Plano de Trabalho - Diplomação 1 - Linda Carvalho

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Plano de Trabalho | Diplomação 1 | FAU/UnB | 2º/2017 Linda T. de Menezes de Carvalho

casa - biblioteca o habitar para os livros em contêiner



RESUMO Este trabalho busca efetuar um estudo sobre a habitação unifamiliar tendo-se como intuito a realização de um projeto residencial em contêiner no Núcleo Rural Lago Oeste, no Distrito Federal. Busca-se uma abordagem inovadora e que respeite as questões ambientais do seu local de implantação juntamente a uma pesquisa teórica e prática ligada à sustentabilidade, ao conforto ambiental e à acessibilidade para a concepção do projeto com foco na maior necessidade do cliente: uma biblioteca. Palavras-chave: Habitação; Construção Modular; Contêiner; Conforto Ambiental; Sustentabilidade

Plano de Trabalho Projeto de Diplomação 1 FAU/UnB - 2º/2017 Aluna: Linda T. de Menezes de Carvalho Matrícula: 12/0125382 Orientador: Prof. Caio Frederico e Silva Composição da Banca: Prof. Eduardo Pierrotti Rossetti Prof. Márcio Albuquerque Buson 3



ÍNDICE Introdução Objetivo Justificativa

07 08 08

Procedimentos Metodológicos Resultados esperados Potencialidades e Problemas

09

Fundamentação

10

Referencial Teórico

16

O contêiner na arquitetura

24

Estudos de Caso: Habitação

38

Localização O Terreno

44 47

Diretrizes de Intervenção Programa de Necessidades

50 52

O Projeto - Risco Preliminar

54

Referências

66

5


INTRODUÇÃO


Este trabalho busca efetuar um estudo sobre a habitação unifamiliar tendo-se como intuito a realização de um projeto residencial para um casal de idosos, professores aposentados e com um percurso intelectual. Tem-se a intenção de realizar um projeto conforme as necessidades dos clientes e de se explorar métodos construtivos alternativos e modulares: a construção com contêineres marítimos. Será buscada também uma abordagem teórica da 3ª idade e da relação da arquitetura residencial com as atividades realizadas pelas pessoas após a aposentadoria. O idoso de hoje busca uma habitação que respeite as suas limitações quanto à acessibilidade, mas também que propicie uma vivência com autonomia e em contato com a natureza. Em suma, será buscada uma abordagem teórica e prática ligada à sustentabilidade, ao conforto ambiental e à acessibilidade para a concepção de um projeto residencial em contêiner numa chácara rural no Distrito Federal com foco na maior necessidade do cliente: uma biblioteca. Desta forma, tem-se o intuito de compreender as demandas reais de um arquiteto no mercado de trabalho quando depara-se com a realidade de um projeto executivo e da relação arquiteto-cliente. 7


OBJETIVO

JUSTIFICATIVA

O objetivo é a realização de um projeto executivo de uma habitação unifamiliar qualificando-a como espaço de vivência no campo para um casal de professores aposentados e idosos.

A importância da realização de uma habitação unifamiliar se dá pela necessidade dos clientes, o professor PhD em Antropologia Dr. Arno Vogel e sua esposa que buscam uma casa para seus livros, uma casa-biblioteca para leitura, apreciação da arte de ler, atendimento de orientandos e recebimento de convidados e também um espaço separado para um ateliê de cerâmica. A casa será um espaço reservado na propriedade rural dos clientes. Além disso, será de grande importância a adaptação da moradia para pessoas idosas. Tendo em vista as limitações na legislação, é necessário realizar uma construção prática, flexível e que não impermeabilize o solo, visto que a mesma será implantada em uma área rural sensível. Desta forma, é extremamente relevante a busca por materiais sustentáveis. Visando uma reutilização de materiais existentes e uma maior rapidez na construção, o contêiner aparece como uma opção que responde às necessidades dos clientes e que também pode gerar conforto térmico e ambiental se bem adaptado e executado. A escolha deste assunto para o Projeto de Diplomação se dá pela necessidade da graduanda em vivenciar uma experiência real de projeto arquitetônico para clientes reais. O currículo universitário, embora muito rico e completo, muitas vezes não prepara totalmente o(a) futuro(a) arquiteto(a) para as realidades e dificuldades do mercado de trabalho. Desta forma, este Projeto de Diplomação é também um objeto pessoal de amadurecimento.

O projeto se desdobra em 3 partes:

1 ESTUDO DE COMPOSIÇÕES COM CONTÊINER

2 PAISAGISMO DO TERRENO

3 PROJETO EXECUTIVO DA CASA - CONTÊINER


PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS POTENCIALIDADES • Desenvolvimento do projeto até o nível do detalhamento; • Disseminar a lógica modular na construção; • Contato da arquitetura com o campo e com paisagem; • Integração de sistemas modulares com sistemas tradicionais de construção;

LIMITAÇÕES • Demora no Processo de Regularização do terreno; • Falta de dados de áreas rurais; • Escassez mão-de-obra especializada;

RESULTADOS ESPERADOS Elaboração de projeto executivo da uma habitação unifamiliar em contêiner e aplicando os conceitos de Sustentabilidade, Conforto Ambiental e Acessibilidade. 9


FUNDAMENTAÇÃO


O IDOSO NO BRASIL Devido ao aumento da expectativa e da queda da natalidade, a população idosa no mundo tem se tornado cada vez maior. Esta situação se dá pelos avanços da medicina e a melhoria socioeconômica da população. No Brasil a situação não é diferente. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o segmento populacional que mais aumenta na população brasileira é o de idosos, com taxas de crescimento de mais de 4% ao ano no período de 2012 a 2022. A população com 60 anos ou mais de idade passa

de 14,2 milhões, em 2000, para 19,6 milhões, em 2010, devendo atingir 41,5 milhões, em 2030, e 73,5 milhões, em 2060. Espera-se, para os próximos 10 anos, um incremento médio de mais de 1,0 milhão de idosos anualmente. Essa situação de envelhecimento populacional é consequência, primeiramente, da rápida e contínua queda da fecundidade no País, além de ser também influenciada pela queda da mortalidade em todas as idades. (IBGE, 2011) Ao se considerar a realidade da população brasileira associada ao envelhecimento

populacional, a arquitetura tem um papel importante na vida desses usuários idosos para o bem-estar, a independência e a autonomia de cada indivíduo pelo maior tempo possível. Segundo o PNAD 2015 do IBGE, 14,3% (8% mulheres e 6,3% homens) da população brasileira possui idade acima de 60 anos, um aumento de 1,3% se comparado ao ano 2013. O mapa a seguir mostra a porcentagem de idosos em cada região brasileira.

PREVISÃO (2000 A 2040)

GRÁFICO DE DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Porcentagem da população idosa em cada região. Fonte: da autora a partir do PNAD 2015.

Fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/populacao-brasileira-deve-atingir-pico-em-2030-diz-ipea.html

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O IDOSO NO DISTRITO FEDERAL Segundo informações do PDAD 2015, a população idosa no DF corresponde a 15,4% da população total, ou seja, cerca de 450 mil pessoas, um aumento de cerca de 60 mil idosos desde 2013. A quantidade de idosos por Região Administrativa também mudou. Enquanto que em 2013 a maioria dos idosos se concentrava na RA’s do Lago Sul e Plano Piloto, em 2015 a maioria vive no Lago Sul (34,02%) e Lago Norte (25,07%). Tem-se também que 40,38% dos domicílios DF têm como responsáveis pessoas com mais de 55 anos.

