RIO DIÁ do
Curitiba, quarta-feira, 2 de junho de 2010 - Ano XII - Número 571 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo
Jornalismo da UP é destaque no Sul do país Diego Silva/ LONA
Trabalhos acadêmicos dos estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Positivo têm conseguido alcançar, há alguns anos, destaque em premiações no Estado e na região Sul. Neste ano, não foi diferente. Os alunos da instituição obtiveram na Expocom Sul, exposição voltada para escolas de Comunicação Social do sul do país, seis primeiros lugares – tendo classificado 15 trabalhos na final. Em Curitiba, no Prêmio Sangue Novo, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná para instituições de todo o Estado, foram 16 prêmios. Nos dois eventos, os estudantes da UP foram os mais premiados entre os concorrentes. Páginas 4 e 5
BRASI
L
redacaolona@gmail.com
Marketing esportivo Um debate sobre marketing esportivo promovido pelos alunos da UP discutiu as tendências dessa área do marketing. O evento contou com a presença de representantes dos três clubes de futebol da capital e teve a mediação do jornalista Cristian Toledo. Pág. 3
Semana gastronômica Divulgação
A Restaurant Week, evento que reúne alguns dos principais restaurantes de alta gastronomia de Curitiba, está promovendo opções de almoço e jantar por preços mais acessíveis do que aqueles que os estabelecimentos costumam cobrar. O evento vai até o próximo domingo, e conta com 32 opções de lugares para almoçar e jantar. Pág. 7
Exposição traz fotos do peruano Chambi Pág. 7
2 Expediente Reitor: José Pio Martins. Vice-Reitor: Arno Antonio Gnoatto; Pró-Reitor de Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitor de Planejamento e Avaliação Institucional: Cosme Damião Massi; Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa e Pró-Reitor de Extensão: Bruno Fernandes; Pró-Reitor de Administração: Arno Antonio Gnoatto; Coordenador do Curso de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Professores-orientadores: Ana Paula Mira e Marcelo Lima; Editoreschefes: Aline Reis (sccpaline@ gmail.com), Daniel Castro (castrolona@gmail. com.br) e Diego Henrique da Silva (ediegohenrique@ hotmail.com).
Missão do curso de Jornalismo “Formar jornalistas com abrangentes conhecimentos gerais e humanísticos, capacitação técnica, espírito criativo e empreendedor, sólidos princípios éticos e responsabilidade social que contribuam com seu trabalho para o enriquecimento cultural, social, político e econômico da sociedade”. O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo – UP Redação LONA: (41) 33173044 Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000
Curitiba, quarta-feira, 2 de junho de 2010
Opinião
Outros tempos Nathalia Cavalcanti
Humano, pobre humano...
nathalia.jornal@gmail.com
Aline Reis
Numa conversa com uma pessoa que tenha nascido há pelo menos 50 anos é possível observar que muitas atitudes mudaram. Os jovens daquele período estavam integrados na luta contra um governo autoritário que impunha regras adversas aos ideais daquela geração. A persistência durou 21 anos, deixando para trás uma história de mortes e torturas. O lema era: o povo unido, jamais será vencido! Abaixo a ditadura! Traumas que agora são lembrados como um obstáculo para a conquista do objetivo. Depois de tantos anos, a geração mudou. Vieram novas lutas. Alunos e professores enfrentaram uma cavalaria em prol de melhorias para a classe docente. Greves nas escolas, e lá estavam os jovens para reivindicarem os seus direitos e de seus mestres. Pintar o rosto, nem sempre é para ir a uma festa ou pular o carnaval, também pode ser sinônimo de protesto. Até um impeachment ocorreu, com o apoio dos estudantes.
sccpaline@gmail.com
Mesmo com todo o exemplo de patriotismo, alguns jovens não se dão conta do que acontece no país onde vivem. A preocupação com assuntos sem importância passou a ser mais interessante Outro problema: o novo governo federal propõe privatizações. A população foi às ruas, com o apoio de jovens que não concordavam com a proposta. Mas o governo vendeu algumas estatais. Infelizmente, não é possível vencer em todos os protestos. Mudança de governo, novamente. Esperança renovada. Mas como nem tudo é perfeito... Mais algumas decepções e mais manifestações. A população buscava respostas. E os universitários de Brasília também, depois que a valiosa lixeira do reitor foi descoberta. Poxa, como se não bastasse aparecem os diários secretos. Salvos os jovens que mantêm o propósito de reivindicação daqueles que sofreram e morreram para que um dia fosse possível dizer que o Brasil é um país democrático. Passeatas e manifestações ocorriam mesmo com um governo que ameaçava constantemente. Apesar disso, a juventude não descansava e ia em frente. No entanto, mesmo com todo o exemplo de patriotismo, alguns jovens não se dão conta do que acontece no país onde vivem. A preocupação com assuntos sem importância passou a ser mais interessante. Lembrando o que aconteceu com a estudante que saiu escoltada de uma universidade. O incômodo dos estudantes foi o vestido da moça. Realmente, protestaram, mas o motivo fez jus à manifestação? Estranho assistir a essas situações. Parece que pessoas que tomam atitudes como essas se preocupam mais com futilidades e se revoltam com motivos que não são do seu real interesse. Sem contar o que aconteceu em Brasília há alguns anos, quando um grupo de jovens de classe média alta lançou fogo em um índio que estava dormindo em um banco. No Rio de Janeiro, uma empregada doméstica foi a vítima. Eram apenas crianças, segundo o pai de um deles. Pobres rapazes estavam apenas brincando... Mas, será que criança de verdade faz esse tipo de brincadeira? Desculpas à parte, é lamentável que existam ações como essas. Exemplos como esses, infelizmente, só fazem com que se torne frequente a generalização. Como também são jovens, acabam fazendo com que aqueles que buscam o diferencial sejam confundidos com eles, denegrindo assim os que realmente já foram chamados de futuro do país.
