RIO DIÁ do
Curitiba, segunda-feira, 8 de junho de 2009 - Ano XI - Número 502 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo
Famílias têm 45 dias para desocupar área no Fazendinha
Anna Luiza Garbelini/LONA
BRASI
L
jornalismo@up.edu.br Indianara Sousa/LONA
Os adolescentes de Curitiba que participaram do projeto “Luz, Câmera... Paz”, organizado pela Central de Notícias dos Direitos da Infância e da Adolescência, produziram, durante um ano vídeos com o objetivo de disseminar a cultura da paz em comunidades populares da capital. A exibição dos resultados do projeto aconteceu na última sexta-feira, em uma mostra na Cinemateca. De acordo com os organizadores, a iniciativa serve para estimular os jovens a pensarem sobre a realidade que eles vivem.
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Um mês e quinze dias. Esse foi o prazo dado pelo juiz Douglas Marcel Beres, da 4ª vara da Fazenda Pública, para que as famílias que ainda ocupam a calçada, em um terreno do bairro Fazendinha, saiam do local. São 49 famílias assentadas e a prefeitura ofereceu um albergue para abrigar 18. A proposta foi recusada. A situação ocorre desde setembro do ano passado, quando começou a ocupação. As pessoas que continuam no local dizem que não sabem o que fazer, já que não têm experiência sobre o assunto, muito menos outro lugar para morar. Página 3
Educação
Cultura
Crianças fazem programa de rádio em projeto de extensão
Apresentação do Coral Infantil HSBC e da UP acontece hoje
A iniciativa faz parte de uma parceria entre o curso de jornalismo da Universidade Positivo e a Ong Aditepp, que desenvolve oficinas de Educomunicação com alunos do Colégio Estadual Vinicius de Moraes, em Colombo.
A apresentação do Coral Universidade Positivo e do Coral Infantil do HSBC acontece hoje, às 18h. O local é o saguão de entrada do prédio de Pós-Graduação e Extensão da Universidade Positivo. A entrada é gratuita.
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Opinião
Foto: divulgação
Televisão
Televisão
Censura
aos homens de preto
“Mexeu com você, mexeu comigo”
Willian Bressan
Milena Santos
Na minha coluna de TV do dia 12/05, falei do programa “CQC” da Rede Bandeirantes. Hilário, inusitado e misturando humor e jornalismo, com sete homens de preto, ele veio para balançar as estruturas da televisão brasileira. E para causar dor de cabeça na elite do poder. Desde o dia 25 de maio, a atração é gravada às 19h, devido a uma gafe do apresentador Marcelo Tas, que chamou as integrantes do grupo Sexy Dolls de prostitutas. Tas se corrigiu em seguida, mas uma liminar proibiu a tradicional reprise na noite de sábado. A emissora decidiu por bem evitar repetir tais erros e passou a ordenar a gravação da atração três horas antes de ser exibida. O “CQC” é um formato único, com um humor ácido e feito do calor do momento, das piadas que
surgem ali na bancada, logo após as matérias entrarem no ar, de acordo com a receptividade do público. Isso deixa o programa com frescor e com mais liberdade também. Ordenar a gravação é colocá-lo numa camisa de força, em que tudo tem que ser milimetricamente corrigido na edição, cada palavra, cada ação. Isso se chama censura prévia. E a volta dela é um perigo para a democracia. Em tempos como os de hoje, em que teoricamente são os mais democráticos possíveis, assegurados pela Constituição de 1988, a decisão da Band nos remete a um passado recente, em que tudo era censurado, inclusive beijos em novelas. Tempos que parecem estar voltando, apesar de censura e democracia não combinarem nem um pouco. Tas errou, é verdade. Mas se corrigiu em seguida. E isso é que conta. Se a parte que se sentiu ofendida desejar mover um processo contra calúnia e difamação, vá em frente, mas isso não deveria interferir na estrutura do programa, detentor de muitos fãs que preferem os homens de preto como eles são: irreverentes, irrepreensíveis e ao vivo. Afinal, eles apenas exteriorizam através de piadas o que nós interiorizamos com medo da nossa própria censura.
