAN, V.; JOHN, V, M.;. O desafio da sustentabilidade na construção civil. Editora Edgard Blucher Ltda.São Paulo, 2011. ALMEIDA, Caliane Christie Oliveira de.; OCCHI, Tailene. Uso de containers na construção civil: viabilidade construtiva e percepção dos moradores de Passo Fundo-RS. Faculdade Meridional – IMED. Passo Fundo/ RS. Revista de Arquitetura IMED, 5(1): 16-27, jan./jun. 2016 - ISSN 2318-1109. Disponível em: https://seer.imed. edu.br/index.php/arqimed/article/view/1282 DUARTE, P, José. Tipo e módulo: abordagem ao processo de produção de habitação. Coleção Edifícios. Lisboa, 1995. EDWARDS, Brian. O Guia Básico para a Sustentabilidade. Londres, 2005. FROTA, Anésia Barros. Manual de conforto térmico : arquitetura, urbanismo / Anésia Barros Frota, Sueli Ramos Schiffer. — 5. ed. — São Paulo : Studio Nobel, 2001. GARRIDO, Luis de. Sustainable Architecture Containers. Editora: Instituto Monsa de Ediciones. Barcelona, 2011 GALLIZIO, Alessio. Disponibilzação por meio de virtual de material gráfico de detalhes construtivos em contêiner, 2017. JOURDA, Françoise-Héléne. Pequeno Manual do projeto sustentável. Editora: GG. São Paulo, 2012. KOTNIK, Jure. Container Architecture. Editora: Links Books. Barcelona, 2008. KOTNIK, Jure. New Container Architecture: Designed Guide + 30 Case Studies. Editora: Links Books. Barcelona, 2013. MENDES, Farah Rejenne Corrêa. AMBIENTE DOMICILIAR X LONGEVIDADE: Pequena história de uma casa para a velhice. Dissertação de Mestrado. PUC-SP. São Paulo, 2007. MILANEZE, Giovana Leticia Schindler; BIELSHOWSKY, Bernardo Brasil; BITTENCOURT, Luis Felipe; SILVA, Ricardo da; MACHADO, Lucas Tiscoski. A utilização de containers como alternativa de habitação social no município de Criciúma/SC. 1º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense, IFSC, Santa Catarina, 2012. Disponível em: http://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/article/ view/577/420. Acesso em: 04/09/2017 MURARO, C.; OLIVEIRA, F.; JUNIOR, J.; ROBERTO, M.; KOSINI, P. A tendência de utilização de emba-


lagens retornáveis em industrias - um estudo exploratório no Brasil. Revista jovens pesquisadores da Universidade Mackenzie, v.5 2006. Disponível em: http://meusite.mackenzie.com.br/leitepr/public.htm. Acesso em: 05/09/2017. PATINHA, Sérgio. Construção modular-desenvolvimento da ideia: casa numa caixa. 2011. Dissertação (Mestrado) - Universidade de Aveiro. PROCEL EDIFICA - EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES. Ventilação Natural em Edificações - Rio de Janeiro, agosto/2010 ROAF, Sue; FUENTES, Manuel; THOMAS-RESS, Stephanie. Ecohouse: a casa ambientalmente sustentável. 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. ROSSETTI, Eduardo Pierrotti. Morar brasileiro. Impressões e nexos atuais da casa e do espaço doméstico. Arquitextos, São Paulo, ano 15, n. 169.01, Vitruvius, jun. 2014. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/ revistas/read/arquitextos/15.169/ 5220>. Acesso em: 2017-09-09. WASSAUF, Micheel. Passivhaus: da casa passiva à Norma - A arquitetura passiva em climas quentes. Editorial Gustavo Gili, SL, Barcelona, 2014. WILSON, Edward O. Biophilia. Harvard University Press, 1984. WINES, J. Green Architecture. Milan : Taschen, 2000. 240p. ZIMERMAN, Guite I. Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: Artes Médicas Sul; 2000. Sites consultados Mapas Lago Oeste: http://www.asproeste.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=189:projeto-de-enderecamento&catid=18:projetos&Itemid=101 Informações sobre o Lago Oeste: http://ecosbrasilong.blogspot.com.br/2012/12/nucleo-rural-lago-oeste-parna-brasilia.html Arquitetura para idosos http://44arquitetura.com.br/2015/11/projetar-residencia-para-idosos/ Obs.: Para fotografias sem descrição da Fonte, considerar: Foto: Linda Carvalho em 07/08/2017 Personagem idoso das contra-capas. Autora: Yana Chintsova. Fonte: http://www.flickr.com

121


ANEXO - DETALHES CONSTRUTIVOS


chapa original, parede placa de gesso, dry-wall tubo metálico 20mmx40mm cantoneira aluminica de reforço trilho inferior esquadria tabica cadeirinha de alumínio

vidro incolor 8mm laminado temperado, folha móvel perfil "u" de aluminio 20mmx15mm

dobradiça original do container

Detalhes adaptados de GALLIZIO, 2017

DETALHE 2 - Esquadria Planta Esc.: 1/2.5

transição entre piso externo e container, chapa metálica 3mm Porta original do contêiner


tubo metálico 20mmx40mm chapa original parede ponto de solda continua e vedação com veda calha chapa em aço 3mm

isolamento termo acústico, 2 placas de lã de pet

vidro incolor 8mm laminado temperado, folha móvel trilho inferior esquadria

placa de gesso dry-wall

cantoneira metálica ponto de solda Espaço para intalação de esquadria

DETALHE 1 - Abertura para esquadria Planta Esc.: 1/2.5

124

chapa de alumínio para fechamento e proteção

DETALHE 5 - Paredes + Esquadria Planta Esc.: 1/2.5

transição entre piso externo e container, chapa metálica 3mm perfil "u" de aluminio 20mmx15mm


chapa original do container parede

tubo metálico 20mmx40mm placa de gesso, dry-wall cantoneira aluminica de reforço junta seca de dilatação, dry-wall parafuso para dry-wall ponto de solda chapa original do container, parede