“Deus quis assim”, disse outro dia uma mulher quando viu seu filho morto. Vi isso num programa desses sensacionalistas. Pus-me então a refletir: que tipo de Deus cria uma pessoa para depois matá-la? A culpa não é de Deus. Pelo menos não toda. Isso é uma velha defesa humana. Colocar a culpa ou a esperança em alguém, nesse caso, Deus. A imprudência no trânsito matou o jovem. Imprudência que é uma característica humana, e não divina. O “Deus quis”, “Se Deus quiser”, “Deus abençoe”. Quanta fragilidade humana. O humano deposita sua confiança em deuses, em pessoas, em objetos, em empregos que pagam bem, em diploma de curso superior... Para quê? O humano deveria depositar sua confiança em si mesmo. As pessoas mudam o mundo e transformam as coisas. Os heróis nada mais são pessoas que as outras pessoas colocaram num pilar como se fossem deuses. Os líderes, por sua vez, são pessoas que despertam nas outras pessoas vontade de mudar, despertam nelas a confiança em si mesmo e no seu poder transformador. Pode parecer meio autoajuda isso aqui, mas não é. Quantas vezes eu e vocês, minha gente, não colocamos a culpa nos outros? O humano adora se eximir de suas responsabilidades. “O meu trabalho está ruim, mas o dela está pior”, dizem uns. Exima-se das responsabilidades. Critique a palhaçada na Assembleia Legislativa e não se articule na política. Diga que são um absurdo as ocupações de terra do MST e permaneça estagnado com a falta de condições dos outros. Fale mal de tudo. Da escola, do sistema, das pessoas e até deste texto. Mande uma reclamação para editoria deste impresso dizendo que tudo isso é uma grande bobagem. Critique os que não têm autocrítica... Isso não fará diferença se você continuar culpando os outros pelos teus fracassos, pelas tuas tristezas... Mas não se preocupe. Como você, existem muitos outros zé-niguéns espalhados por aí.
Diga que são um absurdo as ocupações de terra do MST e permaneça estagnado com a falta de condições dos outros. Fale mal de tudo. Da escola, do sistema, das pessoas e até deste texto Rogue ao Deus onipotente e onipresente para que ele nos mostre o caminho. “Deus escreve certo em linhas tortas”, dizem os fiéis. Deus precisa fazer caligrafia, então. A fragilidade que temos nos faz dizer também isso. A fraqueza, que é uma palavra abominada por nós, humanos, é justamente o que nos faz humanos. Você ficará puto, e se sentirá ultrajado quando ler isso. Dirá que eu sou uma idiota. Sou mesmo. Coloco minhas esperanças numa revolução que sei que não vai acontecer. Coloco minhas esperanças em algumas pessoas que são influentes. Coloco minhas esperanças no Kaká, quando o Messi também vai à Copa. A crítica e a autocrítica são conselhos que recebi hoje... Mas fazer o quê, diante disso tudo, se Deus quis assim?
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Curitiba, quarta-feira, 2 de junho de 2010
Chambi, Geral
poeta da luz
Paula Jordana Silka Luz, foto e click! A escolha perfeita da luz, a composição e os enquadramentos exatos eram as características do fotógrafo Martin Chambi, que também ficou conhecido como o “poeta da luz”, por criar sua própria linguagem através das fotografias. Chambi nasceu em Coasa, no Peru (1891). Era um artista com raízes indígenas e foi o primeiro a fotografar seu povo, visto através de seus próprios olhos. Foi também apontado como o primeiro a registrar Machu Picchu e, a partir disso, entrou mundialmente para a história como fotojornalista. O artista deixou cerca de 30 mil negativos que foram catalogados seis anos após sua morte (1973). Seu filho Victor Chambi e o fotógrafo americano Edward Ranney deram continuidade ao seu trabalho levando seu acervo para uma exposição em Nova Iorque. A partir de então vieram a consagração e o reconhecimento de Chambi. O fotógrafo tinha o propósito de demonstrar através de suas fotos a cultura do povo indígena, tirando o senso comum de que os índios não são civilizados, que são inferiores intelectualmente e artisticamente quando comparados aos brancos e europeus. Em uma declaração de Chambi, de 1936, ele afirma: “Eu sinto que sou um representante de minha raça, meu povo fala
através de minhas fotografias”. A Exposição de Martin Chambi - O poeta da Luz está no Museu Oscar Niemeyer até 26 de junho. “As fotografias de Chambi podem ser apreciadas e podemos imaginar que palavras poderiam ter passado em sua mente ao captar as imagens de forma tão sensível”, diz Paulino Viapiana, presidente da Fundação Cultural de Curitiba. Segundo seu neto Teo Allain Chambi, as fotografias de Chambi contribuíram e despertam o interesse de todas as pessoas, pois marcam um feito na construção de novos pensamentos das gerações seguintes a ele. “Ele soube resgatar os índios do esquecimento e do abuso. Graças a seus retratos de campo e estúdio, mostrou uma raça vigorante, humilhada, no entanto jamais vencida”. Teo conta ainda que seu avô deixou um registro de imagens enormes que continuam sendo estudadas e analisadas. O artista utiliza a luz em suas fotografias de forma “dramática”, apesar de a maioria das suas fotos serem documentais. Para Thiago Moura, bacharel em Artes Visuais, Chambi remete às obras de Rembrandt e Caravaggio. “Esses artistas viveram no período Barroco, que era caracterizado pela dramatização da cena e das sombras, em oposição à Renascença em que tudo era claro e cheio de luz”, esclarece Moura. Arquivo Teo Allain Chambi
Chambi foi o primeiro a fotografar sua raça com um olhar pós-colonial
Divulgação
Discussão
UP promove debate sobre marketing esportivo Sidney da Silva
O “poeta da luz” retratou a vida do povo indígena peruano, no período de grandes transformações econômicas e exploração do ouro
A denominação de poeta da luz, segundo Moura, baseia-se apenas em licença poética, e traz um viés mais artístico às fotos documentais de Chambi. O fotojornalista latino-americano se tornou efetivamente um símbolo de seu país, transformando a voz do povo e revelando a realidade da cultura indígena. “Um dia Chambi será reconhecido como um dos mais coerentes e profundos criadores fotógrafos que o século já teve”, aprofunda Edward Ranney em reflexão sobre o trabalho de Chambi. Para quem gosta de fotojornalismo vale a pena conferir a exposição desse fotojornalista. As obras do “Poeta da Luz” estão no Museu Oscar Niemeyer até 26 de junho,de terça a domingo, das 10h às 18h. A entrada custa R$ 4,00 inteira e R$2,00 a meia. Chamada de capa: O Museu Oscar Niemeyer está recebendo a exposição Matin Chambi – O Poeta da Luz, fotógrafo de cultura indígena teve seu reconhecimento por ser o primeiro a fotografar seu povo e registrar Machu Picchu.
