TRABALHOS DE CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PUC-RIO 2007

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PUC RIO

TRABALHOS DE CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PUC-RIO 2007 ORGANIZAÇÃO

ANDRÉS PASSARO CLÁUDIA MIRANDA SILVIO DIAS




autores dos trabalhos Adriano Mendonça Amélia de Orleans Ana Wenke Carlos Campos Carolina Escada Catherine Cunha Daniel Moreira Daniel Viana Flávia Catugy Isabela Berberick Luiza Marinho Manoela Ferreira Maria Flávia Guimarães Mariana Abdala Mariana Costa Patricia Landau Renata Décourt Tiago Brumana Verônica Penedo ano de conclusão dos trabalhos de curso Julho / Dezembro de 2007 organizadores Andrés Passaro Prof. CAU/PUC-RIO

Cláudia Miranda Prof a. CAU/PUC-RIO

Silvio Dias Prof. CAU/PUC-RIO

Otávio Leonídio Coordenador do Curso (2007)

Fernando Betim Paes Leme Coordenador do Curso (2008)

design gráfico Leandro Arias revisão e edição de texto Valmir Azevedo impressão Grafitto Curso de Arquitetura e Urbanismo PUC-Rio Rua Marquês de São Vicente, 225 Gávea, Rio de Janeiro - RJ Secretaria: Edifício Cardeal Leme Sala 301 Tel: (21) 3527 - 1828 / Fax: (21) 3527 - 1195 e-mail: gradarq@rdc.puc-rio.br http://www.arq.puc-rio.br Ficha elaborada pela Seção de Processamento Técnico da Biblioteca Central da PUC-RIO. CAU 07 / organização : Andrés Passaro, Cláudia Miranda, Silvio Dias. - Rio de Janeiro : PUC-RIO ; Grafitto, 2009. 56 p. : il (col.). ; 21 cm - Trabalhos do curso de arquitetura e urbanismo (PUC-RIO) ; 2007 1. Arquitetura. 2. Urbanismo. I. Passaro, Andrés, 1964 - II. Miranda, Cláudia, 1967 - III. Dias, Sílvio. IV. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Arquitetura e Urbanismo.

CDD:27825


TCAU O7

TRABALHOS DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 2007


reitor Pe. Jesus Hortal Sánches, S.J. vice-reitor Pe. Josafá Carlos de Siqueira, S.J. vice-reitor para assuntos acadêmicos Prof. Augusto Luiz Duarte Lopes Sampaio vice-reitor para assuntos administrativos Prof. Luiz Carlos Scavarda do Carmo vice-reitor para assuntos de desenvolvimento Pe. Francisco Ivern Simó, S.J. decano do CTC Prof. Reinaldo Calixto de Campos decana do CTCH Profa. Maria Clara Lucchetti Bingemer decana do CCS Profa. Gisele Guimarâes Cittadino decano do CCBM Prof. Francisco de Paula Amarante Neto diretor do departamento de engenharia civil Prof. Celso Romanel diretor do departamento de artes e design Prof. Luiz Antônio Coelho coordenador do curso Prof. Fernando Betim Paes Leme supervisores de projeto Prof. Alder Catunda Timbó Muniz Prof. Andrés Martin Passaro Profa. Cláudia Maria P. N. de Miranda Prof. Fernando Betim Paes Leme Prof. Hermano Braga Viriato de Freitas Filho Profa. Maria Fernanda Rodrigues C. Lemos Prof. Marcelo Roberto Ventura D. de M. Bezerra Prof. Marcos Osmar Fávero supervisores da área Profa. Maria Cristina Nascente Cabral (História e Teoria) (2007) Profa. Ana Luiza de Souza Nobre (História e Teoria) (2008) Profa. Icléia Reys de Ortiz (Tecnologia e Construção) Prof. Silvio de Moura Dias (Representação) Prof. Pedro da Luz (Urbanismo, Paisagem e Meio Ambiente) equipe Consuelo da Silva Carvalho Pedro Ribeiro Matano

professores de área de conhecimento Alder Catunda Timbó Muniz Alfredo Luiz Porto de Britto Ana Luiza de Souza Nobre Ana Paula de Souza Pontes Andrés Martin Passaro Antonio Roberto M. B. de Oliveiras Aparecida Maria Abranches Carlos Raja Gabaglia M. Penna Carlos Éden S. Mesquita Celso Rayol Cláudia Maria P. N. de Miranda Dalton Almeida Raphael Diego Anibal Portas Eduardo José Lobão Pegurier Eduardo Rocha de Oliveira Filho Enio Frota da Silveira Ernani de Souza Freire Filho Fernanda Eugenio Machado Fernando Betim Paes Leme Fernando Fernandes de Mello Flaviana Dias Vieira Raynauld Gabriel Figueiredo de Mello Gabriel Nogueira Duarte Geraldo filizola Geraldo luiz Campos Cardoso de Oliveira Giuseppe Amado de Oliveira Gláucia Augusto Fonseca Hermano Braga Viriato de Freitas Filho Icléia Reys de Ortiz Jaqueline Passamani Zubelli Guimarães Jorge Lucas Ferreira José Tavares Araruna Junior João Bosco Pitombeira F. Carvalho João Carlos Laufer Calafate João Masao Kamita Juliana Vianna Valério Kenya Moore de Almeida Dias da Cunha Ligia Teresa Saramago Pádua Luciano Rosa Álvares Luis Candido Gomes de Campos Luis Carlos Soares Madeira Domingues Luiz Fernando Martha Marcelo Roberto Ventura D. de M. Bezerra Marcos Osmar Fávero Maria Cristina Nascentes Cabral Maria Fernanda Rodrigues C. Lemos Maria Lilia Simões de Oliveira Mario Gordilho Fraga Marta de Souza Lima Velasco Oscar Daniel Corbella Otávio Leonídio Ribeiro Pedro da Luz Moreira Piedade Epstein Grinberg Rachel Coutinho Marquês da Silva Rodrigo Cury Paraizo Rodrigo Rinaldi de Mattos Sheila Dain Silvia Pozzana Silvio de Moura Dias Tania Conceição Pereira Vera Magiano Hazan Verônica Rodrigues Ferreira Gomes


TCAU O7

TRABALHOS DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 2007

organização

Andrés Passaro Cláudia Miranda Silvio Dias

PUC

RIO



CARTA AOS ALUNOS “Senhores construtores, quando entendereis que experimentamos uma necessidade intensa de poesia, quando acabareis de nos dar a pílula dos frontõezinhos e das balaustradas para fazermos engolir a insuficiência moral das construções baseadas sobre a renda e o emprego?” Lina Bo Bardi

Tomo a liberdade de usar parte de um texto da arquiteta Lina Bo Bardi, preocupada com a atual arquitetura brasileira, para abrir este livro com um apelo e finalizar com um convite aos novos arquitetos brasileiros. Encontramos aqui mais um grupo de alunos formados por este novíssimo mas já borbulhante curso de arquitetura e urbanismo. O CAU da PUC-Rio. É salutar perceber um crescente amadurecimento das relações arquitetônicas com outros saberes. Vemos surgir, já nestes novos colegas de profissão, um perfil consciente quanto à importância de se rediscutir o modo de intervir nos espaços da cidade e de se reconsiderar o próprio papel da arquitetura frente às novas demandas da civilização. Principalmente da cidade do Rio de Janeiro. A crise do homem contemporâneo, refletida no próprio ambiente e nas próprias cidades que construiu, é de grande responsabilidade dos arquitetos e passa a ser, aos poucos, assunto constante nos trabalhos desenvolvidos. Estamos, ainda, num gradativo crescimento do CAU PUC-Rio como referência de uma nova arquitetura no país. O curso em sua formação abraçou, filosoficamente, o desafio inadiável de compartilharmos, na academia e em ateliê, nossa atividade com os saberes disponibilizados pelo campus e pela cidade. O desafio de reconstruir os laços de um modelo de universidade invariavelmente fragmentada por ilhas de saber. A busca pela essência universitária. Assim procuramos manter deliberadamente o vigor rejuvenescedor dos novos olhares. Outros olhares, que contribuem imensamente com nosso papel de contínua reflexão e nos permitem traduzir complexidades com simplificação e poesia. Como mensageiro de um desejo maior, me encarrego respeitosamente de “desenhar” a proposta de Lina neste texto. Fazer um convite aos jovens arquitetos para que, dentro do atual humanismo técnico, considerarem a questão da simplificação (não a indigência) como caminho necessário para reencontrar a poética na arquitetura. Seguindo sábios conselhos como os de Lina Bo Bardi, assistiremos em pouco tempo, com plena certeza, uma nova geração de arquitetos generosos, ansiosos por traduzir e compartilhar seu conhecimento. Assim como muitos colegas, espero eu que saibam respeitar e observar atentamente a simplicidade na arquitetura. Que persistam na poética desta simplicidade, mesmo que tenham as naturais dificuldades que se apresentam. Sucesso a todos, Fernando Betim Paes Leme


