Lona - Edição nº 598

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RIO Á I D do

Curitiba, sexta-feira, 28 de setembro de 2010 - Ano XII - Número 598 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo

BRASI

L

redacaolona@gmail.com

Debate de hoje pode definir o novo governador Fotos: Fernando Mad/LONA

Último debate entre os candidatos ao governo do Paraná pode decidir uma disputa acirrada. A expectativa é alta devido ao clima de guerra eleitoral criado pelos dois principais candidatos ao cargo nas últimas semanas. Entre multas e disputas judiciais, Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT) tentam conquistar eleitores indecisos. Pág. 3

Saúde

Literatura

Especialista alerta as futuras mães para a importância da higiene bucal Pág. 4

O escritor Antonio Callado e a discussão do negro na sociedade

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Cultura

As histórias inusitadas do museu do Instituto Médico Legal de Curitiba

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2 Expediente Reitor: José Pio Martins. Vice-Reitor: Arno Antonio Gnoatto; Pró-Reitor de Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitor de Planejamento e Avaliação Institucional: Cosme Damião Massi; PróReitor de Pós-Graduação e Pesquisa e PróReitor de Extensão: Bruno Fernandes; Pró-Reitor de Administração: Arno Antonio Gnoatto; Coordenador do Curso de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Professores-orientadores: Ana Paula Mira e Marcelo Lima; Editoreschefes: Daniel Castro (castrolona@gmail.com), Diego Henrique da Silva (ediegohenrique @hotmail.com) e Nathalia Cavalcante (nathalia. jornal@gmail.com) .

Missão do curso de Jornalismo “Formar jornalistas com abrangentes conhecimentos gerais e humanísticos, capacitação técnica, espírito criativo e empreendedor, sólidos princípios éticos e responsabilidade social que contribuam com seu trabalho para o enriquecimento cultural, social, político e econômico da sociedade”. O LONA é o jornallaboratório diário do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo – UP Redação LONA: (41) 3317-3044 Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000

Curitiba, terça-feira, 28 de setembro de 2010

Opinião

Enredo,

nota...

Atrás dele se esconde o

“vazio”

Giórgia Gschwendtner

Maria Carolina Lippi Scherner

gi_1510@hotmail.com

mariascherner@hotmail.com

Desde o dia 17 de agosto até o dia 30 de setembro são cem minutos diários (menos no domingo, obrigada) da programação televisa e radiofônica, destinada às propagandas políticas. Acrescentando, claro, alguns minutos durante o dia em que são veiculadas algumas propagandas. Assim se espera que seja possível conhecer um pouco mais a respeito dos candidatos e escolher o seu através da propaganda. Há também a possibilidade nas ruas, um pouco mais silenciosa, com os panfletos, bandeiras hasteadas e placas sobre as calçadas. O clima político toma conta das cidades por todo país. Mas parece que ultimamente as propostas dos candidatos, por si só, não andam angariando muitos votos. Alguns estão investindo em rimas com a sua (s) proposta (s) e o número, e também estão usando crianças ou músicas atuais parodiadas. Coitado daqueles candidatos sem muita verba, que precisam se contentar somente com sua imagem e número veiculados, torcendo para conseguir alguma repercussão. Será essa a melhor maneira de escolher um candidato, do tipo: “Ah, vou votar no fulano, porque meu, você viu a música que ele usou e a rima? Certeza, meu voto é dele!”. E as intenções dos candidatos ficam em segundo plano, valendo o grude da propaganda. Não fazendo qualquer tipo de apologia ou sugestão de voto, mas campanhas como: “Não fuja da raia, vote na Gaia”, possuem apenas um slogan e nada mais. Sinceramente, é árdua a tarefa de confiar em um candidato lhe concedendo um voto só o conhecendo por uma frase feita. E o que dizer de um professor que roda a cidade em uma bicicleta e a sua “musiquinha” que se instala na cabeça de todos? Mas melhor deixar cada qual com suas convicções.

Parece que ultimamente as propostas dos candidatos, por si só, não andam angariando muitos votos. Alguns estão investindo em rimas com a sua (s) proposta (s) e o número, e também estão usando crianças ou músicas atuais parodiadas Frente a essas situações não tem por que proibir os humoristas de realizarem o seu trabalho durante as eleições se o próprio eleitorado faz graça em suas campanhas. Enfim, sobre esse assunto alguém já recobrou a sanidade e autorizou o retorno do humor. A única explicação e sentido aceitáveis para a utilização desses artefatos durante as campanhas é a esperança de alguém que chegue na urna, não tenha seu voto definido e lembre: “Ah, tem aquele da música, vai ser ele mesmo”. A intenção pode até ser boa, mas as súplicas dos cidadãos são em prol da democracia. Arrecadar votos é somente o primeiro passo a ser dado, continuar no caminho é direito daquele que realmente tiver condições e interesse em zelar pela população brasileira. P.S: Os candidatos citados foram utilizados de maneira meramente ilustrativa. Quem quiser conhecer mais alguns exemplos coloco em seguida, afinal é público. E obviamente existem outros. Exemplos: Piva, Lindolfo Pires, Ricardo Barros, Tiririca, Professor Galdino e Gaia (esses dois últimos presentes no texto).

