LONA Especial Eleições 2022

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Laboratório da Notícia - issuu.com/lonaup #JornalismoUP Edição 1019 | Especial – Eleições 2022 EFEITO LAVA JATO: Moro e Deltan conseguem vitórias esmagadoras LULA E BOLSONARO SE ENFRENTAM NO SEGUNDO TURNO página 04 página 06 A queda de Álvaro Dias e Requião página 05 RATINHO JÚNIOR CONFIRMA FAVORITISMO E SE REELEGE

Reitoria

Roberto Di Benedetto

Coordenação do curso de Jornalismo

Felipe Harmata Marinho

Professores-orientadores

Gustavo Panacioni

Felipe Harmata Marinho

Katia Brembatti

Daniel Zanella Helen Anacleto

Editores-chefes

Luiz Felipe Caldarelli

João Matheus Joaquim

Daniel Victor

Equipe de reportagem

Luiz Felipe Caldarelli

João Matheus Joaquim

Daniel Victor

Acompanhe o curso de Jornalismo pelas redes sociais. Caso tenha dúvidas sobre o curso, entre em contato.

2deoutubro de 2022 ficará marcado na histó ria como um momento em que o Brasil foi às urnas com dois grupos político-partidá rios disputando o protagonismo. Para o curso de Jornalismo da Universidade Positivo, a data mar ca a comemoração dos 20 anos de uma tradição: a cobertura eleitoral. A cada biênio, estudantes vão às ruas cobrir o dia de votação. Equipes passam o domingo nos estúdios de rádio e TV transmitin do o que está acontecendo na capital paranaense e região, levando ao público as informações e exer cendo a oportunidade de desempenhar funções muito similares às exercidas no ambiente profis sional do Jornalismo. Mais de 80 pessoas estiveram envolvidas na cobertura, entre estudantes, profes sores e técnicos de audiovisual. As equipes foram divididas em frentes, como reportagem, produção de posts para redes sociais, diagramação e elabo ração de conteúdos para o LONA, apresentação e produção de rádio e TV. A cobertura foi transmi tida ao vivo pelo canal do YouTube da Rede Teia. Esta edição especial do LONA faz parte de um am plo esforço de cobertura, trazendo o resultado das eleições tal qual os principais jornais do país fize ram nesta data tão importante para a democracia.

RedeTeia

TelaUN1 RedeTeia

O lona é o jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Universidade Positivo. O veículo integra a Rede Teia de Jornalismo. Arte: Luiz Felipe Caldarelli
EXPEDIENTE LONA

Ratinho Jr. confirma segundo mandato como governador, com vitória no primeiro turno

Por João Matheus Joaquim e Daniel Victor

Atual governador do Paraná foi o segundo mais votado do Brasil

Oatualgovernador, Carlos Roberto Massa Júnior, mais conhecido como Ratinho Júnior, confirma o favo ritismo apresentado nas pesquisas realizadas antes das eleições e garante, em primeiro turno, a reeleição para o governo do estado do Paraná com 69% dos votos. Depois dos resultados, Ra tinho declarou: “Estou ago ra com as energias renova das e com o foco total no estado. A pandemia tirou muito a energia nossa de trabalho, nós tivemos que concentrar toda a nossa equipe para cuidar do en frentamento da pandemia”. Natural de Jandaia do Sul, o governador é pós -gra duado em Direito de Es tado pela PUC de Brasília, graduado em Marketing e Propaganda pela Faculda

de Internacional de Curi tiba (Facinter) e tem cur sos de especialização em Administração Tributária e Reforma Fiscal, cursado em Madri, e Saúde e Edu cação em Órgãos do Go verno, cursado em Havana. Filho do apresentador de TV, Carlos Roberto Mas sa, mais conhecido como Ratinho, e Maria Talarico Massa, o jandaiense iniciou sua carreira política como deputado estadual, aos 21 anos, pelo PSD, em 2002. Depois disso, foi eleito de putado federal nas eleições seguintes, 2006, e reelei to em 2010 com recorde de votos; 360 mil eleitores votaram no deputado. Em 2014, confirmou pela ter ceira vez sua cadeira no Congresso, e em 2018, as sumiu pela primeira vez o Palácio do Iguaçu, como

