Almanaque 8ºB - Mostra Cultural 2014

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Alto do Ribeira - Almanaque- Petar e Quilombos - 2014


Editorial

Caro Leitor, o 8° ano da Escola Lourenço Castanho preparou esse almanaque para você sobre a viagem realizada do dia 26 ao 29 de agosto de 2014 ao Vale do Ribeira. Lá visitamos o Petar e algumas de suas 300 cavernas, o quilombo de Ivaporunduva e a escola quilombola Maria Antônia Chules Princesa. Neste almanaque estão presentes diversos temas, como as características gerais do Petar, a formação das cavernas e os animais e plantas encontrados no estudo de campo, por

exemplo. Também falaremos sobre o Quilombo de Ivaporunduva, lugar onde fizemos diversos aprendizados, como a função e importância das plantas medicinais, as ameaças enfrentadas pela comunidade e refletimos sobre como conseguiram ser titulados, assim garantindo seus direitos. Boa Leitura!

Isabela Paula Campos, Maria Isabel Rabello, Guilherme Barreto e Juliana Magalhaes De Castro

Alto do Ribeira - Almanaque- Petar e Quilombos - 2014


POR TRÁS DO QUILOMBO Falar da cultura quilombola é ir além das aparências das pessoas das comunidades atuais e se aprofundar em suas dificuldades, objetivos, organização e conquistas. As comunidades quilombolas atuais sofrem a constante ameaça de que suas terras possam ser tiradas delas indiretamente por barragens, que, se construídas, acabarão inundando tudo ao seu redor e, portanto, as próprias comunidades, com todas suas histórias de batalha, e sua cultura rica, seria, simplesmente banidas do Vale do Ribeira. O rio que é tudo para elas em suas origens, um rio que as servia e serve como fonte de sustento e meio de transporte, o Rio Ribeira do Iguape, seria, então sua destruição. O artigo 68 da Constituição Federal aponta que é um direito dos descendentes dos quilombolas terem a posse das terras que ocupam já há muitos anos. A comunidade de Ivaporunduva é um dos poucos exemplos de comunidades tituladas do Vale do Ribeira. De acordo com seus membros, houve melhoras após a titulação como por exemplo o aumento no preço das bananas produzidas pelos integrantes da comunidade. Também houve melhoras na infraestrutura da comunidade, como a construção de uma pequena escola no quilombo; apesar disso, a comunidade ainda sofre com as ameaças, que podem acabar com que as pessoas conseguiram por meio do esforço e da reivindicação do artigo 68, a escola poderá não mais existir, nem o restaurante e nem mesmo a plantações de banana. Isso é um risco que infelizmente é real.

A comunidade também possui outras demandas, por exemplo, a construção de postos de saúde, melhorias saneamento básico, além do acesso mais fácil ao comércio. Na produção agrícola do quilombo de Ivaporunduva, o alimento que é mais produzido é a banana. Os quilombos foram formados por escravos fugidos dos senhores e das lavouras, pois quando os escravos fugiam, precisavam de um local para viver, então criavam comunidades onde poderiam viver em paz. Alto do Ribeira - Almanaque- Petar e Quilombos - 2014


Os quilombos são organizados da seguinte maneira, Há o local onde eles plantam os alimentos como a banana, suas moradias, o local onde rezam (igreja), realizam atividades como pesca, caça, etc. Outra ocupação importante dos quilombolas é artesanatos que produzem e vendem. Em Eldorado pudemos ver de perto a questão econômica da comunidade do Vale do Ribeira (Ivaporunduva). A produção de banana é um trabalho coletivo, porém cada um ganha sua própria renda. Além da plantação para o comércio, lá eles realizam a agricultura para o próprio consumo.

No

campo

tem áreas diferentes para separar a plantação de comercio com a de próprio consumo.

Também vimos que lá eles têm os direitos de estudarem em escola própria, como por exemplo, os alunos da E.E. Princesa Chules com quem realizamos a interação no Vale do Ribeira tem o direito de terem e frequentarem uma escola própria (que ensine a cultura quilombola), isto consta na constituição federal.

