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Capítulo 24 - Saúde Sob a forma de Secretaria, a Saúde em Presidente Epitácio possuía em 2000 uma estrutura organizacional que compreendia coordenadorias e setores, totalizando 200 funcionários. É de competência da Secretaria planejar, coordenar e executar todas as ações de Saúde no Município, apreciadas e aprovadas pelo Conselho Municipal de Saúde. O modelo vigente na época era o de Gestão Plena da Atenção Básica, que se ocupava da assistência primária através de suas Unidades (01 PAS, 05 PSFs, 01 PACS, 01 CS/Referencia), e os serviços não realizados pelas Unidades Básicas do Município, eram comprados de outros prestadores SUS (Santa Casa). Quanto aos serviços da Atenção Básica (Especialidades, SADT, Urgência/Emergência e Internações) havia falta de solução, havendo demanda reprimida em todas as especialidades. 24.1 Serviços de Saúde existente no Município Presidente Epitácio contava no ano de 2000 com os seguintes serviços de saúde da rede municipal: Centro de Saúde – 1 Posto de Atendimento de Saúde - PAS Vila Bordon - 1 Laboratório de Analises Clinicas - 1 Dispensário de Medicamentos – 2 Já quanto rede particular a disponibilidade de serviços de saúde compunhase de: Santa Casa de Misericórdia – 1 Hospital São Lucas – 1 Instituto de Radiologia – 1 Laboratórios de Análeses Clínicas – 3 Clínicas de Fisioterapias – 4 Clinicas Odontológica - 2 Clinica Modular Odontológicas - 2 Clinica Médica – 1 Laboratórios Prótese Dentária – 4 Cirurgiões Dentistas - 24 Consultórios Médicos – 15 Óticas – 5 Farmácias - 16 Dispensário de Medicamentos - 1 313
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Consultórios Oftalmológicos – 2 Psicólogos – 3 Psicopedagogia – 1 Clínicas Veterinárias - 2 Numero de Unidades de Saúde por tipo de prestador em 2009 pela rede pública: Centro de Saúde - 1 Estratégia de Saúde Familiar - ESF - 8 Programa de Agentes Comunitários de Saúde - PACS - 1 Laboratório de Análise Clínica – 1 Dispensários de Medicamentos - 2 A rede particular, por sua vez, era composta em 2009 por: Santa Casa de Misericórdia - 1 Pronto Socorro – 1 Rede de Combate ao Câncer – 1 Institutos de Radiologia - 2 Laboratórios de Analises Clinicas - 5 Clinicas de Fisioterapias - 4 Clinicas Odontológica - 3 Clinica Modular Odontológica - 2 Clinica Médica - 8 Laboratório Prótese Dentaria - 3 Cirurgiões Dentistas - 23 Consultórios Médicos - 18 Consultórios Odontológicos - 18 Óticas - 4 Farmácias - 16 Consultórios Oftalmológicos - 2 Psicólogos - 8 Psicopedagogia - 2 Clinicas Veterinária - 4 O município dispunha no ano de 2000, para o transporte de paciente: Ambulâncias - 5 Ônibus ambulância - 1 Peruas Kombi – 4 Ônibus Unidade Móvel de Saúde - 1 314
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Em 2009 o município contava com: Ambulâncias – 10 Ônibus ambulância – 1 Peruas Kombi – 3 Ônibus Unidade Móvel de Saúde – 1 Micro-ônibus – 1 Carros – 5 Motos - 10 A despesa total em Saúde no Município foi , em 2000, de R$ 3.000.173,44, correspondendo por habitante a R$ 80,57. O financiamento das ações de Saúde em Presidente Epitácio era feito com recursos: Federal (SUS, PAB fixo, variáveis e PSFs), Estadual (PSF Qualis) e Municipal (Aplicação de recursos próprios). O percentual de Recursos Próprios aplicados em Saúde, no ano de 2000 foi de 15,88%, 2001 foi 17,17% e 2002, 18,31%. No exercício de 2008 foram alocados recursos orçamentários no valor total de R$ 8.104.603,01, sendo aplicado um percentual de 22,61 % dos Recursos Próprios do Município. O valor total do orçamento se deu da seguinte forma: receita própria R$ 8.104.603,01; Repasse SUS do Estado R$ 813.560,60 e União R$ 2.376.021.76. As Morbidades Hospitalares referentes a 2009, registradas no site ibge acessado em 23/10/2010, indicavam: Homens 93 óbitos Mulheres 47 óbitos Total 140 óbitos Óbitos - doenças- infecciosas e parasitárias - homens 3 óbitos Óbitos - doenças- infecciosas e parasitárias - mulheres 2 óbitos Óbitos - neoplasias - tumores - mulheres 1 óbito Óbitos - doenças - endócrinas, nutricionais e metabólicas - homens 12 óbitos Óbitos - doenças - endócrinas, nutricionais e metabólicas - mulheres 8 óbitos Óbitos - doenças - aparelho circulatório - homens 28 óbitos Óbitos - doenças - aparelho circulatório - mulheres 18 óbitos Óbitos - doenças - aparelho respiratório - homens 26 óbitos Óbitos - doenças - aparelho respiratório - mulheres 7 óbitos Óbitos - doenças - aparelho digestivo - homens 19 óbitos Óbitos - doenças - aparelho digestivo - mulheres 7 óbitos 315
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Óbitos - doenças - aparelho geniturinário - homens 3 óbitos Óbitos - doenças - aparelho geniturinário - mulheres 2 óbitos Óbitos - Lesões, envenenamentos e causas externas - homens 2 óbitos Óbitos - Lesões, envenenamentos e causas externas - mulheres 2 óbitos Fontes: Ministério da Saúde, Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS 2009
24.2 Rede de Combate ao Câncer Inicialmente fundada como Rede Feminina de Combate ao Câncer, entidade privada sem fins lucrativos, teve suas atividades oncológicas ampliadas para o atendimento masculino, passando a chamar-se Rede de Combate ao Câncer de Presidente Epitácio, funcionando à rua João Pessoa, 15-13. Trabalhando com voluntários, providencia exames preventivos e encaminhamento de casos a hospital oncológico de Jaú. Os serviços da Rede de Combate ao Câncer de Presidente Epitácio, dada a sua eficiência, são procurados inclusive por moradores de cidades dos estados do Mato Grosso do Sul e norte do Paraná, bem como cidades limítrofes de Presidente Epitácio. 24.3 Saneamento Básico 24.3.1 Abastecimento de Água Por volta de 1910 Porto Tibiriçá contava com poço semiartesiano para atender a seus moradores. Em 1954 a Cia. Mate Laranjeira instalou três poços semiartesianos: um na quadra cinco da rua Vitória, um na quadra dois da rua Manaus e um no alto da margem direita do córrego Caiuazinho, os três servindo apenas a seus funcionários e o terceiro suprindo, também, as instalações da empresa. Natálio Abib Salomão, em 1957, instala um poço semiartesiano à rua Maceió, quadra nove, para abastecer um posto na quadra quatro da avenida Presidente Vargas e algumas residências compreendidas nesse trecho. Somente a partir de 1959, com a criação do DAE - Departamento de Água e Esgoto do município, é que parte da cidade passa a dispor de água encanada. Em 12/6/1979 foi contratada a Sabesp para o fornecimento de água e coleta do esgoto de Epitácio. Quanto ao abastecimento de água em 2000 tinha-se: ABASTECIMENTO DE ÁGUA DOMICÍLIOS % Rede Pública 9.270 93 Poço ou Nascente 698 7 Fonte: Prefeitura
Já o abastecimento de Água em 2009 apontava: 316
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ABASTECIMENTO DE ÁGUA DOMICÍLIOS % Rede Pública 13.205 Poço ou Nascente – Distrito Campinal 1
100 Fonte: Sabesp/2009 FOTO 96
Relatório anual de qualidade da água fornecido pela Sabesp referente ao ano de 2009 mostrava que o abastecimento de água se apresentava dentro dos padrões em atendimento às normas do Ministério da Saúde quanto ao processo de tratamento para a sede do município (coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e fluoretação), bem como para o distrito do Campinal (desinfecção e fluoretação).
24.3.2 Rede de esgoto. Epitácio teve sua rede de esgoto inaugurada em 1976 entre as ruas Mato Grosso e São Paulo. Com a contratação da Sabesp, em 12/6/1979, começou a ampliação da rede de esgoto. Em 1987 somente 1.845 domicílios da sede do município contavam com rede de esgoto, o que representava 25% do total de domicílios do município. Os domicílios, quanto ao destino do esgoto no município em 2000, assim se distribuiam: FOTO 97
DESTINO DO ESGOTO Rede Pública Fossa
DOMICÍLIOS % 6.992 70,15 2.976 29,85 Fonte: Seade
Os domicílios, quanto ao destino do esgoto no Município em 2009, apresentavam os seguintes dados: DESTINO DO ESGOTO Rede Pública Fossa
DOMICÍLIOS % 11.955 90,53 1.250 9,47 Fonte: Sabesp/2009
Até 2010 não havia rede de esgoto no distrito do Campinal, no Village 317
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Lagoinha e no Portal do Lago. Os moradores desses locais contavam, apenas, com fossas. 24.3.3 Coleta de lixo A coleta de lixo de Epitácio, até 1998, era depositado em terreno que ficava próximo à margem esquerda da atual avenida Juliano Ferraz Lima, altura do km 2,6. Esse terreno, utilizado como “lixão”, tinha 48.400m² e foi doado à Prefeitura de Presidente Epitácio em 30/12/1974, conforme escritura registrada no 1º Tabelionato local sob o registro nº 2.994. No ano de 1998 o “lixão” foi desativado, passando a ser utilizado aterro sistema de valas construído no km cinco da rodovia vicinal Epitácio/Caiuá. Número e porcentagem de domicílios segundo destino do lixo domiciliar em 2000: DESTINO DO LIXO N.° DOMICILIOS % Coleta Pública 9.699 97,31 Sem coleta 269 2,69 Fonte: Seade
Número e porcentagem de domicílios segundo destino do lixo domiciliar em 2009: DESTINO DO LIXO N.° DOMICILIOS % Coleta Pública 13.205 100 OBS . O lixo era coletado diariamente no centro e três vezes por semana nos bairros, agrovilas, pousadas e Campinal. Fonte: Prefeitura O lixo contaminado proveniente de hospitais, clínicas médicas, clínicas odontológicas, centros de saúde, farmácias e outros, por sua vez, era recolhido pelo serviço público municipal em carro especial e depositado em valas especiais do aterro sanitário. Há em Epitácio a coleta de lixo reciclável, feita pela ARPE – Associação dos Recicladores de Presidente Epitácio, entidade fundada em 21/03/2003. BENEDITO DE GODOY MORONI
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Capítulo 25 - Agropecuária 25.1 Atividades O mapa da Secretaria de Economia e Planejamento do Governo descreve como municípios do Pontal do Paranapanema, os de Presidente Epitácio, Caiuá, Santo Anastácio, Piquerobi, Teodoro Sampaio, Marabá Paulista, Presidente Venceslau, Mirante do Paranapanema, Sandovalina, Euclides da Cunha Paulista e Rosana, os dois últimos, de criação recente. A região situa-se no extremo sudoeste paulista, com área de 8.936 quilômetros quadrados e seu relevo apresenta leves ondulações, inclinado em direção ao rio Paranapanema, onde se formam longas planícies, com pequena variação de altitude. Os grandes grupos de solo locais são o latossolo vermelho escuro em fase arenosa e solos padronizados de Lins e Marília, variedade de Lins. São normalmente tipos de solo facilmente passíveis de erosão. Em maior escala ocorre a erosão laminar devido aos danos causados à cobertura vegetal. Estudo do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR), sede de Presidente Prudente, mostra possibilidades sociotécnico de explorações econômicas da região informando que “ainda não há e não existirão, quaisquer culturas ou criações milagrosas que possam resolver os problemas que afligem os produtores rurais do Pontal do Paranapanema”. Esclarece que uma ou duas explorações em uma propriedade, não têm dado resultados satisfatórios ao longo do tempo. Há necessidade de pelo menos três culturas perenes, incluindo criação, somadas a mais duas culturas anuais, segundo Waldery Santos. E é através dele, ainda, que tomamos conhecimento da afirmação dos técnicos no sentido de que para que isto ocorra, é necessária a formação educacional de toda a família dos trabalhadores rurais envolvidos na exploração agropecuária, fazendo com que atentem para as condições e aptidões agrícolas do solo local, além de que, como em muitos casos, quem cuida da terra é arrendatário, sua preocupação com prática conservacionista praticamente inexiste. Isto leva à degradação acentuada dos solos. Outro fator que leva à erosão é a característica arenosa do solo, seu uso e manejo indevidos, relevo acidentado e estrutura fundiária. Os solos arenosos da região do Pontal do Paranapanema, conforme estudo do Governo do Estado de São Paulo, classificam-se em:
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1ABc -Terra Roxa Estruturada eutrófica com 2,45%, são terras com aptidão boa para lavouras com cultivos de baixa a média tecnologia e regular para altas tecnologias; 2a(bc) Latossolo Vermelho-Escuro álico com 34,82%, são terras com aptidão regular para lavouras com cultivos de baixa tecnologia e restrita para médias a altas tecnologias e inaptas para baixas tecnologias; 3(bc) Podzólico Vermelho-Escuro distrófico com 18,23%, são terras com aptidão restrita para lavouras com cultivos de médias e altas tecnologias e inaptas para baixas tecnologias;3(c) Glei Pouco Húmico eutrófico com 1,47% são terras com aptidão restrita para lavouras com cultivos de alta tecnologia e inaptas para baixas a médias tecnologias; P Podzólico Vermelho-Amarelo eutrófico com 42,83%, são terras com aptidão regular para pastagem plantada e inaptas para a lavoura e 6 - Areias Quartzosas álicas/ Litólico distrófico com 0,20%, que são terras sem aptidão para uso agrícola, com características adversas, indicadas apenas para abrigo de fauna e flora (1999 p. 87)
Álico significa solo bastante pobre com alta saturação de alumínio, distrófico trata-se de solo pouco fértil e eutrófico é solo fértil de textura arenosa. É de se atentar que o documento “Pontal do Paranapanema” do Governo do Estado de São Paulo ao analisar a aptidão agrícola das terras cultiváveis de Presidente Epitácio aponta que as mesmas se classificam, principalmente, na classe pedológica como “Latossolo Vermelho-Escuro e Podzólico VermelhoAmarelo” (1999 pp. 18, 87 e 88) O IBGE, em sua Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (1964), revela que “nas margens dos rios Paraná e Paranapanema aflora o arenito Caiuá” (p. 24) e complementa que são de coloração vermelha-claro ou rosada, de pouca profundidade e grãos grosseiros. Scorza em suas “Considerações sobre o arenito Caiuá” (apud IBGE) aponta que seu “grau de acidez é, geralmente, bastante elevado, variando o pH entre 4,3 a 5,4” (1964 p. 25). Especificamente, com respeito ao distrito do Campinal, estudos geológicos feitos pela CESP sob o título “Diagnóstico do Campinal” constataram que naquela região, por constituir-se de solo originário de arenito caiuá, bastante arenoso, pouco compacto e pobre de nutrientes, tem facilitadas a erosão e a lixiviação, que exigem, cada vez mais, aplicações de corretivos de solo em maior quantidade. Esses estudos mostram que não ocorrendo o manejo
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racional do solo, as chuvas arrastam os nutrientes e micro-organismos da camada superficial da terra, tornando-a improdutiva. Com a reforma agrária, a divisão fundiária das propriedades, inspirada geralmente em conceitos geométricos, muitas vezes gerou imóveis de feições aproximadamente retangulares, cujos lados de maior comprimento coincidem também com os maiores declives do terreno. Esses assentamentos normalmente não levaram em consideração fatores importantes como a variação do relevo, de modo que é comum o pequeno agricultor possuir uma gleba imprópria para a cultura anual. Este, muitas vezes se vale do cultivo tradicional de algodão, milho e feijão, sendo evidente que o desgaste do solo ocorrerá inexoravelmente. Os estudos ainda mostram que há incoerência em implantações de diversas culturas com relação à capacidade de uso dos solos. Determinados terrenos aptos apenas à atividade pecuária ou mesmo florestas estão sendo exaustivamente explorados com cultivos intensos de ciclo anual. Isto levando à degradação do solo. Outro fator importante a ser observado é a mudança microclimática originada pelo aumento do nível do lago da Usina Sérgio Motta, segundo parecer da Escola Superior de Agricultura Luís de Queiróz – ESALQ, não permite ou pode danificar as culturas em áreas, acentuando-se isto quanto mais próximo da área de lâmina d’água estiver a plantação. Segundo relatório preliminar do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de 2009 exibido no site desenvolvimento.sp.gov.br, em Presidente Epitácio, no distrito do Campinal há 28,3 milhões de toneladas de argila, parte da quarta maior reserva de argila do Brasil, calculada em torno de 135 milhões de toneladas recentemente descoberta e que é suficiente para abastecer indústrias cerâmicas do Oeste Paulista por 85 anos. Essa argila é indicada para fabricação de blocos, lajes e telhas. Ainda conforme mostra o relatório, a matéria-prima encontrada possui grande espessura da camada de minério e pequena espessura da camada de solo que cobre o minério, o que a torna muito atrativa para as minas produtoras de argila para a indústria cerâmica. Já estavam em andamento os primeiros passos para o licenciamento ambiental das áreas pela Secretaria do Meio Ambiente e a concessão dos direitos de extração pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). 25.1.1 Explorações agrícolas O café, introduzido já pelos pioneiros, conforme relata Pierre Monbeig 321
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(p. 187), sofreu a influência de diversos fatores, como os climáticos, pragas, doenças, etc. Pelos dados do IBGE publicados em 1957, na parte referente à agricultura anotou-se que era “pequena a produção agrícola, pois estando o município situado em zona pastoril, a maioria das fazendas dedica-se à criação e engorda do gado vacum. “(p. 367) Na década de 1970, surgiu a ferrugem do cafeeiro. Depois a geada intensa e o resultado foi a dizimação de grande parte da lavoura na região. O governo tentou a renovação e revigoramento dos cafezais, mas no começo da década de 1980, nova geada e mais prejuízos, depois, chegou o nematóide. Isto levou praticamente ao fim do plantio do café na região. O algodão, em Presidente Epitácio, nas décadas de 1970 e 1980 foi de importância para a cidade. O tamanho das roças de algodão, devido às dificuldades de ordem financeira e tecnológicas, foi sendo reduzido e hoje praticamente inexiste. O plantio de melão em Presidente Epitácio, na década de 1970, teve excelente repercussão e resultado, inclusive com o produto fazendo parte da pauta de exportação. Atualmente não é mais explorado com significância. O ginseng colhido nas ilhas de Epitácio foi também um dos produtos que teve sua comercialização realizada por bom tempo. Ocorre que esta atividade foi tratada apenas de forma extrativista, fato que fez com que o tempo de vida do ginseng, como atividade agrícola, tivesse fim. A batata-doce, por sua vez, é uma cultura que se adapta bem às condições de solos da região. Seu plantio pode se dar, praticamente, todos os meses. Por tratar-se de uma cultura relativamente fácil de conduzir e não exigindo altas tecnologias e investimentos, a batata-doce ajusta-se ao perfil da maioria dos produtores rurais da região, principalmente adaptando-se bem às condições do solo e do clima locais. A mandioca, embora ainda de maneira rudimentar na forma de subsistência, restringindo-se à suplementação da alimentação doméstica ou para consumo pelos animais, é fonte adicional de energia para os que trabalham em regime de esforço físico, como os roceiros. Destaca-se, mais, que o excedente da produção é comercializado “in-natura”, conferindo renda extra aos pequenos proprietários rurais. Por não exigir uma tecnologia altamente sofisticada, ela se adapta perfeitamente às condições de clima e solo de Presidente Epitácio. O guia de Presidente Epitácio apontava que em 1986 a área cultivada foi de 151.120,3 ha, isto em 689 propriedades rurais (p. 23) e a produção agrícola 322
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desse ano foi de: Algodão – 6.500 tonelada Soja – 4.830 toneladas Amendoim – 320 toneladas Milho – 2.160 toneladas Mamona – 1.320 toneladas Milho verde – 3.082 toneladas Cana – 16.710 toneladas Mandioca – 5.560 toneladas Trigo – 1.424 toneladas Feijão de inverno – 2.016 toneladas Feijão da seca – 90 toneladas Feijão das águas – 30 toneladas (p. 24). Até 2001 o tomate, por 20 anos, foi cultivado em Presidente Epitácio com qualidade e tecnologia de ponta. A propriedade produzia anualmente 900 toneladas, isto obtido em duas ou três safras de tomate por ano, com produção média de 120 a 150 toneladas por hectare, enquanto a média brasileira é de 65 toneladas por hectare. Com o enchimento da Usina Hidroelétrica Sérgio Motta e consequente alteração microclimática ocorrida pelo aumento do nível do lago, essa cultura, conforme afirmam agricultores, não pôde mais ser feita. FOTO 98
Plantação de tomate pela família Okada
A cana-de-açúcar é uma lavoura, que a cada ano, adquire valor social importante na região. O potencial de sua expansão é expressivo. O cultivo de seringueiras começou na região na década de 1950. Por tratar-se de uma cultura de retorno a longo prazo, ocorrendo a primeira sangria somente após sete anos e exigir altos investimentos no início, é pouco 323
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praticada na região e em Presidente Epitácio, existe apenas uma propriedade que se dedica a este tipo de cultura, em 2002, registrando a primeira sangria. É uma cultura que se adapta tanto às pequenas como às grandes propriedades, permitindo colheita durante 10 meses no ano, empregando no mínimo uma pessoa a cada cinco hectares. A fruticultura é opção agrícola para Presidente Epitácio. Isto requer que o produtor não fique preso apenas à produção rudimentar para o consumo familiar. A região se adapta inteiramente à fruticultura quanto ao solo, permitindo a produção de diversas espécies, seja de clima tropical ou temperado. Em 2006, com base no Censo Agropecuário desse anos, que serviu de fonte ao site ibge consultado em 21/10/2010, encontravam-se os seguintes dados: Produtos da lavoura permanente Banana - Número de estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 4 Unidades Banana - Quantidade produzida nos estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 19 Toneladas Banana - Valor da produção dos estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 24 Mil Reais Café arábica em grão (verde) - Número de estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 1 Unidades Café arábica em grão (verde) - Quantidade produzida nos estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 0 Toneladas Café arábica em grão (verde) - Valor da produção dos estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 2 Mil Reais Café canephora (robusta, conilon) em grão (verde) - Número de estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 Unidades Café canephora (robusta, conilon) em grão (verde) - Quantidade produzida nos estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 - Toneladas Café canephora (robusta, conilon) em grão (verde) - Valor da produção dos estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 - Mil Reais Laranja - Número de estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 - Unidades 324
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Laranja - Quantidade produzida nos estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 - Toneladas Laranja - Valor da produção dos estabelecimentos agropecuários com mais de 50 pés existentes em 31/12 - Mil Reais Produtos da lavoura temporária Cana-de-açúcar - Número de estabelecimentos agropecuários 77 Unidades Cana-de-açúcar - Quantidade produzida 2.803 Toneladas Cana-de-açúcar - Valor da produção 195 Mil Reais Feijão de cor em grão - Número de estabelecimentos agropecuários 4 Unidades Feijão de cor em grão - Quantidade produzida 4 Toneladas Feijão de cor em grão - Valor da produção 3 Mil Reais Feijão fradinho em grão - Número de estabelecimentos agropecuários 7 Unidades Feijão fradinho em grão - Quantidade produzida 7 Toneladas Feijão fradinho em grão - Valor da produção 7 Mil Reais Mandioca (aipim, macaxeira) - Número de estabelecimentos agropecuários 88 Unidades Mandioca (aipim, macaxeira) - Quantidade produzida 284 Toneladas Mandioca (aipim, macaxeira) - Valor da produção 145 Mil Reais Milho em grão - Número de estabelecimentos agropecuários 58 Unidades Milho em grão - Quantidade produzida 368 Toneladas Milho em grão - Valor da produção 479 Mil Reais Soja em grão - Número de estabelecimentos agropecuários 1 Unidades Em 2007 a produção agrícola de Cereais, Leguminosas e Oleaginosas de Presidente Epitácio, conforme apontado no site ibge acessado em 18/10/2010, foi de: Algodão herbáceo (em caroço) - Quantidade produzida 700 Tonelada Algodão herbáceo (em caroço) - Valor da produção 539 Mil Reais Algodão herbáceo (em caroço) - Área plantada 300 Hectare Algodão herbáceo (em caroço) - Área colhida 300 Hectare Algodão herbáceo (em caroço) - Rendimento médio da produção 2.333 Quilogramas por Hectare Feijão (em grão) - Quantidade produzida 173 Tonelada Feijão (em grão) - Valor da produção 201 Mil Reais 325
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Feijão (em grão) - Área plantada 240 Hectare Feijão (em grão) - Área colhida 240 Hectare Feijão (em grão) - Rendimento médio da produção 720 Quilogramas por Hectare Mamona (baga) - Quantidade produzida 32 Tonelada Mamona (baga) - Valor da produção 22 Mil Reais Mamona (baga) - Área plantada 20 Hectare Mamona (baga) - Área colhida 20 Hectare Mamona (baga) - Rendimento médio da produção 1.600 Quilogramas por Hectare Milho (em grão) - Quantidade produzida 4.802 Tonelada Milho (em grão) - Valor da produção 1.076 Mil Reais Milho (em grão) - Área plantada 1.457 Hectare Milho (em grão) - Área colhida 1.457 Hectare Milho (em grão) - Rendimento médio da produção 3.295 Quilogramas por Hectare Soja (em grão) - Quantidade produzida 470 Tonelada Soja (em grão) - Valor da produção 174 Mil Reais Soja (em grão) - Área plantada 240 Hectare Soja (em grão) - Área colhida 240 Hectare Soja (em grão) - Rendimento médio da produção 1.958 Quilogramas por Hectare A Lavoura Permanente em 2008, no mesmo site ibge acessado em 18/10/2010, era constituída por: Borracha (látex coagulado) - Quantidade produzida 346 Tonelada Borracha (látex coagulado) - Valor da produção 692 Mil Reais Borracha (látex coagulado) - Área plantada 282 Hectare Borracha (látex coagulado) - Área colhida 240 Hectare Borracha (látex coagulado) - Rendimento médio 1.441 Quilogramas por Hectare Coco-da-baía - Quantidade produzida 297 Mil frutos Coco-da-baía - Valor da produção 193 Mil Reais Coco-da-baía - Área plantada 43 Hectare Coco-da-baía - Área colhida 31 Hectare Coco-da-baía - Rendimento médio 9.580 Frutos por Hectare Urucum (semente) - Quantidade produzida 2 Tonelada Urucum (semente) - Valor da produção 8 Mil Reais 326
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Urucum (semente) - Área plantada 3 Hectare Urucum (semente) - Área colhida 3 Hectare Urucum (semente) - Rendimento médio 666 Quilogramas por Hectare Por sua vez, em 2008, a Lavoura Temporária de Epitácio era constituída por: Cana-de-açúcar - Quantidade produzida 129.500 Tonelada Cana-de-açúcar - Valor da produção 3.756 Mil Reais Cana-de-açúcar - Área plantada 1.850 Hectare Cana-de-açúcar - Área colhida 1.850 Hectare Cana-de-açúcar - Rendimento médio 70.000 Quilogramas por Hectare Feijão (em grão) - Quantidade produzida 360 Tonelada Feijão (em grão) - Valor da produção 900 Mil Reais Feijão (em grão) - Área plantada 400 Hectare Feijão (em grão) - Área colhida 400 Hectare Feijão (em grão) - Rendimento médio 900 Quilogramas por Hectare Mamona (baga) - Quantidade produzida 30 Tonelada Mamona (baga) - Valor da produção 18 Mil Reais Mamona (baga) - Área plantada 15 Hectare Mamona (baga) - Área colhida 15 Hectare Mamona (baga) - Rendimento médio 2.000 Quilogramas por Hectare Mandioca - Quantidade produzida 1.415 Tonelada Mandioca - Valor da produção 375 Mil Reais Mandioca - Área plantada 77 Hectare Mandioca - Área colhida 77 Hectare Mandioca - Rendimento médio 18.376 Quilogramas por Hectare Melancia - Quantidade produzida 120 Tonelada Melancia - Valor da produção 66 Mil Reais Melancia - Área plantada 3 Hectare Melancia -Área colhida 3 Hectare Melancia - Rendimento médio 40.000 Quilogramas por Hectare Milho (em grão) - Quantidade produzida 1.932 Tonelada Milho (em grão) - Valor da produção 696 Mil Reais Milho (em grão) - Área plantada 470 Hectare Milho (em grão) - Área colhida 470 Hectare Milho (em grão) - Rendimento médio 4.110 Quilogramas por Hectare Soja (em grão) - Quantidade produzida 432 Tonelada Soja (em grão) - Valor da produção 311 Mil Reais Soja (em grão) - Área plantada 180 Hectare 327
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Soja (em grão) - Área colhida 180 Hectare Soja (em grão) - Rendimento médio 2.400 Quilogramas por Hectare Em 2009 o site ibge, acessado em 21/10/2010, registrava a seguinte produção: Lavoura Permanente Borracha (látex coagulado) - Quantidade produzida 362 Tonelada Borracha (látex coagulado) - Valor da produção 652 Mil Reais Borracha (látex coagulado) - Área plantada 282 Hectare Borracha (látex coagulado) - Área colhida 240 Hectare Borracha (látex coagulado) - Rendimento médio 1.508 Quilogramas por Hectare Coco-da-baía - Quantidade produzida 295 Mil frutos Coco-da-baía - Valor da produção 186 Mil Reais Coco-da-baía - Área plantada 43 Hectare Coco-da-baía - Área colhida 31 Hectare Coco-da-baía - Rendimento médio 9.516 Frutos por Hectare Goiaba - Quantidade produzida 10 Tonelada Goiaba - Valor da produção 11 Mil Reais Goiaba - Área plantada 3 Hectare Goiaba - Área colhida 3 Hectare Goiaba - Rendimento médio 3.333 Quilogramas por Hectare Maracujá - Quantidade produzida 84 Tonelada Maracujá - Valor da produção 151 Mil Reais Maracujá - Área plantada 12 Hectare Maracujá - Área colhida 12 Hectare Maracujá - Rendimento médio 7.000 Quilogramas por Hectare Urucum (semente) - Quantidade produzida 2 Tonelada Urucum (semente) - Valor da produção 8 Mil Reais Urucum (semente) - Área plantada 3 Hectare Urucum (semente) - Área colhida 3 Hectare Urucum (semente) - Rendimento médio 666 Quilogramas por Hectare Lavoura Temporária Melancia - Quantidade produzida 760 Tonelada Melancia - Valor da produção 395 Mil Reais Melancia - Área plantada 20 Hectare Melancia -Área colhida 20 Hectare Melancia - Rendimento médio 38.000 Quilogramas por Hectare 328
HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
Milho (em grão) - Quantidade produzida 1.260 Tonelada Milho (em grão) - Valor da produção 529 Mil Reais Milho (em grão) - Área plantada 300 Hectare Milho (em grão) - Área colhida 300 Hectare Milho (em grão) - Rendimento médio 4.200 Quilogramas por Hectare 25.1.2 Pecuária A pecuária de corte é pioneira na Alta Sorocabana e Pontal do Paranapanema, conforme já apontara Pierre Monbeig (p. 307). No entanto ela mantém-se tradicional, ocupando a maioria das terras e dando forte impulso ao setor industrial e de manufaturados (frigoríficos, fábricas de produtos derivados do boi, curtumes, selarias, calçados e outros), e também o comércio (lojas de insumos e de produtos veterinários, sementes, suplementos minerais, máquinas agrícolas, madeiras, troncos, balanças, etc). Devido ao clima e o solo favorecerem bastante o desenvolvimento das forrageiras adaptadas à região, consegue-se produzir com alta rentabilidade e baixo custo. Contudo, os produtores que empregam as tecnologias modernas, se resumem a uma minoria. A “lotação” dos pastos é baixa, menos de 1,2 unidade animal por hectare. Alie-se a isto a falta de suplementação no período da estiagem. A inseminação artificial é conhecida, porém, pouco adotada. Ocorre o mesmo com relação ao uso de seleção direcionada e os cruzamentos racionais. FOTO 99
Boiada trazida por Zico Bueno, do Rio Paraguai, em 1939
A pecuária de leite também é tradicional. Ela teve início na região quando os produtores viram uma fonte que poderia complementar a perda de rendimentos que estavam tendo com a queda do café, algodão, etc. Na 329
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década de 1950 a produção já permitia a formação de uma cooperativa. Os pequenos produtores são predominantes, obtendo o máximo de 100 litros por dia. A maioria do gado é de azebuados, sem aptidão leiteira, uma vaca produzindo cerca de seis litros/dia, quando a produção para indispensável teria que ser acima de 10 litros/dia, havendo, entretanto, alguns criadores que já se preocupam em melhorar a linhagem de seu rebanho. A braquiária é a pastagem mais utilizada, prevalecendo a decumbens. O número de propriedades que adotam o sistema intensivo de pastagens (com rotação e adubação) ainda é pequeno, apesar de seu crescimento ultimamente. A silagem, milho, sorgo, cana e o capim-elefante (napier), são principais formas de suplementação na seca, mas desenvolvidas com baixa tecnologia. A ordenha, normalmente, é realizada manualmente, salvo exceções como a fazenda de Maurício Zanatta, que realiza a ordenha mecânica de seu plantel. Na década de 1950 Epitácio contou com a criação de búfalos, a qual foi feita na fazenda de Fausto Alves Barreira, no Campinal. Dados do IBGE publicados em 1957, na parte referente a pecuária anotouse que “ em 1954, os rebanhos existentes apresentavam 125.000 cabeças de gado bovino; a produção de leite foi de dois milhões de litros.”(p. 368) O rebano bovino em 1987, também segundo o guia de Presidente Epitácio de então, era de 83.459 cabeças. O abate naquele ano, foi de 4.105 cabeças e a produção leiteira de 60.000 litros (p. 23). O Censo Agropecuário 2006 que serviu de fonte para o site ibge acessado em 21/10/2010, assinalava: Bovinos - Número de estabelecimentos agropecuários 670 Unidades Bovinos - Número de cabeças 105.700 Cabeças Bubalinos - Número de estabelecimentos agropecuários 5 Unidades Bubalinos - Número de cabeças 83 Cabeças Equinos - Número de estabelecimentos agropecuários 462 Unidades Equinos - Número de cabeças 2.993 Cabeças Asininos - Número de estabelecimentos agropecuários 3 Unidades Asininos - Número de cabeças 5 Cabeças Muares - Número de estabelecimentos agropecuários 25 Unidades Muares - Número de cabeças 126 Cabeças Caprinos - Número de estabelecimentos agropecuários 16 Unidades Caprinos - Número de cabeças 206 Cabeças Ovinos - Número de estabelecimentos agropecuários 70 Unidades Ovinos - Número de cabeças 1.790 Cabeças 330
HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
Suínos - Número de estabelecimentos agropecuários 218 Unidades Suínos - Número de cabeças 2.282 Cabeças Aves - Número de estabelecimentos agropecuários 468 Unidades Aves - Número de cabeças 28.651 Cabeças Outras aves - Número de estabelecimentos agropecuários 114 Unidades Outras aves - Número de cabeças 907 Cabeças Número de estabelecimentos agropecuários que produziram leite no ano 456 Unidades Vacas ordenhadas no ano nos estabelecimentos agropecuários 5.179 Cabeças Quantidade produzida de leite de vaca no ano nos estabelecimentos agropecuários 6.248 Mil litros Valor da produção de leite de vaca no ano nos estabelecimentos agropecuários 2.358 Mil Reais Quantidade produzida de leite de vaca cru beneficiado no ano nos estabelecimentos agropecuários 96 Mil litros Número de estabelecimentos agropecuários que venderam leite cru no ano 421 Unidades Quantidade vendida no ano de leite de vaca cru nos estabelecimentos agropecuários 6.061 Mil litros Valor da venda no ano de leite de vaca cru nos estabelecimentos agropecuários 2.285 Mil Reais Número de estabelecimentos agropecuários que produziram ovos de galinhas no ano 289 Unidades Quantidade produzida de ovos de galinhas no ano nos estabelecimentos agropecuários 21 Mil dúzias Valor da produção dos ovos de galinhas no ano nos estabelecimentos agropecuários 47 Mil Reais Número de estabelecimentos agropecuários que venderam ovos de galinhas no ano 13 Unidades Quantidade vendida de ovos de galinhas no ano nos estabelecimentos agropecuários 4 Mil dúzias Valor da venda dos ovos de galinhas no ano nos estabelecimentos agropecuários 8 Mil Reais Em 2008 o site ibge acessado em 18/10/2010 apontava que em Epitácio havia: Bovinos - efetivo dos rebanhos 113.318 cabeças 331
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Equinos - efetivo dos rebanhos 1.813 cabeças Bubalinos - efetivo dos rebanhos 62 cabeças Asininos - efetivo dos rebanhos 8 cabeças Muares - efetivo dos rebanhos 305 cabeças Suínos - efetivo dos rebanhos 1.678 cabeças Caprinos - efetivo dos rebanhos 431 cabeças Ovinos - efetivo dos rebanhos 1.415 cabeças Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos rebanhos 10.627 cabeças Galinhas - efetivo dos rebanhos 7.255 cabeças Vacas ordenhadas - quantidade 6.641 cabeças Ovinos tosquiados - quantidade 440 cabeças Leite de vaca - produção - quantidade 3.455 Mil litros Ovos de galinha - produção - quantidade 11 Mil dúzias Mel de abelha - produção - quantidade 350kg Lã - produção - quantidade 835kg FOTO 100
Exemplo de gado bovino de Presidente Epitácio
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Capítulo 26 - Religião Presidente Epitácio conta com as mais várias igrejas e templos para atender a diversas profissões de fé. Em 2010 a população contava com as seguintes entidades: Associação Espírita Fé, Esperança e Caridade Fundada em 14/01/1940 a Associação Espírita Fé, Esperança e Caridade foi registrada no Livro de Registro de Pessoas Jurídicas do Cartório de Presidente Venceslau, tendo como seu primeiro endereço a praça Matriz do distrito de Presidente Epitácio, município e comarca de Presidente Venceslau e Luís Gianotti como presidente. Seu primeiro estatuto foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 11/5/1941. A Associação foi criada por um grupo de estudiosos da Doutrina Espírita para fortalecer o conhecimento e pôr em prática os ensinamentos de Jesus e Allan Kardec, levando ao imediato aperfeiçoamento espiritual e ao ulterior cultivo de relações ostensivas com seres do mundo invisível, bem como o culto e adoração a Deus como Espírito Supremo e o aperfeiçoamento da humanidade. No ano de 1954 deu-se início à evangelização infanto-juvenil, trabalho este priorizado por João Batista dos Santos, mais conhecido como Mestre João, pessoa muito ativa no movimento espírita de Presidente Epitácio. Ele era conhecido como mestre em virtude de sua atuação como mecânico fluvial do Serviço de Navegação da Bacia do Prata. Mestre João esteve à frente da Associação Espírita por muitos anos e foi responsável pela formação da União Municipal Espírita de Presidente Epitácio. Em 19/12/1963 a Associação adquire, através de doação feita por Valdir Reis Loyolla e Maria Cecília Coser Loyolla, o imóvel situado à rua Maceió, 1-41, para onde transfere a sede social. O imóvel foi registrado em 28/8/1964 no Cartório de Registro de Imóveis. No ano de 2000 a Associação Espírita adentra a Evangelização de Espíritos valendo-se da proposta trazida pelo educador Eurípedes Barsanulfo, com o intuito de vivenciar o evangelho de Jesus. A Associação foi reconhecida como Instituição de Utilidade Pública Municipal através da Lei Municipal nº 1.756 de 20/9/2000. O trabalho assistencial promovido atualmente pela Associação Espírita Fé, Esperança e Caridade é denominado Projeto Girassol, criado em 2000, 333
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atende diversas famílias através de doação de alimentos, roupas, realização do Bazar da Pechincha, assistência psicológica, assistência espiritual, realização do evangelho do lar, oficina de artesanato, oficina de teatro, oficina de música, oficina de computação, palestras, estudos, trabalho com a mocidade e atende aproximadamente 30 crianças entre três e 12 anos, oferecendo café da manhã e realizando evangelização infantil, dentre outras atividades. A Associação funciona todos os dias da semana. Sua atual presidente é Rosa Aparecida de Jesus Galvan. Rua Maceió, 1-41 Centro Espírita Humberto de Campos Em 2/12/1960 os pioneiros do Centro Espírita Humberto de Campos fundaram a entidade, que funciona, desde então, à rua Salvador n.° 8-52. Naquela ocasião foi eleita a primeira diretoria, que era assim constituída: presidente, Florice Casagrande Campos; vice-presidente, Álvaro de Campos; primeira secretária, Iracema S. Guimarães, segundo secretário, Aine Vaz Guimarães; tesoureiro, Henrique Beckner; procurador, Samuel de Paula, fiscais, Raimundo Primo e Armando Gonini. O Conselho Fiscal era formado por: Paulo Cunha, Artur Gomes da Costa, Valdemar Martins, José Rodrigues de Lima e João Alves de Morais. Zeladoras: Maria Aparecida de Morais, Suzana B. Zeller e Elvira Deák Lozano. Sessão solene, no dia 8/12/1960 empossou a diretoria e foi inaugurado, oficialmente, o Centro Espírita Humberto de Campos, contando com a presença de espíritas e simpatizantes da doutrina espírita desta cidade e também de Presidente Venceslau, com destaque para a participação de Agostinho de Paula, Samuel de Paula e Agostinho de Paula Filho, que lançaram a campanha para a casa abrigo aos velhos desamparados. O primeiro estatuto foi promulgado em 31/12/1961, que foi aprovado em 23/02/1962, tendo permanecido em vigor até 18/8/2002, quando foi alterado, porém, permanecendo inalterados os valores básicos da instituição. Em 3/4/1962 foi feito o registro da entidade como pessoa jurídica no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Presidente Venceslau, no livro A-1 de Registro de Pessoas Jurídicas, à folha 53, sob n° 43. O Centro Espírita Humberto de Campos foi fundado e mantém como objetivos fundamentais: 1) o estudo e a prática da doutrina espírita, codificada por Allan Kardec, em seu tríplice aspecto: religioso, filosófico e científico; 334
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2) a divulgação da doutrina espírita por todos os meios legais; 3) a prática da caridade, através de obras filantrópicas e beneficentes, de natureza educacional, cultural e assistencial. Estes objetivos têm fundamentado as ações da entidade no decorrer dos anos, que mantém, continuamente, cursos sistematizados e de livre didática das obras fundamentais da doutrina espírita, bem como das obras subsidiárias e complementares a estas, inclusive com o trabalho de evangelização infantil, onde ensinamentos morais e religiosos são transmitidos às crianças que comparecem, semanalmente, às aulas ministradas por evangelizadoras preparadas para este fim. A divulgação ocorre por diversos meios, mas os principais são as palestras realizadas semanalmente, de livre acesso a todos os espíritas e simpatizantes da doutrina espírita. Desde 15/8/1995 o Centro Espírita Humberto de Campos mantém a Banca do Livro Espírita instalada na praça Antônio Marinho, também conhecida como Praça da Matriz, a qual foi adquirida através da realização de diversas promoções realizadas pela casa e que substituiu antiga banca que havia sido desativada. A partir de 1999 iniciou-se a publicação, mensal, do periódico O Mensageiro, que traz mensagens e artigos de teor espírita, de distribuição gratuita a toda a população de Presidente Epitácio. A prática da caridade tem norteado as ações do Centro Espírita Humberto de Campos, desde sua fundação, tendo destaque as seguintes atividades: 1) Desde 1988 são assistidas, mensalmente, diversas famílias carentes da cidade, através da entrega de cestas básicas, cujos itens distribuídos são objetos de doações de adeptos da doutrinas ou simpatizantes; 2) No período de 1995 a 2000 foi feita, diariamente, a distribuição de sopa a famílias e pessoas carentes que faziam a retirada de sua porção diretamente na sede da entidade. Os mantimentos utilizados na preparação da sopa, bem como a mão-de-obra necessária ao preparo e distribuição, eram provenientes de doações e trabalho voluntário de adeptos e/ou simpatizantes da doutrina espírita e 3) A partir de 3/6/1997 iniciou-se o trabalho com as gestantes, que consiste no amparo a mulheres gestantes, que inicialmente participam, num período de três meses, de um curso onde recebem noções a respeito do período gestacional, do nascimento e dos primeiros cuidados com o bebê, recebendo ao final do curso, um pequeno enxoval, que é montado com doações recebidas 335
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na comunidade e também com o trabalho de voluntárias, que confeccionam muitas das peças distribuídas. Ao longo de todo período foram entregues 538 enxovais completos, bem como 35 enxovais de emergência a gestantes que chegaram no Centro Espírita Humberto de Campos em fase adiantada de gestação, sem tempo hábil para participação no curso. Rua Salvador, 8-52 Grupo Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Fundado em 15/8/1975 o Grupo Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes no mesmo dia realizou sua primeira reunião à rua Vitória, 2-03. O primeiro presidente do Grupo foi Mário Soares de Oliveira. Os estatutos foram registrados sob nº 162. Ainda em 20/6/1976 José de Paula doou o terreno à rua Juca Pita, 8-52 para construção de sua sede própria, que construída, foi inaugurada em 10/7/1977. O Grupo Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, dentre as inúmeras pessoas que se dedicaram à doutrina espírita em Presidente Epitácio, ressalta: Carlos José dos Santos, já realizava reuniões em sua residência na Vila Tibiriçá, antes de se oficializarem os grupos espíritas; João Batista dos Santos, Mestre João, com sua preocupação com a evangelização infanto-juvenil, sendo ele um dos fundadores da Associação Espírita Fé, Esperança e Caridade; Florice Casagrande Campos, dona “Filhinha”, atendendo a quem necessitasse de orientações é uma das fundadoras do Centro Espírita Humberto de Campos; Elvira Deák Lozano, voltada à assistência social e Maria dos Anjos Oliveira, sempre trabalhando pelo aperfeiçoamento da humanidade. O Grupo Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes recebeu em doação de Elvira Deák Lozano um terreno à rua Minas Gerais esquina com rua Pedro Alves, quadra oito, lotes 1,2,3,4,20,21 e 22, perfazendo área de 2.596 m² para nele ser construído um Lar de Menores. O objeto desta doação foi repassado à Igreja Católica posto o Grupo não dispor de recursos financeiros para a construção do Lar de Menores. O Grupo atende as pessoas através de ensino doutrinário, desobsessões, passes magnéticos, bem como presta assistência social através do fornecimento de cestas básicas. As reuniões das terças-feiras são destinadas ao ensino da doutrina. Quartas e sextas-feiras são reservadas para desobsessões e passes. Todas as reuniões são realizadas das 20 às 22h30 à rua Juca Pita, 8-52. 336
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Presidentes: Mário Soares de Oliveira de 15/8/1975 a 19/10/1975 Antônio Moura Andrade de 20/10/1975 a 12/01/1976 Akio Nakata de 13/01/1976 a 6/8/1976 Maria dos Anjos de Oliveira de 7/8/1976 a 14/8/1977 Wilson Pereira Santana de 15/8/1977 a 18/01/1979 Hugo Guinossi de 19/01/1979 a 3/5/1983 Pedro dos Santos de 4/5/1983 a 14/5/1987 Orlando Mantovani de 15/5/1987 a 31/12/2008 Paulo Roberto da Silva Vieira desde 1°/01/2009 Rua Juca Pita, 8-52 Igreja Adventista do Sétimo Dia Foi em março de 1844 que cerca de quarenta pessoas começaram a observar o Sábado em Washington e New Hampshire nos Estados Unidos, conforme conta o site iasdbelemsp. Ali alguns pastores Adventistas conheceram a verdade do Sábado nesse mesmo ano. Um deles, T. M. Preble, foi o primeiro que comunicou a verdade da guarda do Sábado como dia de repouso, por meio da imprensa, aos Adventistas. No Brasil, ainda segundo o mesmo site, em 1879 deu entrada através do porto de Itajaí (SC), o primeiro pacote de literatura adventista que continha 10 exemplares do periódico Stimme der Warheit (Voz da Verdade), publicado em Battle Creek, Estados Unidos. No Brasil, em 1884, um alemão por nome Dresler, professor primário em Brusque (SC), resolveu voluntariamente tomar sobre si o encargo de pagar e distribuir toda publicação adventista que lhe chegasse às mãos. Ele não era adventista e sua conduta até pouco recomendável, pois era um alcoólatra. No ano de 1890 Guilherme Belz e família, seguidos por vários vizinhos, inclusive as famílias Olm, Look e Thrun, decidiram guardar o sábado, mesmo sem conhecer qualquer adventista. Somente em 1892 chega ao Brasil, desembarcando em São Paulo, o primeiro missionário designado pela Associação Geral da IASD, o colportor Albert B. Stauffer. Existem duas crenças importantes associadas ao nome Adventista do Sétimo Dia. A primeira que consiste serem pessoas que acreditam ardentemente na proximidade da segunda vinda de Jesus Cristo - por isso, Adventistas. A segunda parte do nome - Sétimo Dia – que se refere ao dia 337
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Bíblico de adoração, o sétimo dia da semana, o Sábado. Nossos fiéis aceitam a Bíblia como seu único credo e mantêm certas crenças fundamentais como sendo o ensino das Escrituras Sagradas. Estas crenças constituem a compreensão e a expressão do ensino das Escrituras por parte da Igreja. Há 28 doutrinas na Igreja Adventista do Sétimo Dia, dentre elas: As Escrituras Sagradas; A Trindade; O Batismo; Dons e Ministérios Espirituais; Dom de Profecia; A Lei de Deus; O Sábado; A Segunda Vinda de Cristo; O Milênio e o Fim do Pecado; A Nova Terra e Crescimento em Cristo. Em Presidente Epitácio a história da Igreja Adventista remonta à Colônia Arpad, local em que no ano de 1945 foi construída sua Igreja. Com o passar do tempo e com os moradores da colônia mudando-se para outros locais, os cultos deixaram de ser realizados naquele local, levando ao abandono e posterior demolição do templo. Em 1968 alguns fiéis recomeçam a realizar reuniões em residências. Em seguida passaram a reunir-se à rua Belo Horizonte, quadra dois. Posteriormente adquiriu-se terreno à rua João Pessoa, 8-43, nos anos 70, onde construiu-se o Templo. Com o aumento do número de fiéis, há atualmente, também, cultos no Alto Mirante, local este provisório, porque já foi adquirido terreno à rua Horita Massafume, 11-32, para a construção do segundo Templo da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Presidente Epitácio. Pastor Robson Rua João Pessoa, 8-43 Igreja Apostólica Mantém o Programa a Hora Milagrosa Pastor Agostinho Runich Rua Álvaro Coelho, 5-42 Igreja Assembleia de Deus Ministério de Belém O início de seus cultos se deu em 1951, sendo seu primeiro pastor Daniel Beltrão. Dia 22/7/1951 houve o primeiro batismo, quando oito pessoas desceram às águas. Os cultos sempre foram realizados no mesmo endereço, ou seja, rua Cuiabá, 1-46, e inicialmente eram em uma casa e depois na Igreja construída no mesmo local. Em 2002 a Igreja Assembleia de Deus Ministério de Belém contava com 12 congregações: Vila Nova, Jardim Pioneiros, Parque São José, Vila Bordon, Assentamento, Vila Martins, Campinal, Agrovila Três, 338
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Agrovila Quatro, Agrovila Cinco e Fazenda Maturi. A Igreja possui, ainda, curso básico teológico, supletivo de 1º grau e assistência social. Pastor Geraldo Joaquim da Silva Rua Cuiabá, 1-46 Igreja Assembleia de Deus Ministério de Madureira Pastor José Adão Aparecido Leme Rua Sebastião Novaes,12-34 Igreja Assembleia de Deus Ministério de Riverside - USA (Assembly of God) Pastor Fabiano Martins de Souza Alameda dos Ipês, 5-38 Igreja Assembleia de Deus Ministério Santos Pastor João Campos Filho Rua Iracema Carvalho de Noronha, 15-14 Igreja Assembleia de Deus de Presidente Epitácio Pastor Elias Cristo de Mello Rua Fortaleza, 15-50 Igreja Avivamento Bíblico Pastor Sebastião Pereira de Souza Rua Paraná, 15-39 Igreja Batista A história da Igreja Batista de Presidente Epitácio, para ser mais bem compreendida, precisa ser enfocada sob três abrangências: os batistas no mundo, no Brasil e em Presidente Epitácio. Os batistas no mundo Com o surgimento da Reforma Protestante, liderada por Martinho Lutero, e deflagrada em 31 de outubro de 1517, criou-se a oportunidade de que muitos
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grupos dissidentes intensificassem suas pregações, e entre eles os chamados Anabatistas que representavam o grupo mais ativo e poderoso daquele momento, que já declaravam as mesmas doutrinas batistas. Com o nome Batista existimos desde 1612, quando Thomas Helwys de volta da Holanda, onde se refugiara da perseguição do Rei James I da Inglaterra, organizou com os que voltaram com ele, uma igreja em Spitalfields arredores de Londres. Thomas Helwys, que era advogado e estudioso da Bíblia, ao escrever um livro intitulado “Uma Breve Declaração Sobre o Mistério da Iniquidade”, foi preso e morreu na prisão, em 1615. No referido livro, ele escreveu aquele que é um dos mais caros princípios batistas, o princípio da liberdade religiosa e de consciência: “... a religião do homem está entre Deus e ele; o rei não tem que responder por ela e nem pode o rei ser juiz entre Deus e o homem. Que haja, pois, heréticos, turcos ou judeus, ou outros mais, não cabe ao poder terreno, puni-los de maneira nenhuma.” Esta Igreja em Spitalfields inicia a linhagem das igrejas batistas no mundo. A perseguição aos batistas e a outros grupos separatistas os levou a várias partes do mundo, e em especial às colônias da América do Norte, em busca de liberdade religiosa. O Pr. William Carey, pai das missões modernas, criou em 1791, na Inglaterra, a Sociedade de Missões no Estrangeiro, que tem tido grande participação na expansão da obra Batista. O Pr. Adoniram Judson, influenciado pelo Pr. Carey, fundou nos Estados Unidos em 1814 a Convenção Batista nos Estados Unidos para Missões no Estrangeiro. A partir daí, a obra missionária batista iniciou um gigantesco crescimento. Hoje os Batistas estão presentes, em cerca de 200 países, e representam uma população perto de quarenta milhões de membros, atingindo cerca de cem milhões de pessoas no mundo inteiro. Os batistas no Brasil Com a Guerra Civil Americana, ocorrida nos Estados Unidos, em 1865, milhares de norte-americanos começam a buscar outras terras onde pudessem tentar a vida. O Brasil foi um dos países escolhidos e, a partir de 1867, mais de 50 mil estadunidenses desembarcam nos portos brasileiros. Avançando para o interior, muitos escolheram a cidade de Santa Bárbara d’Oeste, onde adquiriram terras e fixaram residências, com forte atuação na formação agrícola da região. Entre os emigrados, a maioria era de cristãos protestantes e, entre esses, muitos eram batistas. 340
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Já em 1870, os protestantes publicaram um Manifesto para Evangelização do Brasil. Esse manifesto, publicado na imprensa, contou com assinaturas de Presbiterianos, Metodistas, Congregacionais e de um Batista, o pastor Richard Raticliff, um dos emigrados, cuja família havia sido convertida por ação de Thomas Jefferson Bowne, nos Estados Unidos. Em 1871, os batistas emigrados dos Estados Unidos organizam a Primeira Igreja Batista do Brasil, em Santa Bárbara d’Oeste. Anos mais tarde, em 1879, outro grupo de emigrados americanos plantou a segunda Igreja Batista em solo brasileiro, em Santa Bárbara d’Oeste, no Bairro da Estação, onde atualmente se localiza a cidade de Americana. Os batistas de então, em Santa Bárbara d’Oeste, se uniram para solicitar à Junta de Richmond, dos Estados Unidos, o envio de missionários ao Brasil. Em 1881, chegam William Buck Bagby e Ana Luther Bagby; Zacarias Taylor e Katarin Taylor. Os primeiros missionários foram recebidos em Santa Bárbara d’Oeste, filiaram-se à Igreja Batista e começaram a estudar português. Os dois casais de missionários rumaram para a Bahia, onde, em 1882, organizaram a Primeira Igreja Batista em Salvador. Em um ano, aquela igreja já contava 70 membros. De Salvador, os missionários seguiram para outras capitais, plantando igrejas. De volta a São Paulo, com missionários recém-chegados, organizaram igrejas, a partir de 1899, em São Paulo, Jundiaí, Santos, Campinas, São José dos Campos e várias outras cidades. Em 1904, foi organizada a Convenção Batista do Estado de São Paulo, então chamada de União Batista Paulistana. Desde o início do século XVIII, o Brasil vinha recebendo imigrantes de toda parte do mundo. A partir de 1914, no entanto, o Brasil torna-se alvo para muitos europeus e asiáticos que fogem da Primeira Guerra Mundial. Assim, aportam por aqui: alemães, russos, letos, romenos, búlgaros, húngaros, ucranianos, lituanos, poloneses, estonianos, espanhóis, italianos, japoneses e diversos outros povos. Dentre eles, muitos eram batistas que participaram efetivamente na solidificação das igrejas batistas no Brasil. No ano 2000, o censo nacional do IBGE identificou os batistas como a segunda maior população evangélica do Brasil, com 3.162.700 pessoas, perfazendo 12,07% do total de evangélicos. Espalhada por todo território nacional, a população batista é essencialmente urbana, de classe média, mas com presença também junto aos setores populares das grandes cidades. Os batistas em Presidente Epitácio A história da Igreja Batista em Presidente Epitácio remonta a colônia 341
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húngara Arpad Falva. Em 1928, entre os emigrados húngaros, havia um grupo de batistas que organizou a Igreja Batista da colônia Arpad, com um templo construído de madeira, material abundante na ocasião. Com o passar dos anos, muitos deles mudaram-se para o então Distrito de Caiuá, que naquela época pertencia ao município de Presidente Venceslau. É que no distrito havia mais facilidades do que na colônia. Como resultado do aumento dos batistas em Caiuá, organizou-se em 7/11/1948, a Primeira Igreja Batista de Caiuá, composta por expressiva quantidade de ex-moradores da colônia Arpad. Os moradores da colônia Arpad continuaram a mudar-se para Caiuá e Presidente Epitácio ocasionando também o decréscimo de membros da Igreja Batista da colônia. Isto levou a comunidade batista da colônia à decisão de encerrar suas atividades, demolir o templo e reutilizar as peças de madeira na construção do templo da Primeira Igreja Batista de Caiuá. Tal decisão se concretizou e em 1954 o novo templo foi inaugurado em Caiuá. Enquanto isso Presidente Epitácio tinha batistas, mas não havia mais uma igreja batista organizada, nem na colônia e nem na cidade. Em 1949, Presidente Epitácio ganhou um campo de pouso para pequenas aeronaves, pois recebia frequentemente autoridades dos Ministérios da Marinha e Transportes. Nesse pequeno aeroporto, passou a morar e trabalhar como guarda e na conservação do campo, um rapaz cristão batista conhecido por João Ramalho, com sua mulher Maria e seus dois filhos. Moravam em uma pequena casa à margem do campo de pouso onde mantinham sua devoção e culto a Deus em família. Nesta época, Presidente Epitácio atraía muitas pessoas de todos os estados brasileiros devido às serrarias e transporte fluvial. Em 1955, chegava à cidade uma família de mineiros que viera tentar a vida às margens do Rio Paraná, fixando residência na Vila Tibiriçá. Nesta família, duas moças evangélicas, a saber, Joana Pereira de Sousa e sua irmã Francisca Pereira de Sousa, carinhosamente chamadas de Joaninha e “Dona”, respectivamente, eram dotadas de grande amor cristão e vocação missionária. Joaninha e “Dona” prontamente procuraram conhecer e unir-se a outras pessoas da mesma fé para comunhão e crescimento espiritual. Em pouco tempo, conheceram os casais batistas João Ramalho e Maria Ramalho e José Gorrão e Maria Gorrão com quem formaram um grupo que se reunia na residência do casal Gorrão. A partir de então, as duas irmãs, se tornaram as grandes incentivadoras da organização de uma igreja batista na cidade. 342
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No ano de 1956, o casal batista João Graciano Pereira e Bertolina Freitas Pereira com seus nove filhos mudaram-se para Presidente Epitácio integrando-se rapidamente ao grupo. Como funcionário da Estrada de Ferro Sorocabana, João Graciano foi residir em casa localizada no pátio da estação, à direita da estrada que liga Presidente Epitácio a Caiuá margeando a linha férrea, onde passaram a ser realizados os cultos e Escola Bíblica Dominical. Esta mudança deu novo impulso e visibilidade ao grupo. Mesmo em tempos ainda de preconceitos e perseguições religiosas, o pequeno grupo se fortalecia e mantinha-se entusiasmado em conseguir um local apropriado onde estabeleceria a sonhada congregação batista. A dedicação do pequeno grupo ganhou a atenção e o apoio da Igreja Batista de Caiuá, que naquela época formava uma forte igreja de imigrantes húngaros radicados anteriormente na colônia Arpad Falva, local que já contara com uma Igreja Batista. Ainda em 1956, com o suporte dos batistas de Caiuá, o grupo estabeleceuse como Congregação Batista em Presidente Epitácio e suas reuniões iniciaram-se num salão localizado à rua Belo Horizonte, quadra cinco, cedido por Euclides Coelho. O dirigente nomeado pela igreja de Caiuá foi Otto Wedmann. Já em 1957, chegou à cidade o pastor batista e químico Trascy Reynaldet dos Santos a fim de estabelecer uma fábrica de sabões. Com a vinda do pastor Trascy, homem culto, pregador apreciado, empreendedor e muito trabalhador, veio também à congregação a consciência de que já era hora de se tornar autônoma. Em 1958, Otto Wedmann doou à congregação um terreno à rua Fortaleza, quadra seis, onde com a ajuda efetiva da comunidade batista de Caiuá foi construído o seu primeiro templo. Assim se completava o panorama favorável à organização administrativa da congregação batista de Presidente Epitácio. Então, no dia 25/5/1958, numa cerimônia festiva, foi formalmente organizada, após concílio de exame formado por pastores batistas da Associação das Igrejas Batistas da Primeira Igreja Batista de Presidente Epitácio FOTO 102
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Alta Sorocabana, a atual Igreja Batista de Presidente Epitácio, com diretoria administrativa própria e com 51 membros. O pastor Trascy Reynaldet dos Santos foi eleito, no mesmo dia, pastor presidente da recém-organizada Igreja. Durante os seus primeiros 20 anos o pastor Isaías Maurício da Rocha (pastor da Primeira Igreja Batista de Presidente Prudente e por várias vezes presidente da Associação das Igrejas Batistas da Alta Sorocabana) serviu, sempre que necessário, como pastor interino. A Igreja Batista de Presidente Epitácio, até 2010, foi liderada por nove pastores presidentes que deixaram um legado de integridade no cumprimento de suas tarefas. São eles: Trascy Reynaldet dos Santos de 1958 a 1960 Antônio Gonçalves dos Santos de1960 a 1962 Eduardo Bezerra de1963 a 1964 Antônio Klimachesk de 1964 a 1965 Geraldo Ávila Gimenez de1966 a 1972 José Salustiano da Costa de 1976 a 1978 Pedro de Almeida de 1978 a 1995 Eduardo de Souza Filho de 1996 a 1999 Oswanil Abner de Moraes desde 1999 Igreja Batista do 7º Dia Renovada Pastor João Rua Belém, 19-26 Igreja Católica Tem-se, segundo o livro Tombo nº 1 da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Presidente Venceslau à qual Presidente Epitácio pertencia, que a primeira capela de Epitácio teve sua planta aprovada em 25/01/1932 (p. 1). No mesmo ano Presidente Epitácio já tinha sua capela, inaugurada com a imagem de São Pedro e no dia 7/9/1936, foi inaugurada a capela Santo Estevão, na Colônia Arpad. Destaca-se o início da prática da procissão de N.S. dos Navegantes, por Armênio Macário 344
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Igreja São Pedro de Epitácio
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Ribeiro, em 2/02/1948 (depois transferida para 15 de agosto). Em 7/10/1951 foi colocada a pedra fundamental da atual Igreja matriz, com a presença do bispo auxiliar de Assis, Dom José Lázaro Neves. A primeira capela de Presidente Epitácio permaneceu em funcionamento enquanto em sua volta era construída a Igreja de São Pedro, somente sendo demolida pouco antes da inauguração da nova Igreja, cuja conclusão da obra se deu em 1956. Na vila Tibiriçá, em 1954, foi construída, já em alvenaria, sua primeira capela, a capela de São José. No Campinal, em 1957, foi feita de madeira Primeira capela de São Pedro em Epitácio a primeira capela de São Sebastião. Em 12/9/1960 foi criada pelo Bispo Dom José de Aquino Pereira a Paróquia São Pedro, desmembrada da Paróquia de N.S. de Fátima, de Venceslau, e tinha seus limites, originariamente, do rio Paranapanema ao rio do Peixe e do rio Paraná até os limites com Presidente Venceslau, perfazendo uma área de 3.750km². No livro Tombo constava, em 1962, a existência de capelas em Caiuá, Campinal, Rosana e Tibiriçá. O livro não registrava a capela de Santo Estevão (1936), da Colônia Arpad e nem a capela N.S. Aparecida (1956), localizada à rua Manaus. As notícias sobre os primeiros anos da Paróquia São Pedro são escassas. Em 1963 a capela de Rosana foi entregue à Paróquia de Teodoro Sampaio. No ano de 1965 é construída no Campinal a atual capela de São Sebastião. Somascos Dia 6/5/1973 os Clérigos Regulares Somascos assumem a Paróquia. Esta congregação foi fundada por São Jerônimo Emiliani, nobre italiano de Veneza, que dedicou sua vida a menores abandonados. Em Presidente Epitácio a atuação dos padres somascos fez-se, principalmente, na formação catequética, acompanhando jovens e casais através de Encontros de Casais com Cristo-ECC, Cursilho de Cristandade, atendimento pastoral na área rural, preparação dos ministros da Comunhão Eucarística e das senhoras da Pastoral da Saúde. Foi quando construíram o Salão Paroquial, salas para catecismo, Igreja da Sagrada Família (1978) capela N.S. Aparecida da FOTO 104
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Agrovila Três (1988), capela Santo Antônio da Agrovila Um (1988), reformas da atual capela São Sebastião (construída em 1965), no Campinal, do forro, presbitério, altar mor e pintura da Igreja Matriz. Padre Attílio Em 17/01/1991 assumiu, como Pároco, o padre Attílio Taricco. Partindo do levantamento feito pelas Missões em 1991, padre Attílio iniciou seu trabalho pastoral, priorizando a evangelização em todos os níveis, organizando cursos nas comunidades urbana e rural, reorganizando o Curso de Noivos, impulsionando as Pastorais e associações de fiéis. Em julho de 1996 iniciouse a publicação do jornal mensal Comunidade Unida. Em 1998 foi instalado receptor-transmissor da Rede Vida de TV e iniciada a luta por uma rádio comunitária para Epitácio. Foi durante sua atuação que foram realizadas obras como: Espaço Criança, capela São Luís Gonzaga na vila Palmira (1991); salas de catecismo na comunidade São Jerônimo (1992); capela São Jerônimo Emiliani no Jardim Aimará (1994); capela São João Batista, na Agrovila Quatro (1994); capela Imaculado Coração de Maria, no jardim Tropical (1996); capela N.S. do Perpétuo Socorro e Santa Luzia, na vila Martins (1996); capela N.S. do Rosário, na Agrovila Dois (1997); capela N.S. da Esperança e São Francisco de Assis, na vila Esperança (1998); salas de catecismo na vila Esperança, Salão Comunitário na capela São Jerônimo, Salão Comunitário no jardim das Paineiras em 1999, a capela N.S. Guadalupe no Jardim das Paineiras (1999), N.S. das Graças na Agrovila Cinco (2000), capela Mãe dos Órfãos no Espaço Criança (2003), capela Santa Terezinha no Assentamento Lagoinha (2008) e capela N.S. de Fátima na vila Santa Rosa (2009). Nesse período, também, foram reformadas as capelas São Judas Tadeu na vila Palmira (construída em 1972), São José na vila Tibiriçá (construída em 1954) e Santo Estevão (construída em 1936) na Colônia Arpad, além de incremento à Casa Santa Marta para atendimento de mendigos, andarilhos e migrantes e a Casa Elvira Deak para incremento das atividades da Pastoral da Criança. A capela N.S. de Fátima é inaugurada em 30/5/2009. Em 2010 estavam em construção as capelas: N.S. das Graças, no Assentamento Porto Velho e São Paulo Apóstolo, no Assentamento São Paulo. Abrangência A Paróquia São Pedro, antes da divisão, tinha aproximadamente 1.500km2 de extensão, compreendendo as comunidades: Matriz São Pedro; Sagrada Família; S. Luís Gonzaga; S. Judas Tadeu; N. S. da Esperança e S. Francisco de Assis na vila Esperança; S. José na vila Tibiriçá; S. Sebastião, 346
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no Campinal; S. Antônio, na Agrovila Um; N. S. do Rosário, na Agrovila Dois; N.S. Aparecida, na Agrovila Três; S. João Batista, na Agrovila Quatro; N.S. das Graças, na Agrovila Cinco; Santo Estevão, na Colônia Arpad; N. S. de Guadalupe no Jardim das Paineiras; S. Jerônimo no Jardim Aimará; N.S. do Perpétuo Socorro e Santa Luzia na vila Martins; Imaculado Coração de Maria no Jardim Tropical e N.S. de Fátima na vila Santa Rosa. Havia, também, as capelas: N.S. Aparecida na vila N.S. Aparecida, Mãe dos Órfãos no Espaço Criança e Santa Terezinha no Assentamento Lagoinha. Além desses locais, outros assentamentos e bairros, bem como mais de 50 fazendas e acampamentos eram atendidos periodicamente. Párocos Inicialmente os párocos não residiam em Presidente Epitácio. Apenas vinham até a cidade para realizar as cerimônias religiosas. O primeiro vigário da Paróquia São Pedro, que abrangia Caiuá, foi o padre Arnoldo Avanza Castiglione, empossado dia 18/9/1960, ficando até 1961. A ele seguiram: Cônego Davi Freijó Perez (1961); padre Natal Antônio Mello (1961-1962); padre Olívio Reato (22/8/1962-2/7/1972); padre Jerônimo Avanza Castiglione (1972-1973), auxiliado pelos padres Domênico Cristófaro, João Maria Zanzi e Heitor Giannella; padre Nicolau Ruggi (6/5/1973 a janeiro de 1979); padre Líbero Zappone (2/01/1979 a 21/12/1979); padre Pedro Quatrini (22/12/19791983) que contou com o padre Heitor Giannella atendendo a comunidade de Caiuá; padre Caestano de Bari (8/7/1983-1986) que continuou contando com o padre Heitor Giannella; padre Tiziano Marconato (1986), auxiliado por padre Heitor Giannella; padre Pedro Quatrini (24/4/1986-17/01/1991) que contava com o padre Heitor Giannella até 1988, quando este retornou à Itália; padre Attílio Taricco (17/01/1991-2/01/2001), que contou com o auxílio do padre Francesco Tolve em 1994, substituído pelos padres Pietro Trezzi (1997 a 1999) e Jairo da Mota Bastos (setembro de 1999) sendo que o Espaço Criança teve a colaboração dos padres Américo Veccia, Enzo Campagna, Jairo da Mota Bastos e seminaristas somascos; assumiu em 2/01/2001 o padre Pedro Quatrini, auxiliado pelo padre Francesco Tolve até 2009 e padre Attílio Taricco desde janeiro de 2006. No Espaço, padre Pedro contava com os padres Geraldo Hermiltom Teixeira, Gildemar Apolinário, este até 2002 e irmão Hélio de Souza a partir de 2002. A igreja católica utiliza a denominação de “irmão” para o religioso que emite os votos de pobreza, castidade e obediência, só não recebendo o sacramento da “ordem” que é dado aos padres. Com a criação da Paróquia da Sagrada Família seu primeiro pároco, a 347
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partir de 1º/5/2009, foi o padre Tiago da Silva Carvalho. Criação de nova sede paroquial Desde 1972, quando a Igreja era ainda dirigida sob o Episcopado de Dom José de Aquino Presidente Epitácio ganhava destaque e chamava a atenção diante das perspectivas de crescimento que a mesma apresentava. Visando melhor atendimento da comunidade católica, Dom José redigiu naquele ano um ensaio do decreto de criação da Paróquia Sagrada Família de Presidente Epitácio. Contudo, tal ensaio foi arquivado, constando apenas como documento histórico, e não jurídico, no acervo da Cúria diocesana. Porém, com o passar dos tempos, o que antes fora apenas motivo de um ensaio documental, passou a tornar-se uma preocupação para a Diocese. A cidade prosperou e o desenvolvimento fez com que a população crescesse e, associada a ela, surgisse a carência de atendimento pastoral mais próximo. Durante muito tempo a Congregação Somasca priorizou o atendimento paroquial da cidade, deu sua vida e cedeu muitos de seus padres ao serviço de atendimento da Igreja Católica de Presidente Epitácio. Mas nos últimos anos ela já não dispunha de mão de obra suficiente para atender toda a comunidade. Além do mais, com o crescimento da área urbana, a matriz de São Pedro passou a ficar distante da população dos bairros periféricos. Diante disso, surgiu então, por parte da Diocese, um novo interesse: somar com o trabalho dos padres que aqui já estavam e criar em Epitácio uma nova sede paroquial, gerando assim uma proximidade com a população. Durante anos, a diocese dialogou com a congregação acerca desta possibilidade até que, no dia 19/02/2009, recebeu, por parte da congregação dos padres Somascos, o comunicado de que a mesma havia decidido em capítulo (reunião geral de uma congregação para avaliação dos seus trabalhos e eleição de novas propostas) entregar à diocese parte do território da Paróquia São Pedro, abrindo a possibilidade da criação de uma nova paróquia. Comunicação episcopal de Dom Benedito Gonçalves dos Santos, bispo diocesano de Presidente Prudente, dirigida à população da cidade de Presidente Epitácio, comunicava aos sacerdotes, religiosos e fiéis leigos da Paróquia São Pedro–Presidente Epitácio (SP), que no dia 19/02/09, quintafeira, que ele recebera no escritório da Cúria Diocesana de Presidente Prudente a visita do Superior Provincial da Comunidade Somasco, o padre Enzo Campagna, residente em São Paulo (SP), acompanhado do padre Francesco Tolve e do irmão Hélio de Souza, ambos residentes em Presidente Epitácio, os quais expuseram as dificuldades pastorais atualmente 348
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enfrentadas pelos sacerdotes da Paróquia São Pedro de Presidente Epitácio, onde havia uma demanda pastoral muito grande devido o crescimento populacional da cidade e a grande área geográfica da mesma, necessitando assim urgentemente delimitar (diminuir) a atual paróquia, tendo em vista dar melhor atendimento espiritual aos fiéis. Após longa conversação e analise de diversas propostas possíveis, ficou definida a criação de uma nova Paróquia (Sagrada Família) na cidade de Presidente Epitácio e acertados os limites da Paróquia São Pedro e da futura Paróquia Sagrada Família. Finalmente, em Missa Festiva, deu-as a criação, instalação da nova Paróquia e posse do pároco padre Tiago da Silva Carvalho, no dia 1º/5/2009, às 9 horas da manhã, na Igreja Sagrada Família, sendo a mesma elevada a sede paroquial. Limites da Paróquia São Pedro Área e Limites urbanos iniciam-se no lado direito da rodovia Raposo Tavares partindo da margem esquerda do rio Paraná até encontrar com o lado direito da avenida Presidente Vargas no trevo de acesso, aí deflete à esquerda até encontrar a rua Álvaro Coelho, aí deflete à direita e segue pelo lado esquerdo da referida rua em direção à avenida José Vicente Junior, daí defletindo à esquerda até encontrar com o córrego Caiuá onde deflete à esquerda, seguindo o lado esquerdo do córrego Caiuá até a margem esquerda do rio Paraná e daí até o ponto inicial. Área e limites rurais: inicia no rio Paraná margeando o lado esquerdo da rodovia Raposo Tavares, deflete à esquerda seguindo o lado esquerdo da avenida José Vicente Júnior até encontrar com o córrego Caiuá, daí delfete à esquerda seguindo o lado esquerdo do córrego Caiuá até a divida com o município da Caiuá, estendendo-se aos limites dos municípios de Caiuá, Marabá Paulista e Teodoro Sampaio. Limites da Paróquia Sagrada Família Área e limites urbanos inicia na rodovia Raposo Tavares no trevo de acesso à avenida Presidente Vargas, descendo todo o lado esquerdo da avenida Presidente Vargas até a rua Álvaro Coelho. Daí deflete à direita, pelo lado direito da mesma, até encontrar a avenida José Vicente Junior, daí deflete à direita, seguindo pelo lado direito da mesma, até encontrar a rodovia Raposo Tavares para em seguida defletir à direita seguindo até o ponto inicial. Área e Limites rurais: a partir da margem direita do córrego Caiuá, dentro do município de Presidente Epitácio, até os limites com o município de Panorama (Diocese de Marília) e do Rio Paraná até os limites com o 349
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município de Caiuá. Igreja Congregação Cristã no Brasil Em meados de 1956, com a chegada do irmão Pedro Ferreira e sua família, principiou a obra de Deus da Congregação Cristã no Brasil em Presidente Epitácio, onde as primeiras reuniões eram realizadas em sua casa. Posteriormente houve a necessidade de se construir um templo para maior comodidade de seus membros. Foi aí que se construiu a Casa de oração da Congregação Cristã no Brasil, localizada à rua Rio Branco, 3-42. A partir de então, os cultos passaram a ser realizados lá. Com o passar dos anos, face ao progresso desta Obra, necessário de fez a edificação de novos templos. Hoje há igrejas nos seguintes bairros: Jardim dos Pioneiros, Jardim Real, Jardim das Paineiras, Vila Bordon, centro e, onde tudo começou, Vila Palmira. Pastor Lourenço de Oliveira Rua Rio Branco, 3-42 Igreja Congregação Evangélica Pentecostal Elim Pastor Osvaldo José Gonçalves Rua São Luís, 15-78 Igreja Deus é Amor Pastor Romildo Alameda das Perobas, 15-30 Igreja do Evangelho Quadrangular Em Epitácio duas igrejas reúnem os seguidores da Quadrangular, sendo uma na alameda dos Marfins, 9-76 e outra na rua Minas Gerais, 14-50, sendo pastores Sérgio Percival Dombi e Mário Albano Júnior respectivamente. A Igreja Quadrangular que tem como seu pastor Sérgio Percival Dombi, foi fundada em 5/7/1992, em salão alugado à rua Curitiba, 10-71. O primeiro culto teve a participação de 40 pessoas. Em 2002 estava localizada à alameda dos Marfins, 9-76, contando com 50 membros. Pastor Joel Aparecido Miguel Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério de Santos Pastor Elias Cristo de Melo 350
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Rua Fortaleza, 15-50 Igreja Evangélica Assembleia de Deus Vida Nova em Presidente Epitácio - ADVN A Igreja Evangélica Assembleia de Deus Vida Nova, nasceu primeiramente no coração de Deus. No início era um sonho, quando no ano de 2002, se ajuntavam apenas oito irmãos para orar, na residência do pastor Ulysses Marinho Junior, PastorPresidente e fundador deste ministério. Nascido e criado nesta cidade, além de pastor, Ulysses Marinho Junior também é corretor de seguros, empresário e representante comercial. Com o passar do tempo, a obra foi crescendo e devido às manifestações divinas de curas, libertações, batismo no Espírito Santo e salvação, a cada dia, acrescentava-se mais e mais irmãos. Nesta época, o pastor Ulysses congregava na cidade de Santo Anastácio, onde ali, desenvolvia suas funções ministeriais. Chega o mês de agosto do ano de 2003, e através de orações e jejuns, Deus já havia preparado o nome desta obra, o local onde este ministério iria abrir suas portas, que teve a sua primeira sede na avenida Presidente Vargas, 24-45. Em 30/9/2003 realiza-se então a primeira Assembleia Geral Extraordinária para a fundação da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Vida Nova em Epitácio, sendo nesta oportunidade, empossada a diretoria deste ministério e aprovado o Estatuto e seu Regimento Interno. A Igreja Evangélica Assembleia de Deus Vida Nova é também convencionada no estado de São Paulo, na CIEADESPEL - Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus no Estado de São Paulo e Estados Limítrofes, bem como convencionada nacionalmente na CGADB - Convenção Geral das Assembleia de Deus no Brasil. Com o passar do tempo, esta Igreja continua crescendo e o prédio da primeira instalação se tornou incapaz de abrigar tantas pessoas, deixando muitos irmãos do lado de fora do templo e em pé. Isto levou o pastor Ulysses, em novembro de 2005, a alugar outro salão, com capacidade para abrigar 500 pessoas na rua José Ramos Júnior, 2-45, onde se encontra a atual sede deste ministério. Abençoados por Deus, foram adquiridos dois terrenos para construção da sede própria, onde já foi dado início à construção do templo, que terá galeria, classes de escola dominical, cozinha, banheiros e apartamentos, e o local comportará uma média de 1.000 pessoas. 351
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E como tudo que Deus coloca a mão Ele faz prosperar, hoje este ministériomãe já tem filhos dentro da cidade de Presidente Epitácio: já foram inauguradas congregações na vila Palmira, Jardim Campo Grande e no centro. Também foi inaugurada congregação em Presidente Venceslau, Caiuá e Pereira Barreto, havendo projetos para inauguração de outras congregações para o ano de 2010. Este ministério, através de seus membros, tem apresentado relevantes e importantes trabalhos sociais para Epitácio junto à população carente, recuperação de jovens viciados com o álcool e drogas, e aconselhamentos familiares, socorrendo assim, muitos necessitados. Todos os anos, através da família ADVN, como carinhosamente este ministério é chamado por muitos, são realizados congressos que atraem muitas pessoas para Epitácio. A luta é árdua. Foi necessário transpor muitas barreiras e muralhas para a ADVN chegar até aqui, mas em todas as lutas este ministério tem se saído vencedor. Para os próximos anos a ADVN tem grandes projetos que serão concretizados. Trabalho, dignidade e honestidade têm sido as principais características desta Igreja. Cumprir os deveres ministeriais como filhos de Deus, tem sido seu objetivo. No início um sonho, hoje, um sonho que se tornou realidade. Pastor Ulysses Marinho Júnior Rua José Ramos Júnior, 2-45 Igreja Evangélica Avivamento Bíblico Pastor Sebastião Pereira de Souza Rua Florianópolis, 11-49 Igreja Evangélica Congregação Batista Calvário Rua Florianópolis, 4-07 Igreja Evangélica da Paz Pastor Pedro Storini Rua Porto Alegre, 11-04 Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil Pastor Artur Jaske - Presidente Maria Elisa Bia Rua Sebastião Ferreira dos Santos, 13-44 352
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No ano de 1955 o pastor Johnes Knoch, da paróquia de Assis (SP) passou a reunir por vários anos em Presidente Epitácio as famílias luteranas que aqui residiam, realizando cultos em alemão, de três em três meses, na residência de Gustavo Domke e às vezes na casa de Otto Muller. Maria Patzer era quem ministrava aulas aos confirmados. A partir de 1986 os cultos foram realizados na casa de Bertha Webber, ocasião em que foi formado o primeiro prebistério com eleição de Maria Gräss para presidente, Bertha Webber para tesoureira e Ivone Patzer para secretária. O pastor nessa época era Carlos Heinz Eberle. No dia 23/10/1996 a comunidade decidiu ter seu templo e após muito trabalho, em 31/5/1998 foi lançada a pedra fundamental do Templo com a presença do pastor Sinodal Germano Burger, pastor Carlos Heinz Eberle e membros das demais comunidades da paróquia. Em 19/12/1999 foi realizado o primeiro culto e a primeira Santa Ceia no Templo que estava ainda em fase de construção. Estiveram presentes o pastor Sinodal, representantes da igreja Católica, Metodista, Batista, Associação Comercial e diversas autoridades do município. Desde janeiro de 2001 o pastor da Comunidade Evangélica Luterana de Presidente Epitácio é Artur Jaske. Os cultos são realizados todos os domingos às 9 horas e todas as quartas-feiras, às 19h30, há o culto de oração. Igreja Evangélica Pentecostal A Palavra de Cristo para o Brasil Pastor Temisto Queiroz Monteiro Rua João Pessoa, 16-31 Igreja Evangélica Pentecostal Aprisco do Bom Pastor Pastor Saulo Pereira da Silva Rua José Ramos Júnior, 1-83 Igreja Evangélica Pentecostal Elim Pastor Osvaldo José dos Santos Rua São Luís, 15-78 Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil para Cristo Pastor Mario Joaquim de Lima Rua João Pessoa, 6-41 Igreja Evangélica Tabernáculo dos Santos Pastor Ramão Rua João Pessoa, 28-27 353
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Igreja Inrestauração Cooperador Antônio Paes da Silva Rua Armando Puerta, 17-37 Igreja Internacional da Graça de Deus Pastor Juraci de Oliveira Avenida Presidente Varas, 5-67 Igreja Messiânica Mundial do Brasil – Johrey Center Presidente Epitácio O início da Igreja Messiânica em Presidente Epitácio se deu em 1968, tendo sido seus membros pioneiros Delfina Rocha Beiro, Durvalina, Ramiro Romão e Ruth Frauz. Começou em um salão na rua São Paulo, 15-49, com assistência religiosa do ministro Kyoshi Otakara, de Álvares Machado, onde foi o primeiro núcleo messiânico da região. Em 2002, a Igreja Messiânica abria diariamente à rua Curitiba, 4-29, à disposição da comunidade para adquirir-se saúde verdadeira, conservar a natureza com a agricultura natural e expandir o belo através da Ikebana Sanguetsu. Ministra Ruth Frauz Igreja Metodista A Igreja Metodista é um ramo da Igreja Cristã, ou seja, da Igreja Universal de Jesus Cristo. Teve seu início no seio da Igreja Anglicana (Igreja da Inglaterra), como movimento de renovação espiritual. Esse movimento, liderado por João Wesley, sacerdote anglicano, marcou o seu surgimento a partir de 24/5/1738. De lá para cá, organizando-se e estruturando-se, esse movimento veio a ser o que é a Igreja Metodista, com ramificações em mais de 60 países, contando com mais de 14 milhões de membros professos. A Igreja Metodista no Brasil marca o ano de 1867 como início de sua obra permanente. Primeiramente como missão da Igreja Metodista dos Estados Unidos da América do Norte e, a partir de 2/9/1930 como Igreja Metodista Autônoma, de governo próprio. Hoje, entretanto, a Igreja Metodista no Brasil é dividida em cinco regiões, e Presidente Epitácio faz parte da 5ª região, pertencendo ao Distrito de Presidente Prudente (um dos 13 distritos, através dos quais se divide a Igreja Metodista no Brasil), localizando-se à rua Cuiabá, 7-08.
