Mensal | Ano I | n.º 6
Abril 2015 www.lolesmtg.com
Divulgação da Escola
E ainda... Disce • Crónica • Curiosidades • Escola • Idiossincrasias
Jornal Mensal - Ano I Abril 2015 - n.º 6 Direção: Francisca Marques Miguel Santana
Supervisão Redatorial: Luís Salema Programação Visual e Diagramação: Miguel Santana Proprietária: E. S. Manuel Teixeira Gomes
Editorial
Redação: Disce - João Palma Crónica - Francisca Marques e Leonardo Pereira Curiosidades - Beatriz Conceição e Ana Catarina Alvéola Escola - Madalena Tavares Idiossincrasias - Maria Café
E-mail: geral@lolesmtg.com
O presente documento é uma versão dos textos publicados em www.lolesmtg.com. Este documento pode ser acedido, partilhado, descarregado e impresso, desde que para uso não comercial e mantendo a referência da sua origem e dos autores dos textos.
Olá, leitores do LOL! Não sei porquê, mas parece que passou uma eternidade deste a última edição! Já estamos mesmo na reta final deste ano, por isso aguentem só mais umas semaninhas para se verem livres de uma vez por todas (é certo que por tempo limitado), de tudo o que vos anda a incomodar: livros escolares, testes, trabalhos, etc.
Disce > 3 Curiosidades > 9
Crónica > 5 Escola > 11
Desporto > 13 Idiossincrasias > 15
Esta penúltima edição do LOL está recheada de novidades e de conteúdos que, sem dúvida, despertarão o vosso interesse. Façam uma pausa, e... Desfrutem!
A equipa do LOL 2
sc e Di
Sistema Isolado
Como sinto falta de ser criança, à espera de que mudasse o mundo, que este não caísse num buraco fundo, nessa altura ainda tinha esperança. E de que sonhamos agora? Mudar o mundo tentamos, com nada nos contentamos, Esperamos pela nossa hora. O tempo vai chegar, de passar de rastejar no chão até ouvirmos o nosso coração e imponentes os braços levantar. Será nessa altura que o mundo terá acordado, o sistema, revolucionado, terá sido corrigida a nossa postura.
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João Palma
Selfie Vencedora
ón ica Cr
Situações de Filme VS Vida Real
Francisca Marques
No outro dia, estava a ver um daqueles filmes medíocres que, por vezes, passam no canal Hollywood e quando digo “medíocre” , estou a ser bastante simpática. Não me quero armar em crítica de cinema mas a verdade é que aquele filme não era dos melhores. O que valeu foram algumas, Sendo assim, a minha atenção estava focada nos aspetos do filme que eu mais pudesse ridicularizar. E foi neste contexto de criticar todos os clichês que comecei a imaginar como é que estas situações seriam na vida real. O resultado? Uma badalhoquice. Penso que para o leitor compreender melhor o meu ponto de vista necessitará que eu lhe disponibilize alguns exemplos. Vamos para o primeiro. Uma rapariga caiu ao mar numa zona cheia de barcos de pescadores. Não sabia nadar e estava cheia de medo de morrer afogada. Enquanto o pânico se alastrava, apareceu do nada um rapaz lindo de morrer que a salvou e lhe emprestou roupa seca. O que aconteceria na realidade? A bela rapariga seria salva não pelo rapaz, modelo da “BOSS”, mas sim por um velho pescador, dado o cenário, barrigudo, com nódoas na camisa desbotada, bigode farfalhudo e, possivelmente, a cheirar a vinho tinto!
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O exemplo que se segue também se passa perto do mar. Estão várias pessoas a correr e, entre elas, está uma rapariga que, numa tentativa de impressionar o rapaz por quem está interessada, desafia-o a fazer uma corrida. E assim foi. A dado momento, ela cai e ele, como um perfeito cavalheiro, ajuda-a a levantar-se e os dois trocam um olhar apaixonado e fervoroso. Na vida real, se isto acontecesse, o mais provável seria o rapaz: a) gozar pela rapariga ficar toda suja de areia; b) ficar quieto e fingir que não era nada com ele; c) fazer uma cara de enjoado. Penso que já me fiz entender na perfeição e agora largarei este meu bloco de notas e ficarei a contemplar o oceano, a pensar em tudo e em nada, com os cabelos a esvoaçarem suavemente ao vento. Ai meu Deus! *O que aconteceu?* Esqueci-me de que isto era a vida real e os cabelos não “esvoaçam suavemente ao vento”, no entanto, ofuscam-nos a visão, incomodam-nos o rosto e teimam em ficar todos despenteados e esquisitos!