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FEITO POR: Gustavo tena

TEXTO: Gustavo Tena

Luigi Bianchini

Luigi Bianchini

Andrey Fortes

Andrey Fortes

Patrick Fridman

Patrick Fridman

João Paulo Chohfi

FONTES: Fotos– João Paulo Chohfi

http://migre.me/lQmay

http://migre.me/lQm5o http://migre.me/lQm88

Alto do Ribeira - Almanaque- Petar e Quilombos - 2014

EDIÇÃO: Gustavo Tena Luigi Bianchini


QUILOMBOS: TITULAÇÃO E AMEAÇAS Os quilombos são, atualmente, pequenas comunidades remanescentes quilombolas que precisam lutar para conseguir seus direitos e sobreviver. Com nossa viagem, conseguimos aprender e até nos surpreender com o modo de vida deles. Hoje em dia, mesmo com a titulação dos Quilombos, que é uma certificação de que as terras que a comunidade está ocupando pertence ou pertenceu algum dia a escravos fugidos, existem várias ameaças feitas por fazendeiros que alegam serem donos da região onde se encontra o quilombo e, por conta disso, os quilombolas seguem lutando por seus direitos. Ivaporanduva é um exemplo de quilombo titulado. A comunidade intensificou sua luta no final dos anos 80, quando começou a

entender mais o que a lei dizia (Artigo n°68 da Constituição Federal Brasileira, que diz que todos os remanescentes de quilombos devem ter seus respectivos títulos de posse da terra onde está localizado e tendo assim, o direito a condições públicas fornecidas pelo governo do Estado).

lhorias, como na saúde da comunidade, que hoje, tem um posto de saúde de prevenção que atende algumas das necessidades dos quilombolas, e o saneamento básico, que recolhe o lixo da comunidade. Mesmo com a titulação, o governo do Estado não vem fornecendo aos moradores do quilombo de Ivaporunduva, um tratamento adequado. O posto de saúde tem somente um médico, que atende os quilombolas uma vez por semana. Sendo um posto de prevenção, em muitos dos casos mais graves, os quilombolas são obrigados ir para hospitais regionais. Já o saneamento básico, melhorou , mas não o suficiente para promover uma condição de saúde adequada para o quilombo. O lixo é

recolhido apenas uma vez por semana, e o sistema utilizado para eliminar os excrementos é a fossa séptica criada por eles mesmos.

Em 1997 conseguiram seu reconhecimento como quilombo e em 2001 foram titulados pelo Governo Federal. Após sua titulação, houve muitas meAlto do Ribeira - Almanaque- Petar e Quilombos - 2014


Existem projetos para construção de 4 barragens no local, mas a “Tijuco Alto” é a que está mais avançada em relação a aprovação. Pretende-se gerar com sua construção 150MW, sendo direcionado somente para a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), ou seja, não gerando lucro a mais ninguém além dos próprios proprietários da empresa, e prejudicando seriamente, não só os moradores da região, mas também a natureza preservada no local. Mesmo não aprovada, já vem gerando vários problemas para pequenos agricultores, por exemplo: por medo do lugar ser inundado, vários agricultores venderam suas terras à CBA. Muitas famílias foram expulsas de suas casas sem ganhar indenização, causando um aumento no êxodo rural em direção a cidade.

Foi fundado assim, em 21 de abril de 1991, o movimento dos ameaçados pela barragem (MOAB). É formado pelos moradores das região que são ameaçados diariamente por sua construção. O movimento, através de manifestações e seminários ,vem exigindo medidas das autoridades. No mesmo ano em que foi formado, o MOAB organizou, junto com à Comissão Pastoral de Terras de Registro, sua primeira manifestação contra a construção das barragens. Com o apoio de 32 organizações, foi promovido o Encontro de Trabalho (“As Hidrelétricas e o Desenvolvimento do Vale do Ribeira”), onde foi elaborado o documento “TERRA SIM, BARRAGENS NÃO”. Atualmente, a sede da MOAB se localiza no município de Eldorado, com a coordenação de um representante de cada comunidade, e por esse motivo, não há presidentes.