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Histórico Como comunidade de fé, possui 35 anos de existência, mais de 200 membros, e teve o seu início com os trabalhos nas residências das irmãs Lázara Leme dos Santos e sua irmã Laurinda Santana, no Tibiriçá, sede do Serviço de Navegação da Bacia do Prata. Com a pesquisa de petróleo em Presidente Epitácio em 1957 e depois com a construção da ponte Maurício Joppert da Silva muitas pessoas afluíram para esta cidade, entre outros, a família Marcondes e, posteriormente, já na década de 1960, Gerson Constante de Oliveira (irmão do ver. Bispo João Alves de Oliveira Filho). Reuniram-se primeiramente em casas residenciais e em 12/02/1967 fizeram o primeiro culto no templo situado à rua Cuiabá, 7-08, data em que a Igreja, todo ano, comemora seu aniversário. Desde então, o pastor Gerson Constante de Oliveira pastoreou esta comunidade até maio de 1999 (ano e mês de seu falecimento), auxiliado pelos pastores Jair Romão, Natanael, José Olímpio. No momento é pastoreado pelo pastor Gilmar Francisco dos Reis. Atividades Muitas são as atividades realizadas por esta igreja dividida em diferentes ministérios que auxiliam o trabalho pastoral. Estas atividades têm o intuito de evangelizar e assistir na área social. Realizando trabalhos semanais tem-se todas as terças-feiras os grupos familiares de oração (12 no total). São pessoas que se reúnem em lares diferentes para orar uns pelo outros e compartilhar a palavra de Deus. Todas as quartas-feiras há cultos a partir das 20 horas na Vila Bordon, local onde a Igreja Metodista possui uma Congregação. Às quintas-feiras, a partir das 14 horas, na sede da igreja, há o culto denominado Tarde da Benção, onde são realizadas várias campanhas e conta com a participação de visitantes da cidade. Aos sábados são realizados cultos evangelísticos, às 19h30 e aos domingos Escola Bíblica Dominical a partir das 9 horas, na Escola Municipal, com a participação de toda a igreja, onde são ministradas aulas para maior conhecimento da palavra de Deus. Realizando trabalhos anuais, tem-se no mês de carnaval, o Retiro Espiritual, onde todos os membros participam de um acampamento que normalmente é feito nas dependências da escola na Agrovila Três. No mês de abril é realizado um trabalho evangelístico denominado ¨CONVID¨- O Concerto da Vida, contando com a participação de várias Bandas Gospel e com um público estimado de 7.000 pessoas, que vêm de toda a região. Em junho há “Celebração de Férias”, que é um trabalho voltado para 355
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os jovens aproveitando as férias escolares. No mês de julho é realizado pelo ministério dos jovens, o Jantar Ágape, comemorando o mês dos namorados. Em dezembro é realizado pelo ministério dos homens, o “Dia com Jesus”, um trabalho voltado às pessoas carentes da comunidade, com a escolha de uma vila, onde se faz naquele dia, um trabalho assistencial com atendimento médico, odontológico, cortes de cabelo e distribuição de cestas básicas, encerrando com brindes às crianças e um culto de louvor e adoração a Deus. No decorrer destas atividades, a palavra de Deus tem sido propagada e, por esse motivo, a Igreja Metodista de Presidente Epitácio adquiriu uma área de terra de 3.330 m2, no centro da cidade, com um projeto de construção para um novo templo com capacidade para acomodar 1.500 pessoas, que já está em andamento. Pastor José Martins Rua Cuiabá, 7-08 Igreja Missionária Coluna de Betel Pastora Nadir Pereira da Silva Avenida dos Ipês, 15-38 Igreja Mundial do Poder de Deus Pastor Cristiano Rua Cuiabá, 2-42 Igreja Nova Apostólica América do Sul Pastor Antônio Dreer Rua Paraná, 7-06 Igreja Pentecostal de Jesus Cristo Pastor Valdecir Alameda dos Marfins, 17-19 Igreja Pentecostal Deus é a Verdade Rua Eurico Gaspar Dutra Igreja Presbiteriana do Brasil Pastor Vimônio Vieira de Paula Rua Paraná, 11-07 356
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Igreja Presbiteriana Renovada Pastor Antônio de Farias Rua Alcindo de Carvalho, 2-58 Igreja Salão do Reino das Testemunhas de Jeová Pastor Lourival Benites e Elton Andrelino Rocha Rua Sebastião Ferreira dos Santos, 4-22 Igreja Sede Pentecostal Deus é Amor Pastor Elias dos Santos Rua Venceslau Brás, 16-38 Igreja Só o Senhor é Deus Pastor Paulo Ofmam Rua Minas Gerais, 12-62 Igreja Universal do Reino de Deus Pastor Rafael Torres Rua Pernambuco, 4-38 Sede Comunitária Shimabukuro Kuba Brasil Soka Gakkai Internacional - BSGI Rua Florianópolis, 8-59 Tenda Espírita de Umbanda N.S. do Carmo Fundada pelo babalorixá José Cavalcante da Silva em 17/9/1971, recebeu seu diploma com registro nº 22-721 na União de Tendas e Candomblé do Brasil. José Cavalcante da Silva regeu os trabalhos até seu falecimento em outubro de 1987, substituído a partir de 6/11/1987 por sua mulher, a yalorixá Hilda Tenório Rodrigues da Silva. Esta foi chamada a São Paulo na União de Tendas e Candomblé do Brasil e recebeu das mãos de Jamil Rachid o diploma de yalorixá no dia 3/10/1992, com registro nº 142 e também com registro no FOTO 105
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superior órgão de umbanda do estado de São Paulo. A entidade possui certificado de cadastro religioso com estatuto regular em conformidade com as posturas legais vigentes. A yalorixá frequentemente vai a São Paulo participar de reuniões, para prestar informações a respeito dos trabalhos e para levar o livro de atas para ser vistoriado pelo secretário da União, e duas vezes por ano, participa de reuniões com autoridades locais a respeito da religião umbandista, além de fazer palestras em reuniões religiosas da Secretaria de Cultura. O calendário anual de festejos religiosos compreende: Janeiro – Oxossê Abril – Festa de São Jorge – Orixá Ogum – festa esta em que a tenda representa Presidente Epitácio em São Paulo no ginásio do Ibirapuera e no Vale dos Orixás. Maio – Festa dos preto-velhos. Junho – Festa dos baianos. Julho – Festa de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da tenda. Setembro – Festa de Cosme e Damião. Dezembro – Festa de Iemanjá, ocasião em que é feita a tradicional procissão até o parque Figueiral, onde moradores e turistas de cidades vizinhas aguardam para a entrega do barquinho em agradecimento pelo ano que termina e pedir luz e proteção para os governantes durante o ano que se aproxima. A tenda contava em 2009 com 40 médiuns e vários sócios simpatizantes. A yalorixá conta com sete quadros de diretores para auxiliarem em suas missões. A umbanda é paz e amor Um mundo cheio de luz É força que nos dá vida E a grandeza nos conduz Avante filhos da fé Como a nossa lei não há Levamos ao mundo inteiro A bandeira de Oxalá A yalorixá Hilda Tenório Rodrigues da Silva acredita que a religião é o único meio que dá igualdade de raça e social a todos e que a fé de Oxalá traz a paz a todos os corações. Avenida Tibiriçá, 18-13 358
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Capítulo 27 - Cemitérios 27.1 Cemitérios desativados Antes da construção do Cemitério Horto da Igualdade em Presidente Epitácio, localizado às quadras 14 e 15 da rua Juca Pita, a cidade contou com outros cemitérios. Desconhece-se o local onde eram enterrados os primeiros falecidos residentes no Porto Tibiriçá. O primeiro cemitério conhecido que a cidade teve, para atender ao Porto Tibiriçá, fica em terreno do DNIT/DNER, km 6,2 da avenida Juliano Ferraz Lima. Segundo relatos testemunhais, o mesmo começou a ser utilizado na década de 1910, sendo realizado o último sepultamento naquele local em 1935. FOTO 106
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Cemitério do DNIT
Também se desconhece onde eram enterrados os primeiros falecidos no local que receberia depois a denominação de Porto Presidente Epitácio. Posteriormente, ainda segundo relatos testemunhais, os falecidos nesse local da cidade, eram sepultados à rua Florianópolis, quadra quatro. O local deixou de receber sepultamentos, e de existir, quando se abriu um cemitério na rua Belo Horizonte, quadra 14. Neste cemitério realizaram-se sepultamentos até 1968, ocasião em que os corpos ali sepultados começaram a ser encaminhados para o Horto da Igualdade. O fim das transferências deu-se em 1973. A Colônia Arpad teve seu cemitério da década de 1920 até 10/5/1952. 27.2 Cemitério Horto da Igualdade Construído para não ter mausoléus, túmulos ostensivos ou lápides, 359
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somente contando com placas indicativas do nome e datas de nascimento e falecimento, torna todos iguais. Visto de fora, o Horto da Igualdade parece um imenso jardim, em nada lembrando o aspecto lúgubre normalmente imperante nos cemitérios tradicionais. O primeiro sepultamento no Horto da Igualdade se deu com Eugênio Castro, falecido em 30/8/1968, sendo sua inumação realizada à quadra 1, fila 1, lote 1. BENEDITO DE GODOY MORONI
Horto da Igualdade BENEDITO DE GODOY MORONI
Passarela central do Horto da Igualdade
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Capítulo 28 - Obras de destaque 28.1 Ponte A ponte Professor Maurício Joppert da Silva está localizada sobre o rio Paraná, sendo a principal obra da rodovia BR 34. A ponte recebeu este nome em homenagem ao político Maurício Joppert da Silva (Rio de Janeiro, 1890 — Rio de Janeiro, 1985) o qual comandou o Ministério dos Transportes, entre 1°/11/1945 e 31/01/1946, no governo de José Linhares. Merece destaque não somente pela sua excepcional extensão de 2.550 metros, como principalmente pelas características modernas, na época de sua concepção. Como a navegação na região era bastante intensa por meio de comboios com barcaças de grande porte, transportando principalmente madeira, além de outros produtos, o porto de Presidente Epitácio era sabido como o segundo porto fluvial do Brasil. Isto determinou que fossem feitos vãos de 100 metros no canal principal. Para sua execução ocorreram: 3.500 m³ de escavação; 3.200 m de tubulões; 130.000 m² de formas; 50.000 m³ de concreto; 380.000 sacos de cimento; 40.000 m³ de brita; 32.000 m³ de areia; 900 toneladas de aço duro; 1.700 toneladas de aço CA 37 e 17.000 unidades de cones de ancoragem. O projeto e construção foram da empresa Sérgio Marques de Souza S.A. . que iniciou as obras em meados de 1960. A inauguração oficial e a entrega se deram no dia 21/8/1965. O evento contou com presenças relevantes, além do presidente da república, do governador de São Paulo, Ademar de Barros, do governador de Mato Grosso, Fernando Correia Costa, da imprensa internacional e da nacional. No dia seguinte, e em edição posterior, o jornal O Imparcial, em sua primeira página, relatava a inauguração da ponte Maurício Joppert da Silva. FOTO 108
Ponte Maurício Joppert da Silva antes do enchimento do lago 361
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Com a construção da Usina Hidroelétrica Sérgio Motta, houve a necessidade de ser construída, em prolongamento à ponte Maurício Joppert da Silva, outra ponte sobre o canal de navegação, obra mitigatória iniciada em 5/11/1993 e concluída em 16/10/1998, com a proteção dos pilares, pela Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A., possuindo uma extensão de 187 metros e tabuleiro com 13 metros, gabarito de navegação 2 (10x50m) vão luz de h=4,5 metros após enchimento do Ponte Maurício Joppert da Silva após o enchimento reservatório na cota 259 metros. Foram empregados: 57.800 m³ de escavação; 380 m³ de escavação de fuste Ø 1,2 metros; 85 metros de extensão dos fustes Ø 1,2 metros; 118 m³ de escavação de tubulões em solo; 4.140 m³ de concreto estrutural; 402 toneladas de aço CA-50; 240 unidades de ancoragem 12 Ø 12,7 mm – ativa; 56 toneladas de aço para protenção CP-190 RB e 10.140 m² de forma. ORINHO
28.2 Porto Presidente Epitácio contava com o segundo maior porto fluvial do Brasil, sendo o primeiro o de Corumbá (MS). Sua construção foi iniciada em 1962 e o porto já funcionava plenamente em 1965. Com a construção da Usina Hidroelétrica Sérgio Motta, teve que ser desativado e em seu lugar foram construídos pela empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A, Antigo cais do porto como obras mitigatórias iniciadas em 15/3/1998, dois cais de atracação denominados Cais do Rio Paraná e Cais do Ribeirão Caiuá, com largura de 50 e 70 metros, respectivamente. Estas FOTO 109
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obras consumiram: 169.500 m³ de escavação de material de 1ª categoria; 656 m³ de escavação de tubulões em solo; 184 m³ com escavação de tubulões em rocha; 88.700 m³ de compactação de aterro; 2.650 m³ com proteção de taludes com gabião; 8.450 m³ de proteção de taludes com revestimento vegetal; 4.380 m³ de pavimentação TSD; 2.680 m³ de concreto estrutural; 314 toneladas de aço CA 60 A; 856 metros com rede de drenagem pluvial profunda; 220 toneladas de trilho TR 45; 17.024 unidades de tirefond cabeça inclinada 21 mm x 188 mm; 8.602 unidades de placa de apoio PA 45; 17.204 unidades de grampo para fixação elástica e 3.910 unidades de dormente de madeira. A entrega das obras foi em 14/6/2008 FOTO 110
Novos cais de Presidente Epitácio
28.3 Parque Figueiral Área com de quase seis hectares, o Parque Figueiral, desde seu início, foi ponto de lazer dos epitacianos e moradores das cidades vizinhas. Sua localização, praticamente dentro da cidade, facilitava seu acesso. Os dias 1º de Maio sempre eram concorridos e o parque ficava repleto de visitantes. Festas, shows e competições ocorriam tanto no dia 1º de Maio, como nos dias de festivais. Nos dias do Festival Nacional de Pesca e o Miss Turismo e no dia do Miss Turismo Regional, as barracas das entidades que vendiam comidas típicas quase não venciam atender ao público. A frequência era grande, principalmente nos dias em que havia shows com artistas nacionais como Zezé Di Camargo e Luciano e o cantor jamaicano Jimmy Cliff em 1995, 363
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um dos astros internacionais da “reggae music”, gênero que tinha outros dois expoentes: Peter Tosh e Bob Marley. Na década de 1970, quando as águas do rio Paraná baixavam, dava para ir-se do Figueiral à ilha do rio Pardo a pé. Com a construção da Usina Hidroelétrica Sérgio Motta, o Parque Figueiral foi inundado. Para substituí-lo foi construído um novo Parque Figueiral com 290.000 m². Até 27 figueiras existentes no antigo, foram transplantadas no novo parque, entretanto todas morreram. O novo Parque Figueiral fica na estrada vicinal que vai ao distrito do Campinal e dista aproximadamente cinco quilômetros da cidade. Tem toda uma infraestrutura para receber um público considerável. Palco, lanchonetes, banheiros, área de camping, áreas de lazer, uma praia, ancoradouro e bastante espaço. Foi uma obra construída pela CESP e entregue ao município em 6/6/2000. FOTO 111
Antigo Parque “O Figueiral” ORINHO
Novo Parque “O Figueiral”
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Capítulo 29 – Carnaval Presidente Epitácio sempre foi uma cidade que prezou o carnaval. Inicialmente no Tibiriçá e depois na Epitaciana e outros clubes. O tríduo momístico tem a participação desde crianças, até adultos. As fantasias dos carnavalescos epitacianos já têm fama interestadual, fazendo sucesso nas cidades em que se apresenta, como por exemplo, Campo Grande (MS). Os desfiles de fantasias são de encher os olhos, tanto nos quesitos originalidade, como luxo, não ficando nada a dever às fantasias dos grandes centros. Já quanto aos desfiles de rua, em 1962 Hermes Martins Ferreira criou a primeira escola de samba de Epitácio, que se chamava Unidos do Tibiriçá. Em 1982, a municipalidade decidiu que deveria realizar um carnaval com desfile na avenida Presidente Vargas, contando com o Mete Bronca. A isto se uniram os epitacianos. Desse esforço, em 1984, os principais foliões da época, o professor Hermes, Lilaleia, Maciel, Veloso Sete, Aldo, Miriam e Jordelina formaram dois blocos carnavalescos, um chamado Unidos na Raça e o outro União da Ribeira. Desceram a avenida Presidente Vargas, e o sambódromo era da rua Paraná até a rua Porto Alegre. Naquela oportunidade também desfilaram dois blocos, um da vila Bordon e outro da vila Palmira. Cada bloco tinha em média 80 figurantes e muitas crianças. No ano seguinte, em 1985, com a união dos dois principais blocos (Unidos na Raça e União da Ribeira), formou-se, então, a Escola de Samba Unidos da Ribeira. Somente em 1986 surgiu a Escola de Samba Estação Primeira de Vila Maria, criada por Gilson Gilberto Lima Cruz e fundada por ele, Aldo Sérgio Rocha, Luís Brandão Teixeira, Geraldo Vieira de Camargo, Elias Nazário, Alfredo Arlindo Costa, Jairo José, Miguel Paulo e Dorival da Silva. Em 1988 surge o Bloco dos Sujos, fundado pelo mestre de bateria da Vila Maria, Eliano Lopes Carvalho e que contava com muitas personalidades da cidade travestidas, cada uma a seu caráter. Em meados dos anos 90, surge a Escola de Samba da Vila Bordon, comandada pelo senhor Augusto, que por dois anos levou a escola para a avenida. Com a morte deste senhor, acabou esta Escola de Samba. O carnaval epitaciano também é feito por mais duas escolas de samba fundadas em 2006: Sociedade Recreativa e Cultural Escola de Samba Jardim Real e Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba Vila Palmira, as quais, desde sua fundação, desfilaram como bloco. Na primeira apresentação delas, no carnaval de 2006, os blocos não competiram. 365
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Por diversas vezes personalidades epitacianas foram homenageadas nos sambas-enredo das escolas de samba. Por exemplo, no desfile de 2011, o Jardim Real homenageou dona Shenka que foi por muitos anos diretora da Escola Municipal de Ensino Supletivo. Trecho da música dizia: [...] Este carnaval me fez lembrar Aqueles dias do Municipal Se alguém pulasse o muro ela seguia Com seu Del Rey que era Ghia Podia estar chovendo ou céu tão estrelado O seu Boa Noite era sagrado Tudo que ela toca vira ouro Dona Shenka nosso tesouro[...] Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Vila Maria A fundação do GRES Estação Primeira de Vila Maria foi em janeiro de 1986, na vila Maria. Seus fundadores foram Gilson Gilberto Lima Cruz, Alfredo Arlindo Costa, Aldo Sérgio Rocha, Miguel Paulo, Geraldo Vieira de Camargo, Jairo José, Dorival da Silva, Luís Brandão e Elias Nazário. O azul e o branco foram escolhidos porque são as cores da bandeira do município. Presidentes: Vila Maria no carnaval de 2007 Geraldo Vieira de Camargo 1986 Gilson Gilberto Lima Cruz 1987 Joacir Machado Araújo 1988 Lana Cristina Marques Barrios 1989 José Veloso de Menezes Júnior 1990 – Campeã do Carnaval Eres Alves Moreira 1991 Antônio Carlos Pereira da Costa (Testa) 1992 Izabel Alonso Gonçalves 1993 Edson Brescansin 1994 – a escola desfilou sozinha - Campeã do Carnaval Edson Brescansin 1995 – Campeã do Carnaval Dilma Favareto 1996 – a escola desfilou sozinha - Campeã do Carnaval Edson Brescansin 1997 – não houve desfile das escolas de samba Edson Brescansin 1998 – não houve desfile das escolas de samba Aparecido Luiz Sátiro 1999 ORINHO
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Maria Enóe Costa 2000 – não houve desfile das escolas de samba Maria Enóe Costa 2001– não houve desfile das escolas de samba José Veloso de Menezes Júnior 2002 – não houve desfile das escolas de samba José Veloso de Menezes Júnior 2003 – não houve concurso nesse ano Gilson Gilberto Lima Cruz 2004 – não houve desfile das escolas de samba Gilson Gilberto Lima Cruz 2005 – não houve desfile das escolas de samba Gilson Gilberto Lima Cruz 2006 Helinton Gomes Camargo 2007 Wellinton Camargo 2008 Telma Luciana dos Santos Parente 2009 Alzira Camargo 2010 – Campeã do Carnaval Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Ribeira Em 1984 Hermes Martins, Lilaleia dos Santos Ferreira, Rui Milton de Souza (Maciel), Anteógenes Veloso (Veloso Sete), Aldo Sérgio Rocha, Miriam Pereira e Maria Jordelina Nogueira formaram dois blocos carnavalescos, um chamado Unidos na Raça e outro União da Ribeira, que no ano seguinte, 1985, criaram a Escola de Samba Unidos da Ribeira com suas cores branco e verde. Unidos da Ribeira no carnaval de 2007 Presidentes: Lilaleia dos Santos Ferreira Pereira 1985 Lilaleia dos Santos Ferreira Pereira 1986 – Campeã do Carnaval Lilaleia dos Santos Ferreira Pereira 1987 – Campeã do Carnaval Agnaldo Wilson de Souza Cruz 1988 – Campeã do Carnaval Irani Moreno Sávio 1989 – Campeã do Carnaval Assiz Sguarizzi 1990 Assiz Sguarizzi 1991 – Campeã do Carnaval Odilon Ramos de Brito 1992 – Campeã do Carnaval Edecir Robledo 1993 – Campeã do Carnaval Edecir Robledo 1994 - a escola não participou do desfile Edecir Robledo 1995 Edecir Robledo 1996 - a escola não participou do desfile Edecir Robledo 1997 - não houve desfile das escolas de samba Edecir Robledo 1998 – não houve desfile das escolas de samba ORINHO
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José Amauri de Oliveira Gomes 1999 – Campeã do Carnaval José Amauri de Oliveira Gomes 2000 – não houve desfile das escolas de samba José Amauri de Oliveira Gomes 2001 – não houve desfile das escolas de samba José Amauri de Oliveira Gomes 2002 – não houve desfile das escolas de samba José Amauri de Oliveira Gomes 2003 – não houve concurso nesse ano José Amauri de Oliveira Gomes 2004 – não houve desfile das escolas de samba José Amauri de Oliveira Gomes 2005 – não houve desfile das escolas de samba Marcelo Souza Santos 2006 – Campeã do Carnaval Marcelo Souza Santos 2007 – Campeã do Carnaval Rui Milton de Souza 2008 – Campeã do Carnaval Rui Milton de Souza 2009 – Campeã do Carnaval Laerte Carlos Magozzo 2010 Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba Vila Palmira EDCARLO FERNANDES Esta escola de samba já desfilou como bloco no carnaval de 2006, mesmo oficialmente sua fundação tenha ocorrido em 12/6/2006. Somente passou a competir a partir de 2007 e até 2011 desfilava como bloco. Presidentes: Airton Pelegrine de Souza de 12/6/2006 Vila Palmira 2010 a 30/01/2007 José Amaro da Silva de 1º/02/2007 a 31/12/2010 Zoraide Maria de Jesus a partir de 1º/01/2011 Sociedade Recreativa e Cultural Escola de Samba Jardim Real EDCARLO FERNANDES A fundação desta escola de samba foi no dia 26/02/2006. No carnaval desse mesmo ano ela já desfilou, mas somente a partir de 2007 passou a competir, sendo que foi, como bloco, campeã nos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010. Até 2011 desfilava Jardim Real 2010 como bloco. Presidentes: José Roberto de Oliveira de 26/02/2006 a 31/12/2010 Airton Pelegrine de Souza a partir de 1º/01/2011
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Capítulo 30 - Transporte 30.1 Ferrovia A estação da Estrada de Ferro Sorocabana- EFS em Presidente Epitácio foi inaugurada no dia 1º/5/1922. Teve papel decisivo na vida da cidade, que já tinha na ocasião, 15 anos. Chegaram a circular vagões para os mais diversos tipos de carga, tais como madeira, gado, cereais e passageiros, não deixando de contar com o vagão restaurante e o vagão leito. Dióres Santos Abreu (1972 pp. 164/167), sobre o transporte ferroviário realizado em Presidente Epitácio pela EFS, mostra que da inauguração da ferrovia em 1º/5/1922 a dezembro de 1925 foram transportados: Ano de 1922 = 1.988 passageiros, 48.037kg de mercadorias e 6.219 animais; Ano de 1923 = 3.267 passageiros, 523.152kg de mercadorias e 20.251 animais; Ano de 1924 = 7.371 passageiros, 92.152kg de mercadorias e 17.113 animais e Ano de 1925 = 10.209 passageiros, 237.928kg de mercadorias e 30.200 animais. FOTO 112
Estação Ferroviária Sorocabana em 1940
Nos anos 90 já estavam circulando apenas vagões graneleiros. Por um pequeno período voltaram a trafegar vagões de passageiro, mas pouco tempo depois isto parou. Dados da empresa Centro Sul Serviços Marítimos registram que a mesma, utilizando a ferrovia administrada pela ALL – América Latina Logística, embarcou em Presidente Epitácio: 369
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Ano de 2004 = 22.282.840kg, sendo milho 21.162.340kg e soja 1.120.500kg. Ano de 2005 = 29.811.866kg, sendo milho 55.320kg e soja 29.756.546kg. Ano de 2006 = 49.894.383kg, sendo milho 25.646.703kg e soja 24.247.680kg. Ano de 2007 = 14.458.000kg de soja. O último trem que trafegou partindo dos silos da Centro Sul Serviços Marítimos de Presidente Epitácio transportou 502.020kg de soja no dia 20/12/2007. Em meados de 2010, a população ainda lutava para que o transporte de cereais voltasse a ser realizado plenamente, tendo em vista a conclusão do novo cais do porto que veio somar aos silos já existentes da Centro Sul Serviços Marítimos, o que permite plena utilização da ferrovia. PAULO CARNEIRO
30.2 Aeroporto Em 18/6/1949, por ocasião da visita do ministro de Viação e Obras públicas, Clóvis Pestana, recepcionado pela Companhia de Navegação da Bacia do Prata, a empresa para homenageá-lo deu ao pequeno aeroporto que existia em Presidente Epitácio, o nome de Aeroporto Clóvis Pestana. Através da Lei Municipal 323 de 29/8/1966 o município recebe da união o terreno do aeroporto. Posteriormente, em 26/3/1990, sua denominação passou a Aeroporto Municipal Geraldo Moacir Bordon, com 314.800m2, recebido por doação do Serviço de Navegação da Bacia do Prata, autarquia federal, de acordo com Decreto 58.370 de 9/5/1966. Conta com uma pista pavimentada de 1.342 metros de extensão 370
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por 17 metros de largura, distando seis km da sede do município. 30.3 Rodoviária O Terminal Rodoviário, inaugurado em 14/9/1996, está localizado à rua São Paulo, 4-44. Empresas de Transporte operando no terminal em meados de 2010: Aurea Turismo Ltda; Empresa Kin-Guin Ltda Empresa de Transportes Andorinha S/A; Empresas Reunidas Paulista de Transporte Ltda; Expresso Maringá Ltda; Expresso Adamantina Ltda; Viação Motta Ltda e Viação São Luís Ltda BENEDITO DE GODOY MORONI
30.4 Navegação O rio Paraná não foi utilizado somente para o transporte de gado. Teve também importante papel no transporte de cereais, principalmente a soja, de madeira, tanto em toras, como serrada e da erva-mate. A madeira era trazida pelos barcos “empurradores” ou como desciam pelo rio, os troncos eram amarrados formando “jangadas” as quais, em Epitácio, eram desmontadas e os troncos puxados por guinchos para a esplanada das serrarias. O porto 371
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de Presidente Epitácio em 1974, conforme consta na revista Estrada Scania, nº 19, era considerado na ocasião como “o segundo porto fluvial do país, perdendo apenas para o de Corumbá (MS)”, mesmo com as dificuldades existentes na questão de embarque e desembarque. Presidente Epitácio já contou com várias empresas de navegação e grande número de embarcações, tanto de carga como de passageiros. A primeira empresa de navegação e transporte instalada em Presidente Epitácio foi a Diederichsen & Tibiriçá (fundada por Francisco Tibiriçá e o Coronel Artur de Aguiar Diederichsen), que trocou de nome, passando chamar-se Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso - CVSPMG. No ano de 1943 a CVSPMG, após encampação, passou a denominar-se Serviço de Navegação da Bacia do Prata - SNBP, autarquia federal. Em 1972 o SNBP encerrou suas atividades em Presidente Epitácio. Epitácio teve, ainda, a empresa Comércio e Navegação Alto Paraná, que possuía dois navios, o Tibiriçá e o Epitácio Pessoa, ”herdados” do SNBP, que realizava roteiros de viagens com destino a Sete Quedas e Foz de Iguaçu. As viagens eram consideradas excelentes, conforme se pode atestar em reportagem feita pela revista O Cruzeiro de 17/02/1971 (p. 124). A Navegação Fluvial Moura Andrade, especialista no transporte de gado, cereais e madeiras, também teve tempos áureos em Epitácio. A Companhia Mate Laranjeira - CML, atualmente com sede em Ponta Porã e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, foi muito importante para Presidente Epitácio. A CML manteve, por muitos anos, o transporte hidroviário nos afluentes do rio Paraná que tinham nascentes no Mato Grosso do Sul, conduzindo, principalmente, erva-mate. Esta era levada até Guaíra (PR), de onde seguia para o Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. Em Presidente Epitácio havia um depósito de erva-mate de onde era despachada para São Paulo através da Estrada de Ferro Sorocabana. Posteriormente a CML entrou no ramo de comércio de madeira, instalando uma serraria em Epitácio e do seu estaleiro saíram o rebocador de ferro Brasília e vários navios, entre os quais o Epitácio Pessoa. Como os proprietários da CML eram moradores da cidade do Rio de Janeiro, chegar a Epitácio era uma odisseia. Tinham que viajar dias de trem para chegar aqui. Enquanto a CML manteve seu estaleiro e a serraria em Epitácio, empregava entre 100 e 110 pessoas. Com o tempo, não havendo mais erva-mate para transportar e a madeira escasseando cada vez mais, fez com que a CML encerrasse suas operações em Presidente Epitácio. 372
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A Navegação Mecca S/A, que em 1974 transportava basicamente cereais, foi outra empresa de navegação de porte a atuar em Presidente Epitácio. Houve a Inconave, dedicada ao transporte de madeira serrada e a Navegação Casadei, para o transporte de toras, ambas voltadas a atender as necessidades de suas empresas. A Comércio e Navegação Belentani operou em Epitácio no período de 1960 a 1972 com chatas para grãos e toras, chata de ferro para transporte de gasolina, além de contar com os barcos Amambahí, o Umuarama e o Castelo Branco. Com tanto movimento náutico na cidade, era indispensável haver local para construção e reparações navais. Isto ficava a cargo da Organização Técnica de Serviço Náutico, de Antônio Monteiro da Cruz e da Murtinho Mendes Gonçalves em cujo estaleiro foi construído o navio Epitácio Pessoa. A empresa Murtinho Mendes Gonçalves efetuava, também, transporte de cargas e passageiros. Atuaram também em Presidente Epitácio a Sarraipa e Companhia Ltda com seus barcos Rio Liz e Lizilena, além das chatas Rio d’Oro, Anchieta, Santa Marta e Dona Mariana; a Navegação Irmãos Guímaro; os barcos da Serraria Pilon e da Serraria Pacheco, ambas de Venceslau e o transporte de José Francisco Pereira com o barco José Carlos. Merece destaque a Comércio e Navegação Alto Paraná Ltda que atuou em Epitácio desde 1952, originariamente estruturada para o transporte de madeira, depois evoluindo para o transporte de cereais e combustíveis e transporte de passageiros, cobrindo com a lancha Bandeirante o percurso Epitácio/Guaíra em 18 horas. Posteriormente teve sua razão social alterada para Nav-Tur Navegação e Turismo Ltda. Contou com os navios Epitácio Pessoa, Cidade de Barra Bonita e o Tibiriçá, além da lancha Anhembí. Adão Virgolino da Cruz lembra que nos áureos tempos do transporte de passageiros pelo rio Paraná, partindo de Presidente Epitácio com destino a Guaíra (PR), as encomendas de passagem vinham com recomendação de serem feitas reservas no navio Capitão Heitor. Isto porque as suas viagens tinham um toque maior de romantismo, paravam em praias que só um navio de pequeno calado podia realizar, como o Capitão Heitor, navio com propulsão a lenha que impulsionava uma roda. Havia outros navios com esta característica, como o Tibiriçá e o Leão. A Sartco Ltda era, em meados de 2010, a única empresa de navegação que possuía rebocadores, empurradores e barcaças ancorados em Presidente Epitácio. 373
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Atualmente não existe nenhuma empresa de navegação ou navio operando em Presidente Epitácio, com exceção do barco Itamaraty XII da empresa de navegação Centro Oeste, da escuna Pérola Negra, dos barcos areeiros e dos barcos pertencentes a pescadores. O barco Itamaraty XII, inaugurado em dezembro de 2004, possui 40,8 m de comprimento e 6,5m de altura. Com capacidade para receber 1000 passageiros quando ancorado e 600 passageiros em trânsito. Nos passeios pelo rio Paraná limita sua capacidade para 300 pessoas acomodadas e no almoço serve peixada, especialidade da Estância Turística de Presidente Epitácio. Nesses passeios, geralmente, há música ao vivo, sorteio de brindes e prêmios. A escuna Pérola Negra, por sua vez, tem 14 metros de comprimento e 4,30 metros de boca moldada (largura). A escuna foi construída toda em madeira em 2001. Os passeios na Pérola Negra têm duração variada e diferentes roteiros como: passeio do Córrego do Veado; passeio das Ilhas; passeio da Orla; passeio da Ponte; minicruzeiros, etc. A escuna pode ser utilizada para: confraternização de famílias e amigos; desembarcar em ilhas; observar a vida selvagem ou mergulhar com arraias e praticar esportes náuticos como wakeboard, parasail e outros. A expectativa é de que os portos, tanto de carga como turístico, sejam reativados e a ferrovia coloque composições para o transporte de grãos, que viriam principalmente de Hernandárias, no Paraguai. FOTO 113
Navegação Sartco
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Capítulo 31 - Visitantes ilustres Dentre as visitas ilustres que Presidente Epitácio recebeu, registram-se: Em 1924 Isidoro Dias Lopes, Juarez Távora e o Tenente Cabanas estiveram em Presidente Epitácio. O cônsul húngaro de São Paulo, Nicolas Horthy, e o Ministro Prenipotenciário húngaro Lajos Boghár visitam a Colônia Arpad em 18/8/1940. Em 18/6/1949 o ministro de Viação e Obras públicas, Clóvis Pestana, visitou Presidente Epitácio, sendo recepcionado pela Companhia de Navegação da Bacia do Prata Ainda no ano de 1949 o ministro da Educação e Saúde, Clemente Mariani Bittencourt, veio a Epitácio. Nos anos 50, no governo do prefeito Gerônimo Ribeiro, visitou Epitácio o jornalista Assis Chateaubriand, que encantado com a cidade, escreveu sobre ela durante um mês. O Cônsul Geral do Japão em São Paulo, Yoshizou Saito, visitou Presidente Epitácio em 9/7/1954, participando da fundação do clube japonês, Associação Cultural e Recreativa de Presidente Epitácio. Em 29/8/1957 Presidente Epitácio recebe o presidente da República Juscelino Kubstichek e o político Ulisses Guimarães que vieram visitar as obras da prospecção de petróleo. Jânio Quadros visitou Presidente Epitácio para receber o título de cidadão epitaciano em 1959. Ademar de Barros, em suas viagens que fazia para a fazenda de amigo no Mato Grosso do Sul, passou pela cidade várias vezes informalmente visitando-a e a corriligionários como Esmeraldo Marinho, Alberto José Assad e Domingos Marinho. Isto entre 1947 e 1951, bem com em sua campanha política para as eleições de 1962. Aos 21/8/1965, o presidente da República Castelo Branco, inaugurou a ponte Maurício Joppert da Silva. O ministro de Minas e Energias, Mário Tibhau participou, em 21/8/1965, da inauguração da ponte Maurício Joppert da Silva O ministro dos Transportes Mário Andreazza esteve na cidade várias vezes no período de 1967 a 1974. Em julho de 1972, o ex-vice-presidente da República, Almirante Augusto Radmaker, visitou Epitácio. O cônsul Geral do Japão em São Paulo, Noburiko Kaho, em 1988 visitou 375
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a Associação Cultural e Recreativa de Presidente Epitácio. Fernando Collor visitou Presidente Epitácio em sua campanha política para presidente da República, em 1989. FOTO 114
Wilson Rondó, Gerônimo Ribeiro e Juscelino Kubstichek
Valdir Loyolla cumprimenta Jânio Quadros
Castelo Branco inaugura a Ponte Maurício Joppert da Silva 376
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Capítulo 32 - Campinal 32.1 Origem do nome Campinal O nome Campinal originou-se pelo fato de que em 1921 a Companhia Agrária, que se dizia proprietária de uma grande gleba de terras que ia até o rio do Peixe, incumbiu seu funcionário Francisco Campinal de providenciar a demarcação de tal gleba. Este contratou Carlos Alberto Borromei, engenheiro prático para medir as terras. O engenheiro, então, passou a executar o serviço de medições indicadas por Francisco Campinal. Ao referir-se ao trabalho que executava, dizia realizar medições das terras “do Campinal”, pois fora este que o contratara. Com o tempo isto fez com que o local passasse a ser conhecido como Campinal, nome que ficou consagrado. A gleba, além do nome Campinal, era também conhecida como fazenda Pederneiras ou Aymorés. 32.2 Antecedentes O primeiro casal de agricultores japoneses a chegar na região do Campinal, nos anos 40, foi Fukuso Uesuki e sua mulher Tomiko Uesuki. Vieram, em seguida, cerca de 60 famílias de japoneses, também agricultores. A agricultura inicial foi da batatinha. Posteriormente a cultura agrícola foi diversificando-se com o plantio de feijão, arroz, milho, hortelã e amendoim. É de destacar-se que os japoneses do local construíram, com recursos próprios, duas escolas, uma para o ensino regular e outra para manter acesa as tradições, a língua e os costumes japoneses. Com o passar do tempo vieram novos agricultores que se tornaram arrendatários. 32.3 Criação Loteamento rural de 4.605,912 hectares, à margem esquerda do rio Paraná, pela empresa Lara Bueno e Companhia, em 30/9/1949, dá início à comunidade do Campinal. Esta data foi oficializada como origem do Campinal pela Lei Municipal nº 2.316 de 14/12/2010. Eram áreas para pequenos produtores. Aos mesmos era mais interessante comprar tais áreas, do que arrendarem terras, porque os pagamentos pela compra dos imóveis eram feitos, posteriormente, com o resultado das colheitas. Até então, mesmo pertencendo antes ao distrito e depois ao município de Presidente Epitácio, o Campinal mantinha-se mais ligado ao município de 377
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Presidente Venceslau. Acontece que na época, além de Venceslau contar com recursos que Presidente Epitácio ainda não possuía e, até 1953, o contato do Campinal com Epitácio era complicado. Não havia, ainda, a ligação direta entre Epitácio e Campinal. Saindo do Campinal, para chegar-se a Epitácio, tinha-se que primeiro ir até Presidente Venceslau para depois atingir Epitácio. Quem queria ir de Epitácio ao Campinal, o caminho inverso, tinha que ir até Venceslau para, de lá, pegar a estrada para o Campinal. Um outro caminho alternativo e precário para se chegar ao Campinal era ir de Epitácio até Caiua, de onde, saindo pela estrada da Colônia Seca, alemã, seguia-se por um trilheiro até encontrar com a estrada Venceslau/Campinal, para então tomar o rumo do Campinal. Segundo relato de Gerônimo Ribeiro, no município de Presidente Epitácio, até 1953, só havia trilheiros e picadas. Para cumprir um de seus compromissos da campanha eleitoral e resolver o problema de ligação de Epitácio com o Campinal, Gerônimo Ribeiro, em 1953, fez a estrada ligando esses dois pontos. Mas Gerônimo Ribeiro conta que isso não foi fácil. Havia a resistência de fazendeiros que não queriam a estrada passando por suas propriedades. Assim Gerônimo Ribeiro se utilizou da medida que achou ser a única viável: foi a São José do Egito – Pernambuco, e recrutou trabalhadores destemidos e valentes, os quais executaram “no braço” a estrada, pois os moradores de Presidente Epitácio recusavam-se a trabalhar na referida obra. A ponte sobre o Córrego do Veado foi construída, na época, também de madeira doada. Por volta de 1954, conforme relatos verbais de Gerônimo Ribeiro e Avelino Saldanha Neto – Lino -, Rafael De Luca criou loteamento em parte do local do atual Distrito do Campinal, empreendimento este que De Luca atribuiu o nome de Cidade Dona Leonor de Barros, dentro da gleba 48. No sentido Epitácio/Panorama o loteamento ficava no lado direito da atual Avenida Nishiro Shiguematsu, e no lado esquerdo estava a propriedade de Manuel Antônio Gomes, o qual naquela ocasião utilizava suas terras para o plantio de algodão. O nome estabelecido pelo empreendedor era Cidade Dona Leonor de Barros, em homenagem à mulher do político paulista Ademar de Barros. Todavia o nome Campinal já era utilizado e empregado de modo geral na região. Gerônimo Ribeiro conta que De Luca, uma pessoa alta e forte, que gostava de usar óculos Ray-Ban e era partidário fanático do político 378
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paulista Ademar de Barros. Assim, em toda ocasião que podia, mostrava essa sua preferência política. Inclusive certa vez circulou em sua camioneta com enorme cartaz de Ademar de Barros a fim de divulgar seu candidato. Isto até trouxe problemas a ele, pois como De Luca era agente comercial da Estrada de Ferro Sorocabana, sofreu retaliação devido a essa demonstração de seu “ademarismo”.
Lino, por sua vez, que praticamente todas as vezes acompanhava De Luca em suas visitas ao loteamento também relata que De Luca trazia sempre consigo a planta referente ao loteamento da “cidade”. Por residir em Presidente Prudente visitava o local frequentemente e não se conformava, e até mesmo se irritava, com o fato das pessoas insistirem em usar a denominação de Campinal ao invés de Cidade Dona Leonor de Barros, nome que ele deu ao loteamento feito nas terras da gleba 48, que alegava como suas.
Com o passar dos anos as visitas feitas por De Luca foram rareando até que deixou de aparecer no loteamento. Contudo moradores continuaram a se instalar no local e não “pegou” o nome Cidade Dona Leonor de Barros, permanecendo o local como Campinal. Depois parte de outras propriedades também foram vendidas em lotes para moradias no Distrito do Campinal, que não só conservou como consagrou este nome. 32.4 Evolução A primeira capela de São Sebastião, feita de madeira, foi construída em 1957. Ainda em 1957 José da Conceição Gonçalves, “Zé Dico”, comprou na região do Campinal terras de Fausto Alves Barreira. Nessa ocasião, começaram a chegar os primeiros imigrantes nordestinos, que cuidavam do plantio de feijão, arroz, algodão, mamona, milho, etc, além de criar animais e aves para consumo familiar. Em 1965 é construída a atual capela de São
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Sebastião. Com o projeto já aprovado para a construção da Usina Hidroelétrica de Porto Primavera, hoje Sérgio Motta, em 1981 iniciou-se o projeto Lagoa São Paulo destinado a distribuir lotes de até 14 hectares entre os antigos arrendatários da região, que haviam sido transformados em posseiros por lei sancionada pelo governo do estado de São Paulo, formando as cinco Agrovilas. Receberam lotes 460 famílias. Estes exploram também a pecuária leiteira incipiente, geralmente contando com baixo padrão racial dos animais, fato que não permite aumentar a produção de litros/matriz/dia. Parte desse leite é utilizada para a fabricação de queijo e manteiga caseira para consumo familiar. No governo de Franco Montoro foi promulgada a Lei 4.954, de 27/12/1985, criando o Distrito do Campinal, vinculado ao município de Presidente Epitácio. A região, que já foi grande produtora agrícola, inclusive com a família Yoshihara plantando melões para exportação, hoje se apresenta com pouca atividade nesta área. Estudos geológicos feitos pela CESP sob o título “Diagnóstico do Campinal” constataram que o Campinal, por constituirse de solo originário de arenito caiuá, bastante arenoso, pouco compacto e pobre de nutrientes, tem facilitadas a erosão e a lixiviação, que exigem, cada vez mais, aplicações de corretivos de solo em maior quantidade. Esses estudos mostram que não ocorrendo o manejo racional do solo, as chuvas arrastam os nutrientes e micro-organismos da camada superficial da terra, tornando-a improdutiva. A sericultura no Campinal, com a criação do projeto Bicho da Seda, procurou fixar o trabalhador em seus lotes de terra e aumentar a renda familiar. Entretanto esta atividade, que precisa de área mínima de 7,26 hectares para o plantio de amoreiras, suficiente para alimentar 50 gramas de larvas de bicho da seda que em 29 dias produzem cinco quilos de casulo por grama, não teve o sucesso esperado. 32.5 Saneamento básico Apesar do distrito do Campinal ter rede de água em todos os imóveis, até o início de 2010 não dispunha de rede de esgoto. O esgoto produzido era lançado em fossas, na totalidade das residências, empresas, escolas e postos de saúde. Como o lençol freático na região sofreu alteração após o enchimento da 380
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usina Hidroelétrica Sérgio Motta, além do fato de que em época de muita chuva esse lençol é afetado, recentemente várias fossas transbordaram e deixaram os detritos a céu aberto. No início de 2010 o vereador Rosmen dos Santos Lopes requereu na Câmara Municipal que a comunidade do Campinal fosse consultada se haveria interesse da mesma em ser relocada para outra área mais elevada, a fim de evitar os transtornos da proximidade do lençol freático. Mas a consulta não foi realizada, tendo em vista que em audiências públicas, uma em Epitácio e outra no Campinal, as quais contaram com a presença do prefeito, do representante do Ministério Público do Meio Ambiente e da comunidade do Campinal, os moradores daquele distrito foram informados que tratativas estavam em andamento para solucionar o problema do esgoto. FOTO 118
Distrito do Campinal FOTO 119
Centro Comunitário do Distrito do Campinal em 1987 381
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Capítulo 33 – Festas 33.1 Primeiro de Maio Acredita-se que o início das festas de 1º de Maio em Presidente Epitácio tenha ocorrido no começo dos anos 1930, pois Joaquina Carlos Machado da Silva (dona Dodô) relata que a comemoração é anterior a sua chegada ao Porto Tibiriçá, ocorrida em 3/4/1933. Era a maior festa da região, quando moradores desde a cidade de Assis, vinham de trem especial e caminhões passar o 1º de Maio nas barrancas do rio Paraná. As pessoas começavam a festa no lado paulista, mais precisamente no Parque Figueiral, que o chefe do distrito mandava limpar para receber os usuários. Inicialmente a Cia. de Viação São Paulo Mato Grosso e depois o Serviço de Navegação da Bacia do Prata – SNBP, por sua vez, colocavam embarcações à disposição da população para levá-las até o Porto XV , no atual Mato Grosso do Sul, onde havia corrida de cavalo, futebol, brincadeiras, música e um grande piquenique. Era o dia todo um leva e traz de pessoas aproveitando o feriado. Segundo dona Dodô, “era uma festa muito bonita que contava com a participação especial das pessoas de fora, pois Epitácio ainda era muito pequena. Todos os habitantes iam à festa. O povo de fora era imenso”. Com o passar do tempo, os moradores de Presidente Epitácio resolveram que os festejos deveriam ter destaque no lado paulista. Assim, em 1949, foi organizada a primeira festa com caráter oficial no Parque Figueiral, o qual contou com barracas para guloseimas, diversões e até uma pista cimentada para dança. A partir de então cresceu mais ainda a participação popular. O trem, que no 1º de Maio transportava os passageiros gratuitamente de Assis até Presidente Epitácio e depois de Epitácio a Assis, em sua chegada era uma festa só, com os vagões repletos de pessoas. No Parque Figueiral as famílias escolhiam figueiras sob as quais iriam passar o dia fazendo o piquenique, aproveitando a praia que se formava com a baixa das águas do rio Paraná. Banda, cantores, tocadores, diversões e alegria espalhavam-se pelas barrancas do rio Paraná durante o dia todo. Raimundo Farias de Oliveira, lembrando-se de um 1º de Maio que passou FOTO 120
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em Epitácio, narra: ... nas sombras acolhedoras do Figueiral, à margem do rio Paraná, onde a gordura das carnes caindo nas brasas vivas, exalava um cheiro capitoso, reunindo e aproximando homens e mulheres que comiam, bebiam, dançavam e cantavam ao som de violões e cavaquinhos acompanhados de pandeiros, o dia se passou entremeado de valsas, mazurcas, rancheiras, tangos, guarânias, marchas e sambas, com músicos se alternando ou somando-se ao som estridente da sanfoninha de oito baixos. (p. 46)
À tardinha começava-se o retorno para a estação, após os namorados deixarem gravados nos troncos das figueiras mensagens de amor. De volta ao trem, as pessoas se despediam, umas prometendo voltar no próximo ano e outras já querendo na primeira oportunidade retornar. Quando em 1972 o SNBP deu por encerrada suas atividades em Epitácio as comemorações do 1º de Maio começaram a decrescer. Já não havia mais os piqueniques. As outras comemorações alusivas à data continuaram, com prática de esportes, corridas e travessia a nado do rio Paraná. Atualmente o 1º de Maio é comemorado, não mais contando com as atrações de que se revestia num tempo em que a maior distração das pessoas era o contato pessoal. 33.2 Nossa Senhora dos Navegantes Os marinheiros, marítimos e navegadores têm como sua padroeira N.S. dos Navegantes. No oeste, há no dia 15 de agosto, segundo Wilson Cruz em suas anotações sobre a padroeira dos navegantes, “a mais bonita e tradicional festa religiosa do oeste paulista e leste do estado do Mato Grosso do Sul: a procissão de Nossa Senhora dos Navegantes sobre as águas dos rios Pardo e Paraná, entre o Porto XV (distrito de Bataguassu – MS) e Presidente Epitácio (SP)” (1997). Wilson Cruz relata que a origem dessa procissão deu-se ao fato de que nos fins de 1944, em reunião realizada na residência de Francisco (Quinzinho), FOTO 121
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que ficava na região do Porto XV (MS), estando presentes várias pessoas, entre elas o dirigente da vila Tibiriçá e funcionário do Serviço de Navegação da Bacia do Prata – SNBP - Armênio Macário Ribeiro, bem como Juca Monteiro e dona Cota, começou-se a conversar sobre a ideia de Armênio Macário em fazer aqui na região, nas águas do rio Paraná, uma festa religiosa igual a que há muitos anos era realizada em Porto Alegre (RS), a “Festa da Padroeira dos Marítimos, N. S. Navegantes”. Nisso “Quinzinho” lembrou aos presentes que seu filho, de nome Bento, pertencente à Força Expedicionária Brasileira – FEB, estava combatendo nos campos da Itália na Segunda Guerra e que ele, “Quinzinho”, havia feito a promessa de que caso Bento retornasse com vida e saúde, construiria uma capela no Porto XV e que a padroeira seria N. S. dos Navegantes. Naquela ocasião Armênio Macário prometeu a “Quinzinho” e aos marítimos que iria dar-lhes uma padroeira, conforme revelam anotações de Ribeiro, feitas no verso da foto tirada da primeira procissão . Terminada a guerra e Bento tendo voltado são e salvo, a promessa de “Quinzinho” e de Armênio Macário Ribeiro não foram esquecidas. No começo de 1947 foi iniciada a construção da capela de N.S. dos Navegantes no Porto XV. Era uma capela pequena de madeira, construída em terreno e com material pertencentes ao SNBP. Construída a capela, faltava a imagem. Armênio Macário e sua filha Maria de Lourdes foram até São Paulo e de lá, de avião, foram buscar a imagem da santa em Porto Alegre (RS), originária da Igreja Matriz de N.S. dos Navegantes, fato narrado por Wilson Cruz e confirmado por Marino, filho de Armênio Macário. O andor construído pelo carpinteiro paraguaio Conrado Oviedo Gonçalves, era de madeira com o formato de uma pequena escuna. Acertou-se que durante o ano, a imagem ficaria na capela do Porto XV e que faltando nove dias para a procissão, ela seria transferida para o Porto Tibiriçá, onde a imagem seria preparada. No dia, sairia do Porto Tibiriça, embarcada, em procissão fluvial, até o porto de Presidente Epitácio, onde receberia os turistas e então seguiria para o Porto XV , onde a santa ficaria até a próxima festa. A primeira procissão se deu em 2/02/1948. Foi uma grande festa, conforme relata Wilson Cruz em suas anotações. Trem especial partiu de Assis, com oito vagões, sendo um correio, três de segunda classe, dois de primeira classe e um carro restaurante, com passagem grátis para quem quisesse embarcar. Outros se valeram dos mais diversos meios de transporte para chegar a Porto Tibiriçá. Participaram da procissão o vapor Tibiriçá, Capitão Heitor, Rio 385
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Paraná, Rio Brilhante, Guaíra, rebocador XV de Novembro, Amambaí, lancha Iguassu, várias balsas de transportar gado (todas desinfetadas e pintadas de branco), chatas, rebocador Dom Pancho, Dom Negrito e lancha Tomaz Heles (cedidos pela Companhia Mate Laranjeira), além de dezenas de botes a motor pilotados por pescadores, todos ornamentados. Em suas anotações, no verso da foto da capela no Porto XV, Armênio Macário Ribeiro escreveu: “Nossa Senhora dos Navegantes, no andor, carregada pelos oficiais e marinheiros de nossa navegação do alto Paraná. Esta procissão saiu pela primeira vez de São Paulo da cidade de Presidente Epitácio para o de Mato Grosso, lugar de divisa com o de São Paulo, chamado Porto 15, onde construí uma capela e trasladei a Santa para aquelas paragens; aí estou na porta da pequena capela construída por mim, recebendo na entrada a Santa, e fiz com grande emoção o meu discurso ao povo que acabara de cumprir minha promessa que há cinco anos prometi aos marítimos dar-lhes uma padroeira”. Com o passar do tempo, até uma área em Presidente Epitácio foi doada para a construção de uma igreja, mas isto não ocorreu. Hoje, no local, está a Praça da Criança. No Porto XV de Novembro, uma nova igreja foi construída por Peri Barbosa Martins, maior, oferecendo melhores acomodações e em terreno que não pertencia ao SNBP. Um problema sério foi o da mudança de 2 de fevereiro para 15 de agosto. É do conhecimento geral que a data comemorativa de N. S. dos Navegantes é em 2 de fevereiro. Ocorre que nessa época, no rio Paraná e Pardo, é período de cheia, e o Porto XV de Novembro ficava praticamente inundado, tanto que em certa ocasião a imagem só pôde chegar “à antiga capela dentro de um bote a remo, acompanhada por três pessoas”, conforme conta Wilson Cruz. Por isso tudo, além dos perigos de afogamentos e falta de maiores proteções, a procissão, já a partir de 1951, passou a ser realizada no dia 15 de agosto. Os saudosistas falam que as melhores festas de N. S. Navegantes foram as FOTO 122
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de 1948 e 1949. Mas com a formação do lago da Hidroelétrica Sérgio Motta e a construção da Nova Porto XV, onde foi erigida uma capela para N.S. dos Navegantes, a procissão, mesmo mais longa e após ter que ser realizada somente por via terrestre em dois anos, voltou a ser uma realidade e com o mesmo espírito de fé e religiosidade que sempre a marcaram. 33.3 Festa da Praia Iniciada em 1963, a Festa da Praia desenvolvia-se por todos finais de semana do mês de setembro no Figueiral. Era a ocasião em que o rio Paraná baixava suas águas e formavase uma praia extensa para o deleite das pessoas. Havia atividade como música, canto, exibições, danças, gincanas e desfiles de moda. No ano de 1971 houve o concurso de Rainha da Praia, sendo eleita Rosemary Carlota Ramos. O jornal Gazeta Epitaciana já anunciava, em 1977, que naquele ano a 14ª Festa da Praia contaria com campeonato de esqui, dança portuguesa, show bool, roda de samba, ginástica sueca, gincana, dança folclórica, pirâmide humana, desfile de modas e concurso Rainha da Praia (anoV, nº 25). No ano de 1979 deixava de ser realizada a Festa da Praia. Dalva Alves Miranda é a primeira a ser eleita Miss Epitácio em 1980 no concurso promovido para escolher a representante da cidade que iria concorrer ao Miss S. Paulo.
