bluff

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Black friday: OS estados Unidos sem poker online

Paixão pelo Poker

Trabalhe sua mente

para o poker

por Alex “assassinato” fitzgerald

Nadando com tubarões Paixão pelo Poker

OS maiores cash games do mundo

em macau

por Jennifer Tilly

O LAPT é do brasil! Murilo Figueiredo conquista o torneio no chile e acaba com o tabu

EDIÇÃO: 2 . ANO: 1 . No: 2 - MAIO 2011

R$12,50

+

Caio Pimenta, felipe mojave, mike caro e Aussie millions






Carta do Editor

Paixão pelo Poker

Conselho Editorial

Eduardo Oliveira Guilherme Kalil Marcelo Lanza Amúlio Murta Paixão pelo Poker Sérgio Prado

Editor-Chefe Eduardo Oliveira

Jornalista Responsável Amúlio Murta

Arte e diagramação Aurelízia Lemos

Tradução e Revisão

Felipe de Paulo www.headsuponline.com.br

BLUFF.COM.br Tiago Carpanese

Diretor Operacional Mesa Final Editora Marcelo Lanza

Diretor Comercial Mesa Final Editora Guilherme Kalil

Queridos amigos, Fomos pegos de surpresa, assim como todo mundo, pela Black Friday no último dia 15. Com a revista pronta para ir para a gráfica, não tivemos opção a não ser atrasá-la para poder esclarecer um pouco toda essa confusão que aconteceu nos Estados Unidos. E o resultado vocês conferem na bela matéria escrita pelo Kalil nesta edição. Com isso resolvemos “pular” a edição de abril da revista e temos agora a Bluff número 2, de maio, em mãos. Isso na verdade acabou sendo benéfico para todos. Os leitores terão a revista no começo do mês (lembrando a todos que a revista é mensal), os assinantes receberão as 12 edições, ou 15 se for um felizardo ganhador da promoção de assinatura, referentes à assinatura anual e nós aqui da redação não precisamos correr todo mês para adiantar a revista como era o plano inicial. Além de tudo isso, perdemos algumas matérias que já estavam prontas por conta do acontecimento nos EUA. Tínhamos para esta edição um guia completo de programas de poker na TV brasileira que não poderá sair até que a coisa se normalize. Mas temos muito mais para vocês. A discussão criada pelas colunas do Sérgio Prado e do Guilherme Kalil promete. A cultura do deal no poker é debatida com inteligência e com pontos interessantes tanto a favor como contra essa prática tão comum no nosso meio. E temos um campeão, que foi ao Chile quebrar o que talvez pudesse ser considerada a maior pedra no sapato do poker nacional. O título do catarinense Murilo Figueiredo no LAPT foi um grande feito para todos nós e você confere todos os detalhes na nossa matéria de capa. Isso tudo junto com Mojave, Assassinato, Caro, Murta e muito mais.

black friday e a

bluff

Boa leitura a todos. Um grande abraço, Eduardo “roseraplo” Oliveira Editor-chefe - Revista Bluff Brasil @roseraplo

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BLUFF • MAIO 2011

Colaboradores Caio Pimenta Felipe Mojave Mariel Macedo Sérgio Prado Vitor Marques

Publicidade

Guilherme Kalil guilherme@revistabluffbrasil.com

Assinaturas

assinatura@bluff.com.br

SAC

sac@bluff.com.br

Planejamento de Circulação

Edicase Soluções para Editores Ltda. www.edicase.com.br

Distribuidor exclusivo para todo o Brasil em bancas de jornal e revista, livraria e similares FERNANDO CHINAGLIA COMERCIAL E DISTRIBUIDORA S/A

Impressão

Editora Parma – Serviços Gráficos Mesa Final Editora Ltda. Av. Francisco Sales, 1.045 Santa Efigênia Belo Horizonte - MG CEP 30150-221 A logomarca e o material traduzido da Bluff Magazine são de propriedade da Bluff Media LLC e licenciados por esta para a Mesa Final Editora Ltda. para uso exclusivo em território brasileiro.

*Para aquisição de mídia kit, solicite-o pelo e-mail guilherme@revistabluffbrasil.com


WSOP em 2005 e 2006 BSOP em 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011 CPH em 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011 LAPT em 2010 e 2011 Full Tilt 750K em 2010 PCA Bahamas em 2011 Tower Torneos em 2011 ARSOP em 2011 BPT em 2011 Nem o Brasil chegou em tantas finais de campeonato assim.

Tenha em casa o mesmo baralho utilizado nos maiores torneios de P么quer do mundo. Dispon铆vel nos Naipes Grande e Peek.

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nabluff maIO 2011 • ANO 1 • No 2 10 – FRASES: FAMOSAS OU NEM TANTO... 12 – CURTAS: As maiores histórias do mês passado 14 – caio responde: você pergunta 19 – AUssie Millions: Por Lance Bradley 26 – felipe mojave: Limit Hold’em 30 – Aventuras na tecnologia: Nadando com tubarões 32 – Black Friday: O DIA em QUE O GOVERNO americano abalou o mundo do poker online

40 – sérgio prado: Deal? não, obrigado... 42 – Guilherme Kalil: Deal? Com Certeza... 44 – O Informante: Os maiores cash games de macau 48 – lapt Chile: A primeira vez a gente nunca esquece 54 – BSOP: Curitiba sem surpresa 56 – amúlio murta: Poker live - o ano começa bem 58 – RPT: Nasceu grande

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BLACK FRIDAY

BLUFF • MaiO 2011

O DIA em QUe O GOVeRNO AmeRIcANO AbAlOU O mUNDO DO pOkeR ONlINe POR guilheRme kalil

all things poker cool

THRILLS

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BLUFF • MAIO 2011

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primeirA vez A gente nuncA esquece O cataRiNENsE MuRilO figuEiREdO quEBRa O ENcaNtO E cONquista O pRiMEiRO títulO dO lapt paRa O BRasil por sérgio prAdo

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nabluff www.bluff.com.br 59 – Papo de homem: No pain, no gain - será verdade? 61 – Vila Maria: Nova casa em são paulo 62 – Mike Caro: A arte de acender tells 64 – Poker Viagens: shuffle up and deal 66 – Como lidar com um trapaceiro: ... ou como alfinetar Russ Hamilton 68 – cold 4-betting?: Os segredos por chris moorman

70 – autoanálise: Pare um pouco e desembarace sua mente 74 – lee jones: aplicando o último raise 76 – poker como um esporte: Parte II 79 – tabloide: o maior jornal de poker do mundo 80 – glossário 82 – Retrato: o mundo do poker sem mil palavras

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40 A MELHOR FORMA DE

LIDAR COM UM TRAPACEIRO ... OU COMO ALFINETAR RUSS HAMILTON

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POR JON AGUIAR*

Depois do PokerStars Caribbean Adventure de 2011, eu decidi fazer uma parada em Miami para jogar uns torneios e alguns dos novos cash games high stakes que começaram a acontecer por lá pouco mais de um ano atrás. Uns dias depois de começar a viagem, parei no Gulfstream Park Casino para jogar $5/$10/$20 No-Limit Hold’em com um profissional local amigo meu, Darryll Fish. Cerca de uma hora depois de começar a sessão, eu fiquei observando um senhor barbudo, de cabelos grisalhos e levemente obeso que entrou na sala trocando sorrisos com parte dos locais e da equipe do cassino. Alguns segundos depois, minhas suspeitas foram confirmadas em uma mensagem de Darryll: “Oh, meu Deus, é o Russ Hamilton.” Eu contei o incidente para meus seguidores do Twitter imediatamente e recebi várias respostas, a maioria pedindo

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- Você se machucou? - Não. - Alguém mais se machucou? - Não. - Então está tudo bem. - Mas eu causei um prejuízo de 1.500 dólares no nosso belo Jaguar! - Meu bem, neste momento eu estou perdendo quatro “belos” Jaguares na mesa. Chame o seguro. Eric Drache, ao telefone com sua esposa durante um jogo de poker em Las Vegas.

- Bom poker é paciência. ÓtimoRickpoker é coragem. Bennet, autor de King of a Small World.

Frases do

poker FAMOSAS OU NEM TANTO...

- O cara que inventou o

jogo foi brilhante, mas o cara que inventou as fichas é um gênio.

Big Julie, nova-iorquino, jogador.

- Perdê-lo.

Stu Ungar, tricampeão do Main Event da WSOP, respondendo a um jornalista que o perguntou o que ele faria com todo aquele dinheiro que havia ganho no torneio.

- A melhor coisa depois de jogar e ganhar é jogar e perder.

Nick the Greek, logo após perder 2 milhões de dólares para Johnny Moss no maior heads-up da história até então (1951). 10

BLUFF • MAIO MARCH 2011 2011


UM CAMPEONATO 3 NÍVEIS

Jogue poker de graça. Este não é um site de apostas. Apenas para maiores de 18 anos.

DE 8 A 22 DE MAIO DE 2011 O SCOOP está de volta. Com níveis altos, médios e baixos em cada um dos 38 eventos e $ 45.000.000 garantidos. Uma competição sem piedade com três níveis. A batalha começa. Freerolls disponíveis apenas no maior site de poker gratuito do mundo.


Curtas do Poker

Curtas Notícias

Bluff Brasil

Abril 2011

Curtas do Poker

Sorel Mizzi é “desbanido” pelo Full Tilt Poker Um pouco mais de três anos depois de ser banido pela primeira vez pelo Full Tilt Poker, o atual Jogador do Ano da Revista Bluff Sorel Mizzi está de volta ao site, jogando com seu apelido “Imper1um”. A decisão de deixá-lo voltar a jogar vem aproximadamente um ano depois de ele ter jogado pela última vez no site usando um outro apelido. Mizzi admitiu ter jogado com outros apelidos em agosto, enquanto sua conta “Imper1um” estava banida. O profissional canadense foi banido do FTP em 2007 depois de comprar a conta de outro jogador durante o torneio $1 Million Guarantee. Mizzi comemorou sua volta ao Full Tilt com uma boa performance no evento FTOPS de buy-in de $322. Ele terminou em 24o e levou $5.791,50.

Falando de Sorel Mizzi:

Mais Acusações de Trapaça

Parece que o Jogador do Ano de 2010 da Revista Bluff Sorel Mizzi não consegue passar um mês sem se envolver em uma grande polêmica. Agora ele é acusado de trapacear o segundo colocado do Main Event da WSOP 2010 John Racener em um jogo de Poker Chinês durante o PokerStars Caribbean Adventure. As acusações vieram à tona no fórum Two Plus Two, quando Shaun Deeb publicou o que ele disse ser o lado do Racener da história. De acordo com Deeb, Mizzi e Racener estavam jogando Poker Chinês no quarto do Racener durante o PCA apostando valores relativamente altos. Em determinado momento, suspeitou de algo e percebeu que Mizzi estava dando a carta de baixo do baralho para si mesmo. Racener então discutiu com Mizzi, jogando-o para fora de seu quarto e se recusando a pagar o que havia perdido. Racener posteriormente falou sobre o ocorrido durante uma entrevista para o site QuadJacks.com. Nessa entrevista, ele deu mais detalhes sobre o incidente, as ações que levaram aos fatos, além de afirmar que Mizzi teria dito que cometeria suicídio caso a história se tornasse pública. Então, depois de refletir sobre o assunto, Racener lançou um comunicado oficial retirando parte desses comentários: “Apesar de manter minhas reclamações de trapaça por parte do Sorel, sinto ter sido extremamente irresponsável ao fazer declarações sobre o estado mental de Sorel naquele momento e após o incidente. Depois de pensar muito, eu percebi que levar esses problemas para um fórum público é perigoso e pode ser muito prejudicial para a pessoa de quem se está falando. Eu também não deveria ter permitido que o problema fosse levado ao fórum por uma terceira pessoa. Estou procurando acabar de vez com essa situação. A questão está sendo tratada entre Sorel e eu, e acredito que o tópico deva ser fechado”.

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Ele é o Nanonoko

Um membro do Time Online do PokerStars fez barulho este mês, graças ao último projeto de Ryan Firpo, o homem por trás da série “From Busto to Robusto”. O filme, intitulado “I Am Nanonoko”, fala sobre o Profissional do Time Online Randy “nanonoko” Lew, um dos jogadores de cash games mais lucrativos na ativa. O filme de oito minutos dá uma amostra da vida do cara com o gráfico mais invejado do poker online, incluindo sua incomparável ética de trabalho, seus esforços insanos para jogar várias mesas, além de sua outra paixão – competição de videogames. Ao contrário de outros documentários sobre poker, que tendem a focar nas festas e estilo de vida dos profissionais, este aponta uma visão dentro da mente de um homem de 25 anos que leva seu trabalho ao nível máximo do profissionalismo e tem um ritmo bastante diferente do estilo de vida padrão do jogador de poker profissional.

Peter Eastgate desiste da aposentadoria

O campeão da WSOP Peter Eastgate causou um grande agito ano passado quando anunciou sua aposentadoria do poker e, subsequentemente, vendeu seu bracelete de campeão. A aposentadoria, entretanto, parece ter vida curta. Uma lista com os nomes do jogadores que aceitaram o convite para o 2011 NBC National Heads-Up Poker Championship incluiu Eastgate no evento de 3-6 de março. No dia seguinte, o PokerStars publicou uma declaração de Eastgate dando os motivos para o seu retorno. “Tive tempo para pensar sobre minha vida e meu futuro. Acredito que tenha descoberto como combinar uma vida de jogador de poker com uma vida saudável fora do poker”, disse Eastgate. O European Poker Tour de Copenhagen, no fim de fevereiro, foi seu primeiro torneio desde o anúncio de sua volta.

Adametes crava FTOPS

Mantendo a escrita de que entrevistados do Pokercast transformam a “donkisse” dos apresentadores em sorte nas mesas, o último convidado do programa, Hugo “Adametes” França, conquistou o evento 23 do FTOPS XX. O torneio de NLH US$ 150+13 com rebuys teve um field de 642 pessoas e uma premiação total de US$ 300.000, sendo que US$ 56.935,71 ficaram com o nosso campeão, que agora poderá ostentar seu novo avatar pelas mesas do Full Tilt Poker. BLUFF • MAIO 2011

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Caio Pimenta é Red Pro do site Full Tilt Poker.

VOcê

pergunta, caioresponde! pimenta Esta coluna foi criada para permitir a interação dos leitores da Bluff com o maior jogador de torneios online do país, Caio Pimenta. Envie suas perguntas para caioresponde@bluff.com.br ou através da hashtag #caioresponde no twitter e fale você também com o fenômeno. 14

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Mauricio "Moriondleon" Oltman São Paulo 30 anos

Como você mede a agressividade em cada fase do torneio? Você tem uma estratégia predefinida ou observa a mesa e faz a estratégia na hora? Mauricio, isto é básico. A agressividade aumenta de acordo com o aumento dos blinds e dos antes. Quanto maiores eles são, mais agressivo eu sou!

Tiago "Tiquinho" Pessoa Belo Horizonte 25 anos

Caio, você tem alguma pretensão de ranking este ano? Fez alguma aposta paralela?

Igor Pucci Araçatuba 27 anos

Qual a coisa mais extravagante que você já fez depois de uma megaforrada?

Não, estou me dedicando ao aperfeiçoamento das minhas habilidades. Esta lição eu já aprendi – Nada de apostas!

Joguei um torneio de 100K de buy-in. hehe...

Warlock Vitória 32 anos

Qual a média de torneios online que você participa por dia? Em quais dias da semana você joga poker online e como funciona sua rotina de descanso? Ultimamente tenho jogado de 10 a 20 torneios por dia, e geralmente eu descanso na quinta-feira por ser o dia que não tem nenhum torneio grande na grade.

Emir Filho Belo Horizonte 36 anos

Quais adaptações devem ser feitas para se jogar um torneio turbo de Rush? Emir, devido à ausência de histórico dos jogadores, a polarização das mãos no pré-flop perdem a importância, portanto você deve jogar da forma que está acostumado a fazer normalmente. Se você é um jogador tight, você deve jogar mais duro. Se é agressivo, aproveite e solte o braço.

Catarina Nagatoshi São Paulo 27 anos

Você tem interesse ou planos de se especializar também em cash games. Se sim, em quanto tempo acha que conseguiria adaptar seu jogo para começar a encarar os nosebleeds? Sim, eu gostaria de jogar os nosebleeds, mas primeiro gostaria de ver o meu apogeu nos torneios. Quanto à adaptação, por se tratar de um jogo completamente diferente dos MTTs, acredito que teria que começar do zero.

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@bluffbrasil /bluffbrasil


O Aussie Millions Por Lance Bradley Imagens por Shannon Morris

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T

Tradicionalmente, o Main Event do Aussie Millions tem um dos maiores fields do ano – possivelmente o maior fora os Main Events da World Series of Poker e do PokerStars Caribbean Adventure – e o evento de 2011 não foi exceção. Com 721 jogadores e um buy-in de US$ 10.000, o Main Event do Aussie Millions de 2011 foi facilmente o maior torneio de poker na Austrália e a joia da coroa da cena do poker de lá. David Gorr é um avô de 68 anos de Melbourne, Austrália, que se parece muito com Conrad Waldorf do “The Muppet Show”. Ele também foi o campeão do Main Event do Aussie Millions 2011 depois de derrubar um field insano que incluía jogadores como Phil Ivey, Tom Dwan, Patrik Antonius, o ganhador do Main Event do WSOP Europe 2010 James Bord e Annette Obrestad. Quando a mesa final começou, a maior parte da atenção estava focada em Antonius, que estava fazendo sua primeira aparição em uma mesa final desde a WSOP 2008. Outro jogador que chamou a atenção foi a máquina de grind online Chris “moorman1” Moorman; ele deu uma pausa do feltro virtual por um tempo suficiente para chegar à mesa final do torneio. Ambos os jogadores, no entanto, acabaram vítimas do avô que jogava poker como um hobby. Gorr eliminou Antonius e Moorman rapidamente. James Keys então mandou Sam Razavi para casa em sexto antes de mandar o jogador que começou o dia como chip leader, o americano Randy Dorfman, para fora em quinto. Jeff Rossiter então eliminou seu conterrâneo australiano Michal Ryan em quarto antes de ser tornar a quarta vítima de Gorr. Quando o heads-up começou, Gorr tinha 12.025.000 das 14.470.000 fichas em jogo. A batalha do heads-up levou aproximadamente quatro horas e cerca de 200 mãos. Na mão final, Keys deu raise para 225.000 e Gorr deu call. O flop veio 7♠ 6♣ 3♥. Gorr deu check, Keys apostou 275.000 e Gorr deu call para ver o K♥ no turn. Keys apostou 650.000 e Gorr respondeu com um raise para 1.650.000. Keys foi all in e Gorr rapidamente deu call. Gorr mostrou K♣ 4♣ com um top pair e um gutshot. Keys virou 7♣ 3♣, com dois pares e um flush draw. O 4♠ no river deu a Gorr dois pares melhores e o título. Para Gorr, no entanto, não se tratava somente de vencer aqueles jogadores de elite para ganhar o título; era muito mais importante conquistar o título de maior prestígio que seu país oferece. Ele tinha um total de 30 cashes antes do Main Event, sendo todos, menos um, em seu país. “É a sensação de ganhar o campeonato, e não necessariamente o dinheiro”, disse Gorr, que embolsou US$ 2 milhões com a vitória. “O fato de eu ter ganho este torneio e ter passado por cinco dias de jogo contra alguns competidores muito difíceis, foi isso o que me deixou muito orgulhoso e feliz.” >>>

O Main

Event

>>> Jonno Pittock, Diretor de Operações de Poker do Crown, responde O número de registros para o Main Event foram um pouco menores este ano, mas não há motivos para estar desapontado, visto que foi basicamente o mesmo do ano passado, certo? Fomos de 746 para 721 (no Main Event) este

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ano. Sabe, não é o fim do mundo, está entre 6% e 7% de queda, o que, quando comparado a muitos dos outros grandes torneios de 2010, provavelmente estamos bem... não crescemos, mas não caímos tanto quando outros grandes, então eu estou feliz. Mas nossos torneios menores cresceram, obviamente, e os maiores também. O $100K foi de 24 para 38 jogadores. Este fato o surpreendeu? Sim. Me pegou de surpresa. Os últimos três anos têm sido realmente consistentes com este evento. Foram 24, 25 e 23 nos três anos anteriores, então pensei algo em torno desse número, talvez um pouco mais, mas eu


Keys, abatido, e Gorr, exultante, logo após a mão que decidiu o Main Event.

certamente não pensava que seria muito mais. Você imaginava que o Aussie Millions iria ficar tão grande quanto se tornou, com tantos eventos e buy-ins de todos os tipos? Esta era o objetivo quando o Aussie Millions começou, fazer dele um grande evento no circuito internacional. Eu acho que mesmo nos nossos sonhos mais loucos não pensamos que iríamos chegar ao estágio em que estamos, especialmente nesta edição, tendo um torneio de US$ 100.000 com 38 jogadores, um de US$ 250.000 com 20 jogadores, mais de 700 jogadores para o evento principal,

1.000 jogadores para o evento de abertura, 20 eventos na programação. Acho que quando fizemos o primeiro havia seis eventos na programação, então certamente foi um longo caminho que percorremos. Quando eu comecei como dealer de poker aqui, havia 12 mesas, este ano temos 75 incluindo a PokerPros. Houve dias durante este evento em que poderíamos ter mais 20 mesas. No ano que vem, neste período, eu acredito que provavelmente teremos de 85 a 90 mesas na sala. Uma coisa que deve surpreender algumas pessoas é o fato de que

o Aussie Millions é na verdade independente, e não faz parte do AsianPacific Poker Tour, do Asian Poker Tour ou até do World Poker Tour. Por que isso? Bem, investimos muito dinheiro, tempo e esforço na construção de nossa própria marca. Fomos abordados pelo WPT e alguns destes outros circuitos, o APPT particularmente, e tomamos a decisão de manter o evento independente e nosso. É uma marca que construímos, é uma marca que tem valor, então, em relação a algo como um World Poker Tour, provavelmente teríamos mais valor a dar para

