RIO Á I D do
Curitiba, quinta-feira, 6 de maio de 2010 - Ano XII - Número 552 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo
Colunas
Os reais propósitos dos Ateu ou crente? Os desafios de cada escolha livros de autoajuda Pág. 2
Pág. 7
Previsão é de aumento das vendas no Dia das Mães Diego Henrique da Silva/ Lona
Qual a verdadeira intenção do Governo francês ao proibir a manifestação religiosa das pessoas no país? Não usar crucifixo, para um católico, é algo possível de se conviver. Entretanto, para uma mulher muçulmana, andar sem burca é uma opção? Nossa colunista analisa os desdobramentos políticos e o que pode estar por trás dessa nova realidade na França.
redacaolona@gmail.com
Literatura comercial
Opinião
Gênero
L BRASI
Pág. 6
Política
Com comentários polêmicos e que, certamente, vão render opiniões diversas por parte dos leitores, nosso colunista fala sobre o impasse entre os principais candidatos à Presidência da República. Pág. 6
Política
Mesários ajudam a exercer cidadania
Pág. 4
Legalidade
Pirataria prejudica locadoras Pág. 5
Comerciantes acreditam que a movimentação vai aumentar nos próximos dias com a chegada de uma das datas comemorativas mais importantes na economia do país Pág. 3
2
Espaço do leitor As primeiras edições do Lona estão show! Parabéns para toda a equipe que está fazendo um trabalho impressionante. Luisa Melara, via twitter (@Lumelara)
Curitiba, quinta-feira, 6 de maio de 2010
Crença versus ateísmo Eli Antonelli
“A religião é vista pelos pessoas comuns como verdadeiras, pelos inteligentes como falsa e pelos governantes como úteis” Seneca
eliantonellijornalismo@gmail.com
Parabéns pela primeira edição de 2010 do @JornalLona . Ótima diagramação e boa coluna musical. Pena que agora é apenas Preto e Branco. Fernando Castro, via twitter (@fernandoemm) O novo LONA superou minhas expectativas. Achei que as mudanças previstas não fossem acontecer, mas o pessoal provou o contrário! Estão todos de parabéns! Amanda Fernandes, estudante A inserção da editoria perfil com periodicidade semanal contribui consideravelmente para a qualidade do conteúdo do Lona. Isso aumenta a abrangência do público leitor, ultrapassando os limites da universidade. Parabéns pela iniciativa. Carla Rocha, estudante
Expediente Reitor: José Pio Martins. ViceReitor:Arno Antonio Gnoatto; PróReitor de Graduação : Renato Casagrande; Pró-Reitor de Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitor de Planejamento e Avaliação Institucional: Cosme Damião Massi; Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa e Pró-Reitor de Extensão: Bruno Fernandes; Pró-Reitor de Administração: Arno Antonio Gnoatto; Coordenador do Curso de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Professores-orientadores: Ana Paula Mira e Marcelo Lima; Editores-chefes: Aline Reis (sccpaline@gmail.com), Daniel Castro (castrolona@gmail.com.br) e Diego Henrique da Silva (ediegohenrique@hotmail.com).
Aceitar a vida de forma racional é a grande dificuldade para entender o que é o ateísmo por parte daqueles que são religiosos. A palavra vem do grego “a” de ausência e de “theos” divindade. De um lado, os ateus alegam que vivem em busca de respostas. Do outro, há os religiosos que aceitam determinadas situações pela força da fé. No passado, as pessoas que tentavam explicar a vida pela ciência eram condenadas e assassinadas. Atualmente, assumir-se ateu muitas vezes pode ser um risco de sofrer certa hostilidade, pois muitas pessoas veem os ateus como pessoas imorais. Há os questionamentos sobre ética imposta, e o destino passa a ser responsabilidade dos indivíduos e não de predestinação. Outro ponto é a visão diante da morte, diferente dos religiosos que colocam a morte como uma passagem para o purgatório e o céu (católicos e protestantes) ou a passagem para uma nova vida (espíritas), por exemplo, no caso dos ateus a morte significa o fim de um indivíduo. Ao longo dos anos, muitas pessoas influentes assumiram sua condição de ateus, mesclando suas ideias em obras. Entre estes, temos na música o cantor Caetano Veloso, o guitarrista do Pink Floyd, David Gilmour, o líder da banda Oasis, Noel Gallagher. Alguns exemplos na literatura: João Cabral de Melo Neto, Graciliano Ramos, Monteiro Lobato, Álvares de Azevedo, George Orwell, Ernest Hemingway, James Joyce. E outros como Friedrich Nietzsche, Auguste Comte, Karl Marx, Diderot. O médico Drauzio Varella é alvo constante em palestras sobre sua espiritualidade. Ateu assumido, o médico afirma
“O cristão comum é uma figura deplorável, um ser que não sabe contar até três, e que, justamente por sua incapacidade mental, não mereceria ser punido tão duramente quanto promete o cristianismo” Nietzsche
que luta pela tolerância ao direito de ser ateu. Em março de 2009, em uma de suas palestras afirmou que respeita as religiões e que espera o mesmo respeito. Para ele, a explicação do surgimento da vida pelo acaso, evoluindo pela competição e seleção natural, passando pelo desenvolvimento do homem a partir do fim dos dinossauros, é muito mais encantador do que a visão religiosa do início da vida no planeta com base na religião. A curiosidade pela força da religiosidade já é tema de pesquisas científicas. A revista “Viver Mente Cérebro” nº 168 apresenta uma reportagem discutindo “O gene de Deus”, segundo a qual as razões da espiritualidade podem estar inscritas no código genético. Neurocientistas como Mario Bearegard e Vilayanur Ramachandaran estão estudando a fé. Chamados de neuroteólogos, fazem pesquisas com pessoas de elevada crença, como freiras e religiosos indianos, para entender como se comporta o cérebro dessas pessoas em momentos de oração. Ramchandaram vai mais longe e tenta entender também os ateus, por que alguns sentem o chamado divino mais facilmente enquanto outros são completamente surdos é o questionamento que faz. Uma de suas hipóteses é de que sentimentos espirituais profundos seriam somente frutos de uma descarga de neurotransmissores cerebrais, os mesmos que regulam os estados de ânimo. Outro fato apontado pelos cientistas é a existência de Deus estar relacionada ao medo da morte. Deus, segundo a reportagem, teria a função de suavizar a angústia diante da morte.