12


ATIVIDADES APÓS A APOSENTADORIA É certo se dizer que com o envelhecimento as pessoas perdem certas capacidades de independência, requerendo atenção de seus familiares que muitas vezes não tem tempo e nem condições de realizar os cuidados necessários, tanto no quesito econômico quanto social. Para se melhorar a vida na terceira idade, é papel do arquiteto buscar novas soluções para poder proporcionar às pessoas idosas mais autonomia, assim como o direito de qualidade de vida e moradia com dignidade. Ao mesmo tempo, o idoso não para totalmente suas atividades após a aposentadoria. Conforme uma pesquisa feita por meio de formulário online pela autora sobre as atividades após a aposentadoria, ou o hobby dos idosos, percebeu-se que a maioria das pessoas continua trabalhando na mesma área. Fora o trabalho, as atividades mais realizadas são as seguintes: Viagens Leitura e/ou Estudos Atividade Física para a 3ª Idade ou Dança Cuidados com o Lar e Família Artesanato em geral 75% dos idosos responderam que eles dedicariam um espaço/cômodo só para o seu hobby ou sua atividade. 13


DINÂMICAS FAMILIARES

O processo do envelhecimento não é apenas uma preocupação de saúde e socioeconômica, mas também pertence a várias áreas da ciência pelas necessidades e exigências do mundo que envelhece, considerando-se o meio em que vivem, seja o espaço público ou seu domicílio. O ambiente domiciliar agrega valores econômicos, sociais, emocionais, afetivos e de saúde ao longo da vida, e exerce influência na vida dos idosos, no seu bem-estar. A casa representa o maior bem conquistado ao longo da vida, o que implica o não desejo de mudar, permeado pelo sentimento de conquista, afetividade, bem-estar, privacidade, independência, autonomia e segurança. Ao mesmo tempo, o ambiente familiar pode determinar as características e o comportamento do idoso. Numa família suficientemente sadia, onde se predomina uma atmosfera saudável e harmoniosa entre as pessoas, é possibilitado o crescimento de todos, incluindo o idoso, pois todos possuem funções, papéis, lugares e posições e as diferenças de cada um são respeitadas e levadas em consideração. 14

Em famílias onde há desarmonia, falta de respeito e não reconhecimento de limites, o relacionamento é carregado de frustrações, com indivíduos deprimidos e agressivos. Essas características promovem retrocesso na vida das pessoas, o idoso torna-se isolado socialmente e com medo de cometer erros e ser punido (ZIMERMAN, 2000). Entende-se então que a estrutura familiar representa segurança emocional na vida dos idosos. Observa-se atualmente um ideal de autonomia, que já acontece há muito tempo, representado pela recusa dos pais idosos em morar com o filhos, quando estão bem de saúde e independentes financeiramente. A tendência dos idosos morarem sós não tem que ser percebida como reflexo de um abandono por parte de seus familiares, isso pode significar um novo tipo de arranjo, a “intimidade à distância”. A intimidade a distancia não impede que as relações familiares sejam fundamentais na assistência ao idoso e nas expectativas em relação ao processo de envelhecimento.


AS NECESSIDADES DO CLIENTE IDOSO Quando se reflete sobre o “envelhecer” no campo biológico, deve-se considerar diversas mudanças, estruturais e funcionais, próprias do envelhecimento - a senescência (processo natural de envelhecimento ou o conjunto de fenômenos associados a esse processo), que,” embora variem de um indivíduo a outro, são encontradas em todos os idosos, podendo influenciar na saúde física e mental e interferir no desempenho funcional e nas relações afetivas e sociais do idoso.” (MENDES, 2007, p. 23) Ainda conforme Farah MENDES (2007) é importante o reconhecimento dessa dinâmica, às vezes difícil de constatar precisamente, pela estreita relação com as modificações causadas por doenças: a senilidade (envelhecimento patológico, e que é entendido como os danos à saúde associados com o tempo, porém causados por doenças ou maus hábitos de saúde). “O processo de envelhecimento modifica e é modificado pelas doenças que podem acometer o idoso, gerando uma relação muito próxima entre os dois fenômenos, de tal forma que modificações exclusivas do envelhecimento são confundidas com enfermidades e criam a cultura e o estereótipo de que velhice e ser velho significam doença.” (MENDES, 2007, p. 24)

PROBLEMAS Autonomia x Independência

SENESCÊNCIA x SENILIDADE

FAMÍLIA

DOENÇAS Apoio x Abandono MENTAIS

FÍSICAS

Esquecimento Localização no Espaço Visão

Quedas Mobilidade reduzida

Qualidade arquitetônica

Desenho acessível

Espaço/Habitação que propicie mais autonomia 15


REFERENCIAL TEÓRICO


CONCEITOS PARA O PROJETO

Biofilia

Habitação Sustentável

Conforto Ambiental

Acessibilidade

17


BIOFILIA O termo “Biofilia” foi popularizado pelo ecólogo americano Edward O. Wilson em seu livro de mesmo nome publicado em 1984. “Biofilia” vem do grego bios, que significa vida e philia, que significa amor, afeição, ou necessidade de satisfação. O primeiro a utilizá-lo foi o psicanalista alemão Erich Fromm, para descrever a orientação psicológica de atração por tudo que é vivo e vital Biofilia é um termo que compreende uma perspectiva científica, da atração pela natureza como um principio evolutivo, mas também tem forte caráter filosófico. O termo foi inicialmente utilizado em teorias psicanalíticas que o opunham à atração pela morte. Mesmo sendo usado em diferentes perspectivas, as teorias concordam que a biofilia é um sinal de saúde física e mental. Diversos estudos comprovam os benefícios do convívio com a natureza para a saúde humana. Em sua obra, Wilson (1984) discorre sobre a ligação emocional que os seres humanos têm com outros organismos vivos e com a natureza. O termo designa essa ligação emocional e desejo instintivo de se afiliar a outras formas de vida, que segundo Wilson, está em nossos genes e se tornou hereditária. Para Wilson, a biofilia está inscrita no próprio cérebro, expressando dezenas de milhares de anos de experiência evolutiva. Em sua hipótese, os seres humanos procuram inconscientemente essas conexões ao longo da vida. 18

amor à vida; instinto de preservação, de conservação.

Contudo, a biofilia é impactada pelas experiências pessoais, sociais e culturais no qual o sujeito está inserido, e vive desde a primeira infância. Nesse sentido, mesmo que a biofilia seja uma tendencia genética, há a necessidade de reforçar o contato com a natureza para que essa conexão se perpetue. Ela carece de um input constante a partir do meio natural, ou seja, um conjunto rico e diversificado de experiências exploratórias em ambiente natural, que reforce as conexões com a natureza. Na arquitetura, uma estratégia busca reconectar as pessoas com o ambiente natural é o design biofílico. Ele é um complemento para a arquitetura verde, que diminui o impacto ambiental do mundo construído. Um exemplo seria a inclusão de mais espaços verdes na cidade, mais aulas que giram em torno da natureza e a execução de design inteligente para cidades mais

verdes que integrem os ecossistemas em um design biofílico. Ou seja, o design biofílico incorpora em seus projetos, elementos naturais, reais ou simulados, para promover o bem-estar.

DIRETRIZES DESIGN BIOFÍLICO • Aplicar em toda a atmosfera residencial - arquitetura, decoração e mobiliário; • Integrar elementos da natureza nos espaços; • Peças que criam conexões visuais e físicas com elementos da natureza (plantas, terra, etc); • Utilizar materiais sustentáveis ou até mesmo componentes 100% naturais, feitos de pedras, fibras e outras matérias-primas.