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O

O Crown Casino tem um departamento de marketing muito inteligente, Ivey a se juntar a Dwan entre os observadores. Agora Ivey também estava que inventou um slogan que chamou muito a atenção para o Aussie dentro. O field dos sonhos estava ficando mais e mais próximo. De repente, Millions. Nós vimos seu torneio de poker, e nós o aumentamos. Mal sabia o os organizadores do torneio estavam sussurrando sobre terem duas mesas departamento de marketing que os times de operações de poker iriam levar de sete ou oito jogadores. Mas isso ainda parecia impossível. tão a sério aquele slogan. No dia do evento, o horário de meio-dia virou 12h30 para a entrada dos Tudo começou com um anúncio bem moderado apenas duas horas depois jogadores. O número de jogadores registrados era 16. Se juntando a Ivey, do início do US$ 100.000 Challenge em 21 de janeiro no Studio 3 no Crown Dwan e os empresários de Macau estavam Annette Obrestad, John Juanda, Casino. Erik Seidel, Chris Ferguson, Nikolay Evdakov, Alexander Kostritsyn, Sam “O Crown Casino está orgulhoso em anunciar que iremos sediar um Trickett, Lederer, James Obst, David Benyamine e Daniel Cates. O que era torneio Sit & Go winner-take-all de US$ 250.000 de buy-in no dia 27 de para ser um Sit & Go de uma mesa com oito jogadores se tornou um evento janeiro. Temos alguns assentos disponíveis...” de duas mesas. Imediatamente se espalhou no Twitter a notícia de que o Crown Casino Roland de Wolfe foi visto andando em torno do grupo enquanto os iria sediar produtores estavam tentando resolver em que mesa colocá-lo. James Bord, o torneio de o campeão do Main Event da WSOP Europe 2010, também fez seu buy-in maior buy-in da e estava esperando seu lugar. Um jogador foi colocado em cada mesa para história do poker. formar duas mesas com nove jogadores. Então o torneio ficou ainda mais Os rumores insano – e maior. começaram a Obst – o único jogador circular sobre australiano no field – caiu depois O US$ 250.000 Super quem seriam os de somente 30 minutos, depois High Roller oito jogadores de seu par de reis encontrar o Números dispostos a colocar 250 mil dólares na linha. Phil Ivey era óbvio. Tom Dwan par de ases de Seidel. Então, era provavelmente uma aposta segura, assim como outros profissionais do minutos depois do começo do O Field segundo nível do dia, o torneio Full Tilt que estavam na cidade. Aparentemente, haveria quatro jogadores David Benyamine foi brevemente pausado para locais dispostos a tentar impedir que o título saísse da Austrália. Tony Bloom que os organizadores do torneio Nos dias seguintes, os organizadores do torneio estavam preocupados James Bord com a possibilidade de o torneio não encher. Encontrar oito jogadores pudessem fazer aos jogadores Daniel Cates dispostos a jogar um valor tão alto estava se mostrando mais difícil do que restantes no torneio uma Roland de Wolfe Tom Dwan eles esperavam. pergunta que provavelmente não Andrew Feldman precisava ser respondida. Dois dias depois, estava acontecendo o primeiro dos três dias iniciais Chris Ferguson do Main Event e o no field estavam Ivey, Patrik Antonius, Howard Lederer, “Temos mais dois jogadores Nikolay Evdakov Erick Lindgren e Dwan. No final do dia, somente Dwan tinha caído, e querendo entrar. Alguém se Phil Ivey Lindgren, Antonius e Ivey estavam todos entre os 10 primeiros em fichas. importa de adicionarmos mais John Juanda Aquilo se mostrou outro bloqueio para o torneio. O Dia 3 do Main Event US$ 500.000 ao prize pool? Eugene Katchalov aconteceria ao mesmo tempo em que o Sit & Go de US$ 250.000 estava Teríamos que jogar com 10 Alexander Kostritsyn previsto para começar. Annette Obrestad Então as estrelas se James Obst Ao centro, Ferguson. À direita, o futuro campeão Trickett, durante o Super High Roller. alinharam e tudo começou Paul Phua quando três jogadores que Wang Qiang até então eram um mistério Erik Seidel para o mundo do poker Sam Trickett decidiram jogar o evento de Richard Yong US$ 250.000. Paul Phua, Wang Qiang e Richard Yong – três Ganhos Totais em Torneios: $79,662,192 empresários que voaram de Braceletes WSOP: 26 Macau para jogar cash games Mesas Finais WSOP: 135 e alguns torneios – decidiram Braceletes WSOPE: 3 desafiar o field. A notícia de que Mesas Finais WSOPE: 6 três ricos amadores iriam jogar Títulos WPT: 5 se espalhou e o interesse entre Mesas Finais WPT: 38 os profissionais em participar Títulos EPT: 1 foi enorme. Mesas Finais EPT: 5 O Dia 2 do Main Event levou

O Maior Torneio

Já Jogado

eles do que eles poderiam nos dar em troca. Quer dizer, o evento se mantém sozinho e o faz desde o começo, então não gostaríamos de mudar agora. Para aqueles não familiarizados com o poker australiano, como o Aussie Millions se compara a outros torneios daqui? Existe um evento do APPT aqui, que acontece agora em oito cassinos na Austrália. O Aussie Millions é de longe o maior e o melhor, temos 20 eventos, um campeonato com US$ 20 milhões de prize pool. Nós

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fazemos seis grandes eventos por ano, este é o auge do que fazemos, mas comparado a outros eventos estamos somente olhando para fields de cerca de 200 a 300 jogadores para os eventos principais com buy-ins de US$ 1.100 a US$ 5.000. Este é o único evento de US$ 10.000, é o único campeonato multimilionário e é também o único que continua por tanto tempo e oferece tanta variedade de eventos. Nos últimos dois anos vocês tiveram vitórias australianas. Mas, no passado, vocês tiveram alguns nomes realmente

grandes vencendo também. Isto é crédito do cassino ou de parcerias com o Full Tilt? Um pouco de cada. Acredito que seja um crédito da estrutura, para ser honesto. Damos a eles muito tempo de jogo. Entrando no Dia 3, eu acho que a média de fichas estava em torno de 85 a 90 big blinds. Para este estágio do torneio, é absurdo. Jogamos com oito jogadores por mesa e depois mudamos para seis quando atingimos os últimos 36, então acredito que esta estrutura permite que os melhores jogadores ganhem, sabe? É isso, e também acredito que seja um


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jogadores em uma mesa”, perguntou Keith Sloan. Ninguém se opôs e mais dois jogadores, Andrew Feldman e Eugene Katchalov, tomaram seus lugares, trazendo o field total para 20 jogadores e um prize pool total de impressionantes US$ 5 milhões. O formato de winner-take-all foi mudado para pagar os três primeiros, com o eventual campeão levando para casa US$ 2,5 milhões. Apesar do que estava em jogo, as eliminações continuavam acontecendo. Obst foi seguido por Bord, Dwan, de Wolfe, Kostritsyn e Juanda. Os profissionais estavam saindo, mas os empresários de Macau ainda estavam no jogo. Katchalov, Obrestad e Bloom também não conseguiram ficar na frente de nenhum dos empresários de Macau. Com 11 jogadores sobrando, no entanto, um deles finalmente caiu. Paul Phua foi eliminado por Feldman. Logo depois, Cates foi eliminado por Ferguson. Quando a mesa final começou, Sam Trickett estava, assim como durante o US$ 100.000 Challenge alguns dias antes, completamente no controle. Com 1,2 milhão de fichas, Trickett estava bem à frente de seu competidor mais próximo, Ferguson, que tinha 860.000. Qiang estava em terceiro (623.000), seguido por Seidel (619.000), Evdakov (428.000), Feldman (423.500), Yong (313.500), Benyamine (258.500) e Ivey (186.000). O jogo desacelerou consideravelmente até que Trickett encontrou seu ritmo de novo. Ele mandou Evdakov para casa em nono, e em pouco tempo, eliminou Ivey, Ferguson e Benyamine. Este trabalho se juntou às eliminações de Feldman e de Qiang por Benyamine, e com a queda de Yong restou a Trickett um heads-up contra Seidel com uma vantagem de 5 para 1 em fichas. De repente, o maior torneio já jogado tinha uma trama paralela. Poucos dias antes, Trickett havia embolsado US$ 1,5 milhão quando ganhou o US$ 100.000 Challenge. Seidel terminou em terceiro. Uma vitória de Trickett iria certamente ser considerada uma das melhores semanas na história dos torneios de poker por qualquer jogador, e uma vitória de Seidel iria colocá-lo na quarta posição dos maiores ganhadores de torneios (em valores) de todos os tempos. É claro que Trickett ainda precisava passar pelo oito vezes ganhador de um bracelete da WSOP e membro do Hall da Fama do Poker. Os dois jogaram o heads-up por pouco menos de uma hora, e durante este tempo a mágica que Trickett usou para construir sua forte liderança desapareceu, assim como suas fichas. Seidel estava em uma maré muito boa e, enquanto Trickett fez o trabalho pesado da mesa final, foi Seidel quem saiu com o prêmio de US$ 2,5 milhões do primeiro lugar e o troféu do torneio. A vitória fez com que Seidel passasse Jamie Gold na lista dos maiores ganhadores de dinheiro em torneios de poker e o colocou a uma distância atingível em relação a Daniel Negreanu e Phil ivey. Para Seidel, no entanto, que conquistou quase todos os objetivos que um jogador de poker pode querer atingir, o mais importante era ganhar um evento tão grande. “Estou muito animado de ter ganho. É realmente especial.” Admitiu Seidel. “Era um field muito elitizado e a entrada era bem alta. Eu não queria perder US$ 250.000, então, em primeiro lugar, só o fato de ter recuperado o dinheiro já foi bom.” >>>

reflexo da qualidade do field. Vendemos muito, cerca de dois terços do field, através de satélites online e ao vivo, então fazemos cerca de um terço, algo em torno de 250 classificados ao vivo, e recebemos cerca de 200 a 250 classificados de vários sites. Vocês têm satélites ao longo do ano aqui? Sim, de março em diante. De certa forma, tiramos fevereiro de folga. Tudo que fazemos é direcionado para o Aussie Millions. Gastamos o ano todo trabalhando nele. Tiramos algumas semanas de folga, para tentar descansar, aí nos reunimos no final de fevereiro, e então em

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março procuramos divulgar a programação e começar tudo de novo. Então o que é melhor para vocês, ter alguém como o jovem local Tyrone Krost ou alguém como Gus Hansen como vencedor? Ambos têm seus méritos. Provavelmente alguém como Gus, eu acho, pela imagem internacional do torneio, mas para o crescimento doméstico alguém como Tyrone ajuda com nossa campanha de satélites e com a crença de que um australiano pode ganhar, pois por muito tempo parecia que não iríamos conseguir um título.

É engraçado na verdade, pois quando fizemos o primeiro Aussie Millions, era o primeiro torneio de múltiplos dias no qual você pegava suas fichas e as embalava no final do dia. Então nos primeiros anos que fizemos, acho que em 2005, sentamos e falamos, “Não existem australianos que chegaram nem perto de ganhar este torneio, precisamos criar mais eventos de múltiplos dias.” Então o primeiro que fizemos foi um torneio de US$ 1.650 de buy-in que aconteceu por três dias só para dar a eles aquele sentimento de campeonato e este tipo de coisa. Agora, temos seis ou sete destes por ano,


Os Empresários

De macau

N

No fim de 2010, ouviram-se boatos de Macau que Phil Ivey, Patrik Antonius, Tom Dwan e mais alguns estavam na capital asiática do jogo jogando alguns dos maiores limites já vistos. Eles não estavam jogando uns contra os outros, no entanto. Um grupo de empresários asiáticos foram para Macau e levaram com eles bankrolls que pareciam intermináveis. O grande jogo de Macau parecia girar em torno de três jogadores desconhecidos, então quando Paul Phua, Wang Qiang e Richard Yong apareceram em Melbourne para jogar cash games e os torneios de grandes buy-ins no Aussie Millions, o mundo do poker tirou suas conclusões. Foi confirmado por alguns jogadores que jogaram em Macau, no entanto, que Phua, Qiang e Yong não eram os três jogadores em torno dos quais os grandes jogos da Ásia giravam; eles eram, na verdade, os melhores jogadores para aqueles limites. “Os empresários asiáticos aprenderam muito rápido. Dois deles foram bolha no evento de US$ 250.000. Para ir longe em um field como este significa que sabem alguma coisa sobre o jogo, e eu não acredito que eles estejam jogando há tanto tempo – talvez pelos últimos 12 meses ou algo assim”, disse Jonno Pittock, Diretor de Operações de Poker do Crown. “Eles são ganhadores (em Macau). Macau é um mercado diferente. O dinheiro lá é simplesmente absurdo.”

wang qiang

então é dada aos jogadores a chance de jogar no formato de múltiplos dias, com dias extremamente longos, e se acostumarem com isso. Então, para responder a sua pergunta, visando o mercado internacional, eu prefereria que ganhasse um profissional. O que a vitória de Joe Hachem no Main Event da WSOP em 2005 significou para vocês? Joe nos poupou cerca de três anos, eu acredito. De qualquer forma, já estávamos crescendo. A WSOP começou a ir ao ar aqui em 2004, e passava em um ótimo horário, depois do Australian Football no sábado à

noite, umas 10 horas. Foi um momento perfeito, e assim que foi ao ar recebemos ligações e as pessoas vinham aqui. Nessa época, acredito que tínhamos 32 mesas na sala de poker, então já tínhamos começado a crescer entre 2003/2004. Mas, no final de 2004, realmente tínhamos um volume que não conseguíamos controlar, então, quando Joe ganhou, foi um sábado à noite aqui e foi uma loucura. Tínhamos 32 mesas, mas tínhamos o equivalente a 10 mesas em jogadores esperando em torno das mesas e no bar. Quando nós anunciamos era cerca de 11

richard yong

paul phua

da noite, e a sala simplesmente enlouqueceu. Todos estavam gritando e pulando; foi realmente bacana. Depois disso, fomos de 32 para 49 e daí para 54 mesas em cerca de seis meses, então o cassino viu o que estava acontecendo. Trouxemos Joe como um embaixador, recebemos muito suporte de nosso time executivo baseado no crescimento que tivemos anteriormente, e meio que pulamos um período de crescimento. Quando Joe ganhou, foi um estouro. Estavamos crescendo, então ele no alavancou, o que levaríamos 18 meses para alcançar, conseguimos em dois.

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Felipe Mojave

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F por

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d e x i sm

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Amigos da Bluff Brasil, Em nossa coluna de estreia trouxemos um breve histórico sobre os Mixed Games no Brasil e mostramos como seria a estruturação dos nossos artigos subsequentes.

Este é o nosso cronograma:

0) Introdução aos Mixed Games 1) Limit Hold’em 2) Stud H/L 3) Pot-Limit Omaha 4) Limit 2-7 Triple Draw 5) Razz 6) No-Limit Hold’em 7) Omaha H/L 8) Stud Hi 9) No-Limit 2-7 Single Draw 10) Badugi Neste nosso primeiro artigo técnico, vou ensinarlhes a dinâmica, regras, dicas e estratégias do Limit Hold’em. Lembro de ter lido alguns livros do autor Lou Krieger, o qual faz uma comparação com esportes que eu também vou fazer aqui, abrasileirando-a: Limit Hold’em está para o No-Limit Hold’em assim como o futebol de salão está para o futebol de campo. Ambos são futebol, porém jogos totalmente diferentes. Esta é a melhor definição que eu, Felipe Mojave, posso trazer para você, de cara, para que você entenda a diferença brutal que existe. A grande diferença entre o No-Limit Hold’em e o Limit Hold’em é que neste as apostas são limitadas, ou seja, num jogo onde os blinds são $10-$20, a aposta mínima é de $20 e o aumento máximo é de $20. Deste modo, um jogador que quiser aumentar a aposta deve apostar $40. Todos os demais jogadores que quiserem aplicar um reaumento têm que necessariamente repetir a aposta prévia e somar a quantia mínima (e máxima) de aumento, que é de $20 (limite). Um máximo de 3 (três) aumentos é permitido por street

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(fase), atingido-se assim o 4-bet ($20-$40-$60-$80). O aumento máximo, neste caso, que é de $80, é também chamado de Cap. Em alguns cash games, quando a ação está em Heads-Up, a aposta máxima ou Cap pode chegar ao 5-bet. A partir do turn, as apostas são dobradas, sendo assim a aposta mínima $40 e o aumento mínimo/ máximo também de $40 ($40-$80-$120-$160). Com base no padrão de apostas, apesar da mesma estrutura de jogo, a sua estratégia e dinâmica mudam drasticamente. O Limit Hold’em ou Fixed-Limit é um jogo de forte leitura de seus oponentes, já que, diferentemente do No-Limit Hold’em, não é possível “expulsar” seus adversários da mão com uma grande aposta. Utilize a mesma estratégia que você já usa para o No-Limit Hold’em quando falamos de starting hands, porém o Limit Hold’em vai exigir que frente a algumas situações você reduza, altere e refine o seu range e valorize ainda mais as suas reads. O fato de reduzir o seu range tem tudo a ver com pot odds, já que se seu oponente abrir um raise do Small


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Blind para $40, você tem 3:1 de odds para dar o call do Big Blind, ou seja, precisa investir $20 para ganhar $60. Com o flop aberto, a única aposta que seu oponente poderia efetuar seria de $20 e deste modo você teria 5:1, ou seja, pagaria $20 para ganhar $100. E é bem aí que eu digo que o Limit Hold’em é um jogo muito técnico e de forte leitura. Fica muito simples de observar que você terá odds para jogar praticamente qualquer mão e que, se você não tiver um plano, padrão e leitura de jogo muito boa, você vai investir fichas continuamente sem um propósito e vai vê-las frequentemente sendo empurradas pelo Dealer na direção de seu oponente. Caçar draws então parece ser uma tarefa simples em Limit Hold’em, certo? Não mesmo! E é aí que muitos jogadores se enganam. Por mais que você tenha odds para comparar a força da sua mão (card odds) com o tamanho do pote (pot odds) a todo momento, suas card odds e a leitura de seu adversário são o que deve guiar suas ações nesse jogo tão disputado aposta por aposta, ou do contrário você verá suas fichas desaparecerem em alta velocidade. Vamos imaginar a ação no river com um pote de $400. Seu oponente aposta $40 e você tem pot odds de 11:1. Seria este um call automático com o segundo par do bordo? Não. É justamente disso que venho comentando acima: você vai ter que avaliar a situação frente à sua leitura do oponente com muito mais precisão, já que o call parece simples. Você tem odds para efetuar o pagamento da aposta, isso você sempre terá e possivelmente será um grande perdedor em Limit Hold’em se o seu raciocínio for apenas baseado na matemática do jogo. Na minha opinião, muitos ajustes são necessários para se jogar bem Limit Hold’em. Enquanto em No-Limit Hold’em temos que ponderar principalmente os stacks envolvidos e a posição, em Limit Hold’em estes quesitos já não são tão fortes assim. Imagine que você tem 77 e a ação chega a você com raise e reraise. É bem capaz que você esteja enfrentando, no mínino, cartas mais altas que o seu par, portanto sua mão é um tanto quanto vulnerável, exceto se você acertar a sua trinca no flop, cujos odds para isso são de 7,5:1. E é este ponto mesmo que eu quero explorar: jogando Limit Hold’em, sua capacidade de extração de valor quando você acerta a sua trinca fica bastante reduzida, já que você está inserido num limite de apostas e, mesmo que você esteja no botão (na posição de Dealer), seria improvável que seus 2 oponentes optem pelo check-fold no flop Kd8d3h, por exemplo. Sendo assim, seu stack não faz nenhum tipo de pressão sobre os seus adversários, já que há um valor máximo que pode ser apostado, e sua posição não influi tanto assim no andamento da jogada, já que se o seu oponente der o call fora de posição, ele já sabe qual é o valor de aposta que terá que pagar para ver o river. Com isso, vale apenas observar que o range de mãos deve ser ajustado frente a diversas situações, como esta, na qual é claramente ruim jogar com um par médio, e as chances de se ganhar a mão são pequenas, assim como a capacidade de extração de valor. Já em No-Limit, nesta situação você possivelmente

poderia colocar uma quarta e grande aposta para reduzir a quantidade de oponentes ou ter mais informações dentro da mesma street. Muito complicado? Sim, Limit Hold’em é um jogo para gente grande e com uma enorme capacidade de leitura e ajustes, principalmente. Limit e No-Limit play, apesar de dividirem muitas coisas, são jogos completamente diferentes. Outro exemplo muito elucidativo seria no caso de você jogar uma mão como KQ. Esta mão conectada com o flop K-9-8 tem um valor muito apreciado em Limit Hold’em, já que você tem top pair e um kicker alto, dando a você muita força para combater seu adversário dentro da sequência das apostas. Seu oponente terá que dar continuidade com mãos mais fracas e com grande índice de pay-off (pagamento), pois é assim que funciona a estrutura do jogo. Agora imagine que você esteja jogando No-Limit Hold’em. Este já não é o tipo de mão com a qual você gostaria de criar um pote grande ou correr atrás das fichas do seu adversário, ou seja, para isso você buscaria uma mão mais forte, como uma trinca, straight ou flush. Se você ganhasse esta mão com uma certa facilidade, não faria você lamentar absolutamente nada, dada a sua vulnerabilidade frente às possibilidades do jogo No-Limit. Pequenas e repetitivas vantagens têm que ser buscadas em Limit Hold’em, já que o jogo gira basicamente sobre isso, ao contrário do No-Limit Hold’em, onde muitas vezes você vai procurar situações para dobrar seu stack, por exemplo. O conceito de valor é muito diferente. Posição também tem a sua importância, apesar de eu já ter relatado que não é a mesma galinha dos ovos de ouro como em NLH. Já a seleção dos seus oponentes, aqui ela tem que ser muito maior, digo, exponencialmente maior! Se você jogar No-Limit Hold’em contra um oponente um pouco melhor que você, apesar de todas as dificuldades, você poderá se defender muito bem, frente a uma vasta gama de estratégias, principalmente pelo jogo não ter limites de apostas. Já em Limit Hold’em, eu temo em dizer que, se você jogar contra um oponente melhor que você, sua chance de ter sucesso é consideravelmente reduzida, de verdade. E, se ele for muito melhor que você, eu acredito que nem no curto prazo você possa se tornar um vencedor. Me lembro ano passado, quando joguei o evento Limit Shootout na WSOP e cheguei ao Heads-Up, sendo que se eu vencesse estaria ITM e se ganhasse mais uma mesa estaria na mesa final. Foram incontáveis os calls que eu dei em meu oponente com terceiro par, A-High e inclusive J-High, escutando então a sucessivos comentários de “Nice Hand” e “Cartas por favor me ajudem, senão eu nunca vou ganhar desse cara”. Isso se deve ao fato de eu dominar muito bem a leitura de jogo frente àquele adversário e ao fato de que nenhuma aposta que ele fizesse poderia me forçar a dar fold em uma mão que eu achasse que estaria na frente. Confesso que foi por causa desse racional que eu me apaixonei pelos Limit Games, depois de sofrer muito tempo jogando contra jogadores muito melhores que eu e aprendendo a evitá-los e usar isso a meu favor. Você também fica menos vulnerável às bad beats nos jogos Limit, pelo mesmo racional, já que elas não serão BLUFF BLUFF • MARCH • MAIO 2011

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Felipe Mojave

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normalmente um grande percentual de seu stack e que o fato do jogo ser explorado em todas as streets ajuda você a refinar muito a leitura de jogo. Lembra daquela discussão que jogador de cash games tem melhor leitura que jogador de torneios por conta de ter mais experiência pós-flop? Pois é, experimente jogar Limit e você verá isso ter verdadeira relevância. Limit Hold’em requer uma grande mudança de mentalidade, como se você tivesse uma chave em sua cabeça que pudesse mudar de frequência quando você fosse jogar Limit. É basicamente esta estratégia que eu uso pelo fato de jogar Limit, Pot-Limit e No-Limit com grande volume em todos. Hoje tenho várias chaves de frequência na minha cabeça. Um dos pontos mais importantes aqui é que o Hold’em, dentro dos Mixed Games, tem a esmagadora maioria de praticantes frente às demais modalidades. Com isso, muitos jogadores tendem a jogar uma quantidade excessiva de mãos durante a rotação de Limit Hold’em (inclusive muitas vezes sem perceber isso). É aí que os jogadores mais preparados na modalidade vão levar grande vantagem. Talvez esta seja a melhor dica que eu possa dar para vocês de todas as que eu vou colocar aqui na Bluff a respeito dos Mixed Games. Sendo assim, estudem bastante o Limit Hold’em para se sentirem (e estarem) preparados para esta modalidade durante a sua rotação dentro dos Mixed Games (principalmente no HORSE, no qual esta modalidade tem maior frequência e relevância sobre o stack). Tenho minhas próprias estratégias e realmente as crio, apesar de ter também um vasto conteúdo literário e bastante experiência. Gosto muito de escrever com os meus conceitos e misturar tendências. Espero que vocês tenham entendido o conceito do Limit Hold’em e suas principais diferenças, as quais exaustivamente comentamos dentro desta coluna, apesar do curto espaço. Mesmo sendo direcionada ao nível básico, existem muitos pontos neste artigo que têm e fazem parte de estratégias muito avançadas, e a minha ideia com este texto é que eu possa trazer informação relevante o suficiente para todos os níveis de poker curtirem a leitura. Como vocês estão muito mais familiarizados com o Hold’em, me contive mais a dados técnicos do que exemplos práticos de mãos, fato este que inverteremos para as próximas colunas, exemplificando mais sobre regras e mãos, como na modalidade Stud H/L, que será abordada em nossa próxima edição. Além de vocês poderem me acompanhar nas mesas do Full Tilt Poker jogando os Mixed Games, vocês também podem me mandar mensagens através do twitter (@FelipeMojave), que eu terei o maior prazer de responder. Um grande abraço a e obrigado por acompanharem a nossa querida Bluff Brasil.