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Porque os outros
Leonardo Pereira
Esta crónica vai ser ligeiramente diferente das minhas crónicas anteriores pois vai ser mais crítica. Numa aula de Português que tive recentemente, a professora mostrou à minha turma dois poemas, um de Luís de Camões e outro de Sophia Mello Breyner Andresen, sendo que o que mais me despertou interesse foi o poema de Sophia. Tanto o poema de Andresen como o de Camões falam do mesmo tema: a maldade e a falsidade na sociedade. O poema de Sophia intitulava-se “Porque” e referia-se ao que os mais manhosos, porém mais cobardes, eram capazes de fazer. Também fazia referência ao que os mais bondosos e corajosos eram capazes de fazer. Passo a recitar uns versos do poema:
“Porque os outros são os túmulos caiados Onde germina calada a podridão. Porque os outros se calam mas tu não”
Fazendo uma simples e rápida análise destes versos, podemos concluir que estes aludem à falsidade de algumas pessoas e às suas famosas “duas faces”: ao falarem connosco são pessoas puras e certas, mas, pelas nossas costas, são os nossos piores inimigos. E é agora que entra a parte da crítica. Todas essas pessoas, quando nós as conhecemos, dão–nos a sensação de serem “puras como a cal”, muito simpáticas, incapazes de nos fazer mal. Contudo, à medida que o tempo passa, nós acabamos por nos aperceber do que essas pessoas podem fazer e do que são capazes, para atingir os
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seus propósitos, nem que isso implique prejudicar outros. Passamos por essas pessoas todos os dias e, por vezes, apercebemo–nos de quem são e, outras vezes, não. E se não andarmos com cautela ou com o “olho vivo”, podemos acabar por cair nas suas artimanhas. Também me espanta muitas vezes que, em pleno século XXI, o suposto século da evolução tecnológica, da evolução dos cuidados de saúde, da educação, da cultura e ainda haja quem possua falsidade e crueldade no seu interior. Como é que ainda há pessoas neste mundo que apreciam o egoísmo e a falsidade sobre os inocentes bondosos e gostam de exercer poder sobre estes? Por muito que queiramos que este tipo de pessoas e de atitudes acabem, muito dificilmente irão desaparecer de vez.
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Cu rios id
25 de Abril Ana Catarina Alvéola e Beatriz Conceição
O porquê do dia 25 de abril de 1974 ter ficado para sempre na história do nosso país não é novidade, por isso, será que te conseguiremos surpreender com algumas curiosidades sobre este dia? Para começar, se tudo tivesse corrido como estava planeado, hoje em dia, comemoraríamos o dia 16 de março e não o dia 25 de abril, uma vez que, na verdade, esta não foi a primeira data marcada para a revolução. Uma tentativa de golpe aconteceu a 16 de março de 1974. Nesse dia, um erro na comunicação entre os militares fez com que apenas o regimento das Caldas da Rainha saísse com destino a Lisboa. A missão acabou por ser abortada. O facto é que o golpe militar organizado pelo MFA (Movimento das Forças Armadas), que se juntou, inicialmente, para contestar a guerra colonial, acabou por acontecer no dia 25 de abril de 1974 e ficou conhecido como a “revolução dos cravos”. Mas porquê este nome? As explicações são várias e não se sabe se todas serão verdadeiras. No entanto, uma história parece ser constante: os cravos eram abundantes por serem da época e das flores mais baratas. A história mais conhecida é a de Celeste Caeiro, a empregada de um restaurante próximo do Marquês de Pombal, em Lisboa, que levava para casa um molho de cravos vermelhos. Os militares pediam aos populares comida ou cigarros e, quando um deles intercetou Celeste, esta ofereceu-lhe cravos por não ter mais nada. O soldado colocou o cravo no cano
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da espingarda e os colegas seguiram-lhe o gesto. Outra das explicações afirma que terão sido as floristas no Rossio a iniciar a moda, uma vez que a flor era bastante abundante nesta época do ano. Distribuíram-na como forma de celebração. Outra curiosidade interessante acerca do 25 de abril prende-se com o facto de a nossa pacífica revolução ainda ter derramado algum sangue! Já no final do dia 25, quando os populares exigiam o fim da PIDE, junto à sua sede, em Lisboa, os seus dirigentes disparam contra a população. Desse evento, resultaram quatro mortos e vários feridos, as únicas vítimas mortais da revolução. O MFA ocupou as sedes de vários meios de comunicação e espalhou a noticia de que tinha chegado ao fim a ditadura, mas os meios rurais não dispunham da mesma facilidade em aceder à informação que os meios urbanos. O MFA levou, então, representantes a vários pontos de Portugal para dar a conhecer as suas ideias e quais as mudanças que iam existir no país. Para terminar as curiosidades deste mês, deixamos-te uma notícia bastante interessante: existe a possibilidade de a CIA ter estado envolvida nos preparativos da revolução. Não existem provas de que a agência norte-americana estivesse, de facto envolvida, no entanto, um livro publicado em 2008 veio demonstrar que a «Central Intelligence Agency» estava atenta às movimentações dos militares portugueses e à possibilidade de uma revolta.