Foto: Beatriz Portz
Curitiba, 2 de outubro de 2018
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DECISÃO ADIADA: LULA E BOLSONARO NO SEGUNDO TURNO

Brasileiros decidem que eleição ao Palácio do Planalto deve continuar

Os brasileiros volta rão às urnas em 30 de outubro. Com 48% de votos em Lula con tra 43% de Bolsona ro, a decisão de quem ocupará o cargo mais importante do país, o da Presidência da República, vai para o segundo turno. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente Jair Bolsonaro con firmaram seus favo ritismos nas pesqui sas de intenção de voto e se enfrentarão em mais um pleito. Embora as pesquisas também projetassem uma eventual vitória de Lula já no primeiro turno, isto não se con firmou, algo, no en tanto, esperado, pois a margem dos votos válidos indicava um possível novo enfren

tamento entre o petis ta e o candidato do PL. Os presidenciáveis agora irão disputar o que tradicionalmente é concebido no Bra sil como outra eleição, totalmente diferen te da que ocorreu no primeiro turno. É um momento em que no vas alianças são formadas, estratégias de campanha são repen sadas e outras sabati nas e debates costu mam ser promovidos.

O que não surpreendeu foi a porcentagem dos eleitores que votaram branco (1,59%) e nulo (2,82%). Ao todo, fo ram mais de 5 milhões de pessoas que não destinaram seu voto para qualquer um dos candidatos ao Palácio do Planalto. Estes elei tores foram novamente determinantes para o resultado das eleições.

Foto: Arquivo Pessoal Foto: Ricardo Stuckert

Requião e sua sequência de derrotas

Durante toda a campanha, o candidato esteve distante da vitória

Com26% dos votos válidos, Roberto Re quião teve a menor votação para cargos majo ritários de sua carreira. O político, que já foi governa dor do Paraná em três oca siões, foi derrotado de for ma acachapante por Ratinho Júnior, que teve 69% dos votos válidos e foi reeleito pelo Partido Social Demo

crático (PSD). Requião, desta vez candidato pelo PT, este ve atrás nas pesquisas duran te toda a campanha eleitoral. A filiação de Requião ao PT para as eleições de 2022 foi motivada, segundo o próprio candidato, pela ideia de uma “frente ampla” contra a extre ma-direita. As críticas a essa atitude vieram principalmen te em razão ao forte enfren

tamento do candidato para naense nos últimos governos do Partido dos Trabalhado res. Em certos momentos, Re quião evitou chamar atenção para a coligação com o novo partido. “Não sou candida to do PT, e sim de uma fren te de esperança”, afirmou na sabatina realizada pela OAB Paraná em 13 de setembro. As três vezes que Requião foi eleito ao governo do Paraná foram em 1991, 2003 e 2010. Com pou cas derrotas em cargos majoritários, perdeu apenas em três ocasi ões: governo de 1998, quando ficou atrás de jaime Lerner; governo de 2014, em que foi der rotado por Beto Richa, e Senado de 2018, conse guindo apenas o terceiro lugar, atrás de Oriovis to Guimarães e Flávio Arns, que se elegeram.

Foto: Yan Guimarães
Curitiba, 2 de outubro de 2018
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De juiz a senador:

Moro se elege em primeira tentativa

O ex-favorito de Álvaro Dias conquista sua cadeira no Senado Por Luiz Felipe Caldarelli

Sérgio Fernando Moro, o símbolo anticorrupção da Operação Lava Jato, é eleito ao Senado com 34% dos votos. O paranaense, natural de Ma ringá, foi juiz de primeira ins tância da 13ª Vara Criminal de Curitiba e Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, durante o governo Bolsonaro. Moro começou sua tra jetória em 1996, no cargo de juiz substituto em Curitiba. Também foi professor na Uni versidade Federal do Paraná (UFPR), instituição onde fez seu mestrado e douto rado. Formado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Moro especializou-se em crimes financeiros e participou di retamente em casos de cor rupção. Homologou a de lação premiada do doleiro Alberto Youssef – investiga do pela Lava Jato –, pronun ciou a sentença de 29 anos

