RIO Á I D do
Curitiba, quarta-feira, 5 de maio de 2010 - Ano XII - Número 551 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo
Prazo de transferência do título de eleitor termina hoje Diego Henrique da Silva
L BRASI
redacaolona@gmail.com
Colunas
TV Do “Tudo é Possível” ao
“Fantástico”, passando ainda por “Domingão do Faustão”. O que tem de bom na programação da TV durante o tão esperado domingo? Nosso colunista faz uma crítica à qualidade do conteúdo veiculado na televisão aberta no horário de descanso dominical do telespectador. Pág. 6
Cinema
A colunista comenta sobre o livro “Clube do Filme” (2009), que (ainda) não virou filme. Escrito pelo canadense David Gilmour, a obra expõe diálogos sutis e engraçadas que prendem o leitor do começo ao fim. Anna Luiza
Pág. 6
As salas de espera dos Tribunais Regionais Eleitorais de todo Brasil estão lotadas hoje, e em Curitiba a situação não é diferente. Isso porque termina hoje o prazo para transferência do título eleitoral. Todos os eleitores que mudaram de cidade devem transferir o do-
cumento para nova residência eleitoral para poder votar nessas eleições. Se não o fizerem, devem justificar os votos no dia 3 de outubro. Somente na capital paranaense cerca de 4 mil pessoas são esperadas na Central de Atendimento ao Eleitor. Pág. 3
Opinião
Contagem regressiva para a Copa do Mundo A preparação para o tão esperado mundial... Será que vai dar tempo? O artigo de hoje faz uma
análise do encaminhamento da construção dos estádios para 2014 no Brasil. Pág. 2
Entrevista
Um bate-papo com o jornalista, escritor e psicólogo Felipe Pena Pág. 4 e 5
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Curitiba, quarta-feira, 5 de maio de 2010
O país da desorganização? Thiago Maceno
Espaço do leitor Parabéns! A nova edição ficou linda! Ficou mais limpo, o que facilitou a leitura! Mesmo em PB!! (Silvia Serpe) Finalmente saiu a primeira edição de 2010. O trabalho está muito bem feito. Parabéns! (Maria Carolina Lippi) Gostei muito da primeira edição do Lona de 2010. Gostaria de parabenizar os editores pela organização do jornal, pela nova diagramação e por conseguirem transformar um jornal-laboratório em algo de nível profissional!!! (Maria Ester Niespodzinski) Fale com a gente: Twitter.com/jornallona ou redacaolona@gmail.com
Expediente Reitor: José Pio Martins. ViceReitor:Arno Antonio Gnoatto; PróReitor de Graduação : Renato Casagrande; Pró-Reitor de Planejamento e Avaliação Institucional: Cosme Damião Massi; Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa e de Extensão: Bruno Fernandes; PróReitor de Administração: Arno Antonio Gnoatto; Coordenador do Curso de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Professores-orientadores: Ana Paula Mira e Marcelo Lima; Editores-chefes: Aline Reis (sccpaline@gmail.com), Daniel Castro (castrolona@gmail. com.br) e Diego Henrique da Silva (ediegohenrique@hotmail.com).
Missão do curso de Jornalismo “Formar jornalistas com abrangentes conhecimentos gerais e humanísticos, capacitação técnica, espírito criativo e empreendedor, sólidos princípios éticos e responsabilidade social que contribuam com seu trabalho para o enriquecimento cultural, social, político e econômico da sociedade”. O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo – UP Redação LONA: (41) 3317-3044 Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000
Terminou na segunda-feira o prazo dado pela FIFA para iniciar as obras nas 12 cidades brasileiras escolhidas para a Copa do Mundo de 2014. Apesar disso, muitas sedes nem começaram as reformas. O cenário preocupante fez o governo acender o sinal amarelo. Tanto o Morumbi, quanto o Maracanã, estádios indicados respectivamente para fazer a abertura e a final dos jogos, estão atrasados quanto aos seus cronogramas. No Morumbi, o caso é ainda mais grave, pois, mesmo após apresentar melhorias nos banheiros, na colocação de novas cadeiras e a construção de uma área reservada para parceiros da FIFA, o clube está longe de deixar o estádio pronto para sediar o jogo de abertura, como tanto desejam os são-paulinos. O principal problema é que, mesmo depois de diversas revisões, o projeto arquitetônico ainda não foi aprovado pela FIFA. Ainda neste mês será finalizado o processo de licitação para a segunda parte das obras do Maracanã. Por enquanto, o solo da parte externa do estádio está sendo perfurado para saber em quais pontos serão construídas as