TRABALHOS DE CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PUC-RIO 2009/2010

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2009 PUC RIO

2010




Organizadores Cláudia Miranda | Profa. CAU/PUC-Rio Silvio Dias | Prof. CAU/PUC-Rio Fernando Betim Paes Leme | Coordenador do Curso Design Gráfico: Isabel Thees Impressão: Grafitto Tiragem: 1000 exemplares

Curso de Arquitetura e Urbanismo PUC-Rio Rua Marquês de São Vicente, 255 Gávea, Rio de Janeiro - RJ Secretaria: Edifício Cardeal Leme, sala 327 Tel.: (21) 3527-1828 Fax: (21) 3527-1195 e-mail: gradarq@puc-rio.br

ISBN 978-85-65589-00-0

TCAU 2009/2010: Trabalhos de conclusão de curso: Curso de Arquitetura e Urbanismo / organizadores: Cláudia Miranda, Fernando Betim Paes Leme, Silvio Dias. – Rio de Janeiro: PUC, Dep. de Arquitetura e Urbanismo, 2011. 84 p. ; 25 cm (Trabalhos de curso de arquitetura e urbanismo/PUC-Rio ; v.4) 1. Arquitetura. 2. Urbanismo. 3. Escritos de estudantes universitários brasileiros. I. Miranda, Cláudia. II. Leme, Fernando Betim Paes. III. Dias, Silvio. IV. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Arquitetura e Urbanismo. V. Série. CDD: 720


Quem é o profissional Nas grandes cidades, a demanda por profissionais capazes de melhorar o espaço urbano é nítida: gente demais, moradia de menos, transporte caótico, pouco verde, baixa qualidade de vida. Nesse cenário, o papel do arquiteto é cada vez mais importante. Mais do que qualquer outro profissional, é ele o principal responsável pelo bem-estar de todos que moram na cidade. Compreender e traduzir as necessidades de indivíduos e de comunidades, criando soluções viáveis e criativas para os problemas apresentados, é a função do arquiteto e urbanista, cujo campo de trabalho está em qualquer lugar ocupado pelo homem. No Brasil, o exercício profissional do arquiteto e urbanista é regulamentado desde 1933.

Autores dos Trabalhos de Conclusão de Curso - 2009 Ana Carolina B. da Costa Lino Bianca de Souza Bruno Bruno Alves Schelb Carlos Diego Correa Uribe Castro Carlos Stozek Neto Carolina Sant’Anna de Souza Carolina Teixeira Martinez Caroline da Silva Moraes Cláudia Regina Soares C. T. Moreira Debora Steinberg Erika Alessandra Faria de Freitas Fernanda de Mota Melo Gabriela da Silva Pinto Maciel Henrique Moreira David de Sanson Juliana Gonçalves Pereira Karen Sasson Goldberg Larissa de Aguiar Barbosa

Laura Vieira de Gouvea Leandro Arias Monteiro Liana Dias Iannibelli Luciana Damasio Ribeiro do Rosário Marcela Jabur de Castro Marilia Ferreira Magalhães Costa Marina Cuiabano Paes Leme Marina Jabur de Castro Paula Fontes Morolli Patricia Troula Stussi Neves Paueica Henning Coimbra Pedro Paulo Vilela Blake Piller Renata Junot Rodrigo Menescal Kalache Silvia Bastos Cappelli Coimbra Vanessa Ferraz de C. K. dos Santos Vinícius Veronese

Autores dos Trabalhos de Conclusão de Curso - 2010 Ana Carolina Mufarrej Ana Luiza Guimarães Neri Barbara Nascimento Bello Bianca de Oliveira Caldas Caio Carvalho Calafate Carlos Eduardo de Lima Capellão Felipe Portella Correia da Silva Heitor Ornellas Brochado Ines Saraiva Nessimian Isabella Maria Ferraiolo Besouchet Joana Vieira de Castro Braga Karla Fernandes Maria Clara Eyer da Costa Santos

Mariana Aranha Magalhães Costa Mariana de Carvalho Antunes Marina Thome Fracassi Paula Figueiredo Daemon Paula Landeira Laveglia Rebeca Kaizer Renata Porto Motta Renata Silva de Lemos Rodrigo Líbano Soares Sofia Pimentel dos Santos T. Pereira Tatiana Abaurre Alencar Tatiana de Paula Rodrigues Thiago Jaconianni Carneiro Ribeiro

A habilitação é única e a lei que rege a profissão atribui a ela o exercício de atividades referentes a edificações, conjuntos arquitetônicos, monumentos, arquitetura paisagística e de interiores, urbanismo, planejamento físico, urbano e regional. Nessas áreas, o arquiteto e urbanista pode exercer as atividades de elaboração, coordenação, supervisão, orientação técnica e especificação de projetos, planejamento e acompanhamento de obras, assessoria, consultoria, execução de perícias e de avaliações. Iluminação, comunicação visual e design também são campos de atuação do arquiteto. Não são raros, além disso, os arquitetos que atuam nas áreas de história e crítica da arquitetura e das artes plásticas.

O que é o curso O curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio está diretamente ligado aos departamentos de Engenharia Civil, Artes & Design e História. Tem como objetivo formar o aluno para trabalhar como profissional de projeto em arquitetura e urbanismo, em construção civil e em paisagismo. Também prepara o estudante para atuar na área da preservação do patrimônio artístico e cultural. Concebido de maneira a fornecer instrumentos projetuais e técnicos, assim como desenvolver o pensamento crítico necessário para a inserção do novo profissional no mercado de trabalho, o curso fundamenta-se numa proposta de ensino integrado. Essa concepção se reflete na estrutura curricular, com grande destaque para as disciplinas de projeto de arquitetura. A participação de professores de diversas áreas, compartilhando conteúdos e desenvolvendo novas competências, busca a integração efetiva entre a teoria e a prática, a criatividade e o pensamento crítico. Já o programa de estágio possibilita ao aluno exercitar o dia a dia da profissão no Escritório Modelo, participando de projetos de cunho social ou trabalhando em escritórios de arquitetura e urbanismo. O currículo inclui, ainda, disciplinas eletivas livres, oferecidas no âmbito do curso ou por outros departamentos da PUC-Rio. Outra marca da graduação em Arquitetura e Urbanismo são as chamadas atividades extracurriculares, com destaque para viagens nacionais e internacionais, organizadas por professores e alunos. Os convênios com universidades estrangeiras também oferecem aos estudantes a possibilidade de realizar viagens de intercâmbio internacional.


Aos formandos 2009 e 2010

Preparei este texto introdutório à publicação dos trabalhos de nossos alunos formandos com uma questão que já há algum tempo não me deixa descansar. Nestes últimos períodos fui surpreendido por constantes abordagens de alunos em vias de se formar. Uma frase comum se repetia: “Professor, preciso me formar rápido, já estou trabalhando e preciso logo de meu diploma!” Este discurso passou a ser também pronunciado por alunos mais recentes me solicitando, como coordenador de curso, que agilizasse ou criasse caminhos que permitissem um processo mais curto de conclusão. Nesta publicação, nossa escola se depara novamente com mais dois anos de alunos que ingressam na vida profissional. Escrevo tardiamente para esta publicação que deveria ao certo avaliar a participação destes jovens em anos já finalizados. Mas o que falaremos cabe perfeitamente nas percepções de todos nossos alunos. Formados e ainda em atividades acadêmicas. Noto, assim como vários colegas, uma grande agitação no universo profissional, como há tempos não se via. Uma preocupação efervescente em acelerar a finalização dos estudos, que sobressai sobre a própria formação destes futuros arquitetos em quase todos os períodos. Uma ansiedade que se constrói mediante a chamada dos escritórios, construtoras e grandes empresas para suprir suas carências. Uma chamada para o mundo do trabalho, do mercado, de negócios imobiliários, as Olimpíadas, a Copa do Mundo… a reconstrução do projeto de uma nova cidade para o Rio de Janeiro. Faltam profissionais de projeto e construção, e, portanto, há um apelo para que nossos jovens estudantes se apressem, se conside-


rem arquitetos antes mesmo de finalizarem esta etapa acadêmica. Há muitos estagiários tratados como profissionais já gabaritados e que começam a sentir o gostinho e o orgulho de vivenciarem sua própria independência. Mas nós sabemos que não é tão fácil assim. O curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio, embora veja com enorme alegria a grande maioria de seus alunos muito bem encaminhada profissionalmente, também sempre se preocupou com a excelência desses futuros arquitetos e urbanistas, e neste ponto vem percebendo a necessidade de manter vigilante seu papel de garantir esta qualidade inegociável na preparação acadêmica. Entendo que para tal devamos assegurar, sim, o potencial instrumental e de conhecimentos para que mostrem a competência técnica e criativa, mas, sobretudo, nos mantemos atentos para que não falte a estes a postura ética e reflexiva da qual tanto nos empenhamos em lhes conferir. Penso que nossa tarefa é preparar nossos futuros profissionais para que ultrapassem esta ideia de mercado profissional como objetivo principal. Para tanto e atentos à nossa tarefa como futuros colegas, cuidamos de atuar com rigor redobrado a fim de manter nossos alunos participantes de um universo de reflexão, de estudo constante e, também, de eternos pesquisadores. Veremos neste quadro uma diversidade de trabalhos que tocam diretamente neste ponto. Para comemorarmos estes 10 anos de curso que batem à porta devemos nos engrandecer ao reconhecer no trabalho de nossos alunos os valores de cidadãos humanistas, preparados para refletir sobre as decisões justas e a correção no trato com nossa cidade e nossa gente. Preparados, sobretudo, para atuar com rigor ao discutir esta mesma cidade e conferir a ela os passos possíveis que conduzam não só a respostas técnicas, mas fundamentalmente a uma gente mais feliz. Disso não abrimos mão.