A Universidade Positivo promoveu anteontem à noite o primeiro ciclo de debates mercadológicos “Marketing no futebol”. O evento, que foi organizado por alunos e pelo curso de Marketing da Universidade Positivo, contou com representantes do três times da capital: Roberto Pinto Júnior, Paulo César Verardi e Waldomiro Gayer Neto, do Coritiba, Atlético e Paraná, respectivamente. O debate contou com um público de cerca de 300 pessoas e foi mediado pelo jornalista Cristian Toledo. Dentre vários assuntos tratados, os convidados destacaram as principais estratégias de marketing adotadas em seus clubes, prospecção de mercado e a importância dos torcedores no processo de desenvolvimento dos clubes de futebol. Segundo os participantes, o marketing está cada vez mais relacionado ao futebol, e “tudo depende da bola na rede”, como afirma o diretor de marketing do Coritiba, Roberto Pinto Júnior. Waldomiro Gayer Neto, vice-presidente de finanças do Paraná Clube, vai além e diz que o êxito no marketing é altamente proporcional ao rendimento da equipe dentro de campo. Como exemplo, Gayer cita o desempenho do time do Paraná Clube em 2006, quando a equipe fez uma excelente campanha no campeonato nacional, culminando com a conquista do 5° lugar e a vaga na Copa Libertadores da Amé-
rica do ano seguinte. Segundo o dirigente, este acontecimento contribuiu para que os torcedores contribuíssem para reestruturação da Vila Capanema, o que gerou uma arrecadação de R$ 4 milhões, enfatizando que, neste caso, o clube só gastou R$ 450, referente à impressão de cartazes e propaganda. Eles debateram ainda as disparidades em relação às cotas de televisão, que são muito baixas no Paraná quando comparadas às dos times do “Eixo Rio-São Paulo”. Segundo o diretor de marketing do Atlético Paranaense, Paulo César Verardi, os times do Estado não conseguem barganhar, estão com suas marcas desvalorizadas e se não houver uma grande conscientização dos torcedores esta disparidade tende a aumentar. Para combater isto, todos concordam que é necessária uma maior associação por parte dos torcedores dos times da capital, já que a bilheteria é uma das principais fontes de receita dos clubes brasileiros. Citam ainda o exemplo do Internacional, que possui mais de 100 mil sócios, o que faz com que o time gaúcho tenha uma renda fixa independente da cota de televisão. Medidas como esta ajudam a diminuir esta diferença das cotas de TV, auxiliando para que os clubes do Estado possam disputar títulos em “igualdades de condições” com os times de outros centros, conseguindo desta forma uma maior penetração do clube no mercado, de maneira a angariar novos torcedores, obter uma maior valorização da marca e assim atrair investidores para o fortalecimento do futebol.
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Curitiba, quarta-feira, 2 de junho de 2010 Diego H. Silva/ LONA
Prêmios
Reconhecimento
Marie-Claire e Gabriel Hamilko
Trabalhos de alunos da UP são destaques no Sul do País Reconhecimento fora do âmbito acadêmico. Participações e premiações como as do Intercom, por meio das divisões Expocom e Intercom Júnior, e do Prêmio Sangue Novo, oferecido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, têm sido frequentes no curso de Jornalismo da Universidade Positivo. No mês passado, aconteceu em Novo Hamburgo (RS) o congresso da Regional Sul da Intercom. No evento, estavam reunidos estudantes de Comunicação Social de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. O objetivo foi expor trabalhos e premiar os graduandos, em evento paralelo denominado Expocom. A UP foi finalista em 15 categorias e ganhou seis primeiros lugares. Os premiados disputarão a edição nacional do evento, que acontecerá em Caxias do Sul no feriado da semana da pátria, como parte do congresso da Intercom. A UP foi a instituição com maior número de prêmios, seguida pela Universidade Regional de Blumenau (4); Faculdade Internacional de Curitiba (3), Universidade Estadual do Centro-Oeste (3) e PUCPR (3), além de outras instituições (ver tabela na página seguinte). Foram premiados os traba-
lhos: “Teia na Parede” e “Personalidade”, do aluno líder Diego Henrique da Silva, com orientação do professor Emerson Castro; Tela Un, representado pelo aluno Raphael Costa, com orientação de Zaclis Veiga, que também participou do projeto “O olhar”, do aluno Thomas Mayer. Outros premiados foram o livro-reportagem “Preto no Branco”, de Hendryo André, sob orientação de Elza de Oliveira; o “Paliteiro”, de Luísa Barwinski, orientada por Sérgio Czajkowski Jr. A jornalista recém-formada pela UP Luísa Barwinski ressalta a importância do prêmio. “Esse é um dos melhores reconhecimentos que um trabalho pode ter”, diz. A aluna do sétimo período de Jornalismo da UP Eli Antonelli vê a presença dos acadêmicos no congresso como positiva. “É importante pela interação com estudantes e professores de outras instituições. Isso acrescenta muito. E também pela oportunidade de conhecer e trocar experiências assistindo às apresentações dos projetos”. Paraná No Sangue Novo, que aconteceu no último dia 27, no Memorial de Curitiba, reunindo estudantes de Jornalismo de todo o Paraná, os trabalhos apresentados pela UP obtiveram destaque. Considerando o