A menos de três meses para a data mais importante do comércio, o Natal, a economia se agita a espera de mais um ano de recorde nas vendas e na contratação de funcionários temporários. Os números são animadores para a área. Os dados apontam que as vendas no final deste ano devem ser cerca de 12% maior que no ano de 2009. Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a indústria paranaense espera um crescimento de vinte por cento na produção e os supermercados do estado um aumento entre 9 e 10% no consumo de produtos. Em relação ao trabalho temporário, o comércio é responsável por 70% das vagas e cerca de 30% delas são efetivadas após a data comemorativa, parte delas para jovens entre 18 e 24 anos em busca do primeiro emprego – dados da Associação Brasileira das Empresas do Serviço Terceirizáveis e de Trabalho Temporário

Vive-se na “sociedade do ter e não na sociedade do ser”. O ser humano é reconhecido pelo seu sucesso; sucesso na sociedade pós-moderna é sinônimo de dinheiro; e dinheiro é sinônimo de consumir. (Assertem). Serão 139 mil trabalhadores contratados em todo o país, crescimento de 11% em relação ao ano passado. No Paraná, o número é de 7 mil funcionários, cerca de 5% do total nacional. As expectativas favoráveis são fruto do fim da crise econômica, da economia brasileira permanecer estável e uma pequena baixa na taxa de juros. Porém, até onde isso é benéfico à sociedade? Não se pode negar que o grande número de vendas favorece o crescimento econômico e, consequentemente, faz com que o consumidor possa adquirir mais produtos e outros bens. A roda do país gira para um futuro promissor, ao menos o que se espera continuar com o novo governo no ano que vem, e a população de classes mais baixas começam a se tornar parte deste movimento de consumo. A intenção não é criticar o governo, ao contrário, acredito que houve muitos benefícios ao país nos últimos anos. Entretanto, o cidadão deve tomar cuidado com a “empolgação” de consumo de final de ano. O comércio, com grande apoio da publicidade, incentiva o consumo baseado nas facilidades de compra. O número de “desculpas” é cada vez maior. Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Dia das Crianças, Natal, até início de estação é motivo para se comprar. O liberalismo é outro reforço ao consumismo. Vive-se na “sociedade do ter e não na sociedade do ser”. O ser humano é reconhecido pelo seu sucesso; sucesso na sociedade pós-moderna é sinônimo de dinheiro; e dinheiro é sinônimo de consumir. A essência humana se perde, o termo de Nietzsche chamado “niilismo” nunca foi tão apropriado quanto agora. O “niilismo” se refere a um ser sem princípios, valores, com ausência de sentido, sem um por quê. E este ser se refugia nos meios materiais na tentativa de amenizar o “vazio”. Assim, o homem vai se perdendo e se contentando com a satisfação passageira que necessita sempre ser renovada a fim de alimentar o seu “vazio”.


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Saúde

Debate pode ser decisivo para a disputa pelo Governo do Estado Beto Richa e Osmar Dias protagonizam último debate entre os candidatos ao governo Daniel Castro Hoje acontece o último grande encontro entre os dois principais candidatos ao Governo do Estado, Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT). O debate promovido pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC) fecha a série de encontros entre os postulantes ao cargo. Além dos dois principais participantes, o evento terá a presença de Paulo Salamuni (PV) e Luiz Felipe Bergman (Psol). Os partidos dos quatro candidatos têm representatividade no Congresso Nacional, o que lhes garante o direito de participar do debate. Faltando apenas cinco dias para as eleições, a expectativa é de que o confronto entre Beto Richa e Osmar Dias ganhe mais um capítulo repleto de polêmicas e acusações, seguindo a tendência das últimas semanas. As declarações cada vez mais ásperas e a guerra declarada tiveram início após o apoio formal do senador Alvaro Dias (PSDB) ao irmão Osmar, em detrimento da candidatura do companheiro de partido. A partir daí os ataques cresceram dos dois lados, incluindo um confronto entre cabos eleitorais dos dois candidatos na cidade de Maringá, na sexta-feira. A campanha de Richa apostou em explorar possíveis contradições na aliança entre o candidato pedetista e o postulante ao senado Roberto Requião (PMDB), já que em 2006 os dois trocaram acusações na disputa pelo mesmo Governo do Estado. Osmar usou o próprio Requião para rebater as acusações e