“A religião é o ópio do povo” Karl Marx Independente das escolhas, das crenças de cada um é importante sempre frisar a necessidade do respeito e a tolerância numa sociedade civilizada. Ser ateu é simplesmente exercer o seu direito de liberdade, enquanto a religiosidade também deve ter o mesmo respeito. Crer em Deus e se sentir bem pela paz que a fé traz ou continuar o seu caminho cético é um direito de cada indivíduo que merece ser respeitado. Reprodução
Missão do curso de Jornalismo “Formar jornalistas com abrangentes conhecimentos gerais e humanísticos, capacitação técnica, espírito criativo e empreendedor, sólidos princípios éticos e responsabilidade social que contribuam com seu trabalho para o enriquecimento cultural, social, político e econômico da sociedade”. O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo – UP Redação LONA: (41) 3317-3044 Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000
A obra de Michelangelo, “A criação de Adão” (detalhe à esquerda), foi encomendada pela Igreja Católica e é considerada um dos grandes ícones do período Renascentista. Fica localizada no teto da Capela Sistina, no Vaticano. Segundo o historiador Rainer Sousa, “a representação detalhada do corpo aparece aqui como uma preocupação estética que assinala a valorização da temática humana”. Fonte: Brasil Escola
3
Curitiba, quinta-feira, 6 de maio de 2010
Economia
Cidadania
Comércio espera aumentar vendas no
Mães
Diego H. Silva/ Lona
Dia das
Associação Comercial do Paraná divulgou dados que apontam para um crescimento no comércio de Curitiba Maria Carolina Lippi Neste domingo, comemorase o Dia das Mães. Data também comemorada pelo comércio da capital paranaense. De acordo com dados divulgados pela Associação Comercial do Paraná (ACP), nos próximos dias, o aumento nas vendas será de 12%. A data é considerada o segundo Natal dos lojistas de rua e shoppings centers. E de acordo com o Datacenso, que promoveu a pesquisa, o aumento nas compras se deve ao aquecimento da economia após a crise financeira mundial. Os dados da pesquisa foram analisados de acordo com as expectativas dos lojistas. Eles esperam vender 57% a mais que no mesmo período do ano passado, quando a expectativa era de 45%.
A análise também se baseia nos próprios consumidores, que prometem “abrir a carteira”: 37,5% deles dizem que vão gastar 31% a mais no presente das mães em relação ao ano passado. Outros 53% dizem que irão desembolsar o mesmo valor. Somente 9,5% revelaram que vão diminuir em 73% o valor dos preços dos presentes. A média do valor de gasto dos filhos será de R$ 127,47. A ACP e o Datacenso também divulgaram que os produtos mais comprados para homenagear as mães. As roupas estão em primeiro lugar, com 33% de preferência dos entrevistados; os perfumes têm 11% das escolhas e as flores e plantas ficaram com 9% das escolhas. Os shoppings centers da capital apresentam um diferencial em relação ao comércio da rua. Grande parte deles conta com promoções
para quem comprar o presente até domingo. Os prêmios envolvem desde sorteio de vale-compras a carros importados. Um deles, o Shopping Mueller, oferece um batom para quem fizer compras acima de R$ 400. De acordo com a assessoria de imprensa do Shopping Mueller, na última semana, o movimento aumentou 35%, principalmente nas lojas de roupas, calçados e acessórios, cosméticos e eletrônicos. Mesmo assim há quem prefira comprar nas lojas da região central da cidade. É o que vai fazer o estudante de Publicidade Jonathan Gonçalves, de 17 anos. “Prefiro no centro porque tem mais opções”. Ele ainda não sabe o que sua mãe vai ganhar de presente neste ano, mas o valor será em torno de R$ 30. “Ela sempre se lembra de mim. Desta vez não posso esquecer dela”, diz.