Conflitos familiares? Dúvidas de paternidade? Segredos que você deseja revelar? Quer contar a sua namorada sua verdadeira orientação sexual? Seus problemas acabaram. Existe alguém que luta por você. Quem nunca assistiu ao programa da Márcia Goldschmit na Band? Se ainda não viu, corra ligar a TV às 16h. Lá estará ela prontinha para solucionar as situações mais complexas que norteiam a sua vida. Será que seu marido te traiu? Não entre em pânico. Agora a Band providenciou o tal de polígrafo. Se seu parceiro nega a infidelidade e você quer livrar-se dessa incerteza, o aparelho irá desmascará-lo em rede nacional. Mas o melhor você ainda não sabe. Ela dará uma lição de moral no vilão e levantará a autoestima do bom mocinho. Filhos, se vocês acham que suas mães foram injustas traindo seus pais, corram o mais depressa que puderem até o
programa. Contem tudo para Márcia. Façam escândalo, chorem e argumentem muito. Ela irá defender seus direitos, afinal quem chora e se emociona é o dono da verdade. Sim, você tem que fazer essas ceninhas para não passar vergonha perante o Brasil inteiro, como acontece em diversos programas. Um dos destaques da vez foi quando dois filhos foram acusar a mãe de ter traído várias vezes o pai, acusado de ser doente por sexo (ela chegou ao extremo de contar que até desmaiou pela falta “daquilo”) e de ter um caso com os dois cunhados. Os filhos afrontaram a mãe. O pai saiu no meio do programa. E a mãe? Ela não chorou. Entra em cena a heroína e diz: “A senhora está me parecendo muito fria. Qualquer mãe que ama seus filhos, ao ouvir essas declarações, se emociona. A senhora não derramou uma lágrima”. Ou seja, se dá a entender que ela não ama os seus filhos. Ela está mentindo.
E ainda dizem que prezam pelo mito da imparcialidade, pela ajuda aos indefesos, pelo apoio aos aflitos e injuriados. O que eles realmente valorizam é o Ibope, a competição com o Casos de Família, da apresentadora do SBT Regina Volpato. Mas tudo bem, no final se tudo isso não ajudou em nada, tem o conselho da psicóloga para dar um ânimo e fazer você voltar para casa mais feliz e conformado com o tamanho mico, afinal: “Mexeu com você, mexeu comigo”. Você sabia que nós temos certo grau de culpa por esses lixos da indústria cultural? E que os programas são feitos por meio de pesquisas que apontam qual será o público alvo, o perfil de telespectadores de determinado horário? Ou seja, o que nós queremos ver na telinha. Chega de ser alienado. Chega de Márcia, chega de Leão Lobo, chega de Casos de Família, Chega de Melhor da Tarde. O que queremos é cultura, não inutilidade.
Expediente Missão do curso de Jornalismo “Formar jornalistas com abrangentes conhecimentos gerais e humanísticos, capacitação técnica, espírito criativo e empreendedor, sólidos princípios éticos e responsabilidade social que contribuam com seu trabalho para o enriquecimento cultural, social, político e econômico da sociedade”.
Reitor: Oriovisto Guimarães. Vice-Reitor: José Pio Martins. Pró-Reitor Administrativo: Arno Antônio Gnoatto; Pró-Reitor de Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitora de Extensão: Fani Schiffer Durães; Pró-Reitor de Planejamento e Avaliação Institucional: Renato Casagrande; Coordenador do Curso de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida e Marcelo Lima; Editores-chefes: Antonio Carlos Senkovski, Camila Scheffer Franklin e Marisa Rodrigues.
O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo – UP, Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba-PR - CEP 81280-330. Fone (41) 3317-3000
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Geral
Foto: divulgação
Moradia
Cultura
Famílias têm 45 dias para sair da calçada Prazo para desocupação na Fazendinha terminaria na última sexta-feira Anna Luiza Garbelini/LONA
Anna Luiza Garbelini Luzimary Cavalheiro Marina Celinski O juiz Douglas Marcel Beres da 4ª vara da Fazenda Pública prorrogou por mais 45 dias o prazo para que os assentados do bairro Fazendinha desocupem a calçada em que estão acampados desde outubro do ano passado. Os ocupantes, que foram avisados do despejo na semana passada por um jornalista que desejava saber se resistiriam ou procurariam ouro lugar, tiveram que negociar as pressas com o poder público, já que as mais de 200 pessoas não têm onde ficar. Segundo Irene da Rosa Barbosa, da 1ª secretária da Associação de Moradores, os dias entre a noticia do jornalista e a decisão do juiz foram bastante tensos. “Não sabíamos o que fazer ninguém aqui é expert, somos todos marinheiros de primeira viagem”. Não há muitas opções para os sem-teto. As filas na Companhia de Habitação Popular de Curitiba (COHAB) são enormes, e o albergue ofertado pela prefeitura comporta apenas 18 famílias, que deveriam ser escolhidas entre as 49 assentadas. “Sabíamos que ninguém iria aceitar, mas informamos os moradores da oferta, pois se você é representante de um grupo, não pode tomar as decisões sozinho” comenta Irene. A ocupação começou no dia sete de setembro, dia internacional da ocupação, em um terreno
