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Curitiba, terça-feira, 31 de agosto de 2010 - Ano XII - Número 582 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo
Censo já visitou quase metade da população
L BRASI
redacaolona@gmail.com
Evento discutiu as oportunidades e ameaças da internet Fernando Mad
Divulgação
Ontem aconteceu mais uma edição da série Grandes Debates, projeto promovido pelos cursos de ciências humanas e sociais aplicadas da Universidade Positivo, envolvendo Direito, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Pedagogia. O tema da vez foi a internet. Debateram-se as oportunidades proporcionadas pela rede mundial de computadores e as ameaças a que estão submetidos seus usuários. Pág. 3
Alimentação
Comer fora: vale a pena ou é uma “roubada” Números divulgados na manhã desta segunda-feira indicam que 48% da população já participou do recenseamento promovido pelo IBGE em 2010. Apesar de uma certa desconfiança, a maior parte da população tem recebido bem os recenseadores e elogiado as tecnologias que são utilizadas.
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Os restaurantes por quilo conquistam cada vez mais pessoas que não têm tempo para preparar refeições em casa. Conheça os prós e contras desse tipo de serviço. Pág. 5
2 Expediente Reitor: José Pio Martins. Vice-Reitor: Arno Antonio Gnoatto; Pró-Reitor de Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitor de Planejamento e Avaliação Institucional: Cosme Damião Massi; PróReitor de Pós-Graduação e Pesquisa e PróReitor de Extensão: Bruno Fernandes; Pró-Reitor de Administração: Arno Antonio Gnoatto; Coordenador do Curso de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Professores-orientadores: Ana Paula Mira e Marcelo Lima; Editoreschefes: Daniel Castro (castrolona@gmail. com.br), Diego Henrique da Silva (ediegohenrique@ hotmail.com) e NathaliaCavalcante (nathalia.jornal@ gmail.com).
Missão do curso de Jornalismo “Formar jornalistas com abrangentes conhecimentos gerais e humanísticos, capacitação técnica, espírito criativo e empreendedor, sólidos princípios éticos e responsabilidade social que contribuam com seu trabalho para o enriquecimento cultural, social, político e econômico da sociedade”. O LONA é o jornallaboratório diário do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo – UP Redação LONA: (41) 3317-3044 Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000
Curitiba, terça-feira, 31 de agosto de 2010
Opinião
Cidade, um bem a ser cuidado Carolinne Moraes Para viver em sociedade, as pessoas tiveram que aprender a seguir regras e respeitar o espaço público. Hoje o grande desafio é encontrar soluções para problemas urbanos cada vez mais graves. Curitiba, assim como outras cidades, cresce. Até aí tudo bem, crescer não é ruim. Mas junto com o crescimento acelerado ocorre também o aumento de problemas sociais urbanos. Um dos problemas mais comuns de Curitiba está relacionado ao transporte público. Apesar de ter o sistema de transporte coletivo mais eficiente do país, buscando sempre baixo custo operacional e serviço de qualidade, a capital paranaense conta com muitos passageiros. Os ônibus biarticulados têm capacidade para 270 passageiros e passam em intervalos de cinco minutos. Mesmo assim, no chamado horário de pico, é impossível entrar nesses ônibus. Empurra-empurra, desordem e muita falta de educação acompanham todos os dias pessoas que dependem do transporte público. Para o estudante Júlio César Souza, que pega ônibus às 7 h, os motoristas nesse horário não respeitam os intervalos de cinco minutos. “O ônibus atrasa muito e quando vem, chegam dois ou três de uma vez só! Isso atrapalha bastante, pois os próximos demoram mais ainda, gerando filas imensas. Os motoristas devem respeitar seus horários. O que falta é organização”, diz Outro problema que prejudica o cenário de Curitiba é o lixo fora da lixeira. A população deve ter consciência de que o lixo tem seu lugar próprio. Existem hoje no centro da cidade lixeiras a cada esquina e, até mesmo, lixeiras especiais para reciclagem. Reciclar o lixo é fundamental na preservação do meio ambiente, pois além de diminuir a extração de recursos naturais, também diminui o acúmulo de resíduos nas áreas urbanas. Nas ruas, junto com o lixo, podemos encontrar os catadores. Vistos como pessoas imundas pela maioria, eles são responsáveis por grande parte da limpeza da cidade. Arriscando a própria vida com carrinhos no trânsito e agentes prejudiciais à saúde, fazem bem ao cenário da cidade. A maciça divulgação de propagandas também acaba criando um problema: a poluição visual. Até aqueles que não se incomodam estão sendo prejudicados. Segundo pesquisas, a poluição visual gera estresse e uma série de outras consequências no dia a dia das pessoas. Existe um conflito entre o direito dos cidadãos de circular em uma cidade visualmente limpa e o direito de publicitários divulgarem seus anúncios. Ainda abordando poluição visual, encontramos as pichações. Não existe problema visual maior que este e aparece em qualquer época do ano. Fazer desenhos criativos em paredes e alguns muros é bonito, mas pichar com letras ilegíveis e coloridas deixa a cidade degradada. Além de manter este ato ilegal, o governo deveria criar medidas que dificultasse o acesso à lata de tinta spray, por exemplo. Esses são alguns dos problemas sociais urbanos de Curitiba e de qualquer outra cidade grande. Boas iniciativas podem resolvê-los. Curitiba só precisa de mais planejamento para crescer com harmonia. O crescimento ordenado inclui cuidados básicos, como a ocupação planejada do solo, a exploração racional da água, entre outros. Isso serve para garantir o bem-estar das pessoas e adequar a expansão urbana ao meio ambiente, reduzindo assim grande parte dos problemas.