PRAZO PROPOSTO PELA FACULDADE mínimo _ 5 anos letivos máximo _ 10 anos letivos

ESTRUTURA CURRICULAR E PERIODIZAÇÃO

período

4 período

5

TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA II DESENHO DE ARQUITETURA II TOPOGRAFIA NA ARQUITETURA CÁLCULO NA ARQUITETURA ESTUDOS SOCIOANTROPOLÓGICOS PROJETO DO ESPAÇO DO TRABALHO

FÍSICA NA ARQUITETURA I TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA III DESENHO DE ARQUITETURA III PROJETO DO ESPAÇO COLETIVO OPTATIVAS DE CRISTIANISMO

HISTÓRIA DA ARQUITETURA NO BRASIL URBANISMO SISTEMAS ESTRUTURAIS NA ARQUITETURA I FÍSICA NA ARQUITETURA II PROJETO DE REVITALIZAÇÃO E REUTILIZAÇÃO PROGRAMA CONTINUADO DE ESTÁGIO I

período período

7 8 período

período

3

TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA I PROJETO DO ESPAÇO RESIDENCIAL I GEOMETRIA DESCRITIVA DESENHO DE ARQUITETURA I FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL 1

9 período

período

2

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CONFORTO AMBIENTAL SISTEMAS ESTRUTURAIS NA ARQUITETURA II DESENHO URBANO HISTÓRIA DAS CIDADES ERGONOMIA NA ARQUITETURA

PAISAGISMO SISTEMAS ESTRUTURAIS NA ARQUITETURA III PROJETO DE ARQUITETURA UTÓPICA ESTÉTICA I

PROJETO DO ESPAÇO RESIDENCIAL II CONSTRUÇÃO CIVIL INSTALAÇÕES PREDIAIS URBANAS ÉTICA CRISTÃ

COMPREENSÃO E PRODUÇÃO DO TEXTO TÉCNICO PROPOSTA DO PROJETO FINAL PROGRAMA CONTINUADO DE ESTÁGIO II GEOTECNIA NA ARQUITETURA MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

10 período

período

1

CULTURA MODERNA E CONTEMPORÂNEA DESENHO DE OBSERVAÇÃO I MATEMÁTICA DO ESPAÇO E DAS FORMAS INTRODUÇÃO AO PROJETO O HOMEM E O FENÔMENO RELIGIOSO INTRODUÇÃO À PROFISSÃO ARQUITETO

PROJETO FINAL PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS ECONOMIA (para arquitetura, desenho industrial e engenharia) ÉTICA PROFISSIONAL


CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PUC -RIO Quem é o Profissional?

Nas grandes cidades, a demanda por profissionais capazes de aprimorar o espaço urbano é nítida: gente demais, moradia de menos, transporte caótico, pouco verde, baixa qualidade de vida. Nesse cenário, o papel do arquiteto é cada vez mais importante. Mais do que qualquer outro profissional, é ele o principal responsável pelo bem-estar de todos que moram na cidade. Compreender e traduzir as necessidades de indivíduos e de comunidades, criando soluções viáveis e criativas para os problemas apresentados, eis a função do arquiteto e urbanista, cujo campo de trabalho está em qualquer lugar ocupado pelo homem. No Brasil, o exercício profissional do arquiteto e urbanista é regulamentado desde 1933. A habilitação é única e a lei que rege a profissão atribui a ela o exercício de atividades referentes a edificações, conjuntos arquitetônicos, monumentos, arquitetura paisagística e de interiores, urbanismo, planejamento físico, urbano e regional. Nessas áreas, o arquiteto e urbanista pode exercer as atividades de elaboração, coordenação, supervisão, orientação técnica e especificação de projetos, planejamento e acompanhamento de obras, assessoria, consultoria, execução de perícias e de avaliações. Iluminação, comunicação visual e design também são campos de atuação do arquiteto. Não são raros, além disso, os arquitetos que atuam nas áreas de história e crítica da arquitetura e das artes plásticas.

O que é o Curso?

O curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio está diretamente ligado aos departamentos de Engenharia Civil, Artes e Design e História. Tem como objetivo formar o aluno para trabalhar como profissional de projeto em arquitetura e urbanismo, planejamento urbano e regional, gestão urbana, em construção civil e em paisagismo. Prepara igualmente o estudante para atuar na área da preservação do patrimônio artístico e cultural. Concebido de maneira a fornecer instrumentos projetuais e técnicos, assim como desenvolver o pensamento crítico necessário para a inserção do novo profissional no mercado de trabalho, o curso fundamenta-se numa proposta de ensino integrado. Essa concepção se reflete na estrutura curricular, com grande destaque para as disciplinas de projeto de arquitetura. A participação de professores de diversas áreas, compartilhando conteúdos e desenvolvendo novas competências, busca a integração efetiva entre a teoria e a prática, a criatividade e o pensamento crítico. O currículo inclui, ainda, disciplinas eletivas livres, oferecidas no âmbito do curso ou por outros departamentos da PUC-Rio. Outra marca da graduação em Arquitetura e Urbanismo são as chamadas atividades extracurriculares, com destaque para viagens nacionais e internacionais, organizadas por professores e alunos. Os convênios com universidades estrangeiras também oferecem aos estudantes a possibilidade de realizar viagens de intercâmbio internacional.


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ADRIANO MENDONÇA

AMÉLIA DE ORLEANS E BRAGANÇA

escola parque

´ INDICE

escola de teatro

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CARLOS CAMPOS biblioteca polimídia

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terminal intermodal leopoldina

revitalização no centro

DANIEL MOREIRA

DANIEL VIANNA

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orfanato

escola de circo

LUIZA MARINHO

MANOELA FERREIRA

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MARIANA COSTA casa do samba

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TIAGO BRUMANA

edifício de uso misto


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ANA WENKE

jardim crematório

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protótipo de alojamento universitário

escola de arquitetura

CATHERINE CUNHA

CAROLINA ESCADA

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centro gastronômico

conjunto habitacional mangueira

FLÁVIA CATUGY

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ISABELA BERBERICK

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MARIA FLÁVIA GUIMARÃES

MARIANA ABDALA hotel ecológico

centro de estudos da mata atlântica

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catalisador cultural itinerante

centro de design de joias em ouro preto

PATRICIA LANDAU

RENATA DÉCOURT

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VERÔNICA PENEDO lar para idosos


ESCOLA PARQUE ADRIANO MENDONÇA

orientação ana paula pontes

O projeto desta escola-parque esboça-se em um conjunto arquitetônico e paisagístico que reúne, em rede, uma composição de equipamentos educacionais que fornecem complemento pedagógico às escolas existentes da rede pública. As atividades complementares pedagógicas, ao contrário do que se pratica nas escolas, necessitam de tempo e espaços especialmente adequados ao seu exercício, para que sejam realmente educativas. O projeto pretende, portanto, acabar com um pensamento equivocado institucionalizado de que estas atividades complementares à “educação mínima” (língua, matemática, literatura, ciências) são um “bônus” extracurricular, que podem acontecer de forma precária e improvisada.

escola C

escola B

escola A

A escola-parque propõe um programa de extensão escolar, reunindo alunos de diversas escolas da vizinhança. Atende, prioritariamente, à sua vizinhança mais próxima, as escolas das quais se chega a pé. É uma unidade de referência local, da esfera do bairro. Lugar de abrigo, de aconchego, de permanência. Por isso é, também, um pouco escola-casa.