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Felipe Mojave Ramos @FelipeMojave

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aventuras na

tecnologia Nadando com tubarões

E

POR Jennifer tilly

Eu nunca fingi ser uma boa jogadora de poker online. Uso o computador principalmente como uma ferramenta de aprendizado. Eu me aventuro por novos jogos como Razz e Badugi. Faço testes de agressividade e posição. Jogo Double or Nothings para ficar mais tight na bolha.

Minha atividade favorita é jogar 16 mesas ao mesmo tempo para treinar minha mente a não pensar demais, mas, sim, ser mais intuitiva. É muito empolgante, é tudo na base da porrada! Raise! Fold! Blefe! Call! O Phil está impressionado. Ele se senta no outro quarto jogando entediantes quatro mesas, ganhando fichas silenciosamente. “Minha garota!”, ele diz com orgulho, “Ela está com tudo!” Eu não me dou ao trabalho de dizer a ele que na verdade estou perdendo dinheiro da forma mais rápida possível. Mas ultimamente eu tenho jogado muito bem. Cheguei à mesa final em alguns torneios e passei a jogar limites mais altos. Estou começando a me sentir como Prahlad Friedman. “Sou uma grinder online”, eu digo feliz a mim mesma. Eu decidi investir no meu futuro e finalmente comprar um HUD (heads-up display), programa que exibe estatísticas dos jogadores em uma mesa de poker online.

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No primeiro dia em que usei a ferramenta, eu estava ficando louca. Não posso acreditar que estava jogando sem um desses por tanto tempo. É como se tivesse ficado olhando através de uma janela suja por toda a minha vida, e agora, de repente, ela está impecavelmente limpa, e pela primeira vez eu posso ver. Eu chamo o Phil até a cozinha para ver meu brinquedo novo, e ele está bastante impressionado. “Wow”, ele diz. “Olha só!” A mesa está cheia de estatísticas. O fator de agressão de todos é apresentado no flop, no turn e no river. Existem pequenos gráficos mostrando se eles estão ganhando ou perdendo. E o melhor de tudo, existem desenhos categorizando cada jogador como fish, elefante, shark ou bomba. Infelizmente eu sou uma fish, um pequeno peixe azul nadando num mar de tubarões. Isto me deixa momentaneamente deprimida, mas a tristeza passa. Com meu novo HUD, eu serei uma shark em breve! Primeira ordem do dia: eu posso ver que jogo mãos DEMAIS. A maioria dos sharks joga de 11 a 19%. Preciso baixar esses números. É fácil, simplesmente vou deixar algumas mesas abertas e limpar a cozinha enquanto eu dou fold. Também fico envergonhada quando abro meu perfil de jogador e vejo quantos Double or Nothings eu andei jogando. Jogos de criança. E ainda tem mais jogos nos limites baixos. “Última vez visto... jogando um/ dois…” aparece no HUD. Xiii! Muito ruim para minha imagem na mesa. Eu quero explicar que eu gosto de jogar os jogos fáceis enquanto leio o colunista social Perez Hilton, isso não é um indicativo do meu conjunto geral de habilidades. OK. Daqui para frente, vou me focar. Aqui está o plano. Abrir algumas mesas de limites altos. Somente jogar as 10 melhores mãos iniciais de acordo com o Sklansky. Jogar mais duro do que uma rocha. Dar fold em tudo. A disciplina será boa para mim. Este é um bom plano, mas planos bem elaborados têm um jeito de nunca funcionar. Os dias seguintes foram um pesadelo. Minhas desanimadoras estatísticas pairam sobre meu avatar como uma grande letra escarlate. Eu ODEIO ser uma fish. De tempos em tempos, eu inexplicavelmente me torno uma bomba, e depois volto a ser uma fish de novo. Parece que todos os outros são sharks. Ocasionalmente aparece outra alma perdida buscando ser shark, elefante, bomba ou um pequeno fish como eu. Eu sempre procuro suas estatísticas e penso, “Ah sim, eu vejo qual é o problema... Você joga muitas mãos...” Eu sinto pena deles, pois acredito que eles não sabem que todos na mesa podem ver quanto dinheiro eles perderam nos últimos cinco anos.

Infelizmente eu sou uma fish, um pequeno peixe azul nadando num mar de tubarões. Isto me deixa momentaneamente deprimida, mas a tristeza passa. Com meu novo HUD, eu serei uma shark em breve!! Ultimamente, não consigo ganhar um pote sequer. Existem tantos dados nas mesas; eu não consigo ler o tamanho das apostas ou o que está no meio. Às vezes, quando escrevo, as cartas ficam cobertas. Quando eu vou dar raise ou fold, tenho que mover alguma coisa nova fora do caminho, algo que apareceu de repente porque, aparentemente, o HUD pensa que é importante. Além disso, tem um barulho alto que fica apitando toda vez que existe uma “oportunidade de roubar os blinds.” Eu pensava que o computador tinha informações privilegiadas da pessoa no big blind, que através de um complicado processo de obtenção de informações, ele concluiu que este big blind em particular tinha uma chance maior do que a média de dar fold. Agora percebo que ele só quer dizer que todos deram fold até mim no cut-off ou no botão. Duhh! Como se eu não tivesse percebido isso sozinha. E por conta das estatísticas tomando conta de mim como se fossem um cheiro ruim, se eu tentar roubar, o big blind prontamente dará re-raise com cartas ruins. Fato. No último mês, eu vinha acumulando sessões ganhadoras, e agora estou numa espiral descendente. Mesmo mãos que deveriam ser vencedoras se mostram perdedoras. Reis contra valetes, e um valete no turn. AK contra AQ, e uma dama no river. A máquina está ferrando com a minha cabeça. Minhas anotações parecem devaneios de uma esquizofrênica paranóica: “Saiu pra me pegar... sempre tem set... pensa que sou uma idiota... sabe quando eu estou blefando... pode ler minha mente...” Eu estou começando a pensar que o HUD me dá azar. No final de cada dia, tem um gráfico feio e pequeno apontando para baixo para me mostrar quanto eu perdi naquela sessão. E, caso o gráfico me confunda, também tem uma concisa soma com um sinal de menos seguido de um número bem grande. Finalmente, depois de uma semana que peguei o programa, eu entrei no site sem ele. Ahhh... foi como se antes eu estivesse me sentando na mesa com alguém que não calava a boca, e agora ele finalmente havia ficado quieto. Sem toda a informação desordenando minha tela, o avatar que não faz jus, e o gráfico que caía mais a cada mão que eu jogo, eu comecei a ganhar novamente. Foi uma experiência interessante. Talvez, eventualmente, eu volte para o HUD outra vez. Afinal, eu fiz uma assinatura de um ano. Mas, por enquanto, eu acho que vou simplesmente voltar a jogar da forma antiga. Não preciso ser lembrada toda vez que ligo meu computador de que não sou tão boa quanto penso que sou. Eu estava mexendo em meu próprio aquário. BLUFF • MAIO 2011

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BLACK FRIDAY

O DIA em QUE O GOVERNO americano abalou o mundo do poker online POR guilherme kalil

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Q

Quando a segunda edição da revista Bluff estava pronta para ir para a gráfica, fomos surpreendidos com a informação de que o Departamento de Justiça norteamericano, em conjunto com o FBI, havia indiciado executivos dos três principais sites de poker online que atendem o mercado norte-americano. Havia 11 indiciamentos contra executivos do PokerStars, do Full Tilt Poker e da Rede Cereus, que hospeda os sites Absolute Poker e Ultimate Bet. Além disso, o governo ordenou o bloqueio de diversas contas bancárias utilizadas pelos sites e bloqueou seus domínios. As acusações contra as empresas são de fraude bancária, lavagem de dinheiro e operação em desacordo com a UIGEA, a Unlawful Internet Gambling Enforcement Act, que não proibia o poker online, mas limitava as operações financeiras relacionadas a ele. Vale lembrar que jogar poker online não é ilegal na grande maioria dos Estados norte-americanos, mas a partir da lei diversos bancos pararam de processar pagamentos a jogadores, dificultando depósitos e recebimentos naquele país. Os 11 executivos indiciados foram Isai Scheinberg, Raymond Bitar, Scott Tom, Brent Beckley, Nelson Burtnick, Paul Tate, Ryan Lang, Bradley Franzen, Ira Rubin, Chad Elie e John Campos. Scheinberg, fundador do PokerStars, foi o segundo colocado na lista dos 20 mais poderosos do poker publicada na primeira edição da Bluff. Ray Bitar, diretor da provedora de assessoria de marketing e software do Full Tilt, foi o décimo quinto colocado. Vale dizer também que esta matéria foi escrita menos de 48 horas depois do problema tornar-se público, portanto quando da redação do texto ainda não havia muitos detalhes sobre o que estava ocorrendo. Segundo o site Pokernews, a principal alegação do governo contra as empresas era de que elas sabiam que as transações utilizando bancos americanos eram ilegais, mas mesmo assim eles conseguiram enganar alguns bancos e pagar a outros para que eles intermediassem suas transações. A partir daí, os domínios dos três sites foram imediatamente bloqueados e as páginas principais deles

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foram substituídas por avisos do FBI e do Departamento de Justiça que informavam sobre os supostos crimes cometidos pelas empresas. Em um segundo momento, o PokerStars proibiu jogadores americanos de jogar a dinheiro real em seu site, e mais tarde soltou um comunicado informando que, apesar de não poderem jogar lá, os jogadores podiam ficar tranquilos quanto ao saldo que tinham em conta. Afirmou ainda que para os jogadores de outros países o site continuava aberto e funcionando normalmente. Depois foi a vez do Full Tilt anunciar que jogadores estadunidenses não mais poderiam jogar lá e cancelou sua série de torneios ao vivo Onyx Cup antes mesmo dela ser iniciada. É importante ressaltar que, geralmente, quando se fala de lavagem de dinheiro, o crime está associado a outros mais graves, como tráfico de drogas ou armas, e não foi isto o que ocorreu com estas empresas. O que elas supostamente fizeram foi contornar a UIGEA para que conseguissem operar em solo americano. JOGAR POKER NÃO É E NUNCA FOI ILEGAL NOS ESTADOS UNIDOS, mas declarar que transações bancárias relacionadas a poker são vendas de joias e bolas de golfe é, sim, um crime passível de cadeia. Seis dias após o incidente, os sites recuperaram seus domínios depois de um acordo com a justiça americana. As empresas soltaram também uma carta aos jogadores informando que o dinheiro deles estava seguro. A INVESTIGAÇÃO Ainda que fosse difícil imaginar que a ação pudesse


ser concluída com tanta truculência, a notícia de que havia uma investigação envolvendo as empresas de poker nos EUA não é exatamente uma novidade. O site da importante revista Forbes publicou em novembro de 2010 uma reportagem intitulada “Are the Feds cracking down on online poker? (em tradução livre - Estariam os federais apertando o cerco em relação ao poker online?)”. A revista informou que havia 2,5 milhões de americanos que jogavam poker online e apostavam cerca de 30 bilhões de dólares por ano. A matéria informava que o Full Tilt tinha conexões nebulosas com os jogadores Howard Lederer e Chris Ferguson, e dá a entender que ambos podem ser sócios da empresa. Durante este período, vários sites afirmaram que havia realmente uma investigação ocorrendo. O Departamento de Justiça Norte-Americano O Department of Justice, ou apenas DOJ, é o órgão responsável

pelo cumprimento da lei nos EUA, e é equivalente ao Ministério da Justiça nos outros países. O DOJ é reconhecido por ter sucesso na maioria de suas investigações. Ainda na sexta-feira vários órgãos de imprensa noticiaram a suspeita de que Daniel Tzvetkoff, considerado um “menino prodígio” dos negócios online, pode ter ajudado o DOJ durante o processo. Daniel foi o criador dos processos de pagamento utilizados pelos grandes sites de poker para fazer suas operações e acabou sendo preso em abril do ano passado sob a acusação de lavagem de dinheiro e fraude. Segundo o jornal australiano Courier Mail, Daniel foi liberado sob fiança de forma misteriosa e passou a ajudar a justiça em sua investigação. O jornal afirma que Tzvetkoff mora em um local secreto em Nova York e que ele teria dado informações privilegiadas em troca de sua liberdade. A REAÇÃO Após saber do incidente, a primeira reação dos jogadores de poker em todo o mundo foi correr ao fórum Two Plus Two, o maior centro de discussão de assuntos

relacionados a poker online no mundo. Pouco mais de 24 horas após o bloqueio dos domínios, a sessão de discussão relacionada ao assunto tinha mais de um milhão de visitas e quase 5.000 posts de usuários de

O DOJ é reconhecido por ter sucesso na maioria de suas investigações. todo o mundo. No primeiro momento, vários cogitaram a possibilidade de tudo ser uma brincadeira dos foristas, mas o que logo se viu foi um mal-estar generalizado quanto à possibilidade dos jogadores perderem seu meio de vida ou seu passatempo. No maior fórum brasileiro, o MaisEV, o tópico aberto sobre o assunto teve mais de 60.000 visitas e 1.500 posts no mesmo período. Em ambos os fóruns os jogadores demonstravam sentimentos opostos. Alguns estavam relativamente

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tranquilos, dizendo que era apenas questão de tempo para que a questão fosse resolvida, enquanto outros estavam muito preocupados com relação ao dinheiro que têm depositado nos sites. John Papas, diretor-executivo da Poker Players Alliance, organização criada para dar suporte à luta dos jogadores norte-americanos, afirmou em seu site através de um vídeo que “a atitude tomada pelo governo local contra o poker online não pode ser vista como nada menos que uma declaração de guerra ao poker e seus praticantes”. Disse ainda que a organização está se preparando para uma batalha e que, assim que mais informações surgirem, eles manterão os jogadores informados.

REID’S BILL Em junho de 2010, o Senador Harry Reid, de Nevada, redigiu uma lei para tentar regulamentar o poker online nos EUA. Sua lei, ao invés de ser um facilitador, tendia a complicar as coisas naquele país, mas foi sendo ajustada em conjunto com a PPA com a passagem do tempo. A princípio a lei suspenderia o poker online por 15 meses naquele país. Após este período, os cassinos e casas de jogo que estavam em operação há mais de 5 anos e tinham pelo menos 500 máquinas de caça-níqueis poderiam montar sites de poker. Empresas exclusivamente online só poderiam operar neste mercado após dois anos

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da passagem da lei, que ainda exigia que todo o hardware dos sites estivesse dentro do país e os obrigava a informar sobre saques e depósitos dos jogadores. Os sites teriam ainda a obrigação de pagar 20% de todo o dinheiro gerado pela operação, e cada Estado poderia optar por participar ou não dela. A Reid’s Bill supostamente tinha como objetivo taxar e cuidar dos jogadores, especialmente quanto a eventuais exageros e a jogadores menores de idade, mas diversas pessoas da indústria acreditavam que a lei servia para favorecer os cassinos não virtuais do país, que têm grande influência especialmente no Estado do Senador. Especula-se ainda que os cassinos ajudaram, e muito, a financiar a campanha do Senador, que antes de redigi-la chegou a declarar que era radicalmente contra o jogo online. A lei foi recebendo vários ajustes, mas acabou morrendo em dezembro de 2010, depois de não ser aprovada.

um processo por ter operado sem regulamentação específica no país antes de se retirar.

O FUTURO A investigação e as punições ocorridas não têm precedentes, de forma que ainda é cedo para fazermos previsões sobre o poker online. Dito isto, acreditamos ser razoável levarmos em consideração os dados que temos para imaginarmos o que pode acontecer com o jogo que é profissão de vários brasileiros. Em primeiro lugar, é difícil acreditar que algum jogador tenha dificuldade em receber o dinheiro depositado nos sites. Estes sites são enormes e têm faturamento de bilhões de dólares, de forma que são empresas que têm total condição de honrar seus compromissos com os jogadores. Quando o Neteller fechou suas operações para o mercado americano, havia jogadores com centenas de milhares de dólares na conta e todos receberam o valor integral não muito depois do fechamento. Além disso, os dois grandes sites já anunciaram que continuarão funcionando em todo o mundo, com exceção aos EUA. A jogadora brasileira Maria “Maridu” Mayrink estava nos EUA durante o ocorrido e afirmou no MaisEV que vários de seus conhecidos que têm mais de US$ 100.000 depositados PARTY POKER E O no PokerStars receberam telefonemas GOVERNO do suporte do site informando que eles A sala de poker poderiam ficar tranquilos, pois o saldo online Party Poker deles estava protegido. Ainda no mesmo chegou a ser a maior tópico ela afirmou que está cogitando a sala em operação no possibilidade de se mudar para o Brasil mundo durante os com seu namorado David, que também é jogador. primeiros anos do É natural se imaginar que com a perda poker na internet. Na época o poker do maior mercado do mundo os sites era uma indústria devem diminuir a premiação garantida infinitamente menor do que é hoje, em seus torneios. As principais séries de torneios dos sites, o e vários profissionais de FTOPS e o WCOOP devem primeira linha do Brasil “A atitude ser reduzidas, e o Sunday e do mundo deram seus tomada pelo Million do primeiro primeiros passos lá. O Party atuou no mercado governo local domingo depois do incidente americano até o ano de 2006, teve sua garantia reduzida contra o quando em 2 de outubro se de 1,5 para 1 milhão de poker online dólares, e superou este valor retirou de lá, apenas três dias após a aprovação da quase 300 mil dólares, não pode ser em UIGEA. Em abril de 2009, com um field de 6.475 vista como mesmo sem ter operado no jogadores. E o que pode acontecer mercado americano após a nada menos aprovação da lei, a empresa com o poker online? que uma Acreditamos serem fechou um acordo de US$ 105 milhões com o governo possíveis as seguintes declaração norte-americano para evitar hipóteses:

de guerra ao poker e seus praticantes.”


1 - Os grandes sites continuam sem atender o mercado americano e se mantêm atendendo os outros países: Esta hipótese é a mais provável a curto prazo. Acredita-se que se isto ocorrer os sites vão redirecionar seus investimentos para outros mercados e vão investir em marketing e em torneios ao vivo no resto do mundo, especialmente na América Latina e Europa, que passam a ser seus maiores mercados. 2 – O problema é resolvido e os sites voltam a atender os EUA: Ainda que os dois maiores sites do mercado voltem a atender os jogadores americanos, eles voltarão com uma estrutura completamente renovada. Acredita-se que o governo americano vai entrar em acordo com estas empresas em algum momento, mas os executivos que supostamente lavaram dinheiro e cometeram fraudes bancárias não voltariam a atuar neste mercado. 3 – O cenário do poker é mudado completamente: Como provavelmente estas empresas não voltarão a trabalhar em solo americano por um longo período, acredita-se que haverá uma mudança enorme no cenário de poker online por lá. Empresas como o Party Poker, que entrou em acordo com o governo, e o Zinga, que oferece poker gratuito aos usuários do Facebook, teriam totais condições de começar a atuar caso haja uma nova regulamentação. Neste caso, quando os gigantes atuais voltassem ao mercado americano, eles encontrariam um cenário completamente diferente do atual, no qual outras empresas estariam dominando. Seria inocência de qualquer um imaginar que as principais redes de cassinos não têm interesse neste mercado bilionário, e é bem possível que elas já estejam trabalhando nisto. O Harrah’s, por exemplo, já oferece poker online com a marca da WSOP, e para eles seria muito conveniente entrar no mercado praticamente sozinhos, como as únicas empresas regulamentadas do ramo. Já o Zinga tem hoje a maior “sala” de poker online do mundo, com mais de 30 milhões de usuários cadastrados e 7 milhões de jogadores jogando diariamente em suas mesas de dinheiro fictício. A empresa hoje é a que tem o maior potencial de se tornar a grande força do mercado norte-americano, tanto pelo número de usuários já cadastrados quanto pelo fato de ter um software em funcionamento. O BRASIL Naturalmente uma mudança completa num mercado que estava estabilizado é motivo de preocupação, mas o fato é que nosso país tem um potencial enorme, que já pôde ser visto no dia 17 de abril, domingo em que jogadores verde-amarelos cravaram nada menos que o Sunday Million, o Sunday Storm e o Sunday Warm Up, além de vários outros resultados menores. Só estes três torneios deram ao país uma premiação combinada de 220 mil dólares! Neste momento, é importante que os brasileiros prestem muita atenção nos acontecimentos e se adaptem às mudanças que certamente vão ocorrer. O esporte está em pleno crescimento em nosso país e precisamos trabalhar para continuar a formação de jogadores de primeira linha que vêm se destacando cada vez mais no cenário do poker online.