O “Zé” Serra e os favelados Aline Reis sccpaline@gmail.com
O horário eleitoral na televisão e no rádio é o momento de acompanhar e refletir acerca das propostas das candidatas e candidatos aos cargos de deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República. Momento também de ver bizarrices tal qual a propaganda do PSDB ao Palácio do Planalto. A primeira questão que permeia a indignação que muitos eleitores e eleitoras têm consigo é o sambinha de Serra que o trata como “Zé”. José Serra foi ministro e governador do Estado mais importante do país por duas vezes. O governo, é verdade, não foi de todo mal; no entanto, em todas essas ocasiões (inclusive no pleito presidencial passado), o candidato José Serra jamais, enfatize-se, em hipótese alguma, se autodenominou “Zé”. É verdade que muitos eleitores e eleitoras creem fielmente que José Serra é realmente um homem do povo. A origem do candidato tucano, verdade, é humilde. Mas os pobres definitivamente não são e nem serão a sua prioridade. Os pobres são diferentes da “massa cheirosa” tipicamente tucana. É por isso que ponho aqui a minha indignação. Sambinha, favela, crianças e pretos ao redor de Serra. Essa é a propaganda política. Faz-me rir, Serra. O “Zé” que outro dia disse que não se renderia aos marketeiros, como, segundo ele, Dilma fez, usa o nome do popularíssimo presidente Lula em seus jingles eleitorais. “Depois do Lula da Silva é o ‘Zé’ que eu quero lá...” Soa um tanto quanto estranho essa construção. José Serra e os favelados só se encontram na campanha mesmo. No rádio, o desespero tucano permanece. As musiquinhas entoam algo do tipo: “Dilma pegou o trem andando e quer sentar na janela...” Mas a mesma campanha que fala que a Dilma usa a imagem do presidente Lula usa o nome do petista invariavelmente e repetitivamente durante seu espaço de propaganda. Mas, apesar de todos esses pesares, muitos favelados irão votar em José Serra. Talvez porque algumas televisões e revistas tentem condicionar as pessoas a isso. Os favelados, escrevo aqui, são aquelas pessoas que vivem ou moram na favela. Que isso não soe pejorativo aqui, ou que algum tucano tente manipular o que estou dizendo. Mas todos têm televisão, os favelados, os emergentes sociais, a classe média e os ricos. O problema não é a TV, o problema é a forma como algumas emissoras tratam isso, tentando manipular os favelados, a classe média e todos mais. Mas isso não é assunto para ser escrito em poucos caracteres.