Exibição de filmes mostra resultado de projeto de educomunicação Após a abertura da Mostra feita por Edson Macalini, coordenador de projetos, Maria Amélia Lonardoni apresentou as mídias, descontraindo junto aos protagonistas, que eram crianças e adolescentes, autores dos vídeos que falam de assuntos do cotidiano dos meninos e meninas Indianara Sousa
de propriedade da Varuna Empreendimentos Imobiliários. No final de outubro, a Polícia Militar, cumprindo a ação de despejo, ateou fogo em alguns barracos e soltou os cães que chegaram a morder as crianças. As famílias foram obrigadas a se retirarem, ocupando então a calçada em frente ao terreno. Aqueles que tinham casas de parentes ou amigos para ficar deixaram o local. De acordo com o carpinteiro Vondemar Alves dos Santos, que permaneceu no local após a ação policial, quem não foi embora realmente necessita da ação municipal. “Quem tem lugar para ir não iria se submeter a ficar na calçada para fazer farra. Estamos buscando nossos direitos,não estamos aqui por estar”. Os movimentos sociais já não são bem vistos pelos moradores, que já não acreditam na intenção altruísta de várias ong´s. “Se você fosse mais sujinho, ganhava um fubá e um sal; se fosse mais limpinho, ganhava um pa-
cote de macarrão e óleo”, declarou Adélia Marques, vice presidente da associação. “ Agora, quando chega doação, nós levamos tudo para a associação e dividimos igualmente” diz Irene. Depois de ajudar a tombar uma viatura, Adélia diz ter aprendido que se caso a violência resolvesse a questão, não haveria mais moradores na mesma situação. Isso não significa que eles vão se conformar. Para seu Vondomar, a casa própria está prestes a ser conquistada. "Eu acho que só vamos sair daqui quando conseguirmos uma casa. Já ficamos quase sete meses, e como estamos unidos, tenho certeza de que vai dar certo". Já para Irene, mãe de quatro filhos, independente da demora do processo, não haverá desistência “Para dar uma condição melhor para meus filhos, minha neta e aqueles que estão no mesmo barco que eu, vou continuar lutando . Se for para morrer pelo que eu acredito, eu morro”
A III Mostra de Mídia e Educação, superou as expectativas dos organizadores. Apesar de um pequeno atraso, fazendo do que era pra ser duas sessões ser unida só em uma, ninguém se incomodou. Acompanhado de cofeebrake, a recepção feita pelos integrantes da Ciranda (Central de Notícias dos Direitos da Infância e da Adolescência) digna de se sentir em casa, fez o relógio passar tão rápido que ficou o gostinho de quero mais. Após a abertura da Mostra feita por Edson Macalini, coordenador de projetos, Maria Amélia Lonardoni apresentou as mídias, descontraindo junto aos protagonistas (crianças e adolescentes autores dos vídeos) pais orgulhosos, representantes do Fundo Municipal para a Infância e Adolescência (FMCA), Fundação Itaú Social e o Instituto C&A, viabilizadores do projeto. Os primeiros vídeos apresentados trataram da prevenção ao abuso e da exploração sexual infanto-juvenil em Paranaguá. O mais interessante desses vídeos exibidos (ao todo foram três), que representa o projeto Navegando nos Direitos, que foi uma iniciativa dos próprios jovens do projeto, usando como
lema “O Fim do Silêncio”. Os vídeos fazem relatos de coisas que ocorrem com frequência próxima com eles e frisam que denunciar é preciso (“Disque 100 ou 181: Denuncie!”) fazendo um apelo ao governo para que alguma atitude seja tomada, e mostrando que o jovem tem vez e voz. Em seguida, O Nós na Tela, realizado pela instituição Casa da Videira, deixou a plateia de queixo caído, apresentando pautas e vídeos desenvolvidos por crianças e adolescentes muito parecido com os de profissionais. Luz, câmera... Paz! Concluem a III Mostra de Mídia e educação, falando do objetivo do projeto. A comunicação na educação e na formação cidadã de crianças e jovens em busca de um mundo melhor, onde o papel da mídia é muito importante, apesar de não resolver os problemas, passa as informações. Não é por meia dúzias de palavras mostradas nos vídeos, mas o que ali foi exposto, representa dentro de todo conjunto um resumo dos valores, conscientização, divulgação e solução. Os Jovens têm ideias de mudança, boas ideias, só precisam de apoio, e essa é amostra de que juntos Podemos fazer a diferença.