Seria inocência de qualquer um imaginar que as principais redes de cassinos não têm interesse neste mercado bilionário, e é bem possível que elas já estejam trabalhando nisto.

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Sérgio Prado

Deal?

Não, obrigado... POR Sérgio prado Imagine a cena: na quadra central de Roland Garros, Roger Federer interrompe a disputa da final de um dos mais prestigiados torneios no circuito do tênis mundial. Chamando Rafael Nadal para uma conversa perto da rede, ele propõe uma divisão de parte da premiação para as primeiras colocações. “Você é melhor no saibro, eu sou melhor na grama... Vamos deixar 60% para o primeiro, 40% para o segundo aqui na França e a gente faz o mesmo acordo nas quadras rápidas em Wimbledon. Fechado?”

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O diálogo acima é fictício, claro. Os acordos financeiros não fazem parte da cultura esportiva. É inaceitável negociar parcelas de premiação, deixando números e quantias mais próximos. Seja no futebol, no automobilismo, no basquete ou no golfe, os grandes jogadores disputam quantias enormes sem se preocupar com o achatamento dos valores. Os atletas estão sempre em busca do prêmio maior. No poker, a maioria pensa diferente. É muito difícil ver hoje em dia um grande torneio que não seja paralisado em sua fase decisiva para que os jogadores busquem novos valores para a divisão de prêmios. Os acordos são parte da cultura do jogo, e acontecem de forma recorrente. Talvez eu seja o “último romântico”, mas não tenho que pensar muito para assumir minha posição. Desde que comecei a trabalhar com o universo do poker, sou um ferrenho opositor à cultura do “acordo”. Acho que os deals sempre acabam afastando o jogo dos outros esportes. Fiquei assustado demais depois que vi o acordo feito no PokerStars Sunday Million comemorativo de 5º Aniversário... O torneio iria distribuir prêmios milionários para os dois primeiros colocados, mas graças ao acordo realizado entre os NOVE finalistas, ninguém ganhou mais do que US$ 1 milhão. Os prêmios foram achatados e os valores ficaram muito próximos, dando uma certa satisfação para todos os jogadores da mesa final, mas tirando o brilho dos números finais do torneio. Sou um dos primeiros a defender o poker como profissão. Mas assim como os profissionais dos outros esportes, gostaria que os jogadores sentassem às mesas buscando o prêmio máximo, e não um valor intermediário. Queria que todos que disputassem um torneio nas mesas de pano verde estivessem pensando na vitória, no troféu, no maior valor... Quem joga poker profissionalmente deve acreditar em seu potencial, e aceitar a máxima que o bom e velho “longo prazo” existe! Se você for realmente bom no que faz, vai conseguir resultados expressivos e prêmios recompensadores durante sua carreira. “Mas e a variância?”, perguntou meu editor quando falei o tema desta coluna para ele. Claro que ela existe, mas não só no poker! Em todos os esportes, atletas são obrigados a conviver com diferentes fatores que podem influenciar diretamente no resultado de uma partida, de um campeonato. No poker, a influência do elemento randômico do baralho é muito fácil de ser percebida e realmente interfere no jogo. Mas profissionais de outras modalidades também convivem com sorteios de chave, forças da natureza e outros tipos de imprevistos que acabam alterando resultados. E eles não fazem acordos para garantir nenhum tipo de resultado! Quem vive da cultura do deal acaba mirando um objetivo diferente. Será mesmo que uma pessoa joga um torneio por horas e horas para chegar na mesa final e pensar em buscar “a média”? Nos dicionários “Medíocre” é sinônimo de “Mediano”. É isso o que você busca para sua carreira, para seu hobby, para seu lazer? Acredito em quem joga para ganhar, busca o sucesso e a glória, e se preocupa mais com o primeiro lugar do pódio do que com valores!

Sérgio Prado (@seprado) é o blogger do PokerStars no Brasil, comentarista dos canais ESPN e apresentador do programa “MetaGame” na TV Poker Pro

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Guilherme Kalil

Deal?

Com certeza… POR Guilherme Kalil Antes de iniciar esta coluna é importante esclarecer ao leitor que as colunas da revista são espaços de opinião, e naturalmente minha coluna não expressa a opinião da Bluff, apenas a deste que vos escreve. Durante a edição da revista tive o prazer de ler a coluna do jornalista Sérgio Prado, um dos maiores (se não o maior) jornalistas de poker do nosso país e sem dúvida o brasileiro que mais conhece o cenário internacional do poker. Ao ler a coluna sobre deal, compreendi todos os seus argumentos, mas achei justo adiar a publicação do texto que tinha escrito para esta edição para colocar uma opinião discordante da dele, pois seria interessante iniciar uma reflexão sobre o assunto.

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Guilherme Kalil (@guikalil) é apresentador do Pokercast da Bluff Brasil. www.pokercast.com.br


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Apesar de ser reconhecido internacionalmente como esporte, em geral o placar utilizado no poker, ao contrário de gols, cestas ou sets, é o dinheiro. Os jogadores profissionais encaram o jogo como trabalho e, portanto, têm por objetivo principal maximizar seus ganhos financeiros. Claro que o ego está presente no poker assim como em qualquer outro esporte, mas, ao encarar o poker como meio de vida, o foco principal do jogador não pode ser outro senão faturar o máximo possível e procurar todas as formas lícitas e éticas de buscar isto. Exatamente por nosso placar marcar “dólares ganhos”, respeitamos e admiramos resultados como a recente segunda colocação do brasileiro Caio Brites no US$ 1.500.000 garantidos do Full Tilt Poker e a quarta colocação de Alexandre Gomes no PCA das Bahamas, com premiações de US$ 211k e US$ 750k respectivamente. Alguma vez você já comemorou a segunda colocação da seleção em uma Copa do Mundo de futebol? Pode ter certeza de que no dia em que tivermos um brasileiro em segundo lugar no Main Event, a comunidade do poker vai para a Av. Paulista fazer buzinaço! :D Além disso, o poker tem algumas características que o diferencia das outras modalidades esportivas. Ao

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contrário do golfe ou do tênis, o poker permite que jogadores amadores participem de torneios ao lado dos maiores ídolos do jogo. Podemos tranquilamente afirmar que, das mais de sete mil pessoas que jogaram o Main Event da WSOP no último ano, a maioria esmagadora não é profissional. Devido a esta falta de proporção entre profissionais e amadores, a maior parte dos jogadores que chegam ao November Nine não vive do jogo e provavelmente estará fazendo sua última mesa final em um evento grande ao vivo. Para qualquer um deles (e para quase todos nós) a diferença entre a premiação do primeiro colocado (US$ 8,944,310) e a do nono (US$ 811,823) é diretamente proporcional à mudança em suas vidas. Os torneios ao vivo têm uma variância enorme, e jogadores casuais nunca vão alcançar a variância de uma bad beat na reta final de um grande evento. Phil Gordon disse certa feita, quando ainda havia muito menos torneios de buy-in alto no calendário de poker, que se dez rivers de qualquer grande vencedor do poker ao vivo fossem trocados, sua carreira passaria de brilhante a mediana ou perdedora. Observe que no caso de jogadores como Caio Pimenta, que joga centenas de torneios por

mês, uma bad beat na reta final de um torneio acaba sendo compensada por uma carta milagrosa em outro, diminuindo portanto este efeito e permitindo a ele recusar qualquer tipo de deal, afinal de contas a longo prazo sua tomada de decisão é em geral muito melhor que a de seus adversários nesta fase. Hoje, com centenas de grandes eventos pelo mundo, o profissional é capaz de reduzir muito sua variância através da tomada correta de decisões, mas ainda assim eu acredito que os deals são muito importantes para o jogador profissional, que valoriza mais o dinheiro à glória, pois esta é sua profissão. Não se pode tratar o poker como um jogo em que o melhor sempre ganha! A reta final de um Main Event ou de um 5kk GTD do PokerStars é uma oportunidade única na vida, e o fato é que por características inerentes ao jogo nem sempre a qualidade técnica vai bater a sorte! Em eventos do dia a dia o melhor consegue impor sua qualidade, mas quem está disposto a arriscar 8 milhões de dólares em um edge tão pequeno? O poker é um jogo de longo prazo!

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O Informante. O promissor Sam Trickett vem aparecendo silenciosamente sob os holofotes e dominando alguns dos maiores jogos que existem. >>> Fotos por Tom Miles

Boatos vinham chegando até nós vindos de Macau sobre potes insanos de milhões de dólares envolvendo Tom Dwan, Phil Ivey e empresários milionários malucos jogando os limites mais altos do mundo. Quando ouvimos que Sam Trickett havia recém-chegado da “Vegas do Oriente”, nós o levamos a um pub no sul de Londres e o fizemos contar todos os segredos de Macau. E foi exatamente o que ele fez.

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Fale sobre Macau, Sam. Eu estava na Cidade do Cabo e Tom Dwan estava falando para um amigo meu, James Bord, sobre os jogos em Macau e quanto ele estava ganhando. Então eu disse a James que queria ir e ele comprou 30% da minha ação enquanto estivesse lá. Aí eu mandei 4 milhões de HKD (em torno de US$ 513.000) em crédito para o cassino e consegui aumentar esse valor para 6 milhões de HKD nos jogos paralelos, os jogos 300/600 HKD, enquanto estava me aquecendo para entrar no grande jogo. Em um certo momento, vendi porcentagens e entrei no jogo e acabei ganhando aproximadamente um milhão de libras (cerca de US$ 1,63 milhão) em duas sessões. Isto foi em um jogo de 5.000/10.000 HKD, que equivale a aproximadamente £ 400/£ 800 (US$ 650/US$ 1.300), e havia straddle na maioria das vezes. O jogo era muito forte, e os potes gigantes. Jogadores chineses gostam de ver muitos flops, então todos estavam dando call a toda hora. Quando eu finalmente achei uma situação favorável, foi com o Urindanger (Di Dang), o Tom Dwan e dois caras chineses, então não foi exatamente fácil. Então são basicamente empresários ricos neste jogo, certo? Sim, eles jogam poker relativamente bem, mas são todos extremamente ricos. Quando o jogo literalmente só tem fishes, não existe chance de eu conseguir jogar. Se eu estou jogando e mais fishes aparecem, eles me pedem para sair; se alguém aparece e eles querem sentar, você tem que sair. Eu estou tentando aprender Mandarin para que possa me juntar ao grupo e ser mais aceito. Isso vai se tornar constante, esses jogos imensos? Aparentemente, eles estão acontecendo há mais de um ano, mas ninguém sabia deles. O APT Macau aconteceu e de repente perceberam que os jogos existiam; então, sim, eu vou voltar em algum momento no ano que vem e tentar me sair tão bem quanto nessa última sessão. Foi complicado, no entanto, com o Tom no jogo; ele torna tudo mais difícil. Você pode falar sobre algum pote insano? Eu joguei uma mão na qual Tom deu raise, como ele faz 80% das vezes, e eu dei um flat call no botão com [Q♥] [J♥]. O big blind deu call e veio T-3-2 rainbow. O blind dá uma donk bet de 200.000 HKD, algo em torno de £ 16.000 (US$ 25.600) e o Tom simplesmente dá call. O big blind parece muito fraco – algo como top pair, no máximo. Eu não posso blefar dando raise aqui, pois eu só estaria representando trinca e não é bom somente representar trincas contra um jogador como o Tom. Então dei call, como faria se tivesse um trinca, e também porque eu tinha um backdoor flush e straight draws. O turn foi um sete. O cara aposta 300.000 HKD, que é um pouco mais que sua aposta no flop – uma aposta realmente baixa – e o Tom deu fold, o que me surpreendeu. Eu acredito que ele estava preocupado comigo vindo depois dele. Então subi para 800.000 HKD e tomei call na hora, então novamente achei que ele estava bem fraco; se ele tivesse um set ou algo assim, teria pensado um pouco. O river foi outro sete e o board dobrou, então eu empurrei tudo. Se ele desse call, no entanto... eu havia acabado de perder 3 milhões de HKD para o Tom na primeira vez que joguei este jogo, então, se ele me der call, acabou o meu dinheiro. Fui all in de 2 milhões de HKD (US$ 257.000) e posso ter que ir para casa, ligar para o James e dizer que eu perdi todo o dinheiro. Mas eu tinha uma leitura específica da mão e como ela iria decorrer. Acabei ganhando um milhão de libras (US$ 1,625 milhão), o que foi realmente importante. Eu liguei para o James no Skype e ele perguntou “Por que você deu call no flop? POR QUÊ?!” Ele disse que ficou enjoado quando contei que estava blefando all-in. Ele é muito A-B-C e falou “Pare de blefar!” Como você mantém a compostura blefando por tanto dinheiro? Especificamente naquela situação, tinha tanta certeza que ele ia dar fold que não estou dando nada de graça. Eu acho que ele vai dar fold, é por isso que fui all in. Ele deu fold e eu não mostrei a mão, pois ele era o dono do jogo e eu não queria alfinetá-lo. Quando puxei as fichas, na verdade, eu senti minhas mãos tremendo enquanto arrumava as £ 200.000 (US$ 325.000) de lucro. Tom olhou para mim e depois me mandou um texto por baixo da mesa dizendo “Belo blefe”. Ele disse depois que tinha 100% de certeza que eu tinha algo, mas viu minha mão tremendo depois. Ele disse que costumava tremer quando fez seus primeiros blefes gigantes no poker ao vivo. Macau foi demais; eu ganhei um pote de £ 800.000 (US$ 1,3 milhão) com top pair. Esta foi outra mão, por sinal, que poderia ter dado errado. Eu tomei

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um check-raise no turn para 1,6 milhão de HKD e só tinha 1,4 milhão de HKD para trás, então foi uma grande decisão. Eu sabia que se dissesse a James, ele teria me dito “Você só tinha top pair, o que você está fazendo?! K-Q? Qual é o seu problema?!” Quando você está jogando com o dinheiro de outras pessoas, é mais difícil, pois eles querem saber com quais mãos você perdeu. Algumas vezes as coisas parecem realmente ruins quando você conta para eles, pois eles não têm suas leituras, e se você errar, bem, você parece um donk. Eu fiz isso na TV contra o Viffer e blefei no river, pois o coloquei em um draw que não veio ou uma mão média, mas ele me deu raise e eu pensei, “Ah, ele tem que estar blefando. Ele não pode dar raise com nada que ele deve ter!” Mas eu percebi que se eu apostasse e desse call no raise com o quarto par na TV iria parecer idiota, não iria? Vamos voltar um pouco. É verdade que você estava destinado a virar um jogador profissional de futebol? Sim. Bem, era o que eu queria ser. Se eu iria conseguir, nunca vamos saber, mas eu estava em teste no Nottingham Forest por um tempo e joguei alguns jogos por eles. Eu estava na lista do Sheffield United também. Eu me deixei na mão. Minha atitude quando eu era mais jovem era meio idiota. Eu pensava que eu era melhor que todos os outros. Se eu fosse rejeitado, eu teria ficado de mau humor por causa disso, mas eu estava indo bem. Eu jogava semiprofissionalmente e tinha um futuro promissor, mas eu rompi um ligamento no joelho. Os médicos disseram que eu não jogaria mais. Deve ser sido um grande abalo… Sim, eu realmente não tinha mais nada. Nenhuma outra perspectiva ou objetivo; era tudo que eu queria fazer. Eu fui treinado para isso, estava trabalhando para isso. Eu simplesmente queria muito ser um jogador de futebol. Então, de repente, o cirurgião disse, “Você não pode mais jogar” – você não sabe o que fazer nessa hora. Então você canalizou esta competitividade esportiva no poker… Sim, com certeza. Eu sempre fui uma pessoa competitiva, desde a préescola, em tudo que faço. Eu sempre quis ser o melhor. Eu costumava jogar bilhar pelo condado e me desenvolvi até ser um dos melhores jogadores em Lincolnshire. No entanto, não havia dinheiro naquilo, então parecia sem sentido. Normalmente, quando eu faço algo, eu me aplico ao máximo. Se coloco em minha cabeça que quero ser bom em algo, então na maior parte do tempo estarei fazendo aquilo. Simplesmente coloco todo meu tempo e esforço em meu objetivo. Nunca quis ir para a universidade; não me chamava a atenção de forma nenhuma. Eu queria chegar aos holofotes de alguma forma. Sou uma pessoa extrovertida e sou um pouco exibido. Eu não queria ter um emprego das nove às cinco e sempre mirei alto. Poker é perfeito pra mim, pois eu aposto o tempo todo e meu foco é o dinheiro. Como você deixou de ser um donk qualquer para ser Sam Trickett? Eu era melhor que todos os meus amigos depois de somente alguns meses de jogo. Então pensei que eu era melhor do que realmente era e comecei a ir a cassinos. A primeira vez que fui fiquei em segundo e ganhei £ 1,000; a maior quantia que já tinha tido até então. A partir daí comecei a ir a mais cassinos em Nottingham e jogava um £ 50 toda semana, às quintas e domingos, que ganhei algumas vezes. Julian Thew era um regular e sugeriu que eu começasse a percorrer o circuito, então eu pensei, “Tudo bem então”. Ele comprou 10% da minha ação e eu joguei os eventos paralelos de £ 200 e £ 100 no GUKPT (Grosvenor UK Poker Tour). Tudo deu muito certo no começo e daí para frente foi como uma bola de neve. Quais qualidades você acha que fazem de você um bom jogador? Eu acho que – ultimamente – eu sou bom em avaliar em que nível o oponente está jogando e o que ele percebe em mim. Vamos dizer que estive


realmente ativo e eu percebo que ele notou esse meu comportamento, então eu reduzo o ritmo contra ele. Eu não acho que as pessoas se ajustam bem no poker ao vivo e você tem que se ajustar o tempo todo. Se você está jogando realmente tight, então você precisa começar a blefar. Imagem é uma parte fundamental do jogo na qual as pessoas não se esforçam o suficiente. Eu sou muito agressivo também e não tenho medo de colocar as pessoas em uma decisão difícil. Eles podem tomar a decisão certa, mas será uma decisão difícil. Eu gosto de pensar que é difícil jogar contra mim. Você só tem 24 anos, mas parece que você pertence a uma geração diferente dos novos jogadores, como Toby Lewis e Jake Cody. Sim. A razão pela qual as pessoas não me olham como se estivesse na mesma categoria que Toby e Jake é porque eu estou já presente há alguns anos e também estou no circuito ao vivo há mais tempo. Além disso, meus amigos são pessoas como Julian Thew e Paul Jackson, todos caras da velha guarda. Vou jantar com o Jake e o Toby e falamos sobre mãos e coisas assim. É por isso que jogo bem contra os novos garotos; eu acho que eles dão informações demais. Eu joguei uma mão contra o Toby na mesa final do World Poker Open na qual eu blefei em uma situação que era impossível que eu blefasse. Seria um blefe idiota. Então eu usei esse blefe, pois sabia que ele estava pensando que seria impossível eu estar blefando naquele momento; e, é claro, eu nunca iria fazer aquele movimento em um jogador da velha guarda. Quão importante é o metagame contra os jogadores jovens? Demais. Não me entenda mal; eu não vou jantar com eles para entrar em seus cérebros só para que eu possa tentar fazer um movimento jogando contra eles. Todos estão falando muito sobre mãos, então todos sabem em que nível eles estão. O exemplo clássico são as pessoas na mesa que simplesmente falam alto: “Eu odeio jogar valetes”, e todos dão palpites. Simplesmente sente-se em sua cadeira e escute, e eles irão lhe dizer em que nível estão. Se você consegue descobrir, faz com que seu jogo fique muito mais fácil. Por eu ser mais da velha guarda – foi estranho, na verdade, receber o prêmio de Melhor Novato no British Poker Awards. Eu entendo que é porque eu só apareci no ano passado, mas eu pensei, “Novato? Já são três anos!” Agora Neil Channing e Paul Jackson sempre brincam comigo, com coisas do tipo, “Ah! É sorte de principiante!” Que conselho você daria para os jogadores mais jovens? Quando você pensa nos jovens jogadores atuais, você só pensa na internet. É onde todos eles erram; eles entram em uma rotina, pois jogam da mesma forma o tempo todo e pensam que as coisas são padronizadas quando não são. As coisas mudam o tempo todo. O Chris Moorman é um pouco assim; ele tem 20 big blinds e alguém dá raise em late position, ele vai empurrar tudo do big blind com um par pequeno e pensar “É um roubo, é um roubo”. No entanto, algumas vezes não é, devido à dinâmica da mesa ou se o jogador que abriu o raise não tem feito isso por um tempo. Eles entram num modo padronizado de jogo e eu não acredito que isto seja eficiente no poker ao vivo. Os jogadores jovens têm que aprender a ajustar um pouco mais e parar de seguir manuais. Eles são como robôs, mesmo quando jogam só uma mesa ao vivo. Você ainda joga muito online? Eu não jogo mais torneios online, nunca. Eu quero ter uma vida social. Eu não quero sentar lá e começar a jogar às 10 da manhã no domingo. Prefiro ter uma vida e jogar cash games, pois você pode levantar quando quiser. Qual é o ponto alto da sua carreira até hoje? Eu diria que minha performance no evento de US$ 5.000 No-Limit Hold’em da WSOP (World Series of Poker) do ano passado. Não me arrependo de uma única mão que joguei em dois dias. A mesa final foi muito difícil; todos os jogadores eram ótimos. Foi a final mais difícil que eu já tinha visto na WSOP, então, quando eu peguei o segundo lugar, me senti contente comigo mesmo, ainda mais porque cheguei como sétimo em fichas.