Professor Fernando Betim Paes Leme Coordenador a partir de 2008


2009

12 | Ana Carolina B. da Costa Lino

24 | Fernanda da Mota Melo

Escola Pública Inclusiva Orientadora Leila Beatriz Silveira | 2009-2

Habitação Multifamiliar para Classe Média Baixa Orientador Marcelo Bezerra | 2009-2

13 | Bruno Alves Schelb

25 | Gabriela da Silva Pinto Maciel

Sistema Construtivo em Tetrapak Orientador Diego Portas | 2009-1

Anexo, Expansão e Intervenção em Espaço Cultural | Orientador Gabriel Duarte | 2009-2

14 | Bianca de Souza Bruno Estudos para Terrenos Vazios na Av. Pres. Vargas Orientador Andrés Passaro | 2009-2 Projeto Indicado ao Concurso Opera Prima

26 | Henrique M. David de Sanson Reforma do Bloco Leme na PUC para “Emissão 0” Orientador Marcelo Bezerra | 2009-2

16 | Diego Uribbe

27 | Juliana Gonçalves Pereira

Estação Intermodal Alvorada Orientador Gabriel Duarte | 2009-1

Reestruturação da Orla da Lagoa Orientador Andrés Passaro | 2009-2

17 | Carlos Stozek Neto

28 | Karen Sasson Goldberg

Reestruturação Urbana do Complexo Penitenciário Frei Caneca Orientador Rodrigo Rinaldi | 2009-2

Orla Paquetá Orientadora Cláudia Escarlate | 2009-1

18 | Carolina Sant Anna de Souza

29 | Laura Vieira de Gouvea

Requalificação Urbana da Rua Jardim Botânico Orientador Gabriel Duarte | 2009-2

Habitações sobre uma Plataforma Flutuante Orientador Fernando Betim | 2009-2

19 | Carolina Teixeira Martinez

30 | Larissa de Aguiar Barbosa

Topografias Alternativas: Um Novo Olhar sobre as Cidades Novas Orientador Gabriel Duarte | 2009-1

Centro de Reintegração Social Orientador Hermano Freitas | 2009-1 Projeto Indicado ao Concurso Opera Prima

20 | Caroline da Silva Moraes

32 | Leandro Arias Monteiro

Vitrina da Moda: Costurando uma Tendência São Cristóvão, Rio de Janeiro Orientador João Calafate | 2009-1

Núcleo de Pesquisas Tectônicas Orientador Diego Portas | Co-orientador Marcos Fávero | 2009-2 | Menção Honrosa no Concurso Opera Prima

21 | Cláudia Cascaes

34 | Luciana Damasio R. do Rosário

Centro de Pesquisas em Biociências Orientadora Leila Beatriz Silveira Co-orientadora Mônica Santos Salgado | 2009-2

Estação Hidroviária Orientador Otávio Leonídio | 2009-1 Projeto Indicado ao Conscurso Opera Prima

22 | Debora Steinberg

36 | Marcela Jabur de Castro

Museu do Carnaval Orientador Sílvio Dias | 2009-2

Porto – Marina Angra dos Reis Orientador Hermano Freitas | 2009-2

23 | Erika Alessandra Faria de Freitas

37 | Marilia Ferreira M. Costa

Casa de Cultura da Etnia Brasileira Orientadora Cláudia Miranda | 2009-2

Reutilização de Antiga Metalúrgica para uso Escolar | Orientador Luis Cândido | 2009-2


38 | Marina Cuiabano Paes Leme Mercado Municipal na Praça VX Orientador Sílvio Dias | 2009-2

39 | Marina Jabur de Castro Centro de Reabilitação Motora Infantil Orientação Sílvio Dias | 2009-2

40 | Paula Fontes Morolli Habitação Multifamiliar na Região Portuária do Rio de Janeiro Orientador Manuel Fiaschi | 2009-2

41 | Patricia Troula Stussi Neves Unidade de Residência e Trabalho Orientador Otávio Leonídio | 2009-1

2010 50 | Ana Carolina Mufarrej Escola de Cena na Zona Portuária Orientadora Vera Hazan | 2010-2

51 | Ana Luiza Guimarães Neri Instituto Escola de Moda e Design Orientador Ernani Freire | 2010-1

42 | Paueica Henning Coimbra Centro de Atenção e Promoção da Saúde Mental - Av. Passos, Rio de Janeiro | Orientador Alder Catunda Timbó Muniz | 2009-1

52 | Barbara Nascimento Bello Casa Sustentável Orientador Manuel Fiasch | 2010-2

43 | Pedro Paulo Vilela Blake Piller Habitação Multifamiliar no Centro do Rio de Janeiro Orientadora Cláudia Miranda | 2009-2

44 | Renata Junot

53 | Bianca de Oliveira Caldas Plano de Requalificação Urbana Orientador Gabriel Duarte Co-orientador Pierre Martin | 2010-1

Residência Universitária Gávea, Rio de Janeiro Orientador João Calafate | 2009-1

45 | Rodrigo Menescal Kalache Parque Urbano do Forte de Copacabana Orientadores Gabriel Duarte e Pierre Martin | 2009-2

46 | Silvia Bastos Cappelli Coimbra Revitalização da Pça. Mal. Âncora e Entorno Orientador João Calafate | 2009-2

54 | Caio Carvalho Calafate Projeto urbano e arquitetônico para as áreas remanescentes da estação de Botafogo, RJ Orientador Otávio Leonídio | 2010-1 Projeto vencedor Arquiteto do Amanhã 2010 Projeto selecionado para Archiprix Internacional 2011 - MIT

56 | Carlos Eduardo de Lima Capellão 47 | Vanessa Ferraz Mercado e Centro Gastronômico Orientador João Calafate | 2009-1

Centro de Arte Urbana Orientador Otávio Leonídio | 2010-1

48 | Vinícius Veronese

57 | Felipe Portella Correia da Silva

Centro de Vivência Musical Orientador Alfredo Brito | 2009-1

Escola de Artes Cênicas Orientador Rodrigo Cury | 2010-1


58 | Heitor Ornellas

67 | Rodrigo Líbano Soares

Torre Comercial Orientador Celso Rayol | 2010-2

Micro Simbiose Urbana Orientador Diego Portas | 2010-1

59 | Ines Saraiva Nessimian

68 | Mariana de Carvalho Antunes

Centro de Artesanato e Cultura Orientadora Mariana Vieira | 2010-2

Parque Cultural Urbano Fábrica São Pedro de Alcântara, Petrópolis - Rio de Janeiro Orientador Ernani Freire | 2010-2 Projeto Indicado ao Concurso Opera Prima

60 | Isabella Maria F. Besouchet

70 | Paula Figueiredo Daemon

Spa Urbano Orientador Hermano Freitas | 2010-2

Habitação e Sistema na Cidade do Rio de Janeiro | Orientador Marcos Favero | 2010-1 Menção Honrosa no Concurso Opera Prima

61 | Joana Vieira de Castro Braga

72 | Renata Porto Motta

Habitação para Estudantes Orientador Marcelo Bezerra | 2010-2

Habitar a Zona Portuária: Uma Proposta de Revitalização para o Bairro da Saúde Orientadora Leila Beatriz Silveira | 2010-2

62 | Karla Fernandes

73 | Sofia P. dos Santos T. Pereira

Habitação Multifamiliar Orientador Marcelo Bezerra | 2010-1

Residência Estudantil Orientadora Vera Hazan | 2010-2

63 | Maria Clara E. da Costa Santos

74 | Renata Silva de Lemos

Escola de Dança Orientadores João Calafate e Vera Hazan | 2010-2

Revitalização Hotel Nacional Orientadora Cláudia Miranda | 2010-1 Prêmio Oscar Niemeyer - CREA RJ

64 | Mariana Magalhães Costa

76 | Tatiana Abaurre Alencar

Edifício de Uso Misto Orientador Manuel Fiaschi | 2010-2

Viva Cidade Nova: Uma Costura de Relações Urbanas Orientadores Gabriel Duarte e Pierre Martin | 2010-1

65 | Paula Landeira Laveglia

77 | Tatiana de Paula Rodrigues

Clínica de Reabilitação para Dependentes Químicos | Orientador Hermano Freitas | 2010-1

Intervenção em Fábrica na Mangueira: Uma Incubadora Social Orientador Otávio Leonídio | 2010-1

66 | Rebeca Kaizer

78 | Thiago Jaconianni C. Ribeiro

Complexo de Dança Orientador Gabriel Duarte | 2010-2

Oceanário na Rocha Orientadora Cláudia Miranda | 2010-2 Projeto Indicado ao Concurso Opera Prima


2009


Ana Carolina B. da Costa Lino Escola Pública Inclusiva Orientadora Leila Beatriz Silveira | 2009-2

O Estácio é um bairro localizado na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, com uma área de 98,04 ha, 20.632 residentes e apenas duas escolas municipais. Além de ser muito residencial, com uma boa localização e de fácil acesso, é um bairro que, de acordo com dados estatísticos, possui uma carência de escolas municipais comparado ao grande número de residentes. O projeto pretende criar uma arquitetura sem barreiras físicas e psicológicas, com acessibilidade total para todos os deficientes físicos, de modo a desenvolver nas crianças a percepção do mundo através dos cinco sentidos. Também tem como objetivo desenvolver um sistema modular flexível que possa ser reproduzido em outros terrenos com diferentes contextos, utilizando elementos pré-fabricados. O ponto fundamental foi estabelecer uma compatibilização entre a produção, o projeto e a construção, racionalizando o canteiro de obras.

Implantação: 1. Eco telhado 2. Cobertura 1. Sala 2. Sala Especial 3. Banheiro 4. Biblioteca 5. Informática 6. Auditório 7. Área de Serviço 8. Terraço: a. Eco Telhado; b. Terraço

Corte Longitudinal

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Bruno Alves Schelb

Sistema Construtivo em Tetrapak Orientador Diego Portas | 2009-1

O projeto propõe um sistema construtivo que explora a reciclagem e o uso de materiais pouco ou nunca utilizados na arquitetura, como as embalagens de tetrapak, que fazem parte do cotidiano de todos nós, através das caixas de leite, sucos etc. Do lixo ao luxo, da experimentação ao produto final. O detalhe faz diferença no projeto, e mostra o quanto a arquitetura pode explorar materiais industriais descartados na construção civil, com projetos de qualidade, baixo custo e benefícios ao meio ambiente.

Espaço Interno 15 m2

Varanda 14,6 m2

Corte

Apoio no solo feito com latas de tinta de 3,6l

Piso de folhas de compensado

Vigas e pilares de tubo de papelão

Fechamento com painéis de tetrapak

Forro com painel trançado de tetrapak

Pele externa com tiras de tetrapak

Parafuso rosca-máquina com arruela de borracha

Telha Reciclada

Barra chata de ferro de 1” x 1/8”

Calha de chapa galvanizada Peça de chapa galvanizada

Detalhe 1 Haste moldada 5/16 x 300mm Viga de papelão

Telha reciclada

Anel de ferro Pilar de papelão Detalhe 2

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Bianca de Souza Bruno

Estudos para Terrenos Vazios na Av. Pres. Vargas Orientador Andrés Passaro | 2009-2 Projeto Indicado ao Concurso Opera Prima 1. Acesso Habitações 2. Acesso Escritórios 3. Comércio 4. Acesso estacionamento habitações 5. Acesso estacionamento comercial 6. Pontos de ônibus 7. Ciclovia 8. Galpões do Metrô

Planta Baixa Térreo

Comércio: 6.500m2 | Escritórios: 14.500m2 | Habitação: 15.000m2

Comércio: 7.850m2 | Escritórios: 20.000m2 | Habitação: 18.000m2

Comércio: 15.500m2 | Escritórios: 29.500m2 | Habitação: 31.500m2

Comércio: 19.500m2 | Escritórios: 38.000m2 | Habitação: 35.200m2

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Fachada Av. Presidente Vargas

Habitação Escritórios Comércio

Corte Transversal

Corte Longitudinal

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Corte Transversal

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Diego Uribbe

Nível +5,00m

Estação Intermodal Alvorada Orientador Gabriel Duarte | 2009-1

0,00m

O objeto de estudo neste trabalho final de graduação é a conexão entre os meios de transportes propostos, juntamente com os diversos usos já estabelecidos para a área do Cebolão, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Hoje, estão alojados neste local o Terminal Rodoviário Alvorada e o Posto do Detran-RJ da Barra da Tijuca. O objetivo é trabalhar essa conexão de forma que os meios, hoje existentes e os propostos no Plano Diretor de Transportes da Metrópole do Rio de Janeiro (PDTU), trabalhem juntos, complementando-se dentro de uma área destinada à mobilidade, troca etc. As estações intermodais têm como característica tornarem-se equipamentos fundamentais dentro da logística de transporte de uma metrópole contemporânea.