Diego H. Silva/ LONA
total de prêmios, os alunos ficaram no primeiro lugar geral, com 16 prêmios. Em segundo, ficou a UFPR, com 10 prêmios; em terceiro, com seis prêmios, a Unicentro; em quarto, com três prêmios cada, ficaram a UniBrasil e a PUC-PR (ver lista completa ao lado). Na premiação obtida pela UP, foram quatro primeiros lugares, nove segundos lugares e três terceiros lugares. Trata-se de uma das melhores premiações obtidas pelos alunos da UP no Sangue Novo. A estudante do sétimo período de Jornalismo Renata Andrade teve o trabalho “Que língua é essa?” premiado em primeiro lugar. “É o reconhecimento do mercado. Quem julgou o trabalho tem uma visão diferente. Prêmios pesam no currículo”, explica. Para a professora Zaclis Veiga, que orientou trabalhos premiados tanto para a Expocom Sul quanto para o Sangue Novo, a obtenção de premiações é importante para o currículo e para a formação dos alunos. “O prêmio dá visibilidade ao aluno junto ao mercado de trabalho. No caso do Sangue Novo, é essencial para o currículo porque é uma categoria em que concorrem alunos de todo o Estado. Então, o reconhecimento acaba acontecendo”.
Valquir Aureliano/ Site do Sindijorn PR
Diego H. Silva/ LONA
Karla Dudas e o prof. Emerson Castro Diego H. Silva/ LONA
Dalton Benik,Thiago Noronha e Gláucia Canalli Diego H. Silva/ LONA
Amanda Laynes e João Schonart LONA H. Silva/ Jr. Diego
Katna Baran e Louise Possobom
Flávio FlávioFreitas FreitaseeMarisa MarisaRodrigues Rodrigues
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Curitiba, quarta-feira, 2 de junho de 2010
Vencedores Reportagem Impressa 1º Olhos Embotados de Cimento e Lágrimas|Edison Vitoretti Junior|UEL – 2º ano | Prof. Ossamu Nonaka 2º Alternativa subterranean | Luan Galani| UFPR – 2º ano| Prof. José Carlos Fernandes| 3º Maturana: a biologia do amor Luan Galani e Henrique Kugler UFPR – 2º ano | Prof. José Carlos Fernandes Reportagem para Rádio 1º Basquete para deficientes físicos | Camila Venceslau Meira | UEL – 2º ano | Prof.ª Flávia Lúcia Bazan Bespalhok 2º Reportagem especial “A presença do preconceito étnico no Brasil” | Diego H. da Silva |UP – 2º ano |Prof. Luiz Witiuk 3º Mudando para melhor: o esporte na inclusão social de deficientes físicos | Janaína Assis de Castro Gomes, Luiz Gustavo Ticiane de Oliveira | UEL – 4º ano | Prof.ª Flávia Lúcia Bespalhok Reportagem para Televisão 1º Que Língua é Essa? |Denis Arashiro, Luiz Fellipe Deon, Renata de Andrade | UP – 3º ano | Prof.ª Maria Zaclis Veiga 2º O tráfico em cápsulas | Elisangela Schwantes Cano, Giovana Cirne | UDC – 2º ano | Prof. Luciano Villela 3º Drogas nas Universidades |Adriana Maestrelli, Gabriela Hoff, Ruann Jovinski, Gabriella Oliveira | PUC-PR – 2º ano | Prof.ª Suyanne Tolentino de Souza 3º Esperancinha Mil | Cristiane Brito Santana Alves, Elisabeth Nathale, José Douglas Cardoso, José Luiz de Souza, Wilians Zanchim | Faculdades Maringá – 4º ano | Prof. Emerson Dias
Fotojornalismo 1º Rondon | Alexandre Gasparini | Facinter – 3º ano | Prof.ª Nivea Bona 2º Um olhar sobre o Instituto Andres Kasper| Kadiggia Cher Pudelko | Unibrasil – 3º ano | Prof. Felipe Marinho 3º Abandonados, mas não sozinhos |Juliane Carla de Moura da Costa | UP – 1º ano | Prof.ª Zaclis Veiga Projeto em Telejornalismo 1º Jornal Antenados!|Thaís Cristina Schneider UFPR – 4º ano |Prof.ª Myrian Regina Del Vecchio de Lima 2º Retrato| Camila Valéria de Lima| Uniuv – 4º ano | Prof.ª Ana Cristina Araujo Bostelmam 3º Programa Rural Tour| Carlos Militão, Deummury de Souza, Leandro Navarro, Luiz Carlos Wessler |Univel – 4º ano | Prof. Sérgio Antônio Brum Projeto em radiojornalismo 1º Se liga motorista| Oscar Ariel, Paula Ferronato, Luiz Augusto | Unibrasil – 4º ano | Prof. Paulo Eduardo Cajazeira 2º Um século de glória – Centenário do Coritiba Foot Ball Club Dalton Paraizo Benik, Glaucia Canalli, Thiago Henrique Noronha | UP – 4º ano | Prof. Luiz Witiuk 3º Tons do Brasil | Camila do Rocio Coelho e Carla Abe Vicente | Unicentro – 3º ano | Prof.ª Layse do Nascimento
do Prêmio Sangue Novo 2010
Projeto em Jornalismo Impresso 1º Revista Curitibano’s | MarieClaire Devos | UP – 4º ano | Prof.ª Elza Aparecida de Oliveira Filha 2º Revista Imensidão – Meio Ambiente em Curitiba | Karla Dudas | UP – 4º ano |Prof. Emerson Castro 3º Revista Caras & Caretas| Adriano Ribeiro Machado, Caroline Brand, Eloá Cruz, Gabriel Bozza, Stephanie Ferrari |PUC-PR – 3º ano | Prof. Cícero Antônio Lira da Silva Projeto/Produto Jornalístico Livre 1º Cultura de Postal | Ádlia Chaves Tavares Unicentro – 4º ano | Prof.ª Ariane Carla Pereira 2º Gangorra: Fala jovem! Pois o direito também é nosso | Francielli Campiolo, Scheyla Horst e Suellen Yoshihara | Unicentro – 4º ano | Prof.