Como escola, também propõe uma mudança de consciência do homem sobre seu meio físico (e a fronteira cidade-natureza). A intervenção paisagística abre uma janela nos ciclos interrompidos da metrópole para tentar recolocá-los em funcionamento, mesmo que enquanto área modelo, enfatizando sua função didática. É espaço de criação, fruto e fonte de criação, lugar onde se faz. É espaço do trabalho como práxis: ação e reflexão. Local de trabalho, é palco para o autoconhecimento do homem, sua afirmação enquanto sujeito. Espaço que se permite se emocionar. Com 38.000 m2, o terreno escolhido para implantação do projeto, hoje ocupado pelo 23º Batalhão da Polícia Militar, se localiza entre os bairros da Gávea e Leblon, entre as Avenidas Bartolomeu Mitre, Visconde de Albuquerque, Mário Ribeiro (autoestrada Lagoa-Barra) e Rua Capitão César de Andrade. Além de ser a única área com grandes dimensões, com uma ocupação subutilizada e, portanto, disponível para implantação do projeto, apresenta quatro grandes qualidades: acessibilidade, relação central com a rede escolar existente, proximidade com equipamentos culturais e recreativos, e grande potencial paisagístico.

escola-parque

turno da manhã

turno da tarde passante passante

escola - escola ADRIANO MENDONÇA

complementar - integral

bairro - cidade

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usuárioescola escola usuário

usuárioparque parque usuário

bairro - cidade


programa | praças e esplanada | passeio público | anfiteatro | conjunto esportivo | núcleo de artes cênicas | artes e ofícios | galeria | parque dos brinquedos | piscina | refeitório | administração

corte

ESCOLA PARQUE


ESCOLA DE TEATRO AMÉLIA DE ORLEANS E BRAGANÇA

orientação ernani freire

Este projeto propõe a reutilização da edificação de arquitetura Eclética que abriga o Colégio Santa Úrsula e construir uma escola de teatro anexa que desperte novas noções espaciais a quem atua. Pretende-se fazer deste espaço não só uma escola, mas oferecer uma sala de espetáculos. O anexo é um elemento guia para a revalorização não só da edificação existente como, também, da área de intervenção. O objetivo é agregar valores a este centro de ensino que atinjam a diversas escalas: Relação Escola-cidade, como polo de ensino e como marco arquitetônico, além de ser uma referência que traz revalorização do seu entorno; Relação Escola-usuário, na sensação de experimentar o novo, experimentar estes espaços dinâmicos, permitindo utilizar o espaço para atividades físicas, culturais e lazer; Relação Escola-artista, com a maleabilidade, o conforto, o sentir o espaço que não seja intimidante, que se adeque às necessidades deste mundo de entretenimento e ensino; Relação Escola-Arquitetura, na recuperação em diversos sentidos: restaurar um edifício sem uso, degradado, agregando um novo edifício que permita essa troca entre o contemporâneo e o antigo, e recuperar o espaço do artista através de espaços criados. Atualmente, manifestações artísticas acontecem em praças, em ônibus, etc., transpondo cada vez mais os limites da caixa cênica. Entra, então, para o projeto, o desafio de criar uma escola artística com suas salas de ensaio, salas comuns, oficinas, entre outros espaços mais formalizados que permita, também, a existência de espaços permeáveis que dialoguem com a sociedade. O terreno encontra-se na Rua Gago Coutinho, no bairro Largo do Machado, Rio de Janeiro.

AMÉLIA DE ORLEANS E BRAGANÇA

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setorização

oficinas/ateliês salas de ensaio | vestiário | setor de serviços | depósitos | salas de professores pavimento térreo

sala de espetáculos palco | coxias laterais | camarim contrapesos | bilheteria | foyer café-bar | sanitários

pavimento 2

ESCOLA DE TEATRO


JARDIM CREMATÓRIO ANA WENKE

orientação otávio leonídio

Com o Jardim Crematório do Rio de Janeiro, proponho uma nova relação do espaço da vida com o espaço da morte. Visando um melhor aproveitamento do espaço físico urbano, apresento outra opção de espaço para os mortos, reduzindo, assim, a necessidade da construção de cemitérios novos ou a ampliação dos existentes.

PARQUE DOIS IRMÃOS

Através deste projeto, promovo um questionamento da salubridade dos cemitérios potenciais causadores de perigosos impactos ambientais, como a contaminação dos lençóis freáticos, a disseminação de doenças, como a tuberculose, a hepatite e a poliomielite e o espaço ideal para eles. Em contrapartida, mostro as vantagens da cremação para o meio ambiente e para o espaço ocupado, custos envolvidos e a agilidade do processo.

corte

ANA WENKE

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Ao propor um crematório como tema de Trabalho Final de Curso, apresento um projeto arquitetônico com a infraestrutura e dimensionamentos necessários para o seu funcionamento. A cidade do Rio de Janeiro possui apenas um crematório, no bairro do Caju, que pertence à Santa Casa de Misericórdia. Este dispõe de apenas dois fornos crematórios para atender a toda demanda da cidade apesar de a procura pela cremação vir crescendo continuamente. Apresento uma percepção diferente dos espaços da vida e da morte na cidade, integrando-os por meio de uma arquitetura que se relacione de maneira harmônica com a cidade do Rio de Janeiro e a sua natureza. Por esta razão, o terreno escolhido para a implantação do projeto se situa no Parque Dois Irmãos, no bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro. No entorno, há muita área verde e contato imediato com a natureza, uma vez que é cercado por mata atlântica nativa, o que assegura um espaço de paz longe da confusão metropolitana, mas, ao mesmo tempo, paralelo ao movimentado cotidiano carioca.

pavimento de acesso | jardim da memória | cobertura

Jardins, praças, áreas de contemplação e meditação agregados ao crematório podem trazer vida e atividades para o lugar, impedindo que se torne vazio, sujo e degradado, como acontece com a maior parte dos cemitérios da cidade.

pavimento 1 | hall | capelas | cafeteria | salas íntimas | salas de cremação | administração | estacionamento

JARDIM CREMATÓRIO


BIBLIOTECA POLIMÍDIA CARLOS CAMPOS

orientação otávio leonídio

A biblioteca não é pura e unicamente uma instituição comum; ela abriga o universo. Nasceu, senão, em um determinado período da história do homem em que este resolveu acumular todos os conhecimentos do mundo. Neste trabalho, proponho construir uma biblioteca pública e acessível para todas as camadas da população. Que ela seja compatível com a evolução tecnológica à qual as bibliotecas contemporâneas estão submetidas e que, apesar da sua informatização, coloca como prioridade o contato direto do leitor com o livro (seja ele portador ou não de quaisquer restrições). Além disso, proponho o ensino como fator de inclusão social através de palestras, aulas, visitas guiadas, exposições, bem como ensinar sobre o uso da biblioteca, tanto da ordem operacional quanto institucionalmente. Assim, a Biblioteca Polimídia é uma instituição que armazena informação, utilizando uma extensa e variada gama de mídias, dentre elas: CDs, DVDs, fitas VHS, discos de vinil e fitas K7. Trata-se de uma instituição híbrida que engloba uma biblioteca tradicional e que, ao mesmo tempo, implementa tecnologias da biblioteca digital, integrando ambos os conceitos. O local escolhido para a Biblioteca Polimídia do Rio de Janeiro é um terreno na Barra da Tijuca, o bairro que foi o vetor natural de expansão da cidade após a saturação da Zona Sul, como etapa mais recente da abertura de frente de expansão da cidade ao longo da orla marítima, e de reestruturação metropolitana, ligando a Zona Norte com a Zona Sul.