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Especial Saúde
Cirurgia plástica nem sempre é a solução Pais e médicos precisam identificar se a cirurgia é uma necessidade ou apenas modismo
Texto e fotos: Gustavo Alberge É comum ver jovens insatisfeitos com a aparência e com as formas do corpo. Principalmente as mulheres, que normalmente se queixam dos famosos “pneuzinhos” e do tamanho dos seios. E a saída para tudo isso, em meio a uma sociedade baseada na perfeição da beleza, é a cirurgia plástica, algo que é crescente no Brasil, ainda mais entre os adolescentes. De acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) encomendada ao Instituto Datafolha, publicada no início deste ano, 69% das cirurgias são de estética. A preferida é a de mama (33%), se-
guida pela lipoaspiração (20%) e, depois, pela cirurgia de abdome (15%). O Brasil chegou à marca de 1252 cirurgias de estética (nariz, orelhas, mamas e lipoaspiração) por dia entre setembro de 2007 e agosto de 2008, cerca de 547 mil durante esse período. Especialistas apontam um aumento de jovens em busca de cirurgias nos últimos anos. “A quantidade de jovens que vem ao meu consultório procurando esse tipo de solução, realmente, tem crescido consideravelmente. Acredito que 30% da minha clientela está abaixo dos 19 anos”, diz o médico e especialista em cirurgias plásticas há mais de 27 anos Julio Wilson Fernandes. Apesar disso, a escolha por uma transformação no corpo
Os riscos físicos são os mesmos tanto para adultos como para adolescentes, diz especialista
deve ser encarada com cautela e muita atenção do ponto de vista psicológico. Segundo Fernandes, uma intervenção cirúrgica não deve ser feita apenas para seguir modismos ou amigos que já tenham feito. A avaliação do médico para identificar o desejo do paciente deve ser rigorosa a ponto de poder recusar realizar a operação, caso seja evidente que o motivo é fútil. “O cirurgião plástico deve possuir uma formação sólida em psicologia para avaliar cada caso e tomar a decisão correta”, explica o médico. “Os riscos físicos de um adolescente são os mesmos de um adulto. Mas a grande diferença é o risco emocional”, completa, referindose ao fato de os jovens estarem ou não preparados para lidar com as mudanças. Ele ainda ressalta que determinadas pessoas convivem sem problemas com excesso de peso ou com o baixo desenvolvimento da mama, mas que cada caso deve ser analisado pelo simples fato de que ninguém é igual. Porém, a operação passa a ser um benefício quando o desconforto com as curvas do corpo realmente causam um enorme transtorno para a pessoa. Fernandes cita o caso de uma menina de 14 anos que tinha uma gordura abdominal e não conseguia perdê-la, seja através de exercícios físicos ou regime orientado por um médico. Por isso, deixava de frequentar a praia, piscina, não participava das atividades de Educação Física na escola e tudo isso passou a dificultar o seu relacionamento social. “Não vejo porque não fazer uma cirurgia
“A frase que mais digo por aqui [consultório] é essa: se você está em dúvida em operar ou não, não opere” JULIO WILSON FERNANDES, CIRURGIÃO PLÁSTICO em alguém que realmente apresente um baixo nível de desenvolvimento da mama ou que não consiga conviver com um grande excesso de gordura”, diz. “Você pode ver a diferença no olhar da pessoa. Depois da cirurgia, elas apresentam uma alteração muito grande na autoestima”, completa. No blog “Fato Pensado”, o jornalista e especialista em psicopedagogia Ronaldo Nezo – atual âncora da rádio CBN Maringá – escreveu um artigo sobre a vaidade na adolescência, onde é exposto o fato de que as cirurgias em adolescentes são possíveis, mas que se deve tomar cuidado com os excessos. Aí entra o papel dos pais, observando e identificando sinais que indiquem uma real necessidade da intervenção cirúrgica ou uma obsessão do jovem. “Aprender a reconhecer a nova imagem corporal faz parte do amadurecimento. Além disso, o jovem está em constante mudança: o que ele quer hoje pode não ser o mesmo daqui a alguns dias”. Nezo também destaca a conscientização das possibilidades de resultado que uma cirurgia pode oferecer. “É preciso que a criança ou adolescente esteja preparado psicologicamente e que tenha uma expec-
tativa bem clara e realista da cirurgia, para que não surjam sonhos inatingíveis”.
Mudanças As irmãs Trinkel – Paula, Sheila e Juliana – já fizeram a cirurgia de aumento de mama. Sheila, que fez a mudança aos 17 anos, conta que a insatisfação com o corpo era grande e esse foi o principal motivo para a decisão ser tomada. “Não me sentia bem com o meu corpo do jeito que era, me olhava no espelho e sonhava com decotes e roupas justas”, relembra. “É importante nos sentirmos bem ao olharmos para o espelho e ver que estamos satisfeitos com aquilo que somos”. Paula, que passou pela cirurgia também aos 17 anos, apresenta os mesmos motivos que Sheila, mas destaca a influência da mídia em sua decisão. “De certa forma é ela que impõe um padrão de beleza e nós, como telespectadores, correspondemos a tudo que passam”. Pietra Milder foi mais longe. Decidiu fazer três mudanças de uma vez só: aumento da mama, enxerto nos glúteos e lipoaspiração. Na época ela tinha 18, mas confessa, aos 20, que faria tudo de novo. “Sei que a mudança foi ‘drástica’, e o resultado também
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“É importante nos sentirmos bem ao olharmos para o espelho e ver que estamos satisfeitos com aquilo que somos” PAULA TRINKEL, FEZ CIRURGIA DE AUMENTO DE MAMA AOS 17 ANOS
foi bastante radical, mas gostei muito”. De qualquer forma, a determinação é fundamental. “A frase que mais digo por aqui [consultório] é essa: se você está em dúvida em operar ou não, não opere”, conta Fernandes. “Tinha certeza de que queria isso. A minha mãe viu que essa era a minha vontade e só pôde me apoiar”, diz Pietra. “Não me lembro de ter ficado em dúvida em nenhum momento”, completa.