ª Ariane Carla Pereira 3º BodyCast – Exercitando seus Ouvidos | Tatiana Lisboa Zabot | UP – 4º ano | Prof. Luiz Witiuk Projeto Jornalístico para Internet 1º Nacos de Notícia | Diego Henrique da Silva, Dilair Queiroz, Nathalia Cavalcante, Renata Penka, Aline Reis, Juliana Guerra, Willian Bressan, Gustavo Alberge | UP – 2º ano | Prof. Emerson Castro Firmo da Silva 2º Portal de Notícias: uma proposta de jornalismo digital para União da Vitória e Porto União | Rodrigo Seccon | Uniuv – 4º ano | Prof.ª Ana Cristina Araujo Bostelmam 3º Crítica de Ponta | Cleberson Carlos Facchi e Tuanny Mariano Honesko | UEPG – 2º ano | Prof. Sérgio Gadini Projeto Jornalístico para Assessoria de Imprensa 1º Ballet Coppélia do Brasil | Karin Cristina Clemente e Laryssa Rodrigues Cabreira | Opet – 4º ano | Prof. Tomás Eon Barreiros 2º Assessoria de Comunicação como meio estratégico para o desenvolvimento da cidade de Itararé | Gabriela Janaina Ramos| UP – 4º ano | Prof. Emerson Castro Firmo da Silva 3º Projeto Jornalístico de Assessoria de Comunicação para Empresa Desk Shop | Anny Carolinne Thimoteo Zirmermann | UP – 4º ano |Prof. Emerson Castro Monografia 1º Estudo de Caso: Projeto Ecofalantes da Ilha do Mel | Juliana Vitulskis | UFPR – 4º ano | Prof. Mário Messagi Jr. 2º Inclusão versus exclusão: os efeitos no (novo?) discurso na Folha de Londrina | Suellen Gonçalves Vieira | Unicentro – 4º ano |Prof.ª Ariane Carla Pereira 3º Webjornalismo: A influência do SEO na redação de notícias online | Klaus Junginger | Opet – 4º ano | Prof. Tomás Eon Barreiros Livro Reportagem 1º Sobre livros: um painel contemporâneo da prosa ficcional realizada em Curitiba | Renata Ortega Moritz | UFPR – 4º ano | Prof.ª Myrian Regina Del Vecchio de Lima 2º Fora das Estatísticas – Mais que
Números, História de Vida | Amanda de Souza Laynes e João Pedro Schonarth Junior | UP – 4º ano |Prof. Emerson Castro 2º Preto no Branco – um olhar sobre as ações afirmativas de inclusão do negro na UFPR | Hendryo Anderson André | UP – 4º ano | Prof.ª Elza Aparecida de Oliveira Filha 3º Animais de Rua de Curitiba | Luíza Lenardt Quadrado | UFPR – 4º ano | Prof. João Somma Neto Videodocumentário 1º Agosto | Guilherme Artigas e Marc Sousa | UTP – 4º ano | Prof.ª Ana Lesnovski 2º Cine Horizonte Sai de Cartaz: Um Vídeo-documentário | Caroline Cavilha dos Santos e Carlos Guilherme Viana Bonette | Faculdade Maringá – 4º ano | Prof. Emerson Dias 2º Ráz, dvá, try: Os passos da Ucrânia | Katna Baran e Louise Possobon | UP – 4º ano | Prof.ª Maria Zaclis Veiga Ferreira HU de Maringá: as dificuldades de um hospital-escola | Alana Gazoli | Cesumar – 4º ano |Prof.ª Elaine Guarnieri Relevância Social 1º É hora de meter a colher | Flávio Sebastião de Freitas e Marisa Cristina Rodrigues |UP – 4º ano | Prof.ª Elza Aparecida de Oliveira Filha Telejornal Laboratório 1º TV Comunicação UFPR | 3º e 4º ano Prof. João Somma Neto 2º Telejornal Tela UN | UP – 3º ano | Prof.ª Maria Zaclis Veiga 3º Enfoque Cidadão |Unicentro 1º ano | Prof.ª Ariane Carla Pereira Jornal Laboratório On-line 1º Portal Comunitário | UEPG – 2º, 3º e 4º ano | Profs. Maria Lúcia Becker, Cintia Xavier e Hebe Gonçalves 2º Comunicação Online |UFPR – 3º ano | Profs. José Carlos Fernandes, Mário Messagi Jr., Cleide Luciane Antoniutti e João Somma Neto 3º WebJornal Laboratório ComTexto | Unopar – 3º ano | Prof. Reinaldo César Zanardi Radiojornal Laboratório 1º Radiojornal Frequência Londrina | UEL – 2º ano | Profs. Flávia Lúcia Bazan Bespalhok e Márcia Buzalaf 2º Rádio Co:::unicação | UFPR – 3º ano | Prof.ª Flávia Lúcia Bazan Bespalhok 3º Jornal da Unibrasil | Unibrasil – 2º ano | Prof. Felipe Harmata Marinho Jornal Laboratório 1º Comunicare | PUC-PR – 2º ano | Profs. Zanei Ramos Barcellos, José Carlos Fernandes, Queila Souza 2º Lona | UP – Todos os períodos | Prof. Marcelo Lima O LONA parabeniza todos os finalistas e, em especial, os vencedores do Prêmio Sangue e do Expocom
Categoria Jornalismo
Categoria Produção Editorial e Transdisciplinar
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Curitiba, quarta-feira, 2 de junho de 2010
Willian Bressan
Anna Luiza Garbelini
Escreve sobre televisão, eventualmente, sempre às quartas-feiras wbressan@gmail.com
Escreve quinzenalmente sobre cinema; sempre às quartas-feiras luly_amg@msn.com
Dilvugação
Necessária mudança “Viver a vida” prometia tanto e no final não cumpriu nem 1/3 do que se esperava da primeira novela protagonizada por uma atriz negra As audiências das novelas têm diminuído significativamente ao longo dos últimos cinco anos. O que era um horário de interação familiar, em que todos se reuniam diante do altar doméstico, hoje é destinado às outras mídias, como internet e TV a cabo. Mas de quem será “a culpa”? A diminuição da audiência também foi seguida por uma crise na qualidade dos trabalhos, tanto na questão técnica quanto textual. Além da difícil e lenta renovação de autores do gênero. Quando a crise de criatividade parecia ter desanimado todos os novelistas e noveleiros, surgia, em 2003, “Celebridade”, de Gilberto Braga, que mostrava as aventuras da pérfida “cachorrona” Laura Prudente da Costa (Cláudia Abreu), que encantou os telespectadores e fãs da atriz, para destruir sua arqui-inimiga – de quem se dizia fã – Maria Clara Diniz (Malu Mader). Braga, que estava afastado do horário nobre desde o fracasso de “Pátria Minha” em 1994, trazia um sopro de criatividade com a trama inspirada no filme “A Malvada”, com Betty Davis. A novela a seguir, “Senhora do Destino”, sagrou-se como a novela de maior audiência da década, com médias espantosas de até 60 pontos no Ibope. Maria do Carmo (Susana Vieira) era uma mãe pernambucana radicada no Rio de Janeiro que vivia em busca de sua filha sequestrada, Lindalva/Isabel (Carolina Dieckmann). Nazaré (Renata Sorrah), a vilã, mais uma vez, foi o destaque aqui também. A partir das novelas seguintes, a crise voltou a instaurar-se. “Paraíso Tropical”, do mesmo Gilberto Braga, desta vez escrita juntamente com Ricardo Linhares, era uma típica história de amor – aguada – diga-se de passagem – entre uma atriz mediana como Alessandra Negrini (que não era a primeira opção do autor para o papel) e Fábio Assunção. O “thriller”, de “quem matou Thaís (Alessandra Negrini)?”, seguiu o mesmo desfecho do da
Cinema
O narcotráfico sob outro olhar
Televisão
novela anterior do autor, “Celebridade”. O mau caráter era o culpado. “Caminho das Índias”, ainda mais recente, foi uma volta de Glória Perez às culturas milenares, fato que a consagrou em “O Clone” (2001), mas que a amaldiçoou em “América” (2005). E o que dizer de “Viver a vida”, que acabou sem nunca ter de fato começado? Manoel Carlos, desde que começou a trabalhar com Jayme Monjardim, simplesmente perdeu sua essência, e clássicos como “História de Amor”, “Por Amor” e “Laços de Família” viraram apenas boas recordações. Mas isso é assunto para outra coluna. “Passione”, por sua vez, que acaba de debutar no horário nobre, traz de volta Sílvio de Abreu e Denise Saraceni, a dupla da bem-sucedida “Belíssima” (2005), na qual Fernanda Montenegro era a megera Bia Falcão. A teledramaturgia nacional precisa urgentemente de mudanças. “Viver a vida” prometia tanto e no final não cumpriu nem 1/3 do que se esperava da primeira novela protagonizada por uma atriz negra. “Passione” erra ao explorar o lado dramático excessivo da história. Sílvio de Abreu, que errou a mão com “Rainha da Sucata”, em 1990, ao ter levado comédia demais e drama de menos, comete o inverso: drama demais, comédia de menos. Como dizia Janete Clair, não existe uma fórmula, uma receita para o sucesso, mas existe, sim, uma forma de dosar as emoções. Não adianta “Passione” ter um site totalmente diferenciado e integrado às redes sociais. Precisa-se, urgente, rever o jeito de se contar as histórias, a linguagem e o contexto. Além disso, deve-se retomar a ousadia que norteou Boni, Walter Clack e Daniel Filho, que desatrelaram a televisão do rádio, e criaram uma identidade própria, de fácil identificação nacional. Para conferir o texto completo, acesse: http:// contemporaneoblog.blogspot.com
Sebastián Marroquin tinha apenas 14 anos quando seu pai foi assassinado. É provável que poucas pessoas liguem o nome à verdadeira identidade do garoto, e essa era mesmo a intenção: preservar o nome e a vida do filho de Pablo Escobar, o maior narcotraficante da história. Realizado pelo diretor argentino Nicolás Entel, o documentário “Os Pecados do meu Pai” (2009) tem como eixo principal Juan Pablo Escobar, ou melhor, Sebastián Marroquin, que aceita recontar a história de sua vida com Pablo. Um homem que ao mesmo tempo em que era um ótimo chefe de família e considerado uma versão de Robin Hood por parte dos colombianos, também era responsável por 80% do tráfico de cocaína mundial e pela morte de centenas de pessoas. Tal incoerência também servia para perturbar ainda mais os pensamentos de Marroquin na adolescência, que por mais lembranças ruins que tivesse dos últimos anos de seu pai, não conseguia aceitar a morte do homem carinhoso que o levava para passeios de bicicleta, lia livros para ele e proporcionava todas as fantasia que uma criança podia ter, como uma coleção de karts, viagens a Disney e até mesmo um variado zoológico particular. Por essas e por outras memórias, Sebastían, no calor da emoção, jurou que iria vingar a morte de Pablo. Mas não foi isso que aconteceu. Na verdade, Marroquin traçou um caminho bem diferente. Logo após o assassinato, mudouse com sua mãe e irmã para a Argentina, resolvidos a nunca mais por os pés na Colômbia. Desde então tentaram reconstruir suas vidas livres do impacto que até hoje causa o sobrenome “Escobar”. E aos 32 anos, quando aceita gravar o documentário, Sebastián, já formado em arquitetura e desenho industrial, não é nada daquilo que muitos julgariam inerente ao filho de Pablo. Marroquin é uma pessoa calma, justa e sobre tudo, que deseja a paz. Por essas características, ele se vê no dever de procurar os filhos de Luís Carlos Galán e Rodrigo Lara Bonilla, políticos que, por representarem uma ameaça ao nacotráfico, viraram vítimas de Escobar. O diferencial do documentário, que em breve entrará em cartaz nos cinemas curitibanos e já pode ser visto no Discovery Chanel, é justamente o de não reproduzir com superficialidade ou frieza os dramas causados pelo tráfico nos anos 80. Em 94 minutos, é feita a mágica de reproduzir os sentimentos e mágoas de homens que, assim como Marroquin e os filhos de Lara e Bonilla, também tiveram sua infância cortada ao meio por causa de algo que, além de causar a dependência química, também vicia a economia do país e gera cada vez mais conflitos internos e externos.