HABITAÇÃO SUSTENTÁVEL Para se realizar uma casa ecológica bem sucedida é necessário levar em conta diversos aspectos, dentre eles está a adaptação ao clima local e ao terreno. A edificação é considerada como nossa terceira pele e, portanto, a função fundamental da casa é manter seus habitantes seguros e confortáveis. Segundo Sue Roaf, “qualquer ecohouse deve, atualmente, ser projetada para fazer mais com menos, para atender bem às suas respectivas funções, usando recursos suficientes, mas não excessivos [...]” (ROAF et al. 2014, P. 22), ou seja, deve-se realizar um projeto elegante e com custos bem gerenciados por meio de estratégias cuidadosas relativas à minimização dos tubos, drenos e fios de instalações elétricas e hidráulicas resultando em custos de construção mais baixos e gerando economias significativas ao longo da vida útil da casa. Atualmente, no setor da construção, a energia que se consome para propiciar climatização, aquecimento de água e iluminação é a principal causa das emissões de CO², direta ou indiretamente, ao longo do ciclo de vida das edificações (WASSOUF, 2014). É importante, portanto, reafirmar a relevância da arquitetura passiva na construção aplicando-a juntamente à reciclagem de materiais para as edificações, já que a mudança da maneira como se pensam as habitações atuais tem um grande potencial de economia energética.

Em resumo, a maior parte das normas atuais foi desenvolvida para limitar a demanda e o consumo de energia durante o uso do edifício, o que se reflete diretamente na conta de energia que o usuário do edifício deve pagar. A norma mais conhecida no contexto internacional é a “Passivhaus”, desenvolvida na Alemanha a partir do final da década de 1980, na qual se deve embasar a pesquisa teórica e prática para a realização deste trabalho de diplomação. O Passivhaus Institut tem como princípio fundamental da filosofia do desde o princípio “projetar e construir edificações de baixo consumo a custos viáveis”. (WASSOUF, 2014, p. 18). “A vantagem da norma Passivhaus encontra-se na possibilidade de simplificar significativamente os sistemas ativos de calor e frio, pois este tipo de edifício requer muito pouca energia para manter ótimas condições de conforto climático em seu interior.” (WASSOUF, 2014, p. 17)

ECOHOUSE FAZER MAIS COM MENOS

PROJETO BEM PENSADO

ECONOMIA MENOR CONSUMO DE ENERGIA MENOS GASTO COM MATERIAIS

CASA PASSIVA

PASSIVHAUS BAIXO CONSUMO + CUSTOS VIÁVEIS

CONFORTO 19


CONFORTO AMBIENTAL NA HABITAÇÃO Conforme explicita Anésia Barros Frota (FROTA, 2001), adequar a arquitetura ao clima de um determinado local significa construir espaços que possibilitem ao homem condições de conforto. Condições estas que são definidas a partir de estudos do organismo humano, seu metabolismo e processos de termorregulação. No que cabe à arquitetura, deve-se procurar amenizar as sensações de desconforto impostas por climas muito rígidos (excessivo calor, frio ou ventos) e também “propiciar ambientes que sejam, no mínimo, tão confortáveis como os espaços ao ar livre em climas amenos”. (FROTA, 2001, p. 53) Dentre as variáveis climáticas que caracterizam uma região, podem-se distinguir as que mais interferem no desempenho térmico dos espaços construídos: a oscilação diária e anual da temperatura e umidade relativa, a quantidade de radiação solar incidente, o grau de nebulosidade do céu, a predominância de época e o sentido dos ventos e índices pluviométricos. Além disso, deve-se prever partidos arquitetônicos distintos em função da consequente variação da temperatura diária, a qual, basicamente, definirá as vantagens ou não da ventilação interna. (FROTA, 2001)

20

Com relação ao clima de Brasília, tem-se a seguinte descrição: “Tomando-se como referência a amplitude climática de um clima seco, por exemplo, o da cidade de Brasília, onde a mínima (noturna) é de 15,4°C e a máxima (diurna) de 30,7°C, vê-se que, idealmente, a arquitetura nestes climas secos e quentes deveria possibilitar, durante o dia, temperaturas internas abaixo das externas e, durante a noite, acima. A ventilação não seria útil, pois o vento externo estaria, em um mesmo instante, ou mais frio ou mais quente que a temperatura do ar interno. Nesse sentido podem-se adotar partidos arquitetônicos que tenham, primordialmente, uma inércia elevada [...], a qual acarretará grande amortecimento do calor recebido e um atraso significativo no número de horas que esse calor levará para atravessar os vedos da edificação. Assim, é possível obter-se um desempenho térmico tal do espaço construído, de modo que o calor que atravessa os vedos só atinja o interior da edificação à noite, quando a temperatura externa já esta em declínio acentuado. Por isto, parte do calor armazenado pelos materiais durante o dia será devolvido para fora, não penetrando na edificação.” (FROTA, 2001, p. 68)

CLIMA DE

BRASÍLIA ALTA AMPLITUDE TÉRMICA

CLIMA SECO

VENTILAÇÃO PREDOMINANTE

LESTE

ADOTAR PARTIDOS COM

INÉRCIA ELEVADA


ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL A legislação brasileira, por meio de normas técnicas, exige que sejam seguidas formas de organização espacial para que todos os edifícios públicos sejam acessíveis aos portadores de necessidades especiais e idosos. Desta forma, é de extrema importância o estudo aprofundado na Norma ABNT NBR 9050:2015, a qual foi elaborada no Comitê Brasileiro de Acessibilidade pela Comissão de Estudo de Acessibilidade em Edificações. Esta Norma está atualmente em sua terceira versão, o que mostra a sua constante atualização ao longo dos anos. O caso especial se dá pela natureza deste projeto de diplomação (habitacional) e seus clientes que são idosos. Logo, devem ser previstos no projeto da residência todos os quesitos de acessibilidade. Na década de 1990, um grupo de arquitetos e defensores de uma arquitetura e design mais centrados no ser humano e sua diversidade reuniu-se no Center for Universal Design, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, a fim de estabelecer critérios para que edificações, ambientes internos, urbanos e produtos atendessem a um maior número de usuários. Esse grupo definiu os sete princípios do Desenho Universal, apresentados a seguir, que passaram a ser mundialmente adotados em planejamentos e obras de acessibilidade. Os sete princípios do Desenho Universal são:

1

Uso equitativo

2

Uso flexível

3

Uso simples e intuitivo

4

Informação de fácil percepção

5

Tolerância ao erro (segurança)

6

Esforço físico mínimo

7

Dimensionamento de espaços para acesso e uso abrangente

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150 0

150

• Instalar fitas adesivas debaixo dos tapetes para fixá-los; • Optar por tapetes de cerdas baixas; • Para as paredes preferir cores claras;

ILUMINAÇÃO:

120

120

120

0

120

15

150

15

15

0

0

15

150

Área de Manobra 360º

Área de Manobra 180º 80

200

80

200 80

200

80

120

120

120

160

160 160 160

9090

90 90 90 Espaços definidos pela NBR 9050 90 para manobras em corredores

• Abundante e uniforme; • Evitar pontos escuros; • Lâmpadas não-ofuscantes (lâmpadas leitosas permitem iluminação indireta); • Interruptores devem ser iluminados e estar em local de fácil alcance no intervalo de 0,40 m e 1,20 m.

MOBILIÁRIO:

120

90

200

22

DECORAÇÃO:

Módulo de Referência de Circulação

• Utilizar móveis com altura mínima de 0,60m; • Assentos de cama ou poltronas com altura mínima de 0,45 a 0,50 m para facilitar o sentar e levantar e profundidade de no máximo 0,80 m; • Mobília fixa e com cantos arredondado; • Gavetas devem ter travas de segurança; • Optar por armários com portas de correr; • Evitar móveis e objetos de vidro; • A mobília deve ser estável e pode, dependendo do caso, ser facilmente deslocada para a passagem;


DIRETRIZES DE INTERIORES PARA A 3ª IDADE CIRCULAÇÃO:

COZINHA:

BANHEIRO:

• O mobiliário deve permitir a maior livre circulação possível e, em geral, no mínimo 80 cm conforme NBR 9050.