Esse movimento, mostra a força que os quilombolas têm e sua vontade de continuar lutando e conquistando seus direitos dia a dia. Mesmo não tendo muitas oportunidades de avanços, eles conseguiram provar, não só para nós, mas para todos, que são evoluídos e batalham para conseguir seus direitos. Se, definitivamente, não permitirem a construção das barragens, os quilombolas poderão ter segurança, paz e principalmente esperança de que, algum dia, eles possam serem respeitados, tendo seu devido espaço e sem riscos de perda. Esperamos que suas batalhas não sejam em vão e que o Governo Estadual reconheça que há mais a se fazer para melhorar as condições de vida do Quilombo de Ivaporunduva.

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Referências Bibliográficas: http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/brasil/sp/ribeira/ribeira_moab.html http://www.lourencocastanho.com.br/moodle/pluginfile.php/25067/mod_folder/content/8/ Depoimento%20Elson.doc?forcedownload=1 Imagens: http://www.socioambiental.org/sites/blog.socioambiental.org/files/styles/imagem-grande/public/galeria/ tijuco_09.jpg?itok=ulBBiOCp http://blogviniciusdesantana.com/page/246/ lh5.ggpht.com/5ZLsPbU39caAWuvVZd2z7n5D15X9UuBcgCazbekPlPoRQLP2nOzWIlwjyWgtAhOL3P6jlg =s128

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PETAR O que é o PETAR? O PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira) é um parque voltado ao turismo, que se localiza no sul do estado de São Paulo com a divisa com o Paraná. Esse parque é a maior área de mata atlântica preservada do Brasil. Lá encontramos inúmeras cavernas onde são realizadas pesquisas que visam descobrir histórias de seres humanos passados que poderiam ter vivido nesse local. Em relação à flora do parque as UCs ( unidades de conservação) conservam partes importantes necessárias para a sobrevivência de algumas espécies nativas da mata atlântica, como por exemplo o Palmito Juçara (Euterpe Edulis). Boa parte da área que não está sendo protegida está sendo desmatada ilegalmente. Existem povos que moram no entorno do parque, a terra está em processo de titulação por meio do artigo 68 da constituição federal do ano de 1988. Essas comunidades são chamadas de comunidades tradicionais: como por exemplos quilombos (com origem de ex-escravos ou fugitivos) e aldeias indígenas. No Petar existem mais de 300 cavernas. Esse grande número se deve ao fato de o solo ser formado por calcário e, com a produção de gás carbônico feito pelos animais e plantas, junto com a água que vem do Rio Ribeira de Iguape que dá nome ao vale, forma uma reação química, que com o tempo corrói a pedra calcária formando “túneis” e espaços que são chamados de cavernas. Cavernas que visitamosCaverna de Santana: Sem dúvida é a caverna mais linda do PETAR. Possui cerca de 8 km de extensão, com salões magníficos. É muito utilizada para aulas de Educação Ambiental e para fotografias. Nela estão os salões fechados para a visitação com exceção de pesquisadores. Curiosidades como o 'Buraco do Segredo' e 'Pata do Elefante', são apenas algumas das atrações da caverna. Somente 800 metros são abertos à visitação. Essa caverna dá o nome a um núcleo no qual estão presentes todas as cavernas que visitamos. Caverna do Morro Preto: A imagem do seu mirante interno, vista da boca, na contraluz faz com ela se torne um cartão postal do parque. Em sua boca foi encontrado vestígios que ela servia de abrigo para o homem primitivo e/ou povos indígenas, como por exemplos vestígios de fogueira. Caverna do Couto: Esta caverna é praticamente o caminho por onde passam águas provenientes da serra da Onça Parda. É um caminho único de 600 metros que atravessa o morro, até sair do outro lado em outra boca. Tem uma ligação com a Caverna do Morro Preto que é chamada de Travessia do Aborto - área de visitação extensiva (quem deseja fazer esta trilha deve avisar antes).