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Ivana Kátia
33.4 Festa do Rei Pintado Durante a viagem inaugural do navio Epitácio Pessoa, em 1965, Wilson Cruz conta que foi resolvido fazer uma festa nos moldes da que se faz quando os navios passam pela linha do equador. Inicialmente chamaram de “Festa do Quador”, mas em justa homenagem ao rio Paraná e aos peixes que o povoavam, alterou-se a denominação da festa para “Festa do Rei Pintado”. Já com a preocupação ecológica tendo seus primeiros sinais, o tema central do festejo era a luta para manter os peixes do rio Paraná. 387
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As pessoas recebiam certificados atestando sua participação na festa, com os respectivos títulos nobiliários atribuídos. Estes títulos representavam os peixes do rio Paraná: o rei – pintado; o príncipe e a princesa – jaú; o arauto – dourado; o cobrador de impostos – a traíra; o bobo da corte – o dourado cachorra; o conde e a condessa – piau; o visconde e a viscondessa – barbado; o barão e a baronesa – pacu; o primeiro ministro – bagre e o duque e a duquesa – mandi, por exemplo. Os súditos eram lambaris, peixes miúdos mas decentes. Já a rainha, inicialmente a piranha, peixe guerreiro e valente, devido à conotação pejorativa que poderia trazer, foi substituída por rainha pintado. Esta festa, que era feita nos passeios do navio Epitácio Pessoa, em 1985 e 1986 foi realizada em terra. Depois voltou ao navio e sua última realização foi em 1998. FOTO 124
33.5 Festa dos Pretos Belmiro Pimenta, Eneias Galvan e Mário Paulo da Silva (Mário Preto) conversavam no Bar do Espanhol (Henrique Garcia Prieto) sobre as comemorações do 13 de Maio, no início de 1982. Então comentou-se em tornar a data mais descontraída, com uma brincadeira. Surgiu a ideia de fazer-se um jantar diferente, onde os negros é que seriam servidos pelos brancos, até a meia noite. Daí à concretização foi um passo. No dia 13/5/1982, na casa do casal Belmiro e Odete, foi realizada a primeira Festa dos Pretos, com um churrasco onde os brancos serviram aos negros os comes e bebes. Nos anos seguintes a adesão de novos participantes foi crescendo e a Festa dos Pretos passou a contar, além do jantar, com bailes, em sua maioria realizados no Clube da Filarmônica 27 de Março. Nesses bailes o destaque era para a dança que Mário Preto e a Nega Maluca (Espanhol fantasiado de negra) apresentavam. FOTO 125
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Muitos nomes fazem parte da Festa dos Pretos, realizada todos os anos em Epitácio no dia 13 de Maio. Entre eles encontram-se Aroldo Ferreira da Silva, Maria Jordelina Nogueira de Andrade, Sebastião Ferreira da Silva, Pedro Ferreira da Silva, Adão Virgolino da Cruz, Hermes Martins, Maria José Martins e outros. 33.6 Festival Nacional de Pesca Apercebendo-se da vocação turística de Presidente Epitácio, instituiuse o Festival Nacional de Pesca em 1984. É festa realizada entre os meses de setembro e outubro, inicialmente partindo do Parque Figueiral. O rio Paraná, piscoso até então, era local de capturar-se peixes que chegavam a pesar 150 quilos, conforme relatou Milton Sátiro ao jornal A Fronteira em Edição Especial (1994 p. 6). Nos festivais, o maior peixe pescado foi um jaú de 56,1 quilos, capturado no Poção do Jacó pela dupla de pescadores Milton Sátiro e José Carlos Ferreira. Os pescadores que participavam do Festival concorriam a prêmios que iam de material para pesca, a barcos e motores. Havia, ainda, a participação ativa das escolas nos festivais. Campeonatos de vôlei eram atividades complementares nos festejos. O festival evoluiu para chegarse, atualmente, ao Pesque e Solte. A medida, que teve o apoio dos pescadores participantes do festival, visou preservar o meio ambiente. Com a pesca esportiva, dá-se oportunidade para que os peixes cresçam e tornemse atração para os amantes da pescaria. Isto se fez necessário, também, devido ao fato de que com a formação do lago da Hidroelétrica Sérgio Motta, as águas do rio Paraná deixaram de ter a correnteza de antes, fazendo com que diversas espécies de peixes deixassem de existir como, por exemplo, o dourado. No Festival Nacional de Pesca praticado atualmente, com saída do novo Parque Figueiral, os peixes são capturados, medidos, pesados e, FOTO 126
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conforme o caso, fotografados para em seguida serem devolvidos vivos ao rio. A pontuação dos participantes se dá, levando-se em conta tamanho, peso e quantidade. 33.7 Concurso de Miss No ano de 1984 foi instituído o Miss Turismo Presidente Epitácio, concurso que se realizava na mesma ocasião do Festival Nacional de Pesca. A primeira Miss Turismo Presidente Epitácio, eleita no Parque Figueiral em 1984, foi Jacqueline Barros Bergamasco. As misses Turismo Presidente Epitácio e posteriormente, a partir de 2005, Miss Epitácio foram: Paola Caseiro Soriano 1985 – Denise Perin; 1986 – Adriane Moleiro Philipp; 1987 – Tereza Cristina da Silva; 1988 – Cristiane Néspoli; 1989 – Adriane da Silva Cunha; 1990 – Alessandra Bosso Cabanilha; 1991 – Fabiana dos Santos; 1992 - Eliane Renata Rodrigues Lima Alonso; 1993 – Flávia Rubia Paulo; 1994 – Juliana Conceição Teodoro; 1995 – Rúbia Rodrigues Rosário; 1996 – Juliana Maria Camargo; 1997 – Lys Elena Maneti dos Santos; 1998 – Marcela Fernandez Cruz; 1999 – Maximilia Dornellas de Oliveira; 2000 – Não houve concurso; 2001 – Gláucia Galego Bastos; 2002 – Não houve concurso; 2003 – Não houve concurso; 2004 - Não houve concurso; 2005 – Drielle Santana; 2006 – Tâmara Jardim Suardi; 2007 - Paola Caseiro Soriano; 390
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2008 – Não houve concurso; 2009 – Amanda Dias Guirao; 2010 – Não houve concurso A partir de 1985 estabeleceu-se que a segunda colocada no Miss Turismo Presidente Epitácio seria a Rainha do Festival Nacional de Pesca, denominada Rainha do Fest Tur a partir de 2005. Assim tivemos as rainhas: 1985 – Maria da Glória Freitas Martins; 1986 – Kelen da Silva Oliveira; 1987 – Tatiana Narezzi de Brito; 1988 – Luciana Ramão de Oliveira; 1989 – Cláudia Britez; Caroline Fernandes Liske 1990 – Adriana Sarraipa Guímaro; 1991 – Ana Francisca Sequecin; 1992 – Carine Scopel; 1993 – Tatiana Cabanilha; 1994 – Karla Cristina de Oliveira Garcia; 1995 – Glauce Dunke Felisbino; 1996 – Priscila Coelho de Souza; 1997 – Michele Rippi Paié; 1998 – Fernanda Martins Madrid; 1999 – Mariana Therezan Zanini; 2000 – Não houve concurso; 2001 – Sarita Gomes; 2002 – Não houve concurso; 2003 – Não houve concurso; 2004 - Não houve concurso; 2005 – Patrícia dos Santos Silva; 2006 – Julyhellen Godofredo Braga; 2007 – Caroline Ferreira Liske; 2008 – Não houve concurso; 2009 – Pâmela Camargo Amaral; 2010 – Não houve concurso No ano de 1985 teve início o Miss Turismo Regional, também promovido durante o Festival Nacional de Pesca. Concorreram candidatas não só das cidades vizinhas paulista, como de cidades do Mato Grosso do Sul. A partir ORINHO
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de 2005 a denominação deste concurso passou para Miss Turismo do Oeste Paulista. A primeira vencedora do Miss Turismo Regional, em 1985, foi Carmem Lúcia Fradez Nunes, da cidade de Álvares Machado. A ela seguiram: 1986 – Adriana Moleiro Phi1lip, de Presidente Epitácio; 1987 – Rita de Cássia Gargantini, de Presidente Prudente; 1988 – Luciene Andrade de Oliveira, de Presidente Prudente; Marcela Fernandez da Cruz 1989 – Andréa Toniolo, de Dracena; 1990 – Rita de Cássia Farias Kuester, de São João do Pau d’Alho; 1991 – Marielen Sponton, de Santo Anastácio; 1992 – Eliane Renata Rodrigues Lima Alonso, de Presidente Epitácio; 1993 – Flávia Rubia, de Presidente Epitácio; 1994 – Elaine Mickely Pipino da Cunha Lima, de Presidente Venceslau; 1995 – Yara Soares, de Ourinhos; 1996 – Juliana Maria Camargo, de Presidente Epitácio; 1997 – Vanessa Ribeiro, de Presidente Venceslau; 1998 – Marcela Fernandez da Cruz, de Presidente Epitácio; 1999 – Cristiane da Silva Oliveira, de Assis; 2000 – Não houve concurso; 2001 – Lilian Cássia Quiraldelo, de Irapuru; 2002 – Não houve concurso; 2003 – Não houve concurso; 2004 - Não houve concurso; 2005 – Pauline Aparecida Pinheiro, de Rancharia; 2006 – Débora Camila Ribairo Andratto, de Presidente Prudente; 2007 – Paola Caseiro Soriano, de Presidente Epitácio; 2008 – Não houve concurso; 2009 – Camila Marchi, de Emilianópolis; 2010 – Não houve concurso
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33.8 Teatralização da paixão de Cristo O início desta apresentação, em 1985, ocorreu através de grupo composto 392
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por jovens da igreja São Pedro. Estes, após procissão que saía da igreja São Pedro e ia até a praça do Cruzeiro, apresentavam a encenação na rua, na carroceria de um caminhão que ficava estacionado na praça do Cruzeiro. Em 1998 o padre Atílio Taricco fez o convite para que um novo grupo assumisse essa encenação, sendo convidadas pessoas da comunidade para que assumisse a coordenação. Novas ideias surgiram e a encenação passou a ser feita no Ginásio de Esportes. Em três anos o local já não mais comportava o público presente, obrigando a transferir a apresentação para a praça da Criança. O local foi utilizado por quatro anos, mas, com o número de público aumentando, era preciso estudar-se nova alternativa de local para apresentação. Como era sonho dos organizadores realizar a apresentação ao ar livre, como nos grandes centros, e como surgiu a oportunidade de realizar a teatralização em lugar aberto, na orla fluvial de Presidente Epitácio, o sonho tornou-se realidade. A cada ano, inovações foram incorporadas e em cinco anos a teatralização foi crescendo, tendo sempre ajuda da comunidade e dos meninos da Casa Santa Marta na construção dos cenários. A teatralização reúne, na orla, cerca de 8.000 pessoas de toda a região que comparecem para assistir, segundo pesquisa da Globo News de 2010, o maior teatro em céu aberto da região e como quinto maior do Brasil. A cada ano há inovações na apresentação e nos cenários. Toda a teatralização é encenada com dublagem, contando com 180 atores, todos amadores e voluntários da comunidade, participantes de três meses de idade a 79 anos. Em 2010 as pessoas que estavam a frente do evento eram: Marcírio A. Vera Rolim, Gislaine Cristina Coser Rolim, Robert Yoshitaki, Sonia Yoshitaki e Cibele Adriana de Menezes. Há grande união em torno deste evento onde as pessoas ajudam muito para poder mostrar a vida, paixão e ressurreição de Jesus Cristo, sob uma visão bíblica. Trata-se de evento promovido pela igreja católica de Presidente Epitácio, porém, destina-se a todo cristão. Desde 2009 a teatralização da paixão de Cristo faz parte do calendário turístico de Epitácio. FOTO 128
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33.9 Fogueirão No ano de 1986, em bate papo de fim de tarde, Neemézio Costa (Costinha) e Antônio Martins de Brito (Camisola) conversavam sobre como melhorar as comemorações do dia de São Pedro, padroeiro da cidade. Daí surgiu a ideia de fazer-se um fogueirão no dia 28 de junho, onde seriam servidos, gratuitamente, pipoca, quentão e batata doce. Quando chegou o Dia de São Pedro de 1986, tudo estava preparado com barraquinhas e o fogueirão, erguido em terreno da rua São Paulo, na quadra três. A Prefeitura colaborou com as guloseimas e materiais para o 1º Fogueirão. Firmas participaram emprestando barracas. As escolas colaboraram emprestando fogão, panelas e utensílios. As merendeiras e demais funcionários municipais participaram do evento com seus serviços. O “quartel general” da festa foi na casa de Antônio Martins de Brito. Antes de acender o fogueirão, fazia-se a queima de fogos de artifício. O 2º Fogueirão foi realizado onde atualmente é a Praça da Criança (entre as ruas Vitória, Álvaro Coelho, Pernambuco e Recife), já sem a participação de Costinha, que falecera. Já o 3º Fogueirão realizou-se na esquina da rua Manaus com Álvaro Coelho. Do 4º até a 14º Fogueirão, passou-se a erguê-lo na Praça do Azulão (entre as ruas Paraná, Guanabara, Rio de Janeiro e Mato Grosso). No 5º Fogueirão, realizado pela Prefeitura Municipal em 1990, houve a distribuição gratuita de pipocas, algodão doce, amendoim torrado, batata doce, milho verde e quentão. Às guloseimas gratuitas, somaram-se apresentações de shows de músicas sertanejas, danças, queima de fogos, pau de sebo e barraquinhas que vendiam pastéis, sorvetes, refrigerantes e espetinhos, além do Fogueirão com cerca de 10 metros de altura, sempre com Camisola à frente da organização. Do 15º ao 18º Fogueirão, respectivamente de 2001 a 2004, foram realizados pela Prefeitura no Parque Figueiral. Porém, a Associação dos Moradores da Vila Palmira continuou com seu Fogueirão na Praça do Azulão, da mesma forma como vinha fazendo há muitos anos. A partir do 19º Fogueirão, em 2005, passou o mesmo a ser realizado no parque da orla, sofrendo uma remodelação que inseriu na programação a FOTO 129
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Mostra de Danças Folclóricas e Concurso de Forró para participantes da cidade e região. Além destas atrações havia praça de alimentação, parque infantil, feira de artesanato e a bênção do Padroeiro da cidade, São Pedro, dando abertura ao evento. A distribuição gratuita de pipoca e quentão sem álcool continuou. Em 2010, no 24º Fogueirão, a festa passou a realizar-se no Ginásio de Esportes e suas imediações com o Fogueirão, show pirotécnico, concurso de miss sinhazinha infantil e juvenil, concursos de danças, shows de forró e músicas sertanejas, praça de alimentação, parque infantil e bênção do padroeiro, passando a Mostra de Danças Folclóricas a ser Mostra de Quadrilhas Estilizadas, continuando as demais atividades, entre elas a distribuição gratuita de pipoca, quentão sem álcool e canjica. Nesse ano utilizaram-se: 230 quilos de milho para pipoca e 90 litros de óleo para estourar a pipoca; 20 quilos de gengibre, 60 quilos de açúcar, quatro quilos de canela e três quilos de cravo na feitura do quentão sem álcool e 46 quilos de milho de canjica, 60 quilos de açúcar e 25 quilos de leite em pó para fazer a canjica. 33.10 Cavalgada de São Sebastião Para homenagear o santo padroeiro do distrito do Campinal, a partir de 2003, realiza-se em janeiro, cavalgada composta de cavaleiros, crianças cavaleiras, carroceiros, charreteiros e, até mesmo, gado e motociclistas. Depoimento de Cristiane Maria dos Reis ao jornal Orinho.com, de 23/12/2010, esclarece a origem desta cavalgada: após conversa informal “Sebastião Simeão dos Reis (Tião da Jacutinga), [...] Cícero e Gilson, decidiram criar este evento” (p. 6). A iniciativa contou, para sua realização, com o apoio de sitiantes e peões das agrovilas e das fazendas da região. A primeira missa foi rezada pelo padre Humberto Bastos, natural do Campinal, participante ativo de todas as cavalgadas e quem dava as bênçãos aos participantes. EDCARLO FERNANDES
A cavalgada tem início no sítio Nossa Senhora Aparecida, na agrovila, em 395
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direção ao Campinal, percorrendo cerca de 30km. Com o passar dos anos aderiram moradores de Epitácio, Caiuá, Presidente Venceslau, Ribeirão dos Índios e outras localidades, sendo que da última cavalgada participaram cerca de 700 pessoas. Gêneros alimentícios e novilhas são angariados para utilização no almoço oferecido aos participantes da cavalgada. Em 2010 houve a 8ª Cavalgada de São Sebastião. Ultimamente o evento contou com o apoio logístico da prefeitura municipal de Epitácio através da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura. 33.11 Cavalgada Rural O Sindicato Rural Patronal de Presidente Epitácio, anualmente, organiza a Cavalgada Rural no dia 7 de setembro. A primeira ocorreu dia 6/9/2003 e contou com a participação cavaleiros em pôneis, cavalos, burros e gado, bem como algumas carroças e charretes. Normalmente o ponto de partida é a sede do Sindicato e o destino é o Parque Figueiral, onde há um churrasco de encerramento. A cavalgada é organizada com os animais em fila dupla e sem avançar canteiros centrais, além de manter a seguinte ordem: primeiro, comitiva completa, ou seja, cavalo, carruagem e boi; segundo, cavaleiros sem comitivas e terceiro, carruagens sem comitivas. Ao final costuma-se premiar a comitiva mais organizada, melhor berranteiro, melhor carruagem, cavaleiro mais idoso, cavaleiro mais jovem, cavaleiro/cavalo mais enfeitados e boiadeiro/boi mais enfeitados. Mesmo sabendo-se que a faca ou o punhal é parte componente do vestuário do cavaleiro, na cavalgada é proibido portar arma branca ou de fogo. Para o animal participar da cavalgada é exigida apresentação do exame de Anemia Infecciosa em dia. A participação de cidades da região na cavalgada é significativa. Cidades como Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Caiuá, Dracena, Taciba, Teodoro Sampaio, Bataguassu, entre outras, têm representantes no evento. Em média, participam da cavalgada cerca de 1.000 pessoas. Em 2010 foi realizada a 8ª Cavalgada Rural. ORINHO
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Capítulo 34 - Bandas 34.1 Banda Filarmônica 27 de Março Presidente Epitácio já contou com a Banda Filarmônica 27 de Março que animou muitos bailes e eventos da cidade. Sua formação original, em 1960, era: Vicente Basile, maestro. Os músicos eram: Artur Estevam, Eduardo Estevam, Lourival Santana e Antônio Basile no trombone; Vicente Basile e Roberto Pereira no piston; João Estevam e José Pinto na clarineta; Wilson Santana e Francisco Basile na genis (trompa); Cassiano na tubabaixo; José Marques na requinta (pequena clarineta); José Assis Teixeira no bombardino; José Roque na bateria-bombo; Plínio de Carvalho nos pratos; Milton Gonçalves no tambor e Antônio Aguiar no repique (caixa). Com o passar do tempo ela contou com outros elementos, sempre atuantes. As apresentações ocorriam em todos os eventos importantes da cidade, além de animar as noites dos fins de semana com retretas no coreto da matriz. A Banda Filarmônica 27 de Março participou, inclusive, da inauguração da ponte Maurício Joppert da Silva. Em fevereiro de 1973 a banda deixou de existir devido a Prefeitura cortar a ajuda que dava para sua manutenção. Seus instrumentos foram guardados e posteriormente alguns doados à Banda Marcial Antônio Zocante, da Guarda Mirim. FOTO 130
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34.2 Banda Marcial Antônio Zocante A Banda Marcial Antônio Zocante tem sua história dividida em três fases. A primeira, em 1993, como Fanfarra da Guarda Mirim, onde alguns instrumentos foram comprados e outros, bem como os uniformes, foram conseguidos com o apoio e doações da Escola Municipal de Ensino Supletivo. No início de 1994 a fanfarra já contava com 120 elementos, tendo como instrutor Jaime Alves da Silva. Sentindo necessidade de acompanhar as tendências da época, a fanfarra começou a estruturar-se como Banda Marcial. Nesta segunda fase, instrumentos mais sofisticados, como trompetes e trombones, com autorização superior, foram doados pela diretora do Supletivo, Shenka Eugênia Luiza Coser Loyolla de Godoy Moroni à Banda. Foi contratado Renato Dias do Prado para maestro, que no dia 27/3/1994 faz sua primeira apresentação como Banda, recebendo o nome de Antônio Zocante. Este nome foi homenagem em vida a Antônio Zocante, comerciante de fero velho o qual sempre teve um carinho especial para com a Guarda Mirim e depois com a Fanfarra, procurando ajudá-la na medida do possível. Exemplo de preocupação com o social, Zocante determinou que, após sua morte, seu automóvel fosse doado ao Centro Social São Pedro, o que ocorreu efetivamente. No final de 1998 Renato Dias do Prado mudou-se de Epitácio. Aí teve início a terceira fase, com Odair José da Silva assumindo como maestro. Nesta nova fase a Banda se reestruturou, com instrutor, monitores e componentes, ampliando a quantidade de ensaios e repertório. Hoje está a Banda Antônio Zocante em plena atividade graças ao trabalho de sua equipe, bem como de empresários doando instrumentos, a Câmara Municipal elaborando projeto para doação de novos uniformes, do Conservatório Musical com empréstimo de instrumentos e da Prefeitura efetuando doação e reforma de instrumentos. FOTO 131
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Capítulo 35 - Esportes 35.1 Atividades esportivas Desde o início da cidade houve práticas esportivas por parte de seus moradores. Inclusive existiram times de futebol que arrastavam famílias para os campos, conforme relatam antigos moradores. A partir de 1983, as atividades esportivas passaram a ser coordenadas pela Divisão de Esportes e Recreação de Presidente Epitácio – Derepe, exComissão Municipal de Esportes de Presidente Epitácio - Comepe, sob a forma de projeto ou programa oficial de governo. Até então os torneios e campeonatos de esportes amadores não possuíam um calendário fixo para a sua realização, estando na dependência da disposição dos colaboradores voluntários e do apoio público municipal. A partir de 1983 teve início um projeto formativo elaborado pela Derepe, visando o desenvolvimento de modalidades olímpicas para a primeira de Epitácio nos Jogos Regionais do Estado. Isto ocorreu no ano de 1984, na cidade de Presidente Venceslau. Anteriormente, apenas o futebol tinha grande força representativa a nível regional ou estadual. No profissional com o Beira Rio Esporte Clube – BREC, e no amador pelas equipes da Associação Atlética Epitaciana e Fluvial. Foi uma época de ouro graças aos esforços de inúmeros abnegados pelos esportes da cidade. Os organizadores dos torneios ou campeonatos varzeanos, por conta da expansão imobiliária, perderam inúmeros espaços físicos onde existiam os campos de futebol, dificultando a realização de atividades esportivas. Os campos da Prudentina e Vila Gerônimo foram transformados em núcleos residenciais, como também o antigo campo da Vila Maria. Com a Derepe elaborando projeto formativo nas diversas modalidades esportivas, como plano de governo, foi estabelecido um calendário anual de caráter diversificado, contemplando também as atividades voltadas para a recreação e o lazer, mesmo existindo grandes dificuldades devido a falta de infraestrutura física, como quadras poliesportivas, campos de futebol e piscina oficial. Para o futebol, através da cessão de uso feito à Derepe (exComepe) pela Prefeitura de cinco áreas de terra, adequaram-se campos. A partir de então tornou-se possível montar um calendário anual específico para o futebol, onde foram realizados os campeonatos municipais nas categorias amadoras e de categorias menores. A construção do estádio “Pirangueiro” surgiu como produto dos anseios de 399
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grupo de esportistas, pela necessidade de crescimento do futebol, a conclusão do Ginásio Municipal de Esportes, e as construções do Centro de Lazer do Trabalhador, da Praça da Criança e do Complexo Esportivo Celso Azevedo surgiram em razão da forte demanda produzida após a criação dos projetos de formação poliesportivos da Derepe. O projeto desenvolvido teve a preocupação de envolver os estabelecimentos oficiais de ensino na cidade, obtendo, com isso, conquistas de títulos estaduais inéditos nas modalidades de futsal e basquetebol. A preocupação em dotar o município de multiplicidade esportiva levou à contratação de professores de educação física e monitores para diversas modalidades esportivas e novos projetos. O voleibol, futsal, basquetebol, natação, futebol, handebol e tênis de campo, através de escolinhas específicas, atendem aproximadamente 1.670 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos. Há, também, a prática de ginástica, torneios e campeonatos diversos. Ao lado de procurar-se a saúde física e mental (mens sana in corpore sano), tem-se por escopo, o exercício pleno da cidadania. 35.2 Praças de Esportes Centro Esportivo de Lazer do Trabalhador Ao lado do Ginásio de Esportes, foi inaugurado em 27/3/1990 o Centro Esportivo de Lazer do Trabalhador. Dispõe de duas quadras poliesportivas, uma quadra para vôlei de areia, um campo de futebol suíço, uma piscina semiolímpica, uma pista para skate e uma pista para a prática de salto em distância. No Centro Esportivo são ministradas aulas de hidroginástica, ginástica e natação. Complexo Esportivo e Academia de Ginástica ao Ar Livre do Campinal Inaugurado em 30/10/2009, o Complexo Esportivo e Academia de Ginástica ao Ar Livre do Campinal conta com praça poliesportiva dotada de campo de futebol suíço, quadra de vôlei de areia, play ground, academia de ginástica ao ar livre e anfiteatro ao ar livre. O local, devido a iluminação, é utilizado, também, à noite, principalmente nos dias de verão. Há aulas de ginástica três vezes por semana e o espaço é utilizado para os frequentadores fazerem caminhadas.
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Complexo Esportivo Celso Azevedo Iniciada sua construção em 27/3/1999, sua inaguração se deu em 25/3/2001 com o nome de Complexo Esportivo do Jardim Real. Em 19/10/2002 houve a entrega da pista de atletismo. Através da Lei Municipal nº 2.017 de 23/5/2006 houve a alteração do nome para Complexo Esportivo Celso Azevedo. O complexo é composto por: dois campos oficiais de futebol, duas quadras poliesportivas, duas quadras de tênis, uma pista oficial de atletismo, oito vestiários e uma sala para material de atletismo. No Complexo Esportivo Celso Azevedo são ministradas aulas de: atletismo para alunos de sete a 14 anos, ginástica para alunos de 17 anos em diante, futebol para alunos de sete a 21 anos e tênis para alunos de sete a catorze anos. O complexo é utilizado, também, para eventos esportivos em diversas modalidades. Ginásio de Esportes A conclusão da construção da quadra coberta se deu em 27/3/1975. Transformado em ginásio de esportes foi reinaugurado em abril de 1988, com 2.100 m² de construção e acomodação para três mil pessoas. Praça da Criança Em uma quadra que era utilizada para a prática de futebol de campo, a Prefeitura construiu duas quadras poliesportivas, inaugurando-as em 27/3/1999, denominando o local de Praça da Criança. Como o aproveitamento das quadras era dificultado pela incidência direta do sol, foi feita cobertura das mesmas. Sua conclusão e entrega se deu no Dia da Criança de 2000, ou seja, 12/10/2000. Na Praça da Criança são minsitradas aulas de futsal, vôlei, basquete e handebol. No local há, também, um palco para utilização em eventos. 35.3 Futebol Presidente Epitácio, conforme descrições de antigos moradores, já contou com equipes de futebol que levavam a torcida a frequentar assiduamente seus campos de futebol, em especial o Estádio “O Pirangueiro”. No futebol amador o Esporte Clube Fluvial foi celeiro de jogadores que partiram para times de outras cidades conforme conta Wilson Cruz. O Beira Rio Esporte Clube, por sua vez, trouxe jogadores de renome para 401
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reforçar o time que já contava com jogadores epitacianos de destaque. Segundo Antônio Paulo Fernandes os torcedores de futebol em Epitácio se lembram das equipes do Esporte Clube Fluvial e da Associação Atlética Epitaciana [...] várias vezes campeãs Estadual Amador nas décadas de 1950/60, e mais recentemente da equipe do Beira Rio Esporte Clube campeão Amador do Estado, campeão Estadual da Terceira Divisão de Profissionais e Vice-Campeão Estadual da Segunda Divisão de Profissionais. (p. 34) FOTO 132
Beira Rio Esporte Clube, a melhor equipe em 1979 e 1981
José Bernardo Matias Neto com sua experiência como dirigente desportista, pois foi Diretor de Esporte e em seguida Presidente do Beira Rio e tempos depois, Diretor Municipal de Esporte em Presidente Epitácio, opina em depoimento pessoal que tanto o Esporte Clube Fluvial, a Associação Atlética Epitaciana e o Beira Rio Esporte Clube, se existissem nos dias atuais com os jogadores que puderam contar nos áureos tempos, sem dúvida alguma estariam na Divisão Intermediária – A2 – do futebol paulista, isto devido à excepcional qualidade de seus atletas.
Foi dessa verdadeira paixão que surgiram ou passaram por Presidente Epitácio futebolistas que tiveram seus nomes reconhecidos em campos não só de outras cidades, como também de outros países. Dentre eles destacam402
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se José do Carmo Soares (Dedé), Jesus Ribeiro, Antônio Gotardi de Almeida (Mitaim), Adoilson Costa, Antônio Zelenkow Silvestre (Teia), Carlos Alberto dos Santos (Toco), Geraldo da Silva (Geraldão), José Tavares Alves (Ticonha) e Marlan de Melo. Presidente Epitácio já contou com duas grandes equipes de futebol: o Fluvial e a Epitaciana. Torcidas apaixonadas iam ao estádio O Pirangueiro, uniformizadas, torcer por sua agremiação. A presença feminina no estádio era marcante e atuante. Foram equipes de muitas glórias e história, porém, estes times deixaram de existir. FOTO 133
Esporte Clube Fluvial
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Associação Atlética Epitaciana 403
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Paraná Foot Ball Club, do Tibiriçá em 1930
35.3.1 Futebol Masculino Dados oficiais sobre os campeonatos varzeanos, ou também denominados amador de futebol de campo, têm-se desde o primeiro realizado em 1983 e os seguintes, cujas equipes campeãs e vices foram: 1983 – Campeã: Idade Média E.C. Vice: Comercial União; 1984 – Campeã: Ortoclínica. Vice: Idade Média; 1985 – Campeã: Ortoclínica. Vice: Idade Média; 1986 – Campeã: Idade Média. Vice: Juventude E.C.; 1987 – Campeã: Heliar Vice: Idade Média; 1988 – Campeã: Heliar Vice: G. R. Bordon; 1989 – Campeã: Heliar Vice: Idade Média; 1990 – Campeã: Comercial União Vice: Santa Casa; 1991 – Campeã: G. R. Bordon Vice: Comercial União; 1992 – Campeã: Juventude Vice: Santa Rosa; 1993 – Campeã: G. R. Bordon Vice: Comercial União; 1994 – Campeã: Confiança Vice: Segurança Bordon; 1995 – Campeã: Confiança Vice: São Paulo F. C.; 1996 – Campeã: G. R. Bordon Vice: Comercial União; 1997 – Campeã: Aspe-Sabesp Vice: G. R. Bordon; 404
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1998 – Campeã: Rebiere Gelatinas Vice: Agrovila Cinco; 1999 – Campeã: Rebiere Gelatinas Vice: A. A. Urubi; 2000 – Campeã: G. R. Bordon Vice: Sartco; 2001 – Campeã: A. A. Romana Vice: Navegação Rafaela; 2002 – Campeã: Sartco Vice: A.A. Romana; 2003 – Campeã: Olaria Dois Irmãos Vice: Unidos do Porto E.C. (UPEC); 2004 – Campeã: Friboi Vice: Bergamaschi; 2005 – Campeã: Independente/Pousada do Cururu Vice: Ferroeste; 2006 – Campeã: A.A. Vila Martins Vice: Grupo JBS – Friboi; 2007 – Campeã: A.A. Vila Martins Vice: A.A. Vila Esperança; 2008 – Campeã: A.A Vila Martins. Vice: Santa Rosa F.C.; 2009 – Campeã: Santa Rosa F.C. Vice: União Força; 2010 – Campeã: Clinvet Vice: Grêmio Vila Martins. O Campeonato Rural de futebol iniciado em 1998 e encerrado em 2003, não foi realizado em 2001 e 2002. As campeãs e vices foram: 1998 – Campeã: Agrovila V Vice: Agrovila III; 1999 – Campeã: Campinal Vice: Agrovila I; 2000 – Campeã: Agrovila V Vice: Campinal; 2003 – Campeã: Matsuvera Vice: Agrovila V. Foram realizadas dois campeonatos de futebol-soçaite, um em 2002 e outro em 2004 e as equipes campeãs e vices foram: 2002 – Campeã: Posto Rio Paraná Vice: Motocar/Posto do Alípio; 2004 – Campeã: M.G. Gás Vice:Casa & Decorações; Desde 1995, exceto em 2000 e 2003, a Derepe realizou o campeonato municipal de futsal e as equipes campeãs e vices foram: 1995 – Campeã: Grupo Omote Vice: Farmácia Americana; 1996 – Campeã: Esfera Manolo Seguros Vice: Ferroeste; 1997 – Campeã: Gelateria Néctar Vice: Farmácia Americana; 1998 – Campeã: Comercial Racri Vice: Gelateria Néctar; 1999 – Campeã: Comercial Racri Vice: Ferroeste; 2001 – Campeã: Comercial Racri Vice: Independente; 2002 – Campeã: Ferroeste/Romana Vice: Olaria Dois Irmãos; 2004 – Campeã: Super Neto/Bergamaschi Vice: C.E.C./Uniesp; 2005 – Campeã: Bergamaschi Vice: Ferroeste; 2006 – Campeã: Ponto Com/Eletrônica e Informática Vice: Ferroeste Pisos; 2007 – Campeã: Ferroeste Pisos e Revestimentos Vice: E.B. Presentes/C. 405
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Romana; 2008 – Campeã: A.A. Vila Martins Vice: A.A. Vila Esperança; 2009 – Campeã: A.A. Vila Martins Vice: Posto do Arlei; 2010 – Campeã: Detonautas/D-2 Vice: Real Ferramentas/União Força F. C. O campeonato municipal de futebol master, iniciado em 1994, só não foi realizado em 1995. As equipes campeãs e vices foram: 1994 - Campeã: Juventude E.C. Vice: Fepasa; 1996 – Campeãs: Grupo Meca e Juventude E. C., portanto, não houve vice campeã 1997 – Campeã: Grupo Meca Vice: Juventude E.C.; 1998 – Campeã: Juventude E.C. Vice: Grupo Meca; 1999 – Campeã: Juventude E.C. Vice: Velha Guarda; 2000 – Campeã: Velha Guarda Vice: Sartco; 2001 – Campeã: Sartco Vice: Velha Guarda; 2002 – Campeã: Sartco Vice: Bergamaschi; 2003 – Campeã: Velha Guarda Vice: Bergamaschi; 2004 – Campeã: Velha Guarda Vice: D.J. Tomazelli; 2005 – Campeã: Velha Guarda Vice: Reveca de Caiuá; 2006 – Campeã: Velha Guarda Vice: A.A. Banco do Brasil; 2007 – Campeã: Velha Guarda Vice: A.A. Banco do Brasil/Super Neto; 2008 – Campeã: Velha Guarda Vice: Cerâmica Urubi; 2009 – Campeã: Espaço Criança Vice: Posto da Ponte/Conti/C. Romana 2010 – Campeã: Velha Guarda Vice: E.C. Fluvial. 35.3.2 Futebol Feminino Para discorrermos sobre o futebol feminino em Presidente Epitácio, antes temos que ver seu contexto no Brasil e isto variou em cada época. O site geocities relata que: O primeiro jogo de futebol feminino foi realizado na Inglaterra em 1896, entre as seleções inglesa e escocesa. No Brasil, a prática foi iniciada por volta dos anos 30, mas por muito tempo foi discriminada.
Por sua vez no site mesquitaonline consta Eriberto Lessa Moura, mestre em Educação Física pela Unicamp, relatando que nos anos 40 do século passado o futebol estava sendo praticado de maneira organizada
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em torneios e exibições de gala por mulheres do subúrbio carioca, causando uma calorosa discussão entre médicos, jornalistas, populares, professores, intelectuais e o próprio Governo Vargas. Os embates realizados principalmente nos jornais cariocas mais expressivos da época questionavam se tal esporte poderia ser praticado ou não por nossas “patrícias” (como se dizia na época). Correr atrás de uma bola era negar o papel de mãe responsável pela geração de uma “nova raça”. Durante o Estado Novo, a Medicina Eugenista (preocupada com o “melhoramento da raça”) dominou a Educação Física; procurava definir quais tipos de movimentos, exercícios e cargas físicas que a mulher podia vivenciar, objetivando ausências de lesões, especialmente nos órgãos de reprodução. Ela só esquecia de um detalhe: os homens também poderiam sofrer lesões caso uma “bolada” acertasse o seu “baixo ventre” (que eu saiba, o homem também tem os órgãos de reprodução). Tomando como base tal “cientificidade”, Vargas estabelece a primeira Legislação Esportiva Nacional que acabou proibindo o futebol feminino em nosso país.
A proibição se deu através do artigo 54 do Decreto-Lei nº 3.199 de 14/4/1941 onde afirmava que “às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país”, desta forma ficando proibida a mulher de praticar alguns esportes, dentre eles o futebol. Durante a ditadura militar o Conselho Nacional de Desporto – CND, através da Deliberação nº 7, de 2/8/1965, baixa instruções às entidades desportivas do país sobre a prática de desporto pelas mulheres. Mariana Várzea faz constar no site bolsademulher que essa Deliberação proibiu às mulheres “não só jogar futebol, de campo, salão ou praia, bem como a prática de lutas de qualquer natureza, polo e polo aquático, rugby, halterofilismo e baseball”. Entretanto esse impedimento legal não impediu da mulher lutar contra essas limitações legais. Presidente Epitácio, em janeiro de 1981, cria o Beira Rio Esporte Clube Feminino que tinha como presidente Alzeni Ferreira dos Reis Martins, onde são formadas duas equipes tendo como técnico José Abdias. A Equipe “A” composta por Alzeli, Lucimar, Janir, Ivonete, Djanira, Margareti, Maria 407
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Angélica, Hortência, Fátima, Odete e Nancy. A Equipe “B” que contava com Shirley, Cleonice, Dione, Roseni, Lúcia, Maria Elena, Eliane, Zilda, Maximiliana, Sônia, Vânia e Lucy. O jornal O Imparcial (1981) ao referir-se a partida entre as jogadoras epitacianas e as jogadoras do E.C. Corinthians de Presidente Prudente conta que o time da vizinha Presidente Epitácio já visitou diversas cidades da Alta Sorocabana, inclusive Presidente Prudente, onde enfrentou e venceu a equipe feminina do E. C. Corinthians em pleno Parque São Jorge. Dribles, “chapéus”, chutes a gol, defesa da meta, nada disso é obstáculo para as componentes do Beira Rio E. C. [...] Dentro das quatro linhas elas mostram que a mulher pode, mesmo no futebol, desempenhar suas funções com o mesmo charme e graça. (p. 9)
Esses times jogaram até meados de 1983. Após 1986 o impedimento da prática de futebol feminino deixa de existir, fazendo com que o CND reconheça a necessidade de estímulo à participação das mulheres nas diversas modalidades esportivas, consequentemente originando o aparecimento de novos times, de acordo com o jornal O Estado de São Paulo (1996, p. 5). Isto, segundo o jornal “a explosão do futebol feminino no país ocorreu na década de 1980, onde o time carioca Radar colecionou títulos nacionais e internacionais” (1996, p. 5). Ainda segundo o jornal O Estado de São Paulo (1996), em 1987, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) já havia cadastrado dois mil clubes e quarenta mil jogadoras. No ano seguinte, o Rio de Janeiro organizou o Campeonato Estadual e a primeira seleção nacional conquistou o terceiro lugar no inédito Mundial da China. Em 1996, o torneio feminino de futebol fez estreia nas Olimpíadas de Atlanta (EUA). (p. 5)
Desta forma, mesmo tendo-se que o futebol feminino vive altos e baixos, este esporte está cada vez mais sendo praticado por meninas e mulheres e “já conquistou uma boa parte das mulheres” (MOURA), mesmo com a constatação apontada no site usp.br de que No país do futebol, preconceito ainda impõe barreiras 408
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à prática feminina. Para mais da metade das atletas entrevistadas, a visão “sexista” da sociedade sobre o futebol feminino é a maior geradora de problemas na saúde emocional. A pesquisa ainda aponta preconceito como violador de Direitos Humanos.
O jornal Correio do Porto trouxe que, embora em partidas não oficializadas, o futebol feminino de Presidente Epitácio foi disputado nos Jogos Regionais de 1995: Em 1995, quando os Jogos Regionais foram realizados em Ourinhos, o futebol feminino chegou a constar como modalidade a ser implantada nas disputas. Houve até um torneio experimental que animou os praticantes deste esporte em quase toda a 10ª Região. Ficou nisso. Nunca mais o assunto voltou a ser ventilado nos anos seguintes. Em Epitácio, por exemplo, as componentes da Escola de Futebol Feminino do Dedé fizeram parte da seleção que foi aos jogos naquele ano. (p. 11)
Em 1997 o futebol feminino volta a despontar em Presidente Epitácio, com três escolas: Escola de Futebol Feminino Dedé, dirigida por José do Carmo Soares – Dedé Escola de Futebol Feminino Azulão, sob a orientação de Rafael Silva - Azulão e Escola de Futebol Feminino Guarda Mirim comandada por Jaime Alves da Silva. As equipes participaram nesse ano de torneio em Bataguassu que comemorou o aniversário daquela cidade. Nessa 1ª Minicopa de futebol feminino sagrou-se campeã a EFF Dedé e vice-campeã a EFF Guarda Mirim. A EFF Dedé formou com Ledesma, Iracy, Cida, Sandra e Rose; Naudeci, Edilaine, Vanuza e Luciane; Márcia Chagas e Renata – entraram Bruna e Vagna. A EFF Guarda Mirim, vicecampeã, teve Márcia Rodrigues, Maria do Carmo, Elizabete, Luciana, Luana e Rosilene; Neia, Leidiane e Elis; Dinha e Rosilene. Ainda em 1997, no final do ano, houve a 2ª Minicopa de Futebol Feminino que contou com a participação das três equipes – EFF Dedé, EFF Azulão e EFF Guarda Mirim - e em janeiro de 1998 a EFF Azulão se torna campeã e a EFF Dedé vice-campeã da Minicopa de Futebol Feminino de 1997. A EFF Azulão contou em sua partida decisiva com: Valdevina, Marta, Andreia, Carla, Alice e Sineia; Socorro, Miele e Flávia; Placar e Xororó. No banco estiveram Renata, Bethe, Cidinha, Maria, Débora, Elizete e Aline.
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A EFF Dedé atuou com: Melissa, Iraci, Cida, Sandra, Edlaine e Marany; Naudeci e Vanuza; Luciane, Márcia Chagas e Paula. No banco estavam Márcia Ledesma, Bruna e Flávia. No final de janeiro de 1998 Dedé se vê obrigado a deixar de treinar a EFF Dedé. Com isto Carlos Augusto Silva – Sabugo – passou a técnico da Escola de Futebol Feminino Dedé, que passou a chamar-se Escola de Futebol Feminino Pioneiras Epitacianas. As Pioneiras em março jogam contra equipe de Três Lagoas (MS) e empatam. Em maio, jogando contra a correlata de Teodoro Sampaio (SP), voltam a empatar. Em dezembro de 1998 a Escola de Futebol Feminino Azulão tem o nome alterado para Posto Dunga Futebol Clube. A 3ª Minicopa de Futebol Feminino, no final de 1998 e em jogo final realizado em janeiro de 1999, teve como campeã a União Teodorense e como vice-campeã a Escola de Futebol Feminino Pioneiras Epitacianas. Em setembro de 1999 o futebol feminino agitou o feriado de 7 de Setembro jogando futebol de salão com suas iguais da cidade de Santa Rita do Pardo (MS), com a equipe principal das Pioneiras vencendo a partida por 11x6. Na edição 4ª da Minicopa de Futebol Feminino de 1999 houve a participação das Pioneiras Epitacianas, Posto Dunga, União Teodorense e Novo Horizonte, de Bataguassu (MS). Nesse campeonato que terminou em janeiro de 2000, a campeã foi a equipe EFF Pioneiras Epitacianas tendo Dedé como técnico e a vice-campeã a equipe Posto Dunga Futebol Clube teve Azulão como técnico. As Pioneiras jogaram com Márcia, Iraci, Marta, Pituca e Lúcia; Edilaine, Naudeci e Fia; Luciane, Márcia Chagas e Camila. Entrou Camila. A Equipe do Posto Dunga alinhou com Valdevina, Cássia, Luciana, Cidinha, Janaína e Soraia; Cláudia, Socorro e Elizângela; Xororó e Placar. Entraram Virgilina, Maria do Carmo, Edna, Andressa e Marta. Em 2000 o futebol feminino disputou pela primeira vez nos Jogos Regionais e as equipes das Pioneiras Epitacianas e Posto Dunga formaram um combinado para representar Presidente Epitácio, com José do Carmo Soares – Dedé – como técnico. Entretanto a equipe não trouxe medalha desse campeonato. As Pioneiras, em abril de 2001, vencem em partida amistosa suas iguais de Santo Anastácio (SP) pelo placar de 2x0. Em julho desse mesmo ano Presidente Epitácio forma equipe de futebol feminino para disputar o Jogos Regionais de Tupã, mas não obtém sucesso na competição. No final do ano, em torneio de Presidente Prudente que durou mais de 410
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dois meses, o futebol feminino de Presidente Epitácio sagrou-se vice-campeã do 1º Campeonato Regional de Futebol Amador Feminino, tendo como técnicos Rui Milton de Souza – Maciel e Sabugo. Em março de 2002 as Pioneiras Epitacianas jogaram em Teodoro Sampaio. Depois disso o futebol feminino de Presidente Epitácio deixou de ter o destaque que possuía e passou a se constituir mais em lazer, sem campeonatos e em 2007 era praticado na vila Martins, Espaço Criança, Alto Mirante, Escolinha do Azulão e frigorífico BS. Em 2007 houve jogos nas modalidades futebol feminino de Salão e futebol-soçaite feminino. Na modalidade futebol feminino de salão equipe de Presidente Epitácio participou em julho dos Jogos Regionais de Osvaldo Cruz. De setembro a novembro as meninas do Futsal epitaciano participaram do campeonato promovida pela Liga Regional Alta Paulista de Futsal, ocasião em que obtiveram o 3º lugar jogando com Fabiane, Adriana, Crislaine, Carla, Francione, Jéssica, Jessiquinha, Iraci, Cíntia e Placar. O técnico foi Rui Milton de Souza – Maciel. FOTO 136
Futebol Feminino - Tupã 2001
Já na modalidade futebol-soçaite feminino, que se joga em campo menor e com apenas sete jogadoras, no dia 16 de dezembro o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Presidente Prudente e Região formou uma equipe de epitacianas para jogar em Piracicaba (SP) no 1º Torneio Estadual de Futebol-soçaite dos Trabalhadores da Alimentação do Estado de São Paulo. Sob o comando do técnico André Luís Ruiz da Costa, a equipe foi vice-campeã do torneio. O time de futebol-soçaite feminino 411
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de Presidente Epitácio dessa ocasião formou com: Morena, Paula, Raquel, Regina, Elisângela, Flávia e Renata. 35.4 Circuito Esportivo Municipal A Divisão de Esportes e Recreação de Presidente Epitácio – Derepe, exComissão Municipal de Esportes de Presidente Epitácio – Comepe, promove, desde 2002, o Circuito Esportivo Municipal envolvendo diversas atividades esportivas. A seguir os anos e respectivas modalidades disputadas, com suas equipes campeãs e vices: 2002 - 1º Circuito Esportivo Municipal Handebol feminino Campeã: Bad Girls Vice: Objetivo/CEC; Handebol masculino Campeã: Objetivo/CEC Vice: Tabajara; Voleibol feminino Campeã: Volei Mania Vice: Volei Master; Voleibol masculino Campeã: Os Caraveio Vice: Comercial Racri; 2003 - 2º Circuito Esportivo Municipal Handebol feminino Campeã: Bad Girls Vice: TNT; Handebol masculino Campeã: 18 de Junho/Tabajara Vice: Rock Star; Voleibol feminino Campeã: Volei Mania Vice: Volei Master; Voleibol masculino Campeão: Sociedade Física Voleibol Vice: Os Juvenas/Colégio Leitão; 2004 - 3º Circuito Esportivo Municipal Handebol feminino Campeã: TNT Vice: Bad Girls; Handebol masculino Campeã: Rock Star Vice: Loko’s; Voleibol feminino Campeã: Volei Mania Vice: Volei Master “B”; Voleibol masculino Campeão: Bergamaschi Vice: Os Juvens/18 de Junho; 2005 - 4º Circuito Esportivo Municipal 412
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Basquetebol Masculino Campeã: Olha Faca/VT Assessoria Vice: Fisioclínica; Futsal Masculino Campeã: Independente/Pousada Cururu Vice: Espaço Criança; Handebol feminino Campeã: Bad Girls Vice: Hand Master; Handebol masculino Campeã: Colégio Leitão Vice: Rock Star; Voleibol feminino Campeã: Finasa Vice: Bataguassu; Voleibol masculino Campeão: Os Caraveios Vice: Os Juvenas/Colégio Leitão; 2006 - 5º Circuito Esportivo Municipal Basquetebol Masculino Campeã: Fronza Vice: Fisioclínica; Futsal Feminino Campeã: As Legalzonas Vice: As Traíras; Futsal Masculino Campeã: Ferroeste Vice: Vila Bordon; Handebol feminino Campeã: Fierce Girls Vice: Bad Girls; Handebol masculino Campeã: Los Malas Vice: Os Duck’s; Voleibol feminino Campeã: Rexona Vice: Volei Master; Voleibol masculino Campeão: Sub-21 Vice: Al Kaeda; 2008 - 6º Circuito Esportivo Municipal Basquetebol Masculino Campeã: Fronza Vice: Bataguassu Basquete Clube; Futsal Feminino Campeã: As Travadas Vice: As Legalzonas; Futsal Masculino Campeã: Espaço Criança Vice: D-2; Handebol feminino Campeã: Handsport Vice: Diva’s; Handebol masculino 413
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Campeão: Super Duck’s Vice: Los Malas; Voleibol feminino Campeã: Tereré Vice: Fantasy; Voleibol masculino Campeã: Juvenil Vice: Os Resgatados; 2009 - 7º Circuito Esportivo Municipal Basquetebol Masculino Campeã: Fronza/Abape Vice: Gangue do Machado; Futsal Feminino Campeã: As Legalzonas Vice: Kizueira; Futsal Masculino Campeã: Eletro Rede/Romana Vice: D-2; Handebol feminino Campeã: Bad Girls Vice: Handsport Star; Handebol masculino Campeão: Super Duck’s Vice: Los Malas; Voleibol feminino Campeã: Master Vice: The Bel’s; Voleibol masculino Campeã: Max Frio/Conti Vice: Volei Futuro; 2010 - 8º Circuito Esportivo Municipal Basquetebol Masculino Campeã: Fronza Vice: Raptor’s; Futsal Feminino Campeã: E.C. Morada do Sol Vice: Branca Pura; Futsal Masculino Campeã: D-2 Vice: A.A. Vila Maria; Handebol masculino Campeã: Super Duck’s Vice: D-2.
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Capítulo 36 - Monumentos Presidente Epitácio conta com cinco monumentos representativos de sua história. São eles: o Comemorativo do Centenário de Fundação da cidade e homenagem a seu fundador, Francisco Whitaker; o Obelisco erigido para homenagear categorias profissionais que ajudaram na construção de Presidente Epitácio; o construído pela colônia japonesa em memória dos mortos no rio Paraná e os Cruzeiros Comemorativos das Missões Redentoristas. 36.1 Centenário de Presidente Epitácio O Monumento Comemorativo do Centenário de Fundação de Presidente Epitácio, no píer turístico da orla fluvial, foi inaugurado dia 27/3/2007 pelo prefeito José Antônio Furlan. O monumento é formado por um quadrante solar, um monólito com um quadrângulo que o encima, uma rosa-dos-ventos e uma bússola, todos estilizados. O monumento do Centenário de Presidente Epitácio tem simbologia própria assim descrita: “O quadrante solar, instrumento empregado para obter-se a hora solar verdadeira utilizando a modificação da posição da sombra durante o dia, está representado pelo triângulo escaleno. Ele indica a forma mais comum e prática utilizada para orientar-se no tempo quando no início dos trabalhos para consolidação da fundação de Presidente Epitácio. O monólito, com o símbolo do centenário e dados do evento, representa os bens próprios do município, conseguidos com perseverança e trabalho ao longo destes 100 anos de existência de Presidente Epitácio, além de evocar organização, garra e esforço dos epitacianos. O quadrângulo, com o brasão do município, representando os quatro meios de transportes que Presidente Epitácio disponibiliza: hidroviário, ferroviário, rodoviário e aeroviário. A Rosa-dos-ventos estilizada com os pontos cardeais gravados no solo, como fonte de orientação necessária para traçarem-se as rotas previstas e desejadas. A bússola, envolvendo a rosa-dos-ventos, para orientar e guiar os intrépidos trabalhadores daqueles dias do início do século XX nestas terras então inexploradas e inclementes.” 415
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36.2 Obelisco O obelisco erigido em homenagem aos construtores de nossa história, localizado na rotatória após a quadra 25 da avenida Presidente Vargas e inaugurado em 25/3/1988 pelo prefeito Roberto Bergamo apresenta a seguinte inscrição: “Homenagem àqueles que com dedicação, desprendimento e amor iniciaram a construção de Presidente Epitácio BOIADEIROS: Rasgando o sertão foi abrindo largas picadas e cimentando com o pó batido pelos cascos das boiadas os leitos das primeiras vias carroçáveis. FERROVIÁRIO: Impulsionado pelo cantochão fumegante da cabocla Maria Fumaça, plantou a semente fecunda de um povoado em cada parada no seio da mata. FLUVIÁRIO: Sulcando em frágeis embarcações as águas do rio Paraná bravio, traçou as rotas dos canais hoje navegáveis, ficando marcos de portos nas barrancas. MADEIREIROS: Desafiou o sertão inóspito, derrubou florestas, montou serrarias, e, ao lado destas, ergueu os primeiros aglomerados residenciais precursores das nossas cidades. Eles iniciaram, muitos outros continuaram o trabalho e hoje todos participam do progresso.” Em dezembro de 2007 o obelisco recebeu outra placa, desta feita parabenizando todos os epitacianos pelo centenário de fundação de Presidente Epitácio. BENEDITO DE GODOY MORONI
36.3 Mortos no rio Paraná Monumento que lembra e homenageia os mortos no rio Paraná foi erigido no antigo Parque Figueiral pela Associação Japonesa de Presidente Epitácio, entidade que em 1982 passou a denominar-se Associação Cultural, Recreativa e Esportiva de Presidente Epitácio – ACRE. 417
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O monumento era constituído por uma cruz de madeira e no último domingo de agosto de 1954 foi celebrada pelo Seicho-No-Ie a primeira missa homenageando os falecidos no rio Paraná. Em 30/8/1970, porque a cruz original já estava bastante deteriorada, foi feito um monumento em granito. Este, com a formação do “lago”, foi removido para o novo Parque Figueiral, e todos os anos é realizada a cerimônia do Iressai, ato religioso da tradição japonesa. O monumento fica sobre pedestal e tem a forma de uma cruz que está voltada para o rio Paraná. Tem gravado os nomes das pessoas componentes da comissão encarregada de construir o monumento em granito que foram: Massao Shibayama, Kenji Nogata, Tadao Okada, Yoshitake Otaka, Sanji Komiyama, Yoshitake Kanji, Yassumi Miyazaki, Yoshio Nakata, Seiko Tamashiro, Hakumi Yoshitake e Nizo Makyama. BENEDITO DE GODOY MORONI
36.4 Cruzeiro de Epitácio Em 1970 os redentoristas, religiosos membros da Congregação do Santíssimo Redentor, fundada em 1732 por Santo Afonso de Ligório em Scala, reino de Nápoles – Itália - vieram a Presidente Epitácio e o ponto culminante foi a colocação de um Cruzeiro. Esse cruzeiro tinha tamanho significativo que permitiu aos devotos conduzirem o madeiro da igreja matriz até seu destino final tendo em pé sobre ele um padre comandando as orações. Em 1992 foi erigido Cruzeiro de 418
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metal durante a gestão do prefeito Antônio Quirino da Costa, com 20 metros de altura e braços com cinco metros cada um, na Praça do Cruzeiro, na quadra 15 da avenida Presidente Vargas. 36.5 Cruzeiro do Campinal Também em 1970 os redentoristas colocaram um Cruzeiro de madeira no distrito do Campinal. Posteriormente foi substituído por outro, igualmente de madeira, em 1992. Com a ação do tempo deteriorando o monumento, na gestão José Antônio Furlan, em 2007, foi erigido Cruzeiro de metal na avenida Nishiro Shiguematsu, com 6,5 metros de altura e braços com 1,5 metro cada um.
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36.6 Tori Para comemorar os 100 anos da imigração japonesa ao Brasil ocorrida em 18/6/2008, construiu-se um Tori estilizado, inaugurado em 18/6/2008. Este Tori, que recebeu forma estética diferente do original, foi instalado em uma das rotatórias na entrada da cidade. O Tori representa a divisão entre o mundo comum e o mundo divino. É a porta de entrada, feita de madeira, sem qualquer telhado ou muros anexados existente em todas as entradas dos santuários xintoístas. Consiste de duas colunas ligadas por duas vigas. As colunas representam os alicerces que sustentam o céu, enquanto as vigas simbolizam a Terra. A escolha do Tori para homenagear a colônia japonesa se deve ao fato de que o mesmo reveste-se de grande importância no culto xintoísta. RessaltaBENEDITO DE GODOY MORONI / PAULO CARNEIRO
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se que 90% da população japonesa é xintoísta, no entanto é normal os pertencentes a outras religiões também oferecerem sacrifícios devocionais aos deuses e celebrando as cerimônias e rituais xintoístas. 36.7 Imagem do Sagrado Coração de Jesus Na imagem do Sagrado Coração de Jesus, de Presidente Epitácio, Cristo está representado na posição “Vinde a mim”, diferentemente das que comumente se vê, onde Ele aparece como que a abraçar o mundo. Trata-se de obra do artista Giuseppe Bossica especialmente feita para Epitácio em fibra de vidro na qual, originariamente, empregou-se verniz que a aproximava do bronze. Após ponderações e sugestões decidiu-se substituir o verniz por pintura automotiva branca perolizada para dar maior visibilidade à estátua, que tem cinco metros de altura e 2,4 metros de abertura entre as mãos. O pedestal que apóia a obra tem quatro metros de altura e possui iluminação diferenciada, estando instalado em rotatória da avenida Presidente Vargas na entrada da cidade. Sua inauguração ocorreu em 26/6/2010.
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Capítulo 37 - Artistas plásticos Presidente Epitácio conta com uma relação extensa de artistas plásticos e todo momento novos artistas despontam. A seguir alguns de seus expoentes: Ana Lima (Ana Maria Ferraz Lima) Ana Maria (Ana Maria Pereira Amaral) Billy (Umbelina Barbosa Baldo) Caio de Paula (José Carlos de Paula) Carminha (Maria do Carmo de Souza Santos) Cata (Catarina de Sene Lima e Silva Caldas) Dagmar Dunke (Dagmar Dunke Felisbino) Daniel (Daniel Pilla Moreno) Darlene (Darlene Weffort de Oliveira Rossato) Deim (Dea dos Santos Souza) F. Deák (Maria de Fátima Conti Deák) Josinaldo (Josinaldo Ferreira Barbosa) Leontina Pinto (Leontina Pinto de Oliveira) Luísa Szücs (Luiza Szücs dos Santos) Luzia Zulim (Luzia Zulim da Silva) Matilde Brilhante (Matilde Aparecida Milan Brilhante) Miriam Pereira (Miriam Silva Pereira) Sonia Maria Pilla Moreno Sonia Szücs (Sonia Elizabeth Szücs Leal) Tereza Mendonça (Adalzira Tereza Mendonça Silva) Tina Novo (Teresa Cristina Novo) Vanda A.R. Leitão (Vanda Apparecida Rinaldi Leitão) Virgínia Lane V. (Virgínia Lane Valério Rocha)
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Josinaldo Ferreira Barbosa
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Obra da artista Tina Novo
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Capítulo 38 - Rodovia Raposo Tavares A principal rodovia ligando Assis a Presidente Epitácio é a Rodovia Raposo Tavares, conhecida sob a sigla SP 270. Seu trecho II começa no km 560, em Presidente Prudente, e termina no km 654,7 em Presidente Epitácio, na cabeceira paulista da ponte Maurício Joppert da Silva. A SP 270 tem 94,7km de extensão, contando, ainda, com 23,5km de acessos. A construção desse trecho se deu em duas etapas: em 1962 do km 560 ao km 565 e em 1964 do km 565 ao km 654,7. O tempo e sua utilização fez com que em 1974 houvesse a reconstrução do km 585 ao km 654,7. O serviço de recapeamento ocorreu duas vezes: em 1986 do km 585 ao km 654,7 e em 1991 do km 569 ao km 654,7. A duplicação da rodovia SP 270 foi realizada em etapas: em 1974 do km 569 ao km 585; em 1980 do km 560 ao km 563; em 1988 do km 565 ao km 569; em 1997 do km 585 ao km 654,7 e em 1999 do km 563 ao km 565. Em 2007 houve a construção de acostamentos, recuperação de pistas e recapeamento do km 572,3 ao km 597,9. BENEDITO DE GODOY MORONI
38.1 Desestatização Dentro do Programa Estadual de Desestatização – PED – instituído pela Lei estadual nº 9.361 de 5/7/1996, visando reduzir os gastos com investimentos do Poder Público em atividades que possam ser assumidas pela iniciativa privada, deixando ao Estado o cumprimento das funções que 423
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lhes são próprias e assegurar a prestação de serviços públicos adequados, o governo do estado de São Paulo, através do Decreto nº 52.188 de 21/9/2007 assinado pelo Vice-Governador Alberto Goldman, em exercício no Cargo de Governador do Estado de São Paulo, determinou a implementação do Projeto de Desestatização visando a concessão onerosa dos serviços públicos de exploração da infraestrutura de transportes referentes, entre outras, à Rodovia Raposo Tavares, SP 270, mediante concorrência pública a ser posta em licitação na modalidade de concorrência pública a ser instaurada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo – Artesp. 38.2 Cessões gratuitas de áreas O Governo do Estado de São Paulo, através das Leis nº 12.690 e 12.703, ambas de 4/10/2007, assinadas pelo Governador José Serra, cedeu ao município de Presidente Epitácio as seguintes áreas: Pela Lei nº 12.690 o Estado cedeu gratuitamente ao Município faixa de terra com benfeitorias de terraplenagem e pavimentação situada entre as estacas 5 a 335 do atual acesso da Rodovia Raposo Tavares – SP 270 (km 653+988m) ao Cais do Porto, com 6.600m de extensão e 30m de largura, totalizando 198.000m2, para utilização como via pública, já denominada Avenida Juliano Ferraz Lima. Já a Lei nº 12.703 estabelece que o Estado faz cessão gratuita ao Município de faixa de terra dotada de benfeitorias de terraplenagem e pavimentação ocupada por trecho de acesso rodoviário que liga o município pela avenida Presidente Vargas à Rodovia Raposo Tavares – SP 270 (km 652,300m), compreendida entre o km 0+0,00 e o km 1+728,77m, com a extensão de 1.728,77m e a área de 87.278,32m2, destinada à utilização como via pública. BENEDITO DE GODOY MORONI
Avenida Juliano Ferraz Lima 424
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Capítulo 39 - Marcos cravados de interesse para Epitácio Presidente Epitácio conta com diversos marcos importantes quanto: a delimitação das terras devolutas que são do domínio patrimonial do Município; diversas altitudes do município e respectivas coordenadas e o posicionamento de Presidente Epitácio no estado de São Paulo em relação a localidades vizinhas. Para tanto a cidade tem os marcos “Zero” de Presidente Epitácio, os marcos de Estação Geodésica – IBGE e os marcos de concreto do Instituto Geográfico e Cartográfico – IGC – de São Paulo. 39.1 Marcos “Zero” de Presidente Epitácio O município de Presidente Epitácio tem dois marcos “Zero”, sendo um na cidade de Presidente Epitácio e outro no distrito do Campinal. Como marco “Zero” da cidade de Presidente Epitácio, o parágrafo único do artigo 1º da Lei Municipal nº 1.259 de 23/12/1987 estabeleceu o marco cravado na Praça Antônio Marinho de Carvalho Filho, marco este implantado pelo IBGE sob a denominação de “Estação: 1524R Nome da Estação: 1524R Tipo: Estação Altimétrica – RN” e identificado, também pelo IBGE, como “localizado junto a igreja de São Pedro[...]; próximo à base de pedra em homenagem ao presidente Epitácio, em frente à rua Porto Alegre e 760 m além da Escola Estadual de 1° e 2° grau EEPG – ‘18 de Junho’ (RN 1524-P)”. Este é o ponto de partida do raio de oito quilômetros usado para determinar as terras devolutas que passaram para o domínio patrimonial da sede do Município. Ainda segundo o IBGE as coordenadas desse marco são DATUM SIRGAS2000: Latitude 21° 45’ 53” S Gravidade(mGal) e Longitude 52° 06’ 19” W Sigma Gravidade(mGal), estando o marco Zero de Presidente Epitácio com altitude ortométrica (m) de 292,1481 metros acima do nível do mar. Pela Lei Municipal nº 1.757 de 28/9/2000 ratificou-se como áreas de terras devolutas que passaram para o domínio patrimonial do Município as contidas no raio de oito quilômetros contados a partir no marco cravado na Praça Antônio Marinho de Carvalho Filho, da sede do Município, bem como aquelas que se localizam dentro do raio de seis quilômetros a partir do ponto central do Distrito do Campinal, no marco cravado na Praça Matriz.