novas rampas de acesso, que vão facilitar a entrada e a saída das pessoas. Outro palco que pretende concorrer com São Paulo para realizar a abertura dos jogos é o Mineirão. No entanto, o estádio está ainda na fase inicial das obras. Em janeiro, as estruturas começaram a ser reforçadas, e somente em meados de junho deve começar a segunda etapa da reforma. No Estádio Beira-Rio, as obras também não começaram. Segundo os dirigentes do Internacional, o clube ainda espera a aprovação de um projeto para a isenção de impostos, para daí começar os trabalhos. Caso parecido acontece com o estádio indicado para receber os jogos da Copa em Curitiba. A Arena da Baixada segue com seu futuro incerto. Mesmo com 70% das suas reformas já prontas, por ser um estádio privado
o Atlético Paranaense ainda procura parceiros para a finalização dos trabalhos, orçados em R$ 100 milhões. Segundo o clube, se uma solução para bancar as obras não for encontrada, a Copa não vai passar por Curitiba. O que seria uma vergonha para todos os curitibanos. Nos outros sete estádios o panorama é o mesmo. Nenhum deles começou de fato as obras: alguns dependem de parceiros, outros precisam de revisões nos projetos e alguns não fazem a mínima ideia de onde surgirão os milhões para as construções. É de se preocupar. Tudo caminha para uma grande confusão. No final, a intervenção do governo é quase inevitável. Será preciso injetar dinheiro nas obras. O que se presume é um cenário ainda pior do que foi o Pan, no Rio de Janeiro, já que o âmbito das obras é nacional. O que não vai faltar é dinheiro. Isso, com certeza, vai sobrar. O problema é que a falta de organização dá uma péssima impressão dos empreendimentos brasileiros. Um evento tão importante como a Copa pode passar uma imagem positiva ou negativa do país. Isso vai depender da organização do megaevento. Se os políticos e empresários brasileiros não conseguirem acelerar as obras e deixar tudo pronto para 2014, correremos o risco de transformar uma grande oportunidade de mostrarmos que somos um país organizado e sério num reforço do velho estereótipo de Brasil como país sem seriedade e da bagunça.
Tanto o Morumbi, quanto o Maracanã, estádios indicados respectivamente para fazer a abertura e a final dos jogos, estão atrasados quanto aos seus cronogramas
Divulgação
Padres pecadores Camila Collita Rica, poderosa e com um número considerável de fiéis, a Igreja Católica vem sofrendo inúmeras denúncias de pedofilia nos últimos meses. As notícias de padres pedófilos estão estampadas em todos os jornais e chocando fiéis e ateus. Todo clero da Igreja Católica mantém o voto de castidade, ou seja, renuncia qualquer prazer sexual e matrimonial, como um ato de fé. Historiadores, porém, afirmam que esse voto foi implementado na Idade Média para evitar que a Igreja disputasse heranças. A história e o motivo do voto de castidade, sendo ele um ato de fé ou precaução, não nos interessam, mas a pedofilia é uma preocupação de todos. Ainda mais se cometida por aqueles que deveriam ser exemplos de bom comportamento. Todos nós sabemos que a pedofilia é um crime e dos mais graves. Além, claro, se visto com olhos católicos, um grande pecado. Mas parece que os padres não sabiam disso, ou não queiram saber. A fila para se confessar vai ficar cheia... de padres. É irônico pensar que uma instituição como a Igreja Cató-
lica esteja cometendo tal crime, uma vez que condene tantas outras atitudes, incluindo a pedofilia. Como confiar e acreditar em uma instituição que além de cometer este crime tenta esconder os problemas? Enquanto cresce o número de coroinhas que sofrem abusos nas mãos dos padres, a igreja tenta, sem sucesso, se explicar. Talvez se Bento XVI admitisse que a Igreja está longe de ser perfeita e que também comete erros, sua imagem estaria melhor. Qualquer instituição, religiosa ou não, deve ter respeito para com seus seguidores e também com aqueles que não seguem seus ditames, afinal cada um tem o livre-arbítrio para escolher qual religião ou doutrina seguir. E a justiça deve ser imparcial e implacável, para enfrentar problemas como esse e resolvê-lo, punindo os responsáveis e preservando aqueles que sofrem. Não vivemos mais na Idade Média. O mundo mudou, se modernizou e a igreja ficou estagnada. Condenar o sexo antes do casamento, o controle de natalidade e a homossexualidade só afasta fiéis que procuram algo mais parecido com suas vontades.