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Uma das partes que mais influencia nas cavernas é sua luminosidade. Existem lugares nas cavernas de Santana e Couto, que não possuem nenhuma luminosidade natural. Isso influencia na vida de alguns animais que não possuem uma vista muito boa, mas possuem um excelente tato e, portanto, escapam de predadores ficando em ambientes sem luminosidade. Esses animais são chamados de troglóbios e passam toda sua vida na caverna. Também existem os Troglófilos, que não vivem na caverna, mas necessitam de alguma maneira dela durante sua vida, como por exemplo, os grilos. Por último tem os trogloxenos, que podem usar as cavernas como abrigo, mas que necessitam do meio externo para completar seu ciclo de vida. Alguns animais que vimos nas cavernas são: Opiliões: são aracnídeos que normalmente são muito confundidos com as aranhas, mas na verdade são de outra classe dentro dos aracnídeos. São conhecidos pelo fato de possuírem grandes pernas articuladas. http://goo.gl/AFfUTX

Os morcegos são famosos por

habitarem ambientes escuros. Não é a toa que

eles habitam as caver-

nas. São mamíferos cujos braços e pernas tem formato de asas, o que os torna capazes de voar.

http://goo.gl/fwTqYM

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Caรงa palavras

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Encontre a segunda entrada da caverna Couto

Feito por: Guilherme Barreto, Antonio Ehlers, George Djehdian e Gabriel Bertacco. Alto do Ribeira - Almanaque- Petar e Quilombos - 2014


AS CAVERNAS DO PETAR O PETAR possui aproximadamente 36.000 hectares onde se encontra a maior área de mata atlântica remanescente de São Paulo. Hoje ele é reconhecido pela ONU como patrimônio humano. A presença das cavernas em conjunto com a Mata Atlântica preservada permite que os visitantes tenham uma experiência única ao visitarem o parque.

Lá também se encontra a maior concentração de comunidades remanescentes de quilombo. As cavernas: Existem muitos tipos de caverna, as mais comuns, e encontradas no PETAR são as cavernas calcárias. 1. A calcita é o principal componente do calcário. E é nos terrenos calcários que a maioria das cavernas nasce. Ao longo o tempo, o movimento tectônico e as mudanças climáticas abrem rachaduras nas rochas. 2. Quando chove, a água da chuva mistura com o gás carbônico (CO2) dissolvido no ar e penetra no solo. O resultado dessa reação química é uma água mais ácida do que de costume, que vai atravessando

Espeleotemas na caverna Santana. Foto: Luiza Helena

o solo até chegar às rochas calcárias subterrâneas. 3. A rocha calcária desmancha na água ácida que vem da chuva. Essa água segue descendo

pelas rachaduras. Nesse ponto, a água para de descer e começa a dissolver o calcário ao seu redor, abrindo uma cavidade, a caverna. 4. A água segue "abrindo" buracos, formando salões e corredores. Depois de um tempo, um dos corredores chega à superfície e abre a entrada da caverna. 5. E a água da chuva continua caindo. A gota de água chega ao teto da caverna com gás carbônico e bicarbonato de cálcio, feito na dissolução da calcita.

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5a. A gota fica pendurada até ganhar peso e volume e cair. Nesse momento, o CO2 presente na água vai para o ar da caverna, que geralmente tem uma menor quantidade desse gás. 5b. Com menos gás carbônico, a água do teto fica menos ácida. Isso faz com que o bicarbonato de cálcio se reformule até virar a calcita novamente. Essa calcita formará os espeleotemas. 6. Dependendo da forma com que a água com bicarbonato de cálcio penetra na caverna, pode se formar diferentes tipos de espeleotemas. 7. Depois de milhões de anos sendo aberta, uma caverna pode ser fechada por causa dos espeleotemas e sedimentos.

Curiosidades: Nas caver-

Mas a caverna pode renascer com o começo da dissolução

nas, plantas não sobrevi-

do calcário.

vem, pois é muito escuro.