Deve ser desanimador chegar em segundo depois de jogar tão bem. Foi horrível. Foi, na verdade, a primeira vez que cheguei em segundo em um torneio. Sempre ganhei quando cheguei ao heads-up. Foi um heads-up terrível, na realidade, porque tive que dar grandes folds várias vezes no river. Mas eu sabia que o fold era sempre correto. Depois de cada mão eu me dizia isso, mas eu estava ficando frustrado por não estar acertando nada. Não duvidei do meu jogo, as coisas só não estavam dando certo. É irônico o fato de que os jogadores de poker são pessoas altamente competitivas, mas têm que se acostumar a perder muitas vezes, não é? Sim, eu odeio perder. Você nunca ficará feliz em um torneio a não ser que você o ganhe. Não sei dizer sobre os outros, mas mesmo quando eu chego em segundo ou terceiro, não estou feliz. A única forma de eu ficar feliz é se eu chegar na mesa final com um stack minúsculo e ficar em terceiro. Você prefere ganhar um torneio dando sorte e jogando mal ou chegar em segundo jogando perfeitamente? Eu prefiro ganhar. Só pelo fato… de que você preferiria ganhar. Você joga bem algumas vezes; se você der sorte, você deu sorte, mas você sempre quer ganhar, e você não se importa como o faz. Às vezes você joga mal e dá sorte, mas outras vezes você joga perfeitamente e dá azar, então tudo fica balanceado. Quais são as melhores e as piores coisas do estilo de vida que o poker proporciona? Bem, as piores coisas são o estresse de perder e a luta para lidar com a perda de cinco dígitos em um dia. Você pensa em como uma pessoa qualquer trabalha o ano todo para isso e, quando você vê dessa perspectiva, é como “Meu Deus!”. É difícil lidar com este tipo de perda. Eu trabalhei seis meses como aprendiz de encanador, e eu sinto falta do sentimento de prazer que vem embutido em coisas simples e de ficar empolgado com fins de semana. Você deixa de apreciar muitas coisas, como dinheiro e festas e todas as coisas que você costumava achar realmente especiais. As coisas boas são óbvias, no entanto; você pode relaxar e ser seu próprio chefe. Eu não mudaria... Você pratica algum tipo de gerenciamento de bankroll? Não, sou um lixo nesse quesito. É aí que erro às vezes. Não sou tão ruim quanto alguns por aí, mas tenho um pouco de degenerado em mim, perdendo um pouco na roleta ou jogando aleatoriamente US$ 200/US$ 400 quando eu caio de um torneio. Em 2008, eu ganhei em torno de US$ 600.000 em três meses depois de nunca ter tido dinheiro, e de repente me senti como um milionário quando vi que tinha £ 150.000 depois das divisões. Eu simplesmente gastei tudo. Então você é ruim com dinheiro? Sim, muito ruim. Eu gastei £ 3.000 ($ 4,900) em um bar, e no dia seguinte pensei “Bem, isso realmente não era necessário. É meio idiota gastar 3 mil em álcool”. De pequenos gastos como estes eu provavelmente tenho que me livrar, mas jogo poker para poder aproveitar essas coisas. Não sou tão ruim quanto alguns. Eu não aposto mais em nada que não seja poker. Quais são seus objetivos a curto prazo para 2011? Obviamente, um bracelete. É frustrante chegar perto três vezes, mas não é terrível pra mim. Não é tudo. Eu sinto que eu construí meu perfil e ganhei respeito, então eu não preciso provar nada. Eu só gostaria de ficar cada vez melhor a cada ano.

Eu não jogo mais torneios online, nunca. Eu quero ter uma vida social. Eu não quero sentar lá e começar a jogar às 10 da manhã no domingo. Prefiro ter uma vida e jogar cash games, pois você pode levantar quando quiser.

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THRILLS all things poker cool

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Por Sérgio prado

o catarinense murilo figueiredo quebra o encanto e conquista o primeiro título do lapt para o brasil

primeira vez a gente nunca esquece

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O Latin American Poker Tour foi criado em 2008 seguindo a mesma fórmula de sucesso do irmão mais velho, o European Poker Tour. Com uma realidade econômica e geográfica diferente, o circuito tem buy-ins menores, locações paradisíacas e uma agitação diferente nas mesas, se comparado à série de torneios europeia. No LAPT, o espanhol se mistura com o português, e os gritos de “Vamos” têm sotaques variados, mas sempre com a mesma garra e vibração particular dos latinos. Depois de três temporadas completas, o LAPT começa seu quarto ano em 2011. O período inicial teve histórias fantásticas (como as descritas acima), criou novos ídolos e sedimentou o poker na região. O mercado latino aumenta em proporções enormes, e o circuito é prova disso: nas duas primeiras etapas da Temporada 4, tivemos quebra de recordes em participação (Viña del Mar, com 621 inscritos) e arrecadação (São Paulo, com R$ 2.391.630 distribuídos). E o Brasil tem participação fundamental nesse crescimento, com cerca de 50% do mercado. Nosso país hoje pode ser incluído no seleto grupo das dez maiores nações de poker no mundo. O que faltava mesmo era um título no circuito, pois o tabu já era motivo de chacota por parte de nossos rivais. Os brasileiros chegaram perto várias vezes... Nosso país colocou jogadores em todas as posições entre os dez primeiros colocados, menos na Todos os campeões: primeira posição. Parecia que nunca teríamos um LAPT Rio / Temporada 1 - Julien Nuijten (Holanda) campeão e a “maldição” LAPT San Jose / Temporada 1 – Valdemar Kwaysser (Hungria) do LAPT realmente iria LAPT Punta Del Este / Temporada 1 - Jose Miguel Espinar (Espanha) existir para sempre. LAPT San Jose / Temporada 2 – Ryan Fee (Estados Unidos) Foi aí que apareceu LAPT Viña Del Mar / Temporada 2 – Fabian Ortiz (Argentina) um rosto praticamente desconhecido no torneio LAPT Punta Del Este / Temporada 2 – Karl Hevroy (Noruega) em Viña del Mar... LAPT Mar Del Plata / Temporada 2 – Dominik Nitsche (Alemanha) LAPT Playa Conchal / Temporada 3 – Amer Sulaiman (Canadá) LAPT Punta Del Este / Temporada 3 – Jose “Nacho” Barbero (Argentina) LAPT Lima / Temporada 3 – Jose “Nacho” Barbero (Argentina) LAPT Florianópolis / Temporada 3 – Mathias Habernig (Áustria) LAPT Rosario / Temporada 3 – Martin Sansour (Peru) LAPT São Paulo / Temporada 4 – Alex Manzano (Chile)

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MURILO FIGUEIREDO: NOSSO PRIMEIRO

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CAMPEÃO

A cidade de Viña del Mar é especial. Com uma geografia inusitada, que mistura areias da praia com a beleza das montanhas, a cidade tem uma beleza própria. Impecável na limpeza e organização, com um povo gentil e hospitaleiro, Viña del Mar também convive com as intempéries da natureza. E leva o assunto com uma tranquilidade impressionante! Talvez por isso ninguém no Enjoy Casino tenha ficado muito espantado com os números enormes do torneio. Dos 621 inscritos (recorde na história do Latin American Poker Tour), nomes como André Akkari, Alexandre Gomes, Gualter Salles, Humberto Brenes, Jose “Nacho” Barbero e Leo Fernandez se misturaram a uma multidão de desconhecidos, que vieram atraídos pela oportunidade de jogar um torneio de grande porte sem ter que desembolsar grandes valores. A estratégia da organização, que tinha como objetivo popularizar ainda mais o mercado chileno, deu certo, e os dois dias de torneio tiveram lotação máxima. O maior destaque dos dois primeiros dias iniciais de disputa foi o chileno Heriberto Carbajal, que terminou o dia 1A do torneio como líder em fichas. Carbajal tem quase noventa anos de idade, e sua participação no torneio prova que o poker é realmente democrático e não privilegia somente os jovens. Entre os brasileiros, os principais nomes ficaram pelo caminho… Todos os jogadores do Team PokerStars Pro deixaram a disputa no primeiro dia, assim como João Bauer, segundo colocado no LAPT São Paulo. Mas alguns compatriotas conseguiram passar pelo extermínio e avançaram para o dia 2. Entre eles estava Murilo Figueiredo, um ex-professor de Educação Física da cidade de Penha (Santa Catarina). Sempre jogando tranquilo e com confiança, Murilo começou a se destacar no final do dia 1B, passando com um stack bem acima da média. Quando o argentino Daniel Carbonari perdeu todas as suas fichas, o salão comemorou o estouro da bolha. A lista de brasileiros premiados foi formada por Guilherme Chenaud, Josias Andrade, Enio Bozzano, Nilton Benetti, Jaison Correa, Halysson Sala, Tiago Freitas, Neuri Campos, Adriano Mauá, Alexandre Miyashiro e Murilo Figueiredo, que manteve seu stack sempre crescendo. A maioria deles sucumbiu logo depois, ficando com premiações pequenas. Mas quatro nomes

Pequenas Histórias, um conseguiram começar grande torneio o último dia de disputa, que teve dezoito jogadores Maio de 2008 – Rio de Janeiro espalhados em duas mesas Com a presença de campeões mundiais iniciais: Murilo Figueiredo, (Chris Moneymaker, Greg Raymer) e Josias Andrade, Nilton estrelas do poker (Vanessa Rousso, Benetti e Neuri Campos. Chad Brown, Victor Ramdin, Gavin O gaúcho Neuri Campos Griffin), a primeira etapa do maior foi o primeiro a cair. circuito de poker da América Latina Depois de ter conseguido aconteceu em terras brasileiras. Mas foi um desconhecido, o jovem Julien uma vaga para o LAPT Nuijten, quem levantou a taça. Nuijten é São Paulo e de terminar o holandês... torneio entre os premiados, ele repetiu a dose no Chile. Janeiro de 2009 – Não desembolsou um tostão Viña Del Mar para jogar e novamente saiu Fabian Ortiz estava praticamente da disputa com dinheiro eliminado, com apenas meio big blind no bolso. Ele terminou o durante a mesa final. Depois de uma LAPT Viña del Mar na 18ª reação espetacular, ele acabou ficando colocação, recebendo um com o título e se tornando o primeiro latino a conseguir um troféu no circuito. Fabian prêmio de US$ 5.100. Ortiz é argentino... Depois dele, foi a vez de Nilton Benetti ser Junho de 2010 – Lima eliminado. O paulistano Depois de uma vitória na etapa anterior, passou praticamente todo em Punta Del Este, Jose “Nacho” Barbero o torneio com um stack conseguiu o improvável, ficando com mínimo, mas sempre o título na capital peruana e fazendo soube aproveitar as boas história como o primeiro bicampeão do oportunidades para dobrar circuito. “Nacho” Barbero é argentino... suas fichas. O fim da linha Agosto de 2010 chegou quando foi all-in – Florianópolis em uma mão contra a Com casa lotada e muito “verde e chilena Daniela Horno, amarelo” no salão, a festa parecia pronta. onde ele acertou top pair 2/3 do field foi formado por brasileiros, no flop, mas viu a chilena e o país tinha 5 representantes na Mesa mostrar dois pares. Nilton Final. Mas no heads-up decisivo, Dayan Benetti terminou na 14ª Vardanega acabou perdendo todas as colocação (US$ 7.000). suas fichas para Mathias Habernig, que é A mesa final do LAPT austríaco... Viña del Mar foi formada Fevereiro de 2011 – logo depois, e parecia ter São Paulo sido escolhida a dedo. Na abertura da quarta temporada, o LAPT Além dos brasileiros viu os jogadores disputarem sua maior Murilo Figueiredo e premiação até hoje. Outra vez, o field foi Josias Andrade, um dominado pelos brasileiros. E, novamente, ator de novelas chileno perdemos o heads-up final. Dessa vez, (Gonzalo Valenzuela) e foi João Bauer que acabou derrotado por uma mulher (Daniela Alex Manzano, que é chileno... Horno) fizeram parte do grupo dos nove finalistas, deixando a disputa ainda mais interessante. Mas tanto a celebridade

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Terremoto Em Viña del Mar, presenciei meu primeiro terremoto! Foi durante o jantar, em um restaurante bem perto do Enjoy Casino, onde acontece o torneio. Eu estava junto com André Akkari, João Bauer, Nilton Benetti, Neuri Campos e sua esposa, Márcia, que também não entenderam nada quando a terra começou a tremer! Não fiquem alarmados, foi um tremor leve, de apenas 5.3 na escala Richter. Tão tranquilo que os locais nem se mexeram, continuando a vida como se nada tivesse acontecido. Mas nós, brasileiros desacostumados com esse tipo de intempérie, ficamos preocupados. Ainda bem que nada de mais grave aconteceu.

como a profissional chilena acabaram caindo cedo... Gonzalo Valenzuela arrancou os últimos suspiros apaixonados das fãs no rail, eliminado pela própria conterrânea na 8ª colocação. E a jovem de 22 anos deixou os marmanjos da plateia tristes quando caiu na 6ª colocação, quase batendo o recorde da xará brasileira Daniela Zapiello, que terminou na quinta colocação no LAPT Punta del Este em 2010 e é a detentora do melhor desempenho feminino na história do LAPT. Depois de Daniela, foi a vez do cearense Josias Andrade deixar o torneio. Mostrando muita personalidade durante o torneio, Josias não se intimidou com a pressão dos adversários e nem com o sobe e desce de seu stack. Mas acabou deixando a disputa depois de uma bad beat, na qual seu A-Q acabou perdendo para o A-J do venezuelano Luis Yepes, que achou um dos seus três outs no flop, tirando o brasileiro da disputa na 5ª colocação. Depois que Christian Urzua e Luis Yepes deixaram o torneio (eliminados por Murilo Figueiredo), o palco estava armado para mais um heads-up do Latin American Poker Tour. O Brasil tinha no catarinense seu representante. Do outro lado da mesa, o argentino Andres Martinez. Com as recentes eliminações, Murilo tinha a vantagem em fichas, mas iria encarar um adversário difícil pela frente. A batalha entre os dois prometia ser longa… Que nada! O Brasil conseguiu seu primeiro título de LAPT depois de menos de 5 mãos no “mano a mano”! Com o botão, Andres Martinez deu raise para 150.000. Murilo Figueiredo deu re-raise para 480.000, e o argentino deu call. No flop, 9♣T♥5♥. O brasileiro deu check e viu Martinez apostar 525.000. Call de Murilo Figueiredo. O turn foi o J♥. Outro check de Murilo e mais uma aposta do argentino, colocando 950.000 na mesa. Murilo pensou um pouco e Classificação final do LAPT Viña voltou all-in. Martinez deu call! Del Mar (4ª Temporada): Murilo Figueiredo: A♥J♠ Andres Martinez: T♣9♠ 1. Murilo Figueiredo (Brasil) - U$146.000 O argentino comemorou, mas antes da hora... O river foi o 3♥, 2. Andres Martinez (Argentina) - U$84.000 que deu o flush para Murilo Figueiredo. Andres Martinez ficou com 3. Luis Yepes (Venezuela) - U$57.100 o vice-campeonato e uma cara de poucas amigos. 4. Christian Urzua (Chile) - U$41.300 Murilo Figueiredo tirou um peso das costas de todos aqueles 5. Josias Andrade (Brasil) - U$32.200 6. Daniela Horno (Chile) - U$26.200 brasileiros que acompanham o maior circuito da América Latina. 7. James Honeybone (Nova Zelândia) - U$20.200 Foi uma vitória emocionante, e merecida, que entra para a história 8. Gonzalo Valenzuela (Chile) - U$14.200 do circuito latino! 9. Abraham Hazin (Chile) - U$11.700 E a comemoração tinha que ser especial: veio com um grito de explosão, que depois se transformou em lágrimas, com Murilo ajoelhado e emocionado, assim como todos aqueles na plateia que torciam por ele. Foi um momento daqueles que deixam até os adversários comovidos... Murilo Figueiredo é daquelas figuras “gente boa”, sempre tranquilo, com um sorriso no rosto. Sua vitória foi um prêmio para a história do poker nacional, que ganhou mais um personagem principal merecedor de sua conquista.

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Um papo com Murilo figueiredo

Ele sempre teve resultados no poker online, mas chegou a Viña Del Mar (depois de conseguir vaga em um satélite) praticamente desconhecido. Depois de três dias de jogo, saiu do Chile com seu lugar garantido na galeria dos grandes personagens na história do poker brasileiro A imagem da sua comemoração talvez seja uma das mais marcantes na história do Latin American Poker Tour: você agachado atrás da mesa, chorando... Foi uma emoção enorme! Naquele momento eu pensei na minha esposa e na minha filha, que estavam lá comigo em Viña del Mar, e pensei muito em Deus também. Sempre sonhei com uma conquista grande no poker, e na hora fiquei mesmo muito emocionado. Aquele foi mesmo um momento seu, de retrospecção. Mas, durante a mesa final, você pensava na oportunidade de se tornar o primeiro brasileiro a conseguir um troféu do LAPT ou tinha o foco apenas na premiação? Eu pensava mais na importância do resultado do que no dinheiro, porque essa conquista na minha carreira vai ser sempre um divisor de águas: antes e depois do título no LAPT. Então era minha chance, minha oportunidade. Era meu dia e deu tudo certo. Esse é um fato curioso: sua mulher e sua filha estavam em Viña del Mar, mas não puderam assistir à sua vitória no salão... Minha filha é muito pequena, bebê de colo, não podia entrar no salão. Então elas ficaram no quarto do hotel, acompanhando o blog do PokerStars e conversando com os amigos pela internet, torcendo junto com eles. Quando cheguei no quarto, ela estava pulando feito louca, a bebê estava até agitada com toda a confusão! Sua mulher sempre apoiou sua carreira? Nem sempre. Eu sou formado em

Educação Física, trabalhava na rede de ensino aqui de Penha (Santa Catarina), e sempre jogava nas horas vagas. Mas teve uma época que não rolou a vaga para dar aula, e eu fiquei só jogando. Nessa época minha esposa viu que eu estava ganhando dinheiro e começou a me apoiar. A família tinha um preconceito muito grande no começo, mas logo começou a me apoiar também. Hoje, quando minha mãe me vê sem fazer nada, logo já fala “Não vai jogar nada, filho?” (Risos). Agora, todos eles estão felizes que eu consegui realizar o meu sonho. Esse foi seu primeiro LAPT na carreira? Não, eu joguei o primeiro LAPT no Rio, em 2008. Era meu aniversário, então meu pai me deu metade do buy-in como presente e eu entrei com a outra metade. Também iria ter a decisão do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Botafogo, meus irmãos também foram para ver o jogo. Acabei caindo no primeiro dia, depois de umas oito horas de jogo. Estava em uma mesa difícil, com o Bruno GT, com o Eduardo, brasileiro que fez mesa final do torneio, com o Alex “Assassinato” Fitzgerald... Tava um pouco abaixo da média, o Bruno GT aumentou, eu fui all-in com A-A, ele pagou com Q-Q, veio uma dama no turn e eu saí do torneio. E daqui para frente, o que você pretende fazer? Eu devo engatar em todos os torneios do LAPT, porque eu estou disputando o ranking também. E, depois do LAPT na Argentina, eu vou para Vegas jogar. Vou participar da série do Venetian, e na WSOP quero ver se participo de alguns torneios de H.O.R.S.E. ou Omaha

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Hi/Lo, nos quais os fields são menores e pode ser mais fácil chegar longe. Não sabia que você gostava de outras modalidades, de mixed games... Eu adoro, jogo todo dia o torneio de US$ 109 H.O.R.S.E. Jogo todas as modalidades, até Badugi! Jogo 5-Card Draw, inclusive no final de março eu até ganhei aquele torneio de domingo, de US$ 215 5-Card Draw. Adoro mixed games.

Depois da vitória, sua rotina de jogo mudou? Minha rotina é a mesma, jogo quando tô a fim, porque se jogar quando não está com tanta vontade, meio enjoado do jogo, você acaba fazendo jogadas ridículas. Ainda bem que eu gosto muito do jogo e sempre tô a fim! Mas às vezes, no final de semana, eu esqueço um pouco do jogo, vou jogar um futebol, curtir a família...

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curitiba sem

surpresa

N

por Guilherme kalil

Ninguém mais se assusta ao ver a capital paranaense batendo cidades como o Rio de Janeiro e Belo Horizonte em números de jogadores e premiação nos seus grandes torneios. Desta vez, no imponente Hotel Sheraton Four Points, não houve exatamente quebra de recorde em nenhum dos dois quesitos, mas os 630 jogadores que lotaram o salão principal e os anexos do hotel proporcionaram a arrecadação da segunda maior premiação da história da Série, que ficou abaixo apenas do BSOP 1.000, ocorrido em São Paulo no final do ano passado. Mas o que torna Curitiba o segundo maior polo do esporte no país perdendo apenas para São Paulo? Definitivamente há alguns fatores que colaboram para a força que o poker tem na cidade. Entre eles podemos citar o número desproporcional de jogadores fora de série de lá, entre eles o nosso maior vencedor de torneios ao vivo, Alexandre Gomes, a boa estrutura criada pelos clubes e organizadores de eventos da capital, num primeiro momento através do Presidente da Federação local, Geraldo Campelo, que dirige a Liga Curitibana de Poker e o recém-aberto Literário Texas Clube, um dos mais belos clubes que a Bluff visitou recentemente, que abriu suas portas no mês passado na cidade devido à crescente demanda gerada pelos jogadores locais.

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Por último, Curitiba é uma cidade com boa localização geográfica e estrutura de hotéis, o que facilita a ida de jogadores de outras cidades e Estados para os seus torneios. Outra característica da cidade são os fields recheados de estrelas. No começo do torneio tivemos o prazer de acompanhar uma das mesas mais difíceis da história do BSOP. Estavam nela o carioca Marcos Popeye, o monstro dos cash games Gabriel Goffi, Cristiano Firula, o campeão da etapa baiana do ano passado Stetson Fraiha e o jogador mineiro Vini “Fenômeno” Teles. Por ser uma das mesas montadas no andar superior do evento, ela acabou sendo quebrada cedo, sem grandes danos, apesar dos raises e re-raises ocorridos nela. Vini e Goffi caíram cedo no torneio, mas ficaram com a primeira e segunda colocação do torneio High Roller no domingo, que tem buy-in de R$ 3.400. Um fato que chamou a atenção de todos que acompanharam o evento foi a presença de três jogadores na reta final de Curitiba que vêm obtendo excelentes resultados recentemente. Beto da Lu, segundo colocado do BSOP 1.000, Márcio Kamikaze, mesa-finalista do ♠ É FESTA DE SEPARADO! LAPT, e Marco Antonio “MChacal” Cheida, mesaCristiano Lima Rodrigues se classificou para o BSOP de finalista de vários BSOPs, chegaram bem no estágio graça através de um torneio freeroll no Full Tilt Poker e avançado do torneio. Destes, o único que chegou terminou o evento em sexto lugar, conseguindo o que o à mesa final foi “MChacal”, que caiu em quinto, jornalista Tiozão do Posto chamou de “o maior retorno de recebendopelo feito R$ 54.500. investimento da história”. Ele ganhou pela colocação um Na mesa final tivemos algumas presenças pouco menos de R$ 40.000. Durante o torneio ele esteve interessantes, como a do mineiro Moisés Oliveira, em situações complicadas, inclusive tendo se classificado que fez seu segundo ITM em BSOPs no ano, entre as últimas posições para o segundo dia. Apesar do mantendo até agora 100% de aproveitamento, início short stack, ele logo triplicou suas fichas e acabou Luciano “Ligeiro” Ferreira, que representou ficando com uma quantia confortável, o que permitiu a ele o Garage Poker Team no evento, e Cristiano chegar longe no torneio. Em entrevista à Bluff, ele disse que Rodrigues, que caiu na sexta colocação depois de jogou o freeroll na casa de um amigo, de forma que, além ganhar sua vaga em um freeroll do Full Tilt Poker. de puxar a vaga, ele ainda ganhou um sit and go lá, comeu Ligeiro ficou em segundo lugar depois de perder o churrasco free e não gastou nem luz para jogar o torneio. heads up para o curitibano Paulino Uemura. Ao final da conversa perguntamos a ele se a festa seria de solteiro ou de casado e ele respondeu instantaneamente: Melhor que as duas – vai ser festa de separado!