3 Luzimary Cavalheiro
Curitiba, quarta-feira, 5 de maio de 2010
A Central de Atendimento ao Eleitor espera receber 4 mil pessoas nesta quarta-feira Em pauta
Hoje é o último dia para fazer o título de eleitor Daniel Castro Para aqueles que deixaram para a última hora e ainda pretendem votar em 2010, hoje é o último dia para fazer ou transferir o título de eleitor. Como as eleições serão realizadas no dia 3 de outubro, a data de hoje marca exatos 150 dias antes da votação, prazo máximo determinado para a inscrição ou transferência do documento. Com o final do prazo, a procura das pessoas deve ser grande, provocando longas esperas para quem fará o título em cima da hora. Em Curitiba, o documento deve ser feito na Central de Atendimento ao Eleitor (CAE), que estará funcionando em horário estendido para atender a demanda. Há uma semana o atendimento tem funcionado de forma diferente do convencional. A Central contratou 40 funcionários terceirizados, além de ter sido feito um “empréstimo” daqueles que trabalham em outros setores do tribu-
nal. Todo esforço é justificado pelo aumento no número de pessoas que buscaram regularizar sua situação nos últimos dias. Ontem, a procura foi feita por 2700 pessoas, enquanto normalmente esse número é de 300. Para hoje, são esperados em torno de 4.000 cidadãos, que terão de enfrentar um tempo de espera de três a quatro horas. A procura perto do fim do prazo é um problema que ocorre todo ano. Para Rogério Born, subchefe do CAE em Curitiba, a preocupação das pessoas ocorre apenas quando a mídia faz a divulgação. “As pessoas não se preocupam em regularizar a situação fora dessa data”, afirma Born. O subchefe também aponta outro motivo, ainda mais preocupante, para a procura das pessoas. Ele conta que os políticos pressionam os eleitores do interior para que eles transfiram o título para Curitiba em troca de favores, como o fornecimen-
to de cestas básicas. “Os eleitores criam a expectativa de que se votarem no candidato serão beneficiados”, lamenta Born. A falta de conhecimento é outra inimiga dessas pessoas. Muitas delas acreditam que terão os seus direitos de cidadão interrompidos caso não tenham o documento. No entanto, o maior prejuízo que elas terão é o de não votar, já que a Certidão de Cadastro Fechado preserva os direitos de a pessoa ter um passaporte ou ingressar em um cargo público até que seja reaberto o período de inscrição ou transferência do documento eleitoral. Naiana Cruz, estudante de Direito, deixou para fazer o título na segunda-feira. Assim como muitas pessoas, ela foi lembrada do prazo pela propaganda veiculada na televisão. O atendimento demorou em torno de uma hora. Nas próximas eleições, Naiana recomenda que os futuros eleitores não demorem para fazer o cadastro. “Façam o quanto antes, porque ficar esperando é muito chato”.
O que levar Na hora da fazer ou transferir o título de eleitor, é comum surgirem dúvidas a respeito dos documentos que devem ser levados na ocasião. Confira as dicas dadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. - Quem vai fazer o primeiro título deve levar um documento oficial e original (Identidade, Certidão de Nascimento ou Casamento, Reservista ou Carteira de Trabalho). Além disso, a pessoa deve levar um comprovante de residência e para os eleitores do sexo masculino acima de 18 anos, a quitação do serviço militar. - Para transferir o documento, o eleitor deve levar os mesmos documentos, além do próprio título de eleitor. Serviço A Central de Atendimento ao Eleitor fica na Rua João Parolin, 55, no Prado Velho. Hoje, estará atendendo das 8 h às 18h. O telefone para contato é 3330-8673.
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Curitiba, quarta-feira, 5 de maio de 2010 Willian Bressan
Felipe Pena:
O jornalista, psicólogo e escritor Felipe Pena fala da carreira profissional, do ensino de jornalismo no Brasil e de sua nova empreitada na literatura
do aquário ao oceano Aline Reis Daniel Castro Diego Henrique Como você vê o ensino de jornalismo no Brasil, especialmente dentro das instituições privadas? Eu conheço muito bem as universidades brasileiras. A estrutura é uma parte importante no ensino do jornalismo, mas não é só. Você precisa se interessar também por outras coisas, como, por exemplo, conhecer psicanálise, sociologia, filo-
sofia e veterinária. Se você não se conscientizar disso, se não tiver força de vontade para crescer e estudar, não adianta ter uma boa estrutura. Mas, sem ela, você também não conseguirá progredir dentro da profissão. Em geral, o ensino de jornalismo no Brasil é muito bom, mas no final das contas depende mesmo é do aluno. Onde fica o limite da prática e da teoria? Não fica. Elas têm que estar articuladas. A gente tem que começar a esquecer essa pergunta, porque são as mesmas coi-
“A gente tinha uma comunicação que era de um para todos. Hoje nós temos uma comunicação de todos para todos. Todo mundo pode expor o seu conteúdo na rede. Essa é a parte boa da democratização” Felipe Pena
sas. É a teoria na prática e a prática na teoria, que, aliás, é o título do último capítulo do meu livro “Teoria do Jornalismo”, onde eu defendo isso. As pessoas perguntam: tenho que ser mais teórico ou prático? Tem que ser os dois, mas juntos. Estudar a teoria do jornalismo, e a partir dela fazer isso que vocês estão fazendo aqui. Depois que fizerem, devem refletir teorizando. Ou você faz as duas coisas, ou não será um profissional à altura. Que conselho você dá para um aluno que estudou a teoria, mas ao chegar ao mercado de trabalho se decepciona com as práticas? Tem duas coisas: uma é você ter dentro da Universidade uma prática que esteja antenada com o que acontece no mercado de trabalho. E a segunda, que eu acho ainda mais importante, é você ultrapassar os
