RIO Á I D do
Curitiba, sexta-feira, 7 de maio de 2010 - Ano XII - Número 553 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo
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História
Pracinhas da FEB comemoram o Dia da Vitória Pág. 5
Começa o
Brasileirão Divulgação
Diego Henrique da Silva/ Lona
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E agora, José
L BRASI
O Campeonato Brasileiro iniciou no fim de semana, e jornalistas esportivos analisam as possibilidades de Coritiba, Atlético Paranaense e Paraná estarem na disputa das sériesA e B.
Divulgação
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O pesquisador e teórico da Comunicação e do Jornalismo José Marques de Melo, um dos mais importantes da América Latina, receberá hoje o título de Doutor Honoris Causa concedido pela Universidade Positivo. A homenagem acontece às 9h30, no auditório do Bloco Azul da UP. Pág. 3
Coluna
Chama o garçom
Nesta semana nossos colunistas indicam o "Clube do Malte", espaço ideal para quem procura um bar diferente e quer aproveitar o fim de semana tomando uma cervejinha. Pág. 6
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Preocupa-me muito o texto da coluna de Política da edição de 6 de maio. Além de ser extremamente superficial e baseado no mais lamentável senso comum, ele difunde um pensamento de generalização e tem alguns trechos que beiram o fascismo. Luiz Felipe Deon, estudante, via 2 twitts (@lfdeon)
Opinião
O fazer jornalístico
Mão de buzina
Willian Bressan
Talita Lima
wbressan@gmail.com
Muito coerente a coluna de Política de hoje! O colunista critica os fatos relacionados à chegada do PT ao poder. Não o PT em si. Willian Bressan, estudante, via twitter (@willbressan).
Fiquei com uma vontade absurda de ler "O clube do filme". Luly [Ana Luiza Garbelini] mandou bem! Ana Elisa Silva, via twitter (@anae_silva), sobre a coluna de cinema de quarta-feira
Expediente Reitor: José Pio Martins. ViceReitor:Arno Antonio Gnoatto; PróReitor de Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitor de Planejamento e Avaliação Institucional: Cosme Damião Massi; Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa e Pró-Reitor de Extensão: Bruno Fernandes; Pró-Reitor de Administração: Arno Antonio Gnoatto; Coordenador do Curso de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Professores-orientadores: Ana Paula Mira e Marcelo Lima; Editores-chefes: Aline Reis (sccpaline@gmail.com), Daniel Castro (castrolona@gmail.com.br) e Diego Henrique da Silva (ediegohenrique@hotmail.com).
Missão do curso de Jornalismo “Formar jornalistas com abrangentes conhecimentos gerais e humanísticos, capacitação técnica, espírito criativo e empreendedor, sólidos princípios éticos e responsabilidade social que contribuam com seu trabalho para o enriquecimento cultural, social, político e econômico da sociedade”. O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo – UP Redação LONA: (41) 3317-3044 Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000
Atenção, atenção aí: responda rapidamente: quantos jornais por dia você lê? Um? Nenhum? Parabéns. Você está dentro das estatísticas dos últimos estudos, que mostram que o jornal perdeu cada vez mais leitores ao longo do tempo. O modo de se fazer jornalismo atualmente é cada vez mais criticado por jornalistas e estudiosos da área. Ricardo Noblat, autor de “A arte de fazer um jornal diário”, diz que os jornalistas se convencionaram a buscar pautas que estão dentro da redação, seja por preguiça ou por não se diferenciarem mais dos demais diários. Na verdade, os profissionais têm sido vítimas da transformação do jornal impresso nas últimas décadas, o que levou a uma mudança não só conceitual do veículo, como também orçamentária. Se antes as redações dispunham de uma equipe vasta de repórteres, hoje eles são reduzidos à metade. A presença massiva de jovens nas redações também é alvo de inúmeras críticas pelos mais experientes jornalistas, que afirmam que, com isso, o jornal se distancia cada vez da grande mudança que deve ocorrer – deixar de ser um veículo que privilegia o “furo”, a informação em primeira mão – para se transformar em uma publicação de análise e maior apuração – o que não acontece ainda, pois o jornal diário está atrelado ao que era no passado. Há um grande preconceito por parte dos mais experientes com quem ainda é sangue novo na redação. Para que haja mudança, é necessário que pessoas novas introduzam ideias, diferentes visões de mundo, e não que se fique atrelado à bagagem de quem já viveu muito. Aqui, vale lembrar, bagagem cultural tem mais a ver com as experiências de cada um do que propriamente com a idade física. O problema é: o leitor é do século