Revista_177

Page 1

Linha Direta INOVAÇÃO . EDUCAÇÃO . GESTÃO

ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

NOVA SEÇÃO Conexão Linha Direta EVOLUÇÃO O mundo das diversas gerações DICA Semana pedagógica transformadora

Universidade em Sergipe dá bons exemplos de comprometimento com o desenvolvimento da comunidade

TESTES Novas aplicações

EDIÇÃO 177

ANO 16 - DEZEMBRO 2012

ADEQUAÇÃO Novo ambiente educacional

LANÇAMENTO XII Encontro Mineiro de Educação

Antonio Luiz Rios

Emiro Barbini


editorial

Nova seção

Nueva sección

E já estamos no final de 2012. Tempo de balanço do ano que passou e de pensar o ano que está por vir. Para a Linha Direta, foi um ano marcante, de muito trabalho, de reformulações e de mudança. E, para fechar o ano com chave de ouro, esta edição traz mais uma novidade para você, caro leitor. Abrimos as páginas da Revista para uma nova seção: a Conexão Linha Direta. O espaço terá a responsabilidade de ser uma extensão do Fórum Internacional de Lideranças Educacionais, evento realizado pela Linha Direta em parceria com a Conexa Eventos. A cada mês, serão apresentadas entrevistas, artigos, agendas e informações importantes relacionadas ao Fórum. Aproveito a oportunidade para reiterar que já temos quatro eventos programados para 2013: 8 e 9 de maio no Rio de Janeiro/RJ, 24 e 25 de junho em Campo Grande/ MS, 12 e 13 de setembro na Costa do Sauipe/BA e 19 e 20 de setembro em Belo Horizonte/MG. Por fim, quero informar que a Linha Direta termina o ano de casa nova e que você é meu convidado para um café. Será um prazer recebê-lo! Boas festas!

Y ya estamos en el final de 2012. Tiempo de balance del año que pasó y de pensar en el año que está por venir. Para Linha Direta, fue un año destacado, de mucho trabajo, de reformulaciones y de cambio. Y, para cerrar el año con llave de oro, esta edición trae una novedad más para usted, estimado lector. Abrimos las páginas de la Revista para una nueva sección: la Conexão Linha Direta. El espacio tendrá la responsabilidad de ser una extensión del Fórum Internacional de Lideranças Educacionais, evento realizado por Linha Direta en conjunto con Conexa Eventos. A cada mes, serán presentadas entrevistas, artículos, agendas e informaciones importantes relacionadas al Foro. Aprovecho la oportunidad para reiterar que ya tenemos cuatro eventos programados para 2013: 8 e 9 de mayo en Rio de Janeiro/RJ, 24 e 25 de junio en Campo Grande/MS, 12 e 13 de septiembre en Costa do Sauipe/BA e 19 e 20 de septiembre en Belo Horizonte/MG. Finalmente, quiero informar que Linha Direta termina el año de casa nueva y que usted es mi invitado para tomar un café. ¡Será un placer recibirlo! ¡Felices fiestas!

Marcelo Chucre da Costa Presidente da Linha Direta

Marcelo Chucre da Costa Presidente de Linha Direta

Publicação mensal dos Sinepes, Anaceu, Consed, ABMES, Abrafi, ABM, Fundação L’Hermitage e Sieeesp

Presidente Marcelo Chucre da Costa Diretora Executiva Laila Aninger Editora Valéria Araújo – MG 16.143 JP Designer Gráfico Rafael Rosa Atendimento Flávia Alves Passos Estagiário de Jornalismo Renan Costa Coelho Preparadora de Texto/Revisora Cibele Silva Tradutor/Revisor de Espanhol Gustavo Costa Fuentes - RFT1410 Consultor Editorial Ryon Braga Consultor em Gestão Estratégica e Responsabilidade Social Marcelo Freitas Consultora para o Ensino Superior Maria Carmem T. Christóvam

6

Revista Revista Linha Linha Direta Direta

Conselho Consultivo Airton de Almeida Oliveira Presidente do Sinepe/CE Amábile Pacios Presidente da Fenep Antônio Lúcio dos Santos Presidente do Sinepe/RO Átila Rodrigues Presidente do Sinepe/Triângulo Mineiro Benjamin Ribeiro da Silva Presidente do Sieeesp Cláudia Regina de Souza Costa Presidente do Sinepe/RJ Dalton Luís de Moraes Leal Presidente do Sinepe/PI Emiro Barbini Presidente do Sinep/MG Fátima de Mello Franco Presidente do Sinepe/DF Fátima Turano Presidente do Sinepe/NMG Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES Gelson Menegatti Filho Presidente do Sinepe/MT Hermes Ferreira Figueiredo Presidente do Semesp Ivana de Siqueira Diretora da OEI em Brasília Ivo Calado Asepepe

Jacir J. Venturi Presidente do Sinepe/PR – Curitiba Jorge de Jesus Bernardo Presidente da Abrafi e do Semesg José Carlos Barbieri Presidente do Sinepe/NOPR José Carlos Rassier Secretário Nacional da ABM Krishnaaor Ávila Stréglio Presidente do Sinepe/GO Manoel Alves Presidente da Fundação Universa Marco Antônio de Souza Presidente do Sinepe/NPR Marcos Antônio Simi Presidente do Sinepe/Sul de Minas Maria da Gloria Paim Barcellos Presidente do Sinepe/MS Maria Nilene Badeca da Costa Presidente do Consed Miguel Luiz Detsi Neto Presidente do Sinepe/Sudeste/MG Natálio Dantas Presidente do Sinepe/BA Odésio de Souza Medeiros Presidente do Sinepe/PB Osvino Toillier Presidente do Sinepe/RS Paulo Antonio Gomes Cardim Presidente da Anaceu

Paulo Sérgio Machado Ribeiro Presidente do Sinepe/AM Pe. João Batista Lima Presidente do Sinepe/ES Suely Melo de Castro Menezes Vice-presidente do Sinepe/PA Thiers Theófilo do Bom Conselho Neto Presidente da Fenen Victor Maurício Nótrica Presidente do Sinepe/Rio Pré-Impressão e Impressão Rona Editora – 31 3303-9999 Tiragem: 20.000 exemplares

As ideias expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião da Revista. Os artigos são colaborativos e podem ser reproduzidos, desde que a fonte seja citada.