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Amúlio Murta

Poker live

O ano começa bem Algumas considerações sobre o início da temporada dos maiores torneios live da américa latina por Amúlio Murta

Olá, amigos da Bluff! Como num prenúncio do que estava por vir, a primeira capa da Bluff Brasil anunciou os grandes eventos que iriam “bombar” no ano de 2011, dentro e fora do país. Cerca de um mês após nossa edição inaugural, foi com muita alegria que pude atestar a força do poker live nacional. Somente em um único fim de semana, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais tiveram casa cheia, em torneios com premiações atrativas, muita organização e profissionalismo, no RPT – Rio Poker Tour, no CPH – Circuito Paulista de Hold’em e no Circuito Mineiro. Isso sem falar no LAPT e no BSOP que, mesmo acontecendo em datas simultâneas, fizeram bonito no mês de março. ♣ BSOP e o acerto da Nutzz No campeonato brasileiro, após duas etapas, os números comprovaram o acerto da Nutzz na decisão de aumentar o buy-in. Todos nós concordamos que o BSOP 1.000 estabeleceu uma marca inquestionável para o poker nacional. Porém, algo precisava ser feito para que o torneio voltasse a ter a mesma jogabilidade dos tempos em que era considerado o “torneio com a melhor estrutura do país”. O aumento do field, já há algum tempo, havia se tornado um “problema” para a organização que, mesmo aumentando em um dia a disputa, vinha constantemente sendo questionada quanto às condições de jogo e à estrutura do torneio. Com um field controlado, o torneio voltou a se adequar à estrutura, programada para um field médio de 500 jogadores. O que se ouviu nos bastidores do evento, durante os intervalos das duas primeiras etapas do ano, foram só elogios para as novas mudanças. O principal comentário dos jogadores girou em torno das vantagens de se enfrentar um field menor, com uma

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premiação ainda melhor que a do ano passado, resultado do aumento do buy-in. O aumento do buy-in não resultou em uma queda substancial no field, muito pelo contrário. Graças a isso, a premiação acabou sendo uma das maiores da história da série, em ambas as etapas. Os jogadores presentes no Rio de Janeiro e em Curitiba mantiveram a média em cerca de 580 jogadores presentes em cada torneio, provando o acerto da organização nas mudanças instituídas no início deste ano. ♣ LAPT e o fim do tabu Os grandes fields, por sua vez, continuam sendo característica marcante nos torneios live, dentro e fora do país. No LAPT, o recorde instituído no Brasil no início deste ano durou pouco. Na 2ª etapa, realizada na cidade de Viña del Mar, no Chile, 621 jogadores superaram os 536 presentes em São Paulo e estabeleceram o novo recorde para o circuito, que promete ter uma ótima temporada. Foi também na etapa chilena que chegou ao fim o tabu brasileiro no Latin American Poker Tour. Após 14 etapas, várias mesas finais e dois vice-campeonatos, o Brasil finalmente pôde saborear a conquista de uma etapa do LAPT. Murilo Figueiredo, além de escrever seu nome como primeiro brasileiro a alcançar o topo no circuito latino, deu o troco nos anfitriões chilenos e devolveu a derrota que sofremos em casa, quando o chileno Alex Manzano nos tirou a primeira colocação, derrotando o goiano João Bauer no heads-up da 1ª etapa do ano, em São Paulo. Mesmo em um momento de conquista sempre existirão as vozes contrárias e críticas desavisadas. Assim como no BSOP 1.000, quando o “anônimo” André Doblas conquistou o evento e, por consequência o campeonato brasileiro do ano, muitos narizes se torceram para o campeão do

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LAPT. Muitos questionamentos sobre “Quem é esse rapaz?”, “um desconhecido venceu”, etc. O que pouca gente percebe é que com o crescimento do poker no Brasil, como também em toda a América Latina, a vitória de jogadores anônimos, ou pouco conhecidos, em torneios com fields tão expressivos tende a se tornar um fato cada vez mais comum. Uma consequência natural da evolução e do desenvolvimento deste esporte. Vale lembrar que a maior vitória da “curta” história do nosso esporte deu-se justamente com um anônimo derrotando uma estrela. O efeito “Moneymaker” tirou o poker do underground e o colocou junto aos holofotes. Guardadas as suas devidas proporções, os Andrés e Murilos do nosso poker surgem como o resultado desta gigantesca onda que vem tomando conta do país. E muitos outros surgirão. ♣ Desafio para as próximas etapas Tanto o BSOP quanto o LAPT possuem grandes desafios para as suas próximas etapas, que serão disputadas em locações que tradicionalmente têm fields abaixo da média geral. Mesmo assim, ambos os circuitos devem manter o otimismo. Os dados estão aí para comprovar o sucesso dos eventos live, indicando um crescimento substancial em toda a América Latina, evidenciado pelas sucessivas quebras de recordes nos fields das disputas. Tudo indica que os dois maiores eventos do continente latino terão uma ótima temporada. Além disso, a tendência é que com o crescimento e o sucesso destes eventos surjam novos torneios e novas opções para atender a toda esta demanda. Bom para o jogador, para os organizadores e para todos os que lutam para que o nosso esporte fique cada vez mais organizado, estruturado e forte. See you soon!!!



Os maiores e mais tradicionais torneios do país nasceram em lugares provisórios, como bares, ginásios e quintais, quando o poker ainda era uma promessa no Brasil. O Rio Poker Tour foi contra esta tradição, nascendo num belo hotel à beira-mar na praia do Pepê, no Rio de Janeiro, com estrutura que contava com mesas impecáveis, fichas personalizadas, dealers de primeira linha e uma estrutura bem tranquila de blinds, que permitiram um poker jogado em alto nível técnico. O nascimento de uma nova série tão bem estruturada é a prova de que o esporte está em franco crescimento no país e que o jogo vem sendo tratado de forma cada vez mais profissional por quem quer investir no ramo. O Rio Poker Tour foi idealizado pelo empresário Arthur Stephen junto com sua equipe da Fullen Eventos, que conseguiram trazer vários dos principais nomes do poker nacional para o torneio estreante. No field tivemos nomes como Caio Pessagno, Christian Kruel, Leo Bello, Márcio Kamikaze e o jogador de futebol Petkovic. Pet chegou a liderar o dia 1 do evento, inclusive eliminando Márcio Kamikaze, mas caiu do torneio a três mãos do final do dia. O jogador afirmou à reportagem que este era o segundo grande torneio de sua vida. Ele estava muito bem-humorado durante toda a madrugada da sexta-feira. O field total do evento foi de 162 jogadores e o buy-in foi de 850 reais. Stephen, que antes do início do evento rodava preocupado pelo salão querendo saber se tudo daria certo, só relaxou no domingo, quando viu que tudo correu perfeitamente bem e que todos os jogadores estavam satisfeitos com a estrutura geral do evento, que foi elogiada por diversos jogadores. O atual campeão brasileiro André Doblas falou em seu twitter que o torneio teve “estrutura impecável”. Outro que se impressionou com a estrutura de blinds foi o dealer Gustavo Birman, que afirmou à Bluff que ela privilegiava por guilherme kalil a técnica sobre qualquer outro fator. Uma regra que foi estabelecida pela primeira vez no país foi a proibição da solicitação do showdown, a não ser que o jogador tivesse indícios fortes de collusion entre quaisquer dois jogadores. Rodrigo Bud, supervisor técnico do torneio, disse que a regra foi estabelecida para evitar os abusos ocorridos em todos os torneios brasileiros, em que jogadores pedem showdown de todas as mãos que chegam ao final apenas para colher informações dos adversários. O jogador Leo Bello afirmou que por um lado a regra é interessante, já que ele não gosta de dar showdown em nenhuma de suas mãos, mas que em alguns momentos ele sentiu falta de poder fazê-lo. A mesa final foi formada no início da madrugada de domingo com a presença de diversos jogadores conhecidos da cena carioca e do jogador Leo Bello. Leo acabou caindo do torneio em terceiro lugar depois de tomar um bad beat em que seu adversário Danilo Souza pagou seu all-in de AJ contra AK de Bello e encontrou um valete no river. Danilo foi o campeão do torneio depois de bater Matheus Ferro no heads-up. O second chance foi vencido por Jordão Silva e o last chance foi vencido por Wanderson Neves, dealer conhecido no circuito nacional que jogou todos os eventos do RPT.

Rio Poker

Tour

NASCEU GRANDE

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Papo de Homem

By Dario Minieri

No pain, no gain -

será verdade?

P

POR Guilherme Valadares

Passando pelo Facebook agora há pouco, dei de cara com a seguinte frase no perfil do meu amigo Rodrigo Cambiaghi: “No pain, no gain – uma das maiores mentiras nas quais as pessoas acreditam.” Em tradução livre, o trecho inicial: sem esforço, sem ganho. Porra, esse é o lema adotado por 11 entre cada 10 atletas, agrada desde que me conheço por gente e deixei de ser fedelho para me tornar homem. O aforismo vai muito além da cultura fisiculturista ou de treinos para a São Silvestre. Mais que uma simples frase, é uma maneira de se caminhar pelo mundo. Há de existir alguma estatística do MIT capaz de provar que no pain, no gain resolveria pelo menos metade dos dilemas presentes nos consultórios psicológicos atualmente. Michael Jordan celebrou essa filosofia no lendário comercial Failure, pela Nike, com o brilhante texto:

“Errei mais de 9.000 bolas ao longo de minha carreira. Perdi quase 300 jogos. Em 26 ocasiões, a bola do jogo esteve em minhas mãos... e errei. Falhei, falhei e falhei em minha vida. E é por isso que consegui o sucesso.” Bato palmas pra você, Mr. Jordan. Bravo. Portanto, questionei o Rodrigo no ato, “por que diabos acha isso, cara”? Cambiaghi argumentou que falava a respeito do trabalho. Explicando não ser obrigatória a relação de sofrimento

enfrentada pela maioria das pessoas de segunda a sexta, das 9am às 6pm, em troca do soldo mensal. É possível, sim, termos prazer onde se ganha o pão, com as devidas ressalvas bíblicas. Agora sim, faz sentido. Trabalho de fato não deveria ser associado à penosa labuta que obriga manadas inteiras de homens e mulheres a se embebedarem regularmente para esquecer das mágoas diárias, em periódicos encontros sociais ironicamente chamados de happy hour. Advogados argumentativos do diabo, no entanto, vão bradar contra as lacunas do no pain, no gain. Oras, os bombados ficam fortes com injeção de cavalo e pegam modelos a rodo, não? Encontramos por aí sujeitos que pouco esforço fizeram, seja por pura sorte ou puro estelionato mesmo, e chegaram “lá”. Entenda-se por esse “lá” o tradicional conjunto aspiracional mansão-esposa-amantegostosa-carro-do-ano-férias-em-cancun. Verdade incontestável, o mundo não é justo. Nunca foi e não creio que haja algum tipo de árbrito divino em serviço, monitorando a tabela de pontuação kármica acumulada por cada dos bilhões de humanos vivos no planeta. Seria muito egocentrismo de nossa raça acalentar essa ideia. Na outra ponta, vos digo que os

sortudos, bombados e ladrões de plantão nunca serão capazes de dar o devido valor a suas conquistas. O ouro, em suas mãos, se esfarela. Pior, se transforma em cobiça, arrogância desmedida, infarto e/ ou broxada prematura. Acredito no saudável amadurecimento pela porrada. Ao cair, aprendemos o quanto nossos joelhos aguentam. Ao perder o rumo, descobrimos para onde queremos voltar, o lugar que nos faz bem. É por meio dos insucessos que construímos a nossa visão própria de onde pretendemos chegar. Antes disso, somos papagaios sem bússola, repetindo o que aprendemos com nossos pais, a TV, o cinema e, quem sabe, em alguns bons livros. Conquistar sem esforço é mais do que sem graça, é armadilha disfarçada de presente. Meu avô já dizia, “mansão construída na areia, cedo ou tarde, cai.” Cabe, pois, um leve ajuste de realidade ao nosso lema atleta-filosófico:

No pain, no real gain.

Guilherme Nascimento Valadares é o criador do Papo de Homem. Valoriza os bons amigos, boas cervejas e o trabalho. Baixa tolerância a papo furado e idiotas.

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mudou tudo de novo...

os dois donkeys continuam. Guilherme Kalil e Marcelo Lanza voltam com o Pokercast da Bluff Brasil, agora de 15 em 15 dias. O melhor do mundo do poker para vocĂŞ.


De cara

Nova

Pirata vilas texas é reinaugurado na zona norte de são paulo por guilherme kalil A Zona Norte de São Paulo ganhou um belo presente no primeiro dia de março. Com a presença de diversas autoridades municipais, foi reinaugurado o espaço dedicado a poker do clube Pirata Vilas Texas com um freeroll de 20K garantidos, além de um buffet caprichadíssimo, música ao vivo e muito bom humor. A casa tem como diferencial um ambiente familiar, onde se tem a impressão de que se está jogando entre amigos, principalmente pelo fato de vários frequentadores serem jogadores regulares do clube. O novo espaço do Pirata Vilas Texas tem um grande salão de torneios com uma área separada onde vão ser jogadas as mesas finais dos eventos produzidos no clube. Esta mesa está adaptada para ser a mesa da TV, como explica Francesco,

proprietário da casa: “Nosso objetivo é fazer a transmissão ao vivo através de livestream de todos os torneios que acontecem aqui, para que os amigos dos mesa-finalistas possam assistir a toda a ação no conforto de seus lares”. O espaço para ring games é reservado, numa sala privada com iluminação diferenciada e toda a infraestrutura necessária para agradar aos jogadores que gostam do formato. Entre as autoridades que foram à inauguração, estiveram presentes o representante do Secretário Walter Feldman, Vereadores e dirigentes de clubes de futebol, além do presidente do clube Vila Maria, Ricardo Stanley. O vereador paulista Wadih Mutran, em entrevista exclusiva à Bluff, ressaltou a importância da presença do clube para a região norte de São Paulo. Ele ressaltou ainda a importância dos empregos gerados pela indústria do poker. Os proprietários da casa, Fábio e Francesco, também falaram à nossa reportagem. Francesco ressaltou que a casa recebeu confortavelmente 470 pessoas e que há ainda um espaço para expansão de 150 mesas na parte superior do clube. Contou ainda que o clube existe há quase 90 anos e oferece aos sócios um importante espaço de convivência social e prática esportiva. Fábio explicou que a Vila Maria é um bairro muito familiar, que vários jogadores da casa aprenderam a jogar no clube, e que o Pirata Vilas Texas é frequentado por jogadores das regiões vizinhas e até de Guarulhos. A casa recentemente inovou ao criar o CPHF ­- Circuito Paulista de Hold’em Feminino, um torneio só para mulheres que terá dez etapas em 2011, no qual a campeã de cada etapa vai ganhar uma vaga para um sit and go em dezembro que vai valer um pacote com passagem e hospedagem com acompanhante para a Europa. Francesco, em primeira mão, contou ainda que tem planos de fazer torneios com a marca Pirata Vilas Texas em cruzeiros marítimos ainda em 2011.

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A Arte de

Acender Tells

Às vezes você tem que ajudar um tell a aparecer por Mike Caro ‘The Mad Genius of Poker’

Se você quer começar uma fogueira, encontre gravetos. Galhos resolverão o problema. Você não pode simplesmente atirar um fósforo em sua maior tora e esperar que ela queime. Com os tells do poker, alguns de seus oponentes são como grandes toras. Você precisa colocar fogo neles antes de conseguir ler os sinais de fumaça. Fazer aparecerem os tells de quem se orgulha de seus movimentos consistentes e sua poker face estática é uma forma de arte. É a arte de colocá-los para queimar. É a arte de acender. Hoje mostrarei a você como fazer isso. Está preparado? 62

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S

Seus oponentes voluntariamente exibem tells quando se sentem motivados a fazê-lo. Eles podem também demonstrar tells involuntários, como tremer quando apostam com straight flush ou quando empilham suas fichas ordenadamente se estão jogando tight, mas eles não agirão para enganá-lo. Enquanto eles acharem que é interessante fazer-se impossíveis de ler, eles irão simplesmente sentar e não fazer nada que deixe seus segredos escaparem. Felizmente, a maior parte dos oponentes são atores que tentam enganá-lo e seus tells são percebidos com mais facilidade. Mas este texto trata a respeito dos oponentes que não vão cooperar dessa forma. Como um grupo, eles não irão reagir até que sintam-se em chamas e comecem a queimar. É seu trabalho fazer com que isso aconteça. Aqui vão seis técnicas que uso:

1. Como pegar as fichas. Nada é melhor para elicitar um tell do que simplesmente fazer um movimento sutil para dar call. Não faça parecer você está fazendo isto para medir uma reação. Movimentos lentos em direção às suas fichas alertam o oponente que você pode estar fazendo um teste. Ele terá tempo para pensar e planejar uma defesa, o que significa que ele irá simplesmente sentar lá sem reagir. Ao invés disso, aja como se você tivesse decidido de repente e mova-se rapidamente em direção às suas fichas. Isso irá deixar seu oponente nervoso e irá colocá-lo em modo de desespero. Antes ele estava somente esperando, como uma estátua. Mas, de repente, seu destino parecia certo. E agora sua reação é instintiva. Se ele quer o call, ele não irá reagir. Tudo está saindo como ele queria, e ele não quer intervir. Mas blefadores tendem a entrar em pânico e perder a compostura. Eles irão responder com um movimento automático, talvez olhando novamente para suas cartas ou fazendo uma expressão de dúvida. Estas são tentativas de prevenir o call. Se você perceber qualquer mudança de comportamento, a chance é grande de que seja um blefe e você deveria dar o call. Se não, pare. Jogue a mão fora.

normalmente é verdade.

WISDOM... xxxxxxxxxxxx

3. Analise a mão em voz alta. Eu amo balbuciar na mesa de poker. Enquanto o que os oponentes podem ouvir de mim é algo como, “Você apostou no flop, depois deu check no turn quando veio o rei, mas agora você está apostando de novo com um dois de paus no river. Então, estou confuso. Talvez você tenha começado com...” Na verdade, estou medindo suas reações a tudo que digo. Se em algum ponto do balbucio eles tentarem transmitir através de um encolhimento dos ombros ou uma expressão facial que indique que não é provável, eu acertei em cheio. Os oponentes irão sair de seu padrão para expressar indiferença quando você está acertando a verdade sobre sua mão com frequência. Quando você está dizendo coisas que não se aplicam, eles irão algumas vezes concordar com a cabeça de maneira praticamente imperceptível ou parecer um pouco mais relaxados. 4. Comece a dar fold. Este é o oposto de alcançar suas fichas (No 1). Neste caso, você deve procurar sinais sutis de relaxamento se o jogador estiver blefando. Em particular, gosto de ver o jogador expirar. Isto significa que ele estava praticamente sem respirar ou simplesmente prendendo a respiração. É uma coisa que blefadores frequentemente fazem, com medo de que quaisquer sinais de animação farão com que eles fiquem mais perceptíveis e disparem seu call como um tiro. Quando eles relaxam se eu começo a dar fold, este é o tell que eu estava procurando – e dou call. 5. Estude de forma ostensiva o oponente. Às vezes faço os oponentes ficarem desconfortáveis, de uma forma amigável, deixando eles saberem que estão sendo examinados. Surpreendentemente, eles sentem-se instigados a agir neste momento, enquanto antes estavam tentando não dar pistas. 6. Explique que não consegue lê-los e pergunte se não poderiam dar um tell. Algumas vezes

2. Faça uma pergunta. Às vezes a maneira confesso que não estou pegando um tell. Um simples Mike Caro, “The Mad mais fácil de descobrir o que um oponente tem na mão é pedido para que eles me mostrem um normalmente Genius of Poker,” é a maior perguntando. Ocasionalmente, eu formulo minha pergunta funciona! Cooperação amigável ou aparentar estar se autoridade em estratégia para um jogador em particular ou uma circunstância com divertindo significa que o oponente está relaxado e feliz de poker, psicologia e “Você acertou o flush no turn ou só está tentando blefar?” estatísticas da atualidade. com a mão. Eu não dou call. Recusar-se a responder Eu posso até dizer, “Eu quero que possamos confiar um no Um dos melhores jogadores ao pedido de forma clara, enquanto ainda parecendo do mundo, ele é o fundador outro no futuro, então me diga se você está blefando”. Mas, amigável, geralmente significa um blefe. Então eu da Caro University of mais rotineiramente, minha pergunta é, “Você quer que eu dou call. Provocação ou relutância teimosa a sorrir Poker, Gaming, and Life dê call?” ou simplesmente “O que você tem?” normalmente significa que eles não ligam para me Strategy (MCU – com campi Uma resposta como “Pague pra ver” normalmente é antagonizar e querem o call. Então eu dou fold. Fingir online na Poker1.com). Sua perigosa, porém eu já vi isso ser usado como blefe. Um que está se divertindo, não parecendo natural, indica pesquisa e seu talento foram blefador com medo do call não tentará antagonizá-lo que eles estão tensos e também indica um blefe. Dê call. mencionados em mais de parecendo mal-educado, então qualquer coisa que se Você terá mais sucesso lendo tells contra oponentes 100 livros de poker além dos aproxime de agressividade é muito mais fácil de ser uma que voluntariamente tentam agir de forma a confundi-lo. de sua autoria. mão forte. Entretanto, qualquer coisa parecida com “Estou Aqui está a chave – se eles estão fingindo serem fortes, E-mail: mike@caro.com. blefando”, ou “Você está ganhando” é bem possível que seja eles normalmente são fracos; e se eles estão fingindo ser Jogue poker com The Mad a verdade! Isto se deve ao fato do jogador estar torcendo fracos, normalmente são fortes. Genius em DoylesRoom.com. para ter a satisfação de mostrar a mão depois que você der fold. É a síndrome do “eu te disse”. Além disso, se você der Mas não desista de tells de oponentes que pareçam call, ele pode ceder com menos culpa, pois ele disse a verdade. É comum ser impossíveis de se ler. Somente mude o comportamento deles. Vale o jogadores tentarem enganá-lo dizendo a verdade. “Eu estou ganhando”, esforço– MC

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Mariel Macedo, é empresário na área do turismo, colunista da revista Bluff Brasil e parceiro comercial dos principais torneios do Brasil. mariel@revistabluffbrasil.com . @pokerviagens.

