LOL - Janeiro 2015 by LOL ESMTG

Mensal | Ano I | n.º 3

Janeiro 2015 www.lolesmtg.com

Lost E ainda... Disce • Crónica • Curiosidades • Desporto • Bora Sair?

Jornal Mensal - Ano I Janeiro 2015 - nº 3

Redação: Disce - João Palma e Duarte Nery Crónica - Francisca Marques e Leonardo Pereira Curiosidades - Beatriz Conceição e Ana Catarina Alvéola Escola - Madalena Tavares Desporto - Carolina Correia Bora Sair? - Miguel Jerónimo Idiossincrasias - Maria Café A psicóloga responde - Dra. Fátima Matos Supervisão Redatorial: Luís Salema Programação Visual e Diagramação: Miguel Santana Proprietária: E. S. Manuel Teixeira Gomes E-mail: geral@lolesmtg.com

O presente documento é uma versão dos textos publicados em www.lolesmtg.com. Este documento pode ser acedido, partilhado, descarregado e impresso, desde que para uso não comercial e mantendo a referência da sua origem e dos autores dos textos.

Editorial

Direção: Francisca Marques Miguel Santana

Olá, leitores do LOL! Parece que nos encontramos de novo. Antes de mais nada, gostaria de vos desejar um Feliz Ano Novo. Estamos um pouco atrasados, mas mais vale tarde do que nunca, certo? “Ano novo, vida nova!”, dizem uns. “Ah! Não passa de uma simples mudança de números no calendário!”, dizem outros. Com tamanha divergência de opiniões, surge uma guerra mundial! Ou então, as pessoas simplesmente prosseguem com as suas vidas e não fazem caso. Independentemente de tudo, consideramos que o ano novo é como uma lufada de ar fresco, uma oportunidade que surge à nossa frente para termos a coragem de realizarmos os nossos sonhos, os nossos projetos. Como nos dizem muitas vezes, “atira-te de cabeça para aquilo que te faz feliz!”, sem nunca nos esquecermos de que o mais importante de tudo é mantermo-nos fiéis a nós próprios. Se o resultado de termos arriscado for bom, é uma vitória, se não o for, é uma aprendizagem... Aproveitamos, então, para vos deixar o seguinte desafio: arrisquem! Realizem os vossos projetos! Tal como foi o caso do LOL. Uma ideiazinha de dois alunos que tinham acabado de chegar à escola secundária e que se sentiam literalmente “perdidos”, no meio de tanta coisa nova. Mas arriscaram. Por que motivo não arriscar? Graças a isso foi criado um jornal que foi muito bem recebido, não só na nossa co-

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munidade escolar, como também fora dela. Atualmente, encontra-se registado na lista de jornais escolares do Ministério da Educação e Ciência. Pensamos que é algo de que nos podemos orgulhar! Nesta edição, iremos destacar um dos temas que tem sido alvo de inúmeras atenções, nos últimos dias. Estamos a falar do atentado aos membros do jornal “Charlie Hebdo”, ao qual não podíamos ficar indiferentes. Esperemos que gostem desta edição!

A equipa do LOL

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Je Suis Charlie

João Palma

Um tiro, várias quedas novos anjos são criados, foram guerreiros sem armas foram corajosos protectores. Atrocidades sem escrúpulos, cobardes bárbaros, quem são estes, que lavagens cerebrais sofreram? Não é religião, não é fé, é pura violência, na sua mais fria forma. Liberdade, Fraternidade e Igualdade, neste momento, é o que mais se sente. Não existem países, somos um só, eles talvez possam pensar que abaixo nos mandaram, para um local escuro e de dor, mas mais do que nunca estamos unidos. Nesta violenta luta sem fim, derramado sangue... Foi demasiado! Maior erro não poderiam ter tomado, pois talvez saibam, talvez não, que contra eles um exército foi levantado. Milhões de vozes sobem aos céus! Milhões de punhos se erguem! Democracia esta, que foi construída com sangue e suor, derrubada nunca será!