Futebol e política no Paço da Liberdade Daniel Castro Neste ano, dois dos eventos mais importantes para os brasileiros estarão separados por apenas quatro meses. Em junho, começa a Copa do Mundo de Futebol, realizada na África do Sul. Em outubro será a vez das eleições para presidente, governadores, senadores e deputados em todo o país. É pensando nisso que o SESC Paraná está organizando uma série de debates e exposições sobre futebol e política. O evento, que acontece no Paço da Liberdade, começou ontem e irá até amanhã. O espaço receberá shows, mostras de cinema, lançamentos de livros e mesasredondas, em que se discutirão as relações existentes entre futebol e política, presentes tanto no âmbito nacional, quanto no internacional. O evento terá a participação de nomes como Sócrates, exjogador do Corinthians e da Seleção Brasileira; Leandro Fortes, jornalista da Revista Carta Capital; e José Miguel Wisnick, músico e professor de teoria literária da USP. Cada mesa de debate deverá contar com a presença de 150 espectadores. Além disso, espera-se que mais de mil pessoas circulem pelo espaço a cada dia. O técnico do Paço da Liberdade Daniel Ferrarezi conta que o evento discutirá as relações entre o futebol e a política, de que forma isso é explorado pela mídia durante a Copa do Mundo e, posteriormente, no período de
eleições. “Montamos uma verdadeira seleção, formada por sociólogos, ex-jogadores e jornalistas”, afirma Ferrarezi. Um dos objetivos do debate é refletir se o futebol realmente tira o foco da população daquilo que está acontecendo na política. “Todos, gostando ou não, são influenciados pelo futebol. Além disso, as eleições também podem ser consideradas uma espécie de Copa do Mundo”, completa. Para o estudante de jornalismo Danilo Georgete, que acompanhou o debate de ontem, os dois temas abordados chamam muito a atenção do povo brasileiro. “Esse tipo de coisa só acontece no Brasil, onde as pessoas são realmente apaixonadas por futebol”. Ainda segundo Georgete, assim como o samba, o futebol é genuinamente brasileiro, o que faz com que as pessoas parem o que estão fazendo para prestigiar a Copa do Mundo, por exemplo. Programação Hoje, o futebol será visto pelo lado artístico. Integram a pauta do evento discussões sobre a equipe de futebol do Barcelona e do Santos, campeão paulista de 2010. O limite da poesia e a questão do profissionalismo dentro do esporte serão os temas abordados. Na sexta, a estrela da mesa redonda será Sócrates. Ele e os demais convidados conversarão sobre como o futebol influenciou na abertura política ao longo da história do Brasil.
Serviço Os debates acontecem às 19h00, e as entradas custam R$15,00. Ao meio-dia ocorre a exibição de filmes, com entrada franca. O Paço da Liberdade fica na Praça Generoso Marques, 189, centro. Fone: 3234-4200.
4
Política
Anfitriões da
Curitiba, quinta-feira, 6 de maio de 2010 Fernando Scheller/ G1
democracia
Tão importantes quanto candidatos, partidos e coligações, os mesários são indispensáveis durante as eleições Aline Reis Dia três de outubro de 2010, o Campeonato Brasileiro não será o acontecimento mais importante do domingo, as crianças e adolescentes irão para escola, e a cervejinha no boteco estará proibida. Calma, não é o apocalipse. É o dia da comemoração da democracia no Brasil. As primeiras eleições datam de 1532, em São Paulo, para eleger o Conselho Municipal da cidade de São Vicente. De lá para cá muita coisa mudou, os pelouros (bolas de cera) foram substituídos pelas urnas eletrônicas – o sistema de votação mais moderno do mundo, as mulheres passaram a votar... Mas para esse direito ser exercido, além de urnas, candidatos e partidos, tem outro elemento que não pode faltar: os mesários. Desde 1950, quando Getúlio Vargas voltou ao poder, José Carlos Mello Rocha, hoje com 78 anos, trabalha como mesário. Aquilo que desperta desgosto em alguns, para ele é motivo de alegria e satisfação. “Eu comecei a trabalhar na eleição logo depois de me tornar
eleitor, aos 19 anos”, diz orgulhoso. De acordo com a chefe do Cartório da Zona 176 de Curitiba, Viviane Stein, nas eleições de 2008, cerca de 11.200 eleitores trabalharam como mesários em Curitiba. Para Stein, essas pessoas são essenciais para que o processo eleitoral possa acontecer de forma democrática e organizada. “Sem eles não há eleição, são eles que garantem a transparência das eleições e fiscalizam o andamento da votação”. Apesar da importância, algumas pessoas não gostariam ou gostaram de servir à Justiça Eleitoral, o que, no entanto, vem mudando. “O trabalho nas eleições é um fator pre-
ponderante da cidadania, o indivíduo que trabalha está prestando um serviço à nação. Lamentavelmente alguns desses indivíduos acham demais ceder um dia, aliás a cada dois anos, para as eleições. Mas ser mesário é uma prova de cidadania, de brasilidade, um serviço à pátria, por isso, deveria ser um prazer trabalhar nas eleições. Mas eu ainda acredito que vai haver o tempo que eles gostarão de trabalhar para democracia”, declara seu José Carlos. E a mudança parece mesmo estar acontecendo. O estudante de jornalismo da Universidade Positivo (UP) e de economia da UFPR Lucas Kotovicz, de 19 anos, vai votar
“Sem os mesários não há eleição, são eles que garantem a transparência das eleições e fiscalizam o andamento da votação” Viviane Stein, chefe do Cartório Eleitoral da Zona 176 de Curitiba.
