Mensal | Ano I | n.º 4
Fevereiro 2015 www.lolesmtg.com
É Carnaval! E ainda... Disce • Crónica • Curiosidades • Escola • Idiossincrasias
Jornal Mensal - Ano I Fevereiro 2015 - n.º 4
Redação: Disce - João Palma e João Fernandes Crónica - Francisca Marques e Leonardo Pereira Curiosidades - Beatriz Conceição e Ana Catarina Alvéola Escola - Madalena Tavares Bora Sair? - Miguel Jerónimo Idiossincrasias - Maria Café Supervisão Redatorial: Luís Salema Programação Visual e Diagramação: Miguel Santana Proprietária: E. S. Manuel Teixeira Gomes
Editorial
Direção: Francisca Marques Miguel Santana
E-mail: geral@lolesmtg.com
O presente documento é uma versão dos textos publicados em www.lolesmtg.com. Este documento pode ser acedido, partilhado, descarregado e impresso, desde que para uso não comercial e mantendo a referência da sua origem e dos autores dos textos.
Caros leitores do LOL, Estão a ler uma edição do nosso jornal, que voltou após um longo período de férias do Carnaval! Nesta edição irão ser abordados diversos assuntos, entre os quais, o inevitável dia dos namorados e, claro está, o Carnaval. Os nossos leitores são a nossa motivação,
Disce > 3 Crónica > 5 Curiosidades > 9 Escola > 11 Desporto > 13 Bora Sair? > 15 Idiossincrasias > 17
o destino das nossas “criações” e, para além disso, são eles que nos têm ajudado e contribuído para que o LOL seja, cada vez mais, algo importante na nossa escola. Por isso, fiquem por aí, e sentem-se confortavelmente para ler esta edição!
A equipa do LOL 2
sc e Di
A Fénix
Ergueu-se das chamas, que em chão impuro ardiam, um trilho sem fim cobriam. Abria as suas asas majestosas. O seu voo, esplendoroso, o céu tornava vermelho do fogo, tão novo, tão velho. Para cima olhava invejoso. Observava a enorme liberdade de voar, como uma ave, bela. No topo era uma estrela, ignorando a verdade. Só olhando para cima percebia o que de mim se aproximava, essa ave Humana feita de lava, queimando, pessoa de mim fazia.
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João Palma
Visões
João Fernandes
As cores desvanecem-se pelo quarto e eu penso que neste vazio a memória é a minha companheira. Esta leva-me pelos caminhos que já percorri onde descobri as pontes caídas suportadas por folhas rasgadas. Ergui-me e reconstrui os meus pesadelos com palavras e não desisti da minha utopia Tal como as palavras necessitam de conhecimento, eu necessito de tinta para pintar as ideias, os pensamentos e as visões do mundo. No profundo julgamento e na profunda meditação procuro entre espaços, a essência daquilo que sou. Um humano deambulante nas dúvidas constantes de um ignorante.
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ón ica Cr
Enfim...
Francisca Marques
Não sei porquê, mas sempre que tento imaginar o meu passado, vejo uma pequena neblina a pairar sobre o que deviam ser imagens nítidas. Penso que utilizei bem o verbo “imaginar”, uma vez que, quando recordamos as coisas, adicionamos sempre alguns pormenores, para dar mais ênfase à nossa história. Como a confiança que é acrescentada a um momento em que estávamos prestes a explodir de nervosismo ou uma pitada de drama, para tornar certas vivências mais apetecíveis. Eu lembro-me e uma simples ida ao supermercado é capaz de se tornar numa aventura do cinema. Pois eu recordo-me de ir beber um batido de goiaba, com a minha mãe, às Galerias de São Francisco, no Funchal. Devia ter por volta de uns cinco anos. Fomos a um café
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que era inspirado no tema da fruta. Sempre que tento recordar-me de como era o espaço, penso numa grande mancha amarela. Os azulejos das paredes e do chão dão-me essa ilusão. As empregadas correm de um lado para o outro sorridentes, ostentando uns aventais verdes, com um desenho qualquer no meio. Estou de pé, impaciente, esperando para que a minha mãe acabe de pagar a conta, para nos irmos sentar nas cadeiras verdes, junto à janela, com um aspeto requintado. Não entendo como é que uma memória tão banal consegue assumir tanta importância no crescer da minha pessoa. Talvez por ser mais um dos muitos momentos passados com a minha mãe, que para sempre serão guardados, no meu coração, com muito carinho... Nunca mais fomos as duas beber aqueles batidos de goiaba.
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É Carnaval!