Lunae, cum omni dilectione mea Duarte Nery Eu sei mais que o tempo Sempre que penso em ti, Lembro-me daquela rua de Outono E aquele rapaz apático Que me atribuíste Agora sou Como nunca fui E, por isso, a Luz magoa-me mas Traz-me conforto Quando te vejo sorrir E ao teu encontro vou, E de mãos dadas A Inocência aos dois nos foge, Ambiciono trabalhar E com destino te encontrar As mais belas margaridas Para te ver sorrir Mais uma vez. Mas não será trabalho nem peso Para uma existência mal gasta, Até te encontrar. Nem mesmo o tempo sabe como fui.

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«Je suis Charlie»!

Francisca Marques

Antes de mais nada, queria deixar uma pequena nota ao leitor: se está a começar a ler este texto e pretende continuar a lê-lo até ao fim, gostaria que me garantisse que não vai reagir de forma violenta se não gostar ou não concordar com aquilo que eu escrevi. Peço desde já desculpa pelo incómodo que estou a causar, mas eu tenho de garantir a segurança dos membros do jornal. Atendendo a notícias relativamente recentes, se um desenho já é pretexto para matar, então, segundo esta lógica, um texto também... Para quem a) vive numa caverna e está isolado do resto do mundo ou b) é uma pessoa bastante desinteressada pelo que a rodeia e não sabe que assunto é que eu estou a mencionar, esclareço desde já: o atentado terrorista que houve em Paris, no qual 12 membros do jornal «Charlie Hebdo» foram mortos. Esta situação já foi debatida e rebatida por inúmeras personalidades importantes e quem sou eu para contrapor o que disseram? Sou, apenas, uma mera estudante do 10.º ano, um estatuto de mérito, não haja dúvida! No entanto, atrevi-me a pensar que tenho também o direito de dar a minha opinião em relação ao sucedido. Muitos dizem que o que se passou foi um atentado à liberdade de expressão e eu não posso deixar de concordar com isso, mas acrescento que, mais do que um atentado à liberdade de expressão, é um atentado a uma luta que as gerações anteriores tiveram para que nós, nos dias de hoje, fôssemos capazes de acordar, todos os dias, com a coragem de arriscar sermos nós próprios. Podem tirar-nos o dinheiro, a honra, o suces-

so... Mas não tirem o ser que há em nós. Uma busca louca para o criar e fazê-lo florescer, um mero erro para o destruir... O que se passou foi uma aprendizagem, uma prova de que essa luta ainda não terminou e cabe-nos continuá-la. Não é possível evitar que isto volte a acontecer, aliás, é bem provável, mas já fazemos muito quando nos consciencializamos de que isso está errado e quando despertamos a atenção das pessoas que nos rodeiam. Eu, pelo menos, tentei fazê-lo. Deixo, nestas linhas finais, um tributo especial a todas as vítimas deste atentado e de tantos outros que, infelizmente, todos os dias preenchem as páginas dos jornais.