Rua Felipe dos Santos, 825 - Conj. 305/306 - Lourdes - Belo Horizonte - MG - CEP: 30.180-160 - Tel.: (31) 3281-1537 - www.linhadireta.com.br


conexão linha direta

ATENÇÃO À CRIANÇA C

elso dos Santos Vasconcelos foi um dos palestrantes do Conexão Linha Direta – I Fórum Internacional de Lideranças Educacionais. Doutor em Educação, mestre em História e Filosofia da Educação e responsável pelo Libertad – Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica, Vasconcelos fala, em entrevista exclusiva à Linha Direta, entre outras coisas, sobre a crescente sensibilização em relação à educação infantil e como ela pode favorecer o desenvolvimento de algumas competências. Confira!

Fale um pouco sobre o conceito da Epidemia de Chicó e sobre como combatê-la. Quando falo da Epidemia de Chicó, estou me referindo a essa presença tão forte do senso comum na educação escolar. Refiro-me aí ao Chicó, uma alusão àquele personagem do Auto da compadecida que contava uma história fantástica e, quando perguntavam como é que aquilo tinha acontecido, ele dizia: “Não sei, só sei que foi assim.” Por exemplo, perguntamos a um professor como é que o aluno dele aprendeu e, muitas vezes, a resposta é muito semelhante a essa: “Eu não sei, só sei que ele aprendeu.” Em relação ao combate à Epidemia de Chicó, entendo que se dá, antes de tudo, pela disposição do professor de aprender, pela curiosidade, pela disposição epistemofílica, o desejo, o querer, a motivação, a mobilização, que pode começar por uma coisa muito simples, que é o prestar atenção ao aluno em sala de aula. Então, a partir dessa observação da sala de aula, ele começa a refletir sobre sua prática e a buscar esses fundamentos.

Lucas Ávila

Durante a palestra, você disse que o Brasil tem acordado para a questão da educação infantil. O que mudou, ou vem mudando?

Celso dos Santos Vasconcelos Revista Linha Direta

Percebo que, em primeiro lugar, há atualmente um crescimento da sensibilidade em relação à


Palestrante alerta para a importância da educação infantil

infância e à educação infantil. As pessoas estão percebendo o quanto a educação infantil pode favorecer o desenvolvimento de algumas competências, de algumas posturas, de alguns conhecimentos básicos nos alunos, o que ajuda depois quando eles vão para o ensino fundamental. E, ao mesmo tempo, essa sensibilidade também tem se traduzido em políticas públicas. Percebemos aí a própria mudança da legislação educacional, com a introdução do ensino fundamental de nove anos. Outro avanço é a tendência em tornar obrigatória essa fase de educação infantil. O movimento é favorável, a maré é favorável para isso, pois há uma abertura da sociedade como um todo e dos educadores em particular para a importância da educação infantil. Até que ponto a escola pode influenciar positivamente na realidade de uma criança que traz de casa uma defasagem cultural e até mesmo relacional? Como ela pode corrigir essas falhas? Trata-se daquele princípio básico: se a família é fraca, a escola tem de ser forte! Para alguns alunos, a escola é quase que só um complemento, em função de toda a experiência familiar que têm (acesso a meios de comunicação, a livros, jornais, revistas, teatro, cinema, viagens, internet, TV a cabo, enfim, todo um universo cultural). Eles

têm toda uma base que facilita o trabalho da escola. Mas a escola não existe para trabalhar apenas com os alunos que têm facilidade. A escola existe para trabalhar com todos! Essa que é a perspectiva, num horizonte democrático. Entendemos que a escola pode e deve, sim, fazer essa diferença. Se o aluno não teve essas oportunidades na família, deve ter ainda mais na escola, como elemento de favorecimento desses aspectos que são tão importantes. Você condena a questão do ensino expositivo? O que o Projeto Político Pedagógico (PPP) faz para ir contra isso? O que criticamos é o ensino meramente expositivo. Primeiro, há uma diferença, que precisa ser considerada, entre a mera exposição, que é a exposição clássica, o professor falando o tempo todo, o aluno só ouvindo, e outra forma de trabalho, que é a exposição dialogada. A exposição dialogada já supõe uma dinâmica de interação, mesmo que o professor ainda faça a exposição. Ou seja, não temos ainda um currículo organizado com projetos, com temas geradores, que é um currículo já com maior autonomia, maior potencial significativo. Nesse currículo, não é o professor que vai levar o conteú­ do, é o aluno que vai atrás dos conteúdos ligados ao tema que está estudando. Todavia, enten-

do que, nos dias atuais, a passagem de uma aula meramente expositiva para uma exposição dialogada já é um grande avanço. Na exposição dialogada, o professor vai trazendo os elementos e provocando, esperando a participação dos alunos. O PPP, definindo critérios, princípios e valores, em relação à metodologia de trabalho, dá suporte para que essa construção seja feita no cotidiano da sala de aula. Até que ponto o desânimo do professor influencia o aluno e o do aluno influencia o professor? Temos de considerar que o adulto da relação é o professor. Assim, ele não pode, simplesmente, justificar o seu desânimo em função do desânimo dos alunos. É preciso um professor convicto das suas atribuições, um professor que procura estar inteiro em sala de aula, para que possa também criar esse campo favorável na sala de aula em relação aos alunos. O ânimo do professor é um elemento muito decisivo. Quando ele se coloca numa posição ativa, quando sabe o que está fazendo, deseja estar ali, deseja ser professor, deseja ser professor daquela escola e ainda deseja ser professor daqueles alunos, ou seja, quando ele demonstra aos alunos que ele não está ali por acaso, por incompetência ou falta de opção, isso faz uma diferença muito grande!  Revista Linha Direta


contexto

Tradicional e Editora FTD se adequa ao novo ambiente educacional e continua comprometida com a melhoria da educação

O

cenário contemporâneo mudou assim que as novas tecnologias da informação e da comunicação entraram em cena. A internet expandiu as possibilidades no que diz respeito à veiculação de novos conteúdos e maneiras de pensar e fazer educação. Para falar desse cenário, nada melhor do que dar voz a uma empresa que acompanhou de perto as mudanças que ocorreram no campo educacional nos últimos tempos. Com 110 anos de existência, a Editora FTD, uma empresa comprometida com a melhoria da educação no Brasil, busca se adequar a esse novo ambiente de ensino-aprendizagem. Em entrevista à Linha Direta, ­Antonio Luiz Rios, diretor superintendente da Editora, fala desse ambiente permeado pelas novidades que a internet coloca em cena. A entrevista aborda ainda temas como as ações que a Editora promove, visando a melhorar a educação no País, e os motivos que explicam sua longevidade. Como unir tradição e modernidade em benefício da educação? Uma empresa de 110 anos, como é o caso da FTD, tem papel importante no contexto educacional brasileiro, contribuindo com todo o