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BENEDITO DE GODOY MORONI / PAULO CARNEIRO
Marco Zero da cidade em frente ao busto do presidente Epitácio Pessoa
Desta forma o segundo marco “Zero” do Município, conforme Memorial Descritivo da Procuradoria Regional de Presidente Prudente, Serviço de Engenharia e Cadastro Imobiliário Seção de Terras Devolutas, processo PR.10-1151/86, encontra-se cravado ao lado direito do pé da Torre do Sino da Igreja Católica do Distrito de Campinal”, servindo o mesmo como ponto inicial do raio de seis quilômetros usado para determinar as terras devolutas, daquele distrito, que passaram para o domínio patrimonial do Município. BENEDITO DE GODOY MORONI
Marco Zero do Distrito do Campinal
39.2 Marcos de Estação Geodésica do IBGE Os marcos de Estação Geodésica implantados pelo IBGE visam mostrar diversas altitudes do município e respectivas coordenadas, isto oficialmente. 426
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Em Presidente Epitácio há dez marcações, denominadas, cada uma, “Estação”. A “Estação” marca a altitude do local onde ela se encontra, tendose por base o marégrafo do porto de Imbituba (SC), onde se considera o ponto “Zero”, ou seja o nível do mar a partir de onde se mede as altitudes, inclusive, de Presidente Epitácio. Por sua vez, até 1969, as coordenadas eram estipuladas segundo o critério SAD-69 e a partir de 2010 o critério das coordenadas a serem consideradas são as obtidas pelo critério SIRGAS2000, nova referência cartográfica, e isto determina pequenas alterações nas coordenadas. Atualmente tem-se que a altitude mínima de Presidente Epitácio, segundo a CESP, é o nível do rio Paraná que está na cota 257, ou seja, 257 metros acima do nível do mar e que a parte mais alta medida é a Estação 1524T do IBGE, com altitude de 375,8600 m. localizada 18 m à esquerda; 500 m além de duas entradas; 2,4km além do Posto Arlei (ep-sf-22-1004); 3,2km além da entrada para Cerâmica Urubi; 6,4km além da entrada para cidade de Presidente Epitácio e 8,1km além da Igreja São Pedro na cidade de Presidente Epitácio. A medida de 261 metros que apontava como altitude de Presidente Epitácio em documentos anteriores foi obtida quando da construção da estrada de ferro em 1922. O correto atualmente, segundo medições do IBGE, no Marco Zero de Presidente Epitácio (Estação 1524R do IBGE), a altitude é de 292,1481 metros acima do nível do mar. BENEDITO DE GODOY MORONI
Marco IBGE na Escola 18 de Junho
39.3 Marcos cravados pelo IGC O Instituto Geográfico e Cartográfico – IGC – do Estado de São Paulo, em 1960 ainda com o nome de Instituto Geográfico e Geológico, com base na 427
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Lei nº 5.285 de 18/02/1959, realizou a demarcação dos limites do município de Presidente Epitácio e do município de Caiuá, e no ano de 2001 o IGC procedeu a aviventação de trecho da demarcação dos referidos limites, que vão da cabeceira do Córrego Santa Cruzinha até o rio do Peixe. Em 2001 a cravação dos novos marcos e a manutenção de marco antigo teve como base a lei nº 8.092 de 28/02/1964, bem como em relatório e mapa correspondentes à demarcação realizada no ano de 1960 e informada pelo IGC à Prefeitura de Caiuá através do Processo SEP 0137 de 2001, apontando os marcos e respectivas posições geográficas. BENEDITO DE GODOY MORONI
Marco IGC na Rodovia Raposo Tavares na divisa entre Epitácio e Caiuá
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Capítulo 40 - Personagens Neste capítulo traremos a vida de alguns personagens que fazem parte da História de Presidente Epitácio 40.1 Adão Virgolino da Cruz Adão Virgolino da Cruz, mais conhecido como Adãozinho, nasceu dia 29/11/1932 no Porto Tibiriçá, em Presidente Epitácio, sendo seus pais Raimundo Virgulino da Cruz e Joana Borges da Cruz. Adão Virgolino da Cruz fez o primário e o ginasial em Epitácio, continuando seus estudos ao fazer o curso de madureza e frequentar até o terceiro ano de direito em Tupã. Em 1947 começou a trabalhar na contabilidade do Escritórios Reunidos Brasil Ltda, de Paulo Lopes. No ano de 1953 mudou de serviço indo trabalhar no Banco Bandeirantes do Comércio S/A, agência de Presidente Epitácio, onde começou como correntista e depois passou para a carteira de cobrança. Transferiu-se em 1957 para a Companhia Mate Laranjeira, onde trabalhou até 1961, mesmo ano em que passou a prestar seus serviços na Navegação Fluvial Moura Andrade Ltda. Corre o ano de 1962 e ele entra no Serviço de Navegação da Bacia do Prata – SNBP – autarquia federal, para exercer a função de oficial administrativo. Com a extinção do SNBP Adão Virgolino da Cruz fica em disponibilidade do governo até 1993, quando se aposentou pela Superintendência Nacional da Marinha Mercante – Sunamam, órgão do Ministério dos Transportes. Em 1977 ele abriu escritório de Prestação de Serviços na quadra três da rua Fortaleza. Casou-se no ano de 1958 com Délia Garay, vindo a ter quatro filhos: Mara, Amarildo, Lincoln e Mariane. Foi vereador em Epitácio de 14/3/1961 a 13/3/1965 e de 12/6/1967 a 11/11/1968, e pertenceu às Mesas da Câmara Municipal de 14/3/1961 a 29/3/1964 como 1º secretário. Na década de 1980 começou a escrever crônicas para o jornal A Fronteira, sempre abordando temas ligados a Presidente Epitácio a fim de que pessoas e fatos não ficassem esquecidos e sem o devido destaque merecido. Com o tempo passou a escrever apenas para seu lazer. Daí o caminho natural foi colecionar tais trabalhos para uma futura edição. Após isto ele ainda fez novas crônicas que aumentaram o acervo de suas obras. Adão Virgolino da Cruz editou o livro Reminiscências, de crônicas. Um segundo volume já está em andamento. 429
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Acessível, Adão Virgolino da Cruz, sempre que solicitado a informar sobre acontecimentos que presenciou em Epitácio, nunca se furtou a prestar tais informações, bem como sempre as trouxe com seu toque de memória invejável. 40.2 Ademar Dassie Ademar Dassie nasceu na cidade de Piquerobi (SP) em 21/8/1946. Eram seus pais Marcelo Dassie e Adélia Quadrante. Ademar ajudou o pai no açougue e, posteriormente, no último mandato de seu pai como prefeito de Piquerobi, Ademar atuou como oficial de gabinete de 1968 a 1973. Os estudos de Ademar Dassie foram realizados em Santo Anastácio, Piquerobi e Presidente Venceslau. Em Santo Anastácio, no ano de 1972, concluiu o curso técnico em contabilidade pela Escola Técnica Comercial de Santo Anastácio. Em 1973 Ademar se muda de Piquerobi para Presidente Epitácio a fim de não ser forçado a lançar-se candidato a prefeito municipal. Em Epitácio trabalhou no Açougue Presidente, de propriedade de seu irmão João. No ano de 1981, a convite de seu primo Roberto Bergamo, foi trabalhar na Retífica Bergamo. Em 1982, com a candidatura de Roberto Bergamo a prefeito passou a ajudá-lo sem nenhuma intenção de exercer cargo na vida pública, porém, em 1988, por pressão dos moradores da vila Esperança, foi candidato a vereador. Elegeu-se vereador nos períodos de 1º/01/89 a 31/12/92 e de 1º/01/93 a 31/12/96, ocasião em que foi 2º Secretário de 1º/01/95 a 31/12/96. Prestou concurso para fiscal do Procon em Presidente Epitácio, onde ingressou em 1/12/1995. Elegeu-se prefeito municipal nos períodos de 1º/01/97 a 31/12/2000 e de 1º/01/2001 a 31/12/2004. Faleceu em 5/6/2007 e foi sepultado em Piquerobi. 40.3 Alberto José Assad Alberto José Assad nasceu no dia 14/02/1917 na cidade de Juiz de Fora (MG). Seus pais, Mário José Assad e Megheahougi Assad eram descendentes de libaneses. Dr. Alberto estudou na escolinha Dona Luiza e no Grupo Escolar Delfim Moreira. Cursou o ginasial na Academia do Comércio de Juiz de Fora. Em 1933 foi para Rio de Janeiro, matriculando-se no curso pré-médico. Formouse médico em 1941 pela Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil. Veio para Presidente Epitácio em 1944 atendendo convite do médico João 430
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Figueiredo que exercia medicina em Epitácio e estava se mudando, deixando em aberto uma vaga para médico clínico geral. Presidente Epitácio era uma pequena cidade, desprovida de tudo e sofrendo muito com doenças tropicais, especialmente a maleita. Em fevereiro de 1944, em plena II Guerra Mundial, pelo trem Ouro Verde da Estrada de Ferro Sorocabana, aqui desembarcou este pioneiro da medicina interiorana, fixando residência nestas plagas do oeste paulista. Sempre atendendo seus clientes a cavalo ou em pequenas embarcações, o desconforto era um incentivo para exercer sua profissão. Seu veio brincalhão fez com que certa feita se fizesse fotografar em frente a seu consultório, montado em cavalo com uma cruz na anca, à semelhança de “ambulância”, estetoscópio no bolso da calça e um lampião à mão como que para orientá-lo no caminho para atender a um paciente. Em Epitácio conheceu Dorinda Barbeiro Assad, jovem da região, com quem se casou e tiveram dois filhos, Adalberto e Carlos Alberto. Dr. Alberto, para atender aos pacientes da região, não se recusava a atravessar o rio Paraná em pequeno bote mesmo com temporal se avizinhando. Quantas vezes sua mulher ficou preocupada sem saber de Dr. Alberto, que saíra para atender a paciente e ficava até dias sem poder voltar ou porque o doente necessitava de cuidados permanentes e urgentes fazendo que Dr. Alberto ficasse a seu lado, ou pelo tempo e condições das estradas e picadas que existiam na época. Dr. Alberto, além de atender em seu consultório na rua Belo Horizonte, também fazia plantão diário na vila Tibiriçá, na administração do Serviço de Navegação da Bacia do Prata. Tornou-se conhecido em toda região por seus diagnósticos precisos, fato que muitas vezes fez com que fazendeiros de Mato Grosso mandassem buscálo de avião para atendê-los. Os recursos tecnológicos escassos e muitas vezes inexistentes em Epitácio obrigavam-no a usar da criatividade e adaptações. Quando necessitava comprovar a gravidez de alguma paciente, por exemplo, comprava sapos que algumas crianças lhe forneciam e ele mesmo realizava os testes em seu pequeno laboratório instalado no próprio consultório. Entre inúmeros casos que teve de usar os escassos recursos disponíveis na época para atender urgências cujo paciente corria risco de morte, há o parto difícil e complicado de Maria Cecília Coser Loyolla, que só foi salva graças ao instrumento utilizado por ele para fazer transfusão de sangue direta de Ernesto Coser para sua irmã Maria Cecília. Deitado em cama ao lado da irmã, 431
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Ernesto foi ligado, através do aparelho ao braço da irmã. O aparelho extraía o sangue do irmão até completar o pequeno recipiente para em seguida um controle fechar a entrada do sangue de Ernesto e impulsionar o conteúdo do aparelho da irmã. Após isto toda a operação se repetia até se conseguir a quantia de transfusão necessária para o caso, isto com pequenos intervalos para limpar o aparelho a fim de evitar que o sangue sofresse processo de coagulação. O instrumento utilizado na ocasião se encontra no acervo do Museu de Epitácio. Dr. Alberto, inclusive, foi Juiz de Casamentos em Presidente Epitácio. O envolvimento de Dr. Alberto com a vida política da cidade o fez um dos batalhadores pela autonomia politicoadministrativa de Presidente Epitácio, isto pouco tempo depois de chegar a Epitácio. Com a transformação de distrito para município, Dr. Alberto se torna um dos vereadores eleitos para a primeira legislatura da cidade. Nessa mesma legislatura, dia 27 de março de 1951, o prefeito Antônio Marinho de Carvalho Filho faleceu com a queda do avião no qual sobrevoava Epitácio. Como Dr. Alberto nessa ocasião era o presidente da Câmara Municipal e não havia vice-prefeito, ele assumiu o cargo de prefeito no período de 28 de março de 1951 a 19 de junho do mesmo ano, enquanto se realizavam eleições para prefeito, após o que deu posse de Ernesto Coser eleito novo prefeito para cumprir o restante do mandato. FOTO 139
Dr. Alberto com seu estetoscópio no bolso lampião na mão e em sua “ambulância” 432
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Sua atividade política intensa se deu através de contatos com políticos de renome na época. No dia 29 de agosto de 1957 sua residência foi utilizada para recepcionar o presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira que veio a Epitácio para visitar as obras de prospecção de petróleo e, principalmente, para lançar a pedra fundamental da ponte sobre o rio Paraná, em atendimento a antigo anseio e reivindicação do povo epitaciano e região, única cidade do Estado de São Paulo na qual Juscelino venceu como presidente, fato que este sempre fazia questão de lembrar, conforme Temístocles Maia e Gerônimo Ribeiro confirmaram em entrevista pessoal. Pelo Decreto Legislativo 001/87 foi concedido ao Dr. Alberto o título de Cidadão Epitaciano, isto em 1987. Durante 54 anos Dr. Alberto sempre praticou a medicina e “sempre procurava atualizar-se e cada vez mais se aprofundar nos conhecimentos médicos”, conforme contou em relato pessoal o médico Luiz Gonzaga Zanatta. Dr. Alberto faleceu em 6/8/1998 e seu corpo está sepultado no Horto da Igualdade em Epitácio. No carnaval do ano seguinte a Escola de Samba Vila Maria prestou sua homenagem Dr. Alberto desfilando com o samba enredo Do Mediterrâneo ao rio Paraná. Foi dado seu nome ao Centro de Saúde da rua São Paulo, 1-25. 40. 4 Amândio Pires Contado por Maria Regina Pires Budin Meu pai, Amândio Pires, filho de Martinho Pires e Dulce Fernandes Pires, nasceu em Poranbaga (SP), em 22/11/1921. Casado em primeiras núpcias com Ilda Rodrigues Pires, teve o filho Luiz Carlos. De seu segundo casamento, com Anézia de Souza Pires, teve os filhos José Carlos, Maria de Lourdes, Maria Regina, Elisa Leila, Amândio Pires Júnior e Júlio Cesar. Fez o ginásio no Colégio Arquidiocesano de Botucatu, o curso de contabilidade no Colégio Álvares Penteado de São Paulo. Serviu o Exército em Quitauna (SP), de 1943 a 1945. Meu pai primeiramente morou em Presidente Venceslau, onde foi, inclusive, vereador. Depois mudou-se para Presidente Epitácio. Fez o curso de direito na Faculdade Instituição Toledo de Ensino, vindo a formar-se em 1968. Sua paixão era o rio Paraná e a pesca. 433
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No dia 2/9/1969 meu pai sofreu um acidente de trânsito, vindo a morrer. Foi dado seu nome à biblioteca municipal de Epitácio. 40.5 Ana Rodrigues de Aguiar Lisboa Contado por José Conceição de Assis (Frederico) Nascida em 31/3/1924 na cidade de Presidente Venceslau, minha mãe, Ana Rodrigues de Aguiar Lisboa, conhecida por Ana Cabrita, era filha de Augusto Rodrigues de Oliveira e de Cândida Rodrigues de Oliveira. Aos oito anos de idade veio morar em Presidente Epitácio. Era uma criança terrível. Briguenta, nunca levou desaforo para casa. Vivia subindo nas árvores. Um dia estava em cima de uma árvore muito alta quando um senhor que ia passando pediu para ela descer. Como não foi atendido em seu pedido ele voltou a insistir, dizendo: “desce daí cabrita”. Daí o apelido pelo qual é conhecida até hoje. Estudou na Escola Mista com a Professora dona Santa. Depois mudou-se para o Porto Uerê no Mato Grosso do Sul, permanecendo neste lugar com sua família por quatro anos. Retornou a Presidente Epitácio e foi trabalhar de doméstica na casa de dona Maria Bonita. Depois, como sua mãe fazia pães caseiros, Ana os vendia de casa em casa. Suas estripulias eram constantes. Certa feita, sua mãe fez os pães e deixou-a cuidar da entrega tão logo ficassem prontos. Assim que a fornada ficou assada, os pães foram colocados quentes em um saco e entregues para que Virgílio fosse entregar (Virgílio de Aguiar Lisboa com quem casou em segundas núpcias no dia 15/12/1998). Ele com sua calma, tendo os pães quentes em suas costas, caminhava enquanto Ana Cabrita ia azucrinando o rapaz atirando pedra no mesmo. Isto durou um bom tempo, até que ele, cansado da amolação, pegou um pedaço de pau, única maneira que encontrou para fazê-la parar com tanta molecagem. Ana gostava de dançar no clube do Porto Tibiriçá, onde os bailes eram animados com orquestras famosas, frequentado por pessoas elegantes e o baile ia até o sol raiar. Casou-se com Osório Correia de Assis no dia 20/02/41 e teve os filhos José – conhecido por Frederico -, Cleusa, Neusa e Claudionor. Casada voltou a morar no Mato Grosso do Sul permanecendo por um curto prazo. Chegando aqui de volta monta uma tinturaria, tendo o cuidado de contratar um charreteiro para fazer entrega nas residências das freguesas. Para executar suas tarefas tinha que tirar água no poço de 75 metros de profundidade. Também forneceu alimentação aos professores Paulo Grazioli, Célia, Marli, Quito, aos dentistas Dr. Bento, Dr. Rafael, Dr. Pedro advogado, e em seu 434
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restaurante foram realizadas reuniões do Rotary Club de Epitácio. Fazia e faz até hoje comida, pastéis, bolos e doces elogiados por todos. Como surgiu uma oportunidade foi trabalhar no Porto X, na fazenda do Tonico Barros, irmão do governador Ademar de Barros. Este, conhecendo e simpatizando com minha mãe, ofereceu a ela o cargo de servente em Epitácio, o que foi aceito e onde Ana ficou até quando se aposentou. Aposentou-se, mas não parou de trabalhar. Em 1984 montou restaurante ao lado do posto fiscal do Mato Grosso do Sul, cuidando do mesmo por 18 anos. Atualmente, com saúde, visão, audição e memória privilegiada, não perde um Carnaval de rua onde desce a avenida na ala das baianas. Para quem sabe da qualidade dos seus salgados montou uma barraca ao lado de sua casa para atender a freguesia. Outra característica de Ana Cabrita é ser prestativa no preparo de cadáveres. Sempre foi ela quem cuidou de banhar e preparar os defuntos. Hoje ainda é chamada pela Polícia Rodoviária para ajuda-los quando há acidentes com vítimas fatais. Seu espírito desprendido é atestado em muitos casos. Um deles aconteceu quando faleceu o pai de Izabel Alonso Gonçalves e tinha com ele somente o neto. Ana ia passando pelo local. Entrou e quando Izabel chegou, o pai já estava lavado e vestido para o enterro. Quem conhece Ana Cabrita sabe de sua coragem e valentia. Só para ilustrar, conto um fato que ocorreu com ela recentemente. Vinha ela de Campo Grande (MS) dirigindo seu carro quando ao parar em um restaurante na estrada viu um rapaz que aparentava vinte e poucos anos pedindo carona. Com dó do rapaz ofereceu-se para conduzi-lo até perto de onde queria ir, o que foi aceito por ele. Entraram no carro, ele sentando-se ao lado dela. No caminho minha mãe sentiu que ele começou a cutuca-la com algo e mandando-a parar. Sem olhar para ele, minha mãe falou que tivesse ele o que tivesse nas mão, uma faca, revólver ou outra coisa, não era nada em comparação ao que ela tinha nas mãos dela: o volante de um carro a 120km/h. Com toda a calma minha mãe disse que se ele fizesse qualquer coisa ela atiraria o veículo contra os caminhões que vinham no sentido contrário da estrada. O rapaz, vendo a firmeza e convicção dela, começou a implorar para que minha mãe não fizesse isso. A única preocupação de Ana era com a reação do rapaz caso ela parasse o carro. Assim continuou correndo. Passou pelo posto da Polícia Rodoviária Federal sem parar e foi até o posto fiscal, quando com brusca manobra, freou o carro e deu marcha a ré até onde estavam seguranças do posto. Estes, conhecendo minha mãe, já desconfiaram que algo de errado estava acontecendo e imediatamente detiveram o rapaz. 435
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Na delegacia descobriu-se que ele era um foragido procurado pela polícia do Paraná devido a dois homicídios praticados por ele tendo como vítimas uma criança e uma mulher. Isto é um pouco da vida de minha mãe, Ana Cabrita. 40.6 Antônio Canhetti Contado por Elza Canhetti Mondin Meu pai nasceu em Itaju-Bariri (SP) em 11/5/1917 e eram seus pais Affonso Canhetti e Josefa Postigo Canhetti. Após cursar o primário e o ginasial mudou-se para a capital onde realizou seus estudos do ensino médio. Trabalhou como policial e cursou direito na Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas do Rio de Janeiro. Casou-se com Maria Dolores Morales Canhetti e tiveram os filhos Eunice, José Odírcio e Elza. Exerceu o cargo de delegado de polícia em Assis, Campos Novos Paulista e em 1951 transferiu-se de Presidente Bernardes para a Delegacia Regional de Presidente Prudente. De 5/02/1959 a 28/5/1966 foi delegado em Presidente Epitácio, e em 23/8/1969 assumiu como delegado seccional em Presidente Venceslau, isto até 18/01/1977, quando se aposentou. Durante esse período foi substituto do delegado regional de Polícia de Presidente Prudente nas ocasiões que o titular precisava se afastar da função. Após aposentar-se voltou para Epitácio, cidade que amava. Em todos os finais de semana eu, meu marido e nossos filhos íamos visitá-lo, aproveitando, também, para ficar horas com os pés na água, embaixo de um restaurante que servia peixes (o dono chamava-se Damasceno). Foram dias inesquecíveis. Meu pai faleceu em 15/10/1984 e em sua homenagem a Delegacia de Polícia de Presidente Epitácio recebeu seu nome. 40.7 Antônio Quirino da Costa Antônio Quirino da Costa nasceu em Corumbá (MS) em 7/9/1938. Era filho de Manuel Zacarias da Costa e de Paulina da Costa. Casou-se na cidade de Campinas com Doraci Corat Costa em 29/12/1962 e tiveram os filhos Ricardo, Ronaldo e Roberto. Formou-se bacharel em Administração. Antônio Quirino trabalhou na Swift e na Clark em Campinas. Transferindose em 1969 para Presidente Epitácio foi admitido em 5/5/1969 na Prefeitura epitaciana onde ocupou vários cargos. Foi presidente da Loja Maçônica São João da Escócia IV no período 436
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1975/1977. Elegeu-se prefeito de Presidente Epitácio para o período de 1º/01/89 a 31/12/92. O Centro de Lazer do SESI foi construído durante sua administração como prefeito, sendo uma de suas obras de destaque a criação do Conservatório Musical de Presidente Epitácio. Foi também presidente da União dos Municípios do Pontal (Unipontal) de 1989 a 1990. Exerceu o mandato de vereador de 1º/01/2001 a 31/12/04 e foi, também, assessor do deputado federal Paulo Lima. Morreu em acidente aeroviário em 1º/02/2009, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Foi dado seu nome ao terminal rodoviário municipal de Epitácio. 40.8 Azulão Rafael Silva (Azulão), nasceu em Tanhaçu (BA) aos 10/11/1933. Até seus 12 anos trabalhou em sua cidade natal, depois se mudando para a região prudentina, ficando ora em Presidente Prudente e ora em Pirapozinho. Começou a jogar futebol em Pirapozinho e aos 19 anos já jogava na Prudentina, sempre como lateral direito ou volante, fazendo questão de afirmar que “não dava moleza a ninguém”. Jogou ainda em times do Paraná como o Santa Inês de Paranavaí e União Cascavel, da cidade de mesmo nome. Em 1969 estabeleceu-se em Presidente Epitácio, trabalhando no frigorífico. Passou a jogar, também, em times de Bataguassu como o “36” da Reta V, Espinafre da Reta I, Matinha e Porto XV. Desde então começou a perceber que as crianças precisavam de alguém que as orientasse no futebol. Assim, principiou a ensinar algumas crianças. Azulão resolveu aperfeiçoar-se e fez curso de técnico em São Paulo, além de curso sobre como lidar com crianças. Seu trabalho como “professor” de escolinhas começou para valer em 1980, na época do prefeito Élio Gomes e perdurou enquanto sua saúde permitiu. Inicialmente era ensinado futebol à garotada em um campinho na vila Gerônimo, passando para a vila Tibiriçá. Devido a esse local ficar difícil para os alunos chegarem, mudou-se para onde atualmente é a Praça da Criança. Com a construção desta praça, Azulão tem que se mudar para um terreno da vila Palmira, onde treinava seus alunos. Silva já conduziu as crianças em jogos na Argentina, Chile e Bolívia. Em 2007, antes de seu estado de saúde se agravar, dirigia 35 crianças. 437
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Essas crianças tinham toda sua atenção e carinho, não pagando nada para aprenderem na escolinha do Azulão. Não tinha ajuda oficial e inicialmente eram os amigos uma vez ou outra que contribuíam para cobrir as despesas como lavagem de uniformes e compra de material esportivo. Entretanto os alunos nada pagavam. Por elas, durante tempos, Azulão saía pelas ruas de Epitácio catando papelão e papel a fim de conseguir recursos para sua escolinha, posto que seus rendimentos como aposentado, segundo ele relatava, mal davam para sua sobrevivência. Mas o trabalho de Azulão era de formação, tanto que as regras obedecidas e respeitadas por todos os alunos eram, conforme noticiou o Correio do Porto de 15/1/1999: “não falar palavrão, saber atender os mais velhos e usar com propriedade o bom dia, boa tarde, obrigado e outras palavras que a boa educação exige” (p.11). Pelas mãos de Azulão já passaram meninas que praticaram futebol e craques como Adoilson. Azulão, sempre que podia, ia ao estádio Pirangueiro para assistir aos jogos. Casou-se em 1959 com Neusa Silva e tiveram os filhos: Helena, Valdelice, Zélia, Djalma, Maria, Rosa, Rosimara, Cassiano, Erivaldo, Eliana, Cláudia e Lucimara. 40.9 Carlos Cardoso de Almeida Amorim Carlos Cardoso de Almeida Amorim nasceu em São Paulo, capital, no dia 3/02/1937. Eram seus pais Rone Amorim e Maria Helena Cardoso de Almeida Amorim. Seu curso primário foi feito no Externato Teixeira Branco. O ginásio e científico foram feitos no Colégio São Luís e o curso de administração de empresas na Faculdade São Luís, todos em São Paulo. Casado com Áurea Ferreira Gomes de Amorim, tiveram quatro filho: Alberto, Mariana, Ricardo e Camila. Temos oito netas. Amorim foi executivo de indústria ligado à construção civil. Isto o levou a ser presidente do Sindicato de Balanças e Medidores. Sua desenvoltura nas lides sindicais levaram-no à diretoria da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Na FIESP foi conselheiro do SENAI e SESI por 12 anos. A seguir, durante a gestão Mário Amato, foi diretor regional do SESI. Nessa ocasião foram construídos, entre outras coisas, 18 Centros de Lazer 438
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do SESI, sendo um deles o de Presidente Epitácio, que recebeu seu nome, passando a denominar-se Centro de Lazer – Carlos Cardoso de Almeida Amorim. Ele sempre comenta que lamenta o fato do Centro de Lazer em Epitácio não estar funcionando, mesmo possuindo condições adequadas para funcionamento imediato. Carlos Cardoso de Almeida Amorim recebeu título de cidadão honorário das cidades de Presidente Epitácio, Cruzeiro, Itu, Tatuí e Mogi Guaçu. Após sua saída do SESI, ele se voltou para a atividade agropecuária, sendo, em 2010, presidente da Copercitrus Industrial. Foi dado seu nome ao Complexo do Sesi em Epitácio. 40.10 Celso Azevedo Celso Azevedo nasceu em Presidente Epitácio em 24/4/1935. Eram seus pais Joaquim de Azevedo Filho e Rosa Leal Azevedo. O esporte marcou sua vida. Aos 15 anos já era jogador do Juvenil Atlético Epitaciano, time que depois de dois anos de atividade tornou-se a Associação Atlética Epitaciana. A carreira de Celso Azevedo, entretanto, foi breve porque em 1955 sofreu grave lesão no joelho esquerdo quando jogava pelo campeonato amador. Essa lesão levou-o a deixar o futebol de campo e dedicar-se ao futebol de salão pelo Banco Financial. Cinco anos depois também teve que deixar o futebol de salão porque o joelho não aguentou. Foi o fim dele como jogador de futebol. Sua paixão pelo esporte levou-o a ser técnico de futebol de salão. Em 17/9/1961 casou-se com Margarida Szücs Azevedo e tiveram os filhos: Maira, Ricardo, Nayara e Celso Renato. Após ser técnico de futebol de salão, em 1974, Celso volta ao futebol de campo, mas desta vez como técnico do Beira Rio Esporte Clube e conquista em 1975 o título do Campeonato Amador Estadual e no ano seguinte ficou com o vice-campeonato, classificação esta que permitiu ao time subir para a Segunda Divisão do futebol paulista, onde a equipe foi vice-campeã paulista em 1977. Celso foi técnico do Beira Rio até 1984. Nesse ano assumiu a direção da equipe da cidade de Corumbá (MS), o Corumbaense. Lá foi campeão estadual nesse ano. No ano seguinte foi contratado pelo Douradense, de Dourados (MS). Em 1986 o Orlândia, time da região de Ribeirão Preto (SP), contrata Celso para tentar salvar o time que estava entre os últimos lugares do campeonato, 439
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missão na qual obtém sucesso, porque o time não só sai dos últimos lugares, como termina o campeonato entre os quatro melhores. Em 1987 retorna ao Corumbaense e foi vice-campeão estadual. No ano de 1988 volta ao Douradense e o time se sagra vice-campeão do estado. Em 1989, depois de classificar o Garça, da cidade paulista de mesmo nome, para as finais do campeonato estadual da Segunda Divisão, pede demissão da direção do time, conforme relatado pelo Correio do Porto, porque “o presidente ordenou que a equipe não vencesse o jogo e isso por motivos políticos”. (2002. p. 12). Em 1990 Celso dirigiu o Linense e em 1991 o José Bonifácio da região de Rio Preto e o Corinthians de Presidente Prudente. Finalmente em 1992 retorna a Epitácio para reassumir o Beira Rio. Seu trabalho possibilitou ao time passar da Terceira para a Segunda Divisão do futebol paulista, com o que deixou de atuar como técnico. Mas tendo o futebol nas veias, em 1993, apresentou ao diretor municipal de esportes de Epitácio a ideia da criação de da Escola de Futebol do Projeto Futuro. Visava iniciar as crianças no esporte e tirá-las das ruas. A ideia prospera e passa a atender alunos na faixa de seis aos 17 anos, com os quais conquistou vários títulos regionais e estadual, além de servir para revelar atletas para equipes profissionais. Celso Azevedo faleceu dia 26/3/2006. Em sua homenagem o Complexo Esportivo de Epitácio passou a chamarse Complexo Esportivo Celso Azevedo. 40.11 Edson Valin Edson Valin nasceu em Piraçununga (SP) no dia 22/02/1941. Era filho de Aristóteles Valin e Dozola Zólio Valin. Seus estudos do primário, ginásio e científico foram realizados em sua terra natal. O curso de Odontologia ele fez em Uberaba (MG). Após formarse começou a exercer sua atividade como dentista em Piraçununga. Casa-se em São Paulo, no ano de 1965, com Rose Meire Oliva Valin. O casal, em 1967, muda-se para Presidente Epitácio, onde Valin monta consultório de dentista. Aqui têm os filhos Helenrose e Helkerson. Após ser aprovado em concursos estadual e federal, Valin se efetiva como dentista do Estado e da União, continuando com seu consultório particular, pois havia compatibilidade de horário para isso. Após parar de clinicar, Valin foi designado para prestar serviço junto a 440
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municipalidade. Sua habilidade com as plantas levou-o a orientar ilhéus e a colaborar na paisagística da cidade. Era reconhecido seu pendor no cuidado com as plantas, fato que o levou a criar o Horto Florestal de Presidente Epitácio, mesmo na ocasião Valin não tendo qualquer vínculo com a prefeitura. Faleceu em 10/10/2003, sendo seu corpo sepultado no Horto da Igualdade. Foi dado seu nome ao Horto Florestal Municipal de Epitácio. 40.12 Ernesto Coser Contado por Elizabeth Coser Oberlander Era abril de 1971, mais precisamente no dia 19, quando eu voltava de uma viagem a Presidente Prudente, na rodovia Raposo Tavares perto da entrada para Santo Anastácio (SP) percebi que ocorrera um acidente. Parei e perguntei o que tinha acontecido. Responderam-me que ocorrera um acidente e nele morrera um funcionário da Prefeitura de Presidente Epitácio, por nome de Ernesto Coser. Era meu pai. Naquele momento eu ficava sem meu querido pai e Presidente Epitácio sem uma pessoa que muito trabalhou e se dedicou por ela. Ernesto Coser nasceu em 2/12/1920 na cidade de Rio Capinzal (SC). Era filho de Eugênio Coser e Josefina Thomazoni Coser. Chegou a Presidente Venceslau com sete anos, onde fez o curso primário. O ginásio e a Escola de Comércio, onde formou-se contador, cursou em Presidente Prudente (SP). Lá, enquanto estudava, trabalhou como balconista na loja Paraíso das Sedas. Formando-se, passou a trabalhar na Prefeitura de Venceslau. Era considerado excelente jogador de futebol atuando como atacante e jogando na Associação Atlética Venceslauense, tendo o apelido de “Prego”. Certa feita o “olheiro” do Santos Futebol Clube, Odilon Oliva, quis leválo para jogar em Santos, mas seu pai não permitiu. Nos anos 30, chamado para jogar em uma comemoração do dia de Portugal em Venceslau, Ernesto Coser fez aos 44 minutos do segundo tempo o gol que deu a vitória ao time da colônia portuguesa. No final da partida foi carregado em triunfo pelos membros da colônia portuguesa. Em 27/02/1943 casa-se com Dagmar Botelho de Sousa Coser, com quem teve os filhos Ernesto e Elizabeth. Logo em seguida mudou-se para Presidente Epitácio indo trabalhar com o pai na Casa Violeta. Com a autonomia politicoadministrativa de Epitácio, além de secretário da Prefeitura, é eleito vereador, tornando-se o primeiro presidente da Câmara de Epitácio em 1949. Em 1951, com a morte de Antônio Marinho 441
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de Carvalho Filho, Ernesto Coser candidatou-se e ganhou como prefeito por um voto a mais que o segundo colocado, ficando como prefeito de 20/6/51 a 2/9/51, quando Reginaldo Bittencourt ganha como prefeito na recontagem, pela diferença de um voto. Ernesto Coser foi vereador, ainda, de 27/3/1953 a 13/3/1957 e de 14/3/1957 a 13/3/1961, mandatos nos quais foi 1º secretário de 27/3/53 a 13/3/54, 2º secretário de 14/3/55 a 13/3/56, presidente de 14/3/56 a 13/3/57, 2º secretário de 14/3/57 a 13/3/58 e 1º secretário de 14/3/58 a 13/3/59. Foi, em 10/10/1962, um dos fundadores do Rotary Club de Presidente Epitácio, do qual foi presidente de julho de 1967 a junho de 1968. Em Epitácio continuou como desportista, atuando pela Associação Atlética Epitaciana. Teve participação ativa em movimentos sociais de Epitácio, sendo um dos membros atuantes do Rotary para a construção da ponte que liga o estado de São Paulo a Mato Grosso do Sul. Morreu em acidente automobilístico no dia 19/4/1971, seu corpo foi sepultado no Horto da Igualdade. O Paço Municipal de Presidente Epitácio tem seu nome. 40.13 Esmeraldo Marinho Contado por Esmeralda Moraes Marinho Malta Moreira Em 1957 meu pai, Esmeraldo Marinho, soube que seria exator da Exatoria Federal que deveria instalar em Presidente Epitácio. Imediatamente a família começou os preparativos para mudar-se da cidade de Nioaque (MS) para Presidente Epitácio. Em pouco mais de um mês, a casa da família foi vendida “porteira fechada”, sem tirar nada dela, ficando tudo para o comprador. Em seguida a família viaja até cidade de São Paulo para papai receber a confirmação da sua transferência: seria exator e sua função seria mesmo a de instalar uma Exatoria Federal que inexistia em Presidente Epitácio. Assim, sob a residência de Natálio e Ercília Abib Salomão e ao lado da Delegacia de Policia, foi instalada a repartição pública em 31/01/1958. Estava então criada a Exatoria Federal de Presidente Epitácio, à rua Fortaleza, 3-52, ao lado da Praça da Matriz, tendo como exator Esmeraldo Marinho. A residência da família era nos fundos dessa repartição. Em 1959 nos mudaríamos para casa própria, na rua Paraná, 1-76, cuja “lonjura e descampado”, deixavam todos os amigos, espantadíssimos. Esmeraldo Marinho, filho de Joaquim Luís Ferreira e Maria da Luz 442
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Marinho Ferreira, nasceu em 2/5/1906 na cidade de Santa Maria da Vitória, Bahia. Aqui vale lembrar o fato de que até o início do século XX era comum aos cartorários do registro civil não registrarem o nome civil da criança, conhecido como nome completo, composto de prenome – nome que antecede ao de família e também denominado nome de batismo - e de sobrenome, chamado de nome de família. Era comum registrar apenas o prenome. Desta forma, e neste caso, quando feito o registro de meu pai, constou Esmeraldo Marinho, sem ser anotado o sobrenome Ferreira. Com o passar do tempo, em seus documentos, havia apenas o prenome Esmeraldo Marinho, não se registrando o sobrenome Ferreira. Meu pai estudou o primário em sua cidade natal e posteriormente fez curso de contabilidade, estudando por correspondência. Com 14 anos aprendeu música, vindo a tocar clarineta, saxofone e sanfona de oito baixos, inclusive tendo participado da Filarmônica de Santa Maria da Vitória. Aprendeu e exerceu a função de alfaiate. Foi coletor municipal, secretário municipal, trabalhador da roça capinando café, garimpeiro, professor primário, oficial de Registro Civil, tabelião de Notas, fiscal de consumo de Mato Grosso, delegado de polícia, escrivão de exatoria e, finalmente, exator da receita federal. Em 26/09/1935 casou-se com Leontina Morais Marinho tendo os filhos: Marlan, Nidroaldo, Esmeralda e Lindolfo. Em 1958 já era sabido que a rodovia e, possivelmente, uma ponte ligando São Paulo a Mato Grosso, estavam sendo previstas, e fatalmente, a cidade cresceria naquele sentido. Papai era um homem que esbanjava simpatia e por isso fazia amigos com facilidade, bem como inimigos. Participava, porque convidado, de todos os atos cívicos como nos atestam fotos de reuniões da Marinha Mercante e Câmara dos Vereadores ao lado do Prefeito. Sendo filiado ao Partido Social Progressista - PSP, eventualmente, recebia em casa a visita do governador Ademar de Barros. Acompanhado de mamãe, Leontina Morais Marinho, compareceu à festa de lançamento do navio Epitácio Pessoa, fato que teve grande repercussão na região. Em 1965 apoiou, incondicionalmente, a candidatura a prefeito de Presidente Epitácio o engenheiro Natal, sendo o mesmo eleito devido a sua juventude, entusiasmo e promessas que de fato cumpriu, como o calçamento 443
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da cidade. Presidente Epitácio cresceu e foi sempre o grande amor de meu pai. Éramos frequentadores assíduos de todas as festas, tanto na Epitaciana, quanto no Clube Tibiriçá. Dos anos 1960 guardamos lembranças como o alto-falante do “Zé Bolinha”, boas amizades com: padre Olívio; a pequena e mágica costureira Satiko; Emílio Melado; dona Ana, a doceira de todas as festas; Kuba, o fotógrafo da cidade; as jovens Suédia, a Shenka, a Salime, a Sara; o Hermes, com suas crônicas maravilhosas e tantos outros que não dá para elencar. Meus pais passaram por revezes desnecessários, mas que felizmente conseguiram superar. Papai mudou-se de Presidente Epitácio em 1968 para Petrópolis (RJ) onde viveu cerca de 30 anos, gozando a presença dos filhos e netos e dos inúmeros amigos que fez, sem nunca deixar de rever a cidade que tanto amou e da qual recordava com saudade. Papai escreveu em 1995 e publicou em 1996 o livro de memórias a que deu o nome de Vagão Trancado, onde mostra sua saga de migrante nordestino. Faleceu em Petrópolis no dia 4/4/1997, aos 91 anos, com perfeita lucidez. 40.14 Geraldo Moacir Bordon Geraldo Moacir Bordon, nascido em 9/5/1925 era filho de imigrantes italianos que se estabeleceram em Sousas, no interior do estado de São Paulo, e que ali se dedicaram ao comércio. Sua primeira atividade profissional, aos dezoito anos, foi um armazém de secos e molhados em Sumaré, município situado na região de Campinas. Nesta mesma cidade, alguns anos mais tarde, ele enveredou para o ramo no qual firmaria sua vida profissional. Começou aos poucos, abatendo um boi, um porco e também fazendo linguiças. A mercadoria era transportada em uma carroça até a cidade de Americana, onde era comercializada. Geraldo Bordon iniciou assim a sua atividade no comércio de carnes e nunca mais deixou de atuar neste ramo. Casou-se com Eny de Vasconcelos Bordon, com quem teve os filhos João Geraldo, Leontina, Mariângela, Maria Clara, Júlio e Maria Eny. Em 1960 começou seu grande empreendimento: a criação do Frigorífico Bordon S.A. Logo expandiu seus negócios para São Carlos, São José do Rio Preto, Presidente Prudente e, em seguida, adquiriu o frigorífico de Campo Grande. Seu foco era o mercado internacional, e um ano mais tarde concretizou seu objetivo de exportação, transformando e adaptando as unidades de 444
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sua empresa segundo os padrões de exigência dos mercados europeu e americano. Com um abate diário de 5.200 cabeças em três unidades e uma produção de 400.000 latas de carne bovina industrializada, conseguiu ampliar significativamente seus negócios e tornou-se o maior exportador de carne do Brasil, atingindo não apenas o mercado europeu e americano, como também os mercados da Ásia, Oriente Médio e África. Assim, Geraldo Bordon se transformou no maior empreendedor do ramo de frigoríficos na América Latina e foi responsável por ter alçado o país como um dos maiores fornecedores de carne no mercado internacional. Nos anos 80, o Frigorífico Bordon, que incorporara ainda a marca inglesa Swift, atingiu um total de vendas de 314 milhões de dólares por ano, 120 milhões de latas produzidas e empregava cerca de 22.000 funcionários. Sua atenção não estava apenas voltada para a indústria, mas também para o gado Nelore. Como pecuarista atingiu números expressivos, chegou a criar cerca de 144.000 cabeças de gado em nove fazendas. Dedicou-se com o mesmo empenho à criação do Nelore Mocho e foi um grande incentivador do aprimoramento dessa raça. Seu envolvimento em todas as atividades às quais se dedicou sempre foi total e absoluto, nenhuma atividade de laser o deixava mais satisfeito que o trabalho, que para ele era sua própria vida. Faleceu em 13/7/2003. Foi dado seu nome ao aeroporto municipal de Epitácio. 40.15 Helena Weller Contado por Gerda Weller Corrêa O Bar, Restaurante e Sorveteria Nova era o ponto de encontro dos moradores de Epitácio, de todas as idades. Havia a mesa de sinuca, ponto de encontro dos comandantes e marinheiros do rio Paraná. As crianças e jovens deliciavam-se com os sorvetes, e em especial o “salada de frutas”, servido no balcão. Já fazendeiros, viajantes, profissionais liberais, peões e chefes de comitiva iam ao estabelecimento à procura da famosa peixada, servida no reservado. A todos, minha mãe, Helena Weller, atendia com atenção e carinho. A história dela, nascida Helena Schneidewind em Itapeva, em 24/8/1917, filha de Alberto Schneidewind e Ana Maria Schneidewind, é toda movimentada. Com o falecimento de sua mãe, o pai mudou-se para a Alemanha em 1924. Depois retornou ao Brasil, morando em Santo Anastácio, Bernardes, Caiuá e finalmente, em 1935, chega a Epitácio. Aqui comprou a 445
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Padaria Paulista, adquirida de Genésio, sogro de José Costa. A firma estava localizada em prédio de madeira, na rua São Paulo, quadra Um. Algum tempo depois, meu avô, Alberto, retorna a São Paulo. Minha mãe, em 1938 casa-se com Paulo Weller, indo residir na Chave Madeiral, onde nascem os filhos Gerda, Paulo e Oscar. Lá estabeleceram-se com açougue, loja de armarinhos e botequim. Em 1945 meu pai, Paulo Weller, vem a Epitácio para construir um estabelecimento comercial que seria, ao mesmo tempo, restaurante, sorveteria e bar. Em 1946 era inaugurado o Bar, Restaurante e Sorveteria Nova, à rua Belo Horizonte nº 1-85. Aqui nasceu o quarto filho do casal, Walter. A travessia do rio Paraná entre os estados de São Paulo e de Mato Grosso era feito por balsa e o movimento do restaurante era intenso, com filas enormes de caminhões, carros, camionetas e cavalos que traziam pessoas das mais diversas regiões. O bar, inicialmente, cercado de matos e de picadas abertas nas capoeiras, servia cerveja vinda de São Paulo pela Estrada de Ferro Sorocabana. Frutas e petiscos eram encontrados nesse bar, trazidos até da Argentina. O movimento desse tempo era concentrado na rua São Paulo. Minha mãe contava ser de sua lembrança as serrarias Sobrasil, Santa Rosa e Guanabara. Era de seu tempo, também, a famosa dona Maria Bonita, proprietária da Casa Boiadeira, alugada primeiramente para os dois sócios Otto e Kurts. Na esquina da rua São Paulo com Presidente Vargas, quadra um, funcionava o Bar da Dorvalina ou Bar da Dudu. A Prefeitura funcionava em um prédio de madeira na esquina da avenida Presidente Vargas com rua Porto Alegre. Em um terreno baldio da quadra Dois da rua Porto Alegre, quase no meio da quadra, foi construído o Cine Jubran, de propriedade de Chafik Jubran. Pela avenida, ao lado da Prefeitura, existiam: o Correio, dirigido pela agente Rosa Leal Azevedo; em seguida a Delegacia e Cadeia no mesmo prédio. O jardim da praça era pequeno e a primeira capela lá construída era de alvenaria. A casa La Tropical, dos irmãos Mellado, funcionava na esquina da avenida Presidente Vargas com rua Belo Horizonte. Quando aviões desciam em Epitácio, antes davam um sinal passavam por sobre a cidade e meu pai, Paulo Weller ia até o campo de pouso para trazer os passageiros. Já em 1946 o Zé do Burro fazia frete para o bar e sorveteria. Minha mãe lembrava-se dos motoristas de jardineira de 1946 em diante, entre eles Firmino Correia e Belarmino. As peixadas eram normalmente feitas com peixes fornecidos por Agenor Noronha. Era dessa época o Clube do Coqueiro, um prédio de madeira na altura da quadra quatro da rua Maceió. Ali eram realizados bailes, 446
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festejos carnavalescos e outros eventos. Com a construção da ponte Maurício Joppert da Silva muitos viajantes não adentravam a cidade, diminuindo sensivelmente o movimento do bar. Minha mãe encerrou o restaurante, não mais servindo peixada, ficando somente como bar e sorveteria, sendo somente ela quem fazia os sorvetes. Viúva em 1950, continuou seu trabalho no bar, vindo a casar-se novamente em 1964 com José Rodrigues Barbosa, que faleceu em maio de 1980. Nos anos 90 encerrou definitivamente as atividades do estabelecimento, pressionada pela família, pois se dependesse dela não pararia. Faleceu em 1/12/2000, sendo sepultada no Horto da Igualdade. 40.16 Ivan Agenor Noronha Contado por Vera Lúcia de Carvalho Noronha Meu marido, Ivan Agenor Noronha, nasceu em Presidente Epitácio no dia 9/5/1947, sendo filho de Agenor Noronha e Iracema de Carvalho Noronha, pioneiros no atendimento do Cartório de Registro Civil de Presidente Epitácio. Ivan cursou os primeiros anos do ensino fundamental em Presidente Epitácio e depois foi estudar no Colégio Arquidiocesano de São Paulo. Posteriormente foi para Avaré (SP) e depois para Presidente Prudente onde concluiu o ensino médio e cursou a Instituição Toledo de Ensino, onde se graduou em Direito. Assumiu por muitos anos o Cartório, onde aposentou-se como Oficial Maior. Como empresário do setor imobiliário, instalou em Epitácio a Imobiliária Naipe, a qual funciona até hoje. Dedicou-se à vida publica, sendo vereador por cinco legislaturas e Presidente da Câmara em duas delas. Membro da Maçonaria Acácia Ribeirinha e membro atuante do Lions Clube de Presidente Epitácio, no qual exerceu a Presidência por duas gestões e ocupou por diversas vezes o posto de Diretor Social e Mestre de Cerimônias. Participou da Mesa Diretora da Santa Casa por vários anos e como Provedor dessa entidade empreendeu importantes reformas no prédio principal, instalou uma UTI e construiu um novo pavilhão onde atualmente funciona o Centro Cirúrgico e Pediatria. Ivan Agenor Noronha foi casado por 30 anos com Vera Lúcia de Carvalho 447
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Noronha e desta união nasceram Cíntia, Simone e Rodrigo. A lembrança que deixou foi de um marido amoroso e de um pai que sonhava com o melhor para seus filhos. Na vida pública preocupou-se em melhorar a cidade que ele tanto amava e sempre procurou ajudar os menos favorecidos. À retidão do seu caráter soma-se grande sensibilidade de alma que ficava evidente em seus discursos e poemas. Faleceu em 22/9/2004 vitimado por carcinoma nos pulmões. Foi dado seu nome a viaduto e trevo de acesso de entrada da cidade pela avenida Presidente Vargas. 40.17 João Brilhante Contado por Matilde Brilhante João Antônio Brilhante Júnior (João Brilhante) nasceu em 18/3/1938, na cidade de Regente Feijó (SP), filho de João Antônio Brilhante e de Maria Rodrigues Machado Brilhante. Cursou o primário em sua cidade natal no Grupo Escolar de Regente Feijó. Posteriormente cursou o supletivo do 1º grau. Aos 19 anos serviu o Exército no Grupo de Artilharia 75 a Cavalo na cidade de Aquidauana, sendo condecorado com a medalha de bravura. Pertenceu ao Círculo Esotérico da Comunhão de Pensamento em 1953. Cursou, em 1954, o Instituto de Cultura Policial obtendo o diploma de detetive. Cursou o Senac em 1956, sendo diplomado em radiofonia, trabalhando como telegrafista BBX na antiga Estrada de Ferro Sorocabana. Casou-se no ano de 1962 com Matilde Aparecida Milan Brilhante, com quem teve a filha Anatilde. Ingressou na Maçonaria como aprendiz e chegou a mestre. Trabalhou na Indústria e Comércio de Materiais para Construção Ltda em Regente Feijó. Mudou-se para Presidente Epitácio em 1962 e empregou-se na Moura Andrade como escriturário. Em 1966 trabalhou no Hospital e Maternidade São Lucas, como escriturário e em 1972 começou a prestar serviços no Supermercado Neto. No final de 1972 mudou-se para São Paulo, onde fez o curso prático de jornalismo. Em setembro de 1973 retornou a Epitácio e ingressou no serviço público. Nesse ano colaborou com a implantação do Mobral em Presidente Epitácio. Lutou pelas Diretas e liberdade de Imprensa. Isto levou-o a mudar-se em 1978 para Regente Feijó, passando a trabalhar na Companhia Prudentina de Desenvolvimento até 1981. Retornou a Presidente Epitácio em 1982 onde ingressou como chefe de Departamento Pessoal da Prefeitura e mais tarde como assessor de imprensa, aposentando-se por tempo de serviço em 2001. 448
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Tocava cavaquinho, violão, viola, bandolim, teclado, gaita, guitarra, bateria, pandeiro, maraca e berimbau. Formou um conjunto musical tocando em festas beneficentes, bares da cidade e para amigos. Escreveu mais de 100 letras de músicas, algumas com partituras. Escreveu, também, muitos poemas, contos e artigos, vários editados pelos jornais da cidade e região. O seu livro As Brilhantes Estórias do João, editado em 1994, versou sobre lendas do folclore regional. Escreveu as letras das músicas: Festival da Pesca, Hino da Guarda Mirim, Hino de Louvor a Nossa Senhora dos Navegantes e outras canções com partituras para teclado. Foi Delegado da União Brasileira de Trovadores em Presidente Epitácio. Recebeu várias condecorações por méritos prestados à municipalidade como a Medalha de Mérito Joia Ribeirinha em 1994, troféu concedido pelo Conservatório Musical por serviços prestados à comunidade em 1999 e Diploma de Mérito Funcional. Participou de vários festivais de música popular brasileira. Tem músicas gravadas com letras de sua autoria, cantadas por Dinal e Dorival, Orlando & Ariel, como exemplo Doce Mar, Procissão, enda do Pescador. Chegou a gravar compactos com letras e músicas de sua autoria alusivas a Presidente Epitácio. Participou do primeiro festival de música ecológica de Presidente Prudente, sendo classificado em primeiro lugar com a música e letra Canto e Pranto. Escreveu enredos de músicas carnavalescas, entre elas Liberdade para a Escola da Vila Maria. Participou do Talentos de Maturidade do Banco Real em 2002. Fez parte da Sociedade Independente dos Compositores e Autores Musicais. Sabia três línguas: Espanhol, Inglês e Guarani. Faleceu aos 20/9/2003 e seus restos mortais repousam no Horto da Igualdade. Para homenageá-lo, o anfiteatro de Epitácio passou a chamar-se Anfiteatro João Brilhante. 40.18 Joana Borges da Cruz Contado por Adão Virgolino da Cruz Joana Borges da Cruz, minha mãe, era filha de Antônio Borges e Maria Joana. Nasceu na cidade de Januária (MG), em 1902. Tinha os irmãos Silvino, Otaviano e as irmãs Minervina, Inêz e Etelvina e somente por parte de pai tinha os irmãos Antonia e Temístocles. Foi criada na fazenda do 449
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Agreste, de propriedade da senhora Adelaide, política de renome na região e que possuía mais seis fazendas: Malhadinha, Amargoso, Terra Quebrada, Rodeador, Passagem e Pau Seco, todas no mesmo município, das quais seu pai foi administrador geral. Viveu toda a juventude na fazenda lidando com gado, montando, ordenhando e fazendo todos os serviços de casa, pois ficou órfã de mãe ainda muito nova. O serviço na fazenda era rude e pouco ou nada se diferenciava dos serviços dos homens, dizia ela. Era uma época diferente. Após enviuvar-se de Pedro Pereira, com quem viveu pouco tempo e de cujo matrimônio não teve filhos, em Januária, numa dessa propriedades, conheceu Raimundo Virgulino da Cruz com quem casou-se em segundas núpcias. Em 1928 o casal veio diretamente para Porto Tibiriçá, onde funcionava a Cia. de Navegação São Paulo Mato Grosso - CVSPMG. Vieram a chamado do tio de minha mãe, Guilherme Borges dos Santos, que era o gerente da companhia. Aqui chegando meu pai foi trabalhar como carpinteiro e minha mãe, além dos costumeiros afazeres domésticos, ainda servia refeições a diversos funcionários da empresa. Foi em Porto Tibiriçá que nasceram os três filhos do casal: Maria das Dores (Dozinha), Adão e Alice. Com o aumento do serviço de navegação, houve necessidade de mão de obra especializada e seu tio, Guilherme Borges, dava preferência em trazer parentes e pessoas conhecidas dos estados de Minas Gerais e da Bahia, de cidades da beira do rio São Francisco, as quais tinham prática no serviço de navegação. Juntamente com essas pessoas vieram as jovens Maria Pesqueira, Elisa Xavier e Ornelina da Cruz Rodrigues (Nelu), parentes de meus pais, depois por minha mãe criadas, educadas e casadas. Em 1941 meu pai foi transferido pela CVSPMG para Indiana (SP), sob a administração de Guilherme Borges, que foi para lá também transferido. Em Indiana minha mãe, com toda a sua disposição, fornecia também refeições aos diversos funcionários já conhecidos de Tibiriçá, os quais tinham sido igualmente transferidos àquela cidade. Com o tempo retornaram a Presidente Epitácio, quando meu pai resolveu então construir casa, pois aqui já havia comprado vários lotes. Minha mãe mantinha o propósito de alcançar melhores dias trabalhando, esforçando-se no afã de ajudar meu pai. Sempre cativante, bondosa e humilde, agradava a todos, criando assim grandes laços de amizade, sempre procurando melhores condições para bem criar os filhos. Sua casa era sempre cheia de amigos, velhos, crianças, moças e rapazes a quem ela dispensava o mesmo tratamento, o mesmo sorriso e o mesmo carinho, procurando ser sempre amiga e conselheira. Era hábito de 450
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todos que a visitavam dizer: “A pensão da Vó Joana está como de costume, sempre cheia”. Todos a tratavam carinhosamente de Vó Joana. E era mesmo assim. A casa da Vó Joana era o local de onde partiam os jovens para os clubes, local de ensaio de festinhas, onde se reuniam políticos, casais de namorados e jogadores de futebol nos bons tempos da Associação Atlética Epitaciana. Tudo tinha ali o seu princípio ou seu fim. Dona Joana, além de tudo, dava atendimento no bar da estação da Estrada de Ferro Sorocabana. Às 4h30 tinha que estar presente no bar a fim de servir café ao pessoal da composição e passageiros. Era exigência contratual. Ainda lhe sobrava tempo para lavar toda a roupa de casa, puxando água em um poço de 40 metros de profundidade e quando queria se ver livre do sarilho do poço descia com trouxa de roupas na cabeça indo lavá-las no córrego Caiuazinho. E à noite, ficava até altas horas pedalando a sua máquina de costura Singer costurando para sua freguesia, cantarolando alegremente, sempre de bem com a vida. Mulher de grande fibra, corajosa e resoluta. Faleceu em 7/02/1998, quando já estava há aproximadamente sete anos em uma cadeira de rodas, vitimada que foi por um tombo que teve como consequência fratura do fêmur e a devida cirurgia que a tornou impossibilitada de locomover-se. Deixou saudades não só aos filhos, netos e parentes, mas a todos que a conheceram e tiveram a sorte de com ela conviver. Foi um exemplo de vida e bondade. Um verdadeiro arquivo de sabedoria adquirida no labor de sua longa vida de 96 anos. 40.19 José Natal de Carvalho Contado por José Luiz Tedesco Nascido na cidade de Caldas, no sul de Minas Gerais, dia 25/12/1926, José Natal de Carvalho era filho de João Batista Neto e Conceição Silva Neto. Nessa mesma cidade teve seu curso primário concluído, o qual fora iniciado na cidade de Santa Rita (MG). O curso ginasial foi realizado em Pouso Alegre (MG) e Piracicaba (SP), onde também concluiu o científico. Continuando os estudos formou-se Engenheiro no curso superior da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Em 20/9/1943 casou-se com Maria Aparecida de Lima Ávila, tiveram cinco filhos e, por adoção não formal, completaram a criação de mais quatro. Durante suas andanças além das cidades onde estudou passou por Pirapozinho, Brasília, Rio de Janeiro, Campinas, Campo Grande, Corumbá, Vitória, Guarapari, Serra, Presidente Epitácio, Salvador, Conceição da Barra, 451
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La Paloma de Rocha no Uruguai. Enquanto universitário, trabalhou como estagiário na SOBRAF, especializado em fundações, no IPT de São Paulo e Estrada de Ferro Sorocabana. Diplomado, foi trabalhar na Estrada de Ferro Sorocabana depois na Construtora Camargo Corrêa, CAVO - Cia. Auxiliar de Viação e Obras, Sérgio Marques de Souza Engenharia e Comércio, Prefeitura Municipal de presidente Epitácio, consórcio construtor da Ponte Rio-Niterói, Shell Distribuidora de Petróleo, Rodomaq, Ecex - Empresa Superintendente da Construção da Ponte Rio-Niterói, Construtora A Ffonseca, Construtora Lix da Cunha e finalmente com empresa própria. Conheceu Presidente Epitácio em 1954, quando visitava a construção do Armazém de Cargas da Sorocabana. Conforme diz ele mesmo: “foi amor à primeira vista”. No Rio de Janeiro, em 1960, conheceu o empresário Sérgio Marques de Sousa por quem foi convidado para trabalhar na construção da Ponte Maurício Joppert da Silva. Aceitou o pedido em junho daquele ano, mudouse com a família para o recém-construído acampamento as margens do rio Paraná, próximo da boiadeira sul e do então campo de aviação. Sendo mineiro, sinônimo de político, juscelinista por convicção e tendo sido o primeiro engenheiro a se instalar no acampamento da obra, assumiu a liderança dos trabalhos e era procurado não só pelo pessoal da obra mas também da cidade como o “engenheiro responsável”. A todos os problemas que lhe propunham, sempre encontrava alguma solução. A empresa mantinha uma casa de hóspedes com piscina e um ótimo serviço de mordomia, onde recebia os visitantes e os amigos que fazia na cidade. Depois de algum tempo chegou também o engenheiro Piotr, e com as suas amizades foram incorporados aos visitantes, às jovens e os rapazes epitacianos da época que viveram por ali bons momentos. Com o passar do tempo e a circunstância de comandar a maior empresa da região naqueles anos, os grupos da cidade passaram a solicitar a participação nas organizações que, criadas ou em criação, se espalhavam pela cidade. O padre era dos que mais pediam para as obras da Igreja, que naquela época não estava terminada. Destacava-se a participação da construtora da Ponte na organização de clubes, banda infantil, Santa Casa e outras tantas. É de ressaltar que o grupo liderado por José Veloso de Menezes, em 452
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companhia de Natálio Abib Salomão, Ary Ferreira e José Luiz Tedesco, conseguiu valiosas contribuições para a construção da Santa Casa, da Igreja e da Epitaciana. Também através de Mário Bittencourt e Osvaldo Miguel, conseguiu-se a construção da quadra da Filarmônica. Mais tarde, já com o novo pároco, padre Olívio, João Batista Lima, Marlene, Veloso, Osvaldo Miguel, Vera, Marina, Scheila e muitos outros com disposição para prestação de serviços à comunidade, principalmente católicos, conseguiu-se realizar as obras que a paróquia iniciava para a construção e instalação do Centro Social São Pedro. Até em Presidente Venceslau a empresa colaborou com o Lions Clube que se emprenhava junto com a Maçonaria na construção de um Asilo para o que foram fornecidos cascalho e areia necessários. Em 1963 a empresa ganhou uma concorrência e iniciou a construção do novo Cais do Porto, substituindo o antigo que era de madeira. Com isso, e com a influência do Dr. Natal, as ruas Maceió e São Paulo, bem como a avenida. Presidente Vargas, a Tibiriçá e o acesso até o aeroporto, ficaram aos cuidados da empresa. Numa festa de aniversário do senhor Ribas, tendo sido convidado José Natal, este foi surpreendido por diversas bandeirolas que indicavam seu nome para prefeito. No dia seguinte os caminhões de tora ostentavam faixas com os dizeres “Dr. Natal para Prefeito”. No final do ano até mesmo os postes da iluminação estavam com cartazes que diziam, “O Natal vem aí - Casas Buri”. Enquanto o engenheiro trabalhava nas obras da empresa, os políticos se movimentavam na esquina “do pecado”, para esquentar a Pré-Candidatura. Nessa ocasião José Natal foi convidado pelo Lions Clube de Presidente Venceslau para participar de um Jantar Festivo e dali saiu empossado sócio e participante como “animador da diretoria”. Com a Carta Constitutiva do Lions Clube de Presidente Epitácio, de janeiro de 1964, José Natal foi eleito seu primeiro presidente. Por essa época a construção da ponte estava quase concluída. Também nessa época eclodiu a Revolução de 31 de Março. Naquela ocasião o famoso cronista Zé bolinha inventou uma votação para saber em quem o povo votaria na eleição de 1964. Um grande grupo começou a pressionar aquele que já era pré-candidato para que aceitasse a sua candidatura, dentre eles, o Ary Ferreira, o Candas, o Dr João Zanatta, o Tedesco, Paulo Lopes, Veloso, Ribas e muitos outros. A recusa era permanente, pois considerava a sua posição na empresa e o ótimo salário que recebia na atividade privada 453
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comparado com a remuneração de prefeito municipal. A situação fez com que, em certa época, José Natal fosse chamado ao Rio de Janeiro e informado pelo Dr. Sérgio Marques, de que a sua pré-candidatura estava colocando obstáculos nos negócios da empresa em Presidente Epitácio. Foi então que o engenheiro conseguiu uma audiência com o Ministro Juarez Távora para expor a sua situação. Quando foi conversar com o advogado da empresa para o acerto de contas, informou a este que teria uma audiência com o Ministro. O advogado então entrou em contato com o chefe da empresa e voltou à sala dizendo que a situação tinha sido contornada e que ele, José Natal, continuaria na empresa até se encontrar uma solução. Chegando aqui José Natal comunicou os fatos à família e decidiu ser candidato. As negociações foram coordenadas principalmente pelo Veloso e pelo Esmeraldo Marinho. Começou-se a pensar numa coligação para apoiálo. Além desses dois, mais o Paulo Lopes e Ary Ferreira, políticos experientes na cidade, também entraram na articulação e comunicaram ao candidato que haveria uma coligação de partidos e meu nome seria lançado pelo PSP, então partido do Governador do Estado; e o vice seria o Joel Irineu Fialho. Dentro do PSP havia duas correntes trabalhando nomes para a próxima eleição, uma apoiava José Natal de Carvalho e outra apoiava Natálio Abib Salomão. Naquele tempo a política local era dividida entre “registas” e “geromistas”. Além de ferozes adversários eram inimigos. José Natal conseguiu arregimentar para o seu grupo o Peri Martins, João Ferreira, Rafael e Pedro Vieira, Paulo Lopes, Cunha, Santão, Veloso, padre Olivío, Sandi, Nascimento, os irmãos Pires e os médicos recém-chegados na cidade. Realizada a Convenção, José Natal saiu candidato por uma coligação do PSP, PDC, UDN, PPM. O PTB e o PSD não o apoiaram. Realizadas as listas de candidatos à Câmara de Vereadores, deu-se a largada na Campanha. Havia na época uma vontade de mudança dos então caciques eleitorais em toda a região e isso, mais o carisma do candidato, proporcionaram a ele a vitória bem como a eleição de grande parte dos vereadores que o apoiavam, Cunha, Santão, Veloso, Vivaldo e também dos adversários, Pedrão e Pratinha que logo passaram a compor o grupo dominante. José Natal dizia que eleito cumpriria seu mandato até o fim, promessa esta cumprida. Assumindo a prefeitura, José Natal impôs um tipo de governo possível na época, obedecendo o seu modo de ser: “Fazemos e depois se necessário refazemos..”. A prefeitura não tinha uma infraestrutura gerencial e nem de serviços 454
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tais como coleta de lixo, manutenção de estradas, manutenção de ruas, enfim, faltavam todos os serviços básicos. Realizou durante todo tempo uma administração intuitiva e sem planejamento prévio. Logo de inicio convocou todos os funcionários, tanto burocráticos como braçais, e informou que ninguém seria demitido por motivos políticos, não haveria perseguições e nem favores especiais aos amigos. A imagem da cidade começou a mudar e uma grande vantagem foi a liberdade política municipal que deixou de ser gerida por políticos de outros municípios. Politicamente, Presidente Epitácio tomou as próprias rédeas. A arrecadação da prefeitura era pífia. Não havia recursos para quase nada. Não havia sequer um registro imobiliário organizado e uma localização de imóveis adequadas. Resolveu então, verificando que as ruas eram ortogonais e as quadras com medidas padronizadas com lotes padrões, instituir o mesmo tipo de identificação usado na cidade de Bauru. A cidade foi dividida: a parte ao lado esquerdo da Presidente Vargas com quadras de número ímpar, e a parte do lado direito com números pares; no sentido crescente da cidade a partir da rua São Paulo as quadras teriam a numeração sequencial. Estabelecido isso José Natal convocou estudantes e voluntários da cidade para executar um levantamento de todos os imóveis da área urbana. A zona rural também foi cadastrada graças aos serviços do Baraúna e seu irmão, que levantaram as diversas propriedades e seus proprietários. Esse serviço incentivou o seu sucessor a contratar um levantamento e cadastro aerofotogramétrico de toda a área urbana, suburbana e urbanizável que é a base do cadastro atual da prefeitura. José Natal procurou imediatamente uma convivência política e harmoniosa com os outros poderes municipais da região, o estadual e o federal. Determinou a organização dos setores administrativos e burocráticos, bem como de arrecadação onde contou com a colaboração do então contador e economista Tedesco, bem como de Ernesto Coser, Aldo Britez, Leirton e muitos outros. Comandava o setor de obras e serviços o seu amigo Paulino Vanti e também o Valin e o Alcebíades. Não havia obediência ao Código de Posturas e foi difícil conter os animais que viviam soltos pelas ruas, esgoto a céu aberto e o lixo simplesmente jogado fora. Foi durante seu mandato como prefeito, de 14/3/1965 a 13/3/1969, que Presidente Epitácio recebeu os primeiros calçamentos das ruas. Até então a cidade convivia com ruas cheias de poeira na seca e enlameadas e esburacadas 455
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durante os períodos de chuvas. As erosões eram tantas e tão profundas que a cada chuva desfiguravam as ruas e praticamente impediam o trânsito na cidade. Não havia dinheiro nem maquinários para corrigir os estragos. Parte do problema foi resolvido com a intervenção do Francisco Candas e seus amigos donos da Cimenteira Santa Rita. Por sugestão do Ary Ferreira, José Natal resolveu implantar uma pavimentação de concreto na cidade. Conseguiu com o pessoal da Santa Rita o fornecimento do cimento, com prazo para pagamento, e por aqui conseguiu a areia necessária para por em prática a ideia. O primeiro trecho pavimentado foi na rua Porto Alegre, entre o prédio da prefeitura, hoje Casa do Artesão e o Cine Azenha. Foram os primeiros 600m2 de pavimentação com corte da fita inaugural por. Zeferino Gil Martins e o desfile dos estudantes no dia 7 de setembro. A partir daí, os piores trechos da avenida Presidente Vargas foram sendo pavimentados desde a rua São Paulo até a rua Curitiba e depois prosseguindo. Esse concreto se encontra ainda hoje, debaixo da pavimentação asfáltica. Ainda como prefeito foi convidado para a construção da ponte Rio-Niteroi e somente após cumprir seu mandato ele assumiu a construção de tal obra. Posteriormente José Natal se mudou para Paulínia. Aposentado, vive em sua propriedade rural em Domingos Martins, distrito de Aracê, próximo à cidade de Pedra Azul (ES). 40.20 José Nogueira da Silva Contado por Moisés Eydi Miyasaki A história de Presidente Epitácio tem a participação efetiva de pessoas humildes que, com sua simplicidade e honradez, deram sua contribuição para o crescimento da cidade. Uma dessas pessoas é José Nogueira da Silva, também conhecido por Seu Zé do Quebra-queixo, nascido em Buquim, Sergipe, no dia 20/9/1934. Devido às dificuldades locais, estudou somente até o terceiro ano primário. Com 16 anos mudou-se para Martinópolis (SP) exercendo a atividade de agricultor. Em 1958 resolve mudar de atividade e passa a vender doces que fabrica: quebra-queixo, paçoca, manjar e cocada. No ano de 1959 chegou em Epitácio onde continuou a vender doces. No ano de 1960 casa-se com Aurelina Barros da Silva, com quem teve seis filhos: Maria Lúcia, Maria Aparecida, José Carlos, Bernadete, Neusa e Roseli. Seu Zé do Quebra-queixo sempre conseguiu o sustento de sua família 456
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através da venda de doces, venda esta que fazia com um carrinho que levava nas portas de escolas e na avenida. Isto deu certo até quando as escolas instalaram lanchonetes. A partir de então não podia ficar perto das escolas para vender seus doces. Tinha que se deslocar pela cidade. Conseguiu, depois, emprego de vigia da Prefeitura onde trabalhou por 21 anos e se aposentou. Atualmente está só vendendo quebra-queixo nos dias de feira, mas acha que está chegando a hora de parar, pois a idade já começa a pesar. Seu Zé do Quebra-queixo dizia que se orgulhava de nunca ter problema com as autoridades e que seu nome sempre foi limpo. Ele lutou, criou seus filhos e conseguiu comprar sua casa com o trabalho na Prefeitura e com a venda de doces. 40.21 Maurício Joppert da Silva Nascido a 10/6/1891 no Rio de Janeiro (RJ), conforme relata Carlos Alberto Milone (pp. 7 e seguintes), Maurício Joppert da Silva era filho de João Severino da Silva e Olga Joppert da Silva. Maurício Joppert da Silva aprendeu as primeiras letras no colégio dos Santos Anjos, para em seguida frequentar o colégio dirigido por Clélia Brito Rangel e suas irmãs. Terminou o curso primário no Colégio Campos Melo. O ginasial foi feito Externato do Ginásio Nacional, depois chamado Colégio Pedro II. A seguir estudou na Escola Politécnica. Mesmo antes de se formar, quando estava no 4º ano da Escola Politécnica, concorreu e foi aprovado como livre docente de Cálculo Infinitensimal e Geometria Analítica. Em 1913 colou grau de engenheiro geógrafo e em 1916 engenheiro civil. Foi, também, substituto efetivo e em seguida catedrático da cadeira de Navegação, Interior e Portos de Mar e Faróis. Casou-se em 1917 com Laura Berutti, tendo duas filhas: Heloisa e Leda. Assumiu,em 1928, a direção das obras de dragagem e retificação dos rios da baixada de Santa Cruz e no mesmo ano foi nomeado consultor técnico de Obras Hidráulicas da Comissão Fiscal do Novo Arsenal da Ilha das Cobras e também engenheiro do Ministério de Viação e Obras Públicas. De 1933 a 1936 foi engenheiro chefe da construção dos aeroportos de Santos Dumont e Bartolomeu de Gusmão. Entre 1938 e 1948 desempenhou as funções de consultor técnico da Companhia Nacional de Construções Civis e Hidráulicas. De novembro de 1945 a janeiro de 1946 exerceu o cargo de Ministro da 457
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Viação e Obras Públicas. O Decreto-lei nº 8.463 de 27/12/1945, conhecido entre os engenheiros por “Lei Joppert”, nome que lhe deu o Ministro Clóvis Pestana, pois distribuía 60% do Fundo Rodoviário Nacional para a execução de seus planos de estradas de rodagem. Foi deputado pelo Distrito Federal de 1951 a 1954 e de 1961 a 1962, fazendo parte da Comissão de Transportes. Teve suas colaborações no Jornal do Brasil e no Globo, além de conceder entrevistas sobre o Plano Nacional de Viação. Entre suas atividades há a presidência do Núcleo Regional do Rio de Janeiro da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e como membro da Sociedade Americana de Engenheiros Civis. Possuía a cruz de Cavaleiro da Legião de França, a Comenda do Mérito Naval brasileiro e a medalha da Ordem do Mérito do Tamandaré, estas duas últimas condecorações conferidas pela nossa Marinha de Guerra. Teve publicado: Problemas dos três reservatórios; Os processos modernos de construção de cais; Injeções de cimento em obras hidráulicas; Engenharia embaixo d’água e Estudo da escavação de um túnel, entre muitos outros trabalhos técnicos. Além dos trabalhos técnicos, Mauricio Joppert da Silva também se dedicava à poesia, tanto compondo trovas e sonetos, como fazendo traduções de poemas. Joppert foi um ativista destacado que, em muitas ocasiões, não somente influiu decisivamente na orientação de importantes entidades dos engenheiros, como liderou-as e conduziu-as segundo seu alto descortino. Aônio de Abreu Travassos, para exemplificar como Maurício Joppert da Silva não se aproveitava de seu cargo para obter vantagens ou benefício próprio, conta que certa vez, quando viajava em ônibus, notou que também viajava em pé no mesmo o então Ministro da Viação e Obras Públicas, Maurício Joppert da Silva: Não havia lugar vago e ele permaneceu em pé. Levanteime e ofereci o lugar. Recusou. Insisti e ele teimou. Como eu pernanecesse de pe´, sentou-se. Agradeceu, pediu notícias de meus irmãos, também estudantes de engenharia como eu, e pelo meu pai, seu colega de profissão. Naquele tempo um Ministro andava de ônibus... (p. 235 no livro de Milone e outros)
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Em resumo, Maurício Joppert da Silva foi: pai de família, engenheiro, professor, homem de cultura, portuário, rodoviário, parlamentar, dirigente do clube de engenharia, colaborador destacado nas entidades de classe e poeta. O falecimento de Maurício Joppert da Silva se deu em 23/9/1985. A ponte em Presidente Epitácio, que liga o estado de São Paulo ao do Mato Grosso do Sul, recebeu seu nome. 40.22 Pedro Ferreira da Silva Contado por Aroldo Ferreira da Silva Meu pai Pedro Ferreira da Silva, o seu Pedro Ferreira, nasceu em Belo Monte, cercania de Januária em Minas Gerais aos 24/7/1905, filho de Simplício Ferreira da Silva e de Maria Ângela da Silva. Chegou por estas bandas em 1928. Muito tempo passou. Muitas coisas aconteceram. Outro dia nós o levamos para uma consulta geriátrica em Presidente Prudente. A rotina de praxe levou à seguinte pergunta: - Quantos anos o senhor tem? Ele respondeu de pronto: - Quase 100. A médica sorriu e num tom carinhoso: - O que eu posso fazer pelo jovem? - Acho que nada. Estou aqui para uma consulta de rotina por insistência dos meus filhos. Não sinto nada. Anamnese, exame físico, antecedentes patológicos, exames complementares... É realmente ele não tem nada. - Seu Pedro, o senhor está de parabéns. Deus foi muito generoso, deste jeito o senhor vai até os 130. Ele acreditou e conta esta estória entusiasticamente aos seus amigos mais chegados. Pois é, este é o seu Pedro Ferreira. Casado com Benedita Pereira da Silva tiveram três filhos: Dilene, Devanice e Aroldo; oito netos: Francis, Cíntia, Osvaldo Júnior, Heber, Dayane, Rafaela, Henrique e João Paulo; dois bisnetos: Igor e Hannah além de mais um a caminho; um genro, Osvaldo e uma nora, Eliane. Com esta idade sente-se espiritualmente com 30. Nenhuma ferrugem na alma. As decepções e os sofrimentos da vida não lhe conseguiram quebrar a fibra íntima. 459
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Trabalhou durante trinta e cinco anos, quase só no extinto Serviço de Navegação da Bacia do Prata, antiga Companhia de Viação São Paulo – Mato Grosso. E como se faz seu Pedro, para trabalhar por tanto tempo em uma mesma empresa? - Sempre fui cumpridor das minhas obrigações. - Sempre acatei as ordens dos meus superiores e nunca fui puxa-saco. Eu como médico constatei mais uma vez que a genética é implacável. Foi vitimado por patologia ocular, catarata associada ao glaucoma, que levou paulatinamente à cegueira bilateral. Como dizia o poeta “O nordestino é antes de tudo um forte” e aquela fibra íntima de que eu falava se fortaleceu levando à compreensão e à aceitação dos desígnios de Deus. Mudou-se com a família de Porto Tibiriçá como era chamado naquela época para Presidente Epitácio na década de 1960, onde mora até hoje na rua Florianópolis 4-28, bem pertinho da igreja. Quando aqui chegou, no início 1928, a cidade, na ocasião,mais nova apenas dois anos do que ele, contava com somente 21 anos de sua fundação. Estava bem no início de sua existência. Hoje só não pode ver, mas sente e ouve sobre o seu progresso pelos radialistas da Vale do Rio Paraná, seus companheiros inseparáveis. Ao completar 90 anos, em 1995, fizemos uma festa quando eu e minhas irmãs contamos um pouquinho da sua história nestes versos que foram distribuídos aos parentes e aos seletos convidados. O Brasil tem belos estados Do Oiapoque ao Xuí Mas de São Paulo e Minas É que vou falar aqui. Minas terra querida Belo Monte onde nasci Mas São Paulo terra boa Pra viver eu escolhi Quando eu vim da minha terra Muita saudade trazia Na minha mala esperança Muita incerteza cabia Vim direto a Três Lagoas 460
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Com Silvestre e uns companheiros E ai chegando lá Fui ganhar algum dinheiro Na Usina Vatapá Um belo dia de descanso Fui à barranca passear Encontrei com o Brandão E fiquei a conversar O Brandão era marido Da mãe de leite Isabel Prosa daqui prosa de lá Fomos até Tibiriçá Aí jorrou o leite e o mel Fiquei no Antônio Ângelo E no custeio fui trabalhar Fiz todo tipo de serviço Na construção do Vapor Paraná Em 1928 comecei a viajar O comandante era o seu Artur O Vapor foi o Guaíra Que virou Tibiriçá Depois de um certo tempo Em Barretos fui morar E no Frigorífico Anglo Comecei a trabalhar Em 1933 num setembro bem ameno Chega Velho Quina e Romaninha Judite, Joca, Dezinha, Dina, Anália, Vina e Joaninha A cunhada Mariinha Mulher dedicada e valente Colocou o pé na estrada Trazendo toda essa gente Também veio Antoninha e Ana Todas na migração Trouxe ainda seus filhos Odete, Lourdes e Tião 461
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Do Arlindo meu irmão Uma carta recebi Nossa família chegou Venha trabalhar aqui E de Vapor em Vapor Fui pra Bacia de novo Comecei a trabalhar Pra sustentar o meu povo Nesta Bacia querida Muitas coisas conquistei Aos 39 anos com a Dita me casei E uma vida de luta Com ela enfrentei Fiquei realizado isto é o que sempre quis E com a família da Dita Me tornei muito feliz Com a chegada dos filhos Nossa casa se alegrou. Dilene, Nice e Aroldo Crianças maravilhosas Que Deus nos ofertou No saudoso Tibiriçá Muitos anos eu fiquei Até aos cinquenta e oito Quando então me aposentei Depois de cinquenta anos Fui em minha terra passear Vi meu lindo São Francisco Que troquei pelo Paraná Revi barrigudas e umbuzeiros Morros de giz colorido A ilha que meu pai plantava Tudo no mesmo lugar Acabado mas estava Lembrei da minha infância E do morro mal assombrado Os morcegos sempre voando 462
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Me dava um medo danado No morro mal assombrado Nunca entrei até o fim Pois era medroso Eu e o Paulo Martim Lembrei-me também da escola Das louzinhas, das pedras e do banco Do meu querido mestre Antônio de Melo Franco Ao voltar lá da barranca Fiquei triste e magoado O cruzeiro do Velho Soriano Estava todo estragado O galo estava sem asa A cana estava quebrada Dos martírios do cruzeiro Não restava quase nada Ajoelhei-me diante dele Com muita emoção E com lágrimas nos olhos Fiz ali uma oração Nesta viagem também Diverti revi meu povo Mas sempre falava baixinho Vou pra São Paulo de novo Voltei muito aliviado Com esta viagem que fiz E ao lado dos meus netos Eu sou um homem feliz Aumentou mais minha família Com um genro e uma nora São eles Osvaldo e Eliane Que estão comigo agora Com toda essa gente Levo uma vida gostosa Mas tenho muitas saudades Do João Mendes e Chico Rosa 463
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Minas Gerais minha terra Me orgulho de falar Mas São Paulo me acolheu E aqui quero ficar Primeiro à Nossa Senhora Quero muito agradecer Estes meus 90 anos Valeu a pena viver Aos parentes e amigos Eu nem sei o que dizer Suas presenças aqui Só veio envaidecer Hei de viver sempre assim Até quando Deus quiser E com toda esta minha idade Com todo este viver O sentimento que eu tenho É que restaram tantas coisas Que não consegui fazer. Eu já plantei muitas árvores e tenho três filhos. Como não escrevi um livro para registrar definitivamente minha passagem por aqui, agradeço ao Godoy por ter emprestado uma página do seu, para eu contar alguma coisa sobre o Seu Pedro Ferreira, meu pai, um dos pioneiros de Presidente Epitácio. 40.23 Sebastião Hojo Hideo Hojo, mais conhecido como Sebastião Hojo, nasceu em Lins (SP) no dia 15/4/1935. Era filho de Miyoji Hojo e Shige Hojio. Sua família trabalhou, inicialmente, na lavoura de café, mas, Sebastião, mesmo com pouca idade, foi trabalhar na cooperativa que existia na cidade. Em setembro de 1947 a família se muda para Epitácio, onde monta um pensionato, na própria residência, para hospedagem de outros imigrantes japoneses de passagem pela cidade. Sebastião, nessa época, trabalhou como boteiro. Depois que seus pais fundaram uma peixaria e uma fábrica de gelo, Sebastião Hojo passou a comandar as empresas. Suas atividades compreendiam, em 1950, entre outras, enviar peixes para a cidade de São Paulo e região. Sebastião Hojo, em 1952, comprou um carro para ser utilizado como 464
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taxi em Epitácio. Um de seus fregueses habituais era o prefeito Reginaldo Bittencourt quando se suas viagens para São Paulo. No dia 1/12/1957 Sebastião se casa com Natiko Matsuda Hojo. Tiveram os filhos Mitio, Eushio e Terumi. Para atender às linhas Epitácio/Campinal, Epitácio/Jacutinga e Epitácio/ Porto XV, Sebastião comprou, em 1959, um ônibus. Posterirmente, em 1960, para fazer a linha Tibiriçá/Epitácio/Campinal e Campinal/Epitácio/Tibiriçá, comprou uma perua Kombi. Em seguida adquiriu dois fuscas para utilização como taxi. No ano de 1964, como mais uma atividade sua na região, passou a vender calçados no atacado. Em 1966 montou uma fábrica de chinelos. Resolvendo ampliar seus negócios, em 1967, abre uma pequena loja para a venda de calçados no varejo. Com o tempo aumentou essa loja. Sebastião Hojo continuou na loja até aposentar-se. Daí em diante passou a cuidar somente das compras e da parte administrativa da loja. Ele foi um dos grandes colaboradores na construção da igreja de São Pedro, arrecadando contribuições e ajudando no que fosse possível. Sebastião contava, também, que na época de sua mudança para Epitácio, a cidade não dispunha de quase nada e as dificuldades existentes eram grandes, como, por exemplo, trafegar pelas estradas da região. Às vezes demoravam-se dias para percorrer-se pequenas distâncias. Sebastião Hojo faleceu em 16/2/2009 e seu corpo foi sepultado no Horto da Iguualdade. 40.24 Tito Lívio Almeida Ferreira Tito Lívio Almeida Ferreira nasceu em Presidente Venceslau em 5/4/1954. Era filho de Zwinglio Ferreira e Maria Teresa Almeida Ferreira. Morou em Portugal, conheceu a Europa quase toda. Na Bahia foi Coordenador de “Campus Avançado do Projeto Rondon - Irecê (BA). Era 1º Tenente MD da Marinha, onde serviu quase cinco anos em Corumbá (MS). Formou-se médico nas Universidades Franciscanas em 1980 no curso de Medicina, Clinica Geral, com capacitação em G.O. (Ginecologia e Obstetrícia), Tuberculose, DST e HIV, Hansenologia e seu padrinho de formatura foi o Dr. Albert Sabin. Em 1987 fez o curso de capacitação de “Hansenologia, diagnóstico, tratamento, prevenção, incapacidades e reabilitação” na Universidade de 465
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Ribeirão Preto. No ano de 2000 fez Doutorado, Saúde Pública, também na Universidade de Ribeirão Preto. Fez e implantou o Programa de Assistência Médica Integral à mulher (gravidez, esterilidade, inflamações, exames de rotina do preventivo do câncer) em Presidente Epitácio. Foi responsável pelas áreas específicas de M.H., Tuberculose. Médico Plantonista e nas especialidades de Clinica Geral das Santas Casas de Presidente Epitácio e Presidente Venceslau Trabalhou de 1984 a 2009 como médico na Prefeitura Municipal de Presidente Epitácio atuando no Campinal e na sede do município. Tinha como princípios sempre estar de bom humor, alegre com que a vida tinha, fazendo o melhor que podia. Não era ambicioso, nem guardava rancores, só as boas recordações, prezando muito a sinceridade, a amizade e a honestidade. Casado em primeiras núpcias com Ana Cristina Miguel Ferreira, tiveram os filhos Amanda e Tito Lívio Miguel. Casou-se, em segundas núpcias com Silvana Paula Zambon Ferreira Faleceu em 25/6/2009. Foi dado seu nome ao Centro de Saúde da rua Takeo Nishijima, 1-60 no Campinal. 40.25 Wilson Cruz Wilson Cruz, nascido no dia 10/12/1933 no Porto Tibiriçá, onde começou a cidade de Presidente Epitácio, é filho de Leopoldina Maria da Cruz tendo, como uma verdadeira segunda mãe, Elizia Xavier Duque (mãezinha). Wilson Cruz teve nove irmãos: José Dionísio, Valdemar, Sebastião, Natalício, Rafael, Maria Eloá, Ismênia e Batistina. Wilson Cruz se casou em 10/01/1959 com Maria Celeste com quem teve os filhos: Agnaldo, Wilson e Márcia. Tem as noras Izabel e Luciana e os netos Izabela, Natália e Gabriel. Alguns amigos da infância de Wilson Cruz foram: Arnaldo, Olívio, Edison; Carlos Alberto, Tertuliano, Esmeralda, Florisbela, Fortunato, Sebastião e João Batista. Independentemente de Wilson Cruz ser alegre e sociável, seus vizinhos tiveram presença marcante em sua vida, entre eles: Genésio, Elízia, Carlos José, Verônica Szücs, Cecília Miranda, Senhora do Para-ti-bum e dona Herta. O curso primário foi frequentado por Wilson Cruz no Porto Tibiriçá, e para completar o quarto ano primário teve que estudar seis meses em Tupã (SP) e seis meses com a instituição do grupo Rural em Epitácio, isto em 1945. Em 1946 fez o curso prático de agricultura na Escola Prática de Agricultura 466
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Gustavo Capanema – Epa – da cidade de Bauru. No ano de 1948 cursou o admissão ao ginásio com o professor Jacinto de Oliveira Campos – Professor Campos -, mas como não havia ginásio em Epitácio, teve que interromper os estudos. Em 1962 voltou a estudar os três primeiros anos do curso comercial básico no Colégio Comercial de Presidente Epitácio, componente do Conselho Nacional de Educandários Gratuitos – Ceneg – e concluiu a quarta série já no então Ginásio Estadual, hoje Colégio Leitão. O curso técnico de contabilidade foi feito por Wilson Cruz em 1966 na Escola Técnica de Contabilidade de Presidente Epitácio. De 1969 a 1973 e de 1978 a 1981 foi professor na Escola Técnica de Contabilidade de Presidente Epitácio, lecionando Auditoria, Análise e Interpretação de Balanço, Contabilidade Pública e Estatística. Sempre procurando aprimorar seus conhecimentos Wilson Cruz iniciou seu curso universitário entrando na Faculdade de Ciências Contábeis de Tupã – Facat – onde se formou contador em 1977. Enquanto estudava, ele tinha outras atividades. Sempre procurando uma ocupação, em 1942 já ajudava em casa vendendo doces, salgados e esporas para boiadeiros junto ao serviço de travessia do rio Paraná, no Porto Tibiriçá. Mesmo assim, encontrava tempo para praticar esportes e pescar a fim de conseguir a mistura para as refeições de sua casa. Em Tupã foi aprendiz de tintureiro e alfaiate. No dia 1º/4/1949 entrou como carroceiro no Serviço de Navegação da Bacia do Prata – SNBP – tendo sido promovido em 1951 a auxiliar de almoxarife. Nesta função permaneceu até 1953 quando foi transferido para a seção de contabilidade da administração do SNBP, isto no Porto Tibiriçá. Permaneceu nesta seção por vários anos. Em 1959 recebe a qualificação de Comissário Fluvial e em 1965 assume esta função no navio Epitácio Pessoa. Pouco tempo depois retornou às suas funções de chefe da contabilidade. Em 1969 o SNBP colocou vários funcionários em disponibilidade remunerada e Wilson Cruz foi cedido ao Serviço de Navegação da Bacia do Prata Sociedade Anônima – SNBPSA -, porém, solicitou posteriormente a sua devolução ao Ministério dos Transportes. Aposentou-se como chefe da contabilidade em 1977. Ainda em 1972 participou do Escritório de Contabilidade Mato-grossense, em Bataguassu (MS), onde atuou até 1980. Após isto resolveu efetivar seu escritório em Presidente Epitácio. Durante as administrações Roberto Bergamo e Antônio Quirino da Costa, 467
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exerceu graciosamente as funções de Coordenador de Turismo de Presidente Epitácio, e durante seu trabalho na administração a cidade transformou-se em Estância Turística e houve o início dos desfiles oficiais do carnaval de rua de Presidente Epitácio. As atividades de Wilson Cruz, entretanto, diversificavam-se. Desde moço ele se preocupava com a parte social de sua comunidade. Por isso participava dos trabalhos do serviço de alto-falante, Programas de Calouros, Bailes, Desfiles, Festa de Nossa Senhora dos Navegantes e outras festas religiosas, sem se esquecer que criou em 1965, a bordo do navio Epitácio Pessoa, a Festa do Rei Pintado. Como desportista foi atleta do Esporte Clube Fluvial, da Associação Atlética Epitaciana, Associação Atlética Venceslauense, sempre como goleiro, conhecido como “Melado”. Outra atividade que Wilson Cruz sempre faz questão de destacar foi a que teve de 1959 a 1983 como Chefe do Grupo de Escoteiros do Mar Armênio Macário Ribeiro, posteriormente denominado Grupo de Escoteiros do Mar Epitácio Pessoa. Dado seus conhecimentos contábeis Wilson Cruz foi contratado pela Câmara Municipal de Presidente Epitácio para prestar serviços de contador para a casa. Sua paixão por Epitácio pode ser notada pelas narrativas que fez nos jornais de cidade, contando fatos e feitos que poderiam cair no esquecimento se não fossem registrados. Seu acervo fotográfico contém parte da vida epitaciana e suas transformações. Há alguns anos Wilson Cruz passou não só a registrar por escrito suas observações, como gravar em vídeo os principais fatos, situações e ocorrências de Presidente Epitácio, o que permitirá extensa gama de material para futuros pesquisadores da história de Presidente Epitácio. Wilson Cruz lembra que sem a cooperação e compreensão de sua mulher pouco poderia fazer para reunir esse material, o qual agora começa a ser juntado para transformar-se em livro de memórias recheado de detalhes interessantes e curiosos envolvendo fatos e epitacianos.