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Tranquilidade resume o Censo 2010 até agora Maria Ester Chaves Niespodzinski O IBGE divulgou na manhã desta segunda-feira os dados mais recentes sobre o Censo 2010. Até o momento, 48% da população já foi recenseada, o que abrange um total de 92,7 milhões de pessoas. Ao todo, 36,4 milhões de domicílios já receberam a visita de um recenseador. Desde o dia 1º de agosto, recenseadores estão nas ruas para realizar a coleta de dados para o Censo 2010. São mais de 190 mil trabalhadores que, pelos próximos dois meses, estarão visitando os 58 milhões de domicílios particulares
existentes no Brasil. Segundo a chefe de um dos postos de coleta do IBGE de Curitiba, Maria Alice Chaves, existe procedimento especial para a seleção e capacitação dos agentes recenseadores. “Eles passam por um processo seletivo e depois recebem o ‘manual do recenseador’ e o ‘roteiro para autoinstrução’. Após isso, passam por um treinamento presencial de cinco dias e meio, quanto aprendem os conceitos, o manuseio do PDA – que é o equipamento eletrônico de
coleta de dados, e a maneira de realizarem as abordagens”. De acordo com a recensea-
Mas, mesmo com essa tranquilidade, não são todos os que estão dispostos a colaborar com a coleta de dados
dora e estudante Daniela Serighelli, a recepção do Censo 2010, por parte dos cidadãos, está sendo bem tranquila. “As pessoas têm me tratado superbem, inclusive existem aqueles que pedem para participar do recenseamento”, declarou ela. Mas, mesmo com essa tranquilidade, não são todos os que estão dispostos a colaborar com a coleta de dados. Daniela contou que tem pessoas que estão sempre muito ocupadas e tem aquelas que desconfiam do recenseador. “Uma vez eu fui à casa de um
senhor que pediu meus documentos, minha matrícula do IBGE e o telefone do setor de onde eu trabalho para confirmar a minha visita”, disse. A estudante de jornalismo da Universidade Positivo Natasha Virmond disse que já recebeu o recenseador em casa e achou o tratamento muito bom. “Ele foi muito educado e soube fazer uma abordagem rápida”. Natasha acrescentou ainda que, com a implantação dos novos aparelhos de coletas de dados, os PDAs, a visita se tornou menos cansativa.
Grandes Debates discutem privacidade e oportunidades da rede mundial André Rosas Cada vez mais é preciso ter cuidado com o que se acessa na rede mundial de computadores. A privacidade e as oportunidades que a internet pode oferecer serviram de tema para mais uma edição dos Grandes Debates da Rede Teia de Jornalismo, realizada ontem na Universidade Positivo. Mediado pelo professor e coordenador do curso de Jornalismo, Alexan-
dre Castro, o debate durou três horas e reuniu alunos dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Direito e Pedagogia. Entre a mesa convidada estava a jornalista e empresária Adriane Werner, que reassaltou durante sua fala as grandes chances no mercado de trabalho que a internet pode proporcionar. “Minha agência atende uma
empresa que possui 250 blogs e 150 funcionários contratados para mantê-los. É um ramo muito promissor, seu crescimento é cada vez mais rápido”, disse durante o debate. Casos do dia a dia também foram expostos durante o encontro. Os convidados trouxeram fatos do cotidiano para exemplificar as falas, como o caso da pedagoga Liliamar Hoça. “Certa vez vi que um
aluno de Direito não foi contratado por participar de um grupo em uma rede social. Tudo é analisado hoje em dia”, disse. A aluna de jornalismo Nicolle Zancanaro mostrou que é preciso reforçar os avisos. “Apesar de estarmos há algum tempo nessa era virtual, é preciso relembrar: as pessoas ainda são desavisadas e é preciso utilizar os serviços com moderação”, afir-
ma. O advogado Eros Cordeiro, que também compôs a mesa-redonda, aproveitou a ocasião e explicou como proceder no caso de uma difamação na internet. “É preciso estar atento e se houver algo, mesmo que você não conheça a pessoa, deve fazer uma denúncia e relatar em uma delegacia. Hoje é mais fácil detectar de onde vêm esses abusos”, explicou. Fotos: Fernando Mad
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Saúde
Desvendando a
psiquê
A psiquiatria, uma das ciências mais antigas, ainda é alvo de muitas incompreensões, fruto da desinformação
Pressão alta é coisa séria Descubra os motivos que causam essa doença que muitos brasileiros têm e não sabem