Fotos: Fernando Mad/LONA

O confronto entre Beto Richa e Osmar Dias ganhe mais um capítulo repleto de polêmicas e acusações, seguindo a tendência das últimas semanas criticou o tucano por ter barrado judicialmente a divulgação de três pesquisas eleitorais na semana passada. A última chance de acompanhar o desempenho dos candidatos em um confronto direto pode contribuir para a definição de votos dos indecisos. O estudante André Piasseta Ribeiro confia nessa possibilidade. “Pode ajudar, porque não tenho conhecimento sobre tudo o que pode ser dito. Então, dependendo do que for falado no debate, pode me ajudar a escolher”, afirma. O estudante reclama ainda da falta de divulgação do evento. “Acho que falta uma divulgação forte, eu não sabia que teria o debate, mas agora que fiquei sabendo vou assistir”, diz. O professor de filosofia da Universidade Positivo Pedro Elói Rech acredita que o debate pode decidir a eleição em caso de algum

deslize grave por parte dos candidatos, mas que isso provavelmente não acontecerá. “Não consigo acreditar que alguém perca as estribeiras, até porque a mediadora é experiente, e pode cortar qualquer p r i n c í p i o d e b a t e -b o c a ” , explica. Ele afirma também que a divulgação de uma pesquisa seria mais definidora nesse sentido. “Uma pesquisa que indicasse um crescimento ainda maior do Osmar ou uma consolidação da vitória do Beto seria decisiva”. Para o professor, até três semanas atrás a eleição estava definida a favor de Richa, mas a tomada de posição a favor do irmão por parte de Alvaro, a presença de Lula na campanha do pedetista e problemas internos na coligação tucana foram fundamentais para a subida de Osmar nas pesquisas. Por outro lado, ele acredita que Richa tem mais deputados expressivos atuando em sua campanha.

Tiroteio Jurídico O principal palco do embate político tem sido o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A última multa, no valor de R$ 300 mil, foi aplicada para a chapa de Richa por conta de divulgação de uma pesquisa irregular em um carro de som na cidade de Dois Vizinhos, na região Sudoeste do estado. Outras reclamações da coligação de Osmar dizem respeito ao uso indevido do tempo de deputados e senadores para a promoção de Richa, e a propaganda da prefeitura da cidade, que estaria servindo de apoio para o tucano. Por outro lado, o PSDB acusa o candidato a vicegovernador Rodrigo Rocha Loures de abuso econômico por sortear computadores em cursos sobre a inserção de jovens no mercado de trabalho. Além disso, foram feitos convites, por meio do site de Osmar, para que eleitores trabalhem nos últimos dias de campanha por R$ 60, o que segundo os tucanos configuraria compra de votos. Debate O debate promovido pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC) terá a participação de Beto Richa (PSDB), Osmar Dias ([PDT), Paulo Salamuni (PV) e Luiz Felipe Bergman (Psol). O encontro será dividido em cinco blocos, com aproximadamente 20 minutos cada. Os candidatos escolhem para quem querem perguntar, sendo que o primeiro a formular a perguntar será definido por sorteio. No primeiro e no terceiro blocos os temas serão pré-determinados e definidos por sorteio, enquanto no segundo e no quarto o tema será livre. O quinto bloco fica por conta das considerações finais de cada candidato. O debate começa às 22h e será mediada pela jornalista Sandra Annenberg.


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Saúde

Higiene bucal deve Excesso de começar desde a gestação trabalho provoca síndrome de Burnout A saúde bucal precisa ser uma preocupação constante na vida dos pais, que são responsáveis também por criar hábitos de higiene Manuela Ghizzoni

Manuela Ghizzoni Para manter o organismo saudável é preciso aliar exercícios, alimentação apropriada, e é claro, bons hábitos higiênicos. Muitas vezes a boca não recebe a limpeza necessária, ocasionando o aparecimento de inúmeros problemas de saúde, especialmente a cárie. Formada devido à aderência de alimentos na superfície dos dentes, a cárie costuma surgir quando a higienização bucal não é realizada após a pessoa se alimentar. Como consequência, a cárie provoca sensibilidade e dor nos dentes, enfraquecimento da estrutura dental, diminuição da eficiência na mastigação e diminuição no tamanho dos dentes. Nas crianças, os problemas bucais aparecem com maior frequência, especialmente pelo descaso com a higiene bucal. Dessa forma, especialistas aconselham que os cuidados com os dentes comecem a partir da gestação. A odontopediatra Simone Leites recomenda que a futura mãe procure um odontologista para se informar