limites que o mercado de trabalho está pedindo. Hoje, o que o Tadeu Schmidt faz no “Fantástico” é jornalismo literário na TV, porque ele reinventou a forma de fazer os gols do programa. O texto é outro, porque ele experimentou. Aproveitem esse espaço para experimentar, para não se limitar à linguagem do mercado. Talvez o mercado venha te buscar exatamente por isso. Existe uma diferença entre o jornalismo que o Nelson Rodrigues fazia, por exemplo, e o que é feito hoje. Essa diferença é estrutural, ou é o ensino que acaba engessando os alunos? O Nelson não tinha formação acadêmica, mas poucas pessoas possuíam a mesma cultura que ele. A cultura que vocês terão, depende de vocês. Vocês podem passar pela universidade tendo lido minimamen-
te, ou podem ter lido um livro por dia, que era o que o Nelson fazia. Nesse sentido, independe da academia. Ela só te engessa se você não estiver disposto a experimentar. Como a internet e os novos meios de comunicação refletem na democratização da informação? A gente tinha uma comunicação que era de um para todos. Hoje nós temos uma comunicação de todos para todos. Todo mundo pode expor o seu conteúdo na rede. Essa é a parte boa da democratização. A parte ruim é: quem tem credibilidade? Uma rede que foi criada para ser a mais heterogênea possível acaba se tornando atomizada, tendo grupos específicos. Uma coisa que nasceu para ser libertária não pode se tornar sectária. Podemos usá-la em nosso benefício, mas também podemos usá-la para o mal. A
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Curitiba, quarta-feira, 5 de maio de 2010
tecnologia pode facilitar a disseminação das patologias da sociedade. Como você avalia a importância da Conferência Nacional dos Direitos Humanos na democratização da comunicação? Eu acho fundamental, ainda bem que isso existe. Cabe a nós, como cidadãos, não só como jornalistas, exercer a cidadania e pressionar para que as decisões da conferência sejam aceitas, ou não, se você discordar delas. Esse é um grupo representativo, mas também existem outros. Não adianta só falar: “O Congresso não pressiona”. Quem é o congresso? Somos nós. Em última instância, é você que está votando ali; você está na ágora grega.
Willian Bressan/ Naco
É uma brincadeira comum entre os estudantes do curso se perguntar como que você é tão novo e já fez tanta coisa. Qual foi o incentivo que você recebeu e qual é a importância desse processo? É engraçado, sempre me perguntam isso. Eu acho que só consegui fazer tudo tão novo porque eu ia para boates, bares e namorei muito. Se não fosse por isso eu não iria tão longe. Você tem que conseguir equilibrar. Por que você escolheu estudar jornalismo? Quando eu tinha quatro anos, meu avô me ensinou a ler com jornais. Ele comprava três ou quatro jornais por dia e eu achava aquilo um barato. Eu perguntava: “Vô, quem são esses caras aí?” Por que eles es-
Willian Bressan/ Naco
“A autossabotagem é a receita para você ser ruim. É estar em uma faculdade com bons equipamentos e não aproveitar. É o professor te dar uma indicação de literatura e você ignorar”
crevem o que eu vou ler? Ele me explicava que eles eram jornalistas, e quando eu tinha sete anos eu decidi que era isso que eu queria ser. Eu planejei um pouco a minha carreira. Eu vi que eu tinha que trabalhar em uma redação de jornal, depois em uma redação de TV. Depois eu tinha que sair disso tudo para ver distante, porque eu queria me tornar escritor. O livro é o que me seduz. Por que depois de teorizar sobre o jornalismo você resolveu partir para literatura? Eu quero me comunicar, por isso resolvi fazer um romance. Eu sempre tento seduzir o leitor. A literatura é sedução pela palavra. Eu trato o livro como trato uma mulher. Quero seduzi-la diariamente. Tenho que reinventar cada página para que você a vire diariamente. Não sei se consigo, e talvez por isso eu seja solteiro até hoje e não seja um escritor famoso. Mas essa é a minha tentativa. É isso que você deve fazer na vida e na literatura. Como é escrever romance no país? Para quem você escreve? Essa foi a minha maior preocupação. As tiragens de livros no Brasil são de 2000 a 3000 exemplares, e o cara vende 300 ou 500. O autor pergunta: por que eu não vendo? Eu respon-
do que ele não vende porque é chato, hermético e besta. Sei que estou generalizando, porque nem todos são assim. Mas uma grande parte não escreve para ser lido, mas para ser estudado. O cara não faz parágrafo, não coloca ponto, não tem enredo e diz: “Está vendo como sou genial? Você não entendeu o que eu disse porque você é um estúpido.” Todo mundo acha que é a reencarnação do James Joyce e do Machado de Assis. Eu não queria nada disso. Foram quatro anos escrevendo e reescrevendo para tentar simplificar a linguagem. Quando perguntavam para o Nelson Rodrigues como ele conseguia escrever tão fácil, ele respondia: “Não sabe o trabalho que me dá. Escrever fácil é muito difícil”. No Rio de Janeiro nós criamos o Manifesto Silvestre, que é um grupo de dez escritores em defesa da popularização da literatura no Brasil. O grupo está aumentando e as coisas estão acontecendo. O objetivo é tentar formar uma terceira via da literatura brasileira, o que não significa superficialidade. Depois do livro, você prevê que venha o que na sua carreira? Jornalista é um estado de espírito, você não deixa de ser. Eu escrevo ficção, mas muitas das técnicas do jornalismo estão aí.