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Capítulo 41 - Logradouros 41.1 Denominações de prédios, logradouros e repartições públicas Podemos constatar, pelo texto de Luís Soares de Camargo no site dicionarioderuas, que as pessoas, desde a antiguidade, procuravam identificar o local onde moravam. Para tanto os logradouros recebiam denominações baseadas em características geográficas locais, nome de um morador de destaque, identificando-se com templo religioso existente ou alguma forma de comércio que havia no local. Até o século XIX, no geral, as denominações das ruas ficavam a cargo de seus moradores, passando depois a ser atribuição do governo municipal. Presidente Epitácio, por sua vez, teve inicialmente suas ruas denominadas por números que iam de 1 a 15, além do Largo da Igreja. Pela Lei nº 4 de 15/6/1949 esses logradouros ganharam novas denominações tendo-se que o Largo da Igreja passou a chamar-se praça 27 de Março em referência a data da instalação do município, a reta Estrada de Ferro Sorocabana – Porto Tibiriçá – rua 11 - recebeu o nome de avenida Tibiriçá em homenagem ao governador Jorge Tibiriçá e as demais ruas receberam as denominações de capitais de estados brasileiros: rua São Paulo para a rua 1; rua Belo Horizonte para a rua 2; rua Porto Alegre para a rua 3; rua Florianópolis para a rua 4; rua Curitiba para a rua 5; rua Cuiabá para a rua 6; rua Salvador para a rua 7; rua Recife para a rua 8; rua Vitória para a rua 9; rua Fortaleza para a rua 10; rua Maceió para a rua 12; rua Manaus para a rua 13; rua São Luís para a rua 14 e rua João Pessoa para a rua 15. Além destas existiam as ruas da Vila Tibiriçá que não tinham denominações oficiais porque faziam parte da propriedade particular pertencente a Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso – CVSPMG até sua encampação através do Decreto-Lei nº 6.118 de 16/12/1943; da autarquia Serviço de Navegação da Bacia do Prata – SNBP a partir da encampação em 1943 até 24/7/1978; da Companhia Industrial Rio Paraná de 25/7/1978 a 9/10/2001; e da BF Produtos Alimentícios Ltda. a partir de 10/10/2001. A única exceção era a rua Anteógenes Veloso da Costa que teve denominação baseada na Lei nº 1.726 de 17/12/1999. A Vila Tibiriçá teve seu nome alterado oficialmente para Vila Porto Tibiriçá a partir de 17/12/1999. A Lei nº 87 de 31/3/1955 alterou a denominação de praça 27 de Março para praça Prefeito Antônio Marinho de Carvalho Filho. 469
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Em sessão do dia 30/4/1955 a Câmara Municipal de Presidente Epitácio examinou Projeto de Lei de autoria do Executivo que dispunha sobre a mudança de denominação da avenida Tibiriçá para avenida Presidente Vargas, entretanto o referido Projeto foi aprovado com emenda que estendia a futura denominação até a última rua do Jardim Bela Vista (atual rua Sebastião Ferreira dos Santos) considerando-se a expansão da cidade. Quanto ao restante da avenida permaneceria com o nome de avenida Tibiriçá. Entretanto não houve a decretação e promulgação do Projeto de Lei aprovado pela Câmara Municipal. Somente com a Lei nº 1.434, de 5/4/1993, é que a denominação de avenida Presidente Vargas passou a ter caráter oficial. Cumpre destacar que a forma de numeração das quadras e residências em Presidente Epitácio foi estabelecida pelo Decreto nº 43 de 22/4/1966. Com o passar do tempo novas ruas surgiram, recebendo as respectivas denominações e algumas tendo o nome alterado. Vale lembrar que o traçado das ruas de Presidente Epitácio praticamente acompanharam o traçado das 15 primeiras ruas, salvo algumas exceções. Não havia, desde o início da cidade, qualquer plano diretor a determinar o traçado das ruas de Presidente Epitácio. A partir de 27/9/2004 Presidente Epitácio passou a contar com a Lei nº 1.9194 a qual estabelece normas próprias a serem seguidas para se dar nomes a prédios, logradouros e repartições públicas.
4 Com a alteração instituída pela Lei nº. 2.139 de 7 de abril de 2008 470
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41.2 Regras As regras estabelecidas pela Lei Municipal nº 1.9195 de 27/9/2004, são: a) Proposta acompanhada da biografia e da relação das obras e ações do homenageado; de documentos que comprovem ser o homenageado pessoa falecida; de documento expedido pelo órgão responsável, referente ao próprio a ser denominado, no qual conste ser o prédio, via, logradouro ou repartição pública, pertencente ao Município, estar em condições de ser denominado, bem como sua exata localização e para o caso de denominação de estabelecimento de ensino, será necessário, no mínimo, de 100 assinaturas de moradores da região atendida pelo estabelecimento ou de manifestação de apoio do Conselho da Escola ou entidade afim. b) Não pode haver outro prédio, logradouro ou repartição pública municipal com o nome da mesma pessoa a quem se pretenda homenagear. c) Para ser homenageado, há necessidade de que o mesmo tenha prestado serviços relevantes à sociedade, à Pátria ou a humanidade e que, preferencialmente, tenha vínculos com o logradouro e a sua população circunvizinha. d) Quando a denominação se referir a estabelecimento oficial de ensino, a proposta deverá obedecer ao seguinte procedimento: será dada preferência a nome de educador, cuja vida se vincule de maneira especial à comunidade em que se situe a escola, todavia, se nome de personalidade que não tenha sido educador, sua biografia deverá conter informações que estimulem os educandos aos estudos. Os estabelecimentos oficiais de ensino municipal promoverão, anualmente, a comemoração festiva interna, alusiva à data de nascimento de seu patrono, divulgando sua vida e obras, a fim de que seu exemplo possa influenciar na conduta dos educandos. e) Já quando a denominação proposta se referir a prédios que abriguem secretarias ou coordenadorias municipais, dar-se-á, preferencialmente, nome de pessoa que exerceu atividade profissional ligada a este setor, e cuja vida se vincule de maneira especial à comunidade onde se situe este próprio municipal. Neste caso os prédios e repartições públicas manterão, em local nobre, o busto ou retrato do patrono, com indicação sucinta de sua vida e obras, e, na fachada o nome do homenageado. f) Não se pode dar denominação a prédios, vias e repartições públicas municipais, antes que as obras estejam totalmente concluídas. g) Os documentos e papéis oficiais das repartições conterão sempre o
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nome do homenageado. A Lei estabeleceu, ainda, que nomes já dados em prédios, vias, logradouros públicos ou repartições municipais, não poderão ser objetos de novas homenagens. Para as ruas particulares ou em vilas, não serão dados nomes em duplicatas ou/e que possam confundir com outros nomes já dados ou a serem dados. Em se tratando de vias públicas, estas só poderão receber nomes, depois de registrado o loteamento junto ao órgão competente da Prefeitura Municipal. Prevê a Lei que para o caso de eventual troca do nome de logradouros só poderá ocorrer no caso em que, depois de consultados os moradores ou domiciliados do local, e mais de 50% dos residentes no logradouro concordarem com a mudança proposta. Na presente edição os nomes foram grafados segundo as regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa, em vigor a partir de 2009, e com a utilização da norma culta ensinada pelo dicionarista Luiz Antonio Sacconi que em suas lições mostra e esclarece que: Após a morte de uma pessoa, seu nome e sobrenome passam a estar sujeitos às normas ortográficas em vigor: Philomeno vira Filomeno, Raphael vira Rafael, Thomaz vira Tomás, Teophilo vira Teófilo, Josephina vira Josefina, Manoel vira Manuel, Newton vira Nilton, Cacilda vira Cassilda, Clarice Vira Clarisse, Hortência vira Hortênsia, Jussara vira Juçara, Walter tem que se tornar Válter e assim por diante. Daí por que Thomé de Souza passou a Tomé de Sousa; Fernão Dias Paes passou a Fernão Dias Pais; Adhemar de Barros virou Ademar de Barros; Viriato Correa virou Viriato Correia; Carlos Goes passou a Carlos Gois; Osman Lins virou Osmã Lins, etc. [...] Os sobrenomes estrangeiros ou de origem estrangeira ficam, até pela norma, imutáveis. Portanto grafaremos sempre Drummond, Goulart, Kubitschek, Matarazzo, Sacconi, etc. (p. 15)
Evanildo Bechara, por sua vez, corroborando esta explicação, esclarece que Os nomes próprios personativos, locativos e de qualquer natureza, sendo portugueses ou aportuguesados, estão sujeitos às mesmas regras estabelecidas para os nomes comuns. [...] Não sendo o próprio que assine o nome 472
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com a grafia e a acentuação do modo como foi registrado, a indicação do seu nome obedecerá às regras estabelecidas pelo sistema ortográfico vigente. (p. 95)
41.3 Logradouros existentes em Epitácio Presidente Epitácio, apesar de ter sua origem no início do século XX, possui um traçado moderno, como se fosse um tabuleiro de xadrez, na maioria de suas vias. Este traçado se dá, como já dito anteriormente, devido ao fato de que as ruas de Epitácio foram prolongadas, geralmente, seguindo o traçado das 15 primeiras ruas da cidade. Não houve nenhum plano diretor que estabelecesse tal regra. As ruas, avenidas e alamedas, são numeradas por quadra e sua via principal é a avenida Presidente Vargas, a qual serve de base para a numeração das suas transversais. À direita da avenida Presidente Vargas, suas transversais têm numeração inicial par, e à esquerda, as quadras são ímpares. A rua São Paulo é o marco inicial para a numeração das quadras de suas transversais. No início de 2011 havia 342 logradouros em Presidente Epitácio, sendo 317 na sede e 25 no distrito do Campinal.
41.3.1 Relação de logradouros na cidade de Presidente Epitácio Adalberto Garrido, rua Adélcio Pego da Silva, rua Afonso Godoy, rua
Agenor Noronha, avenida Albino Monteiro, rua Alcindo Carvalho, rua 473
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Alexandre Rodrigues de Sousa, praça Alfredo Sampaio, rua Alípio Costa, rua Alípio da Silva, rua Almirante Tamandaré, praça Aluísio de Azevedo, rua Álvaro Coelho, rua Alziro Baltazar, rua Américo Holpert, rua Ana de Paula, avenida Anísio da Silva, rua Anteógenes Veloso da Costa, rua Antônia Ferreira Lima, rua Antônia Kurak Furis, rua Antônio Augusto Gonçalves Pinto, rua Antônio Brandão Teixeira, rua Antônio Cândido de Melo, praça Antônio Felisbino, rua Antônio Marcos da Costa, rua Antônio Marinho de Carvalho Filho, praça Antônio Marinho de Carvalho Filho, rua Antônio Venâncio Lopes, rua Aracajú, rua Ari do Armazém, rua Armando Puerta, rua Artur Azevedo, rua Artur Diederichsen, praça Árvores, praça Atos Tizziani, rua Augusto Vicentin, rua Basílio da Gama, rua Basílio Pereira do Amaral, rua Belém, rua Belo Horizonte, rua Benedito Roberto Marchini, rua 474
Bíblia, praça Boiadeira Norte, estrada Boiadeira Sul, estrada Brasilina Fernandes da Costa, rua Brigadeiro Faria Lima, rua Bruno Kreuz, rua Campinal/Caiuá (SPV 74), rodovia Campos Sales, rua Carlos Alberto dos Santos, rua Carlos Gomes, rua Carlos José dos Santos, rua Carlos Pires, praça Casimiro de Abreu, rua Castro Alves, rua Chapéu de Couro, avenida Chapéu de Couro, praça Cícero Costa, rua Claudomiro de Oliveira, rua Clóvis Pestana, avenida Criança, praça Cruz e Sousa, rua Cruzeiro, praça Cuiabá, rua Curitiba, rua Dolores de Castro, rua Domingos Ferreira de Medeiros, avenida Domingos Marinho, praça Dona Maria Bonita, rua Dona Pina, rua Duque de Caxias, travessa Edson Jacomossi, avenida Eduardo Barreto, rua Élio Gomes, avenida Élio Gomes (SPV 71), rodovia Emídio de Lima Pais, rua Emílio Mellado, rua
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Epitácio/Caiuá, estrada Epitácio/Marabá Paulista (SPV 32), rodovia Epitácio/Teodoro Sampaio (SPV 35), rodovia Estevan Holpert, rua Eugênia Gimenez Melgarejo, rua Eugênio Coser, rua Eurico Gaspar Dutra, rua Expedito Shizuo Kuroce, rua Fagundes Varela, rua Faustino Dias, rua Fernando Costa, rua Firmino de Oliveira, rua Florianópolis, rua Fortaleza, rua Francíner Ribeiro Soares, rua Francisco Tolentino da Silva, rua Francisco Whitaker, praça Frederico Consolin, avenida Gaudêncio Gomes Ferreira, rua Gerônimo Ribeiro, rua Goiânia, rua Gonçalo Miranda, rua Guanabara, rua Guilherme Borges dos Santos, rua Gustavo Domke, reta Gustavo Weber, reta Helena Meireles, praça Hélio Antônio Marques, rua Henrique Nicolino Rinaldi, praça Herculano de Oliveira, rua Hermes Martins, rua Horita Massafume, rua Iassumi Miyasaki, rua Ipês, avenida Iracema Carvalho de Noronha, rua
Irandi Marmol Gomes da Silva, rua Irani Guirado Suckow, rua Irene Borges da Cunha Cruz, rua Isabel Lima dos Santos Cruz, rua Isabel Schneidewind, rua Isaura dos Reis Assis, rua Isoldino Ferreira de Almeida, rua Janete Carvalho Noronha, rua João Antônio Zanatta, rua João Francisco de Almeida, rua João Goulart, rua João Justino dos Santos, rua João Martins Ferreira, rua João Mendes de Oliveira, rua João Pereira de Sousa, rua João Pessoa, rua João Pipino, rua João Ramalho, rua João Ribeiro Martins, rua João Rodrigues Lozano, rua João Sarraipa, rua Joaquim Azevedo Filho, reta Joaquim Coelho Pinto, rua Joaquim Ferreira da Rocha, rua Joaquim Marques Seabra, rua Joaquim Martins Ferreira, rua Joaquim Nabuco, rua Joaquim de Oliveira, rua Joaquim de Sousa Martins, rua Joca Pereira dos Santos, rua Joel Irineu Fialho, rua Joel Rodrigues Alves, rua Jonas Murad, reta Jorge Amado, rua José Abel dos Santos, rua José Alberto da Silva, rua José de Alencar, rua 475
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José Aparecido, rua José Carlos de Sousa Rodrigues, rua José Damasceno, avenida José Doescher, rua José Fabiano, rua José Fernandes Amaro, rua José Francisco Pereira, rua José Henrique do Rego, rua José Limeira de Sousa, praça José Maria Moleiro, rua José Narezzi, reta José de Oliveira, rua José Raimundo Gomes da Silva, rua José Ramos Júnior, alameda José Rodrigues de Lima, rua José dos Santos Pereira, rua José Vicente Júnior, avenida José Vicente de Sousa, rua José Yoshitake, rua Jovita Ribeiro, rua Juca Pita, rua Juliano Ferraz Lima, avenida Júlio de Andrade, rua Júlio Moreno Villiatoro, rua Júlio Pereira da Silva, rua Juscelino Kubitschek, rua Laurentina Celestina Santos, rua Leirto Ribeiro Martins, rua Leopoldina Maria da Cruz, rua Luís de Camões, praça Maceió, rua Manaus, rua Manuel Francisco Serra, praça Manuel Kotai Costa, rua Manuel Mendes de Oliveira, rua Manuel Ribeiro Filho, rua Manuel Rodrigues dos Santos, rua 476
Manuel de Sousa Barbeiro, rua Manuela Borges dos Santos, rua Marfins, alameda Maria Ângela da Silva, reta Maria dos Anjos Teixeira, rua Mário Paulo da Silva Júnior, rua Mário Rodrigues Bittencourt, rua Martim Ribeiro, rua Massao Shibayama, rua Mato Grosso, rua Maura Aparecida Dassie Vergani, rua Maurício Xavier Duque, rua Maurílio Felix da Silva, rua Maximino de Lima, rua Mestre João, rua Miguel Benedito de Oliveira, rua Miguel Coutinho, rua Miguel Mellado, rua Miguel Pedro Miguel, rua Milton Bruck Lacerda, rua Minas Gerais, rua Monteiro Lobato, rua Nagib Mikhail, rua Napoleão Amorim de Mello, rua Nascimento Gomes, rua Natal, rua Nelson Hungria, rua Neusa Correia de Assis Carvalho, rua Nidroaldo Morais Marinho, rua Nivaldo Inácio dos Santos, rua Noel Rosa, rua Odilon Matias Dantas, rua Okada, estrada municipal Olavo Bilac, rua Olga Moleiro Paiva, rua Olívia Fernandes Avallone, reta Olívio Xavier Duque, reta
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Oscar Pelegrini, rua Osvaldo Cardoso Feitosa, rua Osvaldo Miguel, rua Osvaldo Valenzuela, rua Oziel Moreira, rua Padre Cícero, rua Paraná, rua Paulo Cunha, rua Paulo Weller, reta Pedro Alves, rua Pedro Aristides Bordon, rua Pedro Mellado, rua Pedro Pereira da Silva, rua Pernambuco, rua Perobas, alameda Porto Alegre, rua Presidente Epitácio, avenida Presidente Vargas, avenida Princesa Isabel, rua Professor Benísio, rua Professor Campos, rua Raimundo Virgulino da Cruz, rua Raul Luís Vaz, rua Recife, rua Regente Feijó, travessa Reginaldo Bittencourt, rua Rio Amazonas, avenida Rio Araguaia, avenida Rio Branco, rua Rio Caiuá, rua Rio Grande, rua Rio Ivai, rua Rio Ivinhema, rua Rio de Janeiro, rua Rio Madeira, rua Rio Mamoré, rua Rio Negro, rua
Rio Paraná, avenida Rio Paranapanema, rua Rio Parnaiba, rua Rio do Peixe, rua Rio Piracicaba, rua Rio São Francisco, rua Rio Tibagi, rua Rio Tietê, rua Rio Tocantins, rua Rio Verde, rua Rio Xingu, rua Rita de Cássia Alves, rua Roberto Bergamo Júnior, rua Rodolfo Rodrigues de Abreu, rua Ronaldo Corat da Costa, rua Rosa Leal de Azevedo, rua Rui Barbosa, rua Rui Barbosa, travessa Salvador, rua Salvador Zinezzi, rua Samuel de Paula, rua São Luís, rua São Paulo, rua São Paulo Mato Grosso, rua Sebastião Ferreira dos Santos, rua Sebastião Ferreira da Silva, avenida Sebastião Lopes, avenida Sebastião Novaes, rua Sebastião Soares de Oliveira, reta Sem denominação quadra 48, Jd. Real, praça Simpliciano Ferreira da Silva, rua Sobrasil, avenida Temer Marconi da Silva, rua Teotônio Vilela, rua Terêncio Ramos, rua Teresina, rua 477
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Tiago Amaral do Nascimento, rua Tibiriçá, avenida Tiradentes, rua Tuliomarco Amaral do Nascimento, rua Valdeci Miguel da Silva, rua Valdir Loyolla, rua Venceslau Brás, rua Venturosa d’Arcádia da Rocha, rua Verter Lopes Branco, rua Vicente de Carvalho, rua
Vicente Dassie, rua Vicente Frota, rua Vinícius de Morais, rua Vital Brasil, rua Vitória, rua Vitório Antônio Bergamo, rua Vivaldo Lauro Langhi, rua Zeferino Pereira, rua Zico Bueno, rua Zulmira Rodrigues Soares, rua
41.3.2 Relação de logradouros do distrito do Campinal Antônio Bastos da Cunha, rua Antônio Terêncio, travessa Davi Manuel dos Santos, rua Francisco Alves dos Santos, rua Fukuso Uesuki, rua Irineu Bonifácio, rua João Apolinário Pereira, rua Joaquim Carreira Mônico, rua José Alves, rua José Andrade dos Santos, praça José Ceslau, rua Josefa Gomes Menezes, rua Lúcia Toshie Tachibana, rua
Massami Maemura, rua Miguel José de Lima, rua Miguel Palmeira da Silva, rua Nishiro Shiguematsu, avenida Paulo Iwashita, rua Pedro Makiyama, rua Sadao Matsumoto, rua Sebastião de Almeida, rua Seije Maemura, rua Seijiro Fujiwara, rua Takeo Nishijima, rua Valdir Melo da Luz, rua
41.3.3 Logradouros com a biografia do homenageado ou histórico Vale lembrar o lamento de Mário de Andrade, encontrado no site vidaslusofonas.pt, a respeito de seu desconhecimento quanto a quem foi a pessoa que deu nome à sua rua Sem saber quem deu nome à rua Nesta Rua Lopes Chaves Envelheço, e envergonhado. Nem sei quem foi Lopes Chaves. (Lira Paulistana, Poesia Completa, p. 378). 478
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A fim de evitar-se isto, temos a seguir uma breve biografia das pessoas e histórico de empresas que deram nomes a logradouros de Presidente Epitácio. Adalberto Garrido, rua Nasceu na cidade de Bernardino de Campos (SP), em 8/7/33. Chegou a Presidente Epitácio, vindo de Presidente Prudente (SP), para montar uma alfaiataria, já que era especialista neste ramo de atividade profissional e via na cidade um excelente mercado para desenvolver suas atividades. Aqui constituiu família casando-se com Neuza Ribeiro da Costa Garrido. Deste matrimonio nasceram três filhos; Ivana, Roberta e Adalberto Garrido Júnior e quando faleceu tinha oito netos. Desenvolveu as atividades de alfaiate por pelo menos 22 anos e posteriormente trabalhou como proprietário no ramo de açougue por aproximadamente 15 anos. Sua diversão preferida era viajar por todo nosso país. Veio a falecer na cidade de Campo Grande (MS) aos 62 anos de idade, embora aqui estivesse residindo. Foi vitimado por um enfarto do miocárdio, no dia 20/3/96. Está sepultado no Horto. Adélcio Pego da Silva, rua Nascido em 21/6/50 na cidade de Paulicéia (SP) era filho de José Pego da Silva e Terezinha Braga as Silva. Solteiro, estudou até a quarta série em Epitácio. Pedreiro e motorista autônomo faleceu em 15/02/1996, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Afonso Godoy, rua Afonso Godoy nasceu em 22/6/1920 em S. José dos Pinhais (SP). Filho de Plácido Godoy e Dolores Cruz. Casou-se com Nair Ribeiro Godoy, com quem os filhos João, Domingos, Sérgio, Celso, Dolores, Lourdes, Maria, Francisco, Luiz Roberto, Elias e Nelson. Era operário da Serraria Pereira Gomes Ltda. Gostava de futebol. Faleceu em 11/10/1997 de insuficiência cardíaca. Está sepultado no Horto da Igualdade. Agenor Noronha, avenida O primeiro cartorário de Presidente Epitácio, Agenor Noronha, nasceu na cidade de Avaré, estado de São Paulo, em 18/11/1904, era filho de Ovídio Pinto de Noronha Mello e América Maria de Noronha. Antes de mudar-se para Presidente Epitácio, Agenor Noronha já era cartorário em Santo Anastácio (SP). Frequentava Epitácio desde 1927, para pescar e fotografar os belos pontos que a natureza oferecia. Mudou-se para Presidente Epitácio no início da década de 1940, na condição de cartorário. Casou-se em 1937, na cidade de Santo Anastácio (SP), com Iracema Carvalho de Noronha, de cuja união 479
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nasceram quatro filhos. José, Janete, Léo e Ivan. Católico praticante, Agenor gostava muito de pescar, ouvir uma boa música (orquestrada) e fotografar. Noronha trabalhou como cartorário durante 53 anos, tempo suficiente para registrar e casar muitos cidadãos nascidos ou não nesta cidade. Faleceu aos 86 anos de idade, vítima de parada cárdio-respiratória, septicemia acidente vascular cerebral, estando sepultado no Horto da Igualdade. Albino Monteiro, rua Albino Batista Monteiro nasceu em Três Lagoas (MS), em 11/11/1928. Casou-se em 18/02/1950 com Aurea Monteiro de Morais, com quem teve oito filhos. Trabalhou no DER desde 1956, indo a morar na cidade de Bauru, onde se aposentou em 1993. Em 1979 comprou a Viação Aurea, empresa de ônibus da cidade de Presidente Epitácio. Em 1985 sua esposa veio a falecer. Albino, então, mudou-se para Presidente Epitácio para administrar sua empresa. Casou-se novamente em 17/5/86 com Maria Inês Rodrigues Monteiro, de quem se separou em fevereiro de 2008. Exerceu o cargo de Presidente da Sociedade Amigos da Marinha – SOAMAR - por 13 anos, sem remuneração alguma, sempre representou Epitácio em solenidades oficiais da Marinha, nos mais diversos locais, com a finalidade de engrandecer o nome do município. Além disso, era colaborador constante de atividades filantrópicas em Epitácio. Ele era membro do Lions Club, onde foi presidente no período 1993/1994, e depois 1º vice-presidente. Foi vice-provedor da Santa Casa de Presidente Epitácio desde 2003 e fez parte da Loja Maçônica Acácia Ribeirinha 361 de Presidente Epitácio, onde foi presidente na gestão 1996/1997. Faleceu em 26/7/2010, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Alcindo Carvalho, rua Alcindo Carvalho nasceu em 12/11/1924 na cidade de Penápolis (SP). Era filho de João Batista de Carvalho e Isabel Teotônia de Carvalho. Cursou o primeiro grau em Penápolis (SP), tendo trabalhado na Cia de Força e Luz e depois na Companhia Telefônica, ambas em Bauru (SP). Foi bancário do Banco Noroeste de Penápolis (SP). Funcionário do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, inicialmente trabalhou em Avanhandava (SP) e depois em Epitácio, aqui chegando em 1952, como Agente de Coleta do IBGE. Casou-se em Avanhandava (SP) com Gesse do Carmo Carvalho, com quem teve os filhos Vera Lúcia, Heloisa, Yara e Alencar. Teve 11 netos. Pessoa simples, Alcindo Carvalho gostava de passear pelo rio Paraná, pescar e às vezes caçar, ou simplesmente apreciar a natureza. Cultivou muitas e boas 480
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amizades. Era católico. Foi secretário da Câmara Municipal, suplente de vereador e vereador. Aposentou-se no IBGE. Faleceu em 20/7/1992 vítima de enfarto. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Alexandre Rodrigues de Sousa, praça Alexandre Rodrigues de Sousa nasceu em 24/4/1932 na cidade de Casa Nova (BA). Era filho de José Rodrigues de Sousa e Regina Abade de Sousa. Por volta de 1946 veio a Epitácio, morando no Tibiriçá e cortando lenha para a Bacia do Prata. Posteriormente tornou-se guarda do campo de aviação e em seguida foi funcionário público municipal. Casado com Tânia de Aguiar Sousa teve os filhos Carlos Augusto, Carla Cristina e Carlos Alessandro. Gostava de futebol, passear, baile e festas. Foi vereador. Faleceu em 4/8/1984. Alfredo Sampaio, rua Alfredo Alves Sampaio nasceu na cidade de Conquista (BA) em 5/02/1915. Desde pequeno teve que se dedicar ao trabalho. Assim, devido a não ter tempo para fazer o curso regular, foi autodidata. Trabalhou como criador de cabras, tropeiro e executor de serviços gerais em fazendas. Em 1941 casou-se com Josina Bela de Jesus e tiveram cinco filhos: Valmir, Geraldo, Adalberto, Elizia e José Aparecido.Alfredo se muda, em 1949, para Epitácio. Em Epitácio exerceu diversas atividades. Trabalhou na destoca para abertura de ruas, foi poceiro, condutor de charrete quando estas faziam às vezes de taxi em Epitácio, vendedor ambulante, pequeno comerciante, vigia e frentista no Posto Shell (Posto do Alípio), aonde veio a morrer assassinado em 10/7/1965. Sempre demonstrou ser possuidor de honradez, solidariedade, caráter e responsabilidade, que serviram de exemplo a muitas pessoas. Seu corpo está sepultado no Horto da Igualdade. Alípio Costa, rua Alípio Costa era paulista de Agaraí, nasceu em 1/9/1925, filho de Francisco Costa e Izalina da Cruz. O mesmo sempre teve sua vida voltada para atividades rurais até o ano de 1958, quando passou a ser motorista da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Tendo vivido todo clima e tensão na área de conflito da Fazenda Bandeirantes, onde passou a viver e casou-se com Agnésia Kurak e deste casamento teve duas filhas, Arleny e Maira. Deixou quatro netos. Católico, não praticante, Alípio gostava muito de caçar e pescar. Os seus dias mais difíceis foram durante o regime militar, quando chegou até mesmo a ser preso no Departamento de Ordem Púbica - Dops, em São Paulo. Naquele período difícil da repressão militar, Alípio, com a sua maneira ríspida e séria de se pronunciar, acabou tornando-se um dos primeiros líderes 481
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político do movimento que buscava solucionar definitivamente a situação de conflito que envolvia as famílias residentes na então Fazenda do Zé Dico. Embora não aparentasse, Costa sempre trabalhou em defesa dos mais pobres e carentes, pois vendo a situação de penúria e dificuldade pela qual passavam as famílias residentes naquela área de conflitos, onde muitos pais de família chegaram a ser mortos e famílias inteiras desaparecidas do dia para noite, não era nada fácil defender os mais carentes naquela situação, que foi um dos primeiros problemas fundiários da região oeste do estado de São Paulo. Era enorme a dificuldade encontrada, tanto nos meios políticos, quanto repressivo. Com toda a sua benevolência, Alípio viu sua luta ser vitoriosa, com o início do Reassentamento Populacional da Lagoa São Paulo, que veio para amenizar a situação de conflito pela qual passavam as famílias residentes na antiga Reserva Florestal da Lagoa São Paulo. Seu falecimento ocorreu em 12/02/1998, vítima de problemas respiratórios, estando sepultado no Horto da Igualdade. Alípio da Silva, rua Alípio da Silva nasceu em 21/4/1902, na cidade de Coimbra/Portugal. Filho de Joaquim da Silva Chelinho e Tereza de Jesus. No seu país de origem foi oficial da Marinha. Em viagem que fez ao Brasil, em 1924, aqui aportou e desligou-se da Marinha portuguesa, indo trabalhar na Estrada de Ferro Mogiana. Depois passou para a Estrada de Ferro Sorocabana em Caiuá, na atividade de cortar lenha para a ferrovia. Casou-se com Catarina, da Colônia Arpad, com quem teve os filhos Admar e Elza. Alípio passou a trabalhar como leiteiro e em seguida empregou-se na fazenda de Manuel de Sousa Barbeiro. Com o passar do tempo tornou-se sócio do mesmo. Ao encerrar a sociedade, coube-lhe a Fazenda Santa Terezinha, em Bataguassu (MS). Em Epitácio teve posto de gás, de gasolina e vários imóveis. Casou-se em segundas núpcias com Dalila da Silva Marques Silva. Ao falecer em 16/9/1996 tinha seis netos e quatro bisnetos. Está sepultado no Horto da Igualdade. Almirante Tamandaré, praça Joaquim Marques Lisboa Tamandaré nasceu em 13/02/1807 na cidade de Rio Grande (RS) e faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de março de 1897. Militar da Marinha, almirante, participou da Guerra da Independência na Bahia, da Confederação do Equador combatendo os republicanos, da Guerra contra Rosas e da repressão às revoltas ocorridas durante o período regencial: a Cabanagem, Sabinada, Farroupilha, Balaiada, Praieira e da Guerra do Paraguai, e nesta comandou as forças navais no Prata, em apoio às batalhas 482
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de Passo da Pátria, Curuzu e Curupaiti. Foi escolhido como o patrono da Marinha de Guerra do Brasil. Faleceu em 20/3/1897 na cidade do Rio de janeiro. Aluísio de Azevedo, rua Aluísio de Azevedo nasceu em São Luís (MA), no ano de 1857. Caricaturista, ilustrador e romancista dedicou-se não só à temática romântica, como a obra O Cortiço e Casa de Pensão, onde seu texto mostra pessoas marginalizadas, os vícios e o instinto atuando no ser humano. Também escreveu contos, operetas e textos dramáticos. Faleceu em Buenos Aires, Argentina, em 1913. Álvaro Coelho, rua Álvaro Antunes Coelho nasceu em 21/11/1878 na cidade de CoimbraPortugal. Estudou na Universidade de Coimbra, formando-se engenheiro. Cursou, também, o seminário de Coimbra ordenando-se padre, tendo sido vigário em várias paróquias. Em 1900 chegou ao Rio de Janeiro (RJ), em 1910 abandona a batina. Voltou a Portugal e em 1915 retornou definitivamente ao Brasil. Em 1918 casou-se com Maria Carmem Ribeiro Coelho, tendo um filho: Álvaro Ribeiro Coelho. Em 1920 mudou-se para a cidade de São Paulo. Como sócio e procurador de Antônio Mendes Campos Filho, adquiriu vasta propriedade no chamado Sertão da Alta Sorocabana, vindo com sua família para Venceslau (SP). Convidou famílias estrangeiras para fixar-se nas terras, vendendo às mesmas, de forma facilitada, os terrenos. Vendeu terras localizadas em Venceslau, Caiuá e Epitácio, todas no estado de São Paulo. Em todos os lugares onde núcleos se iniciavam, ele destinava lote para a escola e a capela. Em 1927 foi vereador em Presidente Venceslau na primeira legislatura daquele município, e em 1928 é reeleito como vereador, cargo que exerce até 16/6/1930. Morreu assassinado em 2/6/1931 na cidade de Santo Anastácio (SP). Alziro Baltazar, rua Alziro Baltazar nasceu em 18/6/1904 na província de Pinhal, Portugal. Filho de José Antunes Baltazar e Maria Júlia Baltazar chegou ao Brasil, primeiramente, no porto de Santos (SP). Depois foi para Santo Anastácio (SP). Veio a Epitácio na década de 1920. Casou-se, em primeiras núpcias, com Alzira Baltazar tendo as filhas Lucinda e Mercedes. Em segundas núpcias, em 1958, com Filomena Carnevalli Baltazar, teve o filho Álvaro. Teve serraria em Caiuá (SP) com Augusto Alves. Em Epitácio teve, por 20 anos, a Serraria Lisboa. Faleceu em 22/10/1976, sendo enterrado no Horto da Igualdade. 483
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Américo Holpert, rua Américo Holpert nasceu em 5/01/1934 na Colônia Arpad em Presidente Epitácio. Filho de Estevan Holpert e Catarina Morvay Holpert casou-se em 6/10/1957 com Dulce de Souza Moura Holpert, com quem teve os filhos Lilian, Américo e Audemir, além de sete netos. Trabalhou no Estaleiro de Estevan no transporte de toras da esplanada até as serrarias. Em um período, foi para Santos (SP), trabalhar como autônomo. Retornando a Epitácio em 1974, teve por aproximadamente 11 anos o posto de gasolina Ipiranga. Foi para Cuiabá (MT) por um ano e meio, retornando a Epitácio para trabalhar na Prefeitura. Depois abriu a firma Cimentão. Católico, faleceu em 20/02/1993, sendo enterrado no Horto da Igualdade. Ana de Paula, avenida Ana de Paula nasceu em 6/6/1924 na cidade de Bessarábia - Romênia. Eram seus pais Adolf Paul e Agatha Paul. Veio para o Brasil com três anos de idade, morando, em sua infância, perto de Pompéia (SP) e depois em Piquerobi (SP). Chegou em Epitácio em 1941. Nesse mesmo ano, no dia 25 de janeiro, casou-se com José de Paula, tendo os filhos Maria Helena e Élson, seis netos e três bisnetos. Sempre trabalhou no lar e na fazenda com o marido. Era católica praticante. Faleceu em 9/4/1969 de embolia pulmonar, sendo sepultada em Presidente Prudente (SP). Anísio da Silva, rua Anísio da Silva nasceu em Andaraí (BA) no dia 25/7/1941. Era filho de Elpídio da Silva e Deonila Maria de Jesus. Ainda criança morou em Valparaíso (SP). Depois, mudou-se para a região de Dourados (MS). Casouse, em 22/01/1961, com Maria Ribeiro Pimenta da Silva, com quem teve os filhos Israel, Aparecido, Maria Célia, José Hamilton, Adenice, Genilson, Claudenilson, Fábio e Renato. Em 1967, Anísio se muda para Epitácio. Inicialmente trabalhou como pescador e depois passou a guarda municipal do parque O Figueiral. Em 1968, numa época em que não se falava de ecologia, naturalmente se preocupava com o meio ambiente. Sua atenção para com o a iminência de morrerem algumas das árvores do antigo Figueiral, além de haver ainda locais sem árvore, levou-o, por iniciativa própria e com seu esforço, a realizar o plantio e replantio de figueiras naquele local. Para tanto, em seus momentos de folga, ia de barco até as ilhas para escolher os melhores exemplares para serem replantados. Anísio trabalhou no antigo Figueiral até aposentar-se. Depois, passou à pesca como meio de ocupar o tempo. Faleceu 484
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em 20/01/2006 e foi sepultado no Horto da Igualdade. Anteógenes Veloso da Costa, rua Anteógenes Veloso da Costa era filho de João Batista da Costa e Amantina Veloso da Costa, nascido em 11/02/1928 na cidade de Maceió capital das Alagoas. Sentia-se como um carioca legítimo, pois foi criado na cidade do Rio de Janeiro desde os seus quatro meses de vida. “Veloso Sete”, como ficou popularmente conhecido, chegou em Epitácio no ano de 1961, vindo da capital carioca, para trabalhar no Serviço de Navegação da Bacia do Prata, no Porto Tibiriçá. Era condutor motorista da Marinha Mercante do Brasil. Trabalhando nesta atividade conquistou sua aposentadoria. Carnavalesco por excelência, já em 1962 “Veloso Sete”, fundou a primeira escola de samba da cidade, junto com o professor Hermes Martins. Torcedor fanático da Portela, Veloso junto com sambistas epitacianos, ajudou a formar o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Ribeira. Casado pela segunda vez, com dona Irlanda Rodrigues Luís da Costa, teve três filhas: Valéria, Adriana e Andreia. Pessoa popular na cidade destacou-se como massagista do ex-time Beira Rio, carnavalesco, participante ativo da vida política da cidade, e por último tornou-se animador de festas natalinas na condição de “Papai Noel”. Está sepultado no Horto da Igualdade. Antônia Ferreira Lima, rua Antonia Ferreira Lima nasceu no estado do Ceará, na cidade de Mombaça, em 14/12/1934. Filha de Joaquim Ferreira Lima e de dona Cipriana Maria de Oliveira, chegou a Presidente Epitácio em 1955, vindo do seu estado natal, em busca de novas oportunidades de vida, pois a seca e fome, tomavam conta daquela região naquela época, o que fazia aumentar em muito o número de imigrantes em direção ao sul do país. Casada com o taxista Aluízio Ferreira Lima teve três filhos: José Aparecido, Vera e Lucineide e três netos. Dona Antonia, além de dona de casa, tornou-se uma líder evangélica de sua congregação a Igreja Evangélica O Brasil Para Cristo, sempre proferindo palestras, seja em Epitácio ou nas cidades vizinhas. Tinha como meta “a evangelização das pessoas que não tinham o conhecimento da palavra”, como dizia. Ajudando na parte administrativa da igreja, dona Antonia era costureira e também dedicava suas horas de folga ao trabalho de assistência social para pessoas idosas e enfermas. Um enfarto do miocárdio tirou a vida de dona Antonia, aos 61 anos, no dia 14/9/1996, exatamente no momento em que era inaugurada a rodoviária local, estando sepultada no Horto da Igualdade.
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Antônia Kurak Furis, rua Antonia Kurak Furis nasceu em 28/10/1924 na Romênia. Eram seus pais João Kurak e Maria Garzi. Desde que chegou a Epitácio, morou na Colônia Arpad e suas atividades eram cuidar da terra e da família. Casou-se com Carlos Furis, tendo três filhos: Paulo, Antônio e Carlos, além de quatro netos. Católica praticante, preocupava-se com as crianças pobres a quem procurava assistir. Faleceu em 21/8/1995 de neoplasia maligna. Foi sepultada no Horto da Igualdade. Antônio Augusto Gonçalves Pinto, rua Antônio Augusto Gonçalves Pinto nasceu em 8/5/1900, na cidade de Vinhoto, Portugal. Chegou a Epitácio em 1922 para trabalhar no combate à febre amarela. Casado com Enedite Mendes Oliveira Pinto em 10/11/1938 teve dez filhos: Aramis, Zoraide, Zenaide, Antônio Miguel, Zuleika, Alberto, Athos, Porthos, Zoila e José Renato. Não mais retornou à Capital, abrindo aqui uma farmácia, na rua Belo Horizonte, quadra Um. Foi dono de porto de areia. A primeira casa de alvenaria construída em Epitácio foi a sua. Faleceu em 18/11/1981, estando enterrado no Horto da Igualdade. Antônio Bastos da Cunha, rua Antônio Bastos da Cunha nasceu em 11/8/1902 na cidade de Bom Conselho (PE). Eram seus pais Selivero Venâncio da Cunha e Maria Bastos de Sousa Cunha. Lavrador, carpinteiro e pedreiro, em 1957 veio para o Campinal. Aqui se tornou arrendatário, plantando algodão, amendoim, milho e mamona como produtos principais. Casou-se com Isaura Vieira de Sousa Cunha, tendo os filhos José, Luiza, Virginia, Eliso, Expedito e Ozeias. Em segundas núpcias casou-se com Antonia Rocha da Cunha, tendo os filhos Benedito, Fernandes, José, Sebastião e Manuel. Com sua terceira mulher, Josefa Bastos de Sousa Cunha teve os filhos Rosalva, Aparecida, Elizabete, Edvânia e Deildo. Pessoa dedicada ao trabalho e à coletividade, prestando auxílio aos carentes. Faleceu em 20/01/1982 de câncer na próstata, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Antônio Brandão Teixeira, rua Antônio Brandão Teixeira nasceu no dia 13/6/1923, em Santana de Sobradinho, no estado da Bahia. Foi criado na roça, no sertão baiano. Em 1939 começou a trabalhar como marinheiro no rio São Francisco pelo período aproximado de dois anos, quando resolveu mudar-se para Presidente Epitácio, que na ocasião oferecia perspectivas para o serviço de navegação. Quando aqui chegou, foi trabalhar na Companhia de Viação São Paulo Mato 486
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Grosso como marinheiro e ficou residindo no antigo Porto Tibiriçá, hoje vila Tibiriçá. Nesse local conheceu Maria Antonieta com quem se casou e teve cinco filhos: Roberto, Lú, Jairo, Maria Alcina e Ivo. Ao falecer tinha oito netos. Com a eclosão da revolução, mudou-se do Porto Tibiriçá, para a cidade de Presidente Epitácio, onde de marinheiro foi promovido a comandante do navio Epitácio Pessoa e trabalhou por mais de vinte anos, navegando pelas águas do rio Paraná, aposentando-se nessa condição. Muito bem relacionado com seus companheiros e familiares, Antônio Brandão era católico. Faleceu no ano de 1984, nesta cidade, vítima de enfarto do miocárdio aos 61 anos de idade, estando sepultado no Horto da Igualdade em Presidente Epitácio. Antônio Cândido de Melo, praça Antônio Cândido de Melo nasceu em 13/6/1907 na cidade de Jaú (SP). Era filho de Aureliano Cândido de Melo e Maria Francisca Correia. Ainda criança, com seus pais, foi morar em Santa Cruz do Rio Pardo (SP). Desde cedo trabalhou como boiadeiro, conduzindo gado pelo pantanal até a região de Sorocaba. Em 11/6/1942 casou-se com Clara de Oliveira Melo, cerimônia realizada em um navio, tendo os filhos Antônio Carlos, Maria Aparecida, Celina Creuza, Sebastião e Maria de Fátima, sete netos e oito bisnetos. Seu hobby era a leitura e professava a fé católica. Faleceu em 21/7/1987 de enfisema pulmonar. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Antônio Felisbino, rua Antônio Felisbino dos Santos, paulista, nascido em 1º/10/1918, filho de José Felisbino dos Santos e Venturosa Maria de Jesus. Vindo de família de boiadeiro e carreiro na região de Laranja Doce, Indiana (SP), no final dos anos 30 aprendeu a dirigir, foi motorista de jardineira na região de Presidente Prudente (SP) e caminhoneiro transportando cereais. Já em Pirapozinho (SP), nos anos quarenta, no período da segunda guerra mundial, trabalhou como empregado dos “Ychibi”, de origem japonesa, no transporte de mercadorias. Na década de 1950, volta a trabalhar na lida do gado. Foi proprietário de açougue, domador de animais e proprietário de comitivas. Neste mesmo período era sócio de seu cunhado Antônio Lázaro em duas comitivas, trabalhando no transporte de gado do pantanal mato-grossense, vindo para Presidente Epitácio, onde fixou moradia. Casou-se com Aparecida Anadão Santos, com quem teve cinco filhos; Antônio, Áureo, Anisio, Ari e Aldo, além de 10 netos e dois bisnetos. Antônio Felisbino, na época que era liberado, gostava de caçar e pescar. De religião católica, trabalhou muito na abertura de fazendas, foi muito tempo madeireiro, trabalhou 16 anos com 487
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transportes gerais. Gostava de relembrar seu trabalho com o gado, ajudando o seu pai, que tinha pequenas propriedades. O seu falecimento aconteceu, em 25/5/1998 de parada cardíaca, estando sepultado no Horto da Igualdade. Antônio Marcos da Costa, rua Antônio Marcos da Costa nasceu em 7/6/1968 na cidade de Presidente Epitácio. Eram seus pais Antônio Paulo da Costa e Dair Silva da Costa. Estudou até a 8ª série. Funcionário público contratado fazia parte dos jovens que trabalhavam com Ademar Dassie. Era segurança, motorista e executava atividades diversas. Gostava de pescar, e no período da Semana Santa ajudava na distribuição de peixes e no Natal, juntamente com outros companheiros, vestia-se de Papai Noel para ajudar na entrega de presentes. Era muito querido entre os amigos. Faleceu em 18/11/1989 e seu corpo foi enterrado no Horto da Igualdade de Presidente Epitácio Antônio Marinho de Carvalho Filho, praça Antônio Marinho de Carvalho Filho, rua Antônio Marinho de Carvalho Filho nasceu em 1882 na cidade de CearáMirim (RN). Muito cedo partiu para o extremo norte e viveu por 17 anos em Belém (PA). Rumou para o Rio de Janeiro (RJ) e depois para o estado de S.Paulo. Engajou-se na Empresa José Giorgi, vindo parar em Piquerobi (SP). Ali ouve falar no “Perobal” (atual Venceslau (SP)), onde veio a fixar-se. Foi prefeito de Venceslau (SP) no período de 1938 a 1941 e pela segunda vez em 1947. Residiu em Caiuá (SP). Lutou pela autonomia político-administrativa de Presidente Epitácio, vindo a ser seu primeiro prefeito em 1949. Nessa ocasião mudou-se para de Presidente Epitácio. No dia 27/3/1951 morreu em desastre de avião acontecido em Epitácio. Antônio Terêncio, travessa Antônio Terêncio - Tonicão, nasceu em Penápolis (SP) em 15/8/1929, sendo seus pais Vicente Terêncio e Paulina Torino. Casado com Dalvina Maria Amâncio teve as filhas Wanda e Evanilde. Residiu em Presidente Venceslau, depois se mudou definitivamente para a região do Campinal. Exercia a função de motorista de ônibus, trabalhando de domingo a domingo, conforme relata sua filha Evanilde. Ainda segundo Evanilde seu pai gostava de assistir aos jogos do Santos, seu time do coração, bem como de às tardes, depois do trabalho, encontrar-se com amigos para conversar e espairecer. Era uma pessoa muito calma. Terêncio faleceu dia 25/8/1994, tendo seu corpo sepultado em Presidente Venceslau.
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Antônio Venâncio Lopes, rua Antônio Venâncio Lopes nasceu em 15/5/1886 em Moimenta, distrito de Bragança, conselho de Vinhas- Portugal. Era filho de Graciliano Lopes e Maria da Conceição Lopes. De sua aldeia, veio para o Brasil em Sobral, região de Araraquara (SP), onde se estabeleceu no comércio de madeira. De lá veio para o “sertão” da época: Presidente Venceslau. Lá fundou a Chaves Lopes, um vilarejo destinado ao embarque de madeira em toras. Em 1936 mudou-se para Presidente Epitácio. Aqui continuou no comércio de madeira, estendendo suas atividades para a pecuária, agricultura e navegação. O barco Albatroz, de sua firma Irmão Lopes e Cia. Ltda. Realizava no rio Paraná o transporte de madeira. Construiu, também, a Serraria São José. Foi o fundador da Vila Maria (loteamento). Doou o terreno para a construção do primeiro Grupo Escolar, o atual 18 de Junho, tendo sido doado por ele, ainda, o terreno da Santa Casa. Não se casou, nem teve filhos. Faleceu em 4/5/1973 em Uva, Portugal. Está sepultado em Moimenta, sua terra natal. Ari do Armazém, rua Ariovaldo Brígida Ribeiro (Ari do Armazém) nasceu em Presidente Epitácio a 1º/02/1942, filho de Manuel Ribeiro Filho e de Joana Montanher Ribeiro. Aqui constituiu família casando-se com Hilda Gomes Silva e tendo três filhas: Claudia, Carla e Cássia. Ari cursou o antigo primário na Escola Rural de Presidente Epitácio, atual E. E. 18 de Junho; o ginasial no Ginásio Estadual de Presidente Epitácio, hoje E. E. Antonio de Carvalho Leitão; formou-se técnico de contabilidade pela Escola Técnica de Contabilidade de Presidente Epitácio e era bacharel em Direito pela Instituição Toledo de Ensino de Presidente Prudente. Desde garoto repartiu seu tempo entre os estudos e o trabalho. Foi vereador por duas legislaturas: a primeira de 1º/01/89 a 31/12/92, na qual foi vice-presidente da Câmara de 1º/01/1991 a 31/12/1992 e a segunda, de 1º/01/93 a 31/12/96, sendo presidente da Câmara Municipal de 1º/01/1993 a 31/12/1994. Pertencia ao Lions Clube de Presidente Epitácio, onde ocupou vários cargos. Foi membro da Loja Maçônica São João da Escócia IV. Depois pertenceu à Loja Maçônica Fraternidade Jacques de Molay de Presidente Venceslau. Lutou pela aprovação, instalação e funcionamento da Rádio Vale Rio Paraná, sendo um dos proprietários. Ariovaldo Brígida Ribeiro (Ari do Armazém), com seu alto espírito de filantropia, foi pessoa que sempre esteve à frente de atividades que o levavam a participar, desinteressadamente, de campanhas beneficentes a favor dos epitacianos. Faleceu aos 65 anos de idade, no dia 28/02/2007, vitimado infarto e seus restos mortais foram 489
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sepultados no Horto da Igualdade. Armando Puerta, rua Armando Puerta Rossati nasceu em 28/01/44 na cidade de Presidente Epitácio. Era filho de José Puerta e Maria Puerta Rossati. Estudou na escola isolada de Santa Cruzinha. Fez o primário. Trabalhou na Serraria Guanabara, Casadei e Sarraipa. Depois passou a trabalhar na Prefeitura como braçal. Casou-se em 23/12/1967 com Iraci Teixeira Rossati com quem teve o filho José Edson. Era católico. Gostava de jogar bocha. Morreu soterrado em 21/8/1969. Está sepultado no Horto da Igualdade. Artur Azevedo, rua Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo, nascido em 1855, foi dramaturgo, jornalista e escritor, destacando-se como autor teatral com mais de 70 peças abrangendo todos os gêneros, tendo como característica a crítica à sociedade brasileira do século 19. Faleceu em 1908. Artur Diederichsen, praça O Coronel Artur Diederichsen - Artur de Aguiar Diederichsen – era filho de Leopoldo Diederichsen (Kiel, Alemanha) e Francisca Carolina da Costa Aguiar de Andrade, bisneta de José Bonifácio, Patriarca da Independência do Brasil. Artur nasceu em Santos no dia 18/02/1860 e faleceu na cidade de São Paulo. Foi o primeiro intendente de Ribeirão Preto, em 1892, cargo este que em 1902 passou a ter a denominação de prefeito. Foi fazendeiro, industrial, coronel da Guarda Nacional (1891), além de deputado federal e um dos mais influentes líderes do PRP (Partido Republicano Paulista) de Ribeirão Preto. Casou-se com Adelaide de Araújo em 2/9/1887, com quem teve os filhos Francisco e Raul. Artur Diederichsen foi sócio de Francisco Tibiriçá, com quem formou a empresa Diederichsen &Tibiriçá, depois Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso, empresa destinada a construir uma estrada ligando o estado de São Paulo ao estado de Mato Grosso sendo que foi o Coronel Artur Diederichsen que contratou para administrar o projeto, o gerente das suas fazendas em Ribeirão Preto, o Capitão Francisco Whitaker. Atos Tizziani, rua Atos Tizziani nasceu na cidade de Jacarezinho (PR) em 8/12/1926. Tizziani casou-se, em primeiras núpcias, com Elvira de Sousa Tizziani com quem teve os filhos Marcos, Regina, Athos, Elizabeth, Sílvia e Domingos. Casado em segundas núpcias com Terezinha de Jesus Tizziani tiveram as filhas Michele e Luciane. Professor Secundário chegou a Presidente Epitácio em 1965, vindo de Presidente Prudente. Foi diretor do Colégio Estadual 490
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(hoje Escola Estadual Professor Antônio de Carvalho Leitão). Nessa época, no Distrito do Campinal, havia apenas o Grupo Escolar de 1ª a 4ª séries e Tizziani, como diretor do Colégio, contribuiu ativamente para que Epitácio melhorasse e ampliasse a área da educação escolar. Foi graças a seus esforços que se criou o curso Ginasial, de 5ª a 8ª séries, para a Escola do Campinal, hoje “Shiguetoshi Yoshihara”. Depois de ficar como diretor do Colégio Estadual, hoje “Leitão”, Atos Tizziani assumiu a direção do Ginásio Estadual de Presidente Epitácio, hoje Escola Estadual “18 de Junho”, tendo depois se removido para Campinas (SP). Faleceu aos 84 anos em Presidente Prudente no dia 14/4/2010. Augusto Vicentin, rua Augusto Vicentin nasceu em 1897 na cidade de Rio Claro (SP). Trabalhou na fazenda Santa Cruz do Cabral, como agricultor. Em Epitácio passou para o ramo de hotelaria, e seu primeiro estabelecimento foi o Hotel Rio (esquina da avenida Presidente Vargas com rua Belo Horizonte). Mais tarde tornouse arrendatário do Hotel Tropical. Casado com Maria Carrer teve os filhos Dalila, Pedro, Ovando, João, Valter, Maria do Carmo, Paulo, Ivone e Joana, além de 19 netos e 13 bisnetos. Faleceu em 4/02/1977 de câncer, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Basílio da Gama, rua José Basílio da Gama nasceu em São José do Rio das Mortes, hoje Tiradentes (MG) em 1740. Como estudava em colégio para formação de jesuítas, em 1759, com a expulsão dos mesmos do Brasil, foi para a Itália. Posteriormente, fez uso de sua lira para sobreviver. Seu traço marcante era a bajulação. Sua principal obra foi “Uraguai”, que relata a luta entre índios das Missões do Uruguai e o exército luso-castelhano. Basílio da Gama faleceu em 1795. Basílio Pereira do Amaral, rua Basílio Pereira do Amaral nasceu em 14/10/1913 na cidade de Teodoro Sampaio (BA), perto de Ilhéus (BA). Foi policial em Andradina (SP), até por volta dos anos 50, quando se mudou para Epitácio. Trabalhava na agricultura como arrendatário. Tinha a colaboração da família nas atividades da roça. Casado com Felícia Pereira de Aquina teve os filhos Izaias, Maria, Jaime, Luzia, Jorgina e José. Seu passatempo, quando dava, era a caça. Faleceu em 9/4/1974, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Benedito Roberto Marchini, rua Benedito Roberto Marchini, filho de Ângelo Marchini e Adélia Bordon 491
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Marchini, nasceu na cidade de Santa Cruz da Conceição (SP) no dia 7/12/1940. Fez o curso primário em sua cidade natal. Por volta dos seus 15 anos de idade começou a trabalhar em São Paulo. Depois, passou por Assis, Presidente Prudente e, finalmente, Presidente Epitácio, trabalhando, principalmente, no ramo de frigorífico e a maior parte no Frigorífico Bordon. Casou-se com Deolinda de Sousa Marchini, com quem teve as filha Marta e Marina. Morou na Vila Tibiriçá. Foi gerente e depois responsável pelo refeitório do frigorífico. Faleceu em 7/3/2005 e foi enterrado no Horto da Igualdade em Presidente Epitácio. Brasilina Fernandes da Costa, rua Brasilina Fernandes da Costa nasceu em 13/8/1913, na Fazenda, na região onde hoje se localiza o município de Santa Rita do Pardo, no vizinho estado do Mato Grosso do Sul. Filha de Eugênio Costa Freitas e de Maria Costa Freitas, sempre foi uma pessoa do lar, atenta aos serviços domésticos. O casamento aos 17 anos, com Manuel Fernandes Pimenta, marcou o início de uma geração de quatro filhos; Sebastião, Guilherme, Manuel e Antonia. Brasilina ficou viúva do primeiro casamento aos 25 anos e posteriormente casou-se com Lauicídio Custódio Mariano, relacionamento este que originou mais quatro filhos, Delcídio, Isabel, Adão e Antônio. Durante esse tempo sempre viveu em fazenda e trabalhando na roça. Logo após muda-se para Presidente Epitácio, nos finais da década de 1950, para trabalhar na lavanderia desta cidade, buscando alternativa para o sustento de seus filhos. Católica, destacou-se servindo ao apostolado durante o período de mais de 48 anos, sempre nos meios religiosos da Igreja Matriz. Somente deixou de participar do dia-a-dia da igreja católica após piorar o seu estado de saúde que concluiu com seu falecimento aos 84 anos de idade. Brasilina faleceu deixando seis filhos, 15 netos e 13 bisnetos, estando sepultada no Horto da Igualdade. Brigadeiro Faria Lima, rua José Vicente de Faria Lima nasceu em 1909 na cidade do Rio de Janeiro. Político foi prefeito de São Paulo no período de 1965 a 1969. Sua fama de bom administrador foi revelada inicialmente como diretor do Parque da Aeronáutica de São Paulo, quando ainda era militar da ativa, chamando a atenção do então governador Jânio Quadros que o convidou para presidir a VASP, na época, pertencente ao estado. A companhia aérea, que estava combalida, foi transformada em uma empresa eficiente. Diante desta façanha, Jânio convidou o Brigadeiro para ser Secretário de Viação e Obras Públicas, 492
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sendo confirmado no cargo por Carvalho Pinto quando este sucedeu a Jânio. A Prefeitura, de 1965 a 1969, foi o coroamento de sua carreira. Foi ele quem terminou a estruturação de São Paulo como metrópole industrial, um ciclo iniciado com o prefeito Pires do Rio (1926-30), e preparou a transição para a metrópole dos serviços, deixando um plano diretor. Atuante na área da Educação instituiu creche para crianças de zero a quatro anos. Na cultura, entre outras coisas, concluiu a construção do prédio do Museu de Arte de São Paulo, que teve sua inauguração feita pela rainha Elizabete. Faleceu em 1969 na cidade de São Paulo. Bruno Kreuz, rua Bruno Kreuz era gaúcho, nascido em 18/6/1921, na cidade de Santa Rosa (RS). Filho de Aluizio Kreuz e Maria Kreuz, veio para Presidente Epitácio no final da década de 50, mudando-se da cidade de Caiuá (SP) para Epitácio. Primeiramente sempre dedicado a família e trabalhador, Bruno para tratar de seus filhos, foi trabalhar como pescador no rio Paraná e gostava de recordar os bons momentos vividos à margem do grande rio. Posteriormente montou uma pequena serraria na Fazenda São Bento de propriedade da família Fontolan. Neste local trabalhou por alguns anos, até a sua desativação. Passou então a morar em Epitácio, vindo a montar uma pequena serraria, mais conhecida como Serraria Pica-Pau, de nome Boa Vista. Na época, a cidade abrigava um grande número de indústrias neste ramo de serviço, pois a madeira era fácil de ser adquirida na região. Trabalhou até o final da década de 1970, quando a crise na extração de madeira, já abalava todo setor e a madeira antes tão farta, já havia acabado por esta região. Um enfarto do miocárdio tirou sua vida em 23/6/79, poucos dias após ter completado 58 anos de vida, deixando viúva Hetvich Ferle Kreuz com a qual teve os filhos Gilberto Bruno, Gisela e Sonia Maria, além de oito netos. Bruno Kreuz está sepultado no Horto da Igualdade. Campos Sales, rua Manuel Ferraz de Campos Sales nasceu em Campinas no ano de 1841. Bacharel em Direito, foi líder republicano nas décadas de 1870 e 1880, além de deputado provincial em várias legislaturas, deputado geral em 1885, senador em 1891 e governador de São Paulo em 1896. Tornou-se presidente da República de 1898 a 1902. Enfrentou crises externas, conseguindo, entretanto, acordo com os credores internacionais, conseguindo equilibrar as finanças públicas. Foi presidente do Brasil no período de 1898 a 1902. Uma das realizações importantes de seu governo foi a restauração das finanças do 493
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país. Em seu mandato ocorreu a solução do problema de fronteira com a Guiana Francesa com respeito ao território do Amapá. Permaneceu na vida pública após a saída do governo, elegendo-se senador por São Paulo em 1909. Faleceu em Santos (SP), no ano de 1913. Carlos Alberto dos Santos, rua Carlos Alberto dos Santos, o popular “Toco” era epitaciano nascido no Porto Tibiriçá em 22/4/1932. Teve sua infância naquele bairro. Era filho de Carlos José dos Santos e Verônica Szücs dos Santos. O fato de ter nascido e criado no Porto Tibiriçá era motivo de orgulho para “Toco”. Ainda jovem foi jogador do E. C. Fluvial e também da A. A. Venceslauense, times tradicionais em Epitácio e região. O seu primeiro emprego foi no Serviço de Navegação da Bacia do Prata, trabalhando como escriturário no prédio onde hoje funciona a Associação dos Moradores da Vila Tibiriçá. “Toco” casou-se com Jaci Xavier Duque dos Santos e deste matrimônio nasceram seis filhos: Carlos Maurício, Élvio, Guilherme, Nilton, Dalmo e Natalino. Em matéria de trabalho, “Toco” junto com o seu sócio, “Espanhol”, foram proprietários do Bar do Espanhol, restaurante que se tornou famoso e tradicional na década de 1970 em Epitácio. Foi membro do Rotary Club, além de ter sido eleito vereador na década de 1960. O seu falecimento, aos 58 anos, ocorreu em 14/01/1991, vítima de aneurisma cerebral, estando sepultado no Horto da Igualdade. Carlos Gomes, rua Antônio Carlos Gomes nasceu em Campinas (SP) em 11/7/1836. Foi considerado o maior compositor das Américas no século 19. Filho de músico aprendeu a tocar cedo e com 20 anos já era professor de música. Aos 25 anos, compôs sua primeira ópera. Em 1870, na Itália, tornou-se famoso com sua ópera O Guarani. Faleceu em Belém no ano de 1896. Carlos José dos Santos, rua Carlos José dos Santos nasceu em 7/9/1904 na cidade de São José dos Campos (SP). Era filho de Antônio José dos Santos e Marta Maria da Conceição. Estudou em colégio de padres, não concluindo os estudos. Saiu de casa e trabalhou na cidade do Rio de Janeiro (RJ), como capataz. Posteriormente mudou-se para Presidente Prudente (SP) e depois para Epitácio, em 14/12/1921, com 17 anos. No princípio hospedou-se na pensão de Guilherme Borges, na rua São Paulo. Por intermédio deste foi trabalhar na Companhia Viação São Paulo Mato Grosso, depois Bacia do Prata, por 37 anos, onde começou como marinheiro, e após vários cursos, tornou-se 494
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Capitão Fluvial. Comandou o barco Rio Paraná e mais tarde o barco Capitão Heitor. Casou-se em 13/8/1929 com Verônica Szücs dos Santos, com teve os filhos Almerinda, Carlos Alberto, Esmeralda, Déa e Pedro. Deixou, ainda, 20 netos, 12 bisnetos e dois tataranetos. Gostava de seresta e futebol. Foi dono do cinema do Porto Tibiriçá. Era espírita, desenvolvendo a caridade. Aposentou-se no dia 21/8/1958. Seu falecimento se deu em 9/01/1966 de edema pulmonar. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Carlos Pires, praça Carlito Pires (Carlito Pires) nasceu em Caiuá aos 24/5/1935. Estudou em Caiuá, Presidente Venceslau e São Paulo. Em 1958, Carlito retornou ao interior de São Paulo e abriu seu próprio escritório de contabilidade em Presidente Epitácio. Casou-se, em 1960, com Maria José Avallone Pires e teve os filhos Olívia Helena e Marcos. Colou grau pela Faculdade de Direito de Presidente Prudente em 6/01/1966. A partir de então exerceu a advocacia. Carlos Pires foi eleito vereador de 31/01/73 a 31/01/77, ocasião em que presidiu a Câmara de 31/01/73 a 31/01/75. Foi vice-prefeito de 1º/02/77 até sua renúncia em 1º/5/1982. Atuou por muitos anos como Procurador Geral do Município de Presidente Epitácio. Foi, também, presidente da Loja Maçônica São João da Escócia IV no período 1981/1982. Deixou registrados na imprensa local e regional, inúmeros artigos e preciosas biografias dos nossos pioneiros, boa parte, de heróis anônimos. Faleceu em 19/11/2007 e está sepultado no Horto da Igualdade. Casimiro de Abreu, rua Casimiro de Abreu nasceu em Indaiaçu, São João da Barra (RJ), em 1839. Cursou as primeiras letras em Nova Friburgo, trabalhando posteriormente em casa comercial. Frequentador de rodas boêmias conviveu com artistas. Quando ficou doente, foi enviado a Portugal, onde escreveu a peça dramática Camões e Jaú. Publicou o livro de versos Primaveras. Vitimado pela tuberculose, veio a falecer antes dos 22 anos de idade, em 1860. Castro Alves, rua Antônio de Castro Alves, nascido em Cabeceiras, município de Muritiba (BA) em 1847, é considerado como um dos maiores poetas do romantismo brasileiro. Partidário do abolicionismo redige obras dando destaque ao tema que defende. Jovem, tem sintomas de tuberculose e em 6/7/1871, aos 24 anos de idade, vem a falecer em Salvador (BA).
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Chapéu de Couro, avenida Chapéu de Couro, praça A respeito de Raimundo Gomes dos Santos – Chapéu de Couro encarte do Jornal Especial da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo, revela que Presidente Epitácio guarda em seu cartório de Registro Civil uma preciosidade da atividade cartorária do Estado. Nessa serventia está o assento de nascimento de Raimundo Gomes dos Santos, popularmente conhecido como “Chapéu de Couro”, considerado por muitos anos como o homem mais velho do Brasil. “Quase não acreditei quando ele veio fazer o registro de nascimento. Ele tinha nada menos que 108 anos de idade e acho que precisava deste documento para dar entrada em alguma papelada nas fazendas da região”, lembra Jamile Kariche Noronha. (p. 8) Conforme recorda a Oficiala, Chapéu de Couro ao fazer seu registro de nascimento trazia apenas um documento, “uma carta de alforria lavrada em peça de linho”. Raimundo Gomes dos Santos, popularmente conhecido como Chapéu de Couro, nasceu em 23 de setembro de 1860 na cidade de Diamantino (MG). Era filho de José Gomes dos Santos e Flausina Gomes dos Santos, ambos originários de Angola-África. Com três anos de idade foi para a fazenda de João Floriano, onde ficou até 1888, com a libertação dos escravos. Teve sua carta de alforria lavrada em peça de linho. Morou em Ribeirão Preto (SP), trabalhando na Fazenda Onorias, da família Junqueira. Mudou-se para Barretos (SP), depois Bauru (SP), retornando a Barretos, num período de 40 anos. Casou-se com Encarnação Rodrigues e dizia ter tido nove filhos. Enviuvou e casou-se com Henriqueta Rodrigues, em casamento de conveniência, pois precisava de alguém para cuidar de seus filhos. Deste casamento teve quatro filhos. Falecendo esta, casou-se com Júlia Alves dos Santos e teve seis filhos. Em 1931 mudou-se para Epitácio. Teve terras, mas perdeu-as. Trabalhou transportando madeira por terra e água. Fez roçados e plantios, além de criar animais para sua subsistência. Era valente e não tinha medo de nada. As crianças gostavam dele. Andava sempre com seu FOTO 140
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inseparável chapéu de couro. Em 1988, centenário da abolição, Chapéu de Couro foi escolhido pelo Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, como símbolo do cartaz da Campanha de Comemoração dos 100 anos da Abolição. Foi homenageado, ainda em vida, com seu nome sendo dado a uma praça e a avenida em Presidente Epitácio. Tornou-se tema do samba enredo de escola de samba de Epitácio. Dorinda Barbeiro Assad, em depoimento pessoal, conta que seu pai, Manuel de Sousa Barbeiro começou a formar a Fazenda Lagoinha em 1929 e que nessa época Chapéu de Couro já trabalhava como carreiro no transporte de madeira da mata até a Estrada de Ferro Sorocabana - EFS -. Ainda segundo dona Dorinda, seu pai várias vezes lhe contou que naqueles tempos “enquanto os outros carreiros faziam uma viagem, Chapéu de Couro fazia duas, e que ele já aparentava ter idade avançada”. Faleceu em 21/9/1994, dois dias antes de completar 134 anos de idade. Foi sepultado no Horto da Igualdade.