sobre os cuidados que devem ser tomados a partir do nascimento da criança. Mesmo que nos primeiros seis meses o bebê seja alimentado exclusivamente com leite materno é importante que a higienização seja mantida. “A mãe deve umedecer um pano macio com água e passá-lo suavemente na gengiva do seu filho para remover os resíduos de leite, por pelo menos uma vez por dia”, afirma Simone. Para ela, a limpeza noturna da boca deve ser considerada a mais importante e se possível, evitar que o bebê se alimente antes de dormir. Conforme os primeiros dentes aparecem, já e possível utilizar uma escova dental pediátrica. Porém, a odontopediatra aconselha que se utilizem pequenas quantidades de creme dental sem flúor. “A criança só vai poder usar o creme dental infantil em torno de quatro a cinco anos, quando ela tiver condições de não engolir mais a espuma”. Aos dois anos de idade, já é possível que os pais co-

mecem a falar da importância de escovar os dentes após as refeições para influenciar a criança futuramente. Simone aconselha os pais para que utilizem fio dental e escovem seus dentes sempre perto dos filhos, dessa forma estarão dando bons exemplos de higiene desde a infância. “Se os pais seguirem as orientações de limpeza, é provável que futuramente a criança não tenha nenhum problema bucal”, assegura.

“Se os pais seguirem as orientações de limpeza, é provável que futuramente a criança não tenha nenhum problema bucal” Simone Leites, odontopediatra

Jéssica Leite O trabalho ocupa um papel fundamental na vida das pessoas, porém ele faz com que a rotina fique mais intensa, tornando o corpo mais sensível a doenças. Assim, o estresse é a causa mais frequente de doenças no nosso corpo. Ele é a causa da síndrome de Burnout, doença que tem se tornado cada vez mais comum entre os trabalhadores. A doença é definida como psicológica, e segundo a professora de psicologia da Universidade Positivo (UP), Josiane Knaut, é caracterizada pela manifestação inconsciente do esgotamento emocional e profissional por causa de grandes esforços ou estresse excessivo no trabalho. Isso faz com que o profissional haja diferente e fique mais vulnerável a qualquer situação. “Quando a demanda de trabalho é maior do que os recursos que o profissional tem pra lidar com o que está sendo proposto, ele entra no processo de estresse maior, apresentando os diversos sintomas da doença”, explica Josiane. Alguns dos sintomas é a agressividade, irritabilidade, desinteresse, desmotivação, frustração, depressão e angústia do profissional. Muitas vezes, devido aos sintomas apresentados pelo funcionário, é comum que algumas pessoas confundam a Síndrome de Burnout com a depressão. Porém, a doença psicológica está diretamente relacionada com o trabalho; e a depressão, com a vida pessoal. Outro erro comum é generalizar a doença como estresse. A Síndrome de Burnout envolve atitudes e con-

dutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com interferência na vida do sujeito e não necessariamente na sua relação com o trabalho. Melissa Ribeiro procurou atendimento médico quando sua família suspeitou que ela tinha alguma doença psicológica. “No começo, eles pensaram que eu tinha depressão, mas quando eu fui ao médico, me encaminharam para um psicólogo para tratar a Síndrome. Eu trabalhava dez horas por dia e o nível de estresse era grande”, comenta. A psicóloga afirma que o tempo de tratamento depende muito do paciente e da evolução do quadro psicológico. “É importante que a pessoa procure um atendimento o mais rápido possível, pois dependendo do quadro, o tratamento é mais fácil e rápido, sendo que alguns requerem até tratamento com remédios fortes, o que torna o corpo ainda mais sensível”, explica. Dependendo do caso, o paciente pode optar por diversos tratamentos. Existem os homeopáticos, fitoterápicos, psicológicos e alopáticos. Às vezes, pode-se exigir até um afastamento profissional. A UP possui a Clínica Psicológica, que disponibiliza atendimento aos alunos, funcionários e pessoas da comunidade. Quem tiver interesse pode ter mais informações pelo site da universidade (www.up.com.br) ou pelo telefone da Clínica 3317-3169.

