LONA
Reitoria
Roberto Di Benedetto
Coordenação dos curso de Jornalismo
Felipe Harmata Marinho Professores-orientadores Felipe Harmata Marinho Katia Brembatti
Editores-chefes
Luiz Felipe Caldarelli Daniel Victor João Matheus Joaquim
Equipe de reportagem Daniel Victor João Matheus Joaquim Elis Paes Gabriela Lobo Ana Bavutti
O lona é o jornal-laboratório do curso de Jor nalismo da Universidade Positivo. O veículo integra a Rede Teia de Jornalismo.
Acompanhe o curso de jornalismo pelas redes sociais. Caso tenha dúvidas sobre o curso, entre em contato.
Foto: Gabriel Assunção
EDITORIAL
O LONA é fundamental porque res gata uma das características mais tra dicionais do Jornalismo que é fechar uma edição consolidada, hardnews, com o que de mais quente aconteceu durante as eleições. É o último material a ser fechado. Ao mesmo tempo, é o que traz já na capa o resultado final das eleições. Mostra a força do Jornalismo, da apuração e da capa cidade de fazer análise das eleições. - FelIpe Harmata
Confira como foi a cobertura das Eleições 2022 do Jornalismo UP
Por Elis Paes e Gabriela LoboEstudantes, professores e técnicos em multimídia da Universidade Positivo participaram da cobertura das elei ções de 2022. No processo de produção, as equipes foram divididas nos turnos da manhã, tarde e noite para cobrir candida tos, locais de votação, realizar entrevistas e acompanhar os resultados. A transmissão durou 13 horas e contou com a participa ção de 83 pessoas, espalhadas em diver sos pontos de Curitiba e Região Metro politana para trazer as apurações do dia. Apresentadora e professora da UP, Helen Anacleto compartilhou, no grupo da co bertura: “vários repórteres da TV chega ram aqui falando que vocês foram pra cima, que estavam ligados no lance. Isso aí!’’. A cobertura já é tradição na faculdade. Essa iniciativa completou, em 2022, 20 anos, sempre com o objetivo de proporcionar aos estudantes tenham a experiência da práti ca, buscando as próprias apurações e indo atrás de candidatos envolvidos nas eleições. A Rede Teia, que integra os veículos de comunicação da UP, transmitiu toda a cobertura pelo YouTube, revezando en tre rádio e TV. A Universidade também conta com o Lona (jornal-laboratório do curso), e com o projeto Humans of Elei ções, conta no Tumblr para coletar fotos e histórias do cotidiano no dia da votação.
Durante a cobertura, os estudantes entrevistaram os candidatos Ratinho Jú nior, Sergio Moro e Desiree Salgado, além do prefeito Rafael Greca, do vice-prefeito Eduardo Pimentel e os jornalistas Marcos de Patto e Rômulo Cardoso. Egressos como Pedro Talin e Brayan Valêncio também par ticiparam. Diretamente dos estúdios, o reitor da UP, Roberto de Benedetto, comen tou aspectos do cenários político e jurídico, traçando paralelos com eleições passadas e destacando a mudança na forma de fazer Jornalismo a partir do fenômeno das redes sociais. De forma ininterrupta, a progra mação continuou à tarde. A transmissão da TV Teia teve como primeiro convidado o jornalista e egresso da UP Fernando Cas tro. Das 14h às 16h, entre os convidados estiveram Dilermando Martins, professor de Direito Constitucional na UP, e Aril ton Freres, sociólogo e diretor do instituto Opinião, falaram sobre os paradigmas elei torais. Enquanto uma parte dos estudantes cuidava do estúdio, tivemos seis equipes co brindo os locais de votação trazendo apu rações e pesquisas diretamente do Tribu nal Eleitoral Regional do Paraná (TRE-PR) e da região central de Curitiba. As pautas foram variadas, desde uma senhora de 78 anos contando os motivos de ainda estar votando até pessoas em situação de rua.
Foto: Amanda Gouvea“Oi, cobrir as eleições foi muito massa, deu pra ter uma ideia de como vai ser no meio profissional mesmo, a correria, como apurar, falar com as pessoas, etc.” Gabriela Portugal, 4° período.
“Esta foi minha terceira cobertura de eleições pela faculdade. E, de todas, foi a mais enérgica. Acho que o fato de estarmos no centro da cidade, tão pertinho de onde as coisas acontecem, dos principais colégios eleitorais e dos locais onde os eleitores se concentram após o voto para acompanharem a apuração, cria uma atmosfera especial.” Higor Paulino, 8° período.