José Carlos Mello Rocha é o mesário mais antigo do país pela primeira vez em 2010, mas no ano passado, quando fez o título de eleitor, disse que trabalharia nas eleições. “É para ver como é. É uma experiência. Além disso, se não tivesse mesários, ia ficar complicado votar, é burocrático, às vezes chato, mas necessário”. Quando se comprometeu com a Justiça Eleitoral, Kotovicz se incluiu no grupo de mesários que são selecionados prioritariamente: os voluntários. Segundo Stein, os existem vários critérios de convocação de eleitores para servir a Justiça nas eleições. “Os voluntários são os pri-
meiros a serem chamados, mas também optamos por pessoas com mais escolaridade e que já trabalharam em eleições”, explica. E quem “perde o domingo” sendo mesário tem alguns benefícios garantidos por lei, dentre os quais estão dois dias de folga do trabalho remunerados e, aqui no Paraná, vale-alimentação para o dia do pleito. Mas para seu José Carlos, mais do que vales e folgas, o que importa é a satisfação de dever cumprido. “Quando acaba, eu fico na expectativa para a próxima eleição. Para mim, a próxima eleição será mais importante!”
legitimidade dos títulos dos eleitores — enquanto o secretário deve organizar a fila das pessoas que aguardam para votar, priorizando gestantes, idosos e candidatos. Cada mesário tem um intervalo para almoço, além de um kit com lanches rápidos, que podem ser consumidos a qualquer momento durante o pro-
cesso, claro, escolhido com bom senso. Depois de todo esse processo, os mesários receberão um certificado que assegura dois dias de folga remunerados do emprego (que podem ser combinados entre patrão e empregado) pelo serviço prestado à Justiça Eleitoral.
O treinamento dos mesários Aline Reis Antes de trabalhem nas seções eleitorais, todos os mesários convocados e voluntários passam por um treinamento, que acontece, geralmente, com um mês de antecedência da data das eleições. O treinamen-
to dura uma tarde. Primeiro, há um palestrante designado pela Justiça Eleitoral, que mostra aos convocados a composição da mesa para cada seção: presidente, primeiro mesário, segundo mesário e secretário. Cabe ao presidente da mesa verificar a urna eletrônica (como
horário, data e votos computados), conferir os cadernos de votação, verificar credenciais de fiscais de partidos ou coligações, autorizar os eleitores a votarem, bem como impedir tumultos. Ao primeiro e ao segundo mesários, compete a função de substituir o presidente, no caso de algum problema, além de conferir a
5
Curitiba, quinta-feira, 6 de maio de 2010
Diego H. da Silva/ Lona
Legalidade
Aumento da pirataria e de downloads leva
prejuízo a locadoras Mayara Gomes Hábito bastante comum nos dias de hoje, com o acesso fácil e rápido a vários conteúdos, é o de efetuar downloads de filmes e músicas pela internet. A facilidade e o caráter gratuito são atrativos quase imbatíveis, fazendo com que sete em cada dez pessoas assumam realizar essa ação. O download, mesmo que efetuado de forma legal, tem prejudicado diretamente os videolocadores, que acabam não tendo armas para superar o produto gratuito. Só em Curitiba, no período de 2004 até agora, cerca de 50% das videolocadoras deixaram de existir. As locadoras que sobrevivem a essa concorrência tentam inovar e colocar à disposição dos clientes serviços de qualidade superior. É o caso da WF Locadora, que traz um espaço reservado ao entretenimento infantil. Um aspecto muitas vezes ignorado é a ligação entre os downloads ilegais e a pirataria. Mesmo o aluguel barato oferecido pelas locadoras não supera os preços da compra de um DVD pirata. O combate à pirataria tem sido uma luta constante da Associação Paranaense de Combate à Pirataria (APCP), que busca esclarecer e mobilizar as pessoas sobre o assunto. “Tudo que é desleal é ilegal. E se é ilegal, de uma forma ou de outra está ligado ao crime organizado. E o crime organizado tem interesse em que a ilegalidade perdure, porque eles estão