Ano novo, vida nova

Leonardo Pereira

Antes de começar, gostaria de desejar a todos um Bom Ano Novo, cheio de sorte e jovialidade, com boas notas e surpresas bondosas. Para iniciar, irei fazer um balanço do ano antecedente. Entre todos os eventos que ocorreram em 2014, houve alguns agradáveis e outros menos agradáveis. No desporto, o país perdeu um dos seus ícones, Eusébio. Na representação, perderam-se grandes atores, como Robin Williams, José Wilker, Lauren Bacall, Philip Seymour Hoffman e Rodrigo Menezes. Também se perderam personalidades, como D. José da Cruz Policarpo e o Nobel da Literatura, Gabriel García Márquez. Mas como nem tudo no mundo é tristeza, e também temos que nos lembrar que deve haver alegria, ocorreram episódios bons, neste ano transato. Entre eles, a descoberta de um novo planeta, pela NASA, potencialmente habitável; a entrega do Grammy “Lifetime Achievement Award” ao fadista português Carlos do Carmo. Destaco, ainda, a entrega dos Prémios Nobel, onde, na Medicina, se destacaram John O’Keefe, May Britt Moser e Edvard Moser; na Literatura, Patrick Modiano; na categoria de Nobel da Paz destacaram-se Malala Yousafzai que, com apenas 17 anos, se salientou pela defesa dos direitos das mulheres e pela sua educação, e Kailash Satyarthi, que se destacou pelo combate à pobreza infantil. Este ano, como em todos os anos, a revista norte-americana «Time» elegeu a Pessoa do Ano. Mas, em 2014, elegeu não uma pessoa, mas sim várias, que foram os combatentes do ébola, uma grande epidemia que assola, ainda, a

África Ocidental. Todos os médicos e enfermeiros que combateram este terrível surto foram nomeadas as pessoas do ano, pela revista, nomeação que eu considerei muito pertinente. Agora, 2015. Eu sei que a maioria de vocês pensa que todos os anos dizem o mesmo, que tudo vai ser diferente e que, no fim de contas, não acontece nada. Penso que, por vezes, isso não deixa de ser verdade, mas também é verdade que nenhum de nós sabe o futuro. Ninguém sabe o que vai acontecer amanhã, daqui a 20 minutos, em março, em 2017… Portanto, apesar de todos acharmos que isso do “Ano Novo, Vida Nova” é mentira, julgo que deveríamos aproveitar cada momento do ano, cada dia, cada semana, cada mês… Se os aproveitarmos bem, então, isso do “Ano Novo, Vida Nova” pode não ser assim tão enganador quanto nós pensávamos.

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Aproveita a vida! Ana Catarina Alvéola e Beatriz Conceição

A escola recomeçou este mês e alguns de nós já alegam sentirem-se cansados! Conciliar a escola, o estudo, a família e a vida social nunca foi fácil e muitas vezes leva–nos à exaustão! Mas tem cuidado e não deixes que o teu estudo te afaste completamente das pessoas de que gostas! Sabias que o isolamento pode ser considerado tão prejudicial quanto a obesidade e tabaco, uma vez que afeta a longevidade e a saúde das pessoas? Deves também aproveitar estes anos ao máximo, já que existem cientistas que afirmam que a velhice começa aos 27 anos, quando as nossas capacidades mentais começam a definhar. O ponto mais alto de nossa habilidade mental é aos 22 anos. Já que que estamos a falar de aproveitar a vida, sabias que uma das maneiras mais divertidas de o fazer é através da dança, que é tam-

bém uma ótima maneira de combater o stress? A dança garante a saúde física e mental, por isso já sabes o que tens a fazer no intervalo dos teus estudos! No entanto, se és daqueles que aproveita qualquer pausa para beber um refrigerante, por exemplo, será do teu interesse saber que produtos como refrigerantes e alimentos processados causam envelhecimento precoce. Isto porque ambos possuem níveis de fosfato elevados, acelerando o processo natural do envelhecimento. Ficaste a salivar depois desta referência a comida ou a pensar melhor na tua dieta? Esta pergunta conduz-nos a outra curiosidade: nunca pensaste por que salivamos? Salivamos para que o líquido, composto por 99% de água, lubrifique as nossas cordas vocais, facilitando assim a fala, e para que humedeça o interior da nossa boca, além de ser muito importante para o funcionamento do nosso organismo.