A boa apuração, o detalhe, a pressão do deadline eu aprendi na faculdade e no dia a dia da profissão. Grande parte dos escritores brasileiros de projeção veio do jornalismo. Agora me vem à cabeça a imagem do Carlos Heitor Cony, que sempre usa a melhor metáfora para explicar a profissão. “Como jornalista, eu nadava em um aquário. Como romancista, eu nado em um oceano. Mas eu aprendi a nadar foi no aquário”. Não dá para o cara ser Pablo Picasso sem antes ter passado pela pintura acadêmica. Então, o jornalismo é base para muitos escritores. Quais são os ingredientes para se fazer um jornalista ruim? A autossabotagem é a receita para você ser ruim. É estar em uma faculdade com bons equipamentos e não aproveitar. É o professor te dar uma indicação de literatura e você ignorar. É a mesma coisa que o namoro. É a sua namorada te pedir carinho e você virar para o lado. Cara, ela vai procurar outro. Então, a receita é essa: não seu autossabote. Como você define o seu pensamento político? Em termos de direita e esquerda, eu sou jornalista. Esse é o meu pensamento político. Ponto.
O jornalista Felipe Pena estará na capital paranaense no próximo dia 26, numa das filiais das Livrarias Curitiba (ainda não foi definido em qual delas) para dar uma palestra acerca das teorias do jornalismo e continuar a divulgação do seu livro "O marido perfeito mora ao lado” (editora Record, 304 páginas, R$ 34,90).
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Willian Bressan
Anna Luiza Garbelini
Escreve, com outros dois estudantes, sobre televisão, sempre às quartas-feiras wbressan@gmail.com
Escreve quinzenalmente sobre cinema, sempre às quartas-feiras luly_amg@msn.com
Cinema
O clube de dois membros
Televisão
Domingão na TV Provavelmente você é como este colunista: espera ansiosamente pelo final de semana para poder sair com os amigos se divertir e também, é claro, dar aquela pausa necessária, relaxar e descansar. Se o tédio bate, e você não quer sair, lá está ela: a bendita TV esperando você apertar o botão ON do controle remoto para que ela lhe dê algumas opções. O zapping acaba sendo incontrolável. Na Globo, filme. Você já o viu mais de três vezes e não quer vê-lo novamente. No SBT, o tradicional “Domingo Legal” está lá, mas espera aí...cadê o Gugu Liberato? Ele saiu, caro telespectador, e agora está na Record, enquanto Roberto Justus e Eliana se transferiram para a emissora de Sílvio Santos. Agito nos bastidores da televisão brasileira! Com piadas e brincadeiras sem graça, quadros explorando a miséria e o sofrimento do povo, além do “Construindo um sonho”, permeiam o tradicional “Domingo Legal”. Você não quer. Muda de canal e se depara com as belas pernas de 1,20 m de Ana Hickmann. Oba! Aqui está bom! Mas a ex-modelo e agora apresentadora mostra uma insegurança e um domínio de palco sofrível substituindo Eliana. Nem sendo “Tudo é Possível”, o nome do programa, dá para aguentar. Aí, você desliga, fica de saco cheio, vai dar uma caminhada. À noite, a mesma ladainha. Fausto Silva invade a telinha da Globo para comandar a segunda parte do seu “Domingão”. Sílvio Santos divide as Dilvugação
atenções com ele no SBT. Na Record, uma cópia do “Fantástico”. Não? Tudo bem, daqui a pouco você volta.