“Até então foi a experiência mais intensa que eu tive no curso. Foi uma imersão total e deu pra sentir exatamente como é o trabalho de um jornalista no dia a dia. Desde sexta-feira, eu estava focada só nisso, pensando em pautas, montando o espelho do jornal, entrando em contato com quem entraria ao vivo no horário.” Maria Eduarda Boaron Melo, 2° período.
“Foi um momento no qual pudemos conhecer, aprender, compartilhar e realizar trocas de experiências enriquecedoras. São essas experiências que fazem a diferença e que nos faz sentir ainda mais vontade de seguir em frente.” Mariane Gomes Fragoso, 1° período.
Cresce o número de eleitores jovens em 2022
Postagens sobre a importância do voto poder ter influenciado neste cenário Por Ana BavuttiMaisde 86 mil jovens, en tre 16 e 17 anos, estão ap tos para votar no Paraná em 2022. Este número apresenta um aumento de 134% em relação à es timativa de 2020, que era de 36 mil. Boa parte deste crescimento se deve às campanhas nas redes sociais pelo voto jovem, que teve a participação de al gumas personalidades influentes. Uma delas foi a cantora Anitta, manifestan do a atitude por meio de seu Twitter, seguida por outros artistas como Ju liette, Leonardo DiCaprio, Mark Ruf falo, Taís Araujo, Bruna Marquezine, e outras celebridades e subcelebridades.
Jovens como Kauane Morosini, 17 anos, e Nicole Rosa, 18, moradoras de Arau cária, passaram a entender mais sobre a questão do voto neste ano, sendo a primeira eleição em que as duas pode rão exercer o direito de votar. “Votar é um ato democrático. Votando conse guimos exercer nossos direitos como cidadãos e colocar políticos que nos representam, não só individualmente, mas à sociedade inteira”, argumenta Ni cole. Kauane, que tirou o título de elei
tor no início deste ano, mesmo sem ser obrigatório, conta que sempre teve uma base política na família e que seu pai sempre levantou o assunto em casa. Frederico Almeida, chefe de cartório em Almiran te Tamandaré, no Paraná, fala sobre uma possível desconexão entre o jovem e a atividade política. “Nós já esperávamos o baixo número de eleitores jovens no início do ano, por isso sempre buscamos iniciativas de incentivo aos jovens e idosos para que exerçam o voto”, conclui. Além disso, Almeida também dá dicas para estes jovens que nunca ti veram experiência em votar e fala que a escolha é muito particular de cada um dentro de sua esfera.
O resultado desse aumento de produção de títu lo de eleitore entre os jovens, pode ser visto na am pliação do conteúdo produzido e publicado por eles nas redes. Os próprios TRE (Tribunal Regional Elei toral) , e TSE (Tribunal Superior Eleitoral) adap taram suas linguagens nas redes para alcançar os jovens, principalmente por meio do TikTok, onde há maior concentração de pessoas dessas idades.
Curitiba, 2 de outubro de 2018 Foto: Marco CharneskiAseleições para deputado estadual e fe deral movimentaram a composição da Câmara Municipal de Curitiba (CMC).
Ao todo, quatro vereadores deixarão suas fun ções municipais para assumir um novo com promisso com a sociedade paranaense.
De acordo com as informações divulgadas pela Câmara, os eleitos para deputado estadual fo ram Ana Julia Ribeiro (PT), Flavia Francischini (União) e Denian Couto (Podemos). Mandata Coletiva das Pretas (PT), Rodrigo Reis (PSL) e Bruno Pessuti (Podemos) são os suplentes que irão tomar posse em 2023 na CMC. No âmbito federal, a eleição de Carol Dartora (PT), para a Câmara dos Deputados, abriu uma vaga para o suplente Angelo Vanhoni (PT).
A CMC ainda aguarda a notificação do minis tro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que revogou a cassação do mandato do vereador Renato Freitas (PT). En tretanto, como Renato já havia sido substituí do por um suplente, e também foi eleito para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), tal decisão não afeta a composição do Legislativo municipal para 2023.