do ex-chefe do narcotráfico e do Comando Vermelho, Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar. Além disto, agiu como juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF) no escândalo do Mensalão, que investigou com pras de votos no governo Lula. Até ter 50 anos, Moro nunca tinha se filiado a partidos. Após sair do Ministério, se fi liou ao partido de Álvaro Dias, o Podemos. Álvaro menciona va o adversário como um pos

sível ideal presidente do Bra sil, até o ex-juiz abandonar a casa, após quatro meses, e se juntar ao União Brasil na dis puta pelo Senado. Por meio de nota oficial publicada em suas redes sociais, a alegação de corrupção feita por Moro contra o Podemos acompa nhou a enunciação de sua de sistência à candidatura para a presidência do país. O ex-mi nistro de Bolsonaro e o presi dente nacional do União Bra sil Luciano Bivar discutiram sobre a aliança da terceira via contra o PL e o PT. “Serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”, exaltou.

Sérgio Moro é casa do com a a deputada fede ral Rosângela Wolf Moro, eleita com mais de 200 mil votos. Sua esposa foi criti cada durante a campanha por postar um vídeo em suas redes sociais comen

Foto: Elis Paes
LONA - Edição 10046

do pastel em uma feira, enquanto, ao fundo, uma idosa vasculhava uma lixeira. O maringaense enfrentou alguns contratempos durante a campanha. Sua tentativa de candida tura por São Paulo foi negada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), porque ele não tinharesidência no estado.

Após um ano e quatro meses como ministro, ele renunciou o cargo por estar insatisfeito com as decisões do ex-presidente da República. Bolsonaro demitiu o diretor-geral da Polícia Federal, indicado por Moro. Ele relatou ter se surpreendido ao ler o DiárioOficiale alegou não ter tido informações prévias da demissão de Maurício Valeixo. O ex-ministro denuncia o ato de Bolso naro como interferência política e diz que o político admitiu que pretendia colocar alguém que lhe desse informações sobre investigações e inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

O que faz um senador? Os senadores e senadoras re presentam politicamente os eleitores, à frente da Câma ra dos Deputados, dentro do Congresso Nacional. No Sena do Federal (Câmara Superior), os eleitos e eleitas fiscalizam, criam leis e dispõem do direito de julgar e facultar nomeações do presidente da república.

Curitiba, 2 de outubro de 2018 Imagem: Elis Paes Edição de imagem: Luiz Felipe Caldarelli
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Candidatura

Sem nunca ter se filiado a partidos, Sérgio Moro se juntou ao Podemos, de seu agora rival Álvaro Dias. O ex-senador, mencionava o adversário como um possível ideal Presidente do Brasil, até o ex-juiz abandonar a casa, após quatro meses, e se unir ao União Brasil contra Álvaro, pela disputa do Senado. Por meio de nota oficial, publicada em suas redes sociais, a alegação de corrupção feita por Moro contra o Podemos acompanhou a enunciação de sua desistência à candidatura para a presidência do país. O ex-ministro de Bolsonaro e o presidente nacional do União Bra sil, Luciano Bivar, discutiram sobre a aliança da terceira via contra Lula e Bolsonaro. “Serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”, exaltou Moro em nota. O maringaense enfrentou alguns contratempos durante a campanha. Após a tentativa de se candidatar por São Paulo, requerentes acusaram o ex-juiz de não possuir domicílio no Pa raná. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) negou o pedido de impugnação.

Curitiba, 2 de outubro de 2018 Foto: Instagram Arquivo Pessoal
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Moro desbanca 22 anos de Senado de Álvaro Dias

ÁlvaroDias começou a cavar sua cova quan do recebeu Moro de braços abertos no Podemos.

O ex-governador do Paraná perdeu sua cadeira no Sena do com 24% dos votos con tra 34% para o ex-ministro de Bolsonaro. Quando foi candi dato a presidência da repúbli ca, Álvaro defendia o ex-juiz

e tentou traze-lo para o par tido. Sob acusações de cor rupção contra o Podemos, o experimento de Álvaro foge para o União Brasil e o derru ba da torre de 22 anos como senador. No período eleitoral, o historiador manteve uma postura neutra em respos ta aos comentários do ex-juiz da Lava Jato sobre a aliança

em 15 estados, fora o Paraná, do Podemos com o PT. Álva ro teve seu primeiro mandato como vereador de Londrina, em 1969 e cultivou uma longa carreira na política brasileira passando pelos cargos de De putado Estadual, Governador e Senador. Eleito pelo site do Congresso em Foco como me lhor Senador do País (2006, 2008, 2012), ele se elegeu pela primeira vez ao Senado em 1983, deixando a posição ape nas para se tornar Governa dor. Após 4 anos, ele voltou a ocupar uma das 81 vagas, na qual ficou até o final de 2022.