Jéssica Marcatti Ehnaeull E. G. Gonçalves Depressão, transtorno bipolar, ansiedade. Esses são males que cada vez mais afligem as pessoas. Tidos como problemas psíquicos, não são todos que os consideram dessa maneira — muito menos sabem que a psiquiatria é a especialidade médica responsável pelo tratamento de tais enfermidades. Composta por três etapas de tratamento — a avaliação inicial, as consultas externas/ambulatórios e o internamento psiquiátrico (caso necessário) —, a psiquiatria tem registros de ter surgido no século V a.C. Teve significativa evolução no século XVIII, com a utilização de métodos mais eficazes e humanos
SXC/ Artem Chernyshevych
nos pacientes. O século XX marcou a renovação da compreensão biológica das doenças mentais. Desde então, cientistas vêm pesquisando explicações para o surgimento das moléstias psíquicas. Ainda no século XXI, um considerável número de pessoas trata tais distúrbios como simples falta de força de vontade ou uma simulação visando conquistar atenção – de acordo com o psiquiatra Leocádio Celso. “De modo geral, os doentes psiquiátricos não são compreendidos porque suas doenças não têm a natureza concreta, palpável, das demais doenças. Isso faz com que sejam considerados, muitas vezes, como simuladores ou pessoas com carência de força de vontade — como se bastasse força de vontade para se curar dos transtor-
nos psiquiátricos”, diz. Essa simplificação das doenças é prejudicial tanto para o paciente – que sofre com o descaso e preconceito – quanto para o psiquiatra – que também é discriminado em função de lidar com “loucos”. Psiquiatria na sociedade A forma como parte da sociedade ainda enxerga os distúrbios psíquicos e a psiquiatria, além de tudo, é anacrônica. Com o aumento do número de casos dos males relacionados à mente – inclusive com a depressão ganhando a alcunha de “mal do século” -, torna-se ainda mais necessário o esclarecimento das pessoas. Motivos para a visão errônea da profissão são vários; entre eles, a “natureza não palpável” das moléstias psíquicas. “De modo geral, é um conceito negativo em função de que na psiquiatria não existem marcadores biológicos que possibilitem diagnósticos precisos por meio da solicitação de exames, como em outras especialidades médicas”, explica Leocádio. Mesmo aqueles que procuram um psiquiatra para tratarem seus distúrbios têm ideias erradas sobre o que é a profissão. Leocádio é bem claro. “Muitos vão ao psiquiatra depois de muita insistência, em virtude do preconceito de que o profissional é ‘médico louco’ e, depois da consulta, verificam que essa ideia é falsa”.
O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto em repouso durante toda a vida e impulsiona de cinco a seis litros de sangue para todo o corpo. A pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. Ela é determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo. Pode ser modificada pela variação do volume ou viscosidade (espessura) do sangue, da frequência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sanguínea sofrem a influência pessoal e ambiental. A hipertensão é considerada um fator de risco para o desenvolvimento de doenças do coração. Na maioria das vezes, provoca sintomas tidos como comuns, tais quais dores de cabeça, tonturas, mal-estar, entre outros. De acordo com o médico Marcio José da Silva Linhares, cerca de 90% dos pacientes de hipertensão desenvolvem a doença por causa de má alimentação, obesidade, uso indevido de medicamentos, estresse, sedentarismo e vários outros hábitos. “As pessoas precisam se conscientizar de que hábitos inadequados e indevidos só vão acabar com a saúde dos seus corpos”, relata o médico. Ainda segundo Marcio,
a pressão alta pode ser diagnosticada pelo encontro de níveis tensionais acima dos limites superiores ao da normal. “A pressão é determinada pela metodologia adequada e em condições apropriadas”, afirma. O comerciante Augusto Nogueira descobriu que tinha hipertensão no início do ano passado. E desde o dia que descobriu o problema, começou a seguir uma regra diferenciada de vida. “Depois que descobri que era hipertenso, tive que mudar totalmente meus hábitos. Agora tenho uma dieta equilibrada, pratico atividades físicas, não como mais alimentos muito salgados e tive que parar de fumar, um hábito que trazia comigo desde os 19 anos de idade”, diz Augusto. A pressão arterial pode mudar durante o dia. Ela é menor quando o corpo fica em estado de repouso, ou seja, quando a pessoa está dormindo, e aumenta quando acorda. A pressão do corpo se eleva também quando o emocional está alterado. De acordo com especialistas no assunto, a hipertensão pode causar danos mais graves para a saúde do portador da doença. Portanto, é preciso seguir rigorosamente as orientações médicas. A doença é considerada grave, porém pode ser controlada e para isso é preciso cuidados especiais e hábitos saudáveis para a vida.