• Deve-se ter uma área lateral à porta da geladeira para que sua abertura seja facilitada;

RAMPAS:

• Para o fogão prever formas de posicionamento lateral com cadeira de rodas;

• Máximo 8% de inclinação; • Para maior proteção instalar corrimão com 90 cm de altura;

• Controles e torneira posicionados ao lado da cuba. Devem ser de fácil manuseio e do tipo alavanca;

• Adaptar barras de apoio, vaso sanitário elevado e banco dentro do box (usar padrão NBR 9050 ABNT) para evitar quedas ao máximo; • Piso antiderrapante e tapetes emborrachados ou com ventosas para evitar quedas;

ESCADAS:

• Área de alcance de cadeirantes para armários = 1,20m

• Patamar entre 28 e 30 cm; • Marcar o início e o fim da escada; • Usar balizadores (pontos de iluminação); • Evitar desníveis pequenos que podem provocar tropeços (prefira pequenas rampas);

PISO: • Antiderrapante, como cerâmicas com textura tátil e pisos emborrachados; • Evitar desníveis de qualquer tipo;

PORTAS: • Se possível sempre com vão de 80 cm ou mais; • Maçanetas de alavanca (e não redondas) são recomendadas;

• Puxadores de portas e gavetas do tipo “D” (uso de toda a mão e não somente a ponta dos dedos); • Espaço de 30 cm sob o mobiliário para facilitar a área de giro; • Bancada para corte mais baixa do que a bancada da pia, de forma que idoso consiga trabalhar sentado; • Controles automáticos que fecham automaticamente o gás quando a chama se apaga; • Um carrinho de rodas ajuda a mover alimentos e outros utensílios pela residência sem fazer esforço;

QUARTO: • Deve ficar no andar térreo, com acesso fácil ao banheiro; • Altura da cama entre 0,45m e 0,50m; • Luz noturna, telefone e campainha próximos da cama; • O criado-mudo deve ser fixo no chão e ter cantos arredondados e altura igual ou 10 cm maior do que a cama; • Poltrona de mesma altura da cama para ajudar a calçar meias e sapatos;

JARDIM: • Bem iluminado para que quem esteja dentro da casa enxergue bem o que há do lado de fora garantindo segurança física e psicológica;


O USO DO CONTÊINER NA ARQUITETURA

O contêiner surgiu em meio a um contexto de grande necessidade em melhorar as atividades envolvendo o armazenamento e o transporte de mercadorias pelo mundo. O americano Malcolm Mclean foi considerado o empreendedor dessa nova ideia, tendo como objetivo principal a redução de custos e tempo gastos para descarregar os produtos dos caminhões para os navios. Diante disso, ele percebeu que o trailer poderia facilmente ser separado dos caminhões durante as viagens, trazendo, assim, maior velocidade para as transações. Na década de 1950, o contêiner foi patenteado, caracterizado como uma estrutura reforçada e robusta, que além de permitir o encaixe nos caminhões, poderiam também ser empilhados (KOTNIK, 2008, p.25). Ainda de acordo com Kotnik (2008), seu uso foi considerado revolucionário na indústria do transporte, pois acabou substituindo e se estabelecendo diante dos outros sistemas existentes até então.


Contêiner ISO 40

40 pés (12 metros de comprimento) Cerca de 26 m² de área interna.

Contêiner ISO 20

20 pés (6 metros de comprimento) Cerca de 13 m² de área interna. 25


DEFINIÇÃO E TIPOS A definição do contêiner, de acordo com Ballou (1993 apud Muraro et al, 2006), assim se apresenta:

Contêineres são grandes caixas que podem ser transportadas em vagões ferroviários abertos, em chassis rodoviários, em navios ou em grandes aeronaves. É a forma mais apurada de unitização alcançada em sistemas de distribuição. Geralmente, seguem as dimensões de 8 x 8 x 20 pés ou 8 x 8 x 40 pés (padrões ISO). Pelo seu tamanho, acomodam carga paletizada; são estanques, de maneira que não é necessário proteger a carga de problemas meteorológicos, além de poderem ser trancados para maior segurança. Normalmente, são carregados e descarregados com o uso de guinchos especiais. (MURARO et al, 2006)

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Fonte das imagens: http://www.goldlogbrazil.com/informacoes-gerais/tipos-de-containers/


O CONTÊINER E A SUSTENTABILIDADE Segundo Wines (2000), as questões relacionadas à economia, à eficiência e ao meio ambiente na construção civil passaram a receber maior importância, principalmente, após a II Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, realizada em 1992, no Rio de Janeiro. Atualmente, de acordo Brian Edwards (2005) tem-se que: A indústria da construção civil consome 50% dos recursos mundiais, convertendo-se em uma das atividades menos sustentáveis do planeta. No entanto, nossa vida cotidiana desenvolve-se em ambientes edificados: vivemos em casas, viajamos sobre estradas, trabalhamos em escritórios e nos sociabilizamos em bares e restaurantes. A civilização contemporânea depende de edificações para seu resguardo e sua existência, mas nosso planeta não é capaz de ser mudado nesse aspecto e os arquitetos e designers têm uma grande responsabilidade nesse processo. (EDWARDS, 2005, p. 3)

este período é descartado, gerando lixo nas cidades portuárias (MILANEZE et al., 2012). Conforme afirmam ALMEIDA e OCCHI (2016), a reutilização dos contêineres na construção civil teve início na década de 90 e foi incorporada especialmente nos países de grande atividade portuária como a Holanda, a Inglaterra e o Japão, em projetos de hotéis, escritórios e habitações estudantis sendo, posteriormente, disseminada e adaptada para residências unifamiliares.

Visando, principalmente, reduzir impactos ambientais, a arquitetura voltou-se para a reutilização de materiais descartados. O contêiner, composto de metais não biodegradáveis, tem vida útil de aproximadamente 10 anos, após 27


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CONTÊINER ISO 20’

Planta de Cobertura - Dry 20'

606 590

Corte - Dry 20'

Planta Baixa - Dry 20'

18

570 606

18

244

208 Vista Frontal - Dry 20'

28

Vista Lateral - Dry 20'

12

259

236

12

244

Vista Posterior - Dry 20'

259

235

239

235


CONTÊINER ISO 40’

289

269

244

235

Corte - High Cube

Planta de Cobertura - Dry 40'

1219 1203

18

1184 1219

Corte - Dry 40'

18

244

12

236

259

12

244

Planta Baixa - Dry 40'

259

235

239

235

Vista Frontal - Dry 40'

Vista Lateral - Dry 40'

Vista Posterior - Dry 40'

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CONTÊINER E ARQUITETURA São inúmeras as características presentes em um contêiner marítimo que podem ser aplicadas em modelos usuais dentro da arquitetura cotidiana. De acordo com Kotnik (2008, p.14), “eles são pré-fabricados, produzidos em massa, econômicos e móveis”. O autor ainda lista características consideráveis do contêiner que podem ser atribuídas na arquitetura, como: • Modulação, associado a um “Lego gigante”, permitindo uma infinidade de combinações; • Velocidade, porque quando associados podem ser montados em um curto espaço de tempo; • Robustez, pois sua estrutura resiste a diferentes condições climáticas; • Flexibilidade, que possibilita, com o passar dos anos, uma mudança ou inserção de uma nova estrutura, adaptada de acordo com a necessidade momentânea; • Individualismo, visto que mesmo que produzido em massa, ele permite uma estrutura singular, customizada, a gosto do usuário. • Estruturas Mistas que podem, ainda, ser combinados com os diversos materiais existentes, como a madeira, o aço, o concreto e vidro. 30