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Es co la
Divulgação da Escola
Madalena Tavares
Nos passados dias 15 e 16 de abril, foi feita a divulgação da oferta formativa da ESMTG, para o ano letivo de 2015/2016, aos alunos de 9.º ano dos concelhos de Portimão, Monchique e Lagoa. No dia 15, estiveram presentes 3 escolas: E. B. 2,3 Professor José Buisel, E. B. 2,3/S da Bemposta e E. B. 2,3 da Mexilhoeira Grande. No dia 16, estiveram presentes todas as restantes: E. B. 2,3 D. Martinho de Castelo Branco, E. B. 2,3 Engenheiro Nuno Mergulhão e E. B. 2,3 de Monchique e o Agrupamento de Escolas do Rio Arade. A visita estava organizada da seguinte forma: os guias, responsáveis por cada um dos grupos da visita, encontraram-se com os alunos ao portão da escola. Daí, conduziam-nos até ao polivalente, onde estava preparada uma sessão de esclarecimentos, com o presidente da comissão administrativa provisória do agrupamento, a professora Maria José Duarte, a psicóloga da ESMTG, Dra. Fátima Matos, e o presidente da associação de estudantes, João Silva. No decurso dessa sessão, atuaram vários alunos da nossa escola que estudam música, alguns deles no ensino integrado, ou seja, que estudam, na nossa escola e no conservatório. Terminada esta sessão, os guias levavam os alunos a conhecer as instalações da escola. No pavilhão A, havia algumas demonstrações do trabalho realizado por alguns alunos dos cursos profissionais e atividades da disciplina de Biologia e Geologia. No pavilhão B, estavam os cursos de Línguas e Hu-
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manidades e de Ciências Socioeconómicas, com exposições de várias disciplinas. Para além disso, houve sempre uma visita à Biblioteca Escolar. No pavilhão D, estava representada a disciplina de Física e Química A, através de experiências, nos laboratórios, e da existência de uma banca de pipocas à entrada do pavilhão: Neste pavilhão, também estavam representados mais cursos, como por exemplo o curso profissional de Informática. Após uma passagem pelo bloco C e pelo pavilhão gimnodesportivo, os alunos que nos visitaram tinham um pequeno lanche no polivalente. O balanço por parte das escolas que nos visitaram foi positivo: parece que muitos alunos demonstraram vontade de vir para cá estudar.
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rto De sp o
Desporto na ESMTG
Carolina Correia
No passado dia 10 de abril, decorreu, durante toda a manhã, no polivalente, uma demonstração de várias atividades físicas por parte do ginásio Beto. Zumba, Body Combat, kizomba, entre muitas outras, interromperam a normal rotina escolar, promovendo a prática de exercício físico. Os alunos que participaram receberam um vale de 50€ de desconto na inscrição no ginásio. No mesmo dia em que decorreu este evento, encerraram-se as inscrições no torneio de interturmas de futsal da nossa escola. Os jogos iniciaram-se no dia 15 de abril
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Atividades do Desporto Escolar
Prof. Edgar Plácido
Depois de três encontros bastante competitivos, a Escola conseguiu qualificar as duas equipas, feminina e masculina, para o Regional de Voleibol, a realizar em Loulé no próximo dia 7 de maio, no pavilhão Municipal de Loulé. A equipa masculina teve tarefa mais complicada, depois de ter perdido o primeiro jogo, no primeiro encontro realizado em Lagos. Teve que trabalhar muito para garantir o apuramento, nos encontros seguintes, em Silves e Portimão, com quatro jogos, e outras tantas vitórias. Já a equipa feminina, travou um duelo interessante com a outra equipa da cidade, da ES Poeta António Aleixo, para o apuramento. Porém, conseguiu sempre superiorizar-se, garantindo o apuramento, sem derrotas, em seis jogos disputados. Ambas as equipas vão para a “Final Four” Regional, com grande ambição. No entanto, reconhecem que não será tarefa fácil pois encontrarão 3 equipas que foram campeãs nos seus grupos: ES Silves; ES Loulé e ES Francisco F. Lopes (Olhão), na competição feminina, e ES Albufeira; ES Tomás Cabreira (Faro) e ES Vila Real Sto. António, na masculina. Desejamos a todos uma excelente jornada desportiva.
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s sin cr as ia ios
Id
Cerejeira
Era pétala de uma flor A espuma da noite rebentou-lhe no braço Caiu de costas Depois de frente Caiu então com a morte a visitar-lhe os tornozelos Segurou-se na mão que era o ar dos caracóis brancos Girou as palmas para a luz Perdeu-se nas nuvens pesadas Era do céu E foi da terra Antes de fugir da madrugada Tinha medo das sombras Por ser frágil como o chão E tombava Na repetição Da resina envenenada
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Maria Café
O caule negro cobria-lhe A existência de ternura E era no medo de estar às escuras que sabia Que ser-se flor Não era doce Mas amargura.
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