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Alimentação Luisa Melara
Botando na
balança
Refeição feita em casa só é mais barata do que no restaurante por quilo quando preparada para mais de uma pessoa
O preço do quilo nos restaurantes cobrados por peso em Curitiba varia de R$15,90 a R$40
Luisa Melara
Quando o assunto é restaurante por quilo, o discurso é sempre o mesmo. "Não tenho tempo para almoçar. No quilo é mais rápido", diz a estudante de direito Mariana Gauer. "Gosto desse tipo de restaurante porque tem mais variedade", afirma a assessora de imprensa Janaína Degraf. Será que esta opção, além de ser rápida e diversificada, também é a mais barata? O preço do quilo nos restaurantes curitibanos que cobram refeições por peso varia de R$ 15,90 a R$ 44. Esses valores mudam conforme a diversidade e qualidade dos produtos oferecidos em cada estabelecimento. Os restaurantes mais caros geralmente oferecem alimentos mais sofisticados, como risotos, grelhados e massas preparadas individualmente. O mercado de restaurantes orientais também oferece a opção cobrada por peso. Nessa categoria, o quilo
pode chegar a R$ 60. A administradora Letícia Pereira, que faz praticamente todas as refeições em casa, afirma que, ao preparar a comida da família, gasta muito menos do que comprando em restaurantes self-service. "Como os almoços lá de casa reúnem no mínimo quatro pessoas, a refeição acaba saindo mais barata. Mesmo trabalhando fora, é melhor e mais em conta fazer a comida”. Porém, Letícia alerta que pratos preparados saem mais baratos somente quando feitos para mais de uma pessoa. "Existem alguns alimentos que não duram na geladeira e outros que só são vendidos em grandes quantidades. É muito difícil comprar menos de um quilo de feijão", explica. Diferença de preços Calculando os valores de uma refeição feita no restaurante por quilo e preparada em
casa, é possível constatar que os pratos cobrados por peso podem custar quatro vezes mais do que os feitos em casa, aproximadamente. Uma refeição normal de arroz, feijão, filé de maminha, couve e salada pesa 450 gramas, variando conforme o biotipo de cada pessoa. Este prato, dependendo do restaurante, custa de R$ 7,15 a R$ 13,50. A mesma refeição feita em casa, com todos os produtos necessários, comprados nas porções e quantidades oferecidas no mercado, sai em torno de R$28,90, servindo 10 pessoas. Individualmente o gasto é de R$2,89. A diferença de valores e de economia é grande, contudo outras despesas devem ser levadas em conta, conforme explica Letícia. "Não podemos esquecer que o prato preparado em casa não custa apenas o preço dos alimentos. Luz, gás, detergente e água entram nesta conta. Porém, mesmo assim,
vale a pena economicamente comer em casa", afirma. O preço dos restaurantes por quilo também deve ser considerado não somente pelos valores cobrados pelos alimentos. Segundo o presidente paranaense da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Luciano Bartolomeu, pagase em um restaurante o preço das refeições mais o serviço. “Quando melhor for o restaurante, melhor será a comida e principalmente o serviço”, diz.
feições feitas fora de casa", diz. No Brasil, 27% do orçamento alimentício da população correspondem às refeições feitas em restaurantes. Em Curitiba, esse valor chega a 30%. "É natural que o mercado por quilo esteja crescendo, comparado com a realidade norte-americana. A opção por quilo, além do mais, é melhor aceita porque evita o desperdício, o que acontece nos rodízios e buffets cobrados por pessoa", afirma Bartolomeu.
Mercado O restaurante por quilo surgiu no Brasil por volta de 1995, popularizando-se a partir do ano 2000. Sua ascensão se deu principalmente pelo aumento da participação da mulher no mercado de trabalho. Segundo Bartolomeu, a modalidade de restaurantes por quilo cresceu de 5% a 7% nos últimos anos. "Isso é resultado do aumento significativo das re-
"Como os almoços lá de casa reúnem no mínimo quatro pessoas, a refeição acaba saindo mais barata. Mesmo trabalhando fora, é melhor e mais em conta fazer a comida”. Letícia Pereira, administradora
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Eduardo Macarios
Anna Luiza
Escreve quinzenalmente sobre literatura, sempre às terças-feiras eduardomacarios@gmail.com
Escreve quinzenalmente sobre cinema luly_amg@msn.com
Literatura
Cinema
Clássicos da Penguin ganham edição brasileira
La piel que habita Almodóvar
Comprei o meu primeiro Penguin com moedas, ao todo foram oito de uma libra cada uma. Eu estava na Foyles, uma das grandes redes de livrarias do Reino Unido. Naquele dia passei reto pelos lançamentos de verão “capa dura”, realmente queria um livro que eu pudesse carregar na bolsa e ler usando apenas uma mão, enquanto me segurava para não cair no metrô. Recusei a sacola oferecida pela moça do caixa e não fiz questão do troco de um pence. Saí de lá com o meu primeiro livro da lendária editora Penguin: “Down and Out in Paris and London”, de George Orwell. Nas devidas proporções, eu estava na mesma situação de Orwell na época em que escreveu o livro de 1933. Trabalhava em um café e era um “andarilho” por Londres. Um livro de 7,99 libras era a única opção que se encaixava no meu orçamento. Já em 1935, se você quisesse ler um bom livro, teria que ter muito dinheiro ou ser sócio de uma biblioteca. Edições baratas e de bolso até existiam, mas a péssima qualidade da capa era reflexo do próprio conteúdo. Após uma visita a Agatha Christie, em Devon, interior da Inglaterra, Allen Lane procurava em uma banca de jornais na plataforma da estação de trem algo para ler no caminho volta a Londres. Não encontrou nada de interessante. Foi