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Curitiba, quarta-feira, 2 de junho de 2010
Evento
Pratos de
alta
gastronomia por um preço acessível Primeira edição do Curitiba Restaurante Week reúne 32 restaurantes da alta gastronomia curitibana, que oferecem almoço e jantar por preços fixos e acessíveis Divulgação
frequentadores antigos. Para conhecer a lista completa dos 32 restaurantes participantes do evento em Curitiba, acesse o site: http:/ /www.restaurantweek. com.br Histórico O Restaurant Week é um dos mais importantes eventos gastronômico do mundo. Surgiu há 17 anos em Nova Iorque e hoje acontece em mais de 100 cidades de diversos países. Tudo começou muito simples, com cerca de 90 casas participantes em toda a cidade. O evento teve a duração de uma semana somente, em julho, mas foi sucesso total. No ano seguinte iniciou sua impressionante trajetória. Mais de 100 das principais capitais e grandes cidades do mundo já promoveram o seu Restaurante Week, como Washington, Boston (ambas com entrada, prato principal e sobremesa a 24,07 dólares), Londres e Amsterdã (entrada, prato principal e sobremesa a
24,07 euros). O preço nem sempre é o mesmo. O projeto Brasil Restaurant Week iniciou pela cidade de São Paulo no segundo semestre de 2007, com a participação de 45 restaurantes, arrecadando R$ 6.000,00 para a Fundação Ação Criança, que alimenta diariamente mais de 5000 crianças até sete anos somente na cidade de São Paulo. Posteriormente, foram promovidas duas edições em 2008 e, em 2009, duas em SP, uma em Brasília, uma em Recife e duas no Rio de Janeiro. O Restaurant Week é, comprovadamente, um indutor do turismo, atraindo novos clientes para os restaurantes participantes, sendo que muitas pessoas estão em cidades próximas e visitam as capitais nesse período. Atende também um dos principais objetivos do evento que é a responsabilidade social, arrecadando doações de R$ 1,00 a R$ 2,00 por couvert consumido durante as duas semanas do evento.
O Restaurant Week é um dos mais importantes eventos gastronômico do mundo. Surgiu a 17 anos em Nova Iorque e hoje acontece em mais de 100 cidades de diversos países Filé mignon e cortes nobres de carnes, peixes e aves estão no menu especial Willian Bressan Quem não gosta de comer bem? E, melhor ainda, pagar pouco por esse luxo? O I Curitiba Restaurant Week proporciona isso aos fãs da alta gastronomia. Acontecendo pela primeira vez na capital paranaense, de 24 de maio a 6 de junho, o evento reúne 32 restaurantes que oferecem almoço e jantar por um preço fixo, com refeição completa, incluindo entrada, prato principal e sobremesa. A grande diferença fica mesmo por conta do valor: o almoço sai por R$ 27,50 e o jantar por R$ 39,00. Em Curitiba, o apreciador da boa comida é convidado a doar R$ 1 para a Santa Casa de Misericór-
dia. O evento acontece em vários lugares do mundo e o objetivo é justamente levar a alta gastronomia a um público que não vai com tanta frequência a esse tipo de restaurante. Solange Straube Stecz, diretora da Cinemateca do Paraná, que já participou de outras edições do evento em cidades como São Paulo, aprovou a realização em Curitiba. “É uma iniciativa bem interessante para quem gosta de comer bem, além de movimentar a questão turística da cidade”, afirma. Ana Paula Santos, estudante de jornalismo da UP, também foi conferir o evento e aproveitou para curtir um momento a dois com seu na-
morado. “Aproveitamos para degustar a alta gastronomia oferecida pela cidade a um preço mais acessível e aproveitar a noite juntos”, conta a estudante, que aprova a iniciativa, apesar de considerar não haver muita diferença entre o preço normal do restaurante e o da promoção. Além de proporcionar o acesso aos restaurantes da alta gastronomia, o evento também apresenta novas culinárias, como a mediterrânea e a contemporânea. Com o evento, clientes que vão para conhecer o restaurante tendem a voltar após o primeiro contato. Além disso, também há a fidelização dos
Divulgação
Pratos de alta culinária são oferecidos em um cardápio especial para o evento
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Curitiba, quarta-feira, 2 de junho de 2010
Cultura
Os
ícones