O Núcleo de Santana:

Mas lá dentro há fungos,

O PETAR está organizado em muitos núcleos, para que os responsáveis pela administração do parque possam controlar

o número de visitantes. um dos principais núcleo é o núcleo de da Santana, onde se encontram as cavernas mais visitadas do parque. Elas são:

bactérias e animais. Há três tipos de animais encontrados nas cavernas: os trogloxenos, os troglófilos e os troglóbios. Os trogloxenos são animais que frequen-

Caverna de Santana:

tam a caverna regularmenA caverna tem cerca de 7 km

te, mas não são exclusivos

de extensão, mas apenas uma

desse ambiente. Os troglófi-

pequena área é aberta para

los tem seu inteiro ciclo de

visitas, pois a caverna possui

vida relacionado às caver-

salões com espeleotemas tão frá- nas, porém podem viver fogeis, que qualquer movimento po-

ra dela. Os troglóbios são

de fazer com que eles se que-

totalmente adaptados as

brem.

Além disso, é necessário

um ótimo condicionamento físico para chegar até o coração da caverna. Entrada da caverna Santana. Foto: Luiza Helena.

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cavernas, e não podem viver fora delas.


Caverna do Morro Preto: A caverna tem um majestoso pórtico, considerado um dos mais bonitos do parque. Essa caverna não possui um rio em seu interior, pois acredita se que este tenha desviado seu curso original. Lá tem vestígios dos homens das cavernas, e ela é ligada com a Caverna do Couto. Caverna do Couto: Essa caverna é considerada uma drenagem das águas vindas da serra da Onça Parda. A forte correnteza dessas águas faz com que

haja vento dentro da caverna. A caverna é um conduto único de 600 metros, que atravessa o morro e a vista da mata de dentro da caverna é

Pórtico da caverna Morro Preto. Foto: Luiza Helena

inacreditável.

POR: GIOVANNA ARAGÃO, HANNA LEANDRINI, LAURA ANDRADE, LUIZA HELENA, RUY ORTENBLAD

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Encontre as palavras: ESTALACTITE

SANTANA

ESTALAGMITE

ESPELEOTEMA

PETAR

QUILOMBO COUTO

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Biodiversidade e Petar Em nossa visita ao Quilombo de Ivaporunduva, tivemos uma palestra com o Ditão, líder da comunidade que nos ensinou muitas coisas sobre a história do Quilombo. No Petar encontramos uma grande diversidade de tipos de animais e plantas ,como o Palmito Juçara, Figueiras, Bucúvas, Jatobás, Cedros, além de milhares de animais, como o Pilião, aranha, morcegos, Bagre-cego, entre outros. Além disso há uma grande reserva da Mata Atlântica, uma das maiores área remanescente dessa mata, na qual estão presentes diferentes ecossistemas como os manguezais, as florestas de restinga, o jundu da beira das praias e campos de altitude.

Imagem de Luiza Yunes Sarquis

O Petar (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira) é uma Unidade de Conservação Integral para o uso indireto podendo assim, promover o turismo, o lazer e estudos científicos. No Parque existem mais de 300 cavernas, trilhas, cachoeiras e muitas outras coisas que atraem enorme quantidade de turistas todos os anos.

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Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira O Petar foi criado em 1958, antes Pear (O Parque Estadual do Alto Ribeira), porém após alguns anos foi permitido o uso indireto, possibilitando pesquisas científicas, turismo e lazer. Além da enorme biodiversidade presente de animais e plantas, o Petar possui uma grande quantidade de cavernas , mais de 300 cavernas divididas em 4 núcleos de visitação , cada uma dessas cavernas tem seu nível de dificuldade, algumas possuindo até grandes rios, escaladas, escadas, mergulhos, rapéis., e muitas outras coisas. Nem todas as cavernas são abertas a visitação, algumas possuem uso intensivo somente em uma parte, pois como são muito extensas , algumas partes nem foram descobertas. Antigamente a caverna toda era aberta a visitação, e não era obrigatório ir com guias, mas depois de alguns acidentes, foram criadas normas para visitação e um controle maior sobre as trilhas. Além das cavernas, há aproximadamente 35 mil hectares de Mata Atlântica preservada, abrigando diferentes tipos de espécies de animais, e por isso é considerado uma das maiores Unidades de Conservação do Brasil.