Paixões ardentes; a profundidade do universo feminino; sentimentos contidos; cultura latina; cores fortes e detalhes que conferem uma atmosfera artística aos longas. Esses pontos caracterizam todos os 17 filmes do diretor espanhol Pedro Almodóvar, que estreou nas telas do cinema mundial há 30 anos. Como não poderia deixar de ser, a nova obra “La Piel que Habito”, que está sendo filmada desd e o d i a 23 d e ago st o , p ro m e t e se r daq ue las q ue fazem o telespectador parar para pensar sobre as próprias ideias e princípios. O roteiro é baseado no aterrorizante romance “Tarântula”, escrito em 1984 pelo francês Thierry Jonquet. A história é de um eminente cirurgião p l ást i co que cri a um n o vo t i po de p e le , q ue supostamente poderia ter salvado sua mulher da morte, causada por um acidente de carro. Outra coisa que estará em destaque é a capacidade do diretor de levantar polêmicas, pois a saga d o m é d i co se rá m arcad a p or aç õ e s p assio nais e nada éticas. Quem já assistiu “Fale com ela”, “Volver” ou “Carne trêmula” sabe que a falta de racionalidade é uma característica muito forte dos filmes de Almodóvar. O elenco também não deixa a desejar: o cirurgião será interpretado por Antonio Banderas, que não trabalhava com o diretor desde “Ata-me” (1989). Além do protagonista, atuam Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet, Roberto Álamo, Blanca Suárez, Eduard Fernández, José Luis Gómez, Bárbara Lennie, Susi Sánchez, Fernando Cayo e Teresa Manresa. As filmagens estão previstas para durarem 10 a 11 se m an as e cust arão e m t o r n o de 12 milh õ e s de euros. O cenário será bastante espacial: estão sendo feias cenas em Santiago de Compostela, Madri, Toledo. Lugares esses que já não bastassem ser especiais, serão reinventados por Almodóvar, pelo diretor de José Luís Alcaine e o montador José Salcedo, que provavelmente não darão prioridade para as panorâmicas, mas sim a enquadramentos fechados cheios de significado. E tudo isso será temperado pela trilha sonora elaborada pelo músico Alverto Iglesias, que confere uma atmosfera única aos longas. C o m o p úb l i co , só n o s b ast a e sp e r ar p or mais uma vez nos surpreendermos com a capacidade de Almodóvar transformar cada um de seus filmes em obras primas singulares e, cada um a seu modo, insuperáveis.
Eu escolho livro pela capa. A capa, o acabamento da lombada, a textura, o peso. Tudo tem que combinar de forma que me seduza. E essa foi uma das premissas para a nova editora que surgia: literatura contemporânea de boa qualidade e um formato atraente
nesse contexto que Lane idealizou a Penguin. Eu escolho livro pela capa. A capa, o acabamento da lombada, a textura, o peso. Tudo tem que combinar de forma que me seduza. E essa foi uma das premissas para a nova editora que surgia: literatura contemporânea de boa qualidade e um formato atraente. “Azul claro para grandes ideias”, “verde para mistérios” e “laranja para ficção fantástica” são alguns exemplos de como são as capas dos livros, da Penguin, sempre com duas barras da cor, título e autor ao centro. Às vezes a capa levava uma fotografia do autor, e recentemente até fotos ilustrativas em algumas séries comemorativas. Mas o design tradicional é inconfundível. Logo nas primeiras páginas há um breve histórico do autor e obras publicadas. Um verdadeiro guia, que pode até passar despercebido, mas que fazia uma falta tremenda em tempos sem “Google”. Talvez por isso essas edições tenham feito tanto sucesso com estudantes nos anos 60. Qualquer um que pegasse um Penguin na mão estava por dentro do contexto da obra. “Era um capricho que, na época, pensávamos encontrar em certos detalhes das edições da José Olympio ou da própria Civilização Brasileira”, conta o escritor e jornalista Ruy Castro em seu blog. Ele lembra com saudosismo “a sensação era a de que a Penguin nos tratava como adultos”. Hoje, 75 anos depois, os clássicos da Penguin são lançados no Brasil com nova tradução, resultado da parceria entre a editora britânica e a Companhia das Letras. Os primeiros quatro títulos são: "O Príncipe", de Maquiavel, com prefácio de Fernando Henrique Cardoso e nova tradução, de Maurício Santana Dias; "Pelos Olhos de Maisie", de Henry James, "O Brasil Holandês" e "Joaquim Nabuco Essencial", organizados pelo historiador Evaldo Cabral de Melo. Nunca tive a chance de ler nenhum desses livros. Talvez porque nunca tenha ido com a cara pálida e mal plastificada de Maquiavel na capa da edição de “O príncipe” da editora Mantin Claret, mas agora com ele um pouco mais simpático, vou dar uma chance.