plástica não possuíam a especialização. Os riscos, apesar de pequenos, existem: sangrias, infecções, marcas das cicatrizes (quelóides), cura retardada e até a necessidade de outra cirurgia. No caso das mamas, pode haver um aumento ou redução da sensibilidade dos mamilos. “Talvez fique uma cicatriz e a pessoa tem de estar preparada para conviver com aquilo”, alerta o cirurgião.
Confiança
Recuperação
Ao falar sobre o medo da intervenção cirúrgica, Paula e Sheila afirmam que a confiança no médico responsável foi fundamental para tranquilizá-las e acabar com qualquer insegurança. “O medo leva você a pensar que pode acontecer alguma coisa, mas eu confiei plenamente no médico que me operou e aí não teve problema”, conta Paula. A mãe, Deise Violani Trinkel, também destaca a segurança que teve no profissional. “Procurava não pensar em riscos ou complicações, sabia que elas existiam e que podiam acontecer. Mas não pensava nisso e a nossa confiança no médico ajudou muito”. Fernandes enfatiza o fato de que as pessoas devem procurar os profissionais que possuem o título de especialista na área. “A cirurgia com um médico que não foi devidamente treinado talvez custe em torno de 20% do preço normal com um especialista. Mas é aí que os desastres acontecem”, alega. De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), entre 2001 e 2008, 97% dos médicos denunciados ao conselho por erros durante o ato da cirurgia
O retorno para atividades como o trabalho, quando se trata de lipoaspiração, pode levar até duas semanas e quatro para exercícios mais pesados. Porém, a recuperação completa chega até aos seis meses. A cirurgia de mamas permite que a pessoa volte a trabalhar em poucos dias, mas deve-se evitar o contato com os seios durante as primeiras quatro semanas. As cicatrizes chegam a demorar de três meses a dois anos para sumirem por completo. Pietra afirma que a recuperação foi bastante demorada e que seus movimentos ficaram bastante limitados durante esse período. “Não podia levantar os braços, tomar banho sozinha, tinha que sentar bem devagar. A dor, em alguns momentos, era insuportável”, lembra. As irmãs Trinkel tiveram uma recuperação mais tranquila. Como se tratava apenas do aumento de mama, o tempo foi menor e a liberdade de movimentos era maior. Paula teve alguns desmaios, ficava enjoada e sentia muita dor. Porém,
A cirurgia de lipoaspiração é uma das mais requisitadas entre os jovens
segundo ela, isso não representou nenhum problema. Marisa Tavares Zwirtes fez como Pietra. Aos 17 anos passou pelas mesmas três cirurgias – aumento da mama, lipoaspiração e enxerto nos glúteos. O problema apareceu alguns dias depois, enquanto trabalhava, Marisa sentiu um leve desconforto e logo começou a passar mal. “Na hora fiquei apavorada, a dor vinha direto
dos meus seios. Fui logo ligar para a minha mãe e fomos ao médico”, diz ela. A prótese tinha se deslocado por conta de uma carga de exercício um pouco acima do permitido. “Ainda bem que não foi nada grave, não tive que passar por uma nova cirurgia por causa disso”, conta Marisa. Outro problema enfrentado por Marisa foi um ganho de peso rapidamente após a lipo-
aspiração. “Não cuidei do meu regime e acabei engordando muito em pouco tempo”, explica ela, que acabou se submetendo, um ano depois, a uma nova intervenção. O cirurgião aponta o cuidado com alimentação como essencial para que o efeito seja o esperado. “Existem pacientes que não se cuidam e o resultado cai para 50%. É preciso se policiar depois da cirurgia”, afirma.