Mas, para que isso ocorra, é certo que há uma necessidade de adaptação e modificação, permitindo, então, que ele passe a possuir uma estrutura condicionada ao uso. Ou seja, dentre as diversas vantagens do uso deste material como matéria prima na construção civil a principal é a redução dos custos da obra. Porém, existem também os pontos negativos a serem levados em questão: [...] por serem fabricados com materiais metálicos, a citar o aço Corten, torna-se indispensável o isolamento térmico e acústico de suas superfícies, além da proteção antichamas, que podem ser feitos utilizando materiais relativamente baratos e facilmente encontrados no mercado, a exemplo a lã de vidro ou lã de rocha, colocadas em forma de sanduíche entre a estrutura e as placas, ou mesmo o isopor. (ALMEIDA, C. e OCCHI, T., 2016, p. 17)

Desta forma, tem-se o intuito de explicitar mais detalhadamente as características que devem ser levadas em conta quando se adapta um contêiner para construção civil, tanto com base no estudo teórico quanto no estudo de abordagens práticas de projetos já realizados.

Modelo da estrutura de um contêiner marítimo

Modelo da peça da base (pé)

Modelo da chapa metálica das paredes

Fonte das imagens: https://engenhariaeetc.wordpress.com/2017/01/29/sobre-o-projeto-de-container/


SOLUÇÃO DE ADAPTAÇÃO PARA COBERTURA ECO-TELHADO Calha (150mm)

Fonte do Produto: https://ecotelhado.com/produto/ecotelhado-telhado-verde/sistema-modular-alveolar-leve/

31


SOLUÇÃO DE ADAPTAÇÃO PARA AS PAREDES Para adaptar as paredes do contêiner, é necessário um bom isolamento térmico. A alternativa mais usada é a associação com o dry-wall com uma camada de isolante no interior. Desta forma, o tratamento estético e o acabamento do interior pode ficar exatamente como uma casa convencional, dependendo da escolha decorativa do cliente. A espessura mínima de uma parede de contêiner com dry-wall é de 7 cm (para um desempenho térmico aproximadamente igual a uma parede de alvenaria de bloco cerâmico) mas pode ser realizada com espessura maior para um melhor desempenho.

Chapa metálica Armação metálica tipo “metalon”

Isolamento térmico e/ou acústico

Parede metálica Contêiner

Placa de Gesso Metalon

Isolamento

Placa de Gesso “Dry-Wall”

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Fonte da Imagem: https://casa.abril.com.br/materiais-construcao/drywall-entenda-como-funciona-esse-sistema-de-construcao/


ESTUDO DE PLANTAS-BAIXAS EM CONTÊINER

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UMA BIBLIOTECA NUM CONTÊINER? É possivel implantar uma pequena biblioteca/escritório residencial em um contêiner de 40 pés (12 metros). Para uma quantidade de até 50 metros lineares de livros, a adaptação pode ser feita com uma boa quantidade de janelas e entradas de luz natural. O ideal seria um contêiner High-Cube por possuir um pé-direito maior.

Pode-se também associar o contêiner com outros espaços do projeto residencial abrindo-o e gerando espaços de permanência mais largos. 34


UM QUARTO NUM CONTÊINER?

Um contêiner de 20 pés (6 metros de comprimento) possui cerca de 13 m² de área interna. A área é relativamente pequena mas pode ser adaptada para receber um quarto de casal compacto e confortável. 35


E A ACESSIBILIDADE?

Ao se trabalhar com o espaço reduzido de um contêiner pode-se encontrar problemas para adaptá-lo às necessidades de um cadeirante. Para propiciar completa acessibilidade pode-se associar dois ou mais contêineres aumentando a área útil. No exemplo de um quarto acessível é possível a existência de um banheiro para PNE. 36


SALA + BANHEIRO

Um contêiner de 20 pés (6 metros de comprimento) possui cerca de 13 m² de área interna. A área é relativamente pequena mas pode ser adaptada para receber uma pequena sala de TV com banheiro. 37


ESTUDOS DE CASO


rado para fazer as aberturas, criando uma sensação interna de abertura e também fornecendo uma ventilação cruzada totalmente suficiente. O custo final da casa foi menor do que o custo de uma habitação social na Costa Rica. O projeto expõe a importância do design e da criatividade como uma ferramentas para proporcionar beleza e conforto com um orçamento muito baixo no século 21, mostrando que existem alternativas viáveis, de baixo custo e passivas de controle de temperatura para se adaptarem a um clima tropical muito intenso.

Fotógrafo: Andres Garcia Lachner Custo: 40,000 USD

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Em umapropriedade propriedadeàà20 20minutos minutos da da Em uma cidade José, os clientes gostariam de estar cidadededeSan San José, os clientes gostariam de com e apreciar a paisagem natural. estarseus comcavalos seus cavalos e apreciar a paisagem Ao se explorar a possibilidade de criar uma casa natural. Ao se explorar a possibilidade de de baixo custo de contêineres reciclados, foi criar uma casafeita de baixo custo feita de contêpossível para o arquiteto fornecer o o nascer e o ineres reciclados, foi possível para arquitepôr-do-sol, as vistas espectaculares e também to fornecer o nascer e o pôr-do-sol, as vistas criar uma sensação de conforto e de lar aos seus clientes. O telhado entre os dois módulos foi fabricado a partir dos pedaços de metal retira-

de conforto e de lar aos seus clientes. Arquiteto: Benjaminentre Garcia O telhado osSaxe doisArchitecture módulos foi fabricado aLocalização: partir dos pedaços deCosta metalRica retiSan Jose, rado para fazer as aberturas, uma Áreacriando = 100 m² sensação interna de abertura Ano: e também 2011 fornecendoFotógrafo: uma ventilação cruzada totalAndres Garcia Lachner mente suficiente. Custo: 40,000 USD O custo final da casa foi menor do que o custo de uma habitação social na Costa Rica. O projeto expõe a importância do design e da criatividade como uma ferradomentas para fazer as aberturas, criando uma esensação para proporcionar beleza conforto interna e também uma com de umabertura orçamento muito fornecendo baixo no século ventilação cruzada totalmente suficiente. 21, mostrando que existem alternativas O projeto expõe a importância do deviáveis, de baixo custo e passivas de controle sign e da criatividade como uma ferramentas para de temperatura para se adaptarem a um Em uma propriedade à 20 proporcionar beleza e conforto com umminutos orçamen-da clima de tropical muitoosintenso. cidade SannoJosé, clientes gostariam to muito baixo século 21, mostrando que exis-de tem alternativas deebaixo custoaepaisagem passivas estar com seusviáveis, cavalos apreciar de controle temperatura se adaptarem ade natural. Aodese explorar para a possibilidade um clima muito intenso. criar umatropical casa de baixo custo feita de contê-

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Fonte do texto e imagens: Archdaily. Disponível em: http://www.archdaily.com/143332/containers-of-hope-benjamin-garcia -saxe-architecture. Acesso em: 29/08/2017

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CONTAINER GUEST HOUSE Arquiteto: Poteet Architects Localização: San Antonio Texas Estados Unidos da América Área = 30 m² Ano: 2010 Fotógrafo: Chris Cooper

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Como uma empresa premiada, a Poteet Architects é conhecida por sua reutilização adaptativa sensível de edifícios existentes e uma abordagem nova e rigorosa ao design de interiores moderno. Este projeto originou-se do desejo do cliente de experimentar contêineres. O projeto serve como uma pousada e está equipado com um chuveiro / WC e uma pia inoxidável personalizada. O grande painel de elevação/deslize e parede de vidro e de aço abre o interior para a paisagem circundante. O restante do interior é usado como um galpão de jardim. O telhado verde é mantido no topo do contêiner, proporcionando sombra e fluxo de ar para reduzir o ganho de calor. O interior é isolado com espuma de pulverização, em seguida, forrado com madeira compensada de bambu, igualmente usado no piso. A água cinzenta da pia e o chuveiro são capturados para a irrigação do telhado. O WC é um banheiro seco. A parte traseira do contêiner é coberta por painéis de malha de arame que eventualmente serão cobertos por vegetação vertical. Outras escolhas de materiais inovadores complementam o design: o contêiner “flutua” em uma base de postes reciclados. O convés é composto de placas feitas de garrafas PET recicladas e compostas em uma armação de aço. As luminárias exteriores são lâminas de um arado de disco de trator - uma visão comum no sul do Texas.