XXI, e o jornal do século XIX. A forma de se fazer o texto jornalístico também é discutida por muitos estudiosos da comunicação. O que mais desmotiva os leitores, além do tamanho das publicações, é o jeito que a matéria está escrita. Privilegiam-se os dados, a objetividade, e esquece-se da humanização do texto, de trazer a notícia para perto do leitor. É isso que tem que acontecer: o leitor tem que se reconhecer no jornal que lê, pensar que isso poderia ter acontecido ali na rua debaixo, no mesmo bairro, e, para isso, é necessário que os jornalistas aprendam a fazer algumas perguntas antes de redigir as suas matérias: como isso afeta o meu leitor? Vai mudar alguma coisa? Tenho algum personagem para levar a notícia para o cotidiano? Só assim, creio eu, as vendas de jornal aumentarão e também motivarão mais os recém-graduandos de Comunicação Social a trabalharem no impresso. Falta também o jornalismo histórico, voltado para análise e reflexão de fatos, valendo-se de uma técnica específica do jornalista: a apuração. Como bom profissional, ele é condicionado a buscar, averiguar, checar, esmiuçar a informação antes de levá-la ao seu público. Isso, aliado às teorias da história, contribui para o melhor entendimento dos fatos que aconteceram em outra época. Vale lembrar que o jornalista, na maioria das vezes, é um apaixonado por letras e história, de forma que seria uma excelente ideia desenvolver essa ramificação do jornalismo nos veículos diários impressos, mas isso só poderia acontecer após a mudança – em que o jornal deixe de privilegiar o furo, para buscar reflexão, e um trabalho aprofundado de apuração.
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A buzina é um acessório indispensável em qualquer carro. Homens, mulheres e crianças parecem ter um verdadeiro fetiche por ela. Mas o que importa é que independente de quem esteja ao volante, essa pessoa não vai lembrar que a única função da buzina é alertar. Veja bem, eu disse alertar e não outra coisa. E é essa falta de limite à utilização da buzina que mais irrita nos dias de hoje. O Código Nacional de Trânsito Brasileiro (CNTB) é claro ao dizer que o condutor só pode usar a buzina em duas únicas situações e, ainda assim, desde que seja em toques breves: buzinar é permitido apenas para fazer advertências com a intenção de evitar acidentes e fora da área urbana, ou seja, da cidade, para alertar o outro condutor que ele vai ser ultrapassado. Essas são as únicas situações previstas para a utilização da buzina. Dito isso, vamos analisar fatos do mundo moderno. Fato 1 Você, chega em casa às 3 horas da manhã e descobre que está sem chave, logo você não poderá entrar. Ligar para casa e pedir para alguém abrir o portão é algo que você não pode fazer, afinal imagina acordar sua mamãe e ela ficar sabendo que você chegou àquela hora e sem a chave que ela mesma havia deixado no seu carro. Ela não pode saber que você esqueceu a chave. Logo vem a brilhante ideia de usar a buzina. E, claro, para quê acordar somente sua mãe e o resto da família quando você pode acordar toda a vizinhança? Fato 2 Quando o semáforo abre e você demorar mais que um segundo para arrancar, é brindado com um belo buzinaço, afinal, o sinal já abriu e você está atrapalhando o trânsito, está no meio da rua parado! Eu, sinceramente, acredito que a buzina é uma forma de aliviar o estresse. Sendo assim, alguns motoristas saem às ruas com seus carros com um único objetivo: a busca de um motivo para utilizar o objeto desejado, a buzina. É claro que aí qualquer coisa é motivo para que todo o estresse e agonia sejam descontados com o apertar da buzina, e tenho plena certeza de que para alguns a sensação de apertá-la é melhor do que um orgasmo. Mas é claro! A buzina é um objeto de desejo do ser humano. Tocar a buzina é a realização plena de um desejo... Divulgação
Espaço do Leitor
Curitiba, sexta-feira, 7 de maio de 2010
José
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Curitiba, sexta-feira, 7 de maio de 2010
Em pauta
O que é Honoris Causa? Daniel Castro
Marques de Melo
recebe título de Doutor Honoris Causa da UP Aline Reis O professor José Marques de Melo, pioneiro em pesquisas de comunicação e jornalismo no Brasil, receberá hoje o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Positivo. A entrega acontecerá às 9h30, no auditório do bloco azul da instituição. Trata-se do reconhecimento da comunidade acadêmica ao trabalho do professor, um dos mais importantes pesquisadores da América Latina. O título de Doutor Honoris Causa não é o primeiro que Marques de Melo recebe. Em 2003, foi homenageado pela Universidade Federal de Alagoas; em 2005, pela Universidade Federal da Paraíba. O reconhecimento é grande dentro da comunidade acadêmica, tanto que muitos professores e professoras veem o avanço no estudo do jornalismo por conta da mobilização de Marques de Melo. “Todo ensino e pesquisa em comunicação no Brasil só é como é graças ao José Marques de Melo. Ele foi um dos pioneiros do ensino, mas, mais do que isso, é um articulador. Nos tempos da Ditadura, em 70, ajudou a criar diversas organizações de pesquisa, sobretudo dentro da Igreja, que era a única possibilidade de não ser proibida, e depois disso a Intercom”, lembra o professor de Jornalismo da Universidade Federal do Para-