Nível -3,00m

Nível -6,00m

Nível -9,00m

Nível -14,00m Programa

Corte Longitudinal

Corte Perspectivado

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Carlos Stozek Neto

Reestruturação Urbana do Complexo Penitenciário Frei Caneca Orientador Rodrigo Rinaldi | 2009-2 Este projeto consiste na reestruturação urbana do antigo Complexo Penitenciário Frei Caneca, no bairro do Estácio, centro do Rio de Janeiro, desativado em 2010. O plano consiste na demolição de cinco dos sete pavilhões, edifícios anexos e muros, gerando novas edificações e espaços livres. São criadas “malhas de memória”, espaços contemplativos que remetem à existência do passado – enquanto novas edificações constituem locais de esquecimento – determinando novos usos para a quadra. Novos caminhos permeiam o espaço, tanto por vias públicas quanto por edificações privadas. A setorização de equipamentos públicos, espaços residenciais e comerciais integra o morro de São Carlos com o restante do Estácio, respeitando a topografia e mesclando a escala das moradias simples com edificações de maior gabarito. Masterplan: 1. Uso Comercial 2. Mercado 3. Uso Residencial 4. Posto de Saúde 5. Praça da Memória / Lago 6. Uso Residencial 7. Cinema / Galeria Comercial 8. Uso Residencial / Edifício de Conexão 9. Escola 10. Uso Residencial / Galeria Comercial Térrea 11. Praça escalonada 12. Uso Residencial 13. Uso Residencial / Plano Inclinado

Conexões residenciais

Galerias Comerciais

Praça da Memória

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Carolina Sant Anna de Souza Requalificação Urbana da Rua Jardim Botânico Orientador Gabriel Duarte | 2009-2

O projeto consiste na reestruturação espacial do Jockey Club, visando criar uma nova frente voltada para a cidade que estabeleça relações entre este importante equipamento e o pedestre, tão sacrificado nas configurações atuais dessa área. A principal intenção é criar e renovar conexões precariamente existentes entre os bairros do Jardim Botânico, Gávea e Lagoa. A requalificação urbana e arquitetônica do Jockey consistirá em dar novas edificações e usos ao terreno. Para isso será estabelecida ali uma série de elementos de usos variados que criem uma dinâmica de convivência e circulação permanente. A habitação e os espaços de trabalho também serão trabalhados na área em que atualmente já se encontram as vilas do Jockey, devendo ser articulados e integrados ao tecido da cidade. O redesenho urbano das calçadas, implantação de ciclovia, relocamento de equipamentos públicos, como mobiliário urbano, estruturas de redes, iluminação pública, entre outros, deverá ser realizado em função das melhorias das características urbanísticas e estéticas do local. Será realizado também o tratamento paisagístico das áreas comuns, que serão os espaços mais importantes para a efetivação dos conceitos de permeabilidade e conexão.

Plano Geral

Perspectiva do Conjunto

residencial comercial misto estacionamento cultural hotel

Usos

Corte Longitudinal

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Carolina Teixeira Martinez Topografias Alternativas: Um Novo Olhar sobre as Cidades Novas Orientador Gabriel Duarte | 2009-1

Atualmente, é possível reconhecer diversos espaços residuais nas grandes cidades. Eles surgem a partir da evolução urbana e de motivos como: a decadência da indústria, das estações ferroviárias e dos portos, a chegada do metrô e o abandono de certas áreas devido à violência. A abordagem usual destes territórios pela arquitetura e urbanismo é transformá-los num local reconhecível segundo a concepção da cidade contemporânea, que é definida por seus espaços construídos [1]. Implantação

O projeto a ser desenvolvido questionará esta aproximação convencional da arquitetura, tomando como base um dos conceitos que Solà-Morales desenvolveu sobre a cultura urbana contemporânea, o terrain vague. Este conceito, por sua vez, analisa o terreno vazio como um espaço de indefinição, livre de determinações e usos. Carrega um valor de memória e ausência, que deve receber a mesma atenção que os valores da inovação arquitetônica, para que seja possível o desenvolvimento de uma vida urbana complexa e plural [2]. A intenção deste projeto é analisar a situação da Cidade Nova, e então propor uma alternativa, que qualifique o espaço livre urbano e atenda às demandas da área.

Corte Transversal

[1] Koolhaas,Rem. Uma Nova Agenda para Arquitetura (pág. 335). Editora Cosac Naify, São Paulo, 2006. [2] Solà-Morales, Ignasi. Territórios. Editora Gustavo Gili, Barcelona, 2002.

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Caroline da Silva Moraes

Vitrina da Moda: Costurando uma Tendência São Cristóvão, Rio de Janeiro Orientador João Calafate | 2009-1

Situação

Planta 3º Pavimento

1. Vestuário Masculino 2. Sala de Aula 3. Laboratório Estamparia 4. Sala de Reunião 5. Circulação 6. Acervo Planta 2º Pavimento

Planta 1º Pavimento

Corte Transversal

1. Espaço Multiuso 2. Lounge 3. Jardim 4. Sala de Reunião 5. Biblioteca 6. Laboratório Estamparia

7. Laboratório Modelagem e Costura 8. Laboratório Criatividade 9. Convivência 10. Salas 11. Laboratório Livre

1. Lounge 2. Laboratório Criatividade 3. Laboratório Livre 4. Biblioteca 5. Laboratório Modelagem 6. Espaço Multiuso

Corte Longitudinal

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Cláudia Cascaes

Centro de Pesquisas em Biociências Orientadora Leila Beatriz Silveira Co-orientadora Mônica Santos Salgado | 2009-2 O projeto do Centro de Pesquisas BIOPUC tem como objetivo integrar num único edifício os diversos laboratórios de pesquisas científicas da PUC-Rio, que trabalham com material biológico em área de contenção com nível de biossegurança NB2 e NB3. O projeto enfrentou o desafio do paradoxo biossegurança/contenção versus integração/conforto, trazendo reflexões a respeito da forma como a arquitetura pode criar ambientes de trabalho com maior conforto e segurança melhorando a qualidade de vida das pessoas. Implantação

Questões como conforto ambiental, acessibilidade e integração determinaram a implantação do edifício, procurando estabelecer um diálogo com o campus e com a Rua Marques de São Vicente.

Vista Acesso Principal

Corte Longitudinal

Planta Baixa Pavimento Térreo

Rua Marques de São Vicente - Fachada noroeste - oeste

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Debora Steinberg

Museu do Carnaval Orientador Sílvio Dias | 2009-2 Situado na Praça Onze, o museu proposto abrigará ambientes e exposições permanentes, além de mostras temporárias. A concepção do museu, contudo, não está atrelada apenas a contar a história e a evolução do carnaval. As artes audiovisuais, tão características do carnaval, e as mudanças ocorridas ao longo dos anos, devem ser expostas de forma dinâmica, a fim de transmitir o “espírito do carnaval”, oferecendo, assim, um espaço onde brasileiros e turistas possam experimentar a magia do carnaval, sem precisar cair na folia.

1. Carga e descarga 2. Acervo 3. Administração 4. Copa 5. Almoxarifado e lixo 6. Vestiários 7. Banheiros

1. Administração 2. Midiateca 3. Banheiros

Trabalhos de Conclusão de Curso

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8. Exposição permanente 9. Foyer 10. Café 11. Camarim 12. Banheiros 13. Casa de show 14. Administração

4. Exposição permanente 5. Passarela

1º Pavimento

2º Pavimento


Erika Alessandra Faria de Freitas Casa de Cultura da Etnia Brasileira Orientadora Cláudia Miranda | 2009-2

1. Cozinha 2. Elaboração 3. Lixo 4. Depósito

5. Casa de máquina exaustão 6. Ar-condicionado 7. Sala de Aula

1. Salão de Exposição Permanente 2. Acervo e Estudo Individual

3. Administração 4. Direção 5. Almoxarifado 6. Copa

A proposta deste projeto é a revitalização do casarão que abrigou o Museu do Índio por 25 anos, no bairro do Maracanã, criando um espaço específico dedicado à formação do povo brasileiro e à mistura do branco, índio e negro. O objetivo é criar uma casa de cultura que realize diversos eventos e atividades, integrando cultura, lazer, educação e hospedagem, com exposições, palestras, aulas, workshops, dentre outros. Para atender às necessidades do diversificado programa, foi preciso construir mais dois edifícios anexos, de modo que não obstruíssem a visão do casarão, um de esquina, com a linguagem mais moderna e contemporânea tanto na forma quanto na materialidade da fachada, contrastando com o antigo museu, e outro com materiais modernos, porém com uma fachada mais simples e usual. A fachada do antigo museu foi preservada, retirando-se somente o telhado degradado de quatro águas, criando um novo pavimento terraço.

Implantação

1. Recepção 2. Salão de Exposição Temporária

3. Salão de Vídeo 4. Banheiros 5. Estar

1. Salão de Exposição Permanente 2. Salão de Exposição Temporária 3. Acervo 4. Biblioteca 5. Sala de Aula 6. Administração 7. Banheiros 8. Camarim

Corte AA

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1. Sala de Aula 2. Administração 3. Teatro/Auditório 4. Cinema 5. Ar-condicionado 6. Banheiros 7. Circulação 8. Salão de Exposição Temporária 9. Banheiro para PNE 10. Estar

Corte BB

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Fernanda de Mota Melo

Habitação Multifamiliar para Classe Média Baixa Orientador Marcelo Bezerra | 2009-2 O projeto procura desenvolver uma possibilidade de meio de operação diante do problema de habitação na Região Central do Rio de Janeiro. O módulo base é a estratégia adotada para gerar os mais diversos arranjos de unidades e atender à maior gama de possíveis usuários. A pretensão de que houvesse uma possível reprodutibilidade nos mais diversos locais, não impediu a escolha de um terreno específico para o seu desenvolvimento, uma vez que este serve não só para confrontar questões comuns a esses terrenos centrais, como também àquelas específicas ao seu entorno imediato. No terreno localizado próximo à Praça Tiradentes, duas escalas distintas e muitas vezes conflituosas se apresentam: a da rua e a doméstica. A solução foi adotar uma transição suave dos espaços mais públicos até os de maior caráter privado.

Situação

1. Apartamento um quarto 2. Apartamento dois quartos 3. Circulação 4. Apartamento dois quartos 5. Apartamento um quarto

Fachada 1

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Fachada 2


Gabriela da Silva Pinto Maciel

Anexo, Expansão e Intervenção em Espaço Cultural Orientador Gabriel Duarte | 2009-2

O projeto consiste na ocupação da Praça Marechal Âncora, do terminal rodoviário da Misericórdia e dos espaços vizinhos, através da proposta de conexão dos equipamentos culturais existentes na região.