Es co la

Um olhar sobre 2014

Madalena Tavares

Como sabes, a mudança de ano significa novos objetivos e novos caminhos por traçar. Como se costuma dizer, é um novo livro, com 365 novas páginas em branco para escrever e, se possível, que seja escrito um best-seller. Mas mudar de ano não contempla só esta questão. Mudar de ano é também refletir sobre os aspetos positivos e negativos do ano que passou para os poder mudar. É importante que tenhamos a noção do que não fizemos tão bem e que sejamos capazes de pedir desculpa às pessoas com quem não agimos corretamente. É demasiado importante sermos humildes e reconhecermos onde errámos para poder melhorar. Isso faz de nós pessoas mais maduras. Saber dizer “não” ao que não queremos para nós e saber escolher aquilo que realmente nos faz bem é muito importante para que consigamos ser felizes. Afinal de contas, é o que mais desejamos, a cada ano que passa. Sempre que acontece uma passagem de ano, ficamos mais maduros e os nossos desejos para o ano que se segue passam a ser coisas de “gente mais crescida”, como a felicidade, o sucesso (nomeadamente nos resultados escolares) e a saúde. Aqui ficam testemunhos de alguns alunos da ESMTG. As questões colocadas aos alunos da ESMTG tiveram como base acontecimentos do ano passado e desejos para este ano: 1 - Qual o acontecimento mais importante para ti, em 2014? 2 - Que figura destacarias no ano que passou? 3 - Que grande desejo tens para 2015?

Mariana Lopes | 10.ºK 1 – O acontecimento que mais me marcou no ano de 2014 foi a transição de escola, o que englobou a mudança de turma e um novo ritmo de trabalho. 2 – A figura pública que quero destacar em 2014 é a cantora Rihanna. 3 – O meu grande desejo para 2015 é conseguir ter bons resultados escolares, para obter boas médias. Bárbara Domingos | 10.ºG 1 – O que mais me marcou, no ano passado, foi, sem dúvida, a mudança de escola e ter de me habituar a uma nova turma e ao ensino secundário, que exige mais trabalho. 2 – A figura pública que eu posso destacar é a atriz Jennifer Lawrence, do Hunger Games. 3 – Não tenho um desejo bem definido para 2015, mas espero que seja melhor do que o ano de 2014. Sara Rodrigues | 10.ºK 1 – O que mais me marcou em 2014 foi o meu aniversário. 2 – A figura pública que quero destacar em 2014 é a jornalista Judite de Sousa. 3 – Os meus desejos para 2015 são muita saúde, paz, harmonia e passar de ano. Cristina Bravo | 11.ºJ 1 – O que mais me marcou no ano que passou foi perder algumas amizades que eram muito importantes para mim. 2 – A figura pública que destaco em 2014 é o jogador de futebol Cristiano Ronaldo. 3 - Para 2015, desejo muita felicidade e sucesso. Bianca Saraiva | 10.º I

1 – O que mais me marcou em 2014 foi a difusão do vírus ébola. 2 – A figura que acho que mais se destacou em 2014 foi o jogador de futebol Cristiano Ronaldo. 3 – Em 2015, desejo ser o mais feliz possível. Isso basta-me! Miguel Santana | 10.ºG 1 – No ano de 2014 deram-se imensos momentos marcantes, mas o mais notável foi a detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates. 2 – A figura pública que quero destacar em 2014 é a cantora Taylor Swift. 3 - Este ano será para quebrar barreiras, lutar por tudo aquilo em que se acredita e concretizar! Que as luzes do novo ano brilhem e tragam a todos novos desafios, novos projetos e muito sucesso. Que este seja um ano repleto de muita paz, saúde, amor e prosperidade! Feliz Ano Novo a todos os leitores do LOL! Teresa Furtado | 11.º H 1 – O que mais me marcou no ano de 2014 foi a ida da minha família para África. 2 – A figura pública que destaco em 2014 é a cantora Beyoncé. 3 – Para 2015, desejo mais saúde e amor para todos os que amo e os melhores resultados escolares, para mim e para os meus colegas.

Já conheces a nova rubrica do LOL?

Apanhados na Rede

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A atitude é o fator mais importante!