ná (UFPR) Élson Faxina. A história de Marques de Melo começou em Palmeira dos Índios, cidade no Interior do Estado de Alagoas, a 136 quilômetros de Maceió. O nome da cidade deveu-se a uma lenda que conta a história de um casal de índios no qual Tilixi era apaixonado por Tixiliá, que estava prometida a um cacique de uma tribo diferente. Reza a história que os dois foram assassinados e que, no local onde eles morreram nasceu uma palmeira. Na cidade de lendas, o jovem José Marques de Melo tinha um sonho: ser jornalista. A paixão pelo jornalismo surgi u aos 15 anos, quando ele ganhou alguns prêmios de redação escolar. “Fui até o jornal Gazeta de Alagoas e propus ser correspondente da minha cidade. O editor disse para eu escolher uma pauta e fazer uma matéria e levar para ele. Então, escolhi uma pauta sobre a biblioteca pública municipal, porque em pleno sertão alagoano a única cidade que tinha uma biblioteca era a minha. Então fiz um artigo – hoje, eu diria muito ingênuo e ufanista, mas levei. Entreguei a matéria para o editor, que disse que ia ler e depois me chamava. Nunca me chamou. Mas foi assim que eu me tornei jornalista”, conta. O que marca o currículo
do professor José Marques de Melo é a pesquisa científica sobre o jornalismo e a comunicação. Ele é pioneiro nesse campo e isso aconteceu durante o golpe militar. “Trabalhei no jornal Última Hora, de Samuel Wainer, e foi muito complicado, porque quando houve o golpe militar de 64, a primeira coisa que fizeram foi fechar o jornal e quebrar todo o maquinário, então fiquei sem emprego. Fui para São Paulo e come-
cei a trabalhar como free-lancer, até que fui picado pela mosca-azul da pesquisa”, diz. Para a professora Elza Aparecida de Oliveira Filha, da UP, é uma honra para a instituição receber a visita de um dos fundadores da Intercom. “É importante para universidade conceder o primeiro título da UP para o ele. Isso representa também o reconhecimento da instituição quanto à comunicação. Para nós, é
É um título de honra concedido a uma personalidade pela contribuição dada em áreas do conhecimento acadêmico. Em português, quer dizer “causa nobre”, e pode ser abreviado como h.c. O título é dado a pessoa que não faça parte do corpo docente da instituição que está prestando a homenagem, o que valoriza a importância do homenageado.
uma honra homenagear José Marques de Melo”. Honra que se estende também aos alunos e alunas da universidade, que poderão acompanhar a entrega do título. “Para nós, é muito importante a visita do professor porque isso incentiva a pesquisa dentro da universidade, apesar de não termos muito isso aqui na UP”, salienta a aluna do segundo ano de jornalismo Juliane Moura. Diego Henrique da Silva/ Lona
A Universidade Positivo oferece seu primeiro título de Doutor Honoris Causa para o pesquisador referência em comunicação e jornalismo no Brasil
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Curitiba, sexta-feira, 7 de maio de 2010
Esporte
Campeonato Brasileiro 2010 começa neste final de semana Destaque da rodada fica por conta do confronto entre Flamengo e São Paulo, os dois últimos campeões da competição Miguel Basso Locatelli Depois de cinco meses, o Campeonato Brasileiro está de volta. Assim como no ano passado, 20 equipes estarão na busca pelo título. Atlético Goianiense, Ceará, Guarani e o Vasco da Gama são as equipes que conseguiram o acesso para a primeira divisão. O campeonato começa ama-
nhã, com três partidas; todas serão realizadas às 18h30. No Rio de Janeiro, acontece o duelo entre o campeão carioca, Botafogo, e o campeão paulista, Santos. Em Goiânia, outro duelo de campeões, entre o Atlético-GO e o Grêmio. Já em São Paulo, o Palmeiras recebe o Vitória, no Palestra Itália. Os outros jogos acontecem no domingo, com o principal
jogo da rodada acontecendo às 16h, no Maracanã, em um duelo entre os dois últimos campeões. O Flamengo, motivado pela classificação para as quartasde-final na Libertadores, recebe o São Paulo, que também garantiu vaga nas quartas-de-final da competição internacional. Os outros jogos das 16h são Atlético-MG e Vasco, no Mineirão; no Beira-Rio, o Internacio-