Revista Linha Direta

seu conhecimento na trajetória da educação. A empresa passa importantes dados históricos para o País na linha da educação, empregando isso em seu material didático. E a questão da modernidade é fundamental, porque a sociedade se renova a partir das novas tecnologias e da quebra de paradigmas. Essa nova realidade precisa ser incorporada ao fazer educacional, do ponto de vista do que as novas gerações trazem de ideias ou mudanças de hábitos e valores. Nesse cenário em que a competitividade faz parte do cotidiano das instituições, como gerar vantagens competitivas no mercado educacional? Vivemos hoje um momento de enorme competitividade, não só no mundo editorial, mas em qualquer segmento do mercado. Acredito que, para obter vantagens competitivas, as organizações precisam se reinventar e inovar. Em relação ao mercado educacional, acredito que a grande discussão que se apresenta é: como agregar as novas tecnologias à educação de uma maneira que gere valor e auxilie no ensino? Então uma maneira de gerar vantagem competitiva no momento seria buscar essa novidade tão integrada à juventude, no caso, as mídias

sociais, e fazer com que, através delas, a criança aumente seu nível cultural e seu aprendizado. E quanto à questão da dispersão que essas mídias sociais geram nos jovens? É esse o ponto por onde toda a discussão gira. Como introduzir isso de uma maneira saudável, fazendo com que o aluno utilize essas tecnologias para aprender, e não para se distrair. Acredito que a primeira coisa a ser levada em conta é: como os professores lidam com essa nova realidade, que para muitos deles é realmente uma coisa nova. Então é preciso trabalhar os professores para que eles saibam a melhor maneira de se usar esses recursos para o aprendizado e absorção do conhecimento por parte dos alunos. Quais são os diferenciais de uma empresa com mais de cem anos de trabalhos relacionados à educação? Primeiramente, acredito que o maior diferencial é a qualidade do nosso material. Uma empresa com 110 anos possui um enorme acúmulo de conhecimento. A qualidade advém dessa experiência e do trabalho de autores renomados


Divulgação

A missão da FTD é reconhecer e privilegiar a formação integral do ser humano. O que tem sido feito nessa direção? O ponto fundamental do que estamos fazendo, além de iniciativas como essas que já falamos, é buscar a qualidade do conteúdo da obra. Também procuramos permear, de maneira transversal, a questão dos valores dentro das nossas coleções didáticas. Posso citar, por exemplo, uma coleção lançada por nós este ano, que se chama Mundo melhor. O próprio nome já revela nossa intenção, que é construir uma sociedade aperfeiçoada. Então procuramos, dentro das disciplinas curriculares, abordar assuntos relacionados a valores como ética, cidadania, respeito e solidariedade. Dessa forma, esses valores contidos dentro da obra contribuem não só para a formação acadêmica dos alunos, mas também para a formação deles enquanto cidadãos.

Antonio Luiz Rios, diretor superintendente da Editora FTD

e tradicionais, mas que ao mesmo tempo estão por dentro dessas novidades que permeiam a sociedade. O segundo ponto é nossa presença junto aos educadores. A FTD é parceira da escola, e trabalha ajudando os educadores a crescer e a aprimorar seus métodos de ensino. A Editora tem planos para melhorar a educação do Brasil. Que planos são esses? A FTD já tem contribuído para a melhora da educação no Brasil há mais de cem anos. Em relação ao futuro, temos a questão da atualização da Editora no contexto da educação digital. Ainda não

sabemos onde essa tendência vai desembocar, mas é um caminho sem volta, e precisamos nos adequar a ele. Apoiamos também muitas iniciativas de escolas públicas e particulares, na questão da complementação da formação dos professores. Isso ocorre através de parcerias com universidades de ensino a distância. Outra frente que poderíamos mencionar é um projeto que a Editora apoia, que incentiva a leitura de estudantes de escolas públicas em regiões mais carentes. Acreditamos que uma boa educação passa pela questão de um país formar leitores. Um país que lê é mais culto e mais educado, no sentido amplo da palavra.

Qual o maior desafio da FTD, que está lançando o primeiro catálogo de livros literários digitais? Estamos trabalhando, neste momento, na conversão dos livros do impresso para o digital. E o maior desafio é entender como adequar o livro a essa nova realidade, porque não basta simplesmente converter o livro de papel para o digital. É preciso que se tenha uma interatividade, alguma coisa que chame a atenção da criança e do jovem. Existe aí um aprendizado. É diferente da edição de um livro que será impresso depois. Então o desafio é colocar o editor conectado com essa nova realidade. No fim das contas, isso é uma mudança de paradigma, uma mudança na maneira de pensar.  Revista Linha Direta


capa

ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Universidade em Sergipe dá bons exemplos de comprometimento com o desenvolvimento da comunidade

M

ais do que oferecer condições para a realização de um processo educacional de qualidade, uma universidade deve estar ciente de sua importância na comunidade onde está inserida. Desenvolvendo os conceitos de extensão, ensino e pesquisa, que são os pilares para o reconhecimento de uma instituição enquanto universidade, ela deve trabalhar para que os benefícios proporcionados não se limitem ao seu espaço físico. De Aracaju, em Sergipe, surge um bom exemplo de instituição comprometida com o desenvolvimento da comunidade que a rodeia. A Universidade Tiradentes (Unit), que comemora 50 anos em 2012, realiza projetos de extensão que visam a garantir melhores condições de vida aos moradores da cidade, além de realizar importantes ações de valorização e conservação da cultura local. A equipe da Linha Direta foi até Aracaju para conhecer de perto o trabalho realizado pela instituição. Confira!

Revista Linha Direta

A serviço da comunidade Fundador da instituição e principal responsável pelas ações desenvolvidas pela universidade, o professor Jouberto Uchôa, reitor da Unit, se mostra bastante preocupado em melhorar as condições sociais e culturais da comunidade em seu entorno. Após meio século de dedicação, Uchôa vê sua história de vida se confundir com a da instituição. Ele fala dos projetos que a Unit desenvolve com o objetivo de proporcionar aos alunos uma prática que sirva de complemento para o conteúdo ministrado em sala, além de oferecer à população ações de desenvolvimento social e cultural. “Na área de extensão, temos uma clínica de fisioterapia para pessoas carentes que é a única do Estado, onde atendemos a aproximadamente 300 pessoas por dia. Atendemos também à comunidade carente de Aracaju nas áreas de odontologia e psicologia. Além disso, estamos preparando uma clínica-escola em um bairro chamado Coroa do Meio”, conta.