1. Praça de Alimentação 2. Terminal Rodoviário 3. Praça MHN 4. Praça Cinema 5. Praça Livraria

Corte Transversal

Corte Longitudinal

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Henrique M. David de Sanson Reforma do Bloco Leme na PUC para “Emissão 0” Orientador Marcelo Bezerra | 2009-2

O Projeto busca habilitar a PUC-Rio a colaborar para uma nova economia verde no estado, através de um campus que incorpore metodologias de ensino e pesquisa contemporâneas e estimule a emergência de soluções hedonísticas e criativas para problemas atuais, por meio do intercâmbio formal e informal entre diversas disciplinas. Atua especificamente sobre o Edifício Cardeal Leme, atualmente incompleto, acrescentando novos espaços de uso flexível e áreas de uso comum e de convívio, priorizando sempre o conforto ambiental e a comunicação entre partes do edifício e deste com o campus.

Antes

Depois

Antes

10º Pavimento

6º Pavimento Depois

1º Pavimento

Cortes Transversais

Pilotis

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Corte Longitudinal


Juliana Gonçalves Pereira Reestruturação da Orla da Lagoa Orientador Andrés Passaro | 2009-2

Este trabalho tem como tema um plano de reestruturação urbana e paisagística da orla da Lagoa Rodrigo de Freitas, através de uma redistribuição mais coerente dos seus usos, da redefinição dos conceitos paisagísticos e da unificação da linguagem dos materiais aplicados nas intervenções urbanas. O plano de reestruturação funciona a partir de duas concepções, uma socioeducativa e outra físico-urbanística. Pensando na população como cúmplice da intervenção, as ações de estímulo à apropriação desse espaço é que dão o embasamento para que as melhorias na infraestrutura urbana sejam bem sucedidas. Entre as medidas gerais e algumas mudanças pontuais, espera-se uma dinamização do uso da orla, gerando mais polos de atração e faixas de percurso mais seguras.

Masterplan para a Lagoa: mapa de intervenções Parque Temático de Percurso das Águas Readequação da Margem Passeio sobre o Espelho d’Água Tratamento Temático e Instalação de Píeres Funcionais A. Baixo Bebê

B. Decks de estar e restaurantes

C. Píer arquibancada

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Karen Sasson Goldberg

Orla Paquetá Orientadora Cláudia Escarlate | 2009-1

Parque dos Tamoios: 1. Redário sob Pérgula 2. Talude em gramado para prática de exercícios e descanso 3. Quiosques para venda de comidas, artigos de artesanato, etc.

Corte Parque dos Tamoios 1. Iluminação 2. Pérgula (em madeira ou concreto policog) 3. Redário 4. Degrau /contenção em concreto

Perspectiva trecho Morro da Covanca

Neste trabalho propomos o estudo dos espaços livres e sua relação com as águas como ferramenta de preservação e valorização dos aspectos naturais e culturais da paisagem, questionando a relação entre arquitetura e paisagem (Corner, 2006). Estudamos a situação do bairro da Ilha de Paquetá, localizada na Baía de Guanabara, do município do Rio de Janeiro nas proximidades dos municípios de Niterói, São Gonçalo, entre outros. A localização estratégica, associada ao grande potencial do seu patrimônio arquitetônico, histórico e paisagístico fazem dessa ilha um local extremamente importante para a compreensão destas questões.

1. Parque dos Tamoios 2. Morro da Covanca 3. Praça do Deck

Planta Praça do Deck - Atual Estação das Barcas

Corte A

Corte B

Corte C

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Laura Vieira de Gouvea

Habitações sobre uma Plataforma Flutuante Orientador Fernando Betim | 2009-2 O objetivo do projeto é apresentar possibilidades flutuantes de ocupação com módulos independentes, que permitam articulações com os demais. Materiais e sistemas construtivos não convencionais foram explorados e avaliados quanto às suas características. Após a seleção do sistema mais favorável à situação, foram desenvolvidos módulos de habitação como exemplo de uma possível construção, estabelecidos através de princípios construtivos de baixo impacto, visando maior conforto ambiental. Detalhes Estruturais

Lona Tensionada Módulo Estrutural

Teto Verde

Construção

Pavimento de Acesso

Corte

Biodigestor

Flutuantes

Contrapeso

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Larissa de Aguiar Barbosa Centro de Reintegração Social Orientador Hermano Freitas | 2009-1 Projeto Indicado ao Concurso Opera Prima

O partido arquitetônico é justificado pela importância reconhecida na experiência física do lugar, da matéria construída e suas fronteiras com os elementos que os fazem perceptíveis: a luz, os sons, o aroma, o tato. O detalhe como materialização do espaço determinará a qualidade do lugar e seu caráter, assim como a dissolução das fronteiras em busca de um espaço integrado – o espaço “entre” o público e o privado, o interior e o exterior, o perene e o transitório – que trabalharão como apoio existencial a este processo de reintegração à sociedade e serão o foco deste projeto.

Captação de água da chuva Pelas coberturas Proveniente da Pedra Morro da Babilônia

Desta maneira, será privilegiado o uso de materiais como a madeira, o concreto aparente, a pedra e o vidro demonstrando didaticamente a verdade construtiva. Os espaços se conformarão por meio de planos orientadores, como muros de pedra, coberturas nervuradas e pergolados. A transparência e a integração visual e acústica serão trabalhadas não só como barreiras arquitetônicas opacas, translúcidas e elementos semipermeáveis – como cobogó ou painéis de madeira –, mas também pelo uso de arborização e manipulação da água. 1. Recepção 2. Farmácia 3. Ateliê 4. Auditório 5. Refeitório 6. Jardim 7. Retenção d´água da chuva

Térreo Geral

Trabalhos de Conclusão de Curso

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A água no projeto: retenção, canais d’água e jardins de chuva Água retida Subterrâneo Pontos d’água Água em Bomba Jardins movimento de chuva


Fachada Av. Pasteur

Corte Longitudinal 1

PĂĄtio interno Corte Longitudinal 2

Corte Transversal

Perspectiva AteliĂŞ

Vista a partir da Av. Pasteur

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Leandro Arias Monteiro

Núcleo de Pesquisas Tectônicas Orientador Diego Portas Co-orientador Marcos Favero | 2009-2 Menção Honrosa no Concurso Opera Prima A PUC-Rio foi escolhida como sede do NPT pois além de possuir alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo, seu Campus abriga outras áreas de conhecimento que podem contribuir bastante para as atividades promovidas pelo núcleo. A localização do NPT surgiu de uma análise do Campus. Dos acessos principais, a porta da Rua Marquês de São Vicente possui grande potencial para gerar uma nova relação da Universidade com o bairro da Gávea, assim como reestruturar a relação de espaços livres com seus usuários. Atuando como animador urbano, a intervenção propõe reduzir a barreira limite da Universidade e ampliar o acesso público ao Campus, atraindo vitalidade a este trecho da rua. Analisando as tipologias existentes no Campus, o pilotis foi a referência mais adequada para complementar este partido urbano. Além da continuidade, percebida tanto na arquitetura quanto na natureza (árvores), outros atributos foram adicionados a nova intervenção. As atividades comerciais são elementos essenciais para atrair público. Além delas, atividades culturais também serão promovidas neste espaço, através da vitrine multimídia. Ela servirá como um espaço de exposição e divulgação do NPT, assim como promotora de palestras, debates e eventos, fechados ou abertos para toda a praça de acesso.

Implantação

Fachada Marquês de São Vicente

Corte Transversal

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Planta Tipo Livre

Planta com ocupação O edifício NPT apresenta uma lógica estrutural que permite grandes vãos internos, tornando os espaços de pesquisa flexíveis aos seus usuários.

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Luciana Damasio R. do Rosário Estação Hidroviária Orientador Otávio Leonídio | 2009-2 Projeto Indicado ao Concurso Opera Prima

O projeto consiste na ampliação e integração do transporte hidroviário da Baía de Guanabara e na criação de uma estação modelo a ser implantada na Enseada de Botafogo, Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. Implantação

Vista Superior

Corte AA

Corte BB

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Marcela Jabur de Castro Porto – Marina Angra dos Reis Orientador Hermano Freitas | 2009-2

O projeto tem como tema a requalificação do Porto de Angra dos Reis, complementado por uma Marina capaz de atender às demandas atuais. O Porto passa a compartilhar seu atual espaço com uma Marina, dando assim origem a uma nova unidade focal e turística da cidade. Atualmente, implantado em um sítio privilegiado, protegido do mar aberto e dos ventos, o Porto de Angra dos Reis funciona somente como local técnico, que não oferece qualquer tipo de serviço aos visitantes ou moradores da cidade, além de dividir espaço com um atracadouro para embarcações de pequeno porte, em péssimas condições de organização. O novo projeto será o promotor do encontro entre o Porto, uma nova Marina e os habitantes e turistas de Angra dos Reis.

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Vista superior


Marilia Ferreira M. Costa

Reutilização de Antiga Metalúrgica para uso Escolar Orientador Luis Cândido | 2009-2

Localização: Benfica

Esquema ventilação e iluminação

Fachada lateral

Planta Baixa pavimento Térreo 1. Acesso 4. Jardim 2. Pátio 5. Salas de Aula 3. Salas de Aula 6. Ginásio

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Marina Cuiabano Paes Leme Mercado Municipal na Praça VX Orientador Sílvio Dias | 2009-2

A construção de um novo mercado municipal consiste na ideia de criar na cidade um local que ofereça a sua população um ambiente prazeroso de convivência, e aos seus visitantes e turistas alternativas de consumo e lazer; um espaço que reúna parte de sua identidade, revelando o caráter de sua gente, seus hábitos, costumes, sua cultura; um lugar que encante com seus cheiros, cores e sabores. Projetado pelo engenheiro Alfredo Azevedo Marques, o Mercado Municipal do Rio de Janeiro situava-se na Praça XV e ia até a Rua do Ouvidor. Foi o maior de todos os edifícios de ferro montados no Brasil, de origem europeia. Era composto de 16 ruas e mais de 200 lojas de gêneros alimentícios e afins. Foi demolido no fim dos anos 1950 para a construção do Viaduto da Perimetral. O projeto será implantado no local do antigo Mercado Municipal, hoje Praça Marechal Âncora, na intenção de fazer um resgate histórico da memória da Cidade, no momento em que se discute a demolição da via elevada.

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Implantação


Marina Jabur de Castro

Centro de Reabilitação Motora Infantil Orientador Sílvio Dias | 2009-2

O Centro de Reabilitação Motora Infantil abrigará espaços que contribuirão diretamente para a otimização e eficácia dos tratamentos de desenvolvimento motor das crianças portadoras de necessidades especiais. Os ambientes deste Centro irão possibilitar a execução de diferentes atividades, como Fisioterapia, Psicologia e Hidroterapia, e serão sempre projetados com a especificidade requerida por cada disciplina, de modo que possam participar também nos processos de reabilitação ali desenvolvidos.

Planta Baixa Térreo

O projeto está baseado na criação do espaço, conduzida pela necessidade de uma arquitetura mais humana, que proporcione alegria aos envolvidos durante o tratamento, e que trabalhe a favor da garantia de bem estar e de uma melhor qualidade de vida para estas crianças. A ideia principal é que a arquitetura dos espaços projetados ofereça aos pacientes um ambiente cotidiano adequado, muitas vezes negado aos deficientes.