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Resenha
O filho
A estrela da
eterno
Caroline Evelyn
Diar Portes
move o enredo, traz à tona uma personagem marcante. Também, numa parte do livro a narração causa questionamentos referentes à posição que o escritor ocupa na sociedade, o seu papel diante dela e a quem possa chegar sua obra através da literatura. As semelhanças entre a comparação de Macabéa com a rotina e sentimentos humanos se entrelaçam, afinal muitos pensam e sonham com a sua “hora de estrela”. Divulgação
O romance “A Hora da Estrela” é narrado por Rodrigo S.M, que conta a história de Macabéa. A personagem protagonista sai de Alagoas, rumo ao Rio de Janeiro, onde passa a viver com quatro colegas, em um quarto. Na capital carioca consegue um emprego de datilógrafa.. A personagem é considerada uma mulher comum, sem a capacidade de conquistar um possível namorado ou marido. Doente, feia e com maus hábitos de higiene, sonhava em ser uma estrela, como a atriz americana Marilyn Monroe. No decorrer da história ela começa a namorar Olímpico de Jesus, um nordestino ambicioso. Ele acredita que Macabéa não tem chances de melhorar de vida. Talvez, por isso, Olímpico se vê atraído pela personagem Glória, a colega de trabalho de Macabéa, cujo pai é dono de um açougue. Ao descobrir a traição, Macabéa se entristece, e para esquecer a situação vai até uma cartomante, a qual diz que ela seria feliz, e sua felicidade viria do "estrangeiro". Por um momento, a previsão dá certo, já que Macabéa é atropelada por Hans, um estrangeiro que dirigia um carro de luxo. Essa é a "hora
da estrela". Os sonhos estão prestes a serem realizados, pois a recompensa para alguém que ninguém percebe, e é desprezada pela sua aparência, cria a expectativa de subir na vida e permite sentir um pouco de felicidade passageira. A autora Clarice Lispector, encontrada através do narrador do livro Rodrigo S. M., mantém suas características principais, pois na obra, certa reflexão e um personagem forte que
Clarice Lispector
Divulgação
hora
Perturbador. Não consigo pensar em outra palavra. O livro “O filho eterno”, de Cristovão Tezza, deixa o leitor perturbado. Já ouvi descrições que falam de Dostoievski e Kafka como pesadelos autodestrutivos. Guardadas as devidas proporções o que perturba em Tezza é que ele é real. O livro prende o tempo todo, em uma teia de realidade de que você não pode escapar. Cada segundo do pensamento do pai mostra que aquela é uma realidade permanente, sem espaço para escapes e finais. Os personagens sem nome – o pai escritor fracassado, a mãe com sentimento de culpa, o filho “mongoloide”, a filha “normal” – são abstrações que não se mostram completamente. O olhar viciado do pai, que só sabe ver o próprio umbigo e a falta de espaço para esse “problema”, no seu mundinho, não nos deixa conhecer a história. Tudo que queremos saber é ocultado pela obsessão do que o pai pode ver. Não conhecemos a mãe, não sabemos o que ela pensou, o que fez, o que sofreu, apenas sua relação de culpa com o marido, apenas o pouco dela que ele se permitia enxergar, ou melhor, o que pulava em sua frente. Não sabemos da filha, ser
inexistente que só precisa de água para sobreviver. Não sabemos do próprio filho, sua existência é apenas a coletânea de suas incapacidades enumeradas pelo pai. O livro é desolador, perturba, assusta. Mas exatamente nesse aspecto ele é brilhante, e audacioso. A coragem que Tezza dá a seu alterego de falar aquilo que ninguém jamais admitiria, que ninguém ouve nem em seus pensamentos, com a crueza de quem não sente, é o que modula o livro. Lembrando a introdução de Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez, é o tom de se contar a história sem mover um músculo da face, sem sentir o sentimento. Tezza consegue uma distância inimaginável para uma história tão próxima e tão sua, permitindo que cada sentimento seja unicamente do personagem, impassível e insensível daquele que escreve, e por isso, sem perdões e meios termos. É um livro que sem dúvida vale a pena, mas apenas para os que acreditam que irão aguentar. Diferente de uma crítica que li sobre o livro antes de lê-lo, não recomendaria para um casal que acabou de receber a notícia de que terá uma criança Down.