Fotos: Marcelo Freitas

O professor se mostra bastante preocupado em desenvolver ações de cidadania que beneficiem a população. No Escritório Modelo de Assistência Judiciária, por exemplo, estudantes de direito fazem cerca de 2.500 atendimentos por ano. “Criamos, há 12 anos, o Projeto Reformatório, por meio do qual damos assistência a reformatórios que possuem presos pobres, que não têm condições de pagar um advogado”, explica Uchôa. Além disso, todos os anos, no mês de setembro, a Unit monta, no Mercado Municipal da cidade, onde circulam as pessoas mais carentes, atendimentos com professores e alunos de todos os cursos que possuem parte prática. “Fazemos exames de sangue, fezes, urina e também emitimos carteira de identidade. Todas as áreas de estudos que temos comparecem a essa praça para prestar os serviços possíveis à comunidade”, ­ressalta. Valorização da região A qualificação da educação infantil e a democratização do ensino também são bandeiras defendidas pelo professor Uchôa, que hoje colhe os frutos desse investimento. “A pedido do governo, abrimos uma escola para substituir uma instituição que funcionava no bairro Industrial, em uma região carente de Aracaju”, conta. “A escola, que atende a aproximadamente 400 crianças, em 2009 foi classificada como a melhor do Estado para crianças pobres pelo Ideb”, ressalta.

Jouberto Uchôa, fundador e reitor da Unit

Outro destaque do trabalho da universidade é que ela exerce um papel muito forte de valorização dos nomes que fizeram a história de Sergipe. O professor Uchôa diz Revista Linha Direta


ter essa preocupação por acreditar que em Sergipe não há um sentimento de preservação da memória de quem construiu a história do Estado. Dessa forma, a universidade criou o Memorial de Sergipe, espaço que nasceu justamente para que sejam contadas as histórias de importantes personalidades locais. “Uma universidade precisa ser comprometida com a história e com a cultura do Estado onde se insere. Pensando nisso, criamos o Memorial, onde são encontradas peças de 12 mil anos atrás, como fósseis muito bem conservados, e também objetos que remetem à cultura, ao folclore, à literatura e à religiosidade do povo sergipano. Lá se encontra também o acervo de Rosa Faria.” O acervo do Memorial conta histórias famosas, como a do cangaceiro Virgulino Lampião, e também valoriza a memória de personagens desconhecidos de muitos, mas que são de grande importância para a cultura local. “Temos um material que conta histórias da Segunda Guerra Mundial. Além disso, contamos com um acervo de livros que pertenceu a Luiz Antônio Barreto, um dos maiores pesquisadores da história do Estado. Ele foi membro da Academia Brasileira de Filosofia. Seu acervo cultural possui aproximadamente 25 mil livros, que guardam toda a memória de Sergipe.” A devoção que o professor Uchôa demonstra pelo trabalho desenvolvido é alimentada pela vontade de oferecer aos moradores carentes da região uma vida mais digna. Entre uma história e outra, o professor não esconde a alegria de estar ajudando. Durante o relato de uma história em especial, ele não conseguiu conter a emoção. Revista Linha Direta

“Há quatro anos, Aracaju completou 150 anos. Então, fizemos um livro homenageando as mulheres do Estado que fizeram história. Durante a pesquisa, descobrimos uma história emocionante de uma senhora que hoje mora no bairro Industrial, mas que nasceu e cresceu na Barra dos Coqueiros, uma ilha próxima a Aracaju, porém sem ligação direta com a capital. Na época da pesquisa, essa senhora estava com 78 anos e, quando criança, ela havia desenhado uma ponte de Aracaju para Barra dos Coqueiros. O governo fez essa ponte em 2006, mas essa senhora ainda não a conhecia. Então, pudemos levá-la­à ponte. Ela chorou de emoção e emocionou os ­pesquisadores.” Trajetória O sucesso e o nível de excelência que caracterizam a Unit atualmente contrastam com as dificuldades enfrentadas no começo. O reitor conta que houve muita desconfiança quanto ao fato de se inaugurar uma instituição privada de ensino no Estado, o que gerou muita resistência e questionamento quanto à qualidade do ensino oferecido. Na época, Sergipe contava apenas com algumas faculdades, que vieram a constituir a Universidade Federal. Mas, com o passar do tempo, a Unit obteve o devido reconhecimento. Dificuldades à parte, hoje a Unit colhe os frutos do trabalho bem realizado. O professor Uchôa fala com orgulho das conquistas alcançadas pela instituição, que se expandiu para além de terras sergipanas. “Chegamos aos dias atuais com cinco campi. Criamos uma unidade em Maceió/AL, que foi classificada pelo MEC, em 2011, como a melhor instituição

do Estado, com Índice Geral de Cursos (IGC) 4. Este ano, conseguimos chegar a Pernambuco, no Recife, com a Faculdade Integrada de Pernambuco (Facipe), que tem cursos nas áreas da saúde e das ciências humanas. Temos também mais de 20 polos de Educação a Distância, que beneficiam populações em 70% do Estado de Sergipe. Ao todo, são 56 cursos, entre graduações, tecnológicos e EaD, além de quatro mestrados e dois doutorados.” Para o professor, o sucesso da instituição se deve ao envolvimento e ao comprometimento de seus diretores. “Quero dizer que essa conquista se deu em razão de um trabalho que eu poderia classificar como amador, não no sentido de falta de conhecimento, mas de devoção e dedicação.” Uchôa faz questão de reconhecer a importância de cada trabalhador para o funcionamento da universidade. Ele diz que, antes de inaugurar o Colégio Tiradentes, que depois veio a se tornar a universidade, ele trabalhou em uma escola onde foi de vigia a diretor, e por isso reconhece que todos os colaboradores realizam papéis importantes para a instituição. “Não admito que não tratem bem as pessoas. Não passo por nenhum funcionário sem cumprimentar, porque eu sei o quanto ele representa para a universidade. O que ele sabe fazer, eu não sei.” O professor diz ainda que seus familiares desempenharam fundamental papel para o crescimento da instituição e, ao contrário do que muitos possam pensar, a atuação da família Uchôa não se ateve a apoiar de longe as ações realizadas pelo chefe da família.