ganhando dinheiro”, diz o presidente da ACPC, Roberto Olívio. A associação tem feito importante trabalho nesse movimento, que consiste em conscientizar as pessoas de que os prejuízos do comércio ilegal não atingem apen a s v id e o l o c a d o r a s , m a s também a população em geral que deixa de contribuir com os impostos e ainda financia o crime. “Quando o cidadão pensa: ‘é muito caro, por isso eu vou baixar, vou comprar o falso’, ele não se dá conta de que nós vivemos numa democracia estabilizada, regida por leis, e que tem a finalidade de oferecer saúde, segurança pública, educação. A partir do momento que eu deixo de praticar a legalidade, não estou mais preocupado com o bem comum, e estou, de uma forma invisível, sendo cúmplice do crime organizado”, frisa Roberto. O maior concorrente das locações de vídeo, no entanto, não é o vendedor ambulante de DVDs piratas, mas os inúmeros sites que disponibilizam download de filmes sem nenhum custo. A maioria das pessoas que efetuam os downloads tem como principal argumento o custo de compra ou locação dos originais. “Além de ser gratuito é muito mais prático. Para quem gosta de filmes e assiste todos os dias, como eu, facilita muito poder fazer isso direto do computador e sem custo nenhum. E também existem meios legais, como o streaming, em que se pode assistir a filmes sem fazer download”,
Assistir e baixar filmes inteiros pela internet não é mais novidade
Um aspecto muitas vezes ignorado é a ligação entre os downloads ilegais e a pirataria. Mesmo o aluguel barato oferecido pelas locadoras não supera os preços da compra de um DVD pirata acrescenta o universitário Jonatan Veronese, de 19 anos. Além do trabalho das associações e sindicatos, projetos de combate à pirataria têm conseguido a atenção do governo, como é o caso do plano criado pelo Ministério da Justiça, Brasil Livre de Pi-
rataria, do qual Curitiba é uma das cinco capitais integrantes. “O que nós temos conseguido fazer é levar às autoridades a necessidade de se fazer um trabalho efetivo, mas a questão de punição não está a contento ainda. O que precisaria, de fato,
era que se prendesse em flagrante, que uns ou outros tivessem esse prejuízo para amedrontar um pouco essa facilidade. Porque, hoje, qualquer jovem que vê a possibilidade de um resultado financeiro rápido acaba arriscando, porque a impunidade está à cara de quem quer praticar”, salienta o presidente da associação. Opine | Você acha que as locadoras de vídeo e DVD vão desaparecer com o tempo? Envie sua opinião para redacaolona@gmail.com
Mayara Gomes
Locadoras enfrentam a concorrências com a pirataria oferecendo qualidade e inovações
6
Curitiba, quinta-feira, 6 de maio de 2010
Priscila Schip
Juliano Zimmer
É colunista que escreve quinzenalmente sobre questões de gênero, sempre às quintas-feiras, para o Lona priscilaschip@gmail.com
É colunista de política e escreve quinzenalmente, às quintas-feiras, para o Lona juguzi@hotmail.com
Gênero
Política
A guerra eleitoreira
Burca na França: liberdade ou imposição? Em junho de 2009, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, declarou ser a favor da proibição do uso de burcas em seu país. Segundo Sarkozy, o uso de tal vestimenta é “um sinal de subserviência, um sinal de humilhação” e “não será bem-vinda no território da República Francesa”. Essa discussão sobre a burca não é novidade. Lá existe uma lei, que, desde 2004, proíbe o uso de qualquer símbolo religioso em locais públicos. Na época, o governo tentou proibir o uso do véu islâmico, mas não conseguiu. O país se desculpa alegando ser um estado laico, mas é preciso encarar os fatos e enxergar que além do declarado laicismo existe a xenofobia e o preconceito. Proibir o uso da burca é inibir que mulheres saiam de casa. É evitar a chegada de novos mulçumanos. É uma tentativa de acabar com uma cultura que não é bem-vinda. Depois do 11 de Setembro, a cultura do Islã é vista com maus olhos por grande parte do mundo, o que torna mais comuns velhas práticas preconceituosas. Todo esse repúdio é baseado em notícias manipuladas, julga-se aquilo que nem ao menos se conhece. O primeiro sinal de ignorância é se basear no argumento de que todas as mulheres são obrigadas a usar a burca. A grande maioria opta pelo uso da vestimenta por se sentirem mais seguras e confiantes. Uma questão de vaidade, de costume. Enquanto Sarkozy declara ser a favor da liberdade feminina, casos polêmicos acontecem em seu país. Como uma moça que trajava um burquíni – um macacão inteiriço que tem proteção na cabeça, muito semelhante a roupa de mergulho – e foi proibida de nadar em uma piscina pública. A justificativa foi a de que ela não estava usando roupa
de banho. Embora não seja um biquíni fio-dental, o burquíni é um traje de banho. A lei não existe ainda, mas práticas como essa mostram que as autoridades já aplicam a proibição. Burca humilha a mulher? Ser expulsa de um local público escoltada por policiais não é humilhante? Em 2007, a violência contra a mulher causou 166 mortes na França, uma média de uma agressão a cada dois ou três dias. A pesquisa que divulgou esses dados informou também que os assassinatos dessas mulheres foram cometidos por