nal recebe o Cruzeiro, em outro grande clássico brasileiro. O Corinthians enfrentará o Atlético-PR no Pacaembu. Os demais jogos serão realizados às 18h30. O Ceará recebe o Fluminense, no Castelão. Outra equipe que subiu para a primeira divisão, o Guarani, vai receber o Goiás, no Brinco de Ouro. O campeão catarinense, Avaí, recebe o Prudente – antigo Baru-
eri -, na Ressacada. A série B também começa neste final de semana. Na noite desta sexta, quatro jogos abrem a competição, sendo que todos serão realizados às 21h. A equipe do ASA recebe a Ponte Preta, a Portuguesa recebe o Vila Nova, no Canindé, o América-MG recebe o Bragantino e o AméricaRN vai ao estádio de Pitaçu enfrentar o Bahia. No sábado, a rodada será completada com cinco jogos às 16h e um jogo às 21h. Nos jogos da tarde, o Brasiliense recebe o Sport, no Serejão. O Coritiba vai até os Aflitos enfrentar o Náutico. A equipe do São Caetano recebe o Figueirense, o vice-campeão paulista, Santo André, enfrenta o Icasa e o Paraná recebe o Ipatinga. À noite, o Guaratinguetá recebe o Duque de Caxias, no Estádio Dário Leite.
Jornalistas esportivos opinam sobre a caminhada das equipes paranaenses Arquivo Pessoal
Aline Reis
Geraldo Bubniak
Monique Vilela
Jairo Silva Jr. Diego Sarza Os campeonatos brasileiros das séries A e B começam amanhã. O Atlético é o único representante do Paraná na elite do futebol brasileiro. Pela Segundona, o Coritiba, depois da conquista do título paranaense, tenta se reerguer na competição nacional; já o Paraná Clube, que terminou o campeonato estadual na quarta colocação, busca fazer uma melhor campanha do que a dos anos anteriores. O LONA entrevistou jornalistas esportivos que convivem no dia a dia dos clubes. Jairo Silva Júnior, repórter da Rádio Difusora; Monique Vilela, repórter da Rádio Mais; e Airton Cordeiro, comentarista da Rádio Transamérica, falaram sobre a expectativa para o rendimento de Atlético, Coritiba e
Paraná Clube no campeonato nacional. ATLÉTICO Os três cronistas são unânimes em dizer que o rubronegro precisa se reforçar para o disputadíssimo Campeonato Brasileiro. “O Atlético tem um time que não é bom, e encontra dificuldades para fazer contratações, pelo menos até esse momento”, afirma Airton Cordeiro. Monique Vilela também acredita que o time não está pronto para o início da competição. “Caso não se reforce, corre o risco de ficar do décimo lugar para baixo”, comenta a repórter. Para Jairo Silva Júnior, o campeonato estadual não serve como parâmetro para a disputa nacional. “O Brasileiro da série A é muito mais competitivo tecnicamente do
Airton Cordeiro que o Paranaense, onde o Atlético já demonstrou certa deficiência”, fala. CORITIBA Vencedor do campeonato regional, o Coritiba entra com moral elevada na segunda divisão do Brasileirão. Airton Cordeiro confia no trabalho desenvolvido pela diretoria do verdão. “O Coritiba está fazendo um trabalho administrativo com a nova diretoria que eu respeito muito e acho que pode dar certo”, afirma o comentarista. Para Jairo Silva Júnior, o Coritiba tem uma equipe bem montada, com jogadores experientes e jovens valores, mas somente isso não é garantia de bom desempenho. “Não basta ter só técnica; é preciso ter raça, coração, aquilo que o Coritiba mostrou na final diante do
Atlético no Paranaense”, explica. Júnior acha que o Coritiba é um dos favoritos ao acesso à primeira divisão. Monique Vilela concorda que o Coxa esteja entre os times que disputarão as quatro primeiras posições, mas acredita que o elenco ainda precisa de reforços. “O time precisa pelo menos de mais uma ou duas contratações”, comenta a repórter. PARANÁ CLUBE Nenhum dos três jornalistas aponta o tricolor com possibilidade de acesso. Pelo contrário, eles assinalam o Paraná como time que vai brigar para não cair. “Temo pelo que pode acontecer com o Paraná Clube na série B e na sequência de sua vida. Os problemas financeiros, a má administração, a troca contínua de elen-
co e o pouco apoio do torcedor me fazem acreditar que o Paraná é candidato a brigar contra o rebaixamento”, afirma Jairo Júnior. Para Monique Vilela, o grande número de reforços talvez não seja suficiente para fazer com que o time vá bem na segunda divisão. Para ela, contratações em menor número de jogadores, porém qualificados, seriam mais interessantes do que muitos jogadores com baixo nível técnico. “Acho que a qualidade deveria se sobrepor à quantidade”, explica. Airton Cordeiro acredita que o Paraná Clube está encolhendo cada vez mais e se afundando em problemas financeiros. “Não tenho esperança de que ele volte esse ano”, dispara o comentarista. (Com a colaboração de Juliane Moura.)