Laboratório Unit-lab A Universidade Tiradentes possui um laboratório de análises clínicas que serve como laboratório-escola para os estudantes de biomedicina e farmácia, que optam pela especialização em análises clínicas. O laboratório funciona como um projeto de extensão da universidade, o qual visa a atender à população, basicamente, através do Sistema Único de Saúde (SUS). O laboratório também funciona como estágio para os alunos, principalmente os que estão no final de seus cursos

Clínica odontológica Conceito máximo nas avaliações feitas pelo MEC, a clínica odontológica da Unit oferece à comunidade carente a oportunidade de um tratamento dentário de qualidade, além de funcionar como área de atuação prática para os alunos. Por mês, são realizados cerca de mil atendimentos à população

Centro de Educação e Saúde Ninota Garcia O Centro de Educação e Saúde Ninota Garcia funciona como extensão da Universidade Tiradentes no curso de Fisioterapia. A clínica atende a cinco áreas: respiratória, pediatria, geriatria, ortopedia e neurologia adulta. Os atendimentos são realizados por alunos em fase final do curso, sob a supervisão de professores das áreas

Revista Linha Direta


Uchôa Júnior comemora os bons resultados obtidos com o novo modelo de gestão. Ele diz que a gestão corporativa tornou mais fácil e clara a administração da instituição. “Com esse planejamento, verificamos o aumento da transparência em nossas relações. Hoje, todos os gestores sabem quanto a sua unidade possui de receita e despesa, por exemplo.” O superintendente fala do sucesso alcançado com a adoção do modelo, salientando ainda a adoção de um novo componente que promete complementar o trabalho que vem sendo realizado. “Neste último ano, trouxemos mais um conselheiro, que acreditamos ser a peça que faltava para a estrutura de governança, um conselheiro externo voltado para a área de educação. Já tínhamos dois conselheiros externos, um voltado para a área de finanças e outro para a de gestão”, explica. Uchôa Júnior, superintendente-geral do Grupo Tiradentes

Gestão corporativa Desde 2007, o Grupo Tiradentes, constituído pela Unit, pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) – ambos em Sergipe –, pela Faculdade Integrada Tiradentes, em Maceió/AL, e pela Faculdade ­Integrada de Pernambuco (Facipe)­, adota as boas práticas da governança corporativa. Além de permanecer tendo o professor Uchôa como presidente do Conselho de Administração e reitor da Unit, a instituição passou a ser gerida também pelos outros membros da família e por um conselho administrativo externo. Para o professor Uchôa Júnior, superintendente-geral do Grupo Tiradentes, a governança corporativa aperfeiçoou o processo de Revista Linha Direta

gestão da instituição. Ele diz que houve um aprimoramento da qualidade a partir do momento em que as ações passaram a ser pensadas não só para o presente, mas também para o futuro. Professor Júnior diz que a ideia de adotar esse modelo surgiu quando o Grupo iniciou um processo de expansão. “Essa necessidade se fez mais clara quando inauguramos uma segunda instituição. Em 2006, demos o primeiro salto na questão da expansão da universidade, inaugurando a Faculdade Integrada Tiradentes em Maceió/ AL. Quando tínhamos apenas a Unit, víamos que todos estavam trabalhando em um mesmo processo em prol da instituição, mas essa expansão fez com que tivéssemos que dividir as ações.”

Jouberto Uchôa diz que a governança corporativa tornou o processo de tomada de decisões mais democrático. Para ele, a possibilidade de novas ideias serem postas em discussão fez com que o Grupo se desenvolvesse, e esse novo pensamento coletivo precisa ser assimilado pelos diretores, que passam a ter de compartilhar do poder nas tomadas de decisões. “Para estabelecer uma governança corporativa em uma empresa que também é familiar, é preciso que o líder não seja ditador. Então, para tomar qualquer decisão, eu preciso ouvir os diretores, pois eles são responsáveis pelos seus respectivos setores. Hoje, o superintendente da instituição decide mais do que eu. Cada um dos meus filhos é responsável por um setor em que possui habilidade. Essa é a razão do sucesso”, conclui o fundador. 


Escola infantil O Núcleo de Educação da Unit é uma escola voltada para a educação infantil, que funciona em parceria com a universidade. A qualidade dos professores, somada à participação dos pais no cotidiano escolar, fizeram com que os alunos conseguissem os melhores índices do Estado na avaliação do Ideb de 2009

Memorial dE Sergipe Criado em 1998, o Memorial de Sergipe nasceu com o objetivo de preservar e divulgar a história do Estado. Além de possuir em seu acervo objetos e documentos que relatam a vida de personagens importantes para a história sergipana, o Memorial realiza projetos sociais que visam a proporcionar a crianças carentes um conhecimento acerca da história de Sergipe

Revista Linha Direta


conhecimento

O mundo das diversas gerações

A

s previsões Maia podem ser interpretadas como uma aproximação do fim do mundo, já que vivemos um turbilhão de mudanças que repercute, sobretudo, na dificuldade de comunicação entre as gerações. Precisamos nos preparar para receber as próximas gerações em nossas escolas! Elas vêm de bisavós da Geração Silenciosa, avós da Geração Baby Boom, pais da Geração X e irmãos da Geração Y. São os jovens da Geração Z, nascidos a partir da segunda metade da década de 1990 até 2010. É a geração precursora do século XXI, relativamente nova, para cujas características ainda não há uma definição clara, a não ser o fato de terem nascido em uma grande rede virtual e encantarem pela capacidade de aprender e entender as transformações da World Wide Web. O grande lance dessa geração é zapear entre canais de TV, internet, games, smartphones e players. São nativos digitais, extremamente conectados. TV ligada enquanto se estuda e fones nos ouvidos ao redigir um trabalho. Um mundo tecnológico e virtual, com muitas novidades e informações. É um volume de conhecimento que acaba se tornando obsoleto. Aliás, obsolescência é uma característica dessa geração. A rapidez com que os avanços tecnológicos se apresentam condicionou os jovens a rapidamente deixar de dar valor às coisas. Se a vida virtual é fácil, muitas vezes a real é prejudicada pela falta de habilidades interpessoais. É uma geração também apelidada de “geração silenciosa”, marcada pela falta de expressividade verbal, talvez pelo fato de estar sempre de fones de ouvido, escutar pouco e falar menos ainda, definida como aquela que tende ao egocentrismo. Alguns sistemas de educação estão investigando as possibilidades do uso da tecnologia para atender a essa geração. Um novo estilo de aprendizagem, modificando o papel do professor para um gestor de instrução, que orienta os alunos, cria oportunidades de aprendizagem colaborativa e fornece informações e apoio, tanto durante quanto fora do período de aula. Um ensino sob medida, em que recortar, copiar e colar poderão ser os novos recursos que complementarão o livro e poderão até suplantá-lo, sendo substituído por textos online que permitam aos professores editar, adicionar ou personalizar o material. Essas ações irão desafiar as noções tradicionais de construção de conhecimento, propriedade intelectual e direitos autorais. Essas são previsões, projeções e visões de um futuro que se desenha e, para que se tornem realidade, demandarão movimento pessoal e social de abertura, flexibilidade e permanente aprendizagem. O desafio é quebrar os paradigmas estabelecidos! Se para a Geração Z já está difícil, esperem até a Geração Alfa entrar na escola! 