CARLOS CAMPOS

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A região também se destaca como espaço urbano ícone para grandes investimentos públicos e, sobretudo, privados. Entretanto, apresenta escassez de equipamentos culturais que possam afirmar ainda mais seu lugar de destaque no contexto urbano.

pavimento térreo | lounge | auditório | acervo fechado | digitalização | tratamento | catalogação | treinamento carga / descarga | serviços

acervo aberto ________

acervo fechado ________

________ diretoria ________ mapoteca ________ audiovisual ________ e-books ________ grupo ________ individual ________ individual ________ individual ________ periódicos ________ infantil __ auditórios __ acesso

corte BIBLIOTECA POLIMÍDIA


PROTÓTIPO DE ALOJAMENTO UNIVERSITÁRIO CAROLINA ESCADA orientação otávio leonídio | coorientação gabriel duarte O objetivo principal deste projeto é o de repensar a forma de alojar estudantes na cidade do Rio de Janeiro, enfrentando a problemática da habitação provisória e incentivando as políticas de assistência ao estudante, quase inexistentes hoje no país. Este projeto deve proporcionar aos estudantes um local adequado para seu período na universidade que priorize tanto os espaços comuns quanto o espaço do indivíduo. A proposta consiste em desenvolver um alojamento de estudantes que possa servir como um modelo e ser aplicável em outros terrenos pela cidade, de forma a atender crescente demanda por alojamento estudantil. Por se tratar de habitação provisória, o edifício é pensado a partir da idéia de comunidade dentro do alojamento. Ele segue os princípios de organização formal, espacial e funcional abaixo: o embasamento do prédio é tratado como objeto independente, este podendo ser adaptável a diversos terrenos.

tural o máximo possível. A cobertura do prisma interno deixa espaço para a circulação do ar. Em cada pavimento, varandas comunitárias voltadas para a rua são abertas para a circulação interna. Todo o prédio é circundado por brises de madeira, de forma a barrar a entrada direta de luz nos quartos. Todos os pavimentos possuem unidades de habitação duplas e individuais, cozinha comunitária com área para refeições, lavanderia, áreas comuns de estar e varandas voltadas para a rua. A estrutura é formada de grandes pilares que geram o vão livre central. As vigas são engastadas nos pilares, em alturas diferentes. O lote selecionado funciona, hoje, como estacionamento pago e se encontra a uma quadra da estação de metrô do bairro de Botafogo.

A planta é gerada pelo conceito de movimento contínuo, como uma espiral. A circulação do edifício é seu coração: toda ela acontece em torno de um prisma interno e se conforma por meio de rampas e patamares que dão acesso aos quartos e áreas comuns. A escala do edifício é reduzida, de forma a preservar a intimidade dos moradores e manter a escala humanista entre exterior e interior. Foram usados dois tipos de unidades habitacionais: 65% delas são duplas e 35% são individuais. Para o conforto ambiental, trabalha-se com a ventilação naCAROLINA ESCADA

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pavimento de acesso | administração | café | sala de estudo individual | sala audiovisual

pavimentos 1 e 4 | habitações | cozinha | refeitório PROTÓTIPO DE ALOJAMENTO UNIVERSITÁRIO


ESCOLA DE ARQUITETURA CATHERINE CUNHA

orientação marcelo bezerra

O norteador do projeto é a ecoeficiência na arquitetura, que pode ser percebida desde a estrutura até a materialidade, passando pelo cuidado com a fachada. O projeto se insere no campus da PUC de forma a não romper o conjunto, mas reafirmando sua atualidade e preocupação com o meio ambiente. Com objetivo de obter o melhor aproveitamento do solo, a localização do edifício levou em conta as condicionantes de insolação, vegetação, vias próximas, acesso ao campus e proximidade com o Solar Grandjean de Montigny, a nova biblioteca da PUC e o Escritório Modelo de Arquitetura. O edifício está locado de maneira que fique paralelo à Rua Marquês de São Vicente, com sua fachada nordeste protegida por brises e anteparos, mantendo maior inércia térmica e controlando a entrada de luz. A fachada sudoeste é envidraçada e com varandas. Por ser a face de maior tranquilidade e quietude, garante visibilidade ao Solar sem acarretar grande ganho térmico e/ou acústico. Procurou-se criar soluções espaciais diversificadas, gerando espaços flexíveis, claros e ventilados. Foi proposta uma área de convivência com auditório, canteiro experimental, exposição, e uma torre onde localizam-se os laboratórios (1º e 2º pavimentos) e a biblioteca (no térreo, o que possibilita a integração desta com a área de convivência). As salas estão distribuídas de maneira que fiquem com boa iluminação e ventilação natural. A ventilação cruzada é favorecida pelo vazio central, que funciona como dissipador de calor. As circulações verticais são configuradas por escada generosa e rampa com inclinação bastante suave. Dois elevadores garantem o acesso a portadores de deficiência e o fluxo de carga.

cobertura CATHERINE CUNHA

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pavimento térreo | biblioteca | auditório | salas de aula comércio | administração

pavimento 1 | salas de aula | laboratório de conforto ambiental

pavimento 2 | salas de aula | laboratório de informática

cortes | ventilação cruzada | controle de luminância | espaços flexíveis | permeabilidade visual | vazio central ESCOLA DE ARQUITETURA


TERMINAL INTERMODAL LEOPOLDINAorientação maria fernanda lemos DANIEL MOREIRA Este projeto visa a implantação de uma estação intermodal e um parque com características de permeabilidade e capacidade de conexão com seu entorno no atual local da estação Barão de Mauá (Leopoldina Rio de Janeiro). Com isso, busca-se a complementação entre si dos potenciais dos diversos modais como contribuição para melhoria do sistema de transporte metropolitano. Espera-se, assim, que esta interven-

ção se torne referência nos transportes integrados para a cidade do Rio de Janeiro por incorporar propostas do Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU). Conjugado com investimentos públicos (prefeitura, governo estadual e federal) e privados, este plano é composto por novas centralidades que atuam em rede e pela implantação de trens de rápida aceleração.

implantação DANIEL MOREIRA

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Banheiros Comuns Área para exposições e Apresentações na Gare Serviços

Programa de Necessidades Mapa de Usos / Acessos Área de Lockers Centro de Recilcagem Galpão de treino

Banheiros + Utilidades

Novo ponto de parada “Leopoldina” dos trens e metrô (superfície) sentido Central do Brasil / Deodoro Anfiteatro

Cabines telefônicas Ponto de Ônibus

Acesso Semi-Público Acesso Privado

Galeria Urbana

Área de embarque

Acesso Público

Ciclovia

Área de permanência e circulação Parque

Interseção entre Áreas

Plataformas de Embarque Áreas Verdes Comunicação Visual Internet Controle

Área de apoio para Shows e Eventos (Gare) Sala de Segurança Controle CFTV Sala de Controle Operacional Pátio ferroviários e Linhas Férreas Área administrativa do Terminal

diagrama | usos e acessos

O projeto atua em duas escalas: no plano e no projeto. Na escala do plano, são apontadas diretrizes para ampliação do sistema atual, abarcando o uso do VLT, rodoviárias, linhas de trem e metrô, e ciclovias. Além disso, são propostas algumas modificações do entorno, como melhorias para a Vila Mimosa. Na escala do projeto, são propostas intervenções diretas no terreno da estação e suas edificações, além de interferências nas áreas públicas adjacentes, como, por exemplo, na relação estabelecida com a Avenida Francisco Bicalho, as travessias, entre outros.