DETALHE 3 - Paredes internas Planta Esc.: 1/2.5

parede em dry-wall placa de gesso dry-wall tubo metálico 20mmx40mm cantoneira alumínica de reforço

isolamento termo acústico 2 placas de lã de pet

junta seca de dilatação

DETALHE 4 - Encontro Contêiner - Dry-Wall Planta Esc.: 1/2.5 125


chapa original, parede

ponto de solda ponto de solda continua e vedação com veda calha

isolamento termo acústico, 1 placa de lã de pet placa de gesso, dry-wall tubo metálico 20mmx40mm perfil "u" de alumínio

chapa em aço corten 3mm inclinação 1%

cantoneira metálica 10mmx10mm

perfil metálico caderinha 20mmx20mm

vidro incolor laminado 4mm

cantoneira metálica 20mmx20mm chapa em aço corten 3mm inclinação 1% ponto de solda continua e vedação com veda calha ponto de solda

perfil "u" de alumínio tubo metálico 20mmx40mm placa de gesso, dry-wall

chapa original, parede

DETALHE 7 - Esquadria Corte Esc.: 1/2.5

isolamento termo acústico, 1 placa de lã de pet


chapa original, parede

placa de gesso, dry-wall

isolamento termoacústico, 2 placas de lã de pet

isolamento termo acústico, 1 placa de lã de pet

ponto de solda ponto de solda contínua e vedação com veda calha

chapa original, parede tubo metálico 20mmx40mm

chapa em aço 3mm inclinação 1%

perfil "u" de alumínio piso vinilico colado sobre o piso original

estrutura do armário placa de gesso, dry-wall tubo metálico 20mmx40mm medir em loco

Espaço para intalação de esquadria

DETALHE 6 - Abertura para esquadria Corte Esc.: 1/2.5

ponto de solda

piso original em madeira marítima estrutura original do contêiner

DETALHE 8 - Encontro Piso-Parede do Contêiner Corte Esc.: 1/2.5


tubo metálico 20mmx40mm

chapa original do container, cobertura tubo metálico 20mmx60 mm

Espaço para intalação de esquadria

ponto de solda

piso vinilico colado sobre o piso original

chapa em aço 3mm inclinação 1%

tubo metálico 20mmx40mm placa de gesso, forro ponto de solda junta seca de dilatação, forro

estrutura original do contêiner

piso original em madeira marítima

cantoneira aluminica de reforço

DETALHE 9 - Forro Corte Esc.: 1/2.5 128

DETALHE 10 - Encontro Piso-Parede do Contêiner Corte Esc.: 1/2.5


ponto de solda placa de gesso, dry-wall

tubo metálico 20mmx40mm parafuso para dry-wall

ponto de solda

ponto de solda placa de gesso, forro tubo metálico 20mmx40mm chapa original do contêiner, parede

cantoneira aluminica de reforço junta seca de dilatação, forro chapa original do container, cobertura parede em dry-wall

isolamento termo acústico, 1 placa de lã de pet

isolamento termo acústico, 2 placas de lã de pet

DETALHE 11 - Encontro Parede-Forro Corte Esc.: 1/2.5

DETALHE 12 - Fixação Dry-Wall Corte Esc.: 1/2.5 129


ponto de solda placa de gesso, dry-wall

tubo metálico 20mmx40mm parafuso para dry-wall

ponto de solda

ponto de solda placa de gesso, forro tubo metálico 20mmx40mm chapa original do contêiner, parede

cantoneira aluminica de reforço junta seca de dilatação, forro chapa original do container, cobertura parede em dry-wall

isolamento termo acústico, 1 placa de lã de pet

isolamento termo acústico, 2 placas de lã de pet

DETALHE 11 - Encontro Parede-Forro Corte Esc.: 1/2.5

DETALHE 12 - Fixação Dry-Wall Corte Esc.: 1/2.5


rufo pingadeira rufo de encosto

telha sanduíche isotérmica auto-portante perfil metálico 40mmx60mm pontos de solda

chapa original do contêiner reutilizada como platibanda

placa de gesso, forro

tabica cadeirinha de alumínio

perfil "L" soldado para apoio da platibanda

ponto de solda

tubo metálico 20mmx40mm placa de gesso, dry-wall isolamento termo acústico, 1 placa de lã de pet

chapa original do contêiner parede

DETALHE 14 - Platibanda Corte Esc.: 1/2


telha sanduíche isotérmica auto-portante

esquadria J 06

perfil metálico 40mmx60mm cantoneira metálica 60mmx40mm chapa de proteção calha de água furtada

ponto de solda

impermeabilização

placa de gesso, forro

ponto de solda

chapa original do contêiner, parede

tabica cadeirinha de alumínio

DETALHE 15 - Cobertura - Calha - Esquadria Corte Esc.: 1/2.5 132


telha sanduíche isotérmica auto-portante

rufo pingadeira rufo de encosto

perfil metálico 40mmx60mm

calha

chapa original do contêiner reutilizada como platibanda

perfil "L" soldado para apoio da platibanda ponto de solda

chapa original do contêiner, parede

DETALHE 16 - Encontro Calha-Platibanda Corte Esc.: 1/2.5

placa de gesso, forro

tabica cadeirinha de alumínio

133


CASA - BIBLIOTECA Linda T. de Menezes de Carvalho


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