Conheça os sintomas da doença - Dor de cabeça - Desinteresse - Desmotivação - Irritabilidade - Baixa realização profissional


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Geral

Mercado de trabalho para os

jovens

Experiência profissional pode ser adquirida ainda dentro da universidade, preparando o estudante na hora de procurar emprego Manuela Ghizzoni No Brasil existem cerca de 50,2 milhões de pessoas entre 15 a 29 anos, o que representa 26% da população. Essa faixa da população é a que encontra maiores dificuldades para conseguir trabalho. Dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho registrou o maior número de desempregados em nove anos, atingindo mais de 80 milhões de jovens no mundo inteiro. Um dos principais moti-

vos para o aumento do desemprego é a dificuldade para que o jovem seja inserido no mercado de trabalho, principalmente pela sua falta de experiência. Para mudar a situação, setores públicos e privados estão abrindo suas portas para que, através do estágio, os jovens ainda dentro da faculdade tenham a oportunidade de aprender com a prática profissional. A estudante de Engenharia de Produção Laiza Dias já estagiou em várias empresas de diferentes setores para adquirir mais experiência. Para ela, o salário e o aprendizado diário são as maiores vantagens do estágio. “Além da remuneração, que é importante na vida do estudante, também podemos ver na prática o conhecimento que na faculdade é apenas teórico. É possível ter uma visão crítica e abrir a

mente para coisas novas”, explica. Durante sua breve trajetória profissional, Laiza afirma ter encontrado várias dificuldades, principalmente com empresas despreparadas para receber estagiários. “Algumas vezes o estagiário é visto como alguém apenas para fazer atividades burocráticas que ninguém mais quer fazer”, afirma. Conciliar faculdade e emprego também é um grande desafio para os estudantes. “Às vezes, é difícil conseguir cumprir horário de aula, estágio e entrega de trabalhos”, lembra. Mesmo com alguns obstáculos, o estágio é essencial para que o jovem esteja preparado na hora de entrar no mercado de trabalho. Segundo Leandra Koginski Cortelleti, psicóloga da Central de Carreiras da Universidade Positivo, as empresas estão

procurando, atualmente, profissionais que tenham tanto conhecimento técnico, como prático. “O aluno vai desenvolver suas competências, porque dentro da graduação ele se desenvolve na teoria. Já no estágio, o aluno vai conseguir viabilizar a prática profissional e se encontrar com a realidade do mercado”, garante. Para quem deseja dar o primeiro passo na hora de procurar um estágio, Leandra aconselha que o estudante elabore um bom currículo e invista nos cursos de capacitação. “O currículo deve estar bem organizado e ter as informações necessárias para o recrutador. Quando o aluno não tem experiência profissional, é importante que procure cursos de aperfeiçoamento.” Segundo Leandra, o mercado de estágios em Curitiba

está em expansão. Apenas no mês de agosto, a Central de Carreiras já contabilizou mais de mil vagas de estágio. Entre os cursos líderes em oportunidades estão Administração, Ciências Contábeis, Sistemas de Informação, Engenharia da Computação e Economia. “Os cursos que têm mais números de vagas divulgadas são da área de negócio. Mas o mercado está bem aquecido também na área de tecnologia”, diz a psicóloga. Serviço A Central de Carreiras possui profissionais que realizam aconselhamento de carreira e orientação profissional aos alunos da Universidade Positivo. Local: Bloco Amarelo, Sala 16. Horário de atendimento: Segunda a sexta-feira das 8h às 22h. Contato: 3317-3447 / 33173148.

O aluno vai desenvolver

suas competências, porque dentro da graduação ele se

desenvolve na teoria. Já no estágio, o aluno vai conseguir viabilizar a prática profissional e se encontrar com a realidade do mercado”

SXC/Celal Teber

SXC/Penny Mathews

Leandra Koginski Cortelleti, psicóloga da Central de Carreiras da Universidade Positivo


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Larissa Coutinho Beffa

Felipe Gollnick

Escreve quinzenalmente sobre anos 70, sempre às terças-feiras larissa_beffa@hotmail.com

Escreve quinzenalmente sobre música, às terças-feiras www.defenestrando.com

Anos 70

Defenestrando

Elvis Não

Morreu

Parece que os reis da música estão fadados a mortes misteriosas. No dia 16 de agosto de 1977, o rei do rock, Elvis Presley, morreu em sua casa em Memphis, Tennessee. Foi encontrado por sua namorada na banheira e levado ao hospital, mas não conseguiram ressuscitá-lo. Segundo o seu médico, Dr. George Nichopoulos, a causa de morte foi arritmia cardíaca. As controvérsias ocorreram por causa do estado debilitado de Elvis, durante os seus últimos shows: havia engordado, consideravelmente, em pouco tempo. Quinze dias antes de sua morte foi publicado o livro “Elvis: O que aconteceu?”, de Steve Dunleavy, com entrevistas de três dos seus antigos guarda-costas, que relatavam suas mudanças de humor e uso excessivo de medicamentos. Durante muitos anos a imprensa procurou o verdadeiro motivo da morte do Rei. Em um testemunho o Dr. Nichopoulos confessa ter receitado mais de 12 mil drogas potentes nos últimos 20 meses de Presley. Ele era hospitalizado frequentemente, com inchaços na cabeça e nos pés, por uso inadequado dos medicamentos, e viajava para tours com três maletas de pílulas. O médico foi acusado por 11 crimes de prescrição excessiva de drogas em 1981, mas foi absolvido. Em 1992, foram feitas cinco novas acusações pelo estado de Tennessee e, finalmente, em 1995, ele teve a sua licença cassada. As semelhanças da morte do rei do rock com a recente morte do rei do pop, Michael Jackson, são muitas: as controvérsias quanto à verdadeira causa das mortes, os médicos irresponsáveis e até mesmo o nome das mansões. Enquanto Michael mo-