Esse é o domingão na TV: programas velhos, sem graça, que se repetem toda semana “Fantástico” no ar. Patrícia Poeta e Zeca Camargo anunciam as notícias que foram destaque durante a semana. Passa para o entretenimento, Bruno Mazzeo invade o programa com “Cilada” e você se diverte, pensa que, enfim não foi tão ruim, você pôde dar umas risadas...Mas o tempo já passou novamente, a vinheta entra no ar, anunciando o fim do domingo. Esse é o domingão na TV: programas velhos, sem graça, que se repetem toda semana. Novidades? Muito poucas, quase zero. E o telespectador que fique a ver navios. Sorte que hoje o Domingão não precisa mais ser passado diante de uma tela largado no sofá. Mas cuidado para não ter pesadelos, afinal, Celso Portiolli, Sílvio Santos e Faustão juntos na TV são demais e podem ficar no seu subconsciente, mas você está livre para sonhar com as belas pernas de Ana Hickmann e que “Tudo é Possível”.
Divulgação/ O Globo
Djalma Jorge
Pelo menos à primeira vista pode parecer estranho que o assunto da primeira coluna de cinema seja um livro. E mais: um livro que nem virou filme. Realmente não é o usual, mas para o “Clube do Filme” (2009), do canadense David Gilmour, é preciso e plausível que se abra uma exceção. Praticamente desempregado e, consequentemente, com dificuldades financeiras, David, escritor, crítico e apresentador de talk-show, assume uma responsabilidade que o leva toda hora a questionar a sua capacidade de fazê-lo: ele se responsabiliza pela educação de seu filho, Jesse, um adolescente de 15 anos com os hormônios em plena ebulição. Bastante apreensivo, mas decidido, Gilmour permite que o garoto deixe o colégio com uma única condição: que assistam juntos até o final a três filmes por semana. Péssimo aluno e desgostoso com o esquema escolar, o garoto concorda de prontidão com a proposta. A partir daí se inicia uma viagem pelo interessante mundo da sétima arte. Com medo de ser dogmático ou didático demais, David habilmente inicia a programação com filmes que poderiam prender mais a atenção do menino, como “Scarface”, “Noivo neurótica, noiva nervosa” e “Lolita”, sem fazer muitas introduções para que Jesse fizesse suas próprias interpretações e descobrisse o seu estilo favorito de cinema. Com o passar do tempo, o pai se dá ao luxo de apresentar para o adolescente filmes que necessitam de paciência para serem apreciados, como “A felicidade não se compra”. Nesse intervalo, “O poderoso chefão”, “O Iluminado”, “Ladrões de bicicleta”, “Um bonde chamado desejo” e “Uma linda mulher” são alguns dos clássicos vistos e discutidos de forma sincera pela dupla. De um lado a visão de um crítico de cinema e do outro a de um jovem que praticamente não tem qualquer conhecimento sobre o assunto. David e Jesse discutem com irreverência a interpretação dos atores, as cenas e o impacto que determinado longa teve sobre a vida de cada um, pois, mais do que material para uma aula de cinema, os filmes são como ganchos para que pai e filho possam discutir fatos que acontecem em suas vidas em relação a drogas, dinheiro, amor, futuro, princípios e demais assuntos que não seriam explorados sem a premissa dada pela sétima arte. Como consequência, aos poucos acompanhamos a evolução da relação entre a dupla e a busca pela própria definição, não só de Jesse, que começa a encarar os primeiros momentos da vida adulta, mas também de Gilmour, que precisa definir sua postura como pai e seus princípios como profissional. Os diálogos sutis e engraçados prendem o leitor até o fim do livro e proporcionam uma leitura recomendada para qualquer tipo de público. Para o leigo em cinema o livro relembra os filmes vistos e apresenta outros títulos interessantes e ainda se torna uma espécie de manual (pouco doutrinário) sobre as cenas mais marcantes. Por outro lado, o especialista no assunto tem em mãos a oportunidade de entender um pouco mais do que se passa na cabeça do espectador e a importância que um filme pode ter para as pessoas.