Carolina Correia

O vólei feminino é uma das atividades desportivas a que as alunas da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes podem aderir. Portanto, se têm interesse em ingressar na equipa apressem-se, porque os jogos já começaram. No passado dia 16 de dezembro de 2014, decorreu, no pavilhão da ESMTG, um jogo amigável de vólei entre a nossa escola e a Escola Secundária Poeta António Aleixo. O resultado do encontro não foi o desejado para as nossas atletas, mas é importante salientar a garra que a equipa que representa a nossa escola demonstrou, durante o jogo. Mesmo sendo um jogo complicado, a equipa não desistiu e continuou atrás do resultado, sempre à procura de vencer um set*. Este foi apenas um jogo preparatório, onde o mais importante é analisar o que correu mal, para que, no próximo jogo, as coisas corram melhor. No desporto, sabe-se que uma vitória é algo imprevisível. Na verdade, é impossível determinar quem será o vencedor antes do jogo. Muitas vezes, os adeptos tentam adivinhar qual a equipa ou o jogador que sairá triunfante. Nestes casos, os seus palpites baseiam-se em qual será o mais forte, em termos de capacidade, numa determinada modalidade. Mas será que a equipa que se espera que ven-

ça vai realmente vencer? É tudo muito relativo. Por vezes, não basta ter a habilidade, é preciso ter atitude. Há pessoas que acreditam que os vencedores são aqueles que mais têm vontade de ganhar, independentemente dos resultados. Uma chávena de atitude positiva, uma dose de empenho, uma colher de esforço, uma pitada de ambição e nunca desistir. É esta a receita dos vencedores. Para terminar, gostava de desejar à nossa equipa de vólei feminino uma excelente época desportiva, cheia de sucesso. E que hoje sejam melhores do que ontem, para que amanhã sejam melhores do que hoje. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ *set – Um jogo de vólei é dividido em sets, sendo que cada um deles termina quando uma equipa chega aos 25 pontos. A equipa que ganhar 3 sets vence o jogo. Cada jogo tem, no máximo, 5 sets.

Sa ir?

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Miguel Jerónimo

Cinema a dois olhos

Tecnicamente perfeito e ambicioso, Grand Budapest Hotel reúne aventura, comédia e drama num enredo original. A mais recente película do apreciado realizador Wes Anderson tem atraído e conquistado abundantes nomeações para prémios de prestígio. A um ritmo decidido e ligeiro, que regula o desempenho dos atores, Grand Budapest Hotel apresenta-se junto do espectador como um filme projetado com rigor, engenho e competência. Não se pense que estamos perante um filme magistral. Na verdade, falta aquela naturalidade que nos faz associar prontamente o cinema à realidade. Ralph Fiennes é quem protagoniza Grand Budapest Hotel. No entanto, a meu ver, os eventuais elogios dirigem-se para Tilda Swinton que, com uma prestação resumida a cinco minutos, me agradou o suficiente para ser destacada.

Literatura Emocionalmente intenso e profundo, A Peregrinação do Rapaz Sem Cor é uma jornada pela psique humana. Através de uma história vulgar, Haruki Murakami atreve-se a escrever acerca de temáticas passíveis de controvérsia, dada a perspetiva pessoal com que cada um enfrenta as questões primárias da vida, tais como o amor, a morte, a amizade, o sentimento e a cor. No estilo particular de Haruki Murakami estão presentes características que singularizam a bibliografia do autor: o equilíbrio, a simplicidade, o misticismo, o surrealismo mágico, a harmonia, a excelência… De algum modo, estes elementos exercem fascínio sobre o leitor, por mais desusados ou estranhos que possam parecer os contornos das narrativas. A Peregrinação do Rapaz Sem Cor assegura comoção do princípio ao fim. A obra é virgulada por momentos de absoluta veemência emocional e por passagens de pouco aprofundamento exegético, que, por sinal, acabam por convir à obra e conferir-lhe algum mistério. As personagens estão extremamente bem construídas e os ambientes estão muito bem escritos. Murakami manobra com cuidado as palavras, como se de raridades se tratassem…