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BIODIVERSIDADE: FAUNA: Quando visitamos o Petar encontramos resquícios de animais, e conseguimos ver as fezes de um deles. Nos contaram que existe uma grande diversidade ,como onças no meio do mato, cobras , aranhas e alguns outros presentes nas cavernas.

FLORA: Em razão da grande reserva de mata atlântica é possível ver mais de 100 diferentes espécies de plantas, como figueiras, jatobás, bucúvas, palmito juçara,entre outros.

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CAÇA PALAVRAS– BIODIERSIDADE PETAR

Isabela Campos, Leonardo Zambello, Leticia Filardi,Luiza Sarquis, Maria Isabel Rabello

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A medicina alternativa nas comunidades tradicionais No quilombo de Ivaporunduva, existe uma grande tradição de medicina alternativa, representada pela utilização de plantas medicinais. O conhecimento sobre as plantas é algo característico das comunidades dessa região.

Os quilombolas desde o início de sua história têm uma ótima relação com a natureza, usam seus recursos sem prejudicála. Essa relação trouxe aos quilombolas um grande conhecimento do local onde vivem, e de suas plantas nativas, utilizadas por eles nos chás.

Foto tirada por Stella Lacerda

Lá encontramos plantas como Baciró (bom para febre e dor de cabeça), Pata-de-vaca (tem o mesmo uso que a insulina para dia-

Foto tirada por Stella Lacerda

As plantas medicinais tem uma importância histórica e cultural na vida da comunidade quilombola. A utilização dessas plantas vem de muitos anos no passado, e o conhecimento foi transmitido de geração em geração com influências dos negros e dos índios. O consumo dessas plantas é muito comum entre os residentes dessa comunidade, e são utilizadas para tratar desde dores de cabeça até doenças como gastrite.

betes), e uma planta já muito utilizada em chás, o Boldo que é bom para o fígado. Ainda há as plantas mais utilizadas em rituais como Arruda, que é muito usada para espantar o “mau-olhado”. A importância do conhecimento nativo na utilização dessas plantas é grande, pois eles sabem os efeitos que essas plantas podem ter, e isso remete também a patenteação dessas plantas. A patente é quando a planta é reconhecida por um cientista que a tenha “descoberto”, os quilombolas defendem a utilização apenas local das plantas, pois, caso o cientista relate sua utilização como descoberta própria, os quilombolas perdem todos os direitos sobre a utilização das plantas. O uso de produtos in natura traz também muitos benefícios à saúde, pois por não serem processados, o efeito é mais rápido e mais eficaz, e não são adicionados produtos químicos.

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Você é a favor da patenteação das plantas medicinais? O direito de patente das plantas medicinais é algo com que os quilombolas se preocupam muito, pois essas plantas têm uma grande importância na sua vida, ajudando os com cura e sendo um conhecimento local transmitido de geração em geração. Muitos pesquisadores da área farmacêutica utilizam o conhecimento dos quilombolas em suas pesquisas. O que acaba fazendo com que a comunidade perca o direito de utilização dessas plantas, por isso eles são contra a patenteação.

Fotos tiradas por Stella Lacerda

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ATIVIDADE

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Artistas da Reciclagem O que fazer com o celular velho?? Onde descartar o Atari, PlayStation Nintendo?? Aquele computador que eu não uso mais?? E o antigo vídeo cassete??

NEPS e COOPERMITI Uma parceria que possibilita a prática sustentável do descarte de lixos eletrônicos para toda a comunidade Lourenço Castanho!

Contamos com a sua participação!!

Para informações: NEPS-ELC@lourencocastanho.com.br http://www.coopermiti.com.br/

http://goo.gl/U7LZNm

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