A internet e o

herói

Divulgação

Em outros tempos, Curumin seria um sucesso

rava em Neverland, Elvis morava em Graceland, lugar que até hoje recebe peregrinação de fãs, durantes os dias 15 e 16 de agosto. A comoção mundial, o choque pela súbita morte de Presley fez com que alguns fãs fossem mais céticos. A frase “Elvis não morreu” foi perpetuada com a lenda de que ele estaria vivo e morando na Argentina, morando em uma ilha, ou que faz parte do programa de proteção a Divulgação testemunhas do FBI e, por isso viaja o mundo inteiro. É claro que são todas tentativas de suprir a falta desse incrível artista. “Elvis não morreu” também é a afirmativa dos fãs de que ele não será esquecido, de que sua música, o mito, é eterno.

A comoção mundial, o choque pela súbita morte de Presley fez com que alguns fãs fossem mais céticos

Luciano Nakata – muito mais conhecido como Curumin – é um músico espirituoso. Toca bateria com as mãos invertidas (a esquerda faz o que a direita faria e vice-versa) enquanto canta as músicas que compõe e produz para o seu grupo, o “Curumin & The Aipins”. A forma que consagrou Luciano está em algum lugar e n t re o rap , o p o p , o samba, a velha e a nova MPB. Mas não pense em Marcelo D2: Curumin é muito mais profundo e virtuoso do que o antigo MC do Planet Hemp. Enquanto o rapper carioca cai para a marrentice, o multiinstrumentista paulistano abusa da alegria em composições cheias do frescor da música brasileira dos tempos da Internet. A mistura tem dado certo. Por exemplo: “Guerreiro”, a primeira faixa de seu álbum de estreia “Achados e Perdidos”, é uma confluência de um cavaquinho alegre e sambado com loops de rap acelerado, a construir uma sonoridade ágil e feliz – a música foi trilha sonora de comerciais da campanha “Joga Bonito” da Nike. Já “Caixa Preta”, em que Curumin conta com a

participação de BNegão (também ex-vocalista do Planet Hemp), é uma espécie de protesto contra a corrupção na política brasileira e está no áudio do jogo FIFA 2009. E volte e meia Luciano embarca em alguma turnê para a Europa e os EUA. No entanto o músico é conhecido por pouquíssima gente em seu país de origem. Curumin é um exemplo do que acontece em tempos de internet. Há tanta banda boa na grande rede que poucos nomes são consenso, e o sucesso acaba virando algo quase impossível. Rômulo Fróes (um dos grandes nomes da Nova MPB) certa vez disse que Curumin teria cacife para ser um fenômeno do tamanho de Tim Maia ou Jorge Ben e poderia muito bem tocar na novela das oito, mas que a desorientação causada pela internet acaba impedindo isso. No final das contas, Luciano Nakata parece um herói da música brasileira atual. Em shows que são cerimoniais de felicidade, ele espalha a alegria através da mais autêntica brasilidade atual, e segue na luta. Enquanto não virar ídolo, Curumin continua sendo um guerreiro. E defende o Brasil.


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Página literária

Percurso

gráfiCO foto

Percorro as imagens recentes da minha companheira. Ela está em uma terra estrangeira ornada de muitas luzes, avenidas e torres. Leio cada lugar, cada semblante, cada instante: – ela está feliz. Eu não. Não há como ser feliz agora – embora escrever

também tenha sua fotogenia. Recuso-me a acreditar que a minha companheira esteja feliz porque uma imagem quer dizer isso. As imagens mentem, meu irmão, são feitas para isso: um projeto mascarado de eternidade do momento. A companheira sorri em todas as foto(grafias), mas