TERMINAL INTERMODAL LEOPOLDINA


REVITALIZAÇÃO NO CENTRO DO RIO DEorientação JANEIRO DANIEL VIANNA gabriel duarte

O Brasil possui um déficit de, aproximadamente, 8 milhões de moradias. Considerando-se uma habitação onde residam 4 pessoas, seriam 32 milhões de moradias indignas. A moradia é um dos pontos mais importantes da sociedade, principalmente porque a casa é a morada da família, célula mater da sociedade. O lar gera sonhos, expectativas de melhora de vida e segurança. Por esse motivo, este projeto é de grande relevância para a cidade. Sob o tema “A Habitação Multifamiliar na Região do Centro da Cidade” e pensado para atender a compradores que tenham renda mensal de cinco a dez salários mínimos, ele pretende ser um irradiar do desenvolvimento do entorno da quadra 12 da região da Cruz Vermelha, no Rio de Janeiro.

sociais. O terceiro tem como meta implantar o projeto se preocupando com a construção da cidade. O último, de escala infinita, visa sinalizar um caminho de absorção da enorme carência habitacional que o Brasil enfrenta. A área do projeto situa-se entre o Centro e a Lapa, local de grande movimento, mas com um grau de degradação maior que áreas vizinhas. Por isso, propõe-se uma nova área comercial mais qualificada e um átrio para o centro da quadra, visando atrair um fluxo mais intenso e um público de permanência. O projeto foi desenvolvido a partir da ideia de camadas, que possuem graus distintos de fluidez, proporcionais a sua publicidade e à pureza formal.

São quatro os objetivos principais do projeto, cada qual com uma escala distinta. Todos tem a sua importância e nenhum grau de diferenciação. O primeiro, de menor escala, é o de desenvolver um projeto que apresente diversos tipos de unidades, atendendo, assim, às diversas exigências do mundo contemporâneo. O segundo é o de criar um projeto arquitetônico que siga seus ideais conceituais e DANIEL VIANNA

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pavimento de acesso corte

pavimento 11

fachada norte

tipologias das habitações REVITALIZAÇÃO NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO


CENTRO GASTRONÔMICO

FLÁVIA CATUGY

orientação ernani freire

Ao propor a criação de um Centro de Ensino Gastronômico, pretendo desenvolver um projeto arquitetônico que possua a infraestrutura necessária para o seu funcionamento a fim de atender a uma demanda de profissionais do mercado da gastronomia na cidade do Rio de Janeiro. São dois os objetivos traçados com este projeto: a revitalização de um edifício existente e a construção de uma nova edificação como anexo. A escolha por um centro gastronômico no bairro de Botafogo deu-se pelo fato de o bairro abrigar um polo gastronômico e manter características da antiga cidade do Rio de Janeiro com seu conjunto de sobrados. Botafogo é bem localizado, próximo ao Centro e possui transportes como metrô e ônibus de diversas linhas, facilitando o acesso de pessoas. O terreno escolhido localiza-se em uma esquina entre as ruas da Passagem e General Severiano. Com dois pavimentos, o imóvel a ser revitalizado foi construído em 1879 e sofreu reforma em 1980. Como seu térreo foi bastante modificado, o edifício perdeu suas características originais.

FLÁVIA CATUGY

Foi proposta a preservação e recuperação do sobrado e a construção, ao fundo, de novos volumes, porém em harmonia com os demais. Cada um desses elementos novos é dedicado a um estudo particular. O térreo prevê acesso pela Rua da Passagem, com um generoso pátio de pilotis que cria um espaço de convívio e lazer. Com entrada independente por essa rua, o restaurante dá acesso aos aboratórios de cozinha e às demais salas. O projeto é guiado pelos seguintes conceitos:

Contraste - semipreservado versus novo. Harmonia - busca de um diálogo entre os pontos contrastantes, tanto visual como espacialmente. Conexão espacial - ligação dos dois extremos (antigo e novo). Continuidade espacial - busca por um espaço contínuo e único para um projeto que possui diferentes edificações.

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pavimento de acesso | pilotis | recepção | restaurante administração | serviços | carga / descarga

pavimento 1 | biblioteca | restaurante | laboratório frigorífico | depósitos | higienização

cortes transversais

corte longitudinal CENTRO GASTRONÔMICO


CONJUNTO HABITACIONAL MANGUEIRA ISABELA BERBERICK orientação hermano freitas O projeto proposto consiste em um conjunto habitacional para famílias com renda de três a dez salários mínimos. Atende-se, assim, a uma parte da demanda existente dessa classe social por habitação de qualidade. O Conjunto inclui unidades de moradia, espaços para a instalação de serviços, comércio e equipamentos públicos. Os principais objetivos deste trabalho são discutir e cobrir o problema da habitação no Brasil, além de propor um projeto de moradia coletiva que demonstre qualidades não apenas do ponto de vista da técnica projetual arquitetônica, mas que traga soluções espaciais que revelem a compreensão do déficit habitacional e as carências resultantes dele. Trata-se de oferecer moradia de qualidade, de fácil manutenção e com tratamento urbanístico adequado. Além disso, espera-se incentivar a integração social e a noção de comunidade para criar uma consciência a respeito da conservação dos bens comuns, as chamadas áreas semipúblicas. Um projeto que valoriza

o espaço público incentiva o cuidado dos usuários, assim como sua boa organização incentivará o seu uso e, consequentemente, sua conservação e a vida em comunidade. Ao implantá-lo em São Cristóvão, região administrativa nas proximidades do Centro do Rio de Janeiro, busco remeter às origens da cidade. Essa atitude tem o objetivo de voltar a atenção da sociedade para essa área, que se encontra em estado de abandono. A definição do sítio foi fundamental para a pertinência do projeto, que deveria estar localizado em uma área que necessitasse de renovação/reestruturação. Como a habitação desempenha muito bem o papel de reestruturadora, levando serviços, movimento constante e, consequentemente, vigilância a uma região, o projeto não se restringe somente ao terreno, mas pode influenciar o seu entorno próximo, incentivando seu desenvolvimento e a implantação dos projetos existentes para a área da Mangueira.

pavimento tipo | moradias ISABELA BERBERICK

40


pavimento térreo | lojas | sede comunitária | praça | playground clube | refeitório | setor administrativo | setor serviços | moradias

interferências no terreno

O terreno escolhido é um dos muitos imóveis ociosos da região de São Cristóvão. Verdadeiros “fantasmas”, esses imóveis estão em uma das áreas mais acessíveis da cidade e próximas de uma das regiões onde se concentra grande parte da oferta de emprego. A implantação de moradias na região facilita o acesso aos locais de trabalho, diminuindo o tempo de deslocamento. Além disso, a área já oferece os serviços básicos e a infraestrutura necessária.

CONJUNTO HABITACIONAL


ORFANATO LUIZA MARINHO

orientação marcos fávero

Em um país de extrema desigualdade social como o Brasil, espera-se que os excluídos tenham o mínimo de condição para viver dignamente. Sendo assim, a habitação de interesse social oferece aos menos favorecidos a possibilidade de inserção no contexto da vida urbana. Proponho a criação de um orfanato que seja não apenas uma habitação temporária para a criança excluída de sua família, mas também um lugar que lhe ofereça relações de amizade e vizinhança, além de estimular o fortalecimento dos laços de parentesco. O orfanato está tanto integrado à cidade quanto engajado com as questões de preservação ambiental por meio de uma arquitetura ecologicamente correta. O terreno está situado no bairro de São Cristovão, que possui uma localização estratégica na cidade e um baixo custo imobiliário. Possui uma boa qualidade ambiental, conciliando a afabilidade de uma área verde com uma densa infraestrutura urbana já estabelecida. Busca-se fluidez entre interior e exterior, criando um diálogo com o entorno e tendo a luz natural e a vegetação como fortes elementos arquitetônicos. É utilizado o mínimo de energia possível, sendo o indispensável provido por fontes renováveis. O sistema modular, além de racionalizar a construção e de ser mais econômico, se apresenta como um jogo, revelando conceitos opostos dentro de um mesmo espaço (ex.: dentro/fora, aberto/fechado, transparência/opacidade, etc.). O projeto cria uma tipologia de vila na qual cada família formada tenha sua própria casa e as crianças possam interagir com seus vizinhos de forma protegida, mas não alienadas da cidade. Além disso, privilegia os lugares de encontro, os espaços de transição e ligação. Também priorizam-se os percursos simples, para que cada lugar seja facilmente encontrado e identificado pelas crianças.