A irrelevância de Richa

Por João Matheus Joaquim

Após três prisões e sete processos, o ex-governador perde as eleições

BetoRicha tentou voltar para o cenário político mas teve um resultado inexpressivo. Com menos de 2% dos votos, ele perdeu a disputa para uma das 30 vagas do Paraná na câmara dos deputados.

O Tucano natural de Londrina tem longo histórico na política. Iniciou sua carreira como Deputado Esta dual em 1995, foi vice-prefeito de

Curitiba de 2001 a 2004, assumiu a prefeitura da capital de 2005 a 2010, foi governador do estado por dois man datos, de 2011 a 2018. Em 2018, Richa deixou o Palácio do Iguaçu para concorrer ao Senado, mesmo ano em que foi alvo de investigações relacionadas à operação Lava Jato. Ele foi preso antes das eleições para o sena do em 2018, e perdeu a eleição, ficando em sexto lugar com menos de 4% dos votos. Após isso, Beto ficou afas tado da política, foi alvo de sete processos judiciais e chegou a ser preso mais duas vezes.

Fonte: Luiz Wolf / Site oficial do candidato Derrota de Dias é a primeira do ex-senador em mais de duas décadas Por Luiz Felipe Caldarelli

Efeito Lava Jato: Deltan Dallagnol se elege

De procurador do ministério público e líder da Lava Jato a deputado federal Por João Matheus Joaquim

Deltan

Martinazzo Dallagnol (Podemos) foi eleito deputado federal com 346 mil votos.

Um dos líderes da Operação Lava Jato em Curitiba, agora assume uma das 30 cadeiras reserva das ao estado na Câmara dos Deputados, em Brasília.

O ex-procurador do Ministério Público tem gradua ção em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2002, e mestrado pela Harvard Law School. Natural de Pato Branco, Deltan iniciou sua car reira como procurador da República em janeiro de 2003, cargo que permaneceu até novembro de 2021, quando pediu exoneração de suas atividades. O agora deputado federal é autor do projeto “10 me didas contra a corrupção”, de 2015. Proposto pelo Ministério Público Federal, e apoiado pelos ministé rios públicos de todo o país, o projeto contou com a participação de mais de dois milhões de assinaturas, e foi aprovado na câmara dos deputados em 2016. Dallagnol foi um dos investigados no caso das di árias da Lava Jato, e condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em agosto deste ano (2022), a devolver mais de R$2,8 milhões ao tesou ro nacional. Deltan também foi condenado recen temente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por propaganda antecipada com multa no valor de cinco mil reais, além de precisar tirar do ar um ví deo onde chama o STF de “casa da mãe Joana”.

Foto: Maria Eduarda Machado

nas eleições 2022

Cresce a porcentagem de candidatos pretos no Paraná

Dados do levantamento do Tribunal Superior Eleitoral apontam um aumento nas candi daturas de pretos e pardos, comparado as eleições de 2018.

Há4 anos, a porcentagem de pretos, segundo TSE, era de 5,12%, o que representa 66 candidatos. Este ano, as estatísticas mostraram um salto para 7,71%, um aumento de 56 políticos. 115 pardos indicavam 8,93%, enquanto em 2022 este número cresceu mais do que a metade, chegando a 261 candidaturas, que equivalem a 16,59%. A porcentagem de amarelos também subiu mais que o dobro das eleições anteriores e os povos indígenas salta ram de 1 candidato para 8. A pesquisa também indica um acréscimo de brancos, no entanto, a porcentagem acerca do número total caiu.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral

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candidaturas femininas foram registradas a mais comparado a 2018

Masculinas também apresenta ampliação

Ositedo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou o aumento de mulheres na disputa por cargos no Paraná. Em 2018, as can didaturas femininas equi valiam a 30,82% e a dos homens, 69,18%. Este ano, houve um salto, compara do com a última eleição, de 397 mulheres para 527, o que representa 33,29%. Em 2022, houve uma am pliação nas candidaturas masculinas. Ao todo, fo ram 1.056, que correspon dem a 66,71% dos políti cos e políticas nas eleições. Os homens e as mulhe res transexuais são in clusos, assim como cis gêneros, nas pesquisas de levantamento do TSE.