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Curitiba, sexta-feira, 7 de maio de 2010 Monique Cristine Silva
VITÓRIA Evento homenageia os heróis que lutaram pelo Brasil na Segunda Guerra Mundial Monique Cristine da Silva Acontece hoje, na Praça do Expedicionário, a comemoração antecipada do 65º Aniversário da Vitória Aliada na II Guerra Mundial. A solenidade será às 10 horas. Haverá entrega de medalhas, discursos, execução do Hino Nacional, e contará com a presença de ex-combatentes. O evento foi antecipado, pois é amanhã, dia 8 de maio, a data comemorativa do Dia da Vitória em todo o mundo. Há 65 anos, acontecia a rendição das tropas nazi-fascistas na Itália, país em que lutaram os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB). O Brasil, então governado por Getulio Vargas, marcou presença na Segunda Guerra no dia 2 de julho de 1944, quando o primeiro escalão da FEB embarcou para a Itália. A campanha foi curta, durou 11 meses. Foram 25.334 brasileiros recrutados e, ao final, 451 mortos, dentre eles, 29 paranaenses. Apoiados, ou “empurra-
dos” pelos Estados Unidos, os praçcinhas, como ficaram conhecidos os soldados brasileiros, tiveram sucesso em 20 missões contra os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), sendo a tomada de Monte Castelo a mais famosa, a batalha de Montese a mais violenta e posteriormente a conquista de Fornovo. As razões da entrada do Brasil na Segunda Guerra são até hoje discutidas e podem ser entendidas mais pelo ponto de vista político do que militar. Aliás, militarmente o país não tinha as mínimas condições. Em 1942, quando o presidente Getúlio declarou que
as forças brasileiras seriam treinadas para a guerra, o Brasil não tinha aviões, a marinha não tinha navios e o exército contava com apenas 9 mil homens sem nenhum treinamento de guerra. Foi preciso que membros do exército americano viessem treinar os brasileiros, que em sua maioria eram agricultores e não conheciam armas ou técnicas de combate. Uma campanha incentivava o recrutamento da população brasileira. Os Es-
tados Unidos decidiram dar aproximadamente US$ 100 mensais a cada um que decidisse entrar para a FEB, dinheiro que para a maioria representava muito. Em pouco tempo, cerca de 25 mil pessoas teriam que se transfor-
mar em soldados, aprender a manusear armas, equipamentos e lutar. No Paraná, 15 expedicionários estão vivos e alguns se reúnem no Museu do Expedicionário às quartas-feiras. Fazem parte de um grupo chamado Legião dos Expedicionários. O evento que acontece hoje homenageia estes senhores e todos os combatentes das Forças Expedicionárias Brasileiras.
Monique Cristine Silva
O Dia da
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Curitiba, sexta-feira, 7 de maio de 2010
Fernando de Castro e Luiz Felipe Marques
Danilo Georgete Escreve semanalmente, às sextas-feiras, sobre esporte danilo_georgete@hotmail.com
Escrevem semanalmente sobre bares; sempre às sextas-feiras castrohand@hotmail.com | lfmarques@gmail.com
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Esporte
A voz do povo é a voz de Deus? Para o Dunga não!