Revista Linha Direta

Alexandre Gobbo Professor, conferencista e escritor. Desenvolve atualmente orientação profissional de jovens e adultos através do Coaching de Carreira. Consultor da RCE www.redecatolicadeeducacao.com.br


gestão

Francisca Paris*

Por uma semana pedagógica de fato transformadora O

© Gorilla/Photoexpress

ano caminha para o fim, e todo gestor educacional certamente já tem os olhos voltados para 2013. Fazem parte de uma lista de ações, provavelmente, uma semana pedagógica, um curso ou evento que marcarão a volta dos professores e o início do ano letivo. Claro, não há nada de errado em realizar momentos de formação como esses. Ocorre que muitas vezes tais semanas acontecem de modo inercial, formal, sem muita reflexão, foco e conexão com a realidade da escola. A consequência é que se alocam tempo e recursos que poderiam ser mais bem utilizados. Por isso, aqui seguem algumas dicas para quem quer transformações mais efetivas na vida escolar.

Revista Linha Direta


1. A primeira questão, que deveria ser óbvia, é sobre o contexto em que acontecem as semanas pedagógicas. São eventos isolados ou fazem parte de um plano geral de formação? Se sua escola não tem uma política de formação continuada, com começo, meio e fim, está na hora de começar a pensar nisso. Não é um evento isolado no começo do ano que garantirá qualquer melhoria mais profunda em seu corpo docente e na instituição de ensino. 2. Pense que a semana pedagógica deve responder a questões de sua realidade. Quais são os dilemas que sua instituição vive? O que é necessário melhorar? Para que direção você, gestor, gostaria de sinalizar, escolhendo este ou aquele tema, este ou aquele palestrante? Essa intencionalidade deve fazer parte da ação formativa que será proposta aos professores. 3. Uma vez definidos o tema e a abordagem esperada, não se preocupe em contratar os palestrantes mais renomados. Pense Revista Linha Direta

no resultado que espera e procure especialistas que tenham experiência de sala de aula, que saibam conciliar teoria e prática. 4. Pense também no formato do evento. Muitas vezes, uma oficina pode ser mais indicada que uma palestra – se o tema for, por exemplo, ligado à tecnologia. Outras vezes, dinâmicas são indicadas. Isso também depende do resultado que você espera colher: formação, motivação, trabalho em equipe etc. 5. Lembre-se de que sua escola não é composta apenas de docentes. A formação deve ter um olhar específico para o corpo de gestores (como o diretor, o coordenador, os orientadores, enfim, as principais lideranças). É importante pensar em situações de formação focadas nos gestores, que têm um papel insubstituível em qualquer processo de aprimoramento ou mudança. Isso pode requerer ocasiões reservadas, em outro tempo e espaço, e precisam ser previstas.

6. Por fim, lembre-se de que nenhum palestrante substitui a pessoa do gestor. É preciso haver um diálogo franco, olho no olho, entre os gestores e sua equipe. Os educadores esperam uma relação direta com as lideranças, o que certamente se refletirá no vínculo que têm com a instituição. Essas são apenas algumas reflexões, e cada gestor pode escolher aquelas que se aplicam melhor à sua própria realidade. Mas há algo que diz respeito a todos: muitas vezes, preocupamo-nos em trazer formadores externos e nos esquecemos de nos certificar se nossa equipe conhece bem, pelo menos, o projeto pedagógico de nossa própria escola. Não conhece? Pois, então, a hora é esta.  *Pedagoga, mestre em educação e diretora de Soluções Educacionais do Ético Sistema de Ensino www.sejaetico.com.br


tecido

Novas aplicações para os testes TOEIC ®

Um fator que esses diversificados eventos têm em comum é que atraem visitantes de todo o mundo. Seu sucesso pode depender de como os organizadores do evento conseguem superar as barreiras de linguagem. “Há uma incrível diversidade de idiomas em muitos eventos internacionais”, diz David Hunt, vice-presidente e diretor executivo da Divisão Global da ETS. “Muitas vezes esse é o princiRevista Linha Direta

pal ponto do evento – juntar pessoas­ de todo o mundo para compartilhar uma experiência. Basta pensar nos Jogos Olímpicos, por exemplo.” Recorrendo ao teste TOEIC ® “Um idioma comum pode ajudar a assegurar que o evento corra bem e que os visitantes tenham uma experiência positiva”, diz Hunt. “E, mais que qualquer outra língua, normalmente é o inglês que faz o papel do idioma comum.” Reconhecendo isso, organizadores de eventos em todo o mundo recorreram aos testes TOEIC® para recrutar e selecionar pessoal e voluntários para os trabalhos nos principais eventos multinacionais. Entre estes estão o Torneio de Ciclis-

Divulgação

O

riginalmente desenvolvido para avaliar a proficiên­cia em inglês conforme o uso no ambiente de trabalho, os testes TOEIC® cresceram juntamente com a definição de ambiente de trabalho, que agora inclui desde eventos esportivos internacionais a exposições de fóruns multinacionais.

mo Tour de Taiwan do ano passado, o Encontro G-20 de Líderes Mundiais em Seul, em 2010, a Exposição Mundial de Xangai, de 2010, e as Olimpíadas de Inverno de Nagano, de 1998. Interagindo com visitantes Autoridades do Estado de Minas Gerais também usaram o teste TOEIC® para selecionar voluntários para a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.


Além de ajudar a garantir que o evento seja bem executado, os testes TOEIC® foram usados para capacitar pessoas, fora do local do evento, que têm probabilidade de interagir com os visitantes. Isso inclui pessoal de hotéis, restaurantes, aeroportos e áreas de recepção, bem como clínicas, hospitais e segurança. Um largo esforço de aprendizado de idioma não apenas ajuda a fazer de um evento um sucesso, mas reflete bem para a cidade e para o país que sediam o evento.