Corte/Fachada

Corte C

Vista Geral

Área de recreação externa

Pátio Central

Sala de Aula

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Paula Fontes Morolli

1. Entrada Praça 2. Eixo Centro do Rio 3. Praça Interna

Habitação Multifamiliar na Região Portuária do Rio de Janeiro Orientador Manuel Fiaschi | 2009-2 O projeto vislumbra essencialmente as alternativas para a produção de moradias através da recuperação do patrimônio existente em áreas deterioradas da cidade, propondo a revitalização de um antigo galpão industrial, bem tombado pelo município, e a incorporação da quadra em frente a ele, situada na Avenida Venezuela, através da construção de uma nova edificação intimamente relacionada a esse galpão. O conceito de edifício híbrido responde à necessária pluralidade de usos na área dada, ao mesmo tempo em que a função residencial pode ser estabelecida como base.

Implantação

equipamento público

comércio

Trabalhos de Conclusão de Curso

escritório

estacionamento

habitação

edifício híbrido

Corte AA

Corte CC

Vista geral

Entrada Praça

Eixo Centro do Rio

Praça interna

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Patricia Troula Stussi Neves Unidade de Residência e Trabalho Orientador Otávio Leonídio | 2009-1

Os objetivos estratégicos do projeto almejam: o estudo de um espaço de Residência-Trabalho; a busca por privacidade e independência do ambiente de trabalho dentro de uma casa; e a possibilidade de agendar reuniões de negócio sem precisar sair de seu edifício residência. A gênese da forma se inicia com o estabelecimento dos limites volumétricos que o Edifício poderá ocupar no terreno. Para articular os meios de circulação é criado um átrio central. As unidades duplex necessitam de acessos independentes e flexibilizam o uso dos espaços verticalmente, através da divisão em fatias. Para romper o alinhamento da rua, é acrescentada uma aresta ao edifício. Os espaços de uso comum surgem pela eliminação de unidades e diferenciação espacial. A habitação flexível é um volume com possibilidades de espaços integrados que poderão ser ajustados em função da necessidade para a vida do usuário. A ideia é criar um espaço de flexibilidade tridimensional. Caso opte por um apartamento mais compartimentado, poderá construir um duplex com dois andares de aproximadamente 30m².

Corte Longitudinal

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Paueica Henning Coimbra

Centro de Atenção e Promoção da Saúde Mental Av. Passos, Rio de Janeiro Orientador Alder Catunda Timbó Muniz | 2009-1 Situado em área central do Rio de Janeiro (antiga locação da 1ª Escola de Arquitetura do país), o projeto enfrenta o desafio de abrigar uma instituição psiquiátrica e um espaço público aberto que é também responsável pela união do conjunto edificado. Recepção e Exposição Hospital Dia Ambulatório e Administração Refeitório e Serviço

Corte

Auditório e Salas de Aula

Ambulatório Fachada Leste

Fachada Sul

1. Exposição 2. Recepção 3. Anfiteatro 4. Terapia em grupo 5. Vestiário 6. Repouso 7. Terapia Corporal 8. Centro de Convivência 9. Ateliê de Artes Expressivas 10. Psicologia Infantil 11. Psicologia 12. Sala de Funcionários 13. Banheiro 14. Carga e descarga 15. Refeitório 16. Sala de Aula 17. Foyer 18. Auditório

Planta baixa térreo

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Pedro Paulo Vilela Blake Piller

Habitação Multifamiliar no Centro do Rio de Janeiro Orientadora Cláudia Miranda | 2009-2 O projeto residencial de uso misto (multifamiliar/comércio e serviços) ocupa praticamente toda uma quadra na área portuária do Rio de Janeiro. Implantação Rua Sacadura Cabral

A proposta de alta densidade e diversidade de tipologias habitacionais é resolvida com uma implantação de três blocos paralelos e um perpendicular que faz a interligação destes. A estrutura aparente é modular e a variedade de usos e tipologias cria uma variação das fachadas, alternância de planos e volumes recortados.

Setorização 1. Área Esportiva 2. Área de Convivência 3. Apartamentos

Variedade de fachadas: o uso de materiais tradicionais empregados no contexto contemporâneo (estrutura mista entre concreto armado, tijolo maciço, chapa metálica furada) irá gerar contrastes com o entorno.

Pavimento Tipo 1. Lojas 2. Medidores 3. Portaria

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Renata Junot

Residência Universitária, Gávea - Rio de Janeiro Orientador João Calafate | 2009-1 Pavimento Térreo 1. Restaurante 2. Administração/Recepção 3. Auditório 4. Pesquisa e Acervo 5. Alojamento e Convivência

1. Quarto 2. Sala de Estar 3. Sala de Jogos 4. Cozinha 5. Terraço

Corte transversal

Corte longitudinal

Apartamento individual e para duas pessoas

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Rodrigo Menescal Kalache Parque Urbano do Forte de Copacabana Orientadores Gabriel Duarte e Pierre Martin | 2009-2

O projeto consiste na criação do plano estratégico de ocupação do complexo do Forte de Copacabana e sua abertura para a cidade, através de um parque urbano com funções públicas e privadas. O projeto busca a interação entre paisagem e cidade, com a ligação, pela orla marítima, dos bairros de Ipanema e Copacabana. O projeto utiliza a conformação geográfica da área para a distribuição de seus usos, que incluem: ciclovia de 2km de extensão pela orla, cinema ao ar livre, polo gastronômico e comercial, skatepark e palcos para eventos, mirantes, parque público, centro recreativo para crianças e idosos e o Museu Histórico do Exército, na fortificação original.

Acesso à praia

Boardwalk

Skatepark

1. Quadra de esportes 2. Centro recreativo da terceira idade 3. Pergolado 4. Recreação infantil 5. Centro de apoio ao turista 6. Mercado de peixe / Corpo de Bombeiros 7. Restaurantes e bares 8. Plataforma elevatória de acesso vertical 9. Museu histórico do exército 10. Palco para shows 11. Bicicletário / Acesso à praia 12. Borda viva - Restaurantes e lojas 13. Cinema 14. Mirante 15. Bowl de skate existente 16. Pista de caminhada / downhill 17. Skatepark 18. Arena cultural 19. Parque Garota de Ipanema

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Silvia Bastos Cappelli Coimbra Revitalização da Praça Marechal Âncora e Entorno Orientador João Calafate | 2009-2

1. Centro Gastronômico e Comercial 2. Núcleo Praça XV 3. Núcleo Baía de Guanabara 4. Elevado Perimetral 5. Núcleo Torre 6. Praça de Acesso Situação

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Vanessa Ferraz

Mercado e Centro Gastronômico Orientador João Calafate | 2009-1 A proposta do projeto é implantar um mercado com centro gastronômico no vazio residual localizado na área da Ponte Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, conhecida pelos seus grandes empreendimentos cercados por grades e suas ruas largas de alta velocidade, com tendência a excluir pedestres e ciclistas. Um mercado com centro gastronômico é um chamariz urbano para o passante, daria segurança e vida a esta área, além de gerar a cultura de bares e restaurantes na orla. Residência Comércio Escola Pública Ciclovias Terrenos em Construção Fluxo de Pedestre Existente Fluxo de Pedestre Proposto Praça Orgânicos Praça Eventos Praça Frutos do Mar Praça Árabe Administração Banheiros e Vestiários Área das Crianças Artesanato Bancas Floricultura Lanches Diversos Resíduos Horta Orgânica

Passarelas costuram o terreno gerando um novo fluxo

Mergulhões ventilados para liberar o passeio para o público

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Vinícius Veronese

Centro de Vivência Musical Orientador Alfredo Brito | 2009-1 O projeto propõe a criação de uma instituição particular destinada ao ensino da música. Mais que uma simples escola, a proposta visa a implantação de um “Centro de Vivência Musical” na cidade do Rio de Janeiro para poder não só auxiliar na formação de profissionais ligados à música, mas também na disseminação e consolidação da cultura musical em geral. O programa inclui três grandes campos: Teoria, Performance e Gravação/Produção. A concepção arquitetônica reveste cada edifício com uma identidade própria, na busca de realçar as características das diferentes atividades que abriga. O local escolhido para a implantação é o Bosque da Barra, parque situado na periferia do entroncamento rodoviário do Trevo das Palmeiras, na Barra da Tijuca.

Implantação

Corte Longitudinal

Corte Transversal

Trabalhos de Conclusão de Curso

48

1. Alojamento Estudantes 2. Acesso e Circulação 3. Pavilhão 4. Biblioteca 5. Túnel de Acesso 6. Concha Acústica

7. Departamento de Produção Musical 8. Administração Central 9. Departamento de Prática Musical 10. Praça de Acesso

Implantação


2010


Ana Carolina Mufarrej Escola de Cena na Zona Portuária Orientadora Vera Hazan | 2010-2

Cenário, panorama, paisagem, arte do espetáculo. É sob esse viés que nasce o tema do projeto: a criação de um espaço de fácil acessibilidade, na região central do Rio, mais especificamente na Zona Portuária, que possa dar novas oportunidades de capacitação profissional no ramo das artes e espetáculos, congregando atividades corporais, manuais, teatrais, cenográficas, audiovisuais e musicais. Os espaços flexíveis e reversíveis, com uma estrutura modular metálica que segue uma malha de 9,00 x 9,00m e alturas variadas, desenvolvem-se de forma dinâmica e interagem com os espaços externos, abertos não só aos estudantes e profissionais envolvidos na escola, como também ao público, que pode usufruir de uma série de espaços internos e externos dedicados ao tema.

Planta Pavimento

Corte Longitudinal

Trabalhos de Conclusão de Curso

50


Ana Luiza Guimarães Neri Instituto Escola de Moda e Design Orientador Ernani Freire | 2009-1

Planta 3º Pavimento

O tema deste trabalho se refere à revitalização de uma edificação histórica do século XIX, localizada na Rua do Catete, no bairro da Glória, no Rio de Janeiro, e tombada pelo IPHAN, em1938. O projeto tem como proposta a implantação de um Instituto Escola de Design e Moda, cujo maior desafio é relacionar o antigo e o novo, de forma a tratar as duas edificações como partes de um mesmo conjunto. A escolha do bairro da Glória se justifica pela fácil acessibilidade e proximidade da área central da cidade, seguindo uma tendência observada em grande parte das escolas europeias, norte-americanas e latino-americanas, que se instalaram em bens de interesse histórico, proporcionando suas revitalizações.

Planta 2º Pavimento

1. Oficina de Criação 2. Laboratório 3. Sala 4. Estúdio + Acervo 5. Hall 6. Estoque 7. Laboratório 8. Sala

9. Estúdio + Foto 10. Oficina 11. Exposição Permanente 12. Exposição Temporária 13. Loja 14. Armazenamento 15. Biblioteca

Planta 1º Pavimento

Corte Longitudinal

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Barbara Nascimento Bello Casa Sustentável Orientador Manuel Fiasch | 2010-2

O setor residencial é responsável por 27% do impacto ambiental gerado na cidade. Pensando nisso, o projeto consiste na concepção de uma casa com princípios sustentáveis em Itaboraí. O município possui grandes perspectivas de crescimento devido à construção do Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro) que gerará muitos empregos na região. De olho nessa demanda, o mercado imobiliário criou o Loteamento Parque das Palmeiras, onde fica localizado o terreno. O programa consiste em atender às necessidades de uma família composta por uma mulher de meia idade e sua mãe idosa com necessidades especiais, além de uma área de lazer, visto que a oferecida pelo loteamento é insuficiente para a demanda do local.