Proibir o uso da burca [na França] é inibir que mulheres saiam de casa. É evitar a chegada de novos mulçumanos seus companheiros. Parece que o respeito não é tão valorizado como Sarkozy defende. O caso é mais grave, e vai bem além de uma lei que promove uma falsa liberdade. É uma imposição. Arrancar um costume cultural dessa forma é tão violento quanto a submissão. Essa lei dá margem a um pensamento apenas: o de que as mulheres deixam de ser obrigadas a usar a burca pelos seus pais, maridos e irmãos, e passam a ser proibidas de usar pelo governo. Mudar o opressor não é, nem de longe, resolver o problema. Quando é que vão ouvi-las? Alemar Colino/ Divulgação
A guerra eleitoral pela Presidência começou. De um lado, estão os tucanos com Serra, buscando seu espaço pouco a pouco, mas com problemas eleitorais no Norte e Nordeste, onde existe a massa dos pobres que acreditam no PT. Essa mesma massa que elegeu Lula. Os tucanos apresentam uma decadência de militância, são sociais-democratas formando um partido de quadro eleitoreiro cheio de caciques da política. Do outro lado do ringue está o PT, que possui um exército de militantes armados de idealismo e utopias. Por trás da campanha dos petistas prevalece o golpe baixo: os sindicalistas fazem de tudo para conseguir a permanência no poder, contando com a ajuda da CUT. Tudo caiu no esquecimento, até parece mágica, como os escândalos como do Mensalão em 2005, envolvendo o falso herói Roberto Jefferson, citado como “homem-bomba” pela Veja, orquestrado pelo chefe da máfia, Delúbio Soares, do dólar na cueca, que ainda é recente na memória da população. Em São Paulo, a guerra começou por meio das manifestações dos professores. No mês passado, durante uma passeata de professores, a sindicalista e líder dos educadores, Maria Isabel Noronha, disse em discurso que o PT deve quebrar a espinha dorsal do PSDB nas eleições. Parece que essas ameaças e golpes ferem a dignidade dos tucanos, enfraquecem o poder que eles exerceram nas eleições passadas, como a de 1994, com a vitória de Fernando Henrique Cardoso.
Por trás da campanha dos petistas prevalece o golpe baixo. Os sindicalistas fazem de tudo para conseguir a permanência no poder contando com a ajuda da CUT Parece que o PSDB vem perdendo forças e o eleitorado nos últimos tempos, enquanto o PT vem ganhando, com esquemas políticos comprometedores, alianças feitas em troca de interesses. É assim, amigos leitores, desde 2002. O PT querer continuar no poder. Não tem nada de errado, desde que não haja golpe sujo. Opine! | Discordou dos nossos colunistas? Gostou? Critique ou elogie pelo redacaolona@gmail.com
7
Curitiba, quinta-feira, 6 de maio de 2010
Literatura de
Maria Carolina Lippi/ Lona
resultados Livros de autoajuda prometem soluções rápidas em todas as áreas e vendem milhões Cariem Lucena Quando o americano Dale Carnegie deu origem à literatura de autoajuda nos anos 1930 com “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, não imaginava que estava criando um gênero. Muito menos que esse gênero se tornaria um fenômeno de vendas. A autoajuda está presente em todas as linhas editoriais e se tornou uma espécie de manual de como fazer e vencer em determinadas situações. Nas empresas, livros como “O monge e o Executivo”, de James C. Hunter, e “ Quem mexeu no meu queijo?”, de Spencer Johnson, são os best-sellers mais citados e procurados por empresários. Livros sobre como educar e criar os filhos também recebem destaque nas listas dos mais vendidos. Mas o que realmente atrai o leitor para esse gênero? A maioria dos livros de autoajuda tem linguagem fácil e acessível e apresentam exemplos práticos do dia a dia para que o leitor possa identificar os seus potenciais e como adotar uma postura positiva para superar as dificuldades. O foco desses livros está em provar que todo ser humano é capaz de conquistar
tudo o que quiser, basta acreditar em si mesmo. A administradora de empresas Tais Silva, 30, conta que passou a ler livros de autoajuda quando entrou em depressão e nem as sessões com o psicólogo apresentavam resultados. Ela afirma já ter colocado em prática alguns exemplos apresentados nos livros. “Eles realmente funcionam”. Existem pessoas que acreditam que esses livros podem ajudar o paciente na luta contra doenças. Quando os médicos diagnosticaram que Isaura Batista, 50, autônoma, estava com câncer no ovário, ela incentivada por amigos e parentes resolveu procurar os livros de autoajuda. “Foi um período difícil, nada me fazia bem, eu só pensava que iria morrer.” Isaura começou a se interessar pelos temas, e encontrou neles o apoio que precisava para encarar as difíceis sessões de quimioterapia. Hoje 5 anos após o início do tratamento ela está curada da doença e diz que saiu fortalecida, que os ensinamentos da autoajuda foram essenciais para conseguir lutar pela cura. Porém, existem aqueles que criticam esse gênero editorial