Chama o Garçom
Harmonia Clube do Malte mostra como a combinação perfeita entre gastronomia e cerveja pode conquistar quem tem bom paladar Essa é a proposta do Clube do Malte: harmonia. Esse ingrediente crucial em qualquer empreendimento é a proposta para o sucesso do local. A harmonia entre gastronomia e cerveja, restaurante e bar, faz do estabelecimento um ponto agradável tanto para tradicional cervejinha com os amigos, quanto para um jantar com a namorada (desde que ela goste do “néctar”, claro). Aliás, dizer cervejinha nesse caso pode parecer até heresia, pois a casa é voltada inteiramente para a bebida, tendo mais de 150 rótulos de cervejas nacionais e importadas, seis tipos de chope e um cardápio sofisticado e apetitoso. Entre as boas pedidas da casa estão as nacionais e já conhecidas Baden Baden, Colorado, Eisenbahn e Devassa, já no rol internacional, destacam-se a Coopers, a Brooklyn e a Meantime. O leitor deve estar ponderando que para tomar uma cerveja boa e diferente existem diversas opções na cidade, mas é aí que entra o supracitado ponto forte do local: a harmonização. Pois é, aqueles acostumados a entrar no boteco e pedir sua cerveja já com intimidade de apelidos (tanto com a bebida, que pode ser a bera, breja e cerva, quanto com o garçom, por sua vez mestre, doutor ou chefia), pode achar frescura esse negócio de uma cerveja premium que combina com um prato tal. Mas é justamente aí que bares/restaurantes como o Clube do Malte ganham valor. É uma opção diferente do tomar a cervejinha no copo americano de um gole só e pedir a porção que mais vai matar a
fome – prática a qual é considerada louvável. É algo com mais requinte, uma oportunidade de conhecer variedades e experimentar novos sabores, que, claro, também têm preço consideravelmente mais alto que dos bares de todo dia. Só que, com sete dias numa semana, quatro semanas num mês, 12 meses pelo ano e alguns destes pela vida, a diversificação de estabelecimentos e de seus tipos é, pelo menos, desejável. E realmente é algo diferente. Experimentar, por exemplo, os sabores da Costeleta de Porco com Molho Smoke Beer (muitíssimo bem) acompanhada de uma Fuller’s Indian Pale Ale (aos ainda não apresentados, uma excelente cerveja inglesa) é algo mais do que indicado. E quem ainda está começando pelos caminhos das cervejas, não precisa imaginar qual aperitivo, queijo, sanduíche, prato ou sobremesa cai bem com qual rótulo ou tipo da bebida. No cardápio de comidas (sim, existe outro apenas para as cervejas) já tem tudo descrito, indicando a abençoada cerveja que lhe fará companhia naquele dia. Numa ótima sacada do Clube, são disponibilizados os cardápios, cervejas, fotos e souvenirs em seu site: www.clubedomalte.com.br. Para facilitar, os horários de funcionamento, você já encontra aqui mesmo: é de segunda a quinta, das 9h30 às 23h30: às sextas, das 9h30 à 1h30; e aos sábados, das 16h30 à 1h30.
A cada período de quatro anos, às vésperas de sair a lista dos selecionáveis brasileiros para a Copa, a história se repete, só os personagens mudam. Perto da Copa de 70, o presidente Médici “pedia” o atacante Dadá, do Atlético-MG, na seleção. O técnico João Saldanha rebateu o pedido e exclamou: “O presidente escala o ministério e eu a seleção!”. Em plena ditadura, o comunista Saldanha caiu, dando lugar a Zagallo, que sem remediar levou Dadá para a Copa do México. No último mundial conquistado pelo Brasil, houve um grande apelo para que o baixinho Romário fizesse parte da “família Scolari”, mas o gaúcho Felipão não se rendeu ao povo e deixou o herói do Tetra fora do Penta. Perto da convocação do técnico Dunga, o povo clama pelos novos meninos do Santos no grupo canarinho. Outdoors, músicas e até no carro no carro do piloto Giuliano Losaco, da Stock Car, aparece o pedido: “Dunga, convoca o Neymar!”. A nova joia do futebol brasileiro está voando, jogando muito mais do que pré-convocados como o “Imperador” Adriano. Tudo bem que o garoto não tem experiência e se joga demasiadamente em campo, mas quando pega na bola e parte para cima dos zagueiros, nos remete ao velho esporte bretão alegre e empolgante. Já o pedido para que Ganso esteja na seleção é mais humilde, mas ele é quem mais merece vestir a amarelinha na África do Sul. O Paulo Henrique Ganso é um camisa 10 à moda antiga, clássico e inteligente, que aos 20 anos de idade é o cérebro da equipe mais badalada no futebol brasileiro, além de não sentir o peso de vestir a camisa que já foi de Pelé. Bravo e turrão, Dunga está cada vez mais parecido com o Zangado. Dificilmente, o capitão de 94 se renderá aos encantos do futebol-arte praticado pelos jovens. Os meninos podem entrar na galeria de jogadores do povo que não foram para a equipe, que em tese é feita para o povo, assim como aconteceu com Falcão e Rivaldo, respectivamente em 1978 e 1994. Deixar Ganso e Neymar fora da Copa é um pecado. Mas hoje, na seleção, a voz do povo não vale nada e a do Dunga é lei! Divulgação