Fonte do texto e imagens: Archdaily. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-49352/container-guest-house-poteet-architects. Acesso em: 29/08/2017


CASA EM BRODOWSKI Arquiteto: Jorge Siemsen Localização: Brodowski - São Paulo Área = 130 m² Ano: 2016 Fotógrafo: Lufe Gomes Obs.: Casa híbrida

O projeto da casa, feito para um casal de empresários e suas duas filhas pequenas, busca resgatar antigos valores sem abrir mão das altas tecnologias. As duas suítes são contêineres reaproveitados. Somente a cozinha e área de serviço possuem paredes de alvenaria de pedras colhidas na fazenda e de tijolos de demolição. No meio, o espaço, fechado nas laterais por painéis de vidro, reúne salas de estar e de jantar.

O vão livre 12 metros, formado pelos contêineres (que foram usados no porto de Santos e comprados no Mercado Livre) estão apoiados nas extremidades, formando, embaixo, o espaço para as crianças brincarem e para almoços com os amigos. Para tornar a casa aconchegante, eles capricharam nos acabamentos. O assoalho de cumaru está nas áreas secas. E ladrilhos hidráuli-

Fonte do texto: http://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Decoracao/noticia/2013/06/por-uma-vida-mais-calma.html Fonte das imagens: http://www.containersa.com.br/2014/10/casa-container-hibrida-5-modelos-que.html

cos revestem a cozinha. Na sala, uma parede tem mosaico de pedras basalto e, a outra, pintura de tom intenso. Somente o quarto das meninas recebeu tinta branca. As tumbérgias cobrem parcialmente a casa e ajudam no isolante térmico, necessário na região que costuma ser muito quente no verão. Os contêineres foram pintados com tinta na cor laranja, igual a das colhedeiras de cana.

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CASA EM SAVANNAH Arquiteto: Julio Garcia Localização: Savannah - Georgia - EUA Área = 80 m² Ano: 2013 Fotógrafo: Tessa Blumenberg

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O artista e designer Julio Garcia construiu a sua própria casa feita de container reciclado, em Savannah, Georgia. O artista utilizou dois containers de 12 metros e separou-os com telhado e janelas. Madeira e uma bela decoração fazem da casa um refúgio perfeito para o designer. A casa em Savannah é um refúgio para o seu morador, e tem cerca de 80 m², dispõe de um quarto, banheiro, cozinha e uma ampla sala de estar. Os dois contêineres foram separados cerca de 1,8 metros e estão em cima de vigas de aço I apoiadas em pilares de concreto. O espaço de 1,8 metros foi preenchido com um piso de madeira moldado e telhado, e as paredes laterais foram cortadas para criar uma grande sala de estar. Duas vigas I atravessam a sala para segurar o telhado, substituindo o suporte estrutural que foi perdido com a retirada das paredes. Garcia deixou os exteriores dos dois containers em seu estado original como uma lembrança de seu passado industrial. Um deck de madeira circunda a casa, e escadas levam para a exuberante floresta existente na propriedade. No interior, as paredes e o teto são pintados de branco para aumentar a quantidade de luz na sala. A cozinha branca funciona como uma galeria de arte e o resto da casa é aberto e espaçoso. Fonte do texto: http://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Decoracao/noticia/2013/06/por-uma-vida-mais-calma.html Fonte das imagens: http://www.containersa.com.br/2014/10/casa-container-hibrida-5-modelos-que.html


BIBLIOTECA JARDIM DE COTIA Arquitetos: IPEA Localização: Granja Viana Área = 104 m² Ano: 2016 Fotógrafo: Dalton Bertini Ruas

O Projeto de uma biblioteca doméstica surgiu da necessidade de espaço para um bibliófilo: organização e exposição de um extenso acervo de livros anteriormente confinados em caixas. Buscou-se no projeto o estabelecimento de um diálogo entre os hábitos cultivados na casa pré-existente e a ampla área de jardim remanescente no terreno. Fachadas norte e sul, que permitem um contato visual com a casa antiga e o jardim limítrofe, sendo protegida dos raios solares ao norte pelo beiral no verão ao mesmo tempo que os convida a entrar no inverno; A fachada leste filtrada com brises horizontais inclinados, que homogeneíza a vegetação da paisagem externa ao mesmo tempo que na fachada oeste a própria vegetação mais densa filtra os raios solares diretos e homogeneíza a vista externa; A abertura zenital executada com vidro especial de filtragem solar elevada desmaterializa a sólida parede de tijolos da estante principal, refletindo e enquadrando os pinheiros externos.

Os espaços internos são definidos pelas aberturas e organizados pela parede dupla de tijolos maciços central, assentada de forma a estruturar o invólucro da biblioteca. O lavabo, espaço mais fechado do projeto, é o contraforte desta estrutura mista de pilares de madeira e parede de alvenaria estrutural. Em contraste, o espaço mais aberto é a varanda de leitura, onde se busca resguardar em um pé direito menor uma simplicidade análoga a uma leitura sob a copa da árvore.

43


LOCALIZAÇÃO


N

0

500 m


ENTORNO

O NÚCLEO RURAL LAGO OESTE O projeto será implantado na Chácara Sant’Anna, localizada na Rua 12 do Núcleo Rural Lago Oeste, um setor de chácaras considerado um dos mais ecológicos núcleos rurais do Distrito Federal, localizado na região administrativa da cidade satélite de Sobradinho. Situado na área de entorno do Parque Nacional de Brasília, a cerca de 40 km do centro de Brasília, possui uma área de aproximadamente 35 km² com cerca de 1.000 pequenas chácaras, todas com 2 hectares. Os caminhos, ruas e travessas de chão de barro do Núcleo Rural do Lago Oeste, com suas barriguinhas e lombos, onde predominam chácaras de cerca de 20 mil m², com cercas vivas e muitas áreas verdes, mantém um agradável clima de campo e de respeito à natureza. No Núcleo Rural Lago Oeste encontra-se também um dos pontos mais altos do Planalto Central de Brasília, com mais de 1300 metros. 46

É uma área rural privilegiada ecologicamente, pois é cercada de Unidades de Conservação Ambiental, a maioria delas federais, apresentado a região um grande potencial agroecológico, com vocação para a produção orgânica e o ecoturismo. O atual Núcleo Rural Lago Oeste foi formado a partir de quatro fazendas: Contagem de São João e Palmas/Rodeador que são de propriedade da União Federal, Buraco e Sítio do Mato, que são particulares e que se situam na borda da Chapada da Contagem. O Núcleo é gerido por uma associação de moradores e produtores, a ASPROESTE, que cuida de diversos assuntos mas, principalmente, do diálogo entre moradores e a União no processo de Regularização (regido pela MP 259/2014) que está acontecendo atualmente. Fonte: http://www.asproeste.org.br

O Lago Oeste margeia o Parque Nacional de Brasília se estendendo desde próximo ao balão do Colorado, seu acesso principal, no caminho à Sobradinho, até a DF-170, tendo, como limites, ao sul a DF-001, sua principal via de acesso e o Parque Nacional de Brasília, (Parna Brasilia), à leste a Reserva Biológica de Contagem, (Rebio Contagem), ao oeste a nova área verde de expansão do Parna Brasilia, e ao norte a Chapada da Contagem e a APA Distrital do Cafuringa.