que vende milhões no mundo inteiro. O representante comercial Antonio Vieira, 28, leu vários títulos do gênero, mas nunca conseguiu colocar os ensinamentos em práticas. “Eles parecem meio fantasiosos demais, é praticamente impossível você ser otimista 24 horas por dia, o ano inteiro”. Ele acredita que todos devem ser otimistas, que devem acreditar na capacidade de enfrentar as dificuldades e conseguir vencê-las, mas para isso não é necessário usar manuais que ensinam a encontrar a felicidade e solucionar todos os problemas. A psicóloga Anelise ressalta que todos têm problemas e que eles fazem parte do crescimento e do aprendizado do ser humano. Para ela, as pessoas não devem buscar nos livros de autoajuda a verdade absoluta sobre como viver. “Todos são diferentes, o que pode ajudar um, nem sempre vai ajudar o outro.” Para a psicóloga, não existem soluções mágicas para problemas reais, e procurar este tipo de ajuda pode ser equivocada, e que o ideal é o indivíduo procurar um profissional para receber a orientação correta. O professor de literatura Christian Schwartz diz que a venda de autoajuda está ligada “ao fato de o Brasil ser um país semi-letrado”, e à procura do quê ler, busca esses livros para “aproveitar” a leitura e resolver problemas. Ele afirma que ler pode ser perturbador e desestabilizador: “Normalmente é assim com bons livros”. Na opinião do professor, a autoajuda não é literatura. “É aparentar cultura em busca, ao mesmo tempo, de consolo fácil, e ilusório para os problemas da vida”. Opine | O que acha dos livros de autoajuda? São confiáveis? Envie comentários para redacaolona@gmail.com
A crise de
Olga & Carlinho Juliane Moura
A princípio, apenas mais um romance feito por um jornalista “metido a escritor”, como o próprio autor do livro faz questão de se intitular. Não é o primeiro romance de Felipe Pena e, ao que tudo indica, não será o último. O autor que prima tanto pela escrita simples, parece ter alcançado seu objetivo no livro “O marido perfeito mora ao lado”, por mais que ele mesmo acredite que escrever fácil seja difícil. O título um tanto convidativo faz com que a leitura seja inevitável e as surpresas aconteçam repentinamente. A trama envolvendo professores e alunos do curso de Psicologia no Rio de Janeiro, a princípio, parece apenas mais uma. Mas o ritmo da história, a linguagem e seus personagens fazem com que este romance fuja de qualquer comparação com outros enredos amenos e previsíveis. O livro faz com que a simples leitura seja transformada em um vício que necessita ser alimentado diariamente, com páginas e mais páginas sendo devoradas em instantes. Como não imaginar as cenas em que o diretor da faculdade se envolve com a aluna? Um dos traços marcantes de Felipe Pena, nesta obra, é a sutileza destes momentos, que, porém, não deixam de ser atraentes e sedutores. O autor faz questão de deixar claro o quanto uma história pode ser surpreendente até o último capítulo, mesmo quando se pensa não haver outros caminhos a seguir. Olga e Nicole que o digam. São as principais surpresas desta obra,
que traz o sequestro de um dos alunos da turma de futuros psicólogos que tratam casais em sua clínica experimental na faculdade. Como não compartilhar as dores de Olga ao ver seu relacionamento com Carlinho praticamente terminado? E a tristeza de Nicole ao ver sua paixão momentânea, com Pastoriza, terminar sem ao menos ter começado de fato. Talvez os caminhos seguidos por alguns dos personagens não tenham agradado a todos. Mas a história com fortes traços é envolvente, apaixonante e, acima de tudo, sedutora - uma das características que Pena procura dar a esse romance. Pena conseguiu alcançar sua meta neste romance. Trouxe a leveza, a linguagem de fácil acesso, dinamismo e muita intensidade. No final de cada capítulo, o suspense – envolvendo de forma quase instantânea quem está apenas “assistindo” à história – é proposital e arrebatador. O livro é traçado com detalhes pertinentes e com muita simplicidade, o que abre espaço para que leitores de diversos níveis possam degustá-lo. “O marido perfeito mora ao lado” faz com que qualquer pessoa que esteja em busca de novas histórias com temperos refinados de linguagem e ação se encontre ali, em cada linha percorrida pelos olhos e vivida pela imaginação.