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Perfil
Grandes sonhos em poucas horas de sono Maria Ester Niespodzinski
Cineasta e designer, viajado por vários cantos do mundo, ama festas alternativas, toca bateria, anda de skate, adora raggae, já atuou em filmes, trabalhou como modelo e carrega três tatuagens. Este é Thomaz Valentim
Maria Ester Niespodzinski Com 29 anos, o ariano que assume as características do signo — impulsivo, aventureiro e que se arrisca sem temer as consequências — é aquele que muitas garotas chamariam de “par perfeito”. Cineasta e designer, viajado por vários cantos do mundo, ama festas alternativas, toca bateria, anda de skate, adora raggae, já atuou em filmes, trabalhou como modelo, carrega três tatuagens e é dono de um repertório cultural de fazer inveja. Apesar de ter nascido em Guarapuava, considera-se de Foz do Iguaçu, onde morou e se criou desde bebê. E foi lá, na fronteira com o Paraguai e Argentina, que começou a interessante história de paixão pelo mundo da cultura. Thomaz sempre teve contato com outros idiomas e, ainda muito jovem, já dominava o espanhol. Sua primeira viagem foi para Porto Iguaçu, na Argentina, onde permaneceu somente alguns meses. Lá, apro-
fundou-se no espanhol e aproveitou para conhecer os costumes, a música e a arte da região. Depois, fascinado pela cultura latino-americana, foi direto para Assunção, no Paraguai. “Por ter crescido em Foz, onde a ligação com o Paraguai é muito grande, sempre tive muito interesse em conhecer o país. E, dessa vez, não como o país que vende muambas e sim como um lugar de uma cultura riquíssima e que muitos desconhecem”, afirma Thomaz. No país, passou por várias experiências profissionais. Ele e uma colega, Jades, tiveram um programa de rádio, o “Black Urbano” e, nessa mesma época, surgiu a oportunidade de escrever um artigo para a Revista Tribo – a maior no segmento skate do Brasil. Vivendo fora do Brasil, escreveu um ótimo histórico do skate no Paraguai (vale a pena conferir!). Foi lá também que começou a trabalhar como designer e, por intermédio de uma tia que já atuava na área, Thomaz, que
sempre gostou de desenhar, iniciou como designer gráfico de catálogos da Puma, que seriam entregues no Brasil, Chile, México e uma parte dos EUA. Passados dois anos e meio, o admirador de bossa nova e jazz veio para Curitiba, ficou aqui por mais dois anos e depois saiu do continente americano. Sua próxima parada foi a Europa. Começou pela Alemanha, onde foi estudar alemão. Em seguida foi para Portugal cursar a faculdade de cinema. Desse período, destaca uma professora renomada no mundo do cinema, “uma roteirista top”, Suzana Romana. Três anos depois, já formado, o jovem viajante voltou para o Brasil falando dois idiomas — espanhol e inglês — e “arranhando” o francês, o italiano e o guarani. Por falar em guarani, Thomaz conta uma história engraçada que viveu enquanto morou no Paraguai. Em um dia como outro qualquer, ele e seu colega paraguaio foram ao
mercado comprar biscoitos a granel e, como estavam longe de casa, resolveram pedir carona na esquina – o que, lá, é muito comum. Passados 5 minutos, a carona apareceu. No entanto, foi uma carona desagradável: era a polícia. Thomaz estava com o visto vencido e, junto com o resto de biscoito que carregava, que foi considerado droga, foi levado à delegacia. Chegando lá, disse ter sentido “todos os tipos de medo”. Na época com cabelo comprido e piercing, seu maior medo era o de ser preso e “virar ‘a menininha’ do presídio”. Com muito humor, conta que inventou uma longa história para sair ileso: “Disse que fui visitar o país para procurar uma universidade para estudar. Lembro que tive que repetir essa mentira várias vezes e, para mim, acabou virando uma verdade.” Passando em meio aos presos, ouvia os gritos: “Paysandu, Paysandu”. E ele entendia um pouco de guarani, no entanto tinha medo de
dizer: “Sim... Paysandu... Brasil... futebol”, pois sabia que qualquer coisa que dissesse poderia ser usado contra ele. Depois de tanto medo, finalmente conseguiu se livrar dessa “fria” e, no dia seguinte, vendo os noticiários, viu que o Paysandu (time brasileiro) tinha dado uma lavada no Cerro Porteño (time paraguaio), e ele conta: “Se eu tivesse sido simpático e tentado me engraçar com os presos, eu tava f. (risos)”. Hoje, o admirador de Shakespeare trabalha durante o dia numa empresa americana de cartão de crédito, a American Express e, à noite, no bar Blues Velvet. Dormindo somente 4 horas por noite, Thomaz Valentim trabalha por um sonho: ter seu próprio equipamento de cinema e um dia ser reconhecido pelo seu trabalho, mas ele deixa claro: “Seria muito bom ter esse reconhecimento mundial, mas antes disso – de ter fama, dinheiro - , eu quero ser feliz, e ser feliz fazendo aquilo que eu gosto”.