Nem “orelha de abano”, nem “nariz de tucano” As cirurgias de correção das orelhas e do nariz também estão em alta entre os jovens. De acordo com a pesquisa da SBCP, as intervenções no nariz correspondem a 7% e as de orelha estão entre os 10% identificados como “outros” na análise de cirurgias estéticas realizadas no período analisado. Fernandes cita a dificuldade que as crianças encontram para se relacionar quando apresentam deformidades. “‘Orelha de abano’ e um nariz muito desproporcional ao rosto é um problema. Desde muito cedo a criança é estigmatizada por causa disso”. A intervenção no nariz, assim como a das orelhas, tem a recuperação bastante rápida, com retorno ao trabalho cinco e oito dias após a operação. A cirurgia no nariz pode ser realizada, geralmente, aos 15 anos e a das orelhas logo aos 5 ou 6 anos. Como muitos que já enfrentaram esse problema, Paulo Henrique Anyzewski sofria com as “orelhas de abano”. “Era muito chato ficar aguentando as piadinhas. E quando a gente é criança parece que é pior”, desabafa. A correção só pôde ser feita aos 17 anos por falta de condições financeiras. “Queria ter feito o quanto antes. Infelizmente meus pais não podiam pagar”, lamenta Anyzewski. “Mas ainda bem que já fiz e, sem dúvida, me sinto muito mais à vontade para me apresentar em qualquer lugar”, completa. Divulgação
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Coluna Educação
Jovens
A peculiaridade dos novos cursos de graduação e suas consequências à fragmentação no mercado de trabalho
Estado Civil:
Solteiro
Dia dos Namorados, bombons, flores e bilhetinhos de ‘eu te amo’... Quem precisa disso?
Aline Reis Hendryo André Pais contam aos seus respectivos filhos-vestibulandos que “naquela época”, na qual tudo era mais bonito, talvez pelo encanto em presenciar a formação da cidade, não havia tantas dúvidas na escolha do ramo profissional. O leque de carreiras era restrito aos campos de futebol ou da educação (para aqueles que não gostavam de suar a camisa). Segundo o Ministério da Educação, há no Brasil 585 carreiras universitárias reconhecidas. Pareceria bom se não soasse como ironia: outro dia, em meio a uma festa, um casal recém-conhecido perdeu a seriedade do flerte depois que o garoto perguntou qual graduação a moça pretendia seguir: – Vou prestar vestibular para Tecnologia em Secretariado Executivo com Ênfase em Entidades de Classe, Órgãos Governamentais – uma pausa para a respiração e o complemento – Saúde e Jurídico.
Divulgação
O leque de carreiras era restrito aos campos de futebol ou da educação (para aqueles que não gostavam de suar a camisa). Segundo o Ministério da Educação, há no Brasil 585 carreiras universitárias reconhecidas.
Como se percebe pelo exemplo, há uma mecanização, uma espécie de processo fabril cada vez mais recorrente na educação formal. Mascarada pelo discurso crítico, embora voltada tão somente ao desenvolvimento econômico, prisioneira, como bem explica Benevides, dos “modelos culturais do parasitismo e da dependência colonial”, a universidade se fragmenta sem perceber que na perda de unidade cria um pacto invisível: o do namoro ao descaso, o do casamento eterno com os problemas de sempre. Um verdadeiro moto-contínuo.
Benevides, no entanto, aponta que “debatemos soluções convencionais que estorvam todo avanço. Esse paradoxo encontra sua explicação não na organização escolar enquanto tal, mas na cultura e na mentalidade conservadora de uma sociedade de tipo oligárquico”, ou seja, o autor acredita que a sociedade faz a universidade, não o contrário. Se essa escola está ligada à aristocracia, é coesa também à manutenção da ordem vigente. Embora isso seja irracional em centros urbanos, onde a complexidade das relações de classe revela com acurácia as contradições econômicas, sociais, políticas e culturais, é fadada pela estrutura da academia. A sociedade e a universidade vistas por esse viés sonham com a cidade, mas está arraigada a estrutura estamental que predominou o campo da Velha República. O campo crítico sonha com os princípios da modernidade que não estejam ligados ao campo da produção material.