Fonte: TSE

Tendência nacional: grupos invisibilizados

começam a ganhar mais espaço na política

OTribunal

Superior Eleitoral (TSE) apontou 4.134 registros de candidatura de pessoas pretas no país, 10.576 pardos e 186 indígenas. O Paraná também registrou uma progressão destes dados. A doutora em Direito Constitucional, com ênfase em direitos humanos, Melina Fachin, comenta que o uso de mecanismos jurídicos e interpretações, no sentido de inclusão, em debates sobre cotas femininas dos principais órgãos governamentais, é um ponto importânte na explicação destes números. Segundo ela, a decisão feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de distribuir mais dinheiro às campanhas políticas de candidatos pretos também foi um incentivo. "Temos um movimento de reorganização social. A luta dos direitos humanos surge quando a negação é verificada”.

A advogada enfatizou que recrudescimento vivido por estes povos nos últimos anos foi um instrumento de reorganização. As causas jurístas que impulsionam as regulamentações do TSE para estes grupos, é uma ferramenta utilizada em pautas conservadoras também, no entanto é um meio de democratização que defende todos. Quando questionada sobre candidatos e

candidatas transexuais, Melina Fachin esclarece que o gênero é uma construção social. Ser homem ou mulher tem menos a ver com formação biológica e que é importante estes candidatos se sentirem representados nos parlamentos.

"Temos suplentes do STF reconhecendo a pluralidade, a forma das pessoas se sentirem interiormente. É no campo da política que estas disputas se colocam”, concluiu a profissional.

Fonte: Arquivo Pessoal

BRASIL

Dartora é eleita a primeira deputada federal negra do Paraná

Ela também foi a primeira veradora negra eleita em Curitiba

Ahistoriadora, formada na Universida de Federal do Para ná (UFPR), Carol Dartora foi eleita com mais de 90 mil dos votos. A ex -professora da rede pública é a primei

ra mulher negra a assumir o cargo de deputada federal no Paraná. Repre sentante de grupos feministas e atuan te do movimento negro, em 2020, ela se elegeu vereadora com 8.874 votos

e tornou-se a candidata mais votada do PT em Curitiba. A política também foi a primeira negra a se tor nar vereadora na capital.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral Foto: Arquivo Pessoal
CANDIDATURAS 2022 NO

Estatísticas do ELEITORADO

Asestatísticas sobre o eleitorado divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam crescimento no Brasil. O aumento populacional é um dos principais fatores que contribuem com os índices. As pessoas que atingem a idade apontada para a votação também são relevantes para tais resultados. Em 2022, cerca de 8.400.000 novos eleitores foram registrados até agosto. 47% dos novos integrantes foram identificados como homens e 53% como mulheres.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral

Números de eleitores que invalidaram seus votos foi menor em comparação com a eleição de 2018

Trajetória

Antes da Constituição de 1988, o cidadão que votasse em branco demonstrava que estava satisfeito com qualquer um dos candidatos apresentados, concordando com a eleição de um ou de outro. Neste caso, esses votos eram considerados válidos, sendo contados para o candidato com maior porcentagem ao final do processo de apuração. Em forma de protesto, o eleitor poderia anular o seu voto, marcando na cédula um valor que não correspondia a nenhum dos candidatos à eleição. Tais votos eram considerados inválidos pelo processo eleitoral e descartados do resultado das eleições, conforme aponta o site do Tri

não corresponde a nenhum candidato e em “Confirma”.

Agora, os eleitores terão mais uma oportunida de de exercer o seu desejo, ou não, no último domin go do mês de outubro(30) no segundo turno das elei ções gerais brasileiras.

Marco Charneski

Foto:

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