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Cultura
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Oficinas ensinam os segredos da literatura Luma Bendini A Fundação Cultural de Curitiba oferece há quatro anos as oficinas literárias. Escritores paranaenses e professores ministram palestras e cursos práticos que começaram em fevereiro e vão até novembro. É possível escolher entre diversos temas, que atendem várias faixas etárias e interesses. Para cada tema são realizados 22 encontros durante o ano. Assim, os aspirantes a escritores podem escolher de teoria da narrativa, com o romancista Otto Leopoldo Winck, à criação poética, com o poeta Ricardo Corona. Jussara Charello, uma das coordenadoras do projeto, diz que o objetivo é “descobrir novos talentos, formar escritores”, embora ela mesma admita que grande parte do público é de pessoas que, de alguma forma, já são ligadas às letras: professores, jornalistas ou adolescentes que vêm de casa com o estímulo da leitura. A pergunta é complexa e exige algumas especulações. Professor universitário e mestre em literatura, Christian Schwartz acredita que a formação acadêmica não é determinante, mas dá possibilidades de ingressar no mundo da literatura: “As experiências fora do Brasil, onde a cultura literária é completamente diferente, mostram que você pode criar alguns dos maiores escritores em oficinas literárias. Muitos jovens escritores saíram desses cursos de creative writing: Dave Eggers, David Foster Walace, Zadie Smith”. Mas isso envolve muito mais do que as oficinas. Schwartz explica que no Brasil ainda estamos muito longe de conhecer a figura do escritor profissional, aquele que de fato ganha a vida escrevendo. Aqui, para desenvolver a escrita sempre foi preciso ter um ganha-pão estável. Durante algum tempo, ser funcionário público era a melhor saída. E foi assim que conhecemos a obra de Graciliano Ramos, que chegou a ser prefeito numa cidadezinha do Alagoas. Depois, vimos as redações de jornal for-
Aline Reis
Divulgação
Futebol e jornalismo Está acontecendo desde ontem o projeto “Agenda 2010: Futebol e Política”. O evento é promovido no Paço da Liberdade SESC Paraná e conta com a presença de jornalistas, entre eles Lauro Mesquita, além de intelectuais, ex-jogadores e cientistas sociais. Amanhã, às 19 horas, a discussão é sobre arte e profissionalismo na era da imagem. Informações pelo telefone 32344221.
Liberdade de expressão O escritor e professor Otto Leopoldo Winck mar outros nomes importantes da literatura, entre eles Nelson Rodrigues. Depois dos anos 70, o ganha-pão dos escritores passou a ser a academia. Dessa vez, profissão professor. Um pouco sintoma, um pouco conseqüência desse último cenário está o boom das oficinas literárias no Brasil. Milton Hatoum, um dos grandes nomes do romance contemporâneo, lecionou na Universidade Federal do Amazonas e também nos Estados Unidos. Saiu da Universidade para escrever. Em entrevista à revista Caros Amigos de março, explica por quê: “Eu tinha um emprego estável e com quase 46 anos no Brasil é difícil largar um emprego estável. Então eu apostei tudo no livro Dois irmãos”. Pensando em Brasil, pode-se dizer que, embora muito competente, Hatoum teve sorte. Dois irmãos é sucesso de crítica e venda. Apesar disso, não vive dos direitos autorais de seus livros e sim de palestras, colunas quinzenais no Estado de S. Paulo e algumas traduções de obras estrangeiras. Como é fazer literatura num país que lê tão pouco? Para Hatoum, já melhorou muito, mas o grande déficit está na educação, “Bons leitores justificam a literatura”. Mas o leitor brasileiro é muito pouco exigente. Há ainda outro ponto a ser considerado quando se trata da formação dos escritores. A relutância em aceitar escritores que saiam da academia ou mesmo
de oficinas está, em grande parte, na idealização da figura do artista. Artista é profissão? Noel Rosa dizia que samba não se aprende na escola, que é preciso sentir o cheiro da vida no morro para ser um bom sambista. Será mesmo? O Romantismo do século XIX nos ensinou a olhar para o artista como aquele que não se envolve com dinheiro (porque arte não é mercadoria), que leva a vida da maneira mais boêmia possível (pois carrega uma grande fardo de infelicidade por algum infortúnio da vida) e, ainda, é dotado de grandes porções de inspiração. Assim, é tão difícil encarar o escritor (ainda mais o poeta) como um trabalhador quanto dar-lhe devido espaço no mundo do trabalho. Isso não quer dizer, contudo, que artistas não se formam na escola simplesmente por implicância histórica. É impossível desvincular vida pessoal e profissional na hora de construir uma obra literária. Sensibilidade, vivência, bagagem, esses são todos fatores tão importantes quanto subjetivos e, por isso, é tão difícil determinar com certeza qual a melhor formação para um escritor. Serviço Oficinas de Análise e Criação Literária Informações: Secretaria de Cursos da Coordenação de Literatura (Praça Garibaldi, nº 7 - Palacete Wolf) - Telefones: 3321-3317 e 3321-3379.
Está em cartaz no Centro de Criatividade de Curitiba, no Parque São Lourenço, a mostra “Tesselas: Liberdade de Expressão”, que reúne mosaicos de 25 artistas com o tema 317 anos de Curitiba.
Quem quiser conferir a programação pode visitar a exposição até 30 de maio, de segunda a sexta, das 8h30 às 12h e das 13h às 20h; e aos sábados, de 8h30 até o meio-dia. A entrada gratuita.
Escrevendo com a luz Divulgação
Desde o dia 30 de março acontece na Casa Andrade Muricy o evento “Coletiva Fotográfica”, que reúne grandes nomes da fotografia brasileira, entre eles Regina Nogueira, Cristiano Mascaro e Orlando Azevedo (foto). A entrada é franca e as visitações estão abertas de terça a domingo, das 10h às 19h. Nos sábados, domingos e feriados os portões abrem às 10h e fecham às 16h.