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Cultura
Host Clubs e o Menu amor Rodrigo Cintra
Afeto e sadismo
Divulgação
Baseado no conto de mesmo nome, escrito em 1870 por SacherMasoh, a peça “A Vênus das Peles” discute conceitos de amor, desejo, literatura, filosofia, sadismo e masoquismo. A história conta como uma relação afetiva e sexual se torna um relacionamento de sexo aberto, sadismo e masoquismo. Além de cenas no palco, a história também é apresentada através de imagens projetadas. Quando: Quarta a sábado, às 21h; domingo, às 19h Onde: Teatro Barracão Encena (R. Treze de Maio, 160, Centro) Quanto: R$ 20
Retratos da reconstrução Em fevereiro deste ano, a Ilha da Madeira sofreu a maior catástrofe natural dos últimos cem anos: uma série de inundações que destruiu quase toda a infraestrutura do local. Na mostra “Ilha da Madeira – Pérola do Atlântico”, o fotógrafo português Jorge Felipe de Teixeira expõe imagens que retratam as belezas da ilha, sua destruição e reconstrução. Quando: 9h às 12h e 14h às 18h Onde: Casa da Leitura Miguel de Cervantes (Praça da Espanha, Bigorrilho) Quanto: Entrada Franca
Renato Murakami Já imaginou um clube noturno, onde vários jovens bonitos e com o visual da moda servem e paparicam as clientes? Por mais que você nunca tenha ouvido falar, eles existem – e talvez exista um mais próximo do que você imagina. Mas nada tão único quanto os Host Clubs do Japão. Apesar da abordagem específica do documentário, a reflexão é sobre um tema forte que raramente é questionado e tem status de quase intocável no ocidente: o conceito do amor, paixão ou felicidade por meio destes. É um filme que vai surpreender especialmente aqueles que só conhecem o estereótipo superficial da cultura japonesa moderna, disseminada pela grande mídia e boa parte da internet em diversos países ocidentais. Título The Great Happiness Space (O espaço da grande felicidade) pode ser visto como uma jogada irônica, ou como reflexão sobre o tema. Os entrevistados (incluindo algumas
clientes) dizem em vários momentos que os Host Clubs estão no “negócio de vender felicidade”, ainda que momentânea e ilusória. Uma possível leitura seria o grande espaço vazio que aqueles que estão envolvidos com a compra e venda dessa falsa felicidade sentem, ou tentam preencher. Com maestria, o diretor revela, de depoimento em depoimento, cena a cena, detalhes da vida dos entrevistados que mudam a perspectiva de quem assiste. Construção Dirigido pelo inglês Jake Clennel, o documentário é composto por entrevistas e filmagens do Cafe Rakkyo - que fica na região de Shinsaibashi, em Osaka - um dos mais famosos da região no ano da filmagem (2006). O personagem central é o dono e host mais requisitado do estabelecimento – Issei (na foto), de apenas 22 anos. Ao invés de adotar um tom de denúncia, definir claramente quem está certo ou errado, o diretor optou por revelar, com ajuda da sin-
ceridade extrema e cortante dos entrevistados, o lado humano dos personagens, sem julgamentos, o que inevitavelmente leva a reflexões sobre a sociedade moderna em que vivemos, mesmo que o leitor não seja do Japão. Apesar da temática adulta, o documentário nunca apela para o sexo ou erotismo para compor o cenário. Avaliação Trata-se de um daqueles títulos obscuros, de que poucos ouviram falar, mas que recebeu vários prêmios e que, talvez por fugir dos padrões da indústria de filmes, ou talvez por tratar de um assunto incômodo, acabou não recebendo atenção, nem chegando a um público do tamanho que merece. Eu poderia recomendar apenas para os interessados em conhecer melhor alguns aspectos do “Japão de verdade”, mas acredito que o tema é muito mais amplo que isso, se dada a devida atenção. Maiores informações na página oficial: w w w . t h e g r e a t happinessspace.com/
Percussão inusitada Um dos mais famosos grupos performáticos do mundo, o Stomp chega a Curitiba para uma serie de três apresentações no Teatro Positivo. Hoje, amanhã e quinta, o grupo americano apresenta seu novo show, que combinaa percussão com materiais reciclados e objetos inusitados, como vassouras e latas de lixo, com efeitos visuais. Quando: Hoje, amanhã e quinta, às 20h30 Onde: Teatro Positivo ( R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300, Campo Comprido) Quanto: R$ 90 a R$ 150
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