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Cícero Costa, rua Cícero Costa nasceu em Pirajuí (SP), em 18/3/1932. Em uma de suas muitas viagens, veio conhecer a cidade de Presidente Epitácio, aos 16 anos, e acabou se apaixonando pela cidade. Como havia prometido aos novos amigos, aqui voltou aos 21 anos e dessa vez para ficar. O seu primeiro emprego foi no Armazém Boiadeiro Ltda. e depois em outros estabelecimentos comerciais da cidade. Casou-se com Maria de Lourdes Ferreira da Silva. Trabalhou na Caixa Econômica Federal por um período de 25 anos. Em 1985 aposentou-se e já tinha dois filhos e quatro netos. Seu passa tempo preferido era jogar truco e pescar com os velhos amigos. Era casado com Maria de Lourdes, tendo dois filhos, Cyro e Alfredo Arlindo e sete netos. Veio a falecer em 1993, vítima do quarto derrame cerebral. Claudomiro de Oliveira, rua Claudomiro de Oliveira, popularmente conhecido por “Miruca”, era filho de João Batista de Oliveira e dona Nair Nunes de Freitas e nasceu em 1939. Epitaciano do coração, era motorista aposentado, casado com Maria Ivone de Sousa Oliveira desde 7/12/1963. Desta união nasceram os três filhos do casal, Simone, Cibele e Cláudio, além de três netos. Músico e carnavalesco, “Miruca” adorava montar bandas de Carnaval. Alegre e versátil o mesmo tinha como hobby viajar por várias cidades do interior, sempre a procura de novas aventuras. Esportista por natureza o mesmo jogou bola durante sua juventude no famoso time da Epitaciana, somente não vindo a se profissionalizar por optar viver na sua pacata Presidente Epitácio. Torcedor fanático da Escola de Samba Unidos da Ribeira, “Miruca” e sua mulher tiveram uma participação efetiva na fundação desse grêmio. Embora não fosse cantor, fazia as vezes de músico quando necessário e não se importava em levar sua banda para se apresentar em cidades distantes, como por exemplo Navirai (MS). O sua morte se deu de maneira trágica aos 58 anos. No dia 27/01/97, quando se preparava para mudar para a cidade de Campinas (SP), foi atingido por projétil de arma de fogo, estando sepultado no Horto da Igualdade. Paulo Mato Grosso. Clóvis Pestana, avenida Clóvis Pestana, filho de Augusto Pestana e Virgínia da Fontoura Trindade, nasceu em Porto Alegre (RS) em 27/11/1904 foi um político brasileiro. Era engenheiro civil formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro e bacharel pela Faculdade de Direito de Porto Alegre. Como era de família envolvida na política, em 1945 foi prefeito de Porto Alegre. De 1938 a 1945 Clóvis Pestana 499
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foi diretor-técnico e diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Sul e, em 1946, secretário de Estado dos Negócios das Obras Públicas do Rio Grande do Sul. Seus conhecimentos levaram-no ao Ministério de Viação e Obras Públicas de 25/10/1946 a 30/3/1950, no governo de Eurico Gaspar Dutra. Como ministro esteve em visita a Presidente Epitácio no dia 18/6/1949. Voltou ao cargo de Ministério de Viação e Obras Públicas de 1º/02/1961 a 27/8/1961, no governo de Jânio Quadros. Clóvis Pestana foi, também, deputado federal pelo Rio Grande do Sul em 1950, 1954, 1958, 1962 e 1966. Atuou na vida pública, ainda, como ministro do Tribunal de Contas da União de 1969 a 1973. Faleceu em 8/5/2001 Cruz e Sousa, rua João da Cruz e Sousa, poeta simbolista, nasceu em Florianópolis (SC), filho de escravos, em 1861. Educado como filho pelos patrões, habituou-se ao luxo e à riqueza. Estudou no Liceu Catarinense, de renome internacional. Não sentia, nessa época, qualquer preconceito racial. Com a morte de seus protetores, teve que lutar pela subsistência, inicialmente lecionando e depois como Promotor Público. Casou com Gavita em 1893 e teve quatro filhos. Entre suas obras destacam-se Missal e Faróis. Faleceu de tuberculose em 1898. Davi Manuel dos Santos, rua Davi Manuel dos Santos nasceu em Serrita - PE em 17/5/1906, filho de Manuel Antônio dos Santos e Antonia Ana de Jesus. Até 1946 morou em Serrita, exercendo a atividade de lavrador. Em 1923 casou-se com Rosa Maria da Paz e teve os filhos Maria Rosa, Ivanira, Elisabeth, Antônio, Neuza, Otávio, José, Maria Aldenice, Luiza e João. Em 1946, com a mulher e os filhos Maria Rosa, Ivanira, Elisabeth, Antônio e Neuza, mudou-se para Presidente Epitácio indo morar na região do Campinal, onde continuou a trabalhar como lavrador, até se aposentar. Mas mesmo já aposentado não abandonou totalmente a lavoura até o dia que morreu. Gostava de conversar e contar piadas tanto em reuniões com amigos como com os filhos. Era pessoa considerada muito divertida e de conversa agradável. Faleceu aos 93 anos de idade, em 17/01/2000, tendo seu corpo sepultado no cemitério Horto da Igualdade de Presidente Epitácio. Dolores de Castro, rua Dolores de Castro Ruiz nasceu em 25/12/1910 na cidade de Granada, Espanha. Era filha de José Manuel Castro Moreno e Josefa Rui Rio. Veio ao 500
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Brasil quando tinha 12 anos e foram direto para Biriguí (SP). Depois foram para Guarantã (SP), quando se casou aos 18 anos com Martim Pereira. Depois se mudou para Piquerobi (SP) e em seguida para a fazenda Santa Cruzinha, finalmente chegando a Epitácio. Era parteira muito querida. Emotiva e sensível procurava ajudar a todos. Teve os filhos Maria, Josefa, Antônio, Helena, Manuel, Pedro e Dolores, além de 45 netos, 78 bisnetos e nove tataranetos. Faleceu em 26/4/1990 e foi sepultada no Horto da Igualdade. Domingos Ferreira de Medeiros, avenida Domingos Ferreira de Medeiros nasceu em 30/7/1905 na cidade de Conceição do Monte Alegre (SP). Era filho de Adão Ferreira de Medeiros e Josefa Ramira de Sousa. É um dos pioneiros da região, tendo sido pecuarista em Epitácio, onde produzia gado vacum de excelente qualidade. Foi casado com Eurídice Vieira de Medeiros, deixando os filhos Durval, Jair, Therezinha, Maria Miquelina, Sebastiana e José Joaquim. Em segundas núpcias com Nice de Moraes Terra Medeiros, teve a filha Nice Maria. Faleceu em 9/10/1996 em Presidente Prudente. Domingos Marinho, praça Domingos Marinho nasceu em 25/12/1907 na cidade paulista de Ribeirão Vermelho. Ainda pequeno perdeu os pais, Francisco Marinho e Antonia Marinho, sendo criado por sua tia Gertrudes, carinhosamente chamada de Vó Gertrudes. Sua vida não foi fácil. Foi com essa tia que Marinho teve o encaminhamento para seu aprendizado escolar, tanto na cidade de São Paulo, como depois em Itapetininga, onde veio a se formar farmacêutico em 1927 pela Escola de Farmácia e Odontologia de Itapetininga. Depois de formado, sua primeira atuação como farmacêutico foi em Salesópolis (SP). Com a revolução de 1930 Marinho foi deslocado para atuar no exército paulista na barranca direita do rio Paraná, na Porto XV de Novembro, onde a tropa acampou. Isto fez com que ele tomasse contato com a região e sua paixão por Presidente Epitácio nasceu, fazendo com que ele, em 1931, mudasse para Epitácio. Em 1932 participou da Revolução Constitucionalista como voluntário. Terminada a Revolução Constitucionalista, retomou sua atividade de farmacêutico com sua farmácia à rua São Paulo. Poucos anos depois o pai de Miracy Garcia Marinho (dona Moreninha), João da Costa Garcia, compra o Hotel Glória, que foi rebatizado como Hotel Garcia. O hotel ficava ao lado da farmácia de Marinho. Como este era solteiro, tornou-se hóspede do Hotel Garcia onde dona Moreninha ajudava seu pai. Dos primeiros contatos, 501
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inicialmente ela como proprietária e Marinho como hóspede, principiou o flerte e depois o namoro que em 9/5/1937 se transforma no casamento. Tiveram quatro filhos: Edy, Ulisses, Paulo e Marcos. As compras para a farmácia eram realizadas na Drogasil de Presidente Prudente, pois comprar de outro lugar tornaria proibitivo o preço final do produto a ser vendido em Presidente Epitácio. Dado ao caráter íntegro de Domingos Marinho, o mesmo, além de exercer sua profissão de farmacêutico, foi nomeado Juiz de Casamentos de Presidente Epitácio. Em 1944 fez parte da diretoria da Associação Comercial de Presidente Venceslau, também como representante de Presidente Epitácio. Outra ocupação que Marinho teve foi a de subdelegado em Epitácio. No dia 9/11/1947 foi eleito 1º suplente de vereador de Presidente Venceslau representando o distrito de Presidente Epitácio e, de 11/4/1948 a 26/3/1949, exerceu a função de vereador. Em 13/3/1949, na primeira eleição municipal de Presidente Epitácio, Marinho é eleito como vereador, compondo a primeira Câmara Municipal de Presidente Epitácio instalada em 27/3/1949. Mas as atividades de Marinho não foram somente estas. Além de farmacêutico, comerciante ativo, subdelegado, vereador e Juiz de Casamentos, ele também encontrou tempo para ser um dos batalhadores pela emancipação de Presidente Epitácio, da Comissão para Construção do Primeiro Grupo Escolar Epitaciano, Instalação da Energia Elétrica em Epitácio, presidente da Comissão para Construção da Igreja Matriz, bem como correspondente do Banco do Estado de São Paulo S.A. e correspondente do primeiro jornal a circular na cidade, O Diário de São Paulo. Sua paixão pela política o fez aproximar-se de Ademar de Barros, a quem hospedou diversas vezes em sua casa. Em 1968 Marinho aposentou-se da profissão de farmacêutico e pôde dedicar-se mais a outra de suas paixões: a pesca. Faleceu em 3/11/1984 e seu corpo foi sepultado no Horto da Igualdade em Presidente Epitácio. Dona Maria Bonita, rua Maria Júlia de Oliveira nasceu em 15/12/1889 na cidade de Salvador (BA). Era filha de Elisiário Pereira de Oliveira e Esperança M. de Oliveira. Conhecida como dona Maria Bonita, Maria Júlia veio a Epitácio no início dos anos 20, como cozinheira no Porto Tibiriçá. Exercia, também, a atividade de parteira. Investiu seus rendimentos em vários terrenos de Epitácio, vindo construir uma casa na esquina das ruas Maceió com Belo Horizonte. Conheceu Domingos Francisco dos Santos, vindo com ele a constituir família. Abriram um armazém de secos e molhados na esquina da rua Belo Horizonte com 502
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avenida Presidente Vargas. Teve um filho de criação, Leocádio. Maria Júlia faleceu no dia 1º/12/1982 em Presidente Prudente (SP), onde foi enterrada. Dona Pina, rua Dona Pina, como era conhecida Josefina Thomazoni Coser, nascida, em 1º/9/1900 na cidade de Alfredo Chaves (RS), morava em Passo Fundo (RS) quando se casou com Eugênio Coser em 1916. Teve três filhos: Maria Cecília, Ernesto e Ativica Lúcia. Álvaro Coelho vendia-lhes terras na região da Alta Sorocabana em 1926. Com isto, em 1927, a família se muda para Venceslau (SP). A partir de 1943, o casal passa a morar em Presidente Epitácio onde abre a “Casa Violeta” e, depois, nos anos 1950, muda-se de local e o estabelecimento passa a chamar-se “Casa de Comércio Coser e Filho”. O casal manteve o estabelecimento até 1960. Em 1961 dona Pina e sua filha Maria Cecília abrem o “Açougue Avenida” na avenida Presidente Vargas. A residência de dona Pina era ponto de estada de padres, bispo, amigos, visitantes importantes e do juiz de direito. entre seus notáveis serviços prestados a sociedade destacam-se: primeiro, em uma época em que o governo não dispunha de aparelhamento para dar assistência social, ela agia, durante sua vida, criando e cuidando de mais de uma dezena de crianças, dandolhes formação escolar, moral e profissional, isto com o mesmo carinho e atenção que tinha com seus próprios filhos e, segundo, levando em conta sua formação religiosa, durante muitos e muitos anos, oferecia para as crianças e às catequistas o café da manhã depois da missa de primeira comunhão. Nessas ocasiões, entre outras coisas, eram servidos leite, café, bolo, cuca (pão especial) e biscoitos. Dona Pina faleceu em 24/5/1978 estando sepultada no Horto da Igualdade. Duque de Caxias, travessa Luis Alves de Lima e Silva, militar e estadista, nasceu em Porto Estrela (RJ), em 25/8/1803. Sua vida militar foi das mais ativas, lutando contra os portugueses que negavam a Independência do Brasil. Participou da Guerra Cisplatina e da Guerra do Paraguai. Deu combate à revolução Farroupilha, à revolução da Balaiada, aos revolucionários em São Paulo e Minas Gerais. Galgou o mais alto que já existiu no Brasil, o de Duque, sendo intitulado Duque de Caxias. É o patrono do Exército. Faleceu em 7/5/1880. Edson Jacomossi, avenida Edson Jacomossi nasceu em 1º/01/1941 na cidade de Anápolis (GO). Era filho de Alfredo Jacomossi e Andalice Jacomossi. Formou-se na cidade de Uberaba (MG) em odontologia e exerceu na cidade de Anápolis (GO), por 503
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mais de 20 anos, a profissão de odontólogo. Casou-se em primeiras núpcias com Regina Fernandes e tiveram os filhos Ângelo Cesar e Thamy Regina. No início dos anos 1980 veio para o estado de São Paulo. Jacomossi, em 1987, com muita coragem, reabriu um poço perfurado em Presidente Epitácio pela Petrobrás em 1957 (3.953,5m de profundidade) e de lá fez jorrar águas quentes naturais a 70 graus Celsius. Construiu o “Parque Aquático Thermas de Epitácio”. Em Presidente Epitácio contraiu segundas núpcias com Elena Britez Mustafá. Em festivais de pesca de Presidente Epitácio, ele foi o primeiro a oferecer um carro zero quilômetro como premiação para a Miss Turismo. Foi empresário que com sua visão comercial, atividade enérgica e empreendorismo colaborou efetivamente para a elevação do município à categoria de Estância Turística. Viveu 69 anos e quatro meses. Nos últimos oito anos Jacomossi teve problemas de saúde agravados, ficando recluso em casa, onde faleceu em 19/5/ 2010 acometido por um AVE – acidente vascular encefálico. Eduardo Barreto, rua Eduardo Barreto nasceu em 18/10/1918 na cidade de Santo Antônio da Platina (PR). Era filho de Virgílio Barreto e Francisca Maria do Carmo. Trabalhou em Botucatu (SP) como feirante, comerciante e depois militar. Chegou a Epitácio por volta de 1954, atuando no ramo de comércio ambulante. Casou-se em 1951 com Terezinha Quirino da Silva, tendo os filhos Sônia, Dalila, Nilza e Cláudio, além de oito netos e uma bisneta. Seu passatempo era a música. Professava a religião católica. Faleceu em 29/3/1988, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Élio Gomes, avenida Élio Gomes (SPV 71), rodovia Élio Gomes, nasceu em 7/9/1936, em Presidente Prudente (SP), filho do pecuarista Nascimento Gomes e de dona Lídia Maria Gomes. Era Católico Apostólico Romano. Hélio residiu na cidade de Caiuá (SP), onde era piloto aviador e pecuarista. Trabalhou com uma equipe de amigos, elevando Caiuá à categoria de Município. Sempre militando na política, casou-se com Anna Furlan Gomes em 23/02/57. Tiveram deste casamento três filhos, sendo Sandra Cibele, Rosana Margarete e Hélio César. Ao falecer deixou, além da viúva e filhos, sete netos. Seu hobby era aviação e depois política. Sempre gostou de ajudar no social, por acreditar que o político tem esse dever. Em Epitácio participou ativamente da vida social e política. Foi dos mais atuantes na construção da Santa Casa local e seu provedor por muitos anos. Em 504
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1972 elegeu-se vice-prefeito e em 1976, prefeito, tendo governado por seis anos. Foi o criador da União dos Municípios do Pontal do Paranapanema Unipontal. Como prefeito, foi quem conseguiu junto ao Governador Paulo Egydio Martins, criar e instalar o Projeto Lagoa São Paulo. Era uma pessoa franca e um amigo leal. Gostava de cultivar amizades, e sempre teve um amor extremado por Presidente Epitácio. Nas eleições de 3/10/1996, foi eleito vereador pelo PFL com expressiva votação, mas não chegou a tomar posse. Quando vice-prefeito e prefeito desenvolveu relevante trabalho para o asfaltamento da estrada vicinal que liga Presidente Epitácio ao distrito do Campinal. Na ocasião o Campinal era bairro e precisava passar a distrito para o governador do estado fazer essa ligação. Como não podia perder a oportunidade, obteve no governo de Paulo Salim Maluf o asfaltamento da estrada vicinal que liga o Município de Presidente Epitácio ao de Teodoro Sampaio (SP) e dá conexão para o estado do Paraná. Fez essa opção, porque este trecho era de 100 quilômetros e, portanto mais importante, pois a estrada ligando o Campinal teria que ser em pouco tempo asfaltada. O que veio realmente a acontecer. A região do Campinal, com as agrovilas criadas no seu governo, sempre foi um ponto de referência do prefeito Élio Gomes. Faleceu no dia 23/3/1998. Atendendo seu desejo, foi sepultado no Horto da Igualdade em Epitácio. Emídio de Lima Pais, rua Emídio de Lima Pais nasceu na cidade de Pouso Alto (MG), em 12/8/1901. Eram seus pais Pedro de Lima Pais e Maria Gabriela Guimarães. Casouse, em Santo Anastácio (SP) no ano de 1928, com Maria Lopes. Mudou-se para Epitácio em 1935, onde teve a Pensão Mato Grosso, na rua São Paulo. Depois teve um bar. Foi, também, um dos primeiros charreteiros da cidade. Teve os filhos Pedro, Dirce, Conceição, Maria, Apparecida, Eurídice, João, Helena e Sebastião. Faleceu em 30/01/1974 de enfarto do miocárdio. Está enterrado no Horto da Igualdade. Emílio Mellado, rua Emílio Mellado Gomes de Mercado nasceu na Espanha, em 1912. Era filho de Pedro Mellado Lopes e Dolores Mercado Mellado. Chegou ao Brasil pelo Porto de Santos (SP), no início de 1937, fugindo da Guerra Civil Espanhola. Trabalhou inicialmente como “mascate” viajando pelo interior do estado, seguindo para a região oeste através da Estrada de Ferro Sorocabana, que era o único eixo de ligação existente na época. A cidade de Assis (SP) era tida como capital da Alta Sorocabana. Somente em 1939 é que os irmãos 505
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Mellado vieram a se instalar em Presidente Epitácio atraídos pela pujança da região, como a madeira e o gado que vinha do estado de Mato Grosso. Aqui adquiriram terras e construíram casas e salões, onde montaram uma loja de secos e molhados que era chamada La Tropical. Este estabelecimento ficava no cruzamento da avenida Presidente Vargas com a rua Belo Horizonte. Às tardes, gostava de reunir-se com Dr. Alberto e José Luiz Tedesco para o café durante o qual discutiam sobre os fatos do dia e política. Faleceu em maio de 1994 em Poços de Caldas (MG), de morte natural, em data não precisa. Era solteiro. Foi sepultado no Horto da Igualdade em Epitácio. Estevan Holpert, rua Estevan Holpert nasceu em 1889 na Iugoslávia. Eram seus pais João Holpert e Juliana Gyongi. Veio para o Brasil em 1929, desembarcando no porto de Santos, de onde foi para a Colônia Arpad. Montou o Estaleiro do Estevan na barranca do rio Paraná. Fabricava botes, chatas, lanchas e rebocador de madeira. Participou da construção da Igreja Matriz de Epitácio, trabalhava nas quermesses da igreja, mesmo sendo luterano. Casou-se com Catarina Morvay Holpert e teve os filhos Estevan, João, Kath, Helena, Ana, Luis e Américo. Deixou oito netos, 23 bisnetos e seis tataranetos. Faleceu de câncer nos pulmões em 22/11/1961. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Eugênia Gimenez Melgarejo, rua Eugênia Gimenez Melgarejo nasceu em Encarnacion- Paraguay, em 20/3/1915, filha de Benito Aldana e Maria Juliana Gimenez. Apesar de nacionalidade estrangeira, foi criada no Brasil, na cidade de Guaíra (PR). Mudou-se para Presidente Epitácio em 1956, para acompanhar o seu cônjuge, que nesta cidade veio morar, trabalhando na Companhia Mate Laranjeira, importante empresa do ramo de navegação fluvial na época. Dona Eugênia, como era carinhosamente tratada pelas suas conhecidas, dedicava-se a cuidar das atividades do lar e de seus filhos. Para ajudar o marido no sustento do lar, a mesma trabalhava nas horas vagas como costureira. Casou-se pela segunda vez, com Ramon Melgarejo no ano de 1966. Do seu primeiro casamento ela teve quatro filhos e do segundo seis filhos, tendo deixado 17 netos, 13 bisnetos e três tataranetos. Católica, tinha como hobby passear, fazendo visitas a parentes e amigas. Sempre trabalhando em sua casa como costureira, onde adquiriu um grande número de amigas e conhecidas, a mesma trabalhou até os 60 anos de idade, quando então se aposentou. Seu falecimento ocorreu em 15/10/1998, de parada cardiorrespiratória, estando sepultada no Horto da Igualdade. 506
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Eugênio Coser, rua Eugênio Coser nasceu em Bento Gonçalves (RS) em 5/10/1896. Em 1916 casou-se com Josefina Thomazoni (Dona Pina) e tiveram três filhos: Maria Cecília, Ernesto e Ativica Lúcia. Eugênio em 1926, e seus cunhados, conhecem Álvaro Coelho em São Paulo, de quem adquirem 500 alqueires de terras na região da Alta Sorocabana. Em 1927 mudam-se todos para Presidente Venceslau (SP). Eugênio Coser foi de Rio Capinzal (SC) até Venceslau, primeiro a cavalo e depois, a partir de Sorocaba (SP), em um vagão contratado da Estrada de Ferro Sorocabana – EFS - para levar os animais e arreios até Venceslau. Em 1943 o casal se muda para Presidente Epitácio abrindo a “Casa Violeta” à rua Belo Horizonte, quadra três. Eles ficam lá até mudarem-se para a esquina da avenida Presidente Vargas com Porto Alegre, onde estabelecem-se com a “Casa de Comércio Coser e Filho” nos anos 1950. Mantiveram o estabelecimento até 1960. A residência do casal era ponto de estada de padres, bispo, visitantes ilustres e juiz de direito. Um dos prazeres de Eugênio Coser era hospedar visitantes ilustres da cidade e ter amigos para fazerem companhia nas refeições. Eugênio Coser prestou, desinteressadamente, notáveis serviços sociais para Epitácio em uma época em que o governo não dispunha de aparelhamento para dar assistência social a seus munícipes mais necessitados. Durante sua vida ele criou e cuidou de mais de uma dezena de crianças em situação de risco social, fazendo que eles tivessem formação escolar, moral e profissional adequada, isto com o mesmo carinho e atenção que dava a seus próprios filhos. Estas crianças se tornaram cidadãos decentes e honrados graças a atitude benemérita de Eugênio Coser. Faleceu em 2/12/1974 estando sepultado no Horto da Igualdade. Eurico Gaspar Dutra, rua Eurico Gaspar Dutra, nascido em Mato Grosso no ano de 1883, era militar de carreira. Foi presidente do Brasil no período de 1946 a 1951. Seu mandato iniciou-se após a deposição de Getúlio Vargas, quando houve a restauração de democracia. Em seu governo foi elaborada nova Constituição, promulgada em 18/9/1946. Seu governo encerrou relações diplomáticas com a Rússia e fechou o Partido Comunista no Brasil. Dutra incentivou a construção de rodovias, entre elas a ligação entre Rio-Bahia e Rio-São Paulo. Em sua gestão foram iniciadas as obras da Hidroelétrica de Paulo Afonso, no rio São Francisco. Foi um período sem revoltas ou conturbações. Dutra faleceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1974.
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Expedito Shizuo Kuroce, rua Expedito Shizuo Kuroce nasceu em 24/4/1949 na cidade de Presidente Prudente (SP). Eram seus pais Issamu Kuroce e Mitisue Kuroce. Médico cirurgião geral formado pela Faculdade de Medicina de Valença (RJ) em 1977. Trabalhou no Rio de Janeiro (RJ) e veio para a região em 1979. Clinicou em Bernardes (SP), Mirante do Parapanema (SP) e Epitácio. Casou-se em 25/6/1977 com Mara Lopes Kuroce, no Rio de Janeiro, com quem teve três filhos: Natalie, Bianca e Diego. Gostava de viajar, cinema, teatro e leitura. Era católico. Morreu de acidente automobilístico em 3/5/1993. Foi sepultado no cemitério São João de Presidente Prudente (SP). Fagundes Varela, rua Luís Nicolau Fagundes Varela nasceu em Rio Claro (RJ), no ano de 1841. Casou-se com Alice Loande, com quem teve um filho, Emiliano. Antes de um ano, morrem ambos. Devido a isto escreveu Cântico do Calvário. Tempos depois, contraiu segundas núpcias com uma prima. Alcoólatra faleceu em fevereiro de 1875. Faustino Dias, rua Faustino Dias nasceu em 6/4/1911 em Santa Catarina da Serra - Portugal. Filho de José Dias e Maria do Rosário veio para o Brasil em 1934, em Santos (SP). Trabalhava com José Vicente Júnior, como encarregado no transporte de toras para Botucatu (SP) e São Paulo. Casou-se com Antonia Martins Herrera em 22/7/1935, com quem teve os filhos Antônio, José, João e Faustino Dias Filho. Tinha 10 netos e 11 bisnetos. Morreu de acidente na esplanada da Estrada de Ferro Sorocabana em 26/9/1944. Está enterrado em Presidente Venceslau (SP). Fernando Costa, rua Fernando Costa, nascido no estado de São Paulo em 1886, formou-se engenheiro agrônomo em 1907, com 21 anos. Bastante jovem iniciou-se na política, sendo prefeito de Piraçununga (SP) por mais de 15 anos. Em 1919 foi eleito deputado estadual e no ano de 1927 ocupou o cargo de secretário da Agricultura de São Paulo. Foi Ministro da Agricultura em 1937. De 4/6/1941 a 27/10/1945, ocupou o cargo de interventor federal do estado de S. Paulo. Fernando Costa morreu tragicamente em acidente automobilístico, perto de Campinas (SP), no dia 21/01/1946. Firmino de Oliveira, rua Firmino de Oliveira era natural de Rincão (SP), onde nasceu em 1917. Chegou em Presidente Epitácio no ano de 1951, estabelecendo-se como 508
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comerciante na rua Belo Horizonte com a Casa Violeta, de secos e molhados, adquirindo-a de Eugênio Coser. Antes disso foi comerciante em Presidente Prudente (SP), na Vila Marcondes. Durante mais de 30 anos, Firmino de Oliveira atendeu à população de Epitácio e região, primeiro com a Casa Violeta, depois com a Casa Santa Cecília, esta situada na Presidente Vargas esquina com rua Cuiabá. Durante muitos anos, atendeu com o varejo aos funcionários da Bacia do Prata. Nos ciclos áureos do algodão e da mamona, foi vendedor desses produtos para atacadistas em Presidente Prudente (SP). Na vida social, contribuiu para a fundação do primeiro clube de Presidente Epitácio, a Sociedade Filarmônica 27 de Março, e colaborava financeiramente com a banda musical do município. Era casado com Alzira Welffort e teve quatro filhos: Djalma, Paulo, Dalva e Darlene. Faleceu em 15/7/1987, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Francíner Ribeiro Soares, rua O jovem Francíner Ribeiro Soares nasceu em 10/4/1975 em Presidente Epitácio. Filho de Nereu Soares dos Santos e Margarida Ribeiro Soares. Francíner, como era tratado pelos amigos mais próximos, embora jovem sempre foi apegado ao trabalho e aos estudos. Cursava o segundo ano de direito na Faculdade Toledo de Ensino em Presidente Prudente (SP). Trabalhou no grupo da Navegação Mecca S/A nessa cidade, por aproximadamente dois anos. Quando do seu falecimento era funcionário público municipal e trabalhava no Conselho Tutelar das Crianças e Adolescentes. Tinha como Hobby ouvir música durante suas horas de folga. Morreu aos 18 anos em acidente rodoviário na Rodovia Raposo Tavares, junto com mais três amigos. Seu corpo encontra-se sepultado no Horto da Igualdade. Francisco Alves dos Santos, rua Francisco Alves dos Santos nasceu em 15/3/1938 na cidade de Serra Talhada (PE). Era filho de Izaias Alves dos Santos e Ana Generosa dos Santos. Lavrador desde menino, nos anos 50 muda-se para Pederneiras (SP) e em 1964 passa a trabalhar na Fazendinha, no Campinal. Foi arrendatário e depois passou ao ramo de transporte escolar. Gostava de jogar bilhar. Era pessoa muito ligada à política em sua comunidade. Faleceu em 26/11/1991 de câncer, sendo sepultado em Venceslau (SP) Francisco Tolentino da Silva, rua Francisco Tolentino da Silva nasceu em 21/01/1910 na cidade de Santo Sé (BA), filho de Tolentino Paulo da Silva e Maria Zeferina da Silva. Trabalhava em embarcações à vela no rio São Francisco. Casou-se em 1º/4/1932 com 509
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Maria Francisca de Brito Silva, tendo oito filhos: Walter, Jair, Agnelo, Margarida, Aurelice, Bartolomeu, Natalício e Flávia. Em 1952 veio trabalhar no Porto Primavera como cortador de lenha para manutenção da caldeira. Em seguida mudou-se para Epitácio em 25/12/1952 para trabalhar no vapor Capitão Heitor, exercendo várias funções, desde cozinheiro, barbeiro (codinome Chico Barbeiro) e auxiliar marinheiro. Teve 15 netos e quatro bisnetos. Faleceu de câncer no fígado em 29/10/1961, estando sepultado no Horto da Igualdade. Francisco Whitaker, praça Vide biografia no Capítulo 2, item 2.6 - Dados do fundador Frederico Consolin, avenida Frederico Consolin, natural de Ribeirão Claro (PR), nasceu em 19/3/1924, filho de Pedro Consolin e Antonia Consolin. Neto de imigrantes italianos, inicialmente foi lavrador, gerente das Lojas de Móveis Cimo de Londrina (PR). Mudando-se para Epitácio, em meados dos anos 1960, vindo de Londrina (PR), estabeleceu-se com o Bar do Ponto. Depois passou ao ramo de caça e pesca. Foi fundador de vários clubes da cidade, como a AA Epitaciana, Filarmônica e Camping. Tornou-se presidente da Guarda Mirim, tesoureiro da Santa Casa e depois provedor da mesma, exercendo estas funções graciosamente. Faleceu dia 3/9/1994 em Epitácio, estando sepultado no Horto da Igualdade. Fukuso Uesuki, rua Fukuso Uesugui nasceu em 1/01/1911 na cidade de Myasaki - Japão. Era filho de Katuso Uesugui e Kuni Uesugui. Veio ao Brasil por volta de 1930, chegando em Santos, depois Marília (SP) e finalmente na região do Campinal, em Epitácio, na década de 1940. Casou-se no Brasil com Tomiko Uesugui, com quem teve a filha Fumiko, além de três netos. Sempre foi agricultor. Foi o primeiro casal que chegou na região do Campinal. No início a família plantava, no Sítio Fukuso, amendoim, milho, batata, arroz, feijão. Depois se dedicou ao plantio de soja. Era budista. Gostava de pescar, e os melhores exemplares Fukuso colocava-os para criar em uma lagoa que fez em sua propriedade, um verdadeiro aquário gigante, todo ornamentado com pedras que ele encontrava no rio Paraná. Faleceu em 5/7/1981 de ataque cardíaco, sendo sepultado em Venceslau. Gaudêncio Gomes Ferreira, rua Galdêncio Gomes Ferreira nasceu no dia 16/9/1939 em Presidente Venceslau e era filho de Manuel Gomes Ferreira e Amélia Fagundes Ferreira. 510
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Com 16 anos mudou-se de Venceslau para Mariápolis (SP), trabalhando em Flórida Paulista, onde conheceu Isaura de Freitas Marques, com quem se casou em 1960, tendo os filhos Nilton, Mônica e André. O filho Nilton nasceu em Londrina (PR). De Londrina, Ferreira mudou-se para Presidente Epitácio em 1963 onde trabalhou nas serrarias dos Guímaros e da Somaco. Em seguida foi trabalhar na Navegação Mecca S/A. Saindo da Mecca Exerceu a função de gerente Comércio e Navegação Alto Paraná Ltda, depois denominada Nav-Tur Navegação e Turismo Ltda por 15 anos. Com a ida do navio Epitácio Pessoa para Barra Bonita (SP) Ferreira passou a trabalhar no escritório da Prefeitura Municipal de Presidente Epitácio onde permaneceu por quatro anos, até seu falecimento em 28/01/1989. Seu corpo encontra-se sepultado no Horto da Igualdade. Gerônimo Ribeiro, rua Pernambucano de Petrolina, Gerônimo Ribeiro nasceu no dia 21/6/1920. Eram seus pais Manuel Ribeiro e Jovita Ribeiro. Quando tinha oito anos de idade seus pais mudaram-se para o local chamado Fazenda Brasileira, onde atualmente há a cidade de Paranavaí (PR). Aos 18 anos de idade, em 17/12/1938 ingressou na Polícia Militar em São Paulo. Assim frequentou a Academia de Soldado, em Sorocaba. Inscreve-se no 7° Batalhão de Caçadores, com sede em Sorocaba, objetivando ser designado para atuar em Presidente Prudente, o que aconteceu após a conclusão da Academia. Sua baixa foi por conclusão de tempo em 16/12/1946, com ótima conduta. Em seguida resolve estabelecer-se em Presidente Epitácio, onde com 26 anos de idade começou a trabalhar no comércio, abrindo um Bar e Restaurante na esquina da rua Porto Alegre, quadra quatro, com a rua Fortaleza, quadra dois no dia 2/01/1947. A partir de então começa sua trajetória ligada à vida de Presidente Epitácio. Gerônimo Ribeiro conta que o distrito de Presidente Epitácio tinha uma vida intensa e movimentada, o que não era visto com bons olhos pela cidade de Presidente Venceslau, pois com o progresso epitaciano um movimento separatista inevitavelmente surgiria em seguida. Os descontentes em Epitácio eram muitos. O clamor dos moradores contra o descaso para com o distrito se fazia sentir. Moradores se organizam visando transformar o distrito em município e entre eles está Gerônimo Ribeiro. Afinal deflagrase luta acirrada pela autonomia político-administrativa que culmina com a Lei 233 de 24/12/1948 tornando Presidente Epitácio município. Alguns dos líderes do movimento se reúnem em frente ao estabelecimento de Gerônimo Ribeiro e, mesmo na rua, decidem sobre quem seria o candidato a prefeito 511
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e quais seriam os candidatos a vereadores. No dia 13/3/1949 há eleição do prefeito e dos vereadores, os quais são empossados dia 27 do mesmo mês. Nessa ocasião Gerônimo Ribeiro toma posse como vereador eleito pelo PTB, ao qual é filiado desde a fundação do partido. Quanto a isto, é fato público e notório que Gerônimo Ribeiro sempre foi getulista de quatro costados, tendo Getúlio Vargas como maior ídolo. Dada sua vocação para a política, Gerônimo Ribeiro candidata-se a prefeito e se torna o 5º prefeito de Presidente Epitácio, no período de 27/3/1953 a 13/3/1957. É como prefeito que Gerônimo Ribeiro em 1953 consegue para a Prefeitura o terreno anteriormente destinado ao 2º Regimento de Cavalaria por Antônio Mendes Campos Júnior através de seu procurador Álvaro Antunes Coelho. Isto porque a quadra estava desocupada desde 1930, ou seja, há 23 anos. Ali, inicialmente após desmontar as antigas instalações e doar os materiais aos pobres, Gerônimo Ribeiro constrói, na esquina da rua Belo Horizonte, quadra sete com rua São Luís, quadra um, o Posto de Puericultura - para atendimento de crianças -, ao qual é convidado e comparece à inauguração o jornalista Assis Chateaubriant. Gerônimo Ribeiro sempre ressalta que em sua administração havia muita falta de verba e tinha que trabalhar com um orçamento reduzidíssimo. “O que valia ao município eram as doações de empresários e voluntários”, conta Gerônimo Ribeiro. Em sua gestão, entre outras obras, construiu um prédio de madeira na rua Florianópolis, quadra 17, onde hoje está a Escola Municipal de Educação Fundamental Professor Valdir Romeu da Silveira, para funcionamento da Escola Estadual. Construiu, ainda, a nova Prefeitura e o estádio de futebol com madeira doada por empresários. “Estradas são as veias e a cidade coração”, assim pensava Gerônimo Ribeiro. “Aqui só tínhamos trilheiros e picadas e isto tinha que ser mudado. Estradas tinham que ser feitas”, completava ele. Desta forma, para cumprir um de seus compromissos da campanha eleitoral, para resolver o problema de ligação de Epitácio com o Campinal, fez a estrada ligando esses dois pontos. Mas Gerônimo Ribeiro conta que isso não foi fácil, pois tinha que vencer a resistência de fazendeiros que não queriam a estrada passando por suas propriedades. Desta forma tomou a medida que achou ser a única possível nessa ocasião: foi a São José do Egito – Pernambuco, e recrutou trabalhadores destemidos e valentes os quais executaram “no braço” a estrada, pois os moradores de Presidente Epitácio recusavam-se a trabalhar na referida obra. A ponte sobre o Córrego do Veado foi construída, na época, também de madeira doada. Em relato de Gerônimo Ribeiro, ele contou que recebeu ajuda de muitos empresários, mas seu agradecimento especial fica 512
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para o colaborador e empresário Augusto Alves. “Como naquela época tudo estava cru e necessitava de firmeza nas atitudes, eu tinha que governar sempre acompanhado de meu revólver, quando não com dois revólveres. A situação exigia isso, afinal eu não vim de Sorocaba para dar carta de valente a cabra safado nenhum” afirma Gerônimo Ribeiro. Passagem que demonstra esse seu modo de agir pode ser encontrada na Câmara Municipal de Presidente Epitácio consultando-se no livro de Ata número dois a Sessão do dia 20/11/58 quando Gerônimo Ribeiro era vereador. Nessa ocasião, ao pedido para que os vereadores se abstivessem de comparecer armados às sessões, Gerônimo Ribeiro declarou no plenário da Câmara, ficando constado na referida ata, que “vem e virá armado, não tendo que dar satisfação à mesa dos seus atos como cidadão e que quem manda em seu revólver é sua cinta” (p. 41). No último ano de seu mandato teve que trabalhar sob a resistência cerrada da oposição na Câmara Municipal, mas mesmo assim fez seu sucessor na Prefeitura. Foi em sua época que se implantou o serviço de telefonia em Presidente Epitácio. Após sua gestão Gerônimo Ribeiro elegeu-se novamente vereador (1957 a 1961) e continuou a trabalhar por Epitácio, como colaborador na gestão do prefeito Temístocles Maia e depois como secretário de Obras do prefeito Élio Gomes, sempre mantendo contatos com políticos de São Paulo e do Rio de Janeiro, entre eles os presidentes Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros, isto através de viagens que fazia normalmente pela Vasp, empresa que mantinha voos regulares ligando Epitácio a São Paulo e outras localidades. Gerônimo Ribeiro casou-se com Antonia Cavalcanti Ribeiro, com quem teve os filhos Edjalma e Maria Aparecida. Em segundas núpcias casou-se com Laura Xavier Ribeiro, tendo os filhos Robson, Janick e Gerônimo Filho. Aposentado, Gerônimo Ribeiro reside em Presidente Epitácio. Gonçalo Miranda, rua Gonçalo Miranda nasceu em 6/9/1911 na cidade de Espírito Santo do Turvo (SP). Era filho de Joaquim José Miranda e Antonia Claudina Miranda. Veio a Epitácio em 1953 e era sitiante, lidando com lavoura. Casou-se em 17/6/1933 com Olívia Felix da Silva, com quem teve os filhos Gildo, Arlindo, Alécio, Luis, João, Hebe, Vera e Elza, além de 20 netos e um tataraneto. Faleceu em 22/8/1978 e foi sepultado no Horto da Igualdade. Guilherme Borges dos Santos, rua Guilherme Borges dos Santos nasceu em Malhada (BA), no ano de 1905. Ainda jovem, na década de 1920, veio para trabalhar na construção da Estrada de Ferro Sorocabana que estava em Santo Anastácio (SP). Casou513
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se com Manuela Borges dos Santos. Após seu casamento, sua atividade em Epitácio foi hotel e armazém. Prosperaram como comerciantes, mas ele gostava do rio então passou a trabalhar embarcado na Cia. Viação São Paulo Mato Grosso, residindo no Tibiriçá. Guilherme Borges, quando Juarez Távora chegou a Epitácio, acompanhou-o até o Paraguai. Guilherme Borges foi vereador do distrito de Presidente Epitácio, de 31/7/1936 a 10/11/1937, na câmara municipal de Presidente Venceslau. No período da Segunda Guerra, foi designado para ser chefe da seção de Transportes da empresa CIMA, em Indiana (SP), porém, com o falecimento da filha, voltou para Epitácio. Foi um dos que lutaram pela autonomia politicoadministrativa de Presidente Epitácio. Teve grande atuação política, inclusive sendo eleito vice-prefeito na gestão de Gerônimo Ribeiro. Político ativo e dinâmico era pessoa muito querida em sua época. Com sua mulher, Manuela Borges, teve outras atividades, em Epitácio, como hotel e armazém. Prosperaram como comerciantes, tendo sido, inclusive, agente do Banco do Brasil em Epitácio. Quando faleceu em 1974 estava residindo na cidade de Presidente Prudente (SP), onde foi sepultado. Gustavo Domke, reta Gustavo Domke nasceu em Hoesel-Alemanha no dia 19/5/1915. Era filho de Hermann Domke e Klara Domke. Casado com Hedwig Magdalena Domke tiveram os filhos Manfred, Hedwige, Gertrudes, Horst, Helga e Irene. Mudou-se para Epitácio por volta de 1947. Primeiro puxava madeira provenientes das derrubadas das matas. Depois passou a transportar madeira desembarcada pelos guindastes. Isto era feito para a Mate Laranjeira e outras empresas, sendo que o destino da madeira era a esplanada das serrarias e a Estrada de Ferro Sorocabana. Era motorista querido na cidade. Faleceu em 21/10/1986. Gustavo Weber, reta Gustavo Weber Filho nasceu em Nova Sarata/ Romênia, em 20/4/1920. Seu pai era Gustavo Weber e sua mãe Maria Weber. Casou-se em São Paulo com Maria Müller Weber, com quem teve o filho Walter, duas netas e uma bisneta. Veio para Epitácio em 1948. O churrasco para comemorar a primeira eleição para prefeito de Epitácio, foi no quintal de sua casa, à rua Cuiabá, quadra quatro. Era motorista de caminhão para transporte de madeira para José Vicente. Depois foi motorista de táxi e em seguida funcionário público municipal na qualidade de motorista. Era evangélico. Faleceu em 4/02/1975 de enfarto do miocárdio, sendo enterrado no Horto da Igualdade. 514
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Helena Meireles, praça Helena Pereira da Silva Meireles (Helena Meireles) nasceu dia 13/8/1924 na fazenda Jararaca, na antiga estrada Boiadeira que, acompanhando o rio Pardo, ligava Campo Grande ao Porto XV de Novembro, ambas as cidades no estado do Mato Grosso do Sul. Seus pais eram Ouvidio Pereira da Silva e Ramoina Vaz Pereira. Lucy Dias conta que Meireles, com nove anos de idade, pediu ao tio para tocar violão. Mesmo contra a vontade dos pais Meireles continuou tocando, isto em uma época em que as mulheres, impedidas de fazer uma série de coisas, tinham que se vestir para cobrir o corpo todo, dentre outras ações preconceituosas. Por volta de seus 15 anos fugiu de casa. Teve 11 filhos, cujos partos foi ela mesma quem fez e deu quase todos para outras pessoas criarem. Relatava que tocou em Epitácio, mas depois, “sumiu” por 32 anos. Seu sobrinho, Mário de Araújo, mandou uma fita com três músicas e uma carta para o editor da Guitar Player. Mário Araújo, no folheto que acompanha o CD Helena Meireles, escreve que as músicas da violeira atraíram para a mesma o prêmio Spot-light Artist (revelação) da revista Guitar Play, em novembro de 1993. Araújo destaca que a artista foi incluída entre “as 100 mais da publicação, em meio a nada mais nada menos que aquelas de idolatrados roqueiros, jazzistas e bluesmen, entre os quais Eric Clapton, Jeff Beck, George Benson, Steve Ray Vaughan, Keith Richards e John McLaughlin.” Entre 1996 e 2000 Helena Meireles residiu em Presidente Epitácio, sempre divulgando o nome de Epitácio por onde se apresentava. Foi uma das pessoas que fez com que o nome de Presidente Epitácio tivesse divulgação por todo o Brasil durante o período que residiu na cidade. Mesmo depois, sempre que podia, ela divulgava Epitácio. Helena Meireles faleceu aos 81 anos, de complicações decorrentes de uma pneumonia, em 28/9/2005, após duas semanas de internação na Santa Casa de Campo Grande (MS). Hélio Antônio Marques, rua Hélio Antônio de Araujo Marques, conhecido por “Marcão Rodoviário”, paulista de Botucatu, nascido em 30/12/42, era filho de Antônio de Araujo Marques e Raquel Marques. Antes de mudar-se para Presidente Epitácio, deixou sua casa aos 18 anos de idade para residir em Santos (SP), onde foi prestar o Serviço Militar, engajado na PM de onde logo se transferiu para a Polícia Rodoviária que era sua preferência. Veio para esta cidade no ano de 1966, onde conheceu Euridice Pereira Paccas, com quem se casou. Tiveram dois filhos, Hélio e Hamilton. Marques era apaixonado pelo futebol, principalmente pelo time do Beira Rio, muito divertido, tinha como religião 515
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a Católica Apostólica Romana, durante 30 anos. Faleceu em 27/02/1998, de câncer. Está sepultado no Horto da Igualdade. Henrique Nicolino Rinaldi, praça Henrique Nicolino Rinaldi, filho de Henrique Rinaldi e Feliciana da Conceição nasceu na cidade de Rezende (RJ) em 19/11/1900. Sua família mudou-se para São Paulo, onde ele estudou formando-se farmacêutico. Casouse com Batistina de Carvalho. Inicialmente o casal morou em Cerqueira César (SP). Em 1915 mudou-se para Santo Anastácio (SP), onde nasceram os filhos Wilson, Ione, Iracema, Rubens, Ivone e Vanda. Na cidade, além da Farmácia da Fé, Rinaldi tinha o cinema. Não bastasse isso, era o titular do Cartório de Registro Civil de Ribeirão dos Índios (SP) e correspondente de jornais. Participou ativamente das revoluções de 1924 e 1932. Ligado à vida política, mesmo não exercendo nenhuma função política, sempre procurou trazer melhorias para a cidade, isto atuando ativamente junto às representações políticas da Câmara Municipal. Dentre as muitas coisas que fez, tem-se seu trabalho obtendo a doação de terreno para a construção da Igreja Matriz de Santo Anastácio e a colaboração com a Saúde e Educação do município. Rinaldi participava de grupo teatral e gostava de caçar e pescar, isto o levou a passar sempre por Presidente Epitácio, que passou a interessá-lo. Em 1946 mudou-se para Epitácio onde montou a Farmácia Humanitária, e nas ocasiões em que a pessoa não tinha dinheiro para pagar os remédios, Rinaldi dava a medicação de graça para que o tratamento não fosse interrompido. Como farmacêutico preocupava-se com a implementação das campanhas de vacinação em Epitácio. Certa feita, durante uma viagem de trem, teve que fazer um parto de urgência, mesmo não sendo médico ou parteiro. Já em sua época ele tinha cuidado com o meio ambiente, sendo, verdadeiramente, um ecologista, que segundo informado por sua filha Vanda, foi considerado colaborador emérito do Instituto Butantã pelo envio de ofídios que fazia àquele órgão. Um de seus hobby era a fotografia, cujos negativos ele mesmo revelava. Em Epitácio também era membro ativo nas atividades da igreja católica, tendo ajudado, por exemplo, na organização da campanha para construção da Igreja Matriz. Henrique Nicolino Rinaldi faleceu dia 26/11/1961, sendo seu corpo sepultado no Horto da Igualdade em Presidente Epitácio. Herculano de Oliveira, rua Herculano de Oliveira nasceu em 10/10/1910 na cidade de Pilão Arcado (BA). Era filho de Antônio José de Oliveira de França e Laurentina Juliana. 516
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Em sua cidade natal trabalhava como padeiro. Primeiramente mudou-se para Jupiá (MS), passando a trabalhar como pescador. Chegando a Epitácio, tornou-se marinheiro, para galgar os diversos postos, aposentando-se, em 1961, como chefe de máquina - Oficial da Marinha Mercante. Em 9/5/1937 casouse com Maria Carlos de Oliveira. O casal criou vários sobrinhos, sobrinhas e afilhados. Viveu muito tempo em Porto Tibiriçá. Faleceu em 31/10/1980 de enfarto do miocárdio, tendo sido sepultado no Horto da Igualdade. Hermes Martins, rua Hermes Martins Ferreira nasceu em 8/10/1937 na cidade de Floresta do Navio (PE), era filho de José Martins Ferreira e Maria Alexandrina Ferreira. Seu pai era sitiante em Floresta do Navio (PE), cidade em que Hermes cursou o primário. Em Barreiras (BA) fez o ginásio e o colegial. Querendo continuar seus estudos Hermes prestou vestibular para medicina no D. Pedro II do Rio de Janeiro. Cursou o 1º ano, mas desistiu por ver que não era essa a sua vocação. Muda-se para Presidente Epitácio em 1960. Hermes, após fazer o curso de matemática, química e física na faculdade em Prudente e Tupã, foi em Epitácio: professor de matemática no Colégio “Leitão” e no “18 de Junho”; criador, em 1962, da primeira escola de samba de Epitácio, a “Unidos do Tibiriçá”; cronista social do jornal A Fronteira e vereador de 31/01/1973 a 31/01/1977 e vice-presidente da Câmara Municipal de 31/01/1973 a 31/01/1975. No ano de 1984 foi um dos formadores dos blocos carnavalescos “Unidos da Raça” e “União da Ribeira”, os quais, em 1985, se transformam na “Unidos da Ribeira”. Era membro ativo da Festa dos Pretos, e organizador de bailes e festas. Gostava de cantar. Situa-se entre as pessoas que, com sua atitude dinâmica e constante, procuravam implementar as atividades sociais na cidade. Foi um dos formadores de blocos carnavalescos, os quais, depois, se tornaram escola de samba e cujos desfiles atraem turistas que desejam passar o carnaval em local especial. Ele faleceu em 5/01/2001 e está sepultado no Horto da Igualdade. Horita Massafume, rua Horita Massafume nasceu em 3/11/1917 na cidade de Lins (SP). Criado em Presidente Prudente (SP), lá trabalhou como contador e depois comerciante. Casou-se com Elvira Peretti Horita, com quem teve os filhos Maria Célia, Edson, Sérgio e Frank. Em 1959 mudou-se para Epitácio, vindo a estabelecer-se na rua São Paulo, quadra quatro. Exerceu a atividade de comerciante até aposentar-se. Muito ligado a família e ao trabalho, era 517
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também maçom. Faleceu em 18/8/1979, vindo a ser enterrado no Horto da Igualdade. Iassumi Miyasaki, rua Iassumi Miyasaki nasceu em 25/10/1926 na cidade de Ibirá (SP). Era filho de Yassukiti Miyasaki e Shio Miyasaki. Veio a Epitácio em janeiro de 1956 e montou máquina de beneficiar arroz na rua Antônio Marinho nº 8-85. Depois, em 1963 passou a ter comércio de materiais de construção. Casado com Margarida Matsue Miyasaki teve os filhos: Marina, Salvador, Eide, Eika, Haito, Aiko e Edna. Deixou 16 netos. Gostava de beisebol, e quando jovem praticou atletismo. Era budista. Morreu no dia 20/5/1987 de ataque cardíaco. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Iracema Carvalho de Noronha, rua Iracema Carvalho de Noronha nasceu em 18/3/1913 na cidade de Silveira (SP). Era filha de Manuel da Silva Carvalho e Balbina Generosa da Silva. Casada com Agenor Noronha teve os filhos Janete, Leo e Ivan. Inicialmente morou em Santo Anastácio, Piquerobi e Avaré, todas cidades de São Paulo. Serventuária da Justiça, sempre procurou participar da vida política da cidade. Foi uma das batalhadoras pela autonomia politicoadministrativa de Presidente Epitácio. Faleceu em 2/02/1975 de câncer, sendo sepultada no Horto da Igualdade. Irandi Marmol Gomes da Silva, rua A Professora Irandi Marmol Gomes da Silva era nascida na cidade de Presidente Venceslau (SP), no dia 15/4/1951, filha de Manuel Marmol e Maria Gonçalves Marmol. Formada no curso de magistério da Escola Normal de Presidente Venceslau, no ano de 1970, a mesma lecionou nos municípios de Rosana, Teodoro Sampaio, Marabá Paulista, todos do estado de São Paulo, até 1976, quando ingressou no serviço de saúde em Teodoro Sampaio e posteriormente transferindo-se para Epitácio. Em 1977, chegou a Presidente Epitácio, casada com o soldado da PM, Maurílio Gomes da Silva, com quem teve três filhos: Fábio, Danilo e Eder. Católica Apostólica Romana praticante, inclusive membro efetivo do Encontro de Casais com Cristo - ECC. Foi durante alguns anos encarregada do Centro de Saúde local. Pessoa afável e bem relacionada, Irandi teve destacado o seu trabalho na área de Assistência Social daquele posto. Seu falecimento aconteceu em 27/01/97, depois de contrair câncer da mama. Irani Guirado Suckow, rua Paulista de Igarapava, nascida em 24/9/1930, Irani Guirado Suckow era 518
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filha de Francisco Guirado e Rosa Gonçalves Sanches. Antes de se casar, morava em Santo Anastácio (SP), onde dava aulas de datilografia, cantava no coral da igreja e era “Filha de Maria”, além de, entre outras atividades, dar aulas de catecismo. Estudou até a quarta série do ensino fundamental, casou-se e morou durante algum tempo em São Paulo. Veio para Presidente Epitácio em 27/12/1955. Durante o período de 1964/90, foi comerciante trabalhando junto com o marido em sua mercearia, somente deixando esta atividade quando se aposentou. Tinha também como compromisso cuidar do lar junto ao marido e filhos. Casada com o artesão Gustavo Adolfo Suckow, teve quatro filhos; Elsie, Guaracy, Suely e Silvia de Cássia. Ao falecer deixou oito netos e seis bisnetos. Gostava muito de cultivar jardim e criar pássaros ao ar livre no pomar. Católica praticante e artesã gostava do trabalho de colagem e pintura em cerâmica. Era co-autora de todas as peças entalhadas por seu marido (todo trabalho de acabamento era executado por Irani). Foi integrante dos artesãos da Casa do Artesão local, fazendo parte de sua primeira diretoria. Irani faleceu em 23/11/1997, vítima de Câncer, estando sepultada no Cemitério da Grande Planície no município de Praia Grande SP. Irene Borges da Cunha Cruz, rua Irene Borges da Cunha Cruz nasceu em 31/5/1940 em Presidente Epitácio (SP). Filha de Paulo Cunha e Francisca Borges da Cunha estudou no Externato Padre Ancheita. Formou-se professora no colégio de Santo Anastácio. Lecionou na escola 18 de Junho. Era viúva de Ladislau Gonçalves Pimenta, com quem teve um filho, Eniomar. Casou-se, depois de 14 anos de viuvez, com Mário Roberto da Cruz, com quem teve o filho Marcelo. Teve uma neta, Natália Irene. Adorava cantar e dançar. Era católica. Faleceu em 29/11/1995, em Presidente Epitácio, de carcinoma, estando sepultada no Horto da Igualdade. Irineu Bonifácio, rua Irineu Bonifácio nasceu em 10/02/1945 na cidade de Venceslau (SP). Era filho de Mário Bonifácio e Benedita Bordon Bonifácio. Veio de Venceslau (SP) para Epitácio em 1977, já casado com Rosa Aparecida Caldeira Bonifácio, com quem teve os filhos Iara Regina, Edson Luiz e Fábio César, além de quatro netos. Trabalhava na lavoura e pecuária. Gostava de tocar acordeão e violão em festas na sua casa, bem como de caçar e pescar. Toda tarde, após chegar do trabalho e banhar-se, tocava para os filhos. Em 6/7/1986 morreu assassinado na estrada quando voltava de Venceslau. Foi sepultado em Venceslau. 519
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Isabel Lima dos Santos Cruz, rua Isabel Lima dos Santos Cruz nasceu em 18/8/1932 na cidade de Teófilo Otoni (MG). Era filha de Manuel Clemente de Lima e Maria Antonia Ferreira. Criada em Monte Claro (MG). Aos nove anos de idade perdeu a mãe e o pai desapareceu após seguir com um grupo armado que estava tentando prender Lampião. Assim, foi para o Rio de Janeiro (RJ) a procura de seu único irmão, do qual soube estar em Presidente Epitácio (SP). Trabalhou como empregada doméstica e ainda jovem veio para Epitácio, hospedando-se na pensão de Mãe Leopoldina, na vila Tibiriçá. Não encontrando seu irmão, estando acompanhada de seu filho Nilson Jorge, conheceu Rafael Cruz, com quem se casou, tendo os filhos Daltair, Gilson, Leopoldina, Rafael, João Evangelista, Isabel Cristina e Vasti Viviam, tendo oito netos e duas bisnetas. Isabel era do lar, mas destacou-se como doceira e verdureira, além de evangelizadora na sua religião, sendo da congregação das Testemunhas de Jeová de Epitácio. Morou aproximadamente 20 anos na vila Maria, ajudando carentes. Gostava de todos os assuntos políticos. Faleceu no dia em que completava 60 anos, ou seja, 18/8/1992 por insuficiência respiratória aguda. Foi sepultada em Tremembé (SP). Isabel Schneidewind, rua Isabel Schneidewind nasceu em 23/10/1920, na cidade de paulista de Terra Roxa. Filha de Nicola Condolucci e Catarina Condolucci. Morou na cidade de Caiuá (SP), antes de vir para Presidente Epitácio. Humilde e trabalhadora sempre esteve ao lado do marido Otto Schneidewind, lutando para manter a família. Após seu casamento no ano de 1938, o casal mudouse para Epitácio. Por um período de aproximadamente 20 anos trabalharam sua pequena empresa no ramo de padaria, bar e pensão Paulista depois propriedade do senhor José Pereira Neto. Após este período, dona Isabel, já na condição de viúva, passou a viver da renda do aluguel de alguns imóveis de sua propriedade, renda esta que servia para pagar os estudos de seus filhos Roberto e Otto Júnior. Dona Isabel viu seu filho Roberto ser eleito prefeito de Presidente Epitácio no início da década de 1970, e sua nora Alda Schneidewind vereadora nos anos 90. Mulher de fibra e consciente de suas obrigações tinha como hobby predileto pescar e cuidar dos seus seis netos. Dona Isabel, como era conhecida, faleceu aos 77 anos, vítima do mal de Alzheimer, estando sepultada no Horto da Igualdade. Isaura dos Reis Assis, rua Isaura dos Reis Assis, paulista, nascida na cidade de Assis em 20/12/1919, 520
HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
filha de José Maurício dos Reis e Maria Luíza Nogueira dos Reis, ficou órfã logo aos nove anos, tendo sido criada pelos tios que residiam em um sítio em sua terra natal. Veio para Presidente Epitácio nos idos de 1945, residindo na rua Curitiba quadra um. Dona de casa e mulher determinada a vencer na vida, casada desde 1935 com Joaquim Martins de Assis, com quem teve sete filhos, Izaias, Aparecido, Paulo, Dirce, Nilva, Jair e Dalva. Casou-se pela segunda vez e assumiu mais três filhos: José Carlos, João Roberto e Eva. Quando faleceu, Dona Isaura deixou 28 netos e cinco bisnetos. Tinha como compromisso o serviço de benzer as crianças e fazer simpatias e remédios caseiros para bronquite. Tinha fama de ser uma boa benzedeira e de curar crianças com bronquite. Faleceu no dia 7/3/1992, aos 73 anos, de insuficiência respiratória, estando sepultada no Horto da Igualdade. Isoldino Ferreira de Almeida, rua Isoldino Ferreira de Almeida nasceu em 20/01/1906 na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo (SP). Era filho de José de Almeida e Maria Júlia de Almeida. Veio para Presidente Epitácio por volta de 1921 para trabalhar na Estrada de Ferro Sorocabana, quando esta prolongou a estrada de ferro da cidade de Indiana até as margens do rio Paraná. Casou-se em 1928 com Rufina Lopes Ferreira com quem teve sete filhos: Emília, Dirceu, Nedi, Rui, Edson, João e Zelma. Ficou viúvo em 1950. Em 1952 casou-se com Virgínia Dias de Melo Ferreira com quem teve cinco filhos: Ivo, Neusa, Cassimiro, Nadir e Pedro. Deixou 37 netos e 21 bisnetos. Após trabalhar na Estrada de Ferro Sorocabana, estabeleceu-se no ramo de padaria e comércio de secos e molhados. Posteriormente vendeu esse comércio e adquiriu uma fazenda às margens do rio Paraná, em Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul, nas proximidades do lugar conhecido como Orelha de Onça (em frente ao cais do porto). Aí exerceu atividade no ramo de olaria e pesca profissional. Dedicou-se, também à atividade pecuária leiteira. Realizou o loteamento de seu sítio que ficava entre a vila Maria e a Faculdade CESPE. Foi pecuarista e industrial (fábrica de farinha de mandioca). Em meados de 1966 voltou a ser comerciante, no ramo de autopeças (novas e usadas) em Epitácio. Faleceu em 4/02/1970 de doença cardíaca. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Janete Carvalho Noronha, rua Janete Carvalho Noronha nasceu em 25/11/1931 na cidade de Santo Anastácio (SP). Eram seus pais Agenor Noronha e Iracema Carvalho de Noronha. Estudou em Botucatu (SP), vindo a casar-se com Luís Oliva Leite, com quem teve os filhos Iracema e Mário. Era professora de ciências 521
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no Colégio Antônio Carvalho Leitão. Casou-se em segundas núpcias com Alceu Xavier de Barros. Gostava de ler. Era católica praticante. Faleceu em 17/01/1990, de câncer, sendo sepultada no Horto da Igualdade. João Antônio Zanatta, rua João Antônio Zanatta nasceu em 27/6/1934 na cidade de Cabrália Paulista (SP). Era filho de Sílvio Zanatta e Elvira Ortolan Zanatta. Médico formado pela Federal de Curitiba em 1959, veio a Epitácio em 1964. Era médico clínico e cirurgião geral. Construiu o Hospital São Lucas, inaugurado em 1964. Casou-se em 6/11/1960 com Neide Aparecida Pereira Zanatta, com quem teve três filhos: Sylmara, Marcelo e Maurício. Teve três netos. Gostava de Passear, viajar, leitura e futebol. Era católico. Morreu de acidente automobilístico em 13/6/1981. João Apolinário Pereira, rua João Apolinário Pereira nasceu em 1900 na cidade de Montes Carlos (MG). Desde criança foi lavrador. Por volta de 1946 mudou-se para a região do Campinal, onde foi inicialmente lavrador. Plantava arroz, feijão, milho e amendoim. Posteriormente tornou-se comerciante no próprio distrito do Campinal. Casado com Francelina Madalena de Jesus teve os filhos Vitalino, Valdevina, Liolina, Lidovina, Levi, Maria, Arlindo, José, Antônio, Avelino e Joveni. Um de seus maiores prazeres era cantar leilão em festas. Faleceu em 22/12/1958 em São Paulo, aonde fora para tratamento, sendo lá mesmo sepultado. João Francisco de Almeida, rua João Francisco de Almeida, popularmente conhecido como “João Preto”, nasceu no dia 9/11/1919, na cidade de São Francisco, estado da Bahia. Era filho de Aprígio Francisco de Almeida e Domingas Alves de Almeida. Veio para Presidente Epitácio em 1942. Teve como luta do dia-a-dia o trabalho no desmatamento para abertura de ruas, pois a cidade era totalmente rodeada de matas virgens. Após este trabalho, empregou-se em serrarias da cidade e foi nesta atividade que se aposentou. Casado, teve 11 filhos, sendo cinco homens e seis mulheres: Mamede, Astrogilda, Altemiro, Aparecido, Argemiro, Adete, Atayde, Aparecida, Alzira, Alberto e Angela, 23 netos e quatro bisnetos. João Almeida faleceu em 6/6/1995 aos 76 anos de vida, estando sepultado no Horto da Igualdade em Epitácio. João Goulart, rua João Belchior Marques Goulart, nascido em São Borja (RS) no ano de 1918. Político militante foi deputado federal, Ministro do Trabalho de 522
HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
Getúlio Vargas. Foi eleito vice-presidente em 1956 e reeleito vice-presidente em 1960. Com a renúncia de Jânio Quadros, João Goulart teve que voltar de uma viagem que fazia à China, assumindo a presidência do Brasil em 2/9/1961, tendo como Primeiro Ministro Tancredo Neves, pois o regime passara a ser parlamentarista. Em 6/01/63, foi realizado plebiscito e voltouse ao regime presidencialista. O seu governo foi muito criticado pela mídia, pois ocorreram sérios distúrbios aliados a alta inflacionária que levaram à sua queda do poder em 1º/4/1964. A 4/4/1964, João Goulart exilou-se em suas terras no Uruguai. Faleceu em Mercedes, Argentina, em 1976. João Justino dos Santos, rua João Justino do Santos nasceu em 1902 na cidade de Pão de Açúcar (AL). Em sua vivência em Alagoas, chegou a combater o cangaço e conheceu o padre Cícero, ocasião que notou uma jovem que morava na casa do padre. Veio a casar-se com ela, tendo 10 filhos, dos quais quatro morreram. Sua mulher faleceu com 27 anos de idade, deixando-o viúvo e com seis filhos. Veio para São Paulo para poder criar os filhos. Aqui conheceu Santina A. de Jesus, com quem se casou, não tendo nenhum filho com ela. Trabalhou muito a terra, além de ter comércio por vários anos. Faleceu de problemas do coração em 14/7/1991, sendo enterrado no Horto da Igualdade. João Martins Ferreira, rua João Martins Ferreira conhecido popularmente como “Boa Pinta”, pernambucano nascido na cidade de Floresta do Navio em 1926, era filho de José Martins Ferreira e Maria Alexandrina Ferreira. João e toda a sua família vieram para Presidente Epitácio, no ano de 1960. Pessoa de origem humilde casou-se com Maria José de Barros, tendo oito filhos, todos falecidos. Esportista, católico e ferroviário, trabalhou por mais de 12 anos na antiga Estrada de Ferro Sorocabana onde se aposentou. Após a aposentadoria, “Boa Pinta” continuou trabalhando, na condição de barbeiro, no centro da cidade, no salão do Pedro Barbeiro. João Martins faleceu em 19/5/1992, de morte natural, estando sepultado no Horto da Igualdade. João Mendes de Oliveira, rua João Mendes de Oliveira, nascido em Malhada (BA), em 27/01/1919, era filho de Manuel Magalhães de Oliveira e Rosária Mendes de Oliveira. Funcionário público federal trabalhava nos navios-carroças do rio São Francisco. Chegou a Presidente Epitácio em 15/8/1944. Em 1946 casou-se com Flora Dolores Chaves de Oliveira, com quem teve três filhos: Yvete, Ademir e Almir. Após sua separação, casou-se com Maria Enóe Costa, com 523
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quem teve quatro filhos: Yvonete, Emmanuel, Lúcio e Amilton. Gostava de futebol e política, tendo sido vereador por oito anos. Teve seis netos. Trabalhou como enfermeiro na Bacia do Prata, no Hospital São Lucas e no Frigorífico União. Faleceu em 4/8/1990 de edema pulmonar, estando sepultado no Horto da Igualdade. João Pereira de Sousa, rua João Pereira de Sousa (conhecido por João Sapateiro) nasceu em 15/10/1899 em Floresta (PE). Era filho de Pedro Pereira de Sousa e Águeda da Conceição. Em 1939 veio a Epitácio para trabalhar como sapateiro. Casado com Vicência Pereira de Sousa teve as filhas Maria Alzira e Terezinha, além de oito netos. Gostava de política e era muito brincalhão. Faleceu em 13/6/1963 de aneurisma, sendo sepultado no Horto da Igualdade. João Pessoa, rua João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque nasceu em Umbuzeiro (PB), em 1878. Pertencia a família de políticos. Em 1904 forma-se advogado. Foi advogado no Ministério da Fazenda e na Marinha e em de 1919 foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Militar (STM). Em 1928, elegeu-se presidente do estado da Paraíba. No ano de 1929 negou-se a apoiar a candidatura situacionista de Júlio Prestes à presidência da República e aceitou convite para ser o candidato a vice-presidente na chapa oposicionista da Aliança Liberal, articulada pelos estados de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul e encabeçada pelo gaúcho Getúlio Vargas. A chapa oposicionista foi derrotada. João Pessoa morreu assassinado no dia 26/7/1930 em uma confeitaria da capital pernambucana. João Pipino, rua João Pipino Primo nasceu em 1889 na cidade de Turim - Itália. Era filho de João Batista Pipino e Ana Maria Sibone. Veio da Itália para trabalhar na lavoura de café. Casado com Rosa Francisquete Pipino, em 15/12/1928, teve os filhos Ênio, Edmundo, Osvaldo, Wladimir, Waldemar, Mafalda, Olga, Abigail, Anita e Yolanda, tendo 14 netos. Montou uma serraria em Venceslau (SP). Posteriormente, em conjunto com os filhos Ênio, Waldemar e Vladimir, instalou o Curtume Santo Antônio, também em Venceslau. Era comprador e exportador de café. Instalou ainda fábrica de raspa de mandioca nos anos 40, no final da guerra, pois havia a necessidade de misturar a farinha de mandioca com farinha de trigo para a confecção de pães. Era católico professo. Faleceu em 1/6/1944 de câncer no cérebro, sendo sepultado em Venceslau.