O que ainda pode alterar as cadeiras da CMC até 2023 é de que alguns vereadores são primei ros ou segundos suplentes de seus partidos, po dendo assumir uma vaga tanto no Congresso quanto na Alep até o final do ano. Veja a votação que tiveram os vereadores:
Deputado Estadual:
Renato Freitas (PT) - 57.880 votos (sub judice)
Ana Julia Ribeiro (PT) - 51.845 votos (eleita)
Flávia Francischini (União) - 41.457 votos (eleita)
Denian Couto (Podemos) - 30.075 votos (eleito)
Professora Josete (PT) - 24.402 votos (1ª suplente)
Marcos Vieira (PDT) - 13.019 votos (1º suplente)
Herivelto Oliveira (Cida.) - 14.394 votos (2º suplente)
Marciano Alves (Solid.) - 12.835 votos (2º suplente)
Maria Letícia (PV) - 12.540 votos (4ª suplente)
Noemia Rocha (MDB) - 13.097 votos(5ª suplente)
Márcio Barros (PSD) - 6.281 votos (11º suplente)
Ezequias Barros (MDB) - 16.074 votos
Deputado Federal:
Carol Dartora (PT) - 13.654 votos (eleita)
Professor Euler (MDB) - 17.246 votos (2º suplente)
Tânia Guerreiro (União) - 17.798 votos (3ª suplente)
Tico Kuzma (PROS) - 15.811 votos (4º suplente)
Pier(PP) - 27.215 votos (5º suplente)
Eder Borges(PP) - 9.920 (9º suplente)
Richa em stand by
Na edição 1019 do LONA, publicamos a matéria “A irrelevância de Richa”, que aborda o resultado negativo que Beto Richa teve nas urnas. O texto afirma que o candidato “perdeu a disputa para uma das 30 vagas do Paraná na Câmara dos Deputados”. Cabe uma ressalva aqui. Ele só não assume a vaga caso a Justiça Elei toral considere legal a candidatura de Jocelito Canto, que ainda está em análise. A reportagem publicada enfatiza que a votação do ex-governador ficou muito abaixo das expectativas de vários analistas políticos e do investimento maciço feito pelo PSDB.
Foto: Banco de imagens Câmara Municipal20 anos de Jornalismo UP nas Eleições
Por Daniel Victor e Carol FayadOcurso de Jornalismo da Universidade Positivo celebra, em 2022, duas dé cadas de coberturas de eleições. De dois em dois anos, estudantes saem às ruas, se espalhando entre diversos locais de votação para cobrir as votações. Equipes comandam toda a transmissão nos estúdios da UP e en trevistam os especialistas convidados, com o auxílio dos técnicos audiovisuais e supervisão dos professores. A prática já é marca regis trada do curso, sendo o único do Brasil que coordena uma cobertura com uma proporção tão grande — além de envolver aproximada mente mil estudantes durante seus 20 anos; a transmissão de 2022, por exemplo, foi manti da no ar por 13 horas seguidas, das 8h às 21h.
Bryan Valêncio participou das eleições de 2016 e 2018. Conta que integrar a maior cobertura do Paraná, como profissional do mercado, foi muito importante para sua carreira. “Entrei na Gazeta do Povo como repórter político, e tive mais facilidade em lidar com a rotina gra ças a estas coberturas”. Ana Kruger, repórter do G1 e egressa, dá destaque ao profissiona lismo que a cobertura exige, principalmente à apuração dos votos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Beatriz Ponte, formada em 2021, destaca o contato que a cobertura dá com a agilidade do hard news. Relembrando sua primeira transmissão ao vivo e, mesmo com os erros que cometeu, entende a experi
ência como um de seus grandes aprendizados.
Felipe Harmata era estudante quando esteve, pela primeira vez, na “linha de frente” da apuração e, atualmente, é o coordenador do curso. Para ele, a cobertura é essencial, por ensinar muito sobre atuar no improviso , com os fatos acontecendo rapidamente. “Acho que todas as coberturas são significativas. Agora, em 2022, conseguimos reunir a transmissão de rádio e TV em um mes mo link, algo que desejávamos há tempos”. A eleição atual marca uma retomada ao formato presencial de cobertura, já que, em 2020, todas as atividades foram remotas devido à pandemia.
Jornalistas e ex-professores da UP reunidos na cobertura das Eleições de 2014. Da esquerda para a direita: Luiz Witiuk, Ana Mira, Marcos Araújo, Sandra Nodari, Zaclis Veiga, Emerson Castro, Hendryo André e Rosiane de Freitas.
Desde 2002, cerca de mil estudantes já marcaram presença na nossa tradicional cobertura