Corte Perspectivado

1. Ventilação cruzada 2. Captação água da chuva 3. Pisos drenantes 4. Deck em madeira plástica 5. Aquecimento solar

6. Madeira certificada 7. Tijolo ecológico 8. Horta 9. Acessibilidade

Fachada

1. Escritório 2. Quarto 3. Banheiro

4. Quarto 5. Varanda 6. Sala 2º Pavimento

1º Pavimento

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Perspectiva interna


Bianca de Oliveira Caldas

Área de Intervenção

Plano de Requalificação Urbana Orientador Gabriel Duarte Co-orientador Pierre Martin | 2010-1

A proposta aborda a inconsistente ocupação da cidade nos bairros de Vargem Grande, Vargem Pequena e Recreio dos Bandeirantes. Embasada na requalificação parcial do Sistema Lagunar da Bacia de Jacarepaguá, que compreende a área do projeto, a proposta visa a implementação de intervenções que adequem o fluxo de drenagem nas lagoas e canais de modo a viabilizar a navegação.

1. Porto de Itaguaí

2. Restinga da Marambaia

3. Recreio

4. Lagoa de Marapendi

5. Barra da Tijuca

A idealização do projeto conceitua a construção da cidade como uma analogia às alterações e transformações da paisagem na arquitetura. Numa região carente de planejamento e que exibe um crescimento desordenado, intermitente e sem controle, os microclimas urbanos surgem como um ensaio sobre tipologias e possibilidades de ocupação. A área de intervenção deixaria de constituir um grande vazio, transformando-se num parque urbano.

Habitações sobre a água

Parques

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Caio Carvalho Calafate

Projeto urbano e arquitetônico para as áreas remanescentes da estação de Botafogo, RJ Orientador Otávio Leonídio | 2010-1 | Projeto vencedor Arquiteto do Amanhã 2010 Projeto selecionado para Archiprix Internacional 2011 - MIT A proposta de projeto final de graduação que aqui se apresenta surge de algumas constatações relativas à dinâmica existente entre as infraestruturas urbanas e a geração de espaço público. Partindo de uma situação real, a relação estreita entre o transporte e o uso do solo, o projeto pretende questionar a estratégia de implantação da malha metroferroviária na cidade do Rio de Janeiro - iniciada em fins da década de setenta, desenhada de maneira desarticulada, com o uso e ocupação do solo de seu entorno e do planejamento da cidade - propondo soluções arquitetônicas e urbanísticas para as áreas remanescentes da estação de Botafogo. Acessibilidade, multifuncionalidade e identidade. O projeto irá se concretizar através do entrelaçamento entre esses conceitos, constituindo-se de uma plataforma híbrida que articulará novas edificações de usos variados, tais como o habitacional, o comercial, o cultural, de espaço público à infraestrutura do Metrô. O projeto para a área do Metrô de Botafogo trabalhará de maneira topológica, tentando compreender o que significa o “chão”, imaginando que sua reconstrução é algo pertencente à relação com o nível subterrâneo e com possíveis níveis superiores.

Sentido Zona Norte estação Flamengo

Sentido Zona Sul estação Cardeal Arcoverde Estratégia: uma rampa com distintas inclinações cria no território, anteriormente plano, um único grande acesso ao metrô e estrutura a implantação dos edifícios ao longo do terreno, sendo ponto de contato entre eles e a infraestrutura.

Paisagismo e uso coletivo

Terrenos edificantes

Nova estação do Metrô

Terrenos remanescentes contemplados pela Lei Complementar nº 98

Corte Longitudinal

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Corte Transversal

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Carlos Eduardo de Lima Capellão Centro de Arte Urbana Orientador Otávio Leonídio | 2010-1

Foi idealizado um museu em forma de praça, constantemente aberto a receber intervenções, de forma que os próprios artistas se responsabilizassem por gerir esse espaço, assim como acontece nas ruas da cidade. Além disso, a praça criaria um acesso ao Metrô, meio de transporte historicamente ligado ao grafite e constante suporte para o mesmo.

Implantação

O terreno escolhido foi uma quadra no bairro de Botafogo, entre as ruas Voluntários da Pátria e São Clemente, na altura da Rua Nelson Mandela. Esse terreno vinha sendo usado como canteiro de obras da empresa responsável pelas obras do Metrô desde 1981. A densidade urbana do bairro também foi determinante na escolha do terreno, já que uma praça serviria também como um respirador. Botafogo é um bairro repleto de grafites, o que demonstra sua vocação natural para receber tal proposta.

Corte A

Corte B

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Felipe Portella Correia da Silva Escola de Artes Cênicas Orientador Rodrigo Cury | 2010-1

Implantação

Trata-se do projeto de uma faculdade de teatro localizada na Rua Abreu Filho, no Horto, no bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, em um terreno de 2800m2. Além do curso de graduação, estão previstos cursos livres, nos moldes de outras escolas de teatro cariocas, como a CAL e o Tablado. O edifício prevê salas de aula para um total de 380 alunos, um teatro de 400m2 e uma lanchonete. Além disso, estão previstos espaços para espetáculos ao ar livre, em conexão direta com a rua, aproximando a população e os atores em formação.

Corte A

Planta Baixa Térreo

Planta Baixa 1° Pavimento

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Heitor Ornellas

Torre Comercial Orientador Celso Rayol | 2010-2 Este trabalho tem como principal objetivo criar um novo marco na Cidade do Rio de Janeiro, assim como contribuir para a revitalização da Zona Portuária, um local repleto de infraestrutura, vias arteriais, farto transporte e próximo ao centro financeiro da cidade. A construção de uma Torre Corporativa onde hoje está instalada a Rodoviária Novo Rio. Assim é como pretendo “chamar atenção” para esta área da cidade, esquecida por muitos anos. Com 200 metros de altura, 46 pavimentos, a ideia é trazer vida à área. Destes, a maior parte serão destinados ao uso corporativo; os restantes serão voltados à cidade, como restaurante, lojas e mirante.

Implantação

Dutos para troca de ar Fachada externa (pele de vidro) sem função estrutural Vidros de alta performance a fim de minimizar gastos com iluminação e ar-condicionado Fachada interna (parede de vidro) com função estrutural Piso elevado para a passagem de cabos, calhas e equipamentos

Planta Nível Auditório

Planta Nível Escritórios

1. Sala 2. Circulação horizontal 3. Núcleo circulação vertical 4. Banheiro 5. Cozinha 6. Auditório

O Núcleo: este elemento é semelhante à coluna vertebral, sendo formado por um enorme tubo de concreto com diâmetro interno de 14,6 metros que, além de propiciar a sustentação da torre, abriga os elevadores e escadas.

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Duto para insuflamento de ar refrigerado


Ines Saraiva Nessimian Centro de Artesanato e Cultura Orientadora Mariana Vieira | 2010-2

Planta 3º Pavimento

Planta 2º Pavimento

1. Acesso 2. Pátio/Convívio 3. Monta carga 4. Recepção 5. Secretaria 6. Loja/Exposição 7. Foyer 8. Café/cantina 9. Mini Auditório 10. Circulação 11. Atelier

O projeto propõe a criação de um polo de produção artesanal ,visando atender aos interesses da população nas áreas social, cultural e artística. A ideia é apropriar-se de uma edificação existente na esquina da rua D. Mariana com a São Clemente, no Bairro de Botafogo, e de um terreno vizinho quase totalmente desocupado e ali fazer um centro de oficinas de capacitação profissional, transformando um sobrado típico do bairro em um espaço cultural e de ensino técnico contemporâneo. A apropriação se dará mantendo as fachadas originais e construindo um novo elemento arquitetônico como anexo. O interior do edifício existente será modificado de acordo com as necessidades dos espaços atribuídos. Para isso, o projeto pretende dar a casa uma nova cara, mantendo alguns traços do seu passado. A revitalização de uma edificação com valor histórico arquitetônico cultural estará associada aos usos artísticos, educacionais e culturais, integrando, desta forma, o público, a comunidade local e o artista. O projeto propõe, ainda, incentivar o surgimento de novos artesãos e profissionais capacitados. Partindo desse princípio, a ideia é abrir o espaço voltado para a rua de forma que as pessoas sintam-se convidadas a entrar no Espaço de Artesanato e Cultura.

Planta baixa térreo 12. Administração Geral 13. Copa 14. Departamento Materiais Didáticos 15. Núcleos Pedagógicos 16. Direção Geral 17. Sala de Reunião 18. Sala de Exposição e Multiuso 19. Passarela 20. Convívio/Multiuso 21. Cobertura em Laje Impermeabilizada

Fachada Frontal

Corte Longitudinal

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Isabella Maria F. Besouchet Spa Urbano Orientador Hermano Freitas | 2010-2

Espaço destinado à preservação da saúde e bem estar localizado na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro. Um Spa Urbano que se entende pela combinação de tratamentos e exercícios benéficos ao corpo, de forma completa, baseados no uso da água. A água é um dos principais elementos da natureza humana e da própria Terra, sendo reconhecida como um dos quatro elementos primordiais (água, terra, fogo e ar) desde os tempos da civilização grega. Recurso natural de valor inestimável, ela é essencial para a vida no planeta e para nossa existência: no nosso corpo, é o principal constituinte, representando entre 70% e 75%.

Implantação: Atividade Superfície do terreno - 700m²; Afastamento - 3m; Gabarito máximo - 12 / 25m Tx. Ocupação- 70%; IAA - 3,5; Natureza legal - privado

A configuração e o funcionamento do SPA se basearão, em parte, no antigo esquema Romano (vestiário – aquecimento – banhos tépidos e quentes – massagens e esfoliações – banho frio – relaxamento), traduzindo-os em elementos programáticos e atualizando-os aos costumes e técnicas atuais.

Corte AA

Planta baixa térreo

Planta baixa 1º pavimento

Trabalhos de Conclusão de Curso

Corte BB

Planta baixa subsolo

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1. Recepção 2. Área de espera 3. Bar de águas 4. Café 5. Pátio das flores 6. W.C. 7. Depósito 8. Lixo 9. Salas administração 10. Área funcionários 11. W.C. Funcionários 12. Avaliação médica 13. Percurso pedras quentes 14. Percurso kneipp 15. Repouso 16. Piscina 17. Hidroginástica 18. W.C. 19. Vestiário 20. Área de espera 21. Repouso

22. Banho quente 42ºC 23. Banho gelado 10ºC 24. Banho tépido 35ºC 25. Banho aromático 26. Ducha escocesa 27. Sauna seca 28. Sauna a vapor 29. Escalda pés 30. Salas de tratamentos 31. Banho turco / fango 32. Sala de preparação fango 33. W.C. / Vestiários 34. W.C. 35. Apoio 36. W.C. Apoio 37. Sala de comando 38. Painéis elétricos / controle 39. Bombas / cisterna


Joana Vieira de Castro Braga Habitação para Estudantes Orientador Marcelo Bezerra | 2010-2

Localização

Vista fachada

Vista interna, área uso comum

Primeiro pavimento

2º Pavimento

Apartamento modelo 1

Apartamento modelo 2

O terreno encontra-se na Rua Marquês de São Vicente, número 104, localizado na Gávea, antigo bairro industrial, Zona Sul do Rio de Janeiro. A proposta é fornecer moradias de baixo custo e boa qualidade que possam ser acessíveis para estudantes. A intenção deste projeto é pensar um espaço em que o universitário possa viver e também ter ferramentas que o ajudem em seu desenvolvimento acadêmico. O partido projetual começa com a criação de uma relação de continuidade entre a cidade e a mata presente nos fundos do terreno. Como se as raízes das árvores fossem contínuas ao longo do terreno, reforçando a integração construção-natureza. O limite entre público e privado, em se tratando de estudantes jovens, muitas vezes se confunde. Neste projeto, a ideia é criar espaços claramente específicos para cada atividade. Por se tratar de um terreno comprido, com a frente para a Rua Marquês de São Vicente e os fundos para a mata, a proposta é implantar os espaços públicos na frente; ao longo do terreno, espaços públicos e privados; e, nos fundos, uma área mais privada. Outro ponto importante no projeto é a relação com o entorno. A implantação foi pensada de modo que a edificação aproveitasse ao máximo a ventilação e a iluminação naturais, mas sem interferir na privacidade dos moradores.