De tudo ao meu amor serei atento/ antes, e com tal zelo, sempre, e tanto/ Que mesmo em face do maior encanto/ Dele se encante mais meu pensamento./ Quero vivê-lo em cada vão momento/ E em seu louvor espalhar meu canto/ E rir meu riso e derramar meu pranto/ Ao seu pesar ou seu contentamento (...) Certamente, quando escreveu este poema, Vinicius de Moraes estava apaixonado. O amor é mesmo lindo. Você gasta horas vendo a novela mexicana com sua namorada, que chora freneticamente ao ver o Rogério Rodrigo Rodolpho terminar tudo com a boa-moça Laura (...), ou outrora passa quase duas horas assistindo a semifinal da Copa do Brasil entre dois times (óbvio que são dois times), mas, quais eram os times mesmo? Tudo isso em nome do amor. Ah, o amor... Por outro lado, há quem pensa em namorar... – mas só pensa! Vida feliz é vida de solteiro e de solteira, nada de telefonemas, nada de gastos com ursinhos de pelúcia ‘fofinhos’ nem com aquela camisa do Timão horrorosa com a estampa ‘Ronaldo’ nas costas. Não. Até queremos um namoro, mas para viver um relacionamento é necessário estar preparado. “É sempre legal ter alguém que você gosta do seu lado, mas penso em resolver minha vida antes de assumir um namoro. Sou muito novo, penso em morar fora depois que terminar o curso e isso é um problema para quem tem namorada”, explica o estudante do 1º período de Jornalismo, Danilo Georgete,19. Seriedade é a palavra de ordem de Jéssica Carvalho, 17, que toma o namoro como sendo algo muito sério. “O relacionamento para mim não é diversão e sim responsabilidade”, enfatiza a estudante de Jornalismo. É fato. A responsabilidade vem por meio de telefonemas, compromissos... “Quem não namora não tem preocupações ‘desnecessárias’, ai pode se dedicar ao trabalho, aos estudos, e não a satisfazer alguém”, comenta Tatiane Godinho, 20 também cursando Jornalismo. Mas se engana quem pensa que tem gente solteira só por preocupações. A vida de solteiro é muito boa, e de acordo com os entrevistados, eles estão satisfeitos com o ‘estado civil’. “Ser solteira tem muitas vantagens. Conhecer novas pessoas sempre que eu quiser, não ter que se preocupar com o que ‘ele’ está fazendo (...)”, explica Tati. Aproveitar a vida. Ah, nada como ser livre. Ser solteiro ou solteira dá essa ‘liberdade’ tão aspirada por aqueles que não são mais solteiros. “Não tem que dar satisfações a ninguém. Nada de telefonar e nem de avisar onde vai”, diz Georgete. E essa vantagem só quem tem somos nós, os solteiros e solteiras do Brasil! E no próximo dia 12, recesso do feriado de Corpus Christi, enquanto os enamorados estiverem no shopping vendo um filme meloso, vamos sair por ai, em busca de um... NAMORO!
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Geral Cultura
Educação
Extensão de Conhecimento Alunos de colégio da região metropolitana de Curitiba desenvolvem programa de rádio com colaboração da Universidade Positivo Lucimeire Martins Aconteceu na última sexta feira (5) a segunda visita de alunos participantes das oficinas de educomunicação do bairro Monte Castelo à Universidade Positivo. O objetivo da visita é a gravação de um programa de rádio para ser exibido no colégio das crianças, durante os intervalos das aulas. A iniciativa faz parte de uma parceria entre o curso de jornalismo da Universidade Positivo e a Ong Aditepp, que desenvolve oficinas de Educomunicação com alunos do Colégio Estadual Vinicius de Moraes, em Colombo. O primeiro programa de rádio foi gravado no dia 22 de maio e o resultado foi surpreendente tanto para as crianças, quanto para os organizadores do projeto. Com roteiro em mãos e muita disponibilidade, as crianças se sentiram a vontade diante dos microfones, não deram espaço para a timidez e provaram que rádio não é coisa só de gente grande. Crislayne Gabrich, de 11 anos foi uma das apresentadoras e dentro do estúdio fez questão de colocar o fone para posar para a foto. Segundo ela, ficava mais bonito, mais verdadeiro. As crianças visitantes participam de oficinas de educomunicação que são desenvolvidas no colégio Vinicius de Moraes desde fevereiro deste ano. As atividades fazem parte do Projeto Ação Interativa II – Comunidade – Escola em ação, desenvolvido pela Aditepp e patrocinado pelo Santander. Aproximadamente 25 alunos participam das tarefas.