Nathalia Cavalcante Antonio Callado compõe o seu Teatro Negro com “O tesouro de Chica da Silva”, “Pedro Mico”, “Uma rede para Iemanjá” e “A Revolta da cachaça”. Obras que discutem a condição do negro na sociedade brasileira. A peça “A Revolta da Cachaça”, publicada em 1983, é encenada somente 20 anos depois. Trata-se de um meta-teatro, ou seja, o tema do único ato é uma peça teatral. Ambrósio é o ator que tenta, incansavelmente, interpretar o papel principal da peça que intitula a obra. Ambrósio é negro, e sente que esta é a sua grande chance de ser reconhecido, por estar cansado de representar personagens menores como: ladrão, criado ou chofer. Com isso, o ator oferece um tonel de cachaça ao dramaturgo Vito. O presente inusitado foi entregue sem que ele soubesse a identidade do remetente. Vito havia começado a escrever “A Revolta da Cachaça”, a peça era o último objetivo de Ambrósio. Até a revelação do responsável pelo presente, Vito e Da-

dinha, mulher do dramaturgo, se perguntam: Quem, afinal, entregou o tal tonel? O presente encontrava-se na sala de estar, quando a campainha tocou. Ambrósio estava à porta. Vito e Dadinha surpreenderam-se ao vê-lo, depois de dez anos. Após cumprimentos e abraços, o ator confessa que o presente era de sua autoria. As congratulações duraram pouco. Ambrósio começou a cobrar Vito, solicitando a finalização da peça. Vito tenta se esquivar afirmando que iria finalizá-la. O ator quer representar a história de Jerônimo Barbalho, um fidalgo que, em seis de abril de 1991, morreu decapitado com seu cúmplice, João de Angola. O motivo foi contrariar uma proibição de Portugal, referente à produção de cachaça na então colônia. Ambrósio interpretaria João de Angola, por quem manifestava especial afeição. Entre lembranças do passado, Ambrósio faz referências de como o negro é representado de forma inferior e, preconceituosa. Mesmo sem demonstrarem, explicitamente, Vito e Dadinha cometem atos preconceituosos.

conheço esse itinerário, sei que ela quando feliz não é feliz assim. [Imagino até o veredicto do fotógrafo de ocasião: “Sorria... Isso... Essa ficou boa...] Na fração de segundo entre a espera e o estarte da câmara obscura, ela até poderia estar feliz (porque isso é permitido e há quem con-

siga essa captura), mas sempre feliz... Sempre feliz não, minha companheira, sempre feliz não é possível. Somos, diante do mundo, um apanhado interior confuso. Há um fotógrafo entre nós. Ele nos quer felizes. É preciso sorrir. E nessa relação onde o fotógrafo pensa que a fotografia é dele e o fotografado ima-

gina que é ele que produz, por isso, dois atores, cria-se uma contingência sonora: um simulacro, uma verdade com ares de propaganda de televisão. Revejo a imagem dezessete e a imagem vinte. Percorro a consciência das transcrições, o que o exterior quer dizer, porque ele pede pra ser lido desse jeito? Não irei ler o que a imagem pede. Quero ler nessas imagens todas, minha companheira (imagem, sim, imagem: porque fotografia é bem outra coisa) quero ler saudades de tudo, lembranças das noites de insônia em que conversávamos sobre as veleidades cotidianas, uma coisa qualquer de choro – todo mundo chora, todo mundo –, algo etéreo de tristeza, de regresso, quero ver estampada a dificuldade da distância e todo o nosso amor estendido sobre territórios distantes. Não seja assim, tão feliz sem mim, meu amor. (Daniel Zanella)

Divulgação

Teatro & reflexão

A discussão dos personagens traça um paralelo às situações do cotidiano, questionado pelo ator, já que segundo ele, para se sentir inserido na sociedade, seu comportamento deveria ser diferenciado. “Eu procuro sempre andar meio almofadinha, como se dizia antiga-

mente. Crioulo tem que andar com ar de quem é troço na vida, de quem tem grana no banco e erva viva no bolso.” Mesmo impondo a conclusão de “A Revolta da Cachaça”, Ambrósio não obteve êxito no resultado, e seus argumentos não foram levados em consideração. O au-

tor Antonio Callado questiona esta problemática, que é frequente. Ambrósio é o protagonista de uma história com final trágico. Apesar disso, mantém a discussão de que é necessário que haja a revisão de ações racistas e preconceituosas que insistem em vigorar no Brasil.


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Cultura

Um museu

Juliana Guerra Nathalia Cavalcante

Gislaine Cristina da Silva Poucas pessoas sabem, mas é possível ver múmias em Curitiba sem ir a uma exposição egípcia ou a uma mostra de peças de arqueologia. Na capital paranaense, um museu um pouco diferente traz a oportunidade de conhecer um acervo de corpos mumificados, fotos de necropsia, órgãos humanos, ossos, fetos e muitos outros objetos curiosos e bizarros. Trata-se do Museu do Instituto Médico Legal (IML), localizado no Centro de Curitiba. Entre as histórias curiosas que este museu contém está a vida de “Paraibinha”, conhecido homicida de Campo Largo. Chamado de “serial killer”, o rapaz era procurado pela polícia por matar diversas pessoas com golpes de foice no ano de 1977. Ele foi encontrado já sem vida no dia 11 de setembro daquele mesmo ano. Paraibinha foi assassinado da mesma forma com que atacava suas vítimas. Hoje, mumificado, seu corpo faz parte do acervo do IML. De acordo com Joel Camargo, curador do museu,