HISTÓRICO O seu nome derivou da pequena Lagoa que existia no centro do Parque Nacional de Brasília, que era originalmente conhecida como Lago Oeste, sendo que está área, após o encerramento da construção da Barragem ali estabelecida, passou a ser também chamada de Lagoa da Barragem de Santa Maria, que passou a fornecer cerca de 25% da água de Brasília. O Núcleo foi formado a partir de quatro fazendas: a Contagem de São João e a Palmas/Rodeador que são de propriedade da União Federal, e as Fazendas do Buraco e do Sítio do Mato, que são particulares e que se situam na borda da Chapada da Contagem.


ÁREA DE INTERVENÇÃO A chácara possui uma área de 140 m x 150 m, ou seja, aproximadamente 2 hectares. A porção destinada ao projeto é a parte norte, onde já existe uma casa de 90 m². A área foi escolhida pelo fato de ali já existir uma boa arborização, característica necessária para melhorar o conforto térmico de uma estrutura de contêiner (mesmo que bem isolada). A chácara possui um grande número de plantas do cerrado e árvores frutíferas além de ser também o lar de corujas buraqueiras e periquitos. Na propriedade podem ser observados pés de pata-de-vaca, ipê-rosa, ipê-branco e ipê-amarelo, pau-brasil, acerola, jabuticaba, bananeiras, dentre outras.

N

Planta da Chácara Esc.: 1/1600


ÁREA DE INTERVENÇÃO

3

2

N

48

Planta da Área de Intervenção Esc.: 1/250

4

1


VISTAS DO TERRENO

Vista 1

Vista 2

Vista 4

Vista 3

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DIRETRIZES DE INTERVENÇÃO


AÇÕES E METAS O QUÊ? Baixo impacto na paisagem

Acessibilidade Segurança para os usuários

Qualidade Ambiental da Construção

Conforto Ambiental

Eficiência e aproveitamento energético Obtenção e uso de água doce

COMO? • Estética integrada com a paisagem e leveza • Integração interior – exterior • Transparência <-> Cortina de vidro • Edificação térrea, rampas de baixíssima inclinação. • Respeito à norma NBR 9050 • Aplicação de princípios da “Casa Segura”

Telha sanduíche isotérmica. Fonte: http://taquaratelhas.com.br/

• Método construtivo de baixo impacto (modular) • Materiais locais, renováveis e reciclados • Não impermeabilizar o solo • Baixo custo, rapidez da obra • Baixa produção de lixo • Desenho arquitetônico adequado para boa insolação e ventilação; • Escolha dos materiais com boa inércia térmica; • Isolamento térmico da cobertura Telha isotérmica – sanduíche Ecotelhado nos contêineres • Implantação do projeto em área já arborizada

Placas fotovoltaicas. Fonte: http://www.placassolaresbrasil.com.br/

• Energia solar – Placas fotovoltaicas • Aquecimento Solar da água • Sistema de aproveitamento de água das chuvas • Tratamento de águas cinzas

Sistema de aquecimento solar. Fonte: http://www.aquesol.com

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PROGRAMA DE NECESSIDADES A BIBLIOTECA O projeto da Biblioteca para o cliente é o ponto principal deste trabalho. O professor Arno Vogel é um doutor em Antropologia amante dos livros e possui uma coleção com cerca de 30 metros lineares de livros. A sua biblioteca será um espaço de trabalho e estudos e deve se consolidar como um espaço silencioso, porém não solitário. É importante, portanto, que ela tenha uma posição integrada com o resto da casa e que não esteja isolada do contexto. Será buscada uma conexão visual com os ambientes comuns porém com suficiente isolamento acústico. •

Reuniões e recebimento de convidados (Poltronas, Sofá e mesa de centro);

Contar histórias;

• Mesa de trabalho com um computador (trabalho de pesquisa, escrita, tradução, leitura) para no mínimo duas pessoas trabalhando em conjunto; •

Iluminação vinda do lado esquerdo do espaço de trabalho;

Iluminação natural e superior (bem iluminado para a leitura, porém sem prejudicar o acervo);

Espaço aberto (possibilidade de ficar do lado de fora / fumar );

• Estantes com altura variando entre 50 cm do chão (usuário sentado) e 1,80 m (sob medida para altura do usuário idoso prevendo-se uma futura dificuldade em levantar os braços); • Plantar pés de louro em volta da biblioteca visto que suas folhas tem a propriedade de afastar traças de livro.

52

Exemplo de espaço de trabalho de uma biblioteca. Fonte: http://blcorporativo.blogspot.com.br


O ATELIER DE CERÂMICA •

Deve ser um pouco afastado da biblioteca;

Forno externo com área coberta, pés altos e tomada;

Área externa com tomadas para trabalho ao ar livre;

Espaço para um pequeno escritório no interior;

Muitas estantes para os diversos estágios das peças;

Espaço para guardar material;

Uma torneira/pia interna;

Possibilidade de ser construído em uma etapa posterior do projeto;

A CASA •

1 Quarto de Casal com banheiro

Sala de estar/Cozinha/Varanda contíguas

1 Banheiro Social

Espaço para Refeições interno e externo

Exemplo de espaço de trabalho de um atelier em cerâmica. Fonte: http://www.mundogump.com.br

• Deck OBS.: A casa-contêiner será projetada com o mínimo necessário para a vida do casal de idosos. Espaços de apoio como lavanderia, dispensa e recebimento de convidados serão instalados na casa de apoio já existente na propriedade, não sendo a reforma desta o objetivo deste trabalho. 53


O PROJETO - RISCO PRELIMINAR NOVO PAISAGISMO Para o Projeto Paisagístico da Chácara Sant’Anna foi escolhida uma abordagem de preservação e adensamento da arborização. Na porção sul do terreno, buscou-se implantar mais árvores em áreas vazias e adicionar mais espécies frutíferas nas áreas de pomar. Será implantada uma piscina natural em formato de pequeno lago com plantas filtradoras e purificadoras da água além de um espaço de passeio e permanência em volta da mesma. Estes espaços serão alamedas de grandes árvores ornamentais como flamboyants e pau-brasil e palmeiras imperiais, conforme a vontade dos clientes. Na porção Norte, onde será implantada a nova casa-contêiner, será implantado um jardim ornamental para a preservação de uma toca de corujas que existe atualmente. As vias internas representadas no projeto serão pavimentadas com material permeável e são percursos de sentido único para entrada e saída de veículos na propriedade.



CORTE CC’

CORTE BB’


CORTES URBANOS ESC.: 1/550


N

A NOVA CASA-CONTÊINER

Análise do espaço livre para a implantação do projeto sem retirar nenhuma árvore e aproveitando o sombreamento existente.

58

Implantação de contêineres e a realização de diversos estudos de composição possíveis na área delimitada.


N Após diversas tentativas de implantação dos módulos de contêiner, conforme o estudo anterior de plantas-baixas e aplicando as demandas dos clientes (plano de necessidades), foi possível chegar à composição acima.