Olá amigos, Já é maio e falta apenas um mês para a WSOP, a maior série de torneios ao vivo do mundo. Durante o evento, todos os olhos estarão voltados para Las Vegas, e esta é a época em que os cassinos e hotéis oferecem as melhores opções para você jogar poker e outros jogos. Por isso resolvi escrever sobre os hotéis mais interessantes da cidade. Para 2011 a expectativa de quebra de recordes é muito grande e, com a febre do poker online, muitos jovens jogadores estão se preparando para seguir essas séries de torneios. Teremos, além da WSOP, as famosas Deep Stack do Venetian, o Wynn Classic, as séries de torneios do Caesars, Aria e Bellagio e uma vasta opção de mesas de cash games. Las Vegas é conhecida como a "joia no deserto", pois é um exemplo de cidade de sucesso e está cercada pelo deserto de Clark County. Além disso, ela disputa com Los Angeles o título de “capital do entretenimento”. Com tantos cassinos, por Mariel Macedo hotéis, feiras, casas de show e espetáculos grandiosos, o título reivindicado por ela é mais do que justo. Independentemente disso, a fama histórica e, digamos, “hollywoodiana” dos cassinos da Las Vegas Boulevard – conhecida também como The Strip – é só o começo do que a cidade tem a mostrar!

Shuffle Up

And Deal

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Imperial Palace, Rede Caesars, 2.640 apartamentos

Hotel preferido para quem pretende economizar em hospedagem, ele está localizado no meio da Las Vegas Strip e está ligado ao cassino do Imperial Palace. A propriedade dispõe de um SPA completo e piscina privada ao ar livre. Os quartos do Imperial Palace são aconchegantes e dispõem de cafeteira e mesa de trabalho. Eles também possuem televisão pay-per-view e videogames. O Imperial apresenta seis restaurantes no local, que servem desde comida americana a asiática. O Burger Palace serve refeições informais e o Clube de Karaokê é o responsável pelo entretenimento noturno. Após suas refeições, os hóspedes podem apreciar a exposição de automóveis do hotel ou fazer compras em suas boutiques. O hotel tem uma sauna e banheira de hidromassagem e fica a 8 km do Aeroporto Internacional McCarran. ♠♠♠♠♠

Venetian

Considerado o hotel preferido dos jogadores brasileiros, este resort de 5 estrelas está situado na Las Vegas Strip e apresenta um design único, com influência italiana. O Venetian tem 19 restaurantes internacionais, um cassino moderno e um shopping center de estilo italiano. Todas as suítes do Venetian Resort dispõem de uma sala de estar espaçosa, com mesa de jantar, duas televisões de tela plana e acesso gratuito à internet de alta velocidade. Seus banheiros amplos incluem balcões em mármore e artigos de higiene pessoal luxuosos. O Resort Venetian Hotel dispõe de 3 piscinas com atendimento de bar e permite acesso gratuito à academia Canyon Ranch SPA Club. Quatro bares e áreas de estar asseguram o entretenimento noturno com espetáculos ao vivo. O shopping center do Venetian Hotel, o Canal Grande Shoppes, tem 80 boutiques. Seus hóspedes podem passear pelas ruas de estilo italiano ou em uma gôndola veneziana autêntica no Canal Grande. O Venetian possui 4.027 apartamentos, e é casa do Deep Stack Stravaganzza. ♠♠♠♠♠

Bellagio, Rede MGM Resorts International, 3.933 quartos

O Hotel Bellagio é um dos mais famosos e luxuosos da Strip. A propriedade dispõe de jardins botânicos, serviços de SPA e 14 restaurantes. Além disso, é casa das tradicionais Fontes Bellagio. Os quartos do hotel incluem docking station para iPod, frigobar e banheiro em mármore, assim como acesso gratuito à internet sem fio (Wi-Fi). O Casino Bellagio possui caça-níqueis, mesas de jogos e salas de esporte. O hotel também oferece entretenimento ao vivo, inclusive o espetáculo “O” do Cirque du Soleil. O Bellagio possui 5 piscinas com cabanas privadas, onde o hóspede pode contratar serviços de massagistas. Faça suas refeições no restaurante Circo, que serve pratos finos da cozinha italiana, ou experimente refeições contemporâneas no Noodle. Visite o Bar Fontana para bebidas e para dançar. O Bellagio também dispõe de boutiques, uma galeria de belas artes e uma escultura

de vidro de Chihuly (no saguão). ♠♠♠♠♠

Aria Resort & Cassino, Rede MGM Resorts International, 4.004 quartos

Um dos mais novos hotéis de Vegas, o Aria veio com um estilo futurista do City Center, totalmente moderno e aconchegante. O hotel fica na Las Vegas Strip e dispõe de um cassino, uma discoteca e um SPA completo. Os quartos incluem uma televisão de tela plana de 42'' e docking station para MP3 player. Os quartos do Aria contam com um frigobar e janelas do chão ao teto. O SPA do resort oferece serviços de massagem e tratamentos faciais. O resort também possui um salão de beleza completo. No cassino do Aria Resort Las Vegas você pode jogar poker, caçaníqueis e jogos de mesa. As opções de entretenimento do resort incluem um piano bar e um teatro. "Viva Elvis" é o espetáculo permanente do Cirque du Soleil apresentado no resort, misturando sucessos de Elvis com acrobacias incríveis. O CityCenter Aria possui 16 restaurantes no local. Experimente jantar no refinado restaurante japonês Barmasa. O buffet do hotel oferece culinária internacional. O Aria Resort and Casino CityCenter fica a 5 km do Aeroporto Internacional McCarran. ♠♠♠♠♠

Caesars Palace, Rede Caesars Entertainment, 3.348 quartos

Um dos mais tradicionais hotéis de Las Vegas, passou por uma modernização nos últimos anos e conseguiu cativar muitos jogadores. Este hotel também está na Strip e a propriedade dispõe de um SPA de serviços completos, boutiques e uma variedade de restaurantes. Os quartos do Caesars Palace possuem TVs de tela plana, um minibar e serviço de quarto 24 horas, o que permite aos hóspedes desfrutarem de bebidas ou refeições no seu quarto antes de explorarem o cassino ou de assistirem a um espetáculo no Coliseu. Você poderá dançar e desfrutar de bebidas na Discoteca Pure ou no Cleopatra’s Barge, uma discoteca em um barco. A propriedade também apresenta o Hyakumi, que serve sushi, e os Restaurantes Mesa Grill e Bobby Flay’s. O Caesars Palace oferece também aos seus hóspedes o SPA Qua ou tratamentos de beleza no Salão Color. O cassino do Caesars tem de tudo, desde caça-níqueis a mesas de cartas. O cassino também oferece jogos de keno (bingo). ***** Bem, espero que nossas dicas possam facilitar sua escolha para a disputa dos principais torneios de Las Vegas. Mês que vem falaremos mais sobre as melhores cidades brasileiras para se jogar poker. Até lá.

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A melhor forma de

lidar com um trapaceiro ... ou como alfinetar Russ Hamilton

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POR Jon Aguiar*

Depois do PokerStars Caribbean Adventure de 2011, eu decidi fazer uma parada em Miami para jogar uns torneios e alguns dos novos cash games high stakes que começaram a acontecer por lá pouco mais de um ano atrás. Uns dias depois de começar a viagem, parei no Gulfstream Park Casino para jogar $5/$10/$20 No-Limit Hold’em com um profissional local amigo meu, Darryll Fish. Cerca de uma hora depois de começar a sessão, eu fiquei observando um senhor barbudo, de cabelos grisalhos e levemente obeso que entrou na sala trocando sorrisos com parte dos locais e da equipe do cassino. Alguns segundos depois, minhas suspeitas foram confirmadas em uma mensagem de Darryll: “Oh, meu Deus, é o Russ Hamilton.” Eu contei o incidente para meus seguidores do Twitter imediatamente e recebi várias respostas, a maioria pedindo para que eu socasse a cara de Russ ou xingasse ele. Na mesa, eu perguntei se todos sabiam sobre Russ e fiquei chocado ao descobrir que a maioria das pessoas na minha mesa ou sabiam das acusações e acreditavam no lado de Russ da história, e/ou não sabiam de nada ou somente partes da história. Durante algum tempo, enquanto chegava a vez de Russ na lista de jogadores que esperavam para jogar na mesa em que eu estava, eu expliquei árdua e cuidadosamente todas as evidências contra Russ para aqueles na minha mesa que tiveram interesse em ouvi-las. Eu descobri que as duas evidências mais eficientes foram as sessões verificadas de “superuser” que aconteceram depois que Russ manipulou partidas de heads-up e o fato de que o Harrah’s e a World Series of Poker agora colocam uma lona preta sobre sua foto de ganhador do Main Event no Amazon Room no Rio. Entretanto, ficou bem claro que Russ tinha alguns entusiastas de prontidão na Flórida que escolheram acreditar em seu lado da história, não importando as evidências contra ele. Na hora em que desisti desses entusiastas teimosos, Russ sentou no jogo e começamos. Nessa hora, a maioria dos meus seguidores do Twitter estava pedindo sangue e slowrolls, mas eu não estava disposto a dar a eles a primeira opção porque sou bonito demais para ir para a cadeia, e eu não entrei em uma única mão com Russ durante as três horas que jogamos. Aproximadamente à 1h30 da manhã, eu me levantei, desejei sorte para a mesa, me abaixei próximo da orelha de Russ e sussurrei algo que normalmente faria com que meu chat fosse banido no Full Tilt Poker por alguns meses. Russ ficou vermelho na hora, e eu saí andando com um sorriso. Alguns diriam que eu fiquei com medo, mas eu acredito que foi a melhor maneira de atacar Russ sem torná-lo a vítima. Mais tarde naquela

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Nessa hora, a maioria dos meus seguidores do Twitter estava pedindo sangue e slowrolls, mas eu não estava disposto a dar a eles a primeira opção porque sou bonito demais para ir para a cadeia...

noite, Russ soltou uma série de xingamentos, instigado por dois jogadores, que mais tarde viraram um tópico muito popular no Two Plus Two. Alguns dias depois, JC Alvarado e eu voltamos ao Gulfstream para comer e jogar uma sessão. Ao encostar no valet, vimos Russ e seu guarda-costas saindo de uma Range Rover branca próximo a nós. Russ me reconheceu e começou a apontar para JC e eu enquanto andava em outra direção. A cara de Russ estava mais vermelha do que quando eu fui embora em nosso primeiro encontro. Mais tarde, JC e eu sentamos no jogo que Russ tinha entrado há pouco tempo. Depois de uma órbita de ação, JC tentou tirar uma foto do grande relógio incrustado de diamantes que Russ estava usando. Ele percebeu e imediatamente guardou suas fichas, falando para o floor em sua saída, “eu não quero arrumar confusão”. Um dos amigos de Russ, que se parecia um pouco com um personagem do “The Sopranos”, esbravejou pra cima de mim e de JC, dizendo que tínhamos bocas grandes e que estávamos difamando um “bom homem” e “bode expiatório” que vendeu a empresa antes que qualquer trapaça tivesse acontecido. Saímos logo depois, sentindo

que conseguimos deixar Russ mais próximo de um problema cardíaco. O que acontecerá com Russ Hamilton na Flórida nos próximos meses está nas mãos do mundo do poker. Enquanto admiro o fogo e a paixão dos usuários do Two Plus Two que mandaram Russ para o buraco, é importante considerar que atacar Russ de uma forma que faça com que você seja expulso da sala de poker e torna ele a vítima não é nem de perto tão eficiente quanto simplesmente fazer com que ele não se sinta bem-vindo. Provavelmente, a melhor coisa que os jogadores de poker podem fazer é usar insistentemente o telefone e e-mail para contatar os cassinos onde ele foi visto (Gulfstream e Palm Beach Kennel Club, sendo que o último irá receber o primeiro evento da WSOP Circuit da Flórida) para educadamente informar que Russ está jogando nesses locais e que você irá dizer dizer a outros para que não joguem lá. Eu tenho ouvido de diversos locais que Russ tem dado gorjetas generosas (subornos) para a equipe destes cassinos para que o deixem jogar. Tanto como resultado de malícia ou simples falta de conhecimento, o maior trapaceiro da história do poker está à solta, jogando com nosso dinheiro arduamente acumulado... E mais uma vez, é nosso dever pará-lo.

Entendendo O ESCÂNDALO Em 2007, o site Absolute Poker, da rede Cereus, foi acusado de ter uma falha de segurança que permitiu que jogadores tivessem acesso às cartas dos adversários. A falha havia sido descoberta por usuários do fórum norte-americano Two Plus Two e se tornou o maior escândalo da história do poker online. O campeão do Main Event da WSOP de 1994, Russ Hamilton, trabalhou como consultor de jogos do site. A Kahnawake Gaming Comission, órgão que licencia e regulamenta empresas de jogos online, afirmou que encontrou evidências claras e convincentes de que ele era o principal responsável e se beneficiou do ocorrido. Em novembro de 2007, o site admitiu publicamente que seus funcionários cometeram a fraude durante um período de quarenta dias, devolveu US$ 1.600.000 a jogadores que haviam sido lesados e recebeu uma multa de US$ 500.000 da Kahnawake. O site wickedchopspoker.com publicou em 2010 o que é considerado o principal texto sobre o assunto, contando detalhes que nunca haviam sido revelados sobre o incidente. *Colaboração Bluff Brasil.

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Autoanálise

Pare um pouco e desembarace sua mente

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Por Corwin Cole, CardRunners.com

Minha última série de vídeos na CardRunners, intitulada Check Yourself, abordou a parte mais importante de se analisar no poker: seu próprio jogo. Eu enfatizo este assunto porque durante os anos em que estive ensinando poker para jogadores de todos os níveis percebi que, mais do que qualquer outra coisa, jogadores de poker se recusam a treinar o máximo possível. Com alguma orientação e estrutura, muitos jogadores esforçados podem chegar mais perto de seus objetivos sem praticamente qualquer ajuda ou conhecimento, pois não é estratégia o maior problema, mas, sim, disciplina e execução. Além disso, os jogadores precisam de um meio que coloque seu conhecimento estratégico em prática de forma consistente; de outro modo, todas as suas análises são jogadas fora. Eu não consigo mais contar quantas vezes eu vi um jogador tomar uma decisão que ele sabia ser a errada, por exemplo, dar call quando deveria dar fold ou dar fold quando deveria dar call, e se sentir mal assim que acaba a ação. Observando e conversando com jogadores de poker sobre o que fazem para se tornarem melhores pode ser cômico. Para a maioria, o grande trabalho que fazem para se aprimorar inclui alguns minutos de análise de histórico de mãos e talvez assistir a um vídeo ou dois. Parece que os jogadores de poker acreditam, do fundo do coração, que enquanto eles souberem aplicar o cálculo em determinada situação e suas habilidades de dedução estiverem certas, eles vão fazer a jogada certa sempre. Isto seria verdade se suas memórias fossem infalíveis, os cálculos fossem precisos e eles jogassem as mesmas mãos exatamente da mesma forma em todas as sessões. Infelizmente, pessoas não são robôs. Ninguém vai dar exatamente o mesmo call quando seu oponente fizer um determinado movimento de blefe, ou vai blefar exatamente da mesma forma toda vez que seu oponente tiver um determinado leque de mãos em uma situação específica. Melhorar a execução e a consistência de suas ações é de longe o fator mais importante na evolução de um jogador. Você provavelmente pensou, por todo esse tempo, que tudo o que você mais precisava era aprender mais estratégias. Depois de treinar dúzias de profissionais nos últimos 5 anos, eu posso garantir que você estava errado. O que você realmente precisava aprender era a aplicar a estratégia que você já sabe da melhor forma possível. Se você jogasse usando o seu potencial máximo diariamente, você ficaria surpreso ao saber o quão bom você já é, sem aprender nada novo. Sendo assim, temos três perguntas: o quanto você

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xxxxxxxxxxxx deveria trabalhar, como você deveria trabalhar, e, uma vez feito isso, como você aplica isso ao seu jogo e se certifica de que não vai regredir? Praticamente todas as pessoas ou trabalham muito pouco ou trabalham demais seu jogo. Eu conversei com vários jogadores que ocasionalmente olham as mãos que jogaram recentemente procurando erros que possam corrigir, assistem a um vídeo por semana ou às vezes até assistem aos jogos high stakes online para ver o que os bons jogadores estão fazendo. Isso tudo é muito pouco e quase nunca terá um efeito positivo em seu jogo. Olhando por outro prisma, dei aula para muitos jogadores que gastavam duas horas ou mais por dia imersos em estudos, fazendo o possível e o impossível para aprender mais e mais estratégias. Isso também não é efetivo, além de ser uma perda de tempo. Você simplesmente não consegue processar novas informações nessa velocidade. Depois de uma hora ou mais de estudos e uma noite de sono, você vai se lembrar de 20% do que aprendeu no dia anterior se tiver sorte. No entanto, se você aprender uma coisa simples e praticar insistentemente, você vai absorver a informação quase sempre. Você deve balancear o trabalho que faz para melhorar seu jogo, de forma consistente e direcionada aos seus erros. Fazer isso é o suficiente para colocar seu novo conhecimento em prática. Gaste de 10 a 30 minutos apenas por dia para identificar um problema em seu jogo, descobrindo como mudar essa situação e criando um novo regime de prática. Suponha, por exemplo, que você

saiba que não está blefando o suficiente. Vai levar de 5 a 15 minutos para você pensar em algumas situações nas quais você pode blefar com sucesso, e deve levar mais 5 a 15 minutos para se preparar mentalmente para se sentar em algumas mesas e tentar. Fique pronto para tomar notas, pois você vai querer saber como está se saindo em seu novo plano. Depois disso, vá para o jogo. No

Continue fazendo isso até que você consiga dar fold em mãos mais importantes, em potes maiores. No final do mês, separe um dia inteiro para refletir sobre o seu trabalho no período, e, se você achar que precisa de um coach ou algum tipo de treinamento, procure um coach, uma série de vídeos ou outra coisa que possa aprimorar seus conhecimentos. Nunca trabalhe mais de uma

precisar. Esta é melhor forma de mudar seu jogo de forma eficiente. Dê um passo de cada vez. Não se preocupe apenas com conhecimento, pois saber como blefar corretamente não significa de forma alguma que você de fato vá blefar corretamente. Se você não praticar diversas vezes, não estará preparado para aplicar a teoria. Pratique até que se torne algo natural para você. A repetição é a

Dê um passo de cada vez. Não se preocupe apenas com conhecimento, pois saber como blefar corretamente não significa de forma alguma que você de fato vá blefar corretamente. Se você não praticar diversas vezes, não estará preparado pra aplicar a teoria. fim do dia, tire mais 5 minutos para fazer uma revisão de seu progresso. Você obteve sucesso em blefar mais, ganhou mais potes? Ou não foi bem porque blefou nos momentos errados? Ou, pior ainda, foi mal porque não conseguiu atirar? Depois de revisar suas anotações do dia todo, é hora de pensar em um plano para o dia seguinte. Provavelmente, o melhor plano será tentar de novo, com mais confiança e em diferentes situações, ou ambos. Uma vez por semana, tire um tempo para fazer uma revisão de todo o seu progresso durante os últimos sete dias, tente descobrir os problemas recorrentes em seu jogo. Se você perceber que está dando calls que você sabe que não deveria dar, e não está conseguindo melhorar isso, talvez você só precise se preparar melhor para dar fold. Para isso, durante a próxima semana, dê fold com mãos nas quais você normalmente não daria. Jogue fora KJo no botão ou 98s em um flop Q-9-4.

coisa ao mesmo tempo. No poker, normalmente é uma má ideia. Se você está trabalhando a parte de folds esta semana, não trabalhe simultaneamente a parte de blefes. É muito complicado pensar em dar fold se o seu cérebro está tentando procurar situações para blefar toda hora. Assistir a vídeos de treinamento traz muitas ideias sobre como aprimorar seu jogo, mas você deve assisti-los um por vez. Se levar uma semana, um mês ou vários meses para realmente aprender a dar bons folds, não importa, use o tempo que

chave para a estabilidade, e este é o método que fará com que você se torne poderoso nas mesas. Seu jogo é tudo. Se você tratá-lo bem, trabalhar insistentemente e se esforçar bastante, você vai atingir seus objetivos mais cedo do que você imagina e vai chegar mais longe do que jamais sonhou. Corwin “[vital]Myth” Cole joga poker desde 2003, sendo um jogador e treinador de sucesso. Assista a seus vídeos e muito mais em CardRunners.com.

