EU QUERIA SER UM MONTE
RICHARD ARNOLD YATES
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sional de marketing e especialista em recursos humanos, Richard Arnold Yates faz parte de uma
que trilharam carreiras com várias facetas, experimentando diferentes áreas do mundo acadêmico, ambiente corporativo e servador desse carioca de 41 anos, formado pela PUCRio e pós-graduado pela UC Berkeley, inclui formação superior no curso de Artes Dramáticas da UniverCidade. Eu queria ser um monte é seu segundo livro.
ISBN: 978-85-66464696
9 788566 464696
Copyright C 2016 by Richard Arnold Yates Copyright desta edição C 2015 by Livros Ilimitados / AB Books O selo editorial Another Hot Books é parte integrante do grupo Another Hot Brand With An American Name. A publicação da obra 'Eu queria ser um monte' é fruto da parceria entre a Editora Livros Ilimitados e a Another Hot Brand With An American Name. Conselho Editorial: LIVROS ILIMITADOS Bernardo Costa John Lee Murray Another Hot Brand with an American Name Rick Yates ISBN:978-85-66464696 Projeto gráfico e diagramação: Joana Vieira e Rick Yates Fotos e revisão de texto: Rick Yates e Adriana Omena
Direitos desta edição reservados à Livros Ilimitados Editora e Assessoria LTDA. Rua República do Líbanos, n.º61, sala 902 - Centro Rio de Janeiro - RJ - CEP:20061-030 contato@livrosilimitados.com.br www.livrosilimitados.com
Impresso no Brasil | Printed in Brazil Proibida a reprodução, no todo ou em parte, através de quaisquer meios.
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Eu queria ser um monte é um diário feito durante um ano de vida. Os registros, tanto textuais quanto fotográficos foram feitos como uma tentativa de eternizar aquelas sensações e memórias que surgem sem pedir licença em qualquer horário do dia ou da noite. Tudo - a ideia do livro, as palavras e imagens - surgiu espontaneamente e sem forma definida, e para preservar isso exercitamos o casamento de todos os elementos que compõe essa peça gráfica aleatoriamente. Apesar do grande cuidado que tivemos com a edição considero tudo paradoxalmente intuitivo e fico feliz com isso. Espero de coração aberto que vocês embarquem um bocado, eventualmente se identifiquem e, principalmente, se distraiam. Por fim, esse livro não existiria sem a Joana Viera e Adriana Omena. Ou pelo menos, não teria esse jeitinho. Seria outra coisa e bem pior. Muito obrigado!
Dedicado à Benjamin Egert Yates, que me ensina a andar me distraindo.
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Bom, por Deve ser prefácio absorveu
onde começar...? o que pensa quem é carinhosamente chamado pra escrever o de um livro - ou pós, ou algo a ser dito sobre o que se entre uma capa e outra.
Meu irmão Rick me convidou pra ser padrinho dessa obra, construída com suas bases fincadas no tempo. Noto que tudo que li foi escrito com tesão, procura, contemplação, inquietação, calma, e cores que não se encontram em nenhuma palheta - por mais vasta que seja - como um quadro surreal, riscado com palavras. Um livro de desejos e sonhos... vontades, desistências, resignação e desespero (sem o qual nada). É muito amor por tudo. Percebo que as pessoas buscam muito mais o resultado externo do que o contrário – mais fácil assim. O que se constrói fora do corpo está ali, materializado, nas coisas que você pega, vê e possui. Buscar a própria alma, tarefa escorregadia e quixotesca, é um porre eterno... que trata de te entregar o personagem, esse mesmo que você representa, a conta gotas. Tem que ser muito louco e sábio pra correr atrás disso. Ser um investigador urbano e bucólico, procurando respostas em elementos imaginários, no abraço, na indiferença, na paixão por outro ser que te cobra o que você não pode ser, mas que te põe no colo quando, esgotado, você já não deseja mais nada. O que eu gosto nesse livro, principalmente, é que sinto que ele foi escrito por um homem incomum, que não vai sossegar enquanto não tiver suas questões pelo menos discutidas com alguma força além de gente - talvez aquela que nos dá a vida. E iremos atrás disso, doa a quem doer. Se você vai ler “Eu queria ser um monte”, é porque está com as sua mochila nas costas também, andando por aí, logo atrás de si mesmo, e de mais conhecimento.
Eu queria ser um monte 9 Parece bobagem, só que não: se você quer simplificar o que sente deve ter a consciência, plena, de como bagunçar as sensações, desfazê-las, deformá-las, impossibilitá-las... daí talvez surja o belo, o puro. Sim, você que vai ler esse livro também está virando o seu monte - seja lá do que ele for feito. No caso de R.A. Yates, que tive o prazer de conhecer há alguns séculos, a cada dia sinto que ele se torna uma dessas paisagens verdes, plácidas... daqueles amigos que nos sentimos bem, e muitas outras coisas, só de olhar, de estar por perto. O amor dele é forte - não é uma opção, é a única forma de existir. O prosseguir com obstinação e sensibilidade, nessa viagem em que uma folha caindo tem o mesmo significado de vagar pelo universo, é fundamental. Imortalidade pode ser isso... você ir tocando as coisas... como pedras, por do sol, borboletas, espelhos d’água, infância, sapos, troncos, tranças, enquanto é tocado por elas. Leiam esse rio, deixem-se levar... vocês se sentiram mais leves, menos áridos. Enfim, entre uma capa e outra, quanta vida.
Vinícius Márquez,
autor de Segundos Depois, Um bonde para Marte, Arqueiros do Rio Vermelho
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A mais nova meta A noite me assusta mesmo quando o dia ĂŠ lindo. Ser feliz no limbo ĂŠ a meta do ano que vem.
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Dinheiro Te ganhar sem engano.
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Marketing Marketing Merkating Menkatirg Mentakirg Mentikarg Mentirakg Mentira Ă kg
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Prisão alegre Assistindo à sua solidão cheguei a uma conclusão. Só lidarei com liberdade nessa prisão. Lá fora e aqui dentro Uma cidade acontece e eu amorfo entre o que fui e não sei o que vou ser. Osso morto assina o viver de alguém que só sabe desaprender. Eu sou o meu melhor no carnaval.
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Vou b eb seu c er no opo para me se nt te be ijand ir o. Para ab mundo raçar o é pre ciso acost umar o bra ço.
Troco á por s lcool exo.
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r O amo tĂvel. a ĂŠ imb
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Persianas fechadas no carnaval.
You don’t We should We must We'd better Stay together In my new life.
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Stay alive. I need you tonight.
get me and it’s sad. Hope or Hype?
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Tombo na ladeira da garagem do prédio Como é que você sabe que ainda está vivo e não morreu naquele tombo da infância?
Eu mantive o que, em primeira instância, é fruto da minha essência.
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