Leonardo Pereira
É Carnaval! Ou melhor, era, visto que este já ocorreu há cerca de uma semana. Mas apesar de já ter passado, não vejo por que razão não se possa escrever sobre esta época festiva, onde as pessoas se mascaram e saem à rua, desfilam pela cidade e, acima de tudo, divertem-se. Enquanto, para alguns, o Carnaval é significado de diversão e festa, para outros são apenas três dias de folga da escola. Apesar de uma pessoa ter uma opinião sobre o Carnaval e outra ter uma opinião distinta, penso que, para toda a gente, o Carnaval tem o mesmo significado que é diversão e alegria. No entanto, podemos afirmar que há pessoas que festejam o Carnaval e há outras que não dão tanta importância a este período festivo. O Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa, sendo o mês de fevereiro o mais comum, ou em março, conforme o cálculo da Páscoa. Está também associada a esta época festiva a ausência de carne, pois, a partir deste momento, fazia-se um grande período de abstinência deste alimento e, ainda hoje, uma grande parte das pessoas (principalmente as mais idosas e católicas) fazem questão de não abdicar deste costume. O Carnaval tem uma duração de três dias, que antecedem a quarta-feira de cinzas. Contrastando com a penitência da quaresma, estes dias do Carnaval são chamados de “gordos”, em especial a terça-feira gorda, pois o consumo de carnes gordas, nestes dias, é particularmente frequente. Em Portugal, o Carnaval mais conhecido e considerado como o mais português é o de Torres Vedras, sendo
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também notórios o de Ovar e o da Madeira. A nível internacional, o Carnaval mais conhecido é o do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, com o desfile das escolas de samba, durante vários dias. O Carnaval de Veneza pode ser considerado o mais importante e famoso de toda a Europa. Caracteriza-se pelo uso intensivo de máscaras e figurinos que tentam reproduzir o estilo dos nobres que viveram nos séculos XVII e XVIII. Como podemos perceber, a celebração desta época pode ser vivida de diferentes maneiras, mediante a localização geográfica. Todavia, e sem sombra de dúvidas, é um período festivo, que convida a bailes, desfiles, com muita animação, satisfação e muita alegria.
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ad es
Cu rios id
Dia de S. Valentim Ana Catarina Alvéola e Beatriz Conceição
As curiosidades do mês de fevereiro, que é conhecido por ser o mês do amor, não podiam deixar de ser sobre o dia dos namorados, também conhecido por dia de São Valentim. Assim sendo, nunca te perguntaste quem seria São Valentim e por que razão está associado às comemorações do dia 14 de fevereiro? Na verdade, é importante referir que a Igreja Católica reconhece pelo menos três santos diferentes com o nome de Valentim. Uma das lendas conta que Valentim era um padre que viveu durante o século III, em Roma. Nessa mesma época, o imperador Cláudio II decidiu que os homens solteiros davam melhores soldados, se não tivessem esposa e filhos e, por isso, proibiu o casamento para os mais jovens. O padre Valentim, que não concordou com a decisão, continuou a celebrar o casamento dos jovens casais em segredo. Quando foi descoberto, o imperador ordenou a sua morte. Outra história sugere que Valentim foi morto por tentar ajudar alguns cristãos a escapar das duras prisões romanas, onde eram frequentemente castigados e torturados. A terceira lenda conhecida conta que Valentim estava preso quando se apaixonou por uma jovem rapariga que o visitava. Consta que teria sido
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o primeiro a mandar uma carta de amor usando a expressão «do seu Valentim», que é usada até os dias de hoje, nas cartas e cartões que são, tradicionalmente, enviados nessa data. Seja qual for a lenda em que escolhas acreditar, já sabes por que motivo o dia 14 de fevereiro é conhecido por “Dia de São Valentim”. Outras curiosidades que poderias não saber sobre este dia são bem mais atuais. Sabias que os homens costumam gastar o dobro do valor desembolsado pelas mulheres nesta data? Se ficaste a pensar que os homens eram mais românticos, então é importante que saibas que as mulheres compram aproximadamente 85% de todos os cartões de São Valentim. Juntos, homens e mulheres, não olham a finanças para surpreender a sua cara-metade. Apenas nos Estados Unidos, nos últimos anos, a data movimentou cerca de 15 biliões de dólares, anualmente.