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AVANÇANDO A PASSOS LARGOS Na sequência das grandes conquistas e de todo o reconhecimento adquirido pelo poker no Brasil e no mundo no ano passado, 2011 teve um inicio de muita agitação e desenvolvimento no poker nacional. Em janeiro, a temporada do BSOP (Brazilian Series Of Poker) começou com o apoio da Secretaria de Esportes do Rio de Janeiro, quando o secretário Romário Galvão anunciou o início do torneio na Walter Feldman cidade maravilhosa ao lado do presidente da CBTH, Secretário Municipal de Esportes, Igor “Federal” Trafane. Lazer e Recreação de São Paulo O evento teve outro momento importante. Organizado pela Nutzz Eventos em parceria com a CBTH, o torneio beneficente “SOS Rio” arrecadou mais de treze “Depois de todas as conquistas mil litros de água mineral para de 2010, este ano começou as vítimas das enchentes e muito bem para o poker desabamentos que atingiram nacional. Autoridades de várias a região serrana do Rio de partes do país demonstraram Janeiro na tragédia do início publicamente entender o do ano. poker como um esporte da Outro grande avanço do mente, um jogo de habilidade”, poker brasileiro veio no disse Alberoni “ Bill” Castro, mês seguinte, em outro Diretor Executivo da CBTH. torneio oficial da CBTH, o “Estamos felizes com o LAPT (Latin American Poker resultado do trabalho da CBTH Tour). O circuito latinopelo reconhecimento do americano veio a São Paulo poker, e só nos resta continuar ortes pela primeira vez depois de rio de Esp lutando para que a sociedade ha Secretá ritiba ic R lo e Marc de Cu um convite do próprio prefeito brasileira entenda nosso da cidade Gilberto Kassab. Na coletiva esporte como ele merece”, de imprensa do evento, o finalizou Luiz Geraldo Campêlo, secretário de Esportes de São Presidente da Federação Paranaense. Paulo, Walter Feldman, disse que as autoridades paulistanas enxergam o poker como um esporte da mente e que é uma atividade tão interessante que poderia até fazer parte do currículo escolar. O LAPT São Paulo bateu recordes de field e premiação e entrou para a história do tour, confirmando a força do poker no Brasil. Fechando o trimestre, Curitiba recebeu a segunda etapa do BSOP 2011 e, mais uma vez, com apoio evidente das autoridades locais. O torneio foi iniciado com um discurso do secretário de Esportes da capital paranaense, Marcello Richa, que elogiou o trabalho da CBTH em busca do reconhecimento do poker como esporte da mente e formalizou o apoio através de uma carta da Prefeitura de Curitiba parabenizando a organização do evento o Rio de ortes d p s E fane e e a Confederação. O evento teve a segunda maior d ral” Tra icipal rio Mun TH, Igor “Fede tá re c premiação da história da série. e da CB alvão S ente io G Romár lado do presid o a o ir e n Ja


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Aplicando o último

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Assim como dar a última palavra… é sempre a melhor opção por Lee Jones

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Uma das coisas legais de se estar no mundo do poker é conhecer algumas pessoas que são realmente inteligentes. Uma destas é meu amigo StellarWind. A estranha coincidência é que StellarWind e eu fomos amigos há 45 anos, o que equivale a uma vida passada. Mas ele e eu nos conectamos novamente através do poker, e agora gastamos horas falando ao telefone, normalmente tarde da noite, quando nossas famílias estão em segurança (e saudavelmente) deitadas em suas camas. É mais correto dizer que Stellar fala e eu escuto. Veja bem, Stellar é um dos caras mais inteligentes que eu já conheci. E ele é um jogador profissional de poker. Então quando ele começa um assunto, eu me esforço para manter minha boca fechada e só fazer anotações. “Eu estava em uma caminhada e fiquei pensando sobre o último raise...” Eu havia mencionado que o Stellar faz longas caminhadas na floresta atrás de sua casa? “Se você colocar o último raise, então você ganha fold equity, e, se você estiver num draw, você ganha a chance de ver todos os seus outs.” Eu o interrompi. “Mas e o...” “Lee, Lee. Abaixe sua mão; você está na aula de amanhã.” Eu havia mencionado que o Stellar costumava ensinar matemática em uma grande universidade? Eu fechei a boca e tomei nota. Aqui está, resumida, a aula de Stellar por telefone sobre o “último raise” para os leitores da Bluff. Existe um cálculo simples para raises em no limit e pot limit poker: dada uma razão entre os stacks efetivos e o pote, existe um número relativamente previsível de quantos raises podem ser feitos antes de alguém ir all in. É o que chamamos de “último raise” – o raise que coloca o herói ou o vilão all in. Neste ponto, é claro, o outro jogador estará diante de uma decisão de “dar call no all in ou dar fold”. Aqui está o motivo pelo qual Stellar se importa tanto com o último raise:


Quando você faz uma aposta em qualquer forma de poker, existe sempre a chance de seu oponente (aqui chamado de “vilão”) dar fold e você imediatamente ganhar o pote. Chamamos esta chance de “fold equity”. É difícil quantificá-la, mas fácil de entendê-la: se o vilão der fold, você ganha o dinheiro. Se você colocar o último raise, então você não irá dar fold. Se alguém der fold, terá que ser o vilão, portanto você tem a fold equity. Uma das coisas mais tristes do poker é ter um grande draw, mas não ter os pot odds necessários para buscá-lo. Isto acontece quando o vilão coloca uma aposta grande ou aumenta. Reciprocamente, se for você aquele que fez o último raise, seus outs estão protegidos. Se o vilão der call no all in, então você simplesmente senta e vê se bate, afinal você não pode ser forçado a sair do pote. “Além disso”, continuou Stellar, “se colocar o último raise é bom, então colocar o penúltimo raise tem que ser ruim.” Vamos observar um exemplo específico de PLO. Este conceito é ainda mais importante em um jogo pot limit, pois existe uma restrição no tamanho dos raises; você não pode decidir simplesmente apostar tudo e acabar com as apostas. Vamos colocar você e o vilão em um jogo PLO $,50/$1 e dar a cada um de vocês um stack de $100 (100 big blinds). Você está no cutoff e abre com um raise do tamanho do pote para $3,50. O botão dá fold, mas o vilão no small blind dá um re-raise do tamanho do pote para $12. O big blind dá fold e você dá call; agora o pote contém $25 e vemos o flop. Agora o vilão abre a aposta com $21, uma boa (e frequente) aposta para este tamanho de pote. Oh não, ele colocou o penúltimo raise! Convenientemente, você pode aumentar para $88, que é exatamente o que você tem em sua frente no momento. Note que eu não mencionei o que você tem, o que o vilão tem, ou qual foi o flop. É que de fato não importa. A não ser que o vilão esteja com nuts ou tiver muitos outs, você acabou de dar a ele uma dor de cabeça. Mesmo com o nut flush draw, ele tem que pensar se você tem um set, reduzindo-o assim para 7 outs. Se ele tiver um par de Áses que não acertou e não tiver outras cartas de apoio, é praticamente impossível que ele dê o call. Vamos observar uma situação ligeiramente diferente, mas no mesmo contexto. Do cutoff, você aumenta para $3,50. O vilão no small blind dá call, e o big blind dá fold; o pote tem $8. No flop, o vilão dá check e você aposta $6. Ele decide dar check-raise com o nut flush draw para $25. Uh-oh; ele colocou o penúltimo raise novamente. Você pode dar re-raise de $58 para $83. Não é realmente all in – esta aposta o deixaria com $13,50 – mas o efeito é o mesmo. Todos nós sabemos que os $13,50 entrarão no pote na primeira oportunidade. Agora, considere a situação no caso de você, ao invés do vilão, cair na armadilha do penúltimo raise. Suponha que o vilão dê 3-bet em você do small blind e depois dê check no flop. Tome cuidado. Se você colocar uma aposta de um valor próximo do tamanho do pote aqui, você está oferecendo a ele o último raise. É claro que você deve avaliar sua mão, o range de mãos do vilão e todo o resto. Mas mantenha um controle cuidadoso em relação à quantidade de raises que faltam e quem está no caminho para aplicar o último deles. Como sempre, eu desliguei o telefone com StellarWind me sentindo muito mais esclarecido do que quando dissemos “alô”.

Uma das coisas mais tristes do poker é ter um grande draw, mas não ter os pot odds necessários para buscá-lo.

Lee Jones é o autor de Winning Low Limit Hold’em, que ainda é impresso 15 anos depois de sua publicação inicial.

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WISDOM... xxxxxxxxxxxx

poker Como um

esporte parte ii

Comendo de forma + EV por travis steffen

S

São 20h30 e você está em sua terceira hora de jogo. Você olha para a mesa tentando contar desesperadamente quantas fichas estão no pote, então seu oponente faz uma aposta. O quê?

Você encosta na cadeira, passa a mão no cabelo, suspira e balança a cabeça na intenção de mandar embora a fadiga que toma conta de você.

Esta mão não faz sentido...

Quando você se sentou, estava se sentindo focado e forte como um touro, mas as coisas mudaram. Você não consegue se concentrar na ação. Você não tem certeza de quando isso começou, mas é fato que está acontecendo. Sua mente está divagando, você está cansado, e não consegue descobrir o porquê. Você nunca foi assim. Frustrado, você joga sua mão fora e se levanta, deixando a mesa cheia de dead money para quem quiser pegar. Enquanto você está saindo, é impossível não se sentir como se tivesse perdido uma boa oportunidade. Sua vantagem não é tão grande quanto já foi um dia, e você não sabe bem o motivo. Você joga bastante e estuda muito fora das mesas, então o que está faltando? Este pode não ser exatamente o cenário que você vivenciou. De fato, muitas vezes os jogadores perdem a vantagem que têm sobre seus oponentes sem nem ao menos perceber, e deixam a mesa culpando as cartas ou reclamando de que aquela não era a noite. Pode até ser o caso, mas há muito outros fatores envolvidos além do que você imagina contribuindo para sua performance na mesa, um deles é sua dieta.

K1: O seu clube de Poker no Tatuapé

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www.k1clube.com.br K1 Clube Tatuapé: Os bons tempos estão de volta! Tradição na mais nova opção de São Paulo. Torneios diários. Mesas de Texas Hold’em e Omaha. Satélites para grandes eventos. 76

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WISDOM... xxxxxxxxxxxx

Minha dieta? Não sei se dá pra acreditar… como é que minha dieta vai impedir meu par de Áses de ser quebrado por 3-4 de paus? É simples, não vai! Não importa o que você coma, seu par de Áses ainda será quebrado e as coisas continuarão dando errado às vezes. Dito isso, sendo um jogador de poker, você deve olhar além dos resultados a curto prazo para manter uma perspectiva de sucesso no jogo. E uma dieta balanceada pode aumentar significativamente sua vantagem a longo prazo sobre seus oponentes. Muitos jogadores ainda salientam que o poker é jogado apenas com a mente, e usam este argumento como desculpa para justificar o fato de não cuidarem apropriadamente de seus corpos. Você pode explorar esses jogadores cuidando do seu próprio corpo. Um dos aspectos fundamentais que determinam as funções apropriadas do cérebro é a nutrição, e deixar esta parte da sua vida em ordem pode representar um grande aumento em sua capacidade de tomar decisões, memória, atenção e sua capacidade cognitiva em geral.

Certo. Acho que sei onde você quer chegar com isso, mas eu nem ao menos sei por onde começar quando se trata de comer de forma saudável. Para sua sorte, há pessoas que podem ajudá-lo com isso. Contratar uma nutricionista pode ser de grande valia para você. Apesar disso, você pode começar a melhorar sua dieta agora mesmo, sem gastar um centavo sequer com uma nutricionista. Tudo o que você precisa é de uma caneta, papel e uns 20 minutos.

Planeje seu ataque Uma das primeiras coisas que ensino aos meus clientes, tanto os jogadores de poker quanto aqueles que não jogam, é que o primeiro passo para alcançar qualquer objetivo é detalhar seu plano de ações. Se você não tem ideia do que você está fazendo de errado, você deve pesquisar um pouco a respeito, mas a maioria das pessoas sabe das coisas óbvias que elas podem começar a fazer para melhorar a dieta agora mesmo. Primeiro passo: O que você está fazendo agora? Este é um dos passos mais importantes, e você pode executá-lo sem conhecimento específico algum. Em primeiro lugar, quero que você escreva como você acredita que é sua dieta cotidiana. Entendeu? Agora eu digo algo que percebi depois de rever esta primeira lista de milhares de clientes: A lista normalmente se parece mais com o que você NÃO comeu hoje, e você provavelmente NÃO come desta forma regularmente. Ainda confuso? Vou explicar: A maioria das pessoas superestima demais o quão saudável é sua dieta. É incontável o número de clientes que já tive que apresentaram listas praticamente idênticas. Café da manhã com frutas, ovos, torrada e/ou cereais. Um lanche MUITO saudável ao meio-dia com uma salada ou sanduíche, outra fruta mais tarde e um jantar com peito de frango e arroz integral. A primeira coisa que digo aos clientes que me apresentam essa lista é: Se você realmente comesse assim diariamente, você estaria com um corpo excelente e não precisaria vir a mim, fora de forma e procurando ajuda. Se você realmente incluiu todas as porcarias que você come diariamente, parabéns! Você já aceitou o fato de que você tem problemas alimentares que impedem que você alcance seu estado físico e mental ideal, e agora você está

Uma dieta balanceada pode aumentar significativamente sua vantagem a longo prazo sobre seus oponentes. preparado para ir para o próximo passo, que é a correção desses problemas. Para aqueles que fizeram uma lista com itens que apontam uma dieta saudável, não se preocupem! Isso é extremamente comum. De fato, a maioria de nós não se dá conta de quão ruim a nossa dieta é no dia a dia. Infelizmente, até que você perceba que sua dieta tem problemas que você precisa corrigir, você não será capaz de corrigi-la. Então aí vai o que você tem que fazer agora: Leve com você um bloco de anotações durante os próximos dias. Anote tudo, digo TUDO o que você comer e beber a cada dia. Anote o que você come, quanto come, que hora e com que frequência. Tente anotar pelo menos durante dois dias da semana e um dia do fim de semana. Sim, isso vai ser chato, mas é necessário. Seja honesto. Não deixe nada de fora. Se você deixar algo de fora, vai enganar a si mesmo e não conseguirá alcançar todos os benefícios que deveria. Quando você terminar, separe tudo detalhadamente. Você não precisa ser um gênio para descobrir alguns problemas que você pode começar a corrigir nesse momento. Todos nós sabemos que chocolates e Big Macs não são exatamente os tipos de comidas ideais. Depois de corrigir algumas falhas evidentes em sua dieta, não se esqueça de comprar a próxima edição da Bluff. Meu próximo artigo vai falar sobre como corrigir alguns erros não tão óbvios que você pode estar cometendo, o que são os nutrientes específicos, e o que podem fazer por você como jogador de poker. Eu não sei muito sobre você, mas eu não quero de forma alguma sair de uma mesa cheia de fishes antes de poder extrair o máximo possível deles, não importa quanto tempo isso leve. Sem alimentar seu corpo e seu cérebro com o que eles precisam para desempenhar suas funções da melhor forma, vai ser muito mais complicado para você conquistar seus objetivos. O capítulo 4 do meu livro, Peak Performance Poker, trata disso de forma mais detalhada. Para mais informações sobre como melhorar sua dieta para o poker, sugiro que procurem lá. Até o nosso próximo encontro! Tente manter uma dieta saudável até lá!

Travis Steffen é jogador de poker, treinador, empreendedor e consultor mental. Seu novo livro, Peak Performance Poker – Revolutionizing the Way You View the Game, já está à venda. Para saber mais sobre como o Travis pode ajudar em seu jogo, mande um e-mail para travis.steffen@workoutbox.com ou entre em contato através de seu site: http://www.workoutbox.com/.

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Tabloide do Poker Fundado em 1958 dentro de um barco por dois lokes e um traíra Editor-Chefe: Chapazapata

Pesquisa do Tablope comprova: Corinthianos são os que mais vão para o Floating

PARQUE SÃO JORGE - Se comprovou depois de uma análise sistemática na Universidade Federal da Zona Leste que os Corinthianos são os que mais vão para o floating. Sempre pagam “CENTENADA”.

Bomba!

Americanos são considerados café com leite no poker

EU do A - Depois de longos anos tramando uma alternativa pra ferrar os caras que comem hambúrguer de churrasco e jogam futebol com a mão, finalmente o FBI - Foldei Bem Iaiai - congelou as contas deles. A fraternidade “Velho Bet” dos tiozões que só perdem grana online celebrou.

Brasil acaba com a síndrome de um grande time de São Paulo (JÁ ZOAMO HJ CAZZO) e vence o LAPT

Fora do buraco, Chile - Nosso editor

estava lá e viu que foi verdade. Murilo Figueiredo de Santa Catarina foi lá, aguentou tremores de terra, comida ruim, algo como COLOCAMOS ABACATE EM TUDO MESMO FALÔ MALUCO?? - e moçoilas cujas coxas começam nas costas aka SEM BUNDA e cravou o LAPT Viña Del Mar. GUERREIRO!

Toda vez que alguém diz que um site é roubado, mas continua jogando e depositando no mesmo, não acontece nada do tipo “UM PANDA MORRE” – Mas eu mesmo me cago de rir! Assinado: O EDITOR NÃO GOSTOU? PEGA EU! Momento Poker Depressão: Ganhou 500 mil dólares jogando o fino. Tem 17 anos, tentou dar um migué e seu prêmio ficou para as criancinhas. Siga @pokerdepressao

Dizer sou SUPERNOVA não é meigay, não? John Bobbit vence a primeira Etapa do Mundial de Omaha Capado

Na Rede - Quando você for fazer

CAPÃO REDONDO, SP - Ator pornô,

grinder e membro do Movimento dos SemMembros, o norte-americano cravou o torneio naquela que é sua especialidade: o Capadinho! – Parabéns, John. Na entrevista da vitória ele agradeceu à cabeleireira equatoriana Lorena Bobbit, responsável por isso tudo.

Google lançará sala de poker inspirada nos seus sistemas de busca

John Wayne Bobbit

uma jogada ruim, ele perguntará: VOCÊ QUIS DIZER FOLD? – Imaginamos também que se você clicar no “Hoje Estou Com Sorte”, vai direto para o HU do torneio. Esperamos ansiosos pela chegada desse gigante ao mundo das cartas. BLUFF • MAIO 2011

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Glossário

A B

ALL-IN: Ato de colocar todas as suas fichas disponíveis em jogo durante uma mão. ANTE: Valor obrigatório que deve ser colocado por todos os jogadores antes de receberem as cartas em alguns jogos de poker.

BLIND: Aposta obrigatória que deve ser feita antes do recebimento das cartas, cujo valor é definido pela posição na mesa e estrutura do jogo. BIG BLIND: Aposta obrigatória que deve ser feita antes de se receber as cartas em alguns formatos de poker. BORDO: Cartas abertas na mesa que podem ser utilizadas pelos jogadores envolvidos na mão nos jogos de Hold’em e Omaha. BOTÃO: Jogador na posição de dealer, que em geral é o último a agir na mão. BUY-IN: Valor mínimo necessário para se entrar num jogo ou valor de entrada num torneio. Blockers: São as cartas de um jogador que impedem que outro jogador complete a sua mão. Ex.: Se um jogador tem um Ás de espadas na mão e há 3 cartas comunitárias de espadas, o dono deste Ás sabe que o adversário não pode ter um flush em Ás, pois ele tem o blocker.

C D F

CARTAS COMUNITÁRIAS: O mesmo que bordo. CRAVAR: Ficar em primeiro lugar em um torneio de poker. CHECK: O mesmo que dar mesa. CHECK-RAISE: Abrir mão do direito de apostar em uma mão, e efetuar um aumento quando o oponente apostar.

DAR MESA: Abrir mão do direito de apostar em uma mão. DRAW: Jogos cuja estrutura permite que o jogador troque suas cartas. Em jogos Single Draw a troca só pode ser feita uma vez. Em jogos Triple Draw pode-se trocar as cartas 3 vezes.

FLOP: Em Hold´em ou Omaha são as três primeiras cartas comunitárias que serão abertas na mesa. FLUSH: Mão de poker que consiste em cinco cartas do mesmo naipe. FOLD: Desistir da mão e abrir mão do pote. FREEROLL: Torneio gratuito. FULL HOUSE: Mão de poker que consiste em uma trinca e um par. Fold Equity: Equidade de fold, ou seja, a chance do adversário desistir de sua mão, que deve ser considerada ao se fazer uma aposta.

H I K M

HUD: Heads Up Display é um programa que mostra as estatísticas do jogador e dos seus adversários no poker online. HEADS UP: Jogo ou jogada com apenas dois jogadores envolvidos.

ITM (In the Money): Zona de premiação de um torneio de poker.

KICKER: A carta mais alta não pareada que define o desempate de uma mão de 5 cartas.

Muck: A pilha de descartes ou o ato de descartar uma mão.

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L

LIMIT: Jogo estruturado de forma que o valor das apostas em cada momento é predeterminado. Exemplo: Limit Hold’em.


N O P

NO-LIMIT: Estrutura de apostas em que o jogador pode apostar todas as fichas que colocou em jogo em uma aposta. NOSEBLEEDS: Jogos no formato cash game de valores altíssimos.

Outs: Cartas que completam a sua mão ou que a tornam melhor que a do adversário. Ex.: Como um baralho tem 13 cartas de cada naipe, um jogador com 4 cartas de espadas tem 9 outs para completar um flush.

posição: Relação entre o lugar onde o jogador está sentado e o botão. POTE PARALELO: O pote separado que é formado quando um dos jogadores está de all-in. Pot Odds: Razão entre o tamanho do pote e a quantidade necessária de fichas para pagar uma aposta. PLO: Pot Limit Omaha. Jogo com estrutura parecida com a do Texas Hold’em em que o jogador recebe 4 cartas e tem que usar duas cartas da mão e 3 cartas comunitárias para formar seu jogo.

R

RAISE: Aumentar uma aposta anterior durante uma mão. RAKE: Valor cobrado pela casa. Em torneios, este valor normalmente é apresentado separadamente do valor do prêmio. Ex.: 300 + 50, sendo 300 reais de premiação e 50 reais de rake. RE-RAISE: Aumentar o aumento de um jogador. RIVER: Última carta comunitária nos jogos de Hold’em e Omaha.

S

SHOWDOWN: O ato final que determina o vencedor da mão através da exposição de cartas ao término das apostas. SMALL BLIND: Aposta obrigatória que deve ser feita antes de se receber as cartas em alguns formatos de poker. STACK: Quantidade de fichas que um jogador tem em jogo. SEQUÊNCIA: Mão formada por 5 cartas consecutivas. STRAIGHT: O mesmo que sequência. STRAIGHT FLUSH: Mão formada por 5 cartas consecutivas do mesmo naipe. Suckout: Quando a mão com pior chance de vencer bate uma mão melhor. Slowroll: Demorar para mostrar a mão vencedora ao final da jogada. É considerada uma atitude desrespeitosa com o adversário. Street: Cada rodada de apostas em um jogo. Ex.: Apostar nas 3 streets significa apostar no flop, no turn e no river.

T

TURN: Quarta carta comunitária nos jogos de Hold’em e Omaha.

Clubes H2 Club Rua Iguatemi, 236 . Itaim Bibi . São Paulo SP . Telefone (11) 3078-5884 - 3074-0090 Pirata Vilas Texas Rua Prof. Maria José Barone Fernandes, 483/489 . Vila Maria . São Paulo SP . Telefone (11) 7732-0864 K1 Clube Rua Cantagalo, 1.223 (antigo All-In Club) . Tatuapé . São Paulo SP . Telefone (11) 4119-5992

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Retrato

Duhamel x Affleck: grandes amigos depois de uma bad beat

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Este ano o Copacabana Poker

te leva para WSOP em ritmo de festa! Você quer ir para Las Vegas, ficar 10 dias e ainda participar de uma festa particular, com direito a limousine, passeio de helicóptero pelo Grand Canyon, ingressos para shows e ainda escolher dois eventos da WSOP para jogar? E o mais incrível, você pode conseguir este pacote por apenas €10! Estamos disponibilizando no Copacabana Poker dois pacotes para o World Series of Poker 2011: 1. Triple Chance Saloon: um pacote de €7.500 para ir a Vegas e jogar o evento #50 da Série Mundial de Poker, com hospedagem de 10 dias no “The Palazzo” no coração da Strip em Vegas, festa de boas vindas e incríveis $1.000 para despesas! 2. Wild West Package: pacote de €7.500 para jogar 2 eventos da WSOP*, com 10 dias de acomodação, passeio de helicóptero ao Grand Canyon, Limousine, festa especial de boas vindas, um par de ingresso para shows e muito mais!

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Felipe Mojave: Red Pro do Full Tilt Poker e colunista da revista Bluff Brasil

A maior revolução na história do poker brasileiro desde que o deserto de Vegas deixou de ser apenas um lugar árido.

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BLUFF • JANUARY 2011


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