“As pessoas do local que interagem com os visitantes representam seu país para esses visitantes”, diz Feng Yu, executivo de expansão de canal da ETS Global. “Comunicar-se através de um idioma em comum ajuda a causar uma boa impressão.”

aprendizado do idioma da CapaCidade, um programa de treinamento de turismo que está sendo desenvolvido pela Secretaria Municipal de Turismo de São Paulo (SPTuris) para oferecer cursos gratuitos especificamente para a Copa do Mundo da Fifa de 2014.

As autoridades anfitriãs sabem disso. Na preparação para a Copa do Mundo de 2014, por exemplo, o teste TOEIC® foi aplicado para 500 policiais da Guarda Metropolitana de São Paulo. O teste marcou o primeiro estágio do módulo de

Valor econômico “Muito além de garantir a segurança e o bem-estar da população, nossos policiais são, muitas vezes, a principal fonte de informação e orientação para os turistas, já Revista Linha Direta


que transmitem uma imagem de confiança e credibilidade para o visitante”, avalia o presidente da SPTuris, Marcelo Rehder. Outro valor-chave para uma boa impressão através da comunicação bem-sucedida é o econômico. Eventos internacionais propiciam uma plataforma a partir da qual um país pode mostrar ao mundo que é o destino ideal de viagem. Como diz Rehder, “com aproximadamente 12 milhões de turistas por ano e a confirmação de que sediaremos seis jogos durante a Copa do Mundo, incluindo a abertura, nosso foco nos projetos de treinamento ligados direta ou indiretamente ao turismo se intensificou.” A arena diplomática Há muito tempo o inglês vem sendo o idioma comum da diplomacia internacional. E os organizadores do Encontro G-20, em Seul – uma reunião de líderes das 20 maiores economias para discutir políticas econômicas e financeiras globais – usaram os testes TOEIC® para preparar o pessoal. O comitê organizador do Encontro exigiu que os voluntários se submetessem a um teste de inglês, incluindo tanto o teste TOEIC ­Listening & Reading (Compreensão Oral & de Leitura) como o teste TOEIC Speaking & Writing (Fala & Escrita). Dos mais de 5 mil voluntários que se inscreveram, cerca de 600 foram selecionados para auxiliar as delegações no local do Encontro, no Aeroporto Internacional de Incheon e em hotéis. Independentemente do tipo de evento, cada cargo, seja remunerado ou voluntário, requer um nível diferente de proficiência em inglês. Os comitês de seleção dos eventos Revista Linha Direta

trabalham com o representante TOEIC® do país para determinar o nível de capacitação exigido no idioma, além do teste TOEIC® e da pontuação indicados para cada cargo. Locais variados A seguir, alguns eventos e programas cujos organizadores usaram os testes TOEIC® da ETS para avaliação do conhecimento de inglês: Euro 2012 Os responsáveis pelo comitê organizador do campeonato Euro 2012 em Kharkov usaram o programa de testes TOEIC® para medir a capacidade de comunicação em inglês dos voluntários do evento. A fase final do campeonato de Futebol Europeu da Uefa ocorreu na Ucrânia e na Polônia, de 8 de junho a 1º de julho de 2012. Mais de 1,4 milhão de fãs compareceram, e os jogos foram transmitidos ao vivo em mais de 200 locais em todo o mundo. A cidade de Kharkov recorreu a aproximadamente mil voluntários que fizeram o teste TOEIC®. Competição de Ciclismo Tour de Taiwan, 2011 O comitê de seleção da Associação Chinesa de Ciclismo de Taipei usou o teste TOEIC® para garantir uma comunicação harmoniosa entre os participantes, os organizadores e o público no tour de nove estágios. O evento contou com 20 equipes e centenas de atletas de cinco continentes. Trezentos candidatos concorreram para preencher as 190 vagas de voluntários. Competição de Patinação Artística de Quatro Continentes, 2011 Mais de 500 participantes, juízes e membros da organização e cer-

ca de 10 mil espectadores de todo o mundo visitaram Taipei para essa competição. A União de Patinação de Taipei e a Secretaria de Esportes de Taipei usaram os testes TOEIC® para preencher 165 vagas de voluntários, abrangendo desde decoradores dos locais da competição a locutores. O comitê de recrutamento estabeleceu as pontuações do teste para diferentes cargos para se assegurar de que os candidatos dos cargos mais complexos tivessem o nível de proficiência exigido. Shanghai World Expo (Exposição Mundial de Xangai), 2010 Com 70 milhões de pessoas comparecendo à Exposição Mundial, o Centro de Treinamento do Escritório de Coordenação da Exposição Mundial de Xangai escolheu o teste TOEIC® como a ferramenta para medir a proficiência em inglês das 600 mil pessoas que se candidataram a cerca de 77 mil vagas de voluntários para trabalhar no Parque de Exposição e a 130 mil vagas para trabalhar nos quiosques de informações espalhados pela cidade de Xangai. Voluntários do Estado de Minas Gerais, 2010 Organizadores do Estado de Minas Gerais escolheram os testes TOEIC® e TOEIC Bridge™ como ferramenta de avaliação de conhecimento de inglês para eventos esportivos internacionais. Como parte do programa Voluntários do Estado de Minas Gerais, 25 mil inscritos foram avaliados com os testes TOEIC® e TOEIC Bridge™. No total, 171 cidades em todo o Estado participaram do projeto.  www.uplanguage.com.br


pró-texto

O ENCONTRO Q

uando uma pessoa nasce, já encontra muitas coisas em diversos campos do fazer humano realizadas e conseguidas para ela. Encontrar é, portanto, um verbo de ação passiva, mas nem tanto, pois esse encontrar tem implicações que redundam na escolha de muitos caminhos a seguir na existência de cada um neste mundo de Deus e dos homens. Encontrar uma pessoa que lhe seja a cara metade, sua alma gêmea, é o desejo de cada jovem de qualquer idade. Encontrar um doce que não engorde, um alimento gostoso que possa ser comido em muita quantidade sem que faça mal, uma bebida alcoólica que quanto mais bebida mais bem faz chega a ser uma alucinação para muitos seres humanos. Encontrar um emprego com colegas agradáveis, patrões e empregados compreensivos, generosos e competentes, idade melhor para se viver, sorrisos de criança em bocas de qualquer idade, conviver pacificamente com as pessoas ao seu redor ou com quem venha a se relacionar é o sonho constante de todos nós.