Nas oficinas eles aprendem a usar a linguagem das mídias para debaterem assuntos relacionados à escola e comunidade. Durante as atividades os alunos discutem sobre temas como, educação, família, drogas, cultura, esporte, lazer, entre outros. Eles também aprendem técnicas de comunicação e decidem juntos os formatos dos programas de rádio, além de escolherem os materiais que serão divulgados no colégio e na comunidade, entre vídeos, fotos e textos – todos produzidos nas oficinas de educomunicação. A primeira visita despertou o interesse e a curiosidade dos alunos, nenhum deles tinha estado em um estúdio de rádio antes. Além do programa de rádio, que faz sucesso entre a garotada do colégio, os alunos também produzem um jornal impresso. O Jornal do Vinicius traz matérias sobre a comunidade e o colégio e é elaborado com a participação dos alunos, desde a escolha dos
temas, até sua finalização. A proposta dessa iniciativa é mostrar à comunidade a importância da comunicação para o desenvolvimento social e incentivar as crianças e os jovens a falarem sobre si mesmos e sobre assuntos que os interessem realmente. A educomunicação tem sido uma importante ferramenta educacional para os meninos e meninas do Monte Castelo, que já foi conhecido como um colégio violento e hoje realiza este trabalho em parceria com os alunos, transformando-os em protagonistas de sua própria história. A finalização do material de rádio, que antes era feita de maneira artesanal, agora está sendo realizada com a colaboração do curso de jornalismo da Universidade Positivo. A proposta é que os alunos visitem os laboratórios a cada quinze dias para receberem ajuda e orientação no que diz respeito a organização e edição do material que produzirem. Arquivo Lucimeire Martins
As crianças participam de oficinas de educomunicação no colégio Vinicius de Moraes
Coral da UP e HSBC apresentam show com canções nacionais Projeto faz parte do Programa HSBC Educação, que atende 530 crianças
Dafne Hruschka Fabielle Rocha Cruz O Coral Infantil do HSBC, em parceria com o Coral Universidade Positivo, fará uma apresentação especial com regência de Martinho Lutero Klemann (Coral UP) e Maria Dulce Primo (Coral Infantil) hoje, onde serão executadas individualmente, por cada grupo, canções da MPB e da Bossa Nova. Como encerramento, uma interpretação conjunta de parte da 9ª Sinfonia de Beethoven. A coordenadora de Cultura da Universidade Positivo, Alessandra Stella Tulio, conta que o Grupo HSBC é uma das empresas parceiras da instituição. Como a Universidade já tem conhecimento do trabalho do grupo, surgiu a ideia de convidar o Coral para ser prestigiado, além de oferecer uma oportunidade para as crianças de ter contato com outras pessoas e vozes. A regente Maria Dulce incentivou a iniciativa para oferecer aos membros a experiência de se apresentarem em um ambiente diferente e a chance de aprimorarem seus repertórios. Quarenta crianças e adolescentes integram o Coral Infantil do HSBC, que há seis anos tem formação permanente. O projeto faz parte do Programa HSBC Educação, que atualmente beneficia 530 crianças, a fim de promover um trabalho de iniciação musical
com seus pequenos cantores. Busca também, transmitir valores como a superação pessoal e cooperação, além de ajudá-los a melhorar a autoestima. Durante o ano todo, várias apresentações são realizadas e a principal é no Natal, quando o Coral se reúne com mais 120 crianças para cantar nas janelas do Palácio Avenida, no centro de Curitiba, um evento já característico da cidade. O coral da Universidade foi criado em setembro do ano passado e é composto por 30 pessoas, entre estudantes, funcionários do Grupo Positivo e professores. Para divulgar seu trabalho, são feitas, uma vez por mês, apresentações nos blocos Bege, Azul, Vermelho e Marrom, às 18h45 ou às 20h40.
Serviço A apresentação do Coral Universidade Positivo e do Coral Infantil do HSBC vai acontecer hoje, às 18h, no saguão de entrada do prédio de Pós-Graduação e Extensão da Universidade Positivo. É um espetáculo gratuito – todos podem apreciar esta maravilhosa iniciativa. Para quem tem interesse em participar do coral da UP, as inscrições serão abertas a partir de agosto deste ano. O único requisito específico para ser um novo membro é ser aluno, funcionário ou professor da Universidade. Mais informações (41) 3317-3000
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Curitiba, segunda-feira, 8 de junho de 2009
Ensaio
Um paraíso chamado
Ilha do Mel Fotos: Pedro Henrique Kuchminski Texto: Ailime Kamaia Estação Ecológica desde 1982, a Ilha do Mel possui diversos atrativos e encanta turistas durante o ano inteiro. Visitas à Gruta das Encantadas, Farol das Conchas, Capela de São Francisco, Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres (ou Fortaleza da Barra), Morro das Baleias e às diversas praias podem ser feitas nas caminhadas pela ilha, já que é proibida a utilização de veículos motorizados. Com diversas pousadas e restaurantes em estilo rústico, a ilha abriga, além dos nativos, visitantes de várias regiões do país e do mundo. Por ser uma Estação Ecológica, a ilha tem limite de 5 mil visitantes. Sobre o nome do lugar existem controvérsias em relação à sua origem, dizem alguns que um dos primeiros habitantes foi um alemão chamado Mehll, outros acreditam que o motivo seja a cor da água doce vista pelas trilhas (que seria cor mel) e há uma terceira “teoria”: havia muitas abelhas e a ilha deveria ter um certo “mel” para atraí-las. A noite da ilha oferece algumas opções como a Toca do Abutre (Nova Brasília), o Forró do Wando (Nova Brasília) e a Praça de Alimentação (Encantadas), além das festas sazonais como a de Nossa Senhora dos Navegantes. Para chegar à Estação Ecológica da Ilha do Mel é necessário pegar um barco em Pontal do Paraná, no balneário de Pontal do Sul, ou embarcar em Paranaguá. O desembarque pode ser feito no trapiche de Encantadas ou de Nova Brasília.