da televisão Natasha Virmond Os apaixonados por cinema e séries sabem que existem vários personagens que chamam a atenção do espectador. Não é raro alguma frase sair das telas da televisão e do cinema para ser incorporada na vida real. Pensando nisso, a revista norte-americana “Entertainment Weekly” criou uma enquete popular no site e descobriu quais os personagens mais lembrados. Essa pesquisa resultou em uma edição comemorativa da revista com os 100 personagens mais lembrados. Com os milhares de personagens criados todos os anos, não são raros aqueles que estão na moda aparecerem nas listas dos mais lembrados do ano. Embora seja fácil detectar esses personagens esporádicos, ainda existem os verdadeiros ícones,
aqueles que, não importa o tempo, serão lembrados como parte importante da televisão e do cinema. E para esses existem os lugares de honra no pódio dos melhores de todos os tempos. Não é muita surpresa encontrar Rachel, da série “Friends”, que narra as vidas de seis amigos de Nova York. Também da “Big Apple”, a escritora Carrie Bradshaw de “Sex and the City”. Alguns nomes de peso, como o bruxinho Harry Potter e Buffy, a caça-vampiros, também figuram essa lista. Mas o título de personagem mais lembrado dos últimos vinte anos ficou com ninguém menos que o pai de Lisa, Bart e Maggie. É Homer Simpson que ganha a glória e fica no topo da lista. Suas frases politicamente incorretas, junto com seu apetite por rosquinhas e o trabalho como
inspetor em uma usina nuclear tornam esse pai do meiooeste dos Estados Unidos um personagem importante na história da televisão e, recentemente, do cinema. Mas para quem imagina que a vida de Homer é tão sem-graça quanto seu emprego se engana. Utilizando como base o modelo de uma sitcom (nome dado aos seriados), Springfield toma vida e engloba muito mais que uma série tradicional, por ser feita em animação. Além dos personagens típicos, como Apu, dono do mercado local, e Moe, o estranho e também incorreto dono do bar da cidade, a série contou com muitas personalidades fazendo aparições. Entre os vários nomes que passaram por Springfield estão Danny DeVito, Sting, Ringo Starr e a banda Red Hot Chili Peppers. Mas personagens de outras séries também passaram pela pequena cidade dos Simpsons. Mulder e Scully, os agentes do FBI de “Arquivo X” também resolveram seus mistérios em Springfield. E, para quem não ficou sabendo, a dedicada e certinha dona de casa Marge Simpson foi convidada e aceitou pousar para a revista Playboy de novembro de 2009, que só teve circulação nos Estados Unidos. E assim a vida continua para a família que nunca envelhece.
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Para quem imagina que a vida de Homer é tão sem graça quanto seu emprego se engana. Utilizando como base o modelo de uma sitcom (nome dado aos seriados), Springfield toma vida e engloba muito mais que uma série tradicional
Menu Rodrigo Cintra
Um clássico sobre o sexo Já no século 14 não havia mais dúvida: sexo também é cultura. Quem duvida pode pesquisar as obras do poeta italiano Giovanni Boccaccio. Autor de um grande número de livros, seu tema preferido era o sexo. Uma de suas mais obras importantes é o "Decamerão". O livro que reúne uma série de novelas sobre paíxões, infidelidade, trapaças e, claro, muito sexo, é a base para o roteiro da peça de mesmo nome que será apresentada neste sábado no Teatro Positivo. Sob a direção de Otávio Muller, o produtor Jô Santana reuniu um elenco de peso para o espetáculo. Entre outros, Maria Paula (Casseta e Planeta), Marcos Oliveira (o Beiçola, de A Grande Família) e George Sauma (o Tatalo, de "Toma Lá Dá Cá) representam vários personagens de época ao som de músicas do ator e compositor Zéu Britto. Quando: Sábado, às 18h Onde:Teatro Positivo (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300, Campo Comprido) Divulgação Quanto: R$ 50
Chávez de perto Famoso por receber grandes exposições internacionais, o Museu Oscar Niemayer é considerado um dos melhores do Paraná. Talvez por isso seja um dos poucos que cobram entrada. Mas no primeiro domingo de cada mês dá para conferir as exposições de graça. Aproveite então para ver as obras da mexicana Cordelita Urueta, considera a "grande dama da arte abstrata do México". Depois de passar por restauração, diversos quadros da artista chegaram ao Brasil numa exposição retrospectiva dos 50 anos da carreira de Cordelita. A exposição mostra como, com o passar do tempo, as figuras foram paulatinamente desaparencedo do trabalho da artista. Quando: Terça a domingo, das 10h às 18h Onde: Museu Oscar Niemayer (R. Marechal Hermes, 999, Centro Cívico) Quanto: R$ 4. Neste domingo: grátis
Retrospectiva Teatral O ator Mauro Zanata, um dos mais conceituados do Paraná, apresenta uma coletânea de histórias reais e fictícias no espetáculo "Obsceno Eu Público" no Teatro José Maria Santos a partir de hoje. As histórias são registros biográficos das décadas de 1970, 1980 e 1990 coletados por meio de entrevistas com diversos profissionais das artes cênicas. O resultado é uma peça que mostra como as relações profissionais, os acontecimentos históricos e as atualizações de saberes e práticas refletem na arte e nos artistas. Quando: Quarta a sábado, às 20h; domingo, às 19h Onde: Teatro José Maria Santos (R. Treze de Maio, 655, Centro) Quanto: R$ 20