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João Ramalho, rua João Ramalho nasceu em Viseu, Portugal, em 1490. Acredita-se que chegou ao Brasil em 1513, vivendo entre os tupiniquins. Casou-se com Bartira, filha do cacique Tibiriçá. Martim Afonso de Sousa teve a ajuda de João Ramalho para, em 1932, fundar a vila de São Vicente. Em 1554, João Ramalho colaborou com os jesuítas na fundação da cidade de São Paulo e no ano de 1565 participou das lutas para a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro. Faleceu em 1580. João Ribeiro Martins, rua João Ribeiro Martins, nasceu em Jaboti, pertencente à cidade de Tomazina (PR), em 24/6/1925, filho de João Sabino Martins e Amélia Martins. Lavrador na sua cidade natal, logo se tornou açougueiro mesmo sendo muito jovem. Posteriormente mudou-se para o estado de São Paulo, vindo para esta região, inicialmente para Presidente Venceslau (SP), posteriormente para Presidente Epitácio, por volta de 1954. Tendo mudado de atividade profissional, João Ribeiro adquiriu um salão de barbeiro no centro comercial da então pequena Epitácio. Naquele período próspero da vida do município aproveitou para trazer também os irmãos para trabalharem na mesma profissão. Desta maneira formaram um grande salão que se tornou o ponto de encontro dos políticos, esportista e moradores da cidade. Com este quadro de amigos, Martins passou a participar ativamente da vida comunitária da cidade. Esportista nato foi um dos fundadores da A. A. Epitaciana, onde trabalhou como treinador durante muitos anos, conquistando vários títulos nos campeonatos amador regional e estadual. Naquela época essa categoria era muito disputada pelos times de futebol da região. Tornou-se depois proprietário da Pensão Bonfim na época em que estava sendo construída a ponte Professor Maurício Joppert da Silva. Casado com dona Florípedes Bueno Martins teve quatro filhos: Beatriz, Abigail, Ivanil e Nair, deixando 14 netos e 16 bisnetos. João Ribeiro faleceu em 21/9/71 em São Paulo, estando sepultado no cemitério de Vila Alpina em São Paulo (SP). João Rodrigues Lozano, rua João Rodrigues Lozano nasceu em 6/9/1922 na cidade de Campo Grande (MS). Eram seus pais Antônio Rodrigues Lozano e Soledad Manzano. Era topógrafo, tendo trabalhado na construção da Estrada de Ferro Brasil-Bolívia, depois residindo em Epitácio. Casou-se em 18/12/1954 com Elvira Deák Lozano, com quem teve os filhos Irma, Isis, Antônio, Ilca e Ione, além de oito netos. Era espírita. Faleceu em 7/9/1968, sendo sepultado no Horto da Igualdade. 525
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João Sarraipa , rua João Pereira Sarraipa era filho de Joaquim Pereira Sarraipa e Quitéria de Jesus. Nasceu dia 19/02/1932 na cidade de Leiria/Portugal. Era casado com Maria Celeste Ramadas Gameiro. Tiveram a filha Dulce. Em Portugal trabalhou até a maioridade quando ingressou no exercito português alcançando a patente de sargento. Mudou-se para o Brasil em 1956, onde inicialmente trabalhou em serraria em Presidente Venceslau. A seguir, em 1959, tornou-se dono de uma serraria em Presidente Epitácio. Explorou, também, o ramo de navegação, de olaria e o comércio de autopeças, oficina mecânica, funilaria e pintura. Formou-se em contabilidade na cidade de Marília e economia em Tupã. Foi professor e depois diretor do Colégio Comercial de Presidente Epitácio. Foi um dos fundadores e o 1º Presidente da Associação Comercial de Presidente Epitácio. Casou-se em segundas núpcias, em 12/6/1977, com Carminda dos Santos Lopes. Devido à escassez de matéria prima, em 1979, transferiu-se de Epitácio para Ponta Porã/MS. Lecionou na Escola Estadual Joaquim Murtinho. Formou-se, ainda, em direito na UNIGRAN de Dourados/ MS. Retornando, em 1993 a Epitácio, atuou como contador, economista e advogado à rua Paraná, 13-21 no antigo escritório de sua serraria. Faleceu em 06/4/2003. Joaquim Azevedo Filho, reta Joaquim Azevedo Filho nasceu em 28/7/1897 na cidade de Tomazina (PR). Filho de Joaquim José de Azevedo e Ana Emerenciana Azevedo, veio do Paraná para Venceslau (SP), onde se casou com Rosa Leal de Azevedo. Trabalhou em 1928 na prefeitura de Presidente Venceslau como inspetor de veículos. Em 1935 foi nomeado pelo prefeito Nicolino Rondó, da cidade de Venceslau (SP), para ser fiscal da prefeitura no povoado de Presidente Epitácio e aqui sua mulher foi mãe de nove filhos, três tendo falecido e seis vivos: Celso, Célia, Elio, Elza, Pedro e Maria José. Teve, ainda, 19 netos e 22 bisnetos. Seu hobby era pescaria, e no retorno de uma delas, veio a falecer de colapso cardíaco. Era católico praticante. Falecido em 21/6/1943, está sepultado no Horto da Igualdade. Joaquim Carreira Mônico, rua Joaquim Carreira Mônico nasceu em 3/3/1903 na cidade de Leria, em Portugal. Ainda moço veio ao Brasil. Chegou na região do Campinal por volta de 1940, tempo em que tinham que ser abertas estradas. Começou com lavoura e depois se tornou comerciante, tendo um armazém. Casou-se com 526
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Joaquina Gabriel, tendo as filhas Deolinda e Lucinda. Em segundas núpcias com Eulina Bezerra Ramos, teve os filhos José Augusto e José Edson. Faleceu em 19/11/1969, sendo sepultado em Venceslau. Joaquim Coelho Pinto, rua Joaquim Coelho Pinto nasceu em 23/02/1904 na cidade de Angra dos Reis (RJ). Era filho de Laurindo Coelho Pinto e Maria Rosa do Nascimento. Casou-se em Mirassol (SP) com Augusta Bergamo em 24/12/1925. Passou por várias cidades de São Paulo, até chegar a Epitácio em 1949, vindo a trabalhar no ramo de extração e beneficiamento de madeira, possuindo a serraria São Judas Tadeu, que se situava na avenida Presidente Vargas quadra nove. Teve os filhos Agostinho, Geraldo, Maria Aparecida, José, Laerte, Laurindo, Oswaldo e Mário, além de 26 netos e 44 bisnetos. Era católico praticante e toda sua vida trabalhou no ramo madeireiro. Faleceu em 23/10/1989 de acidente vascular cerebral, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Joaquim Ferreira da Rocha, rua Joaquim Ferreira da Rocha, nascido em 1916, chegou ao Porto Tibiriçá por volta de 1929, vindo de João Pessoa, PB, para trabalhar como marinheiro na Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso. Foi comandante dos navios Amambay, Capitão Heitor e Tibiriçá. Era casado com Lavínia Fernandes da Rocha com quem teve dez filhos: Honorinda, Ana, Hilda, José, Clóvis, Joaquim, Guiomar, Josemir, Maria e Ailton e 35 netos. Faleceu em Presidente Epitácio no ano de 1975. Joaquim Marques Seabra, rua Nascido em 2/02/1916 na cidade de Varzielas, em Portugal, o comerciante Joaquim Marques Seabra era filho de Joaquim Seabra e Teresa Marques de Jesus. Chegou no Brasil em 1937 indo residir na cidade do Rio de Janeiro (RJ), mudando-se depois para Presidente Venceslau (SP) e em 1951 mudouse definitivamente para Presidente Epitácio, onde trabalhou no comércio, no ramo de bares e lanchonete, na esquina das ruas São Paulo e Vitória. Posteriormente em 1961 mudou seu estabelecimento para a rua Rio de Janeiro, 2-68, na vila Palmira. O local era conhecido como Bar do Seabra, onde manteve movimento comercial até o início da década de 1980. Ao chegar a Epitácio, no ano de 1951, Seabra trazia na bagagem o sonho de um novo mercado consumidor que oferecia alternativas para este ramo de atividade. Casou-se com Ernestina Teodoro Gomes com quem teve cinco filhos: José, Izaura, Teresa, Fátima e Luzia Aparecida, além de sete netos. Pessoa fácil de fazer amigos, Seabra conseguiu fazer conhecido o nome de 527
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sua família. Contar piadas, divertir ambientes, mostrar-se sempre alegre, de bem com a vida, fizeram do cidadão Joaquim Marques Seabra, uma pessoa inesquecível. O seu falecimento ocorreu no dia 26/3/1981, vítima de enfarto do miocárdio, estando sepultado no Horto da Igualdade. Joaquim Martins Ferreira, rua O topógrafo Joaquim Martins Ferreira, nascido em 18/7/1927, na cidade de Floresta do Nabio em Pernambuco, era casado com Natalina Silva Varreira Ferreira, desde de 1957, com quem teve seis filhos, Luiz Fernando, Eduardo, Ana, Lúcia, Luciana e Rejane, deixando, também, nove netos. Trabalhando como topógrafo durante toda a sua vida, “Quincas”, como era tratado pelos amigos, passou boa parte da sua vida demarcando fazendas e estradas por este país afora. Principalmente para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, no estado de Rondônia. “Quincas” tinha como diversão predileta, jogar baralho e ler livros. Espírita praticante adorava fazer longas caminhadas e passear por vários lugares. De família tradicional de carnavalescos ligados à Escola de Samba Unidos da Ribeira, apesar do coração verde e branco, “Quincas” sempre preferiu ficar assistindo à distância as manifestações dos familiares, para não criar inimizades entre os seus amigos torcedores de outras escolas de samba da cidade. Faleceu em 22/8/1993, nesta cidade, vítima de enfarto, estando sepultado no Horto da Igualdade. Joaquim Nabuco, rua Joaquim Nabuco, nascido no Recife (PE) em 1849, foi político, historiador, diplomata, jornalista, dramaturgo e escritor. Foi deputado e depois da proclamação da República tornou-se diplomata. Era abolicionista e em suas obras Um Estadista do Império e Minha Formação, mostra as contradições existentes na sua época. Faleceu em Washington, Estados Unidos, no ano de 1910. Joaquim de Oliveira, rua O músico, cantor e compositor de serestas Joaquim de Oliveira nasceu em 29/9/1931 na cidade paulista de Paraguaçu Paulista, filho de Mário José de Oliveira e Amélia do Espírito Santo. Entrou para a Polícia Militar, ainda jovem, e mudou-se para Presidente Prudente (SP), onde trabalhava e também era dono de um conjunto musical. Veio morar em Presidente Epitácio em 1963, transferido pelo comando da Policia Militar. Casado com Volney Terdino de Oliveira teve um único filho, Carlos, deixando dois netos. Tinha como hobby preferido a música, principalmente a seresteira. Era presença 528
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requisitada de muitos apreciadores de músicas românticas e seresteiras. Gostava muito de pescar. Católico praticante tinha como alternativa de trabalho ser instrutor da Guarda Mirim, que desenvolvia com muito prazer, além de ter sido um dos seus idealizadores e fundadores. Sempre lamentou o fato de ter sido afastado do comando desta guarnição. Trabalhou na Policia Militar até sua aposentadoria. Faleceu no dia 17/01/1998, por insuficiência renal e está sepultado no Horto da Igualdade. Joaquim de Souza Martins, rua Joaquim de Souza Martins nasceu em 1884 na cidade de LourvanPortugal. Em 1910 veio para Epitácio, sendo inicialmente lavrador. Com o tempo torna-se comerciante, ramo em que obtém sucesso. Compra terras e efetua o loteamento da vila Martins. Era solteiro. Ficou doente, tendo ido tratar-se em São Paulo, onde veio a falecer em 2/11/1952. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Joca Pereira dos Santos, rua Joca Pereira dos Santos nasceu em 13/5/1912 na cidade de Barra (BA). Filho de João Pereira dos Santos e Maria Pereira dos Santos veio ainda jovem para Porto Tibiriçá, na década de 1920. Casou-se com Teodolina Rita dos Santos em 24/12/1939. Tinha os filhos Walter, Ivani, Darcinho, Janilda, Vilma, Abdias, Regina Célia, Lourdes, Valdir e Aparecido, bem como 13 netos e dois bisnetos. Faleceu em 30/8/1990, de derrame cerebral, e está enterrado no Horto da Igualdade. Joel Irineu Fialho, rua Joel Irineu Fialho nasceu em 20/10/1910 na cidade de Carinhanha (BA). Eram seus pais José Augusto Fialho e Rita Maria Fialho. Chegou a Epitácio com 15 anos e começou a trabalhar na Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso, depois Bacia do Prata, onde permaneceu até aposentar-se. Casou-se com Pedrina Pedro de Barros Fialho, com quem teve a filha Ivete. Em segundas núpcias casou-se com Delzuita Amorim Fialho, com quem não teve filhos. Irineu Joel Fialho foi político militante eleito vereador e viceprefeito. Gostava de conversar com amigos. Faleceu em 22/12/1980, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Joel Rodrigues Alves, rua Joel Rodrigues Alves nasceu no dia 1º/01/1925, na cidade de Laranjal Paulista (SP). Filho de Odilon Rodrigues Alves e Hermínia Alves Rodrigues, o mesmo teve uma vida dedicada a atividades bancárias. Nascido na região de Campinas (SP) trabalhou no Banespa e foi gerente do antigo Banco 529
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Cabeça de Boi, sendo transferido para Presidente Epitácio onde morou até o seu falecimento. Em 1963, gerente do Banco Cabeça de Boi local, casou-se com Angélica Longo Rodrigues Alves, e deste matrimônio nasceram quatro filhos, Odilon, Maria Hermínia, Joel e Solange, tendo deixado seis netos. Tinha como hobby a leitura, não sendo muito fanático por religião. Apenas acreditava em Deus. Foi um dos primeiros membros do Rotary Club local. Depois de deixar a condição de bancário, foi comerciante antes de aposentarse. Morreu em agosto de 1984, aos 59 anos de idade, vítima de complicações respiratórias, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Jonas Murad, reta Jonas Murad nasceu em 31/7/1933 na cidade de Novo Horizonte (SP). Era filho de Rachid All Murad e Maria Macedo Murad. Mudou-se para Venceslau (SP), na década de 1940. Estudou o curso ginasial. Casou-se em 25/6/1961 com Alice Batata Murad, com quem teve os filhos Jonas, Laila, Alexandre e Andreia. Sempre trabalhou na Fazenda Santa Cruz do Cabral, em Presidente Epitácio. Era fã de futebol, tendo o time da Fazenda, por ele patrocinado, bem como ajudava outras equipes de futebol. Sempre estava disposto a ajudar em causas filantrópicas. Morreu assassinado em 25/7/1975, sendo sepultado em Venceslau. Jorge Amado, rua Jorge Amado Faria, nasceu em Itabuna em 1912, romancista baiano que se destacou por seus romances com enfoques nordestinos, tendo suas obras divulgadas em inúmeros países, além de transformadas para cinema e televisão. Entre suas obras destacam-se A Morte de Quincas Berro d’Água, Gabriela Cravo e Canela, Mar morto e Dona Flor e Seus Dois Maridos. Faleceu em 6/8/2001. José Abel dos Santos, rua José Abel dos Santos, filho de João Abel dos Santos e Catarina Sousa Santos, em 22/9/1912, na histórica Diamantina, em Minas Gerais, é considerado um dos primeiros motoristas de táxi de Epitácio. Aos doze anos de idade, mudou-se para a capital paulista, para morar com seu irmão mais velho, porém, não se adaptando àquele local mudou-se para Presidente Epitácio. Homem muito estimado e pessoa educada, José Abel logo criou uma legião de amigos naquela época. Chegou nesta cidade em 1930, trabalhando na fazenda do senhor José Simões, dirigindo um caminhão. Com o resultado deste serviço conseguiu comprar um carro antigo (biribá), realizando com o mesmo um dos primeiros serviços de motorista de táxi do município. O 530
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ponto era em frente à sua casa, à rua Florianópolis, quadra um. Era solteiro e pai de três filhos, com Isaura dos Reis: Abel, João Roberto e Eva, além dos filhos adotivos Valdir, Paulo e Márcio. Veio a falecer em maio de 1960, por problemas cardíacos, estando sepultado no Horto da Igualdade. José Alberto da Silva, rua José Alberto da Silva nasceu em 27/3/1942 na cidade de Piquerobi (SP). Era filho de José Antônio da Silva e Júlia Donária da Silva. Começou a trabalhar cedo, aos 12 anos de idade, em posto de gasolina em Piquerobi, passando a escriturário posteriormente. Em 1960, com 18 anos, mudou-se para Epitácio, empregando-se no Escritório Tiradentes. Em 1966 casou-se com Regina da Silva, tendo os filhos Ivana e Ivan. Trabalhou, ainda, nos escritórios das serrarias de Alziro Baltazar e João Pereira Sarraipa. Em 1973 passou a funcionário público municipal. Foi diretor do Departamento de Água e Esgoto - DAE, depois Departamento Autônomo de Água e Esgoto DAAE, desligando-se do serviço público quando da concessão à Sabesp. Era católico praticante estando sempre à frente dos grupos de canto e diversos movimentos religiosos de sua igreja. Sua paixão e hobby era a música, sendo inscrito na Ordem dos Músicos. Tocava violão e dava aulas deste instrumento. Tocava, também, vários instrumentos de sopro. Em 1983 voltou a ser funcionário público municipal. Faleceu em 30/11/1983 de enfarto. Foi sepultado no Horto da Igualdade. José de Alencar, rua José Martiniano de Alencar, nascido em Mecejana (CE) em maio de 1829, foi advogado e escritor que principiou a formar a base da consciência literária em que o Brasil era o fundamento para a obra. Sua obra de realce é O Guarani. Entretanto, publicou outras obras importantes como Iracema, A Pata da Gazela, O Jesuíta e o livro de poemas Os Filhos de Tupã. Foi deputado, senador e Ministro da Justiça. Faleceu em 1877 na cidade do Rio de Janeiro. José Alves, rua José Alves, também conhecido como José Alves da Graça, era natural de Águas Belas (PE), nascido em 20 de abril de 1920, filho de Anolino Alves e Almerinda Maria dos Prazeres. Casado com Manuela Maria da Conceição teve os filhos Doralice, Custódio, Dorival, Dionízio, Donizete, Deusdedite, Divanete, Dinete e Deise. Em sua terra natal era lavrador. Chegou na região do Campinal em 1949 onde inicialmente continuou sua labuta com a terra. Na década de 1960 teve uma sorveteria, cinema e de 1961 a 1964 o serviço de 531
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alto-falante no Campinal. Foi vereador de Presidente Epitácio de 14/03/1961 a 13/03/de 1965. Na década de 1970 vendeu seus negócios, mudando-se para Vicentina (MS) onde montou um bar. Mas não se adaptando, voltou para o Campinal, onde foi funcionário da Prefeitura de 14/11/1974 a 1º/3/1979. Alves faleceu em 18/11/1986, tendo seu corpo sepultado em Presidente Epitácio no Horto da Igualdade. José Andrade dos Santos, praça José Andrade dos Santos nasceu em 18/12/1922 na cidade de RibeirópolisSE. Casado com Leolina Pereira dos Santos chegou na região do Campinal em 1944. Teve os filhos Rivanda, José, Terezinha, Rivaldo, Áureo, Sueli, Cleide, Laércio, Devani, Leonisa, João Eduardo, Marinês de Eliana, deixando 15 netos. Além de desbravador, tinha comércio de secos e molhados. Faleceu em 15/10/1985. José Aparecido, rua José Aparecido, jornalista, nasceu em 17/10/1929, na cidade de Pirajuí (SP). Era filho de Antônio Gonçalves Barros e Otacília Evangelista Barros. Convém lembrar o fato de que até o início do século XX era comum aos cartorários do registro civil não registrarem o nome civil da criança, conhecido como nome completo, composto de prenome – nome que antecede ao de família e também denominado nome de batismo - e de sobrenome, chamado de nome de família. Era comum registrar-se apenas o prenome. Desta forma, quando feito o registro, constou José Aparecido, sem ser anotado o sobrenome Barros. Com o passar do tempo, em seus documentos, havia apenas o prenome José Aparecido, não se registrando o sobrenome Barros. Autodidata, José Aparecido aprendeu o ofício de jornalista em sua mocidade, quando era eletricitário na Companhia Docas de Santos. Foi colaborador dos jornais políticos Classe Operária, Notícias de Hoje, Novos Rumos e Voz Operária. Tornou-se repórter do jornal Última Hora, edição de Santos. Foi repórter da empresa Folha da Manhã, sucursal de Santos em 1961, correspondente do Correio da Manhã, chefe da sucursal da Folha de São Paulo em Santos. Em São Paulo, em 1966, foi repórter, chefe de reportagem, coordenador de matérias especiais, editor regional, repórter especial e redator do Banco de Dados. Recebeu os prêmios: Jornalismo instituído pelo Sindicato dos Lojistas de São Paulo em 1971; Prefeitura Municipal de Poços de Caldas; Paramont de reportagem econômica em 1973; homenagem de prefeitos e vereadores da região Alta Sorocabana, em Presidente Bernardes no ano de 1974; Homenagem da cidade de Avaré, também em 1974; Homenagem do clube 532
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Venâncio Aires de Itapetininga, em 1976; Título de Cidadão Barra-bonitense em novembro de 1977; Jurado do Festival de Música popular Brasileira de Ilha Solteira em 1977, 1978 e 1979; homenageado pela Câmara Municipal de Ourinhos em 1978; agradecimentos da Associação de Amigos de Presidente Epitácio e Jornal A Fronteira em 1980; homenagem do Clube de Rodeio de Novo Horizonte, em 1981; homenagem da Folha de São Paulo pelos 21 anos de exemplar trabalho em 1983 e homenagem do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo em 2000. Paralelamente aos trabalhos como jornalista, foi assessor de imprensa: da Secretaria de Transporte de 1968 a 1971 e da Ferrovia Paulista S.A. – Fepasa, de 1972 a 1980. Chefe do setor de imprensa da Secretaria do Interior de 1982 a 1984, ocasião em que foi assessor de Fernando Henrique Cardoso. Em 1985 foi para a Secretaria de Assuntos Fundiários, como assessor de imprensa. Em 1988 assumiu a assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, onde ficou até 1991, para em seguida assessorar na Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, até 1994. Transferiu-se para Presidente Epitácio em 1996, onde foi um dos fundadores e editor do jornal Correio do Porto. Antes disso, exerceu a editoria do então bissemanário A Fronteira. Engajado politicamente quando jovem na União da Juventude Comunista e no Partido Comunista, em 1964 foi preso em Santos, logo após o golpe militar de 1º de abril daquele ano. Pertenceu ao movimento O Petróleo é Nosso. Sindicalista atuante foi vicepresidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo de 1975 a 1978 e diretor até 1982. Foi presidente do Centro Paulista de Pesquisa e Memória da Imprensa e coordenador da Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas, tendo participado também das comissões responsáveis pela organização e julgamento do prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo. Em Presidente Epitácio fazia questão de acompanhar a vida política da cidade. Demonstrava seu profundo conhecimento musical discorrendo longamente sobre autores e cantores brasileiros em programas que chegou a fazer na Rádio Vale do Rio Paraná. Uma de suas paixões era o futebol. José Aparecido não recebia remuneração alguma para fazer o jornal Correio do Porto. José Aparecido, em segundas núpcias, casou-se com Maria Aparecida Leão. Do primeiro casamento teve dois filhos: Edna e Edson. Faleceu aos 74 anos de idade, de câncer, na manhã de 29/9/2004. Seu corpo foi enterrado no cemitério Horto da Igualdade em Presidente Epitácio. José Carlos de Sousa Rodrigues, rua José Carlos de Sousa Rodrigues - Zé Carlão da Cesp - era filho de Geraldo 533
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Rodrigues Aparecido e Nazaré de Sousa Rodrigues, nasceu em Bauru no dia 24/7/1949. Residiu em Bauru até mudar-se para Presidente Epitácio em março de 1979. Aqui chegando, como funcionário da Cesp, trabalhou no projeto Lagoa São Paulo e na formação das Agrovilas, reassentando famílias ribeirinhas e no desmatamento, para formação do futuro “lago”. Casou-se em 1980 com Edith Mello. Nos últimos tempos de sua vida passou a exercer atividades na área jurídica da Cesp. Tinha como hobby curtir a paisagem a partir da margem do rio Paraná. Reunir-se com amigos para ter um bom bate papo era outra de suas alegrias. Faleceu de insuficiência renal no dia 1º/11/1998, sendo seu corpo sepultado no Horto da Igualdade em Presidente Epitácio. José Ceslau, rua José Gomes da Silva (José Ceslau) nasceu em Pau Ferro (PE) aos 20/01/1920 e era filho de Venceslau Gomes da Silva e Maria Rodrigues. Seu pai, Venceslau, era conhecido como “Ceslau”, daí o motivo para José Gomes da Silva passar a ser conhecido como José Ceslau. Desde menino trabalhou na roça. Quando rapaz, em 1942, tem notícias de que poderia trabalhar em Presidente Epitácio, o que o leva a mudar-se para a região do Campinal, local que nessa ocasião recebia seus primeiros lavradores. Em 1944 casa-se com Maria José da Conceição Silva, com quem tem os filhos Manoel, Maria de Jesus, Heleno, Edson, Hélio, Cícera Regina. Cícero e Maria de Lourdes. Trabalhou na lavoura, foi vendedor de peixe e fazia frete com sua carroça. Foi uma das pessoas que em 1954 teve Carteira de Habilitação como Cocheiro Urbano. No Campinal, sempre que podia, por dispor de poucos recursos financeiros, procurava ajudar os mais necessitados de outra maneira. Ele, como pescador, quando sabia que alguém estava passando por necessidades, sem que as outras pessoas soubessem, ajudava o carente na medida do possível, nem que fosse dando um peixe. Era pobre e humilde, porém preocupado com seus semelhantes. Faleceu em 11/02/1992 e foi sepultado no Horto da Igualdade. José Damasceno, avenida José Damasceno, nascido em Bela Vista de Minas (MG) em 24/01/1931, era filho de Manuel Damasceno e Jorgina da Silva. Damasceno tornou-se conhecido pelo seu restaurante que ficava à margem esquerda do rio Paraná, próximo à desembocadura do ribeirão Caiuazinho, antes da formação da represa da Usina Hidroelétrica Sérgio Motta. Muitos eram os turistas que frequentavam seu estabelecimento onde a especialidade era o preparo 534
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de peixes. José Damasceno foi vereador na nona legislatura, de 1º/02/83 a 31/12/88. Foi, também, presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Presidente Epitácio no período de 27/5/1992 a 19/5/1994. José Damasceno faleceu em 12/3/2009. José Doescher, rua José Doescher (Bubi), era nascido na cidade de Caiuá em 18/8/1941. Ainda criança passou a viver em Epitácio, onde ajudava seu pai que era proprietário do Auto Peças União. Após o falecimento do pai, José assumiu, junto com sua mãe, a Auto Peças. Casou-se em 15/12/1963 com Elza Graz Doescher e tiveram os filhos Mônica, Cleide, Regina, Erwin e Hans. José trabalhava, também, com eletrônica. Criou vários projetos, dentre eles o destinado à implantação de uma rádio AM. Criou, também, uma antena em forma de “X”, que ainda em 2010, era usada por muitos epitacianos. Com seus inventos, contribuiu para divulgar nacionalmente o nome de Presidente Epitácio, como por exemplo, na publicação que a revista Antena Eletrônica, volume 85, nº 2 fez sobre o carregador de pilhas feito por ele. Faleceu em 27/12/1988 e está sepultado no Horto da Igualdade. José Fabiano, rua José Fabiano nasceu em 20/8/1899 na cidade de Araraquara (SP). Era filho de Jacinto Fabiano e Maria Cirina Fabiano. Casou-se com Maria José Silva Fabiano, com quem teve o filho Celso. Veio a Epitácio no final de 1932. Era policial-militar. Foi funcionário da Serraria Guanabara e depois dos Irmãos Mellado, até aposentar-se. Foi também suplente de delegado. Era católico. Faleceu em 13/5/1989, sendo sepultado no Horto da Igualdade. José Fernandes Amaro, rua José Fernandes Amaro nasceu em 14/3/1909 na cidade de Januária (MG). Chegou a Epitácio na década de 1930 para trabalhar na Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso, depois Bacia do Prata, em Porto Tibiriçá, até sua aposentadoria. Casou-se com Diva Pereira Amaro, com quem teve os filhos: João, Geraldo, Luiz, Olavo, Jolina, Juraci, Adelina, Ozório, José, Marina, Maria, Raul, Afonso, Denise e Juventina. Gostava de jogar baralho e conversar com os amigos. Faleceu em 26/8/1981 de insuficiência cardiorrespiratória e foi sepultado no Horto da Igualdade. José Francisco Pereira, rua José Francisco Pereira nasceu em 23/3/1902 na Freguesia da Caranguejeira, Leiria-Portugal. Chegou ao Brasil em 1931. Era industrial e pecuarista. Casado com Mariana de Jesus teve os filhos Manoel Francisco e Maria. 535
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Mesmo não tendo residido em Epitácio, aqui realizava negócios e possuía embarcações para transporte de produtos, principalmente madeira. Católico praticante faleceu em 27/4/1978. José Henrique do Rego, rua José Henrique do Rego nasceu em 01/12/1905 na cidade de Surubim (PE). Era filho de José Francisco do Rego e Maria Francisca do Rego. Em sua terra natal era pedreiro. No ano de 1932 casou-se com Antônia Amélia de Farias. Tiveram quatro filhos. Em junho de 1948 mudou-se para Epitácio, sendo, primeiramente, gerente na serraria de Augusto Alves. Depois, como tinha experiência em construção de casas, começou a ensinar os ofícios de pedreiro e carpinteiro às pessoas que foram trabalhar com ele. Isto deu profissão a muitos epitacianos. Aposentou-se e continuou trabalhando e ensinando outros interessados. Faleceu em 27/10/2000 José Limeira de Sousa, praça José Limeira de Sousa nasceu em 21/10/1937 na cidade de Teixeira (PB) e era filho de Orlando Limeira de Sousa e Maria Nunes de Amorim. Desde pequeno, e até os 17 anos, trabalhou na roça. Em 1954 chegou a Epitácio passando a trabalhar na serraria Sarraipa, logo promovido a encarregado. Casou-se com Nair Borges dos Santos Souza em 1959. Teve três filhas: Maria José, Maria Leide e Shirley. Aposentou-se em 1978, mas, não querendo entregar-se ao ócio, passou a trabalhar como feirante vendendo espetinho e verduras. Católico praticante, sempre procurou fazer o bem. José Limeira de Sousa era conhecido por seu desprendimento e atos de solidariedade com os menos favorecidos, apesar dele próprio ser pessoa humilde e de poucos recursos financeiros. Faleceu em 15/3/2002, sendo sepultado no Horto da Igualdade. José Maria Moleiro, rua José Maria de Oliveira Moleiro, nasceu em Portugal, na cidade de Coimbra em 8/11/1918. Filho de pais portugueses, José de Oliveira Moleiro e Rosa da Cruz, veio junto com os pais para o Brasil ainda criança, na década de 1920. Depois de viver sua adolescência na capital paulista, o mesmo casou-se com Dinah Monteiro Moleiro em 1940, mudando-se para Presidente Venceslau (SP) e posteriormente para Presidente Epitácio. Deste casamento nasceram os cinco filhos do casal; Antônio, Maria Ascensão, Lourdes, Neuza e Dalva. Quando da sua chegada em Epitácio, no final de 1949, trabalhou na Serraria Santa Rosa. Tornou-se pequeno empresário no ramo de padaria e por muitos anos foi proprietário da Padaria do Moleiro, na vila Palmira. Sendo um dos 536
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líderes da Colônia Portuguesa de Epitácio, foi um dos criadores da famosa festa do vinho há muitos anos promovida pelo Rotary Club. Vinculado à Colônia Portuguesa, Moleiro também trabalhou por algum tempo na Navegação Fluvial Moura Andrade Ltda. Sabendo que seus filhos ficariam trabalhando na cidade, José Moleiro, sempre incentivou os investimentos dos filhos para que fossem feitos na cidade. Seu falecimento ocorreu em 14/4/1991, deixando também 11 netos e cinco bisnetos, estando sepultado no Horto da Igualdade. José Narezzi, reta José Narezzi nasceu em 15/3/1913 na cidade de São João de Itatinga (SP). Era filho de Luís Narezzi e Rosa Davanço Narezzi. Veio de Santo Anastácio (SP) para Epitácio em 2/7/1958 para trabalhar como sapateiro. Trabalhou na construção da ponte Maurício Joppert da Silva como braçal, tendo depois retornado à profissão de sapateiro. Abriu uma casa de consertos de sapatos na rua Porto Alegre, quadra cinco, em seguida na rua Florianópolis quadra quatro e no final à avenida Presidente Vargas quadra três. Casado com Filomena Longo Narezzi teve os filhos Antônio, Maria de Lourdes, Ângelo Orlando, Rosa Elza, Mário, Cecília, Maria Elena e Marisa. Deixou 13 netos e seis bisnetos. Faleceu em 3/5/1975, sendo sepultado no Horto da Igualdade. José de Oliveira, rua José de Oliveira (conhecido por Zélão) nasceu em 13/3/1913 na cidade de Santa Rita do Rio Preto (BA). Era filho de Manuel Francisco de Moura e Ana de Moura. Saiu da Bahia para aventurar-se em São Paulo - capital, na profissão de motorista. Logo se mudou para Epitácio, na década de 1940, onde exerceu as funções de motorista de táxi da propriedade do senhor Antônio Esser, na época dono do Hotel Internacional que funcionava na esquina da rua Belo Horizonte com avenida Presidente Vargas, quadra dois. Casou-se em Epitácio no dia 6/5/1944 com Sidelcina Francisca de Oliveira (mais conhecida por dona Dézinha), com quem teve os filhos José de Oliveira Filho, Moacir (conhecido por Derão) e Célia, tendo três netos. Zélão era católico. Gostava de jogar baralho, sinuca, fumava e bebia, e sempre andava vestido com paletó e caneta no bolso. Era muito espirituoso e tinha várias “tiradas”. Trabalhou na Prefeitura Municipal de Presidente Epitácio de 1943 a 1971, exercendo as funções de Fiscal Geral. Faleceu em 1971 de câncer no esôfago, sendo sepultado no Horto da Igualdade. José Raimundo Gomes da Silva, rua José Raimundo Gomes da Silva nasceu em Senhora da Glória (MG), em 537
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8/8/1941. Foi funcionário público municipal em Presidente Epitácio de 1969 a 1990. Casado com Nilza dos Reis Castro da Silva, teve seis filhos: Fabiano, Fabrício, Sandra, Valéria, Fernanda e Suzana. Faleceu em 2/12/1990. José Ramos Júnior, alameda José Ramos Júnior (conhecido por Zé Bolinha) nasceu em 28/5/1922 na cidade de Uberaba (MG). Era filho de José Ramos e Francisca Borges de Miranda Ramos. Em 1959 morou no Porto Primavera e em 1960 mudou-se para Epitácio. Aqui teve serviço de alto-falante, tendo sido assessor de imprensa da Prefeitura e colunista social. Era pessoa culta. Prático em botânica sabia os nomes científicos de ervas e plantas. Faleceu em 26/11/1976 de complicações em consequência de diabetes, sendo sepultado no Horto da Igualdade. José Rodrigues de Lima, rua José Rodrigues de Lima (apelidado de Paeta) nasceu em 29/6/1920 na cidade de Bom Jesus da Lapa (BA). Era filho de Joaquim Rodrigues de Lima e Filomensa de Lima. Casou-se com Lucília Maria de Lima, com quem teve os filhos Terezinha, Ana Maria, Ivete, Idete e Fernando. Chegou a Epitácio por volta de 1948 para trabalhar em Porto Tibiriçá como chefe de cozinha da Bacia do Prata, até aposentar-se. Faleceu em 26/01/1990 sendo sepultado no Horto da Igualdade. José dos Santos Pereira, rua José dos Santos Pereira - Zuza alfaiate - filho de Manuel dos Santos e Antonia Cerqueira Santos, nasceu em Carinhanha (BA) dia 25/3/1906. Tornou-se alfaiate em sua cidade natal, onde se casou com Maria Pereira Aguiar, tendo os filhos Otacília, Manoel, Antônio, Raimundo, Geraldo, Nair e Izaias. Após o falecimento de sua mulher, casou-se com Ana de Sousa Costa e teve os filhos Maria Helena, Ari, Luiz Carlos, Célio, Lúcia, Elizabeth, Juraciy e Iran. Em 1952 muda-se para Presidente Epitácio com Ana e os filhos Raimundo, Geraldo, Nair, Izaias, Maria Helena e Luiz. Em Epitácio continua a exercer a atividade de alfaiate. Sempre interessado pela vida política acompanhava os acontecimentos da cidade. Dedicava-se à vida familiar. Faleceu dia 10/10/1974, sendo seu corpo sepultado no Horto da Igualdade. José Vicente Júnior, avenida José Vicente Júnior nasceu a 14/4/1902 em Coimbra, Portugal. Era filho de Manuel Vicente Ralha e Ana Espírito Santo. Ficou órfão de pai muito cedo, tornando-se arrimo de família. Fez-se comerciante. Após casar-se, em 1923, com Belmira Saraiva, veio ao Brasil, deixando em Portugal a mulher 538
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e a filha Palmira, recém-nascida. Voltou a Portugal em 1928, retornando ao Brasil só, ficando em Portugal a mulher então grávida de Celestina, a segunda filha do casal. Chegou a Presidente Epitácio na década de 1930, tornando-se fornecedor de toras e dormentes para Estrada de Ferro Sorocabana. Com a segunda mulher , Catarina de Paula, teve três filhos: Maria José, José Paulo e Paulo José. Católico, seu hobby era o trabalho. Faleceu em 22/9/1979 de falência múltipla de órgãos e está sepultado no Horto da Igualdade em Presidente Epitácio. José Vicente de Sousa, rua José Vicente de Sousa nasceu em 21/4/1917 na cidade de Patrocínio (PI). Era filho de Miguel Carvalho de Sousa e Maria Joaquina do Espírito Santo. Conhecido como Piauí, veio a Epitácio em meados de 1939, trabalhando embarcado, como piloto autônomo, no porto de areia de Alberto Pinto. Casou-se em 6/9/1947 com Lourdes Gomes de Sousa, com quem teve os filhos Sebastião Vicente, Claudete, Cleusa e Sérgio; cinco netos e quatro bisnetos. Pessoa de iniciativa passou a trabalhar por conta própria na compra e venda de madeira e cereais em Guaíra e Presidente Epitácio. Devido a complicações originadas do diabetes que sofria, faleceu em 7/3/1973, sendo sepultado no Horto da Igualdade. José Yoshitake, rua Yoshitake Akitaka (José Yoshitake) nasceu na cidade de Xavantes (SP) em 4/01/1929. Seus pais chegaram ao Brasil em 1920 e foram trabalhar na lavoura em Xavantes (SP). José Yoshitake trabalhou na lavoura desde os oito anos de idade, e frequentou apenas até o 2º ano primário em Xavantes. A família se mudou para Venceslau em1943 e foi lá que José Yoshitake aprendeu o trabalho de mecânico. Em 1953 muda-se para Presidente Epitácio onde montou oficina mecânica. Em 10/10/1953 casa-se com Cizue Yoshitake (dona Amélia), com quem teve os filhos: Paulo, Márcia, Edson e Adilson. Foi presidente da Associação Cultural e Recreativa de Presidente Epitácio – ACRE por muitos anos. Como empresário abriu uma filial de sua empresa em Bataguassu (MS). José Yoshitake foi pessoa que trabalhou muito por Presidente Epitácio, fazendo da cidade sua razão de vida. Cidadão modelo contribuiu para a formação de inúmeros profissionais aos quais transmitiu seus conhecimentos. Isso não bastasse colaborou na construção das escolas “Valdir Romeu” e “Leitão”. Preocupado com os necessitados, sempre colaborou com as entidades filantrópicas epitacianas. Faleceu em 9/8/2002 e foi sepultado no Horto da Igualdade. 539
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Josefa Gomes Menezes, rua Josefa Gomes Menezes, nascida em 1906 na cidade de Águas Belas (AL), era filha de Pedro Menezes e Maria Menezes. Em 1937 veio para Venceslau (SP), ali permanecendo até 1940, quando retornou à sua cidade de origem já casada com Antônio Lino Gomes. Teve os filhos Eloi, Manoel, José, Antônio, Benedito, Maria, Juvenal, Pedro e João. Em 1943 voltou a Venceslau e em seguida a Epitácio, onde passou a residir até seu falecimento. Era católica praticante e gostava de ajudar os necessitados. Faleceu em 1976, sendo sepultada em Venceslau. Jovita Ribeiro, rua Jovita Ribeiro era nascida em São João do Piauí (PI) no ano de 1884. Morou nas imediações de Presidente Prudente de 1932 a 1945, quando se mudou para Presidente Epitácio. Casada com Manuel Ribeiro, teve sete filhos: José, Andrelina, Joana, Pedro, Gerônimo (que foi prefeito de Epitácio), Emitério e Maria de Lourdes. Católica praticante dedicava-se à família. Faleceu em 17/02/1985 e foi sepultada no Horto da Igualdade Juca Pita, rua José Nunes Pita Filho, “Juca Pita”, nasceu em 1896, sendo filho de José Nunes Pita e Andressa de Jesus F. Nunes. Casado com Dolores Nunes Pita, teve dois filhos. Casou-se, em segundas núpcias, com Ernestina Alves de Moraes Nunes Pita. Trabalhou na Serraria Lopes, como escriturário. Era pessoa que tinha sempre acesso ao gabinete dos prefeitos. É lembrado pelo período em que residiu no Hotel Internacional, de Antônio Esser, local onde todas as tardes, às 18 horas, no salão de jantar do hotel, Juca Pita cantava a Ave Maria de Gounod. Faleceu em 30/8/1965 de derrame cerebral, sendo enterrado no Horto da Igualdade. Juliano Ferraz Lima, avenida Juliano Ferraz Lima nasceu em 6/5/1971 na cidade de Presidente Epitácio (SP). Era filho de Sebastião Matos Lima e Ana Maria Ferraz Lima. Formou-se em Administração de Empresas. Requerimento nº 161/98, indicando que seu nome fosse dado a logradouro público foi apresentado à câmara municipal da Estância Turística de Presidente Epitácio e aprovado por unanimidade pelos vereadores, considerando que Juliano Ferraz Lima foi Diretor de Turismo, Presidente do Conselho Municipal do Turismo – Comtur e que se dedicava a que fossem executados os projetos com relação ao turismo como, por exemplo, o da construção da urbanização da avenida marginal ao rio Paraná. Morreu em acidente automobilístico dia 12/9/1998, sendo sepultado 540
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no Horto da Igualdade. Júlio de Andrade, rua Júlio de Andrade nasceu em 15/7/1908, Chegou a Presidente Epitácio em 1928, casado com Francisca Nogueira de Andrade. Deste matrimônio nasceram 17 filhos, sendo quatro nascimentos de gêmeos. Em Epitácio, ambos trabalhavam no serviço de abertura de ruas, cortando árvores e também na abertura de estradas pelo município. Saindo deste serviço, Júlio foi trabalhar como motorista de caminhão, dragando areia do Rio Paraná no porto de areia de Ernesto Seddig. Naquela época não existiam as dragas que depois passaram a executar essa tarefa. Até então para a extração de areia era lançada dentro das águas uma caçamba presa através de um cabo de aço que puxava a mesma para fora e posteriormente descarregava sobre o caminhão basculante. Júlio de Andrade é considerado um pioneiro da cidade, pois quando aqui chegou com a sua mulher, as adversidades para trabalhar no serviço de abertura de ruas eram muitas. Os familiares recordam que dentre as muitas estórias contadas para eles, chamava sempre à atenção o fato de o casal para dormir, tinha muitas vezes que acender fogo em volta do barraco, para que as onças não atacassem a família. Recordavam, ainda, que a alimentação dos peões que trabalhavam na abertura das ruas e estradas era feita pela mulher de Júlio, Francisca. Júlio de Andrade aposentou-se no serviço de extração de areia, onde trabalhou por vários anos. Faleceu na cidade de São Paulo. Júlio Moreno Villiatoro, rua Júlio Moreno Villiatoro nasceu em 7/01/1936 na cidade de Santo Anastácio (SP). Era filho de Francisco Arílio Moreno e Ana Arílio Villiatoro. Inicialmente foi caminhoneiro em Ribeirão dos Índios (SP) e depois em Santo Anastácio. Casou-se em 1960 com Araceles Sanches Moreno, com quem teve três filhos: Júlio César, Aílton César e Juceles. Mudou-se para Epitácio 29/4/1960, para trabalhar como gerente da Lojas de Calçados Bata. Em 1976 estabeleceu-se com negócio próprio, abrindo o Magazine Celes. Pertenceu ao Lions Clube. Foi também representante de produtos químicos, abrindo escritórios no Mato Grosso do Sul. Faleceu em 18/7/1986, estando enterrado no Horto da Igualdade. Júlio Pereira da Silva, rua Júlio Pereira da Silva nasceu em 17/8/1933 em Montes Claros (MG). Era filho de Amaro Pereira da Silva e Ana Pereira da Silva. Em Presidente Epitácio foi funcionário público municipal. Casou-se com Fátima Castor da Silva, 541
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com quem teve Davi, Daniel, Ezequiel e Raquel. Faleceu em 26/02/1993. Juscelino Kubitschek, rua Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em 12/9/1902 em Diamantina, Minas Gerais. Médico, em 1934 é eleito deputado federal. De 1940 a 1945 é nomeado prefeito de Belo Horizonte. Em 1946, é eleito deputado constituinte para em 1950 ser eleito governador de Minas Gerais. Juscelino assume a Presidência da República em 31/01/1956. Com seu lema “50 anos em 5” instalou, em 42 meses construiu Brasília - a nova capital do Brasil, inaugurada em 21/4/1960. JK foi eleito senador pelo estado de Goiás, tendo seus direitos políticos cassados pela ditadura de 1964, partindo para o exílio voluntário no dia 14/6/1964. Morreu em 1976, em um acidente automobilístico na via Dutra, perto da cidade de Resende, no estado do Rio de Janeiro. Laurentina Celestina Santos, rua Laurentina Celestina Conceição Santos, mineira de Jataúba, nascida em 3/01/1919, filha de José Antônio Pereira Santos e Maria Celestina da Conceição, quando na adolescência morando em sua cidade natal, trabalhava na Mina de Ouro Cristal. Chegou a Epitácio em novembro de 1942 para trabalhar junto com o seu marido nas derrubadas. O encarregado do serviço era Seu Miranda. Na época tratava-se com o “Gato”. Reconhecendo geograficamente nos mapas a região onde aconteciam estas derrubadas, verifica-se que é onde está localizada a vila Maria. Naquela época encontrar onça não era muito difícil por esta região. As viagens feitas a pé até o Porto Tibiriçá, faziam parte da rotina desta senhora. Lavar roupa no Córrego Caiuá era uma das lidas do dia das mulheres humilde da época. Casou primeiramente com Antônio Filho, tendo deste casamento somente uma filha, Maria, caso raro para aquela época. Maria, deixou cinco netos. Católica, “Filha de Maria”, sempre desenvolveu atividades na área rural. Trabalhou no desmatamento das fazendas próximas ao rio Santo Anastácio durante um período aproximado de cinco anos. Fazenda Santa Cruz do Cabral, Ilha do Joca, vida sofrida e difícil é lembrada por sua filha dona Maria. Viver a vida ajudando pessoas carentes, conquistando novas amizades, esta foi a vida de Laurentina. Luta dura e árdua nas matas em volta da cidade. Já na terceira idade, morando na cidade, plantava, em terrenos baldios, mandioca, milho, abóboras e outros produtos rurais, que doava para famílias carentes. Sentiuse muito ofendida, quando uma pessoa, certa feita, invadiu uma dessas áreas e arrancou toda a produção, instalando ali uma casa, não considerando já a sua idade avançada. Viu que era hora de parar. Faleceu em 23/02/1995, aos 542
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76 anos de idade, motivada por parada cardíaca. Está sepultada no Horto da Igualdade. Leirto Ribeiro Martins, rua Leirto Ribeiro Martins nasceu na vizinha cidade de Caiuá (SP) em 5/11/1962, onde foi criado até completar um ano. Depois sua família mudou-se para a cidade de Tomazina no norte do Paraná. Filho de Joaquim Ribeiro Martins e Adelaide Ribeiro Martins, ambos funcionários municipais desde os idos do final da década de 1960. Quando veio morar em Presidente Epitácio, com apenas seis anos de idade, iniciou seus estudos. Após concluir a oitava série, imediatamente iniciou os estudos do curso técnico de contabilidade. Com apenas 17 anos prestou vestibular para o curso de Administração de Empresas, conseguindo ser aprovado, apesar deste não ser o curso dos seus sonhos. Na realidade queria ser protético, o que conseguiu estudando na Universidade do Oeste Paulista - Unoeste, onde também se formou em Bacharel em Direito. Solteiro, tinha como hobby ler e viajar, durante o período de férias, para o litoral. Católico, gostava muito de ajudar o próximo. Trabalhou desde os 15 anos no fórum e depois no 1º Cartório de Notas de Epitácio, por um período aproximado de 19 anos. Leirto veio a falecer, justamente no seu local de trabalho em 8/8/1997, vítima de uma arritmia cardíaca, estando sepultado no Horto da Igualdade. Leopoldina Maria da Cruz, rua Leopoldina Maria da Cruz nasceu em 25/11/1896 na cidade de Campo Grande (MS). Chegou ao Porto Tibiriçá em 1914 já casada. Ficou viúva em 1926. Trabalhava como cozinheira de hotéis e pensões. Depois passou a exercer a profissão de parteira, praticamente até o fim de sua vida. Teve os filhos José, Valdemar, Sebastião, Eloá, Natalício dos Santos e Batistina, Rafael e Wilson. Viveu a maior parte de sua vida em Porto Tibiriçá. Era muito religiosa tendo adotado a fé espírita. Ajudou a criar vários filhos adotivos. Gostava muito de passear e viajar. Faleceu em Tremembé (SP), onde foi sepultada. Lúcia Toshie Tachibana, rua Lúcia Toshie Tachibana nasceu em 23/6/55 na cidade de Álvares Machado (SP). Era filha de Diro Tachibana e Clara Saito Tachibana. Estudou o primário no grupo escolar de Álvares Machado (SP). O seu colegial foi feito na escola Angélica Oliveira, e formou-se em matemática pela faculdade da Unesp. Era professora efetiva no colégio 18 de Junho”de Epitácio. Católica praticante morreu em 8/4/1983. 543
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Luís de Camões, praça Luís Vaz de Camões, ao que tudo indica, nasceu em 1524, provavelmente em Lisboa - Portugal. Pouco se sabe sobre sua vida, supondo-se que estudou na Universidade de Coimbra. Por questões amorosas, foi desterrado no Ribatejo. Afastado da capital, tornou-se militar, partindo para o norte da África, onde em combate perdeu o olho direito. Escreveu Os Lusíadas, canto em louvor ao descobrimento da rota marítima para as Índias. É o mais representativo poeta português. Além de Os Lusíadas, Camões só publicou mais três poemas enquanto viveu. Postumamente foram publicados sonetos, redondilhas, canções, odes, incontáveis cartas e três peças teatrais. Faleceu pobre e esquecido em 1580 na cidade de Lisboa. Manuel Francisco Serra, praça Manuel Francisco Serra nasceu na aldeia de Barreiro, distrito de Leiria, em Portugal, no dia 13/01/1908. Morou em Portugal, onde se casou com Joaquina Maria, com quem teve naquele país o filho Diamantino. Quando tinha 27 anos, em 1935, Serra mudou-se com a família para o Brasil e aqui nasceram os filhos Alvino, Antônio e Adelino (Serrinha). A família logo que chegou ao Brasil foi morar em Avaí (SP), depois se mudando para Marabá Paulista e Venceslau. Serra foi lavrador e depois comerciante de cereais e algodão. Com o tempo aprendeu trabalhar artefatos de cimento e em 1955 se instalou em Presidente Epitácio para exercer essa atividade. Em 5/7/1956 traz toda a família para morar, definitivamente, em Presidente Epitácio. Serra era pessoa que gostava de colaborar com as atividades da igreja católica e sempre participou de eventos que necessitavam de colaboradores. Entre suas atribuições à igreja destaca-se a participação nos trabalhos para a construção de uma igreja no Jardim Bela Vista, que foi denominada Igreja Sagrada Família. Serra e seus familiares, espontaneamente, cuidavam da manutenção da igreja e da praça na qual ela estava situada. Serra faleceu em 21/02/1998, sendo seu corpo sepultado no cemitério Horto da Igualdade. Manuel Kotai Costa, rua Manuel Kotai Costa nasceu em 23/02/1947, na cidade de Marabá Paulista. Formou-se pelo Colégio Comercial de Presidente Epitácio e depois pela Faculdade de Direito de São Carlos. Foi integrante da primeira banda de Presidente Epitácio, ensaiando fanfarras de várias cidades. Foi incentivador da fundação de campo de futebol para veteranos, tendo sido, também, técnico de futebol de salão e campeão diversas vezes. Sua paixão era o futebol. Casou-se com Dalva Veloso Ascêncio Costa, com quem teve Karlesso, Keila 544
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e Katiúscia. Faleceu em 7/4/1984. Manuel Mendes de Oliveira, rua Manuel Mendes de Oliveira nasceu em 1896 na cidade de Malhada (BA). Era filho de Ana Mendes de Sousa. Veio a Epitácio em 1934 para trabalhar como carpinteiro nas construções de casas no Porto Tibiriçá, para a Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso. Veio já casado com Henriqueta Mendes de Oliveira, tendo os filhos Valdebides e Enedith. Faleceu em junho de 1956, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Manuel Ribeiro Filho, rua Manuel Ribeiro Filho nasceu em 15/5/1918 na cidade de Penápolis (SP). Era filho de Manuel Ribeiro e Laureana Romeiro. Casado com Joana Montanher teve quatro filhos: Bivaldo, Ariovaldo, Valderes e Rosemari. Era um artista nato e seu hobby era tocar violino em serenatas. Chegou a Epitácio na década de 1930, para trabalhar na construção da Serraria Sobrasil. Exímio carpinteiro, com espírito arrojado, associou-se a seu pai em 1946 e abriu a Casa Guarani, depois Casa Ribeiro, onde eram vendidos secos e molhados, tecidos, brinquedos, calçados, ferragens, combustíveis, material de construção, etc. Atendia a qualquer hora do dia ou da noite. Sua trajetória de sucesso foi interrompida por um derrame cerebral, que veio a afastá-lo de seu trabalho. No dia 10/6/1957 não resistiu a novo derrame e veio a falecer. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Manuel Rodrigues dos Santos, rua Manuel Rodrigues dos Santos, nascido em 20/9/1926 em Manaira, Pernambuco, filho de Marçal Rodrigues dos Santos e Filomena Barbosa da Silva, era popularmente conhecido na cidade como “Cícero Carroceiro”. Veio para esta região quando tinha 20 anos, para trabalhar prestando serviços gerais, em fazendas no município de Presidente Venceslau (SP). Mudou-se para Presidente Epitácio no ano de 1953, aqui trabalhando como carpinteiro. Dois anos depois conseguiu comprar uma carroça para executar serviços de pequeno porte, transportando lenha nas serrarias locais. Ao aposentar-se nessa profissão, depois de muitos anos de trabalho, ele ainda encontrou forças para montar uma pequena mercearia, que era bastante sortida. Em 1956 casouse com Francisca da Silva e tiveram 13 filhos; Flávio, Elenice, Maria José, Paulo Roberto, Francisca, Maria Alice, Eliane, Manoel, Selma, Cristiano, Cássia, Andreia e Adriane, tendo ainda 21 netos. Tinha como opção de lazer a caça, atividade que abandonou tão logo a mesma passou a ser considerada ilegal. “Cícero Carroceiro” faleceu aos 71 anos de idade, vítima de derrame, 545
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estando sepultado no Horto da Igualdade. Manuel de Sousa Barbeiro, rua Manuel de Sousa Barbeiro nasceu em 25/3/1907 na cidade de Sertãozinho (SP). Era filho de José de Sousa Barbeiro e Angélica Cazunatti Barbeiro. Estudou em Barretos (SP). Ainda jovem mudou-se para Quatá (SP). Em 1929, com 21 anos veio a Epitácio. Casado com Maria Jorge de Sousa tiveram quatro filhos: Dorinda, Haydeê, Maria e José. Manuel de Sousa Barbeiro foi desbravador e colonizador da Fazenda Lagoinha, então verdadeira mata, pagando alto preço por isso, ao contrair maleita e febre amarela, além de enfrentamento com animais perigosos. Esta pertencia a Joaquim Marques Guímaro. Manuel considerava a educação algo primordial, tanto que encaminhou os quatro filhos para estudar em São Paulo, pois na região não havia escolas mais avançadas. Na sua época, o ribeirão Caiuazinho era tão límpido e saudável que tinha até camarão de água doce. Posteriormente montou serraria na Fazenda, para industrializar a madeira destinada a São Paulo. Faleceu em 15/01/1975, estando sepultado no Horto da Igualdade. Manuela Borges dos Santos, rua Manuela Borges dos Santos nasceu no dia 19/01/1905 na cidade de Aparecida do Taboado (MS). Era filha de Daniel Ferreira da Silva e Maria Ferreira da Silva (índia da tribo Xavante). Na expedição que Francisco Whitaker fez para dar início às obras de construir um porto às margens do rio Paraná para ligação da estrada São Paulo/Mato Grosso, os pais de Manuela faziam parte. Mas eles aqui não ficaram. Foram para Mato Grosso do Sul. Manuela retornou ao estado de São Paulo, viúva, sem filhos, aos 19 anos de idade, indo residir em Santo Anastácio. Num dos tradicionais piqueniques em Tibiriçá, conheceu seu segundo marido, Guilherme Borges dos Santos. Após seu casamento, sua primeira atividade em Epitácio foi hotel e armazém. Prosperaram como comerciantes, mas Guilherme Borges gostava do rio e então passou a trabalhar embarcado na Cia. Viação São Paulo Mato Grosso, residindo no Tibiriçá. Ali ela desenvolvia suas atividades políticas e sociais. Durante sua vida cuidou de soldados doentes, nas duas revoluções: 1924 e 1932. Teve uma filha, Jovelina, a qual morreu com 17 anos. Manuela lutou pela escola no Tibiriçá, pois antes quem queria estudar tinha que ir à Colônia Arpad. O Espírito de liderança de Manuela fazia com que sua casa fosse ponto de encontro de médicos, dentistas e professoras. No campo político queria que todos fossem alfabetizados para poderem decidir os rumos políticos da cidade. Sua religiosidade sem igual fez com que, juntamente 546
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com Joaquim Martins e Estevan Holpert, fosse erigida a primeira igreja. Com Armênio Macário Ribeiro batalhou para que viesse, do Rio Grande do Sul, a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, cuja capela foi construída no Porto XV. Tinha amigos influentes e sempre ia a São Paulo pedir pelos seus afilhados, mais de 200, dizia ela. Batizava os pais e depois os filhos. Contava que foi ao enterro de Monteiro Lobato. Muito culta, politizada, defendia a constituição familiar. Um pedido dela era uma ordem. Ela era tudo: de assistente de médico a cozinheira e mãe para os sem família. Organizava clubes e blocos carnavalescos. Levou até Santos (SP) os pracinhas convocados para a Segunda Guerra e quando estes voltaram, organizou uma festa para recebê-los. Faleceu em 14/9/1970. Está sepultada no Horto da Igualdade. Maria Ângela da Silva, reta Maria Ângela da Silva nasceu em 18/9/1900 na cidade de Montes Claros (MG). Casou-se em Montes Claros com Arlindo Ferreira da Silva e vieram para Tibiriçá, onde seu marido trabalhou na Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso. Tocou um bar na estação Sorocabana. Em 1952, com seu filho Sebastião, montou a Livraria e Papelaria Silva. Gostava de festas e dançar. Era católica. Deixou os filhos Sebastião, Odete, Maria de Lourdes e Arli, além de 10 netos, 10 bisnetos e uma tataraneta. Faleceu em 17/12/1966. Foi sepultada no Horto da Igualdade. Maria dos Anjos Teixeira, rua Maria dos Anjos Teixeira nasceu em 15/8/1904, na cidade de Barbalha (CE). Era filha de João Marques Rodrigues e Maria da Conceição Rodrigues. Casou-se com José Ildefonso Teixeira e teve os filhos Esmeraldo, Flávio, Zoraide, Armando, Carlos Alberto e Adriano. Chegou a Epitácio em 26/8/1938 onde veio trabalhar plantando na ilha Quero-Quero. Depois se mudou para o Porto Tibiriçá, exercendo a função de parteira. Deixou nove netos, seis bisnetos e seis tataranetos. Faleceu em 1/6/1988 de parada cardiorrespiratória. Foi sepultada no Horto da Igualdade. Mário Paulo da Silva Júnior, rua Mário Paulo da Silva Júnior, filho de Mário Paulo da Silva e de dona Jacira Ferreira Nascimento Silva, nasceu em 1977. Como todo jovem, gostava de viver com o seu grupo de amigos e de desfilar em sua escola de samba a Unidos da Ribeira. Com apenas nove dias de trabalho como servidor público municipal, no dia 20/02/1996, faleceu vítima de acidente de trânsito. Mário Rodrigues Bittencourt, rua Mário Rodrigues Bittencourt nasceu em 30/6/1901 na cidade de 547
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Queimadas (BA). Era filho de Porcino Rodrigues Bittencourt e Maria Cândida Bittencourt. Chegou a Epitácio em 1956 para trabalhar no escritório de contabilidade M. Bittencourt, que ficava na rua Porto Alegre 1-32 a 142. Posteriormente passou a ser escritório Alvorada, de contabilidade. Foi fundador da Sociedade Filarmônica 27 de Março e seu presidente por quatro anos (a gestão era de dois anos). Apaixonado por música criou a Banda 27 de Março para a formação de músicos e a mesma era carinhosamente chamada de A Furiosa. Casou-se em 16/6/28 em Venceslau (SP), com Fortunata Domenice Bittencourt. Tiveram os filhos Maurício, Cláudio, Mário, José Gaspar, Luiz Antônio, Maria de Lourdes, Terezinha e Florinda. Teve 17 netos e seis bisnetos. Católico, faleceu em 8/8/1970 de enfarto agudo do miocárdio e foi sepultado no Horto da Igualdade. Martim Ribeiro, rua Martim Ribeiro, filho de Manuel Ribeiro e de dona Januária Ribeiro, nascido em 11/3/1916 em Bom Jesus da Lapa - Bahia. Chegou a Presidente Epitácio no ano de 1935, trabalhando como contratado para serviços de conservação e ampliação da Estrada de Ferro Sorocabana. Posteriormente foi trabalhar no roçamento e capinagem na área onde se localizava o Porto Tibiriçá, atualmente vila Tibiriçá. Depois trabalhou em várias serrarias, para finalmente trabalhar nas embarcações no rio Paraná, por aproximadamente 40 anos, quando se aposentou. Deixou cinco filhos, Jesus, Mauro, Valter, Altamiro e Clarice, além de 13 netos. Faleceu dia 27/6/1998, vítima de derrame cerebral, estando sepultado no Horto da Igualdade. Massami Maemura, rua Massami Maemura, nascido em Presidente Venceslau aos 2/9/1929 era filho de Seije Maemura e Tizue Maemura. Nos anos 40 passou a morar e trabalhar na região do Campinal, como a maioria dos japoneses e descendentes de japoneses que resolveram cultivar as terras daquele local. Casou-se em 1950 com Tuyako Maemura e teve os filhos Minoro, Yaffuko, Eiji e Reiko. Dedicou à agricultura e, também, a prestar serviço de transporte em caminhão. Era fã do jogo gateball. Massami Maemura era um apaixonado pelo Campinal. Sempre que solicitado, desinteressadamente, prestava os mais diversos favores aos moradores do distrito do Campinas. Faleceu em 22/6/1995, sendo sepultado em Venceslau. Massao Shibayama, rua Massao Shibayama nasceu na província de Iamaguchi, Japão, no dia 1º/4/1906. Quando tinha oito anos, seus pais resolveram mudar-se para o 548
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Brasil, aqui chegando em 11/5/1914. O destino Brodósqui (SP). Em 1921 sua família mudou-se para Álvares Machado (SP), aonde Massao veio a conhecer Kazuko Sugimoto, com quem se casou em 1941, tendo os filhos Luiza, Arthur, Mário, Lauro, Izaura e João. Em 1945 transferiu-se para Mirante do Paranapanema (SP). Em 1954 vendeu a propriedade rural em Mirante e investiu em Presidente Epitácio, onde abriu o loteamento da vila Monte Castelo em 1955. Shibayama resolve mudar-se definitivamente para Epitácio em 1957. Seu trabalho rendeu-lhe dezenas de homenagens: agraciado pelo ministro do Exterior do Japão com o “Sakazuki” em 1958, quadro Honra ao Mérito em 1958, troféu do “Giro Shimanoe” em 1971, medalha de mérito “D. Pedro I” em 1974, medalha de mérito “Brigadeiro José Vieira Couto Magalhães” em 1979, laureado com Comenda concedida pelo governo japonês em 1988, além de mais seis honrarias “Kaneka-Jo”. Massao Shibayama com seu empreendimento imobiliário em Presidente Epitácio, em 1955, foi um dos empreendedores que contribuiu para o crescimento da cidade. Seu desprendimento era conhecido e mostra disso foi, também, a doação à prefeitura de Presidente Epitácio de parte do terreno onde é atualmente o cemitério Horto da Igualdade. Faleceu dia 12/02/2001 e seu corpo foi sepultado no Horto da Igualdade. Maura Aparecida Dassie Vergani, rua Maura Aparecida Dassie Vergani nasceu em 23/5/1951 na cidade de Piquerobi (SP). Era filha de Camerindo Vergani e Aurora Dassie Vergani. Frequentou o curso primário em Piquerobi (SP), concluindo o curso ginasial e Normal em Santo Anastácio (SP). Licenciou-se em Pedagogia em Presidente Prudente (SP). Trabalhou como professora de 1975 a 1981 em Piquerobi (SP). Efetivou-se em Apiaí (SP) em 1981, onde permaneceu até 11/8/1982, quando se transferiu para Presidente Epitácio, lecionando na Escola Estadual de Primeiro Grau de Presidente Epitácio como professora de pré-escola até sua morte em 1987. Maura era solteira e tinha como religião o catolicismo. Seus hobbys eram passeios, festas, trabalhar com crianças, cultivar amizades e valorizar sua profissão. Acometida de câncer de útero, faleceu em 6/10/1987, estando sepultada em Piquerobi (SP). Maurício Xavier Duque, rua Maurício Xavier Duque nasceu na cidade de Malhada (BA) em 22/9/1908. Era lavrador e canoeiro no rio São Francisco. Em 1928 veio para Epitácio como lenhador para a Estrada de Ferro Sorocabana. Posteriormente trabalhou em frigorífico de peixe. Depois passou a trabalhar na Companhia 549
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de Viação São Paulo Mato Grosso na função de carpinteiro. Tempos após foi admitido na Bacia do Prata como marinheiro, local onde galgou postos, finalizando a carreira como Capitão Fluvial, função na qual aposentou-se. A seguir tornou-se pecuarista em Bataguassu (MS). Casado em 1933 com Maria Pesquera Duque, teve os filhos Bartolomeu, Jaci, Jurandir, Jandira, Antônio e Sérgio. Seus maiores prazeres eram navegar e lidar com gado. Faleceu em 12/01/1999, estando sepultado no Horto da Igualdade. Maurílio Felix da Silva, rua Maurílio Felix da Silva nasceu na vizinha cidade de Santo Anastácio (SP), no dia 20/9/1953. Filho de Manuel Felix da Silva e Emília Pereira da Silva. Ainda criança veio para Epitácio para ser criado pelos tios. Esportista de coração, palmeirense por paixão, Maurílio ou “Cara Preta”, como ficou conhecido, casou-se com sua primeira mulher, Maria Bernadete, com quem viveu até nascer sua filha Cliscer. Divorciado, casou-se com Cleuza Batista de Oliveira, com quem viveu até o seu falecimento. Pessoa de hábitos pitorescos, católico e esportista, dizia-se que a coisa mais difícil do mundo era conseguir deixar o “Cara Preta” nervoso. Com todas estas qualidades, o mesmo inclinou-se para a atividade de árbitro de futebol, trabalho que estava desenvolvendo quando veio a falecer, de enfarto do miocárdio, em outubro de 1998. Maximino de Lima, rua Maximino Rodrigues de Lima (Massú) nasceu na cidade de Januária, Minas Gerais, em 29/5/1917. Era filho de Gregório Rodrigues Lima e Otília Miranda de Lima. Casado com Malvina Pereira de Lima em 1945 teve os filhos Ogue e Mílvio, além de cinco netos. Aqui chegaram no dia 10/3/1933 e foram diretamente para o Tibiriçá, onde Massú passou a trabalhar como auxiliar de mecânico na Cia. de Viação São Paulo Mato Grosso - CVSPMT. Depois foi motorista dos rebocadores XV de Novembro e Tibiriçá. Massú trabalhou na CVSPMT até 1943. Trabalhou no Serviço de Navegação da Bacia do Prata – SNBP, casando-se nesse mesmo ano. Massú trabalhou, também, como vendedor ambulante até que montou o Bazar Santo Antônio, na avenida Presidente Vargas, onde ficou até 1967, vindo a aposentarse em 1969. Seu alto espírito de filantropia o levava a participar efetiva e desinteressadamente de campanhas beneficentes promovidas em Presidente Epitácio. Faleceu em 11/7/1995, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Mestre João, rua João Batista dos Santos (Mestre João) nasceu em 14/7/1906 na cidade de 550
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Casa Nova (BA). Era filho de Francisco Serafim Abade e Maria Francisca Abade. Por volta de 1940 chegou a Epitácio, já casado com Clotilde dos Santos, com quem teve a filha Estelita. Veio para trabalhar como marinheiro na Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso e depois como torneiro mecânico, chefe da oficina, função que exerceu até sua aposentadoria. Foi fundador do Centro Espírita Fé Esperança e Caridade. Gostava de ler livros espíritas. Faleceu em 1/6/1994 de neoplasia do estômago, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Miguel Benedito de Oliveira, rua Miguel Benedito de Oliveira nasceu em 8/5/1920 na cidade de Angatuba (SP). Era filho de José Benedito de Oliveira e Maria Amantina de Oliveira. Trabalhava na Serraria M. Silva, onde era diretor. Depois a Serraria mudou seu nome para Meca, onde Miguel continuou. Em 1970 mudou-se para Epitácio, continuando a trabalhar na Meca. Casado com Maria Lúcia Domingues teve os filhos Milton, Clarice, Carlos Roberto, Renato e Evelyn. Gostava de passeios. Faleceu em 14/7/1991 e foi sepultado em São Paulo. Miguel Coutinho, rua Miguel Arcanjo de Abreu de Lima Pereira Coutinho nasceu em 23/7/1894 na cidade de Bom Jardim (RJ). Era filho de Miguel de Abreu de Lima Pereira Coutinho e Brasilina Hortênsia dos Santos Coutinho. Casado com Maria Lara de Toledo Coutinho teve os filhos Luiz Gonzaga e Marina. Era médico, residindo em São Paulo, onde exercia a política, tendo sido oficial de gabinete de Ademar de Barros. Exerceu, também, o cargo de diretor da Assistência Policial de S. Paulo. Foi um dos fundadores do Hospital das Clínicas de São Paulo. Era diretor do Hospital Alemão (hoje Hospital Osvaldo Cruz), em São Paulo. As pessoas que adoeciam em Epitácio e necessitavam de tratamentos mais complexos (aqui não existiam) eram enviadas a Miguel Coutinho que as encaminhava para os tratamentos de saúde necessários, chegando mesmo a hospedá-las em sua casa. Católico praticante, seu grande prazer era a política e atos de benemerência. Faleceu em 4/9/1951, sendo sepultado em São Paulo. Miguel José de Lima, rua Miguel José de Lima nasceu em 29/9/1932 no Sergipe. Era filho de Domingos José de Lima e Maria Secundina de Jesus. Lavrador e comerciante em seu estado de origem, em 1969 veio para o Campinal exercer o comércio na compra e venda de cereais. Casado com Josefa Maria da Conceição teve os filhos Gelson, Denilson, Moacir, Rosinete, Cleonice, Zilda, Deilde, Odair 551
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e Alice. Gostava de futebol e pescar. Faleceu em 13/8/1984, sendo sepultado em Venceslau (SP). Miguel Mellado, rua Miguel Mellado Gomes de Mercado nasceu na Espanha e era filho de Pedro Mellado Lopes e Dolores Mercado Mellado. Chegou ao Brasil pelo Porto de Santos (SP), no início de 1937, fugindo da Guerra Civil Espanhola, inicialmente trabalhando como “mascate” viajando pelo interior do estado. Somente em 1939 é que os irmãos Mellado vieram se instalar em Presidente Epitácio, atraídos pela pujança da região, como a madeira e o gado que vinha do estado de Mato Grosso. Aqui adquiriram terras e construíram casas e salões, onde montaram uma loja de secos e molhados que era chamada La Tropical. Este estabelecimento ficava no cruzamento da avenida Presidente Vargas com a rua Belo Horizonte. Casou-se com Isaura Gomes. Não teve filhos. Faleceu em 1958. Miguel Palmeira da Silva, rua Miguel Palmeira da Silva nasceu em 10/9/1909 no estado de Alagoas. Era agricultor, quando nos anos 40 veio para a região do Campinal, em Epitácio. Casou-se com Minervina Nascimento Silva, com quem teve os filhos José, Juarez, José Jason, João, Gerusa e Jacíria. Tornou-se sitiante, plantando arroz, milho, feijão, amendoim, algodão e batata. Teve, também, armazém e loja de roupas. Faleceu em 1972 na cidade de São José dos Campos (SP), onde foi sepultado. Miguel Pedro Miguel, rua Miguel Pedro Miguel nasceu em 27/3/1908 na cidade de Ksair-Líbano. Eram seus pais Pedro Miguel e Sarah Miguel. Veio para o Brasil em 29/6/1948, descendo no porto de Santos. Procurava uma vida melhor para imigrante. Sempre trabalhou no comércio. Iniciou em Osvaldo Cruz (SP), Pacaembu (SP) e no dia 2/8/1958 veio para Epitácio. Coincidiu ser no dia em que a cidade estava em festa com a inauguração do Cine Azenha. Montou uma loja, a Casa dos Retalhos à rua Belo Horizonte, onde trabalhou por 30 anos, até aposentar-se. Casado com Assma Miguel teve os filhos Nabil e Sukeil. Deixou seis netos e seis bisnetos. Faleceu em 24/01/1988 e foi sepultado no Horto da Igualdade. Milton Bruck Lacerda, rua Milton Bruck Lacerda nasceu em 24/01/1919 na cidade de Porto Alegre (RS). Era filho de Taciano Lacerda e Teodora Lacerda. Foi um dos pioneiros da navegação turística em Presidente Epitácio. Proprietário da Empresa de 552
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Navegação NAV-TUR, em Epitácio. Colocou o navio Epitácio Pessoa para singrar as águas do rio Paraná. O engenheiro Milton Bruck Lacerda, apostava no desenvolvimento do turismo em nossa região. O seu maior projeto deveria acontecer quando do fechamento da usina de Porto Primavera (atual Usina Hidroelétrica Sérgio Motta), com a construção de navio de grandes dimensões e luxo (contaria até mesmo com piscina, como os grandes transatlânticos) para navegar nesse lago. Era pessoa afável, embora discreta. Faleceu em 1994 na cidade de São Paulo, vítima de diabetes. Monteiro Lobato, rua José Bento Monteiro Lobato, nascido em 1882, é considerado o pai da literatura infantil no Brasil. Formado em Direito pela São Francisco, em São Paulo, teve sua própria gráfica, onde editou, desde seu primeiro conto (Urupês) até as demais obras infantis como Reinações de Narizinho, O saci, O Marquês de Rabicó, O Escândalo do Petróleo e O Pica-pau Amarelo. Por ser nacionalista em relação ao petróleo e atacar a política de Vargas foi preso em 1941. Sua vida financeira teve altos e baixos. Faleceu em 1948. Nagib Mikhail, rua Nagib Mikhail nasceu em 21/4/1921 na cidade de Liksser no Líbano. Veio ao Brasil em 1948, primeiramente indo trabalhar em Osvaldo Cruz (SP), em loja de tecidos. Chegou em Epitácio em 1952 e montou a Loja Central, na avenida Presidente Vargas. Casou-se, em 22/6/1968, com Jurgeti Haddad Mikhail, com quem teve os filhos Edson, Leila, Nelson e Lucia. Tinha três netos. Faleceu de aneurisma em 28/01/1983, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Napoleão Amorim de Mello, rua O aeroviário Napoleão Amorim de Mello era paulista de Salto Grande onde nasceu em 1926. Filho de Tomás de Aquino Amorim e Marieta Amorim. Seu Napoleão, como se tornou conhecido em Presidente Epitácio, depois de morar por aproximadamente 40 anos na capital paulista, onde trabalhou como motorista de táxi e na VASP, veio para Epitácio em 1980, na condição de aposentado. Casou-se com Maria José Pontes Amorim e tiveram o filho Paulo Roberto. Casado em segundas núpcias com Sueli Mariano tiveram os filhos Artur e Daniele. Proprietário do Rancho do Napoleão, localizado na margem esquerda do rio Paraná, próximo ao Poção do Jacó, seu Napoleão tornou-se famoso na cidade por hospedar pescadores que procuravam a sua propriedade em busca de um belo dourado, um enorme jaú, ou até mesmo como lazer, para fugir ao estresse das grandes cidades. Em 23/6/1991, seu 553
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Napoleão veio a falecer, vítima de insuficiência respiratória aguda e de câncer do pulmão, estando sepultado no Horto da Igualdade. Nascimento Gomes, rua Nascimento Gomes nasceu em 17/02/1900, na cidade de Garanhuns (PE). Vindo para São Paulo morou muitos anos em Caiuá (SP), onde foi nomeado delegado de polícia e exercia a profissão de madeireiro. Com o passar dos anos adquiriu glebas de terras e tornou-se pecuarista. Foi um dos desbravadores da região. Casou-se, em 1952, com Lídia Maria Gomes tendo os filhos Elio e Rui, além de seis netos e sete bisnetos. Chegou a Presidente Epitácio em 1965. Gostava de caçar. Era católico não praticante. Faleceu em 12/12/1969 de insuficiência respiratória e foi enterrado no Horto da Igualdade. Nelson Hungria, rua Nelson Hungria nasceu em Além Paraíba (MG), em 1891. Jurisconsulto foi Ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Participou da comissão revisora do Código Penal e da Lei das Contravenções Penais, bem como da redação do Código de Processo Penal. Foi autor de diversas obras jurídicas, com destaque para Comentários ao Código Penal. Faleceu no Rio de Janeiro (RJ), em 1969. Neusa Correia de Assis Carvalho, rua Neusa Correia de Assis Carvalho nasceu em 19/11/1948. Era filha de Osório Correia de Assis e Ana Rodrigues de Assis. Estudou no Grupo Rural e o ensino médio no Colégio Antônio de Carvalho Leitão de Epitácio. Em Dracena (SP), graduou-se em Educação Física e Letras. Lecionou no próprio Colégio em que estudara e no Valdir Romeu. Casou-se em 21/02/1974 com Almir de Carvalho, indo morar em Bilac (SP), passando a dar aulas em Braúna (SP). Era pessoa que gostava de participar dos desfiles. Levava os alunos para São Paulo em visitas a museus e ao Ibirapuera. Gostava de dançar e viajar. Era também atleta. Morreu no dia 24/8/1974 em acidente automobilístico no trevo de Lins (SP). Está sepultada no Horto da Igualdade. Nidroaldo Morais Marinho, rua Nidroaldo Morais Marinho, goiano de Santa Rita do Araguaia, nasceu em 24/3/1939. Era filho de Esmeraldo Marinho e Leontina de Morais Marinho. Casado com Valderez Ana Ribeiro Marinho teve três filhos: Gustavo, Augusto e Otávio. Ainda moço chegou a Presidente Epitácio, no final da década de 1950, onde concluiu seus estudos do antigo curso ginasial e colegial. Formouse em Administração de Empresas em Tupã (SP). Exerceu várias atividades 554