7 Maria Carolina Lippi/ Lona
Curitiba, sexta-feira, 7 de maio de 2010
Perfil
Cultura que se encontra pelos
corredores da universidade
Maria Carolina Lippi Uma pequena sala na Pós-Graduação guarda o que se tem de mais cultural na Universidade Positivo. A Coordenadoria de Cultura da UP é pouco conhecida pelos alunos do câmpus, mas o trabalho de Alessandra Stella Tulio vem trazendo resultados. Alessandra é a responsável por trazer música, pintura, cinema e palestra a toda universidade e comunidade. A Coordenadoria foi criada no ano de 2005, e teve como primeiro projeto o Domingo no Câmpus, recitais de música erudita aos domingos, às 11h da manhã. Ao longo de todos esses anos surgiram outros programas, como o Grandes Encontros, Cine Debate, Coral da Universidade Positivo, Jazz e MPB no Câmpus, entre outros. A coordenadora assumiu o posto em 2006. Ela, que se formou em Administração de Empresas na instituição naquele mesmo ano, já trabalhava na área administrativa desde a graduação e foi convidada para assumir o posto. “Foi um desafio, porque quando entrei era para coordenar o Domingo no Câmpus. É um projeto de música erudita, então, as pessoas que vêm ao concerto conhecem bem a música. Deve ser feito tudo com muito cuidado”. Apesar de não ser da área, ela estuda sobre arte e música, além de ter recebido grande influência dos pais. De família italiana, seu avô
passou para seu pai o gosto por música clássica. “O Nono sempre contava para o meu pai sobre o que ele viveu e isso foi passando para a família”. Sua infância foi marcada pela arte e isso a influencia muito no trabalho de hoje. “Tive interesse desde criança por arte, por visitar exposições, por música, principalmente música erudita. Gosto de aprender e estudar porque o autor escreveu aquilo, em que época, a relação com a pintura.” A música faz Alessandra lembrar em meio a risos do pai. “Quando era pequena, lembrome dele ouvindo ópera e chorando com ‘Os Três Tenores’”. E não só a música. O teatro marcou de forma inusitada a infância e juventude da coordenadora. “Quando estudava, tinha teatro no colégio e eu sempre participava. Teve uma peça sobre o Dia do Trabalho e eu fiz um papel de médica. E na hora em que eu precisei falar me deu um branco que nunca mais esqueci. Lembro até da roupa que eu usava”. Toda essa paixão pela cultura que Alessandra demonstra também está criando laços entre os alunos, funcionários e a comunidade. O público que assiste às apresentações cresce a cada novo recital ou apresentação. O número de pessoas da comunidade que prestigiam os trabalhos é o que chama mais atenção. “Na última apresentação de jazz e MPB, que foi tributo a Tom Jobim, vieram muitas pessoas da comunidade e das empresas do Grupo Positivo”. Porém, ela vê que o número de apreciadores pode aumentar se houver maior comunicação entre os alunos. “Falta ainda isso chegar aos alunos. Falta um estudante que possa servir de ponte, que chegue aos colegas e fale sobre os nossos projetos e que vale a pena participar”. Para que esse trabalho chegue aos espectadores, o dia a dia de Alessandra é movimentado.
“Tive interesse desde criança por arte, por visitar exposições, por música, principalmente música erudita. Gosto de aprender e estudar por que o autor escreveu aquilo, em que época, a relação com a pintura...” Alessandra Stella Tulio, coordenadora de Cultura da Universidade Positivo “É dinâmico. Eu tenho que analisar os projetos, ligar para os convidados, ver o que está pendente. E todo ano estamos criando novos projetos”. O trabalho também ocorre nos finais de semana e à noite. Ela, que é casada e tem um filho de cinco meses, tenta conciliar os horários para cuidar da família. “Quando há eventos à noite faço horário diferenciado. Tenho que estar aqui para aten-
der os convidados e ver se tudo está correndo bem”. Ela também consegue trazer a família ao trabalho para apreciar as apresentações. “Sempre trago minha mãe e meu pai. Meu pai viu a apresentação de ‘O Barbeiro de Sevilha’ e achou lindo. Meu marido sempre que pode também participa”. Alessandra vê a cultura como complemento da formação dos alunos da universidade e considera algo essencial a
vida de qualquer pessoa. “O profissional não pode ter só o conhecimento técnico. Ele precisa conhecer outras áreas. Participar de grupos de leitura, ouvir palestras e recitais. Isso é importante para todos”. Opine | Já foi a exposições e eventos culturais da Universidade Positivo? Se foi, de que mais gostou? Envie comentários para redacaolona@ gmail.com. Maria Carolina Lippi/ Lona
Alessandra Stella Tulio é coordenadora de Cultura da UP. Leva música e arte a todos os alunos e à comunidade