Opine | Você leu o livro “O Marido perfeito mora ao lado”, de Felipe Pena? Concorda com a análise da Juliane Moura? Envie sua opinião para redacaolona@gmail.com Diego H. da Silva/ Lona
Página literária
8
Curitiba, quinta-feira, 6 de maio de 2010
A luta pela
sobrevivência
de uma cultura Buscando preservar a cultura afro-brasileira da Lapa, Ney Ferreira faz duplo expediente para ser “embaixador” e pedreiro Diego Henrique da Silva/ Lona
Naiane Rossini Pedreiro de dia, açougueiro à noite e “embaixador” nas horas vagas. É essa a rotina de Ney Ferreira, presidente do grupo folclórico dos Congados da Lapa. O homem que nunca para já tem uma certa idade, que prefere não revelar por vaidade. Ney é um dos Ferreira, que mantêm a cultura e fazem parte do grupo Congada da Lapa, representante do legado cultural trazido pelos negros escravos da África ao Brasil. Segundo Ney, a apresentação mostra uma guerra simbólica entre os reinos do Congo e de Angola, que na verdade não passa de um mal-entendido que acaba em festa. “São duas tribos, formadas pelo Rei do Congo e a da Rainha Ginga. O rei tem os fidalgos e a rainha, que é representada pelo embaixador, tem os conguinhos. A rainha manda o embaixador para a festa do rei, mesmo sem ser convidada. O rei entende mal a chegada dele com soldados armados, mas a guerra nem chega a acontecer e acabam todos em paz homenageando São Benedito”, conta. O grupo tem 51 integrantes, que sabem desempenhar todas as funções da peça. Desses, 38 são Ferreira. Todos começam cedo como conguinho e depois vão crescendo até se tornarem o rei ou o embaixador. Toda a fala da peça é baseada num caderno escrito a mão, que está na família Ferreira há anos. Esse material chegou à cidade da Lapa por volta de 1820, por intermédio de um gaúcho chamado Zacarias, que não conseguiu implantar a Congada no Rio Grande do Sul porque a comu-
nidade negra de lá era pequena. Com a movimentação dos tropeiros, esse livro chegou às mão dos bisavós de Ney e é guardado até hoje. Na Lapa, a comunidade de negros manteve a Congada viva ao longo dos tempos, porém, por falta de apoio e recursos, o espetáculo foi perdendo força e caindo no esquecimento. Ficou desativado por 17 anos, retornando em 1997. Como não havia recursos, eles encenavam como podiam. Mesmo diante de tantas dificuldades, os Ferreira não desistiram, e em 2004, com o apoio da Petrobras e da ONG Lux, a Congada da Lapa foi totalmente revitalizada. Ganharam roupas novas, joias, armas, equipamentos de som e todo um treinamento que resultou num belo retorno com tudo o que o espetáculo tem direito. Desde então o grupo já se apresentou em várias cidades e Estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Na Lapa, a apresentação no dia 26 de dezembro no Santuário de São Benedito é sagrada. “Em 2008, não teve apresentação por um desentendimento com o pároco e o prefeito. O padre queria que nós diminuíssemos o tempo, mas a apresentação é de no mínimo uma hora”, conta Ney. Segundo o presidente do grupo, o custo para divulgação dessa cultura é grande, pois há gastos com transportes, baterias, roupas e outros itens que integram a peça. “Penso em conversar com alguém da Secretaria da Cultura para patrocinar essas viagens, para fazermos um trabalho junto às escolas. De graça não tem condições”, explica.
Na Lapa, a comunidade de negros manteve a Congada viva ao longo dos tempos, porém, por falta de apoio e recursos, o espetáculo foi perdendo força e caindo no esquecimento
Menu Aline Reis
Um outro lugar... Fica em cartaz até o dia 15 de maio o espetáculo “Espaço Outro”, que é uma peça em que os atores e atrizes interagem o tempo todo com o público. Pensando nessa interação, a Praça Santos Andrade foi o cenário escolhido para o show. Quem quiser conferir a apresentação não irá desembolsar nada, pois é gratuita. O “Espaço Outro” acontece até dia 15 de maio, de terça a sábado, sempre às 16h30.
Música de raiz Quem gosta do estilo sertanejo de ser não pode deixar de conferir hoje, no Teatro do Paiol, a apresentação do grupo Viola Quebrada. Além do grupo, as Irmãs Galvão também vão abrilhantar a festa. O evento se repete na sexta-feira, sempre às 21h. Divulgação/ Blog Ir e Ver
Feminilidade paranaense Ida Hannemann de Campos apresenta produções de arte de mais de 60 anos, entre elas, desenhos e pinturas, cerâmica e tapeçaria. A artista, que tem 88 anos, é uma das mais reconhecidas na arte paranaense. Por isso, vale a pena conferir “Um olhar Feminino”, que está aberto a visitações até 21 de maio, de segunda a sexta, das 9h às 18h, no átrio da Secretaria de Estado da Cultura.
Agenda 2010 do Paço da Liberdade segue agitada Hoje, às 19h a palestra central será “Arte e profissionalismo na era da imagem”. Comporão a mesa Francisco Bosco, escritor, letrista e ensaísta; José Miguel Wisnik, também ensaísta, músico e professor, e Marcelo Mendes Capraro, pesquisador do núcleo de Estudos sobre Futebol e Sociedade. O debate será mediado pelo jornalista Lauro Mesquita. Informações pelo 3234-4221. O custo é de R$ 30 e R$ 15. Divulgação