Contêiner Espaço interno Deck / externo

59


A NOVA CASA-CONTÊINER O projeto busca integrar as demandas do plano de necessidades (em especial a biblioteca e o atelier) com o método construtivo adotado. A utilização de contêineres neste projeto residencial foi escolhida a pedido dos clientes mas também pelo seu caráter sustentável. Para a adaptação de contêineres a um projeto acessível optou-se trabalhar com os espaços “livres” entre os mesmo. Desta forma, tem-se um maior aproveitamento de área útil. O projeto será de estrutura híbrida visto que será necessária a implantação de uma laje de concreto nas áreas comuns. A cobertura destas áreas foi pensada para ser leve e isotérmica sustentada por uma estrutura metálica leve e também permitindo a entrada de luz natural na biblioteca. Já os contêineres precisarão de tratamento de pintura, recortes das aberturas, reforço estrutural nas partes de retirada das chapas e ótima impermeabilização da cobertura e das junções. Os espaços de estar (sala e cozinha) são amplos e conectados visualmente com o deck por meio de cortinas de vidro. Desta forma, o usuário estará sempre em contato com a paisagem e a natureza, trazendo assim o caráter biofílico para o projeto. Os espaços privados como o quarto e a biblioteca, por serem mais íntimos, foram adaptados de maneira compacta em contêineres mas aplicando as normas de acessibilidade. 60

O deck faz a conexão do de diversos ambientes, possibilitando a livre circulação dos usuários. Foi pensada também uma cobertura tanto para o acesso ao atelier em dias de chuva como para propiciar um sombreamento do espaço avarandado. Os clientes são pessoas que gostam de fazer suas refeições na área externa, desta forma o projeto propicia uma livre escolha entre o deck íntimo (ao lado da cozinha) e o deck-varanda (na fachada frontal/sala). CROQUI DO PROJETO


PLANTA DE COBERTURA ESC. 1/250

i = 10%

i = 10%

N

i = 10%

61


E N² Pm 9 C, W5 P 90

P 90

A H² Nm I, 7 Z O4 C1

. R² Rm 1 O, C9

² Am L5 A, 9 S1

² Cm 6 W, 2

A D² Am R6 T, N3 E

62

O² Tm R3 A, U1 Q2

A C E² Tm 4 O, I2 L B3 I B

A D N A² Rm A0 , V8 K4 C E D

N

PLANTA BAIXA ESC. 1/250

P 90

A' A

P 90


50 35 15

111 85

238

141 153

38

15 40

52

163

52

269

153

38

15 40

269

238

141

163

111

85

111

111

50

50

35 15

50

CORTE AA’ ESC. 1/125

63


FACHADAS

Fachada lateral esquerda Esc.: 1/150

64

Fachada lateral direita Esc.: 1/150


Fachada Frontal Esc.: 1/150

Fachada Posterior Esc.: 1/150

65


REFERÊNCIAS


ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5706. Coordenação Modular da Construção. Rio de Janeiro, 1977. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. AGOPYAN, V.; JOHN, V, M.;. O desafio da sustentabilidade na construção civil. Editora Edgard Blucher Ltda.São Paulo, 2011. ALMEIDA, Caliane Christie Oliveira de.; OCCHI, Tailene. Uso de containers na construção civil: viabilidade construtiva e percepção dos moradores de Passo Fundo-RS. Faculdade Meridional – IMED. Passo Fundo/RS. Revista de Arquitetura IMED, 5(1): 16-27, jan./jun. 2016 - ISSN 2318-1109. Disponível em: https://seer.imed.edu.br/index.php/arqimed/article/view/1282 BESTETTI, Maria Luisa Trindade. Habitação para idosos. O trabalho do arquiteto, arquitetura e cidade. 2006. Tese (Doutorado em Estruturas Ambientais Urbanas) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. Acesso em: 2017-09-29. DUARTE, P, José. Tipo e módulo: abordagem ao processo de produção de habitação. Coleção Edifícios. Lisboa, 1995. EDWARDS, Brian. O Guia Básico para a Sustentabilidade. Londres, 2005. FROTA, Anésia Barros. Manual de conforto térmico : arquitetura, urbanismo / Anésia Barros Frota, Sueli Ramos Schiffer. — 5. ed. — São Paulo : Studio Nobel, 2001. GARRIDO, Luis de. Sustainable Architecture Containers. Editora: Instituto Monsa de Ediciones. Barcelona, 2011 JOURDA, Françoise-Héléne. Pequeno Manual do projeto sustentável. Editora: GG. São Paulo, 2012. KOTNIK, Jure. Container Architecture. Editora: Links Books. Barcelona, 2008. KOTNIK, Jure. New Container Architecture: Designed Guide + 30 Case Studies. Editora: Links Books. Barcelona, 2013. MENDES, Farah Rejenne Corrêa. AMBIENTE DOMICILIAR X LONGEVIDADE: Pequena história de uma casa para a velhice. Dissertação de Mestrado. PUC-SP. São Paulo, 2007. MILANEZE, Giovana Leticia Schindler; BIELSHOWSKY, Bernardo Brasil; BITTENCOURT, Luis Felipe; SILVA, Ricardo da; MACHADO, Lucas Tiscoski. A utilização de containers como alternativa de habitação social no município de Criciúma/SC. 1º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense, IFSC, Santa Catarina, 2012. Disponível em: http://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/arti67


cle/ view/577/420. Acesso em: 04/09/2017 MURARO, C.; OLIVEIRA, F.; JUNIOR, J.; ROBERTO, M.; KOSINI, P. A tendência de utilização de embalagens retornáveis em industrias - um estudo exploratório no Brasil. Revista jovens pesquisadores da Universidade Mackenzie, v.5 2006. Disponível em: http://meusite.mackenzie.com.br/leitepr/public. htm. Acesso em: 05/09/2017. PATINHA, Sérgio. Construção modular-desenvolvimento da ideia: casa numa caixa. 2011. Dissertação (Mestrado) - Universidade de Aveiro. PROCEL EDIFICA - EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES. Ventilação Natural em Edificações - Rio de Janeiro, agosto/2010 ROAF, Sue; FUENTES, Manuel; THOMAS-RESS, Stephanie. Ecohouse: a casa ambientalmente sustentável. 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. ROSSETTI, Eduardo Pierrotti. Morar brasileiro. Impressões e nexos atuais da casa e do espaço doméstico. Arquitextos, São Paulo, ano 15, n. 169.01, Vitruvius, jun. 2014. Disponível em: <http://www. vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/15.169/ 5220>. Acesso em: 2017-09-09. WASSAUF, Micheel. Passivhaus: da casa passiva à Norma - A arquitetura passiva em climas quentes. Editorial Gustavo Gili, SL, Barcelona, 2014. WILSON, Edward O. Biophilia. Harvard University Press, 1984. WINES, J. Green Architecture. Milan : Taschen, 2000. 240p. ZIMERMAN, Guite I. Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: Artes Médicas Sul; 2000. Sites consultados Mapas Lago Oeste: http://www.asproeste.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=189:projeto-de-enderecamento&catid=18:projetos&Itemid=101 Informações sobre o Lago Oeste: http://ecosbrasilong.blogspot.com.br/2012/12/nucleo-rural-lago-oeste-parna-brasilia.html Arquitetura para idosos http://44arquitetura.com.br/2015/11/projetar-residencia-para-idosos/ Obs.: Para fotografias sem descrição da Fonte, considerar: Foto: Linda Carvalho em 07/08/2017 Personagem das contra-capas. Autora: Yana Chintsova. Fonte: http://www.flickr.com 68


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