Recitais e outras apresentações acontecem o ano todo na universidade
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Curitiba, sexta-feira, 7 de maio de 2010
Cultura
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Evento mostra a importância de se discutir futebol e política Anteontem, o Agenda 2010: Futebol e Política, evento promovido pelo SESC, no Paço da Liberdade, discutiu a abordagem política e sociológica da imprensa ao longo da história das Copas e das eleições. No ano de 1970, o Brasil foi tricampeão mundial numa época em que a Ditadura Militar marcava presença no cenário nacional. Assassinatos e tortura de opositores políticos passaram a ser comuns. Porém, a cada vitória da seleção de 70, o povo parecia vibrar a tal ponto, que passava a legitimar o regime, enquanto o general Emílio Garrastazu Médici fazia embaixadinhas na TV. “Na ditadura houve uma apropriação do futebol como um fenômeno de massas para avalizar um governo que era totalmente impopular”, afirma o jornalista, escritor e debatedor Leandro Fortes. No calendário de 2010, pode-se fazer a ligação entre
política e futebol por fatores que são relevantes para ambos. No cenário político nacional, ocorre uma polarização entre PT e PSDB, que domina todo período pré-eleitoral. Essa polarização se assemelha a duas torcidas de futebol, como se a disputa fosse igual à briga por uma taça. O que tende a fortalecer ainda mais esses traços são as coberturas dadas pela imprensa. Não exite no Brasil uma cobertura crítica, tanto política quanto esportiva. Os meios de comunicação no Brasil adotam, ainda que não explicitamente, um candidato específico e montam suas pautas exatamente como são montadas as coberturas esportivas de Copa do Mundo. Segundo Fortes, essas semelhanças entre as coberturas se agravam ainda mais em ano de Copa. “Não se tem uma imprensa que fale mal da seleção brasileira. Todos ficam lembrando
A banda do Zé pretinho chegou
como os jogadores brasileiros são os melhores do mundo. E tais características, até mesmo de forma primária, são identificadas também em pleito eleitoral”, declara. As semelhanças também são observadas no mecanismo de disputa. Tanto as eleições, como a Copa, marcam o fim e o início de um ciclo, que é definido pelo resultado das disputas. Para Rodrigo Merheb, curador do projeto, essas semelhanças vão além. “A disputa presidencial e dos demais cargos em um pleito eleitoral replicam os embates emocionais de um jogo com estratégias, dramas e, por fim, o confronto direto nos debates. Impedidos de decretarem vitória, os protagonistas transferem para o público a responsabilidade da decisão, o que, paradoxalmente, confere ao ritual o mesmo grau de imprevisibilidade de uma partida. Não basta jogar melhor, é preciso que não esbarre numa das inúmeras variáveis entre o meio campo e o gol, entre o discurso e a urna”, explica Merheb.
Jorge Ben Jor volta a Curitiba trazendo o melhor do seu repertório. O show, que contará com sucessos como Taj Mahal, Fio Maravilha e País Tropical, acontece amanhã no Curitiba Master Hall. Os portões abrem às 21h00. Os ingressos podem ser adquiridos pelo Disk Ingressos, e custam R$ 103. A meia-entrada custa R$ 53. O Curitiba Master Hall fica na Rua Itajuba, n°143, Portão. Divulgação
Direto da Austrália A banda The Australian Bee Gees estará fazendo um único show neste sábado, no Teatro Guaíra. Neste ano, o grupo é acompanhado pela Orquestra Sinfônica Villa-Lobos. O horário da apresentação é às 21h15. Os ingressos custam entre R$ 44 e R$ 100.
Ele está de volta Os fãs do cinema de terror podem comemorar. Hoje estreia uma nova versão de “A Hora do Pesadelo”, clássico de 1984 que fez a fama do personagem Freddy Kruger, famoso por aterrorizar os sonhos das suas vítimas. O filme, dirigido por Samuel Bayer, será exibido nas principais salas de cinema de Curitiba.
Curitiba 12 horas
Diego Henrique da Silva/ Lona
Marcos Felipe Monteiro Danilo Georgete
Daniel Castro e Maria Carolina Lippi
Amanhã, o Parque do Semeador, no Bairro Novo, e o Parque dos Peladeiros, no Cajuru, receberão 12 horas de atividades culturais. Acontecerão apresentações de teatro, exposições de artes visuais e shows de música. A banda Relespública fará o seu último show antes de um período de férias, quando seus integrantes se dedicarão a projetos paralelos. O evento também contará com a participação dos “Mutantes”, que fez sucesso na década de 1970 com a participação de Arnaldo Baptista e Rita Lee. A banda ficou inativa de 1978 a 2006, quando voltou à ativa com uma nova formação. O evento acontecerá das 10h00 às 22h00. O Parque do Semeador fica na R. Des. Carlos Pinheiro Guimarães, no Bairro Novo. O Parque dos Peladeiros fica na Rua Antônio Moreira Lopes, 328, no Cajuru. A entrada é franca.