TERRENO

LUIZA MARINHO

40

QUINTA


pavimento de acesso | foyer de acesso | pátio interno horta | administração | refeitório | psicologia | habitações

detalhe

pavimento 2 | oficinas | midiateca | habitações

habitações

horta

escola

principal

acessibilidade

corte longitudinal ORFANATO


ESCOLA DE CIRCO ITINERANTE MANOELA FERREIRA

orientação fernando betim

Por ser uma escola que visa abranger todas as regiões do Brasil, a Escola Nacional de Circo, na Praça da Bandeira, Rio de Janeiro, perde seus objetivos de alcance quando sua arquitetura é permanente. Desta forma, o espaço onde se aprende a ser um artista circense é, na sua essência, oposto ao do circo, não proporcionando aos artistas entrada na vida e no espírito real do mundo circense. Este projeto propõe algo pouco usual para a concepção do espaço arquitetônico “escola de circo”: o conceito da itinerância. O projeto visa demonstrar que, para uma escola de circo, uma arquitetura itinerante seria mais aconselhável, por possibilitar o transporte de suas instalações, infraestrutura e toda a sua didática pedagógica. Isso proporciona, também, a transformação da paisagem local e a troca de percepções, realidades e, acima de tudo, uma troca com a cultura de cada lugar. Para que as atividades sejam executadas em um espaço excelente e com o máximo de conforto térmico, é usado um material apropriado e um sistema construtivo específico de montagem e desmontagem, realizadas com o auxílio de máquinas quando necessário. A estrutura primária é de tubos metálicos, conformando uma treliça aparafusada. Dessa forma, sua dinâmica construtiva é, de fato, sentida e vivida da maneira mais confortante possível, e passível de ser, também, objeto de inspiração na formação artística das pessoas que ali vivem e aprendem. Buscando no circo a referência conceitual de arquitetura itinerante, este projeto considera o lugar onde se aprende a ser um artista de circo como possuidor de algumas características do circo, sejam elas físicas, temáticas, ou aquelas que não podemos ver mas sentir, como a troca, a solidariedade e a individualidade artística. Assim, soma-se à arquitetura do Brasil um novo pensamento para a escola que permita uma formação profissional em um espaço aberto à reflexão, à experimentação e à descoberta de novos valores.

MANOELA FERREIRA

40


im´plantação

fachada

corte transversal detalhes construtivos

ESCOLA DE CIRCO ITINERANTE


CENTRO DE ESTUDOS DA MATA ATLÂNTICA orientação alder catunda MARIA FLÁVIA GUIMARÃES O objeto deste projeto é a criação de um conjunto de edifícios voltados para a pesquisa e a valorização da Mata Atlântica, um ecossistema de biodiversidade rica, hoje ameaçada pela ineficiência política em protegê-la. O projeto também procura priorizar o acesso e a disseminação do conteúdo das pesquisas ao público em geral, visando a formação de uma maior consciência sobre a realidade atual desse ecossistema. Assim, desenvolveu-se um estudo sobre as instalações necessárias para esse Centro, incluindo, neste contexto, uma análise da melhor disposição funcional de seus elementos para a interação desses espaços entrei si e deles com o meio natural. Para lidar com a dicotomia Educação Ambiental x Pesquisa, foram previstos ambientes maiores, formas expressivas com menos aberturas e de identificação rápida pelo visitante. São volumes formados por planos, um pouco elevados em relação ao solo, que permeiam a visão do observador de forma menos acessível e mais discreta.

MARIA FLÁVIA GUIMARÃES

A materialidade adotada auxilia na diferenciação desses volumes. A madeira, usada como sistema construtivo principal do setor de pesquisa, ajuda a tornar a construção mais leve e a integrá-la ao seu entorno. O setor público utiliza estrutura em concreto e fechamento em alvenaria, se diferenciando da paisagem e ajudando na percepção desta ala, que se destaca das demais em seu conjunto. A unificação obtida pela aglomeração de volumes voltados para diferentes ângulos e conectados por circulações, halls e áreas comuns conta, ainda, com aberturas para diferentes visadas da paisagem em seu entorno, o que possibilita a percepção de diferentes perspectivas, dando movimento e dinamismo e quebrando a rigidez dos espaços. O tratamento dado às oficinas segue o mesmo adotado no setor de pesquisa: uma construção leve e permeável, sendo a oficina uma área flexível que possibilita sua abertura completa para a área externa, onde uma larga circulação coberta integra este ambiente à estufa ao lado.

40


implantação

cortes

CENTRO DE ESTUDOS DA MATA ATLÂNTICA


HOTEL ECOLÓGICO MARIANA ABDALA

orientação alder catunda

Por causa do grande potencial turístico do bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, é crescente a busca de turistas pela região. Por esse motivo, estão surgindo diversas hospedarias no estilo bed and breakfast. O projeto apresentado é de um hotel ecológico voltado para o turismo que, além de prover lazer, expõe uma consciência mais ecológica. Buscou-se um objeto arquitetônico durável, considerando seu entorno, e aspectos ambientais e energéticos que oferecessem ambientes confortáveis aos usuários. Do hotel, situado na Ladeira de Santa Teresa, próximo a restaurantes, ateliês e pontos turísticos do bairro, como a Chácara do Céu e o Parque das Ruínas, é possível chegar, caminhando, aos Arcos da Lapa, um marco na cidade e lugar de intensa vida noturna. Além disso, o bairro está próximo ao Centro e às principais vias de acesso aos aeroportos, rodoviária, e vias de entrada e saída da cidade, facilitando a chegada dos turistas.

MARIANA ABDALA

No terreno, há uma edificação preexistente de 4 pavimentos, onde se encontra o principal acesso ao Hotel. A nova edificação, que circunda a existente, é composta por 2 pavimentos de habitações independentes, conectadas por uma passarela que permite ao usuário ter uma experiência horizontal do entorno. O gabarito mais baixo propõe um diálogo entre os dois prédios. O novo bloco é voltado para sul, visando o uso em abundância da luz natural e ventilação. Um jardim central permite a entrada de luz e ventilação em todos os andares. Nos pavimentos superiores, estão presentes as unidades habitacionais e, na cobertura, a área recreativa. A área de serviço, em um pavimento semienterrado, concentra a cozinha, os vestiários para funcionários e depósitos. O uso de coberturas verdes no novo bloco cria microclimas e também contribui para o conforto térmico dos usuários.

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implantação e diagramas

pavimento de acesso | salões | quartos | jardins

pavimento 1 | salas | quartos

reaproveitamento da água da chuva HOTEL ECOLÓGICO


CASA DO SAMBA MARIANA COSTA

orientação joão calafate

A Casa do Samba é dedicada à cultura e à memória desse gênero musical. Este projeto representa uma busca pela reafirmação da identidade do Rio de Janeiro, cidade que há muito tempo é conhecida por seu carnaval, sua paisagem privilegiada e por sua geografia peculiar.

do conjunto torna-se um único edifício. Houve, então, a necessidade de criar um novo sistema estrutural, composto por vigas e pilares metálicos, e lajes treliçadas. Esses novos elementos estruturais são claramente identificados em seu interior, fazendo, inclusive, parte da composição da fachada.