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Es co la
Formação SOS
Madalena Tavares
Como sabem, é muito importante saber como socorrer alguém. É importante saber os princípios básicos de primeiros socorros. Podemos precisar de socorrer alguém a qualquer momento, não só na escola como na rua, ou em qualquer sítio, até mesmo num centro comercial. Se encontrarmos alguém inconsciente ou caído na rua é importante sabermos ver se está a respirar e, se não estiver, saber o que podemos fazer para que isso volte a acontecer. Os Bombeiros e a Cruz Vermelha são as entidades mais especializadas para nos dar essa formação sobre segurança e primeiros socorros. Por esse motivo, estas duas entidades organizaram um plano de formação em todas as escolas do concelho de Portimão designado “A escola e os riscos… preparar para proteger”. As formações, no nosso agrupamento, foram realizadas em diferentes dias, entre as escolas E. B. 1 Major David Neto, E. B. 2,3 Professor José Buisel e a Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes. As formações foram também divididas em quatro momentos distintos. O primeiro momento designou-se “Sensibilização: o que fazer em caso de emergência” e ocorreu nos dias 26 e 28 de novembro de 2014, na E.B.1 Major David Neto; nos dias 7, 16 e 17 de janeiro de 2015, na E.B. 2,3 Professor José Buisel e no dia 27 de novembro de 2014 na E. S. Manuel Teixeira Gomes. A segunda parte, denominada “Mass training: suporte básico de vida”, decorreu na E.S. Manuel Teixeira Gomes, no dia 6 de janeiro de 2015.
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A terceira parte denominou-se ‘Exposição estática de meios e recursos agentes proteção civil’ e a quarta parte, intitulada «Formação para equipas de primeira intervenção», que teve lugar na E.B. 1 Major David Neto, nos dias 19 e 26 de janeiro de 2015, na E.B. 2,3 Professor José Buisel, nos dias 3 e 10 de dezembro de 2014, e na E.S. Manuel Teixeira Gomes nos dias 19 e 26 de novembro. No âmbito das atividades relacionadas com a segurança, já se realizaram, na ESMTG, dois simulacros, para testar a capacidade de reação de todos os membros da comunidade escolar, em caso de incêndio ou de sismo. O último simulacro realizou-se no dia 23 de fevereiro.
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Sa ir?
Bo ra
Miguel Jerónimo
Cinema a dois olhos
Nomeado para cinco categorias dos Óscares, Whiplash tem arrebatado corações e maravilhado a plateia. O filme de Damien Chazelle sofre variações de ritmo em virtude do relacionamento que se estabelece entre as personagens. A banda sonora conduz as emoções em crescendo, atingido o clímax quando os sentimentos estalam e os brados se escutam. É de aplaudir e elogiar o desempenho do ator J.K. Simmons que, num papel secundário, representa impecavelmente a sofreguidão e as exigências dos mestres que se dedicam ao ensino da Arte. Whiplash era um dos meus candidatos preferidos ao Óscar de Melhor Filme e Melhor Banda Original. Todas as artes têm destes eventos autocongratulatórios. A cerimónia de entrega Óscares é talvez a mais popular…
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Literatura Nenhum Olhar é um poema fracassado que não se conseguiu erguer nas linhas métricas da poesia, acabando por se encarreirar para os modelos narrativos da prosa... A carreira literária de José Luís Peixoto tem-se vindo a separar deste registo, para iniciar um cuidado mais escrupuloso em relação aos métodos da diegese, quase considerados como a única força despertadora de prazer, pois a escrita, a meu ver, tem saído lesada, no sentido em que já não se reconhece uma coesão semântica e lexical tão consistente e firme. É possível que o autor ande em busca de um estilo mais rigoroso e maduro. Em determinados excertos de Nenhum Olhar, as palavras parecem uma pasta informe de ideias e conceções eloquentes, onde o narrador expressa as suas dúvidas e hesitações,. Porém, embora os estilos difiram, as obras de José Luís Peixoto entroncam-se nas temáticas sombrias e nas abordagens luminosas acerca da vida, da solidão e da morte, tendo geralmente como pano de fundo a ruralidade portuguesa. Nenhum Olhar figura entre os melhores livros que já li, até hoje, de José Luís Peixoto, apesar da intenção de sublimar pensamentos, que se tem como válida e justificada, na ficção portuguesa contemporânea. A partir de dia 25 de fevereiro já podes fazer scan deste código para veres a
Agenda Cultural
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s sin cr as ia ios
Id
frio
há a névoa que revela e o calor que esconde vivem ambos na contradição dos dias como as folhas que caem antes do Outono e abraçam o chão tão graciosamente como só as coisas fora de época podem há os piqueniques natalícios a carne quente sem cobertor o beijo rápido na despedida há quem ame sozinho e quem é sozinho e ama em segredo há os corpos despidos na chuva não. há o corpo despido na chuva. e é só um. é noite a rua está cheia da gente que rasgou o alcatrão nessa mesma tarde há o choro educado pelos agradecimentos vazios a garganta presa, oprimida e gelada e as picadas no peito, que são piores que a doença, a anunciar a manhã. deita-se a Humanidade no gelo derretido da relva seca há o último sopro
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Maria Café
que sempre quis ser palavra e nunca conseguiu por faltar o ar à alma partida é só um o corpo e pertence a todos e todos lhe conhecem o odor a lenha e a suor falham os pés descalços ao organismo estático há o cair do corpo deitado que nunca se levantou por ser a leve brisa, o vento da manhã, do lençol mais branco.
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