Vista fachada

Corte Longitudinal

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Karla Fernandes

Habitação Multifamiliar Orientador Marcelo Bezerra | 2010-1 Diante de uma diversidade de usuários e nas maneiras de habitar, o projeto propõe uma estrutura aberta que se organiza a partir de uma unidade modular base de 6,00 x 7,20m. Para atender a toda essa diversidade, articula-se a essa moradia a possibilidade de expansão a partir de adições, adaptações ou até mesmo divisões da mesma. Com isso, tem-se como resultado um edifício com inúmeras possibilidades de organização de sua forma, que se estrutura em perfis metálicos com laje em stell deck e fechamentos como dry-wall e placas de tipo cimentícia.

Localização

Comércio Conjugado Sala 1 Quarto Sala 2 Quartos

Pavimento térreo

Unidade base

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Maria Clara E. da Costa Santos Escola de Dança Orientadores João Calafate e Vera Hazan | 2010-2

A ideia é um projeto que estabeleça uma relação com a dança, uma arquitetura onde o corpo se relacione com o espaço e que lide com a questão da gravidade, vencendo grandes vãos como os saltos das danças. O objetivo é a criação de um local com movimento e ritmo onde os freqüentadores possam ter liberdade para ocupar os espaços sem uso determinado ampliando a possibilidade de invenção de novos espaços. Assim, o corpo passa a ter uma importância crucial para a edificação, sendo o agente articulador do espaço, alterando-o na medida em que se agita. O terreno escolhido é composto por um conjunto de armazéns e sobrados conectados. Essa característica bastante inusitada fez com que se optasse pela revitalização da construção existente, mesmo sem haver nenhuma lei de tombamento ou preservação arquitetônica para a edificação.

Implantação

Corte D

Planta 1º Pavimento

Planta 2º Pavimento

Fachada

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Mariana Magalhães Costa Edifício de Uso Misto Orientador Manuel Fiaschi | 2010-2

A reafirmação da abertura da quadra foi avaliada como a solução mais eficaz, pois além de preservar seus pontos fortes, promove uma maior integração entre os espaços da cidade e o seu interior. O rompimento com o contexto, não significa uma negação do mesmo. Pelo contrário, é a partir de suas particularidades que são traçadas as principais diretrizes projetuais. O desenvolvimento de uma metodologia de intervenção e o estabelecimento de parâmetros geradores da forma permitiram fugir de uma arbitrariedade no processo projetual, gerando uma morfologia fundamentada além de espaços imprevistos, sempre ligados ao urbano.

Implantação: há um grande vazio na esquina da quadra. A praça interna desfruta, consequentemente, de uma ampla visão sobre o aterro do Flamengo, uma continuidade visual com a Avenida Marechal Câmara e uma boa ventilação. Pode-se dizer, portanto, que este vazio não planejado agrega uma série de qualidades inesperadas à praça. Sendo assim, questiona-se qual postura adotar ao intervir em um local para que o mesmo não perca as suas principais virtudes.

O percorrer do entorno revelou os principais pontos de vista para o terreno, o seu ritmo e a influência da velocidade do veículo.

Os edifícios foram girados de modo a se conformar ao ângulo que aproveitasse a melhor visão sobre o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar.

Considerando o alinhamento, o gabarito e a profundidade padrão das edificações da quadra, calculou-se a área total a ser atingida no projeto.

O cone do aeroporto: as dimensões das construções ao redor e os seus alinhamentos serviram de referência para a concepção dos blocos.

A base do bloco comercial e a praça elevada tiveram as suas formas recortadas de acordo com a posição das árvores existentes.

O bloco do hotel foi deliberadamente descolado do prédio adjacente para não obstruir o vento do SO.

Ambos os blocos detêm suas principais aberturas voltadas para o Sul/Sudoeste, recebendo menos luz direta ao longo do dia.

A praça existente estende-se sobre a cobertura do centro de convenções, transformando-a em um grande espaço livre público.

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Paula Landeira Laveglia

Clinica de Reabilitação para Dependentes Químicos Orientador Hermano Freitas | 2010-1 Acreditando que a arquitetura e o contexto podem ajudar na recuperação, a ideia central é criar um ambiente aprazível, numa clínica bem estruturada que ofereça todos os subsídios necessários para tratar o dependente, com acomodações agradáveis, num terreno paradisíaco. Os espaços serão criados para auxiliar no tratamento, derrubando o conceito de hospital e recriando uma concepção de habitação e desenvolvimento físico, mental e espiritual. O terreno escolhido localiza-se na Gávea, bairro famoso pela variedade de espaços culturais, de lazer, educação e comércios. Possui grandes dimensões e potencial paisagístico, proporcionando uma sensação agradável e acolhedora, além de não afastar o paciente da movimentação citadina.

Planta Geral 1. Clínicas 2. Habitações 3. Esportes 4. Serviços

Corte Longitudinal

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Rebeca Kaizer

Complexo de Dança Orientador Gabriel Duarte | 2010-2 O ponto central deste projeto encontra-se principalmente na articulação da dupla circulação vertical que, em momentos específicos, aproxima e distancia o público dos bailarinos, evidenciando a relação do espectador de balé que, apesar da proximidade com o palco, tem na figura da bailarina um ser inalcançável. Além disso, sua longitudinalidade faz um contraponto com a massa edificada externa à intervenção. Essas duas características juntas configuram outro aspecto trazido deste universo: o movimento.

Planta Térreo

A distribuição das atividades nas instalações da escola é fisicamente segregada, já que existem percursos para o espectador e para o bailarino. Já visualmente, elas se entrelaçam, apresentando um caráter bem mais fluido. No que diz respeito à relação entre a preexistência e à intervenção contemporânea, pode-se dizer que é bem demarcada e de fácil identificação. De forma um pouco inversa e talvez provocativa, a esquina do edifício é construída nos moldes do contexto, exceto pelo fato de ela ser visualmente permeável pela fachada de vidro. Dessa maneira, o pedestre pode experimentar a sensação do interior antes mesmo de adentrar o edifício. Planta Nível 6

Planta Nível 7

Fachada Rua Visconde de Maranguape

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Rodrigo Líbano Soares

A MSU é urbana. Pulverizada pelo tecido urbano da cidade procura adensar sem destruir.

Convive com os edifícios altos...

... porque eles estão. Nos edifícios moram muitas pessoas e essas pessoas habitam a rua.

Micro Simbiose Urbana Orientador Diego Portas | 2010-1

A Micro Simbiose Urbana (MSU) é uma intervenção pontual, uma forma sutil de adensamento que visa a não demolição das edificações existentes e que procura manter uma relação do habitar privado com o habitar público da rua, que preserve e estimule a escala do pedestre, buscando uma apropriação ativa da rua. É uma expansão aderida à laje de uma edificação existente – é o agente regenerativo deste receptor degradado. A tradição do ‘puxadinho’ carioca a inspira. Ao aderir-se a uma laje, em alternativa ao solo vazio, a MSU escolhe evitar a expansão territorial e regenera o receptor degradado, tomando para si as infraestruturas existentes: “Infras Técnicas” (água, esgoto, ruas etc.); “Infras Ambientais” (massa verde etc.); “Infras Sociais” (estrutura social do bairro etc.).

MSU é pequena na sua essência e modesta na sua intervenção. Apresenta-se como opção ao mercado imobiliário, aceitando sua realidade sem confrontá-lo.

A MSU proporciona um novo tipo de relação entre vizinhos; o anfitrião, com sua hospitalidade, acolhe um agregado e compartilha com ele um espaço de trocas.

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Mariana de Carvalho Antunes

Parque Cultural Urbano Fábrica São Pedro de Alcântara, Petrópolis - RJ, Orientador Ernani Freire | 2010-2 Projeto Indicado ao Concurso Opera Prima A intenção é a criação de um espaço rico e divergente em relação ao edifício existente, ou seja, uma relação de contraste entre invólucro e conteúdo. Pode-se observar este tipo de relação, por exemplo, no bloco dos cinemas em que um novo elemento é implantado dentro do antigo. Já a atratividade pensada durante todo o processo de conceituação do projeto deverá ocorrer a partir de uma maior aproximação do pedestre com a fábrica. Isso se dá, dentre outros gestos, a partir da criação de uma área de transição entre a rua e o complexo, tanto transversalmente quanto longitudinalmente – uma praça de acesso implantada em um deck sobre o rio –, que funciona também como um grand foyer, e uma extensão do eixo de permanência, que é quebrado ao fim da Avenida do Imperador.

Corte 1

Tendo tudo isto em vista, mais do que fornecer uma nova função para o edifício, a intenção deste projeto é recuperar a vitalidade de uma área de grande importância e de grande potencial urbano.

Corte 2

Interação t Comensalismo t

Conexão Contraste

t t

Vitalidade Atratividade

1. Cinema 2. Praça 3. Biblioteca 4. Bar 5. Exposição

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Corte 3

Corte 4


Corte 5 - Longitudinal

Fachada Principal

Planta Baixa Nível 3º Pavimento

Planta Baixa Nível 2º Pavimento

Planta Baixa Nível Térreo + 3.90

Planta Baixa Nível Térreo + 0.00

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A proposta de projeto busca apoiar-se em investigações acerca da concepção, produção e espaço da arquitetura no âmbito habitacional, de modo a promover uma reflexão sobre a relação entre arquitetura, espaço doméstico contemporâneo e cidade.

Planta Baixa

2. Distribuição escadas - unidades

3. Áreas molhadas 4. 1 mod. banh. localização estratégica + 1 mod. coz. p/ unidade

1. escada convencional 2. uso dos pav. tipo patamares; pav. intermediários (fim do pav. tipo)

3. Áreas molhadas localização estratégica

4. laje: espaço comum + área de serviço coletiva

7. duplex (1 pav.) + simples

8. duplex (2 pav.) + simples

Planta Baixa

Pretende-se redefinir o espaço habitado a partir de sua multifuncionalidade, promovendo a coabitação entre usos, em combinação eficaz. Esta iniciativa traria à discussão não só um maior compromisso social, mas também o diálogo entre o individual e o coletivo a partir da expansão das atividades econômicas, fomentando sustentação própria e eficiência no funcionamento do sistema.