O projeto da Casa do Samba situa-se no terreno entre a Av. Henrique Valadares e Av. Mem de Sá, na praça da Cruz Vermelha. É um local importante e privilegiado, pois se trata de um terreno de esquina no ponto nobre da praça.

Tomando como partido a permeabilidade, o projeto permite uma relação com o pedestre, trazendo para o projeto uma forma de recuperar a essência do convívio humano, integrando diferentes espaços onde o público poderá vivenciar cada um deles.

O terreno escolhido permite a criação de um projeto que concilia a revitalização de quatro sobrados que representam um conjunto arquitetônico eclético peculiar das primeiras décadas do século XX. A utilização da madeira como material característico das intervenções, aliada à estrutura metálica, define claramente os novos elementos contemporâneos.

O programa está dividido em quatro setores, que caracterizam-se por graus de privacidade diferentes: administrativo, educacional, cultural e de entretenimento. Com a intenção permitir uma integração entre estes setores, foram criados vãos entre os ambientes, permitindo a permeabilidade física e visual. Além disso, foi preservado o pé-direito elevado dos edifícios originais, foram criados mezaninos que permitem a interação entre os espaços, e prismas que estabelecem a iluminação zenital.

Foram mantidas apenas as fachadas dos edifícios preservados e alguma alvenaria de periferia, que atua na estrutura do edifício. Sendo assim, o interior

implantação MARIANA COSTA

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pavimento de acesso | hall | gafieira | roda de samba | café loja | exposição | administração | serviços

pavimento superior | foyer | estúdio | loteria | salas de aula sala noel rosa | camarim

CASA DO SAMBA


CATALISADOR CULTURAL ITINERANTE PATRÍCIA LANDAU O catalisador cultural pretende, principalmente, potencializar a vida artística e cultural das cidades ribeirinhas, colocando-se como um grande patrocinador da cultura local. Sua presença cria um atrativo com a finalidade de promover e divulgar, culturalmente, cidades mais distantes, de certa forma aproximando realidades diferentes. Por este motivo, é um instrumento democrático que leva cultura a diferentes comunidades e realidades, criando um intercâmbio cultural neste país, onde algumas comunidades são esquecidas e isoladas no mapa, enquanto algumas cidades se colocam entre as dez maiores metrópoles do mundo. Assim, cria uma corrente cultural entre as cidades pelas quais for passando, fazendo com que se interliguem através da arte. O intuito deste movimento é reafirmar social e culturalmente a existência dessas cidades e reforçar suas relações com o rio, evidenciando a identidade regional que se formou através dele, sua história e seu folclore. Além das atividades típicas de dada região, o projeto propõe levar, também, outras formas de ativar culturalmente esses locais. Através do cinema, da música, de peças de teatro e outras expressões artísticas de diferentes regiões nacionais ou estrangeiras, o Cata-

PATRÍCIA LANDAU

orientação gabriel duarte

lisador tem a intenção de informar e atualizar. Assim, trabalha-se com o valor da tradição e da novidade, ao mesmo tempo em que ativa e enriquece a vida artística e cultural do povo ribeirinho. Este lugar deve estar aberto vinte e quatro horas para todos os tipos de lazer culturais. Também pode ser usado por uns como um espaço de entretenimento, cultura e informação, e, por outros, simplesmente como um passeio sem compromisso. A estrutura se coloca como um instrumento que faz possível a educação e o entretenimento baseados na participação popular. Também é um espaço móvel, um jogo de peças gigante. Através dela, diversos espaços e situações podem ser gerados e, assim, ser capaz de assumir diferentes contextos para diversos tipos de uso. Para isso, foram criados espaços distintos e articulados, com planta flexível, que funcionarão para apresentações de atividades culturais e artísticas. Este equipamento será montado sobre uma chata (espécie de embarcação fluvial) sem propulsão, rebocada por um empurrador. Sua forma permite a navegação em diferentes rios e mares. A navegação marítima só será realizada para acessar outro rio. Como o projeto é essencialmente fluvial, não pode desempenhar suas funções em portos litorâneos.


corte

energia solar gerador de ciclo otto (metano) gerador biodiesel

água - captação de água da chuva bombeamento de água do rio reaproveitamento do uso

diagramas | sustentabilidade

CATALISADOR CULTURAL ITINERANTE


CENTRO DE DESIGN DE JOIAS EM OURO PRETO RENATA DÉCOURT orientação alder catunda Gemas e metais preciosos sempre estiveram associados a Ouro Preto. Estão na essência do nome da cidade. Embora sendo um tradicional centro de formação de geólogos e engenheiros de minas, a cidade apenas forma mão de obra básica para fabricação de joias. Falta um núcleo para o desenvolvimento de mão de obra qualificada para o design e a produção de joias, um dos principais produtos finais das matérias primas da região. A intensa mas ainda artesanal produção e comercialização de joias local necessita de apoio para seu desenvolvimento. Ali serão formados designers, artesãos e outros especialistas em joias, que terão uma base permanente de divulgação de seus trabalhos. Espaços para exposições, salas de aulas, oficinas e biblioteca compõem suas dependências principais. São previstos, ainda, espaços especiais para, por locação, serem utilizados por quem não tem ainda seu próprio ateliê ou oficina. Como localização, identificou-se um raro terreno vazio no Centro Histórico, a poucos metros da Praça Tiradentes. Facilita-se, assim, sua integração com as atividades turísticas e culturais da cidade. O terreno, com diferença de nível de 20 metros, propicia, por um dos lados, abertura à paisagem. Por outro, limita-se, visualmente, com o muro lateral do atual Museu de Ciência e Tecnologia. Mantendo coerência com as características dos edifícios públicos da cidade, os blocos de edificações que compõem o Centro foram distribuídos nos moldes coloniais, envolvendo um pátio central. Entre os blocos, há vazios que podem ser utilizados como espaços públicos. Com acessos independentes ao Centro, propicia-se uma maior integração com a cidade, criando um novo local de convivência junto à região mais intensamente frequentada da cidade. Sua concepção permite aos seus utilizadores o acompanhamento das atividades internas do Centro, motivando sua visita. Atualiza-se, assim, o conceito do pátio colonial, originalmente voltado apenas para atividades internas do edifício. O conjunto contrasta com o entorno, composto por residências de gabarito baixo. Mantém-se, desta forma, a característica monumental encontrada nos edifícios de uso público da cidade. Embora espalhados e escalonados, os blocos estão unidos, procurando-se uma analogia com a corrente, importante aparato usado na construção de joias. Estão, por outro lado, incrustados no terreno como pedras preciosas brutas em suas rochas originais. A relação entre o solo e a base dos blocos é marcada por um revestimento de pedra. Os blocos voltados para o pátio interno tem revestimentos passando do opaco ao translúcido, enfatizando a ideia de pedras incrustadas em rochas.