Curitiba

esta não é a única história escondida nos materiais do acervo. Entre os itens expostos está um crânio com um prego cravado. Camargo conta que era de um homem que passava por tratamento psiquiátrico e que martelou em si mesmo o prego. No entanto, sua morte foi causada por meningite. Em outra prateleira, uma cobra dentro de um vidro desperta curiosidade. “Uma mulher morreu engasgada com esta cobra. Ela estava tomando água da bica, na volta de Morretes, quando engoliu a cobra”, comenta o curador. As histórias do museu não se resumem apenas a assassinatos. Também estão expostos objetos utilizados para o consumo de drogas e para esconder entorpecentes, como é o caso de uma Bíblia, que teve suas páginas cortadas para que certa quantidade de droga fosse encaixada. Um altar de magia negra e uma coleção de calcinhas apreendidas com um homem que roubava as peças íntimas de suas vizinhas compõem o arquivo. O museu deixa qualquer

Serviço A exposição está aberta ao público, com visitação gratuita. Para conhecer é preciso agendar a visita através do telefone 32815630. O museu está localizado na Avenida Visconde de Guarapuava, nº 2652, no Centro de Curitiba.

pessoa curiosa e até mesmo assustada. Somente no ano passado recebeu cerca de 3.200 visitantes, entre estudantes de Medicina, Direito, médicos, policiais, enfermeiros, entre outros profissionais e curiosos. Joel conta que o museu foi criado justamente para mostrar a violência presente na sociedade e também, auxiliar estudantes de Medicina e outras áreas da saúde a compreender melhor o corpo humano. Para o curador, que atua no IML há 30 anos e está há sete à frente do museu, os crimes que mais assustam são os que envolvem crianças. Durante sua atuação no instituto, o que Camargo percebeu são os crescentes casos de mortes violentas. Hoje, além de trabalhar no museu, auxilia as atividades do médico legista Porcídio Vilani, juntamente com Edna Caetano Silveira. “Realizo meu trabalho com carinho e respeito, auxiliando as pessoas na busca de identificação da causa de mortes”, comenta. O museu foi criado em 1975, e todo o material exposto tem autorização judicial. As fotos que compõem o acervo são as mesmas que acompanham inquéritos e é proibido fazer cópias destas imagens ou tirar fotografias de qualquer outro material que possa identificar alguém. Além disso, os corpos expostos são de pessoas não identificadas.

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Um dos grandes nomes da Nouvelle Vague, Claude Chabrol, recebe homenagem da Cinemateca de Curitiba. O cineasta reconhecido por suas tramas envolventes deixou a cena no último dia 12, aos 80 anos. Chabrol será lembrado nesta semana por meio de “A Dama de Honra”, inspirada no livro homônimo, de 1989, da escritora Ruth Rendell.

Ingresso: R$ 5,00 (inteira), R$ 2,50 (meia) e R$ 1,00 (aos domingos) Data(s): 28/09/2010 a 30/09/2010. Horários: às 15h45, 18h e 20h Espaço cultural: Cinemateca de Curitiba

Tudo se transforma A exposição “Reinvenção da Matéria” está dividida em duas salas do Museu Oscar Niemeyer (MON). A primeira, a Sala Natural, abriga obras feitas com materiais extraídos na natureza, como couro de peixe, banana, borracha, sementes e fibras vegetais. As obras feitas com essas matérias primas são jóias, tecidos, chapéus, cortinas e mantas. Na Sala Artificial, as obras foram feitas com alumínio, pneus, embalagens pet e papelão, com esse material foram feitas luminárias, bolsas, colares, entre outros. A intenção da exposição é mostrar a atuação do designer e não as obras em si. Onde: Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999, Centro Cívico) Quando: Terça a domingo, das 10h às 18h30. Até 14 de novembro. Quanto: R$ 4

Trair e Coçar É Só Começar A peça de autoria de Marcos Caruso “Trair e Coçar É Só Começar”, fala a respeito de adultério, hipóteses que giram em torno desse tema p o l ê m i c o . Olímpia é a empregada da família e levanta a hipótese em meio a confusões, com isso, aproveita para subornar patrões e amigos.

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Traço cinematográfico

Onde: Teatro Fernanda Montenegro Quando: 30/09/2010, 1º/10/2010 e 02/10/2010, às 21h Preço: R$ 60 e R$ 30


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