A partir de dia 23 de Janeiro já podes fazer scan deste código para veres a

Agenda Cultural 18

s sin cr as ia

Maria Café

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Lost

Sagres - Portugal 2013

Berlim - Alemanha 2013

Londres - Inglaterra 2014

Poznań - Polónia 2013

Colónia - Alemanha 2013

Guarda - Portugal 2013

A re psi sp có on log de a

Crise “Nos últimos tempos só se ouve falar em crise e toda a gente diz que, em Portugal, os jovens não “vingam”. Estou a terminar o secundário e esta realidade preocupa-me. O que podemos fazer? Obrigada pela ajuda!” - J.F.

Amigo J. F., A crise económica “arrasta” sempre, atrás de si, crises sociais. Não havendo crescimento económico e os impostos inflacionados, o investimento decresce, contribuindo, assim, para o decréscimo da empregabilidade (desemprego). Os jovens são o FUTURO de um país e o que todos necessitam de interiorizar é que têm de trabalhar sempre para a EXCELÊNCIA, e ainda mais nestes momentos de crise. É necessário, para isso, ter objetivos na vida e lutar pela sua concretização, com convicção, ultrapassando sempre cada obstáculo que vos surja pelo caminho! É assim que se chega onde se quer! Não se esqueçam nunca que “querer é poder”! Para isso, terão que ser sempre muito exigentes com vós próprios e nunca ficarem satisfeitos com o que é mediano, mas sim lutar, sempre, para atingir a excelência! Esta tem sempre lugar, em qualquer parte do mundo, incluindo Portugal! Não devem ser tão derrotistas e têm que trabalhar para otimizar a vossa autoestima e acreditarem sempre que conseguem e que são os melhores. Há novas dinâmicas no mercado de trabalho, em que emergem o desenvolvimento das novas tecnologias, da globalização da produção, da expansão da economia, entre outros fatores que vieram alterar as organizações. É muito

importante a adaptação a estas novas realidades, por parte de todos. Quando se fala de empregabilidade, têm que ter presente a importância dos soft-skills (competências transversais), por oposição a competências técnicas, de características mais rígidas e específicas a uma área de trabalho. Quer isto dizer que, paralelamente e em simultâneo com a componente académica, têm de descobrir, desde cedo, os vossos talentos, ou seja, terão de investir na aprendizagem de línguas, no voluntariado, nas experiências profissionais de férias, no desporto (praticar uma modalidade desportiva regularmente), entre outros. São estes os soft-skills que tanta importância têm quando fazem o vosso curriculum vitae e/ ou quando estiverem perante uma entrevista de emprego. Daí a importância de se mobilizarem, desde cedo, para a construção de um percurso onde, para além da importância da componente académica, outras são fundamentais para quem queira integrar, com sucesso, o mercado de trabalho, quer no estrangeiro, quer em Portugal. Não se esqueçam de que, com a globalização, todos terão que estar preparados para o aparecimento de novas áreas profissionais, para a mobilidade, quer através de viagens, quer atra-

vés de períodos de estudo fora do país, pois são essas experiências, as promotoras da aquisição de inúmeras competências, que vos irão ser úteis, a saber: i) adaptação; ii) polivalência; iii) aquisição de conhecimentos de línguas; iv) empreendedorismo; v) gestão da carreira, em que deverão ter em mente, sempre, o desenvolvimento contínuo das vossas competências para que o mercado de trabalho se torne mais competitivo e haja crescimento económico. Tenham sempre presente que as vossas competências incluem: 1As vossas atitudes 2As vossas habilidades (saber-fazer) 3O vosso conhecimento. Estes são três aspetos fundamentais na vossa (futura) atividade profissional, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Assim se trabalha para a EXCELÊNCIA! “O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO…” Fátima Matos, psicóloga da ESMTG

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