Prefeitur a fa z Olimpíadas par a empresas
e não par a o povo!
Ilustração: Renato Moll
Há uma década o Rio de Janeiro vem sediando grandes eventos internacionais. A promessa dos governos era atrair muitos investimentos para resolver nossos graves problemas urbanos e superar a pobreza e a desigualdade. Mas alguém ainda acredita que isso de fato aconteceu ou acontecerá? Muito dinheiro público foi usado em obras polêmicas ou não prioritárias, como as “reformas das reformas” do Maracanã e do Engenhão e a derrubada da Perimetral. Tragédias como a da ciclovia e os buracos no recém-inaugurado Elevado do Joá denunciam a falta de qualidade dessas obras. Desde 2013, mais da metade dos investimentos da Secretaria Municipal de Obras foram para os megaeventos. Em 2015 foram 71,9% e serão 70,1% em 2016. Ou seja, obras mal feitas e só pra inglês ver. Como não viver um caos na saúde e na educação se os megaeventos abocanharam mais da metade do TOTAL de investimentos da prefeitura em 2013 e 2014 e 63,9% em 2015? O Rio se tornou a cidade mais cara e engarrafada do país. Será esse o legado olímpico?
Legado de mentiras
e desigualdade
A Baía de Guanabara é o maior exemplo da farsa do legado olímpico. O Governo Estadual simplesmente “desprometeu” despoluí-la. Praias e lagoas também continuam sujas. A construção do campo de golfe em área de preservação ambiental e a opção pelo transporte rodoviário e poluente (Trans Oeste, Carioca e Olímpica) demonstram o total descompromisso com o legado ambiental. Falta ar-condicionado nas escolas e nos ônibus. A Prefeitura não resolve o problema e autoriza aumentos da tarifa acima da inflação. A tal reordenação de linhas obriga o povo a mais baldeações, mais gastos e desconforto, e certamente aumentará o lucro das empresas. E o metrô pra Barra já nasceu lotado. Eduardo Paes promoveu a maior política de remoção da história da cidade. Cerca de 100 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. A maioria ficou longe do trabalho, em áreas sem segurança e serviços, revelando um dos objetivos da “cidade de negócios”: esconder a pobreza. Na Vila Autódromo, vizinha ao Parque Olímpico, a resistência dos moradores conquistou a permanência de cerca de 20 famílias. Outras 600 famílias foram removidas, beneficiando a maior doadora das campanhas de Paes, a empresa Carvalho Hosken, que tem ganho previsto de 1 bilhão de dólares com os Jogos.
Ilustração: Renato Moll
Governo Federal ilegítimo, calamidade Estadual e caos na prefeitura. As Olimpíadas deveriam servir ao esporte e não de pretexto para violações de direitos e lucros de empresários e governantes. Por isso defendemos uma verdadeira CPI das Olimpíadas. Por isso também apoiamos os que lutam por moradia, por justiça ambiental, por educação, saúde e transportes públicos e de qualidade. Acreditamos que resistir é preciso e que outra cidade é possível!
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