Revista Linha Direta

Encontrar uma profissão rentável e prazerosa, o amigo com quem dividir as alegrias e tristezas da vida, o local para morar com contentamento e saúde é algo que se almeja e também se busca. Buscar, porém, é verbo de ação ativa, que, junto ao encontrar, pode delinear os rumos do que se espera com a dinâmica da consecução do que se quer. Buscar pode promover as circunstâncias favoráveis ao encontro, e este, segundo o teólogo, jornalista e filósofo Martin Buber, não se busca, não se forja, porque simplesmente acontece, encontro que é. Para ele, no espaço do inter que existe na relação eu e tu, pela convivência e, sobretudo, pelo diálogo, se instaura o encontro, e é nesse espaço que se situa a amizade, o amor, o espírito – além do eu e aquém do tu. É no encontro que as pessoas acham as condições maximizadoras de seus atributos para criar, construir, inventar, compreender, incluir, amar, trabalhar, relacionarse pacificamente. Há mais de 20 anos, o Sinep/MG buscou uma maneira de realizar


Emiro Barbini*

Informações sobre o XII Encontro Mineiro de Educação congressos de educadores e diretores, para que também, no ambiente profissional, os educadores e diretores pais pudessem levar seus familiares, cônjuges e filhos; um evento que propiciasse oportunidade de aprimoramento profissional e, ao mesmo tempo, ampliasse o convívio familiar, para proporcionar, aos progenitores e seus rebentos e parceiros do lar, ensejo de se capacitarem e se divertirem. Um lugar e um tempo para exercitar sentimentos, intelecto e esperança de melhoramento de todos como pessoa, profissional, parente, amigo, amado e amante. Um lugar no tempo de uns poucos dias e no espaço de um hotel, em que se pudesse ter comportamento utilitário e de fruição. Enfim, o Encontro Mineiro de Educação. A 12ª edição do Encontro Mineiro de Educação será realizada no Tauá Resort Caeté, no período de 19 a 21 de abril de 2013. Versará sobre o tema Cuidado, escola cuidando da educação sustentável! Quando se trata de educação, emanam implicações de diálogo, de liberdade, de gente se

relacionando com gente, em um contexto ligado à natureza, inclusiva dos iguais, semelhantes e diversos. De ética e bioética. Da consciência de que, sem a interdependência de todos, não existe educação integral e, na exclusão desta, desaparece a possibilidade de sustentabilidade das pessoas, das instituições, do planeta. Como queriam os aborígenes das Américas, somos filhos do universo, irmãos da lua e do sol, dos rios, dos lagos, mares e árvores, das encostas e cumes das montanhas. Com os cientistas de todos os naipes, carecemos da consequência lógica, do rigor de raciocínio, da constatação empírica, da humildade nas conclusões, para conhecer e explicar o mundo e os humanos, fazer previsões. Sem sentir os outros e o mundo com a percepção dos estetas, a postura de empatia e o olhar dos artistas, os humanos não passarão de animais que também são. Permeando todos esses ingredientes da educação integral, vem a gestão eficiente, efetiva e eficaz. Ela estará, inclusive, antecedendo, acompanhando e sucedendo os cuidados.

As inscrições para o XII Encontro Mineiro de Educação devem ser feitas pelo telefone (31) 3291-5844 ou pelo email cursos@sinepe-mg.org. br. A cada cinco inscrições, uma é cortesia. O investimento para a escola sindicalizada é de R$100 (até 20/12). Após essa data, o valor do investimento passará para R$200. O valor para a escola não sindicalizada é de R$300, sem direito a cortesia. A hospedagem deve ser tratada diretamente com o Hotel Tauá, pelo telefone (31) 3236-1900 – setor de eventos. Até 31/12, poderá ser parcelada no cartão de crédito em até quatro vezes. Vale ressaltar que a escolha dos apartamentos será feita conforme a ordem de reserva. Assim sendo, as pessoas que reservarem em primeiro lugar terão oportunidade de usufruir das melhores acomodações.

Revista Linha Direta


O cuidado deve ser cultivado, colhido e aplicado na educação sustentável em toda a sua abrangência, do preventivo ao curativo, do de alerta e de observação ao de medidas intervencionistas. Na verdade, em educação sustentável, gerir e cuidar são necessariamente uma gestação... Gerir, como na gênese e desenvolvimento da gestação, pressupõe prazer de antes, que atrai; prazer de durante, que mantém; prazer de depois, que insta à fruição e a fazer tudo de novo. Implica arte e, portanto, técnica que vise ao belo e o obtenha. Exige intuição e jeito, lógica, análise, mágica e planejamento. Cuidar da educação tem alguma coisa a ver com o modo de as abelhas cuidarem das colmeias, consoante o que a ciência descobriu recentemente. Nas colmeias, as operárias têm a função de zelar pelas larvas e pela rainha, são abelhas cuidadoras. Com o tempo, estas se tornam provedoras, porque saem da colmeia para buscar alimentos. O extraordinário disso é que pesquisa recente demonstra que esses papéis das abelhas são motivados pela ação dos genes, em resposta a estímulos ambientais. E o mais extraordinário ainda ocorre pelo fato de as citadas funções poderem voltar ao que eram antes. Assim, as abelhas provedoras poderão ser de novo cuidadoras, de acordo com a necessidade da colmeia. Por se acreditar que a educação sustentável não pode prescindir da inclusão dos opostos e distantes é que se buscou juntar o Oriente com o Ocidente, daí se adotar o origami para simbolizar o Encontro, usá-lo para ornamentar os ambientes do local, além Revista Linha Direta

de se servir nas comemorações pratos orientais. A educação sustentável é também o encontro dos continentes diametralmente opostos. Lá, no Encontro no Tauá, pais, filhos, educadores profissionais e educadores amadores (o fato de serem pais os faz educadores) terão a infraestrutura do hotel com a academia de ginástica, atividades campestres, trilhas, passeios a cavalo, boate, campos de futebol e muita área verde para se encontrar, se divertir e se refazer. E para se recriar nos papéis de parentes, amigos, de educadores e educandos, que, vez por outra, trocarão de função – educandos se fazem de educadores, pais se fazem de filhos e vice-versa. Lá, no Encontro no Tauá, a esperança do encontro de cada um com o outro e de todos com novos conhecimentos, novas amizades e novos olhares sobre sentires antigos não será atitude de esperar, mas de agir e alcançar. E de mais agir para mais conseguir para se melhorar sempre. Lá, no Encontro no Tauá, em contato com a terra esverdeada de plantação e pontilhada de cimos que curvam e elevam a linha do horizonte, as mentes estarão em alta, e os corações, horizontalizados sem restrições. Após o Encontro no Tauá, a referência à educação ministrada pela escola particular mineira será: “antes e depois do XII Encontro Mineiro de Educação”.  *Presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais – Sinep/MG www.sinepe-mg.org.br/encontromineiro


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.