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profissionais: foi funcionário público na área da educação, criador de aves para abate, comerciante e como administrador de empresas gerenciou os Postos de Gasolina Ipiranga e o Posto Centro-Oeste. Foi sócio-fundador do Lions Clube de Presidente Epitácio e membro da Loja Maçônica São João da Escócia IV. Era membro atuante dos cursos do Encontro de Casais com Cristo, da igreja católica. Seu hobby ficava entre a conversa com os amigos, a pescaria, a música, a dança e a leitura. Morreu no dia 8/10/1983 vítima de acidente durante uma pescaria. Está sepultado no Horto da Igualdade. Nishiro Shiguematsu, avenida Nishiro Shiguematsu nasceu em 1893 na cidade de Fukuoka Kein, no Japão. Eram seus pais Hissataro Shiguematsu e Moto Shiguematsu. Chegou na região do Campinal em 1949. Casado com Hissa Shiguematsu teve os filhos Yoka e Hissashi. Era agricultor, destacando-se no plantio de algodão, arroz, milho, amendoim e hortelã. Gostava de brincar com baralho, beisebol e cultura física. Participou na diretoria da Associação Cultural e Recreativa de Presidente Epitácio. Faleceu em 5/8/1969, sendo sepultado em Venceslau (SP). Nivaldo Inácio dos Santos, rua Nivaldo Inácio dos Santos nasceu na cidade de Osvaldo Cruz (SP) em 6/10/1952. Eram seus pais Antonio Ignácio dos Santos e Zulmira Postal dos Santos. Ele chegou em Presidente Epitácio em 1974, mais precisamente na reserva florestal, onde passou a exercer a função de pescador profissional. Casou-se em 1977 com Sônia Maria Gomes dos Santos, com quem teve cinco filhas. Nivaldo Inácio dos Santos foi colaborador constante da Defesa Civil de Presidente Epitácio quando das enchentes que eram comuns nos períodos das chuvas de verão. Era munícipe atuante nos resgates e prestação de socorro às famílias ribeirinhas vitimadas pelas enchentes. Ao lado dessas suas atitudes, de relevante valor social, Nivaldo teve participação em movimentos reivindicatórios perante a Cesp e a favor dos pescadores. Morreu por afogamento no caudaloso Rio Paraná, no exercício da profissão, dia 1º/6/2009, e foi enterrado no Horto da Igualdade. Noel Rosa, rua Noel de Medeiros Rosa, nascido em 1910 na cidade do Rio de Janeiro. Cognominado “O Poeta da Vila”, por ter nascido em vila Isabel, foi compositor, cantor, sendo considerado um dos maiores expoentes da música popular brasileira. Pertenceu ao Bando dos Tangarás, conjunto formado por músicos de destaque na época. Suas composições, mais de 200, caiam facilmente no 555
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gosto popular. Podem ser apontadas, entre outras as composições Com que Roupa?, Conversa de Botequim, Feitio de Oração, Pierrot Apaixonado, As Pastorinhas e Palpite Infeliz. Morreu com 27 anos, de tuberculose, em 1937. Odilon Matias Dantas, rua Odilon Matias Dantas nasceu em 30/5/1927, na cidade de Barra de Jardim (CE). Nascido e criado no Sítio da Cida, veio para Epitácio em 1951, para trabalhar no Serviço de Navegação Bacia do Prata como marinheiro embarcado. Casou-se com Filomena Menezes Dantas no dia 15/9/51. Teve os filhos Maria das Virgens, Luzanira, Laudelina, Luiz, José Abdias, Odilon e Valdemir, além de 17 netos e três bisnetos. Faleceu de derrame cerebral em 27/8/1991. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Okada, estrada Esta estrada recebeu a atual denominação em homenagem à família Okada, cujo patriarca é Tadao Okada. O clã Okada se ocupa da agricultura em nosso município já faz considerável tempo. O trabalho dos membros da família iniciou-se com o cultivo de tomate em 1980 e em 1982 o Ministro da Agricultura, em conjunto com o presidente do INCRA conferiu-lhes o título de Produtor Modelo de 1982, em reconhecimento ao seu desempenho no setor agropecuário. Da mesma forma, nos anos de 1983 e 1984 voltaram a receber a mesma honraria. Em 1988 a família Okada foi tema de reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o qual em seu suplemento agrícola trouxe como manchete da capa: “Okada, vida melhor no sítio”. Em 1989 foi o jornal O Imparcial, de Presidente Prudente (SP), a conhecer e divulgar as técnicas de cultivo empregadas pela família Okada. Em 1995 o jornal O Estado de S.Paulo volta a trazê-la na capa de seu suplemento agrícola dizendo: “Invento - Agricultor faz sistema de estufa e de irrigação que se desloca sobre trilhos”. Os Okada investiram pesadamente em sua fazenda, além da utilização de inventos próprios à agricultura, fato que os habilitou fornecer seus produtos a empresa multinacional de renome, a partir de 1998. Olavo Bilac, rua Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro em 16/12/1865. Jornalista e poeta parnasiano tinha uma escrita com correção de linguagem e rigor da forma. Foi um lutador pelo serviço militar obrigatório, acreditando que com ele poder-se-ia combater o analfabetismo. Defensor da abolição da escravatura era leitura obrigatória nos círculos literários. É autor da letra do Hino à Bandeira. É considerado o Príncipe dos Poetas. Faleceu em 28/12/1918. 556
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Olga Moleiro Paiva, rua Olga Moleiro Paiva nasceu em 11/5/1934, na cidade de Marília, estado de São Paulo, era filha de Antônio João Moleiro e Paula Anderson. Era proprietária de uma pensão e um açougue em Marília. Também tinha uma farinheira na cidade de Emilianópolis (SP). Devido aos percalços da vida mudou-se para Presidente Epitácio no ano de 1966, indo morar na antiga vila do Aviador, depois se mudou para a vila Palmira e finalmente na vila Maria onde fixou residência em definitivo. Por muitos anos foi proprietária de um dos primeiros açougues naquele bairro. Sempre ativa e negociante, dona Olga, era compradora e vendedora de casas e terrenos. Casada desde 1950 com Jorge Paiva, deixou 14 filhos, 18 netos, 12 bisnetos. Católica e sempre prestando serviços aos mais necessitados, ela tinha uma preferência um pouco estranha para as mulheres de hoje, tinha como hobby, ficar na portaria da Santa Casa, ajudando a prestar socorro e apoio aos doentes que ali chegavam, e nos demais períodos de folga, trabalhar por conta própria no ramo do comércio. Faleceu em 8/8/1996, vítima de hemorragia interna, estando sepultada no Horto da Igualdade. Olívia Fernandes Avallone, reta Olívia Fernandes Avallone nasceu a 19/10/1907 em Coimbra- Portugal. Em 1917 chegou ao Brasil, pelo porto de Santos (SP) e foi para a cidade de Porangaba (SP). Lá se casou com Oscar Carlos Avallone, com quem teve seis filhos: Ruthe, Odete, Carlos, Oscar, Manoel Carlos e Maria José. Mulher de farmacêutico trabalhava na farmácia com o marido. Com a morte deste, em 1963, logo em seguida veio morar com a filha Maria José em Epitácio. No período que aqui viveu, dedicou-se à assistência social e colaboração com os trabalhos da Câmara no campo assistencial. Católica praticante faleceu em 15/12/1976, sendo sepultada em Porangaba (SP). Olívio Xavier Duque, reta Olívio Xavier Duque nasceu em 28/5/1935 na cidade de Presidente Epitácio. Era filho de Genésio Xavier Duque e Eliza Maria Xavier Duque. Servidor público federal da Bacia do Prata. Foi, ainda, cabo do exército em Guaíra (PR). Gostava de futebol. Faleceu em 21/9/1968, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Oscar Pelegrini, rua Oscar Pelegrini nasceu em 25/10/1918 na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo (SP). Era chefe de turma da Cia. Elétrica Caiuá. Instalou a rede de energia elétrica em Epitácio, trabalho este iniciado em dezembro de 1945, 557
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sendo a rede inaugurada em 27/7/1946, período em que permaneceu em Epitácio. Era casado com Maria Caetano Pelegrini. Teve um filho, Antônio Oscar, além de quatro netas e seis bisnetos. Faleceu em 29/8/1969, sendo sepultado em Presidente Prudente (SP). Osvaldo Cardoso Feitosa, rua Osvaldo Cardoso Feitosa, nascido em 7/6/1925, na cidade de Juazeiro (BA), era filho de João da Mata Feitosa e Joana Cardoso Feitosa. Quando jovem foi comerciante na cidade de São Vicente (SP), trabalhando vários anos no ramo de atacadista, primeiramente na condição de empregado, depois montando o seu próprio negócio. Veio para Presidente Epitácio no ano de 1966, trabalhando inicialmente como vendedor ambulante na compra e venda de suínos, ovinos e outros. Quando melhorou suas atividades comerciais, voltou a montar seu próprio comércio, instalando-o na vila Martins em Presidente Epitácio. O seu armazém de secos e molhados atendia a todos os moradores do bairro. Casado com Alaide Alves Santiago tiveram 11 filhos, Itami, Osvaldo, Moisés, Ozanah, Elias, Ivone, Abraão, Sarah, Márcia, Monica e Marcelo. Deixou 18 netos e dois bisnetos. Era atraído por corrida de cavalos principalmente na cidade de São Vicente (SP). Era católico. Em seus últimos dias de vida trabalhou como vigia na construção da agência do Banco do Brasil S.A. em Epitácio. Faleceu em 16/10/1979 aos 54 anos de idade, estando sepultado no Horto da Igualdade. Osvaldo Miguel, rua Osvaldo Miguel nasceu em São José do Rio Preto (SP) no dia 7/8/1925. Eram seus pais Miguel Antônio e Zaquia Elias. Osvaldo Miguel cursou o primário e depois o técnico em contabilidade por correspondência. Trabalhou como gerente do Bar e Café Pinho. Em 1945 casou-se com Maria de Freitas Miguel, com quem teve as filhas Leila e Elenice. Nos anos 1950 adquiriu de seu tio, Elias Simão, o armazém A Barateira, a qual passou a chamar-se Casa Estrela. Participou do Rotary Club sendo presidente do mesmo por duas gestões: de julho de 1979 a junho de 1980 e de julho de 1982 a junho de 1983. Comerciante atuante foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Presidente Epitácio – Acipe - no período de 6/6/1981 a 6/3/1983. Por muitos anos, até seu falecimento, o Clube Filarmônica 27 de Março esteve sob sua presidência. Osvaldo Miguel dedicava-se, de corpo e alma a tudo que fazia, sempre para que Epitácio tivesse o melhor. Tinha a virtude de se doar por inteiro e desinteressadamente. Foi um dos batalhadores pela constituição do Centro Social São Pedro. Faleceu em 5/9/2010 e está sepultado no Horto da Igualdade. 558
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Osvaldo Valenzuela, rua Osvaldo Valenzuela, nascido em 16/5/1942, na cidade Paranaense de Guaíra, era filho de Hermegilda Alfonso e Cipriano Valenzuela. Veio para Presidente Epitácio ainda criança, quando tinha quatro anos de idade. Por ter passado maior a parte da sua vida em Presidente Epitácio, sentia-se um epitaciano da “gema”. Casou-se com Devanice Ferreira da Silva Valenzuela, com quem teve cinco filhos; Francis, Cynthia, Osvaldo Júnior, Heber e Dayane. Tinha como hobby jogar snooker no Bar da dona Helena. Iniciou sua vida de trabalhador na Papelaria Silva, posteriormente transferiu-se para Murtinho Mendes Gonçalves. Pessoa dinâmica e de competência, logo se tornou gerente da Serraria Somaco de propriedade de Augusto Alves de Paula. Tornou-se gerente da extinta Navegação Fluvial Meca e proprietário da Navegação Santa Cruz de Primavera (SP) e era um dos sócios proprietários do Yate Clube Rio Paraná em Presidente Epitácio, cargos estes desenvolvidos com a maior seriedade. Católico, cidadão organizado e responsável faleceu em 25/01/1997, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Oziel Moreira, rua O prudentino Oziel Moreira nasceu em 12/10/1925, filho de Manuel Moreira e Lídia de Jesus, viveu a infância em sua cidade natal, casou-se com Ivone Tacca Moreira em maio de 1950 e o casal residiu em Ourinhos (SP), onde nasceu seu primeiro filho, Oziel Moreira Júnior. Mudou-se posteriormente para Presidente Venceslau (SP) e nessa cidade nasceu o segundo filho, Luiz Roberto. Em Presidente Venceslau trabalhava no Banco Moreira Sales como contador. Em 1957 veio trabalhar em Presidente Epitácio para Lúcio Pedro e José Pedro, como contador. Em março de 1958 trouxe a família para esta cidade, onde fixou residência definitiva. Trabalhando como contador, Oziel Moreira juntamente com a sua mulher e os dois filhos, sempre levou uma vida calma e tranquila. Tinha como hobby a leitura de obras maçônicas, principalmente. Era torcedor ferrenho do Beira Rio Esporte Clube - BREC, e um dos seus sócios. Foi proprietário do Escritório Moreira, adquirido de Ladislau Deak Filho no início dos anos 60, sendo seu proprietário até alcançar a aposentadoria no ano de 1992. Seu falecimento ocorreu em 1º/01/1998, aos 72 anos de idade, vitimado por parada cardiorrespiratória, e está sepultado no Horto da Igualdade. Padre Cícero, rua Cícero Romão Batista nasceu no Ceará em 1844. Padre na igreja de Juazeiro foi considerado milagreiro pelo povo, porque, ao dar comunhão a 559
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uma mulher, a hóstia teria sangrado na boca da mesma. Era adorado pelo povo, mas foi proibido de exercer o sacerdócio sob a acusação de mistificação, proibição esta levantada por Roma, exceto quanto à celebração de missa. Não se negava a abençoar aos milhares de fiéis que iam a Juazeiro, sendo considerado, até hoje, como um santo. Faleceu em 1934 e seu túmulo é destino de romarias. Paulo Cunha, rua Paulo Silveira da Cunha nasceu em Resende (RJ) aos 9/10/1909. Filho do coronel Francisco Silveira e Arlinda Ramos da Cunha, segunda mulher do coronel que foi pai de 26 filhos, sendo oito com a primeira mulher e 18 com a segunda. Paulo Cunha chegou a Venceslau, pelos idos de 1929, nas pegadas dos irmãos Joaquim e Manuel que lá já estavam. Ele jogou no Venceslauense, pelo qual nutria grande simpatia e onde fez muitos amigos. Cunha jogou um bom tempo no Fluvial. Entre outras coisas, foi técnico e presidente do Fluvial, time de futebol renomado de Presidente Epitácio. Dedicou parte de sua vida às atividades do clube e de bom grado a família o seguia. A Vininha, por exemplo, era a mascote do time. Cunha, como tratorista do Enio Pipino, abriu a estrada que liga o rio Paranapanema - Porto Euclides da Cunha até Terra Rica no Estado do Paraná. A primeira linha de jardineira ligando Venceslau a Epitácio tinha como condutor Paulo Cunha. Em Presidente Epitácio foi funcionário da Companhia Viação São Paulo Mato Grosso de propriedade de Jan Antonin Bata e do Serviço de Navegação da Bacia do Prata onde, dentre outras, exerceu o cargo de chefe do armazém. Paulo Cunha casou-se com Francisca Pereira Borges em 1940. Criaram sete filhos: Irvine (Vininha), Irene, Euclides (Quidinho), Areolino (Lino), Francisco (Chico), Adilson e Paulo (Paulette). Foi nomeado comissário de menores, participou graciosamente do Serviço de Colocação Familiar promovido pelo Judiciário, com o fito de ajudar famílias epitacianas carentes. Paulo Cunha faleceu em 11/9/1999, sendo o corpo sepultado no Horto da Igualdade. Paulo Iwashita, rua Shozo Iwashita (Paulo Iwashita) nasceu em Araçatuba (SP) em 5/6/1933 e era filho de Mitsushime Iwashita e Soyano Iwashita. Estudou o primário em Araçatuba (SP), onde trabalhou inicialmente na lavoura. Depois foi comerciante e transportador. Nos anos 1950 mudou-se para Presidente Prudente e depois, em 1962, para o Campinal, onde se manteve no comércio e no transporte. Casou-se em 1964 com Matsuko Iwashita (dona Rosa), com quem teve os filhos Sandra, Kazuo, Marie, Massai e Massao. Desde que se 560
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mudou para o Campinal foi uma pessoa respeitada e admirada no local, pois, sempre que podia, ajudava as pessoas que precisavam. Era uma pessoa que gostava de praticar o bem a favor de seus semelhantes. Ele Faleceu em 2/8/1997 e está sepultado em Presidente Venceslau. Paulo Weller, reta Paulo Weller nasceu em 5/6/1914 na Alemanha. Era filho de Augusto Weller e Willermine Weller. Já com 13 anos trabalhava com boiadas pelo Mato Grosso. Casou-se em 1938 com Helena Weller, com quem teve os filhos Gerda, Paulo, Oscar e Walter. Quando se casou, foi morar na Chave Madeiral, distrito pertencente a Presidente Venceslau (SP), onde negociava em armazém, além de comprar e vender gado. Em 1946 instalou-se em Presidente Epitácio com o primeiro bar, restaurante e sorveteria de grande porte, na época, situado na esquina das ruas Belo Horizonte com Maceió. Era luterano. Gostava de reunir-se com amigos. Seu bar era ponto de encontro dos epitacianos. Faleceu em 27/9/1950 e foi sepultado no Horto da Igualdade. Pedro Alves, rua Pedro Alves nasceu em 16/11/1924 na cidade de Lins (SP). Eram seus pais Isoldino Alves e Patrocínia Alves. Trabalhou em Araçatuba (SP), na Fazenda Junqueira até 1950, quando veio a Epitácio. Casou-se com Maria Ferreira Alves e teve os filhos Naul, Maria Domingas, José, Maria Aparecida, Maria Eni, José Adauto, Maria Edília, Maria Edithe, Maria Estelita, Maria Eva e José Adão. Trabalhou na construção da ponte Maurício Joppert da Silva. Em seguida passou a funcionário público municipal trabalhando como motorista e no serviço de tratamento de água do município. Gostava de pescar. Morreu em 30/6/1975 de acidente automobilístico, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Pedro Aristides Bordon, rua Pedro Aristides Bordon nasceu em 17/8/1911 na Fazenda São Pedro em Campinas (SP). Era filho de João Bordon e Gioconda Ciorlin Bordon. Casado com Cesária Constância Bordon teve os filhos Irineu, João e Neuza. Industrial de renome participou da empresa Swift Armour e Bordon. Procurou incentivar a indústria em Presidente Epitácio, por quem tinha carinho especial. Faleceu em 30/10/1985, sendo sepultado em Nova Odessa (SP). Pedro Makiyama, rua Pedro Makiyama era paulista natural de Presidente Venceslau, filho de Sosaku Makiyama e Fuku Makiyama nasceu em 2/01/1930. Na adolescência 561
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trabalhou como arrendatário, juntamente com os seus familiares, na zona rural, nos municípios de Marabá Paulista (SP) e Presidente Venceslau (SP), mais precisamente na Fazenda Santa Sofia. Em 1953, aos vinte e três anos, veio para Presidente Epitácio trabalhar como arrendatário na Fazenda Bandeirantes. Sempre trabalhando na lavoura, casou-se com Toshime Makiyama, em 1960 e deste casamento nasceram dois filhos: Carlos e Maurício, além de um neto. Seu hobby era criar abelhas jataí, além de participar das festas da colônia japonesa daquela região. O trabalho mais destacado de Pedro foi como presidente da diretoria que construiu a igreja São Sebastião, no distrito do Campinal. Faleceu em 8/5/1996, vítima de câncer de próstata, estando sepultado no Horto da Igualdade. Pedro Mellado, rua Pedro Mellado Mercado nasceu em Lameira/Alcolea na Espanha, em 29/6/1900, era filho de Pedro Mellado Lopes e Dolores Mercado Mellado. Chegou ao Brasil pelo Porto de Santos (SP), no início de 1932, quando militares espanhóis exigiam o retorno da monarquia, ano imediatamente seguinte a República na Espanha. No início instala-se em São Paulo e começa a trabalhar de “mascate” viajando pelo interior do estado, seguindo para a região oeste através da Estrada de Ferro Sorocabana, que era o único eixo de ligação existente na época. A cidade de Assis (SP) era tida como capital da Alta Sorocabana. Somente em 1939 é que os irmãos Mellado vieram a se instalar em Presidente Epitácio atraídos pela pujança da região, como a madeira e o gado que vinha do estado de Mato Grosso. Aqui adquiriram terras e construíram casas e salões, onde montaram uma loja de secos e molhados que era chamada La Tropical. Este estabelecimento ficava no cruzamento da avenida Presidente Vargas com a rua Belo Horizonte, nele trabalhando por mais de 20 anos. Pedro Mellado Mercado, naturalizou-se brasileiro em 1960, Rg nº 781.402. Tornou-se eleitor deste município através do título de eleitor nº 8.446, votando sempre na 1ª secção. Viveu com a senhora Petrona Sofia Quadros, pelo restante da sua vida. O casal não teve filhos. Criaram os sobrinhos Donato e Lúcia. Seu falecimento ocorreu em 5/3/1976, seu óbito apontando como causa-mortis insuficiência renal aguda. O seu corpo está sepultado no Horto da igualdade. Pedro Pereira da Silva, rua Pedro Pereira da Silva nasceu em 29/6/1907 na cidade de Nova Exu (PE). Filho de João Terto da Silva e Solidade Terto da Silva, em 1928 mudouse para Paranavaí (PR) executando trabalho braçal. Em 1929 casou-se com 562
HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
Maria Limeira da Silva, com quem teve os filhos Antônio, Noemia, José, Raimunda, Talita, Amadeu e como filha de criação Nalu. Nos anos 30, mudou-se primeiramente para Rancharia (SP), depois para Bastos (SP) e em seguida Venceslau (SP). Finalmente, em 1955, veio para Presidente Epitácio, tornando-se funcionário público municipal de 1956 a 1972. Sua maior preocupação, além dos familiares, era com o serviço. Era evangélico praticante. Faleceu em 30/9/74, deixando 15 netos. Está sepultado no Horto da Igualdade. Presidente Epitácio, avenida Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa nasceu em Umbuzeiro-PB no dia 23 de maio de 1865 Professor de Direito, magistrado e político foi deputado no Congresso Constituinte de 1890 a 1891, Ministro da Justiça no Governo Campos Sales, Ministro do Supremo Tribunal Federal de 1902 a 1911 e, concomitantemente, procurador-geral da República de 1902 a 1905. Foi Presidente da República a partir de 28/7/1919. Quando deixou a Presidência em 1922 foi Ministro da Corte Permanente de Justiça Internacional de Haia, mandato que exerceu até novembro de 1930. De 1924 até a Revolução de 1930, foi senador pela Paraíba. Morreu dia 13/02/1942 no sítio Nova Betânia, perto de Petrópolis (RJ). Presidente Vargas, avenida Getúlio Dornelles Vargas nasceu em São Borja (RS), em 19/4/1883, tendo sido presidente da República do Brasil nos períodos: 1930-1945 e 1950-1954. Formou-se pela Faculdade de Direito de Porto Alegre em 1907, sendo nomeado promotor da cidade depois de ter participado da campanha do Partido Republicano. Elegeu-se deputado estadual em 1909 e reelegeu-se em 1913, mas renunciou ao cargo. Regressou à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em 1917 e em 1922 foi eleito deputado do Congresso brasileiro e, em 1926, foi nomeado Ministro da Fazenda. Dois anos depois se tornou governador do Rio Grande do Sul. Em 1930 candidatou-se a presidente da República, com o apoio de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, pela Aliança Liberal. Seu vice era João Pessoa. Sua chapa era opositora a Júlio Prestes, candidato apoiado pelo presidente Washington Luís. Vargas perde as eleições, mas em outubro de 1930 lidera um golpe de estado com apoio do Exército. Governou por decreto, como presidente em função, até 1934, ano em que foi eleito presidente constitucional pelo Congresso. Em 1937, proclamou o estado de exceção, proibiu todas as organizações políticas, dissolveu o Congresso e declarou o Estado Novo, que se transformou em 563
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um regime de características fascistas, tendo-o como ditador. Favoreceu a entrada do governo no âmbito dos negócios, em concorrência com o capital privado, introduziu um novo código trabalhista, nacionalizou os recursos minerais e incentivou a modernização da indústria brasileira. Durante a II Guerra Mundial, estreitou os laços comercial e diplomático com os Estados Unidos, inclusive levando o Brasil a participar do conflito (1942) junto com os aliados. Criou um novo código trabalhista, nacionalizou os recursos minerais e incentivou a modernização da indústria brasileira. Isto apressou a redemocratização do país. Em abril de 1945 decretou a anistia para centenas de presos políticos, entre os quais o líder comunista Luís Carlos Prestes, em seguida marcando eleições para 2 de dezembro, mas um novo golpe militar levou à sua destituição, em outubro de 1945. Cinco anos mais tarde, voltou à presidência como membro do Partido Trabalhista com o apoio do movimento sindical; contudo não contava com o apoio do exército. Depois de ameaças golpistas, Getúlio Vargas suicidou-se em 24/8/1954 no palácio do Catete, no Rio de Janeiro (RJ), deixando uma carta testamento de caráter político. FOTO 140
Avenida Presidente Vargas em 1953
Avenida Presidente Vargas em 2011
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Princesa Isabel, rua Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriel Gonzaga de Bragança nasceu no Paço de São Cristóvão, Rio de Janeiro, em 29/7/1846. Era filha do Imperador D. Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina. Casou-se com o Conde d’Eu e teve três filhos: Pedro, Luís e Antônio. Era pessoa culta e dedicada ao trabalho, quando regente. Entre seus atos mais marcantes temos: assinatura da Lei do Ventre Livre e Lei Áurea, decretos de naturalização de estrangeiros no país, o primeiro recenseamento do império, impulso às estradas de ferro, soluções de divergências de fronteiras do Brasil e anistia a bispos de Olinda que haviam sido condenados injustamente na Questão Religiosa. Faleceu em Paris, na França, em 14/11/1921. Professor Benísio, rua Benísio Xavier nasceu em 27/12/1958, na cidade de Iepê (SP). Era filho de Isolina Xavier e Paulo Xavier. Professor de matemática, química, física e ciências, funcionário público municipal fez Faculdade de Ciências e Letras em Presidente Prudente (SP). Seu esporte preferido era o futebol. Morreu aos 26 anos, em 8/4/83. Professor Campos, rua Jacinto de Oliveira Campos nasceu em 11/9/1902 na cidade de Campos (RJ). Era filho de Artur Gomes de Oliveira Campos e Ana Lintz de Campos. Estudou em São Paulo, desde cedo se direcionando à obtenção de diploma de professor primário. Atingido seu objetivo, o Professor Campos, como era conhecido, instalou-se em Rio Claro (SP), onde criou uma escola particular. Casou-se com Faustina Silveira Campos, com quem teve as filhas Neusa e Nilda. Lecionou em Promissão, Cafelândia e Venceslau, todas no estado de São Paulo. Nesta última criou o Externato Caetano de Campos. Em 1945 fixa-se em Epitácio, fundando o Externato Padre Anchieta. Um dos maiores méritos do professor Campos, que perdera gradativamente sua visão, constituía-se em não se deixar vencer por esta deficiência física, sempre lecionando, por 12 anos com auxílio de um assistente. Faleceu em Rio Claro (SP), no dia 13/12/1959. Raimundo Virgulino da Cruz, rua Raimundo Virgulino da Cruz era filho de José Virgulino da Cruz e Maria da Conceição Cruz. Nasceu em 1897 na cidade de Casa Nova (BA). Chegou a Presidente Epitácio procedente de Januária (MG), já casado com Joana Borges da Cruz, em 1928. Inicialmente trabalhou e residiu no Porto Tibiriçá, exercendo a função de carpinteiro e depois como marinheiro do Serviço de 565
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Travessia. Tornou-se comerciante em 1940, proprietário de pequeno armazém de secos e molhados, na esquina das ruas Porto Alegre e Maceió. Mais tarde foi dono do Bar da Estação. Foi funcionário público municipal, onde veio a aposentar-se. Faleceu em 14/7/70 sendo sepultado no Horto da Igualdade. Raul Luís Vaz, rua Raul Luís Vaz nasceu em 7/12/58, em São Paulo, capital, filho de José Gomes Vaz e Leontina Vaz. Exerceu diversas atividades profissionais, dentre elas, trabalhos de beneficência em prol de menores abandonados. Em 1969 chegou a Epitácio, exerceu trabalhos diversos como autônomo, ingressando no serviço público no ano de 1983, na Prefeitura Municipal e além dos serviços de escriturário, prestava assistência no atendimento de menores no Centro Social e fazia campanhas de arrecadação de víveres e roupas para aquela entidade, ajudando também em todas as campanhas beneficentes e de divulgação do município. Como fotógrafo, muito projetou o município divulgado através de suas fotos, pela imprensa regional. Faleceu em 1995 com 37 anos de idade vitimado por doença ignorada, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Regente Feijó, travessa Diogo Antônio Feijó, Nascido em 1784, foi sacerdote e político. Pertenceu à regência Trina Permanente, após a abdicação de D. Pedro I. Político da linha moderada, opositor aos republicanos e aos restauradores, defendia a abolição do celibato clerical. Faleceu em 1843. Reginaldo Bittencourt, rua Reginaldo Bittencourt nasceu em 16/12/1907 na cidade de Carinhanha (BA), no médio São Francisco. Era filho de Reginaldo Bittencourt e Jovita Fernandes Bittencourt. Chegou a Epitácio em 1928, pela Estrada de Ferro Sorocabana-EFS, seguindo para Porto Tibiriçá, na época pertencente à Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso-CVSPMT, sob o comando do administrador alemão Germano Hausemburg, casado com a chilena Faustina Hausemburg. Seu trabalho inicial era de foguista em um dos vapores da CVSPMT, para logo em seguida tornar-se alfaiate, já em Epitácio. Foi nomeado subprefeito do Distrito de Presidente Epitácio e em 3/12/1937 pediu exoneração do cargo. Em 1938 casou-se com Helena Harich Bittencourt, a qual residia com seus pais na Colônia Arpad até 1931, ocasião em que, com 13 anos de idade, mudou-se para Epitácio passando a residir com o casal administrador da CVSPMT até seu casamento. O novo casal passou a residir na avenida Presidente Vargas, tendo a filha Suedia e dois 566
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netos. Em 1939 Reginaldo Bittencourt foi nomeado subdelegado do Distrito de Presidente Epitácio. Em 1951 tornou-se prefeito municipal por eleições diretas. Na legislatura seguinte, foi novamente eleito vereador. Resolvendo candidatar-se novamente a prefeito, foi eleito em 1961 para seu segundo mandato. Foi em seu governo que foi instalada a Comarca de Presidente Epitácio e comprada casa para ser a residência do juiz. Em 1965 Reginaldo retornou ao Legislativo, outra vez como o vereador. Após seu mandato, volta a suas atividades profissionais, não se descurando dos contatos políticos e dos amigos. Faleceu em 28/11/1976, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Rita de Cássia Alves, rua Rita de Cássia Alves nasceu em 10/7/1968 na cidade de Presidente Epitácio (SP). Era filha de Arnaldo Moreira da Silva e Joana Rodrigues da Silva. Fez seus estudos em Epitácio, tornando-se professora efetiva na Escola Municipal de Ensino Fundamental e Educação Infantil. Era católica. Morreu em 26/01/1995 em acidente rodoviário. Está sepultada no Horto da Igualdade. Roberto Bergamo Júnior, rua Roberto Bergamo Júnior nasceu em 19/9/1969 na cidade de Presidente Venceslau. Fazia questão de lembrar que foi gerado e criado, entretanto, em Presidente Epitácio, onde estudou até o segundo grau. Administrava a firma de terraplenagem da família, a Contel Construção e Terraplenagem, além de estar preparando-se para administrar a fazenda da família. Morreu em acidente no dia 21/7/1990. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Rodolfo Rodrigues de Abreu, rua Rodolfo Rodrigues de Abreu, era paranaense nascido em Curitiba em 30/01/1904. Na condição de condutor de boiadas, ainda solteiro, já conhecia Presidente Epitácio desde 1930, vindo para Epitácio somente no ano em 1955, casado com dona Josina dos Santos Abreu, na cidade de Maracajú (MT). Rodolfo Rodrigues de Abreu sempre morou na vila Palmira. De seu casamento nasceram oito filhos, 19 netos e 25 bisnetos. Antigo charreteiro e muito bem relacionado, foi proprietário do Bar e Sorveteria Beija Flor no centro da cidade, mudando depois o seu estabelecimento para a vila Palmira, mantendo o mesmo nome. Aposentou-se e preferiu continuar trabalhando, desta feita como charreteiro durante um período de aproximadamente oito anos. Católico, gostava sempre de fazer festas comunitárias na vila e também em sua residência, pois sua família era muito numerosa e naquela época nada impedia este tipo de procedimento. Rodolfo deixou viúva dona Josina Santos e oito filhos: Nico, Judite, Balbina, Germano, Paulo, Vespaziano, Denamir e 567
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José Thomázio, além de netos, bisnetos. Faleceu em 1986. Ronaldo Corat da Costa, rua Ronaldo Corat da Costa nasceu em Campinas (SP) no dia 24/6/1969. Filho de Antônio Quirino da Costa e Doraci Corat da Costa estudou em Presidente Epitácio, onde fez o segundo grau. Casou-se em 28/7/1991 com Marcela Marques Gonçalves da Costa, com quem teve o filho Talles. Trabalhava no Laticínio Pantaneiro, na Reta I em Bataguassu (MS), além de ser pecuarista. Pertencia à Igreja Metodista. Morreu de acidente em 7/9/1994. Foi enterrado no Horto da Igualdade. Rosa Leal de Azevedo, rua Rosa Leal de Azevedo nasceu em 17/8/1912, na cidade de Manduri (SP). Casou-se com Joaquim Azevedo Filho. Deste casamento nasceram seis filhos, sendo eles: Celso, Élio, Pedro, Maria Elza, Célia e Maria José. Ao falecer deixou também 22 netos e muitos bisnetos. Rosa Leal de Azevedo foi nomeada a primeira Agente Postal dos Correios em Presidente Epitácio, em 20/3/1936, embora aqui estivesse vivendo com seu marido, que foi “Fiscal do Povoado” nomeado pelo Prefeito Municipal de Presidente Venceslau (SP), Nicolino Rondó, pois aqui era distrito daquela cidade. O casal fez vida criando seus filhos e participando da vida comunitária da cidade. Sua residência servia como Agência dos Correios, Centro Telefônico, Subprefeitura e também chalé do jogo do bicho, que era legalizado na época. Católica Apostólica Romana, Rosa dividia seu pouco tempo de folga entre a família e a igreja. Com a morte do seu marido a mesma ficou somente com os serviços de Telefonia e Postagem, deixando as demais atividades para outras pessoas nomeadas pelo prefeito. Rosa Leal de Azevedo faleceu no dia 27/12/1983. Teve como causa-mortis doença de chagas, estando enterrada no Horto da Igualdade. Rui Barbosa, rua Rui Barbosa, travessa Rui Barbosa de Oliveira nasceu na cidade de Salvador (BA) em 5/11/1849. Jurisconsulto, escritor, jornalista e político. Defensor da abolição da escravatura, crítico da situação religiosa no Brasil, participou da reforma eleitoral e da reforma do ensino. Foi deputado pela Bahia, Ministro da Fazenda, senador, tendo se candidatado por duas vezes a presidente da República, sendo derrotado nas mesmas. Em 1893 viu-se obrigado ao exílio na Europa por discordar do presidente da República de então. Em 1907, já tendo retornado ao Brasil, elegeu-se senador. Nesse período é que participou 568
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da Segunda Conferência de Paz, em Haia, onde recebeu o apelido de Águia de Haia. Faleceu em Petrópolis a 1º/3/1923. Sadao Matsumoto, rua Sadao Matsumoto nasceu em 10/02/1917 no Japão. Chegou ao Brasil em 3/5/1932 em Santos. Trabalhou em Santa Cruz do Rio Pardo (SP) e em 1955 veio para o Campinal trabalhar no sítio Matsumoto, onde plantou algodão, amendoim e depois soja. Casado com Assamo Matsumoto teve os filhos Akyoshi, Tadayoshi, Missao, Takeo, Fumio, Hideo, Kimie, Atsuko, Hidecaso e Kasuko, além de 23 netos. Gostava de passear nas horas vagas. Era budista. Faleceu em 9/6/1981 de enfarto, sendo sepultado em Venceslau. Salvador Zinezzi, rua Salvador Zinezzi nasceu em 20/6/1912 na cidade de Ibitinga (SP). Era filho de João Zinezzi e Henriqueta Carvalho Zinezzi. Chegou a Epitácio em 1924, aos 12 anos, para trabalhar, inicialmente, como padeiro na padaria e pensão de seu pai, na rua São Paulo. Casou-se com Ana Maria Garcia Zinezzi em 9/5/1937. Teve os filhos Zuleika, Darcy, Mariza, Salvador, João, Sandra e Rogério, bem como 16 netos e 15 bisnetos. Gostava de pescar e jogar futebol, tendo sido goleiro no Esporte Clube Fluvial. Era católico. Outras atividades que lhe davam prazer eram: mecânica de automóvel, de avião e elétrica. Trabalhou no Serviço de Navegação da Bacia do Prata durante 35 anos. Exerceu várias funções, como mecânico, motorista e finalmente como chefe do setor de compras do escritório. Faleceu de câncer em 24/4/1973, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Samuel de Paula, rua Samuel de Paula nasceu em 31/3/1928, na vizinha cidade de Presidente Venceslau (SP). Era filho de Antônio Agostinho de Paula e Glória Silva de Paula. Aos oito anos de idade, começou a trabalhar numa sapataria (consertando calçados) e frequentou o grupo escolar. Aos 11 anos, por ser ainda criança, mas com responsabilidade, o patrão o colocou como balconista em sua loja, onde vendia botinas e botas e se tornou um exímio vendedor. Aos 17 anos, seu irmão José de Paula o convidou para trabalhar com ele em um armazém de secos e molhados onde ele ficou até o ano de 1953, quando então comprou uma loja que era de propriedade de Natálio Abib Salomão, que recebeu o nome de Casa Samuel. Chegou em Epitácio em meados de 1945, onde trabalhou com seu irmão durante oito anos, quando então se tornou independente. Casou-se em 1952, com Hayde de Souza Barbeiro, tendo com ela quatro filhos, Samuel Augustinho, Elizabete Viafora, Cezar 569
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Augusto e Cristiane. Além de Comerciante era pecuarista e sua religião o Espiritismo. Ajudava a todos sem distinção de classe social, cor ou credo e com seu sorriso espalhava alegria e dava coragem a todos. Não tinha inimigo. Era pessoa que plantou o lema “vale a pena ser bom”. Sua morte ocorreu de maneira trágica, vítima de acidente automobilístico, em 21/7/1990. Além da viúva e filhos deixou sete netos e um bisneto, estando sepultado em Presidente Prudente (SP). São Paulo Mato Grosso, rua O nome “São Paulo Mato Grosso” é homenagem à Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso - CVSPMG, a qual originariamente era denominada Diederichsen e Tibiriçá e que foi criada para construir uma Estrada Boiadeira ligando São Paulo a Mato Grosso. Graças à existência dessa empresa é que se deu a fundação de Presidente Epitácio. A empresa possuía as seguintes as concessões e direitos: concessões obtidas por Francisco Tibiriçá, do estado de Mato Grosso pela Lei 369 de 19/3/1903; contrato de 15/4/1903 e a concessão obtida do estado de Mato Grosso por Manuel da Costa Lima pela Lei 345 de 16/4/1902 em contrato de 27/8/1902, adquirida pela firma Diederichsen e Tibiriçá por escritura particular de 5/4/1907. Concessão do estado de São Paulo pela Lei 754 de 14/11/1900; Lei 913A de 26/7/1904 e contrato de 6/10/1904. E, ainda, o direito à cobrança de taxas de passagem do gado da exportação de Mato Grosso, com o encargo de arrecadação dos impostos desse estado. Com a fundação de Presidente Epitácio ocorrida em 1º/01/1907 por Francisco Whitaker, com a abertura da Estrada Boiadeira e garantida a travessia do rio Paraná, a CVSPMG prossegue com suas atividades na região. A CVSPMG, em 1940, tem o controle acionário da adquirido por Jan Antonin Bata. Quanto à parte referente à navegação, a CVSPMG e a Empresa Transparaná Limitada foram encampadas pelo governo federal através do Decreto-Lei nº 6.118 de 16/12/1943, incorporando-as ao SNBP – Serviço de Navegação da Bacia do Prata, autarquia criada pelo Decreto-Lei nº 5.252 de 16/02/1943 no governo do presidente Getúlio Vargas. Sebastião de Almeida, rua Sebastião de Almeida nasceu em 2/3/1902 na cidade de Piracicaba (SP). Era filho de Adão Leite de Almeida e Carolina de Almeida. Era agricultor em Piquerobi (SP), tendo ido a São Paulo estudar. Posteriormente, por volta dos anos 50, voltou para o interior, vindo a Presidente Epitácio, onde foi professor de escola rural na fazenda Santo Antônio, de propriedade de Antônio Botelho. Casado com Maria Rodrigues de Almeida teve os filhos Moacir, Maria, Alice, 570
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Iracema e Enides, 20 netos e 15 bisnetos. Um dia saiu de casa e não se teve mais notícias sobre o mesmo. Sebastião Ferreira dos Santos, rua Sebastião Ferreira dos Santos nasceu em 9/12/1920 na cidade de Franca (SP). Era seus pais Gerônimo Ferreira dos Santos e Maria Abina dos Santos. Trabalhava em Venceslau (SP), como auxiliar no escritório do advogado Jovelino Camargo de Morais. Casou-se no dia 27/6/1946 com Juraci Dias Ferreira dos Santos e teve os filhos Luis Alberto, Luis Carlos, Maria Elisa, Carlos Alberto e Kátia, 12 netos e 10 bisnetos. Em 1946 veio para Epitácio trabalhar na Bacia do Prata e em 1950 trabalhou na Prefeitura Municipal de Epitácio como contador e diretor de finanças. Aposentou-se em 1979. Faleceu em 19/01/1989 por insuficiência renal - diabetes, sendo enterrado no Horto da Igualdade. Sebastião Ferreira da Silva, avenida Sebastião Ferreira da Silva nasceu em 27/3/1927 na cidade de Pirapora (MG). Era filho de Arlindo Ferreira da Silva e Maria Ângela da Silva. Tinha seis anos quando veio para o Porto Tibiriçá. Depois se mudou para o povoado de Presidente Epitácio. Fez até o segundo ano primário no Tibiriçá, concluindo o primário em Santo Anastácio (SP). Depois de muitos anos fez o curso supletivo e cursou a Faculdade de Direito de Presidente Prudente, formando-se com 40 anos de idade. Ainda jovem foi delegado do INSS, em Epitácio. Trabalhou como escriturário da firma Moura Andrade. Teve uma livraria em sociedade com sua mãe, a Livraria e Papelaria Silva, na avenida Presidente Vargas quadra quatro. Gostava de jogar futebol, tendo sido jogador de futebol da Associação Atlética Venceslauense. Era católico. Faleceu em 10/3/1995. Está sepultado no Horto da Igualdade. Sebastião Lopes, avenida Sebastião Lopes, nascido em Barra Bonita (SP) em 22/02/1913, filho de Augusto Lopes e Conceição Lopes. Sebastião Lopes residiu em Presidente Venceslau em 1929, vindo a casar-se com Isabel Martins Lopes em 1937. Em 1952 muda-se para Presidente Epitácio. Sebastião Lopes teve o Bar do Ponto, depois se tornando revendedor de bebidas. Além de suas atividades comerciais, foi 3º suplente de delegado de polícia. Faleceu em 7/7/1997 do coração, estando sepultado no Horto da Igualdade. Sebastião Novaes, rua Sebastião Novaes nasceu em 8/9/1912 na cidade de Jequié (BA). Era filho de Belarmino José Novaes e Perciolina de Jesus Novaes. Sitiante em sua 571
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terra natal, veio em 1941 para Presidente Venceslau (SP), onde trabalhou na Fazenda Santa Sofia. Depois se empregou na Chave Madeiral, que tinha uma fábrica de farinha de mandioca. Em seguida veio a Presidente Epitácio como cozinheiro do barco da Meca. Tirou madeira na Fazenda Xavantes. Trabalhou na Serraria Sarraipa e na Serraria Inconave, onde carregava o pó de serra. Teve o Bar Novaes por 30 anos na vila Gerônimo. Casado com Herculina de Carvalho Novaes teve os filhos Antônio, Maria, Elizabeth, Arminda, Dalvina, Terezinha, Dulcineia, José, Lindalva, Geralda, Cristina, Maria José e Noêmia. Tinha 36 netos, 19 bisnetos e um tataraneto. Faleceu em 10/6/1994 de insuficiência cardíaca, sendo enterrado no Horto da Igualdade. Sebastião Soares de Oliveira, reta Sebastião Soares de Oliveira nasceu em 20/01/1895 na cidade de Jaú (SP). Era filho de Manuel Soares de Oliveira e Maria Joaquina Oliveira. Saiu de Jaú aos 20 anos e foi para Mato Grosso do Sul, onde se casou em 4/11/1920 com Celina Prestes Oliveira, tendo os filhos João, Clara, Sebastião, Trajano, Maria, Maurílio, Sofia, Alcebíades, Geny, Brasília, Valdomiro, Itelvina e Antenor. Teve 44 netos, 52 bisnetos e 18 tetranetos. Em 1936 chegou a Epitácio, trabalhando como tropeiro, para poder colocar as crianças na escola e batizá-las na igreja católica. Faleceu em 3/8/1960 de hepatite e está sepultado no Horto da Igualdade. Seije Maemura, rua Seije Maemura nasceu na cidade de Kagoshima-Ken, no Japão em 3/3/1904. Era filho de Sukediro Maemura e Kamematsu Maemura. Veio ao Brasil em 2/9/1918. Casado com Tizue Maemura teve os filhos Massami, Shigueo, Kazumi, Shiro, Hiroshi, Jorge, Ioshiko, Fujie, Mitiko e Sumiê. Sempre se dedicou à agricultura, principalmente plantando arroz, feijão, batata e, milho. Faleceu em 12/8/1982, sendo sepultado em Venceslau. Seijiro Fujiwara, rua Seijiro Fujiwara, nascido em 1910 no Japão, veio para o Brasil em julho de 1930 para trabalhar na agricultura, na região de Bauru (SP). Quando chegou era casado com Hatuyo Fujiwara, com quem teve os filhos Ginjiro e Kioe. Veio para o Campinal em 1956 para trabalhar com o senhor Ito. Posteriormente, arrendatário do senhor Iwamoto, plantou várias culturas, principalmente amendoim, arroz e feijão, sendo considerado na época o “Rei do Feijão”. Casou-se novamente e teve os filhos Shigueo, Tamico, Mitiko e Mitsuo. De seu terceiro casamento, com Tamiko Fujiwara, teve os 572
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filhos Katsuo e Sadao. Tinha 39 netos. Budista, gostava de conversar e beber com os amigos. Faleceu em 8/12/1968 de câncer no estômago, sendo sepultado em Venceslau (SP). Simpliciano Ferreira da Silva, rua Simpliciano Ferreira da Silva, conhecido pelo apelido de “Biguá”, nasceu em 26/8/1919, na cidade baiana de Ipiranga. Filho de José Ferreira e Marcioniza Rosa da Conceição, antes de vir para Presidente Epitácio, residiu em Presidente Prudente (SP). Em 1967 veio para Presidente Epitácio para trabalhar como pescador profissional, em busca do sustento de seus 11 filhos: Palmira, Osvaldo, Nair, Valdemar, Maria Aparecida, Irene, Valdir, Ivani, Valdemir, Valmir, e Valdeci. De religião católica, praticante, seu “Biguá” foi um dos primeiros proprietários do hoje Porto de Areia Salioni e da área conhecida como Pedreira do Biguá. Foi barqueiro por mais de 20 anos, sempre trabalhando na travessia do Porto XV até o Córrego do Veado. Vivendo da renda do seu trabalho no rio Paraná, ora como areeiro, pescador ou barqueiro, pelos percalços da vida teve que se desfazer de suas propriedades e voltar a trabalhar de boteiro, mesmo após estar aposentado. No final de sua vida “Biguá” trabalhava fazendo passeios de barco para turistas, tendo como local de partida o Parque Figueiral. Morreu em 10/6/1997, vítima de asfixiaafogamento, estando sepultado no Horto da Igualdade. Sobrasil, avenida A Serraria Sobrasil foi montada na década de 1940 pelos irmãos Edmundo e Osvaldo Pipino. Depois ficou apenas de Edmundo Pipino, com o nome de Sobrasil S.A. Era a maior do estado de São Paulo em sua época, tendo na ocasião 150 empregados sob seu comando. A madeira utilizada, que era de matas compradas, era extraída, serrada e enviada para São Paulo, Rio de Janeiro e Santos. A primeira mata comprada para extração de madeira foi a do Porto São Paulo. As madeiras das margens do rio Paraná até Guaíra foram exploradas pela Sobrasil. Nessa atividade criou aproximadamente 15 portos. Funcionou por 18 anos. Posteriormente foi vendida para firma de São Paulo. Takeo Nishijima, rua Takeo Nishijima nasceu em 3/8/1911 na cidade de Rigati Tomoti - Japão. Era filho de Kamuzo Nishijima e Hide Nishijima. Casado com Hisae Nishijima teve os filhos Shoiti, Takeaki, Rita, Mário, Roberto Massaro e Luiz. Era sitiante, plantando arroz, feijão, algodão, milho e batata. Foi membro da Associação Cultural e Recreativa de Epitácio - Acre. Seguia a Seicho-no-ie. 573
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Faleceu em 3/4/1977, sendo sepultado em Venceslau. Temer Marconi da Silva, rua Temer Marconi da Silva nascido aos 3/3/1919 em de Barretos (SP) era filho de Assid Miguel da Silva e Ana Marconi da Silva. Tendo residido em Piratininga (SP), em 1964 foi removido para assumir o primeiro cartório de notas e registro de imóveis, quando da criação da comarca de Presidente Epitácio. Casou-se com Maria de Lourdes Ferraz da Silva, com quem teve os filhos Sônia, Rosely, Gladston e Antônio Carlos. Tinha quatro netos. Seu hobby era leitura. Era católico. Foi fundador do MDB e delegado do partido. Exerceu também a função de provedor da Santa Casa e grande incentivador e patrocinador do futebol dente de leite nas décadas de 1960 e 1970. Era cartorário quando faleceu em 31/7/1981 de câncer. Está sepultado no Horto da Igualdade em Presidente Epitácio. Teotônio Vilela, rua Teotônio Brandão Vilela nasceu em Viçosa (AL) em 28/5/1917. Autodidata, dono de usina de açúcar, engajou-se na política em 1952. Foi deputado estadual, vice-governador de Alagoas e senador. Neste cargo, na época da ditadura instituída a partir de 1964, passou a lutar pela democracia plena. Tornou-se incansável lutador pela anistia dos cassados. No fim de sua vida, mesmo acometido de grave doença e desligado da política, continuou sua pregação pelo Brasil em defesa da democracia. Faleceu em Maceió (AL) em 27/11/1983. Terêncio Ramos, rua Terêncio Ramos nasceu em 7/7/1921 na cidade de Avaré (SP). Filho de Evaristo Ramos e Maria da Conceição Ramos, veio para Epitácio em 1948. Era motorista de caminhão no transporte de madeira. Foi motorista de táxi. Casado com Alice Batista Ramos em 25/5/1941 teve os filhos Marilena, Neusa e Rosemary, além das filhas adotivas Celestina, Fátima e Elizabeth. Deixou ainda 13 netos e dois bisnetos. Morreu em 19/02/1990 de acidente de moto na ponte do ribeirão Caiuá. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Tiago Amaral do Nascimento, rua Tiago Luís Cassiano Santos Amaral do Nascimento, nascido no dia 25/7/1978 em Presidente Epitácio, filho de Sebastião Amaral do Nascimento e Sirla Maria Santos do Nascimento, morou primeiramente em sua cidade natal, posteriormente muda-se para Cuiabá (MT) junto com os seus familiares e depois retorna para Presidente Epitácio. Tinha como religião a Metodista onde foi batizado. Tiago, que era solteiro, sempre se dedicou aos estudos e 574
HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
estava cursando medicina, na ocasião do seu falecimento. Seu hobby era o esporte (artes marciais), inclusive foi campeão de “Taekwon-do” em sua categoria no estado de Mato Grosso. Morreu de acidente rodoviário no dia 25/7/1997, data em que completava 19 anos. Está sepultado no Horto da Igualdade. Tibiriçá, avenida Jorge Tibiriçá Piratininga, filho de João Tibiriçá Piratininga e Pauline Eberlé, nasceu em 1855 em Paris, fez quase toda sua educação na Europa, diplomando-se engenheiro agrônomo na Alemanha e doutor em filosofia na Suíça. Com quatro anos, vem de Paris e passa a viver no Brasil, na fazenda Itaici, que ficava entre Indaiatuba (SP) e Itu (SP). Aos 12 anos vai estudar em São Paulo, capital da província. Concluído o curso secundário, Jorge Tibiriçá transferiu-se para a Alemanha onde estudou em Hoheneim (ficava a 10 quilômetros de Stuttgart), que na época era famosa internacionalmente por sua escola de agronomia. Após graduar-se como doutor em agronomia, Jorge Tibiriçá ingressa na Faculdade de Filosofia da Universidade de Zurich, alcançando o grau de doutor em Filosofia. Em seguida retorna ao Brasil, indo trabalhar com seu pai. Em 1880 casa-se com Ana de Queiroz Teles, com quem os filhos Leonor, João Tibiriçá Neto, Anita, Georgina e mais quatro filhos e destes apenas Jorge Tibiriçá Filho sobreviveu. De1879 até a República, Jorge Tibiriçá viveu como agricultor dos mais avançados da província de São Paulo. Na fazenda Ressaca, zona da Mojiana, dedicou-se a produzir café de qualidade, não se descuidando de pregar as suas ideias republicanas. No governo Deodoro da Fonseca, é nomeado governador do estado de São Paulo. Foi, também, secretário da Agricultura do governo Bernardino de Campos. Posteriormente foi eleito presidente da província de São Paulo, que governou de 1904 a 1908. Seu governo encara a função sociológica da imigração, informando a realidade brasileira, ao contrário das acusações feitas por alguns que diziam ter o governo inventado falsas miragens para atrair gente iludida e incauta. No governo de Jorge Tibiriçá houve o primeiro ensaio de colonização japonesa. Em sua época houve a “exploração dos imensos sertões onde vagueavam ainda selvagens”, conforme afirma Rodrigo Soares Júnior (p. 495). Do mesmo autor tem-se a existência, nessa época, de “zonas que até então figuravam no mapa em manchas brancas, assinaladas com os dizeres: ‘Terrenos desconhecidos’”. No governo de Jorge Tibiriçá, em 1904 a região voltou a ter atenção sobre ela. O governador, então chamado presidente da província, procurou seu primo, o médico Francisco Tibiriçá e 575
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ofereceu-lhe a administração do projeto para abertura de uma estrada ligando São Paulo a Mato Grosso. Este, embora tivesse consultório na capital, aceitou a missão, a qual resultou na fundação do Porto Tibiriçá, homenagem ao primo governador e célula original da futura Presidente Epitácio. Terminado seu mandato em 1908, Tibiriçá recusou-se a ser reeleito. Em seguida foi eleito senador por mais de 15 anos. Mesmo sendo ateu e materialista, Jorge Tibiriçá praticava o humanismo. Faleceu em 30 de setembro de 1928. Tiradentes, rua Joaquim José da Silva Xavier, cognominado Tiradentes, mineiro, nasceu em 1746. Foi tropeiro, mascate, dentista prático, minerador e militar, tendo chegado ao posto de alferes no Regimento de Cavalaria Regular. Foi nesse círculo que tomou conhecimento das ideias iluministas que levaram à luta pela emancipação do Brasil. Tendo sido abortada a revolta, a responsabilidade total do movimento recaiu sobre Tiradentes, sendo condenado à morte. Foi enforcado na cidade do Rio de Janeiro em 21/4/1792 e teve decepada a cabeça e exposta em um poste na cidade de Vila Rica (hoje Ouro Preto) e seu corpo esquartejado em quatro partes, com exposição em praça pública. Salgou-se o lugar onde morava, para que nenhuma planta ali nascesse. Tuliomarco Amaral do Nascimento, rua Tuliomarco Vinícius Cassiano Santos Amaral do Nascimento nasceu em 15/3/80 em Epitácio. Era filho de Sebastião Amaral do Nascimento e Sirla Maria dos Santos do Nascimento. Com seus pais, mudou-se para a cidade de Cuiabá (MT) no início da década de 1980, residindo naquela localidade até meados de 1996, quando retornaram a Epitácio. Solteiro, dedicava-se aos estudos; era metodista, gostava de esportes e dedicava-se às artes marciais. Alcançou a graduação de “Faixa Azul”- Ponta Vermelha em Taekwon-do. Participou em várias competições no estado de Mato Grosso, onde conquistou medalhas para sua equipe. Seu sonho era ser médico e, paralelamente, participar da carreira Política de Epitácio, e do estado de São Paulo. Tuliomarco morreu aos 17 anos de vida, junto com seu irmão, vítima de acidente automobilístico no dia 25/7/1997, estando sepultado no Horto da Igualdade. Valdeci Miguel da Silva, rua Valdeci Miguel da Silva nasceu em 21/9/1940 em Acopiara, estado do Ceará, filho de José Miguel da Silva e Liana Maria de Jesus. Viveu parte da sua infância e adolescência trabalhando na roça em sua terra natal, para ajudar seus pais no sustento de seus oito irmãos. Chegou a Presidente 576
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Epitácio casado com Marinalva Souza Silva, com quem teve quatro filhos: Jean, Cícera, Suely e Maria Eremiti. Além destes deixou ao falecer, um neto. Sempre sendo humilde e trabalhador, Valdeci destacou-se entre seus companheiros de serviço na Prefeitura de Presidente Epitácio, onde trabalhou por 12 anos, chegando a encarregado de turma de serviços. Para o mesmo não havia hora e nem local para desempenhar seu trabalho. Valdeci não tinha um hobby especial, gostava apenas de assistir aos jogos de futebol do seu time preferido, o Santos. Valdeci ainda viveu durante um período de três anos com dona Edith, com quem não teve filhos. Seu falecimento ocorreu em 25/6/1994 por causa desconhecida, estando enterrado no Horto da Igualdade. Valdir Loyolla, rua Valdir Reis Loyolla, nascido em 8/7/1918, na cidade de Poços de Caldas (MG), era filho de Luís Loyolla Júnior e Maria Amélia Reis Loyolla. Estudou em sua cidade natal, concluindo o curso de contabilidade. Ainda jovem, trabalhou em Botucatu (SP), em 1934 mudou-se para Venceslau (SP) trabalhando no estabelecimento comercial do senhor Floriano. Dois anos depois, em 1936, chegou a Epitácio para trabalhar no escritório da Companhia de Viação São Paulo Mato Grosso, onde ficou até 1941, e em 30/9/1939 casou-se com Maria Cecília Coser Loyolla (a qual na ocasião morava em Venceslau), com quem teve os filhos José Luís, Maria da Conceição, Shenka e Maria Amélia. Em 1941 passou a trabalhar no escritório da Serraria Sobrasil. No ano de 1946 estabeleceu-se como comerciante e pecuarista em Epitácio, onde manteve açougue por vários anos. Valdir Loyolla chegou a ter dois açougues em Epitácio, sendo um à rua Belo Horizonte (Açougue Popular), administrado pelo seu pai e outro à rua São Paulo, administrado por sua mulher, Maria Cecília. Abriu também com seus irmãos um açougue em Guaíra (PR). Valdir Reis Loyolla foi juiz de casamento em Presidente Epitácio, função não remunerada, considerada de relevante valor para a sociedade. Como político, foi vereador de 14/3/1957 a 13/3/1961, tendo sido presidente da Câmara nos períodos de 14/3/58 a 13/3/59 e 14/3/59 a 13/3/60, isto na época em que os vereadores não tinham remuneração pelo exercício da vereança. Eram vereadores apenas para procurar o melhor para a cidade. Separou-se de Maria Cecília e por alguns anos viveu em Carmópolis de Minas (MG), onde teve as filhas Madalena e Matilde. Em 1976 retornou para Epitácio, voltando a criar vacas leiteiras, fornecendo leite para a população, isto até 1982. Faleceu em 16/5/1992, sendo sepultado no Horto da Igualdade. 577
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Valdir Melo da Luz, rua Valdir Melo da Luz nasceu em 23/7/1965 na cidade de Presidente Venceslau (SP). Era filho de Luís Melo da Luz e Cícera Meireles da Silva. Funcionário público municipal, suas paixões eram o futebol e jogar “truco”. Do seu primeiro casamento, com Sílvia Maria da Luz, teve os filhos André e Bruna. Com Vera Lúcia Monteiro dos Santos teve o filho Matheus. Morreu no dia 14/9/1993 de acidente rodoviário. Foi sepultado no Horto da Igualdade. Venceslau Brás, rua Venceslau Brás Pereira Gomes nasceu na cidade de Brasópolis (MG), em 26/02/1868. Advogado, exerceu os cargos políticos de vereador, deputado estadual, secretário de Justiça de Minas Gerais de 1898 a 1902 e foi também deputado federal. No ano de 1909 elegeu-se governador de Minas Gerais. Tornou-se vice-presidente da República em 1910 e em 1914 foi eleito presidente da República. Fato marcante em seu governo foi a edição do Código Civil Brasileiro em vigor desde 1917. Enfrentou e venceu a revolta denominada “Contestado” nos limites dos estados do Paraná e Santa Catarina, marcado pelo caráter messiânico da revolta dos camponeses locais. Já no final de seu governo, o Brasil participou da I Guerra Mundial ao lado dos aliados de forma simbólica, enviando apenas uma missão médica e transporte de tropas. Depois de afastar-se da política, passou a ocupar-se de atividades empresariais, não mais retornando à política oficial. Faleceu em 15/5/1966, na cidade de Itajubá (MG). Venturosa d’Arcádia da Rocha, rua Venturosa d’Arcádia da Rocha nasceu em 12/12/1938 na cidade de Pirapozinho (SP). Era filha de João Antônio d’Arcádia e Consuelo d’Arcádia. Seu pai era contador da Fazenda Junqueira, por isso que veio para Epitácio. Em 1949 estudou no Grupo Rural. Trabalhou na farmácia de Edui Melo e Casa Barbosa. Casou-se em 1/4/1956 com Élcio Gomes da Rocha, tendo os filhos Benedito (Benê), Expedito, José, Rita e Élcio Aparecido. Depois de casada trabalhou no Bazar do Genival. Catequista, ministra da eucaristia, atuante nas palestras do Encontro de Casais com Cristo e Cursílio da Cristandade, faleceu em 6/5/1988 de crise hipertensiva. Foi sepultada no Horto da Igualdade. Verter Lopes Branco, rua Verter Lopes Branco nasceu em São Paulo, capital, no dia 17/9/1911, filho de Francisco Joaquim Branco e Josefa Maria Lopes Branco. Residiu na capital até formar-se no Liceu Coração de Jesus, em Contabilidade. Jovem 578
HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
recém-formado, Verter mudou-se para a cidade de Santo Anastácio (SP), de onde transferiu residência para Chaves Lopes, município de Presidente Venceslau (SP). Em 1946, mudou-se para Presidente Epitácio, na época em que este era distrito daquele município. Embora solteiro, já se encontrava na condição de industrial, no ramo de serraria, sendo um dos sócios da Serraria São José, de propriedade dos irmãos Lopes. Esta serraria, além do seu grande porte, oferecia aos seus trabalhadores casa para as famílias, formando a Colônia do Lopes, localizada nas proximidades da quadra cinco da rua Antônio Marinho de Carvalho Filho. Além disso, Verter Lopes era um dos sócios proprietários do loteamento vila Maria e vila Maria Nova, esta que se tornou uma das maiores vilas da cidade. Foi proprietário do barco para transportes de madeira Albatroz. Católico, tinha como hobby a leitura, que o tornou uma pessoa de cultura invejável. Veio a falecer no dia 24/9/90 de parada cardiocirculatória, estando sepultado no Horto da Igualdade. Vicente de Carvalho, rua Vicente Augusto de Carvalho nasceu em 1866 na cidade de Santos (SP). Poeta da fase parnasiana foi lírico amoroso, tendo como destaque em suas obras a emoção apresentada de forma requintada. Entre suas obras destacam-se Rosa, rosa de amor e Poemas e canções. Foi membro da Academia Brasileira de Letras - ABI. Tornou-se também conhecido como admirável pintor do mar. Faleceu em 1924 na cidade de São Paulo. Vicente Dassie, rua Vicente Dassie nasceu em 22/01/1917 na cidade de Ribeirão Preto (SP). Era filho de João Dassie e Udília Bacaglini. Ainda criança, aos 11 anos, mudou-se para Piquerobi (SP). A família trabalhava e morava na zona rural, tendo vindo administrar uma fazenda de café. Vicente estudou apenas um ano na escola rural. Era autodidata, pois aprendeu a ler e escrever o italiano comprando livros e estudando sozinho. Mudou-se da zona rural para a cidade em 1939. Na década de 1940 fundou e presidiu a Congregação Mariana de Piquerobi, sendo membro ativo da comunidade. Na década de 1950 os irmãos Lopes iniciaram as atividades numa serraria e lá Vicente trabalhou como “guarda livros”, até acontecer um incêndio dando fim à empresa em Piquerobi. Em 1954 chegou a Epitácio, trabalhando na mesma firma, que depois do incidente em Piquerobi transferiu-se para esta cidade, continuando a trabalhar como “guarda livros”. Casado com Lully Elizabeth Runkel Dassie teve quatro filhos: Celina, Célia Regina, Elizabeth e Paulo José, tendo 11 579
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netos. Seu hobby era a leitura e escrever poemas, tendo vários manuscritos. Era católico praticante, congregado mariano e devoto de santa Terezinha do Menino Jesus. Trabalhou na firma Lopes durante 10 anos, vindo a aposentarse por motivo de saúde. Faleceu em 20/3/1974, por problemas circulatórios, sendo sepultado no Horto da Igualdade. Vicente Frota, rua Vicente Linhares Frota, nasceu em Montes Claro (MG), no ano de 1905, chegando em Presidente Epitácio em 1928, casado com Edite Carlos da Silva. Deste casamento nasceram 10 filhos, sendo cinco homens e cinco mulheres. Enquanto Vicente Frota trabalhava de peão de boiadeiro, sua mulher tomava conta da pensão que eram proprietários na rua São Paulo, na quadra quatro. Após deixar de trabalhar como boiadeiro e pensioneiro, Frota e sua família montaram um dos primeiros estabelecimentos comerciais no ramo de armazém no mesmo local, no ano de 1948, ali permanecendo por muitos anos. Na vida política, Vicente Linhares Frota foi eleito viceprefeito, ocupando este cargo na administração do prefeito Temístocles Maia. Desiludido com alguns percalços que a vida lhe ofereceu, Frota deixou a cidade no ano de 1975 em busca de novas oportunidades de investimentos. Depois de viver 92 anos, o mesmo veio a falecer em sua terra natal, no ano de 1997, deixando sua mulher sepultada no Horto da Igualdade. Vinícius de Morais, rua Marcos Vinícius Cruz de Melo Morais nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1913. Poeta, compositor, intérprete e diplomata se destacou com suas músicas do gênero popular brasileiro. Produziu livros como Novos Poemas, Procura-se uma Rosa e Para viver um Grande Amor. Entre suas composições musicais, destaca-se Garota de Ipanema. Faleceu em 1980. Vital Brasil, rua Vital Brasil Mineiro da Campanha, cientista e médico, nasceu em Campanha (MG), em 28/4/1865. Especialista em trabalhos de laboratório criou, juntamente com Emílio Ribas, o Instituto Butantã em São Paulo. Auxiliou Osvaldo Cruz no combate à febre amarela. Em 1899 identificou a “peste bubônica” que atacava no Brasil. É o descobridor do soro antiofídico. Faleceu em Niterói (RJ) em 8/5/1950. Vitório Antônio Bergamo, rua Vitório Antônio Bergamo nasceu em 22/9/1909 na cidade de Sales de Oliveira (SP). Era filho de Vitório Bergamo e Maria Tisiotti. Chegou a 580
HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
Piquerobi (SP) em 1929. Foi substituto de delegado de Polícia por vários anos, bem como proprietário de posto de gasolina e oficina mecânica em Piquerobi. Casou-se em 26/01/1933 com Albina Dassie Bergamo, com quem teve os filhos Terezinha, Ivany, Roberto, Verter, Maria Odília, José Luiz, João Vitório e Sílvio, 18 netos e 12 bisnetos. Em maio de 1962, montou oficina mecânica em Presidente Epitácio. Seu hobby era dançar e pescar. Era católico. Faleceu em 9/11/1970 de enfarte. Foi sepultado em Piquerobi. Vivaldo Lauro Langhi, rua Vivaldo Lauro Langhi nasceu em 10/4/1936 na cidade de Piquerobi (SP). Era filho de João Langhi e Cecília Terrengui Langhi. Casado com Nair Pereira de Aguiar Langhi, teve as filhas Lilian, Leila e Laura. Fez seus estudos iniciais em Tomazina (PR) e depois em Piraí do Sul (PR). Diplomou-se técnico em contabilidade pela Escola Técnica de Comércio Pontagrossense, Ponta Grossa (PR) e em 1969 ingressou na faculdade de Direito Instituto Toledo de Ensino, de Presidente Prudente (SP), tendo cursado até o 3º ano. Sua vida profissional iniciou-se em Ponta Grossa (PR), em empresa imobiliária. Em março de 1957 veio a Epitácio, assumindo o cargo de contador na firma A. Guímaro & Irmão, até 1960. Nesse ano foi fundada a Confal - Comércio e Navegação Fluvial Augustus Ltda, onde foi gerente geral, chefe da contabilidade e procurador. Em 1970 demitiu-se para estabelecer-se comercialmente no ramo de postos de serviços de derivados do petróleo, instalando a firma Message & Langhi Ltda. Em 1976 encerrou suas atividades como comerciante e retornou às funções de contador na Organização Dunga. Foi professor de contabilidade, vereador e presidente da Câmara. Participou ativamente da instalação do distrito industrial de Presidente Epitácio. Em julho de 1972 recebeu a visita do ex-vice-presidente da República, Almirante Augusto Radmaker. Participou, também, da fundação da Loja Maçônica São João da Escócia IV de Presidente Epitácio. O plenário da Câmara Municipal recebeu seu nome. Faleceu em 6/5/1989 e foi sepultado no Horto da Igualdade. Zeferino Pereira, rua Zeferino Pereira nasceu em 26/8/1890 na cidade de Malhada (BA). Era filho de Laureano Gonçalves e Cassiana Martins Pereira. Era operário e depois funcionário público municipal em Epitácio. Solteiro. Faleceu em 27/3/1974 de aneurisma, sendo sepultado no Horto da Igualdade. 581
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Zico Bueno, rua Inocêncio Bueno (Zico Bueno) nasceu em 24/8/1911, na cidade de Sorocaba (SP), filho de Geraldina Bueno e de Inocêncio Bueno. Chegou a Presidente Epitácio em 1924 quando começou a participar da vida das comitivas devido ao trabalho de seu pai, que era vendedor de touros. Ainda criança, Zico Bueno, apelido que recebeu na infância, acompanhava seu pai. Durante uma de suas viagens, Zico Bueno conheceu Albertina Bueno em uma fazenda de propriedade do pai dela, localizada perto de Bataguassu (MS). Esta fazenda era usada para pouso da comitiva. Zico Bueno e Albertina Bueno casaram-se em 13/5/1936. Da união nasceram quatro filhos: Aparecida, Rotichilde, Sirlene e Rosi Meiri. Com a construção da ponte que liga os estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul o transporte das boiadas começou a ser realizado em caminhões. Zico Bueno e sua mulher compraram o Hotel Marabá. Albertina quis trocar o nome do hotel para São Judas e pediu para fazer uma placa com o nome escolhido, o pintor entregou-lhe a placa com o nome trocado – Hotel Central – esse nome ficou. Zico Bueno andava armado, mas tinha porte de armas. Inocêncio Bueno (Zico Bueno) é objeto de grande admiração como um dos tropeiros que ajudou a formação de Presidente Epitácio. Ele é a figura do homem que com sua coragem enfrentou os sertões inóspitos de nossa região e da região do Mato Grosso. É um símbolo de desbravador e de bravura no início de Epitácio. Faleceu em 8/10/2004 e foi sepultado no Horto da Igualdade.
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Zico Bueno (ao centro) e empregados em 1944 582
HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
Zulmira Rodrigues Soares, rua Zulmira Rodrigues Soares, nascida no estado da Bahia, na cidade de Bom Jesus da Lapa no ano de 1937. Antes de vir para Presidente Epitácio morou em Presidente Venceslau (SP), onde casou-se com Trajano Honorato Soares em 1942. Em meados de 1952 mudaram-se para Presidente Epitácio em busca de novas oportunidades de trabalho. Zulmira, pessoa de origem humilde, morando na vila da serraria de José Vicente, na vila Palmira, destacava-se entre as pessoas como líder da comunidade ao prestar ajuda às pessoas menos favorecidas. Criando seus cinco filhos, José, Manoel, Getúlio, Iracema e Jandira, ainda encontrava tempo para cuidar dos filhos de sua irmã viúva e de pessoas doentes da comunidade. Política por opção, embora nunca tenha ganhado qualquer tipo de recompensa em termos financeiros, sempre buscava apoiar candidaturas de prefeitos e vereadores identificados com as causas dos menos favorecidos. Fazia visitas quase que diárias aos seus conhecidos que se encontravam enfermos em suas casas ou na Santa Casa. A mesma veio a falecer vítima de derrame cerebral em 11/6/1996, estando sepultada no Horto da Igualdade. FOTO 142
Esquina avenida Presidente Vargas e rua Porto Alegre em 1956 BENEDITO DE GODOY MORONI
Esquina avenida Presidente Vargas e rua Porto Alegre em 2011 583
BENEDITO DE GODOY MORONI FOTO 143
Rua São Paulo, quadra 2 na década de 1950
BENEDITO DE GODOY MORONI
Rua São Paulo, quadra 2 em 2011 FOTO 144
La Tropical, esquina Presidente Vargas com Belo Horizonte em 1946
BENEDITO DE GODOY MORONI / PAULO CARNEIRO
Esquina avenida Presidente Vargas e rua Belo Horizonte em 2011 584
HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
41.4 Bairros Em meados de 2011 Epitácio contava com os seguintes bairros: Centro Chácaras Real Distrito do Campinal Distrito Industrial Granjas Agrícolas Helvécio Jardim Aimará Jardim Alto do Mirante Jardim Alto do Mirante II Jardim América Jardim Bela Vista Jardim Campo Grande Jardim Esperança Jardim Flor de Acácia Jardim Guaicurus Jardim Jaçanã Jardim Noburo Takamura Jardim Oriental Jardim Oxumaré Jardim das Paineiras Jardim Pioneiro Jardim dos Pioneiros Jardim Pontal Jardim Pôr do Sol Jardim Primavera Jardim Real Jardim Real II Jardim Renascer Jardim São João da Escócia Jardim São Jorge Jardim Tangará Jardim Tropical Parque Industrial
Pátio da Fepasa Portal do Lago Residencial Novo Lar Vila Ana Maria Vila Batista Vila Boa Vista Vila Bordon Vila Centenário Vila Continental Vila Cruzeiro do Sul Vila Gilberto Vila Industrial Vila Joaquim Marques Vila Maria Vila Martins Vila Monte Castelo Vila Nossa Senhora Aparecida Vila Nova Vila Natal Vila Naval Vila Palmira Vila Paraiso Vila Paraná Vila Planalto Vila Porã Vila Porto Tibiriçá Vila Presidente Vargas Vila Progresso Vila Recreio Vila Rios Vila Santa Rosa Vila Santo Antonio 585
BENEDITO DE GODOY MORONI
Vila São José Vila São Luís Vila Sobrasil
Vila Verde Village Lagoinha
A seguir a explicação para a denominação de determinados bairros: Granjas Agrícolas Helvécio: João Paulo de Magalhães Castro, que era o dono da gleba, deu ao loteamento o nome de seu filho, HELVÉCIO de Magalhães Castro. Jardim Aimará: AIMARÁ é uma língua falada no Peru, Bolívia, Chile e Argentina, sendo que no Peru e na Bolívia é considerada língua oficial. Vila Ana Maria: Sebastião Mattos Lima, que fez o loteamento, deu ao mesmo o nome de sua mulher, ANA MARIA Ferraz Lima. Vila Batista: Nair Veiga Lacerda deu este nome ao loteamento em função de naquela local existir a Igreja BATISTA, Vila Bordon: em homenagem ao Frigorífico BORDON S.A., que foi dono do imóvel. Vila Centenário: em homenagem ao 4º CENTENÁRIO da cidade de São Paulo. Vila Gilberto: recebeu o nome do loteador, GILBERTO Chinelli. Vila Joaquim Marques: homenagem a JOAQUIM MARQUES Seabra vide rua Joaquim Marques Seabra. Vila Maria: Antônio Venâncio Lopes, que era o dono da gleba, deu ao loteamento o nome de sua mãe, MARIA da Conceição Lopes. Vila Martins: homenagem a Joaquim de Souza MARTINS - vide rua Joaquim de Souza Martins. Vila Monte Castelo: homenagem de Massao Shibayama à Força Expedicionária Brasileira – FEB – na batalha da 2ª Guerra para a tomada de MONTE CASTELO – Itália. Vila Nossa Senhora Aparecida: em função de existir no local a Capela de NOSSA SENHORA APARECIDA. Vila Palmira: José Vicente Júnior, que era dono da gleba, deu ao loteamento o nome de sua filha, PALMIRA Saraiva Vicente. Vila Porã: em homenagem à serraria PORÃ que havia no local. Vila Porto Tibiriçá: homenagem ao governador de São Paulo, Jorge TIBIRIÇÁ – vide avenida Tibiriçá. Vila Rios: recebeu o nome do loteador, José RIOS. Vila Sobrasil: em homenagem à serraria SOBRASIL - vide rua Sobrasil. Village Lagoinha: o loteamento é parte da antiga Fazenda LAGOINHA. 586
HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
Capítulo 42 – Bibliografia ABREU, Dióres Santos Formação histórica de uma cidade pioneira paulista: Presidente Prudente, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Presidente Prudente, Presidente Prudente, 1972 _________________
Recortes, Presidente Prudente, 1997
A FRONTEIRA Sonhos Concretizados, Jornal A Fronteira, edição de 16/6/1984, Presidente Epitácio, 1984 _________________
Edição Especial, 1994
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HISTÓRIA DE PRESIDENTE EPITÁCIO
Capítulo 43 - Créditos das ilustrações Todos os esforços foram feitos para determinar a origem das fotos usadas neste livro. Nem sempre isso foi possível. Teremos prazer em creditar as fontes caso se manifestem. Arquivo da Câmara Municipal de Presidente Epitácio: fotos 44, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 32, 53, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72 e 73 Arquivo da Prefeitura de Presidente Epitácio: fotos 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 23, 24,25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 43A, 44, 74, 75, 76, 77, 80, 81, 83, 84, 86, 87,94, 96, 97, 99, 104, 112, 115, 116, 118, 109, 121, 123, 124, 125, 126, 127, 130, 131, 134, 135, 136, 140, 142, 143 e 144 Arquivo de Benedito de Godoy Moroni: fotos 1, 2, 78, 85, 87, 98, 100, 103, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 113, 122, 129, 133, 137, 138 e 141 Arquivo de Dair Brum Batista: foto 45 Arquivo de Dorinda Barbeiro Assad: foto 139 Arquivo de Elizabeth Leitheim do Amaral: fotos 15 e 16 Arquivo de Ermínia Maria Araújo Rocha: foto 105 Arquivo de Gerônimo Ribeiro: foto 114 Arquivo de Gislaine Cristina Coser Rolim: foto 128 Arquivo de Hilda Solyon Braz: foto 17 Arquivo de Margarida Szücs Azevedo: fotos 22 e 132 Arquivo de Maria Pereira de Carvalho: foto 117 Arquivo de Maria Tereza Orros: fotos 14, 18, 19, 20, 80 e 81 Arquivo de Marilu Carmona da Silva: foto 82 Arquivo Museu Histórico da Imigração Japonesa: foto 21 Arquivo de Nelson Verlangieri d’Oliveira: fotos 11, 12 e 13 Arquivo de Oswanil Abner de Moraes: fotos 101 e 102 Arquivo de Shenka Eugênia Luiza Coser Loyolla de Godoy Moroni: 9, 79 e 120 e-mails: godoy.moroni@uol.com.br godoy.moroni@bol.com.br 595
BENEDITO DE GODOY MORONI
Este livro foi composto na tipologia Electra LT Regular, no corpo 11. Contém cerca de: 180 mil palavras; 2 milhões de caracteres e 7 mil parágrafos
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HINO DE PRESIDENTE EPITÁCIO Música de Antônio Ribeiro e letra de Dalmo Defensor
Quando o oeste de São Paulo era selvagem e precisava abrir caminho para a fronteira da vacaria do sertão, o Chico Ita, capitão de muita coragem, desceu o rio, superou toda barreira, criou um porto, entreposto e passagem, fez a estrada, empreitada audaciosa, e completou sua missão. Assim eu canto a cidade à margem do Paraná: Epitácio, Joia Ribeirinha, enfeitando o doce mar. Epitácio, Joia Ribeirinha, enfeitando o doce mar. Seu progresso deu um passo determinante na ferrovia que ergueu na localidade a derradeira estação. De todo canto, até da Europa e do Levante, chegou quem fez de Epitácio realidade, onde o tropeiro, o marinheiro, o viajante e dona Helena, violeira grandiosa, deixaram o seu coração. Assim eu canto a cidade... Sua gente calorosa, hospitaleira, adora festa e expressa tanta alegria em concorridos carnavais. Os navegantes enaltecem a padroeira, a bela orla dá lazer à cidadania, e o visitante quando olha da ribeira, o sol poente sobre a água majestosa, não se esquece nunca mais. Assim eu canto a cidade...