uso do solo

RENATA DÉCOURT

terreno

residências

centro acadêmico UFOP

instituições públicas

museu da ciência e técnica

comércio

centro cultural

igrejas

pousadas

joalherias

repúblicas

museu dos inconfidentes


INDICADO AO OPERA PRIMA 2007

CENTRO DE DESIGN DE JOIAS EM OURO PRETO


implantação

RENATA DÉCOURT


INDICADO AO OPERA PRIMA 2007

corte transversal

pavimento rua barรฃo de camargos | acesso principal acesso de serviรงo | bar/restaurante | loja

corte esquemรกtico dos fluxos CENTRO DE DESIGN DE JOIAS EM OURO PRETO


EDIFÍCIO DE USO MISTO TIAGO BRUMANA Este projeto visa reavaliar os pontos discutidos na Carta de Atenas, documento emblemático do Movimento Moderno. Pretende-se, assim, adequar a relação morar-trabalhar a uma visão contemporânea, na qual a interatividade e a rapidez da informação impulsionam o viver com a maior economia de tempo possível, de forma conectada a outras atividades e serviços que não são mais dependentes de um espaço físico distinto para tal. Esta relação de atividades está presente na sociedade do século XXI. Muitas das transações comerciais hoje são informais, bem como é notável o crescimento da prestação de serviços virtuais, via internet, e da atividade autônoma, ainda aplicada de forma adaptada na maioria dos casos. Esta edificação, portanto, abrange a conexão de atividades de trabalho, moradia, lazer e a prestação de serviços em um único edifício. Além disso, está organizada em blocos com segurança de acesso e circulações distintas para cada atividade. Em uma portaria única, existe a distinção do acesso comercial e residencial, marcado já por circulação vertical também distinta. As unidades são o veículo de conexão entre o serviço e a moradia, havendo, por vezes, uma passarela interna, ou a organização em dois níveis nas unidades duplex. No complexo, são propostas, ainda, instalações de lazer como clube, cinema, academia e restaurantes, bem como

TIAGO BRUMANA

orientação cláudia miranda

salas de reunião, salões de festa e lojas térreas. Há, também, prestadoras de serviço não só para os condôminos, mas aberta à comunidade local, interferindo na experiência pública de conhecimento do objeto e explorando por completo suas dependências em propulsão de público e usuários. A iniciativa vale-se de uma discussão inerente à contemporaneidade, onde não se avalia somente a economia de tempo de deslocamento e, consequentemente, a redução da poluição de forma geral, mas oferece, ainda, um ideal de vida integrada em que os ambientes são passíveis de uso na totalidade do tempo. O usuário apropria-se do espaço comum para seu uso social: o restaurante é sua sala de jantar; os corredores, a sua varanda; o clube, sua área de lazer. Quanto aos acessos, objetiva-se inserir lojas de rua nas unidades térreas, assim como escritórios e serviços de maior porte nas unidades subsequentes, influenciando a gama de serviços não de forma restrita ao complexo, mas de forma aberta à comunidade local. As fachadas são enriquecidas pelas circulações invertidas. Ora externas como varandas lineares, ora internas, com passarelas entre os blocos. As unidades lineares, duplex, de encaixe ou em dois níveis, conferem movimento às fachadas, com avanços e recuos que contribuem com a volumetria do edifício.


INDICADO AO OPERA PRIMA 2007

EDIFÍCIO DE USO MISTO


pavimento tĂŠrreo

pavimento 3 | salas comerciais | academia | apartamentos duplex | restaurante | clube | piscina

TIAGO BRUMANA

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INDICADO AO OPERA PRIMA 2007

corte aa

corte bb

pavimento 6 | salão de festas | apartamentos + escritório apartamentos duplex + home office

EDIFÍCIO DE USO MISTO


LAR PARA IDOSOS VERÔNICA PENEDO

orientação alder catunda

Dentre as capitais brasileiras, o Rio de Janeiro é a que apresenta a maior proporção da população idosa. O envelhecimento populacional traz novos desafios, dentre eles o de que ele seja não só quantitativo, mas qualitativo. Este projeto é uma tentativa de proporcionar qualidade de vida para esse segmento significativo da população carioca, contribuindo para uma reflexão sobre o idoso inserido no futuro da Cidade. O terreno escolhido está localizado no bairro da Tijuca por ser um dos bairros com a maior população idosa. A área está situada na Rua General Espírito Santo Cardoso, transversal a uma das ruas mais importantes da Tijuca: a Rua Uruguai. A proximidade à Praça Xavier de Brito reforça o caráter residencial da área, o que auxilia na adaptação do idoso ao novo lar. Além da praça, o terreno está localizado próximo às áreas de comércio, como supermercado e padaria. Para atender às condições de acessibilidade, o terreno está localizado em uma área de fácil acesso por ônibus (inclusive integração com o metrô) e veículos. As fachadas do conjunto apresentam aberturas que integram o interior do edifício ao seu exterior. Em cada pavimento estão localizados os quartos, espaços mais intimistas, e área de vivência para promover o convívio social entre os idosos.

volumetria | circulação VERÔNICA PENEDO

40


corte longitudinal

pavimento térreo

programa

quitinetes suítes duplas suítes simples quartos centro de dia estacionamento

pavimento 1

LAR PARA IDOSOS




TCAU O7

Este livro foi produzido pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio, na Cidade do Rio de Janeiro, e impresso na Grafitto Grรกfica e Editora, na Rua Costa Lobo, 352 - Rio de Janeiro - RJ, no primeiro semestre de dois mil e nove.



adriano mendonça | amélia de orleans e bragança | ana wenke | carlos campos | carolina escada | catherine cunha daniel moreira | daniel vianna | flávia catugy | isabela berberick | luiza marinho | manoela ferreira | maria flávia guimarães | mariana abdala | mariana costa | patrícia landau | renata décourt | tiago brumana | verônica penido

TCAU O7 TRABALHOS DE CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PUC-RIO 2007 Dando continuidade a nossas intenções de exteriorizar os trabalhos finais dos alunos do Curso de arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio é que lançamos esta segunda publicação do TCAU. Neste sentido o livro reúne os trabalhos realizados pelos alunos do Curso formada em 2007 durante seu último ano de curso. Os Trabalhos de Curso foram desenvolvidos ao longo das disciplinas arq 1109 e arq 1110 onde procuramos aprimorar o trabalho teórico-prático já iniciado com a primeira turma, incentivando pesquisas de cunho analítico de modo a fundamentar os temas e idéias de projeto. Além disso, verificamos um avanço na busca de uma relação mais estreita entre a edificação proposta e o seu contexto específico, demonstrando um amadurecimento dos alunos em suas preocupações com a cidade e a intervenções arquitetônicas. A Cidade do Rio de Janeiro foi alvo da grande maioria das atenções, com propostas principalmente voltadas para a educação, a cultura e a habitação. Dos dezenove trabalhos, temos cinco escolas (Escola-Parque, Escola de Teatro, Escola de Circo, Centro Gastronômico, Escola de Arquitetura) cinco edificações culturais (Centro de Estudos da Mata Atlântica, Biblioteca Polimídia, Centro de Design de Jóias, Catalizador Cultural Itinerante e Casa do Samba), seis projetos relacionados à habitação (Lar de Idosos, Hotel, Orfanato, Ed. de Uso Misto, Conjunto Habitacional e Alojamento de Estudantes), um Crematório, um Terminal Intermodal e uma Revitalização no Centro do Rio de Janeiro. Nossas indicações para o Concurso Opera Prima foram para dois trabalhos de grande completude e que além de qualidade arquitetônica e gráfica apresentaram temas atípicos e desafiadores. O 1º, Edifício de Uso Misto no Centro Metropolitano em Jacarepaguá, proposto por Lúcio Costa para a nossa cidade, tinha o enfrentamento de projetar um novo plano de massas para o local e então propor um novo padrão de edificação com várias opções de unidades conjugando moradia e trabalho. O 2º, Centro de Design de Jóias em Ouro Preto, teve como ponto de partida o desafio de projetar um edifício contemporâneo em um sitío histórico e patrimônio da humanidade. A preocupação em criar soluções sustentáveis e adequadas à preservação do meio ambiente também foi considerada em alguns projetos, em especial na proposta do Orfanato, merecidamente premiada no Concurso Indústria Criativa da Firjan. Enfim, temos grande satisfação em observar o amadurecimento dos alunos do curso e também os bons resultados de projeto envolvendo arquitetura, urbanismo, sistemas construtivos e design, correspondendo à filosofia do curso de integrar diversas áreas do conhecimento. Andrés Passaro Cláudia Miranda


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