1. Volume central Circulação vertical

Seção

Habitação e Sistema na Cidade do Rio de Janeiro Orientador Marcos Favero | 2010-1 Menção Honrosa no Concurso Opera Prima

Perspectiva

Paula Figueiredo Daemon

Transformações nos modos de vida que caracterizam a contemporaneidade

5. 1/2 módulo banh. + 1/2 módulo coz.

Articulação: unidade x cidade A condição de moradia subjuga-se à condição urbana: a habitação deve estar integrada às redes de oportunidades da cidade

Planta Baixa nível Térreo opção 1

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Perspectiva

Seção

Surgimento de grupos e perfis familiares

6. unidades mínimas


Comércio 1

Comércio 2

Moradia _nível + 1.40m

Moradia _nível + 0.00m

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Renata Porto Motta

Habitar a Zona Portuária: Uma Proposta de Revitalização para o Bairro da Saúde Orientadora Leila Beatriz Silveira | 2010-2 O trabalho tem como foco o estudo de uma estratégia de ocupação de dois vazios urbanos próximos, situados na Zona Portuária, através de intervenções urbanas que buscam potencializar a vocação local de área residencial, comercial, boêmia e turística. O projeto consiste em dois edifícios de uso misto com unidades residenciais voltadas para a classe média baixa e unidades comerciais no térreo. A implantação foi pensada de modo a ocupar o mínimo possível de área no térreo para que se abrigue ali uma praça pública desenhada para receber intenso fluxo de pedestres e livre para atividades efêmeras. O conceito de paisagem está ligado, nesse projeto, ao objetivo de se pensar esses novos espaços como objetos urbanos capazes de reestruturar toda uma região.

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Sofia P. dos Santos T. Pereira Residência Estudantil Orientadora Vera Hazan | 2010-2

A proposta de uma habitação temporária destinada a estudantes universitários surgiu a partir de uma pesquisa, que constatou a carência deste tipo de equipamento no Rio de Janeiro, principalmente para os estudantes vindos da periferia ou de outras cidades. O projeto tem como finalidade oferecer um espaço de apoio às universidades, com espaços destinados à moradia, ao estudo e ao lazer. A escolha de um terreno na Lapa, próximo à Praça Tiradentes, vem reforçar o objetivo de criar um espaço de trocas culturais e de vivências, e promover o intercâmbio entre estudantes de várias origens e cursos. Além disto, a área, de fácil acesso e universo cultural diversificado, contribui para a formatação de um programa que permita uma maior interação dos estudantes com a própria cidade, principalmente em seu embasamento, caráter público ou semipúblico.

Implantação

Individual

Duplo

Acessível

Casal

Módulos Banheiro Coletivo

Cozinha

1º Pavimento

Cobertura

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Renata Silva de Lemos

Revitalização Hotel Nacional Orientadora Cláudia Miranda | 2010-1 Prêmio Oscar Niemeyer - CREA RJ

1. Spa 2. Piscina Coberta 3. Área esportiva Planta Baixa Terraço

Implantação

No Rio de Janeiro, o paradoxo entre o novo, em crescente ebulição, e o velho, em constante depreciação, torna-se cada vez mais presente. São Conrado funciona como uma pequena amostra da cidade e suas dicotomias: rico e pobre, mar e montanha, mansões e favelas.

1. Administração 2. Centro de Convenções 3. Lazer Planta Baixa 3º Pavimento

1. Portaria Social 2. Recepção 3. Restaurante Hotel 4. Comércio 5. Centro de Convenções

O projeto tem por objetivo desenvolver um bem à cidade. Assinado por Oscar Niemeyer, com jardins de Burle Marx e com obras de arte de Caribé e Ceschiatti, o Hotel Nacional é mais do que um edifício abandonado, é uma construção de grande porte, como poucas da cidade, com capacidade de agrupar diversas possibilidades. Trata-se de um ícone da paisagem e um exemplo da arquitetura moderna. Mais do que devolver vida a um imóvel abandonado, a proposta de revitalização do Hotel Nacional pretende promover uma integração maior entre os espaços segregados, refletindo todas as mudanças que ocorreram a sua volta. Espera-se fazer uma gradação entre os espaços públicos e privados do edifício, criando uma interação entre esse contexto tão peculiar e os novos usos propostos para o edifício. A praia é, sem dúvida, o espaço mais público e democrático do bairro e seu uso constante acabou por criar um eixo, passando pela Avenida Aquarela do Brasil, onde o fluxo pedonal é intenso. Pretende-se usufruir deste contato do pedestre para atrair usos que enriqueçam a vida do bairro.

Planta Baixa 2º Pavimento

Comércio Hotel Residencial Academia Centro de Convenções

Corte Longitudinal

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Plantas Pavimento Residencial


Acesso Ă galeria

Quarto hotel

Plantas Pavimento Hotel

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Tatiana Abaurre Alencar Viva Cidade Nova: Uma Costura de Relações Urbanas Orientadores Gabriel Duarte e Pierre Martin | 2010-1

1º Pav.

2º Pav.

3º Pav.

9º Pav. Religioso

4º Pav. Educacional

5º Pav. 6º Pav. 10º Pav. Resid. subnormal Adm. Pública

Cultural

Saúde

Resid. normal

7º Pav.

8º Pav.

Comércio & Serviços

Implantação

Corte/Fachada

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Tatiana de Paula Rodrigues Intervenção em fábrica na Mangueira: Uma Incubadora Social Orientador Otávio Leonídio | 2010-1

O programa central consiste numa incubadora de empresas. Porém, outros usos foram acrescentados com o objetivo de reforçar o caráter social do projeto, fazendo com que a edificação também seja um espaço público. Deste modo, são definidos dois acessos principais: um público e outro mais privado.

Circulação vertical, estrutura, chaminé e tesouras em madeira: elementos originais do edifício sendo reaproveitados no projeto.

Área a ser ocupada pela incubadora (espaços de trabalho + áreas de suporte)

Espaços públicos no restante do edifício (teatro, biblioteca, lanchonete) definindo dois acessos principais, um público (escadaria de pedestres) e um mais privado (Visconde de Niterói)

Praça Central que conecta a incubadora aos espaços públicos

Vazios estratégicos que conectam verticalmente os três pavimentos do suporte que, por sua vez, se conecta horizontalmente aos módulos de espaços de trabalho

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Thiago Jaconianni C. Ribeiro Oceanário na Rocha Orientadora Cláudia Miranda Projeto Indicado ao Concurso Opera Prima

A locação do oceanário dentro do Morro do Leme revela seus objetivos para com a cidade do Rio de Janeiro, por meio da ligação entre os elementos que constituem a poética carioca, e através da vivência individual. Somado a isso, o desejo de contar uma história que, para ser compreendida, precisa ser vivenciada – escondida que está sob camadas de rocha sob nossos pés, que quando escavadas revelam histórias ali sedimentadas, histórias que buscam ser contadas.

“Cada estrato, seja rocha, xisto, areia ou terra, contém informações sobre sua origem e seu processo de formação. Contém vestígios de culturas há muito desaparecidas, fenômenos naturais e histórias pessoais que se encontram adormecidos esperando serem revelados. Escavar significa revelar parcialmente o passado, cavar o tempo. A relação entre material e espaço é interdependente, o processo de criação, duplo: o que é removido de um é adicionado ao outro, ocorre a transposição do negativo e do positivo. A escavação transforma o sólido em vazio e substitui a escuridão pela luz.” Julia Schulz Domburg

Dessa maneira, o oceanário proposto apresenta uma relação muito particular com o seu entorno, uma arquitetura que praticamente só é vista do seu interior. Quase como um prêmio aos que ousam desbravar e adentrar o âmago da rocha, a história é revelada e sempre permeada por sensações que são fundamentais para essa compreensão.

Localização

Aquário Ecossistemas

Hall principal

Corte bb

Corte cc

Corte aa

Trabalhos de Conclusão de Curso

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Vidro duplo 20mm com vedação hermética

Hall principal

Duto ar-condicionado

Instalações

Iluminação indireta fluorescente no painel Painel informativo em aço com pintura eletrostática branca Piso Cimentado

Corte Detalhe 1. Acesso 2. Foyer 3. Gift shop / Livraria 4. Midiateca 5. Restaurante 6. Banheiros 7. Corredor do passado 8. Corredor do futuro 9. Hall principal 10. Aquário infantil 11. Aquário “ecossistemas” 12. Aquário “variedades” 13. Aquário “peixes abissais” 14. Aquário “grandes espécies” 15. Mirante 16. Exposição amazônica 17. Aquário “corais” 18. Aquário natural 19. Serviços técnicos e de apoio 20. Banheiros e cafeteria

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Trabalhos de Conclus達o de Curso

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Arquitetura e Urbanismo | Puc-Rio




“Antes de mais nada quero dizer-lhes que a arquitetura não existe. Existe uma obra de Arquitetura” Louis Kahn, 1967 O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da PUC Rio teve suas bases conceituais definidas em princípios de 2006, com sua organização e desenvolvimento moldados por duas disciplinas: Proposta de Projeto Final e Projeto Final de Graduação, a partir de então conduzidas pela supervisão do prof. Andrés Passaro, substituído posteriormente pela profª. Cláudia Miranda e, mais recentemente, pelo professor Alder Catunda Timbó. A proposta de Projeto Final sempre contou com o apoio direto das Áreas de Urbanismo e Teoria e História, esta última especialmente focada no desenvolvimento das propostas conceituais, fundamentais para amparar os projetos finais. A partir de 2011, o Projeto Final de Graduação passou a contar, também, com o seminário de projeto final, supervisionado pelo professor Alder Catunda Timbó, e coordenado pela professora Vera Hazan, onde todos os alunos devem apresentar seus projetos no estado da arte para professores convidados, de forma a promover um intercâmbio entre as propostas apresentadas e um debate sobre as potencialidades e dificuldades do trabalho naquele momento. As disciplinas de proposta e projeto final de graduação têm como principais objetivos fornecer subsídios para que o aluno aprenda uma metodologia de pesquisa e desenvolvimento de projetos práticos ou teóricos, e ampliar a capacidade de conceituação do tema e objeto da Proposta, sua justificativa e relevância, embasamento teórico e resultante projetual, de forma a possibilitar a identificação clara de um Partido adotado, e Estudos Preliminares que possam ser desenvolvidos no Projeto Final. A proposta de projeto final é marcada pela entrega e defesa dos trabalhos perante bancas de professores convidados internos, onde o aluno procura se qualificar e levar adiante sua proposta. No período seguinte, o aluno deve defender seu projeto, em dois momentos, perante uma banca composta por membros internos e externos ao curso, para assim obter o grau de arquiteto urbanista. O trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio tem como meta levar o aluno a uma correta definição do tema a ser desenvolvido no Projeto Final, com a efetiva opção entre as áreas abarcadas pela Arquitetura e o Urbanismo. Trata-se de desenvolver a capacidade do aluno de processar informações e situações relevantes, materializando-as num produto que deve refletir o grau de conhecimento do formando em todos os aspectos que envolvem a arquitetura e o urbanismo, embasado numa revisão crítica dos conteúdos recebidos e das atividades desenvolvidas ao longo do curso.

Alder Catunda Timbó, supervisor de Trabalho de Conclusão de Curso Vera Hazan, professora de Projeto Final


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